in-mind_português, 2010, vol.1, nº.2-3, rosa e morais, agrido, logo existo

Upload: in-mindpt

Post on 03-Apr-2018

213 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    1/8

    Agrido, logo existo: Para alm

    do carcter no-adaptativo da

    agresso

    Pedro Rosa1 e Diogo Morais2

    Vri os do mnioscientficos tm-se debruado

    sobre a problemtica da

    agresso. A Sociologia, a

    Biologia, a Antropologia, a

    Psiquiatria e a Psicologia tmabordado este tema sobre

    diferentes perspectivas e hipotetizado acerca das origens

    da agresso com base em factores demogrficos e cultu-

    rais, princpios evolutivos, alteraes metablicas ou pro-

    cessos cognitivos (Tedeschi & Felson, 1994). De facto, o

    comportamento agressivo considerado actualmente uma

    problemtica, no s pessoal, mas tambm social.

    Uma pesquisa no ciberespao por aggression,atravs do motor de busca generalista Google, resulta

    em cerca de 14.000.000 resultados em apenas 0,21 se-gundos. Se for adicionado mais um operador de pesquisa

    (e.g., aggression + violence), os resultados passam para

    4.100.000, ou seja, para um rcio superior a 1/3 de arti-

    gos que conjugam agresso com violncia. Estas informa-

    es mostram que agresso pode estar associada a reali-

    dades to dspares como a violncia familiar, homicdios

    ou at mesmo conflitos armados (Kristensen, Lima, Ferlin,

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo39

    1 Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias (ULHT) & Instituto Universitrio de Lisboa (ISCTE-IUL).

    2

    Universidade Lusfona de Humanidades e Tecnologias (ULHT).

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    2/8

    Flores & Hackmann, 2003). No entanto, nem toda a agres-

    so violncia, embora os media contribuam para esta

    confuso de termos, promovendo o sndrome do mundo

    mau (Signorielli, citado em Monteiro, 1999), fortalecendo

    uma perspectiva da agresso de natureza destrutiva, in-

    trnseca a um homem pouco sapiens.

    Neste artigo procuramos demonstrar o possvelcarcter adaptativo da agresso, apesar de diversas teori-

    as psicossociolgicas defenderem uma perspectiva opos-ta. Para alm disso, abordada a trade agresso, agres-

    sividade e violncia, conceitos comummente confundidos,

    contribuindo desta forma para uma viso mais clara sobre

    esta questo.

    A agresso enquanto conceito: Separar o trigo do

    joio

    Uma realidade pode ser observada de diferentesperspectivas. A agresso pode ser explicada atravs de

    factores biopsicossociais e prximos ao indivduo - relati-

    vos ao como (Mayr, 1998) - ou a factores histrico-evolu-

    tivos que procuram justificar o porqu do indivduo se

    comportar dessa maneira e no de outra (Alcock, 1998).

    importante, face multiplicidade de perspecti-vas sobre a agresso, diferenciar conceitos a ela associa-

    dos, como o caso da agressividade e violncia, que so

    vulgar e erradamente assumidas como semelhantes ou

    como significando o mesmo.

    A agresso todo o comportamento que visaprejudicar outrem, o qual, por sua vez, evita ser magoado

    (Geen, 1998). Sob esta ptica, a agresso um compor-

    tamento individual num contexto interpessoal, caracteriza-

    da pelo acto de fazer mal por parte de um indivduo, e

    uma vtima que ser o objecto desta aco. Assim, numa

    perspectiva meramente biolgica, podemos encarar a

    agresso como uma dimenso adaptativa do comporta-

    mento, ainda que isto no seja verdade para todos os

    contextos.

    Quanto agressividade, refere-se tendnciapara ser hostil contra terceiros, sem que haja necessaria-

    mente a consumao do acto. (e.g., mostrar o punho cer-

    rado a algum). O indivduo considerado mais agressivo

    quando agride com maior frequncia e/ou intensidade que

    outro, em circunstncias passveis de comparao (Mi-

    chaelis, 1981). A agressividade pode ter uma componentefsica e/ou verbal, e pode envolver raiva, hostilidade, res-

    sentimento e suspeita (Harris, 1995). A agressividade

    constitui uma motivao primria ao servio da sobrevi-

    vncia do indivduo, enquanto a agresso constitui todo o

    comportamento que visa molestar outrem (Teixeira, 2004).

