indicadores estudo de caso

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1 Ano 3 nº 1 - Junho/ 2012 ISSN 2178-0382 Faculdade de Tecnologia de Carapicuíba REVIST A DE LOGÍSTICA DA FATEC CARA PICUÍBA  REVISTA DE LOGÍSTICA DA FATEC CARAPICUÍBA  

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    Ano 3 n 1 - Junho/ 201ISSN 2178-0382

    Faculdade de Tecnologia de Carapicuba

    REVISTA DE LOGSTICA DA FATEC CARA PICUBA

    REVISTA DE LOGSTICA

    DA FATEC CARAPICUBA

    http://www.google.com.br/imgres?q=capes+logo&num=10&hl=pt-BR&biw=1536&bih=770&tbm=isch&tbnid=Z8zKQW1-QG-BnM:&imgrefurl=http://www.unilab.edu.br/noticias/2012/06/27/edital-preliminar-da-capes-aprova-cursos-a-distancia-na-unilab/&docid=4jqTob5C4T8v5M&imgurl=http://www.unilab.edu.br/wp-content/uploads/2012/06/logo_capes.gif&w=1288&h=1095&ei=1WzvT7nMK5Cu8QSr4-CkDQ&zoom=1&iact=hc&vpx=325&vpy=172&dur=4226&hovh=207&hovw=244&tx=126&ty=135&sig=102216687233408079466&page=1&tbnh=120&tbnw=141&start=0&ndsp=32&ved=1t:429,r:1,s:0,i:102http://s3.amazonaws.com/estock/fspid1/261500/kamloops-costco-grocery-261575-o.jpghttp://www.google.com.br/imgres?q=capes+logo&num=10&hl=pt-BR&biw=1536&bih=770&tbm=isch&tbnid=Z8zKQW1-QG-BnM:&imgrefurl=http://www.unilab.edu.br/noticias/2012/06/27/edital-preliminar-da-capes-aprova-cursos-a-distancia-na-unilab/&docid=4jqTob5C4T8v5M&imgurl=http://www.unilab.edu.br/wp-content/uploads/2012/06/logo_capes.gif&w=1288&h=1095&ei=1WzvT7nMK5Cu8QSr4-CkDQ&zoom=1&iact=hc&vpx=325&vpy=172&dur=4226&hovh=207&hovw=244&tx=126&ty=135&sig=102216687233408079466&page=1&tbnh=120&tbnw=141&start=0&ndsp=32&ved=1t:429,r:1,s:0,i:102http://s3.amazonaws.com/estock/fspid1/261500/kamloops-costco-grocery-261575-o.jpg
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    A insero do biodiesel na matriz energtica brasileira e seus reflexos socioeconmicos - Rubens Vieirada Silva; Rodrigo Barbosa da Silveira; Mariana Moreira Barbara; Danilo Veiga Pereira; Claudinei Diego de

    Souza; Antonio Carlos Motta Paes Filho.

    Indicadores de desempenho para o transporte cegonha: estudo de caso em um operador logstico que

    movimenta veculos da General Motors, Volkswagen, Ford e Mitsubishi - Geraldo Cardoso de Oliveira

    Neto; Lucio Tadeu Constabile; Fabio Ytoshi Shibao

    Modelo de simulao para avaliar o processo de atendimento de um cartrio um estudo de caso -

    Jos Airton Azevedo dos Santos; Alexandre Trebesquin; Elder Luiz Pozzebon; Luciano Bulchelt; Paulo

    Henrique Zanini

    Um estudo comparativo das estratgias de logstica reversa de ps-venda no e-commerce e no varejo

    tradicional - Taisa Brando Condino; Roberto Gardesani; Saulo Soares de Souza; Roberto Ramos de

    Morais

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    EQUIPE EDITORIAL

    Coordenador e Editor

    Roberto Ramos de Morais

    Comit Editorial

    Dewar Taylor Carnero Chavez

    Walter Alosio Santana

    Anna Cristina Barbosa Dias de

    Carvalho

    Lria Baptista de Rezende

    ISSN 2178-0382

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    Sumrio

    Sumrio .................................................................................................................................................. 4Apresentao ........................................................................................................................................ 5

    A INSERO DO BIODIESEL NA MATRIZ ENERGTICA BRASILEIRA E SEUS REFLEXOS

    SOCIOECONMICOS ......................................................................................................................... 6

    INDICADORES DE DESEMPENHO PARA O TRANSPORTE CEGONHA: ESTUDO DE CASO

    EM UM OPERADOR LOGSTICO QUE MOVIMENTA VECULOS DA GENERAL MOTORS,

    VOLKSWAGEN, FORD E MITSUBISHI. .......................................................................................... 26

    MODELO DE SIMULAO PARA AVALIAR O PROCESSO DE ATENDIMENTO DE UM

    CARTRIOUM ESTUDO DE CASO ............................................................................................ 43UM ESTUDO COMPARATIVO DAS ESTRATGIAS DE LOGSTICA REVERSA DE PS-

    VENDA NO E-COMMERCE E NO VAREJO TRADICIONAL......................................................... 53

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    Apresentao

    A Revista de Logstica da Fatec Carapicubafoi avaliada como Qualis B5, fato que deixa

    a equipe editorial muito satisfeita e motivada para a melhoria desta publicao. Agradecemos atodos os autores, pareceristas e colaboradores pelo resultado.

    Lembramos que a submisso de artigos contnua, por meio do e-mail

    [email protected].

    Atenciosamente

    Corpo Editorial

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    A INSERO DO BIODIESEL NA MATRIZ ENERGTICA BRASILEIRAE SEUS REFLEXOS SOCIOECONMICOS

    Rubens Vieira da Silva - Universidade Presbiteriana Mackenzie [email protected] Barbosa da Silveira - Universidade Presbiteriana Mackenzie [email protected]

    Mariana Moreira Barbara - Universidade Presbiteriana Mackenzie [email protected] Veiga Pereira - Universidade Presbiteriana Mackenzie [email protected]

    Claudinei Diego de Souza - Universidade Presbiteriana Mackenzie [email protected] Carlos Motta Paes Filho - Universidade Presbiteriana Mackenzie -

    [email protected]

    RESUMO

    A preocupao mundial com o meio ambiente vem se intensificando no decorrer dos

    ltimos anos. A diminuio da camada de oznio causada pela poluio excessiva aliada ,ainda incipiente, explorao de energias renovveis faz com que os setores privados e estatais,incentivem a criao de alternativas energticas menos poluentes. O desafio de mitigar osimpactos causados pela emisso dos gases do efeito estufa pertinente, sobretudo aos pasesque aderiram ao Protocolo de Kyoto. Este estudo tem como foco estudar as possveis soluespara o combustvel mais utilizado pelo transporte rodovirio brasileiro e, em especial, SoPaulo, estado que detm uma participao significativa no PIB do pas, cerca de 33%. O Dieseldesde 2008 vem passando por um processo de renovao gradual por meio da adio deBiodiesel na sua composio, atualmente 5% de matria prima renovvel, com o Biodieselsendo produzido na sua grande maioria a partir da soja. Postulam-se, por isso, quais osbenefcios que o Biodiesel trar para as empresas e para o meio ambiente ou, at mesmo, seser possvel utilizar apenas o Biodiesel no transporte rodovirio brasileiro. Este trabalho

    conduzido com base doutrinria, documental e por meio de pesquisa de campo, medianteentrevista com gestor da maior empresa distribuidora desse combustvel no Brasil, visa mostrarqual a situao atual e os planos futuros para o mercado do Biodiesel, alm de avaliar suaviabilidade e efeitos nos campos logstico, econmico e ambiental.Palavras-chave:Biodiesel. Energia renovvel. Meio ambiente. Emisso de CO2.

    ABSTRACTThe worldwide concern with the environment has intensified over the past year. The decrease ofthe ozone layer caused by excessive pollution combined with incipient, exploitation of renewableenergy makes the state and private sectors encourage the development of alternative energysources cleaner. The challenge of mitigating the impacts caused by the emission of greenhouse

    gases is relevant, especially to countries that acceded to the Kyoto Protocol. This study focuseson studying the possible solutions to the most important fuel for Brazils road transport,

    particularly Sao Paulo, which holds a significant stake in the country's GDP, about 33%. Dieselsince 2008 has been undergoing a process of 'renewal' through the gradual increase ofBiodiesel in its membership, currently 5% renewable raw material, mostly from soybeans. Thequestion is to find out what benefits the Biodiesel will bring to the companies and theenvironment. Or even, this fuel can be used in road transportation in Brazil. This research,based on scientific literature and interview with the manager of the largest fuel distributor inBrazil, aims to show the actual situation and future plans to the Biodiesel market, in addition to

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    assessing the viability of the fronts: logistical, environmental and economic with the use of thisfuel.

    Keywords: Biodiesel. Renewable energy. Environment. CO2emissions.

    1 Introduo

    O anseio e a necessidade mundial por novas fontes de energias que contemplem asustentabilidade e menor emisso de poluentes atmosfera conduzem este estudo, o qual temcomo objetivo apresentar os desafios que o Biodiesel deve superar a fim de v iabilizar um maiorpercentual do seu uso e, consequentemente, angariar melhorias socioambientais, pois se tratade um combustvel produzido a partir de matrias primas renovveis.

    1.1 Histria do Biocombustvel

    Entre 1905 e 1925 iniciou-se a pesquisa em novas fontes de combustveis. Nesseperodo foram realizados testes, bem sucedidos, com o lcool combustvel. Em 1931 o governobrasileiro determinou que fosse adicionada gasolina importada pelo Brasil, 5% do novocombustvel. Tal medida foi estendida ao produto produzido aqui no Brasil em 1938.

    Em 1960, novas reservas petrolferas foram descobertas no Oriente Mdio pressionandoo preo do barril de petrleo para baixo e, consequentemente, tambm o da gasolina, causandodesinteresse no desenvolvimento de biocombustveis.

