Índice - mapadi · depois de muito pensar e sonhar, ide-alizamos um novo projeto. sonhava de noite...

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Índice

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Ficha técnicaPropriedade: MAPADI | Edição: Ilustrepágina Unip. Lda / MAIS/SemanárioFotografia: Arquivo fotográfico MAPADI | Impressão: AJNET Póvoa de VarzimTiragem: 3.000 exemplares | Depósito Legal Nº 417196/16Versão online: www.mapadi.pt | novembro 2016

MAPADI - “40 Anos a desafiar os limites e a diminuir as diferenças”António José Ramalho de Campos Ferreira

Escolaridade NAGIMAtividadesDesportivas

Gestão da qualidade

Administrativoe Financeiro

Centro de emprego protegido (C.E.P.)

Recursos Humanos

FormaçãoProfissional

Centro de Atividades Ocupacionais do MAPADI/Sede

Centro de atividades ocupacionais,lar residencial e residências autónomas - Pólo de Terroso

Clínica de Medicina Física e Reabilitação

Aniversáriodo MAPADIAparicio Quintas

Depoimento sobre o 40º aniversário do Movimento de Apoio de Pais e Amigos do Diminuído Intelectual da Póvoa de VarzimJosé A. da Silva Peneda

Parabéns!Aires Henrique do Couto Pereira

Orgãos sociaisao longo dos 40 anos

4 5MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

MAPADI - “40 Anos a desafiar os limites e a diminuir as diferenças”

Mais um ano vencido - o quadra-gésimo. Mais uma caminhada chega ao fim. Atravessamos a

linha de meta e, olhando para trás, ve-mos “Partida”. Assim é. Uma caminhada chegou ao fim, mas outra se inicia. Meta e partida são duas faces de um mesmo percurso. So-nhos concretizados. Sonhos por realizar.E é olhando para a “Partida”, que pode-mos referenciar o contexto sócio-político da Revolução de Abril, onde vários ci-dadãos conscientes das lacunas ao nível da Educação Especial em Portugal se mobilizaram para a construção de mo-vimentos sociais e estruturas represen-tativas organizadas, onde os pais dos

cidadãos com deficiência tiveram um papel fundamental e determinante em todo esse processo.A Póvoa de Varzim não foi exceção, com 3 médicos na génese dessa sensibiliza-ção, (Dr. Albino Ramos, Dr. Camilo Sá Couto e Dr. Ramiro Geraldes Araújo) e pais e amigos dos cidadãos com defici-ência criaram o MAPADI - Movimento de Apoio de Pais e Amigos Ao Diminuído Intelectual, a 6 de novembro de 1976.Ao longo destes 40 anos, foram mui-tos os voluntários que se disponibiliza-ram para dirigir este Movimento, não podendo deixar de destacar Aparício Quintas, nosso primeiro Presidente da Direção e Sócio Honorário, trave mes-

tra no processo de fundação do movi-mento, na plantação dessa semente da solidariedade, na rega permanente de entusiasmo, na procura da sustentabili-dade e qualidade final, liderando com determinação, não se curvando perante as dificuldades, nem se desviando nun-ca do rumo estabelecido.Assim, fomos construindo estruturas edu-cativas, ocupacionais, formativas, em-presariais e de bem-estar que nos per-mitem, hoje, proporcionar uma resposta de excelência ao cidadão com deficiên-cia intelectual no concelho da Póvoa de Varzim.Para isso, temos contado com a partici-pação e contributo de muitos pais e ami-

gos do movimento, que, em articulação com as entidades públicas nacionais e locais, nos têm permitido concretizar as respostas necessárias aos desafios que nos vão sendo colocados pelos cida-dãos com deficiência intelectual e suas respetivas famílias.Permitam-me destacar o Doutor Silva Pe-neda, que nos honrou com a presença na inauguração das instalações do edifício Sede do MAPADI, a 2 de junho de 1990, e que, ao nível governamental, enquan-to Ministro do Emprego e da Seguran-ça Social, foi determinante no apoio à construção de estruturas e financiamento à gestão de inúmeras Associações, nas áreas de apoio aos cidadãos mais desfa-vorecidos desta cidade e deste país.Igualmente, o reconhecimento a todos os que connosco têm trabalhado, ao lon-go destas quatro décadas: coordenado-res, docentes, técnicos, colaboradores, utentes e suas familias, não esquecendo as entidades parceiras, realçando os empresários que contrataram cidadãos com deficiência, assim como as entida-des públicas, o Ministério da Educação, a Segurança Social, o Instituto de Em-prego e Formação Profissional, Juntas de Freguesia, Comunicação Social e Comunidade Poveira em geral, e de modo muito especial à Câmara Munici-pal, na pessoa do Ex.mo Senhor Presi-dente, Engº Aires Pereira, pelo total e incondicional apoio que têm demons-trado a todos os projectos do MAPADI, na inclusão de cidadãos com deficiên-cia nos quadros do municipio, no esta-belecimento de protocolos para a sua inclusão, e que nos vai proporcionar a melhor prenda que o MAPADI podia

receber na comemoração do quadragé-simo aniversário, no financiamento, do equipamento da ampliação da lavagem manual de carros, criando uma estação de serviço de apoio à comunidade po-veira, que vai permitir a inclusão social de mais utentes e uma maior sustentabi-lidade social e financeira do MAPADI.É igualmente um privilégio para o MA-PADI ter a sua ação de solidariedade numa cidade onde as condições de excelência de apoio aos cidadãos com deficiência se materializam, numa cida-de com “Bandeira de Ouro da Mobili-dade”, com “Praias Acessíveis para To-dos”, onde se promovem campeonatos nacionais e mundiais na área da defi-ciência e onde temos uma Rede Social solidária de Excelência.Orgulhamo-nos do passado, mas vamos fazer mais, vencer novos desafios. Não esquecemos o passado, antes aí alicer-çamos a nossa construção, a nossa me-mória.Foram quatro décadas dedicadas a pro-mover a prestação de serviços de quali-dade à pessoa com deficiência intelec-tual do concelho da Póvoa de Varzim, visando a satisfação das suas necessida-des e expectativas.E é com Esforço, Empenho, Dedicação e Humildade que queremos continuar a “desafiar os limites e a diminuir as dife-renças”, em prol da Felicidade e Quali-dade de Vida do cidadão com deficiên-cia intelectual.

Póvoa de Varzim, 7 de outubro de 2016O Presidente da Direção

António José Ramalho de Campos Ferreira

6 7MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Aniversáriodo MAPADI

Neste momento dos 40 anos do MAPADI recordo aquilo que foi primeiro um sonho que se trans-

formou em realidade. Nas reuniões iniciais que tínhamos no Rés-do-chão na casa do Monsenhor Pires Quesado, no clube Naval, no pavilhão da matriz aos quais agradeço o apoio. Nestas reuniões ficávamos angustiados ao ouvir os desabafos dos pais dos De-ficientes. Foram muitas reuniões em que saíamos a pensar o que fazer. Entendemos por bem, um grupo inicial, tomar em ombros a obra e surgiu a primeira escolinha. Fomos nessa altura alugar um armazém que reformamos com divisões. Como ao fim de pouco tempo já tínhamos muitas crianças e o espaço era pequeno pedimos ao se-nhorio para alugar o quintal onde co-locamos pavilhões pre-fabricados, mas mesmo assim não era bom. Depois de muito pensar e sonhar, ide-alizamos um novo projeto. Sonhava de noite e trocávamos impressões com a di-recção . Fomos ver várias instituições de onde tirávamos novas ideias para cons-truir uma obra condigna com condições para a recuperação das crianças. Com-pramos o terreno. Fizemos a escritura e aprovação da segurança social . Do Sonho saiu um rascunho como devia ser o Edifício do MAPADI. Com o arqui-teto Sangareau, com quem fomos falar, e que foi ao estrangeiro comparar com outras instituições congéneres , fez-se

um ante projeto com as respectivas di-visões e uma visão moderna e especia-lizada que contemplava, salas de aula, ginásio, piscina, fisioterapia e sala de recuperação, formação profissional e ocupacional, refeitório, lavagem carro, jardinagem, estufas de flores. Com o decorrer do tempo fomos fazen-do sempre tudo para a recuperação das crianças. Uma vez concretizado este primeiro sonho surgiu um novo de-safio numa reunião de Pais, o que fazer com os nossos Filhos quando atingirem os 18 anos?.

Na reunião seguinte dissemos, vamos fazer um centro em Terroso para os mais crescidos. O sonho deu forma ao novo centro com a colaboração do Ar-quiteto Sangareau , com as áreas de tratamento anti-stress , estufas, lavanda-ria etcForam 40 anos de luta com dificulda-des, muitas contrariedades e muitas vezes não víamos como o sonho se po-dia transformar em realidade. O grupo não desistiu e renovou as suas forças. “Sempre que o Homem Sonha o Mundo Avança.”

40 ANOS SÃO PASSADOS E A PERSISTÊNCIA TRANSFORMOU-SEEM REALIDADE

Ao Dr.Silva Peneda Ministro da Segu-rança Social que nos apoiou na primei-ra hora pelo que conseguimos arrancar com a obra de base. Prestamos home-nagem e agradecemos ter confiado no grupo do MAPADI. Muito Obrigado Hoje devo aos Grupos da Direção, ao Corpo Tecnico e demais Colaboradores a realidade de vencermos todas as difi-culdades e obstáculos.

Sinto me contente por na hora de con-vidar o meu sucessor para a nova di-recção o Dr. Antonio Ramalho ter abra-çado e continuado o restante projecto sonhado, e que não pude realizar devi-do á minha idade. Estou feliz e conten-te por ter estado na direcção do MAPA-DI que deu forma ao sonho e resposta ás necessidades de muitas crianças. Ê uma realidade alcançada e que tem de continuar a avançar e progredir por amor ao próximo.

