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Índice

C A P Í T U L O 1

Apresentação: 2

C A P Í T U L O 2

Por que inovação na construção civil? : 5

C A P Í T U L O 3

Tendências e oportunidades para 2015 : 11

C A P Í T U L O 4

Gestão da inovação : Octógono da inovação : 33

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1

Copyright 2014 – Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação

Após bons ciclos nos últimos 10 anos (com exceção de 2009), Esse ano e especialmente 2015 se mostram menos animadores para o setor da construção civil em função de um conjunto de fatores macroeconômicos como a desaceleração do PIB, aumento do endividamento da população, diminuição do crédito e confiança do consumidor.

Esse cenário faz com que muitas empresas passem a repensar o modelo de atuação e comecem a projetar novas possibilidades que consigam suplantar as dificuldades que o mercado irá impor nos próximos anos Historicamente crises e tempos de recessão são motores da criatividade e da inovação em vários setores. A crise do petróleo nos anos 70 forçou o desenvolvimento de tecnologias alternativas como o álcool. A crise das empresas ponto com no ano 2000 criou inúmeras oportunidades para o crescimento de empresas como Amazon, Goolge e Ebay. É na dificuldade que muitas vezes a necessidade de inovar é potencializada.

Claro que o melhor momento para investir em inovação é quando o mercado e a empresa estão bem, com caixa disponível para desenvolver novidades e estar preparada para quando os momentos difíceis se tornarem realidade. Mesmo assim, nunca é tardeFalando especificamente de inovação tecnológica em empresas de construção civil, ela é prioritariamente estruturada em uma visão de cadeia da construção, ou seja, boa parte dos desenvolvimentos são realizados por outros agentes como fornecedores de insumos, máquinas e serviços. Esse modelo tem vantagens e desvantagens.

Apresentação

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Vantagens porque deixa a incerteza tecnológica e a maior parte do investimento de pesquisa e desenvolvimento para os outros agentes da cadeia. Cabe aos fornecedores gerenciar o risco pela busca de novos materiais, tecnologias e máquinas que possam melhorar a construção civil. Entretanto, uma vez que o terceiro está desenvolvendo a nova tecnologia ele irá buscar comercializá-la com o maior número de empresas na cadeia, o que torna a vantagem competitiva comparativa do adotante limitada ao tempo em que todos os concorrentes também a adotem.

Aqui vale um comentário sobre a lógica básica da inovação como ferramenta de competitividade. O movimento inovador da empresa é avaliado sob dois aspectos: grau de novidade e impacto gerado no negócio. Grau de novidade se refere a quão novo é o movimento realizado. Conforme os economistas e administradores apontam, ser o primeiro gerará um monopólio transitório em relação a novidade trazida, o que se traduz em ganho de competitividade.

Na prática significa que não nos comparamos apenas com nossa realidade atual mas também com o padrão competitivo do mercado. Por exemplo, adotar um sistema de formas industrializado irá melhorar nossos índices de produtividade mas, dependendo do momento da adoção, poderá ser apenas um movimento para igualar os índices de produtividade que os outros concorrentes já tinham, o que reduz o impacto do ponto de vista de competitividade.

Verdade seja dita, nem sempre é possível ser o pioneiro, mas é preciso estar atento para que tenhamos uma capacidade de resposta adequada e que possamos ter uma visão de portfolio que permita balancear diferentes movimentos inovadoresNão bastasse todas as possibilidades de inovações tecnológicas que a construção civil está vivenciando há também uma série de outros movimentos organizacionais, de marketing e de gestão que estão permitindo as empresas se diferenciar. Apesar de o senso comum acreditar que a construção civil não pode ser inovadora, muitas empresas estão conseguindo se diferenciar desenvolvendo e incorporando novidades de sucesso ao negócio.

Vale ressaltar que investir em inovação é importante porém não é tudo. Nossa experiência mostra que tornar a inovação algo coordenado, repetitivo e com sucesso depende de utilizar uma abordagem estruturada através da gestão da inovação.

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As empresas mais inovadoras não são as que investem mais mas sim as que conseguem gerenciar da melhor forma ao processo de inovação. Aleatoriedade e acaso não combinam mais com o profissionalismo demandado no mercado atual.

Preparamos esse relatório explorando algumas tendências e oportunidades de inovação para empresas da construção civil. Para torná-lo mais ilustrativo e mostrar possibilidades nas diferentes dimensões do negócio, utilizamos uma ferramenta chamada radar da inovação. Essa ferramenta apresenta 12 tipos possíveis de inovação que podem ser aplicados em uma empresa, fugindo do modelo tradicional de vermos possibilidades apenas nas dimensões produto e processo.

Esse relatório não se propõem a aprofundar nenhuma tecnologia aqui apresentada (outros virão com esse enfoque) mas servir de inspiração para que empresários, engenheiros e gestores das empresas brasileiras possam explorar novas possibilidades de inovação, afinal de contas o processo de inovação inicia justamente na geração de insights que posteriormente irão se transformar em ideias objetivas e projetos aplicados.

Felipe Ost Scherer [email protected]

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POR QUE INOVAÇÃONA CONSTRUÇÃO CIVIL?

