ine 2012_inquérito às despesas das famílias 2010 - 2011

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    Edio

    2012

    2010/2011

    ii dd ee

    ff

    Inqurito s

    Despesas das Famlias

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    2

    ficha tcnica

    TtuloInqurito s Despesas das Famlias

    2010/2011Continuao de: Inqurito aos oramentos

    familiares - ISSN 0872-1386

    EditorInstituto Nacional de Estatstica, I.P.

    Av. Antnio Jos de Almeida

    1000-043 Lisboa

    Presidente do ConselhoDirectivo

    Alda de Caetano Carvalho

    Design, Composio e

    ImpressoInstituto Nacional de Estatstica, I.P.

    Tiragem

    350 exemplares

    Preo 11,00 (IVA includo)

    ISSN 1647-0443

    ISBN 978-989-25-0168-0

    Depsito Legal n 55144/92

    Periodicidade: Quinquenal

    INE, I.P., Lisboa - Portugal, 2012 *A reproduo de quaisquer pginas desta obra autorizada, exceto para fins comerciais, desde que mencionando o INE, I.P., como autor, o ttulo daobra, o ano de edio, e a referncia Lisboa-Portugal.

    www.ine.ptO INE, I.P. na Internet

    201 808808

    Apoio ao cliente

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    i edf

    ndice

    Glossrio .................................................................................................5

    Introduo ...............................................................................................7

    Sumrio Executivo ....................................................................................9

    01. Caraterizao dos Agregados Familiares .................................................15

    Regies e grau de urbanizao ............................................................16

    Composio dos agregados familiares ..................................................17

    Principal fonte de rendimento ..............................................................20

    02. Despesa mdia dos Agregados Familiares ................................................23

    Despesa total anual mdia dos agregados familiares .............................24

    Despesa total anual mdia por regies e grau de urbanizao ................26

    Anlise detalhada da despesa dos agregados familiares .........................32

    Despesa total anual mdia segundo a composio do agregado familiar ...35

    Despesa total anual mdia segundo o rendimento .................................38

    03. Rendimento mdio dos Agregados Familiares ...........................................43

    Rendimento mdio por regies e grau de urbanizao ............................44

    Rendimento mdio por composio do agregado familiar ........................49

    Rendimento mdio por principal fonte de rendimento .............................53

    Rendimento mdio por quintis de rendimento total equivalente ...............54Rendimento mdio por caractersticas do indivduo de referncia ............56

    04. Pobreza e desigualdade: comparao com outras fontes ...........................61

    Rendimento total anual por adulto equivalente ......................................63

    Distribuio do rendimento: comparao entre o IDEF 2010/2011 e oICOR 2010 .......................................................................................65

    Taxa de risco de pobreza e nvel de desigualdade por regio ....................67

    Impacto dos rendimentos no monetrios na desigualdade e no risco depobreza .............................................................................................68

    05. Indicadores de Conforto .........................................................................71

    Regime de ocupao ...........................................................................72

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    4

    Conforto bsico do alojamento ............................................................73

    Equipamentos de apoio ao trabalho domstico ......................................74

    Equipamentos de comunicao e lazer .................................................75

    06. Nota Metodolgica ................................................................................77

    Desenho do questionrio .....................................................................78

    Perodos de referncia dos dados .........................................................79

    Mtodos de recolha ............................................................................80

    Amostragem ......................................................................................81

    Recolha de dados ................................................................................83

    Anualizao dos Dados ........................................................................84

    Estimativas e sua Preciso .................................................................85

    Anexos ....................................................................................................89

    Classificao do Consumo Individual por Objetivo (COICOP) ...........................90

    Lista de quadros de resultados (em CD) .....................................................95

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    i edf

    SINAIS CONVENCIONAIS/CONVENTIONAL SIGNS

    x - Valor no disponvel (ausncia de valor decorrente da inexistncia de dados ou

    da falta de qualidade dos mesmos) /Not available (value not available due to theinexistence or lack of quality of data)

    - Desvio do padro de qualidade/Coeficiente de variao elevado/Extremely unreliablevalue

    NOTA/NOTE

    Por razes de arredondamento, a soma das parcelas pode no corresponder aototal.

    Where estimates have been rounded, discrepancies may occur between sums of the

    component items and totals

    Glossrio /Glossary

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    i edf

    Introduo

    IntroductionO INE apresenta nesta publicao osresultados estatsticos do Inqurito

    s Despesas das Famlias 2010/2011(IDEF 2010/2011) relativos estruturadas despesas dos agregados familiares

    residentes em Portugal e distribuiodos rendimentos.

    Estes resultados fazem parte dasrie de dados estatsticos sobreoramentos familiares, que em Portugal desenvolvida desde finais da dcada

    de 60, e concorre para a informaoda UE designada por Household BudgetSurvey.

    Os inquritos s despesas das famliasso grandes operaes estatsticas,

    realizadas de cinco em cinco anos,associados a um questionrio que inclui

    cadernetas para o preenchimentopelas famlias selecionadas de todas

    as despesas familiares e individuaisdurante duas semanas. Recolhetambm dados demogrficos, dadossobre rendimento e sobre os consumos

    no correntes, atravs de entrevistadireta.

    O IDEF 2010/2011 utilizou pelaprimeira vez o registo informtico,pelos entrevistadores, na recolha

    das despesas em bens e servios deconsumo corrente, em resultado daintegrao da Nomenclatura COICOP

    (cerca de 14 mil produtos) na aplicaoinformtica do inqurito, no sentido dese obterem ganhos de qualidade, deproximidade local e temporal na relao

    entrevistador/famlia.

    Os resultados do IDEF 2010/2011

    decorrem de uma amostra repre-

    sentativa estratificada por conglo-merados dos alojamentos familiares

    com residncia principal no territrio

    Statistics Portugal presents thestatistical results from the Inquritos Despesas das Famlias 2010/2011

    (IDEF 2010/2011) on the structureof the expenditures and the income

    distribution of the households living inPortugal.

    These results are part of a data serieson household budgets, carried out inPortugal since the 60s, and contributeto the Household Budget Surveyat the

    EU level.

    The household budget surveys are large

    statistical operations, carried outevery five years, and are associated toa questionnaire including a log-book to

    be fulfilled by the selected householdswith the overall set of collective and

    individual expenditures during twoweeks. It also collects demographic

    data, income data and data on goodsor services not frequently consumed,obtained through direct interview.

    For the first time, the IDEF 2010/2011has made use of the electronic

    recording during the collection of dailyconsumption of goods and services,after the inclusion of the COICOPnomenclature (almost 14 thousand

    products) in the collection software. Thisnew procedure has facilitated increasedquality by providing interviewers with

    an easy and friendly way to edit andrecontact the interviewed.

    The results are associated to the useof a representative stratified clusteredsample of private dwellings with mainresidence in the national territory,

    whose dimensioning took into account

    the dispersion of monetary expenditureby region and the class of expenditures

    as observed in the 2005/2006 survey.

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    nacional, cujo dimensionamento teve em

    conta a disperso da despesa monet-ria por regio NUTS II e Diviso COICOPobservada no inqurito de 2005/2006.A dimenso da amostra selecionada

    foi de 16 815 alojamentos, distribu-dos de forma aproximadamente uni-forme ao longo das 26 quinzenas (que

    constituram o perodo de inquirio)

    de modo a minimizar os efeitos sazo-nais. A taxa de resposta global corres-ponde ao quociente entre o nmero de

    entrevistas conseguidas e vlidas(9 489) e a dimenso da amostra(16 815), ou seja, 56%. Considerando

    em denominador apenas os alojamen-tos elegveis e contactados (14 032),obtm-se uma taxa de resposta espe-cfica de 68%.

    A recolha de dados no Continente e na

    Regio Autnoma dos Aores efetuou-se de acordo com o calendrio planeado,i.e., entre 1 de maro de 2010 e 27de fevereiro de 2011; no caso da

    Regio Autnoma da Madeira, e devidoaos constrangimentos inerentes aotemporal de fevereiro, a recolha iniciou-se apenas no final de maro de 2010,

    tendo terminado a 27 de maro de2011.

    junho 2012

    Sample dimension accounted for

    16,815 dwellings near uniformlydistributed by the 26 fortnightsconstituting the surveying period,

    in order to minimize the seasonaleffects. The global response rate,56%, corresponds to the quotientbetween the number of completed

    and valid interviews (9,489) and the

    sample size (16,815). Considering inthe denominator only the eligible and

    contacted dwellings (14,032), oneobtains a specific response rate of68%.

    Data collection was developed inMainland and the Regio Autnomados Aores between March 1st 2010

    and February 27th 2011; in RegioAutnoma da Madeira it began finalMarch 2010 because of constrains

    due to the February storm floods.

    June 2012

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    Sumrio executivo

    Executive summaryA informao estatstica apresentadanesta publicao encontra-se organizadaem cinco dimenses: a partiodos agregados familiares de acordocom diferentes caractersticassocioeconmicas, no captulo 1; adespesa anual mdia por agregadofamiliar, no captulo 2; o rendimento

    mdio por agregado familiar, no captulo3; o rendimento por adulto equivalente,a pobreza e a desigualdade, no captulo4; e alguns indicadores de conforto,no captulo 5. O captulo 6 apresentade forma detalhada a metodologiade amostragem e a estimao dosresultados.

    Os resultados estatsticos detalhadosque serviram de base ao resumo analtico,bem como o questionrio utilizado noinqurito, podem ser consultados no CD

    anexo publicao.

    No primeiro captulo caracterizam-seos cerca de 4 milhes de agregados

    familiares residentes em Portugal.

    A leitura dos resultados por tipologia de

    reas urbanas permitiu caracterizar asfamlias portuguesas como residentesem reas predominantemente urbanas

    (69,8% do total), e a existncia dedisparidades regionais relevantessegundo o grau de urbanizao.Concluiu-se ainda que a maioria dos

    agregados familiares portugueses noinclua crianas dependentes (63,4%),e que para 52,1% das famlias, o

    trabalho por conta de outrem era aprincipal fonte de rendimento.

    O segundo captulo apresenta adescrio detalhada do indicador

    despesa anual mdia por agregadofamiliar. Em 2010/2011, esta despesa

    anual mdia era de 20 391 por agregado.

    This publication is organized in fiveperspectives: in chapter 1, thedistribution of the number of privatehouseholds according to severalsocioeconomic characteristics; inchapter 2, average annual expenditureby private household; in chapter 3,average income by private household;

    in chapter 4, adult equivalent income,poverty and inequality; in chapter5, few well-being indicators arepresented; and in chapter 6, thesampling methodology and estimationare presented in detail.

    The enclosed CD includes the detailedstatistical results base to theanalytical summary, as well as thesurvey questionnaire.