Aparicio Quintas

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40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Depoimento sobre o 40º aniversário do Movimento de Apoio de Pais e Amigos do Diminuído Intelectual da Póvoa de Varzim

Pede-me o Presidente da Direção do Movimento de Apoio de Pais e Ami-gos ao Diminuído Intelectual da Pó-

voa de Varzim um depoimento por oca-sião das comemorações dos quarenta anos de vida da instituição.Foram de facto 40 anos a desafiar os li-mites e a diminuir as diferenças. Foram 40 anos de vivência intensa em torno das necessidades dos diminuídos intelectuais para que, na medida do possível, se pudessem integrar no tecido social sem estigmas. Foram 40 anos ao serviço de quem precisa, às vezes de forma deses-perada e que, sem o apoio da institui-ção, teriam seguramente uma vida mais difícil. Foram 40 anos de contínuo pro-gresso da instituição na busca de mais, melhores e diversificadas soluções para os múltiplos problemas com que os de-ficientes intelectuais e as suas famílias se debatem. Foram 40 anos vividos in-tensamente na busca da dignificação do deficiente intelectual e na defesa dos seus direitos aos mais variados níveis. Foram 40 anos de sensibilização da sociedade poveira para a problemática do deficien-te intelectual.Nestes 40 anos de vida dedicada aos outros aconteceram casos que foram bem sucedidos e outros que correram menos

bem. Mas a verdade é que toda esta experiência acumulada nestes quarenta anos representa um património de valor incalculável e, por isso, deve ser come-morada e ser apontada como um exem-plo de iniciativa com origem nos senti-mentos mais nobres de alguns homens e mulheres da Póvoa de Varzim que decidi-ram de forma altruísta dar início à obra. Permito-me destacar o papel de Apa-rício Quintas que, de forma elegante e incansável, lutou pela concretização do seu sonho e lembro-me muito bem de, no dia 2 de Junho de 1990, na qualidade de Ministro do Emprego e da Segurança Social ter participado na inauguração das instalações da sede do MAPADI da Póvoa de Varzim. Nessa altura o MAPADI tinha 14 anos e já tinha percorrido um caminho idealizado pelos seus fundadores. Doutores Albino Ramos e Camilo Sá Couto que merecem uma palavra de gratidão pela obra que idealizaram. Hoje podemos dizer que a semente deu bons frutos e é com um sen-timento de muito carinho que agradeço o convite para, desta forma, poder asso-ciar-me a estas comemorações. Felicito o trabalho desenvolvido por to-das as Direções do MAPADI da Póvoa de Varzim nos últimos 40 anos e na pessoa

do Presidente da Direção António José Ramalho de Campos Ferreira felicito to-dos os membros dos corpos gerentes e formulo votos para que o MAPADI con-tinue a desenvolver a sua utilíssima ativi-dade em prol dos diminuídos intelectuais.Como sou economista termino esta minha nota com uma reflexão sobre a compo-nente de voluntariado que esta e muitas outras instituições, como as Santas Casas

de Misericórdia e as Instituições Particu-lares de Solidariedade Social, desenvol-vem no nosso País e que não é contabili-zada. Por isso, não entra nos cálculos do Produto Interno Bruto (PIB) porque se o fosse o nosso País surgiria nas estatísticas como muito mais rico do que aparenta.

Maia, 7 de Outubro de 2016José A. da Silva Peneda

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40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Parabéns!

Fundado há 40 anos, o MAPADI (nas-cido, como o nome diz, por iniciati-va de “pais e amigos do diminuído

intelectual”) é, sobretudo, uma realiza-ção do que veio a designar-se por “socie-dade civil”. E foi das primeiras iniciativas congéneres em todo o país. Quero, por-tanto, frisar estes dois aspetos matriciais, presentes em toda a sua história: socie-dade civil e pioneirismo. A revolução do 25 de abril, ocorrida dois anos antes, criou condições (políti-cas, desde logo, mas não só) para, atra-vés do movimento associativo, os cida-dãos participarem na construção de uma sociedade mais livre, mais desenvolvida, mais justa (e, no caso, sobretudo mais inclusiva).A Póvoa de Varzim assistiu então ao nas-cimento de dezenas de associações, de todo o tipo, muitas das quais, por um pro-cesso algumas vezes conturbado, viriam a extinguir-se, por fusão ou integração, originando o atual quadro, perfeitamente estabilizado, que responde com grande

qualidade à diversidade das situações e das solicitações com que a nossa socie-dade se confronta.A vitalidade do nosso movimento asso-ciativo, que oferece múltiplos exemplos de excelência, é a melhor demonstração da saúde social da nossa comunidade, que tem sabido unir-se e mobilizar-se por causas e objetivos.Isto dito, sobre a relevância de um setor a que nem sempre damos a importância devida (consequência, talvez, da nature-za voluntária e, em geral, anónima das colaborações que o animam), impõe--se salientar, no tocante ao MAPADI (e como disse no início) o pioneirismo des-ta iniciativa da nossa sociedade civil. A Comunidade poveira foi das primeiras a procurar soluções para a integração e para a valorização (ou seja, para a plena realização humana e social) dos diminuídos intelectuais, cidadãos até en-tão ignorados, marginalizados e ostra-cizados. Organizando-se para enfrentar um problema cuja real dimensão então

se desconhecia (e que, para surpresa geral, veio a revelar-se bem maior do que então se supunha), as famílias com diminuídos intelectuais depressa viram associar-se à sua causa (afinal, uma cau-sa que pode tocar, diretamente, a cada um de nós) a sociedade poveira, da ci-dade e das freguesias. Lembro, com gra-ta saudade, o espetáculo que, logo no início deste movimento e funcionando como sua grande apresentação pública, então teve lugar no antigo Pavilhão do CDP, com Frei Hermano da Câmara. E percebi que os Poveiros tinham, de fac-to, agarrado esta causa, fazendo-a cau-sa e luta de todos.Quero, por isso, na pessoa do Sr. Aparí-cio Quintas (Vogal do Conselho Fiscal nos primeiros órgãos sociais, depois membro do Secretariado Executivo, de novo no Conselho Fiscal e, entre 1992 e 2014, Presidente da Direção), saudar e louvar todos quantos, com ele, puseram de pé este projeto, primeiro (e naturalmente) em instalações precárias e provisórias (durante 15 anos, na Giesteira). Acom-panhei de perto a construção da sua sede: 1ª fase em 1989, 2ª fase (e con-clusão) em 1991 (ano em que teve início a Formação Profissional). Depois (as re-alizações alavancam-se umas às outras, exigindo-se e completando-se reciproca-mente) – depois, dizia, veio o Centro de Atividades Ocupacionais e de Bem-Estar (em 1992), a Escola de Natação, Ginás-tica e Manutenção (em 1993), o Serviço de Refeições e a Fisioterapia (em 1994). E, mais tarde, em Terroso, o Centro de Atividades Ocupacionais e Lar.Sendo, como disse, um projeto liderado pela sociedade civil, mereceu, e recebeu, desde o início, o apoio do município, que lhe cedeu o terreno para as instala-ções e serviços centrais, comparticipou a sua construção e protocolou a integração profissional de alguns formandos. Hoje,

o MAPADI disponibiliza, na sua sede, importantes serviços de apoio à comu-nidade (medicina física e reabilitação, desporto, etc.), numa interação que só confirma a sua crescente presença na vida dos Poveiros.Foi muito justa, por isso, a distinção (Me-dalha de Reconhecimento, grau ouro) que, em 2009, o município lhe atribuiu. Como é justa e merecida (porque neces-sária ao desenvolvimento da instituição) a intervenção que, em 2017, a Câmara realizará na envolvente do seu edifício--sede, rompendo com o espectro de uma “segregação” que parecia sobreviver no plano urbanístico. De facto, com o prolongamento da rua José Régio (até à Avenida do Mar) e com a sua ligação à rua D. Maria I, os serviços centrais do MAPADI ficarão mais “próximos” da ci-dade e mais integrados na sua malha urbana, ficando portanto mais visíveis e mais acessíveis. A Câmara comparticipa-rá igualmente a ampliação do serviço de lavagem manual de viaturas. Claro que esta obra notável (agora supe-riormente dirigida por um antigo compa-nheiro de Aparício Quintas, o Dr. António Ramalho Ferreira), sendo uma realidade prestigiante para a comunidade (e, ob-viamente, um orgulho para o município), é, tanto quanto uma homenagem à ca-pacidade realizadora de quantos a so-nharam, a puseram de pé e a serviram, um claro e ambicioso desafio ao futuro. Que, perante a sabedoria com que, tran-quilamente, a experiência e a inovação aqui se vêm combinando, só pode ser a continuação do sucesso dos 40 anos que agora, merecidamente, se assinalam.Parabéns ao MAPADI!

