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Industrial Pró www.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Novembro – 2014 – ANO VI edição 58 EMPRESA MITSUBISHI PRODUZ LANCER EM GOIÁS ENTREVISTA RYAN MCGONIGLE FALA SOBRE PATENTES Centro-Oeste celeiro do País ou patinho feio? REGIÃO PRECISA SE UNIR PARA DEFENDER SUA ECONOMIA, DO AGRONEGÓCIO À INDÚSTRIA Avança convalidação no Senado INCENTIVOS FISCAIS ADIAL 58_Layout 1 07/11/2014 11:40 Page 1

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IndustrialPrówww.adial.com.br REVISTA DE NEGÓCIOS DA ADIAL Novembro – 2014 – ANO VI

edição

58

EMPRESAMITSUBISHI PRODUZ LANCER EM GOIÁS

ENTREVISTARYAN MCGONIGLE FALA SOBRE PATENTES

Centro-Oeste celeiro do País

ou patinho feio?REGIÃO PRECISA SE UNIR PARA DEFENDER SUAECONOMIA, DO AGRONEGÓCIO À INDÚSTRIA

Avança convalidação no SenadoINCENTIVOS FISCAIS

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A KBL Accounting é uma empresa de soluções contábeis, consultoria tributária e auditorias de arquivos eletrônicos, que vem se destacando no mercado por oferecer serviços desenhados especificamente para clientes que buscam tranquilidade em relação à complexidade da legislação tributária brasileira. A KBL atende a clientes do segmento industrial, comercial e prestadores de serviços, em alguns casos é montada uma estrutura própria dentro do cliente, combinando eficiência operacional com alto desempenho.

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Expediente Editorial

Ofim do processo eleitoral abre um novo ciclo na gestão pú‐blica no País, que não será de mudança, mas sim de conti‐nuidade. Mas a reeleição não implica em repetir no ciclo

(2014‐2018) o mesmo projeto econômico adotado no anterior(2010‐2014). Neste aspecto, o governo Dilma Rousseff se com‐prometeu a fazer diferente ‐ sinal de que apesar de defender seuprojeto e legado, acredita que erros antigos precisam ser evitadosno futuro. Menos mal.

Algumas sinalizações claras dadas pela presidente: trocar o mi‐nistro da Fazenda, ter maior diálogo com os agentes públicos e eco‐nômicos, atacar a inflação e estimular investimentos. Apesar deprevisíveis, é preciso esperar para ver se de fato serão concretizadas.

A votação no Senado do projeto de lei que convalida os in‐centivos fiscais, alvo de várias ações no Supremo, é um caminhode reorganização tributária e um novo pacto federativo. Abor‐damos o tema nesta edição. A necessidade de união e açãoconjunta dos Estados do Centro‐Oeste na defesa de maiores in‐vestimentos públicos na região é essencial ‐ o que deverá unirtambém suas bancadas. A entrevista desta edição é com oconsultor americano Ryan McGonigle, com uma visão globalsobre patentes. Na coluna empresa, acompanhamos o anúncioda Mitsubishi, que começa a produzir o novo Lancer em Goiás.

Boa leitura a todos.

ADIAL ‐ Rua Dr. Olinto Manso Pereira, 837, 4ºandar ‐ Ed. Rizzo Plaza, Setor Sul, Goiânia Goiás.

CEP: 74.083‐060 Fone: (62) 3922‐8200www.adial.com.br

SUMÁRIO

O novo ciclo

PRÓ-INDUSTRIAL

Pró-Industrial3

Presidente do Conselho de Administração Cesar HelouVice‐Presidente Financeiro Rodrigo Penna de Siqueira

Conselho NatoCyro Miranda Gifford Júnior, José Alves Filho e Al‐berto Borges de SouzaVices‐Presidentes e Conselheiros Domingos Sávio Gomes de Oliveira, Valdo Marques, An‐gelo Tomaz Landim, Alberto Borges de Souza, Maximi‐liani Liubomir Slivnik, Vanderlan Vieira Cardoso, AnaniasJus no Jayme, Ricardo Vivolo, Heribaldo Egídio da Silva,Paulo Sérgio Guimarães dos Santos, Wilson Luiz daCosta, Marley Antônio da Rocha, Márcio Botelho Tei‐xeira, Olympio José Abrão, Pedro Henrique PessoaCunha, Sandro Scodro, Domingos Vilefort Orzil, AlfredoSes ni Filho, Carlos Luciano Mar ns Ribeiro, Rivas Re‐zende da Costa, José Alves Filho, José Carlos Garrote deSouza, Juliana Nunes, Evaristo Lira Baraúna, Romar Mar‐

ns Pereira, André Luiz Bap sta Lins Rocha, Antonio Be‐nedito dos Santos e Luiz Alberto Rassi.Diretor Execu voEdwal Freitas Por lho “Chequinho”Projeto Gráfico GráficaContemporânea PUC

COMERCIAL ‐ ANÚNCIOS (62) 3922‐8200 ou (62) 9125‐9526

EMPRESA Mitsubishi 16‐17

EDITORIAL O novo ciclo 3. // INTEGRAÇÃO REGIONALO hora do Centro‐Oeste 4‐7. // ENTREVISTA RyanMcGonigle 8‐10.// INCENTIVOS FISCAIS Aprovada con‐validação de bene cios 12‐13.// MARKETING & PRO‐DUTOS Novidades na indústria 14‐15.// LEITURA LivrosEmpresariais 18.// OPINIÃO Cesar Helou 19.//

Novembro 2014 Nº 58 Ano VI

EMPRESAS E INSTITUIÇÕES CITADAS NA EDIÇÃOKBL Accou ng (2), Mitsubishi (3, 16 e 17), IBGE (4 a 6), Conab (6), Esalq (6), Cfem (6), Baker and Rammells PA (8 e 9), Asipi (9), INTA (9), INPI (9 e 10),Senado (12, 13 e 19), CAE (12, 13 e 19), Confaz (12, 13 e 19), STF (12), O Popular (13), Bonduelle (14), Nestlé (14), La Fru a (14), Unilever (14), Sadia

(14), Fugini (14), Mabel (15), PepsiCo (15), GSA (15), Piracanjuba (15), Guepa (15), E (15), Sensorial (15), Salão do Automóvel de São Paulo (16),MMC Automotores (17), FGV Empreza (20) e Empreza Educação (20).

