industrialização brasileira - 1° período (1500 - 1808)

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Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro IFTM Campus Ituiutaba Curso Técnico em Informática Integrado ao 3° ano do Ensino Médio Disciplina: Geografia Industrialização no Brasil: Primeiro Período (1500 1808): Proibição Anelise Castro Queiroz Gabriel Resende Miranda Gustavo Souza Oliveira Jeniffer da Silva Alencar Letícia Finholdt Borges Lucca Alvarenga Manzi Furtado Thaís Ferreira de Menezes Professor: Leonardo Rocha Ituiutaba (MG) Março 2014

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Nessa época se fazia restrição ao desenvolvimento de atividades industriais no Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às distâncias entre a metrópole e a colônia.

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Page 1: Industrialização Brasileira - 1° Período (1500 - 1808)

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Triângulo Mineiro – IFTM

Campus Ituiutaba

Curso Técnico em Informática Integrado ao 3° ano do Ensino Médio

Disciplina: Geografia

Industrialização no Brasil:

Primeiro Período (1500 – 1808): Proibição

Anelise Castro Queiroz

Gabriel Resende Miranda

Gustavo Souza Oliveira

Jeniffer da Silva Alencar

Letícia Finholdt Borges

Lucca Alvarenga Manzi Furtado

Thaís Ferreira de Menezes

Professor: Leonardo Rocha

Ituiutaba (MG)

Março – 2014

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Introdução

Nessa época se fazia restrição ao desenvolvimento de atividades industriais no

Brasil. Apenas uma pequena indústria para consumo interno era permitida, devido às

distâncias entre a metrópole e a colônia. Essas classificavam-se, principalmente, como

de fiação, de calçados, ou de vasilhames.

A partir da segunda metade do século XVIII, algumas indústrias começaram a

crescer em território brasileiro, como é o caso das responsáveis pela fabricação de

mármore e as indústrias têxteis.

Portugal já era pioneira em tais áreas, e enxergou o desenvolvimento do Brasil como

uma concorrência direta ao comércio da corte, além de que essa relação poderia

compilar a independência econômica da colônia que, mais tarde, poderia ajudar em

eventuais processos de independência política.

Tendo em vista essa situação, em 5 de janeiro de 1785, D. Maria I assinou um alvará,

extinguindo todas as manufaturas têxteis da colônia, exceto a dos panos grossos para

uso dos escravos e trabalhadores.

O Pacto Colonial imposto por Portugal estabelecia que o Brasil (Colônia) só podia

fazer comércio com a Metrópole, não devendo concorrer com produtos produzidos lá.

Logo, o Brasil não podia produzir nada que a Metrópole já produzisse.

Desta forma foi estabelecido um monopólio comercial. Esse foi, de certa forma,

imposto pelo governo da Inglaterra à Portugal, com o objetivo de garantir mercado aos

comerciantes ingleses. Portugal nunca chegou a ter uma indústria significativa e desta

forma dependia das manufaturas inglesas. Portugal se beneficiava do monopólio, mas o

país era dependente da Inglaterra.

O marco final dessa “proibição industrial” se dá em 1808 com a Abertura dos Portos,

onde D. João VI (ao chegar no Brasil juntamente com toda a família real portuguesa)

revogou o alvará, abriu os portos ao comércio exterior e fixou taxa de 24% para

produtos importados, exceto para os portugueses que foram taxados em 16%.

Período Pré-Colonial (1500 - 1530)

Ciclo do Pau-Brasil

Por quase meio século depois do descobrimento, a "árvore de tinturaria" foi o único

interesse português no Brasil. A existência do Pau-Brasil despertou de imediato os

exploradores e a localização das árvores, bastante acessíveis no litoral, dispensavam

perigosas expedições ao interior.

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A madeira tinha mercado certo na Europa onde era muito apreciada como tintura

para tecidos. Portugal começou a usar a tintura no século XV mas, desde o século IX, os

árabes já comercializavam o chamado "pau de tinta" vindo da Índia.

Não demorou muito para a primeira riqueza do país chegar perto da extinção. A

exploração aliada à ocupação do litoral colocou em risco a existência do Pau-Brasil.

A extração da madeira brasileira foi arrendada a negociantes de Lisboa. Em 1502,

um consórcio privado começou a explorar pau-brasil e escravizar índios. A Coroa

recebia percentuais crescentes sobre o total arrendado e os negociantes obrigavam-se a

continuar explorando o litoral, construindo e guarnecendo a fortaleza.

