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SECRETARIA DE ESTADO DA FAZENDA DO PARANÁ - SEFA SETOR CONSULTIVO __________________________________________________ __________________________________________________ 1 ANO: 2016 PROTOCOLO: 13.664.092-5. CONSULTA Nº: 001, de 7 de janeiro de 2016. CONSULENTE: JOIA VERDE COMERCIO DE ARTIGOS ESPORTIVOS LTDA. SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. ANTECIPAÇÃO DO PAGAMENTO DO IMPOSTO. RELATOR: MAILSON BRITO DA COSTA A consulente, optante pelo regime tributário Simples Nacional, que tem como atividade econômica o comércio varejista de artigos esportivos (CNAE - 4763-6/02), tem dúvidas quanto ao valor do imposto a ser recolhido por antecipação em aquisições interestadua is de mercadorias, correspondente à diferença entre as alíquotas interna e interestadual, de que trata o art. 13-A do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012, questionando se deve considerar os efeitos da isenção, red ução na base de cálculo e do diferimento parcial de que trata o art. 108, no seu cálculo. RESPOSTA Para análise da matéria transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do ICMS que têm vínculo com o questionamento: “Art. 5º Considera-se ocorrido o fato ge rador do imposto no momento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996): […] § Será exigido o pagamento antecipado do imposto correspondente à diferença entre as alíquotas interna e interestadual, relativamente a operações que tenham origem em outra unidade federad a, observado o disposto no art. 13-A (§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com redação dada pela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

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ANO: 2016

PROTOCOLO: 13.664.092-5.

CONSULTA Nº: 001, de 7 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: JOIA VERDE COMERCIO DE ARTIGOS ESPORTIVOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. ANTECIPAÇÃO DOPAGAMENTO DO IMPOSTO.

RELATOR: MAILSON BRITO DA COSTA

A consulente, optante pelo regime tributário Simple sNacional, que tem como atividade econômica o comérc io varejistade artigos esportivos (CNAE - 4763-6/02), tem dúvid as quanto aovalor do imposto a ser recolhido por antecipação em aquisiçõesinterestadua is de mercadorias, correspondente à diferença entr eas alíquotas interna e interestadual, de que trata o art. 13-A doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 desetembro de 2012, questionando se deve considerar o s efeitos daisenção, red ução na base de cálculo e do diferimento parcial deque trata o art. 108, no seu cálculo.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os dispositi vosdo Regulamento do ICMS que têm vínculo com o questi onamento:

“Art. 5º Considera-se ocorrido o fato ge rador do imposto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

[…]

§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federad a, observado o disposto no art. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

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[...]

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo contribuinte ou pel oresp onsável solidário, no momento da entrada no territó rioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas interna e interestadual, aplicada s obre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduais s ujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regim e dasubstituição tribu tária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferimento parcial de quetrata o art. 108.

§ 2º Em substituição ao pagamento do imposto no mom ento daentrada dos bens ou das mercadorias no territórioparanaense:

I - tratando-se de contribuinte sujeito ao regime n ormal deapuração, o imposto devido poderá ser lançado emconta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entra da damercadoria no Estado;

II - tratando-se de contribuinte optante pelo Simpl esNaci onal, o imposto devido poderá ser pago em GR-PR até ovigésimo dia do mês subsequente ao da entrada da me rcadoriano Estado.

§ 3º O imposto lançado na forma do inciso I do § 2º poderáser apropriado como crédito pelo estabelecimentodestinatário enquadrado no regime normal de apuraçãojuntamente com o imposto destacado no documento fis cal.

Conclui-se da legislação transcrita, que a cobrança

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antecipada do ICMS, de que tratam o § 7º do art. 5º e o art. 13-Ado Regulamento do ICMS, repercute na uniformização da cargatributária do produto adquirido em operação interes tadual com aincidente na operação interna para a mesma mercador ia.

Partindo dessa premissa, a consulente, quando adqui rede outras unidades federadas mercadorias importadas do exterior,que se sub metem à alíquota interestadual de 4% (quatro porcento), deve recolher o imposto correspondente à di ferença entreas alíquotas interna e interestadual, considerando, para fins dedefinição da carga tributária interna, o tratamento tributárioaplicável à me rcadoria na operação interna, nos termos do incisoIII do § 1º do art. 13-A do Regulamento do ICMS.

Assim, quando do cálculo do imposto a ser recolhido porantecipação deve considerar eventual isenção ou red ução na basede cálculo, bem como o diferimento parcial de que trata o art.108 do Regulamento do ICMS.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação de seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.712.153-0.

CONSULTA Nº: 002, de 25 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: WESSLING – IND. E COM. DE CARNES E EMBUTIDOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SALAME. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, optante pelo Simples Nacional, que te mcomo atividade econômica principal a fabricação de produtos decarne (CNAE 1013-9/01), indaga em relação ao tratam entotributário aplicável na comercialização de salames pararevendedores, em operações i nternas.

Transcreve a definição do produto segundo os subite ns2.1 a 2.3 do Anexo V da Instrução Normativa nº 22/2 000, doMinistério da Agricultura, que dispõe sobre o Regul amento Técnicode Identidade e Qualidade de Salame, in verbis :

“2.1. Definição

Ente nde-se por Salame, o produto cárneo industrializadoobtido de carne suína ou suína e bovina, adicionado detoucinho, ingredientes, embutido em envoltórios nat uraise/ou artificiais, curado, fermentado, maturado, def umado ounão e dessecado.

...

2.2. Classi ficação

Trata-se de um produto cru, curado, fermentado, mat urado edessecado.

2.3. Designação (Denominação de Venda)

O produto será designado de Salame, seguido ou não dasexpressões que caracterizem sua origem ou processo deobtenção”.

Posto isto question a se o produto se encontra sujeito à

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sistemática da substituição tributária, e qual a MV A e a alíquotaaplicáveis.

RESPOSTA

Considerando que a consulente não indicou o código NCMaplicável ao salame, responde-se ao questionamento com base naSolução de Con sulta nº 76/2001, expedida pela Secretaria daReceita Federal do Brasil, a seguir transcrita, seg undo a qual oproduto se enquadra no código 1601.00.00 da NCM, co nstante doCapítulo 16 da Tabela de Incidência do Imposto Sobr e ProdutosIndustrializados – TI PI:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 76 de 30 de Outubro de 2001

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: Código TIPI - Mercadoria 1601.00.00 Mini salame decarne bovina e suína. 1601.00.00 Linguiça de carne de frangopara churrasco. 1601.00.00 Embutido de car ne de peito e pelede frango, em forma de cilindro, denominado comerci almentede “Breast Defumado Delichickens”.

O código NCM 1601.00.00 se encontra descrito no ite m 1do inciso IX do art. 135 do Anexo X do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.08 0, de 28 de setembro de 2012 –RICMS, que prevê a substituição tributária nas oper ações comprodutos alimentícios, nos seguintes termos:

“ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

...

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

...

IX – produtos à base de carne e peixe:

ITEM NCM DESCRIÇÃO MVA ST

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ORIGINAL

1 1601.00.00

Enchi dos(embutidos) eprodutossemelhantes,de carne,miudezas ousangue, nãoincluídas aslinguiças, asmortadelas eas salsichas,exceto emlata

40,83

A TIPI referente a esse produto assim prevê:

NCM DESCRIÇÃO

1601.00.0 Enchidos e produtos semelhantes, deca rne, de miudezas ou de sangue;preparações alimentícias à base detais produtos”

Das normas transcritas é possível concluir que osalame, tanto pela definição contida no Regulamento Técnico deIdentidade e Qualidade de Salame, de que trata o An exo V daInstrução Normativa nº 22/2000 do Ministério da Agr icultura,quanto pela descrição d a NCM, encontra-se sujeito à substituiçãotributária.

Registre-se que estão excetuadas da substituiçãotributária as linguiças, salsichas e mortadelas, pr odutos que nãose confundem com salame.

Quanto ao cálculo do imposto a ser retido porsubstituição tri butária, transcreve-se as regras pertinentes:

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“ANEXO VIII - DAS EMPRESAS OPTANTES PELO SIMPLES NA CIONAL

...

Art. 5º Independentemente das obrigações relativas ao RegimeSimples Nacional, o recolhimento do ICMS devido, naqualidade de contribuinte ou respon sável, deverá serefetuado pelo estabelecimento, nas seguintes hipóte ses(inciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar n.123/2006):

I - nas operações ou prestações sujeitas ao regime dasubstituição tributária;

...

Art. 6° O recolhimento do imposto nas situações previstas noart. 5º, deverá ser efetuado: (Decreto n. 1.190/200 7)

...

III - nas operações ou prestações sujeitas ao regim e dasubstituição tributária, nos prazos e forma previst os noart. 74 e nos incisos X e XX do "caput" do art. 75.

...

ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

...

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por subs tituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigent e para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

...

§ 4º Nas operações com mercadorias suje itas ao regime dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mples

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Nacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte:

I – calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras pre vistas no Anexo VIII;

II – calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vige nte paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

III – não aplicar a margem de valor agreg ado ajustada (MVAajustada), devendo, para fins de base de cálculo dasubstituição tributária nas operações interestaduai s, adotaro percentual de MVA estabelecido para as operações internas(Convênio ICMS 35/2011).

...

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual de cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado – MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”co rresponderá ao percentual de carga tributária da op eraçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

...

Art. 134. A base de cálculo para a retenção do impo sto seráo preço máx imo de venda a varejo fixado pela autoridadecompetente ou, na falta desse, o preço sugerido aoconsumidor final pelo fabricante ou importador, acr escido,em ambos os casos, do valor do frete, quando não in cluído nopreço.

§ 1º Inexistindo o valor de que t rata o "caput", a base de

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cálculo do imposto será o montante formado pelo pre çopraticado pelo remetente, acrescido dos valorescorrespondentes a frete, seguro, impostos, contribu ições eoutros encargos transferíveis ou cobrados do destin atário,ainda que por terceiros, adicionado da parcela resultante daaplicação, sobre o referido montante, dos percentua is demargem de valor agregado previstos no art. 135.