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INTEGRAÇÃO REGIONAL

Em Brasília, no Congresso e nos Estados, Região Centro‐Oeste terá de exigir mais politicamente,

mesmo porque seu fortalecimento econômico, comoceleiro do País, permite maior poder de negociação

A hora doCentro-Oestese unir e reagir

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OCentro‐Oeste brasileiro é apon‐tado por analistas econômicoscomo o celeiro do País. Os núme‐ros confirmam esta vocação daprodução agropecuária. Entre as

20 cidades com maiores PIBs do agronegóciodo País, com dado do IBGE, 14 são da RegiãoCentro‐Oeste – a grande maioria no MatoGrosso e Goiás. Avaliando pelo ângulo daprodução, o PIB regional é forte, com quatrounidades da federação em franca expansão emelhoria nas últimas duas décadas, no ran‐king de maiores Estados do País.

Com a atualização dos dados, a região res‐ponde por quase 10% do PIB nacional. DistritoFederal é o 7º (R$ 170 bilhões); Goiás é o 9ºmaior Estado do País (quase R$ 120 bilhões);Mato Grosso, 14º (R$ 75 bilhões); Mato Grossodo Sul, 17º (R$ 50 bilhões). Apesar de reali‐dades econômicas diferentes, são unidades dafederação com fatores de crescimento semel‐hantes – exceto Brasília que é focada em comér‐cio e serviços privados e públicos.

No entanto, apesar da recente evoluçãoeconômica, a região pouco atua em conjuntopoliticamente. Seja no Congresso ou entre ospoderes executivos estaduais, neste novociclo político que se inicia agora em janeirode 2015, existe uma possibilidade maior deintegração entre os Estados, com um fortale‐cimento de um bloco econômico e políticopara enfrentar os desafios que, isolados,ficam mais difíceis para os Estados.

São quatro Estados que compõem 10% doPIB. O Sul e Sudeste, regiões também com‐postas de poucos Estados, tiveram uma evo‐lução econômica muito antecedente aoCentro‐Oeste – quase um século antes – e seconsolidaram como centros de produção econsumo do País.

Na Câmara dos Deputados, a bancada doCentro‐Oeste é composta por 41 deputados‐ que representa 8% dos votos da Casa. O Es‐tado do Rio de Janeiro, por exemplo, conta,sozinho, com uma bancada de 46 parlamen‐tares. Todo Sudeste, soma 179 deputados,mais do que o quádruplo do Centro‐Oeste.Ainda assim, a nova bancada de parlamen‐tares do Centro‐Oeste, além de reduzida, ébem dividida, sendo que 40% de deputadosde situação e de 40% de oposição – com 20%de neutros.

No Senado, a situação se equilibra, pois onúmero de parlamentares por Estado é limi‐tada a três. No entanto, se o Centro‐Oeste écompatível com Sul e Sudeste, não se com‐para a quantidade de senadores nordestinos.

A tendência é que nos próximos anos, o“Bloco do Centro‐Oeste” no Congresso ama‐dureça sua atuação conjunta, independentea que partido pertença o parlamentar e quegoverne o País, mas construindo uma forçapolítica que acompanhe o desenvolvimentoeconômico da região. As ações de defesa daseconomias regionais precisam ser estrategi‐camente planejadas.

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Pró-Industrial6

INTEGRAÇÃO REGIONAL

O Centro‐Oeste pode facilmente serclassificado no mesmo texto como anova fronteira do crescimento nacional,com safras recordes, alta produtividadee fenômeno da exportação de alimentosmundial, e, mas também, ter solene‐mente ignorado seu papel na conduçãopolítica e decisões estratégicas mesmoem áreas que detém esse poderio eco‐nômico. Mas, há muito tempo, a regiãose mostra incomodada com isso,deixando claro que não ser um meroquintal da Região Sudeste.

A independência e autonomia eco‐nômica construída dão aos agentes lo‐cais importância nesta mesa dediscussão. O Centro‐Oeste não é funcio‐nário do Sudeste. Exercer sua emanci‐pação requer altruísmo, desobediênciae habilidade. Algumas gerações de ban‐cadas de congressistas abnegados e comautoestima e espírito de soberania vãoconstruir esta desejável autoridade doCentro‐Oeste.

A demanda mundial crescente poralimentos, principalmente de soja,milho, carne bovina, leite, frango e cana‐de‐açúcar, coloca o Centro‐Oeste brasi‐leiro na posição de protagonista naeconomia brasileira. Em vários ran‐kings, Goiás, Mato Grosso e MatoGrosso do Sul estão entre líderes nacio‐nais de produção e produtividade –quando não estão em primeiro e se‐gundo lugar. Medir esta importância ésimples, basta tentar responder a se‐guinte questão: O que seria da econo‐mia nacional sem a produção dealimentos do Centro‐Oeste?

Movidas por tratores e colheitadei‐ras, fábricas e mercado consumidor, oCentro‐Oeste do País registrou o maiorcrescimento do consumo per capita doPaís, com avanço de 78%, entre 2005 e

2010. Parcela importante dos 5,1 milhãode empregos gerados no Brasil, entre2003 e 2014, ocorreu no Centro‐Oeste –apontado por especialistas pelo ciclo ir‐

tuoso dos efeitos multiplicadores darenda e emprego, associado aos efeitosaceleradores dos investimentos regio‐nais, sobretudo em infraestrutura.

