Índices nacionais de preÇos ao consumidor ipca e … · Óleo de soja 1,77 7,56 ... forma ,...
TRANSCRIPT
ÍNDICES NACIONAIS DE PREÇOS AO CONSUMIDORIPCA e INPCdezembro 2007
Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2008
1
SISTEMA NACIONAL DE ÍNDICES DE PREÇOS AO CONSUMIDOR
COMENTÁRIOS
DEZEMBRO 2007
1. No mês
1.1) ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA do mês de dezembro
teve variação de 0,74 %, quase o dobro da taxa de 0,38% referente a novembro.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27
de novembro a 27 de dezembro (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a
26 de novembro (base).
Continuando a subir, os preços dos alimentos atingiram 2,06% e foram os principais
responsáveis pelo resultado do IPCA do último mês do ano. Contribuindo com 0,44 ponto
percentual na formação do índice, o grupo Alimentação e Bebidas representou cerca de 60% do
IPCA do mês. Na região metropolitana de Belém, o resultado chegou a 3,79% e, seguida pela
região de Salvador, com 3,27%, e por Goiânia, com 3,24%, apresentaram as maiores taxas de
crescimento no grupo.
2
Abaixo, os resultados em novembro e dezembro em todas as regiões pesquisadas.
REGIÃOVARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO
Belém 0,83 3,79Salvador 0,69 3,27Goiânia 1,46 3,24Belo Horizonte 0,70 2,50Recife 1,17 2,50São Paulo 0,82 2,05Brasília 0,89 1,86Fortaleza 0,38 1,60Rio de Janeiro 0,38 1,33Curitiba 0,19 1,02Porto Alegre 0,98 0,92
Brasil 0,73 2,06
Foi o item carnes, cujos preços aumentaram 8,20%, que deteve a maior contribuição
individual no mês: 0,16 ponto percentual. A alta chegou a 15,12% em Salvador.
A seguir vieram os feijões, com contribuição de 0,13 ponto percentual já que os preços
subiram, em média, 32%. O feijão carioca, tipo mais consumido no país, ficou 38,61% mais caro
no mês, sendo que na região metropolitana de Salvador os preços subiram 68,55%.
3
Além destes, outros alimentos apresentaram aumentos de preços significativos no mês.
Os destaques encontram-se na tabela a seguir.
ITEMVARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO
Feijão carioca 23,13 38,61Feijão mulatinho 30,80 33,14Feijão macassar 13,53 22,27Feijão preto 10,87 12,47Carne-seca 3,62 8,99Carnes 5,71 8,20Óleo de soja 1,77 7,56Cebola 3,33 6,67Frango 1,59 5,01Hortaliças 4,93 4,60Pescado 0,53 2,80Café da manhã -0,55 2,38Frutas -2,31 2,04Ovos -1,34 1,85Lingüiça -0,02 1,42Lanche 0,89 1,19Refeição 0,93 1,10Refrigerante 1,27 1,07Cerveja 0,65 0,84Pão francês 0,45 0,82
Nos produtos não alimentícios o resultado do mês foi 0,38%, acima de novembro,
quando haviam ficado em 0,28%.
Os combustíveis, em terceiro lugar na lista de contribuições, com 0,08 ponto
percentual, apresentaram variação de 1,58%. A alta do álcool atingiu 9,35% e, com isto, os preços
da gasolina, que têm 25% do produto em sua composição, subiram 1,03%.
4
Abaixo, as variações do álcool e da gasolina por região.
VARIAÇÃO(%)REGIÃO
GASOLINA ÁLCOOL
NOVEMBRO DEZEMBRO NOVEMBRO DEZEMBRO
Rio de Janeiro 0,15 0,38 2,15 4,75Porto Alegre 4,10 2,22 5,50 19,68Belo Horizonte 2,36 2,17 4,39 7,41Recife -2,44 4,43 0,05 1,24São Paulo 0,48 0,24 8,65 10,91Brasília 0,80 1,54 8,36 17,09Belém -0,72 4,08 0,92 7,41Fortaleza -4,80 0,99 -2,94 9,18Salvador 0,61 1,31 0,37 7,36Curitiba 0,14 0,40 0,63 7,12Goiânia 0,83 1,15 9,26 12,31
Brasil 0,64 1,03 5,29 9,35
Os cigarros pressionaram o IPCA do mês, com 3,53% de variação e 0,03 ponto
percentual de contribuição. A alta é resultante do reajuste ocorrido em 26 de novembro de 2007.
