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Prefácio 11 Introdução 13 I – Entrada, Corredor e Escadas 17 Entrada Corredores O vão de escada II – Sala 43 Organização do espaço e disposição de mobiliário Escolha das cores Peças de mobiliário Aproveitamento de recantos e nichos Iluminação Tecidos e padrões decorativos Pormenores decorativos Pequenos espaços, grandes ideias índice

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Prefácio 11

Introdução 13

I – Entrada, Corredor e Escadas 17

EntradaCorredoresO vão de escada

II – Sala 43

Organização do espaço e disposição de mobiliárioEscolha das coresPeças de mobiliário Aproveitamento de recantos e nichosIluminaçãoTecidos e padrões decorativosPormenores decorativosPequenos espaços, grandes ideias

índice

Capítulo V – Quartos dos Filhos

Etapas de crescimento dos filhosEscolha das cores A temática Escolha e disposição de mobiliário IluminaçãoMateriais mais indicadosPormenores decorativos Pequenos espaços, grandes ideias

Capítulo VI – Casa de Banho

Organização do espaçoEscolha das cores Materiais de revestimentoArmáriosEspelhos Iluminação Pormenores decorativosPequenos espaços, grandes ideias

Conclusão

VI – Casa de Banho 205

III – A Cozinha Moderna 113

Organização da cozinhaMateriaisIluminaçãoEscolha das coresPormenores com efeito imediatoCozinha organizada, cozinha funcionalPequenos espaços, grandes ideias

IV – Quarto de Casal 139

Escolha e disposição de mobiliárioEscolha das coresIluminaçãoTecidos e padrões Decorar as paredesPequenos espaços, grandes ideias

V – Quartos dos Filhos 179

Etapas de crescimento dos filhosEscolha das cores A temática Escolha e disposição de mobiliário IluminaçãoMateriais mais indicadosPormenores decorativos Pequenos espaços, grandes ideias

Organização do espaçoEscolha das cores Materiais de revestimentoArmáriosEspelhos Iluminação Pormenores decorativosPequenos espaços, grandes ideias

Conclusão 233

Agradecimentos 235

Capítulo V – Quartos dos Filhos

Etapas de crescimento dos filhosEscolha das cores A temática Escolha e disposição de mobiliário IluminaçãoMateriais mais indicadosPormenores decorativos Pequenos espaços, grandes ideias

Capítulo VI – Casa de Banho

Organização do espaçoEscolha das cores Materiais de revestimentoArmáriosEspelhos Iluminação Pormenores decorativosPequenos espaços, grandes ideias

Conclusão

VI – Casa de Banho 205

III – A Cozinha Moderna 113

Organização da cozinhaMateriaisIluminaçãoEscolha das coresPormenores com efeito imediatoCozinha organizada, cozinha funcionalPequenos espaços, grandes ideias

IV – Quarto de Casal 139

Escolha e disposição de mobiliárioEscolha das coresIluminaçãoTecidos e padrões Decorar as paredesPequenos espaços, grandes ideias

V – Quartos dos Filhos 179

Etapas de crescimento dos filhosEscolha das cores A temática Escolha e disposição de mobiliário IluminaçãoMateriais mais indicadosPormenores decorativos Pequenos espaços, grandes ideias

Organização do espaçoEscolha das cores Materiais de revestimentoArmáriosEspelhos Iluminação Pormenores decorativosPequenos espaços, grandes ideias

