imunofenotipagem por citometria de fluxo

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Imunofenotipagem por citometria de fluxo A Imunofenotipagem por Citometria de fluxo é uma técnica que permite identificar e avaliar os antígenos celulares (proteínas da membrana celular e intracelulares envolvidas na comunicação, adesão ou metabolismo celular) através da utilização de anticorpos monoclonais. Os citômetros de fluxo são capazes de identificar 4 ou mais antígenos diferentes simultaneamente e gerar informações detalhadas sobre o tamanho, complexidade e imunofenótipo das células analisadas. Assim, a Imunofenotipagem por Citometria de Fluxo é utilizada para os mais variados fins, sendo mais comum o diagnóstico das Doenças Onco- hematológicas, avaliação de recuperação imunológica, quantificação de células-tronco CD34 positivas e de células-tronco mesenquimais, além de doenças hereditárias de plaquetas, doenças reumatológicas e imunológicas, etc. A citometria de fluxo é uma boa ferramenta na investigação de Doença Residual Mínima em pacientes com Leucemia ou Linfoma, pois mais de 500.000 células são analisadas a cada combinação de anticorpos, o que permite identificar populações muito pequenas de células anormais, que podem representar até 0,001% da amostra. Para cada caso clínico a ser investigado são utilizados diferentes combinações de anticorpos. A escolha deles é feita pelo hematologista ou bioquímico responsável pelos exames e depende da história clínica detalhada, da hipótese diagnóstica e da análise morfológica das células presentes na amostra. Os painéis para leucemias agudas, por exemplo, são diferentes quando se investiga Leucemia linfoblástica ou mieloblástica. O painel para Leucemias agudas é diferente do painel das Síndromes linfoproliferativas crônicas, e assim por diante. A tabela abaixo mostra os exames realizados pelo laboratório de Imunofenotipagem por Citometria de Fluxo do Mantis Diagnósticos Avançados, sua aplicação clínica e o matérial a ser utilizado para análise. http://www.mantisdiagnosticos.com.br/imunofenotipagem-por- citometria-de-fluxo/ 18/05/14 Imunofenotipagem: O exame é realizado com material da medula óssea (colhido no mielograma) ou com o sangue periférico. É uma análise que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor as células doentes. Nas leucemias, a imunofenotipagem é muito importante para classificação do subgrupo exato de células, permitindo adequar o tratamento aos achados biológicos. Imunofenotipagem das neoplasias hematológicas

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Page 1: Imunofenotipagem Por Citometria de Fluxo

Imunofenotipagem por citometria de fluxoA Imunofenotipagem por Citometria de fluxo é uma técnica que permite identificar

e avaliar os antígenos celulares (proteínas da membrana celular e intracelulares

envolvidas na comunicação, adesão ou metabolismo celular) através da utilização

de anticorpos monoclonais. Os citômetros de fluxo são capazes de identificar 4 ou

mais antígenos diferentes simultaneamente e gerar informações detalhadas sobre o

tamanho, complexidade e imunofenótipo das células analisadas.

Assim, a Imunofenotipagem por Citometria de Fluxo é utilizada para os mais

variados fins, sendo mais comum o diagnóstico das Doenças Onco-hematológicas,

avaliação de recuperação imunológica, quantificação de células-tronco CD34

positivas e de células-tronco mesenquimais, além de doenças hereditárias de

plaquetas, doenças reumatológicas e imunológicas, etc.

A citometria de fluxo é uma boa ferramenta na investigação de Doença Residual

Mínima em pacientes com Leucemia ou Linfoma, pois mais de 500.000 células são

analisadas a cada combinação de anticorpos, o que permite identificar populações

muito pequenas de células anormais, que podem representar até 0,001% da

amostra.

Para cada caso clínico a ser investigado são utilizados diferentes combinações de

anticorpos. A escolha deles é feita pelo hematologista ou bioquímico responsável

pelos exames e depende da história clínica detalhada, da hipótese diagnóstica e da

análise morfológica das células presentes na amostra. Os painéis para leucemias

agudas, por exemplo, são diferentes quando se investiga Leucemia linfoblástica ou

mieloblástica. O painel para Leucemias agudas é diferente do painel das Síndromes

linfoproliferativas crônicas, e assim por diante.

A tabela abaixo mostra os exames realizados pelo laboratório de Imunofenotipagem

por Citometria de Fluxo do Mantis Diagnósticos Avançados, sua aplicação clínica e o

matérial a ser utilizado para análise.http://www.mantisdiagnosticos.com.br/imunofenotipagem-por-citometria-de-fluxo/ 18/05/14

Imunofenotipagem: O exame é realizado com material da medula óssea (colhido no mielograma) ou com o sangue periférico. É uma análise que utiliza soros com anticorpos específicos para caracterizar melhor as células doentes. Nas leucemias, a imunofenotipagem é muito importante para classificação do subgrupo exato de células, permitindo adequar o tratamento aos achados biológicos.

 Imunofenotipagem das neoplasias hematológicas 

A caracterização imunofenotípica tem sido o método preferencial para a determinação da linhagem celular e análise da maturação das células nas neoplasias hematológicas. O desenvolvimento de ampla gama de anticorpos monoclonais e das potencialidades do citômetro de fluxo têm impulsionado esta área nos últimos 20 anos.

A análise multiparamétrica através da citometria de fluxo é um método rápido, objetivo e quantitativo para:• Determinação de linhagem celular. Além de determinar a linhagem nos grandes grupos, mielóide, células B, T e NK, a caracterização imunológica

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contribui sobremaneira para a classificação em subgrupos mais específicos como a Leucemia Mielóide Aguda (LMA) com diferenciação mielóide mínima (M0 da FAB), LMA sem maturação, leucemia eritroblástica aguda, leucemia megacarioblástica aguda e leucemias bifenotípicas;• Caracterização do estadio de maturação das células malignas contribuindo na definição diagnóstica como no caso das doenças linfoproliferativas crônicas;• Definição da linhagem celular na crise blástica de síndromes mieloproliferativas crônicas;• No diagnóstico diferencial entre linfocitose reacional e proliferação neoplásica de células B, identificação da clonalidade através da restrição de cadeia leve de imunoglobulina;• Caracterização da heterogeneidade e dos aspectos aberrantes das populações de células malignas, permitindo aplicar estas observações no monitoramento da terapia e detecção de doença residual mínima.A contribuição da imunofenotipagem no diagnóstico das leucemias agudas está bem estabelecida, permitindo a definição correta da linhagem celular em cerca de 98% dos casos, dado fundamental na definição da abordagem terapêutica. Também ocupa um importante papel no diagnóstico das doenças linfoproliferativas crônicas e no monitoramento de doença residual mínima. O grande desenvolvimento do conhecimento em relação às novas moléculas da superfície da célula com um papel funcional definido, como o de enzimas de superfície, moléculas de adesão, receptores de citocinas, poderá representar uma nova abordagem permitindo classificação das leucemias em subgrupos “funcionais” contribuindo para um conhecimento crescente da biologia destas neoplasias.http://www.fleury.com.br/medicos/medicina-e-saude/manuais/manual-hematologia/Pages/imunofenotipagem-das-neoplasias-hematologicas.aspx