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Setembro é negativo para indústria INDICADORES INDUSTRIAIS Indicadores CNI ISSN 1983-621X • Ano 26 • Número 9 • Setembro 2018 Indicadores Industriais - setembro 2018 Variação frente a agosto de 2018 – com ajuste sazonal Ç FATURAMENTO REAL Queda de 1,1% Ç HORAS TRABALHADAS NA PRODUÇÃO Queda de 0,9% Ç UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA Queda de 0,4 ponto percentual Ç EMPREGO Queda de 0,1% Ç MASSA SALARIAL REAL Aumento de 0,3% Ç RENDIMENTO MÉDIO REAL Aumento de 0,1% Os dados dos Indicadores Industriais de se- tembro mostram queda da atividade industrial. Faturamento, horas trabalhadas na produção, emprego e utilização da capacidade instalada recuaram na passagem de agosto para setembro, após o ajuste sazonal. Massa salarial e rendi- mento médio registraram aumentos tímidos, sobretudo se comparados às quedas registradas nos últimos meses. O faturamento é a única das variáveis pesquisadas que mostra tendência de recuperação. Apesar da queda do mês, o faturamento aumenta seja na comparação com o mesmo mês de 2017, seja na comparação com dezembro do mesmo ano. Horas trabalhadas na produção, por outro lado, seguem oscilando, mas as quedas vêm sendo mais agudas que os crescimentos. Dessa forma, vai se delineando tendência de redução. Esse indicador também foi inferior ao observado no mesmo mês de 2017 e em dezembro passado.

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Setembro é negativo para indústria

INDICADORESINDUSTRIAIS

Indicadores CNIISSN 1983-621X • Ano 26 • Número 9 • Setembro 2018

Indicadores Industriais - setembro 2018 Variação frente a agosto de 2018 – com ajuste sazonal

Ç FATURAMENTO REAL Queda de 1,1%

Ç HORAS TRABALHADAS NA PRODUÇÃO Queda de 0,9%Indústria Petrolífera

Indústria Química

Pequena Média Grande

Indústrias Diversas

Indústria da Construção Indústria de Energia

Ç UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADAQueda de 0,4 pontopercentual

Ç EMPREGO Queda de 0,1%

Ç MASSA SALARIAL REAL Aumento de 0,3%

Ç RENDIMENTO MÉDIO REALAumento de 0,1%

Os dados dos Indicadores Industriais de se-tembro mostram queda da atividade industrial. Faturamento, horas trabalhadas na produção, emprego e utilização da capacidade instalada recuaram na passagem de agosto para setembro, após o ajuste sazonal. Massa salarial e rendi-mento médio registraram aumentos tímidos, sobretudo se comparados às quedas registradas nos últimos meses.

O faturamento é a única das variáveis pesquisadas que mostra tendência de recuperação. Apesar da queda do mês, o faturamento aumenta seja na comparação com o mesmo mês de 2017, seja na comparação com dezembro do mesmo ano. Horas trabalhadas na produção, por outro lado, seguem oscilando, mas as quedas vêm sendo mais agudas que os crescimentos. Dessa forma, vai se delineando tendência de redução. Esse indicador também foi inferior ao observado no mesmo mês de 2017 e em dezembro passado.

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 26 • Número 9 • Setembro 2018

Horas trabalhadas na produçãoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Horas trabalhadas na produção em trajetória de quedaAs horas trabalhadas na produção caíram 0,9% em setembro, após os ajustes sazonais. As horas trabalhadas seguem alternando variações positivas e negativas desde o início do ano. Nos últimos meses, contudo, as variações negativas superaram as positivas. Com isso, mostra trajetória de queda. Em relação a dezembro de 2017, o índice recua 2,2%. Na comparação com o mesmo mês de 2017, as horas trabalhadas também recuam: queda de 2,1%. No acumulado do ano, contudo, as horas trabalhadas aumentaram 0,4%.

EmpregoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Faturamento recua em setembro O faturamento real da indústria caiu 1,1% em setembro, na série livre de efeitos sazonais, e reverte parcialmente o aumento de 1,7% registrado no mês anterior. O faturamento vem oscilando nos últimos meses, mesmo depois da paralisação dos transportes, em maio. Mesmo assim, o faturamento mantém trajetória de alta. Encontra-se 4% acima do registrado em dezembro de 2017 e 4,6% superior ao registrado em setembro do mesmo ano. O faturamento real acumulado no ano até setembro é 5,4% superior ao registrado no mesmo período de 2017.

Faturamento realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

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Emprego segue em queda lentaO emprego na indústria recuou 0,1% em setembro de 2018, na série dessazonalizada, após aumentar 0,1% no mês anterior. Muito lentamente, o emprego em 2018 mostra trajetória de queda: foram quatro meses de queda em 2018, ante três meses de crescimento e dois de estabilidade. Na comparação com dezembro de 2017, o emprego recua 0,5%. No entanto, seja na comparação com o mesmo mês de 2017, seja na comparação do acumulado até setembro de 2017 e 2018, o emprego mostra crescimento: 0,4% em ambos os casos.

Deflator: IPA/OG-FGV

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 26 • Número 9 • Setembro 2018

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Rendimento médio praticamente estável em setembro

Rendimento médio real

O rendimento médio aumentou 0,1% em setem-bro, após os ajustes sazonais. O crescimento é o primeiro após uma sequência de cinco meses de queda, período no qual o índice recuou 2,4%. O rendimento de setembro é 0,8% inferior ao regis-trado em dezembro de 2017 e 2,2% menor que o de setembro do mesmo ano. O rendimento mé-dio acumulado entre janeiro e setembro de 2018 é 1,8% inferior ao registrado no mesmo período de 2017.

Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Deflator: INPC-IBGE

Queda da utilização da capacidade

Utilização da capacidade instaladaDessazonalizado (percentual médio)

A utilização da capacidade instalada (UCI) recuou 0,4 ponto percentual entre agosto e setembro de 2018, passando para 77,8%, na série de dados dessazonalizados. O recuo da UCI interrompe sequência de três meses de alta, que, por sua vez, havia revertido toda a queda ocorrida em maio. A UCI de setembro de 2018 é 0,3 ponto percentual maior que a de 2017, enquanto a UCI média do ano até setembro é 0,5 ponto percentual superior.

77,8%

Indústria Petrolífera

Indústria Química

Pequena Média Grande

Indústrias Diversas

Indústria da Construção Indústria de Energia

Massa salarial mostra pequeno crescimento em setembroA massa salarial real cresceu 0,3% em setembro, na série dessazonalizada. O crescimento devolve apenas parcialmente a queda de 0,7% de agosto. A massa salarial recuou em cinco dos últimos nove meses; com isso, acumula queda de 0,8% frente a dezembro de 2017. O índice também recua na comparação com o mesmo mês de 2017 (queda de 1,9%) e na comparação do acumulado até setembro de 2017 e 2018 (queda de 1,5%).

Massa salarial realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Deflator: INPC-IBGE

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 26 • Número 9 • Setembro 2018

1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE

VARIAÇÃO PERCENTUAL SET18/ AGO18

SET18/ AGO18DESSAZ.

SET18/ SET17

JAN-SET18/ JAN-SET17

Faturamento real1 -5,6 -1,1 4,6 5,4

Horas trabalhadas na produção -5,7 -0,9 -2,1 0,4

Emprego 0,2 -0,1 0,4 0,4

Massa salarial real2 1,8 0,3 -1,9 -1,5

Rendimento médio real2 1,6 0,1 -2,2 -1,8

PERCENTUAL MÉDIO SET18 AGO18 SET17

Utilização da capacidade instalada 78,7 79,2 78,4

Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada 77,8 78,2 77,5

Resumo dos resultados - Indicadores Industriais

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