    First chapter characterizes the 4million private households residing inPortugal.

    The analysis by typology of urbanizationrevealed the Portuguese families as

    mainly residing on densely populatedareas (69.8% of total) and the existenceof relevant regional disparities bydegree of urbanisation. It was also

    concluded that most Portuguese

    private households did not includedependent children (63.4%), and thewage was the main income source for

    52.1% of private households.

    The second chapter presents thedetailed description of the indicatoraverage annual expenditure by privatehousehold. In 2010/2011, the average

    annual expenditure was 20,391 perhousehold. The average expenditureon Housing, water, electricity, gas and

    other fuels accounted for 29.2% ofthe average total expenditure, whilethe expenditure on Transport and

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    A despesa mdia emHabitao; despesascom gua, eletricidade, gs e outros

    combustveis representava 29,2% dadespesa mdia total, enquanto que adespesa em Transportese em Produtosalimentares e bebidas no alcolicasrepresentava, respetivamente, 14,5%e 13,3% do mesmo total. No seu

    conjunto estas trs classes de despesa

    representavam 57% da despesa mdiatotal anual das famlias.

    A regio de Lisboa registava claramenteuma despesa mdia superior ao valornacional (22 384), enquanto que o

    Alentejo refletia o valor de despesamdia mais reduzido no conjunto dasregies NUTS II (16 774). A despesa

    total anual mdia dos agregados comcrianas dependentes (26 775) eracerca de 60% superior dos agregados

    sem crianas dependentes (16 705).

    A anlise dos resultados de acordo

    com a condio perante o trabalho dosmembros das famlias, demonstra aassociao que existe entre nmerode indivduos economicamente ativos e

    o nvel de despesa mdia, claramentemais baixa nos agregados familiaressem membros ativos. Constatam-setambm diferenas relevantes entre os

    dois grupos no que respeita composioda despesa mdia total, nomeadamenteno que se refere importncia das

    despesas em Transportes maiselevada no caso do primeiro grupo.O nvel mdio de despesa eranaturalmente superior mdia nas

    famlias cuja fonte principal de rendimentoeram os rendimentos de propriedade ecapital e de trabalho, ficando aqum

    da mdia no caso dos agregados que

    viviam predominantemente de pensese transferncias sociais. A despesamdia dos agregados com menores

    rendimentos por adulto equivalente

    on Food and non-alcoholic beverages

    represented, respectively, 14.5% and13.3%. As a whole, these three classesof expenditure accounted for 57% of

    the average annual total expenditure ofhouseholds.

    The region of Lisboa clearly showedan average expenditure (22,384)larger than the national figure, while

    Alentejo reflected the lowest averageexpenditure in the context of NUTS 2regions (16,774). The average totalannual expenditure of households with

    dependent children (26,775) wascirca 60% above the one of householdswith no dependent children (16,705).

    The analysis of results by the activitystatus of household members highlightsthe existence of an association

    between the number of economicallyactive members and the level of averageexpenditure, which was clearly lower

    for households with no active member.Relevant differences on the compositionof the average total expenditure werealso identified between the two groups,

    namely the importance of Transport,which was higher for the first group.As expected, the average expenditurefor households whose main income

    source corresponded to propertyincome or income from work was largerthan the national average consumption

    expenditure, while shorter than averagein the case of households livingpredominantly of pensions and socialtransfers. The average expenditure

    of households with lower equivalentincome was 11,428, slightly superiorto half of the total average expenditure

    (20,391). On the opposite side,

    top equivalent income householdsregistered an average expenditureabove the national average by about

    73% (35,314).

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    i edf

    apresentava um valor de 11 428,

    apenas ligeiramente superior a metadeda despesa mdia total (20 391).No outro extremo, os agregadoscom maiores rendimentos por adulto

    equivalente registavam uma despesamdia total superior mdia nacionalem cerca de 73% (35 314).

    Nos dois captulos seguintes, analisa-

    -se o rendimento dos agregadosfamiliares que, no mbito do IDEF2010/2011, se refere ao ano de 2009.No captulo 3 detalha-se a distribuiodo rendimento mdio por agregado

    familiar, enquanto que no captulo 4se analisa a distribuio pessoal dorendimento por adulto equivalente,

    em particular a descrio regional dosindicadores de pobreza e desigualdadena distribuio dos rendimentos. Em

    caixa especial do captulo 4, procede-se comparao dos resultados doIDEF 2010/2011 com os resultadosdo Inqurito s Condies de Vida e

    Rendimento 2010 para uma adequadaleitura das estatsticas oficiais sobre ataxa de risco de pobreza e desigualdadena distribuio dos rendimentos.

    Em 2009, de acordo com os resultadosdo IDEF 2010/2011, o rendimento

    lquido total anual mdio era de23 811 por agregado, o quecorresponde a uma mdia mensal de

    1 984.

    No perodo observado, o rendimento

    monetrio (em mdia, 19 201) repre-sentava 80,6% do rendimento totallquido das famlias, correspondendo osrestantes 19,4% ao rendimento no

    monetrio, composto pelo autoconsu-mo e autoabastecimento, autolocao

    e recebimentos gratuitos ou a ttulo desalrio.

    The next two chapters analyse private

    households income, referring to 2009in the context of IDEF 2010/2011.The distribution of average income

    by private household is detailed inchapter 3, while chapter 4 analysesthe distribution of personal incomeby adult equivalent, in particular

    the regional poverty and income

    inequality distribution indicators.A special highlight in chapter 4 compares

    IDEF 2010/2011 and Inqurito sCondies de Vida e Rendimento 2010estimates, contributing to an adequateinterpretation of the official statistics

    on the at-risk-of poverty rate and onthe inequality of income distribution.

    In 2009, according to the IDEF2010/2011, the average net totalannual income was 23,811 per

    household, i.e. an average net totalincome per month of 1,984.

    In the same period, the monetary income(19,201 on average) accounted for80.6% of total household net income,the remaining 19.4% corresponding

    to the non monetary income thatencompasses household production forown consumption, services provided byowner occupied dwellings, transfers in

    kind received.Income from work accounted for 54.5%of the total income and constituted themain source of income in all NUTS 2regions. Wages and salaries (11,378

    on average) were 7 times the valueof income from self-employment(1,593 on average). Income frompensions accounted for almost 21%

    of the average total annual income perhousehold.

    In 2009, over three quarters of thenon-monetary income were associatedto subjective rents, i.e., the rents

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    12

    Os rendimentos do trabalho represen-

    tavam 54,5% do rendimento totale constituam a principal fonte derendimento em todas as regies NUTSII. No conjunto dos rendimentos do

    trabalho, os auferidos por conta deoutrem (em mdia, 11 378) eram7 vezes superiores aos obtidos por

    conta prpria (em mdia, 1 593). Os

    rendimentos de penses representavamquase 21% do rendimento total anualmdio por agregado.

    No perodo em anlise, mais de dorendimento no monetrio associava-

    se autolocao ou rendas subjetivas,i.e., ao valor estimado pelos agregadosproprietrios ou usufruturios de

    alojamento gratuito de renda da suaresidncia principal.

    Tal como para a despesa mdia totalanual, a regio de Lisboa registava ovalor mais elevado para o rendimento

    lquido total anual mdio por agregado(27 468), e a regio do Alentejo ovalor mais baixo (20 643).

    O rendimento mdio dos agregadoscom crianas dependentes (29 740)era superior em 46% do rendimen-

    to dos agregados sem crianas (20386). Todavia, considerando os ren-

    dimentos por adulto equivalente a dis-paridade entre agregados com e semcrianas dependentes esbate-se, re-gistando os agregados sem crianasdependentes (14 015) um rendimen-

    to mdio ligeiramente superior ao dasfamlias em que estas esto presentes(13 518).

    Entre os agregados sem crianasdependentes, a presena de pelo menos

    um indivduo idoso implicava rendimentofamiliar mais baixo.

    estimated by the residents of owner

    occupied dwellings and by rent-freetenants.

    Similarly to the average total annualexpenditure, Lisboa was also the regionthat stood out with the highest value

    for the average net total annual incomeper household (27,468). The region ofAlentejo presented the lowest value

    (20,643).

    The average total income of householdswith dependent children (29,740)

    was 46% higher the one of householdswithout dependent children (20,386).However, considering the adult

    equivalent income, disparities betweenhouseholds with and without dependentchildren fade, with an average incomeestimate for households without

    dependent children (14,015) slightlyhigher than for families with dependentchildren (13,518).

    Among households without dependentchildren, the presence of at least

    one person aged 65 years or moreis generally associated to a lowerhousehold income.

    Based on the 2009 total income peradult equivalent (13,750), it wasestimated an at-risk-of poverty rate of

    14.8%. If considering only the monetaryincome per adult equivalent, the at-risk-of poverty rate would be 17.3%, which

    demonstrates the equalizing effect ofnon monetary income in Portugal, aswell as its reduction of the situationsof poverty and lack of resources.

    Whether considering the total incomeor the monetary income per adult

    equivalent, the Regio Autnoma dos

    Aores recorded the highest incidenceof poverty (17.9% and 20.3%,

    respectively). The regions of Lisboa and

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    i edf

    Tomando como base o rendimen-

    to total por adulto equivalente(13 750) apurado pelo inqurito para2009, estimou-se uma taxa de riscode pobreza de 14,8%. Considerando

    exclusivamente os rendimentos mo-netrios, a taxa de risco de pobrezaseria de 17,3%, o que evidencia o efei-

    to equalizador dos rendimentos no

    monetrios em Portugal, bem assimcomo o seu efeito atenuador das situa-es de precariedade e de pobreza.

    Quer se considere o rendimento totalou o rendimento monetrio por adulto

    equivalente, a Regio Autnoma dosAores apresentava os indicadores deincidncia da pobreza mais elevados

    (17,9% e 20,3%, respetivamente).As regies de Lisboa e Alentejo,apresentavam taxas de risco de

    pobreza inferiores do conjunto dapopulao.

    O ltimo captulo analtico, captulo 5,descreve as principais caractersti-cas da distribuio dos indicadores deconforto bsicos, estimando-se, por

    exemplo, que, a quase totalidade dosalojamentos dispunham em 2010/2001de fogo e de frigorfico (mais de 99%),assim como de mquina de lavar roupa

    (93%).

    Alentejo recorded at-risk-of poverty

    rates below the national figures.

    The last analytical chapter, chapter

    5, describes the main features of thedistribution of the basic well beingindicators, estimating, for example,

    that in 2010/2011 almost all dwellingshad a stove and refrigerator (more than99%), as well as a washing machine

    (93%).