Os ônibus intermunicipais também exerceram pressão. O resultado de 1,30% foi
decorrente do reajuste de 5,00% tanto nas tarifas do Rio de Janeiro (4,18%) quanto nas tarifas de
Belo Horizonte (1,34%). Quanto aos ônibus urbanos, a taxa de 0,35% refletiu parte do reajuste
também de 5,00% nas tarifas do Rio de Janeiro (2,00%).
Além dos artigos de vestuário, cujo aumento foi de 0,72% com destaque para as
roupas infantis (0,97%), outros itens influenciaram o IPCA de dezembro: empregado doméstico
(0,92%), condomínio (1,12%), automóvel novo (0,78%) e plano de saúde (0,52%).
5
Dentre os índices regionais, o maior foi registrado em Belém (1,40%), onde a alta dos
alimentos chegou a 3,79% e a contribuição atingiu 1,16 ponto percentual. Significa que o grupo
Alimentação e Bebidas foi responsável por 83% do resultado do índice da região. Além dos
alimentos, os combustíveis, com 4,33%, e os remédios, com 1,15%, subiram bem mais em Belém
do que nas outras regiões. Quanto ao menor índice regional, foi registrado em Curitiba (0,49%).
A seguir, tabela com resultados mensais por região pesquisada.
REGIÃOPESO REGIONAL
(%)VARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO
Belém 4,15 0,49 1,40Recife 4,11 0,33 1,15Goiânia 3,73 0,65 1,09Salvador 6,86 0,28 1,04Belo Horizonte 10,83 0,51 0,91Brasília 3,37 0,54 0,77Fortaleza 3,87 0,06 0,76Rio de Janeiro 13,68 0,33 0,70São Paulo 33,06 0,36 0,56Porto Alegre 8,92 0,58 0,51Curitiba 7,42 0,13 0,49
Brasil 100,00 0,38 0,74
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento
monetário de 01 a 40 salários-mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange nove regiões
metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
6
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR - INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,97%
em dezembro, resultado superior ao de novembro (0,43%).
No índice do mês, os produtos alimentícios apresentaram variação de 2,61%, enquanto
os não alimentícios aumentaram 0,32%.
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento
monetário de 01 a 06 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange nove regiões
metropolitanas do país, além do município de Goiânia e de Brasília.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 27
de novembro a 27 de dezembro (referência) com os preços vigentes no período de 27 de outubro a
26 de novembro (base).
O maior índice regional foi registrado em Belém (1,54%). O menor resultado ficou com
Porto Alegre (0,46%).
7
A tabela abaixo contém os índices por região pesquisada.
REGIÃOPESO
REGIONAL(%)
VARIAÇÃO (%)
NOVEMBRO DEZEMBRO
Belém 6,94 0,52 1,54Goiânia 5,11 0,74 1,50Salvador 10,59 0,33 1,35Belo Horizonte 11,08 0,62 1,20Recife 7,13 0,50 1,17Brasília 2,26 0,62 1,01Rio de Janeiro 10,16 0,39 0,91Fortaleza 6,39 0,25 0,82São Paulo 25,64 0,38 0,73Curitiba 7,16 0,18 0,53Porto Alegre 7,54 0,52 0,46
Brasil 100,00 0,43 0,97
8
2. No ano
2.1) ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR AMPLO - IPCA
O IPCA teve variação de 4,46% em 2007 e ficou 1,32 ponto percentual acima do IPCA
de 3,14% de 2006. Reverteu, assim, a tendência de queda observada nos cinco anos anteriores,
cujos resultados foram: 12,53% em 2002; 9,30% em 2003; 7,60% em 2004; 5,69% em 2005; e
3,14% em 2006.
Após ter fechado 2006 com 3,14%, o acumulado de doze meses girou em torno de
3,00% nos quatro primeiros meses de 2007 e daí manteve crescimento até atingir 4,46% no ano. A
taxa mensal mais elevada foi quando, no último mês do ano, em dezembro, o IPCA ficou em 0,74%
sob pressão dos alimentos, cujo resultado foi de 2,06%, o maior desde janeiro de 2003 (2,15%). Os
resultados por trimestre evidenciam alta concentrada nos meses iniciais e finais do ano, por força
dos produtos alimentícios.