§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te,seguro ou outro encargo, na composição da bas e de cálculo, orecolhimento do imposto correspondente será efetuad o peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demargem de valor agregado previstos no art. 135.”.

O § 1º do art. 13 da Lei Complementar n. 123/2006, quese encontra reprod uzido na Lei estadual n. 15.562/2007 e no art.5º do Anexo VIII do RICMS, prevê que as empresas en quadradas noSimples Nacional devem apurar, reter e recolher o I CMS,relativamente às operações ou prestações sujeitas à substituiçãotributária, de forma des vinculada desse regime e de acordo com asregras aplicáveis às demais pessoas jurídicas.

Em razão dessa disposição legal, as empresasenquadradas no Simples Nacional, ao realizarem oper ações sujeitasà substituição tributária subsequente, submetem-se às d isposiçõesaplicáveis aos contribuintes enquadrados no regime normal deapuração do imposto, conforme se extrai do inciso I II do art. 6ºdo Anexo VIII do RICMS, que menciona dispositivos q ue tratam doprazo de pagamento dessa espécie de substituição.

A par tir de 1º de abril de 2015, nas operações sujeitasao regime da substituição tributária, o contribuint e enquadradono regime normal deve calcular o imposto relativo à operaçãoprópria observando o diferimento parcial de que tra ta o art. 108do RICMS, em ra zão da revogação do inciso I do § 1º do mesmoartigo. Assim, para aqueles produtos sujeitos à alí quota de 18%,que é o caso do salame, a carga tributária da opera ção própriacorresponde a 12%, nas saídas internas destinadas acontribuintes.

Em relação ao s ubstituto tributário enquadrado noregime do Simples Nacional, o inciso I do § 4º do a rt. 1º do

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Anexo X do RICMS dispõe que o ICMS relativo à opera ção própriadeve ser calculado em conformidade com as regras de sse regime.

Já em relação ao imposto a ser ret ido por substituiçãotributária, embora a regra prevista no inciso II do referido § 4ºdisponha que do montante do imposto devido deva ser deduzido ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria do su bstitutotributário, há que se considerar que a empresa enqu adrada noSimples Nacional deve apurar o imposto relativo à s ubstituiçãotributária observando as mesmas regras do contribui nte enquadradono regime normal, conforme dispõe a Lei Complementa r n. 1 23/2006.

Desse modo, o contribuinte enquadrado no SimplesNacional, quando realizar operações submetidas à su bstituiçãotributária, deve deduzir do ICMS calculado, mediant e a aplicaçãoda alíquota vigente para as operações internas sobr e a respectivabase de cálculo de retenção, o valor equivalente ao mon tantedevido pelo substituto tributário incluído no regim e normal, atítulo de operação própria, que é calculado com a a plicação dodiferimento parcial previsto no art. 108 do RICMS, conformenoticiado no Boletim Informativo n. 12/2015, publicado em 22 deabril de 2015 no site da Secretaria de Estado da Fa zenda(precedentes: Consultas n. 91/2015 e n. 122/2015).

Em relação à MVA aplicável, deve ser observada a re graprevista no § 8º do art. 1º do Anexo X do RICMS, que dispõe sobreo seu ajuste, nas operações internas, quando a carg a tributáriapraticada pelo substituto tributário é inferior à p raticada pelosubstituído com o consumidor final.

No caso em exame, a carga tributária relativa àoperação própria d o substituto é de 12%, enquanto que a dosubstituído é de 18%.

Esse ajuste, relativamente às operações internas,fundamenta-se no disposto na parte final do inciso III do § 5º doart. 1º do Anexo X, que prevê a adoção, pelo contri buinteenquadrado no Simpl es Nacional, da MVA estabelecida às operaçõesinternas.

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Assim, a partir da MVA original de 40,83%, de que t ratao item 1 do inciso IX do art. 135 do Anexo X do RIC MS, medianteutilização da fórmula contida no § 5º do art. 1º do mesmo anexoregulamentar, de ve ser apurada a MVA ajustada, conforme prescreveo § 8º desse artigo.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járea lizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.685.661-8.

CONSULTA Nº: 003, de 7 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: ROMAGNOLE PRODUTOS ELÉTRICOS S/A.

SÚMULA: ICMS. TORRES DE TRANSMISSÃO. CRÉDITOPRESUMIDO.

RELATOR: MAILSON BRITO DA COSTA

A consulente, que tem como atividade econômica afabricação de aparelhos e equipamentos para distrib uição econtrole de energia elétrica (CNAE 2731-7/00), info rma que éfabricante de torres para linha de transmissão, des tinadas, empartes específicas, a co ncessionárias de energia elétrica, que asutilizam em conclusões de montagens ou em substitui ção de peçascom defeito.

Reporta-se ao crédito presumido previsto no item 50 -Ado Anexo III do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n.6.080, de 28 de setem bro de 2012, aplicável nas operações desaídas de torres de transmissão de energia, classif icadas nocódigo 7308.20.00 da NCM - Nomenclatura Comum do Me rcosul,manifestando seu entendimento de que faz jus ao ben efício fiscal,mesmo quando comercializadas e m partes específicas ou quandodescritas no documento fiscal de forma analítica, c om odetalhamento de seus componentes, por solicitação d a adquirenteresponsável pela montagem.

Informa que todas as partes integrantes da torre sã opor ela e pelas concessio nárias classificadas no código7308.20.00 da NCM.

Posto isso, indaga se está correto o seu entendimen to.

RESPOSTA

Preliminarmente, transcrevem-se excertos da legisla çãode regência atinente à matéria:

“ANEXO III - CRÉDITO PRESUMIDO

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(a que se refere o parág rafo único do art. 4º desteRegulamento)

ITEM DISCRIMI NAÇÃO

(...) (...)

50-A. Até 31.12.2018, aos estabelecimentos fabrican tes deTORRES PARA LINHAS DE TRANSMISSÃO DE ENERGIA E E STRUTURASMETÁLICAS PARA SUBESTAÇÕES, classificadas no código7308.20.00 da NCM, em percentual equivalente a 75% (setentae cinco por cento) do débito do imposto incidente s obre assaídas internas e interestaduais desses produtos.

Notas:

1. o crédito presu mido de que trata este item:

a) será feito opcionalmente, em substituição aoaproveitamento de quaisquer outros créditos pelas e ntradasdo estabelecimento;

b) será lançado no campo “Outros Créditos” do livro Registrode Apuração de ICMS - RAICMS, consignan do a expressão“Crédito Presumido - item 50-A do Anexo III do RICM S”;

c) aplica-se cumulativamente com o diferimento parc ial deque trata o art. 108 deste Regulamento.

2. a opção pelo crédito presumido, bem como a renún cia,deverá ser declarada em termo la vrado no RO-e;

3. tanto a opção quanto a renúncia produzirão efeit os porperíodo não inferior a doze meses, contados do prim eiro diado mês subsequente ao da lavratura do correspondent etermo.”.

Para verificar se o produto está contemplado com ocredito pr esumido, necessário que esteja contemplado no códig oNCM e na descrição contida na legislação.

Registra-se, primeiramente, que o correto tratament otributário de determinada mercadoria depende da sua adequadaclassificação em um dos códigos da NCM, sendo t al tarefa de

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responsabilidade do contribuinte, e a competência p ara apreciareventual dúvida quanto ao correto enquadramento de produtos naclassificação fiscal é da Secretaria da Receita Fed eral doBrasil.

No caso, verifica-se que o crédito presumido éconcedido aos estabelecimentos fabricantes nas oper ações internase interestaduais com torres para linhas de transmis são de energiae estruturas metálicas para subestações, classifica das no código7308.20.00 da NCM, em percentual equivalente a 75% (setenta ecinco por cento) do débito do imposto.

Destarte, na hipótese de comercialização de partesespecíficas de torres de transmissão de energia, ap lica-se obenefício fiscal previsto no item 50-A do Anexo III da normaregulamentar, desde que sua classificação fiscal corresponda aocódigo 7308.20.00 da NCM.

Quanto ao procedimento de descrever o produto de fo rmaanalítica no documento fiscal que acoberta a operaç ão, detalhandoos itens que o compõe, para atender solicitação de adquirenteresponsável pela montage m, não interfere no tratamento tributárioaplicável, quando o código NCM do produto montado c orresponder aoindicado na regra beneficiadora.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobse rvar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICM S, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d e seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

PROTOCOLO: 13.436.932-9.

CONSULTA Nº: 004, de 21 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: MULTITRANS – TRANSPORTES E ARMAZÉNS GERAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. INDUSTRIALIZAÇÃO POR ENCOMENDA – NÃOCARACTERIZAÇÃO. OPERAÇÃO INTERESTADUALREALIZADA POR ARMAZÉM GERAL. TRIBUTAÇÃO.ALÍQUOTA.

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RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, tendo como atividade principal cadast radao transporte rodoviário de produtos perigosos (CNAE 4930-2/03), ecomo secundárias o transporte rodoviário de carga, excetoprodutos perigosos e mudanças, intermunicipal, inte restadual einternacional (CNAE 4930-2/02), armazém geral – emissão dewarrant (CNAE 5211-7/01), o comércio atacadista (CN AE 4632-0/01,4637-1/02, 4683-4/00 e 4691-5/00) e a fabricação de adubos efertilizantes, exceto organominerais (CNAE 2013-4/0 2), informaque pretende realizar industrialização por encomenda, em operaçãointerestadual, com suporte nos arts. 334 e 338 do R egulamento doICMS, visando a produção de insumos para uso na pec uária.