    Nesta perspectiva, seria a agressividade a constituir a ma-

    nifestao de um instinto adaptativo, ao invs que a con-

    sumao (agresso) poderia ser eminentemente desadap-

    tativa por colocar o sujeito em confronto com o outro.

    J a violncia, difere da agresso e da agressivi-dade, exprimindo o acto daquele que actua com fora ou

    de modo impetuoso, que oprime ou tiraniza, representan-

    do qualquer fora contra a vontade, liberdade ou resistn-

    cia de pessoa ou coisa. Para Costa (1992), a violncia

    oriunda da agressividade, com uma inclinao instintiva do

    indivduo para matar ou fazer sofrer os seus semelhantes.

    comum confundir-se agressividade com violncia. No

    entanto, esta ltima difere da primeira por ser um produto

    social, reflexo histrico das relaes humanas e de confli-

    tos (S, 1999).

    Para Niehoff (1999), a diviso entre agresso eviolncia clara;a primeira um comportamento adapta-

    tivo em que uma fora fsica ou verbal usada, como um

    produto reactivo ameaa. A violncia pode ser igualmen-

    te adaptativa, contudo consiste numa agresso direccio-

    nada ao alvo, desencontrada no tempo e desmedida na

    sua intensidade. Com ironia, Anderson e Bushman (2002)

    caracterizam a violncia como uma forma de agresso,

    com o objectivo especfico de provocar dano extremo e

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo40

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    3/8

    que ocorre numa espcie bem particular: os seres huma-

    nos.

    A etologia, na procura de uma terminologia maisexacta, apoiou-se na observao animal, distinguindo dois

    tipos de comportamentos agressivos: o predatrio e ago-

    nstico. O primeiro caracterizado por ataques entre ani-

    mais de diferentes espcies (inter-especfico), em que a

    presa a fonte de alimento para outro, enquanto o com-

    portamento agonstico relativo s situaes de lutas eameaas entre indivduos da mesma espcie (intra-espec-

    fico) (Lorenz, 1966). possvel distinguir portanto uma

    agresso inter-especfica, em que animais de espcies

    diferentes se encontram em situaes predador-presa e

    uma agresso intra-especfica, onde membros da mesma

    espcie se agridem e competem por recursos, como por

    exemplo, oportunidade de acasalamento, comida, gua ou

    possesso de territrio (Smith, 2007). A agresso intra-es-

    pecfica engloba aquilo se designa pecking order1 (Moo-

    re, 1993). Estes conflitos de dominncia que no so apa-

    rentemente provocados, so importantes no sentido de

    evitar futuros confrontos, diminuindo a probabilidade de

    lutas danosas e formando deste modo uma hierarquia de

    dominncia (Smith, 2007). A agresso, dentro da ptica

    das cincias sociais e humanas, foi distinguida entre pre-

    meditada e impulsiva no incio do sculo XVIII, sofrendo

    uma actualizao correctiva, sendo agora designadas de

    uma forma consensual, de instrumental e reactiva ou afec-

    tiva (Anderson & Bushman, 2002). Esta diferenciao ser

    abordada na seco seguinte.

    Diferentes prismas sobre o mesmo objecto: Contri-

    butos tericos

    A agresso tem sido analisada sob vrios ngu-los, o que tem permitido um entendimento complementar

    deste fenmeno. As perspectivas aqui apresentadas se-

    guem uma ordem cronolgica. As grandes contribuies

    devem-se originalmente a Darwin e a Freud (Kristensen et

    al., 2003).

    Na perspectiva biolgico-evolutiva, Darwin assu-me que o mundo biolgico evolui de espcies ancestrais e

    que dentro da mesma espcie existem variaes trans-

    missveis (Gleitman, 1999). O processo de seleco natural

    no sinnimo de continuidade, mas sim de um aumento

    da probabilidade de sobrevivncia e reproduo. A noo

    de agresso luz da lente darwiniana vista como um

    impulso no processo de seleco natural.