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    Conceitos e classificaes utilizados neste captulo:

    O agregado domstico privado corresponde ao conjunto de pessoas que residemno mesmo alojamento e cujas despesas fundamentais ou bsicas (alimentao,

    alojamento) so suportadas conjuntamente, independentemente da existnciaou no de laos de parentesco; ou a pessoa que ocupa integralmente um

    alojamento ou que, partilhando-o com outros, no satisfaz a condio anterior.[Nesta publicao utiliza-se tambm agregado familiar e famlia como sinnimosde agregado domstico privado].

    So consideradas crianas dependentes todos os indivduos at aos 15 anos(inclusive) ou at aos 24 anos, desde que economicamente dependentes (queno exeram uma atividade ou estejam desempregados). So classificados

    como idosos todos os indivduos com 65 ou mais anos.

    Indivduo de referncia do agregado domstico privado: aquele a que corresponde

    a maior proporo do rendimento total lquido anual do agregado familiar.O Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011 utiliza duas desagregaesterritoriais:

    1) Regies NUTS II 2002 (Nomenclatura das Unidades Territoriais para FinsEstatsticos de 2002), conforme Decreto-Lei n 244/2002, de 5 de novembro;Regulamento (CE) n 1059/2003 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 26de maio de 2003, publicado no JOCE L 154, de 21 de junho de 2003;

    2) Tipologia de reas urbanas, 2009 (TIPAU 2009), conforme 8. (2008)deliberao da Seco Permanente de Coordenao Estatstica publicada no

    Dirio da Repblica, 2 srie, n. 188, de 28 de setembro de 2009.

    01|Caracterizaodos Agregados

    Familiares

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    16

    Regies e grau de urbanizao

    De acordo com os resultados do IDEF 2010/2011 estimava-se umtotal de cerca de 4 milhes de agregados familiares residentesem Portugal, dos quais 95,7% residiam no Continente e 4,3%

    nas Regies Autnomas. Na regio Norte registava-se a maiorproporo de famlias residentes (com cerca de 33% do total),seguida das regies de Lisboa (28,4%) e do Centro (22,4%). No

    Alentejo (7,5%) e no Algarve (4,5%) situavam-se as menorespropores de famlias residentes no Continente. Na Regio

    Autnoma da Madeira residiam 2,3% do total de famlias, e naRegio Autnoma dos Aores 2,0%.

    A classificao do territrio nacional de acordo com a tipologiade reas urbanas revelava que 13,5% das famlias residiam

    em reas predominantemente rurais. Em contrapartida, nasreas predominantemente urbanas residiam 70% das famliase nas reas mediamente urbanas viviam 16,7% dos agregados

    familiares.

    1.1. | Mapas de Portugal por NUTS II e Tipologia de reas urbanas

    INE, DMSI/GEO - Servio de Georreferenciao

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    01| Caracterizao dos Agregados Familiares

    17

    i edf

    Por regio, destacava-se Lisboa com a quase totalidade

    dos agregados familiares (96,3%) a residir em reaspredominantemente urbanas. Na Regio Autnoma da Madeiraregistava-se a segunda maior proporo de famlias residentesem reas com aquelas caractersticas (77,8%), seguida do Norte

    e do Algarve com propores prximas de 70% (69,9% e 66,5%,respetivamente).

    No Alentejo (32,6%), no Centro (27,4%) e na Regio Autnomados Aores (25,9%) observavam-se, por outro lado, os valores

    relativos mais elevados no que respeita a agregados residentesem meio rural, pese embora, nestas regies, a maioria dosagregados residir em reas urbanas.

    Composio dos agregados familiares

    De acordo com este inqurito, estimava-se que a maior parte dosagregados familiares residentes em Portugal no tinham crianas

    dependentes (63,4%) face a 36,6% de agregados com pelomenos uma criana dependente, o que significa um decrscimo daproporo de famlias com crianas comparativamente ao ltimoinqurito (IDEF 2005/2006, com 42,0%).

    A tipologia de famlia mais frequente era constituda por dois oumais adultos no idosos (sem crianas dependentes), com 21,6%

    do total, uma proporo tambm muito prxima das famlias

    1.2. | Distribuio dos agregados familiares por grau de urbanizao e NUTS II,

    2010/2011

    Portugal

    Norte

    Centro

    Lisboa

    Alentejo

    Algarve

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    . .

    R.A. Madeira

    rea predominantemente urbana rea mediamente urbana

    rea predominantemente rural

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    18

    constitudas por dois ou mais adultos em que pelo menos um dos

    membros tinha 65 ou mais anos (20,4%). Os agregados de umas pessoa representavam 21,4% do total: 12,4% com 65 oumais anos e 9,0% com menos de 65 anos.

    Apesar de algumas diferenas regionais, era comum em todas asregies a predominncia das famlias sem crianas dependentes,

    com propores entre 56% e 70%. Constatava-se ainda umaumento da importncia relativa destas famlias em todas asregies face aos resultados de 2005/2006.

    A maior proporo de famlias sem crianas, 70,1% do total,verificava-se no Alentejo, onde tambm se registava a maiorproporo de idosos a viver s (15,8%) e de dois ou mais

    adultos com pelo menos um dos membros com 65 ou mais anos(24,7%).

    Nas regies autnomas dos Aores e da Madeira regista-se amais baixa proporo de famlias sem crianas (56,3%); baixaspercentagens de idosos a viver s (9,7% na Regio Autnoma

    da Madeira face a 7,7% na Regio Autnoma dos Aores) e defamlias de dois ou mais adultos e com pelo menos um idoso(18,5% na Regio Autnoma da Madeira face a 16,1% na RegioAutnoma dos Aores). Para a Regio Autnoma dos Aores

    registava-se, por seu lado, a maior proporo de famlias s deadultos com menos de 65 anos (23,0%).

    unidade: %

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    Agregados sem crianas dependentes 63,4 60,2 65,6 64,2 70,1 66,2 56,3 56,3

    1 adulto no idoso 9,0 7,8 6,9 11,5 7,8 13,3 9,4 9,9

    1 adulto idoso 12,4 9,4 14,7 14,0 15,8 11,6 7,7 9,7

    2 ou + adultos no idosos 21,6 22,2 21,1 21,4 21,8 20,7 23,0 18,3

    2 ou + adultos, pelo menos 1 idoso 20,4 20,8 22,9 17,3 24,7 20,5 16,1 18,5

    Agregados com crianas dependentes 36,6 39,8 34,4 35,8 29,9 33,8 43,7 43,7

    1 adulto com crianas dependentes 3,5 3,0 x 4,3 x 3,7 x x

    2 ou + adultos com 1 criana 18,6 20,8 15,9 18,9 15,4 17,4 19,3 20,6

    2 ou + adultos com 2 ou + crianas 14,6 16,1 14,8 12,6 12,5 12,8 20,8 19,7

    1.3. | Distribuio dos agregados familiares por composio do agregado e NUTS II, 2010/2011

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    01| Caracterizao dos Agregados Familiares

    19

    i edf

    A par da Regio Autnoma dos Aores, em Lisboa (21,4%) e no

    Algarve (20,7%) as famlias mais comuns eram constitudas pordois ou mais adultos com menos de 65 anos e sem crianas.

    A composio dos agregados familiares por nmero de crianasmostra apenas duas regies em que a proporo de agregadoscom duas ou mais crianas dependentes era superior a 20%,

    destacando-se da mdia do pas (15,9%): a Regio Autnomados Aores, com 22,4%, e a Regio Autnoma da Madeira, com21,0%. Nesta perspetiva, o Alentejo (13,1%), Lisboa (14,0%) eAlgarve (14,1%) registavam as propores mais baixas.

    Considerando as famlias com crianas dependentes, as quetinham apenas uma criana constituam geralmente a situao

    mais frequente no pas (20,7%).

    1.4. | Distribuio dos agregados familiares por nmero de dependentes eNUTS II, 2010/2011

    Portugal

    Norte

    Centro

    Lisboa

    Alentejo

    Algarve

    0% 20% 40% 60% 80% 100%

    R.A. Aores

    R.A. Madeira

    0 dependentes 1 dependente 2 ou + dependentes

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    20

    Principal fonte de rendimento

    As estimativas obtidas neste inqurito indicam que a principalfonte de rendimento das famlias em todas as regies NUTS II erado trabalho por conta de outrem.

    Por regies os resultados da origem dos rendimentos das famlias

    revelavam que:

    As Regies Autnomas da Madeira e dos Aores

    apresentavam as propores mais elevadas de famliasem que o trabalho por conta de outrem constitua aprincipal fonte de rendimento, com 60,8% e 58,9%,

    respetivamente;

    No Centro, com 48,0%, e no Alentejo, com 46,2%,observavam-se as menores propores de famlias cujo

    rendimento provinha de trabalho por conta de outrem einferiores mdia do pas (52,1%);

    A maior proporo de famlias com penses comoprincipal fonte de rendimento situava-se no Alentejo(42,2%), enquanto que esta proporo era de apenas

    26,3% nas famlias residentes na Regio Autnoma dosAores, (35,1% nas famlias residentes em Portugal).

    1.5. | Distribuio dos agregados familiares por principal fonte de rendimento e NUTS II,2010/2011

    Nota: As outras fontes de rendimento incluem rendimentos de propriedade e capital, de outras transfernciassociais e de outras transferncias

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    unidade: %

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    Trabalho por conta de outrem 52,1 53,3 48,0 53,9 46,2 56,4 58,9 60,8

    Trabalho por conta prpria 7,9 7,6 7,6 8,3 7,7 8,7 11,2 5,4

    Penses 35,1 33,3 40,2 33,0 42,2 30,4 26,3 28,7

    Outras fontes de rendimento 4,9 5,9 4,3 4,8 x 4,5 x 5,1

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    01| Caracterizao dos Agregados Familiares

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    i edf

    A Regio Autnoma dos Aores era tambm a regio

    com maior proporo de famlias cuja principal fontede rendimento era o trabalho por conta prpria, com11,2%, mais do dobro do valor mais baixo, registadopara a Regio Autnoma da Madeira (5,4%) e 3,3 p.p.

    acima da mdia nacional (7,9%).

    1.6. | Distribuio dos agregados familiares pela principal fonte de rendimento, mnimos emximos regionais, 2010/2011

    R.A. Madeira

    60%

    70%

    ,

    35,1%Alentejo

    Alentejo

    40%

    50%

    R.A. AoresR.A. Aores

    20%

    30%

    7,9%R.A. Madeira

    0%

    10%

    Trabalho por Trabalho por Pensescon a e ou rem con a pr pr a

    Portugal Mnimo regional Mximo regional

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    i edf

    02 |Despesa mdiados Agregados

    Familiares

    Conceitos e classificaes utilizados neste captulo:

    A Despesa Total composta pela soma da Despesa Monetria com a Despesano Monetria.