• janeiro / março __________ 1,26%
• abril / junho __________ 0,81%
• julho /setembro __________ 0,89%
• outubro / dezembro __________ 1,43%
O ano de 2007, devido, principalmente, à alta dos alimentos, teve como característica o
forte arrefecimento dos preços administrados e monitorados, o que o diferencia dos anos anteriores.
As contas de energia elétrica, destaque como fator deflacionário, tiveram queda de 6,16%,
importante contribuição para baixo: -0,23 ponto percentual. O telefone fixo fechou o ano com
variação de 0,34%, relativamente baixa e sem pressão significativa sobre o índice do ano. Desta
forma , aliado ao câmbio apreciado, os produtos não alimentícios que pesam 78,56%,
apresentaram variação de 2,83%, bem abaixo da taxa de 4,46% do IPCA, fortemente influenciada
pelos alimentos.
9
Na tabela, as séries dos alimentícios e não alimentícios.
ANO IPCA(%)
ALIMENTÍCIOS(%)
NÃOALIMENTÍCIOS
(%)
jul/dez1994 18,57 23,76 16,47
1995 22,41 8,41 28,39
1996 9,56 1,71 12,40
1997 5,22 1,22 6,53
1998 1,65 1,95 1,56
1999 8,94 8,20 9,17
2000 5,97 3,20 6,78
2001 7,67 9,63 7,12
2002 12,53 19,47 10,52
2003 9,30 7,48 9,87
2004 7,60 3,86 8,74
2005 5,69 1,99 6,77
2006 3,14 1,22 4,23
2007 4,46 10,79 2,83
ACUMULADO NO REAL 218,63 162,93 243,18
ACUMULADO 95 a 07 168,74 112,45 194,64
10
Relembrando os cinco anos anteriores a 2007, observa-se através da série histórica do
IPCA que, na perspectiva de doze meses, 2002 apresentou taxas mensais crescentes em razão
basicamente do efeito do repasse da alta do dólar e o ano fechou com 12,53%, taxa que se mantém
como a mais alta desde 1995. Já o ano de 2003, visto também pela ótica dos doze meses, apresentou
índices relativamente elevados em continuidade à pressão do dólar sobre os preços ao consumidor
e terminou com 9,30%, com os reflexos da desvalorização da moeda nacional amenizados nos
meses finais. O ano de 2004, por sua vez, ficou em 7,60% e mostrou que os efeitos do dólar
estavam ainda mais amenizados. Em 2005, a taxa passou para 5,69%, mostrando, cada vez mais,
tendência de taxas decrescentes.
Em continuidade à trajetória descendente da inflação, 2006 fechou com o IPCA em
3,14% e constitui-se no menor resultado dos últimos 6 anos. Apresentou taxas mensais entre
-0,21% (junho) e 0,59% (janeiro), com altas pontuais como a pressão do álcool combustível e das
tarifas de ônibus urbanos em janeiro, o maior índice mensal daquele ano.
11
A seguir, a série histórica de 2002 a 2007 e gráfico correspondente.