O movimento em prol da inovação na economia brasileira vem se intensificando nos últimos 15 anos. Até então a inovação era vista como algo restrito a setores de alta tecnologia como por exemplo as indústrias de software, farmacêutica e automobilística. Esse crescimento do entendimento da necessidade de inovar em outros setores são fruto de mudanças estruturas e mercadológicas que tornam a inovação algo não só desejável mas também necessário para sobrevivência das empresas.

Não temos dados precisos atualizados sobre a percepção dos empresários e engenheiros brasileiros sobre a importância da inovação para a construção civil mas é nítida a mobilização de algumas empresas para o tema, criando estruturas e ações coordenadas para

gerir a inovação utilizando ferramentas e métodos, além de haver um busca importante por posicionar as marcas como sendo inovadoras.

Alguns anos atrás foi realizada uma pesquisa no Reino Unido sobre inovação na construção civil pelo Chartered Institute of Building (CIOB). Foram mais de 450 diretores de empresas do setor que responderam sobre diversos temas relacionados à inovação. Um dos destaques foi o resultado da pergunta que avaliava a importância da inovação para o futuro da construção. Todos os respondentes admitiram que era pelo menos importante e a grande maioria respondeu ser muito importante conforme podemos verificar abaixo.

17%

83%

Muito Importante

Importante

Não importante

* 100% das pessoas acham que a inovação é importante para o futuro da construção

(381)

(78)

(0)

Fonte: Innovation in Construction: Ideas are the currency of the future. CIOB

............................O quão importante é a inovação para o futuro da construção?

O desafio agora está em colocar em prática essa intenção estratégica. Antes de falar em como colocar em prática, vale destacar pelo menos 4 importantes motivadores da inovação na construção civil: consumidores, desafios internos, concorrência e macro ambiente.

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4 IMPORTANTES MOTIVADORES

Atração pelo novo, mudanças nas percepções e necessidadesmulti segmentado.

1 . C o n s u m i d o r

Conservador Idoso Nova Classe Média Publico LGBT Geeks

Eco Consumidores Geração Saúde Executivo Geração Y

.. . .. . .

Os consumidores tem sido um importante driver para o desenvolvimento de inovações na construção civil. Três características podem ser destacas.:

Atração pelo novo – de forma geral o consumidor dedica uma especial atenção para produtos novos ou que carregam características únicas. O conceito de “coleção” muito comum no mercado de moda já foi incorporado por diferentes indústrias como de cosméticos, automóveis, equipamentos eletrônicos, alimentos e outras. Produtos com características únicas e de vanguarda atraem os olhares do mercado consumidor.

Mudanças nas percepções – naturalmente novos atributos são incorporados como itens de série com o passar do tempo. O que era diferencial passa ser obrigatório em função da mudança da percepção do consumidor. Itens

como churrasqueira, piscina ou espera para ar condicionados splits, por exemplo, gradualmente passam a se tornar básicos e necessários e menos diferenciais na hora da tomada de decisão.

Novos perfis de consumidores – o nível de segmentação do consumidor da construção civil vem aumentando com o tempo. Antes havia pouca diferenciação no direcionamento dos produtos, algo que girava em torno de produtos para família, estudantes e executivos. Diversos outros perfis surgem como oportunidades de desenvolvimento de produtos e o setor precisa estar atento para desenvolver produtos de acordo com as necessidades desses novos consumidores. A técnica de montar as “personas” dessas novas tribos podem auxiliar nesse processo.

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2 . D e s a f i o s I n t e r n o s

Basicamente toda empresa de qualquer setor tem desafios relacionados à produtividade, qualidade e custos. As empresas de construção civil não são diferentes. Recente estudo conduzido pela EY sobre produtividade no setor apontou que alguns fatores precisam ser revistos para melhorar os índices de produtividade:

• Planejamento da execução de empreendimentos;• Adoção de métodos de gestão;• Equipamentos;• Materiais;• Métodos construtivos;• Melhorias de projeto; e• Qualificação da mão de obraFonte: Estudo sobre produtividade na construção civil: desafios e tendências no Brasil - EY

Outro tema importante que tem impulsionado melhorias e inovação no setor é a busca pela qualidade total. Produtos e serviços com um alto padrão estabelecido em normas e padrões de qualidade criam desafios de tornar os processos produtivos e administrativos confiáveis e com capacidade de atender o desempenho que se busca. Afora isso os custos são preocupação constante no setor e a inovação é uma solução para desafios dessa natureza também.

Recentemente houve um evolução significativa na relação de custos entre materiais e mão de obra no Brasil. Conforme visto no gráfica abaixo houve uma inversão na estrutura de custos da construção, principalmente impulsionada pelo aumento nos custos de mão da mão de obra sem que houvesse o aumento na mesma proporção dos índices de produtividade.