Centro-Oeste: fronteirado desenvolvimento

CARNE BOVINA1º) MT2º) MS3º) SP4º) GO5º) MG

Fonte: IBGE (2013)

SOJA1º) MT2º) PR3º) RS4º) GO5º) MS

Fonte: Conab (2013)

MILHO1º) PR2º) MT3º) GO4º) MG 5º) MS

Fonte: IBGE (2012/2013)

LEITE1º) MG2º) RS 3º) PR4º) GO5º) SP

Fonte: IBGE (2013)

ETANOL1º) SP2º) GO3º) MG4º) MS5º) PR

Fonte: Esalq (2013)

CARNE SUÍNA1º) SC2º) RS 3º) PR4º) MG5º) MT

Fonte: IBGE (2013)

MINÉRIOS1º) MG2º) PA 3º) GO4º) SP5º) BA

Fonte: Cfem (2010)

COURO1º) MT2º) MS3º) SP4º) RS5º) GO

Fonte: IBGE (2013)

Ranking dos rankings

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O ponto forte da economia dos Esta‐dos do Centro‐Oeste é o agronegócio. Éa origem da formação desde os primei‐ros negócios, ainda na era subsistência.E como a grande commodity do mundoé o alimento, a região profissionalizacada vez mais sua produção, atendendofortemente os mercados internos e exter‐nos. A fronteira agrícola passou pela re‐gião ‐ e ainda avança no Norte do MatoGrosso e de Goiás, deixando bons nú‐meros. Os três Estados agrícolas da re‐gião estão em expansão.

O modelo já se tornou empresarial.Mesmo as atividades de suporte à pro‐dução e ao produtor rural, por mais sim‐ples que sejam, são atendidas porprofissionais liberais qualificados e/ouempresas especializadas. O campo semodernizou e dialoga com a atividadeempresarial urbana. O ganho de produ‐tividade coloca o Centro‐Oeste comouma das regiões mais modernas paraproduzir alimentos no mundo.

Multinacionais e empresas locais,que cresceram na era do agronegócio,hoje respondem pelo aproveitamento eprocessamento de grande parte da pro‐dução agropecuária. Se parte ainda é ex‐portada in natura, que é uma realidade,esta é realizada por grandes indústrias.Assim, seja o produto processado ounão, entre os produtores e os grandesmercados mundiais têm sempre umaempresa atuando. Estas indústrias mo‐dificaram o panorama de negócios noEstado. O setor, na década de 70, repre‐sentava 5% do PIB. Atualmente, ultra‐passa 35%.

Mais de 60% dos alimentos consumi‐dos no País, do leite à carne, arroz, feijãoe açúcar, são produzidos no Centro‐Oeste. As indústrias instalaram, por isso,suas fábricas na região. E, pelos núme‐ros, não arrependeram. É muito baixo oíndice de fechamento de indústria,sendo que a maioria passa por expansãocinco anos após a inauguração.

Se o agronegócio é a grandemarca do Centro‐Oeste, não se podeesquecer que o Distrito Federal, aunidade federativa que não tem aprodução agrícola como força, é des‐taque nacional no setor de serviços.Goiás, é bom destacar, é forte no co‐mércio e, principalmente, no comér‐cio atacadista‐distribuidor. Essaheterogeneidade econômica da re‐gião a fortalece.

O setor de serviços é uma marca doDistrito Federal por estar em Brasília ocentro administrativo federal do País,que atrai, por exemplo, parte do setorfinanceiro ‐ e todos sub‐setores ‐ parase instalarem na região e o de turismo.A renda per capita é de longe a maiordo País e o PIB da capital fica atrás ape‐nas de São Paulo e Rio. Com isso, o eixode consumo Goiânia‐Anápolis‐Brasíliaé apontado como um dos mais promis‐sores do País, atraindo investimentosem comércio, indústria e construção.

AAgronegócio Indústria Comércio e serviços

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Nome: Ryan McGonigle Área de atuação: advogado norte‐americano, da Baker and Rammells, PA

ENTREVISTA

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Michal Gartenkraut

Oadvogado norte‐americanoRyan McGonigle é um dosespecialistas mais respeita‐

dos na área empresarial nos EUA,principalmente, na gestão de marcas epatentes, propriedade industrial, nasáreas de marcas, copyright e tradedress. McGonigle, que é sócio no escri‐tório de Baker and Rannells, PA comsede no estado de New Jersey (EUA),respondeu aos questionamentos daPró‐Industrial por e‐mail. Fluente emportuguês e espanhol, ele é membro daAssociação Inter‐Americana de Pro‐priedade Intelectual (ASIPI) e Inter‐national Trademark Association(INTA). Ryan está admitido a praticarnos tribunais estatais e federais dos Es‐tados de New York e New Jersey. O es‐pecialista, na entrevista a seguir, tratado tema marcas industrial nos merca‐dos americano, brasileiro e europeu erecomenda: “Antecipe‐se, registre eevite problemas futuros.” Confira a se‐guir os principais trechos da entre‐vista:

O registro de patentes e ideiasnão é, historicamente, uma preo‐

cupação do empresário brasi‐leiro. Essa situação tem mudadonos últimos anos?

Sim, começando com a ratifica‐ção do Tratado de Cooperação emMatéria de Patentes (conhecidopela sua sigla em inglês, “PCT”)em 1978, a perspectiva do empre‐sário brasileiro vis‐à‐vis patentestinha mudado bastante. O PCT,entre outros tratados ou conven‐ções em vigor no Brasil, tem a van‐tagem de conceder ao empresáriobrasileiro o direito de prioridadeem outros países que mantenhamacordo com o Brasil. Hoje em dia,o PCT tem 148 estados‐membros.Com um simples “clique”, o em‐presário brasileiro pode reivindi‐car no pedido brasileiro, essaprioridade em outros países ‐ sema necessidade de rentabilizar a suainvenção. Há pouco tempo, oINPI inaugurou o sistema ePCT‐filing para racionalizar o processo.Com tudo em conta, isso lheconfere ao empresário brasileiro ahabilidade de estabelecer o valorprático da sua invenção fora doterritório nacional com um influxo

moderado de capital.

