imunidade inata(aula 4 260220094)1

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Imunologia Imunologia Aula Teórica Nº 5 Aula Teórica Nº 5 Imunidade Inata ou Imunidade Inata ou Natural Natural

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Page 1: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Imunologia

Imunologia

Aula Teórica Nº 5Aula Teórica Nº 5

Imunidade Inata ou NaturalImunidade Inata ou Natural

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INATA

IMUNIDADE

ADQUIRIDA

ACÇÃO CONTINUANÃO ESPECIFICA

INTENSIDADE CONSTANTEFALTA DE MEMÓRIA

ACÇÃO RECRUTADAESPECIFICA

DIVERSIFICADAESPECIALIZAÇÃO

INTENSIDADE CRESCENTEAUTO-LIMITADA

MEMÓRIA

QUAL É MAISIMPORTANTE

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O O sistema imune inatosistema imune inato é a forma de imunidade que nasce com a é a forma de imunidade que nasce com a pessoa, sem necessitar de substâncias ou estruturas exteriores.pessoa, sem necessitar de substâncias ou estruturas exteriores.

Mecanismos de defesa não específicaMecanismos de defesa não específica Os agentes patogénicos são impedidos de entrar no organismo pelos Os agentes patogénicos são impedidos de entrar no organismo pelos

mecanismos de defesa não específica, também designados por mecanismos de defesa não específica, também designados por imunidade inata ou natural, ou são destruídos quando conseguem imunidade inata ou natural, ou são destruídos quando conseguem penetrar. Estes mecanismos desempenham uma acção geral contra penetrar. Estes mecanismos desempenham uma acção geral contra corpos estranhos, independentemente da sua natureza, e exprimem-se corpos estranhos, independentemente da sua natureza, e exprimem-se sempre da mesma forma.sempre da mesma forma.

Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos Os mecanismos de defesa não específica que impedem a entrada dos agentes patogénicos são as barreiras anatómicas (pele, mucosas e pêlos agentes patogénicos são as barreiras anatómicas (pele, mucosas e pêlos das narinas), as secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas, das narinas), as secreções (produzidas pelas glândulas sebáceas, sudoríparas, salivares e lacrimais) e os enzimas (existentes no suco sudoríparas, salivares e lacrimais) e os enzimas (existentes no suco gástrico).gástrico).

Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes Os mecanismos de defesa não específica que actuam sobre os agentes patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são a patogénicos que conseguiram transpor as barreiras externas são a reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e o sistema reacção inflamatória, a fagocitose, o interferão e o sistema complemento.complemento.

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Componentes e processos da Imunidade Inata Barreiras físicasBarreiras físicas Barreiras químicas e bioquimicasBarreiras químicas e bioquimicas Leucócitos e MacrófagosLeucócitos e Macrófagos Proteínas de fase aguda Proteínas de fase aguda InflamaçãoInflamação FebreFebre Sistema do ComplementoSistema do Complemento As células NKAs células NK

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Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos. mastócitos e basófilos.

Page 6: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos. mastócitos e basófilos.

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SISTEMA DE IMUNIDADE INATA

1 - BARREIRAS FÍSICAS

– pele – mucosas • muco nasal, bronquico, surfactante pulmonar • HCl estómago • saliva, cavidade oral, lágrimas, esófago • intestinos muco • tosse e espirros (expele secreções mucosas) – gordura da pele – urina – pH ácido da maior parte das secressões

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1 – Pele (gordura)

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Barreiras NaturaisBarreiras NaturaisPelePele

Barreira físicaBarreira físicadescamaçãodescamação

Barreiras químicasBarreiras químicas

pH ácidopH ácido

ácido láticoácido lático

lisozimalisozima

ácidos gordos insat.ácidos gordos insat.