....................................E v o l u ç ã o e m % d a p a r t i c i p a ç ã o d o s c o m p o n e n t e s

M a t e r i a i s e M ã o d e O b r a n o C U B B r a s i l

Fonte : CBIC

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3 . C o n c o r r ê n c i a

O fator mercadológica também é um driver para a inovação no setor da construção civil. Em função do bom desempenho do setor nos últimos anos houve um incremento importante na quantidade e qualidade dos concorrentes. O número de empresas atuantes no setor vem crescendo significativamente nos últimos anos recentes. O último dado disponível aponta um crescimento anual de 48% no número de empresas na construção de edifícios em relação ao ano anterior. Conforme podemos ver no gráfico ao lado.>

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Não bastasse os novos entrantes, a profissionalização e crescimento de grandes players vem ocorrendo fortemente nos últimos anos, especialmente com a abertura do capital das maiores empresas, gerando um desafio às empresas menores em relação a competitividade.

4 . M a c r o A m b i e n t e

Uma série de fatores macro ambientais tem gerado desafios para o setor da construção civil. Além dos tradicionais problemas relacionados à tributos elevados, falta de mão de obra e burocracia dos órgãos reguladores (veja gráfico abaixo), recentemente novos fatores podem ser adicionados à lista: Plano Diretor, NR12 e Norma de Desempenho.

Principais problemas na Indústria da construção (Percepção das empresas da construção em % dos principais problemas identificados na Indústria da construção)

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Fonte: IBGE - Pesquisa Anual da Indústria da Construção

N ú m e r o d e e m p r e s a s n a c o n s t r u ç ã o d e e d i f í c i o s – B r a s i l – 2 0 1 1 - 2 0 1 2

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Fonte: 86° ENIC

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10

Segundo levantamento do banco Credit Suisse, o custo de terrenos e outorgas deverá subir 40%, em média, em 80% na cidade de São Paulo em função do novo Plano Diretor. O relatório calcula que isso represente perda de 8 a 10 pontos porcentuais na margem bruta dos projetos das incorporadoras, havendo pouco espaço para repassar esses aumentos para os consumidores finais em função da alta relação já existente entre o preço dos imóveis e a renda disponível.

A NR 12 voltada para segurança do trabalho também trouxe desafios de produtividade na utilização de equipamentos nas obras e indústrias. Um levantamento realizado pela CNI aponta que seria necessário investir mais de 100 bilhões de reais para que todas as indústrias do Brasil adaptem-se às novas regras. O setor da construção civil também está sendo impactado por essas demandas.

A nova Norma de Desempenho (NBR-15.575) estabelece padrões de qualidade em 5 diferentes áreas em

uma residência: estrutura, sistemas hidros sanitários, pisos, vedações e coberturas. Ela gera uma série de desafios do ponto de vista de horizonte dos negócios, garantias, custos e controles que também precisam ser equacionados pelas empresas.

Não há dúvidas que todos os setores estão mais dinâmicos, ter um bom produto, serviço ou processos já não é suficiente se esses não forem constantemente questionados e melhorados. Um estudo realizado pela empresa Innosight demostrou em números como os mercados atualmente estão mudando com uma velocidade maior que no passado. Utilizou-se o índice S&P500 das maiores empresas negociadas na bolsa de valores americana e comparou-se o tempo médio que uma empresa permanecia no índice. Na década de 60, em média, as empresas estavam praticamente há 60 anos no índice. Já nos anos recentes, uma empresa permanece em média menos de 20 anos. Na prática o que se observou foi que no passado era muito mais fácil se manter no topo e na liderança em função de uma menor concorrência e dos ciclos de vida dos produtos serem maiores.

Se por um lado isso é uma ameaça para as empresas estabelecidas que precisam mudar mais rapidamente para garantir sua liderança é uma grande oportunidade para novas empresas buscarem crescer e atingir a liderança. Em ambos os casos a inovação poderá ser o caminho para responder aos desafios.

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TENDÊNCIAS E OPORTUNIDADES PARA 2015

Fonte: Sahwney et al (2006)

Estruturamos esse relatório identificando tendências e oportunidades de inovação para empresas de construção civil nas doze dimensões.

Estruturamos esse relatório identificando tendências e oportunidades de inovação para empresas de construção civil nas doze dimensões.

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Um dos maiores mitos relacionados à inovação é pensar apenas na dimensão

produto. Naturalmente os produtos ou serviços são a parte mais visível dos negócios

porém muitas outras oportunidades existem em outras dimensões do negócio.

Uma das ferramentas existentes mais interessantes para avaliarmos oportunidades

é o Radar da Inovação. Ele apresenta doze tipos possíveis que uma empresa pode

utilizar para inovar.

...........................................................Leed (USGreen Building Council), Aqua (Alta Qualidade Ambiental), Procel (Edifica) e Selo Casa Azul

Essas certificações são as mais conhecidas no Brasil porém ainda são poucas as empresas que as utilizam plenamente. Para os próximos anos veremos uma maior adesão aos conceitos e até mesmo certificações. Por exemplo, a Construtora Even é a 1ª da América Latina a receber a Certificação empreendedor AQUA, Alta Qualidade Ambiental e todos seus lançamentos na cidade de São Paulo já atendem a certificação.

A certificação NZEB garante que os empreendimentos equilibrem o consumo com a produção de energia. Os governos da União Europeia (UE) e do estado da Califórnia nos Estados Unidos já criaram legislações para que todos os edifícios residenciais e comerciais devem ser NZEB. Na União Europeia o prazo é 2018, já na Califórnia até 2020 nos residenciais e 2030 nos edifícios comerciais.