    Despesa Monetria: refere-se a todas as compras de bens e servios, nopas ou no estrangeiro, sejam para consumo imediato pelo agregado, oferta

    ou armazenamento, abarcando um perodo de referncia retroativo at aos 12meses anteriores quinzena da entrevista. As compras so avaliadas pelo seuvalor total, independentemente do modo ou momento do pagamento.

    Despesa no Monetria: abrange o autoconsumo (bens alimentares e outrosde produo prpria), o autoabastecimento (bens ou servios obtidos, sem

    pagamento, de estabelecimento explorado pelo agregado), a autolocao(autoavaliao pelos agregados proprietrios ou usufruturios de alojamentogratuito de valor hipottico de renda de casa), recebimentos em gneros esalrios em espcie. (ver rendimento no monetrio)

    A despesa mdia por agregado corresponde ao quociente entre a soma dasdespesas de todos os agregados que verificam uma determinada condio e a

    soma desses mesmos agregados.

    A despesa mdia por adulto equivalente obtm-se dividindo o valor da despesado agregado pela sua dimenso em termos de adultos equivalentes, utilizando aescala de equivalncia modificada da OCDE.

    A despesa per capitaresulta do quociente entre o valor da despesa do agregadoe o respetivo nmero de indivduos membros desse agregado.

    Escala de equivalncia modificada da OCDE: esta escala atribui, dentro de cadaagregado, um peso de 1 ao primeiro adulto de um agregado; 0,5 aos restantesadultos (14 e mais anos) e 0,3 a cada criana.

    As despesas so apresentadas de acordo com a Classificao do ConsumoIndividual por Objetivo (COICOP), conforme referido no Captulo 6 e pode ser

    consultada em anexo.

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    24

    Despesa total anual mdia dos agregados familiares

    A despesa total anual mdia por agregado residente emPortugal era de 20 391, de acordo com os resultados do IDEF2010/2011.

    Do total de despesas, 29,2% (5 958) destinavam-se a Habitao;despesas com gua, eletricidade, gs e outros combustveis.

    Estas, em conjunto com as despesas em Transportes, 14,5%(2 957) e em Produtos alimentares e bebidas no alcolicas,

    13,3% (2 703) concentravam 57% da despesa mdia anual doconjunto das famlias residentes.

    A concentrao das despesas nestas classes mantinha o perfilda estrutura da despesa observado nas famlias portuguesas

    durante a dcada anterior, embora com perda de importnciarelativa nas despesas com Produtos alimentares e bebidas noalcolicas. Estas despesas representavam 18,7% em 2000,15,5% no perodo 2005/2006 e 13,3% em 2010/2011, ou seja,uma reduo de 5,4 pontos percentuais (p.p.) em 10 anos.

    Paralelamente, e no mesmo perodo, assistiu-se a um aumentode quase 10 p.p. do peso nas despesas com Habitao; despesascom gua, eletricidade, gs e outros combustveis: 19,8% em2000, 26,6% em 2005/2006 e 29,2% em 2010/2011.

    Em 2010/2011, as despesas com Transportes (14,5%)registavam uma percentagem prxima da de 2000 (15,0%),todavia passando a ocupar a segunda posio na estrutura dasdespesas dos agregados familiares.

    2.1. | Despesa total anual mdia por agregado e divises da COICOP, Portugal, 2010/2011

    Habitao; despesas com gua, electricidade, gs e out.combust.

    Transportes

    Produtos alimentares e bebidas no alcolicas

    Hotis, restaurantes, cafs e similares

    Outros bens e servios

    Sade

    Lazer, distraco e cultura

    Mveis, artigos de decorao, eq. domst. e desp.cor.man.hab.

    0 1 000 2 000 3 000 4 000 5 000 6 000 7 000

    es u r o e ca a o

    Comunicaes

    Ensino

    Bebidas alcolicas, tabaco e narcticos/estup.

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    25

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    A importncia relativa da despesa total anual mdia das famlias

    nas trs principais componentes aumentou cerca de 3,6 p.p.entre 2000 (53,4%) e 2010/2011 (57,0%).

    As despesas efetuadas no mbito da diviso 05 (Mveis, artigosde decorao, equipamento domstico e despesas correntes

    de manuteno da habitao), assim como com Vesturio e

    calado(diviso 03) e com bebidas alcolicas e tabaco (diviso02) prosseguiam, em 2010/20011, a tendncia de reduo, em

    termos relativos, comparativamente ao inqurito de 2000.

    2.2. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado e divises da COICOP (percentagemacumulada), Portugal, 2000, 2005/2006 e 2010/2011

    2000 2005/2006 2010/2011

    COICOP COICOP COICOP

    Habitao; despesas () e outroscombustveis (04)

    19,8Habitao; despesas () e outroscombustveis (04)

    26,6Habitao; despesas () e outroscombustveis (04)

    29,2

    Produtos alimentares e bebidas noalcolicas (01)

    38,4Produtos alimentares e bebidas noalcolicas (01)

    42,1 Transportes (07) 43,7

    Transportes (07) 53,4 Transportes (07) 55,0Produtos alimentares e bebidas noalcolicas (01)

    57,0

    Hotis, restaurantes, cafs esimilares (11)

    62,8Hotis, restaurantes, cafs esimilares (11)

    65,8Hotis, restaurantes, cafs esimilares (11)

    67,3

    Mveis, artigos de decorao ()(05)

    70,0 Outros bens e servios (12) 72,3 Outros bens e servios (12) 73,6

    Vesturio e calado (03) 76,6 Sade (06) 78,4 Sade (06) 79,4

    Outros bens e servios (12) 82,7 Lazer, distrao e cultura (09) 84,1 Lazer, distrao e cultura (09) 84,7

    Sade (06) 87,8Mveis, artigos de decorao ()(05) 88,9

    Mveis, artigos de decorao ()(05) 88,9

    Lazer, distrao e cultura (09) 92,6 Vesturio e calado (03) 93,0 Vesturio e calado (03) 92,6

    Comunicaes (08) 95,9 Comunicaes (08) 96,0 Comunicaes (08) 96,0

    Bebidas alcolicas, tabaco () (02) 98,7 Bebidas alcolicas, tabaco () (02) 98,3 Ensino (10) 98,1

    Ensino (10) 100,0 Ensino (10) 100,0 Bebidas alcolicas, tabaco () (02) 100,0

    %acumulada

    %acumulada

    %acumulada

    Fonte: Inqurito aos Oramentos Familiares 2000 e Inquritos s Despesas das Famlias 2005/06 e 2010/2011

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    26

    Despesa total anual mdia por regies e grau de urbanizao

    Por NUTS II, a anlise dos resultados do IDEF 2010/2010 permiteconstatar que:

    As famlias residentes na regio de Lisboa registavam umadespesa total anual mdia superior mdia nacional, com

    22 384; situao comum da regio Norte (20 671) comum valor de despesa total anual mdia por agregado superior mdia global, em cerca de 280.

    Na regio do Alentejo, o valor mdio por agregado situou-seem 16 774, menos 3 617 do que a mdia do pas. NasRegies Autnomas dos Aores (17 626) e da Madeira

    (18 586) e Centro (19 183) observavam-se tambmvalores de despesa inferiores mdia global.

    2.3. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado, por divises da COICOP,

    Portugal, 2000, 2005/2006 e 2010/2011

    Produtos alimentares e bebidas no alcolicas (01)

    Bebidas alcolicas, tabaco () (02)

    Vesturio e calado (03)

    Habitao; despesas () e outros combustveis (04)

    Mveis, artigos de decorao () (05)

    Sade (06)

    Transportes (07)

    Comunicaes (08)

    0% 5% 10% 15% 20% 25% 30%

    ,

    Ensino (10)

    Hotis, restaurantes, cafs e similares (11)

    Outros bens e servios (12)

    2000 2005/2006 2010/2011

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    27/99

    27

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    A afetao da despesa total anual mdia seguia um padro idnticoem cada regio NUTS II, designadamente no que respeita s trs

    principais componentes: despesas relacionadas com habitao,com transportes e com alimentao. A Regio Autnoma dosAores era a nica em que o peso relativo da despesa emprodutos alimentares surgia em segundo lugar, com as despesas

    em transportes na terceira posio.

    A proporo das despesas nas trs principais divises da COICOP

    (04, 07 e 01, respetivamente) que, como se referiu, era de 57,0%para o pas, representava propores mais significativas na

    Regio Autnoma dos Aores (64,4%) e na Regio Autnoma daMadeira (62,0%), sendo de apenas 55,4% na regio de Lisboa.

    A Regio Autnoma dos Aores registava a proporo de despesas

    com habitao (34,6%) mais elevada do pas com um valor mdiopor agregado de 6 095 e, simultaneamente, a maior proporode despesas em produtos alimentares (17,5% face a 13,3% emPortugal), com um valor de 3 093 em mdia por agregado. Por

    outro lado, esta era a regio com a menor proporo de despesascom transportes (12,3%) do pas (14,5%), com um valor de2 161 em 2010/2011.

    A Regio Autnoma da Madeira registava propores acimada mdia global nas despesas em habitao (32,1%), em bens

    alimentares (14,2%) e, especialmente, em transportes, 15,7%,com a proporo mais elevada do pas.

    2.4. | Despesa total anual mdia por agregado, NUTS II, 2010/2011

    20 391

    20 671

    19 183

    22 384

    16 774

    Portugal

    Norte

    Centro

    Lisboa

    Alentejo

    19 967

    17 626

    18 586

    Algarve

    R.A. Aores

    R.A. Madeira

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    28/99

    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    28

    A regio de Lisboa caracterizava-se por uma maior disperso

    nas categorias de despesa, na medida em que a percentagem

    acumulada das trs principais divises da COICOP (55,4%) era

    menor do que no total do pas. Nesta regio, as despesas em

    produtos alimentares tinham o menor peso relativo (11,4%) do

    pas, com 2 550 em mdia por agregado familiar, valor muito

    prximo da despesa em Hotis, restaurantes, cafs e similares

    (2 429), com 10,9% do total da despesa na regio.

    Tambm a importncia das despesas com Lazer, distrao e

    cultura (diviso 09), 6,3%, e com Ensino (diviso 10), 2,8%,

    apresentavam as propores mais elevadas na regio de Lisboa.

    2.5. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado, por divises da

    COICOP, NUTS II, 2010/2011

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    unidade: %

    Portugal Continente Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    Aores

    R.A.