Barreira biológicaBarreira biológica

microorganismosmicroorganismos

Imunidade inata

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PELEBarreira mecânica

- Glândulas sudoríparasÁcido láticoÁcido úrico

- Glândulas sebáceasTriglicéridesÁcidos graxos

-Sistema mucociliar Integridade e funcionalidade- Secreções

Lactoferina 1-antitripsina: inibe a elastase de fagócitos Lisozima (muramidase): rompe mem. citoplasmática

Descamação de pele e mucosas

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Barreira mecânica

Resposta inata por meio do tractus digestivo e de tosse, espirros e febre

- pH ácido

- Peristaltismo intestinal

- Flora bacteriana normal

- Muco:

- Peptídios microbicidas

- Eliminam agentes patógénicos

- IL-1, TNF, IL-6

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BARREIRAS NATURAISBARREIRAS NATURAIS

TRACTUS RESPIRATÓRIO TRACTUS RESPIRATÓRIO

- Cílios e muco

- Células Fagocitárias

Imunidade inata

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BARREIRAS NATURAISBARREIRAS NATURAIS

TRATUS DIGESTIVOTRATUS DIGESTIVO

-SALIVA

-pH BAIXO

-BACTÉRIAS COMENSAIS

Imunidade inata

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BARREIRAS NATURAISBARREIRAS NATURAIS

TRATUS GENITO - URINÁRIOTRATUS GENITO - URINÁRIO

-pH ÁCIDO

- FLUXO DE URINA

-FLORA BACTERIANA

FEMININO MASCULINO

Imunidade inata

Page 15: imunidade inata(aula 4 260220094)1

BARREIRAS NATURAISBARREIRAS NATURAIS

CONJUNTIVA DOS OLHOSCONJUNTIVA DOS OLHOS

LISOZIMA

LÁGRIMAS

OUTRAS SECRESSÕES

Imunidade inata

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pH ácido das secrecções

Page 17: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Fluidos

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Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos. mastócitos e basófilos.

Page 19: imunidade inata(aula 4 260220094)1

2 – Células Fagocíticas A fagocitose é um dos principais mecanismos de A fagocitose é um dos principais mecanismos de

suporte da imunidade inata. Trata-se do processo suporte da imunidade inata. Trata-se do processo pelo qual microrganismos, tal como bactérias, são pelo qual microrganismos, tal como bactérias, são ingeridos pelas células fagocíticas e, depois, ingeridos pelas células fagocíticas e, depois, destruídos ou neutralizados.destruídos ou neutralizados.

Page 20: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Tipos de células fagocíticas

• Leucócitos e células afins - neutrófilos (sangue) - eosinófilos (sangue) - monócitos (migram para tecidos macrófagos) - NK (tecidos)

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As células fagocíticas possuem movimentos As células fagocíticas possuem movimentos ameboides que lhes permite migrar para ameboides que lhes permite migrar para fora dos vasos (diapdese) o qual é fora dos vasos (diapdese) o qual é facilitado pelo aparecimento de moléculas facilitado pelo aparecimento de moléculas no local da infecção/inflamação no local da infecção/inflamação (quimiotaxinas). (quimiotaxinas).

Há dois importantes agentes de acção Há dois importantes agentes de acção quimiostática.quimiostática.

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Quimiotaxia

• A lesão dum determinado tecido origina a libertação de mediadores pró-inflamatórios (citocinas; mediadores lipídicos, proteases do plasma) que promovem a vasodilatação, o aumento da permeabilidade vascular, o aumento da aderência das células endoteliais e a migração dos leucócitos do sangue para os tecidos.

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Componente C5 do complemento

Resultante da acção de enzimas Resultante da acção de enzimas peoteolíticas libertadas no foco inflamatório peoteolíticas libertadas no foco inflamatório ou dos lipossacarídeos da membrana das ou dos lipossacarídeos da membrana das bactérias gram-negativas bactérias gram-negativas

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Meteonina formilada

Bloqueia a o azoto terminal de péptidos da Bloqueia a o azoto terminal de péptidos da parede bacteriana.parede bacteriana.

Desta forma a metionina formilada assinala Desta forma a metionina formilada assinala a presença de bactérias para a qual as céluls a presença de bactérias para a qual as céluls fagocíticas se movem.fagocíticas se movem.

Page 25: imunidade inata(aula 4 260220094)1

O mecanismo da fagocitose

4 fases - quimiotaxia - aderência - ingestão - digestão

Eliminação (exocitose)

Page 26: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Fagocitose

Quando a célula fagocítica entra em Quando a célula fagocítica entra em contacto com o agente patogénico emite contacto com o agente patogénico emite dois pseudópodes que se unem, fundem e dois pseudópodes que se unem, fundem e formam um vacuolo que inclui a bactéria formam um vacuolo que inclui a bactéria (fagosoma). Seguidamente funde-se com as (fagosoma). Seguidamente funde-se com as membranas dos lisossomas e forma o membranas dos lisossomas e forma o fagolisossoma. fagolisossoma.