Póvoa de Varzim, Novembro de 2016O Presidente da Câmara

Aires Henrique do Couto Pereira

12 13MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Orgãos sociaisao longo dos 40 anos

Comissão Organizadora Assembleia Geral - Presidente

Assembleia Geral - Vogal

Assembleia Geral - Secretário

António Orlando Silveira da MotaJosé Lígio Batista Ferraro VazJoão António Ferreira (Lagoa)Mário Fernando Coelho VeigaAlfredo Belinho da Assunção

Assembleia GeralAlbino Pereira RamosJudite da Conceição Silva BernardesConselho FiscalFernando António Gomes Sá FerreiraSecretariadoJoaquim da Silva Lemos

1977 Albino Pereira Ramos 1977 . 1980 . 1983/19841991 . 1992/1997 . 1997 . 1998/2005José Lígio Batista Ferraro Vaz 1981Arlindo Silva de Castro 1982António Orlando Silveira da Mota 1985/1990José Carlos Gomes de Sá Trovão 2006Judite da Conceição Silva Bernardes 2007/2012José Francisco Mata de Carvalho 2013/2015

João Augusto Galiza Cardoso 1991 . 1992/19971997 . 1998/2005 . 2006 . 2007/2012 . 2013/2015

Lucinda Mª Silva Lima Silveira da Mota 1977José Gomes Martins 1977 . 1982João António Ferreira (Lagoa) 1980 . 1983/1984Mário Fernando Coelho Veiga 1980Arlindo Silva de Castro 1981António Júlio Nunes de Freitas 1981Lúcio da Silva 1982António Orlando Silveira da Mota 1983/1984Judite da Conceição Silva Bernardes 1985/19901991 . 1992/1997 . 1997 . 1998/2005 . 2006José Maia Garcia 1985/1990Maria Helena Quintas Trindade 2007/2012Abel António Pereira de Macedo 2013/2015

1985

Conselho Fiscal - Presidente

Direção - Presidente

Direção - Secretário

Direção - Tesoureiro

Direção - Vogal

Conselho Fiscal - Vogal

Secretariado

Camilo de Sá Couto Santos 1977José Maia Garcia 1980 . 1981Fernando António Gomes Sá Ferreira 1982Aparício Alves Aguiar Quintas 1983/1984Fernando Almeida Martins 1985/1990António Orlando Silveira da Mota 1991 . 1992/1997Manuel Martins Ferreira 1998/2005 . 20062007/2012 . 2013/2015

Aparício Alves Aguiar Quintas 1992/19971997 . 1998/2005 . 2006 . 2007/2012António José Ramalho de Campos Ferreira 2013/2015

Fernando António Gomes Sá Ferreira 1992/19971997 . 1998/2005António José Ramalho de Campos Ferreira2006 . 2007/2012Carlos Jorge da Fonseca Neiva de Oliveira 2013/2015

António Fernando da Mata Loureiro 1992/19971997 . 1998/2005 . 2006 . 2007/2012 . 2013/2015

António José Ramalho de Campos Ferreira1992/1997 . 1997 . 1998/2005José Gomes Martins 1992/1997 . 19971998/2005 . 2006 . 2007/2012José Francisco Mata de Carvalho 2006 . 2007/2012Dimas Manuel Casanova Pinto 2013/2015Carlos Augusto Ferreira de Oliveira 2013/2015

Aparício Alves Aguiar Quintas 1977José Pereira Veloso 1977 . 1980Alfredo Belinho Assunção 1980 . 1981 . 1982Lucinda Mª Silva Lima Silveira da Mota 1981Judite da Conceição Silva Bernardes 1982Fernando António Gomes Sá Ferreira 1983/1984Mário Fernando Coelho Veiga 1983/1984Adelino Moreira Fernandes Eiras 1985/1990 . 1991 . 1992/19971997 . 1998/2005 . 2006 . 2007/2012 . 2013José Ferreira Pereira 1985/1990 . 1991 . 1992/19971997 . 1998/2005 . 2006 . 2007/2012 . 2013/2015Isac Rodrigues Simões do Bem 2013/2015

Mário Fernando Coelho Veiga 1977José Lígio Batista Ferraro Vaz 1977António Orlando Silveira da Mota 1977 . 1980 . 1981 . 1982João António Ferreira (Lagoa) 1977Alfredo Belinho da Assunção 1977 . 1983/1984Aparício Alves Aguiar Quintas 1980 . 1981 . 19821985/1990 . 1991Fernando António Gomes Sá Ferreira 1980 . 19811985/1990 . 1991Arlindo Silva de Castro 1980 . 1981 . 1982 . 1983/1984José Gomes Martins 1980 . 1981 . 1985/1990 . 1991Joaquim da Silva Lemos 1982 . 1983/1984José Maia Garcia 1982 . 1983/1984Lúcio da Silva 1983/1984Albino Pereira Ramos 1985/1990 . 1991António José Ramalho de Campos Ferreira 1985/1990 . 1991

14 15MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

SERVIÇOS | VALÊNCIAS

1740 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

16 MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Escolaridade01

Celebrando este ano o seu quadra-gésimo aniversário, o MAPADI (Movimento de Apoio de Pais e

Amigos ao Diminuído Intelectual), Institui-ção Particular de Solidariedade Social, foi criado para responder às necessida-des educativas especiais das crianças com deficiência mental do concelho da Póvoa de Varzim. A escolaridade foi as-

sim a primeira valência a entrar em fun-cionamento nesta Associação e a única resposta educativa existente no concelho para famílias poveiras com crianças e jo-vens portadores de deficiência.Este Movimento começou com o Dr. Albi-no Ramos que consultava frequentemente crianças com deficiência dos concelhos da Póvoa de Varzim e Vila do Conde, desejando na altura encontrar uma forma de as ajudar. Todos os dias deslocava--se para o Porto, onde preparava a sua especialização em Psiquiatria Infantil no Centro de Saúde Mental Infantil e Juvenil e conhecia os problemas que os pais sen-tiam diariamente, ao analisar os casos de crianças deficientes e o drama das suas famílias. Em 1976, com o Dr. Camilo Sá Couto Santos, decidiram criar uma Asso-ciação que prestasse apoio às crianças deficientes da Póvoa de Varzim. Mais tarde, também se juntou a este projeto o Dr. Ramiro Geraldes da Costa Araújo,

residente na Póvoa e a trabalhar no Hos-pital Magalhães de Lemos, dando início a uma campanha de sensibilização não só aos pais interessados, mas a toda a população do concelho. O Dr. Rui Abru-nhosa, médico no Hospital de S. João, no serviço de Anatomia e fundador do MADI (Movimento de Apoio aos Diminuídos In-telectuais) do Porto, que vinha exercendo um excelente trabalho nessa Instituição, acharam que seria a pessoa indicada para sensibilizar os pais no sentido de se juntarem esforços para a criação de uma Associação idêntica. A primeira reunião teve lugar no Salão Nobre dos Bombei-ros Voluntários da Póvoa de Varzim, na qual foi realçada a necessidade de “res-tituir a dignidade e o amor-próprio dos pais angustiados com um filho deficiente”. Foi-lhes garantido que a Associação a criar seria dirigida, na sua maioria, por elementos que tivessem filhos nessas cir-cunstâncias, uma vez que só eles viviam e sentiam na pele essa vivência. Em 29 de abril de 1979 foi possível organizar uma estrutura de resposta ao nível da escolaridade. O apoio do Ministério da Educação, o apoio da autarquia e dos pais dos alunos foi fundamental para a sua concretização. Este sector, já com trin-ta e nove alunos, dividia-se em dois gru-pos (Jardim-de-Infância e Escolaridade), abrangendo três áreas de atividade: Aca-

démica; Socialização e Autonomia. Sem instalações próprias, o MAPADI alugou uma casa no lugar da Giesteira e, com ajuda da população, fizeram as obras de adaptação, executadas maioritariamente por membros da Associação, cujos mate-riais de construção foram oferecidos pelas casas comerciais da cidade, e abriram a “Escola MAPADI”.

18 19MAPADIMovimento de Apoio de Paise Amigos ao Diminuído Intelectual

40 ANOS1976 - 2016

40 ANOS1976 - 2016

MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

Só em 1989 é que o MAPADI teve ins-talações próprias, que foram construídas com o objetivo de albergar este Movi-mento. Este centro educacional, para além de proporcionar às crianças, aos professores e educadores um melhor lo-cal de trabalho, permitiu que fosse au-mentado para quarenta e um o número de alunos. Eram admitidas crianças e jovens com idade compreendida entre os 6 e os 18 anos, com disfunção do de-senvolvimento ou psicossocial. A equipa pedagógica era composta por professo-ra do 1º ciclo do ensino básico, técnica superior de serviço social, educadora social, psicóloga, terapeuta da fala, tera-peuta ocupacional e auxiliares de educa-ção, possuindo várias salas devidamente equipadas e concebidas para o efeito. Na década de 80, atingiu o seu máximo de frequência – sessenta e cinco alunos – e nas atuais instalações. O aumento

do número de alunos originou algumas mudanças na orgânica interna do centro: foram admitidas uma terapeuta da fala, uma professora de trabalhos manuais e dois auxiliares pedagógicos. Criaram--se também novos grupos, organizando as crianças pelas idades cronológica / mental e tipo ou grau de deficiência.Apesar da existência de vagas e da von-tade das respetivas famílias e professo-res, a transferência de novos alunos das escolas do ensino regular tem vindo a ser fortemente reduzida, com reflexo no bai-xo número de utentes desta valência, Na origem deste decréscimo está o facto de alguns alunos terem atingido os dezoito anos de idade (limite para a frequência neste setor) e à implementação da De-claração de Salamanca, impulsionadora da inclusão, conduzindo a mudanças na política educativa. Com sete alunos no ano letivo de 2011/2012 e seis alunos

em 2012/2013, a valência escolar atra-vessa um processo de extinção devido à inexistência de transferências escolares, como consequência da implementação da política do Ministério da Educação, capacitando as escolas para atender to-das as crianças e jovens com necessida-des educativas especiais, integrando-as no sistema regular do ensino público. Os alunos autorizados pela Direção-Geral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE) a frequentar a sala da escolaridade do MAPADI, apresentam idades compreen-didas entre os 6 e os 18 anos e são por-tadores de deficiência mental grave com outras patologias associadas. Cada alu-no dispõe de um Programa Educativo In-dividual elaborado e monitorizado pela equipa multidisciplinar, com objetivos es-pecíficos e áreas de intervenção ao nível da estimulação sensorial, bem-estar, es-colaridade funcional, integração social, terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia, psicologia, serviço social, educação física e educação musical.Também beneficia de uma Sala Snoeze-len no Pólo de Terroso, do Centro Hípi-co em Balazar, da piscina e ginásio do MAPADI. Sempre que possível, os alunos participam em várias atividades que constam do Plano Anual, com a finalida-de de promover a sua inclusão e o desen-volvimento pessoal, destacando a Festa “Encontro pela Paz”; a Festa de Carna-val; Projeto “Escola da Minha Vida”; Caminhada Solidária; Dia Mundial da