    Com a primeira crise mundial do petrleo em 1973, aumentou o interesse pela produode Bicombustveis e em 1975 o governo criou o Programa Nacional do lcool (Prolcool). Em1978, o professor Expedito Parente, pesquisador da Universidade Federal do Cear descobriu oBiodiesel a partir do leo de algodo, registrando a primeira patente mundial deste novo produtono ano de 1980, a qual hoje de domnio pblico. (PETROBRAS, 2008).

    1.2 Definio e Desempenho do Biodiesel

    De acordo com o Art. 6 da Lei Federal 11.097 o Biodiesel :

    Combustvel derivado de biomassa renovvel para uso em motores acombusto interna com ignio por compresso ou, conforme regulamento,para gerao de outro tipo de energia, que possa substituir parcial outotalmente combustveis de origem fssil.

    Atualmente, decorrente do crescimento da demanda por combustvel no mundo, aliadaao problema ambiental causado pelo consumo de combustveis fsseis, aumenta tambm abusca por novas fontes de combustveis renovveis. O Biodiesel entra neste contexto a fim demitigar a emisso de Gases de Efeito Estufa (GEE) e proporcionar nova fonte de renda parapequenos agricultores, que sero beneficiados pela estrutura inovadora (Incluso Social) deproduo e distribuio deste novo combustvel.

    O Programa Nacional de Produo e Uso de Biod iesel (PNPB) pautado pela inclusosocial que tem como premissa distribuir melhor a renda proveniente deste novo produto,utilizando terras improdutivas e o Programa de Agricultura Familiar para alcanar este objetivo.(GOMES, 2010).

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    O Biodiesel fabricado mediante a transesterificao (Figura 1), na qual a glicerina separada da gordura ou leo vegetal. O processo gera dois produtos: steres (o nome qumicodo Biodiesel) e glicerina; alm de coprodutos (p.ex.: torta, farelo) que podem constituir outrasfontes de renda importantes para os produtores.

    1.3 Desafios do Biodiesel

    Este estudo aborda o combustvel mais usado no transporte rodovirio (Diesel), o qualvem sofrendo transformaes visando mitigar o impacto causado no meio ambiente,substituindo gradativamente o combustvel fssil pelo renovvel.

    Figura 1: Processo de obteno de Biodiesel

    Fonte: RIVALDI, et al, 2008

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    O mercado do Diesel movimentou no ano de 2010, 49,23 milhes de m 3 de um total de124,14 representando 39,65% dos combustveis comercializados, sendo que 33,88 milhes dem3 foram consumidos pelo transporte, o qual tem a enorme participao do setor rodovirio(96,6%). (DESPOLUIR, 2011).

    No Brasil a mudana no uso da terra/desmatamento ocupa isoladamente a primeiracolocao em emisso de Dixido de Carbono (CO 2), com o percentual de 76,3% e, emsegundo lugar, apesar da imensa diferena, est o transporte, 8,6% (DESPOLUIR, 2011).Sendo assim, o Biodiesel tem como objetivo diminuir o volume de emisso de CO2,principal gscausador do efeito estufa (O efeito estufa consiste, basicamente, na ao do dixido de carbono(CO2) e outros gases sobre os raios infravermelhos refletidos pela superfcie da terra,reenviando-os para ela. Portanto o aumento desses gases na atmosfera causa o aumento datemperatura terrestre), que principalmente emitido pela queima de combustveis fsseis(MENDONA e GUITIEREZ, 2000). Entretanto, devido ao volume de Diesel comercializado, oBiodiesel encontrar grandes desafios para suprir esse mercado uma vez que o Brasil nopossui infraestrutura logstica para uma eficiente distribuio, haja vista a localizao dasunidades produtoras (Figura 2) do Biodiesel.

    Figura 2Localizao das unidades produtoras de Biodiesel

    Fonte: Ministrio de Minas e Energia, 2010

    Atualmente o Diesel distribudo por oleodutos e o Biodiesel por transporte rodovirio, oque dificulta a viabilidade econmica e operacional desse combustvel.

    1.4 Problema de Pesquisa

    Uma pesquisa de qualidade deve resolver ou demonstrar algo que ainda necessrioconhecer, no aceitvel a proposio de solues genricas. Com base nesse cenrioenvolvendo o uso do Biodiesel como fonte energtica alternativa, esta pesquisa se prope aanalisar: Qual o impacto do uso do Biodiesel como combustvel alternativo em relao a suadistribuio e benefcios ambientais?

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    1.5 Objetivos

    1.5.1 Geral

    Verificar o impacto do Biodiesel em sua distribuio e aspectos ambientais.

    1.5.2 Especfico s

    Verificar qual o desempenho financeiro e operacional do Biodiesel em relao ao Dieselatualmente comercializado.

    Identificar quais os benefcios para a sociedade com a substituio parcial do Diesel peloBiodiesel.

    1.5.3 Del im it ao do Tema

    Devido s dimenses deste estudo e tendo em vista que o Estado de So Paulo possuielevada contribuio sobre o PIB brasileiro, que segundo dados do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica (IBGE: Tabela 1), representou em 2008 a participao em 33,08 %, esteestudo se restringe somente a esse Estado.

    2 Referencial terico

    2.1 Cadeia de Distribuio

    No ano da implantao do Diesel B2 (Diesel com 2% de Biodiesel, 2008) havia 46fbricas do produto em operao e aproximadamente 80 unidades em implementao ouprojeto, sendo 44 em fase de exame na Agncia Nacional do Petrleo Gs Natural eBiocombustvel (ANP). (ALZIO, 2008).

    Tabela 1. Dados do PIB brasileiro por regio em 2008Em milhares

    de Reais2006 2007 2008

    Brasil 2.369.483,00 100,00% 2.661.344,00 100,00% 3.031.864,00 100,00%

    Sudeste 1.345.511,00 56,79% 1.501.183,00 56,41% 1.698.589,00 56,02%

    Minas Gerais 214.753,00 9,06% 241.293,00 9,07% 282.522,00 9,32%

    Esprito Santo 52.777,00 2,23% 60.339,00 2,27% 69.870,00 2,30%

    Rio deJaneiro

    275.327,00 11,62% 296.767,00 11,15% 343.182,00 11,32%

    So Paulo 802.654,00 33,87% 902.784,00 33,92% 1.003.015,00 33,08%

    Fonte: IBGE, 2009 (Adaptado pelos autores)

    H 64 usinas autorizadas para a operao, sendo que dessas, cinco esto em fase deconstruo e outras cinco tm projetos de ampliao autorizados. (LIMA,mar. 2010).

    O Brasil tem diversos planos de expanso de produo do Biodiesel tanto para o usointerno quanto para exportao. O programa est focado principalmente no plantio decommoditiesque sero utilizados como matria prima na produo de Biodiesel. No entanto, asoja a principal matria prima utilizada na produo deste biocombustvel, representando em

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    2010 82%, seguida da gordura bovina (sebo animal) que representou 13,8% do total de leoutilizado para produzir Biodiesel. (BIODIESELBR, 2011).

    Alm disso,hdiversos estudos sobre diferentes tipos de Biodiesel a partir de outrasmatrias-primas no provenientes dos leos vegetais. Entre eles existe o projeto de fazerBiodiesel a partir de aucares que, fermentados poderiam se transformar em diesel criando

    assim um Biodiesel competitivo, produzido em escala de maneira sustentvel.A Lei Federal 11.097, determina que a comercializao do Diesel B2 passaria a ser

    obrigatria a partir de 1 de janeiro de 2008 e, consequentemente, a adio de 5% de Biodiesel(Diesel B5) programada para entrar em vigor em 2013. Esta segunda etapa foi antecipada emtrs anos, comeando a ser vendido em janeiro de 2010, com isso as instituies e pessoasque apoiam esse novo combustvel tiveram mais foras para intensificar a luta pelo aumento dopercentual do Biodiesel no Diesel.

    Na edio de maro/2010 da Revista Biodiesel nota-se uma proposta direcionada aogoverno com o objetivo de aumentar o percentual para o B10 de uma vez ou gradual, isto , umaumento trimestral de 1% a fim de chegar no B10 aps um ano. Porm para que ocorra esseaumento gradativo a Lei Federal deveria ser mudada, a fim de determinar a obrigatoriedadedesse aumento. (MENANI, mar. 2010)

    Ainda segundo a Revista Biodiesel que ao entrevistar o presidente da Unio Brasileirade Biodiesel (UBRABIO), obteve a afirmao que o Brasil j teria condies para suportar oaumento na composio do Diesel, passando de B5 para B10, pois hoje a capacidade produtiva de, aproximadamente, 4,6 bilhes de litros de Biodiesel para atender a demanda do B5, que de apenas 2,4 bilhes de litros. Apesar de ser pertinente, a introduo do B10 no mercadoainda no tem data para entrar em vigor (MENANI, mar. 2010). A introduo do B100 reduziriasignificativamente a emisso de gases poluentes, que no caso do Diesel sua emissorepresenta 2,69 kg/l de CO2(VASCONCELLOS, 2006).

    Existem diversos impeditivos para esta transio no ter ocorrido ainda e a principaldelas o preo do Biodiesel que gira em torno de R$ 2,20 o litro enquanto o diesel comum adquirido em mdia R$ 1,40 o litro (MINISTRIO DE MINAS E ENERGIA - MME, 2011). Almdisso, o Biodiesel influenciado por determinados tipos de teores de cidos graxos presentes

    em sua composio, favorecendo a oxidao. Quando armazenado, o Biodiesel fica maissensvel a oxidao, exceto se for misturado com aditivos que retardem esse processo. Emlongos perodos de estocagem tambm ocasiona o surgimento de sedimentos (goma) quepodem danificar o motor, diminuindo sua vida til. (CANDEIA, R. et al2007).