O setor industrial, por adotarconstantes práticas de desenvol‐vimento de produtos e marcas, éum dos mais afetados por açõescontra propriedade intelectual.

Visão externasobre patente

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O empresáriobrasileiro deveadotar uma es‐tratégia orien‐

tada para ofabricante chinêspara evitar pro‐blemas antes queeles começem a

surgir.”

PRÓ­INDUSTRIAL ENTREVISTA ESPECIALISTA AMERICANO SOBRE MARCAS E PATENTES, QUE ABORDA

COMO A INDÚSTRIA DEVE CUIDAR DE SUA MARCA

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Já foram registrados casos emque o concorrente passa a fabri‐car produtos e nomes semel‐hantes, citando na embalagem ouno marketing “similar a tal pro‐duto (nome do concorrente).”Como a indústria deve agir e seproteger?

A lei brasileira dispõe que “apropriedade da marca adquire‐sepelo registro validamente expe‐dido.” Por isso, por um lado, a in‐dústria tem de apresentar – oquanto antes possível – pedidosde registro de marca para as suaspropriedades intelectuais. Após oregistro da marca, se o concorrentevai demasiado longe, a lei brasileiratambém prevê como crime contraregistro de marca quem: “repro‐duz, sem autorização do titular, notodo ou em parte, marca regis‐trada, ou imita‐a de modo quepossa induzir confusão ou alteramarca registrada de outrem já in‐veste em produto colocado nomercado”. No que se refere aomarketing similar, a publicidadenão pode ser enganosa. Se é enga‐nosa, deve ser proibida. Nos EUA,é completamente ilícita, citar naembalagem ou no marketing algocomo, “compare este produtocom” qualquer outra marca.

Algumas empresas usam o fabri‐cante chinês para importar produ‐tos que, muitas vezes, foramencomendados com modelo prée‐definido, uma cópia de um pro‐duto local. Essa operação pode sercoibida já que o produto é feitofora do País, ou seja, vem Made inChina?

O empresário brasileiro deveadotar uma estratégia orientadapelo fabricante chinês a evitar pro‐blemas antes que eles começem asurgir. Primeiramente, faz uma

auditoria do seu fabricante chinêspara averiguar a origem dos mode‐los que esta utilizando para fabricarprodutos destinados para o Brasil.Segundo, garanta que as suas mar‐cas estejam apresentadas em todosos países.

E o contrário, como proteger umainvenção, produto ou marca bra‐sileira em mercados como EstadosUnidos e Europa?

Tal como mencionei antes, oempresário brasileiro pode utilizaro PCT para estender as suas pa‐tentes aos EUA e Europa. NosEUA, o empresário brasileiro podeapresentar as suas marcas sob: umaintenção de uso; uso atual no terri‐tório dos EUA; ou um pedido ouregistro brasileiro. É imperativolembrar que o empresário brasi‐leiro tem de utilizar as suas marcasno território dos EUA para mantê‐las. Mas, o início das vendas nosEUA, podia ser modesto – cres‐cendo aos poucos – porque até opróprio Starbucks começou comapenas uma loja. A situação naUnião Europeia é diferente. O em‐presário brasileiro pode registrar as

suas marcas sem a prova de uso.Sendo assim, uso no mercado co‐munitário é essencial para evitarum contra‐ataque sob a base de umabandono presumido.

É importante destacar que antesde vender/exportar produtos parao exterior, é aconselhavel que o em‐presário realize uma busca préviapara determinar a disponibilidadeda sua marca fora do Brasil. Umregistro é a proteção obtida juntoao INPI e apenas produz efeitos noterritório brasileiro. Esse preceitose chama "territorialidade." Se foro caso que a marca esta disponívelem outros países (e antes de ex‐portá‐lo), seria recomendável de‐positar um novo pedido no país outerritório onde você pretende ven‐der. Sempre é recomendável efe‐tuar um registro de antemão, antesde se lancar em negociações comdistribuidores, exportadores ouclientes no exterior.

Isso, inclui situações de contra‐tos de industrialização de produtosno exterior (p.e., private label) paraexportação e venda no Brasil. Jávimos situações nos EUA (e em ou‐tros países através de acordos "pri‐vate label") no que umdistribuidor/importador/industrialpraticar um tipo de "concorrênciadesleal" através da apresentação depedidos de marcas alheias de com‐panhias conhecidas ou de compan‐hias a quem está fabricandoprodutos. O preceito de territoria‐lidade pode isolar esse terceiro deacusações de infringir e fraudar.Assim sendo, me faz lembrar deum dito famoso daqui: "A maiorofensiva e uma boa defesa." Se sepreparar com antecedência para osmales, você pode evitá‐los. Umjeito certo de evitar problemasantes de que surjam é realizar o re‐gistro da marca.

Pró-Industrial10

A maior ofen‐siva é uma boadefesa. Se sepreparar comantecedênciapara os males,

você pode evitá‐los.”

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12 Pró-Industrial

AComissão de Assuntos Eco‐nômicos (CAE) aprovou,nesta terça‐feira (4), projetoque permite aos estados e

ao Distrito Federal (DF) a convalida‐ção dos incentivos fiscais, alvos de vá‐rias ações no Supremo TribunalFederal (STF). A decisão foi precedidade uma rodada de negociações no ga‐binete do relator, senador Luiz Hen‐rique (PMDB‐SC), com algunssecretários estaduais de Fazenda e ocoordenador do Conselho Nacionalde Política Fazendária (Confaz), JoséTostes.