VARIAÇÃO VARIAÇÃOANO MÊS (%) ANO MÊS (%)
NO MÊS 12 MESES NO MÊS 12 MESES
2002 JANEIRO 0,52 7,62 2005 JANEIRO 0,58 7,41
FEVEREIRO 0,36 7,51 FEVEREIRO 0,59 7,39
MARÇO 0,60 7,75 MARÇO 0,61 7,54
ABRIL 0,80 7,98 ABRIL 0,87 8,07
MAIO 0,21 7,77 MAIO 0,49 8,05
JUNHO 0,42 7,66 JUNHO -0,02 7,27
JULHO 1,19 7,51 JULHO 0,25 6,57
AGOSTO 0,65 7,46 AGOSTO 0,17 6,02
SETEMBRO 0,72 7,93 SETEMBRO 0,35 6,04
OUTUBRO 1,31 8,45 OUTUBRO 0,75 6,36
NOVEMBRO 3,02 10,93 NOVEMBRO 0,55 6,22
DEZEMBRO 2,10 12,53 DEZEMBRO 0,36 5,69
2003 JANEIRO 2,25 14,47 2006 JANEIRO 0,59 5,70
FEVEREIRO 1,57 15,85 FEVEREIRO 0,41 5,51
MARÇO 1,23 16,57 MARÇO 0,43 5,32
ABRIL 0,97 16,77 ABRIL 0,21 4,63
MAIO 0,61 17,24 MAIO 0,10 4,23
JUNHO -0,15 16,57 JUNHO -0,21 4,03
JULHO 0,20 15,43 JULHO 0,19 3,97
AGOSTO 0,34 15,07 AGOSTO 0,05 3,84
SETEMBRO 0,78 15,14 SETEMBRO 0,21 3,70
OUTUBRO 0,29 13,98 OUTUBRO 0,33 3,26
NOVEMBRO 0,34 11,02 NOVEMBRO 0,31 3,02
DEZEMBRO 0,52 9,30 DEZEMBRO 0,48 3,14
2004 JANEIRO 0,76 7,71 2007 JANEIRO 0,44 2,99
FEVEREIRO 0,61 6,69 FEVEREIRO 0,44 3,02
MARÇO 0,47 5,89 MARÇO 0,37 2,96
ABRIL 0,37 5,26 ABRIL 0,25 3,00
MAIO 0,51 5,15 MAIO 0,28 3,18
JUNHO 0,71 6,06 JUNHO 0,28 3,69
JULHO 0,91 6,81 JULHO 0,24 3,74
AGOSTO 0,69 7,18 AGOSTO 0,47 4,18
SETEMBRO 0,33 6,70 SETEMBRO 0,18 4,15
OUTUBRO 0,44 6,86 OUTUBRO 0,30 4,12
NOVEMBRO 0,69 7,24 NOVEMBRO 0,38 4,19DEZEMBRO 0,86 7,60 DEZEMBRO 0,74 4,46
12
VARIAÇÃO (%) EM 12 MESESIPCA
2002 a 2007
0,00
2,00
4,00
6,00
8,00
10,00
12,00
14,00
16,00
18,00
20,00
JANE
IRO
200
2M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
JANE
IRO
200
3M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
JANE
IRO
200
4M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
JANE
IRO
200
5M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
JANE
IRO
200
6M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
JANE
IRO
200
7M
ARÇO
MAI
OJU
LHO
SETE
MBR
ONO
VEM
BRO
13
Dentre os grupos, a maior alta em 2007 foi a taxa de 10,79% do grupo Alimentação e
Bebidas. Artigos de Residência apresentou deflação, -2,48%. Os resultados foram:
GRUPO VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO(p.p.)
2006 2007 2007
Alimentação e Bebidas 1,22 10,79 2,21Habitação 3,08 1,76 0,24Artigos de Residência -2,72 -2,48 -0,11Vestuário 5,07 3,78 0,25Transportes 3,02 2,08 0,43Saúde e Cuidados Pessoais 5,99 4,48 0,48Despesas Pessoais 7,23 6,53 0,62Educação 6,24 4,18 0,30Comunicação -0,25 0,67 0,04
Produtos alimentícios
Os alimentos, com peso de 21,44% na despesa das famílias, ficaram 10,79% mais
caros, exercendo forte pressão sobre o índice do ano: 2,21 ponto percentual de contribuição. Ou
seja, o grupo Alimentação e Bebidas foi responsável por cerca da metade do IPCA. O item carnes,
cujos preços aumentaram 22,15%, deteve a maior contribuição no IPCA do ano: 0,39 ponto
percentual. A seguir veio o item Leite e Derivados, com alta de 19,79% e contribuição de 0,36
ponto.
14
Abaixo, os resultados do item ao longo do ano. Mostram altas exacerbadas de maio a
agosto, quando, em período de menor oferta, os preços do leite se valorizavam no mercado
internacional tendo em vista, principalmente, problemas climáticos que afetaram a produção de
países importantes. A partir de setembro, os resultados em queda refletem certa normalização da
oferta do leite aliada à repercussões das notícias sobre adulteração do produto, freando,
temporariamente, o consumo.