    De acordo com Faria e Costa (2005) a anlise do custo logstico segmentado fundamental para o posicionamento competitivo e resultado econmico da empresa. Porexemplo, o setor petrolfero o que representa o maior custo logstico em percentagem do valoragregado do produto, com os processos de extrao, estocagem e distribuio sendo degrande relevncia, com o tratamento dessas etapas demandando ateno especial,representando aproximadamente 80% desse custo.

    Destacam, tambm, as dimenses geogrficas e a infraestrutura brasileira como fatorescrticos do custo logstico e o desafio da potencial exportao a outros mercados. Esses fatores

    sublinham a inerente importncia do posicionamento de cada empresa:

    Fica evidente a necessidade do aprimoramento da gesto dos CustosLogsticos no Brasil, para que empresrios possam ter visibilidade de cada umdos componentes do referido custo, o que constitui um desafio para os sistemasde informaes contbeis e gerenciais, no contexto da competitividade esobrevivncia das empresas. (FARIA e COSTA, 2005, p. 7)

    A praticidade na movimentao de vrios tipos de cargas (completa ou fracionada) deum ponto de origem a um destino tambm colabora para que o transporte rodovirio seja

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    amplamente utilizado, tendo como critrios importantes a flexibilidade e versatilidade,proporcionando aos clientes uma maior compatibilidade com as suas necessidades em relaos outras modalidades. Assim, a organizao pode identificar um melhor controle sobrequalidade, prazo, disponibilidade, flexibilidade devida proximidade, exclusividade e facilidadeda administrao dos processos. (FLEURY, 2000 apudFARIA e COSTA, op. cit).

    Para garantir a competitividade, o Biodiesel deve ter menor ou igual o preo do Dieselmineral, tica do consumidor. No entanto, constata-se que em relao aos preosinternacionais o Diesel brasileiro mais barato, pelo fato da carga fiscal ser menor.

    Com o objetivo de diminuir o preo e garantir a mistura do Biodiesel, a Agncia Nacionalde Petrleo (ANP) realiza leiles, nos quais as empresas participantes ofertam sua produo,com a garantia de entrega, baseadas no preo mximo determinado pela agncia reguladora.Em maro de 2010 o preo mdio do produto por litro ficou R$ 2,24 contra o preo de refernciaR$ 2,30 (MENANI, mar. 2010).

    Outro fator relevante na insero do Biodiesel como combustvel no setor de transportes o seu consumo em relao ao Diesel. De acordo com o estudo realizado pelo PNPB, oconsumo em um motor movido a Biodiesel (B100) considerado o mesmo, uma vez que noteste realizado praticamente, no foram observadas diferenas na mdia do consumo quando

    se comparou a utilizao de leo Diesel com o B100, porm, o consumo do B50 foi, em mdia,7,6% superior ao do Diesel (SILVAet al, 2006, p. 357-358).

    O problema apontado nesse teste, apresentado nas Tabelas 2 e 3, surgiu quando amistura foi de 50% Biodiesel e 50% Diesel. O consumo aumentou consideravelmente levando aacreditar que poder tal posio elevar os custos logsticos. Alm disso, contempla-se reduona potncia e notorque do motor movido com essa mistura.

    Tabela 2. Ensaio dinamomtrico do motor: comparao de potncia (Kw).

    Fonte: SILVA et al. 2006.

    Tabela 3. Ensaio dinamomtrico do motor: comparao de consumo (l/h).

    Fonte: SILVA et al. 2006.

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    2.2 Meio Ambiente

    Segundo a Agncia de Pesquisas Reuters existem estudos apontando que as emissesde CO2 com o Biodiesel podem ser maiores que o diesel tradicional o que causou granderepercusso nos setores ligados a energia renovvel. Esto retratados no relatrio chamado de

    Quantificao dos efeitos das emisses dos gases do efeito estufa das diretrizes europeiasfeito pela consultoriaAEA Groupe pela Ecofys. (MENANI, abr. 2010).Algumas afirmaes feitas no relatrio foram negadas e chegou-se concluso de que

    necessrio estar atento com a origem do combustvel devido s grandes emisses de gases dealguns tipos de Biodiesel e que necessrio aprofundar os estudos a fim de obter melhoresresultados. (MENANI, abr. 2010).

    Algumas comparaes feitas so demonstradas na Tabela 4.

    Tabela 4Quantificao da emisso de CO2a partir de cada matria primaCombustvel Emisso de CO2 para

    280 kw/h

    Diesel Tradicional 85 kgDiesel de Soja (Amrica do Norte) 340 kg

    Diesel de Couve (Europa) 150 kg

    Diesel de Cana-de-acar (Amrica do Sul) 82,3 kg

    Diesel de leo de Palma (Sudeste Asitico) 73,6 kg

    Fonte: Menani (Revista Biodiesel Internacional, abril/2010). Adaptado pelos autores.

    Aps a divulgao dos resultados a Comisso Europeia sugeriu revisar a meta de ter10% do combustvel usado at o fim do ano de 2010. Outra grande preocupao da Comisso que com a produo dos biocombustveis o mercado de gros fique escasso e acabe

    aumentado o preo dos alimentos.A European Biodiesel Board(EBB) alega que nesses estudos no considera a obtenono convencional do combustvel (Petrleo Extra Pesado) que, segundo pesquisas, tem umincremento de emisses de 150%. (MENANI, abr. 2010).

    O Dixido de Carbono (CO2) considerado o principal elemento responsvel pelaelevao da temperatura mdia do planeta (efeito estufa). A combusto do Diesel produzgrandes quantidades deste gs, cerca de 3.140 g/kg de Diesel, o qual sofre grande reduoquando misturado com Biodiesel.

    Nesse contexto evidenciou-se a necessidade do Brasil se ater s aes voltadas aocontrole da emisso de Gases de Efeito Estufa (GEE), pois de acordo com o Protocolo deKyoto, busca-se diminuir em 5,2% a emisso dos gases poluentes em relao ao ano de 1990,no perodo entre 2008 e 2012. No ano de 2012 expira-se o acordo entre os pases assinantes e

    ser necessrio uma nova conferncia, a fim de determinar novas metas para os nveis deemisses (GREENPEACE).Durante a Conferncia das Partes - COP-15, realizada pela United Nations Framework

    Convention on Climate Change (UNFCCC), que debate os principais assuntos sobre amudana do clima e o aquecimento global em diversos pases, inclusive o Brasil, foramtraadas metas bem otimistas de reduo da emisso de gases causadores do efeito estufa.

    Na COP-15 o Brasil se comprometeu a reduzir entre 36,1% a 39,8% a emisso de GEEat 2020. O foco de sua apresentao foram os biocombustveis, apontando para o Biodieselem especifico, que alm de reduzir a emisso de GEE produzido utilizando fontes renovveiscomo a soja e sebo animal. (MENANI, 2009)

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    De acordo com Santos (2007) o Gs de Efeito Estufa contribui significativamente para oaumento mdio da temperatura, pois, alm de sua taxa de crescimento anual ser de 0,5%, seutempo de vida na atmosfera pode chegar a 200 anos.

    Segundo Menani (maro/2010) para cada tonelada consumida de Biodiesel evita-se aemisso de 2.500 kg de CO2 na atmosfera. Portanto, pode-se inferir com base nos dados de

    Vasconcellos (op. cit.) que com o uso do B5 no se emite 0,125 kg de CO2 /t. Com efeito, possvel inferir, mesmo que em nmeros absolutos no seja to representativo, sobre acontinuidade e aumento gradativo do percentual do Biodiesel no Diesel que possvel mitigar aemisso deste GEE. Tal ao se torna mais evidente, sobretudo nos grandes centros como ocaso de So Paulo, o qual o maior representante nacional.

    Recentemente a Agncia do Meio Ambiente dos EUA reconheceu que o combustvelbrasileiro a partir de oleaginosas evita 57% das emisses de carbono, se comparada ao Dieselde origem fssil (MENANI, mar. 2010, p. 5).

    2.3 Sociedade

    O Ministrio de Desenvolvimento Agrrio em 2004 (MDA) tinha como proposta no iniciodo PNPB a produo de leo utilizando culturas tpicas da agricultura familiar como a mamonae o dend. O Biodiesel seria misturado ao Diesel gradativamente at atingir 5% (B5) em 2013.Esse tempo era necessrio para que a estrutura da cadeia de fornecimento das famlias seadequasse, tendo em vista a precariedade nas regies Norte e Nordeste, que so o foco desseprograma (GOMES, nov. 2010).

    Entretanto no final de 2010, observou-se que a produo de Biodiesel proveniente daagricultura familiar, est muito aqum do planejado pelo governo, uma vez que as famliasincludas no programa deveriam atingir 200 mil, no entanto, em 2010 a estimativa divulgadapelo MDA foi de 109 mil. Alm disso, o Biodiesel produzido utilizando, principalmente, a soja ea gordura bovina, sendo a mamona e o dend itens minoritrios.

    Para incentivar os produtores de Biodiesel a comprarem matria prima proveniente da

    agricultura familiar, o Governo Federal criou o Selo Combustvel Social. Este programa

    garantebenefcios fiscais e preferncias nos leiles de compra (cerca de 80% do volume leiloado destinado s empresas que possuem Selo Combustvel Social MME, 2011) de Biodiesel sempresas que comprem matria prima dos agricultores familiares. Com isso, foi identificado umaumento percentual na participao desses agricultores que em 2008 era de 11,2% do totalmovimentado nos leiles para 18,8% em 2009. (GOMES, nov. 2010).