Criança; Dia no Parque da Cidade; Fes-ta de S. Pedro; Ida à Praia; Piquenique; Festa de Abertura das Atividades; Aniver-sário do MAPADI; Festa do Magusto; Dia Internacional da Pessoa com Deficiência; Exposição da Paz e a Festa de Natal. A colaboração da Câmara Municipal da Póvoa de Varzim revela-se indispensável, ao proporcionar aos alunos desta valên-cia um conjunto de atividades lúdicas, desportivas e culturais, com forte compo-nente de integração com as comunida-des local e escolar.O funcionamento da sala do setor esco-lar é assegurado por uma equipa peda-gógica e uma professora de Educação Especial, destacada pelo Ministério da Educação, que coordena a valência es-colar e o Centro de Recursos para a Inclu-são (CRI), articulando com as unidades orgânicas do concelho: Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar; Agrupamen-to de Escolas Campo Aberto de Beiriz;

Agrupamento de Escolas Cego do Maio; Agrupamento de Escolas Dr. Flávio Gon-çalves; Agrupamento de Escolas de Ra-tes; Escola Secundária Eça de Queirós e Escola Secundária Rocha Peixoto. Sendo o MAPADI uma estrutura de apoio para a inclusão, o CRI/MAPADI assenta num conjunto de serviços especializados, que atua de forma integrada com a comuni-dade no âmbito da resposta educativa e social aos alunos com Necessidades Edu-cativas Especiais de Carácter Permanen-te, de acordo com o definido no Decre-to-Lei 3/2008. Estes alunos frequentam o 1ºCiclo e o 2º/3ºCiclo do Ensino Básico e as Unidades de Autismo e Unidades de Multideficiência nos estabelecimentos de educação dos agrupamentos da sua área de abrangência. Este apoio é prestado nas valências de terapia da fala, terapia ocupacional, fisioterapia e psicologia. É fundamental que o CRI/MAPADI continue a apoiar a inclusão das crianças e jovens portadores de deficiência e/ou incapaci-dade, em parceria com as escolas públi-cas, promovendo o desenvolvimento pes-soal, académico e social desses alunos no concelho da Póvoa de Varzim. Relativamente aos objetivos propostos para este setor e analisando os resulta-dos que constam no último Relatório de Qualidade, podemos concluir que os clientes/familiares se encontram bastante satisfeitos nesta valência.A Coordenadora de valência:Paula Aguiar

Escolaridade01

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

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Formação Profissional

“Lutar pela igualdade sempre que as diferenças nos discriminem. Lutar pela diferença sempre que a igualdade nos descaracterize”.Boaventura Santos

02

O MAPADI iniciou a sua ativida-de formativa em 1991, para dar resposta aos jovens que

frequentaram o setor escolar da Institui-ção e reuniam as condições para exercer uma atividade profissional. Para iniciar esta valência, foram criadas estruturas

e meios essenciais para a for-mação e desenvolvimento de competências (pessoais, pro-fissionais e sociais) adequadas às necessidades e funcionali-dades específicas das pessoas com deficiência e/ou incapaci-dade.Trata-se de uma Valência que evoluiu ao longo destes 25 anos, passando por vários pro-gramas operacionais do Fun-do Social Europeu, nomeada-mente Subprograma Integrar; Constelação; POPH e actual-mente POISE, medida 3.01 do portal 2020.Estes programas foram e são tutelados pelos serviços do Instituto de Empre-go e formação Profissional.

Cada jovem ou adulto realiza o seu per-curso em função das suas escolhas, inte-resses e gostos, podendo o próprio ou os seus familiares, serem apoiados e acon-selhados ao prosseguimento das vias escolares ou profissionalizantes, tendo em consideração o potencial e as refe-rências socioculturais de cada indivíduo. A formação no MAPADI teve e tem como finalidade essencial o emprego e a me-lhoria de competências, para cada indi-víduo organizar o seu futuro. O MAPADI mantém ao longo destes anos uma relação estreita entre a valência for-mativa e a comunidade Poveira, nomea-damente com as empresas e instituições locais, tentando corresponder às neces-sidades do tecido laboral local. Através do seu Centro de Formação Profissional, desenvolve atividades formativas para a população deficiente mental do con-celho da Póvoa de Varzim, e para tal, é acreditado pelo DGERT e assume-se como Centro de Recursos Local do IEFP para a deficiência mental. Esta valência possui instalações adequadas ao desen-volvimento das ações e equipamentos es-pecíficos para cada área formativa. No que respeita à equipa afecta à Formação Profissional, todos os elementos possuem formação adequada e está devidamente certificada com o CAP.Sendo o MAPADI o único Centro de For-

mação existente na Comunidade Poveira a dar resposta à população com defici-ência mental, as suas áreas formativas foram selecionadas tendo em conside-ração a realidade local, bem como, as possibilidades de colocação em posto de trabalho de pessoas deficientes mentais.As áreas de Formação em que intervimos são: Confeção/Artesanato; Jardinagem; Serviços Hoteleiros e Lavagem Manual de Veículos. Os percursos formativos fo-ram implementados com base em refe-renciais adaptados do CNQ (tipo B- até 3600h), de dupla certificação, pois a nossa população não reúne condições para aceder a percursos regulares de educação e formação. As componentes gerais da formação são: formação para a integração, formação de base, forma-ção tecnológica e formação prática em contexto de trabalho. Para o desenvolvi-mento da área de Reabilitação Funcio-nal, o MAPADI possui Piscina própria, serviço de Fisioterapia, Ginásio, Sala de Informática e técnicos com formação específica na área. As componentes de Linguagem e Comunicação, Matemática para a Vida, Tecnologias de Informação e Comunicação, assim como Cidadania e Empregabilidade, são desenvolvidas na área teórica através de professora do 1º ciclo, grupos de recrutamento 110 e outros, devidamente credenciados.

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

Ao longo das atividades formativas de caráter prático, os formandos executam tarefas fundamentais para a vida diária da instituição, nomeadamente: lavagem de roupas; manutenção de espaços ver-des e ajardinados, lavagem manual das carrinhas; serviço de bar no MAPADI.

Formação Profissional02

A articulação com os Agrupamentos de Escolas do Concelho, através do protoco-lo com a DREN (Centro de recursos para a inclusão), permite prever as necessida-des dos utilizadores através da análise dos programas de transição para a vida ativa, levando á atualização, sempre que necessário dos Programas de Interven-ção. Em paralelo, promovemos e parti-cipamos em encontros com Entidades da Comunidade (Fórum das Profissões, etc.), realizamos reuniões com as famílias no sentido de colaborarem na definição de objectivos e adequação de estratégias. Ao longo do desenvolvimento das ações, sempre que se torna necessário são ajus-tados os programas, as metodologias e instrumentos, procurando adequa-los às necessidades dos utilizadores e ao mer-cado de trabalho. São definidos planos formativos individuais para cada forman-do tendo em consideração o seu ritmo de aprendizagem.Todos os formandos efetuam formação em contexto de trabalho, para se adequarem às regras e mecanismos do mercado de trabalho, assim como para desenvolve-rem competências práticas. A prática em contexto de trabalho (PCT) visa também a avaliação da sensibilidade das entidades empregadoras, para a população com deficiência e a perspectiva de uma pos-sível colocação. A seleção das entidades para este objectivo, são efetuadas em co-laboração com o IEFP local, serviços Ca-marários, IPSS do Concelho, Escolas e em-presários. Após a identificação dos locais, são efectuados protocolos de cooperação que permitem integrações em posto de trabalho, sendo o balanço muito positivo, pois já contamos com mais de 60 jovens plenamente integrados, com um projeto de vida equilibrado. O MAPADI realiza balanços anuais ao nível financeiro e técnico-pedagógico, para se avaliarem as actividades e pro-

jectos desenvolvidos, assim como o de-sempenho de todos os colaboradores, desvios ocorridos (reclamações e desis-tências), tendo em consideração todos os parceiros envolvidos nos projectos. Para a elaboração do plano de intervenção do ano seguinte, são tidos em conta os resultados da execução física e todos os elementos resultantes da avaliação feita. Planeiam-se a partir destes elementos as áreas a melhorar e acções a desenvolver.O projecto integra a dimensão da igual-dade de género já que nenhuma res-trição é feita no acesso aos diferentes cursos. O exercício da maternidade e paternidade (sempre que acontece), é facilitada aos formandos através da fle-xibilidade entre a frequência da forma-ção e a vida pessoal.

É garantido a todos os formandos, o acesso á participação em actividades desportivas, culturais e recreativas, assim como á utilização dos equipamentos pú-blicos, serviços sociais e de saúde. Atra-vés do programa de desenvolvimento pessoal e social todos estes aspectos são trabalhados e vivenciados em conjunto com os formandos.Os resultados obtidos ao longo destes anos, permitiram evidenciar que a forma-ção profissional constitui uma ferramenta facilitadora da inserção da pessoa com deficiência no mercado de trabalho e decisiva na promoção do acesso ao em-prego e no desenvolvimento de compe-tências pessoais, sociais e técnicas.A Coordenadora de valência:Helena Castro

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Centro de Atividades Ocupacionais do MAPADI/Sede03

Face à necessidade urgente da exis-tência no concelho de uma resposta de apoio a jovens com deficiência

com idades iguais com superiores a 16 anos, cujas capacidades não permitiam a sua inserção no mercado normal de trabalho, O MAPADI criou uma nova resposta social – o Centro de Atividades Ocupacionais (CAO). Estando a obra concluída em 1990, só em Novembro de 1991 é assinado o primeiro protocolo de cooperação com Centro Regional de Segurança Social do Norte para 15 utentes.Assim, o Centro de Atividades Ocupacio-nais do MAPADI entra em funcionamento no início de 1992 sendo financiado pela Segurança Social e rege-se, pelo que é determinado por este Ministério.Esta resposta social tem como principais objetivos estimular o desenvolvimento

das capacidades remanescentes das pes-soas com deficiência grave e profunda, facilitar a sua integração social e o enca-

minhamento, sempre que possível, para programas adequados de integração so-cioprofissional.Em 28/05/1993 é solicitado ao Centro Distrital de Segurança Social do Norte um alargamento do acordo de coopera-ção para 25 utentes.Posteriormente, torna-se novamente pre-mente a ampliação desta valência e assim é solicitado novo alargamento a 30/05/1996, para 40 utentes. Passados três anos a 30/06/1999 é efe-tuada nova revisão do acordo de coope-ração para 50 utentes.Ao longo dos anos e face às exigências sentidas, foi-se ajustando a estrutura de acordo com as necessidades dos uten-tes, sendo que hoje, e desde 2009, esta valência possui acordo de cooperação para 60 utentes. Foi progredindo a vários níveis, nome-adamente em termos de infraestruturas, materiais e humanos, no sentido de au-mentar a sua capacidade e qualidade, princípio pelo qual sempre se pautou. Procurou sempre garantir aos utentes a educação, reabilitação e formação, ca-pacitando-os, de forma a permitir-lhes um maior grau de autonomia pessoal e social, no reconhecimento dos direitos humanos.Enquanto resposta social para pessoas com deficiência o CAO distingue duas vertentes: a ocupacional que tem como objetivo estimular o desenvolvimento das capacidades, facilitar a sua integração social por forma à sua valorização pes-soal, favorecendo o seu equilíbrio físico, emocional e social; e o bem-estar que pretende potenciar aos utentes com pato-logias mais profundas o maior bem-estar desenvolvendo atividades de estimulação sensorial, bem-estar físico e manutenção das suas capacidades.

