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1 | P a g e

República de Moçambique MINISTÉRIO DA AGRICULTURA

INSTITUTO DE FOMENTO DO CAJU (INCAJU)

Feiras do Caju

Maputo, Agosto de 2013

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FEIRAS DO CAJU GUIÃO

Consta deste guião, a fundamentação,

objectivo, resultados esperados, locais e

períodos de realização, participantes, produtos

e materiais a serem vendidos/expostos,

divulgação de Spots publicitários nos meios de

comunicação social, comissões de trabalho,

critérios para admissão na Feira,

procedimentos Pós -colheita, classificação da

Castanha de caju, critérios utilizados para

medir a qualidade da castanha, material usado

para o cálculo do Out-turn, armazenamento no

local da Feira e determinação de preços.

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Feiras do Caju

1.Fundamentação

A produção e comercialização do caju garantem a renda a mais de 1

milhão e quatrocentas mil famílias rurais na ordem de cerca de 70% do

total da receita monetária do sector familiar (Plano Director II do

INCAJU, 2011).

De acordo com o TIA 2007, cerca de 50% da castanha produzida é retida

pelo sector familiar para responder as necessidades nutricionais de

autoconsumo, oferendas e uso como sementes. Por outro lado, em

resposta à redução do preço de comercialização da castanha, os

produtores também reagem retendo a sua castanha na expectativa de

melhor oportunidade para a sua colocação no mercado.

Sendo o caju uma cultura eminentemente de mercado, a decisão sobre

quanto comercializar, a quem (formal, informal) e de que forma

(castanha bruta ou amêndoa), depende sobretudo do preço oferecido aos

produtores pelos compradores (Industriais, exportadores e comerciantes.

Segundo o Plano Director do Caju –II, “O poder negocial dos produtores

de castanha é fraco, por isso estes perdem o valor, a favor de todos

aqueles à direita da cadeia de valor, os casos dos grandes, pequenos

emédios comerciantes/exportadores e processadores”.

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Fundamentação

Considerando que as feiras têm um grande potencial para estimular o

comércio local, com a realização deste evento pretende-se incrementar os

níveis de comercialização, melhorar a capacidade de negociação dos

preços, trocar experiências, difundir as boas práticas de maneio e pós

colheita, agregar valor ao produto, visando a melhoria da renda das

famílias rurais.

2.Objectivo � Dinamizar a comercialização criando um intercâmbio directo entre

os produtores e compradores (comerciantes/industriais &

exportadores), assegurar a venda de castanha de qualidade e

melhoria do preço em benefício do produtor.

3.Resultados

Esperados

Incrementados os níveis de comercialização de castanha, amêndoa,

falso fruto e seus derivados;

Divulgada a dinâmica dos preços da castanha no mercado;

Promovidas e divulgadas técnicas sobre os Procedimentos pós-

colheita e o pacote de assistência técnica aos processadores e

vendedores informais;

Elaborada uma base de dados dos vendedores informais;

Estabelecida a ligação entre fornecedores de equipamento de

embalagens e de processamento aos produtores, e vendedores

informais;

Fortalecidos os laços de cooperação e solidariedade entre os

produtores singulares ou em grupos organizados;

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3.Resultados

Esperados

Descoberta de novos mercados;

Assegurada a troca de experiência entre os produtores,

comerciantes formais e informais;

Iniciados acordos de cooperação e aliança entre os intervenientes

da cadeia de valor da castanha de caju;

Avaliada a procura de produtos;

Apresentadas inovações tecnológicas em toda cadeia do caju;

Divulgados critérios usados para verificar a qualidade da castanha

de caju através do teste de Out-turn;

Melhorado o sistema de monitoria da comercialização da castanha

4.Locais e períodos

de realização

A definição do local para a realização da feira far-se-á em coordenação

com as autoridades administrativas locais. O local deve ser de fácil

acesso, com condições para a circulação de veículos. Deve contemplar

infra-estruturas adequadas para o armazenamento da castanha, venda de

alimentos. Ainda em coordenação com as autoridades locais deve-se

garantir a limpeza do recinto, a segurança, incluindo serviços de

Primeiros Socorros considerando a afluência dos participantes ao evento.

Para o ano 2013 prevê-se a realização de 1 (uma) feira por província,

priorizando os distritos com maior potencial de produção. Nos anos

subsequentes haverá réplicas de forma a abranger outros distritos e postos

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4.Locais e períodos

de realização

administrativos.