ItemVARIAÇÃO (%)
JANEIRO FEVEREIRO MARÇO ABRIL MAIO JUNHO JULHO
Leite e derivados 0,44 0,44 0,37 0,25 3,75 7,35 11,31
Leite pasteurizado -0,59 0,25 1,02 4,15 6,02 12,40 15,77Leite condensado 0,42 0,54 1,43 1,13 0,39 2,74 6,55Leite em pó 1,38 1,31 2,22 1,96 2,62 3,45 9,35Queijo 0,00 0,31 -0,21 0,29 1,23 2,77 5,88Creme de leite 0,84 0,60 -0,49 0,33 0,60 1,61 1,95Iogurte 0,64 -0,08 0,09 0,73 0,95 0,05 4,36Manteiga 0,92 1,00 1,21 -0,47 1,39 -0,87 1,35
ITEM VARIAÇÃO (%)AGOSTO SETEMBRO OUTUBRO NOVEMBRO DEZEMBRO NO ANO
Leite e derivados 5,77 -1,20 -6,45 -3,74 -0,96 19,79
Leite pasteurizado 6,44 -4,86 -12,84 -6,84 -1,73 16,87Leite condensado 7,40 6,37 4,40 -0,07 -0,53 34,89Leite em pó 9,32 8,12 1,08 -0,89 -0,57 46,31Queijo 3,94 2,02 1,49 -0,51 -0,36 17,99Creme de leite 1,96 4,83 2,55 0,77 -1,76 14,54Iogurte 1,88 0,91 0,19 -0,80 0,59 9,83Manteiga 1,79 -0,21 -0,99 1,76 -0,23 6,77
15
Quanto aos feijões, os preços chegaram a aumentar 109,20% e ficaram com a terceira
maior contribuição do IPCA: 0,31 ponto percentual.
Na tabela, os alimentos que mais pressionaram o IPCA no ano.
ITEMVARIAÇÃO (%)
2006 2007
Feijão carioca 0,92 144,42Feijão mulatinho -5,72 136,10Batata inglesa -40,22 68,61Feijão macassar -21,58 58,47Cebola -34,07 56,70Feijão preto -34,11 39,02Ovos -3,69 26,05Carnes 0,70 22,15Carne-seca -9,65 20,47Leite e derivados 0,15 19,79Farinha de mandioca 11,98 19,79Óleo de soja 15,50 18,95Hortaliças 3,62 17,03Frango 0,82 16,17Café da manhã 5,68 11,77Café 0,59 11,73Lanche 7,15 8,10Pão francês -1,52 7,93Refeição 4,58 7,81Macarrão -3,13 7,58Refrigerante 8,06 7,15Lingüiça 0,79 6,54Frutas -1,91 5,80Cerveja 7,13 5,60Biscoito -0,68 5,20
16
Da variação de 10,79% dos alimentos, 3,93% ficou no primeiro semestre e 6,60% no
segundo. A alta é atribuída, basicamente, aos fatores relacionados a seguir.
• Condições climáticas desfavoráveis - chuvas intensas no primeiro semestre e longa
estiagem no segundo;
• Preços elevados dos produtos cotados no mercado internacional;
• Aumento das exportações – favorecido pela redução de oferta em países
produtores;
• Redução de safra por baixa remuneração ao produtor em períodos anteriores;
• Aumento da demanda por alimentos - tanto interna quanto externa.
Quanto a safra nacional, deverá fechar em 133,0 milhões de toneladas, 13,7% maior do
que a safra de 2006 (117,0 milhões de toneladas).
17
A tabela a seguir contém os resultados mensais do grupo Alimentação e Bebidas ao
longo destes dois anos.
VARIAÇÃO(%)MESES
2006 2007
MENSAL ACUMULADA MENSAL ACUMULADA
Janeiro 0,11 0,11 0,84 0,84Fevereiro -0,28 -0,17 0,78 1,63Março -0,24 -0,41 0,98 2,62Abril -0,27 -0,69 0,03 2,65Maio -0,03 -0,72 0,16 2,81Junho -0,61 -1,32 1,09 3,93Julho 0,09 -1,23 1,27 5,26Agosto 0,07 -1,17 1,39 6,73Setembro 0,08 -1,08 0,44 7,20Outubro 0,88 -0,21 0,52 7,76Novembro 1,05 0,84 0,73 8,55Dezembro 0,39 1,23 2,06 10,79
ACUMULADO
1o Semestre -1,32 3,932o Semestre 2,58 6,57No ano 1,23 10,79
Produtos não alimentícios
Os preços dos produtos não alimentícios aumentaram 2,83%, bem menos do que em
2006, quando a alta havia sido de 4,23%. Isto porque itens importantes no consumo das famílias
chegaram a apresentar significativa queda no ano. É o caso das contas de energia elétrica, que
ficaram 6,16% mais baratas e, com isso, exerceram a mais baixa contribuição no ano: -0,23 ponto
percentual.
