indicadores cni issn 1983-621x • ano 18 • número 7 • julho...

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Os indicadores industrias de julho mostram que a atividade industrial segue em retração no início do segundo semestre. Todos os indicadores registraram queda entre junho e julho, após o ajuste sazonal. O principal destaque é a queda de 4,3% do faturamento real do setor. O novo recuo ocorre após recuperação parcial em junho da expressiva retração de maio. Faturamento da indústria volta a cair em julho Indicadores Industriais - Julho 2016 Variação frente a junho de 2016 – com ajuste sazonal Ç FATURAMENTO REAL Queda de 4,3% Ç HORAS TRABALHADAS NA PRODUÇÃO Queda de 0,2% Ç UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADA Queda de 0,3 ponto percentual INDICADORES INDUSTRIAIS Indicadores CNI ISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 7 • julho de 2016 A ausência de reação da atividade industrial é confirmada pelos demais indicadores dessazo- nalizados. As horas trabalhadas voltaram a recuar (-0,2%), bem como o uso da capacidade instalada, que em julho se reduziu em 0,3 ponto percentual para 76,9%. Como consequência, o mercado de trabalho também manteve-se em contração, com recuo do emprego e da massa salarial. Ç EMPREGO Queda de 0,4% Ç MASSA SALARIAL REAL Queda de 0,9% Ç RENDIMENTO MÉDIO REAL Queda de 0,3%

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Os indicadores industrias de julho mostram que a atividade industrial segue em retração no início do segundo semestre. Todos os indicadores registraram queda entre junho e julho, após o ajuste sazonal. O principal destaque é a queda de 4,3% do faturamento real do setor. O novo recuo ocorre após recuperação parcial em junho da expressiva retração de maio.

Faturamento da indústria volta a cair em julho

Indicadores Industriais - Julho 2016 Variação frente a junho de 2016 – com ajuste sazonal

Ç FATURAMENTO REAL Queda de 4,3%

Ç HORAS TRABALHADAS NA PRODUÇÃO Queda de 0,2%Indústria Petrolífera

Indústria Química

Pequena Média Grande

Indústrias Diversas

Indústria da Construção Indústria de Energia

Ç UTILIZAÇÃO DA CAPACIDADE INSTALADAQueda de 0,3 ponto percentual

INDICADORESINDUSTRIAIS

Indicadores CNIISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 7 • julho de 2016

A ausência de reação da atividade industrial é confirmada pelos demais indicadores dessazo-nalizados. As horas trabalhadas voltaram a recuar (-0,2%), bem como o uso da capacidade instalada, que em julho se reduziu em 0,3 ponto percentual para 76,9%. Como consequência, o mercado de trabalho também manteve-se em contração, com recuo do emprego e da massa salarial.

Ç EMPREGO Queda de 0,4%

Ç MASSA SALARIAL REAL Queda de 0,9%

Ç RENDIMENTO MÉDIO REALQueda de 0,3%

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 7 • julho de 2016

Horas trabalhadas caem em julhoAs horas trabalhadas na produção caíram 0,2% em julho na comparação com o mês anterior, feitos os ajustes sazonais. Na comparação com o ano passado, a queda é de 7,6% em julho e de 9,3% nos primeiros sete meses do ano.

Horas trabalhadas na produçãoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Emprego mantém trajetória de queda

O emprego industrial manteve a trajetória de queda iniciada em fevereiro de 2015. Em julho, o indicador caiu 0,4% na comparação com o mês anterior, na série dessazonalizada, e 7,7% ante julho de 2015. Nos primeiros sete meses de 2016, comparados aos de 2015, a queda é de 8,9%.

EmpregoDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Faturamento real tem queda expressiva em julho Após alta registrada em junho, o faturamento real da indústria de transformação caiu 4,3% em julho em relação a junho, quando excluídos os efeitos sazonais. Na comparação com 2015, a queda é de 15% em julho e de 12% no acumulado do ano.

Faturamento realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 7 • julho de 2016

jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16

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Rendimento médio real cai em julho

Rendimento médio real

O rendimento médio real caiu 0,3% em julho ante junho e 0,8% na comparação com julho de 2015. Nos primeiros sete meses de 2016, comparados aos de 2015, a queda é de 0,9%.

Dessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Deflator: INPC-IBGE

Utilização da Capacidade Instalada atinge mínimo histórico

Utilização da capacidade instaladaDessazonalizado (percentual médio)

Deflator: INPC-IBGE

A Utilização da Capacidade Instalada (UCI) atingiu o menor nível da série histórica ao registrar 76,9% na série com ajustes sazonais. Em relação a julho de 2015, a UCI registra queda de 1,6 ponto percentual.

76,9%

Indústria Petrolífera

Indústria Química

Pequena Média Grande

Indústrias Diversas

Indústria da Construção Indústria de Energia

Massa salarial real recua pelo terceiro mês consecutivoA massa salarial caiu 0,9% entre junho e julho, terceira queda consecutiva. Na comparação com o ano passado, a queda é de 8,4% em julho e de 9,7% no acumulado do ano.

Massa salarial realDessazonalizado (Índice de base fixa: média 2006 = 100)

Deflator: INPC-IBGE

jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 jul/15 jan/16 jul/16

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Indicadores IndustriaisISSN 1983-621X • Ano 18 • Número 7 • julho de 2016

1 Deflator: IPA/OG-FGV - 2 Deflator: INPC-IBGE

VARIAÇÃO PERCENTUAL JUL 2016 / JUN 2016

JUL 2016 / JUN 2016

DESSAZ.

JUL 16 / JUL 15

JAN-JUL 16/ JAN-JUL 15

Faturamento real1 -6,5 -4,3 -15,0 -12,0

Horas trabalhadas -0,2 -0,2 -7,6 -9,3

Emprego -0,4 -0,4 -7,7 -8,9

Massa salarial real2 0,1 -0,9 -8,4 -9,7

Rendimento médio real2 0,5 -0,3 -0,8 -0,9

PERCENTUAL MÉDIO JUL16 JUN16 JUL15

Utilização da capacidade instalada 77,2 77,6 78,8

Utilização da capacidade instalada - Dessazonalizada 76,9 77,2 78,6

Resumo dos resultados - Indicadores industriais

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