    Madeira

    100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    01Produtos alimentares e bebidas no

    alcolicas13,3 13,2 14,5 13,2 11,4 14,8 12,8 17,5 14,2

    02Bebidas alcolicas, tabaco e

    narcticos/ estupefacientes1,9 1,9 1,9 1,5 2,0 2,2 2,0 2,4 1,6

    03 Vesturio e calado 3,7 3,7 4,1 3,7 3,4 3,7 3,3 3,0 3,7

    04

    Habitao, despesas com gua,

    eletricidade, gs e outros

    combustveis

    29,2 29,1 26,5 29,4 31,0 30,7 30,7 34,6 32,1

    05

    Mveis, artigos de decorao,

    equipamento domstico e

    despesas correntes de manuteno

    dahabita o

    4,2 4,2 4,3 4,3 4,3 3,8 3,6 4,1 4,0

    06 Sade 5,8 5,8 6,4 6,1 5,0 5,9 5,0 6,8 6,8

    07 Transportes 14,5 14,5 15,2 15,5 13,0 15,2 14,4 12,3 15,7

    08 Comunicaes 3,3 3,3 3,0 3,2 3,6 3,7 3,4 4,0 3,8

    09 Lazer, distrao e cultura 5,3 5,3 5,1 4,7 6,3 3,5 5,5 3,5 4,3

    10 Ensino 2,2 2,2 2,1 1,9 2,8 1,2 1,4 1,2 2,3

    11Hotis, restaurantes, cafs e

    similares 10,4 10,5 10,7 9,8 10,9 9,0 11,6 6,4 6,9

    12 Outros bens e servios 6,3 6,3 6,1 6,7 6,3 6,4 6,4 4,2 4,6

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    COICOP

    Despesa total anual mdia por

    agregado

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    29/99

    29

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    2.6. | Despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP, por NUTS II, 2010/2011

    continua

    unidade:

    Despesa total anual mdia poragregado

    20 391 20 493 20 671 19 183 22 384 16 774 19 967 17 626 18 586

    01Produtos alimentares ebebidas no alcolicas

    2 703 2 697 3 006 2 529 2 550 2 480 2 552 3 093 2 641

    01.1 Produtos Alimentares 2 545 2 540 2 842 2 387 2 392 2 327 2 378 2 901 2 459

    01.2 Bebidas no Alcolicas 158 157 164 143 158 153 174 193 182

    02Bebidas alcolicas, tabaco enarcticos/ estupefacientes 384 385 397 289 445 376 407 421 299

    02.1 Bebidas Alcolicas 133 133 156 119 128 93 127 145 114

    02.2 Tabaco 251 252 242 171 317 283 280 276 185

    02.3 Narcticos e Estupefacientes x x x x x x x x x

    03 Vesturio e calado 757 763 851 715 757 617 649 522 687

    03.1 Vesturio incluindo Reparao 553 559 627 526 552 436 478 383 466

    03.2 Calado incluindo Reparao 203 204 223 189 206 181 171 139 221

    04Habitao, despesas comgua, eletricidade, gs eoutros combustveis

    5 958 5 955 5 477 5 646 6 940 5 142 6 132 6 095 5 975

    04.1 Rendas Efetivas 468 478 359 328 757 343 555 238 284

    04.2Rendas Subjetivas(Arrendamento Fictcio)

    3 640 3 613 3 138 3 280 4 466 3 258 3 950 4 185 4 292

    04.3 Reparao e Conservao daHabitao 295 295 301 333 272 221 341 481 125

    04.4Outros Servios relacionadoscom a Habitao

    372 377 369 300 497 230 316 243 254

    04.5Eletricidade, Gs e outrosCombustveis

    1 183 1 192 1 310 1 405 949 1 090 970 948 1 020

    05

    Mveis, artigos de decorao,equipamento domstico edespesas correntes demanuteno da habitao

    864 870 887 830 970 630 716 723 741

    05.1Mveis, Artigos Decorao,Tapetes outros Revestimentos 132 132 116 140 150 x 101 88 147

    05.2Artigos Domsticos base deTxteis

    49 49 59 53 43 22 40 9 57

    05.3Equipamento Domstico deBase. Reparao

    118 118 119 124 122 96 97 98 111

    05.4Loias, Vidros, Cristais eUtenslios Domsticos

    22 23 25 24 22 x 20 9 13

    05.5Ferramentas, mquinas eEquipamento para Casa eJardim

    18 19 16 17 x 5 17 3 13

    05.6Bens e Servios paraManuteno Corrente daHabitao

    525 529 552 471 606 355 440 515 400

    06 Sade 1 186 1 184 1 313 1 171 1 128 985 997 1 194 1 257

    06.1Medicamentos, Aparelhos eMaterial Teraputicos

    661 666 764 670 584 585 578 497 593

    06.2Servios Mdicos, Paramdicose outros Servios de Sade no 486 479 500 474 495 383 397 663 638

    06.3 Servios Hospitalares 39 40 48 x 49 x x x x

    07 Transportes 2 957 2 975 3 136 2 972 2 918 2 555 2 866 2 161 2 922

    07.1 Aquisio de Veculos Pessoais 801 804 821 778 781 878 831 x 739

    07.2 Despesa com a Utilizao deVeculos Pessoais

    1 889 1 907 2 069 2 023 1 721 1 590 1 856 1 204 1 736

    07.3 Servios de Transporte 267 264 247 171 417 86 180 221 446

    COICOP Portugal Continente Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    30

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    unidade:

    08 Comunicaes 680 679 626 612 808 622 681 705 704

    08.1 Servios Postais 3 3 2 3 4 x 5 x x

    08.2Equipamento deTelecomunicao

    15 15 16 11 18 5 22 4 12

    08.3 Servios de Telefone e Telefax 662 661 608 598 786 616 654 700 689

    09 Lazer, distrao e cultura 1 073 1 089 1 063 897 1 400 592 1 090 617 807

    09.1Equipamento e AcessriosAudiovisuais, Fotogrficos eInformticos. Reparao

    111 112 109 99 144 45 115 x 92

    09.2Outros Bens Durveisrelacionados com Lazer,Distrao e Cultura. Reparaes

    5 5 5 x x x x x x

    09.3Outros Artigos e EquipamentosRecreativos, de Lazer e deDistrao

    209 213 207 178 268 128 227 105 134

    09.4 Servios Recreativos e Culturais 334 340 357 241 443 186 320 176 219

    09.5Livros, Jornais e OutrosImpressos

    309 313 298 292 385 171 311 191 227

    09.6 Viagens Tursticas Organizadas 105 105 89 83 152 61 113 x 130

    10 Ensino 441 446 433 356 624 194 286 216 423

    10.1Ensino Pr-Escolar e Bsico - 1

    e 2 Ciclo170 174 147 120 283 76 110 x 129

    10.2Ensino Bsico - 3 Ciclo eSecundrio

    42 42 52 41 40 x 35 x 50

    10.3 Ensino Ps-Secundrio x x x x x x x x x

    10.4 Ensino Superior 180 181 204 160 203 101 113 119 180

    10.5 Outros Tipos de Ensino 47 48 28 x 98 x x x x

    11Hotis, restaurantes, cafs esimilares

    2 111 2 152 2 217 1 885 2 429 1 512 2 321 1 136 1 274

    11.1 Servios de Catering 2 019 2 058 2 125 1 774 2 321 1 469 2 295 1 101 1 228

    11.2 Servios de Alojamento 92 94 92 111 108 43 x x 46

    12 Outros bens e servios 1 277 1 298 1 264 1 281 1 416 1 070 1 269 743 856

    12.1 Higiene e Cuidados Pessoais 491 497 515 460 547 351 479 326 378

    12.2 Servios de Prostituio x x x x x x x x x

    12.3 Artigos de Uso Pessoal 65 66 76 60 66 33 75 33 52

    12.4 Servios de Proteo Social 227 232 138 225 318 327 249 105 117

    12.5 Seguros 372 378 400 394 356 315 377 248 216

    12.6 Servios Financeiros, n.e. 6 6 6 6 5 4 9 7 6

    12.7 Outros Servios n.d. 116 119 127 135 x 36 81 x 87

    LisboaCOICOP Portugal Continente Norte Centro Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    continuao

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    31

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    A anlise da estrutura da despesa por grau de urbanizao

    permite verificar que as reas predominantemente urbanasassumiam padres de consumo similares aos do total do pas.A proporo da despesa com habitao (29,1%), com transportes(14,1%) e com produtos alimentares (12,5%), perfaziam cerca

    de 56% da despesa mdia anual das famlias residentes nasreas predominantemente urbanas. Nestas reas observavam--se tambm propores mais elevadas nas despesas com hotis

    e restaurantes (10,8%), em Lazer, distrao e cultura(5,7%) e

    em Ensino(2,4%) relativamente mdia do pas e, especialmente,em relao mdia das reas predominantemente rurais.

    Por outro lado, verificava-se uma maior concentrao da despesanas trs principais componentes (divises 01, 04 e 07) nasfamlias residentes em reas predominantemente rurais, com

    63,2% da despesa anual mdia distribuda por habitao (31,2%),produtos alimentares (16,6%) e transportes (15,4%). Nestasreas, as despesas com sade (7,0%) eram relativamente mais

    elevadas do que no total do pas.

    2.7. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP, por grau deurbanizao, 2010/2011

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    unidade: %

    Portugalrea

    predominantementeurbana

    rea mediamenteurbana

    reapredominantemente

    rural

    Despesa total anual mdia por agregado 100,0 100,0 100,0 100,0

    01 Produtos alimentares e bebidas no alcolicas 13,3 12,5 14,6 16,6

    02Bebidas alcolicas, tabaco e narcticos/estupefacientes

    1,9 1,9 1,8 1,8

    03 Vesturio e calado 3,7 3,9 3,3 3,2

    04Habitao, despesas com gua, eletricidade, gs eoutros combustveis

    29,2 29,1 28,8 31,2

    05Mveis, artigos de decorao, equipamentodomstico e despesas correntes de manuteno dahabitao

    4,2 4,4 3,9 3,5

    06 Sade 5,8 5,5 6,5 7,0

    07 Transportes 14,5 14,1 15,8 15,4

    08 Comunicaes 3,3 3,4 3,2 3,2

    09 Lazer, distrao e cultura 5,3 5,7 4,5 3,4

    10 Ensino 2,2 2,4 1,8 1,2

    11 Hotis, restaurantes, cafs e similares 10,4 10,8 9,8 7,9

    12 Outros bens e servios 6,3 6,4 5,9 5,4

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    32

    Anlise detalhada da despesa dos agregados familiares

    Em Portugal, e numa anlise ao 2 nvel da COICOP, cerca de71% da despesa mdia anual concentrava-se em dez gruposde despesas. Por NUTS II, estes mesmos grupos de despesa,

    registavam o maior peso relativo no Alentejo (75,2%) e o menorna regio de Lisboa (67,8%).

    Deste conjunto de produtos e servios, destacam-se as despesassubjacentes a rendas subjetivas1, com 17,9% da despesa total

    anual (3 640), apresentando as regies autnomas dos Aores(23,7%) e da Madeira (23,1%) as propores mais elevadas e oNorte (15,2%) a mais baixa.