Conclusão 233

Agradecimentos 235

Há lar e lar, há ir e voltarPor mais horas que passemos fora de casa, por mais tempo que estejamos no nosso local de trabalho, no final do dia a certeza é uma: a nossa casa espera-nos no mesmo sítio e exactamente da mesma forma que a deixámos. Os sofás vão estar precisamente na mesma posição, as paredes terão a mesma cor e os móveis não se terão deslocado (bom, partindo do princípio de que, durante a nossa ausência, o «amigo do alheio» não resolveu entrar para limpar o pó às nossas jóias...).Da mesma forma que a rotina acaba por nos entediar, uma casa com a decoração quase milimetricamente no mesmo local durante anos também traz rotina ao ambiente onde passamos tantas horas. O mesmo é dizer traz rotina à nossa vida!O nosso lar é o nosso derradeiro refúgio, é onde desligamos e deixamos o mundo lá fora. É ainda o local onde pomos e dispomos sem estarmos condicionados pela opinião dos outros. É no nosso lar que nos podemos encontrar.Se nos preocupamos em não vestir sempre a mesma roupa, se valorizamos e variamos o nosso look, a nossa imagem, não há razão para não fazermos o mesmo no que ao recheio do nosso castelo diz respeito.E, ao contrário do que por vezes pensamos, na maior parte dos casos, para mudarmos o ambiente da nossa casa não temos de investir milhares de euros em obras, nem mesmo centenas de euros em mobílias novas. Por vezes, uma sim-ples alteração da posição da mesa da sala, complementada com um novo papel de parede num recanto da mesma, pode dar a impressão de que estamos numa divisão nova, para não dizer numa casa nova.Aquilo que mais me cativou neste livro foram precisamente as ideias simples e económicas com que podemos dar um novo look à nossa casa, rompendo assim a rotina.Naturalmente que quem tiver um orçamento mais elevado pode beber inspira-ção nas dezenas de sugestões que este livro oferece e mudar mais radicalmente as diversas divisões de uma casa.É tudo uma questão de gosto... e de ler este livro com atenção, pois não faltam dicas que provam como é fácil «dar a volta» à nossa casa e de alguma forma mudar a nossa vida.A mim, este livro inspirou-me a fazer mais umas alterações lá em casa. Espero que também o ajude a dar nova cara ao seu lar.

Sofia Carvalho

Há lar e lar, há ir e voltarPor mais horas que passemos fora de casa, por mais tempo que estejamos no nosso local de trabalho, no final do dia a certeza é uma: a nossa casa espera-nos no mesmo sítio e exactamente da mesma forma que a deixámos. Os sofás vão estar precisamente na mesma posição, as paredes terão a mesma cor e os móveis não se terão deslocado (bom, partindo do princípio de que, durante a nossa ausência, o «amigo do alheio» não resolveu entrar para limpar o pó às nossas jóias...).Da mesma forma que a rotina acaba por nos entediar, uma casa com a decoração quase milimetricamente no mesmo local durante anos também traz rotina ao ambiente onde passamos tantas horas. O mesmo é dizer traz rotina à nossa vida!O nosso lar é o nosso derradeiro refúgio, é onde desligamos e deixamos o mundo lá fora. É ainda o local onde pomos e dispomos sem estarmos condicionados pela opinião dos outros. É no nosso lar que nos podemos encontrar.Se nos preocupamos em não vestir sempre a mesma roupa, se valorizamos e variamos o nosso look, a nossa imagem, não há razão para não fazermos o mesmo no que ao recheio do nosso castelo diz respeito.E, ao contrário do que por vezes pensamos, na maior parte dos casos, para mudarmos o ambiente da nossa casa não temos de investir milhares de euros em obras, nem mesmo centenas de euros em mobílias novas. Por vezes, uma sim-ples alteração da posição da mesa da sala, complementada com um novo papel de parede num recanto da mesma, pode dar a impressão de que estamos numa divisão nova, para não dizer numa casa nova.Aquilo que mais me cativou neste livro foram precisamente as ideias simples e económicas com que podemos dar um novo look à nossa casa, rompendo assim a rotina.Naturalmente que quem tiver um orçamento mais elevado pode beber inspira-ção nas dezenas de sugestões que este livro oferece e mudar mais radicalmente as diversas divisões de uma casa.É tudo uma questão de gosto... e de ler este livro com atenção, pois não faltam dicas que provam como é fácil «dar a volta» à nossa casa e de alguma forma mudar a nossa vida.A mim, este livro inspirou-me a fazer mais umas alterações lá em casa. Espero que também o ajude a dar nova cara ao seu lar.