    Na abordagem psicanaltica (Freud, 1989), osconceitos de eros 2 (pulses de vida) e thanatos 3 (pulsesde morte) integram-se perfeitamente na perspectiva evolu-

    tiva, na medida em que a pulso de morte, embora direc-

    cionada para o interior do indivduo, manifesta-se sob a

    forma de pulso de agresso quando dirigida para o mun-

    do exterior (Laplanche & Pontalis, 1990). Esta energia

    descarregada para um objecto externo, libertando o indiv-

    duo simultaneamente de uma fora auto-destrutiva. Lo-

    renz (1966), partilhava este ponto de vista, referindo as

    actividades sociais como um meio condutor da pulso de

    morte.

    A partir destas perspectivas sobre a agresso,vrias abordagens foram desenvolvidas, contribuindo cada

    uma sua maneira para a sua compreenso, tal como

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo41

    1 Ver Glossrio para definio de pecking order.

    2 Ver Glossrio para definio de Eros.

    3

    Ver Glossrio para definio de Thanatos.

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    4/8

    comportamentalismo, onde a agresso um reflexo da

    frustrao (teoria da frustrao-agresso), ocorrendo

    quando o comportamento dirigido a um objectivo blo-

    queado, produzindo energia agressiva (Miller, Sears,

    Mowrer, Doob & Dollard, 1941). A manifestao do acto

    agressivo vai depender da posio hierrquica ocupada

    pelo indivduo e pela incitao agresso. A intensidade

    da resposta agressiva depende de diversas variveis: a

    fora com que se tenta chegar a um objectivo, o valor

    atribudo a este e o grau de interferncia.

    Sob uma perspectiva sociolgica, Bandura(1973), atravs da Teoria de Aprendizagem Social, consi-

    dera que a agresso semelhante a outros tipos de com-

    portamento social, visto ser assimilada por aprendizagem

    directa ou observao. Face a uma situao identificada, o

    indivduo pondera os potenciais benefcios e os custos

    caso a agressividade ganhe corpo. Caso os benefcios

    sejam maiores, optar pela agresso, a fim de atingir os

    seus objectivos. Contrariamente a Darwin, Bandura no

    admite a existncia de um impulso inato de agresso pe-

    rante um potencial estmulo aversivo (Tedeschi & Felson,

    1994). Existem claras assimetrias nestas abordagens,

    onde comportamentalismo e a teoria da aprendizagem

    social respondem a questes proximais orientadas para

    uma ontognese, enquanto a etologia e psicanlise se

    debruam sobre a natureza do comportamento.

    Existem outros modelos mais recentes e integra-tivos que procuram explicar a agresso, tal como o mode-

    lo geral de agresso (Anderson & Bushman, 2002), queassenta no conceito de estruturas de conhecimento para a

    percepo, interpretao, tomada de deciso e aco.

    Estas estruturas so de trs subtipos (esquemas percepti-

    vos, esquemas pessoais e scripts comportamentais1) que

    se vo desenvolvendo de acordo com a experincia de

    cada indivduo.

    Um outro modelo bastante referenciado o doInteraccionismo Social (Tedeschi & Felson, 1994), onde a

    questo da agresso definida no contexto da tomada de

    deciso, existindo uma associao aco eleita. Neste

    modelo o indivduo-actor procura alternativas para atingir

    vrios objectivos: a) controlar comportamento de outros,

    b) restaurar justia e c) assegurar e proteger identidades

    (p. 348).

    Na tentativa de melhorar a teoria da frustrao-agresso, Miller, Sears, Mowrer, Doob e Dollard (1941)

    promovem um modelo cognitivo neo-associacionista,

    onde as experincias desagradveis so geradoras de um

    afecto negativo funcionando como triggers de comporta-

    mentos de luta ou fuga. Estas experincias aversivas fun-

    cionam como ndulos que interligam as componentes

    emocionais, cognitivas, fisiolgicas e motoras (Berkowitz,

    1998). Nesta concepo terica, a frustrao no leva

    forosamente expresso do comportamento agressivo,

    visto que nem sempre a frustrao apresenta um carcter

    aversivo, dependendo da forma como o indivduo avalia a

    situao. O indivduo poder refugiar-se em dois sistemas

    de comportamento agressivo: a agresso reactiva/afectiva

    e agresso instrumental. O primeiro sistema diz respeito

    reaco agressiva desencadeada por estmulos aversivos,

    consistindo basicamente na disposio inata para atacar

    impulsivamente a fonte do estmulo aversivo; a agresso

    instrumental mais do que uma reaco. , acima de

    tudo, um comportamento apreendido com o objectivo de

    obter recompensas e evitar a todo o custo punies. De

    acordo com Tedeschi e Felson (1994), o sistema de agres-so reactiva aquele que mais contribui para a compreen-

    so da agresso humana, e essa perspectiva que pauta

    a presente reflexo.