O texto aprovado é o quinto substi‐tutivo apresentado por Luiz Henriqueeste ano e incorporou parcialmenteemendas dos senadores Ricardo Ferraço(PMDB‐ES) e Romero Jucá (PMDB‐RR)ao projeto original (PLS 130/2014) da se‐nadora Lúcia Vânia (PSDB‐GO). A pro‐posta deverá ser votada pelo Plenário,

onde poderá receber novas emendas.Os entendimentos, que envolveram

também o secretário da Fazenda de SãoPaulo, Andrea Calabi, levaram o sena‐dor Eduardo Suplicy (PT‐SP) a retirarvoto em separado pela rejeição da pro‐posta. Foi decisiva na votação destaterça‐feira a possibilidade de o Su‐premo Tribunal Federal (STF) colocarem pauta este mês a Proposta de Sú‐mula Vinculante 69, que considera in‐constitucionais os incentivos fiscaisrelativos ao ICMS concedidos sem pré‐via aprovação do Confaz.

Para Romero Jucá, a edição dessa sú‐mula poderá causar "um verdadeiro ter‐remoto econômico" nos estados menosdesenvolvidos. Ricardo Ferraço obser‐vou que o projeto aprovado pela CAEpode ajudar a superar a insegurança ju‐rídica responsável pela paralisia nos in‐vestimentos.

O substitutivo permite aos estados e

ao DF a celebração de convênios para aremissão (perdão) dos créditos tributá‐rios decorrentes de incentivos instituí‐dos em desacordo com a Constituição.Ao mesmo tempo, faculta a recriaçãodesses benefícios. Atualmente, qualquerconvênio com esse objetivo requer a ade‐são dos 27 secretários estaduais de Fa‐zenda. A nova regra, aplicável apenas àsconvalidações, torna válido o convênioque tiver a assinatura dos representantesde dois terços dos estados e um terço dasunidades federadas integrantes de cadauma das cinco regiões do país.

Os estados e o DF terão de publicar,nos respectivos diários oficiais, relaçãode todos os atos normativos referentes aisenções, incentivos e benefícios fiscais.Além disso, se obrigam a depositar nasecretaria executiva do Confaz todos osdocumentos relativos a essas operações,sob pena de tê‐las revogadas.

Conforme o substitutivo, os estados

Senado aprova convalidaçãodos incentivos fiscais

PROJETO DE LEI JÁ PASSOU POR COMISSÃO E DEVE SER VOTADO EM PLENÁRIO.ACORDO PARA APROVAÇÃO SAIU APÓS RISCO DO STF VOTAR SÚMULA

Projeto pode ir ao Plenário na próxima semana

INCENTIVOS FISCAIS

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Pró-Industrial13

e o DF poderão prorrogar os incentivosfiscais desde que sejam cumpridos al‐guns prazos‐limite para as empresas ti‐rarem proveito desses benefícios: 15anos para atividades agropecuárias e in‐dustriais e investimentos em infraestru‐tura rodoviária, aquaviária, ferroviária,portuária, aeroportuária e de transporteurbano; oito para manutenção ou incre‐mento de atividades portuárias e aero‐portuárias vinculadas ao comérciointernacional; e três anos para operaçõesinterestaduais com produtos agropecuá‐rios e extrativos vegetal in natura.

Os Estados e o DF poderão estendera concessão dos incentivos a outroscontribuintes estabelecidos em seu terri‐tório, sob as mesmas condições e nosprazos‐limite anteriormente estabeleci‐dos. Também é permitido a um estadoaderir a benefícios fiscais instituídos poroutro na mesma região.

O substitutivo de Luiz Henriquetira do caminho da convalidação res‐trições da Lei Complementar 101/2000.Um dos pontos visados pelo texto é oartigo 14 dessa norma, conhecidacomo Lei de Responsabilidade Fiscal(LRF), que prevê a elaboração de esti‐mativa de impacto orçamentário‐fi‐nanceiro da concessão ou ampliaçãode incentivo fiscais. Uma medida tam‐bém afastada é a obrigatoriedade decompensação pela perda de receita de‐corrente do benefício fiscal, como au‐mento ou criação de tributo.

Vários senadores, como Ana Amélia(PP‐RS), Lúcia Vânia, Cyro Miranda(PSDB‐GO), Gleisi Hoffmann (PT‐PR),Waldemir Moka (PMDB‐MS) e VanessaGrazziotin (PCdoB‐AM), destacaram aimportância da decisão da CAE para osinvestimentos nos estados.

SEFAZ‐GOJosé Taveira, secretário de Fazenda

de Goiás, celebrou a aprovação, comodisse ao Popular. Segundo ele, foi abertocaminho para um grande acordo entreos Estados para discutir a reforma tribu‐tária. “Mas é preciso aguardar umpouco mais antes de se falar na reduçãodas alíquotas estaduais”.

Também favorável à convalidação

dos incentivos, o senador Walter Pin‐heiro (PT‐BA) anunciou a intenção de re‐tomar a discussão da reforma do ICMSe da criação de dois fundos ‐ um paracompensar os estados por eventual

perda de receita com a unificação dasalíquotas e outro para estimular o des‐envolvimento regional – que integra‐vam um conjunto de medidas propostasem 2013 pelo Executivo.

“A guerra nãoacabou, mas a

vitória de agoraé importante”

Flávio Rodovalho,tributarista e consultor

da ADIAL

“A nova regra pro‐posta para as decisões

do Confaz vai obrigar osEstados mais poderososa pensar o quanto é im‐portante para o Brasil eas futuras gerações o de‐senvolvimento regional.”

senador Cyro Miranda

“É um projeto muitoimportante para os

nossos Estados porquedá segurança jurídicapara as empresas queestão dependendo des‐

ses incentivos.”senadora Lúcia Vânia,

autora do PLS 130/2014

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Pró-Industrial14

FuginiA Fugini Alimentos apresenta a linha de condi‐

mentos em stand‐up pouch (bolsa plástica flexívelque fica em pé) com bico dosador. A linha conta comcinco produtos: Ketchup, nas versões 340 gramas e200 gramas, Maionese, também nas mesmas ver‐sões e Mostarda, na versão 200 gramas. Segundo aFugini, as novas embalagens apresentam como van‐tagens a facildade de uso e armazenagem; shapeanatômico, proporcionando fácil aplicação do pro‐duto; conceito “utilização até a última gota”; e evitaa entrada de ar, prevenindo a oxidação e contamina‐ção do produto.