Sofia Carvalho

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IntroduçãoAntes de saber que queria «fazer» espaços e ambientes, criar os cenários onde se passam as nossas vidas, pensava que queria ser arquitecta. E desenhar casas. Mais tarde, a meio de um curso de Arquitectura, percebi que a minha praia eram os interiores. Eu não queria desenhar as paredes das casas, mas sim o que se passa dentro delas. Percebi que gostava mais da parte criativa do que da parte técnica. Mas, na minha ingenuidade, mal sabia o que é que me ia dar verdadeiro prazer nesta profissão.Adoro envolver-me em todo o processo criativo. Sou uma pessoa apaixonada pelo meu traba-lho, quem me conhece, seja na vida pessoal, seja na vida profissional, sabe que tenho um lado muito exigente e cumpridor, mas tenho um outro lado muito meu, que é a paixão com que faço tudo isto. Envolvo-me, impregna-se-me. Todos os dias observo e absorvo o que me rodeia, para depois conseguir passar tudo isso para os espaços que «desenho». Costumo dizer que crio espaços e sonhos… A casa é palco de muitas cenas e estórias, de alegrias, sorrisos, pequenos e grandes momentos. Os nossos momentos. A nossa casa deve emanar boas energias por todos os poros e reflectir personalidade. A personalidade de quem lá vive! Só assim nos sentiremos em simbiose total com ela.E foi isso que descobri e que tenho vindo a confirmar projecto após projecto, casa após casa, Pessoa após Pessoa…, que não faço só interiores de casas, não desenho só móveis, não escolho só tintas e cortinados… lido com pessoas, conheço-as todos os dias, entro na intimidade delas, inteiro-me da maneira como vivem, da sua personalidade, dos seus gostos e hábitos, e depois transponho isso para as suas «quatro paredes». Materializo o sonho. Transformo a casa em parte integrante das vidas, reflectindo a sua personalidade, o seu coração. Porque quem vê casas, vê corações. É este o meu contributo para a felicidade das pessoas. É esta a marca que

deixo nas suas vidas. É esta a paixão que me motiva e realiza a cada dia. E sou muito feliz, e grata, por viver todos os dias a fazer aquilo que mais gosto.Tem agora oportunidade de deixar a sua marca na sua casa. De se identificar e ver o seu reflexo em cada parede, cada recanto, cada divisão. Comece esta «volta à sua casa» de forma plena-mente tranquila. Leve o tempo que precisar. Feche os olhos e pense como gostava que fosse a sua casa. De que forma se reveria nela. A decoração em si, à primeira vista, não parece um processo fácil. Contudo, com alguma ajuda, algumas dicas, vai ver que se torna mais simples e até mesmo divertido! Reuni neste livro conceitos e teorias com as quais pretendo que identifi-que o que está certo e errado na sua casa, e o que precisa de mudar para lhe dar uma nova alma. Noções básicas para alcançar a harmonia e o equilíbrio na decoração de cada divisão. A ilustrar os textos encontrará imagens de ambientes decorados, de forma harmoniosa e confortável. Casas que alguém sonhou. Muitas vezes vemos nas revistas e livros casas que nos fazem sonhar, mas na realidade, aqui para nós, na maior parte dos casos, são casas lindas e cintilantes que só podem ser ‘habitáveis’ nos contos de fadas. Mansões de arquitectura ‘megalómana’ que, só para manutenção, obrigam a um batalhão de empregados… Mas esta não é a nossa realidade. Por esta razão, decidi mostrar casas reais. Casas como a minha, casas como a sua. Projectos que desenvolvi com paixão, para famílias normais que queriam dar uma «volta à sua casa», todas com um sonho em comum: encontrar um espaço de vida e convivência que lhes proporcione a máxima felicidade com o conforto, a harmonia e o equilíbrio de um lar.Desfrute.Dê uma volta à sua casa! Quem vê casas, vê corações….