Aduz que: (1) o encomendante enviará a matéria-prim a,embalagem e o material intermediár io; (2) na condição deindustrializadora, fabricará o produto final e o de volverá aoencomendante; (3) não adicionará material de sua pr opriedade, demodo que o valor agregado será composto apenas pela mão-de-obraempregada na industrialização; (4) o proce sso de industrializaçãoconsiste em peneirar a matéria-prima e ensacá-la, r etornando-acomo produto acabado ao encomendante; (5) as matéri as-primas sãobasicamente o rol de insumos agropecuários, quais s ejam, fosfatobicálcico (NCM 2835.25.00) e monocálcic o (NCM 2835.26.00), deprocedência estrangeira, importadas pelo encomendan te,estabelecido nesta ou em outra unidade federada, e desembaraçadasno porto de Paranaguá, mas que, eventualmente, tamb ém poderãoadvir do mercado nacional; (6) as embalagens, clas sificadas noscódigos 6305.32.00 e 6305.90.00 da NCM, são adquiri das no país;(7) independentemente da origem dos insumos recebid os paraindustrialização, o produto industrializado será re metidofisicamente ao encomendante ou para terceiro, por c onta e ord emdaquele

Considera que:

a) nas operações interestaduais, por força da alíne a“c” do item 8 do Anexo II do RICMS, há redução da b ase de cálculopara 40% do valor da operação com insumos para uso na pecuária,incidindo a alíquota de 4%, por se tratar de me rcadoria de

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procedência estrangeira, com conteúdo de importação superior a40%;

b) há prevalência do diferimento em detrimento dasuspensão nas operações internas de remessa e retor no daindustrialização de insumos agropecuários, nos term os do art.115, in ciso II, do RICMS.

Diante do exposto, indaga se está correto oentendimento de que:

1) deve aplicar a redução da base de cálculo para 4 0%,prevista no item 8 do Anexo II do RICMS/2012, sobre o valoragregado, por ocasião do retorno, em operação inter estadu al, doproduto industrializado sob encomenda, quando a mat éria-primautilizada for de procedência nacional ou com conteú do deimportação inferior a 40%;

2) deve aplicar a alíquota de 4%, prevista no art. 15,inciso III, do RICMS/2012, sobre o valor agregad o, por ocasião doretorno, em operação interestadual, do produto indu strializadosob encomenda, quando a matéria-prima utilizada for deprocedência estrangeira e com conteúdo de importaçã o superior a40%.

RESPOSTA

A atividade relatada pela consulente na si tuação emtela, qual seja, de “peneirar a matéria-prima e ensacá-la” ,acondicionando o produto em embalagens classificada s nos códigos6305.32.00 e 6305.90.00 da NCM, as quais, pelas sua s própriascaracterísiticas, são destinadas apenas ao transpor te damercadoria, não constitui operação de industrializaçã o “tal comocaracterizada na legislação do IPI, aplicável subsi diariamente aoICMS”, conforme este Setor já manifestou na respost a à Consultanº 100/2014.

Desse modo, à situação fática exposta não se aplic am osprocedimentos previstos nos artigos 334 e seguintes do RICMS, quetratam das operações de remessa e retorno de mercad orias paraindustrialização em estabelecimento de terceiro, po is a atividadealudida não caracteriza industrialização.

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Assim, não se pode falar em “valor agregado” paraefeitos de tributação pelo ICMS, ficando prejudicad a a resposta àconsulente.

Registre-se, por fim, que neste caso devem serobservados os procedimentos relativos às operações com armazémgeral, previstas nos artigos 314 ao 327 do RICMS, sendo que naremessa e no retorno das mercadorias, em tal hipóte se, em setratando de operação interestadual, deve ocorrer o destaque doimposto, se devido.

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PROTOCOLO: 13.798.980-8.

CONSULTA Nº: 005, de 26 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: GALIZA DISTRIBUIDORA DE ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. PANETONE. ALÍQUOTA. INAPLICABILIDADE DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, estabelecimento comercial atacadista,informa que adquire panetone, NCM 1905.20.10, oriun do deindústria paulista, sem a retenção do imposto por s ubstituiçãotributária, por força do parágrafo único do art. 13 5 do Anexo Xdo RICMS.

Desse modo , em relação às etapas subsequentes decomercialização desse produto, indaga qual a alíquo ta aplicável,se deve reter o imposto antecipadamente e como afer i-lo,considerando que a carga tributária interna (corres pondente a 7%,caso se entenda que o paneton e é uma espécie de pão, nos termosdo inciso X do art. 1º do Decreto nº 3.869/2001) é inferior àinterestadual (12%), e o disposto no item 3 do inci so VII do art.135 do Anexo X do RICMS.

RESPOSTA

Registre-se, inicialmente, que este Setor Consultiv o jámanifestou reiteradamente que o panetone, classificad o no código1905.20.10 da NCM, constitui espécie do gênero pão (“pão deespeciarias”), aplicando-se-lhe, em razão disso, na s operaçõesinternas, o disposto no inciso X do art. 1º do Decr eto nº3.869/2001, de modo que a carga tributária corresponda a 7%(precedentes: Consultas nº 53/1999, nº 62/2000, nº 6/2002 e nº62/2002).

A definição do panetone como espécie do gênero pão édada pela Resolução RDC nº 90/2000 da Anvisa (subit em 2.2.5 doAnexo a essa resolu ção), e como pão de especiarias pela suaclassificação na NCM.

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Assim sendo, caso a consulente adquira referido pro dutoem operações interestaduais sujeitas à alíquota de 12%, deveráefetuar a anulação (estorno) proporcional do crédit o, nos termosdo § 1º d o Decreto nº 3.869/2001 combinado com o art. 29, in cisoIV, da Lei nº 11.580/1996.

Em relação à dúvida da consulente, se as operações companetone se sujeitam ou não ao regime da substituiç ão tributária,com a nova redação dada ao inciso VII do art. 135 d o Anexo X doRICMS, pelo Decreto nº 804/2015, com efeitos a part ir de1º/4/2015, fazendo referência no seu item 3 a “ Bolo de forma,inclusive de especiarias” , NCM 1905.20, foi retirado domencionado inciso o produto “pães industrializados, inclusive deespe ciarias” , classificados na NCM 1905.20, que incluia ospanetones.

Logo, em razão dessa alteração normativa, foirestringida a abrangência do regime da substituição tributárianas operações com os produtos classificados na posi ção 1905.20 daNCM, não estand o mais a ele submetidas aquelas relativas apanetones. Consequentemente, o inciso II do parágra fo único doart. 135 do Anexo X do RICMS foi tacitamente revoga do.

Além disso, o Decreto nº 3.530/2016, com efeitos apartir de 1º/1/2016, deu nova redação ao i nciso VII do art. 135do Anexo X do RICMS, também relacionando no seu it em 3 apenas“Bolo de forma, inclusive de especiarias”, fazendo agorareferência, todavia, quanto a esse item, à posição 1905.20.90 daNCM, resultando excluído, de qualquer modo, do me ncionado inciso,a exemplo do que já ocorria pela redação anterior, o produto“pães industrializados, inclusive de especiarias”, que incluia ospanetones. Aludido decreto também deu nova redação ao parágrafoúnico do art. 135 do Anexo X do RICMS, revogando expressamente oque estava antes disposto no seu inciso II.

Portanto, não há o que se cogitar de apuração ouretenção antecipada do imposto na situação objeto d a presenteconsulta.

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PROTOCOLO: 13.817.940-0

CONSULTA Nº: 006, de 28 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: RONAFER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇOS LTDA

SÚMULA: ICMS. MATÉRIA-PRIMA IMPORTADA. CRÉDITOPRESUMIDO. IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente aduz que atua na fabricação de armaçõe smetálicas para construção e para isso adquire chapa s e bobinas deaço de empresa paranaense que atua no comércio atac adista deprodutos siderúrgicos e metalúrgicos, que por sua v ez recebe oproduto em tr ansferência de estabelecimento localizado emterritório paulista, que é quem realiza a importaçã o dessesprodutos.

Reporta-se ao item 55 do Anexo III do Regulamento d oICMS, que concede crédito presumido ao estabelecime nto industrialque empregue as matéri as-primas especificadas no mencionadodispositivo em seu processo produtivo, quando adqui ridas dosestabelecimentos nele mencionados, e indaga:

1. tem direito à apropriação do referido benefíciofiscal?

2. O valor do crédito presumido está limitado ao daprestação de serviço de transporte da mercadoria da usina até aindústria?

3. Na hipótese de as respostas aos questionamentosanteriores serem positivas, qual seria o valor a se r apropriadocomo crédito? (Isso porque a mercadoria é entregue pela própriausi na e, no caso, desconhece o valor do frete. Assim, tem dúvidasse pode utilizar como parâmetro o valor do frete em operaçãosimilar).

4. Quando o fornecedor da matéria-prima for atacadi stanão equiparado a industrial, enquadrado no regime d o SimplesNacion al ou então no regime normal de apuração o ICMS, po de se

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apropriar do mencionado crédito presumido? Qual o l imite do valora ser apropriado?

RESPOSTA

Preliminarmente, esclarece-se que se responde asindagações partindo da premissa de que a matéria-pr ima a que serefere a consulente não é produzida em território n acional, massim é importada, sendo, dessa forma, desnecessárias para exarar aresposta outras informações acerca da atividade eco nômica dasfornecedoras da consulente.

Para análise da matéria, tran screve-se o item 55 doAnexo III do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decr eto n. 6.080,de 28 de setembro de 2012:

ANEXO III - CRÉDITO PRESUMIDO

55 Ao estabelecimento industrial, em montante igual ao queresultar da aplicação, sobre o valor da respectiva entrada,dos percentuais a seguir discriminados, que industr ializaras matérias-primas classificadas nas posições daNomenclatura Comum do Mercosul (NCM), desde que rec ebidasdiretamente da usina produtora ou de outro estabele cimentoda mesma empresa da usi na produtora ou de sua subsidiária,bem como de estabelecimento comercial não equiparad o aindustrial, nos termos da legislação do Imposto sob reProdutos Industrializados - IPI:

a) 7210 - Bobinas e chapas zincadas - 4%;

b) 7209 - Bobinas e chapas finas a f rio - 4%;

c) 7208 - Bobinas e chapas finas a quente - 5% e ch apasgrossas - 4%;

d) 7207 - Placas - 8%.

e) 7219 - Bobinas de aço inoxidável a quente e a fr io - 8%;

f) 7220 - Tiras de aço inoxidável a quente e a frio - 8%.