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CARACTERÍSTICAS DA FAGOCITOSE

Etapas de adesão e ingestão da fagocitose

Fagocitose por neutrófilos, monócitos e macrófagos

Etapas

1) Aderência

CR1 BactériaC3b

LPS

Ativa sistema complemento

C3b

2) Ingestão

Vacúolo fagocítico contendo bactérias

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Etapas da digestão e eliminação da fagocitose

Etapas

4) Eliminação

3) Digestão

Fagolisossomo

Restos bacterianoseliminados

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Aderência

Fixação da membrana plasmática do fagócito à superfície do microrganismo ou outro material estranho ao organismo.

• Cápsula bacteriana – estrutura escorregadia presente em algumas bactérias com função de não permitir a fagocitose

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Ingestão

A membrana plasmática do fagócito estende projecções denominadas pseudópodes, que englobam o microrganismo

• Uma vez que o microrganismo é circundado, os pseudópodes encontram-se e fundem-se, envolvendo o microrganismo com um saco denominado fagosoma

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Digestão

O fagosoma destaca-se da membrana plasmática e penetra no citoplasma

• Entra em contacto com lisosomas que emitem enzimas digestivas e substâncias bactericidas

• O fagosoma e o lisosoma fundem-se, originando fagolisosoma

• Após a digestão pelas enzimas, o fagolisosoma contém material indigestível denominado corpo residual que então é eliminado para fora da célula

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Esquema da fagocitose

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Excepções

Alguns microrganismos fagocitados não conseguem ser digeridos

• Alguns microganismos lisam os fagolisosomas

• Os fagócitos podem ser alvo de alguns microrganismo impedindo a fusão do fagosoma com o lisosoma, os germes então passam a multiplicar-se o que pode levar à morte do fagócito

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Mecanismos que ocorrem durante a etapa de digestão da fagocitose

1) Reacções dependentes de oxigénio

2) Reacções oxigénio -independentes

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Mecanismos independentes do oxigénio Enzimas hidrolíticas (lizosima, quitinases, Enzimas hidrolíticas (lizosima, quitinases,

fosfolipases, glicosidases, fosfatases …)fosfolipases, glicosidases, fosfatases …) Proteínas e péptidos antimicrobianos que Proteínas e péptidos antimicrobianos que

destroem os microrganismos por um destroem os microrganismos por um processo de lesão das membranas celulares processo de lesão das membranas celulares (defensinas, complemento)(defensinas, complemento)

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Mecanismos dependentes do oxigénio _ após afagocitose há a produção de metabolitos _ após afagocitose há a produção de metabolitos

tóxicos do xigénio:tóxicos do xigénio:

H2O2 (peróxido de hidrogénio)H2O2 (peróxido de hidrogénio) OH (radicais hidroxilo)OH (radicais hidroxilo) O2 – (anião super óxido)O2 – (anião super óxido) …… Juntamente com iões de cloreto promove a Juntamente com iões de cloreto promove a

formação d ácido hipocloroso (HOCl)formação d ácido hipocloroso (HOCl)

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Citocinas no metabolismo dependente de oxigênio e proteínas do metabolismo independente de oxigênio na fagocitose

Etapa da digestão da fagocitose por neutrófilos

AG

Metabolismo oxidativo

IL-1

TNF

INF

AG

Metabolismo Independentede oxigênio

Peptídicos catônicos

Hidrolases ácidas

Fosfatase alcalina

Lactoferrina

Arginina

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Proteínas libertadas na etapa de digestão por eosinófilos

Fagocitose por eosinófilos

* Proteína básica principal

Toxina para helmintos

Promove liberação de histamina

Citotoxina

* Proteína catiônica eosinofílica

Toxina para helmintos

Promove liberação de histamina

Microbicida

Lise de células tumorais

* Peroxidase eosinofílica

Microbicida

Promove liberação de histamina

Dano epitelial

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Grânulos libertados resultantes da fagocitose por eosinófilos.