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IntroduçãoAntes de saber que queria «fazer» espaços e ambientes, criar os cenários onde se passam as nossas vidas, pensava que queria ser arquitecta. E desenhar casas. Mais tarde, a meio de um curso de Arquitectura, percebi que a minha praia eram os interiores. Eu não queria desenhar as paredes das casas, mas sim o que se passa dentro delas. Percebi que gostava mais da parte criativa do que da parte técnica. Mas, na minha ingenuidade, mal sabia o que é que me ia dar verdadeiro prazer nesta profissão.Adoro envolver-me em todo o processo criativo. Sou uma pessoa apaixonada pelo meu traba-lho, quem me conhece, seja na vida pessoal, seja na vida profissional, sabe que tenho um lado muito exigente e cumpridor, mas tenho um outro lado muito meu, que é a paixão com que faço tudo isto. Envolvo-me, impregna-se-me. Todos os dias observo e absorvo o que me rodeia, para depois conseguir passar tudo isso para os espaços que «desenho». Costumo dizer que crio espaços e sonhos… A casa é palco de muitas cenas e estórias, de alegrias, sorrisos, pequenos e grandes momentos. Os nossos momentos. A nossa casa deve emanar boas energias por todos os poros e reflectir personalidade. A personalidade de quem lá vive! Só assim nos sentiremos em simbiose total com ela.E foi isso que descobri e que tenho vindo a confirmar projecto após projecto, casa após casa, Pessoa após Pessoa…, que não faço só interiores de casas, não desenho só móveis, não escolho só tintas e cortinados… lido com pessoas, conheço-as todos os dias, entro na intimidade delas, inteiro-me da maneira como vivem, da sua personalidade, dos seus gostos e hábitos, e depois transponho isso para as suas «quatro paredes». Materializo o sonho. Transformo a casa em parte integrante das vidas, reflectindo a sua personalidade, o seu coração. Porque quem vê casas, vê corações. É este o meu contributo para a felicidade das pessoas. É esta a marca que

deixo nas suas vidas. É esta a paixão que me motiva e realiza a cada dia. E sou muito feliz, e grata, por viver todos os dias a fazer aquilo que mais gosto.Tem agora oportunidade de deixar a sua marca na sua casa. De se identificar e ver o seu reflexo em cada parede, cada recanto, cada divisão. Comece esta «volta à sua casa» de forma plena-mente tranquila. Leve o tempo que precisar. Feche os olhos e pense como gostava que fosse a sua casa. De que forma se reveria nela. A decoração em si, à primeira vista, não parece um processo fácil. Contudo, com alguma ajuda, algumas dicas, vai ver que se torna mais simples e até mesmo divertido! Reuni neste livro conceitos e teorias com as quais pretendo que identifi-que o que está certo e errado na sua casa, e o que precisa de mudar para lhe dar uma nova alma. Noções básicas para alcançar a harmonia e o equilíbrio na decoração de cada divisão. A ilustrar os textos encontrará imagens de ambientes decorados, de forma harmoniosa e confortável. Casas que alguém sonhou. Muitas vezes vemos nas revistas e livros casas que nos fazem sonhar, mas na realidade, aqui para nós, na maior parte dos casos, são casas lindas e cintilantes que só podem ser ‘habitáveis’ nos contos de fadas. Mansões de arquitectura ‘megalómana’ que, só para manutenção, obrigam a um batalhão de empregados… Mas esta não é a nossa realidade. Por esta razão, decidi mostrar casas reais. Casas como a minha, casas como a sua. Projectos que desenvolvi com paixão, para famílias normais que queriam dar uma «volta à sua casa», todas com um sonho em comum: encontrar um espaço de vida e convivência que lhes proporcione a máxima felicidade com o conforto, a harmonia e o equilíbrio de um lar.Desfrute.Dê uma volta à sua casa! Quem vê casas, vê corações….

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I. Entrada, Corredor e Escadas