Notas: o benefício de que trata es te item:

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[...]

2 - fica limitado ao valor do correspondente serviç o detransporte das mercadorias:

[…]

c) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária, b em comodestes até o estabelecimento comercial, e deste até oestabelecimento industrial, devendo, neste caso, co nstar, nocampo "Reservado ao Fisco" da nota fiscal emitida p araacobertar a saída com destino à indústria, o valor doserviço de transporte da usina produtora até outroestabelecimento da m esma empresa da usina produtora ou desua subsidiária e destes até o estabelecimento com ercial;

Em relação à primeira indagação, a matéria já foiobjeto de análise por este Setor que se manifestou no sentido deque a aquisição de matéria-prima importada n ão gera direito àfruição do crédito presumido em questão, conforme e xcertos que setranscrevem da Consulta n. 60/2011:

O crédito presumido concedido aos industrializadore s dasespecificadas matérias-primas classificadas nas pos ições7208 e 7210 da NCM fun da-se no custo do transporte dasmercadorias, desde a usina produtora até o estabele cimentoindustrializador, e tem por objetivo permitir a aqu isiçãodesses insumos em igualdade de preços. Neutralizand o o valordo frete, evita-se a desvantagem das empresas situadas emlocais distantes das regiões produtoras. Esse crédi to,portanto, consubstancia-se em um subsídio, concedid o combase em variáveis próprias a esse segmento da indús trianacional (preço da matéria-prima X custo do frete), sendoque na importação as variáveis e aspectos que envolvem ovalor da operação são totalmente diversos.

Desse modo, e porque não prevista tal extensão no t extoregulamentar, mostra-se inaplicável às operações deimportação.

Com relação ao segundo, terceiro e quarto

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questionam entos, ficam prejudicados em virtude da resposta da daao primeiro item.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao art. 664 do RICMS, o prazo de até qu inze dias paraadequar os procedimentos já realizados em conformid ade com o quefoi aqui esclarecido, caso os tenha praticado diversame nte.

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PROTOCOLO: 13.565.735-2.

CONSULTA Nº: 007, de 26 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: AIR BP BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. QUEROSENE DE AVIAÇÃO. OPERAÇÃOINTERESTADUAL. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.APLICABILIDADE

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, distribuidora de combustíveis derivad osde petróleo, CNAE 4681-8/01, informa que adquire o produtoquerosene de aviação (QAV) de outra empresa distrib uidora, com aretenção do ICMS por substituição tributária.

Expõe que, posteriormente, real iza vendasinterestaduais desse produto, devendo fazer novo re colhimento doimposto ao Estado de destino.

Entende, entretanto, que nas operações aquisição, adistribuidora remetente não estaria obrigada a faze r a retençãodo imposto, tendo em vista o conti do no Convênio ICMS 81/1993,que assim prevê:

“Cláusula quinta A substituição tributária não se a plica:

I – às operações que destinem mercadorias a sujeito passivopor substituição da mesma mercadoria. ”

Assim, considerando o disposto no referido Convênio ,questiona se deve haver a retenção do ICMS por subs tituiçãotributária nas vendas destinadas à consulente.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 pertinentes ao questionamentoda consulente:

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

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SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA SOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

[...]

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

I – às operações que destine m mercadorias a sujeito passivopor substituição tributária da mesma mercadoria, ex ceto:

a) nas saídas praticadas por produtor de combustíve lderivado de petróleo ou ao remetente que destine co mbustívelderivado de petróleo ao Estado do Paraná;

[...]

Art. 29. É atribuída a condição de sujeito passivo porsubstituição, para fins de retenção e recolhimento do ICMSrelativo às operações subsequentes com os combustív eis elubrificantes, derivados ou não de petróleo, a segu irrelacionados, com a respectiva class ificação na NCM -Nomenclatura Comum do Mercosul (art. 18, inciso IV, da Lein. 11.580/1996; Convênios ICMS 110/2007 e 136/2008) :

[...]

IV – à distribuidora, em relação às operações com A EHC;gasolina de aviação (2710.12.51); querosene de avia ção equerose ne iluminante (2710.19.1) e com gás natural (2711)recebido por meio de gasoduto (Convênio ICMS 68/201 2);

[...]

VII – ao remetente estabelecido em outras unidades federadasem relação às operações destinadas a este Estado co m osprodutos mencionados neste artigo [...].” (grifado)

Verifica-se que as normas regulamentares citadasatribuem à distribuidora de combustíveis e ao remet enteestabelecido em outra unidade federada a condição d e substitutotributário nas operações com QAV.

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Embora o Convênio ICMS 81/93 afaste a obrigatoriedadede tal sistemática nas operações destinadas a sujei to passivo porsubstituição tributária da mesma mercadoria, o Esta do do Paranáexcepcionou da referida regra as saídas praticadas por produtorde combustível derivado de petróleo ou por remetente que destinecombustível derivado de petróleo a este Estado, nos termos daalínea “a” do inciso I do art. 12 do Anexo X do Reg ulamento doICMS.

Logo, é obrigatória a retenção do ICMS por substitu içãotributária na situação apresentada pela consulente.

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PROTOCOLO: 13.636.029-9.

CONSULTA Nº: 008, de 31 de março de 2016.

CONSULENTE: EXCELSIOR ALIMENTOS S.A.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. REDUÇÃO DE BASEDE CÁLCULO PARA OPERAÇÕES INTERNAS. SUBSTITUTOTRIBUTÁRIO ESTABELECIDO EM OUTRA UNIDADEFEDERADA.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, domiciliada no estado do Rio Grande d oSul e com inscrição de substituto tributário, infor ma quecomercializa o produto “apresuntado”, o qual classi fica no códigoNCM 1602.49.00 - “outras preparações e conservas de carne, demiudezas ou de sa ngue, da espécie suína”.

Aduz que o referido produto está sujeito ao regime dasubstituição tributária, nos termos do inciso IX do art. 135 doAnexo X do RICMS e que também está previsto, no ite m 11 do AnexoII, o benefício da redução da base de cálculo do ICMS para“apresuntado”, de forma que a carga tributária resu lte nopercentual de 7%.

Expõe seu entendimento de que, na condição desubstituto tributário, quando comercializar seus pr odutos comcontribuintes substituídos deve utilizar a carga tr ibutáriaefetiva de 7% na apuração do ICMS devido, exceto qu ando se tratarde venda para consumo final, em que deve ser apurad a a diferençade alíquotas se devida.

Acrescenta que para obter o valor do ICMS devido po rsubstituição tributária deve deduzir, a título d e operaçãoprópria, o valor correspondente ao percentual de 7% , enquanto queno documento fiscal permanece destacado o ICMS de 1 2% relativo àoperação interestadual.

Questiona se se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

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Destaca-se os dispositivos do Re gulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28.9.2012, que t em identidadecom a matéria questionada, “in verbis”:

“ANEXO II – REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

(…)

11 A base de cálculo do ICMS fica reduzida, de form a que acarga tributária resulte no pe rcentual de sete por cento dovalor das operações, nas saídas internas de LINGUIÇ AS,SALSICHAS, EXCETO EM LATA, APRESUNTADO E MORTADELA.

(…)

ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

SEÇÃO I DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIANAS OPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

(...)”

No caso, constatando-se que a mercadoria relacionad apela consul ente está em consonância com a descrição e a NCMdispostas no item 3 do inciso IX do art. 135 do Ane xo X do RICMS,essas se submetem ao regime da substituição tributá ria emquestão.

Quanto à correta aplicação de benefício fiscal ecálculo do imposto devido por substituição tributária, este SetorConsultivo já se pronunciou por meio da Consulta n. 27/2015, daqual se transcrevem excertos, na parte que trata de regra deredução de base de cálculo aplicável a todas as eta pas decomercialização em operações int ernas, e quanto à regra de

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manutenção dos créditos:

“Ressalta-se que na determinação da base de cálculo devemser observadas as regras legais e regulamentarespertinentes, sobretudo as dispostas no art. 6º e in ciso IIdo art. 11 do RICMS, bem como a regra expressa nodispositivo regulamentar concernente à redução da b ase decálculo quanto à manutenção ou não dos créditos pel asentradas.

No que se refere a operações com redução de base de cálculo,a regra geral prevê o estorno proporcional do crédi to, noste rmos do inc. IV do art. 71, exceto quando expressaprevisão de manutenção, conforme inciso II do art. 72, ambosdo RICMS, “in verbis”:“Art. 71. O sujeito passivo deverá efetuar o estorn o doimposto creditado sempre que o serviço tomado ou amercadoria ou bem entrados no estabelecimento (art. 29 daLei n. 11.580/1996):

(...)

IV - for objeto de operação ou prestação subsequent e comredução de base de cálculo, hipótese em que o estor no seráproporcional à redução;

(...)

Art. 72. Não se exigirá a anulação do c rédito em relação:

(...)

II - aos itens dos Anexos I e II deste Regulamento, em quehaja expressa previsão de manutenção do crédito;”

(...)

1. Redução de base de cálculo do ICMS nas saídas in ternas.

Nessa situação a redução da base de cálculo se apli ca at odas operações de saídas internas, indistintamente.

A redução da base de cálculo é aplicada sobre a ope raçãoprópria do contribuinte paranaense, substituto trib utário, etambém no cálculo do ICMS a ser retido por substitu ição

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tributária.

Em relação às oper ações interestaduais, a redução da base decálculo em questão deve ser considerada apenas no c álculo doICMS a ser retido por substituição tributária.

[...]

No cálculo do ICMS referente à substituição tributá ria, abase de cálculo deve ser dimensionada nos termos do quedispõe o inc. II do art. 11 e o caput do § 5º do ar t. 1º, doAnexo X, ambos do RICMS, considerando-se o percentu al deredução da base de cálculo estabelecido às operaçõe sinternas. Sobre esse valor deve ser acrescida a Mar gem deValor Agrega do (MVA) original, no caso de contribuinteparanaense, ou a correspondente MVA ajustada, apura da emconformidade com o disposto nos § 5º e § 6º do art. 1º doAnexo X da mesma norma regulamentar, no caso de con tribuintede outras unidades federadas. Ao fina l, deve ser consideradaa alíquota correspondente ao produto (art. 14 do RI CMS) paracálculo do ICMS.