    Contudo, e mesmo com esta panplia de mode-los uma questo se mantm: onde se pode ir buscar evi-

    dncias sobre a natureza adaptativa da agresso humana

    intra-especfica?

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo42

    1

    Ver Glossrio para definio de scripts comportamentais.

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    5/8

    A agresso no-adaptativa... Ou ento no.

    No reino animal no-humano, a agresso inter-especfica acontece geralmente em situaes de preda-

    o, onde so dirigidos ataques a membros de outras

    espcies com o propsito de obter alimento. Quando o

    predador ataca a sua presa, no por dio, mas sim por

    uma necessidade bsica: a fome. J na agresso intra-es-

    pecfica, as lutas acontecem com membros da prpria

    espcie em contextos de escassez de recursos, podendoestes ser alimento, gua ou parceiros sexuais (Lorenz,

    1966). Esse tipo de agresso pode ser a soluo de diver-

    sos problemas, sendo til no s na questo da competi-

    o pelos recursos, mas tambm na proteco da famlia,

    adquirindo assim um carcter funcional (Pellegrini, 2007).

    A agresso intra-especfica, faz igualmente partedo reportrio comportamental da espcie humana. No

    entanto, frequentemente referenciada como indesejada,

    como uma tendncia anti-social e desviante (Crick & Dod-

    ge, 1996). Frequentemente, os livros de psicologia do

    desenvolvimento associam a agresso falta de compe-

    tncias para resoluo de problemas interpessoais (Hethe-

    rington & Parker, 1993), a dfices e distores scio-cog-

    nitivos (Berk, 2000), ou at mesmo a objectivos inapropri-

    ados e hostis face situao (Siegler, DeLoache, &

    Eisenberg, 2006).

    De facto com tanta adjectivao negativa, o difcilera mesmo dissociar agresso de no-adaptao. Um

    contributo importante para esta caracterizao foi o ostra-cismo dado pela sociologia natureza competitiva da

    agresso e ter confundido indesejabilidade social com

    incompetncia social (Smith, 2007).

    Nos humanos, bem como nos animais-no-hu-manos a agresso intra-especfica reactiva utilizada com

    o objectivo primrio de eliminar qualquer tipo de perigo ou

    ameaa. Numa reaco desesperada de se manter vivo, o

    homem agride impulsivamente a fonte do estmulo aversi-

    vo (Tedeschi & Felson, 1994). Ainda que pouco frequente

    na espcie humana, este tipo de agresso possvel de

    ser encontrado em contextos actuais onde os recursos

    so escassos (i.e. alimento, gua). Desta forma simplista,

    parece que o homem agride, logo existe, com uma passa-

    gem de genes, e potencia a imortalidade do seu ser. No

    fundo, uma partilha do seu conhecimento evolutivo, hist-

    rico, biolgico e psicolgico.

    O carcter adaptativo da agresso emergequando o Homo sapiens sapiens, de forma semelhante aoanimal-no humano, protege-se defensiva e agressiva-

    mente quando um adversrio coloca em risco a sua so-

    brevivncia. Este comportamento dentro do processo evo-

    lutivo poder ter sido mantido, visto ser benfico para a

    sobrevivncia biolgica. Numa perspectiva neo-darwinia-

    na, o mais apto aquele que rene caractersticas que

    aumentem o sucesso reprodutivo, isto , a perpetuao

    dos respectivos genes. Perry (1997) partilha deste ponto

    de vista, com um olhar evo-histrico-adaptativo, referindo

    o papel do alto potencial do sistema nervoso humano, que

    permitiu uma transmisso transgeracional de informaes.