    As despesas com produtos alimentares (excluindo bebidas)constituam o segundo grupo mais importante, com 12,5% dototal das despesas em Portugal, e pesos relativos extremosentre 10,7% na regio de Lisboa e 16,5% na Regio Autnoma

    dos Aores.

    As despesas com servios de catering (que correspondem

    posio COICOP relativa a despesas efetuadas em restaurantes,

    cafs e similares) e com a utilizao de veculos pessoaisregistavam, respetivamente 9,9% e 9,3% da despesa total para

    a mdia das famlias residentes em Portugal. O primeiro gruporegistava valores relativos mais elevados no Algarve, na regio deLisboa e no Norte, e o segundo no Centro e no Norte.

    1 Rendas subjetivas ou arrendamento fictcio: este grupo refere-se aos proprietrios ebeneficirios de alojamento gratuito ou a ttulo de salrio, aos quais se solicitou umaautoavaliao sobre o valor razovel de uma renda mensal, em termos hipotticos, aplicada aorespetivo alojamento, a preos de mercado.

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    33

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    Analisando as classes de despesa da diviso 04 (Habitao,despesas com gua, eletricidade, gs e outros combustveis), e

    para alm da componente relativa s rendas subjetivas (17,9%)anteriormente referida, as rendas efetivas, que se referem aosvalores reportados pelos arrendatrios, registavam uma despesa

    de 468, ou seja, 2,3% da despesa mdia das famlias. Estasduas componentes somavam 20,2% do total da despesa mdiapor agregado.

    As despesas com Eletricidade, Gs e outros Combustveis

    assumiam um peso de 5,8% no total da despesa mdia poragregado residente no pas (1 183), e as restantes despesas

    relacionadas com a habitao (incluindo abastecimento de gua,despesas de reparao e conservao) perfaziam 3,2% dadespesa total (667 em mdia por ano).

    2.8. | Hierarquizao dos 10 principais grupos de despesa anual mdia por agregado segundo a

    COICOP (2 nvel), por NUTS II, 2010/2011

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    unidade: %

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    04.2 Rendas Subjetivas (Arrendamento Fictcio) 17,9 15,2 17,1 20,0 19,4 19,8 23,7 23,1

    01.1 Produtos Alimentares 12,5 13,7 12,4 10,7 13,9 11,9 16,5 13,2

    11.1 Servios de Catering 9,9 10,3 9,2 10,4 8,8 11,5 6,2 6,6

    07.2 Despesa com a Utilizao de VeculosPessoais

    9,3 10,0 10,5 7,7 9,5 9,3 6,8 9,3

    04.5 Eletricidade, Gs e outros Combustveis 5,8 6,3 7,3 4,2 6,5 4,9 5,4 5,5

    07.1 Aquisio de Veculos Pessoais 3,9 4,0 4,1 3,5 5,2 4,2 x 4,0

    06.1Medicamentos, Aparelhos e MaterialTeraputicos

    3,2 3,7 3,5 2,6 3,5 2,9 2,8 3,2

    08.3 Servios de Telefone e Telefax 3,2 2,9 3,1 3,5 3,7 3,3 4,0 3,7

    03.1 Vesturio incluindo Reparao 2,7 3,0 2,7 2,5 2,6 2,4 2,2 2,5

    05.6Bens e Servios para Manuteno Correnteda Habitao

    2,6 2,7 2,5 2,7 2,1 2,2 2,9 2,2

    COICOP

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    34

    Considerando a despesa em produtos alimentares (2 545 emmdia por famlia em 2010/2011), com 12,5% da despesa total,

    mais de metade destinou-se aquisio de carne e derivados

    (3,1%), de cereais e produtos base de cereais (2,3%) e de peixee derivados (1,9%), perfazendo 1 486. A classe de despesas

    relativa aos lacticnios e ovos (01.1.4) apresentava uma proporoprxima dos 2% (366) e as despesas com legumes (01.1.7) efruta (01.1.6) no seu conjunto representavam 2,2% (446 porano em mdia).

    2.9. | Estrutura da despesa anual mdia por agregado da diviso 04 da COICOP (2 nvel), Portugal,

    2010/2011

    2.10. | Estrutura da despesa anual mdia por agregado do grupo 01.1 da COICOP (3 nvel),Portugal, 2010/2011

    17,9%

    5,8%

    2,3%

    Rendas Subjetivas (Arrendamento Fictcio) (04.2)

    Eletricidade, Gs e outros Combustveis (04.5)

    Rendas Efetivas (04.1)

    1,8%

    1,4%

    Outros Servios relacionados com a Habitao(04.4)

    Reparao e Conservao da Habitao (04.3)

    3,1%

    2,3%

    1,9%

    1,8%

    1,2%

    Carne e Derivados (01.1.2)

    Cereais e Produtos base de Cereais (01.1.1)

    Peixe e Derivados (01.1.3)

    Leite, Queijo e Ovos (01.1.4)

    Legumes e outros Hortcolas () (01.1.7)

    ,

    0,5%

    0,4%

    0,3%

    . .

    leos e Gorduras (01.1.5)

    Acar, Confeitaria, Mel () (01.1.8)

    Produtos Alimentares n.d. (01.1.9)

  • 7/31/2019 ine 2012_inqurito s despesas das famlias 2010 - 2011

    35/99

    35

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    Despesa total anual mdia segundo a composio do agregado familiar

    A despesa total anual mdia dos agregados com crianasdependentes (26 775) era cerca de 60% superior dosagregados sem crianas dependentes (16 705).

    Em valores absolutos, este padro verificava-se em todas asdivises da COICOP.

    Nas despesas com Ensinoobservava-se a maior disparidade entreos dois tipos de agregado familiar em anlise, com gastos cerca

    de dez vezes superiores nos que incluam crianas dependentes(1 028 face a 102 nos agregados sem crianas). Tambm nasdespesas relacionadas com Vesturio e calado, Lazer, distraoe cultura, Transportes e Outros bens e servios, os valoresregistados pelos agregados com crianas dependentes eramcerca de duas vezes mais elevados do que nos agregados semcrianas. Por outro lado, nas despesas com Sadeobservava-

    -se um valor muito prximo nos dois tipos de famlias, ainda queligeiramente superior nos que tinham crianas dependentes.

    2.11. | Despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP, por composio do agregado,Portugal, 2010/2011

    Produtos alimentares e bebidas no alcolicas (01)

    Bebidas alcolicas, tabaco () (02)

    Vesturio e calado (03)

    Habitao, despesas () e outros combustveis (04)

    Mveis, artigos de decorao () (05)

    Sade (06)

    Transportes (07)

    Comunicaes (08)

    0 2 000 4 000 6 000 8 000

    ,

    Ensino (10)

    Hotis, restaurantes, cafs e similares (11)

    Outros bens e servios (12)

    Agregados sem crianas dependentes Agregados com crianas dependentes

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    36/99

    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    36

    A anlise dos padres de despesa mdia per capitae por adulto

    equivalente reflete, para alm das diferenas da despesa mdiaanual por tipo de famlia, as economias de escala associadas dimenso dos agregados, pelo que a considerao da dimensodos agregados permite uma anlise complementar da despesa

    mdia dos diferentes tipos de famlia.

    De entre os agregados sem crianas, o fator idade condicionava

    a despesa mdia per capita. Enquanto que nos agregados comdois adultos no idosos a despesa mdia por indivduo (9 973) sesituava 28% acima da mdia por indivduo (7 808), nas situaes

    em que um dos membros ou ambos eram idosos, a despesa descia

    2.12. | Despesa total anual mdia por composio do agregado, Portugal,2010/2011

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    total=100 total=100 total=100

    Total 20 391 100 11 799 100 7 808 100

    Agregados sem crianas dependentes 16 705 82 11 413 97 8 686 111

    1 adulto sem crianas dependentes 11 231 55 11 231 95 11 231 144

    no idoso 13 789 68 13 789 117 13 789 177

    idoso 9 379 46 9 379 79 9 379 120

    2 adultos sem crianas dependentes 17 718 87 11 812 100 8 859 113

    no idosos 19 946 98 13 297 113 9 973 128

    sendo 1 idoso 16 127 79 10 751 91 8 063 103

    idosos 15 568 76 10 379 88 7 784 100

    3 ou + adultos sem crianas dependentes 23 704 116 10 943 93 7 129 91

    no idosos 25 407 125 11 651 99 7 580 97

    pelo menos 1 idoso 20 898 102 9 752 83 6 370 82

    Agregados com crianas dependentes 26 775 131 12 137 103 7 039 90

    1 adulto com crianas dependentes 18 365 90 11 499 97 7 410 95

    com 1 criana 17 440 86 12 410 105 8 720 112

    com 2 ou + crianas 19 867 97 10 590 90 6 104 78

    2 adultos com crianas dependentes 27 220 133 13 116 111 7 575 97

    com 1 criana 25 884 127 13 861 117 8 628 111

    com 2 crianas 28 091 138 12 766 108 7 023 90

    com 3 ou + crianas 31 236 153 11 810 100 5 886 75

    3 ou + adultos com crianas dependentes 29 000 142 10 129 86 5 788 74

    com 1 criana 29 135 143 11 074 94 6 597 84

    com 2 ou + crianas 28 769 141 8 941 76 4 771 61

    Despesa total anual mdiapor agregado por adulto equiva lente per capita

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    37

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    para, respetivamente, 8 063 e 7 784. O mesmo se verificava

    nos agregados constitudos apenas por um adulto idoso e nos detrs ou mais adultos com pelo menos um indivduo idoso.

    Os agregados com crianas dependentes registavam umadespesa per capitade 7 039 representando cerca de 90% damdia.

    Em 2010/2011, a proporo de despesas em habitao erasuperior nos agregados sem crianas comparativamente aos quetinham crianas dependentes: 33,0% e 25,2%, respetivamente.O mesmo se verificava desde o incio da dcada, observando-se

    igualmente um aumento relativo mais forte destas despesasentre os agregados sem crianas (cerca de 12 p.p. contra 7 p.p.nos agregados com crianas).

    As despesas com transportes registavam um maior peso relativo

    nos agregados com crianas dependentes: cerca de +3 p.p. face proporo destas despesas nos agregados sem crianas, querem 2010/2011, quer em 2000.