NestléA marca apresenta três

sabores de sorvete que vãointegrar a linha La Frutta durante overão: morango com framboesa,manga com maracujá e coco comabacaxi. Todos os sabores sãovendidos em embalagens paraconsumo coletivo. Segundo aNestlé, os sorvetes são feitos àbase de água e com textura maisleve do que os tradicionaisproduzidos com leite. Outraaposta são os novos sabores depicolés: +Manga e +Coco.

Bonduelle amplia linha devegetais congelados. A marca estáampliando seu portfólio de vegetaiscongelados e lança três novas opçõesde misturas: Vegetais à Oriental,Vegetais à Grega e Vegetais à Russa,além de já contar com a CouveManteiga. Os produtos sãodistribuídos em embalagens nasversões 300g e 1,02kg, exceto acouve manteiga que estará disponível apenas naversão de 1,02kg.

Bonduelle

SadiaA linha Soltíssimo da Sadia terá

cinco opções de fatiados: queijo prato,presunto cozido, mortadela defumada,queijo mussarela e peito de Peru, todoscom embalagens de 200 g. A linhaconta com a tecnologia S‐Fresh, queoferece maior praticidade e frescor aoproduto, segundo a marca, além decontar com embalagens “abre e fecha”.Segundo a empresa, os frios serãoproduzidos na fábrica de Tatuí, em SãoPaulo, e inicialmente comercializadosapenas no Rio de Janeiro e São Paulo,com possibilidade de ampliação para osdemais Estados.

UnileverO Brasil será o primeiro dos 150 países onde a

Unilever atua a receber a linha infantil da marca Dove,que deve chegar ao mercado neste mês. A Baby Dove éuma extensão da marca principal, assim como a DoveMen Care, voltada para os homens. A linha infantil dosprodutos será o maior investimento da Unilever nosegmento de cuidados pessoais no Brasil desde 2011. Amarca Dove, como um todo, responde por 25% dasvendas da empresa no Brasil nessa área.

MARKETING & PRODUTOS

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O produtoganhou novaformulação feita comingredientes naturais,segundo a empresa.Outra novidade é aembalagem upsidedown, que possui atampa na parteinferior, com válvulapara controle dofluxo e formatoergonômico.Segundo a pesquisarealizada comconsumidores pelaSensenova, institutode pesquisaespecializado emdesenvolvimento epesquisa Sensorial, olançamento obteve95% de aceitaçãogeral e intenção de compra. O produto atende ademanda de uma categoria, que segundo o ConsumerBook Kantar 2014, cresce 13% em volume.

Piracanjuba

Os biscoitos Toddy Wafer e as rosquinhas Mabel, daPepsiCo, apresentam novas embalagens para o consumoindividual. Os produtos estão disponíveis nas versões de29 gramas e de 60 gramas respectivamente. Segundo aPepsiCo, as novas embalagens têm o tamanho ideal parao consumo rápido e conveniente.

Mabel

E

A Piracanjuba unificou os produtos da marca destinados ao públicoinfantil na família Pirakids. A linha Pirakids agora contempla as bebidaslácteas Pirakids e Piracanjuba zero lactose, e o leite UHT IntegralPiracanjuba Crescer. A nova identidade visual da família Pirakids foiidealizada pela Guepa, agência de design especializada na gestão demarcas. O destaque foi a mascote, que ganhou contornos lúdicos. Asembalagens ficaram mais coloridas. A intenção é dar destaque nospontos de vendas e promover a identificação do público com o produto.

“Nosso intuito foi tornar ocontato com o consumidormais claro e fácil, sempreressaltando o conceito defamília”, afirma LisianeGuimarães, gerente demarketing da Piracanjuba.

GSAA GSA amplia a

linha de refrescos com o sabor Caju.O produto será distribuído em todoo país, nas opções 2L e 10L e devechegar às gôndolas dossupermercados neste mês de outubro. Alémda novidade, a linha conta com os sabores goiaba, frutasvermelhas, salada de frutas, abacaxi, manga, uva, morango, laranja,limão, maracujá e tangerina na versão 1L, goiaba, jabuticaba, frutasvermelhas, salada de frutas, manga, uva, morango, tangerina,maracujá, laranja, frutas roxas e abacaxi, na versão 2L e salada defrutas, morango, maracujá e laranja, na versão 10L.

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Visual arrojado com espaço desobra para toda a família. OLancer já conquistou as ruasde todo o Brasil com seu visualinovador e muito conforto.

Agora esse sedan ganha as cores do Brasil epassa a ser produzido na fábrica da Mitsubi‐shi Motors, em Catalão (GO), onde mantémoperação há 16 anos.

"A nacionalização do Lancer é umgrande marco para a Mitsubishi Motors doBrasil. É o primeiro sedan a ser produzidoem nossa fábrica, o que nos deixa muito or‐gulhosos. Junto com a inauguração da linhado Lancer, estamos finalizando a construçãoda nova fábrica de pintura com equipamen‐tos de última geração. Tudo isso faz parte do

investimento de R$ 1 bilhão do programaAnhanguera II, onde também lançamos a fá‐brica de motores e novas linhas de produ‐ção", garante Robert Rittscher, presidente daMitsubishi Motors do Brasil. Além do Lan‐cer, as picapes L200 Triton, os SUVs PajeroTR4 e Pajero Dakar e o crossover ASX são fa‐bricados em Catalão.