    A literatura agora revista parecer sugerir umacomponente adaptativa da agresso (e.g Anderson &

    Bushman, 2002; Archer 1988; Bandura, 1973; Lorenz,

    1966; Pellegrini, 2007). As abordagens evolutivas, histri-

    cas e correntes so congruentes com a noo de que os

    humanos, tal com os animais no-humanos, usam o re-

    curso da agresso para resolver conflitos de interesses

    (Vaughn & Santos, 2007), ainda que o conjunto de vivn-

    cias societais reduzam o impacto da agresso como me-canismo adaptativo.

    importante esclarecer que a agresso pode seruma adaptao a contextos sociais competitivos a um

    nvel intra-especfico, nomeadamente quando os recursos

    no so abundantes (Vaughn & Santos, 2007). A agresso

    pode ter uma funo instrumental, ou seja, pode levar

    resoluo de conflitos, permitindo a reconciliao dos indi-

    vduos (Tedeschi & Felson, 1994; Waal, 2004). Alis, sob a

    perspectiva relacional, a agresso pode promover a equil-

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo43

  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    6/8

    brio nos elementos de um grupo, levando,a posteriori, a

    formas mais saudveis de agregao e uma sociabilidade

    positiva (Vaughn & Santos, 2007). Os comportamentos

    agressivos so at essenciais comunicao, funcionan-

    do como meta-sinais sociais, numa ritualizao do gesto

    agressivo (Vieira, 1983). Podem existir portanto motivos

    que no s os anti-sociais, que estejam por trs do acto

    agressivo. No entanto, de referir que podem existir estra-

    tgias adaptativas diferenciadas, dentro da mesma esp-

    cie, dependendo do estatuto que o indivduo possui dentroda sociedade em que est inserido (Metz, 1979).

    Este artigo no tem o objectivo de ser um docu-mento pr-agresso e deve ser lido com neutralidade. A

    agresso pode ser vista como adaptativa, mas s se hou-

    ver uma adequao na sua durao, intensidade, finalida-

    de e contexto, devendo o homem com dupla sapincia s

    us-la em ltimo recurso.

    Glossrio

    Eros (Freud): instinto direccionado para sobrevivncia

    (pulso sexual ou fora criadora de vida) representado pela

    vida, criatividade, crescimento e aumento da tenso.

    Thanatos (Freud): instinto bsico a par do Eros. No en-

    tanto, tem o objectivo de eliminar toda a fonte de tenso

    (dissoluo, negao e morte), representando o movimen-to em direco homeostase.

    Pecking order: a dominncia e controlo dentro de uma

    determinada estrutura social, adquiridos com base na

    agresso.

    Scripts comportamentais: conjunto de comportamentos

    que so expectveis perante um determinado contexto ou

    situao. Estes comportamentos automticos so geral-

    mente adquiridos atravs da prtica e hbitos.

    Referncias

    Alcock, J. (1998). Animal behavior: An evolutionary ap-

    proach (6th ed.). Sunderland, Massachusetts:

    Sinauer.

    Anderson, C. A., & Bushman, B. J. (2002). Human aggres-

    sion.Annual Review of Psychology, 53, 27-51.

    Archer, J. (1988). The behavioral biology of aggression.

    Cambridge, UK: Cambridge University Press.

    Bandura, A. (1973). Aggression: A social learning analysis.

    Engle- wood Cliffs, NJ: Prentice Hall.

    Berk, L. (2000). Child development (5th ed.). Boston, MA:

    Allyn and Bacon.

    Berkowitz, L. (1998). Affective aggression: The role of

    stress, pain, and negative affect. In R. G. Geen &E. Donnerstein (Eds.), Human aggression: Theo-

    ries, research, and implications for social policy

    (pp. 49-72). San Diego, CA: Academic Press.

    Bower, B. (1988). Murder in good company. Science

    News, 133, 90-91.

    Bracinha, A. V. (1983). Etologia e cincias humanas. Lis-

    boa: INCM.

    Buss, D. M. (1991). Evolutionary personality psychology.AnnualReview of Psychology, 42, 459-491.

    Chagnon, N. A. (1988). Life histories, blood revenge, and

    warfare in a tribal population, Science, 239, 985-

    992.

    Costa, J. (2003). Violncia e psicanlise. Rio de Janeiro:

    Edies Graal.