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

O funcionamento do Centro de Ativida-des Ocupacionais é assegurado por uma equipa de colaboradores adequada ao número de utentes, composta atualmente por: Coordenadora e Técnica Superior de Serviço Social, Psicóloga, Terapeuta Ocupacional, Educadora de Infância, Técnica de Reabilitação, Educadora So-cial, Monitor de Educação Física, AE-ACD, Motorista, Auxiliar de Cozinha e Trabalhador Auxiliar de Serviços Gerais. Um professor de música, destacado pela CMPV, colabora com a valência na ativi-dade de música.O CAO possui ao nível técnico duas áreas de intervenção, o Serviço Social e Psicologia e desenvolve uma panóplia de atividades incluindo:Lúdico-recreativas – pretende-se manter e

03

Funciona de segunda a sexta-feira das 8 horas às 18 horas, e dispõe de um pro-longamento de horário até às 19 horas.São critérios de admissão nesta valên-cia, os utentes possuírem deficiência in-telectual, podendo ter ou não associadas outras deficiências músculo-esqueléticas, terem idade igual ou superior a 16 anos e serem oriundos do concelho da Póvoa de Varzim.

desenvolver as capacidades dos utentes fomentando a coesão do grupo, de for-ma a promover a sua valorização pes-soal e elevando os níveis de autoestima - pintura, desenho, cerâmica, bordados, outros trabalhos manuais.

Desportivas – pretende-se promover a saúde física e psicossocial de forma a elevar o nível funcional das capacidades coordenativas e condicionais. Estimular as capacidades cognitivas, afetivas e inter-relacionais - ginástica, piscina, ténis de mesa, boccia.

Terapêuticas – pretende-se com esta ativi-dade promover o bem-estar físico e psi-comotor, auxiliar em estados de stress e tensão muscular - hidroterapia, hidromas-sagem, hipoterapia, relation play; promo-ver formas alternativas de comunicação proporcionando ao utente um ambiente multissensorial estimulante podendo inte-ragir e experimentar sensações e objetos ao seu ritmo e curiosidade - snoezelen; promover competências psicomotoras, cognitivas e psicossociais - expressão corporal; desenvolver a sensibilidade au-ditiva e a criatividade musical - musicote-

rapia; manter e melhorar a capacidade respiratória, prevenir deformidades e mobilizar a parte muscular – fisioterapia.

Intelectual/formativas – pretende-se desenvolver a independência pessoal e social, promovendo as relações inter-pessoais – programa de treino de com-petências pessoais e sociais. Tendo como principal objetivo fomentar o desenvol-vimento pessoal e social dos utentes do CAO, o projeto “Bocadoce” surgiu como uma oficina de culinária para confeção de biscoitos e compotas. O objetivo final é que os produtos efetuados sejam vendi-dos como forma de valorização pessoal dos nossos utentes, sendo que a receita apurada reverte para a instituição, con-vertendo a mesma em benefício do de-senvolvimento de outras atividades que promovam a melhoria da qualidade de vida de todos os utentes da valência.

Sociais e Culturais – participar em proje-tos desenvolvidos pela comunidade fo-mentando o relacionamento interpessoal; promover a socialização e desenvolver a autonomia pessoal e social – partici-pação em eventos da comunidade, pas-seios, praia, visitas de estudo, a exposi-ções e museus.

Cada vez mais o Centro de Atividades Ocupacionais procura melhorar a qua-lidade dos serviços prestados aos seus utentes, bem como diversificar as ativi-dades a desenvolver. O seu progresso pressupõe a existência de desafios, ca-pacidade de identificar as causas dos problemas e implementar soluções.Assim, acreditamos que a melhoria con-tínua é mais do que investimento em espaços e equipamentos. Melhorar im-plica equiparmo-nos com as ferramentas mais adequadas aos desafios que nos são colocados. Trabalharmos de perto com instituições congéneres e outras entidades distintas, tem permitido um somatório de infor-mação e uma partilha metodológica, geradora de uma atitude heurística, fun-damental para uma postura proactiva e abrangente.Congratulamo-nos com os resultados obtidos, e, apostamos numa melhoria e crescimento contínuo com novos desafios e um futuro com sucesso.A Coordenadora de valência:Eunice Neves

Centro de Atividades Ocupacionais do MAPADI/Sede

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Centro de AtividadesOcupacionais,Lar Residencial e Residências Autónomas- Pólo de Terroso04

O passar dos anos trouxe ao MA-PADI maturidade, crescimento e ousadia, afirmando-se como

Instituição de referência no apoio ao ci-dadão com deficiência mental. Diagnos-ticando as necessidades que se apresen-tavam e planeando o futuro de todos os

envolvidos na missão deste movimento e, no âmbito de uma candidatura ao pro-grama PARES, inaugurado por sua Exa., o Sr. Ministro da Segurança Social, da Família e da Criança, Dr. Fernando Ne-grão, a associação MAPADI vê nascer a 27 de Novembro de 2004, um novo polo institucional, que integra um Centro de Atividades Ocupacionais (CAO) para 30 clientes e um Lar Residencial preparado para acolher 35 clientes. Esta nova edi-ficação foi erigida no lugar de Sejães, situada na freguesia de Terroso, Póvoa de Varzim. Este edifício veio assim constituir mais um passo de sucesso no projeto que tem sido o Movimento MAPADI ao longo destes 40 anos da sua existência, na sua inces-sante procura de respostas e na dignifica-ção da pessoa com deficiência mental do Concelho da Póvoa de Varzim.

Sobre o Centro de Atividades Ocupacio-nais, podemos dizer que esta resposta social funciona em regime de semi-inter-nato, de 2ª a 6ª feira, com o horário das 8h às 18h, dando apoio a 30 jovens/adultos com deficiência mental que se encontram divididos por grupos, distribu-ídos por salas onde se realizam as mais variadas atividades, de acordo com as suas necessidades e espectativas e com o seu grau de participação cognitiva, in-telectual motora e comunicacional.Nesta área, são desenvolvidas as mais variadas atividades que visam promover a estimulação, a autonomia, a sociali-zação e o bem-estar de todos os nossos clientes beneficiários. Dentro dessas ati-vidades destacamos o Snoezelen, que é um espaço inovador, multissensorial, com equipamentos específicos que promovem a estimulação visual, auditiva, táctil, sen-sorial e vestibular e que pretende desta forma permitir a quem utiliza esta sala, condições para a comunicação, o rela-xamento, a estimulação, e o bem-estar. No âmbito de atendimento, todos os clientes frequentadores desta resposta beneficiam ainda de apoio ao nível ser-viço social, ao nível psicológico, apoio terapêutico, de transporte e de alimen-tação, durante o período em que estão integrados.

A resposta social de Lar Residencial, inau-gurada em simultâneo com a do Centro de Atividades Ocupacionais, funciona em regime de internato, sendo nos dias úteis o atendimento realizado no período entre as 18.00h. às 8.00h e aos sába-dos, domingos e feriados, o atendimento é de 24h. Esta resposta social é constitu-ída por uma área institucional que envol-ve 3 Alas de quartos, masculinas e femi-ninas, com uma capacidade de resposta num total de 40 camas.

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

A topologia dos quartos apresenta-se sob a forma de quartos singles, quar-tos duplos e quartos triplos, sendo estes equipados com camas eletricamente arti-culadas. Existe ainda 2 quartos de isola-mento, para situações de necessidade de isolamento ou de contenção temporária de algum cliente – uma cirurgia, um surto psicótico, alteração do estado emocio-nal. Todos os quartos possuem uma zona com casa de banho privativa, equipada com lavatório, poliban e sanita adapta-da para pessoas com limitação motora, e por roupeiros onde, individualmente, são guardadas as roupas e pertences pesso-

04ais dos clientes residentes.Em cada zona de quartos, existe ainda uma zona de Hidromassagem assistida, com banheiras elevatórias e elevadores de transferência para o uso com pessoas em cadeira de rodas ou para os clientes com um maior grau de dependência -fí-sica e/ou psicológica. Faz parte ainda deste espaço uma sala de Apoio Noturno, onde pernoitam os Colaboradores que as-seguram a vigilância e as atividades que estão associadas e que são desenvolvidas no turno da noite (por ex., rondas de vi-gilância, preparação das medicações, registos noturnos, mudanças de fraldas,

marcação de roupas, ente outras). Esta resposta social destina-se a propor-cionar acolhimento – internamento – ins-titucional e suporte social, a pessoas com deficiência mental, sem retaguarda fami-liar ou em situações de emergência social. Os residentes de Lar, para além do aco-lhimento institucional, beneficiam ainda de uma série de atividades que lhes pro-porcionam bem-estar, autonomia, socia-lização, diversão, participação na vida institucional, cuidados pessoais, auto con-ceito e auto estima, tais como: Snoeze-len, Psicomotricidade, Hidromassagem, Jacuzzi, atividades de AVD`s e Activida-des sócio-recreativas: saídas ao exterior, passeios, celebrações religiosas, festas populares e comemorações festivas. De referir ainda que a Instituição está rodeada de jardins e espaços verdes ar-borizados, de fácil e disponível acesso a todos, permitindo a quem por aqui se cruza diariamente, a oportunidade de se divertir no exterior, realizar jogos e brin-cadeiras ou simplesmente dar uma cami-nhada e respirar o famoso “ar puro”.