18
Abaixo, os destaques que fecharam o ano em queda.
ITEM VARIAÇÃO(%)
2006 2007
Seguro voluntário 1,50 -14,93TV, som e informática -12,07 -9,93Aparelho telefônico -7,92 -6,57Energia elétrica 0,27 -6,16Consertos e manutenção 1,99 -4,56Eletrodomésticos -0,49 -1,84Mobiliário -2,53 -1,14Gasolina 2,93 -0,69
Por outro lado, alguns itens continuaram a pressionar o IPCA, com destaques abaixo.
ITEM VARIAÇÃO(%)
2006 2007
Cigarro 11,26 9,65Empregado doméstico 10,73 9,51Mão de obra (reparos) 0,00 9,41Emplacamento e licença 1,18 8,53Plano de saúde 12,29 8,11Cabeleireiro 5,08 7,53Condomínio 7,02 6,45Conserto de automóvel 5,10 6,20Colégios 6,79 5,04Taxa de água e esgoto 5,03 4,82Ônibus urbanos 8,11 4,68Aluguel residencial 3,16 4,45
19
Na tabela a seguir, os resultados mensais dos não alimentícios ao longo dos últimos
dois anos.
PERÍODO
NÃOALIMENTÍCIOS
VARIAÇÃO(%)
2006 2007MENSAL
Janeiro 0,72 0,34Fevereiro 0,60 0,35Março 1,14 0,21Abril 0,34 0,31Maio 0,14 0,31Junho -0,10 0,07Julho 0,22 -0,03Agosto 0,04 0,22Setembro 0,24 0,11Outubro 0,19 0,24Novembro 0,12 0,28Dezembro 0,50 0,37
ACUMULADOS
1o Semestre 2,87 1,602o Semestre 1,32 1,21No ano 4,23 2,83
20
Sobre os combustíveis, que fecharam em -0,33% sob influência da gasolina (-0,69%),
tiveram participação importante no ano, com contribuição de -0,02. As tabelas abaixo trazem os
resultados do ano, as variações ao longo dos últimos dois anos e preços médios por região.
VARIAÇÃO ACUMULADA(%)REGIÃO
GASOLINA ÁLCOOL GÁS VEICULAR
Rio de Janeiro 0,36 -3,15 12,20Porto Alegre -3,02 2,87 -Belo Horizonte 0,96 -4,23 3,21Recife -0,94 -2,29 -São Paulo -0,58 6,93 -0,94Brasília -1,99 5,43 -Belém 3,24 -2,63 -Fortaleza -4,66 1,79 12,51Salvador 0,85 -1,50 -Curitiba -1,57 -2,57 -Goiânia 0,70 11,77 -
Brasil -0,69 2,55 5,42
21
VARIAÇÃO MENSAL(%)MÊS
GASOLINA ÁLCOOL GÁS VEICULAR2006 2007 2006 2007 2006 2007
Janeiro 1,19 -0,57 9,87 7,23 - 0,39Fevereiro 0,57 -0,86 2,88 -0,81 - -0,35Março 2,78 0,72 12,85 -0,65 - -0,96Abril -0,09 0,66 -0,11 7,34 - 1,03Maio 0,44 0,33 -11,06 2,82 - 2,63Junho -1,60 -0,77 -8,77 -12,35 - 0,92Julho 0,81 -0,51 1,04 -6,96 -2,19 -0,27Agosto -0,40 -0,89 -0,80 -3,76 2,14 -0,27Setembro -0,05 -0,79 -3,76 -1,77 0,18 0,21Outubro -0,11 0,36 -3,28 -0,90 0,06 1,04Novembro -0,17 0,64 -0,86 5,29 -0,04 0,43Dezembro -0,41 1,03 -0,78 9,35 -0,07 0,56
Acumulada 2,94 -0,69 -5,10 2,55 0,04 5,42
ÁREA
PREÇOS MÉDIOSDezembro 2007
(R$)GASOLINA ÁLCOOL
Rio de Janeiro 2,524 1,616Porto Alegre 2,545 1,864Belo Horizonte 2,398 1,606Recife 2,560 1,547São Paulo 2,372 1,284Brasília 2,606 1,872Belém 2,617 2,059Fortaleza 2,513 1,696Salvador 2,579 1,635Curitiba 2,482 1,505Goiânia 2,537 1,616
22