A feira terá a duração máxima de 1 semana, devendo coincidir com

período considerado pico da comercialização da castanha, conforme o

calendário seguinte:

Cabo Delgado: Distrito de Nangade- II quinzena de Novembro de 2013;

Nampula:Distrito de Mogovolas-I quinzena de Dezembro de 2013;

Zambézia: Distrito de Pebane- II quinzena de Dezembro de 2013;

Sofala:Distrito de Chibabava- II quinzena de Janeiro de 2014;

Manica:Distrito de Machaze- I quinzena de Janeiro de 2014;

Inhambane:Distrito de Mabote-II quinzena de Janeiro de 2014;

Gaza: Distrito de Chibuto - II quinzena de Janeiro de 2014;

Maputo:Distrito de Marracuene - I quinzena de Fevereiro.

6.Participantes Participam da feira do Caju, produtores do caju, comerciantes, industriais,

exportadores, empresas vendedoras de equipamento de embalagem de

processamento de castanha e amêndoa, investigadores, extensionistas,

parceiros de cooperação e visitantes.

7.Produtos e

materiais a serem

vendidos/expostos

Castanha de Caju;

Amêndoa processada;

Aguardente, sumos, jam, passas, bolos, biscoitos, tartes;

Equipamento de Embalagem e processamento de castanha de

caju;

Sacos de Juta;

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Mudas de cajueiro e outras fruteiras;

Posters, brochuras, panfletos;

Material usado para a Produção de Mudas (vasos plásticos,

canivetes e fitas de enxertia, tesouras de poda) e para o Maneio

Integrado do Caju (Atomizador, Material de Protecção e

pesticidas).

8.Divulgação de

Spots publicitários

na Rádio e

Televisão (nos

meios de

comunicação

social)

Para assegurar a afluência dos expositores e visitantes à feira serão usados

os seguintes meios de divulgação: spots publicitários nos meios de

comunicação social.

9.Comissões de

Trabalho

Para assegurar a implementação com sucesso das feiras serão constituídas

comissões de trabalho por província e ao nível central irão interagir com

as autoridades locais, os produtores, industriais, comerciantes, sector

privado, agências bancárias, parceiros de cooperação, ONG’s.

10.Critérios para

Admissão na Feira

A participação na feira será permitida a pessoas singulares e colectivas

que satisfaçam os seguintes requisitos:

a) Ser produtor individual ou associado de castanha de caju;

b) Ser comerciante que possua na sua licença ou no seu alvará a classe

que lhe confere o direito de comercializar a castanha de caju;

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10.Critérios para

Admissão na Feira

c) Ser industrial devidamente licenciado nos termos da lei;

d) Não sendo produtor, comerciante e/ou industrial, solicite e obtenha

a respectiva licença junto das entidades locais que superintendem o

Comércio e faça a respectiva inscrição nos termos da lei.

De notar que os demais intervenientes, como por ex: Vendedores de

Sacos de Juta, representantes das empresas de Equipamento de

Embalagem e processamento, Estilistas, podem tomar parte do evento.

Para tal, devem informar manifestar o seu interesse em participar no

evento a comissão organizadora.

11.Procedimentos

Pós -colheita a

serem observados

pelo produtor

O produtor/expositor deve acautelar os Procedimentos Pós-colheita antes

da exposição que consistem no seguinte:

1.Limpeza ou retirada de impurezas, feita após a apanha da castanha de

forma a evitar a deterioração da castanha;

2.Secagem:

� A castanha deve ser seca ao sol. Se o local para a secagem da

castanha for a céu aberto, recomenda-se o uso de lonas de plástico

para evitar a humidade ou eventuais chuvas;

� A castanha deve ficar em camadas de 5cm de altura no máximo

para permitir a entrada de luz, a circulação do ar e bem como

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11.Procedimentos

Pós-colheita a

serem observados

pelo produtor

facilitar a uniformidade de desidratação;

� Tempo de secagem deve ser de três dias de sol, devendo a castanha

ser revirada diariamente. A castanha colhida em dias de chuvosos

deve receber mais dias de sol. Mesmo durante a secagem, deve-se

priorizar a selecção e a retirada de folhas secas, pedras, polpas,

galhos, entre outras impurezas;

� Após a secagem da castanha, o produtor deve proceder a separação

da castanha de acordo com a seguinte a classificação: tipo grande,

médio e pequeno (conforme especificado no Regulamento da

comercialização da castanha).

3.Armazenamento

� Depois de limpa e seca, a castanha deve ser ensacada em sacos de

juta (fibra natural), embora possa também ser feito a granel.

Recomenda-se que os sacos de juta estejam secos e sem impurezas.

O uso de sacos de plástico deve ser evitado, devido ao acúmulo de

humidade que provoca o aparecimento de mofo (fungos).

� Os sacos devem ser colocados em local fresco e ventilado, sobre

estrados de madeira que os mantenham afastados do chão a uma

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11.Procedimentos

Pós-colheita a

serem observados

pelo produtor

altura que varia entre 5 a 10 cm, e as pilhas não devem ficar

encostadas `as paredes.