Integrado no espaço físico, anexo ao edifício onde está integrado o CAO e o Lar Residencial do MAPADI e com a presença da Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Dra Maria Helena André, inaugurou a 8 de Maio de 2010, a resposta social de “Residências Autó-nomas” do MAPADI.

As Residências Autónomas constituem mais uma valência do MAPADI, tendo como principal objetivo promover e dis-ponibilizar condições que contribuam para uma vida com qualidade e para a plena integração social dos seus clientes. A valência das Residências Autónomas é constituída por 3 unidades, com 4 mo-radias cada, acolhendo cada moradia 2 clientes, perfazendo um total de 24 clien-tes na sua capacidade de acolhimento.Destinam-se a pessoas com deficiência intelectual de grau ligeiro, que se encon-trem impedidas, temporária ou definitiva-mente, de residir num contexto familiar.Constituem como principais objetivos da resposta de Residências Autónomas disponibilizar alojamento e apoio resi-dencial, permanente ou temporário; pro-mover os níveis de qualidade de vida; promover estratégias de reforço da auto-estima, da valorização e de autonomia pessoal e social, assegurando as condi-ções de estabilidade necessárias para o reforço da sua capacidade de auto-nomia e organização das atividades da vida diária; prestar apoio na integração na formação profissional, no emprego protegido, no desenvolvimento de ativi-dades socialmente úteis ou no acesso ao mercado regular de trabalho, parcial ou completo; privilegiar a interação com a família e significativos e com a comuni-dade, no sentido de otimizar os níveis de atividade e de participação social.

Mas nem só deste atendimento específi-co à população com deficiência mental, tem vivido este Pólo do MAPADI desde a sua inauguração. Por aqui também sido palco, a realização de acontecimentos, de eventos e cerimónias, que para além de colaborarem na projeção comunitária da imagem do MAPADI, tem contribuído igualmente para a divulgação, crescimen-to, engrandecimento e reconhecimento pú-blico desta obra social que é o MAPADI,Desde a realização de Cursos de forma-ção profissional no âmbito do IEFP de Viana do Castelo, estágios profissionais, atividades conjuntas com outras entida-des – GNR, PSP, Visitas de escolas e de outras Instituições nacionais e interna-cionais, almoços e jantares solidários, Atividades desportivas, Caminhadas, Intercâmbios nacionais e internacionais, cerimónias religiosas, entre outras. Todos estes momentos contribuíram e continua-rão a ser uma inequívoca e indispensável referência na nossa existência e na nossa subsistência. Bem hajam!O Coordenador de valência:José Luís

Centro de AtividadesOcupacionais,Lar Residencial e Residências Autónomas- Pólo de Terroso

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Clínica de Medicina Física e Reabilitação05

“REABILITAR PARA INTEGRAR”

No dia 06 de junho de 1994, o MAPADI abriu um novo serviço à comunidade poveira, a Clínica de

Medicina Física e Reabilitação. Esta Clíni-ca tinha como fundamento dar resposta a uma necessidade dos seus utentes com patologia neuromotora; ao mesmo tempo foi pensada como Clínica para utentes ex-ternos pois seria uma forma de chamar a população da terra à instituição, permitin-do maior conhecimento e integração com as pessoas com diferença. Exemplo disto, é a colaboração da Formação Profissional na área de lavandaria na manutenção di-ária da roupa da Clínica.No início a Clínica contemplava um

consultório médico, uma sala de espera, nove cabines de electroterapia, uma sala com turbilhões e hidromassagem indivi-dual, uma sala isolada magneticamente para micro-ondas e ondas curtas, um ginásio e uma sala de tratamentos respi-ratórios. Desde então os utentes podem usufruir dos seus serviços através dos sistemas de Saúde e Protecção Social (ADSE e IASFA), seguros convencionados ou a título particular. A Hidroterapia, na época, uma grande inovação em termos de terapia, podia ser realizada na pisci-na do centro. Esta forma revolucionária de tratamento foi a grande aposta da ins-tituição para atrair utentes.

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

Estava assim criado um espaço inteira-mente dedicado ao atendimento de con-sulta e tratamento de fisioterapia, quer aos utentes do MAPADI, quer à popula-ção em geral.Nesta altura, a equipa era constituída por um fisiatra, uma fisioterapeuta e uma auxiliar. No espaço de um ano, também começou a fazer parte uma recepcionista e uma nova auxiliar. Para se poder dar uma resposta mais abrangente, reforçou--se com outra terapeuta a meio tempo. Até 2005, constituiu-se uma equipa coe-sa de um fisiatra, quatro fisioterapeutas, três auxiliares e uma recepcionista.Durante o verão de 2006, foram execu-tadas algumas obras de alargamento, para fazer face ao acréscimo elevado de utentes. As obras, embora respondessem às necessidades na altura, rapidamente

No ano de 2010, ao abrigo do pro-grama Arquimedes, a instituição iniciou o seu processo de certificação. Durante um período de 2 anos preparou-se e im-plementou-se um conjunto de medidas e procedimentos para assegurar a quali-dade dos seus serviços perante os seus clientes internos bem como de todos os intervenientes de forma a obter a certi-ficação de qualidade EQUASS. Com o andamento deste novo processo, toda a base burocrática da Clínica (fichas de registo, questionários de satisfação,…) foi reestruturada segundo os moldes exi-gidos de forma a obter reconhecimento por parte da entidade reguladora. Este é um processo constante onde diariamen-te se trabalha pelos requisitos exigidos, numa perspectiva contínua de alcançar a excelência. Ao longo dos anos, por oportunidades de emprego mais promissoras à vida profissional de cada um, a equipa tem sofrido alterações, o que estremecendo os seus alicerces. Durante este período surgiu a oportunidade de integrar uma cliente do CAO Socialmente Útil, que participa em pequenas tarefas do dia-a--dia. Em 2012, a equipa era constituída por um fisiatra, quatro fisioterapeutas, três auxiliares, uma auxiliar CAO So-cialmente Útil e uma recepcionista. Ac-tualmente, é constituída por um fisiatra, cinco fisioterapeutas, quatro auxiliares, uma auxiliar CAO Socialmente Útil e uma recepcionista.

O aniversário dos 20 anos da Clínica de Medicina Física e Reabilitação, sob o lema “20 anos ao serviço da comuni-dade poveira”, foi comemorado no dia 06 de Junho de 2014, com a oferta de uma rosa a cada utente com o respetivo slogan. Festejou-se o aniversário e can-tou-se os parabéns numa união comum na instituição. Não só as pessoas que to-dos os dias frequentam a Clínica, como também aquelas que contribuem diaria-mente para o seu funcionamento, pude-ram participar na celebração do seu 20º aniversário.De modo a acompanhar a contínua evolução profissional na área da fisio-terapia, a procura de novas técnicas é constante por parte desta equipa. Surgi-

ram assim recentemente novos campos de conhecimento dominados por parte dos profissionais para melhor exercer a sua intervenção. Exemplos desta evolu-ção são Pilates Clínico, Massagem de Relaxamento, Ai Chi, entre muitas outras técnicas. Ao mesmo tempo surgiram dis-tintas abordagens aos seus utentes como por exemplo o tratamento em domicílios. O objectivo principal da Clínica de Me-dicina Física e Reabilitação do MAPADI mantém-se desde o início, a satisfação máxima dos utentes internos e externos, pois só desta forma continuaremos a ser uma referência para a comunidade poveira.A Coordenadora de valência:Fátima Faria

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se revelaram insuficientes pelo aumento da procura dos seus serviços pelo que no ano de 2012 houve necessidade de criar e modernizar os espaços, apetrechan-do-os com equipamentos mais recentes. Desta vez as obras foram mais profun-das e o serviço de fisioterapia passou a ter mais cabines de eletroterapia, um ginásio bem mais amplo, uma sala de drenagem linfática e de técnicas manipu-lativas, um balneário para os colabora-dores e casas de banho adaptadas aos utentes com deficiência. A Clínica passou a usufruir de clarabóias, para evitar a ilu-minação artificial durante o dia. Com o aumento destes espaços a Clínica ganha outra organização, e por conseguinte o consultório médico e a receção perdem o seu lugar na área do serviço e passam para o outro lado de corredor.

Clínica de Medicina Física e Reabilitação

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NAGIMAtividadesDesportivas06

NAGIM (Natação e Ginástica do MAPADI) iniciou as actividades para o exterior no mês de feve-

reiro de 1993. Com a construção das infra-estruturas desportivas realizadas na actual sede da Instituição; a visão da direção de proporcionar aos utentes do MAPADI, condições de excelência para a prática desportiva e melhor qualida-de de vida, resultou na construção de uma piscina e ginásio de excelência. A necessidade de manutenção dos equi-pamentos e simultaneamente criar condi-ções para a fusão da sociedade com o cidadão deficiente, originou aos “olhos de hoje”, uma relação aberta do MAPA-DI com a comunidade, onde confluem diariamente dezenas de pessoas para a prática desportiva, em paralelo com a sã convivência com o cidadão deficiente, proporcionando experiências ricas em ambos os sentidos. Atualmente a Escola NAGIM conta com 15 profissionais de educação física e desporto a prestarem serviço para o ex-terior nas diversas áreas desportivas.