Em relação aos não alimentícios, a variação de 2,83%, que se constitui na menor desde
1998 (1,56%), tem como principais características:
• Significativa influência do câmbio apreciado - favorecendo o custo dos importados
(ex.: eletrodomésticos), estimulando a concorrência (ex.: vestuário) e, reduzindo as
tarifas de energia elétrica;
• Efeito da aplicação de índices de correção específico em substituição aos gerais (ex.:
telefonia);
• Efeito da alteração de metodologia de cobrança das contas de telefone fixo de pulso
para minutos, com redução em algumas regiões (ver tabela - pág 23);
• Inexistência de reajuste nos preços da gasolina - o último ocorreu em 02 de março de
2006;
• Inexistência de reajuste nas tarifas de ônibus urbanos em algumas regiões (ver tabela
- pág 24) e outros públicos;
Quanto às pressões de alta, algumas se vinculam ao reajuste anual do salário mínimo,
que com reflexo mais evidenciado sobre os serviços, especialmente sobre o item “empregados
domésticos”.
23
REGIÕES TRANSIÇÃO REAJUSTE ACUMULADA
NO ANO
Rio de Janeiro 3,30 2,1781 5,55
Porto Alegre 0,24 2,1348 -3,93
Belo Horizonte -3,86 1,0216 -1,78
Recife -2,92 1,0219 -0,79
São Paulo 1,04 -0,69 0,34
Brasília 3,70 1,0113 4,87
Belém -3,20 1,0155 -1,70
Fortaleza -2,75 1,0434 1,47
Salvador -4,75 1,0209 -2,76
Curitiba -0,61 1,0101 0,39
Goiânia -3,52 1,0109 -2,47
BRASIL -0,09 - 0,34
OBS: Porto Alegre apresentou resultado negativo devido à redução
do ICMS no início do ano (01/02/07), passando de 29% para 25%.
VARIAÇÃO (%)
TELEFONE FIXO - Transição Pulso x Minuto
24
ÔNIBUS URBANOS – IPCA
TARIFAS E VARIAÇÕES (%) - DEZEMBRO 2007
AM PREÇOANTERIOR
R$
ÚLTIMOREAJUSTE
PREÇONOVO
R$
ACUMULADONO ANO
%DATA %
RJ 2,00 15/12/07 5,00 2,10 3,03
POA 1,85 04/02/07 8,11 2,00 8,11
BH 1,85 30/12/06 8,11 2,00 8,11
REC 1,65 13/05/06 -3,00 1,60 -
SP 2,00 30/11/06 15,00 2,30 0,44
DF 2,50 01/01/06 21,05 3,00 -
BEL 1,35 07/08/07 11,11 1,50 11,11
FOR 1,50 01/12/04 6,67 1,60 -
SAL 1,70 20/01/07 17,65 2,00 17,65
CUR 1,80 26/04/07 5,56 1,90 5,56
GOI 1,50 12/10/05 20,00 1,80 -
BR 4,68
25
RESULTADOS ACUMULADOS (%) NO ANO,ITENS ADMINISTRADOS E MONITORADOS
IPCADEZEMBRO 2007
ITEM VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO
2006 2007 2006 2007
Avião -9,64 3,14 -0,0283 0,0089Emplacamento e Licença 1,18 8,53 0,0092 0,0661Metrô 7,93 2,06 0,0204 0,0056Ônibus Interestadual 6,14 4,63 0,0220 0,0176Taxa de Água e Esgoto 5,03 4,82 0,0798 0,0773Ônibus Intermunicipal 8,86 4,19 0,0972 0,0490Plano de Saúde 12,29 8,11 0,3889 0,2645Óleo Diesel 0,68 -0,43 0,0006 -0,0004Trem 6,87 2,10 0,0069 0,0022Ônibus Urbano 8,11 4,68 0,2974 0,1768Cartório 4,06 4,52 0,0001 0,0001Pedágio 0,79 