Fontes: http://living-future.org/netzero,https://www.even.com.br/certificacaoaquahttps://engenheironline.wordpress.com/2014/11/06/construcoes-nzeb-net-zero-energy-buildings/http://www.fsec.ucf.edu/en/publications/pdf/FSEC-PF-396-06.pdf

O f e r t a

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Descrição: desenvolvimento de novos produtos e serviços que representem valor para os consumidores. É uma das formas mais tradicionais de inovação.

I . P r o d u t o s C e r t i f i c a d o s

A preocupação com a eficiência energética tem mobilizado o setor pela busca de alternativas para diminuir o consumo de energia. A medida que as formas de gerar energia se tornam mais produtivas e baratas cada vez mais abre espaço para esse tipo de abordagem.

Em países como Estados Unidos e outros da União Europeia há uma grande preocupação com o consumo de combustíveis fosseis e emissão de gases por parte dos edifícios. Um estudo realizado nessas regiões apontou que quase 40% do consumo de energia era proveniente dos edifícios residenciais e comerciais.

Uma das formas mais tradicionais que as empresas de construção civil tem buscado se diferenciar tem sido através do design arquitetônico. O desenvolvimento de novos materiais e principalmente dos softwares de cálculo e desenho de obras permitiu a criação de muitas possibilidades quanto ao tema. Hoje não é preciso mais ficar preso aos ângulos retos e experimentos podem ser feitos na fase de planejamento se comprometer todo trabalho anteriormente executado.

Fonte: http://www.emporis.com/awards

Foto: The Shard – Inglaterra – eleito o arranha-céu mais bonito do mundo de 2013 (Emporis Skyscraper Award).

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I I . D e s i g n A r q u i t e t ô n i c o

A ideia de “vestir os prédios” vem do mesmo princípio do ser humano utilizar roupas. Os prédios com sistema de cobrimento para proteção solar permitem uma otimização da exposição para luz solar, resultando em economia de energia solar de aquecimento no inverno e resfriamento no verão. O prédio Al Bahar Towers em Abu Dhabi possui um sistema dinâmico inspirado em origamis para controlar a abertura e passagem dos raios solares conforme o horário durante o dia. Também são chamados de double-skin façade, ou fachadas de dupla camada.

15

I I I . P r é d i o s Ve s t i d o s

Outra variação dos prédios vestidos estão aqueles com uma segunda camada com sistema de absorção da poluição. “O concreto fotocatalítico – um tipo de material que absorve óxido de nitrogênio e óxido nítrico quando exposto à luz do sol. Na Cidade do México, a Torre de Especialidades - que abriga o hospital Manuel Gea Gonzalez - tem sua fachada cercada por uma estrutura pintada com um composto chamado Prosolve370e, que também neutraliza as substâncias tóxicas do ar poluído. E a Universidade de Sheffield, na Inglaterra, criou o primeiro poema catalítico do mundo, utilizando como suporte para o mural um material inventado na própria universidade que ajuda a purificar o ar – instalado na empena de um dos prédios, o mural absorve as emissões diárias de 20 veículos.”

Fontes:

http://epocanegocios.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Desenvolvimento/noticia/2014/11/predios-que-absorvem-poluicao.html

http://www.csemag.com/single-article/arup-

thoughts-why-are-buildings-still-naked/e3eb4757b074df9fd587df90f7cac511.html

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P l a t a f o r m aDESCRIÇÃO: construção de um portfólio de produtos e serviços a partir de componentes comuns que são montados ou agrupados de formas distintas, possibilitando uma variedade de tipos e modelos adaptados a necessidades específicas dos clientes.

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I . B u i l d O f f s I t e e M o d u l a r B u i l d i n g

A tendência de industrializar a construção já vem há muito tempo sendo falada mas há muito

espaço para avançar nesse quesito. A maioria das empresas brasileiras estão em níveis iniciais de

industrialização, especialmente de componentes e elementos não volumétricos.

Figura: Diferentes níveis de industrialização das obras (buildoffsite.com)

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Um exemplo interessante de industrialização completa é o projeto chamado Atlantic Yards em New Jersey realizado pela Skanska. Eles utilizaram o conceito chamado flying factory:

A modern flying factory is a fabrication assembly facility which can be set up close to the construction site. Skanska view it as an extension of the construction site but enhanced with the benefits of a controlled factory environment. The factory is used to assemble raw materials into components and panellised systems for installation on site. This approach reduces transportation and the amount of waste, and supports the employment of local labour. (Buildoffsite.com)

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Outra iniciativa criada recentemente visando a industrialização da construção é a chamada Sustainable Living Innovations. Ela utiliza uma metodologia construtiva modular e promete reduzir em 20% o custo final da construção.

Fontes:http://www.sustainablelivinginnovations.com/http://www.buildoffsite.com/

Figura: Sustainable Living Innovations

DESCRIÇÃO: criação de ofertas integradas e customizadas de produtos, serviços e informação para resolver problemas abrangentes dos clientes, caracterizando-se pelo amplo espectro de alternativas oferecidas.