A utilização diária da piscina aquecida, com utilização de tecnologia avançada no tratamento e manutenção da água, nomeadamente os ultravioletas, tem sido um dos equipamentos mais procurados pela população. As atividades aquáticas abertas ao exterior, seguem um modelo de progressão pedagógica nas classes de bebés, crianças e jovens; as classes de adultos procuram aliar a manuten-ção/melhoria da condição física com a aprendizagem das técnicas de nado.Os ginásios de aulas de grupo e cárdio--fitness, foram ao longo dos últimos 20 anos, reajustados de forma a permitir uma utilização prioritária para responder às necessidades dos alunos e simultane-

amente proporcionar uma utilização de qualidade a quem procura as instalações do MAPADI para realizar a sua activida-de física desportiva. Ao longo dos anos, a oferta do Fitness tem naturalmente evoluído, tendo actu-almente o MAPADI, classes de aulas de grupo de Zumba, Pilates, Indoorbike; Pumplocal, Totaltraining, ABS total e Ki-zomba.O ginásio de Cárdio-fitness com uma in-tervenção estrutural no ano de 2015 foi remodelado de forma significativa, con-tando na cerimónia de abertura com a presença do futebolista do Futebol Clube do Porto, André André e do Presidente do Município Eng. Aires Pereira.

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Este espaço dá resposta diariamente aos alunos da instituição, que acompa-nhados pelos técnicos especializados desenvolvem programas de intervenção no sentido de melhoria da qualidade de vida do cidadão deficiente, coabitando de forma salutar com a população que frequenta o ginásio.O ginásio, com três áreas distintas; cár-dio, máquinas de musculação e pesos livres, permite a todos os utilizadores e de acordo com os seus objectivos, reali-zar uma actividade física personalizada acompanhados por professores especia-listas na área.Anexa ao ginásio, foi renovado um es-paço de avaliação da composição cor-poral, aliada à avaliação da condição física que permite a todos os utilizadores aferirem os resultados do seu trabalho no ginásio.

NAGIMAtividadesDesportivas06

O campo de futebol com as dimensões de 40 x 20 metros, foi intervencionado em junho de 2015, com a instalação de um relvado sintético o que lhe conferiu uma excelente qualidade para a prática do futebol. A qualidade evidenciada, resul-tou numa maior procura da instalação e simultaneamente aumentar a receita. Foi estabelecido um protocolo de utilização entre o MAPADI, a Escola Dr. Flávio Gon-çalves e o Município. A cerimónia de inauguração, realizado durante as festas de S. Pedro, contou com a presença do futebolista Bruno Alves, do Presidente do Município, dos Vereadores e do Presiden-te da Câmara de Eschborn.O MAPADI ao longo dos últimos anos, e no sentido de captar novas receitas e simultaneamente promover a sua missão, tem diversificado a realização de acti-vidades, que pelo seu impacto junto da população merecem ser referidos:

Festival de MariscoA primeira edição do festival de maris-co decorreu no ano de 2006, nos dias

3,4,5 e 6 de Agosto. O festival decor-reu no parque automóvel dos bombeiros – junto às piscinas municipais e contou com a parceria de uma empresa espa-nhola – A Catermar - que confecionou todo o Marisco. A última edição ocorreu em 2011, tendo o MAPADI decidido ter-minar a sua ligação com a Catermar e reiniciar o processo, prevendo no futuro realizar o festival nas instalações da ins-tituição.

Torneio de GolfeO primeiro torneio decorreu em 2005 no campo de golfe da Quinta da Barca, que disponibilizou o campo e os serviços técnicos com o objectivo de proporcionar receitas para a instituição. A primeira edição contou com a colaboração dos ex-jogadores de futebol - Toni, Oceano e Frasco, da atriz Marina Mota e do jor-nalista João Malheiro. O encerramento do torneio e entrega de prémios foi re-alizado no casino da Póvoa de Varzim, tendo o Dr. Diamantino representado a autarquia na entrega de prémios.Ao longo dos anos o torneio ganhou

referências de qualidade, os jogadores que anualmente participam no torneio, perceberam e aplaudem o trajeto que é percorrido pela Instituição, demonstran-do uma enorme simpatia pelos utentes do MAPADI que visitam o campo de golfe durante o torneio.No ano de 2016, na comemoração do quadragésimo aniversário, decidiu a di-recção, realizar a entrega de prémios do XII torneio no MAPADI – sede para que todos os intervenientes do torneio conhe-cessem o trabalho e obra realizada.

Caminhada SolidáriaA primeira edição realizou-se em março de 2014, contou com a participação de aproximadamente 600 pessoas. O per-curso foi realizado com início no MAPA-DI-sede, pela marginal até à igreja da Senhora dos Navegantes nas Caxinas e respectivo regresso até ao MAPADI.Face ao sucesso da primeira caminhada, a direcção do MAPADI entendeu que se-ria importante a população conhecer o MAPADI de Terroso, promovendo a ca-minhada em 2015 e 2016 no mês de maio, com um percurso bastante simbó-lico, unindo os dois pólos da instituição. A actividade culmina com a oferta de um almoço volante para todos os participan-tes. A satisfação e agrado da população foram enormes, no sentido de valoriza-rem a missão do MAPADI e ficando a co-nhecer as instalações de Terroso.O Coordenador de valência:Amilcar Ramos

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Gestão da qualidade07

O processo de certificação da qualidade, segundo a norma EQUASS Assurance, iniciou-se

no MAPADI no final do ano de 2008, com a apresentação de candidatura ao programa Arquimedes, no âmbito do POPH, que permitiu à instituição obter o financiamento necessário para cobrir to-dos os gastos envolvidos neste processo.Durante cerca de um ano e meio uma equipa de colaboradores do MAPADI trabalhou neste projeto, em estreita co-laboração com a Direção da instituição, atualizando a sua organização e funcio-namento, reformulando a sua estratégia, no sentido de a tornar coerente e conso-nante com os novos referenciais de quali-dade, adotados no referencial EQUASS.Trata-se de um sistema de reconheci-mento, garantia e certificação da qua-lidade, reconhecido a nível europeu, dirigido às organizações que atuam no âmbito dos serviços sociais, nomeada-mente de reabilitação, que estabelece um compromisso com a qualidade e a melhoria contínua, constituindo-se como um instrumento de garantia da qualida-de e contribuindo para a modernização dos serviços sociais, através do qual os prestadores de serviços têm a possibili-dade de se diferenciarem, utilizando a qualidade dos seus serviços como uma vantagem competitiva.Em novembro de 2010, foi efetuado um processo de avaliação da instituição, através de uma auditoria externa que decorreu durante dois dias, realizada por um auditor nomeado pela Associa-ção Portuguesa para a Qualidade, en-tidade gestora de todo o processo de atribuição da certificação da qualidade EQUASS em Portugal. Este processo culminou com a obtenção da desejada certificação, no dia 21 de Dezembro de 2010, válida por 2 anos.A Coordenadora de valência:Fernanda Gonçalves

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Centro de Emprego Protegido(C.E.P.)08

Para dar resposta aos jovens que ter-minaram a formação profissional e que não tiveram oportunidade de

serem integrados no mundo do trabalho, o MAPADI candidatou-se à construção, para implementação, de um Centro de Emprego Protegido (CEP). Desta forma, através do Instituto de Emprego e For-mação Profissional, (IFEP) elaborou um projeto com viabilidade económica para as áreas de Lavandaria e de Hortoflori-cultura. Em 2005, obtida a aprovação do IFEP foi posta a concurso público a execução da obra.Inaugurado a 13 de Maio de 2010, o Centro de Emprego Protegido está situa-do na travessa das Poças, 109, na fre-guesia de Terroso, concelho da Póvoa de Varzim. A referida freguesia dista 6 km da sede do concelho, numa zona de pre-dominância agrícola e turística.O seu objetivo primordial é ser uma uni-dade de produção de bens e serviços agrícolas e de prestação de serviços de lavandaria, que funcionam em moldes empresariais, tendo autonomia económi-ca, financeira e administrativa integrada na atividade económica local.

Durante os anos de 2011/12 foram efe-tuados esforços humanos, económicos, de marketing e divulgação, estudos de mercado e de consulta para que os pro-cedimentos e estratégias aplicadas ga-rantissem a qualidade dos serviços pres-tados. Nestes anos, contemplava quinze jovens abrangidos por esta valência, estando alguns na situação de contrato e os restantes em condição de estágio, dividindo as suas atividades pelas áreas da Lavandaria e Hortofloricultura.Em 2013 dos quinze jovens acolhidos pelo regime de emprego protegido, en-contravam-se já dez em situação de con-trato e os restantes incluídos em situação de estágio. 1 - Área de lavandaria caracteriza-se pelo funcionamento de uma lavandaria industrial de média dimensão, equipada com maquinaria especializada, desti-nada ao processamento da limpeza de roupa e adaptada às necessidades do mercado local.A lavandaria dá emprego a seis colabora-dores sob regime de emprego protegido, apoiados por técnicos especializados. Neste serviço, elabora-se o processamen-to de limpeza de artigos de restauração e de hotelaria, bem como serviço a particu-lares, abrangendo o comércio local. Tem--se mantido um processo de fidelização dos clientes e angariado novos, que con-

tribuem para que o volume de trabalhado se mantenha equilibrado.

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e Amigos ao Diminuído Intelectual

2 - Área de hortofloricultura, apresenta cerca de 35 mil metros quadrados. Con-ta já com seis colaboradores sob regime de emprego protegido; e caracteriza-se pelo funcionamento de um pólo de pro-dução horto e florícola, em ambiente fechado (estufas) e ao ar livre. As suas atividades principais consistem na produ-ção de artigos agrícolas e florícolas, ga-rantindo a alta qualidade dos produtos, o cumprimento das boas práticas eco-lógicas e a satisfação dos seus clientes. Presta igualmente serviços de jardinagem a particulares.Os principais clientes a usufruírem destes produtos constituem-se por pequenos e médios grossistas; restaurantes; mini mer-cados e particulares. A principal área de venda é na sede Institucional, dispondo, ainda de um posto na loja do MAPADI.