Grânulos libertados pelos eosinófilos

•Proteinases

•Elastases

•Leucotrienos

•Prostaglandinas

•Tromboxano A2

Inflamação

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Fagocitose

O que acontecerá com a bactéria dentro da célula fagocitária?

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Macrófago aderindo bactérias E. coli

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Macrófago alveolar

bactéria

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Exocitose

Após a digestão os lisossomas libertam o Após a digestão os lisossomas libertam o seu conteúdo no fagossoma originando o seu conteúdo no fagossoma originando o fagolisossoma o qual é depois expelido para fagolisossoma o qual é depois expelido para o espaço extracelular.o espaço extracelular.

Pode ainda ocorrer a morte dos neutrófilosPode ainda ocorrer a morte dos neutrófilos Ou a fixação de imunocomplexos na Ou a fixação de imunocomplexos na

membrana das células fagocíticas activando membrana das células fagocíticas activando o sistema de complemento.o sistema de complemento.

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Produtos segregados pelos fagócitos

Enzimas hidrolíticas (hialuronidase, colagenase, fosfatases, lipases …Enzimas hidrolíticas (hialuronidase, colagenase, fosfatases, lipases … Factores citotóxicos (caquetinas, TNF alfaFactores citotóxicos (caquetinas, TNF alfa Pirogénios endógenos (IL1)Pirogénios endógenos (IL1) Interferon alfaInterferon alfa Proteinas plasmáticas e factores de coagulaçãoProteinas plasmáticas e factores de coagulação Componentes do sistema de complemento C 1….Componentes do sistema de complemento C 1…. Componentes oxigeno reactivos (H2O2 …Componentes oxigeno reactivos (H2O2 … Metabolitos do ácido araquidónico (prostaglandinas, leucotrienos, Metabolitos do ácido araquidónico (prostaglandinas, leucotrienos,

tromboxanos…)tromboxanos…) Interleucina 8 ( um agente quimiostático que recruta os neutrófilos Interleucina 8 ( um agente quimiostático que recruta os neutrófilos

para o foco inflamatório)para o foco inflamatório)

Page 45: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Evolução celular na infecção

• Fase inicial: predomínio de neutrófilos activamente fagocíticos • Fase tardia: predomínio de macrófagos

• Em ambas o aumento é verificado no hemograma

Obs.: nas infecções virais e fúngicas, os macrófagos predominam em todas as fases

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Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos. mastócitos e basófilos.

Page 47: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Papel dos factores humorais na imunidade inata: O mais importante é o sistema de complementoO mais importante é o sistema de complemento

Os componentes C5 e C9 da activação da cascada Os componentes C5 e C9 da activação da cascada de complemento dão origem a um sistema de de complemento dão origem a um sistema de ataque à membrana celular que destroi as bactérias ataque à membrana celular que destroi as bactérias que resulta na sua destruição.que resulta na sua destruição.

Além do complemento há outros factores Além do complemento há outros factores humorais que intervém na imunidade natural:humorais que intervém na imunidade natural:

Page 48: imunidade inata(aula 4 260220094)1

- Componente C5 do complemento

Sistema de complemento • O Sistema Complemento é composto por proteínas de membrana plasmáticas solúveis no sangue e participam nas defesas inatas. Essas proteínas reagem entre si desencadeando uma cascata de reacções para facilitar a destruição dos agentes patogénicos e induzir uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção.

Page 49: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Sistema Complemento

- - InflamaçãoInflamação - Aumento da permeabilidade vascular- Aumento da permeabilidade vascular - Degranulação de Mastócitos- Degranulação de Mastócitos

- - Complexo de ataque a membranaComplexo de ataque a membrana - ruptura do microorganismo- ruptura do microorganismo

- - facilitação da fagocitosefacilitação da fagocitose

Page 50: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Sistema Complemento

CONCEITO

O sistema complemento é um conjunto de no mínimo

30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta

imunológica, tendo como resultado final a formação de factores

quimiotáticos, opsonização e lise de células ou de

microrganismos. No sistema complemento, aparecem

fenómenos microscópicos e clínicos, a partir de um fenómeno

molecular por activação de várias proteínas plasmáticas.

Page 51: imunidade inata(aula 4 260220094)1

O sistema complemento atua como uma cascata de amplificação

Conceito de sistema complemento

“ Conjunto de pelo menos 30 proteínas plasmáticas que podem fazer parte da resposta imunológica, tendo como resultado final a lise de células ou de microrganismos.”