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S o l u ç ã o

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A ideia de oferecer soluções completas para os consumidores vai desde a integração dos serviços financeiros até novos serviços e facilidades para os moradores dos empreendimentos. A ideia é criar um pacote que engloba o produto (imóvel) associada a diversos serviços. Muitas empresas já trabalham oferecendo serviços de personalização de plantas, permitindo a customização de alguns elementos construtivos.

DESCRIÇÃO: descobrimento de necessidades não identificadas pelos próprios consumidores existentes ou em novos segmentos de clientes não explorados.

Diversas movimentos tem sido feitos pelas construtoras para buscar nichos não atendidos ou mal atendidos com as propostas vigentes. Cada vez mais o mercado tem desenvolvidos produtos segmentados. Apenas para citar alguns exemplos de produtos lançados recentemente:

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C l i e n t e s

I . S e r v i ç o s A s s o c i a d o s

I . N o v o s N i c h o s

The housing project has been classified as “LGBT friendly,” so it does not exclude anyone. (There are a handful of straight residents, many of whom have LGBT sons and daughters who they want to be able to visit without judgment.)

Fonte: http://www.washingtonpost.com/politics/a-philadelphia-apartment-building-may-be-a-national-model-for-low-income-lgbt-seniors/2014/09/12/f64e06bc-352d-11e4-8f02-03c644b2d7d0_story.html

A Philadelphia apartment building may be a national model for low-income LGBT seriors.

The Meridian - Adapting to Seniors’ Lifestyle Needs

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Where it used to be differentiating just to take pets at all, now to be competitive, many buildings feel they need to offer pet washing stations, full-service pet spas, places to walk your dog indoors, outdoor dog runs and even canine agility courses. Armstrong said.

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DESCRIÇÃO: aprofundamento da relação com os consumidores, levando em consideração tudo o que o cliente ouve, vê, sente e experimenta na interação com o prestador de serviço ou produtor.

E x p e r i ê n c i a s d o C o n s u m i d o r

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I . A ç õ e s d e P r é - v e n d a – D r o n e s e R o b ô s

Novas tecnologias tem sido utilizadas para proporcionar uma experiência de consumo no mercado da construção civil. Drones tem sido utilizados para realizar imagens aéreas dos empreendimentos proporcionando uma visão ampliada. Recentemente a Construtora Rossi utilizou um robô para proporcionar uma visita guiada aos empreendimentos sem a necessidade do consumidor sair de sua casa para percorrer os diferentes ambientes do apartamento decorado.

DESCRIÇÃO: redimensionamento e geração de novas fontes de receita, criando novas sistemáticas de preços e pacotes de serviços.

C a p t u r a d e Va l o r

Figura: Ocupação faseada da Trump Tower Chicago

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P r o c e s s o

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DESCRIÇÃO: redesenho dos principais processos operacionais a fim de ampliar a eficiência e aumentar a produtividade.

I . S i s t e m a d e O c u p a ç ã o F a s e a d a

O sistema de ocupação faseada em obras residenciais e comerciais busca planejar a obra para liberação parcial dos empreendimentos em diferentes etapas. Em cada etapa pode-se iniciar a utilização sem prejuízo para o andamento da obra. A Trump Tower de Chicago combina estacionamento público e hotel nos primeiros 30 andares e mais 62

andares de apartamentos residenciais. Durante sua construção, assim que os andares mais baixos (estacionamento e hotel) foram concluídos já foram liberados para utilização pelo público, gerando receitas enquanto as outras etapas iam sendo terminadas e liberadas. O mesmo aconteceu com os andares residenciais, que fora entregues em 3 fases.

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Fonte: http://constructionpronet.com/Content_Free/42612part1.aspx 25

I . A u t o m a t e d M a c h i n e G u i d a n c e

I I . B I M ( B u i l d i n g I n f o r m a t i o n M o d e l i n g )

A construção civil é uma das indústrias que ainda realiza muitas atividades de forma manual. Nos últimos anos diversos esforços tem sido feitos para desenvolver equipamentos que possam mecanizar alguns processos. Duas iniciativas importantes tem sido desenvolvidas para apoiar na colocação de alvenarias e nas concretagens.

As ferramentas de planejamento e controle de execução estão evoluindo permitindo incorporar informação aos modelos em 3 dimensões. Indústrias como a de aviação, automobilística e de construção naval já utilizam a modelagem há bastante tempo. O

Instituto Americano de Projetos propõem que haja uma antecipação no planejamento e na junção das partes envolvidas na metodologia chamada de IPD (Integrated Project Delivery), reduzindo custos e aumentando a assertividade na execução das obras.

O Google está de desenvolvendo uma plataforma de projetos que promete revolucionar a indústria da construção civil. Originalmente chamada de Genie, o produto teve seus primeiros prototipos desenvolvidos no laboratório de projetos especiais da empresa (Google X) e depois foi feito um spinoff gerando uma nova empresa chamada Flux Factory. A aplicação online irá auxiliar arquitetos e engenheiros a projetar e executar obras de grande porte. As estimativas apontam que com as ferramentas disponíveis para simulacão será possível reduzir de 30% a 50% dos custos das obras.