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo44

    http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=Zoo5AAAAIAAJ&oi=fnd&pg=PR9&ots=RA99TfAdmQ&sig=Isb4Bye_I4xwJCo-vsoZoY5j3eo%23v=onepage&q&f=falsehttp://www-personal.umich.edu/%257Ebbushman/02AB.pdfhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.htmlhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.htmlhttp://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/sci;239/4843/985http://www.sciencemag.org/cgi/content/abstract/sci;239/4843/985http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://content17.wuala.com/contents/alankodzasov/_Evolutionary_psychology/David%2520M.%2520Buss%2520-%2520Evolutionary%2520Personality%2520Psychology%25201991.pdf?token=1274996123758http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcUDP&sig=d1WUcKyo3Gean04_IjhtBEiV4iM%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=Zoo5AAAAIAAJ&oi=fnd&pg=PR9&ots=RA99TfAdmQ&sig=Isb4Bye_I4xwJCo-vsoZoY5j3eo%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=Zoo5AAAAIAAJ&oi=fnd&pg=PR9&ots=RA99TfAdmQ&sig=Isb4Bye_I4xwJCo-vsoZoY5j3eo%23v=onepage&q&f=falsehttp://www-personal.umich.edu/%257Ebbushman/02AB.pdfhttp://www-personal.umich.edu/%257Ebbushman/02AB.pdfhttp://www-personal.umich.edu/%257Ebbushman/02AB.pdfhttp://www-personal.umich.edu/%257Ebbushman/02AB.pdfhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.htmlhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.htmlhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.htmlhttp://www.lavoisier.fr/notice/fr281674.html
  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    7/8

    Crick, N., & Dodge, K. (1994). A review and reformulation

    of social information-processing mechanisms in

    childrens social adjustment. Psychological Bulletin,

    115, 74-101.

    Freud, S. (1989). O mal-estar na civilizao. In J. Strachey

    (Ed.), Edio standard brasileira das obras psi-

    colgicas completas de Sigmund Freud (Vol. 21,

    pp. 75-171). Rio de Janeiro: Imago.

    Geen, R. G. (1998). Processes and personal variables in

    affective aggression. In R. G. Geen & E. Donner-

    stein (Eds.), Human aggression: Theories, re-

    search, and implications for social policy (pp. 1-

    21). San Diego, CA: Academic Press.

    Gleitman, H. (1999). Psicologia (4th ed.). Lisboa: Fundao

    Calouste Gulbenkian.

    Harris, J. A. (1995). Confirmatory factor analysis of the

    Aggression Questionnaire. Behavior Research andTherapy, 33, 8, 991-993.

    Hetherington, E. M., & Parke, R. D. (1993). Childpsychol-

    ogy: A contemporary viewpoint (4th ed.). New

    York: McGraw-Hill.

    Kristensen, C. H., Lima, J. S., Ferlin, M., Flores, R. Z., &

    Hackmann, P. H. (2003). Factores etiolgicos da

    agresso fsica: Uma reviso terica. Estudos de

    Psicologia, 8, 175-184.

    Laplanche, J., & Pontalis, J. B. (1990). Vocabulrio de psi-

    canlise (7th ed.). So Paulo: Martins Fontes.

    Lorenz, K. (1966). On aggression. New York: Hartcourt,

    Brace & World.

    Mayr, E. (1998). O desenvolvimento do pensamento

    bio lgico: Divers idade, evoluo e herana.

    Braslia, DF: Editora UnB.

    Metz, W. M. (1979). Human evolution: An alternate model

    of hominid social development. Lambda Alpha

    Journal of Man, 11, 78-98.

    Michaelis, W. (1981). O impulso de agresso na polmica

    entre a zoologia e a psicologia. Psicologia, 11, 53-

    57.

    Miller, N., Sears, R., Mowrer, O., Doob, L., & Dollard, J.

    (1941). The frustration-aggression hypothesis.Psychological Review, 48, 337-342.

    Monteiro, M. B. (1999). Meios de comunicao social

    (MCS) e construo da realidade social: Crescer

    com a violncia televisiva. In J. Gomes Pedro (Ed.),

    Stress e violncia na criana e no jovem (pp. 153-

    174). Lisboa: Faculdade de Medicina.

    Moore, A. (1993). Towards an evolutionary view of social

    dominance.Animal Behavior, 46, 594-596.

    Niehoff, D. (1999). The biology of violence. New York: The

    Free Press.

    Pelligrini, A. D. (2007). Is agression adaptative? Yes: Some

    kinds are and in some ways. In P. H. Hawley, T. D.