� Os armazéns devem ter telas de protecção nas janelas contra a

entrada de insectos, roedores. Também devem ter aberturas para a

ventilação.

� O tempo máximo de armazenamento recomendado é de 6 meses.

Resultados de pesquisas mostram que o teor de amêndoas

deterioradas pode atingir até 50% quando o armazenamento

ultrapassa o período de 1 ano.

12.Níveis de comercialização de castanha de caju:

Consta do Regulamento da Comercialização da castanha de caju os seguintes níveis: 1.Nível primário, abrange a compra de castanha de caju ao produtor;

2.Nível secundário abrange as trocas entre os comerciantes e os industriais de processamento e exportadores.

13.Classificação da

Castanha de caju

De acordo com o Regulamento da Comercialização da castanha, esta

classifica-se:

a) Castanha Tipo Grande, a que possui um número de unidades

inferior a 168 por quilograma;

b) Castanha Tipo Médio ou Padrão, a que possui um número de

unidades que se situa entre 168 (inclusive) e 200 unidades por

quilograma;

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13.Classificação da

Castanha de caju

c) Castanha Tipo Pequeno, a que possui um número de unidades

superior a 200 castanhas por quilograma.

Os tipos de castanha serão identificados, com base no mostruário que

será distribuído aos produtores e comerciantes pelos serviços de

extensão, a quem compete, também, a divulgação do sistema de

classificação a nível primário.

14.Etapas para

medir a qualidade

da castanha de

Caju

(Out -Turn)

Para a determinação do Out-turn, seguem-se as seguintes etapas:

1. Grau de imperfeição- Percentagem de castanha imatura, picada,

raquítica, chocha, amanteigada da amostra.

2.Granulação -Número de castanhas existente num quilograma.

3.Grau de Impurezas-Separação, pesagem e determinação da

percentagem de matérias estranhas em relação a amostra;

4.Grau de Humidade- Teor de humidade da castanha. É aconselhável

manter o nível de humidade inferior a 10% após a secagem, pois acima

dos 10%, a castanha é exposta ao mofo. A castanha muito seca torna-se

muito frágil durante o processamento.

O nível de humidade recomendável deve estar entre 7% a 10%.

5.Out turn - representa a quantidade em libras peso (Lbs) de boa

amêndoa obtido num saco de 80 Kg de castanha após o descasque.

1 kg=2.2 Lbs

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15. Material usado

para o cálculo do Out turn

a) Balança electrónica de precisão;

b) Sonda para colecta da castanha nos sacos;

c) Pinça para abertura da castanha;

d) Faca ou agulha para separar a amêndoa da casca;

e) Baldes para colocar a castanha e amêndoa durante a análise;

f) Bacias plásticas para colocar as amostras de 1kg antes da análise;

g) Luvas para proteger as mãos.

16.Armazenamento

no local da Feira

No local da feira deve-se assegurar os espaços para o armazenamento da

castanha, respeitando os procedimentos pós- colheita descritos no ponto

nr 11, e assegurar o seguinte:

Limpar os resíduos de colheita anteriores;

Impedir a entrada de pássaros e roedores;

Eliminar a cama de animais, ninhos de pássaros e roedores;

Evitar misturar colheitas novas com as anteriores.

17.Preços 1.Os preços de comercialização da castanha a praticar pelos interessados

serão estabelecidos em função da qualidade da castanha e por mútuo

acordo entre as partes.

2.No estabelecimento dos preços, as partes tomarão como padrão de

referência o preço da castanha do Tipo Médio ou Padrão.

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Em coordenação com o SIMA (Direcção de Economia) deve-se assegurar

a recolha, processamento e divulgação dos preços durante e após o

encerramento das feiras.

18.Identificação de

patrocinadores

Os potenciais patrocinadores são todas empresas ou organizações com

interesse em apoiar o Subsector do Caju. Também podem ser agências

bancárias, empresa de telefonia móvel pois o evento irá proporcionar a

divulgação de serviços, ampliar a carteira de clientes e reforçar a imagem

da empresa.

20.Orçamento Estima-se que custo global das feiras do caju para o ano 2013/2014 está

orçado em 2.515.550,00MT.

Maputo, Agosto de 2013

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14 | P a g e

TORNAR O SECTOR DO CAJU COMPETITIVO,

SUSTENTÁVEL E GERADOR DE RIQUEZA PARA O PAÍS

Rua da Resistência nº 1746,4º Andar, Maputo, Moçambique

TEL: +258 21 416 896/21 417 723 CELL: 82 306 9660/82 306 9320

FAX:+258 21 418 552; E-mail:[email protected]

WEB page:www.incaju.gov.mz

Maputo, Agosto de 2013