“São componentes termo instáveis.”

“Funcionam em cascata de amplificação.”

Page 52: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Desta forma o sistema de complemento Desta forma o sistema de complemento desempenha um papel essencial nos desempenha um papel essencial nos mecanismos de defesa do organismo mecanismos de defesa do organismo participando de forma decisiva no processo participando de forma decisiva no processo inflamatório e consequentemente nos inflamatório e consequentemente nos processos de imunidade inata.processos de imunidade inata.

Page 53: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Nomenclatura dos componentes do complemento:

Cada componente do complemento é designado por Cada componente do complemento é designado por “C” Como são 9 denominam-se C1, c2, … C9.“C” Como são 9 denominam-se C1, c2, … C9.

Os péptidos da cisão enzimática de cada componente Os péptidos da cisão enzimática de cada componente são identificados por letras minúsculas “a” e “b”são identificados por letras minúsculas “a” e “b”

““a” para o fragmento menor e a” para o fragmento menor e

““b” para o fragmento maiorb” para o fragmento maior

Um traço sobre o símbolo indica que esse Um traço sobre o símbolo indica que esse componente adquiriu actividade enzimática.componente adquiriu actividade enzimática.

Page 54: imunidade inata(aula 4 260220094)1

O O Sistema ComplementoSistema Complemento é composto por é composto por proteínas das membranas plasmáticas proteínas das membranas plasmáticas solúveis no sangue e participam das defesas solúveis no sangue e participam das defesas inatas (natural) e adquiridas (memória). inatas (natural) e adquiridas (memória). Essas proteínas reagem entre elas para Essas proteínas reagem entre elas para opsonizar os agentes patogénicos e induzir opsonizar os agentes patogénicos e induzir uma série de respostas inflamatórias que uma série de respostas inflamatórias que auxiliam no combate à infecção. Inúmeras auxiliam no combate à infecção. Inúmeras proteínas do complemento são proteases proteínas do complemento são proteases que se auto-ativam por clivagem que se auto-ativam por clivagem proteolítica proteolítica

Page 55: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Vias de activação do complemento

A activação do complemento pode processar-se por três vias:A activação do complemento pode processar-se por três vias:

Via clássica (iniciada por um anticorpo/antigénio por vírus Via clássica (iniciada por um anticorpo/antigénio por vírus e micoplasmas.e micoplasmas.

Via da lectina ligação do complemento a estruturas carbo Via da lectina ligação do complemento a estruturas carbo hidratadas das paredes de agentes bacterianos.hidratadas das paredes de agentes bacterianos.

Via alternativa – iniciada por certos produtos e Via alternativa – iniciada por certos produtos e componentes bacterianos, alguns vírus e enzimas componentes bacterianos, alguns vírus e enzimas proteolíticas.proteolíticas.

Page 56: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Fases de activação do complemento

Fase de iniciaçãoFase de iniciação

Fase de amplificaçãoFase de amplificação

Fase de ataque à membrana (termina na Fase de ataque à membrana (termina na destruição do agente patogénico).destruição do agente patogénico).

Page 57: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Visualização da via clássica Complexo de ataque de membrana

C5b liga-se á superfície da membranaC5b liga-se á superfície da membrana Inactiva-se em 2 minutos na ausência de C6Inactiva-se em 2 minutos na ausência de C6 C5b6 liga-se ao C7C5b6 liga-se ao C7

complexo sofre uma mudança estrutural complexo sofre uma mudança estrutural que o torna hidrofóbico, inserindo-se na que o torna hidrofóbico, inserindo-se na membranamembrana

Se a reacção ocorre num complexo Se a reacção ocorre num complexo imune, imune, o C5bC7o C5bC7 liga-se a uma membrana liga-se a uma membrana próxima promovendo a lise dessa célula próxima promovendo a lise dessa célula (LES)(LES)