    Little, & P. C. Rodkin (Eds.),Aggression and adap-

    tation: The Bright side to bad behavior (pp. 85-

    105). Mahwah, NJ: Lawrence Erlbaum.

    Perry, B. D. (1997). Incubated in terror: Neurodevelopmen-

    tal factors in the cycle of violence. In J. Osofsky(Ed.), Children in a violent society (pp. 124-149).

    New York, NY: Guilford Press.

    S, A. A. (1999). Algumas questes polmicas relativas

    psicologia da violncia. Psicologia: Teoria e Prtica,

    1, 53-63.

    Siegler, R., DeLoache, J., & Eisenberg, N. (2006). How

    Children Develop (2nd ed.). New York: Worth.

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo45

    http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=rIVK7wuY3kIC&oi=fnd&pg=PR7&dq=Lorenz,+K.+(1966).+On+aggression&ots=bS8dL-pIp1&sig=gzgGsRMT6m8bu37yG0xdEVUKaTU%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/ptp/article/viewFile/1151/859http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=6hxNhVZkSIUC&oi=fnd&pg=PA124&ots=nznjQo3CpC&sig=KgK0qu0eNgDkWEtIOA2r-0y85wA%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=4881217http://psycnet.apa.org/journals/rev/48/4/337/http://psycnet.apa.org/journals/rev/48/4/337/http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/ptp/article/viewFile/1151/859http://www3.mackenzie.com.br/editora/index.php/ptp/article/viewFile/1151/859http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=6hxNhVZkSIUC&oi=fnd&pg=PA124&ots=nznjQo3CpC&sig=KgK0qu0eNgDkWEtIOA2r-0y85wA%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=6hxNhVZkSIUC&oi=fnd&pg=PA124&ots=nznjQo3CpC&sig=KgK0qu0eNgDkWEtIOA2r-0y85wA%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA85&ots=n8xTtoABOg&sig=IoV2YD3lbLD4IBWUE-oxbY-ksds%23v=onepage&q&f=falsehttp://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=4881217http://cat.inist.fr/?aModele=afficheN&cpsidt=4881217http://psycnet.apa.org/journals/rev/48/4/337/http://psycnet.apa.org/journals/rev/48/4/337/http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://soar.wichita.edu:8080/dspace/handle/10057/1745http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=rIVK7wuY3kIC&oi=fnd&pg=PR7&dq=Lorenz,+K.+(1966).+On+aggression&ots=bS8dL-pIp1&sig=gzgGsRMT6m8bu37yG0xdEVUKaTU%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=rIVK7wuY3kIC&oi=fnd&pg=PR7&dq=Lorenz,+K.+(1966).+On+aggression&ots=bS8dL-pIp1&sig=gzgGsRMT6m8bu37yG0xdEVUKaTU%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-294X2003000100020&lng=en&nrm=isohttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.sciencedirect.com/science?_ob=ArticleURL&_udi=B6V5W-3YKM626-G&_user=4421&_coverDate=11%252F30%252F1995&_rdoc=1&_fmt=high&_orig=search&_sort=d&_docanchor=&view=c&_searchStrId=1350839698&_rerunOrigin=google&_acct=C000059598&_version=1&_urlVersion=0&_userid=4421&md5=949aed18741c4d58fe037561dec71b8ahttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=M47vCHp1mUAC&oi=fnd&pg=PA49&ots=Dt6luUcWBK&sig=jwEkfTanEQ5d5QimeqcFAwOWS6I%23v=onepage&q&f=falsehttp://psycnet.apa.org/index.cfm?fa=buy.optionToBuy&id=1994-20990-001http://psycnet.apa.org/index.cfm?fa=buy.optionToBuy&id=1994-20990-001
  • 7/28/2019 In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N.2-3, Rosa e Morais, Agrido, logo existo

    8/8

    Smith, P. (2007). Why has aggression been thought of as

    maladaptive? In P. H. Hawley, T. D. Little, & P. C.

    Rodkin (Eds.), Aggression and adaptation: The

    bright side to bad behavior (pp. 65-83). Mahwak,

    NJ: Lawrence Erlbaum.

    Tedeschi, J. T., & Felson, R. B. (1994). Violence, aggres-

    sion, and coercive actions. Washington, DC:

    American Psychological Association.