    De acordo com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuria (EMBRAPA) a safra2009/2010 apresenta o Brasil como o segundo maior produtor de soja do mundo, comparticipao de 26,45% e os EUA, que so os primeiros, representam 35,19%. (EMBRAPA,2011). Tem-se a soja como uma das grandes virtudes do PNPB,pois ela a principal matriaprima para a obteno do Biodiesele no apresenta qualquer tipo de risco competitivo com osalimentos, dado os seus contnuos recordes na produo. A safra de 2008/2009 registrou 57,1

    milhes de toneladas e a estimativa para 2009/2010 de 67,6 milhes de toneladas, dados daCompanhia Nacional de Abastecimento (CONAB). Portanto se fosse usado somente oincremento das safras j seria possvel a expanso do Biodiesel no que tange participaopercentual na composio do diesel.

    unnime a afirmao entre as entidades ligadas ao biocombustvel e agronegcio deque no h nenhuma ameaa de competitividade da produo do Biodiesel com os alimentos.No caso do leo de soja os ndices de consumo do leo comestvel esto estabilizados h maisde seis anos. J que o mercado registra apenas o crescimento da populao em funo darenda (MENANI, mar. 2010, p. 7).

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    Essa demanda tambm migra para os outros tipos de leos comestveis, como o leo degirassol, o leo de milho, o leo de oliva, entre outros. Com a introduo de leo vegetal nacadeia produtiva do biocombustvel no Brasil, esperado o aumento da demanda por plantasoleaginosas e oferta de fibras vegetais resultantes da extrao do leo.

    2.4 Subprodutos

    No processo de produo de Biodiesel obtm-se dois principais coprodutos: torta eglicerol (Figura 3). A Torta uma massa resultante da transesterificao do leo vegetal ougordura animal que aps processada utilizada como adubo orgnico. O glicerol um produtoapreciado pelas indstrias (farmacutica, txtil, qumica, entre outras) e pode servir comocatalisador da sustentabilidade econmica do Biodiesel.

    De acordo com Rivaldi et al (op. cit.), o excesso da produo de glicerol proveniente deBiodiesel pode comprometer a atual estrutura de indstrias leoqumicas e de refino de glicerol,uma vez que a produo em larga escala do biodiesel produzir quantidades significativas deglicerina e o mercado mundial atual no tem demanda (0,5 bilhes de ton/ano) suficiente paraabsorver esse excesso.

    No Brasil, as indstrias produtoras de biodiesel no valorizam esse coproduto. Estima-seque em 2013 cerca de 488 milhes de toneladas de Glicerol no sero aproveitados, poispoucas dessas indstrias apresentam planos para fabricar produtos com maior valor agregado,sendo que o uso intensivo deste produto essencial para a sustentabilidade econmica daindstria de Biodiesel no pas.

    Figura 3: Fluxograma de produo de Biodiesel e tratamento de purificao do glicerol

    Fonte: RIVALDI et al, op. cit.

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    3 Procedimentos metodolgicos

    3.1 Tipo de Pesquisa

    Para a classificao da pesquisa utiliza-se a taxionomia definida por Vergara (2000), quea qualifica segundo dois aspectos: quanto aos fins e quanto aos meios. Quanto aos fins apesquisa descritiva, pois expe caractersticas de determinadas populaes ou dedeterminado fenmeno. Pode tambm estabelecer correlaes entre variveis e definir suanatureza. No tem compromisso de explicar os fenmenos que descreve, embora sirva de basepara tal explicao.

    Quanto aos meios, a pesquisa documental, bibliogrfica e de campo. Documentalporque desenvolvida com base em documentos disponibilizados pela Petrobras DistribuidoraS.A. referentes ao objetivo do estudo; bibliogrfica porque a pesquisa realizada com base emlivros, revistas e rede eletrnica; e finalmente tambm caracterizada como pesquisa de campo,pois contempla obteno de dados mediante entrevista com executivo atuando em empresalder de mercado no segmento logstico de distribuio do Biodiesel no cenrio nacional.

    3.2 Plano Amostral

    No campo de distribuio de Biodiesel o setor est concentrado, basicamente, em trsgrandes empresas: Petrobras Distribuidora, Shell/Cosan e Grupo Ultra. Dessa forma, o planoamostral deste estudo consiste em entrevista com uma dessas instituies apresentadas paracoleta de dados que possibilitam a anlise desse segmento econmico nacional.

    Na entrevista tal condio foi constatada pela observao do representante do corpogerencial da Petrobras Distribuidora SA de que o montante mercadolgico atendido pelaempresa da ordem de 40% do total de Biodiesel distribudo no pas, evidenciando que osdados obtidos so fidedignos de inferir s consideraes relativas ao propsito deste estudo.

    A amostra foi definida com base no critrio de acessibilidade, longe de qualquer

    procedimento estatstico, seleciona elementos pela facilidade de acesso a eles (VERGARA, op.cit.p.51).

    3.3 Coleta de Dados

    Os dados foram coletados mediante exame de documentos encontrados na PetrobrasS.A. como regulamentos internos, pareceres, processos e relatrios, pesquisa bibliogrfica emlivros e revistas especializadas, e tambm aplicao de entrevista semiestruturada com aGerncia de Biocombustveis responsvel, no organograma da instituio, pela logstica desuprimentos.

    3.4 Tratamento de Dados

    Foi utilizada a anlise de contedo como forma de tratamento de dados, pois conformeBardin (2004) um conjunto de tcnicas de anlises das comunicaes. No se trata de uminstrumento, mas de um leque de apetrechos; ou, com maior rigor, ser um nico instrumento,mas marcado por uma grande disparidade de formas e adaptvel a um campo de aplicaomuito vasto: as comunicaes. (BARDIN, 2004, p.27).

    A anlise de contedo teve como referncia as fases de pr-anlise, explorao domaterial e tratamento dos resultados. Na pr-anlise, os documentos havidos foram avaliadospara que compusessem a fundamentao da interpretao final. Na segunda fase foi feita aexplorao, em categorias, do material selecionado e, por ltimo, realizado o tratamento e a

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    interpretao dos resultados desse material, seguindo o propsito dos objetivos definidos noincio do trabalho, comparando-se aspectos e informaes obtidas com a doutrina e publicaesapresentadas como base conceitual para este estudo (BARDIN, op. cit.).

    A Anlise de Contedo ser dividida em trs principais categorias e sero exploradas naentrevista semiestruturada com a Gerncia de Aquisio de Bicombustveis da Petrobras

    Distribuidora. Elegemos o Meio Ambiente, a Sociedade e a Distribuio como categorias maisrelevantes para este estudo.

    3.4.1 Meio Ambiente

    O Biodiesel comprovadamente emite menos gases que provocam o efeito estufa.Portanto um item de suma importncia para a nossa pesquisa uma vez que esse um dosbenefcios mais valiosos deste combustvel contemplando parte do objetivo deste estudo.Sendo assim essa categoria foi tratada de forma que apontasse na entrevista que essecombustvel realmente traz esse beneficio para a sociedade e como isto pode ser aprimorado.

    3.4.2 Sociedade

    A Sociedade um agente importante na produo do Biodiesel uma vez que agricultoresque antes do PNPB no possuam renda, passaram a produzir oleaginosas para a produo deBiodiesel tornando o processo ainda mais importante e levando o governo a acreditar que oesse combustvel pode erradicar a misria absoluta que ainda existe nos estados mais pobresdo Brasil. Para tanto devemos verificar na pesquisa quais as diretrizes do governo para esteprograma relacionando-o com o beneficio financeiro que este pode trazer para a sociedade ecomo poder distribuir melhor a renda no pas.

    3.4.3 Distribuio

    A distribuio do Biodiesel um item que deve ser destacado uma vez que este um

    dos complicadores para a um aumento da participao do Biodiesel na matriz energticabrasileira. A conhecida e precria infraestrutura logstica do Brasil pode atrapalhar odesenvolvimento deste leo devido s grandes distncias percorridas para sua distribuio tendo em vista que as unidades produtoras esto concentradas prximo as grandes fazendasprodutoras de soja, encarecendo e dificultando a operao. Sendo assim trataremos esseassunto na entrevista de modo a identificar quais so os gargalos e o que poderia ser feito paramelhorar este item e tornar esse combustvel em um produto sustentvel.

    4 Apresentao dos dados

    Os dados que so apresentados foram obtidos por meio de uma entrevista concedidapela Petrobras Distribuidora S.A. (BR) mediante a Gerncia de Aquisies de Biocombustveis(GEBIO) que segundo o entrevistado A participao da BR no Diesel (o Biodiesel compe osdados do Diesel), em abril de 2011 foi de 41,8% sobre o mercado global e 49,8% seconsiderarmos somente empresas distribuidoras do Sindicato Nacional das EmpresasDistribuidoras de Combustveis e Lubrificantes (SINDICOM)..

    Durante a entrevista foram abordados assuntos relacionados distribuio, viabilidadeeconmica e benefcios sociais do biocombustvel em questo. O biodiesel um produtorelativamente novo no mercado brasileiro e, por isso, enfrenta srios problemas de

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    infraestrutura, sobretudo no que diz respeito ao transporte, pois combustveis como Gasolina eDiesel so distribudos, principalmente via oleoduto.

    Na distribuio a maior dificuldade que toda vez que aumentar o percentualde Biodiesel no Diesel, o que transitado por oleoduto e navio tanque

    transferido para o transporte rodovirio que devido forte demanda portransporte aliada a estrutura precria deste modal no Brasil, dificulta distribuiodo Biodiesel, uma vez que os maiores centros produtores esto distantes domaior centro consumidor (Sudeste), comentou a GEBIO.

    Ao ser indagado se a infraestrutura de distribuio brasileira estaria pronta para umpossvel aumento no consumo de Biodiesel a GEBIO apresentou a imensa disparidade domodo dutovirio entre Estados Unidos e Brasil (Figura 4), os quais representam,respectivamente, segundo e quarto maior produtor mundial (Figura 5).

    O dutovirio dos EUA parece o nosso rodovirio. No Brasil temos apenas trsdutos para Diesel e Gasolina, o de Etanol est sendo estudada a possibilidadee viabilidade de construo j o Biodiesel provavelmente ir existir dependendodo volume a ser distribudo, porm no h estudos.