A segunda expedição de reconhecimento das novas terras retornou a Portugal em

1503 com uma carga de pau-brasil e escravos índios. A terceira expedição (1503-1504),

da qual participou Américo Vespúcio, construiu uma fortaleza no porto hoje conhecido

como Cabo Frio(RJ), de onde era feito o chamado resgate (carregamento) da madeira

por navios europeus. Mais tarde surgiram pontos de resgate também em Pernambuco e

na Baia de Todos os Santos (BA).

As árvores eram cortadas por índios e os exploradores chegaram a carregar 20 mil

toras de pau-brasil só da feitoria de Cabo Frio. Esta intensa atividade de exploração não

formou núcleos de povoamento mas foi registrada na documentação portuguesa e nas

obras de artistas que retrataram os primeiros anos do Brasil.

Em 1832, com a notícia das primeiras descobertas de corantes artificiais, o mercado

do pau-brasil para tintura começou a diminuir até 1875 quando D. Pedro II extinguiu o

imposto especial cobrado sobre a exportação do pau-brasil que passou a receber a

mesma taxação das outras madeiras.

No entanto, uma nova etapa de exploração já estava iniciada. Em 1780, um artesão

francês mudou a curvatura dos arcos de violino em busca de uma sonoridade mais limpa

e descobriu que a densidade da madeira de pau-brasil dá o timbre perfeito, obsessão e

busca de muitos músicos. Hoje as grandes orquestras sinfônicas só utilizam pau-brasil

na feitura dos arcos de seus violinos e violoncelos dando preferência ao

"pernambucowood" e a madeiras cujas árvores de origem tenham mais de 150 anos de

idade.

Período Colonial (1530 - 1808)

Ciclo da Cana-de-Açúcar

Características:

O ciclo da cana-de-açúcar, a primeira grande riqueza agrícola e industrial do Brasil,

teve início quando foi simultaneamente introduzida nas suas três capitanias:

Pernambuco, Bahia e São Paulo. Em 1549, Pernambuco já possuía trinta engenhos, a

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Bahia, dezoito, e São Vicente, apenas dois. A lavoura da cana-de-açúcar era próspera e,

meio século depois, a distribuição dos engenhos perfazia um total de 256.

Representou um dos momentos de maior desenvolvimento econômico do Brasil

Colônia. Foi, durante muito tempo, a base da economia colonial. Tinha como objetivo

principal a venda do açúcar para o mercado europeu.

Além do açúcar destacou-se também a produção de tabaco e algodão:

Fumo (tabaco): embora tenha ocupado uma posição secundária na economia

colonial, sua plantação e exportação partiam do Nordeste e era utilizado como

produto para troca pelo escravo na África, juntamente com a aguardente.

Algodão: desenvolveu-se no Nordeste, em especial no Maranhão. Progrediu por

culpa da crise nos Estados Unidos (devido à sua independência) e por ser matéria

prima da indústria têxtil na Inglaterra.

Apesar de todas essas características, a escolha da cana-de-açúcar como sendo o

principal produto a ser investido em territórios coloniais se deu porque Portugal já tinha

experiência do cultivo da planta nas ilhas do Oceano Atlântico; além disso, o açúcar era

um produto de grande aceitação no mercado europeu por ser um artigo raro e de muita

procura.

As plantações ocorriam no sistema de plantation, ou seja, eram grandes fazendas

produtoras de um único produto, utilizando mão de obra escrava e visando o comércio

exterior.

Organização social dos Engenhos de Açúcar:

Além de escravista, era rural e patriarcal.

A sociedade colonial açucareira possuía dois grupos sociais básicos e opostos entre

si: o grupo dos senhores (constituído pelo proprietário das terras, dos engenhos, do

gado e dos trabalhadores) e o grupo dos escravos (tanto indígenas quanto africanos,

eram comprados, vendidos, alugados e trocados; não possuíam absolutamente nada, e

não eram donos nem de si mesmos).

Haviam, também, os trabalhadores livres e assalariados (como feitores, mestres do

açúcar, purgadores e carpinteiros) e os agregados, que faziam todo tipo de serviço em

troca de comida e moradia.