Fonte: http://www.construction-manager.co.uk/news/googles-cloud-based-genie-set-torpedo-bim/

As tecnologias vestíveis prometem auxiliar também na construção civil. Os óculos inteligentes como o Google Glass irão apoiar na documentação, acesso a informações e controle na execução dos projetos. Além disso, telas poderão ser incorporadas nos painéis e visores de equipamentos de movimentação de carga e outros.FONTE: http://www.equipmentworld.com/5-reasons-construction-companies-need-to-buy-google-glass-right-now/

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I I I . G o o g l e G e n i e

I V. G o o g l e G l a s s

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V. 3 - D l a s e r s c a n n i n g M o d e l i n g )

V I . I n s u m o s – F ô r m a s

Os escaners 3D já tem diversas aplicações na construção civil pesada e o mesmo tem sido utilizado na construção leve. Documentação de plantas as built, controle de qualidade e quantidade são aplicações diretas das tecnologias de escaner 3D.

Fonte: http://rhodes-group.com/newsletter/winter-2012/scanning-the-third-dimension-a-look-at-3d-laser-scanning-in-the-construction-industry-and-beyond/

Muitos fornecedores de insumos da construção civil tem desenvolvido alternativas para melhorar a qualidade e produtividade das obras. No mercado de fôrmas materiais alternativos como fibra de vidro, tecidos e cerá moldada tem sido utilizadas de forma experimental.

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V I I . I m p r e s s o r a s 3 D

I . I l h a s d e E s p e c i a l i s t a s

As impressoras prometem revolucionar os métodos construtivos de obras de diferentes portes. Atualmente já foram desenvolvidas impressoras e equipamentos que permitem construir obras de pequeno porte mas muito tem sido desenvolvido para permitir a construção de obras maiores. Um dos métodos mais conhecidos é o Contour Crafting desenvolvido pela Universidade do Sul da Califórnia. A empresa WinSun da China também já tem tecnologia para construir obras para baixa renda através de impressoras 3D.

Fonte: http://www.constructionglobal.com/equipmentit/365/

Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=SObzNdyRTBsSkanska-to-use-3d-printing-in-construction

Empresas de engenharia e construção civil de forma geral carecem de uma boa gestão do conhecimento. Empresa como a Arup estão criando um sistema que agrupa especialistas em diferentes disciplinas e permite que eles sejam acessados por qualquer pessoa ao redor do mundo. Essa estrutura é organizada e operada através de um software.FONTE: http://www.director.co.uk/MAGAZINE/2010/10_November/arup-company-profile_64_03.html

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O r g a n i z a ç ã oDESCRIÇÃO: novas formas de estruturar a empresa, de redesenhar o papel dos colaboradores e de redefinir as parcerias.

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I I . G e s t ã o d a I n o v a ç ã o

I . U s o d e M o d e l o d e H e d g e F i n a n c e i r o p a r a M i t i g a r R i s c o s n a C a d e i a d e F o r n e c i m e n t o d a C o n s t r u ç ã o C i v i l

As empresas de engenharia tem percebido a importância da inovação e do fomento a uma cultura que permita a busca e desenvolvimento de novas tecnologias. Diversas empresas têm criado estruturas próprias para coordenar as atividades e processo de inovação, aplicando assim metodologia e ferramentas de forma a potencializar os resultados.

FONTE: http://www.turnerconstruction.com/about-us/innovation

Empresas tem usados derivativos financeiros para mitigar riscos com a variação dos custos dos insumos e matérias-primas ao longo do ciclo de vida do projeto de engenharia envolvendo todos os fornecedores. Os principais benefícios são menor variação de custos e maior previsibilidade nas decisões de orçamento.

29

C a d e i a d e F o r n e c i m e n t o

DESCRIÇÃO: redimensionamento das operações que agregam valor ao produto, ajustando as atividades de todos os agentes envolvidos no processo de fabricação e de prestação de serviços.

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I I . E - P R O C U R E M E N T

I . N o v o s C a n a i s d e Ve n d a

O conceito de e-procurment não é novo mas ainda não totalmente adotado por todas as empresas da indústria da construção civil. Facilitar o processo de cotação e busca de fornecedores são as principais vantagens do e-procurement. De forma geral os sistemas tem sido implementados de forma integrada aos ERPs (enterprise resource planning) das empresas de construção e engenharia.

A busca por novos canais de prospecção e venda de empreendimentos alcançou outro patamar com a popularização das redes sociais. No Brasil a empresa Tecnisa tem se destacado com uma estratégia de marketing digital e presença web inovadora. A abordagem dominante é a combinação de ações on e off-line, visando atrair e converter consumidores diretamente pelas construtoras.

FONTE: http://blog.fanbooster.com/how-to-sell-100-apartments-on-facebook/

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P r e s e n ç aDESCRIÇÃO: recriação dos canais de distribuição para aproximar a empresa do cliente através da presença em novos pontos de venda.