    Figura 4: Malha dutoviria Brasil e Estados Unidos

    Fonte: Logstica na Veia, 2009

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    Figura 5: Maiores produtores mundiais de Biodiesel

    Fonte: Biodieselbr, 2009

    Outro fator importante que corrobora para a indefinio quanto ao uso do Biodiesel aquesto do custo que, segundo a GEBIO, o principal impeditivo para o aumento da

    participao do Biodiesel no Diesel, mesmo que a capacidade produtiva suporte um possvelaumento de 5% para 10%.

    A elevada demanda por soja, que a principal matria prima para a produodo Biodiesel, tem seu preo inflacionado, elevando, portanto, o preo doBiodiesel. Atualmente o custo de aquisio desse combustvel, dependendo daregio, gira em torno de R$ 2,00 o litro enquanto o do Diesel aproximadamente R$ 1,50, dificultando um novo aumento do percentual namistura destes combustveis.

    A GEBIO quando questionada sobre os possveis benefcios sociais, ou seja, a inclusode produtores familiares, os quais so beneficiados nos leiles, respondeu que :

    O PNPB apresenta um modelo em fase de adaptao e ao atingir a maturidadeagregar maior renda a estas famlias, tornando o projeto mais interessante noaspecto da distribuio de renda no pas, pois o apelo mundial ao uso eproduo de energias renovveis contribui de maneira significativa para acriao de modelos de produo com vis social, como o caso desteprograma.

    Outro fator relevante apresentado pela GEBIO que antes do Biodiesel, o Brasilimportava Diesel para suprir a demanda do mercado interno brasileiro, porm com a adio do

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    Biodiesel no Diesel a quantidade importada reduziu significativamente caminhando para aautossuficincia.

    A demanda interna por Diesel, em sua maior parte, est concentrada no Estado de SoPaulo, o qual necessita importar Biodiesel de outros Estados, pois as usinas de So Paulo noproduzem o suficiente para atender esse mercado. Nesse contexto, ficam evidentes os

    problemas na distribuio, uma vez que o frete contratado para retirar o produto em outroEstado, onerando a operao uma vez que a viagem pode ter at 1.400 km.

    5 Discusso dos dados

    Evidencia-se que o programa de Biodiesel criado pelo governo (PNPB) ainda est abaixodas expectativas com relao a sua infraestrutura de distribuio. Entretanto, as unidadesprodutoras de Biodiesel operam com volume de produo abaixo da sua capacidade mxima e,por isso, tendem a pressionar o governo para liberar um maior percentual de adio doBiodiesel no Diesel.

    De acordo com o MME as usinas em operao possuem capacidade instalada paraadicionar 10% de Biodiesel ao combustvel convencional. Os dados da ANP demonstram queno final de 2010 essa capacidade instalada das empresas (figura 6) era de 5.256 milhes demetros cbicos e a demanda estimada (figura 7) por Biodiesel de 2.319 milhes de metroscbicos. Assim, o setor de Biodiesel est utilizando apenas 44% de sua capacidade mxima,fato que leva a acreditar que o governo dever atuar para que se aumente a participao doBiodiesel.

    Figura 6: Capacidade instalada acumulada (12 meses) de produo de Biodiesel

    Fonte: Ministrio de Minas e Energia, 2011

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    Figura 7: Evoluo das entregas de Biodiesel e demanda estimada

    Fonte: Ministrio de Minas e Energia, 2011

    Contudo, o aumento da participao do Biodiesel depende de uma srie de fatores,

    entre eles a definio de um novo marco regulatrio, a reduo do custo do Biodiesel, quepassa necessariamente pela reduo do custo da matria prima e dos custos logsticos, almde problemas tcnicos como entupimentos em filtros e fluidez dificultada quando armazenadoem temperaturas abaixo de 10C.

    As unidades produtoras pressionam o governo a aumentar este percentual, mas oproblema logstico enfrentado pelo Brasil mostra que esse acrscimo poder trazer dificuldadespara o cumprimento dos prazos de entrega, uma vez que viagem mdia do Biodiesel em 2010ficou constatada que poderia durar at cinco dias e percorrer at 1.400 km para chegar ao seudestino.

    Isso acontece pelo fato dos maiores centros produtores de Biodiesel estaremconcentrados na regio Sul e Centro-Oeste, visto que a maior produo de soja, principalmatria prima, encontra-se cultivada nestas regies. O maior consumidor de Biodiesel do Brasil

    o Estado de So Paulo, contribuindo ainda mais para a concentrao do fluxo logstico nestaregio, que j est saturado.A dependncia da soja (Figura 8) tambm um problema para o desenvolvimento do

    PNPB, uma vez que o Brasil tomador de preo, ou seja, o preo da soja depende do mercadointernacional e em um possvel aumento na demanda por soja no mundo poder elevar seuspreos inviabilizando a produo de Biodiesel a partir da soja. Atualmente o Biodiesel j possuipreo maior do que o Diesel devido ao preo dessa principal matria prima estar em alta. Ogoverno espera que o mercado se ajuste, diversificando as matrias primas, mas odesenvolvimento da produo de oleaginosas demorado e complexo.

    Um novo direcionamento para o cultivo de oleaginosas deve ser pensado pelo governo,uma vez que a produo de Biodiesel visa uma melhor distribuio de renda, principalmente, noNorte e Nordeste, o que no tem acontecido. Um avano identificado nesse aspecto foi o

    lanamento do Programa de Produo Sustentvel de Palma de leo, o qual tem como objetivoutilizar reas degradadas e j zoneadas no Amazonas que contam com o apoio da Vale e daPetrobras para o cultivo dessa oleaginosa, cujo cultivo ser realizado por agricultores familiares,os quais tero como incentivo o crdito facilitado, assistncia tcnica e a garantia de compra.

    A liberalizao deste mercado outro tema discutido pelos agentes, no entanto sabido, com base em outros modelos similares, que para liberar a comercializao desteproduto deve-se ter uma regulamentao especfica, ou seja, um sindicato acompanhando todoo processo.

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    Figura 8: evoluo da participao das matrias-primas usadas na produo de Biodiesel

    Fonte: Ministrio de Minas e Energia, 2011

    Entende ser fundamental, tambm a disponibilizao de um instrumento porttil de baixocusto que viabilize a fiscalizao do percentual de Biodiesel no Diesel, a fim de obter umcontrole mais apurado.

    Quando se trata da produo de Biodiesel, em relao demanda por Estado no Brasil,nota-se que h uma grande deficincia neste quesito, pois existem poucos Estados que soautossuficientes no pas, so eles: Mato Grosso, Gois, Tocantins, Paran, Cear e o RioGrande do Sul. Como se pode notar So Paulo no faz parte desta relao, o que evidencia umdos principais gargalos da operao, haja vista a participao paulista no consumo destecombustvel.

    Em nvel tcnico j est provado que o B100 vivel e, quando atingido, diminuir em25% a opacidade da fumaa e em 30% as emisses de carbono, inclusive testa-se estapossibilidade numa frota de 24 nibus em Curitiba. No entanto, no prudente analisar a

    viabilidade desta energia renovvel somente no que tange os benefcios ambientais, pois seriailgico o desenvolvimento de um combustvel alternativo com apelo sustentvel se esse no semostrasse eficiente nesse aspecto.

    6 Consideraes finais

    Para que o Biodiesel possa ser um combustvel competitivo no mbito econmico imprescindvel que seja elaborada uma melhor poltica de desenvolvimento agroindustrial a fimde possibilitar maiores fontes de matria prima, diminuindo a grande dependncia da soja quetem o seu preo formado pelo mercado internacional e que pode servir como um fato limitadorde oferta em uma possvel alta dos preos desta commodity.

    O programa do governo, que busca uma alternativa visando o uso de outra fonte dematria prima, a palma, converge a um dos objetivos deste estudo, pois a possibilidade deexplorar outras opes de leos na produo deste combustvel beneficiaria tanto as empresascomo os agricultores, em especial os que participam do programa da Agricultura Familiar,contemplando, dessa forma, uma melhor distribuio de renda a estas famlias que, em suamaioria, esto situadas nas regies norte e nordeste do pas.

    Durante a elaborao do estudo, observou-se que a infraestrutura logstica brasileiradificulta e onera a movimentao de mercadorias, sobretudo quando se usa o modo rodoviriode transporte, que, por sua vez, o mais utilizado no transporte do Biodiesel, uma vez que noexistem outras opes viveis para a movimentao deste combustvel. O fato de as principais

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    unidades produtoras estarem aglomeradas no sul e centro-oeste acaba dificultando ainda maiso processo de distribuio. Nesse contexto, fica evidente que as aes para o sucesso doBiodiesel precisam da parceria do governo com as empresas, pois com o aumento daparticipao deste combustvel a demanda por transporte incrementar.

    Nessa seara, h dois polos para avaliao quanto insero do Biodiesel na matriz

    energtica: o ambiental e o operacional. Atualmente, ambos combustveis divergem quanto aodesempenho, sendo que o Biodiesel transportado unicamente pelo modo rodovirio e o Dieselutiliza o oleoduto que facilita a movimentao do produto e, se por um lado, a questo da menordependncia de importao do Diesel uma vantagem, por outro o aumento no percentual doBiodiesel no Diesel poder trazer consequncias negativas na distribuio, onerando aoperao. Acrescente-se a esse argumento o fator da gerao de glicerol como subproduto nafabricao de Biodiesel e sua necessria adequao ao mercado.

    A questo ambiental surge quando se compara a emisso de gases do efeito estufa dobiodiesel com o diesel, cerca de 25% menor, gerando vantagem para o Biodiesel enfrentar asbarreiras operacionais brasileiras.

    O Programa Nacional de Produo e uso do Biodiesel (PNPB) foi criado com o intuito dedistribuir melhor a renda nos pas, incluindo ainda mais as regies norte e o nordeste na

    economia brasileira. Sendo assim, o governo criou o selo social para as unidades produtoras deBiodiesel que seriam beneficiadas caso comprassem a matria prima produzida por pequenosagricultores e, com isso, o governo acreditava que todos os pequenos agricultores dessasregies seriam includos no programa, o que ainda no se efetivou.