Ligação de C8 origina um poro com 10 Ligação de C8 origina um poro com 10 ÅÅ Lise de eritrócitos mas não de células Lise de eritrócitos mas não de células

nucleadasnucleadas Ligação e polimerização de 10-17 moléculas Ligação e polimerização de 10-17 moléculas

de C9, originando um poro com 70-100 Åde C9, originando um poro com 70-100 Å

Page 58: imunidade inata(aula 4 260220094)1

A via das lectinas

Lectinas são proteínas ligadas a um carbohidratoLectinas são proteínas ligadas a um carbohidrato MBL (análogo a C1q) liga-se a resíduos de MBL (análogo a C1q) liga-se a resíduos de

glicoproteínas da membrana de microorganismosglicoproteínas da membrana de microorganismos Protease de Serina associada a MBL liga-se então Protease de Serina associada a MBL liga-se então

à MBLà MBL Este complexo cliva o C4 e o C2Este complexo cliva o C4 e o C2 Os detalhes de funcionamento desta via estão Os detalhes de funcionamento desta via estão

ainda pouco esclarecidosainda pouco esclarecidos

Page 59: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Visualização da via alternativa

Hidrolise de c3 espontâneaHidrolise de c3 espontânea C3b liga-se a membranasC3b liga-se a membranas Alta [ácido siálico] das membranas Alta [ácido siálico] das membranas

eucariotas inactiva o C3beucariotas inactiva o C3b C3b liga-se a factor B sendo então C3b liga-se a factor B sendo então

clivado pelo factor Dclivado pelo factor D

O complexo C3bBb é C3 convertaseO complexo C3bBb é C3 convertase A properdina estabiliza o complexo, A properdina estabiliza o complexo,

aumentando-lhe o tempo de semi-vida de 5 a aumentando-lhe o tempo de semi-vida de 5 a 30 minutos30 minutos

C3bBb3b é uma c5 convertaseC3bBb3b é uma c5 convertase

Page 60: imunidade inata(aula 4 260220094)1

INFECÇÃO X INFLAMAÇÃO

Infecção: capacidade do microorganismo, aderir, penetrar, se instalar, se reproduzir e causar danos ao organismo

• Inflamação: DOR, CALOR, TUMOR E RUBOR

Page 61: imunidade inata(aula 4 260220094)1

Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos. mastócitos e basófilos.

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Papel das células linfocíticas na imunidade inata Linfócitos NKLinfócitos NK São citotóxicos para as células tumorais e para as São citotóxicos para as células tumorais e para as

infectadas por virusinfectadas por virus Participam nos mecanismos de regulação Participam nos mecanismos de regulação

imunológica através da produção de citocinas. imunológica através da produção de citocinas. Il2Il2INF gamaINF gamaTN alfaTN alfa

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Linfócitos T gama-delta

Após a ligação a receptores produzem Após a ligação a receptores produzem citocinas. Encontram-se citocinas. Encontram-se predominantemente nos epitéliospredominantemente nos epitélios

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Linfócitos B1

Produzem anticorpos naturais com uma Produzem anticorpos naturais com uma diversidade limitada e encontam-se nas diversidade limitada e encontam-se nas cavidades pleurais e peritoneal cavidades pleurais e peritoneal

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Efeitos da resposta inflamatória

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FEBRE

O aumento de determinadas citocinas, denominadas pirógenos endógenos, que emitem mensagens para o hipotálamo, leva ao aparecimento da febre. Entre os pirógenos endógenos importantes encontram-se: IL-1 e TNF, sintetizadas por monócitos e macrófagos, e IL-6, que é secretada por linfócitos T auxiliares.

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- Proteínas que atuam na inflamaçãoSangue

• Proteína C reativa: opsonização (72horas)• 2-macroglobulina: inibe proteases plasmáticas• 1-antitripsina: inibe proteases plasmáticas• Amilóide A sérica: quimiotática para neutrófilos, linfócitos e monócitos• Haptoglobulina: une-se à hemoglobina• Ceruplasmina: transporta cobre para o citocromo C• Transferrina: transportadora de ferro• Fibrinogênio: degrada fibrina, proliferação de fibroblastos• 1-glicoproteína ácida: expressão de moléculas de adesão

Proteínas e Moléculas da Inflamação

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Constitui a primeira linha de defesa do organismo

1 – papel desempenhado pelos factores 1 – papel desempenhado pelos factores mecânicos, químicos e fisiológicosmecânicos, químicos e fisiológicos

2 – papel desempenhado pelas células 2 – papel desempenhado pelas células fagocíticasfagocíticas

3 – papel dos factores humorais3 – papel dos factores humorais 4 - papel das células linfocíticas4 - papel das células linfocíticas 5 – papel de outras células: dendríticas, 5 – papel de outras células: dendríticas,

mastócitos e basófilos.mastócitos e basófilos.