As principais características deste sedanforam mantidas e o Lancer 2015 ganha onovo sistema multimídia com recursos iné‐ditos e uma tela Black Glass Touch Screen de7". Repleto de recursos e sensível ao toque,tem uma navegação intuitiva, similar aosmais modernos tablets e smartphones, e vemcom um acabamento cromado, oferecendoainda mais requinte ao interior.

O sistema multimídia é equipado comnavegador GPS, Bluetooth com transmissãode áudio, dual vídeo zone, USB com interfacepara smartphones, CD/DVD, rádio, entradaauxiliar e para cartões SD, e o Dynamic In‐formation System (DIS), com acelerômetro,aceleração lateral, bússola, inclinação frontale altitude.

O Lancer 2015 passa a ser oferecido emoito cores e ganha o novo Rear Lip Spoilernas versões GT e AWD, conferindo aindamais sofisticação no visual do veículo. Asversões CVT e MT recebem um novo para‐choque dianteiro, que resultam em menorruído, melhor aerodinâmica e aparência maisesportiva.

O Lancer é um veículo completo e vem

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EMPRESA

Mitsubishi vai produzirnovo Lancer em GoiásMODELO FOI APRESENTADO NO SALÃO DO AUTOMÓVEL DE SÃO PAULO. SEDAN SERÁFABRICADO EM GOIÁS, ASSIM COM JÁ SÃO O PAJEROS TR4 E DAKAR, A L200 E O ASX

Pró-Industrial

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17 Pró-Industrial

Em 1990, o mercado brasileiro seabria para as importações. Em 1991,os primeiros veículos Mitsubishidesembarcaram no País e a cidade deSão Paulo inaugurou o primeiroponto de venda da marca paracomercializar a L200. A escolha destesegmento e o início da importação doPajero Full, em 1992, foram umsucesso. Em apenas dois anos, aempresa já contava com 20concessionárias Mitsubishi em 18cidades do País. Uma redediversificada que importava edistribuía os modelos Lancer, SpaceWagon, Eclipse, 3000GT, Colt e PajeroFull.

Nascia a MMC Automotores doBrasil. Alguns anos depois, em 1998,foi inaugurada a fábrica da MitsubishiMotors Brasil, localizada em Catalão,em Goiás, promovendo odesenvolvimento da região. Em meioa uma ampla área ambiental, aunidade da Mitsubishi Brasil nasceupautada pela excelência da qualidadee pela sustentabilidade, com autilização responsável da água e adestinação adequada de seus

resíduos sólidos desde o início. Comuma área construída de 14 milmetros quadrados, no dia 15 de julhosaía da linha de montagem a primeiraMitsubishi L200. Cabine dupla, motora diesel e tração nas quatro rodas.

Em 2004, uma nova marcaentraria para a história: já eram 100mil veículos Mitsubishi vendidos noBrasil. Três anos depois, em 2010, aMitsubishi anunciava o projetoAnhanguera II, que previa expansãopara 247 mil metros quadrados deárea construída até 2015.Atualmente, a fábrica de Catalãolibera mais de 300 veículos por dia,com os mais altos padrões dequalidade em seus processos, desdeo projeto de desenvolvimento doproduto até a Auditoria Final pós‐montagem.

São fabricados, em Catalão, osmodelos do Pajero TR4, PajeroDakar, linha L200 Triton e ASX – como Lancer entrando agora em linha. Amontadora importa os modelos doPajero Full, Outlander, Lancer Sedan,Lancer Sportback Ralliart e LancerEvolution X.

HISTÓRIA DE SUCESSO NO BRASIL

Fábrica da Mitsubishi, em Catalão

equipado com novas rodas aro 18", únicasno segmento e com design exclusivo parao modelo, sensor de acendimento de fa‐róis, sensor de chuva, piloto automático econtrole de áudio integrados ao volante,ar condicionado automático e computa‐dor de bordo no centro do painel, quereúne as informações que podem ser fa‐cilmente visualizadas com um simplestoque no botão. Nas versões com câmbioCVT, os Paddle Shifters oferecem a possi‐bilidade da troca manual de marchas,assim como na alavanca no console cen‐tral, dando um toque ainda mais espor‐tivo ao veículo.

Com a produção nacional, o Lancerrecebeu uma nova calibração no sistemade suspensão, deixando o veículo aindaadequado para as ruas e estradas brasilei‐ras, além do novo pacote antirruído, quetraz conforto para o motorista e passagei‐ros. O Lancer tem um sistema de aberturado porta malas com braços pantográficos,que não ocupam espaço interno, não in‐terferem no fechamento da tampa e nãocausam danos às bagagens.

O Lancer é um carro versátil, capaz delevar toda a família com muito conforto.O interiorPremium Black traz bancos comcouro nas versões GT e AWD, além docomputador de bordo com tela de LCDcolorida de alto contraste, que traz todasas informações do veículo com um sim‐ples toque no botão.

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REFORMA POLÍTICAO livro reúne alguns dos artigos de Murillo de Aragão, análises e propostas sobre a reforma política no

Brasil. Ele não fica preso apenas ao imediato nem ao circunstancial, tenta com coragem mergulhar no caosda realidade política do Brasil, fazendo interpretações, tirando lições e apontando caminhos. O autor traz

ao debate as principais propostas que estão sendo discutidas, as perspectivas reais para uma reformapolítica a curto e a médio prazo e para o futuro da nossa democracia.

DÉCADA PERDIDAEste livro trata dos dez primeiros anos do Partido dos Trabalhadores no poder, de janeiro de 2003 a

dezembro de 2012. Analisa, portanto, os dois mandatos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e os doisanos iniciais da gestão de Dilma Rousseff. Mais do que retrato definidor de uma Década perdida, otrabalho de Marco Antonio Villa desnuda padrões, revela modelos de comportamento, fixa estilos deconduta, o próprio modus operandi do PT no poder, o método, segundo o autor: aparelhar o Estadodesde dentro e de forma que, progressivamente, não mais se distinga do partido.