    Acredita-se que decorrente da falta de incentivos, orientaes, facilidade de obter crditoe polticas direcionadas, na sua maioria, para a produo do Biodiesel utilizando o leo de soja,agricultores que no a produzem praticamente no participam no programa. No tocante a esseassunto, uma poltica de incentivos deveria ser adotada de tal forma que esses agricultoresconseguissem desenvolver novas tecnologias de plantio, melhorando a produtividade e criandonovas fontes de matria prima para o Biodiesel, acarretando melhor distribuio da rendaprincipalmente para os estados-alvo do PNPB.

    Evidencia-se com a anlise dos dados que o consumo de soja para produo de

    biodiesel vem aumentando de forma inversamente proporcional ao da produo de soja, o quecorrobora para a importncia daproposta de verificar o impacto ambiental desta fonte renovvelnos distintos quesitos que envolvem o meio ambiente, a emisso de CO2 e o uso de terradevidamente produtiva para fomentar o aumento da participao do Biodiesel na matrizenergtica brasileira.

    Pelas informaes obtidas com este estudo, denota-se que as expectativas para a plenaimplantaodeste programa so favorveis e a presso internacional por menor emisso dogs CO2dar ao PNPB maior importncia e fora para maior incluso de agricultores familiarese, dessa forma, gerando melhor distribuio de renda.

    O motor diesel pode ser alimentado com leos vegetais e poder ajudarconsideravelmente o desenvolvimento da agricultura nos pases onde ele

    funcionar. Isto parece um sonho do futuro, mas eu posso predizer com inteiraconvico que esse modo de emprego do motor diesel pode, num tempo dado,adquirir uma grande importncia(Dr. Rudolph Christian Carl Diesel, 1911).

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    Nota: Os autores manifestam gratido Petrobrs Distribuidora S/A pela autorizao para publicao

    deste artigo cientfico.

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    INDICADORES DE DESEMPENHO PARA O TRANSPORTE CEGONHA:ESTUDO DE CASO EM UM OPERADOR LOGSTICO QUE MOVIMENTA

    VECULOS DA GENERAL MOTORS, VOLKSWAGEN, FORD EMITSUBISHI.

    Geraldo Cardoso de Oliveira [email protected] Tadeu [email protected] Ytoshi [email protected]

    ResumoO operador logstico em estudo busca melhorias nos processos com auxilio de

    indicadores de desempenho. O objetivo desse artigo conhecer a interface do processo e osindicadores de desempenho utilizados por um operador logstico que transporta automveis daGeneral Motors, Volkswagen, Ford e Mitsubishi. O mtodo utilizado para coleta de dados foiobservao participante e entrevista para o desenvolvimento do estudo de caso. Os resultadosmostram a necessidade da implementao de indicadores de desempenho no processo para

    mensurar: as avarias, o atendimento do prazo de entrega, os acessrios faltantes, os veculoscom perda total e as reclamaes dos clientes.Palavras-chave: Terceirizao de servios logsticos. Rotinas e processos. Indicadores dedesempenho. Transporte Cegonha.

    AbstractThe logistics operator under study seeks improvements in the processes with the aid of

    performance indicators. The aim of this paper is to know the interface of the process and theperformance indicators used by a logistics operator that transports cars from General Motors,Volkswagen, Ford and Mitsubishi. The method used for data collection was participantobservation and interviews to develop the case study. The results show the need forimplementation of performance indicators to measure the process: the failures, the care of the

    delivery period, missing accessories, vehicles with a total loss and customer complaints.Key words: Logistics outsourcing services, Routines and processes, Key performanceindicators; Vehicle Transportation.

    1 Introduo

    As empresas automobilsticas desenvolvem estudos cautelosos para a terceirizao dotransporte de automveis para operadores logsticos por meio de caminhes cegonhas.Constatou-se que o transporte de automveis um dos elementos mais importantes nacomposio do custo logstico. Nas naes desenvolvidas, os contratos costumam absorvercerca de 60% do gasto logstico total e entre 9% e 10% do Produto Nacional Bruto (PNB).

    Assim, a contratao de servios de transporte deve buscar eficincia e qualidade, com baseem relacionamentos de parceria (RODRIGUES, 2007), principalmente por que o transporte uma atividade primria da organizao e geralmente o ultimo elo da cadeia antes do cliente(BALLOU, 1993).

    Sendo assim, as empresas automobilsticas por meio do controller, responsvel pelasdecises de instituies de metas em relao ao nvel de servios aos clientes estabelececotidianamente estudos detalhados, com viso interna empresa, nas rotinas e processos e noambiente macro econmico, que incluem inovaes tecnolgicas, mudanas econmicas egovernamentais, preocupao socioambiental, estudos demogrficos em relao a

    mailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]
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    fornecimento e anlises psicogrficos nos clientes a fim de identificar fatores de satisfao.Essa anlise tem por objetivo manter a excelncia no nvel de servio aos clientes.

    O objetivo deste artigo apresentar um estudo de caso desenvolvido por meio daobservao participante e entrevista semiestruturada que mostra a rotina de um operadorlogstico que movimenta automveis da General Motors, Volkswagen, Ford e Mitsubishi, alm

    de apresentar os indicadores de desempenho que mensura as (i) avarias, (ii) atendimento doprazo de entrega dos veculos estabelecidos pelo cliente em relao ao tempo de transito, (iii)acessrios faltantes, (iv) veculos com perda total e (v) reclamaes de clientes.

    2 Referencial terico

    Nesta seo sero conceituados o transporte de automveis por meio de caminhescegonha, a terceirizao para operadores logsticos e os indicadores de desempenho com oobjetivo de fundamentar o estudo de caso.

    2.1 Transporte de automveis por meio de cegonhas

    Segundo o Guia do Transportador Rodovirio de Carga (2012), o transporte de veculosautomotores novos e usados realizado em unidades constitudas especialmente para essetransporte e se destina principalmente a escoar a produo das fabricas de veculosautomotores. O veiculo transportador tem o semirreboque que utilizado para o transporte deautomveis, tambm conhecido como caminho cegonha e o tipo de veiculo utilizado naoperao abordada neste artigo.

    Esse equipamento faz parte do grupo de veculos rodovirios de carga, por tanto, setrata de um veiculo utilizado para transito nas vias de rolamento, destinado ao transporte geralde cargas, sendo composto por um caminho-trator e um compartimento simples aberto paraveculos, como ilustrado na Figura 1. Onde o caminho-trator um veiculo automotor destinado

    a tracionar um implemento rodovirio. O compartimento simples aberto para veculos nopossui teto e construdo de forma especial para acomodao e transporte da carga, conformeNBR 9762:2005 da ABNT presente no Guia do Transportador Rodovirio de Carga (2012).

    Segundo Hejazi (2009) fundamentado na estatstica de transporte Boreau, astransportadoras de automveis constituem uma classe que transportam veculos por todo o pasdos Estados Unidos para indivduos, concessionrias de veculos, fabricantes de automveis,veculos, empresas de leasing. Utilizado para o transporte de veculos novos dafbrica para asconcessionrias (Figura 1), esses reboques podem transportar de 10 a 12 carros. Paratransportar os carros em distncias mais curtas, os veculos utilizados so menoresgeralmente pick-up ou caminhes pequenos. Hotshots tambm so usados para transportarosclssicos ou outros veculos valiosos. Outros transportadores pequenos so "Flat-Bed" ou"Drop-Deck" Trailers, que so usados para transportar caminhesmaiores ou vans.

    importante ressaltar que a portaria do Departamento Nacional de Estradas deRodagem (DNER) n 364 de 18 de abril de 1996 e o Decreto n 2.069 de 12 de novembro de1996 que determinam as dimenses mximas para veculos transportadores de automveis(Caminho Cegonha) em rodovias:2,6 metros de largura, 4,4 metros de altura, 18,15 metros decomprimento para veculos articulados e conjugados e 14,0 metros de comprimento paraveculos simples.

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    Figura 1 Caminho Cegonha

    Fonte: Hejazi (2009)

    As vantagens desse modal sua maior disponibilidade de vias de acesso, prestao deum servio porta-a-porta, frequncia de servios, embarques e partidas mais rpidos,possibilidade de embarque de pequenos lotes, fcil substituio do veiculo transportador emcaso de quebra ou acidente. No sentido oposto, apresenta custo operacional maior, menorcapacidade de carga e desgasta prematuramente a infraestrutura da malha rodoviria(RODRIGUES, 2007).

    Hejazi (2009) relata que alm de trabalhar como OPL, a transportadorapoder receberpedidos de clientes particulares, que podero fazer uma solicitao de servio on-line ou pelotelefone da empresa. A transportadora de veculos solicita trs tipos de informaes: sobre ocliente (nome e contato), do veculo (ano, fabricao, modelo, tipo, cor e condio operacional)e de remessa (origem e destino). Depois de receber as informaes do cliente estabelece-se ovalor da cotao, geralmente no garantem a data e hora de entrega, mas eles normalmentedizem que qualquer veculo dentro de dois a trs dias. Eles tambm dizem que seusconcorrentes requerem tipicamente 1-3 semanas para configurar uma hora de recebimento.

    Mas recomendvel fechar contratos com montadoras de veculos, devido aos riscos desinistro a ao de descarregar os veculos em vias pblicas. Porm os clientes podemminimizar esse risco, solicitando um determinado ponto do reboque para seu carro. Mas muitastransportadoras oferecem esse servio para entregas porta a porta expresso geralmente comcustos maiores, tornando extremamente difcil de manobr-los atravs de bairros residenciais,com riscos operacionais de coliso em galhos de rvores para os carros que so carregados naprateleira superior (HEJAZI, 2009).