    2.13. | Evoluo da estrutura da despesa total anual mdia segundo a COICOP, por composio do

    agregado, Portugal, 2000, 2005/2006 e 2010/2011

    Fonte: Inqurito aos Oramentos Familiares 2000 e Inquritos s Despesas das Famlias 2005/06 e 2010/2011

    unidade: %

    2000 2005/2006 2010/2011 2000 2005/2006 2010/2011 2000 2005/2006 2010/2011

    100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    01Produtos alimentares e bebidas noalcolicas

    18,7 15,5 13,3 19,6 16,2 13,8 17,7 14,9 12,7

    02Bebidas alcolicas, tabaco enarcticos/ estupefacientes

    2,8 2,3 1,9 2,9 2,3 1,9 2,8 2,2 1,9

    03 Vesturio e calado 6,6 4,1 3,7 6,3 3,6 3,0 6,9 4,6 4,4

    04Habitao, despesas com gua,eletricidade, gs e outroscombustveis

    19,8 26,6 29,2 21,2 28,5 33,0 18,4 24,9 25,2

    05

    Mveis, artigos de decorao,equipamento domstico e despesascorrentes de manuteno dahabitao

    7,2 4,8 4,2 7,3 4,6 4,2 7,0 4,9 4,3

    06 Sade 5,2 6,1 5,8 6,5 7,7 7,1 3,9 4,6 4,4

    07 Transportes 15,0 12,9 14,5 13,6 12,0 13,1 16,3 13,8 16,0

    08 Comunicaes 3,3 3,0 3,3 3,3 3,1 3,3 3,2 2,8 3,4

    09 Lazer, distrao e cultura 4,8 5,7 5,3 4,4 5,1 4,4 5,2 6,2 6,2

    10 Ensino 1,3 1,7 2,2 0,6 0,7 0,6 2,0 2,6 3,8

    11Hotis, restaurantes, cafs esimilares

    9,5 10,8 10,4 8,8 10,3 10,0 10,0 11,3 10,7

    12 Outros bens e servios 6,1 6,5 6,3 5,6 5,8 5,6 6,5 7,2 7,0

    COICOPTotal

    Agregados sem crianasdependentes

    Agregados com crianasdependentes

    Despesa total anual mdia poragregado

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    38

    Observando a estrutura da despesa por nmero de crianas

    dependentes, visvel a influncia destes nas componentesVesturio e calado, Lazer, distrao e cultura, Ensino e Outros

    bens e servios.

    Despesa total anual mdia segundo o rendimento

    A despesa anual mdia dos agregados sem indivduos ativos emsituao de emprego2 situava-se em 13 268, ou seja, 65% dadespesa mdia total. Por outro lado, entre os agregados com

    trs ou mais indivduos ativos a trabalhar a despesa mdia anualera de 29 708, situando-se 46% acima da mdia nacional.

    2.14. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP por nmero de

    dependentes, Portugal, 2010/2011

    Produtos alimentares e bebidas no alcolicas (01)

    Bebidas alcolicas, tabaco () (02)

    Vesturio e calado (03)

    Habitao; despesas () e outros combustveis (04)

    Mveis, artigos de decorao () (05)

    Sade (06)

    Transportes (07)

    Comunicaes (08)

    Lazer distra o e cultura 09

    0% 10% 20% 30% 40%

    ,

    Ensino (10)

    Hotis, restaurantes, cafs e similares (11)

    Outros bens e servios (12)

    Agregados sem crianas dependentes com 1 dependente com 2 ou + dependentes

    2 Consideram-se os indivduos em situao de emprego os que se autoclassificam numa dasseguintes situaes: exerce uma profisso, tem trabalho, mesmo que no remunerado parauma pessoa de famlia ou est em estgio profissional.

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    39

    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    A anlise da estrutura da despesa total anual mdia dos agregadossegundo o nmero de membros em situao de emprego permiteevidenciar algumas diferenas:

    As despesas em habitao assumiam uma proporobastante mais elevada nas famlias sem qualquer indivduo

    com emprego (37,4%), verificando-se o mesmo com asdespesas em alimentao (15,6%) e em sade (9,7%);

    Nos agregados com trs ou mais indivduos ativos a trabalhar,as despesas com habitao mantinham a posio principal(23,7%) na despesa total, mas relativamente mais baixa doque nos agregados com menor nmero de membros ativos.

    As despesas com transportes assumiam, pelo contrrio, umpeso relativo na despesa total tanto maior quanto o nmerode membros ativos por agregado.

    Tambm as componentes da despesa referentes a restaurantese lazer eram claramente superiores nos agregados com pelo

    menos um membro a trabalhar comparativamente s famliasem que nenhum dos indivduos trabalhava.

    2.15. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP por nmero de indivduos

    ativos a trabalhar, Portugal, 2010/2011

    Produtos alimentares e bebidas no alcolicas (01)

    Bebidas alcolicas, tabaco () (02)

    Vesturio e calado (03)

    Habitao; despesas () e outros combustveis (04)

    Mveis, artigos de decorao () (05)

    Sade (06)

    Transportes (07)

    Comunicaes (08)

    0% 10% 20% 30% 40%

    ,

    Ensino (10)

    Hotis, restaurantes, cafs e similares (11)

    Outros bens e servios (12)

    0 indivduos 1 indivduo 2 indivduos 3 ou + indivduos

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    40

    Considerando a principal fonte de rendimento dos agregados

    familiares, a despesa total anual mdia dos que viviam sobretudode rendimentos de propriedade e capital era de 33 867 em2010/2011 (66% superior mdia nacional). No extremo opostosituavam-se os agregados cuja fonte de rendimento provinha

    essencialmente de outras transferncias sociais, com umadespesa mdia anual de 13 670, ou seja, 67% da mdia global(20 391).

    Nos agregados em que os rendimentos do trabalho constituam a

    principal fonte de rendimento, a despesa mdia anual era tambmsuperior mdia nacional: 24 672 no caso de trabalho por contaprpria e 24 091 no trabalho por conta de outrem.

    Para os agregados que viviam sobretudo de rendimentosprovenientes de penses verificava-se uma despesa mdia de14 312 (cerca de 70% do total) no perodo de referncia deste

    inqurito.

    2.16. | Estrutura da despesa total anual mdia por agregado segundo a COICOP por principal

    fonte de rendimento do agregado, Portugal, 2010/2011unidade: %

    TotalTrabalho por

    conta de outrem

    Trabalho por

    conta prpria

    Propriedade e

    capitalPenses

    Outras

    transferncias

    sociais

    Outras fontes

    de rendimento

    100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    01Produtos alimentares e bebidas no

    alcolicas13,3 12,4 12,0 10,8 15,8 17,5 10,3

    02Bebidas alcolicas, tabaco e

    narcticos/ estupefacientes1,9 2,1 1,7 x 1,5 3,3 x

    03 Vesturio e calado 3,7 4,1 4,2 3,3 2,6 2,9 x

    04Habitao, despesas com gua,

    eletricidade, gs e outros combustveis29,2 26,4 28,4 35,9 35,9 31,2 34,1

    05

    Mveis, artigos de decorao,

    equipamento domstico e despesas

    correntes de manuteno da habitao

    4,2 4,0 4,2 6,2 4,7 3,3 3,5

    06 Sade 5,8 4,5 4,4 9,2 9,5 6,0 x

    07 Transportes 14,5 16,4 15,6 9,0 9,8 12,3 13,4

    08 Comunicaes 3,3 3,4 3,7 2,4 3,0 3,6 3,5

    09 Lazer, distrao e cultura 5,3 5,8 5,7 4,5 3,8 4,6 5,6

    10 Ensino 2,2 2,8 2,9 x 0,5 x x

    11 Hotis, restaurantes, cafs e similares 10,4 11,5 11,3 x 7,2 8,6 x

    12 Outros bens e servios 6,3 6,6 6,1 5,0 5,7 5,5 4,5

    COICOP

    Despesa total anual mdia por agregado

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    02| Despesa mdia dos Agregados Familiares

    i edf

    As despesas subjacentes habitao constituam, em todos

    os tipos de agregado em anlise, a principal componente, sendorelativamente superiores nas famlias que detinham principalmenterendimentos de propriedade e capital e de penses (35,9%) emais baixas nas famlias cuja principal fonte de rendimento era o

    rendimento do trabalho por conta de outrem (26,4%) e por contaprpria (28,4%).

    As despesas com produtos alimentares revelavam proporesacima da mdia nacional nos agregados em que as penses

    ou outras transferncias sociais constituam o rendimentoprincipal: 15,8% e 17,5%, respetivamente. Para estas famlias,as despesas com alimentao surgiam em segunda posio.

    No que respeita s famlias cuja principal fonte de rendimento erao trabalho, as despesas com transportes eram de cerca de 16%enquanto que as despesas com alimentao situavam-se entre

    os 12,0% e os 12,4%.

    Considerando a despesa mdia dos agregados por classesde rendimento total por adulto equivalente, observa-se que

    os agregados do 1 quintil (20% com menores rendimentos)apresentavam um valor de despesa (11 428) de quase metade dadespesa mdia total (20 391). No outro extremo, os agregados

    com rendimento equivalente correspondente ao 5 quintil (20%com maiores rendimentos) registavam uma despesa mdia totalsuperior mdia nacional em cerca de 73% (35 314).

    Por regies, a disparidade da despesa mdia anual entre osagregados pertencentes ao primeiro e ao ltimo quintil derendimento equivalente, era menor na Regio Autnoma dos

    Aores e mais elevada na regio Centro.

    2.17. | Despesa total anual mdia por agregado por quintis de rendimento total equivalente,NUTS II, 2010/2011

    unidade:

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    Despesa total anualmdia por agregado

    20 391 20 671 19 183 22 384 16 774 19 967 17 626 18 586

    1 quintil 11 428 12 121 10 707 11 716 10 368 11 705 11 120 10 073

    2 quintil 14 327 15 513 13 999 13 459 11 969 14 673 12 800 14 835

    3 quintil 17 762 19 104 17 929 16 588 15 722 18 234 15 141 17 028

    4 quintil 22 960 25 135 23 918 21 507 21 021 21 249 19 218 21 045

    5 quintil 35 314 35 798 35 567 36 731 30 618 30 223 28 105 30 493

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    i edf

    03 |Rendimento mdio

    dos AgregadosFamiliares

    Conceitos e classificaes utilizados neste captulo:

    O Rendimento Total composto pela soma do Rendimento Monetrio com oRendimento no Monetrio.

    Rendimento Monetrio Lquido: inclui os rendimentos obtidos pelos agregadosatravs de cada um dos seus membros provenientes do trabalho (por contade outrem e conta prpria), de propriedade e capital, de penses (nacionais ou

    provenientes do estrangeiro), de outras transferncias sociais (apoio famlia, habitao, ao desemprego, doena e invalidez, educao e formao, inclusosocial) e de outras transferncias privadas (de agregados domsticos privadose outras transferncias n.e.), aos quais foram deduzidos os impostos sobre o

    rendimento e as contribuies para regimes de proteo social.