O imposto devido por responsabilidade corresponde àdiferença resultante entre o valor do ICMS apurado nostermos do parágrafo anterior e aquele devido pe la operaçãoprópria do substituto tributário, no caso de a regr a deredução prever manutenção de crédito.

Por outro lado, quando a regra de redução da base d e cálculoexigir estorno proporcional do crédito, do montante doimposto devido pela operação própr ia realizada pelosubstituto tributário deverá ser descontado o perce ntualatingido pelo estorno. Precedente: Consulta nº 104/ 2013.(...)”.

Considerando que não há previsão para manutenção decrédito na hipótese da redução de base de cálculo e m exame, nomomento da apuração do imposto devido por substituiç ão tributáriadeverá ser considerada tal circunstância, deduzindo -se, a títulode ICMS da operação própria, apenas o percentual co rrespondente a7% e não a 12%, conforme destacado no documento fis cal, o qu eresulta, desse modo, no estorno proporcional de 5%, na forma dalegislação de regência.

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Portanto, correto o entendimento da consulente.

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PROTOCOLO: 13.875.276-3

CONSULTA Nº: 009, de 28 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: SALTO PARAÍSO PAPEIS E ARTEFATOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. DIFERIMENTO PARCIAL.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa enquadrada no Simples Naciona l,informa ser fabricante de papel higiênico e solicit aesclarecimentos acerca da aplicação do diferimento parcial nasoperações com tal produto sujeitas ao regime de sub stituiçãotributária.

Esclarece, in icialmente, que calcula o ICMS devido porsubstituição tributária com base no Boletim Informa tivo n.12/2015, da Secretaria da Fazenda do Paraná.

Afirma que, em seu entendimento, o diferimento parc ialsó se aplicaria no cálculo do ICMS próprio, não se este ndendo aoICMS devido por substituição tributária.

Todavia, informa que alguns clientes se recusam areceber as mercadorias, alegando que a consulente é empresaenquadrada no Simples Nacional, sujeita, portanto, ao tratamentotributário diferenciado e favo recido estabelecido pela LeiComplementar n. 123/2006 e, por isso, não poderia a plicar odiferimento parcial, conforme previsão do §3º, inci so II, do art.108, do Regulamento do ICMS.

Por fim, expõe que efetua a retenção do ICMS devido porsubstituição tri butária também nas vendas para consumidor final.

Do exposto, questiona:

1. na venda a consumidor final, devem ser aplicadas asregras da substituição tributária?

2. Para fins do cálculo do ICMS devido por substitu içãotributária, deve considerar o diferim ento parcial

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previsto no art. 108 do Regulamento do ICMS?

3. Qual a aplicabilidade do § 8º do art. 1º do Anex o Xdo Regulamento do ICMS?

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, pertinentes aoquestionamento da consulente, e o Boletim Informativo n. 12/2015,da Secretaria da Fazenda do Paraná:

Regulamento do ICMS

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NASOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por subs tituiçãotributária, em relação às operações subsequentes , serácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cál culoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[...]

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enqu adrada no SimplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decreto n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à oper açãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido porsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes , mediante a aplicação da alíquota vigente paraas operações internas sobre a respecti va base de cálculo

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prevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

III - não aplicar a margem de valor agregado ajustada (MVAajustada) , devendo, para fins de base de cálculo dasubstituição tributária nas operações interestaduai s, adotaro percentual de MVA estabelecido para as operações internas(Convênio ICMS 35/2011).

[...]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipó tese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

[...]” (grifado)

Boletim Informativo n . 012/2015

“Aplicação do diferimento parcial (art. 108 do RICM S/PR) nasoperações sujeitas à substituição tributária.

Publicado em 22/4/2015

A partir de 1º/4/2015, não está mais em vigor o inc iso I do§ 1º do art. 108 do RICMS/PR, que vedava a aplicaçã o dodiferimento parcial nas operações sujeitas à substi tuiçãotributária. Para o cálculo do ICMS devido nas opera çõesinternas sujeitas à substituição tributária, o cont ribuinteque atende à condição de substituto tributário deve rá seguiras seguintes orienta ções: 1. O ICMS PRÓPRIO deverá sercalculado COM a aplicação do diferimento parcial.

2. O ICMS-ST deverá ser calculado SEM a aplicação d odiferimento parcial.

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3. Deverão ser consideradas as demais regras vigent es paracada produto.

4. As notas fiscais dev erão conter o CST - Código deSituação Tributária - 10, de que trata a Tabela II do AnexoIV do RICMS/2012, e a alíquota de 12%, informando n o campo“Informações Adicionais” a expressão: “ICMS parcial mentediferido no montante de R$ ...., conforme art. 108 doRICMS/2012”.”

Primeiramente, esclarece-se que, conforme dispõe o art.1º do Anexo X do Regulamento do ICMS, a sistemática dasubstituição tributária aplica-se apenas quando da existência deoperações subsequentes sujeitas à incidência do ICMS. Ou seja,tal sistemática tem como pressuposto a existência d e etapasposteriores de circulação da mercadoria. Logo, nas vendaspraticadas por fabricante a consumidor final não se aplica asubstituição tributária, pois essa operação se cons titui na únicaetapa do c iclo de comercialização da mercadoria. Incorreto,portanto, o entendimento da consulente.

Nessa hipótese, inaplicável, também, o diferimentoparcial de que trata o art. 108 do Regulamento do I CMS, poisrestrito às operações realizadas entre contribuinte s commercadorias adquiridas para revenda.

Ressalta-se apenas que, em se tratando de operaçõesinterestaduais, deve ser verificado se a consulente , na condiçãode remetente, é responsável pelo pagamento de event ual ICMSdecorrente da diferença das alíquotas interna e interestadual.

Com relação à substituição tributária, o § 4º do ar t.1º do Anexo X do Regulamento do ICMS, prevê que a e mpresa optantepelo Simples Nacional, nas operações com mercadoria s sujeitas atal regime, deve fazer a retenção do imposto na condição desujeito passivo por substituição.

De acordo com o inciso I do referido § 4º, o ICMSrelativo à operação própria deve ser calculado e re colhidosegundo as regras previstas no Anexo VIII do Regula mento do ICMS,que trata do regime do Simples Nacional.

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Já para calcular o imposto devido pelo regime dasubstituição tributária, deverá observar a legislaç ão aplicávelaos contribuintes enquadrados no regime normal de a puração.Assim, para efeitos do cálculo do ICMS devido por s ubstituiçãotributária , esclarece o Boletim Informativo n. 12/2015 que o ICMSa título de operação própria deverá ser calculado c om a aplicaçãodo diferimento parcial de que trata o art. 108 do R egulamento doICMS, e que o ICMS devido por substituição tributár ia deverá sercalc ulado sem a aplicação do diferimento parcial.

Tal matéria, inclusive, já foi manifestada por esteSetor por meio das Consultas n. 91 e n.122 de 2015, cujosexcertos dessa última se transcrevem:

“(...) Em relação ao substituto tributário enquadr ado nore gime do Simples Nacional, o inciso I do § 4º do art . 1º doAnexo X dispõe que o ICMS relativo à operação própr ia deveser calculado em conformidade com o regime do Simpl esNacional.

Já em relação ao imposto a ser retido por substitui çãotributária, embora a regra prevista no inciso II do referido§ 4º disponha que do montante do imposto devido dev a serdeduzido o valor resultante da aplicação da alíquot a internaou interestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário, há que se consider ar que a empresaenquadrada no Simples Nacional deve apurar o impost orelativo à substituição tributária observando as me smasregras do contribuinte enquadrado no regime normal, conformedispõe a Lei Complementar n. 123/2006.(...)”

Portanto, correto o proc edimento da consulente quanto àaplicação do diferimento parcial no cálculo do ICMS a título deoperação própria , para fins do cálculo do ICMS devido porsubstituição tributária.

O § 8º do art. 1º do Anexo X do Regulamento do ICMSprevê o ajuste da MVA em operações internas sujeitas àsubstituição tributária, quando a carga tributária do substitutofor inferior à da operação do substituído com o con sumidor final.

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Nessas situações, a consulente deve ajustar as MVAindicadas no Anexo X do Regulamento do ICM S referentes aosprodutos que comercializa para apurar a base de cálculo deretenção do imposto, sobre a qual deverá aplicar a alíquotainterna, conforme dispõe o referido § 8º (Precedent e: Consulta n.138/2015).

Dessa maneira, no que estiver procedendo d e formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.896.567-8.

CONSULTA Nº: 010, de 3 de março de 2016.

CONSULENTE: INDÚSTRIA DE MÓVEIS SIMOSUL LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA PARA MICROEMPREENDEDOR INDIVIDUAL(MEI). DIFERIMENTO PARCIAL. APLICABILIDADE.

RELATOR: GABRIEL ARGOLO MATOS ROCHA

A consulente, que tem como atividade a fabricação d emóveis de madeira, relata que realiza operações int ernas paracontribuintes que revendem tais mercadorias.

Descreve que aplica nessas operações o diferimentoparcial de 33,33% do valor do imposto, em se tratando demercadorias comercializadas com a alíquota de 18%, conformeprevisto no art. 108, inciso I, do RICMS.

Informa, ainda, que efetua o mesmo procedimento emoperações internas destinadas a Microempreendedor I ndividual(MEI), optante pelo SIMEI, q ue não possui inscrição estadual.

Assim, questiona se o procedimento adotado com rela çãoàs operações destinadas a microempreendedor individ ual estácorreto.

RESPOSTA

As regras relativas ao diferimento parcial estãodisciplinadas nos artigos 108 e 109 do R ICMS, conformetranscrição a seguir:

“Art. 108. Fica, também, diferido o pagamento do im posto nassaídas internas entre contribuintes e nas operações deimportação, por contribuinte, de mercadorias, na pr oporçãode:

I - 33,33% do valor do imposto, na hipót ese da alíquota ser18%;

[...]