O NOVO CAPITALNenhum livro de economia publicado nos últimos anos foi capaz de provocar o furor internacional

causado por O capital no século XXI, do francês Thomas Piketty. Seu estudo sobre a concentração deriqueza e a evolução da desigualdade ganhou manchetes nos principais jornais do mundo, gerou

discussões nas redes sociais e colheu comentários e elogios de diversos ganhadores do Prêmio Nobel. Fruto de quinze anos de pesquisas incansáveis, o livro se apoia em dados que remontam ao século

XVIII, provenientes de mais de vinte países, para chegar a conclusões explosivas.

PELO MENOS, O BÁSICODesconstrua o jargão e compreenda como você está envolvido na economia

do dia a dia. Se você quer entender o básico de economia e compreender umassunto que nos afeta todo dia, então acabou de encontrar o que precisa noEconomia Para Leigos. Este guia de fácil compreensão te leva através do mundoda Economia, dos conhecimentos sobre micro e macroeconomia e adesmistificação de tópicos complexos como capitalismo e recessão.

CRASH!!Em Crash! ‐ Uma Breve História da Economia: Da Grécia Antiga ao Século XXI, o autor conta

histórias curiosas e interessantes como a dos primeiros especuladores, que investiam em tulipasna Holanda, flor que caiu no gosto dos europeus no século XVII; a dos alemães, que precisavamsair carregados de dinheiro quando iam às compras, em meio a uma das maiores inflações que jáexistiram, perdendo apenas para a dos húngaros após a Segunda Guerra Mundial; e a dosbrasileiros, que detêm até hoje o recorde de maior período de inflação da história.

LEITURA EMPRESARIAL

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Uma vitória dos incentivos fiscais

CESAR HELOU

Aaprovação na última se‐mana do projeto de lei130/2014, da senadora LúciaVânia (PSDB‐GO), que per‐

mite aos Estados e ao Distrito Fede‐ral convalidar os incentivos fiscaisilumina o turvo debate que se tornoua legislação dos incentivos fiscais.Sem respostas por décadas, o temajudicializou, quase virou alvo de sú‐mula vinculante, e de uma mal‐suce‐dida reforma do ICMS, que oCongresso abortou para o bem dodesenvolvimento regional do País.

Ao ser aprovado na Comissão deAssuntos Econômicos (CAE) do Se‐nado, o que deve ocorrer nos próxi‐mos dias também no Plenário, a leidará segurança jurídica ao investidorprivado. Dezenas de grandes proje‐tos industriais que cogitaram se ins‐talar em Goiás não avançaram porconta deste temor que se criou noPaís uma indefinição tributária.

A aprovação na comissão auto‐riza o Conselho Nacional de PolíticaFazendária (Confaz) a aprovar incen‐tivos sem unanimidade do colegiadode secretários estaduais de finanças.É o caminho da segurança jurídica,pois poderá validar incentivos fiscaisno Confaz com voto de dois terçosdas unidades federadas e um terçodas unidades federadas integrantesde cada uma das regiões do País.

A unanimidade sempre fez comque as divergências sobre tributos es‐taduais, por mínima que fossem, se

tornassem casos de Justiça. Estaregra torna impraticável, no Confaz,a resolução de grandes disputas tri‐butárias no País. Se um Estado firmaposição sobre qualquer assunto, todaevolução do tema relativa a ele ja‐mais chegará a uma definição. O fimda unanimidade dará ao ConselhoFazendário um papel dinâmico e demaior relevância no País.

Essa proposta aprovada em Ple‐nário garantirá também a manuten‐ção dos incentivos, suprindo a faltade uma política de desenvolvimentonacional. A expectativa é que o diá‐logo do governo federal com toda so‐ciedade, em busca de uma série dereformas necessárias, ocorra o maisbreve possível. Agora, pode‐se ini‐ciar e avançar um debate da reformatributária sem a ameaça da SúmulaVinculante 69, que poderia extinguirtodos incentivos fiscais e financeirosconcedidos pelos Estados. Agora,com a possível anuência do Confaz,a ação no STF perde efeito.

Após a aprovação em plenário doPLS 130, vamos discutir melhor o fu‐turo dos incentivos fiscais, poissomos a favor de que eles jamais aca‐bem, mas que sejam organizados eaperfeiçoados.

Defendemos os incentivos aosetor produtivo como ferramenta dedesenvolvimento industrial, pois,antes, os Estados que estão fora doeixo da tradicional indústria brasi‐leira nunca tiveram acesso ou fize‐

ram parte da estratégia de cresci‐mento regional do País. Essa ascen‐são foi promovida somente quandoforam criados, por iniciativa dos Es‐tados menos desenvolvidos e comrecursos de seu orçamento, os bene‐fícios fiscais com o ICMS. Estadosmultiplicaram seu PIB, seu parqueindustrial e a geração de empregos ‐além de ampliarem sua arrecadaçãotributária.

Uma reforma dos tributos precisadar condições de continuidade decrescimento para estes Estados. Deveser o princípio base do projeto: pre‐servar ou criar novas condições deexpansão para os Estados emergen‐tes, em benefício do País.

A independência econômica dealguns Estados brasileiros foi alcan‐çada por meio dos incentivos fiscais‐ que eram deles ‐ e pelas suas van‐tagens competitivas, como localiza‐ção, matéria‐prima, mão de obra,entre outros. Não existe vantagemmaior para uma nação que dissemi‐nar e distribuir o crescimento econô‐mico. As eras da concentração ediscriminação fazem parte de umpassado, do Brasil do atraso. O fu‐turo do País é promover o desenvol‐vimento regional e estimular amodernização das nossas indústriascom uma política industrial corajosa.

Cesar Helou é empresário e presidente da ADIAL

OPINIÃO

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