    2.2 Terceirizao do transporte para o Operador Logstico (OPL)

    As organizaes devido ao custo elevado de transporte em relao ao investimento namanuteno de veculos e na gesto do pessoal envolvido apresentam falta de capacidade noatendimento dos clientes. Berglund et al. (1999) mencionam que o que impulsiona aterceirizao de servios logsticos a falta de capacidade no atendimento da demanda e aexpanso da cadeia, no qual a empresa contratante no tem condies de atendimento.

    Bolumole (2001) e Jaafar e Rafiq (2005) mencionam que muitas empresas terceirizam servioslogsticos porque decidem focar na competncia chave para o negcio, reduzir custos e evitarinvestir em ativos, expanso do escopo de atendimento logstico em nvel global, mensurar odesempenho da operao, ter maior flexibilidade e eficincia nas operaes logsticas e teracesso a novas tecnologias da informao e comunicao e conhecimentos logsticos.

    Dentro desse contexto, no Brasil, a contratao pelas empresas de um operadorLogstico iniciou essas atividades (no Brasil) em 1994 (FLEURY; RIBEIRO, 2001a), no qualvrias transportadoras decidiram estabelecer contratos em longo prazo ao invs de fretes (,) etrs anos depois alguns OPLs que atuavam no mercado internacional, tais como a Dansas, hojeDHL vieram para atender as necessidades de servios logsticos (FLEURY; RIBEIRO, 2001b).

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    Para Fleury et al. (2006), operador logstico o fornecedor de servios especializado emgerenciar e executar todas as atividades logsticas nas vrias fases na cadeia de abastecimentode seus clientes, e deve ter competncia para, no mnimo, prestar simultaneamente serviosnas trs atividades bsicas: controle de estoque, armazenagem e gesto de transporte. Osdemais servios que porventura sejam oferecidos funcionam como diferenciais de cada

    operador; pode-se citar como exemplo, gerenciamento, anlise e projeto de administrao deestoques e de informao e rastreamento de pedidos, que podem se estender at aogerenciamento da cadeia logstica.

    O transporte e a armazenagem so considerados atividades bsicas na gesto dalogstica e muitas organizaes esto selecionando OPLs que possam integrar-se na cadeia desuprimentos para a movimentao dos produtos para os centros de distribuio e nos nveis deconsumo, considerando atacado e varejo ou at pequenas lojas (ABRAHO; SOARES, 2006).Dornier et al. (2000) mencionam que as organizaes descobriram recentemente que orelacionamento compartilhado com operadores logsticos pode trazer vantagem competitiva.

    2.3 Indicadores de desempenho

    As empresas contratantes devem exigir dos OPLs relatrios de desempenho sobre asatividades terceirizadas, considerado como aspecto estratgico imprescindvel para o controleda operao e melhorias no nvel do servio.

    Lambert (1998) ressalta que o significado de servio ao cliente varia de uma empresapara a outra, na maioria das empresas, o servio definido em trs maneiras: (i) Relacionados Atividades: todas as atividades necessrias para aceitar, processar, entregar e faturarpedidos de clientes, bem como follow-up de erros; (ii) Relacionado a Desempenho: percentualde pedidos recebidos e processados em um prazo especfico, livre de pendncias e (iii)Relacionado Filosofia da Empresa: um composto de atividades envolvendo todas as reas denegcios de maneira percebida como satisfatria pelo cliente e que avana aos objetivos da

    empresa.A empresa contratante precisa em um primeiro momento definir o nvel de servio aps,

    estabelecer as mtricas de desempenho para o acompanhamento e controle do processo(OLIVEIRA NETO, 2008) com enfoque em trs fatores fundamentais, segundo Bowersox et al.(2007): a) disponibilidade de produtos no tempo certo para os clientes; b) desempenhooperacional para medir a velocidade do ciclo de atividades, a consistncia nos servios naentrega aos clientes, a flexibilidade que lida com solicitaes extraordinrias e as falhas e arecuperao das mesmas;e c) confiabilidade ao longo do tempo em relao a disponibilidade edesempenho operacional que definem a mensurao e formam a base dos relatrios dedesempenho.

    Caixeta-Filho e Martins (2001) mostram no Quadro 1 as medidas de desempenho decusto, tempo e capacidade especficas ao servios de transporte, responsveis pela maior parte

    dos custos logsticos. Sendo assim de suma importncia selecionar algumas ou usar todasessa mtricas para monitorar o processo e estabelecer relatrios de desempenho.

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    Quadro 1 - Estrutura de custos, tempo e capacidade logstica de transporte prpria ou terceirizadaMedidas relacionadas ao Custo

    no servio de TransporteMedidas relacionadas ao

    Tempo no servio deTransporte

    Medidas relacionadas capacidade no servio de

    TransporteCusto de frete de diferentes modais Velocidade Atributos bsicos

    Custo de frota prpria Km/hora, milha/hora Velocidade/frequncia/densidadeCusto de capital investido Acessibilidade temporal Frequncia

    Depreciao Tempo de resposta solicitao Trabalho e eficincia de transporteRemunerao Horrio de atendimento Produtividade do veculo e da rota

    Custos operacionais Confiabilidade Viagens realizadas com carga

    1. Manuteno Viagens programadas/realizadas Utilizao de espao do veculo1.1. Prpria Desvio-padro do tempo de

    entregaCapacidade da rota de transporte

    Administrao Frequncia Capacidade do veiculo peso/volume/valor

    Mo de obra e encargos Veculos/ hora Outras capacidadesPeas de reposio

    RegularidadeDo controle de trfego e da

    operao

    Ferramentas Entregas programadas /entregastotais

    Dos terminais

    Espao fsicoPontualidade

    Outras medidas

    1.2. Terceirizada e OPL Desvio entre horriosprevistos/realizados

    Quantidade transportada

    2. Operao Volume transportado ou fluxoQtd/tempo

    Administrao Taxas de consumo custooperacional/ton.

    Mo de obra e encargos Utilizao do veculo hora/veculodia

    Combustvel e lubrificantes Medidas de importncia dos modais

    Limpeza Km do sistema e volume do trfegoFrota reserva ReceitaSeguros e licenciamentos

    Fonte: Caixeta-Filho e Martins (2001) adaptado pelos autores

    Depois de elencar as mtricas de desempenho que sero utilizadas preciso controlar oesforo logstico por meio de parmetros estabelecidos em dado perodo de tempo a fim deimpulsionar aes corretivas e melhorias nos processos logsticos mensurados (BALLOU,1993).

    3 Mtodo de Pesquisa

    O mtodo de pesquisa utilizado estudo de caso desenvolvidopor meio de observaoparticipante com apoio da entrevista semi estruturada. No qual comea com uma reviso daliteratura e com a proposio cuidadosa e atenta dos objetivos da pesquisa, igualmente com odesenvolvimento dos procedimentos formais e explcitos ao realizar a pesquisa (YIN, 2010). Os procedimentos formais do estudo de caso foram desenvolvidos fundamentados emForza (2002) e Croom (2005) visando estabelecer uma sequncia lgica na conduo doestudo, explicada a seguir em etapas:

    (i) Definiu-se oreferencial terico em relao conceituao do transporte com caminho-cegonha, terceirizao para operadores logsticos e indicadores de desempenho;

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    (ii) Planejou-se o caso, em um primeiro momento estabeleceu-se contato com o OPL com oobjetivo de agendar uma data para conhecer e participar da rotina operacional e verificaras mtricas de desempenho;

    (iii) Verificou-se a qualidade dos dados em observao participante e entrevistasemiestruturada a fim de levantar as caractersticas reais da rotina. Geralmente quandoa pesquisa parte da observao participante constitui uma poderosa tcnica dametodologia qualitativa; (BOGDAN; BIKLEN, 1992; McCRACKEN, 1991). Coletaram-seos dados junto ao controller, responsvel do desenvolvimento de indicadores dedesempenho e emisso de relatrios gerenciais para aes corretivas. Nessa etapa ocontroller pediu autorizao para ceder as mtricas de desempenho, que foi concedida,sendo assim copiou os documentos em formato excell nopendrive;

    (iv) Analisaram-se os dados produzindo uma narrativa com auxilio da estatstica descritiva(DENZIN; LINCOLN, 2005; HAYATI; KARAMI; SLEE, 2006; NEVES, 1996) a fim deidentificar casualidades entre o referencial terico e a pesquisa de campo; e

    (v) Desenvolveu-se um estudo de caso nico pautado na confiabilidade e validade com oobjetivo de demonstrar a qualidade da pesquisa (CAUCHICK MIGUEL, 2010). De acordocom Yin (2010), o que justifica a utilizao do mtodo de estudo de caso nico o fato

    de preencher as condies exigidas para testar os objetivos propostos no trabalho.Estudos de caso normalmente combinam mtodos de coleta de dados, como arquivos,entrevistas, questionrios e observaes. As evidncias podem ser qualitativas ouquantitativas, ou ambas. Sendo que desta maneira possvel criar as condiesadequadas para a compreenso, a contestao ou a confirmao da teoria, ou seja,umelemento chave para estudos exploratrios.

    4 Estudo de Caso

    4.1 Empresa pesquisada

    A Transzero uma empresa de transporte de veculos por meio de caminho cegonha.

    Ela tem contrato de operao logstica em trs montadoras (Volkswagen So Bernardo docampo, FordTaboo e General Motors So Caetano do Sul), e est desenvolvendo testesna Mitsubishi desde 2006, alm de atender concessionrias e clientes particulares. O objetivoda entrevista semi estruturada e observao participante foi conhecer e participar da rotinaoperacional, alm de levantar os indicadores de desempenho que mensura as (i) avarias, (ii)atendimento do prazo de entrega dos veculos estabelecidos pelo cliente em relao ao tempode trnsito, (iii) acessrios faltantes, (iv) veculos com perda total e (v) reclamaes de clientes.

    4.2 Interface do processo da Transzero

    As operaes ocorrem em diversas etapas (Figura 2), tendo como inicio a

    disponibilizao do veiculo nos ptios das montadoras com a movimentao de armazenagemque so vistoriados e acompanhados pelos responsveis da transportadora, posteriormente aemisso e liberao da documentao como Conhecimento de Transporte e Nota FiscalEletrnica de Sada, iniciando a operao de carregamento dos caminhes-cegonha, tendo umnovo ponto de vistoria.