Centro de Emprego Protegido(C.E.P.)08

Referentemente à criação de projetos, o CEP desenvolveu em meados de Maio de 2015 um projeto de investimento que consistiu na implementação de um Pomar abrindo assim portas á exploração da parte frutícola, consistindo em Limoeiros; Laranjeiras; Marmeleiros; Videiras- uvas mesa; Pereiras; Diospireiros.Para qualquer uma das áreas se prevê o desenvolvimento e crescimento ao nível de clientela, podendo se alargar a ou-tras entidades, em conformidade com as potencialidades que o mercado externo ofereça. Para que este facto aconteça, para além de todos os esforços e do de-sempenho interno da valência, conta-se, também, que através do trabalho desen-volvido, a sensibilização da comunidade envolvente continue a crescer em dois sentidos:a)- Reconhecimento e apreciação das potencialidades e de desempenho destes trabalhadores.b)- Futura integração dos formandos no mercado normal de trabalho.Todos os serviços desenvolvidos estão devidamente adaptados, atendendo à natureza dos seus trabalhadores, assegu-rando-lhes o exercício de uma atividade remunerada, bem como a possibilidade de formação e de aperfeiçoamento pro-

facilitar a sua adaptação à vida ativa, maximizando o desenvolvimento de suas capacidades, e promovendo as relações interpessoais e condições ao estabeleci-mento de um projeto de vida.A equipa técnica integrante, composta por seis elementos, está, atualmente, as-sim constituída:Esta equipa é responsável pela monito-rização do trabalho, dos trabalhadores, dos equipamentos e pleno funcionamento e sucesso da valência.O CEP tem procurado dar à pessoa de-ficiente os apoios necessários para que atinja o funcionamento desejado, num ambiente comunitário normal. Tem-se re-velado um instrumento adequado para o auxílio a estas pessoas na sua capacida-de produtiva, pois permite que encontrem meios de subsistência suficientes para uma vida digna, usando exatamente os mesmos meios que as pessoas normais da sua idade.Acredita-se que uma das consequências de um ambiente normalizado dentro da empresa leva à maximização da capaci-dade individual, valorizando o trabalho da pessoa com deficiência e esbatendo as diferenças com o trabalhador dito normal.Do ponto de vista institucional, este é o melhor louvor que se poderá fazer ao tra-balhador que aqui acolhemos.A Coordenadora de valência:Lígia Rajão

fissional, visando, sempre que possível, a sua integração no mercado de trabalho aberto.Contempla, também, a promoção e cor-respondente valorização pessoal e pro-fissional de cada trabalhador, sendo-lhes reconhecidos os direitos, deveres e ga-rantias inerentes aos trabalhadores em regime normal de trabalho, com algumas especificidades próprias, decorrentes da sua situação de deficiência.De acordo com os objetivos definidos, de-linearam-se programas de competências sociais para os trabalhadores, para que seja contínua a melhoria na qualidade das suas aprendizagens comportamen-tais e sociais. Desta maneira, procura-se

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Recursos Humanos09

Vários passos foram dados desde a abertura da primeira valência do Mapadi, ao nível dos Recursos Hu-

manos: dos transportes e serviços gerais. Começamos com um funcionário admi-nistrativo que assegurava todo o trabalho nesta área, assim como uma funcionária polivalente que efectuava a limpeza e apoiava as refeições com a colaboração dos Professores, auxiliares de educação e técnicos ao serviço da Escola.Associações como o MAPADI, que des-pertaram as consciências para os pro-blemas relativos à Pessoa com Deficiên-cia, levaram os Poveiros a encará-las e aceitá-las de maneira diferente. As enti-dades locais não pouparam esforços na colaboração com o MAPADI. De salien-tar, a atitude da P.S.P. que, desde o iní-cio, gratuitamente e enquanto a Institui-ção não dispusesse de viatura própria, se disponibilizou a emprestar a carrinha para o transporte dos alunos.Atenta às necessidades prioritárias da Instituição, a Direção viu-se confrontada, em Outubro de 1980, com o término do período da cedência da carrinha, que tanto jeito fizera no transporte das crian-

ças para a escola e no regresso a casa, de imediato, tomou medidas para a aqui-sição de uma viatura própria, com a co-laboração financeira da Gulbenkian, e a contratação de um motorista.A alimentação após a fase inicial, pas-sou a ser fornecida pela Escola Doutor Flávio Gonçalves e nas interrupções letivas adquirida num restaurante da comunidade ou cedida pela Escola Prá-tica dos Serviços – Exército (Quartel da Póvoa de Varzim), pois as instalações da Escola na Giesteira, não possuíam espaço físico para uma cozinha e para o alargamento dos serviços administrati-vos, que funcionaram numa loja do Cen-tro comercial Pré-mar, até á construção do novo centro.Com a mudança para as novas instala-ções na Cidade da Póvoa de Varzim e com a abertura de novas Valências foi necessário reorganizar os diferentes ser-viços, com a admissão de colaboradores para diversas áreas: uma Técnica Oficial de Contas, um recepcionista, um moto-rista, auxiliares de limpeza e refeitório, assim como psicóloga, assistente social, terapeuta ocupacional.

“… É preciso voltar aos passos que foram dados, para repetir e traçar caminhos novos ao lado deles. É preciso recomeçar a viagem.Sempre”.José Saramago

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Em 1993 sempre com a preocupação de dotar o Centro com novos equipa-mentos e materiais, de modo a propor-cionar uma melhoria de serviços não só aos alunos mas também aos utentes das atividades abertas à comunidade, a Direção mandou fazer obras nas Instala-ções Desportivas. A área da Sauna foi remodelada e modernizada e instalado um sistema automático para controlo da qualidade da água da Piscina, sendo o recinto dotado de instalação sonora, tendo iniciado a sua atividade a Escola Nagim.No átrio de entrada foi instalada uma receção para um melhor atendimento no MAPADI e eficiente resposta às pessoas que ali se dirigem. O amplo refeitório ficou embelezado com a colocação de três painéis de azulejos decorativos, ofe-recidos à Instituição. O átrio de entrada foi instalado com um belo e sugestivo espelho de água, para além do aproveitamento de um espaço para a criação de um bar.Acabadas a remodelação do espaço

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não só à população com deficiência mas também à população em geral, através dos seus serviços abertos ao ex-terior: clínica de fisioterapia, Nagim, al-moce connosco, etc, todos estes recursos

necessitam de colaboradores com quali-dade e motivados para o desempenho das funções especificas, num total de 118. Todos os procedimentos relativos à contratação e gestão de pessoal são

implementados tendo em consideração a legislação em vigor.

O Coordenador Recursos Humanos:João Vilas Boas

Recursos Humanos

afeto a clinica da Fisioterapia iniciamos esta atividade com a admissão de um médico fisiatra, fisioterapeuta e auxilia-res de fisioterapia e foram estabelecidos protocolos com diferentes entidades (ADSE) e posteriormente foram alarga-dos às Seguradoras e IASFA para um melhor atendimento à população defi-ciente e da comunidade.Com a abertura do Lar e das Residên-cias Autónomas foi necessário reorgani-zar os Recursos humanos da Instituição, foram deslocados técnicos e auxiliares da sede para Terroso e admitidos novos colaboradores em diferentes áreas.Para dar resposta aos Jovens que fre-quentaram a formação profissional o MAPADI candidatou-se a um Centro de Emprego Protegido, nas vertentes de: La-vandaria e Hortofloricultura, tendo sido necessário efectuar admissão de cola-boradores em áreas muito específicas, assim como proceder à admissão de tra-balhadores com deficiência.Atualmente o MAPADI é uma Instituição da comunidade Poveira a dar respostas

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Administrativo e Financeiro

O Departamento Administrativo e Financeiro (DAF) surge com a origem da Instituição, existindo

desde sempre na sua orgânica.Face às exigências legislativas das en-tidades que nos tutelam, o MAPADI or-ganizou a gestão da sua contabilidade, admitindo uma Técnica Oficial de Con-tas (TOC) para cumprir o mencionado.É de referir que, com a expansão de novas valências e serviços ao exterior, a Instituição procedeu à admissão de novos colaboradores para este depar-tamento.Apesar das circunstâncias ao longo destes anos, que nem sempre foram fa-voráveis ao nível da envolvente social e económica, o MAPADI pautou a sua atividade pela melhoria e desenvolvi-mento contínuo em diferentes níveis: de equipamentos (ex: informáticos), de ins-

talações (novas edificações), de áreas (novas valências), mas também no seu crescimento ao nível dos resultados.A gestão foi marcada pela contínua im-plementação de esforços, no sentido de maximizar receitas, minimizar os custos e cumprir as suas obrigações, tendo como desafio alcançar o equilíbrio eco-nómico-financeiro.Com o crescimento atingido a diferentes níveis, e por força da lei, a Instituição passou a ter como obrigatoriedade a Certificação Legal das Contas por um Revisor Oficial de Contas (ROC).Atualmente é composto por uma equipa mais alargada, que pauta por executar um trabalho transversal a todas as áreas que compõem o MAPADI, visando sem-pre o equilíbrio financeiro das mesmas.A Coordenadora do DAF,Luísa Rajão Marques Jorge

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MAPADIMovimento de Apoio de Pais

e Amigos ao Diminuído Intelectual

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Aberto sexta e sábado, a partir das 20h30 . Espaço para fumadores e estacionamento gratuito

COORDENADAS GPS N41.378677, W8.766142RESERVAS | CONTACTOS Edifício do Casino da Póvoa de Varzim. 4490-403 Póvoa de Varzim . T 252 690 888 F 252 690 871

email [email protected] | www.restauranteegoista.com

Hermínio Costa, autor das criações culinárias do Egoísta, propõe uma variedade de sabores com base na cozinha tradicional portuguesa, na qualidade dos produtos e na proximidade ao mar.

O Egoísta é um espaço de conforto e bem estar. Pela arquitectura, pelas obras de arte que o habitam, pela decoração, design e atmosfera, mas também – e sobretudo – pelos sabores que aí se podem degustar.

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