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I . C R M ( C u s t o m e r R e l a t i o n s h i p M a n a g e m e n t )

I I . B i g D a t a n a C o n s t r u ç ã o C i v i l

O conceito de gestão do relacionamento com clientes remonta aos anos 90 porém ainda é utilizado de forma bastante tímida pelas empresas de construção civil, principalmente as de menor porte. Inúmeras vantagens podem ser obtidas por uma abordagem estruturada como nas atividades de marketing, relacionamento, business development e gestão de projetos.

Uma tecnologia importante para os próximos anos na construção civil é a utilização de grande quantidade de dados para apoiar no planejamento, execução e relacionamento com os clientes. O chamado Data Drive Design permitirá planejar obras a partir de dados coletados por sensores, câmeras e mesmo pelas redes sociais, tudo para identificar o que funciona e o que não funciona na visão dos consumidores.

31

R e l a c i o n a m e n t oDESCRIÇÃO: integração de clientes e parceiros para o oferecimento de uma solução mais competitiva.

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I . P r é d i o s c o m G r i f e

A combinação de marcas de renome

com obras tem sido utilizada

por empresas para reforçar o

posicionamento premium de seus

empreendimentos. Atualmente

o mais reconhecido é a Porsche

Design Tower Miami. Além de

aportar funcionalidades e a visão da

marca no projeto, a combinação da

grife traz atributos emocionais ao

produto.

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M a r c aDESCRIÇÃO: criação de novos contextos e aplicações para a marca.

GESTÃO DA INOVAÇÃO: OCTÓGONO DA INOVAÇÃO PARA 2015

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Inúmeras oportunidades de inovação existem para o mercado da construção civil porém a prática tem se mostrado mais desafiadora que a teoria quando falamos em colocar em prática esses conceitos. Nos últimos tem se mostrado eficiente adotar uma abordagem estruturada chamada gestão da inovação. Através de método e ferramentas busca-se otimizar os esforços de inovação para criar uma cultura que permita que ideias sejam geradas e executadas pelas empresas. Na Innoscience desenvolvemos a metodologia do Octógono da Inovação que integra as 8 principais dimensões do negócio que precisam ser configuradas para fazer a inovação acontecer.

A s o i t o d i m e n ç õ e s d a g e s t ã o d a i n o v a ç ã o

Estratégia da inovaçãoR e l a c i o n a m e n t o s p a r a a i n o v a ç ã o

Para otimizar a contribuição da inovação nos resultados da empresa, é necessário alinhar a estratégia de negócios com a estratégia de inovação. Estabelecer um direcionamento coerente e amplo ao invés de deixar a criatividade fluir sem estabelecer parâmetros pode ser a solução para catalisar as oportunidades de inovação. As empresas mais inovadoras têm adotado um conjunto de “temáticas” para guiar a ação empreendedora de seus colaboradores e parceiros, criando

C u l t u r a d a i n o v a ç ã o

No octógono da inovação, a dimensão cultural aborda o modo como a empresa comunica e estimula as pessoas a correrem riscos e questionarem os paradigmas existentes. Uma organização que priorize a disciplina, a autoridade e o trabalho individual tende a ter maiores dificuldades em se transformar em uma inovadora-serial do que uma empresa em que a cultura é caracterizada por comunicação aberta, trabalho em equipe e redes informais de relacionamento. Essa dimensão trata das ações que a alta gestão empreende para criar um ambiente que estimule a inovação.

P e s s o a s p a r a a i n o v a ç ã o

Como a criatividade vem da justaposição de ideias e conhecimentos até contraditórios, a diversidade de perspectivas, valores e experiências se constitui num combustível importante para esse processo. Além disso, mais do que preparar as pessoas e fomentar a diversidade, a empresa precisa articular mecanismos de incentivo e reconhecimento para a inovação. Algumas optam por uma abordagem de estímulo e recompensa individualista, enquanto outras preferem modelos de maior ênfase no coletivo. A valorização do indivíduo inovador pode também ser realizada mantendo-o à frente do projeto gerado a partir da sua ideia. Esse colaborador pode chegar a comandar um novo negócio surgido do projeto, ocupando um cargo mais alto na gestão da nova unidade estratégica criada.

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E s t r u t u r a d a i n o v a ç ã o

A alta gestão precisa ter conhecimento de que uma empresa inovadora possui uma estrutura que possibilita a criatividade, a interação e a aprendizagem. Como não há uma estrutura única que sirva para todas as organizações, cada uma deve achar a melhor equação entre continuidade e mudança, entre flexibilidade e rigidez, entre controle e delegação, entre centralização e descentralização. Algumas centralizam as atividades de inovação numa área de pesquisa e desenvolvimento, designando um responsável pelas condução das atividades; outras se organizam por times ou por projetos; e ainda há aquelas em que a inovação é atribuição de todos, sem nenhuma estrutura específica. Evidentemente, uma estrutura organizacional mais plana, com poucos níveis hierárquicos, tende a favorecer as trocas e a comunicação. Outro ponto importante refere-se à alocação dos projetos inovadores na estrutura organizacional. Quando eles demandam um modelo de negócio diferente dos recursos, processos e métricas da empresa, sugere-se separá-los numa estrutura autônoma, onde terão o espaço e a liberdade necessários para o questionamento do modus operandi existente e uma certa concessão quanto a erros e desvios inerentes a projetos inovadores.