    Em seguida, os veculos so fixados com os cintos de amarrao as rodas e otransporte da carga a concessionria ou aos ptios das transportadoras para realizao decomposio de carga, observando que a operao de descarga, movimentao, armazenageme novo carregamento nas dependncias das transportadoras so por elas vistoriados.

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    A etapa final da operao ocorre com a entrega do veiculo a respectiva concessionria,sendo esta responsvel por nova inspeo na carga.

    importante salientar que todo o processo exige conferncia de no conformidades dacarga. Quando encontrado algum tipo de avaria, o fato imediatamente comunicado aspartes envolvidas e so tomadas providncias que variam de uma simples notificao ou a

    realizao de reparos ou ata reteno do veiculo para regulao do processo de sinistro comoperda total.

    Figura 2Interfaces do processo.

    Fonte: Transzero

    Portanto, o caminho-cegonha atende bem as necessidades da operao que lhe designada, com praticidade, confiabilidade e segurana a carga e a seus operadores, mas quedeve receber cuidados para sua melhor utilizao e prolongamento do tempo de uso mantendo

    a sua funcionalidade nos padres desejados. Principalmente, evitando-se as avarias, j que umproduto danificado gera automaticamente uma insatisfao no cliente por impossibilitar o usoimediato do bem adquirido. No prximo tpico apresenta-se os indicadores de desempenhoutilizados para o controle do processo.

    4.3 Indicadores de desempenho

    A presente anlise demonstra a preocupao do operador logstico em atender asexpectativas e requisitos de seus clientes como, General Motors Volkswagen, Ford e Mitsubishi.

    *Operador Logstico

    Interfaces dos Processos - Matriz / Filial Alvarenga

    PROCESSOS DE MELHORIAPROCESSOS DE APOIOPROJETO E DESENVOLVIMENTO

    CLIENTES

    REQUISITOS

    Comunicao

    com osclientes

    Determinao e anlisecrtica dosrequisitos

    022022A024035A

    020024026026A

    Coordenadoria

    s envolvidas

    PtioMatriz

    CLIENTES

    SATISF

    AO

    SCS

    SBC

    Concessio-

    nrias

    ClientesParticulares

    OperadorLogstico da

    Montadora

    OperadorLogstico daMontadora

    041

    042

    043

    056

    056

    Conferncia e*Carregamento de Veculos

    Conferncia e*Carregamento

    de Veculos

    PtiosExternos /

    Beneficiador

    Conferncia eCarregamento

    de Veculos

    Conferncia eCarregamento

    de Veculos

    048A DR-2

    048A DR-2

    044 054

    056 DR-2

    056 DR-2

    Conferncia e*Carregamen-to de Veculos

    Taboo

    OperadorLogstico daMontadora

    Confernciae

    Carregamento de

    Veculos

    048A DR-2

    040DR-4

    Ptio Matriz / Filial Alvarenga

    Conces-sionrias

    Recebi-mento

    Parquea-mento

    Confe-rncia

    Confe-rncia

    Carrega-mento

    Programaode Carga

    Contratao deMCA/MCT

    Faturamento

    045

    DR-2

    048A

    DR-2

    048A

    DR-2

    045

    DR-2

    048

    DR-2

    180/180A/181/181A

    047

    046 DestinosDiversosdo cliente

    Filiais

    Porto Santos

    Comunicaocom o Cliente

    Tratamento deNo

    Conformidades

    061064A065

    022022A024

    065

    040DR-4

    040DR-4

    064

    040DR-4

    040DR-4

    040DR-4

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    Revista de Logstica da Fatec Carapicuba Ano 3 Nmero 1 33

    A anlise dos dados do objeto em estudo teve como foco a movimentao no transportede carga por meio de caminho cegonha, durante os anos de 2006, 2007, 2008 e 2009, tendocomo foco de estudo os ndices de: (i) avarias, (ii) atendimento do prazo de entrega dosveculos estabelecidos pelo cliente: Transit-time, (iii) acessrios faltantes, (iv) veculos comperda total e (v) reclamaes de clientes; apresentados seguir:

    4.2.1 ndice de Avarias

    Caixeta-Filho e Martins (2001) relatam sobre as medidas relacionadas s capacidadesno servio de transporte em relao eficincia sobre as avarias, com o objetivo deminimizao constante. A Figura 3 mostra os problemas referentes s avarias encontradas nosautomveis da General Motors transportados pelo operador logstico, apresentando um ndiceabaixo da meta proposta durante os anos de 2006, 2007, 2008 e 2009. De acordo com a figurao operador logstico manteve a qualidade de servios prestados acima do esperado da metamxima de 0,3 automveis avariados durante os perodos, ou seja, houve uma reduo daquantidade de veculos avariados durante os perodos.

    Para todas as montadoras os locais com maior incidncia de avaria so os para-choques dianteiros e traseiros, sendo estes encontrados amassados, raspados ou quebrados.Essas avarias so decorrentes da armazenagem e movimentao de ptio, nas operaes decarregamento e descarregamento dos veculos no caminho-cegonha ou em decorrncia daquebra do cinto de fixao do veiculo no semirreboque. Enquanto os tetos e colunas sousualmente encontrados riscados, raspados ou amassados, derivado do prprio transporte pormeio das fiaes, viadutos e pontes das vias ou por quebra de algum componente desustentao do semirreboque que ao partir danifica o veiculo transportado.

    As portas que se apresentam riscadas, raspadas ou amassadas, so decorrentes daarmazenagem e movimentao de ptio, carregamento ou descarregamento dos veculos etambm do transporte. Os para-lamas que se encontram riscados, raspados, amassados ouquebrados, so em decorrncia da armazenagem e movimentao de ptio, carregamento ou

    descarregamento dos veculos e por arremesso de objetos nos veculos durante a viagem ounas paradas.

    Quanto aos caps encontrados riscados ou amassados so em decorrncia doarremesso de objetos nos veculos ou danos durante a parada do veiculo transportador oudurante a armazenagem dos mesmos. Os vidros geralmente que apresentam riscados,rachados, trincados ou quebrados, tambm so decorrentes do arremesso de objetos ou porquebra de algum componente de sustentao do semirreboque que ao partir atinge esta partedo veiculo.

    Os faris dianteiros e lanternas traseiras que so encontrados riscados, arranhados equebrados, so decorrentes da armazenagem e movimentao de ptio, carregamento oudescarregamento dos veculos e tambm durante a permanncia nos pontos de paradas.

    J as calotas, rodas e pneus dos veculos que apresentam riscados, raspados ou

    cortados, so em decorrncia da armazenagem e movimentao de ptio, carregamento,descarregamento e tambm durante a permanecia nos pontos de paradas. Os retrovisoresexternos encontrados raspados ou quebrados so decorrentes da armazenagem emovimentao de ptio, carregamento ou descarregamento dos veculos. As grades frontaisque se encontram riscadas, raspadas, amassadas e quebradas so em decorrncia daarmazenagem e movimentao de ptio, carregamento ou descarregamento dos veculos.

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    Revista de Logstica da Fatec Carapicuba Ano 3 Nmero 1 34

    Figura 3. Quantidade de veculos da General Motors avariados - 2006, 2007,2008 e 2009.

    Fonte: Transzero

    A Figura 4 demonstra os problemas referentes s avarias encontradas nos automveisda Volkswagen transportados pelo operador logstico, apresentando um ndice abaixo da metade 0,5 automveis avariados durante os perodos.

    Figura 4. Quantidade de veculos da Volkswagen avariados - 2006, 2007,2008 e 2009.

    Fonte: Transzero

    A Figura 5 demonstra os problemas referentes s avarias encontradas nos automveisda Ford transportados pelo operador logstico, apresentando um ndice abaixo da meta de 0,8automveis avariados durante os perodos.

    Figura 5. Quantidade de veculos da Ford avariados - 2006, 2007,2008 e 2009.

    Fonte: Transzero

    A Figura 6 demonstra os problemas referentes s avarias encontrados nos automveisda Mitsubishi transportados pelo operador logstico, onde durante os perodos de 2006, 2007 e2008 apresentavam uma grande quantidade de veculos avariados, porm para o ano de 2009houve uma reduo considervel de avarias apresentadas para o perodo. Segundo o

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    Revista de Logstica da Fatec Carapicuba Ano 3 Nmero 1 35

    entrevistado o processo de melhoria intrnseco da interface da Transzero tem por objetivo trataras no-conformidades e comunicar as partes envolvidas para aes corretivas.

    Figura 6. Quantidade de veculos da Mitsubishi avariados - 2006, 2007,2008 e 2009.

    Fonte: Transzero.

    Com enfoque no indicador de avarias foi possvel verificar qual o ndice de avarias pormontadora. A Tabela 1 demonstra a quantidade de veculos avariados transportados pelooperador logstico nas quatro montadoras, levando em considerao uma mdia de 2400unidades de veculos transportados durante cada perodo, foram realizados clculos simples deporcentagem em relao ao valor mdio de unidades transportadas.

    Tabela 1. Quantidade de veculos avariados por montadora - 2006, 2007,2008 e 2009.Montadoras/

    PerodosGeneral Motors Volkswagen Ford Mitsubishi

    2006 0,10% = 2 0,49% = 12 0,56% = 13 3,7% = 892007 0,18% = 4 0,31% = 7 0,56% = 13 4,7% = 113

    2008 0,20% = 5 0,38% = 9 0,69% = 17 1,38% = 332009 0,25% = 6 0,28% = 7 0,61% 15 0,35% = 8Fonte: Autores

    A Tabela 2 mostra os prejuzos financeiros ocasionados pelas avarias encontradas nosveculos transportados pelo operador logstico, levando em considerao ao valor mdio de R$50