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Art. 109. Encerra-se a fase de diferimento em relaç ão àsmercadorias de que trata o artigo anterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas internas para consumidor final, con tribuinteou não do imposto.”

Logo, tem -se que 33,33% do valor do imposto devido nasoperações de saída interna para contribuinte é dife rido, nahipótese da alíquota ser 18%.

Verifica-se do disposto no art. 109 que tal tratame ntotributário é aplicado quando a mercadoria comercial izada continuano ciclo mercantil. A aplicação do diferimento, por tanto, dependeda destinação dada à mercadoria pelo adquirente.

Como a consulente atua na comercialização de móveis , setais produtos forem destinados a adquirentes que oscomercializem, mesmo que estes s ejam microempreendedores optantespelo SIMEI, deve-se aplicar o diferimento parcial. Casocontrário, se o destinatário for usuário/consumidor final doproduto, não se aplica esse tratamento tributário ( precedente:04/2011).

Ressalte-se que o fato de o micr oempreendedorindividual estar dispensado de se inscrever no CAD/ ICMS não lheretira a condição de contribuinte do imposto.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto n o artigo 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.209.527-2.

CONSULTA Nº: 011, de 28 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: MAMUTY INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. COSMÉTICOS DESTINADOS AO SEGMENTO “PET”.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente informa que, dentre outras atividades,atua no comércio atacadista, na importação e na exp ortação decosméticos, de produtos de perfumaria e de higiene (CNAE4646-0/01), tais como xampus, condicionadores, crem es e loções,todos destinados ao m ercado “pet”.

Apresenta dúvida a respeito da aplicabilidade do re gimede substituição tributária a produtos que classific a em posiçõesou códigos NCM listados no art. 95 do Anexo X do Re gulamento doICMS, uma vez que a Seção XX deste anexo, que compr eende osartigos 93 a 96, estabelece à obrigatoriedade de ta l sistemáticaem relação às operações com cosméticos, perfumaria, artigos dehigiene pessoal e de toucador, sendo que os produto s quecomercializa, embora incluídos na NCM, destinam-se exclusivamenteao uso em cães, gatos e pequenos animais.

Assim, tendo em vista a distinção de aplicabilidade , aouso humano ou ao uso animal, entende que descabe a praticar asubstituição tributária nas operações com xampus (N CM3305.10.00), gel dental (NCM 3306.10.00), pe rfumes (3307.20.90),lenços umedecidos (NCM 3401.19.00), sabonetes (3401 .11.90),tinturas para pelos (3305.90.00) e brilho revitaliz ador (NCM3305.90.00), todos para uso em cães e gatos.

Questiona se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Registre-se que a questão apresentada pela consulente,quanto à aplicabilidade da substituição tributária a produtoscosméticos e de perfumaria destinados ao uso em ani mais, restou

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esclarecida com a inclusão do § 7º ao art. 95 do An exo X doRegulamento do ICMS aprovado pe lo Decreto n. 6.080/2012, peloart. 1º, alteração 902ª, do Decreto n. 3.240, de 23 .12.2015, comefeitos a partir de 1º.1.2016:

“Art. 95. Nas operações com os produtos relacionado s, comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os segui ntes percentuais de margem de valoragregado (Protocolos ICMS 98/2009 e 190/2010):

...

§ 7º O disposto nesta Seção se aplica também aos pr odutosdestinados ao uso em animais, cuja descrição e clas sificaçãoNCM correspondam aos indicados no art. 95 deste A nexo.”

Em razão da regra introduzida pelo § 7º antestranscrito, o art. 2º do mesmo Decreto n. 3.240/201 5 estabeleceuos procedimentos a serem observados pelos contribui ntessubstituídos, em relação aos estoques existentes e inventariadosem 31 de dezembro de 2015, de mercadorias recebidas sem retençãodo imposto, corroborando a obrigatoriedade da práti ca dasubstituição tributária a partir de 1º de janeiro d e 2016, nasoperações com produtos destinados ao uso em animais , cujadescrição e classificação NCM correspondam aos indicados no art.95 do Anexo X.

Relativamente à adequada aplicação da NomenclaturaComum do Mercosul (NCM), com o fim de certificar o corretotratamento tributário aplicável aos produtos que co mercializa,expõe-se ser do contribuinte tal responsabilidade e, em caso dedúvida, a competência para dirimi-la é da Secretari a da ReceitaFederal do Brasil.

Quanto aos produtos mencionados pela consulente, atítulo de esclarecimento, observa-se que:

a) a Nota 4 do Capítulo 33 da NCM dispõe que,“co nsideram-se produtos de perfumaria ou de toucador p reparados epreparações cosméticas, na acepção da posição 33.07 , entreoutros, (...) produtos de toucador preparados, para animais”;

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b) segundo os esclarecimentos contidos nas NotasExplicativas do Sistema Harmonizado de Designação e deCodificação de mercadorias (NESH), a subposição 330 7.90 da NCMcompreende “os produtos de toucador preparados para animais, taiscomo os xampus para cães e banhos para embelezar a plumagem depássaros”;

c) as orientações da Secretaria da Receita Federal doBrasil retratam que os produtos xampu, preparação l íquida para ocontrole de tártaro e mau hálito e gel para escovaç ão dos dentes,todos para cães e gatos, classificam-se no código 3 307.90.00 daNCM, conforme apontam as Sol uções de Consulta n. 6 e n. 8/2014(COANA), n. 11/2008, n. 12/2008 e n. 33/2009, estan do o saboneteantipulgas inserido no código NCM 3401.19.00, confo rme Decisão n.195/1998 do mesmo órgão.

No que diz respeito à submissão desses produtos àsubstituição tr ibutária, menciona-se que os códigos 3307.90.00 e3401.19.00 da NCM, nos quais, segundo as explicaçõe s antesexpostas, incluem-se aqueles relacionados pela cons ulente, estãolistados nos itens 30 e 32 do art. 95 do Anexo X, c om a seguintedescrição:

“Art. 95. Nas operações com os produtos relacionados, comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado (Protocolos ICMS 98/2009 e 190/2010):

(...)

ITEM NCM DESCRIÇÃO

...

30 3307.90.00 Outr osprodutos deperfumariaou detoucadorpreparados

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... ...

32 3401.19.00 Outrossabões,produtos epreparações, embarras,pedaços oufigurasmoldados,inclusivelençosumedecidos

...”

Verifica-se que a descrição das mercadoriascorrespondentes aos códig os NCM 3307.90.00 e 3401.19.00 contemplaos produtos mencionados na inicial. Logo, caso inse ridos nessescódigos, tais produtos estão sujeitos à sistemática dasubstituição tributária.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLOS: 13.784.026-0 e 13.853.781-1.

CONSULTA Nº: 012, de 25 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: REFRIGERAÇÃO DUFRIO COMÉRCIO E IMPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM CANOS E TUBOS DE COBRE.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente informa atuar no ramo de comércioatacadista de equipamentos e peças de reposição par a asatividades de refrigeração e climatização em geral.

Expõe que dentre os produtos que adquire para reven daestão os canos e tubos de cobre, classificados no código NCM7411.10.10.

Aduz que o item 39 do Anexo X do Regulamento do ICM Sdisciplina o regime da substituição tributária nas operações com“tubo de cobre e suas ligas, para instalações de ág ua quente egás, de uso na construção”, classificados no cód igo NCM7411.10.10.

Esclarece que os produtos por ela comercializados s ãoutilizados para:

- instalação de aparelhos de ar condicionado e decâmaras frigoríficas, dentre outros fins, destinado s àrefrigeração comercial e doméstica, para uso especí fico nacondução de gás refrigerante, excluído o uso na cons trução civil;

- aplicação em tubulações de aparelhos de arcondicionado instalados em obras realizadas por con strutoras, nacondição de consumidoras finais e, geralmente, não contribuintesdo ICMS.

Manifes ta o entendimento de que a substituiçãotributária não se aplica no primeiro caso, pois os produtos nãose enquadram no item 39 do Anexo X do Regulamento d o ICMS, e deque, no segundo caso, por serem destinados a consum idores finais,

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as saídas seriam tribu tadas pela alíquota de 18%.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, pertinentes aoquestionamento da consulente:

Regulamento do ICMS

“ANEXO X – DA SU BSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

[...]

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no territórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passivo porsubstitu ição, para efeitos de retenção e recolhimento doICMS relativo às operações subsequentes.

[...]

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de va loragregado:

[...]

ITEM NCM DESCRIÇÃO

39 7411.10.10 Tubos decobre e

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suas ligas,parainstalaçõesde águaquente egás, parauso naconstrução

[...]”

Este Setor Consultivo tem reiteradamente manifestad oque, estando a mercadoria inserta, por sua descriç ão e por suaclassificação na NCM, dentre aquelas sujeitas ao re gime dasubstituição tributária de que trata o Anexo X do R egulamento doICMS, independentemente de ter uso efetivo na const rução, estarásujeita a tal regime, exceto as mercadorias para as qu ais anecessária utilização na construção esteja expressa menteprevista, como é o caso do item 39 do art. 21 do An exo X doRegulamento do ICMS.

Com relação às mercadorias questionadas pelaConsulente, este Setor, inclusive, já se manifestou na Consultan. 65/2015, cujos excertos se transcrevem:

“(...) estão abrangidas pelo regime da substituiçãotributária as operações com tubos de cobre, e suas ligas,próprios para instalações de água quente e de gás u tilizadosna construção civil.

Logo, no caso de os tub os de cobre utilizados em aparelhosde refrigeração e ar condicionado serem distintos, por suascaracterísticas e identificação, daqueles destinado s ainstalações de água quente e de gás, não podendo se rutilizados para esse fim (instalações hidráulicas e degases), não se sujeitam ao regime da substituiçãotributária. (...)”