I. Entrada, Corredor e Escadas

Vamos começar a nossa visita pela entrada, ou hall. Esta é a parte das nossas casas que estabelece a primeira impressão. É a primeira imagem! É o cartão-de-visita! Lembre-se de que é uma das divisões mais movimentadas e frequentadas da nossa casa.Na verdade, muitas vezes não damos a mesma atenção à decoração da entrada, ou até aos corredores e vãos de escada, que damos ao resto da casa. Não porque não lhes dêmos a devida importância, mas porque normalmente não o sabemos fazer….Vamos ver que pode ser muito fácil.Antes de mais, comecemos por largar os medos, preconceitos e tabus. Não vamos recear a cor, a luz, o chão e os padrões. Mas, ao mesmo tempo, procuremos sempre a harmonia e o equilíbrio. Nem oito nem oitenta. Não queremos um hall vazio, sem cor, apenas com uma cadeira branca de plástico, mas também não queremos tropeçar a cada passo nem ficar ofuscados com o excessivo «barulho das luzes». Depois de afastarmos medos e tabus, vamos definir as peças que achamos úteis nesta divisão, as peças-chave: a consola para colocar um candeeiro de mesa e deixar as chaves e o telemóvel, o espelho para nos vermos antes de sair de casa, o bengaleiro para pendurar os casacos, a estatueta que trouxemos da última viagem, etc.Depois de identificarmos as nossas necessidades, vamos tomar as opções decorativas – de que cor pintar as paredes, colocar ou não papel de parede, que tapete utilizar, etc., etc.A entrada deve ser linda e funcional. Para que nos sintamos, nós e os outros, bem-vindos sempre e a cada dia que entrarmos em casa. E para que possamos, com toda a tranquili-dade, deixar as chaves, pousar o casaco e olhar ao espelho.

ENTRADAAbrimos a porta

Hall de entrada fresco e alegre onde cor e padrão são personagens principais - parede revestida em papel de parede floral, banqueta e cadeirão forrados em tecidos de diferentes padrões e consola forrada em tecido verde com pormenor de tachas douradas.

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Dica!Forre dois cadeirões com

tecidos em tons fortes, coloque uma mesinha de apoio que sirva de

«despeja-bolsos», e na parede um quadro

«poderoso». Ganhará um hall de entrada único e

cheio de personalidade.

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Como a entrada é uma zona de passagem, pode-se ousar um pouco mais, que dificilmente se tornará cansativa. Nesta zona da casa, não tenha medo, arrisque! Use aquelas cores que adora mas que tem receio de usar na sala ou no quarto! Pode optar por cores e padrões fortes que tem vontade de experi-mentar. Não tenha medo de se cansar, pois vai passar pouco tempo aqui. E, cada vez que entrar e sair de casa, vai ter uma lufada de cor, alegria e energia! Numa entrada, não há cores proibidas. Só deve ter atenção à escolha, para não correr o risco de escurecer o espaço. Se o hall não tem janelas, ou não recebe luz natural, não devemos escolher cores muito escuras, pois ao escurecê-lo vamos também diminuir (visualmente) o espaço. Geralmente, a entrada já é uma área pequena e não queremos torná-la ainda mais pequena. Pode parecer mínima… Nesse caso, optamos por cores claras e mais abertas. Atenção: a entrada pode ser colorida e ousada, mas sem exageros. Deve encontrar-se uma harmonia na conjugação dos vários elementos e um equilíbrio generalizado, mesmo com o resto da casa. Se a sua casa tem uma decoração predominantemente rústica, se tem um chão de tijoleira e tapetes de sisal, não pode escolher um papel de parede de padrão psicadélico, em tons dourados, prateados e fúcsia! Isso faria o hall parecer desenquadrado do resto da casa. O hall é um cartão-de-visita, mas também uma antevisão do que ainda está para vir. Quanto a padrões, também não há regra, pelo que devemos seguir o nosso instinto e vontade.

Sem medo da cor (e do padrão).

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Algumas dicas infalíveis para que o papel de parede resulte no hall:• Se o pé direito do seu hall for baixo, opte por riscas na vertical, que darão a ilusão de que o tecto é mais alto do que na realidade é;• Se, pelo contrário, a entrada tiver uma boa altura, mas for um espaço pequeno, pode colocar as riscas na horizontal e obterá o efeito oposto, de alongamento visual. As paredes vão parecer mais longas;• Se as suas cores preferidas são mesmo os tons neutros, pode optar por um papel de parede «tom sobre tom», com padrão, mas bastante mais suave do que os coloridos, ou mesmo por um papel de parede texturado, que lhe dará um conforto único e bastante sofisticação;• Se não é fã dos padrões geométricos e pretende um papel de parede floral, mais orgânico, então pode optar por padrões de pequena escala, ou seja, em que os desenhos não sejam muito grandes. Dessa forma não se perde o efeito ou continuidade do desenho em paredes mais pequenas. Terá de ser um padrão mais compacto.