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Papel de outras células:

Células dendríticasCélulas dendríticas Mastócitos Mastócitos BasófilosBasófilos

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Células dendríticas fagocitam Células dendríticas fagocitam microrganismos, podendo produzir ácido microrganismos, podendo produzir ácido nítrico que é um forte componente nítrico que é um forte componente antimicrobiano.antimicrobiano.

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Mastócitos:Mastócitos:

Fagocitam microrganismos e produzem Fagocitam microrganismos e produzem grandes quantidades de mediadores grandes quantidades de mediadores inflamatórios :inflamatórios :

TNF alfaTNF alfa

leukotrieno B4leukotrieno B4

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Eosinófilos:Eosinófilos:

São ricos em enzimas e produzem citocinas São ricos em enzimas e produzem citocinas e mediadores lipídicos do processo e mediadores lipídicos do processo inflamatório.inflamatório.

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IMUNIDADE INATA

• COMPONENTES HUMORAIS – enzimas e proteinas antimicrobianas – peptidos antibióticos – factores humorais de reconhecimento do LPS – cascata do complemento – proteinas de fase aguda – mediadores da inflamação (citocinas, prostaglandinas, … )

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LPS - Lipopolissacarídeo

É uma É uma moléculamolécula de grandes dimensões constituída de grandes dimensões constituída de um lípido e um polissacarídeo (carhohidrato) de um lípido e um polissacarídeo (carhohidrato) ligados por uma ligação covalente. O LPS é um ligados por uma ligação covalente. O LPS é um dos principais componentes da membrana exterior dos principais componentes da membrana exterior de bactérias gram-negativas, contribuindo muito de bactérias gram-negativas, contribuindo muito para a integridade estrutural da bactéria, para a integridade estrutural da bactéria, protegendo a membrana de certos tipos de ataque protegendo a membrana de certos tipos de ataque químico. químico.

É desta forma uma endotoxina, provocando uma É desta forma uma endotoxina, provocando uma forte resposta por parte dos sistemas imunitários forte resposta por parte dos sistemas imunitários dos animais normais.dos animais normais.

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Proteínas de fase aguda

As As proteínasproteínas conhecidas como conhecidas como de fase de fase agudaaguda são sintetizadas na vigência de são sintetizadas na vigência de lesões teciduais, sejam estas provocadas por lesões teciduais, sejam estas provocadas por traumatismos extensos ou cirurgias; têm traumatismos extensos ou cirurgias; têm função protetora junto ao organismo função protetora junto ao organismo

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Efeitos locais das citocinas inflamatórias

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Efeitos sistémicos das citocinas inflamatórias

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A inflamação induz a imunidade adaptativa

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As proteínas da fase aguda

Produzidas no figado em resposta à IL-1, IL-6 Produzidas no figado em resposta à IL-1, IL-6 e TNF da inflamação agudae TNF da inflamação aguda CRP (PCR ou Proteína C reactiva)CRP (PCR ou Proteína C reactiva) MBP/MBL MBP/MBL (Manose Binding Proteín/Lectin)(Manose Binding Proteín/Lectin) SAA (Serum Ayloid A)SAA (Serum Ayloid A) FibrinogenioFibrinogenio Proteínas do complementoProteínas do complemento

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A Proteína C Reactiva

Concentração sérica aumenta 1000X durante a Concentração sérica aumenta 1000X durante a resposta aguda bacterianaresposta aguda bacteriana

Composta por 5 cadeias polipetídicas idênticas Composta por 5 cadeias polipetídicas idênticas juntas por ligação não covalentesjuntas por ligação não covalentes

Liga-se a um grande leque de microorganismos e Liga-se a um grande leque de microorganismos e activa o complemento, resultando na deposição de activa o complemento, resultando na deposição de C3b na superfície dos microorganismosC3b na superfície dos microorganismos

Utilizada em análises clínicas como marcador Utilizada em análises clínicas como marcador indirecto de infecção bacterianaindirecto de infecção bacteriana