4,62 0,0010 0,0061Energia Elétrica Residencial 0,27 -6,16 0,0106 -0,2345Gasolina 2,93 -0,69 0,1397 -0,0325Óleo 11,99 4,55 0,0076 0,0030Telefone Fixo -0,84 0,34 -0,0314 0,0124Telefone Público 2,18 1,38 0,0058 0,0036Telefone Celular 5,61 2,92 0,0844 0,0438Táxi 9,16 3,09 0,0308 0,0105Gás Encanado 4,81 5,76 0,0044 0,0052Gás de Botijão 7,50 0,11 0,0902 0,0013Correio 0,00 9,09 0,0000 0,0036Jogos de Azar 0,00 0,05 0,0000 0,0002Remédios 4,60 0,54 0,1394 0,0163
TOTAL 1,3767 0,5067
26
Índices regionais
A região metropolitana de Belém ficou com o maior índice (7,10%) tendo em vista,
principalmente, aumentos ocorridos nos alimentos (16,45%), que contribuíram com mais da metade
do resultado, 4,74 ponto percentual. Os destaques ficaram com o feijão carioca (150,58%), carnes
(32,01%)), farinha de mandioca (25,99%) e pescados (11,76%). Além dos alimentos, também
apresentaram altas significativas: condomínio (10,55%), ônibus urbano (11,11%), e gasolina
(3,24%). O mais baixo foi o índice de Curitiba (3,48%), onde os alimentos apresentaram a menor
variação (7,15%).
Como mostra a tabela abaixo, com exceção do Rio de Janeiro, as demais áreas
apresentaram índices maiores que os do ano anterior:
REGIÃOPESO REGIONAL
(%)VARIAÇÃO ACUMULADA
(%)2006 2007
Belém 4,15 3,16 7,10Salvador 6,86 3,20 6,07Belo Horizonte 10,83 4,96 5,86Recife 4,11 2,91 5,45Goiânia 3,73 2,58 4,70Brasília 3,37 4,22 4,55Fortaleza 3,87 2,61 4,18São Paulo 33,06 2,63 3,89Rio de Janeiro 13,68 4,01 3,80Porto Alegre 8,92 2,68 3,71Curitiba 7,42 2,50 3,48
Brasil 100,00 3,14 4,46
27
2.2) ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
O INPC fechou o ano de 2007 com taxa de 5,16%. Os alimentos ficaram com 11,91%,
enquanto os não alimentícios aumentaram 2,63%. Em 2006 o resultado do ano foi 2,81%, com alta
de 0,94% nos alimentícios e 3,59% nos não alimentícios.
Os resultados por grupo foram:
GRUPO VARIAÇÃO(%)
CONTRIBUIÇÃO(p.p.)
2006 2007 2007
Alimentação e Bebidas 0,94 11,91 3,24Habitação 3,01 1,54 0,26Artigos de Residência -2,42 -1,62 -0,09Vestuário 5,00 3,99 0,32Transportes 4,83 3,44 0,60Saúde e Cuidados Pessoais 4,64 3,34 0,32Despesas Pessoais 6,85 6,13 0,42Educação 6,02 3,44 0,11Comunicação -0,49 0,25 0,02
28
Dos índices regionais, o maior foi verificado em Belém (8,17%). O menor foi o de
Curitiba (3,75%).
REGIÃOPESO REGIONAL
(%)VARIAÇÃO ACUMULADA
(%)2006 2007
Belém 6,94 2,65 8,17Salvador 10,59 2,55 7,14Belo Horizonte 11,08 4,56 7,07Recife 7,13 2,37 5,28Goiânia 5,11 2,09 5,27Brasília 2,26 4,75 4,87Fortaleza 6,39 1,89 4,64Porto Alegre 7,54 2,27 4,31São Paulo 25,64 2,71 3,95Rio de Janeiro 10,16 3,73 3,91Curitiba 7,16 1,74 3,75
Brasil 100,00 2,81 5,16