    Rendimento no Monetrio: coincidente com a Despesa no Monetria,abrange o autoconsumo (bens alimentares e outros de produo prpria), o

    autoabastecimento (bens ou servios obtidos sem pagamento em estabelecimentoexplorado pelo agregado), a autolocao (autoavaliao do valor hipottico de

    renda de casa pelos agregados proprietrios ou usufruturios de alojamentogratuito), recebimentos em gneros e salrios em espcie.

    O rendimento por adulto equivalente obtm-se dividindo o rendimento de cadaagregado pela sua dimenso em termos de adultos equivalentes, utilizando aescala de equivalncia modificada da OCDE.

    O rendimento per capitaresulta do quociente entre o valor do rendimento doagregado e o respetivo nmero de indivduos membros desse agregado.

    Escala de equivalncia modificada da OCDE: esta escala atribui, dentro de cadaagregado, um peso de 1 ao primeiro adulto de um agregado; 0,5 aos restantesadultos (14 e mais anos) e 0,3 a cada criana.

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

    44

    Rendimento mdio por regies e grau de urbanizao

    De acordo com os resultados do Inqurito s Despesas dasFamlias 2010/2011, o rendimento lquido anual mdio poragregado familiar em 2009 era de 23 811, ou seja, uma mdia

    de cerca de 1 984 mensais.

    Por NUTS II, na regio de Lisboa registava-se o rendimento lquidoanual mdio por agregado familiar mais elevado (27 468), 15,4%

    acima da mdia nacional; seguida da Regio Autnoma dos Aorescom um valor cerca de 5% acima da mdia do pas. O rendimentomdio por agregado, mais baixo, com 20 643, ou seja, 86,7% do

    valor nacional, situava-se no Alentejo.

    Na Regio Autnoma da Madeira observava-se um valor de

    23 470, muito prximo (98,6%) da mdia do pas; no Nortee no Algarve registavam-se valores de rendimento mdio porfamlia muito prximos, e inferiores mdia nacional em 3,5 p.p. e4,2 p.p., respetivamente, enquanto que no Centro, o rendimento

    mdio anual auferido pelas famlias residentes era de 21 602,menos 9,3 p.p. que o valor mdio de Portugal.

    3.1. | Distribuio do rendimento lquido anual mdio por NUTS II, 2009

    96,5%90,7%

    115,4%

    86,7%

    95,8%

    104,9%

    98,6%

    Portugal100%

    Norte Centro Lisboa Alentejo Algarve R.A.Aores R.A.Madeira

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    03| Rendimento mdio dos Agregados Familiares

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    Quando analisada a importncia do rendimento monetrio lquido,

    esta representava 80,6% do rendimento total lquido dasfamlias, correspondendo os restantes 19,4% ao rendimentono monetrio. A predominncia do rendimento monetrio norendimento total das famlias era transversal a todas as regies,

    registando propores entre os 77,1% no Algarve e 81,5%, naregio de Lisboa e no Alentejo.

    3.2. | Rendimento lquido anual mdio, NUTS II, 2009

    3.3. | Estrutura do rendimento lquido anual mdio por tipo de rendimento,NUTS II, 2009

    23 811

    22 970

    21 602

    27 468

    20 643

    Portugal

    Norte

    Centro

    Lisboa

    Alentejo

    22 802

    24 969

    23 470

    Algarve

    R.A.Aores

    R.A.Madeira

    80,6%

    80,8%

    79,6%

    81,5%

    81,5%

    19,4%

    19,2%

    20,4%

    18,5%

    18,5%

    Portugal

    Norte

    Centro

    Lisboa

    Alentejo

    77,1%

    80,7%

    79,0%

    22,9%

    19,3%

    21,0%

    Algarve

    R.A. Aores

    R.A. Madeira

    Rendimento monetrio Rendimento no monetrio

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    Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    Decorrente de uma anlise por situao na profisso, constata-

    se que os rendimentos do trabalho (por conta de outrem epor conta prpria) representavam 54,5% do rendimento totalmdio das famlias residentes no pas. Considerando apenas orendimento monetrio, essa proporo aumentava para 67,6%.

    Os rendimentos do trabalho constituam a principal fonte derendimento em todas as regies do pas, com pesos relativosa variar entre 51,3% do rendimento total na regio Centro e

    58,8% na Regio Autnoma da Madeira. Considerando apenas

    o rendimento monetrio, estas propores aumentavam para64,5% e 74,5%, nestas regies.

    No conjunto dos rendimentos do trabalho, os valores auferidospor conta de outrem eram em mdia 7 vezes superiores aosrendimentos por conta prpria. Regionalmente, essa diferena

    era mais acentuada na Regio Autnoma da Madeira, onde 54,0%do rendimento total anual mdio era proveniente de trabalho porconta de outrem e 4,8% de trabalho por conta prpria, e menos

    incidente no Alentejo, com 45,5% e 8,1%, respetivamente. Naregio Centro registava-se a menor proporo de rendimentosdo trabalho por conta de outrem no rendimento total mdio, com

    45,3%.

    3.4. | Estrutura do rendimento lquido anual mdio, NUTS II, 2009

    unidade: %

    Portugal Norte Centro Lisboa Alentejo AlgarveR.A.

    AoresR.A.

    Madeira

    Rendimento total anual mdio poragregado

    100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0

    Rendimento monetrio 80,6 80,8 79,6 81,5 81,5 77,1 80,7 79,0

    Trabalho por conta de outrem 47,8 46,5 45,3 50,5 45,5 47,3 50,1 54,0

    Trabalho por conta prpria 6,7 7,2 6,0 6,3 8,1 7,6 7,9 4,8

    Propriedade e capital 1,7 1,4 1,0 2,6 1,4 1,6 1,3 x

    Penses 20,8 20,9 23,7 19,1 23,6 17,7 18,6 15,6

    Outras transferncias sociais 3,1 4,2 3,0 2,2 2,5 2,6 2,1 3,6

    Outras transferncias, de agregadose outras n.e.

    0,6 0,5 0,6 0,8 x x x x

    Rendimento no monetrio 19,4 19,2 20,4 18,5 18,5 22,9 19,3 21,0

    Autoconsumo e autoabastecimento 1,1 1,4 2,2 0,2 0,9 1,4 0,7 0,7

    Autolocao (renda subjetiva) 14,6 12,9 14,7 15,7 14,9 16,1 16,3 17,9

    Recebimentos gratuitos e salriosem gneros

    3,6 4,9 3,5 2,6 2,6 5,4 2,3 2,5

    Fonte: Inqurito s Despesas das Famlias 2010/2011

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    Os rendimentos provenientes de penses representavam quase

    21% do rendimento total anual mdio por agregado no pas em2009. Esta proporo oscilava entre 23,7% no Centro e 15,6%na Regio Autnoma da Madeira, sendo a segunda componentemais importante em quase todas as regies, exceto na Regio

    Autnoma da Madeira, em que a segunda maior proporo dorendimento total respeitava autolocao.

    Considerando apenas o rendimento monetrio, o rendimento depenses constitua tambm a segunda parcela mais importante

    em todas as regies, com propores entre 19,7% na RegioAutnoma da Madeira e 29,8% no Centro.

    Os rendimentos de outras transferncias sociais representavam

    cerca de 3% do rendimento total anual mdio das famliasresidentes em Portugal naquele perodo. Em termos regionais,esta componente representava 4,2% no Norte e 3,6% na Regio

    Autnoma da Madeira (os valores mais elevados); enquanto queas famlias de Lisboa (2,2%) e da Regio Autnoma dos Aores(2,1%) detinham os valores relativos mais baixos. Considerandoapenas os rendimentos monetrios, a importncia relativa desta

    componente aumenta para 3,8% do rendimento mdio dasfamlias.

    Os rendimentos de propriedade e capital registavam um valorreduzido, representando uma mdia de 1,7% do rendimentototal anual mdio e de cerca de 2,1% do rendimento monetrio

    mdio.

    Em Portugal, no perodo em anlise, mais de do rendimento no

    monetrio associava-se autolocao ou rendas subjetivas, i.e.,ao valor estimado pelos agregados proprietrios ou usufruturiosde alojamento gratuito de renda da sua residncia principal. Estacomponente apresentava valores relativos entre 67,1% no Norte

    e 85,1% do rendimento no monetrio na regio de Lisboa.

    O peso relativo desta componente no rendimento total anual

    mdio das famlias era de 14,6% no total do pas, destacando-se a proporo mais elevada, 17,9%, na Regio Autnoma daMadeira, e a mais reduzida, 12,9%, na regio Norte.

    A proporo dos recebimentos gratuitos e salrios em gnerosera de 3,6% do rendimento total anual mdio dos agregados,

    apresentando valores entre 2,3% na Regio Autnoma dosAores e 5,4% no Algarve.

    O rendimento no monetrio proveniente de autoconsumorepresentava apenas 1,1% do rendimento total, com a regioCentro a registar o peso relativo mais elevado (2,2%).

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    A distribuio por grau de urbanizao revela igualmente algumas

    assimetrias no rendimento mdio das famlias. Em 2009, asfamlias residentes em reas predominantemente urbanasusufruram de um rendimento lquido anual mdio de 25 789,ou seja mais 8,3% do que a mdia do pas. Por outro lado, o

    rendimento mdio dos agregados familiares residentes emreas predominantemente rurais era o mais reduzido (16 660),representando 70% da mdia nacional.

    Prosseguindo nesta vertente atravs de uma anlise mais

    detalhada das diversas componentes do rendimento verifica-se que os rendimentos de trabalho por conta de outrem eram

    relativamente mais elevados nas reas mais urbanas (49,6% dorendimento total e 61,0% do rendimento monetrio) do que nas

    reas rurais (37,4% e 48,0%, respetivamente). Apesar de nose constatar a mesma situao com os rendimentos de trabalhopor conta prpria, a concluso anterior mantm-se quando

    considerados os rendimentos do trabalho em conjunto.

    Nas reas rurais os rendimentos de penses eram relativamente

    mais importantes para as famlias residentes, representando28,8% do rendimento total, face a 19,8% nas reaspredominantemente urbanas e 20,4% nas mediamente urbanas.Considerando apenas o rendimento monetrio, estes valores

    aumentavam para 37,0%, 24,4% e 25,9%, respetivamente.

    3.5. | Componentes do rendimento lquido anual mdio por grau de urbanizao, 2009

    Trabalho por conta de outrem

    Trabalho por conta prpria

    Propriedade e capital

    Penses

    Outras transferncias sociais

    Outras transferncias, de agregados e outras n.e.

    Autoconsumo e autoabastecimento

    0% 10% 20% 30% 40% 50% 60%

    Autolocao (renda subjetiva)

    Recebimentos gratuitos e salrios em gneros

    rea predominantemente urbana rea mediamente urbana rea predominantemente rural

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    O contributo do rendimento no monetrio na formao do

    rendimento total era tambm mais importante nas reasrurais (22,2%) do que nas reas predomin