Utilização de uma base neutra (parede, tecto e chão brancos), com um tapete colo-rido e com padrão para dar o toque divertido de boas vindas! A consola branca para criar efeito tom sobre tom com a parede, prevalecendo a simplicidade, apenas contrastada pela tal peça única, divertida e inesperada (neste caso um conjunto de 3 cabeças de veado em gesso branco). Simples mas único e exclusivo!

Outra forma de tornar a sua entrada diferente e exclusiva e dar-lhe alma própria, é decorá-la com peças únicas, divertidas ou inesperadas. Sob uma base branca ou neutra, a utilização de elementos--chave poderá ser suficiente para surpreender. Pode usar uma cor neutra nas paredes (cinza, toupeira ou bege), uma consola simples e sem grande história, e depois «cortar» o efeito com uma peça forte e poderosa. E voilà! Não precisa de mais nada para ter um hall cheio de alma.

Peças únicas, divertidas ou inesperadas.

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O espelhoSeja pelas óbvias questões de funcionalidade, seja porque o Feng Shui defende que um espelho na entrada nos protege das energias negativas, seja (a minha razão preferida) porque sem dúvida al-guma amplia visualmente o espaço, muitas são as razões que podemos identificar para colocar um espelho na entrada. Pode ser de parede, de chão (de pé), ou mesmo uma composição de vários. O im-portante é estar lá, a «duplicar» o espaço e a criar imagens interessantes de reflexos e sobreposições.

O móvel de apoio Não tem de ser necessariamente uma consola com o espelho em cima… Pode ser uma prateleira, uma mesinha de apoio, uma mesa baixa, desde que permita colocar o chamado despeja-bolsos para chaves, telemóvel, correio. Deve ser, de preferência, pouco profundo, para não ocupar muito espaço do hall.

O candeeiro Não descure a iluminação, seja com candeeiros ou focos de tecto, apliques de parede, candeeiros de mesa ou de pé, ou mesmo velas. Porque precisa de luz para ser funcional, mas também porque a luz cria ambiência, e uma boa luz torna o espaço mil vezes mais aconchegante e elegante!

O tapete Para transmitir o conforto de se entrar em casa. Deve ser de cor não muito clara, para que não se suje com facilidade. Pouco agradável será entrarmos numa casa e a primeira visão ser a de um tapete sujo! Pode ser liso ou com padrão, em função do resto da decoração. Se já tem cores ou padrões nas paredes, opte por um tapete liso, caso as paredes estejam lisas, pode colocar um tapete mais colorido, com um padrão divertido (para atingir os tais equilíbrios).

Peças sempre bem-vindas.

O móvel de apoio não tem de ser necessariamente uma consola com o espelho em cima…Pode ser uma prateleira, uma mesinha de apoio, uma mesa baixa, desde que permita colocar o chamado despeja-bolsos para chaves, telemóvel, correio.

Dica!Ilumine

os detalhes: focos direccionáveis

a incidir sobre uma peça especial,

um quadro ou escultura.

A iluminação natural dá vida às zonas de passagem, como halls, corredores e vãos de escada, e evita que se tornem espaços sombrios e fechados, mas nem todas as casas têm janelas nestas zonas. Na maioria das casas, são áreas interiores. Ajuda quando há paredes ou portas de vidro de salas contí-guas a dar para estes espaços, pois sempre passa alguma luz natural.Quanto a luz artificial, um ou mais pontos de luz no tecto são suficientes para a circulação de pessoas. A intensidade da luz nestas zonas deve ser um pouco mais fraca do que nas outras divisões onde se recebe, se convive ou se trabalha. No fundo, basta que exista uma iluminação geral, para circulação em segurança, e depois alguma iluminação decorativa. Podem criar-se efeitos interessantes se se iluminar os detalhes: focos direccionáveis a incidir sobre quadros ou esculturas, iluminação de chão focada nos degraus nas escadas, e candeeiros de mesa ou de pé para criar luz ambiente.Se utiliza estes espaços poucas vezes ou por curtos períodos de tempo, pode instalar um detector de movimentos para acender e apagar a luz apenas quando houver passagem.

Iluminação.

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