O capital:

Devido à falta de recursos para manter a indústria açucareira no Brasil, Portugal

manteve uma espécie de “sociedade” com os holandeses nas Ilhas Atlânticas: a

Metrópole ficaria encarregada de produzir e transportar o açúcar da Colônia até sua

capital, e os holandeses ficariam responsáveis pelo financiamento dos engenhos, pelo

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transporte do açúcar de Portugal à Holanda, pelo refino e pela colocação do produto no

mercado. Com isso, os holandeses ficariam com os maiores lucros da indústria

açucareira.

Mão-de-Obra:

A economia açucareira exigia vasta mão-de-obra. Diante disso, Portugal passou a

trazer escravos negros do continente africano, adquiridos em forma de escambo. No

último quartel do século XVI, foram trazidos 50 mil escravos principalmente para

Pernambuco e Bahia, vinha em sua maioria da Guiné e África Ocidental.

A partir de 1600, passou a vir 8 mil escravos por ano para a colônia. Eram trazidos,

principalmente, da Angola e do Reino do Congo e integravam dois grandes grupos: os

bantos e sudaneses.

Ao chegarem ao Brasil, os escravos eram enviados aos armazéns onde eram

negociados para trabalharem na plantação da cana-de-açúcar.

Nos engenhos os escravos trabalhavam até 18 horas por dia e alimentavam-se de

comida de péssima qualidade. A média de vida de um escravo chegava a 10 anos, e em

2 anos o proprietário retirava a despesa de sua compra, o restante era lucro.

Ciclo do Ouro

Iniciou-se no fim do século XVII quando o açúcar já não era tão importante devido

ao seu investimento que estava sendo feito na América Central; sendo assim, foi

necessário buscar uma outra forma de se obter uma economia rentável.

Portugal aproveitou que as primeiras minas de ouro em solo brasileiro (nas regiões

onde hoje ficam Minas Gerais e Goiás) estavam completamente “virgens”, e iniciou seu

processo de exploração.

Foi grande o fluxo de pessoas que se instalaram próximas às minas, interessadas em

trabalhar na região. Esvaziaram muitas cidades, vilas e até mesmo diversos engenhos do

Nordeste.

A exploração do ouro e diamante foram responsáveis pelos rumos da Colônia no que

se refere à interiorização e ao desenvolvimento urbano, através do surgimento de vilas e

povoados nas regiões mineradoras, provocando a diversificação profissional no local.

Tal processo foi tão importante que o governo português decidiu mudar a

capital de Salvador para o Rio de Janeiro, pois estava mais próximo das minas de

ouro.

O Governo de Portugal passou a regulamentar a exploração do ouro, proporcionando

a concentração do metal nas mãos de poucas pessoas. A Metrópole também criou alguns

impostos acerca do metal, destacando-se o quinto, a capitação e a derrama.

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Quinto: estabelecia que 20% do ouro extraído na Colônia e fundido nas casas de

fundição deveriam pertencer ao rei de Portugal;

Capitação: estabelecia uma taxa a se pagar à coroa por cada escravo na exploração

das minas;

Derrama: estabelecia que a colônia deveria arrecadar 1.500kg de ouro por ano.

A exploração, e as diversas taxas cobradas pela Coroa Portuguesa foram motivos

para muitas revoltas que ocorreram nessa época.

Por fim, o esgotamento das jazidas, associada à inexistência de técnicas apropriadas

de mineração, foram os responsáveis pela decadência do ouro no final do século XVIII.

Seu ciclo permaneceu até o ano de 1785.

Referências

Wikipédia: Brasil Colônia.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Brasil_Colônia

Acesso: 23 de Março, 2014.

Socio-História: Brasil Colônia, de 1500 à 1808.

Disponível em: http://sociohistoria2011.blogspot.com.br/2012/02/brasil-colonia-1500-

1808.html

Acesso: 23 de Março, 2014.

Wikipédia: História da Industrialização no Brasil.

Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/História_da_industrialização_no_Brasil

Acesso: 25 de Março, 2014.

Brasil Colônia.

Disponível em: http://brasil-colonia.info/mos/view/Economia/

Acesso: 25 de Março, 2014.

Tribuna da Bahia.

Disponível em: http://www.tribunadabahia.com.br/2012/11/21/transferencia-da-capital-

para-rio-de-janeiro

Acesso: 26 de Março, 2014.