Assim, caso as mercadorias comercializadas pelaconsulente sejam fabricadas para uso em instalações de águaquente e de gás em obras de construção civil, subme tem-se àsubstituição tri butária. Por outro lado, caso os tubos de cobre

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utilizados em equipamentos de ar condicionado, refr igeradores,congeladores domésticos etc sejam distintos, por su ascaracterísticas e identificação, daqueles destinado s ainstalações de água quente e de gás, não podendo ser utilizadospara esse fim (instalações hidráulicas e de gases), não sesujeitam ao regime da substituição tributária.

Com relação ao segundo questionamento, se esclarece quenão se aplica a substituição tributária na operação commercadoria sujeita a esse regime na hipótese de o responsáveltributário realizar operação diretamente com consum idor final.Entretanto, essa regra é inaplicável à consulente, pois, nacondição de substituída tributária, deve adquirir a mercadoriasujeita a esse reg ime com o ICMS de toda a cadeia de circulaçãojá retido pelo substituto tributário.

Cumpre lembrar que a responsabilidade pela retenção doimposto por substituição tributária, no que tange a o referidoproduto, é do fabricante. Entretanto, em razão do q ue dispõe oart. 21, inciso IV, alínea “a”, da Lei nº 11.580/19 96, aconsulente responde solidariamente por eventual imp osto nãorecolhido nessa sistemática pelo substituto tributá rio.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na pr esente resposta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.689.725-0

CONSULTA Nº: 013, de 4 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: GV DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE COSMÉTICOSLTDA

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. IMPOSTO DEVIDO PORSUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. MARGEM DE VALORAGREGADO AJUSTADA.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, optante pelo Simples Nacional e atuan dona fabricação de cosméticos, de produtos de perfuma ria e dehigiene pessoal, aduz que, em razão de ser a substi tutatributária em relação às operações subsequentes, te m dúvidas sedeve proceder ao ajust e da margem de valor agregado quando acarga tributária incidente na operação que pratica for inferior àda operação do substituído na venda para o consumid or final, emrazão do contido no § 8º do art. 1º do Anexo X do R egulamento doICMS.

Defende que a re ferida norma regulamentar é destinadaapenas aos contribuintes enquadrados no regime norm al, pois paraaqueles cadastrados no Simples Nacional, por usufru írem detratamento tributário diferenciado, não se aplicam as regrasrelativas à isenção, à redução na base de cálculo etc.

Posto isso, questiona quanto à correção do seuentendimento.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os §§ 4º e 8 º doart. 1º do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

Art. 1 º O imposto a ser retido e recolhido por substitui çãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu lo

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prevista neste Regulamento, deduz indo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decre to n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras prevista s no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vige nte paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regul amento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

III - não aplicar a margem de valor agregado a justada (MVAajustada), devendo, para fins de base de cálculo dasubstituição tributária nas operações interestaduai s, adotaro percentual de MVA estabelecido para as operações internas(Convênio ICMS 35/2011).

[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o pe rcentual de cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresp onderá ao percentual de carga tributária da operaçã odo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

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Primeiramente, necessário enfatizar que o § 1º do a rt.13 da Lei Complementar n. 123/2006, que se encontra reproduzidona Lei estadual n. 15.562/2007 e no art. 5º do Anex o VIII doRegulamento do ICMS, prevê que as empresas enquadra das no SimplesNacional devem apurar, reter e recolher o ICMS, rel ativamente àsoperações especificadas n o inciso XIII do referido parágrafo, deforma desvinculada desse regime e de acordo com as regrasaplicáveis as demais pessoas jurídicas. Em razão de ssa disposiçãolegal, as empresas enquadradas no Simples Nacional, ao realizaremtais operações, sujeitam-s e às disposições aplicáveis aoscontribuintes enquadrados no regime normal de apura ção doimposto.

A partir de 1º de abril de 2015, nas operações suje itasao regime da substituição tributária, o contribuint e enquadradono regime normal deve calcular o impo sto relativo à operaçãoprópria observando o diferimento parcial de que tra ta o art. 108do Regulamento do ICMS, em razão da revogação do in ciso I do § 1ºdo mesmo artigo. Assim, como regra geral, para aque les produtoscom alíquota de 18% a carga tributári a da operação própriacorresponde a 12%.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d oSimples Nacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à “operação própria” deve ser c alculado deacordo com as regras estabelecida s para o mencionado regime.

Por outro lado, para efeitos do cálculo do impostodevido pelo regime da substituição tributária, o su bstitutoenquadrado no Simples Nacional é equiparado àquele cadastrado noregime normal de pagamento. Por essa razão, são ina plicáveis aocaso as regras de apuração e recolhimento do impost o previstas naLei Complementar n. 123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido emrelação às operações subsequentes deve ser apurado observando asmesmas regras aplicáveis ao sub stituto tributário incluído noregime normal de pagamento (precedente: Consulta n. 91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p elo

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regime da substituição tributária o substituto enqu adrado noSimples Nacional deve apurar o valor do imposto relativo àoperação própria diferindo parcialmente o imposto n os termos doart. 108 do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido aoregime normal fosse, na hipótese de a carga tributá ria do impostoapurado a título de operação própria ser infe rior àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deve ajustar amargem de valor agregado para apurar a base de cálc ulo do impostodevido pelo regime de substituição tributária, em c umprimento aodisposto no § 8º do art. 1º do Anexo X do RICMS (precedente:Consulta n. 138/2015).

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substitutotributário enquadrado no Simples Nacional ajustar a margem devalor agregado decorre das disposições contidas no citadoparágrafo 8º e não no § 5º do mesmo artigo. Ade mais, não hánenhuma regra excepcionando a aplicabilidade do § 8 º nasoperações sujeitas ao regime da substituição tribut ária.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º osubstituto tributário paranaense, ao certificar que a cargatributária por ele praticada na operação própria é inferioràquela praticada pelo substituído com o consumidor final, deveajustar a margem de valor agregado para depois apur ar a base decálculo do ICMS devido pelo regime da substituição tributária.Desse modo, a aplicaçã o dessa regra também para as aquisiçõesinterestaduais, não contraria o previsto no inciso III do § 4º doart. 1º do RICMS, pois nesse inciso consta que deve ser adotada amesma margem de valor agregado praticada nas operaç ões internas.Por conseguinte, se o contribuinte substituto tributárioparanaense ajusta a margem de valor agregado em tal hipótese, oestabelecido em outra unidade federal também deverá fazê-lo, deforma que o percentual de agregação seja o mesmo, t anto para asoperações internas quanto interestaduais.

Diante do exposto, caso a consulente tenha adotadoprocedimento diverso do contido na presente respost a, deveráobservar o disposto no art. 664 do Regulamento do I CMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação de seus procedimen tos

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já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.619.146-2.

CONSULTA Nº: 014, de 4 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: ARAGEL ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO. EMPRESAENQUADRADA NO SIMPLES NACIONAL. DIFERIMENTOPARCIAL. OPERAÇÃO PRÓPRIA. APLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, enquadrada no regime do Simples Nacio nale com atividade de fabricação de produtos alimentíc ios, temdúvidas sobre a aplicabilidade do diferimento parci al de quetrata o art. 108 da norma regulamentar no cálculo d o ICMS devidopelo regime da substituição tributária.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os §§ 4º e 8 º doart. 1º do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotri butária, em relação às operações subsequentes, serácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação p rópria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá obse rvar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decret o n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

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II - calcular, reter e recolher o imposto devido porsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vige nte paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante d a aplicação da alíquota interna ouinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do subst ituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo sub stituto e a variável “AL intra” corresponderá à car gatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d oSimples Nacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à “operação própria” deve ser calculado deacordo com as regras estabelecidas para o mencionad o regime.

Por outro lado, para efeitos do cálculo do impostodevido pelo regime da substituição tributária, o su bstitutoenquadrado no Simples Nacional é equipar ado àquele cadastrado noregime normal de pagamento. Por essa razão, são ina plicáveis aocaso as regras de apuração e recolhimento do impost o previstas naLei Complementar n. 123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido emrelação às operações subsequentes deve ser apurado observando asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário i ncluído noregime normal de pagamento (precedente: Consulta n. 91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituição tributári a o substituto enquadrado noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo de operação

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própria diferindo parcialmente o imposto nos termos do art. 108do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido aoregime normal fosse, na hipótese de a carga tributária incidentena operação a título de “operação própria” ser infe rior àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deve ajustar amargem de valor agregado para apurar a base de cálc ulo do impostodevido pelo regime de substituiçã o tributária, em cumprimento aodisposto no § 8º do art. 1º do Anexo X do RICMS (pr ecedente:Consulta n. 138/2015).

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substitutotributário enquadrado no Simples Nacional ajustar a margem devalor agregado decorre das d isposições contidas no citadoparágrafo 8º, e não no § 5º do art. 1º do Anexo X d o RICMS.Ademais, não há nenhuma regra excepcionando a aplic abilidade docitado § 8º para essa categoria de contribuinte.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, osub stituto tributário paranaense, enquadrado no Simple s Nacional,ao certificar que a carga tributária apurada a títu lo de operaçãoprópria é inferior àquela praticada pelo substituíd o com oconsumidor final, deve ajustar a margem de valor ag regado, nostermo s deste parágrafo, para depois apurar a base de cál culo doICMS devido pelo regime da substituição tributária.

Diante do exposto, caso a consulente tenha adotadoprocedimento diverso do contido na presente respost a, deveráobservar o disposto no art. 664 d o Regulamento do ICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação de seus procedimentosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.846.353-2.

CONSULTA Nº: 015, de 26 de janeiro de 2016.

INTERESSADA: A. REBESCO & CIA. LTDA.

ASSUNTO: ICMS. ERVA-MATE EM PÓ. OPERAÇÃO INTERNA.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: PAULO CÉSAR DA SILVA LOPES

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deprodutos para infusão, CNAE 1099-6/05, solicita esc larecimentossobre a tributação de erva-mate em pó.

Expõe que adquire tal produto de contribuintes, emoperação interna, destinando-o à industrializaç ão.