    Teixeira, J. M. (2004). Violncia, altrusmo e solidariedade.

    Sade Mental, 6, 7-12.

    Vaughn, B. E., & Santos, A. J. (2007). An evolutionary/

    ecological account of aggressive behavior and trait

    aggression in human children and adolescents. In

    P. H. Hawley, T. D. Little, & P. C. Rodkin (Eds.),

    Aggression and adaptation: The bright side to bad

    behavior (pp. 31-63). Mahwak, NJ: Lawrence

    Erlbaum.

    Waal, F. B. M. (2004). Evolutionary ethics, aggression, and

    violence: Lessons from primate research. Journal

    of Law, Medicine and Ethics, 32, 18-23.

    Autores

    Pedro Rosa licenciado em

    Psicologia e mestre em Psicolo-

    gia, Aconselhamento e Psicote-

    rapias pela Universidade Lusfo-

    na de Humanidades e Tecnolo-

    gias. docente na Faculdade de

    Psicologia da ULHT e estudantede Doutoramento em Psicologia

    no ISCTEIUL, em Lisboa. Os

    seus interesses na investigao

    variam desde a psicofisiologia da resposta emocional de

    medo, recursos atencionais e processamento cognitivo

    automtico a estmulos aversivos subliminares, at ao tec-

    nostress e realidade virtual. Desenvolve no Laboratrio de

    Psicologia Computacional da ULHT estudos com eye-

    tracking e cenrios 3D para aplicao clnica no tratamen-

    to de perturbaes ansiosas. [email protected]

    Diogo Morais Assistente na

    Faculdade de Psicologia da

    ULHT e estudante de Doutora-

    mento em Cincia Poltica (Psico-

    logia Poltica) na Faculdade de

    Cincias Sociais e Humanas da

    ULHT. Interessa-se por vrias

    reas de estudo da Cognio

    Social (Percepo de aco Pol-

    tica e Polticos, Interaco em

    cenrios mediados por TIs) e os participantes dos seus

    estudos so geralmente jovens adultos. investigador no

    Centro de Estudos de Psicologia Cognitiva e da Aprendi-

    zagem da Faculdade de Psicologia da ULHT, onde tem

    estado a desenvolver projectos com Realidade Virtual sob

    a orientao do Professor Doutor Pedro Gamito.

    E [email protected]

    In-Mind_Portugus, 2010, Vol.1, N. 2-3, 39-46 Rosa e Morais, Agrido, logo existo46

    http://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsemailto:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]:[email protected]://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.emory.edu/LIVING_LINKS/pdf_attachments/dewaal_ethics2004.pdfhttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=PyH_a-jPT1IC&oi=fnd&pg=PA31&dq=Vaughn,+B.+E.,+%2526+Santos,+A.+J.+(2007).+An+evolutionary/ecological+account+of+aggressive+behavior+and+trait+aggression+in+human+children+and+adolescents.+In+P.+H.+Hawley,+T.+D.+Little,+%2526+P.+C.+Rodkin+(Eds.),+Aggression+and+adaptation:+The+bright+side+to+bad&ots=n8xTtoBtU8&sig=3pyq0mzR3YJbvtAQ98DT-lWQk4w%23v=onepage&q&f=falsehttp://74.125.155.132/scholar?q=cache:K5VBTe5YlIkJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=2000http://74.125.155.132/scholar?q=cache:K5VBTe5YlIkJ:scholar.google.com/&hl=pt-PT&as_sdt=2000http://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=W-96YYlu1vAC&oi=fnd&pg=PA65&ots=AAF7LomPy5&sig=94ONa_90R8tPtBl8_9cr_z944Qw%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=W-96YYlu1vAC&oi=fnd&pg=PA65&ots=AAF7LomPy5&sig=94ONa_90R8tPtBl8_9cr_z944Qw%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=W-96YYlu1vAC&oi=fnd&pg=PA65&ots=AAF7LomPy5&sig=94ONa_90R8tPtBl8_9cr_z944Qw%23v=onepage&q&f=falsehttp://www.google.com/books?hl=pt-PT&lr=&id=W-96YYlu1vAC&oi=fnd&pg=PA65&ots=AAF7LomPy5&sig=94ONa_90R8tPtBl8_9cr_z944Qw%23v=onepage&q&f=false