P r o c e s s o d a i n o v a ç ã o

A dimensão de processo trata da forma como a empresa gera novas ideias, como as avalia, experimenta e seleciona em quais investir. As organizações que utilizam ferramentas de gestão de projetos, que avaliam sistematicamente as iniciativas de potencial inovador e que têm um processo estruturado de transformação de ideias em inovações podem otimizar seus investimentos em inovação.

F u n d i n g

Os investimentos destinados à inovação indicam a relevância dada pela alta gestão para as atividades de desenvolvimento de novos produtos, processos, serviços e negócios. Normalmente, a empresa aloca recursos para seus diversos projetos a partir de um orçamento anual. O critério de alocação geralmente se baseia na extrapolação dos valores gastos no passado de forma proporcional ao aumento das cifras de negócio. Mas a alocação de recursos deveria se basear na consideração dos projetos prioritários, escalonados de acordo com o impacto a ser gerado no negócio ou com o grau de ruptura tecnológica estimada. Assim, a manutenção de um portfólio de

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negócios e sua gestão permanente podem oferecer uma alternativa para o processo de decisão sobre os recursos investidos em inovação. É importante ressaltar, contudo, que o financiamento das atividades de inovação pode ter outras fontes e se alicerçar em parcerias, repartindo-se os custos e os riscos. Alianças estratégicas com fornecedores, clientes e até concorrentes podem viabilizar atividades de pesquisa e desenvolvimento cujo volume de recursos seria inviável para ser custeado unicamente por uma empresa.

L i d e r a n ç a

Uma cultura de inovação bem desenvolvida demanda lideranças comprometidas com a inovação. Se a alta administração não estiver comprometida com a inovação, ou se o discurso do novo não se consubstanciar na prática, a inovação não será prioridade. O desafio é fazer com que todos os líderes sejam facilitadores do fluxo de ideias e do conhecimento e transformadores da realidade da empresa. Se não houver o envolvimento das lideranças

com a estratégia de inovação da empresa, obstáculos serão antepostos, dificuldades serão trazidas e o status quo será mantido. Os líderes de uma organização inovadora devem ser pessoas desafiadoras, capazes de assumir riscos, respaldados pela alta gestão. Este talvez seja o maior paradoxo nas empresas de hoje. Como o recurso mais escasso dos executivos e lideranças em qualquer organização é o tempo, o maior indicativo do entendimento que eles têm da inovação e da relevância que dão ao tema é o tempo que dedicam para evangelizar e apoiar sua equipe para a inovação. As oito dimensões apresentadas, evidentemente, não são estanques e não podem ser consideradas separadamente. Antes, são interdependentes e devem ser entendidas dentro de uma concepção sistêmica. Assim, não há um conjunto de práticas em cada dimensão que garanta a efetividade da gestão da inovação em todos as empresas e setores. É preciso que as organização parta de sua estratégia de negócios, desdobre estratégia de inovação e alinhe as demais dimensões com tal direcionamento. É nesse equilíbrio que reside a construção de um ambiente adequado para aumentar o retorno da inovação.

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S O B R E O A U T O R

Felipe Ost Scherer é sócio-fundador da Innoscience Consultoria em Gestão da Inovação, empresa especializada em apoiar na identificação de oportunidades de inovação e estruturar as práticas para tal. Também é responsável pelo blog Inovação na Prática do Portal da Revista Exame. Consultor, palestrante, professor e autor de livros relacionados ao tema gestão da inovação. Entre as obras, destaque para Gestão da Inovação na Prática e Práticas dos Inovadores. Scherer é engenheiro civil, tem MBA pela Escola Superior de Propaganda e Marketing e mestrado em administração de empresas pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Para saber mais sobre o trabalho do autor, acesse o site www.innoscience.com.br ou siga no Twitter: @inovacaopratica.

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S O B R E A I N N O S C I E N C E C O N S U L T O R I A

A Innoscience é uma firma de consultoria em inovação e estratégia fundada por um grupo de consultores seniores com experiência executiva e sólida atuação acadêmica com a premissa de que as empresas mais inovadoras apresentam melhores resultados do que seus concorrentes.

Assessora os clientes a gerar e manter desempenho superior a partir da execução de uma estratégia distinta, aceleração de suas iniciativas de potencial inovador e da criação de uma cultura adequada à atividade inovadora. Atua indicando caminhos e soluções e, quando necessário, preparando as equipes de trabalho dos clientes e auxiliando a implementação.

A Innoscience trabalha aportando conhecimento, experiências, ferramentas e metodologias, lado-a-lado com a equipe das organizações clientes, para gerar mudanças significativas e impactos duradouros.

A l g u m a s E x p e r i ê n c i a s d a I n n o s c i e n c e n a C a d e i a d a C o n s t r u ç ã o C i v i l

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P a r a m a i s i n f o r m a ç õ e s d e i n o v a ç ã on a c o n s t r u ç ã o c i v i l e n t r e e m c o n t a t o :

Felipe Ost Scherer

[email protected]@inovacaopratica

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