Esclarece, ainda, que as operações de aquisição sãotributadas com carga tributária equivalente a 7%. No entanto, mencionando não ter localizado n a legislaçãodispositivo amparando a aplicação do referido perce ntual detributação, tem dúvida quanto ao correto tratamento tributário.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se excertos doDecreto n. 3.869 de 10.4.2011, que dispõe sobre a r edução da basede cálculo nas operações internas com produtos da cesta básica:

“Art. 1º A base de cálculo do ICMS fica reduzida,opcionalmente ao regime normal de tributação, nas o peraçõesinternas com os produtos da cesta básica adiante ar rolados,em percentual que resulte carga tributária de 7% ( ConvênioICMS 128/ 94):...

IV - erva-mate;

...

§1º Para os efeitos do disposto neste decreto:

I - a redução da base de cálculo prevista no "caput " nãoacarretará a anulação dos créditos na saída, quando :

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a) o imposto, na operação anterior, já tiver sido c alculadosobre a ba se de cálculo reduzida;

b) a operação seja promovida pelo estabelecimentoindustrial-fabricante, beneficiador ou empacotador, salvo sea embalagem colocada destinar-se apenas ao transpor te damercadoria, ressalvado o disposto na alínea anterio r;

II - o cál culo do ICMS a ser destacado no documento fiscalpoderá ser efetuado pelo contribuinte aplicando dir etamenteo percentual de sete por cento sobre o valor da ope ração,ficando dispensada a informação relativa ao valor d a base decálculo reduzida, devendo, c ontudo, constar a observação deque o imposto foi calculado sobre base reduzida, no campo"Informações Complementares" do quadro "Dados Adici onais",mencionando-se o número deste Decreto.”

Observa-se que nas operações com erva mate,independentemente de su a forma de apresentação, em substituiçãoao regime normal de apuração, há previsão de reduçã o na base decálculo do imposto de modo que a carga tributária i ncidenteresulte no percentual de 7%, observados os requisit osestabelecidos no § 1º do art. 1º do d ecreto antes transcrito.

Assim, partindo da premissa de que o fornecedor opt oupela carga tributária reduzida, está correto o perc entual adotadopela consulente a título de crédito.

Registre-se, por oportuno, que as operações interna scom erva-mate bruta e cancheada estão abrangidas pelo diferimentode que trata o art. 107, item 29, do Regulamento do ICMS aprovadopelo Decreto n. 6.080/2012, embora também estejam c ontempladas naregra de redução de base de cálculo antes transcrit a. No entanto,quanto à pre valência de tratamento tributário, o Setor Consulti vodeixa de se pronunciar, com fundamento na alínea “a ” do art. 656do Regulamento do ICMS, haja vista a existência de auto deinfração em discussão, lavrado contra a consulente, que versasobre essa matér ia.

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PROTOCOLO: 13.652.169-1.

CONSULTA Nº: 016, de 26 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: FORNO DE MINAS S.A.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOS ALIMENTÍCIOS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATOR: PAULO CÉSAR DA SILVA LOPES

A consulente, comerciante atacadista de massasalimentícias, indaga sobre a aplicação da substitui çãotributária, implementada no Regulamento do ICMS pel o Decreto n.9.779/2013, com fundamento no Protocolo ICMS 120/20 13, a diversosprodutos que comercializ a, classificados no código 1905.90.90 daNCM.

Esclarece que o item 2 do inciso IV do art. 135 doAnexo X, ao indicar o referido código, descreve a e xpressão“salgadinhos diversos”, sem especificar quais produ tos estariamincluídos no preceito normativo, de ixando dúvidas quanto àsmercadorias abrangidas nesse conceito.

Transcreve as Soluções de Consultas n. 5/2011 e n.16/2007, expedidas pela Receita Federal do Brasil ( RFB), paraconcluir que, apesar de classificados no código 190 5.90.90 daNCM, a referida e xpressão não alcançaria os seguintes produtospor ela comercializados: folhados recheados, massa folhadalaminada, pão de batata cru congelado recheado, cro issants cruscongelados e recheados, empadas e tortas salgadas r echeadas.

Fundamenta sua posição arg umentando ser possívelconcluir, da leitura das soluções de consulta menci onadas, que aRFB classifica como “salgadinhos” os produtos fabri cados a basede trigo, com sabor artificial e sem qualquer reche io.

Assim, entende que os produtos por ela mencionad os nãoestariam submetidos à substituição tributária, poré m não estácerta se a norma, de fato, não pretendeu abranger o utros produtosque não àqueles com sabor artificial e sem recheio.

Expõe, ainda, que os itens 13 e 14 do inciso VII do

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art. 135 do Anex o X do Regulamento do ICMS também relacionam ocódigo 1905.90.90 da NCM, mas ao descreverem as mer cadoriascorrespondentes, restringem-se a “outros pães não e specificadosanteriormente” e a “outros bolos industrializados e produtos depanificação não espec ificados anteriormente”.

Relativamente a esses itens, como acontece com adescrição apresentada pelo item 2, tem dúvidas quan to à inclusãodos salgados que comercializa em tais dispositivosregulamentares, porquanto se tratam de produtos dis tintos de pãese bolos, inclusive o “pão de batata”, apesar de sua denominação.

Por fim, retrata que está também relacionada no ite m 2do inciso VII do Anexo X, a posição 19.02, com a se guintedescrição: “massas alimentícias cozidas ou recheada s (de carne oude outras su bstâncias) ou preparadas de outro modo”.

No entanto, aduz que esse item se restringe às mass asem sentido estrito, tais como, espaguete, lasanha, ravióli etc.,todas classificadas na posição 19.02 da NCM, não en globando ossalgados que descreve.

Por fim, t em dúvidas quanto à alíquota a ser aplicada,já que o RICMS não especifica os produtos abrangido s pelo termo“alimentos”, gerando dúvida acerca da utilização do percentual de12%, previsto no inc. II, “d”, do art. 14 da referi da norma.

Diante do exposto, q uestiona:

1. os produtos relacionados, classificados no códig o1905.90.90 da NCM, estão sujeitos à substituição tr ibutária?

2. Caso inaplicáveis as disposições dos artigos 133 a135 do Anexo X do Regulamento do ICMS, qual a norma da legislaçãodeve observa r nas operações com tais produtos?

3. Em qualquer cenário (havendo ou não substituiçãotributária), qual a alíquota aplicável nas operaçõe s internas comas mercadorias listadas?

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MS

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aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS/2012) pertinentes aosquestionamentos da consulente:

“ Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalo r agregado:

(...)

IV – snacks, cereais e congêneres:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

... ...

2 1905.90.90 Salgadinhosdiversos

(...)

VII – produtos à base de trigo e farinhas:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

... 19.02 Massasalimentícias cozidasourecheadas(de carneou deout rassubstâncias) oupreparadasde outromodo

2

... ... ...

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11 1905.90.90 Outrosbolosindustrializados eprodutos depanificaçãonãoespecificadosanteriormente, excetocasquinhasparasorvete epães

...)”

Expõe-se que os itens 13 e 14 do inciso VII do a rt. 135 doAnexo X do RICMS foram revogados pelo Decreto n. 80 4/2015, sendo que ocódigo 1905.90.90 da NCM, a partir de 1º de abril d e 2015,encontrava-se descrito no item 9 e, com a edição do Decreto n.3.530/2016, com vigência a partir de 1º.1.2016, est á indicado no item11 do referido inciso VII.

Transcreve-se, também, as posições da Nomenclatura Comum doMercosul – NCM relacionadas às questões formuladas:

19.02 Massas alimentícias,mesmo cozidas ourecheadas (de carne oude outras substâncias)ou prepa radas de outromodo, tais comoespaguete, macarrão,aletria, lasanha,nhoque, ravioli ecanelone; cuscuz, mesmopreparado.

1902.1 - Massas alimentíciasnão cozidas, nem

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[...]

19.05 Produtos de padaria,pastelaria ou daindústria de bolachas ebiscoitos, mesmoadicionado s de cacau;hóstias, cápsulasvazias paramedicamentos, obreias,pastas secas defarinha, amido oufécula, em folhas, eprodutos semelhantes.

1905.10.00 - Pão denominadoknäckebrot

1905.20 - Pão de especiarias

1905.20.10 Panetone

1905.20.90 Outro s

1905.3 - Bolachas e biscoitos,adicionados deedulcorante; waffles ewafers:

1905.31.00 -- Bolachas ebiscoitos, adicionadosde edulcorante

1905.32.00 -- Waffles e wafers

1905.40.00 - Torradas, pão torradoe produtos semelhantestorrados

1905.90 - Outros

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1905.90.10 Pão de forma

1905.90.20 Bolachas

1905.90.90 Outros

Ex 01 – Pão do tipocomum

Em relação à matéria apresentada, observa-se que a adequadaaplicação da NCM aos produtos que comercializa é de responsabilidadedo contribuinte e, em caso de dúvida, a competência para dirimi-las éda Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Nesse sentido, a consulente apresentou as seguintes Soluçõesde Consultas, as quais, no seu entender, retrataria m os “salgadinhos”classificáveis na posição 1905.90.90, que seria m distintos, todavia,dos salgados que comercializa:

“Solução de Consulta nº 5 de 14 de fevereiro de 201 1

Assunto: Classificação de Mercadorias

Ementa: Código TIPI Mercadoria 1905.90.90 – Biscoit o Lin,nome vulgar salgadinho de trigo crocante, frito em ól eovegetal, nos sabores: pimenta, queijo, camarão, piz za, bacone churrasco, apresentado em sacos plásticos de 50g, 70g,150g e 200g, destinados ao consumidor final e de 3k ,destinado à venda a granel. Fabricante: Comercial eIndustrial Lin Ltda.”

“Solução de Consulta nº 16 de 23 de março de 2007

Assunto: Classificação de Mercadorias

Ementa: 1905.90.90 Salgadinho de trigo sabor bacon, frito emóleo vegetal, apresentado em saco plástico metaliza do de 18ge 55g. Marca registrada: Baconzitos. Fabricante: Pe psi co doBrasil Ltda.”

No entanto, a própria consulente utiliza esse códig o paraclassificar os salgados que revende.

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Assim sendo, expõe-se que, no caso de os salgados, mesmorecheados, classificarem-se no código 1905.90.90 se gundo as regras declassificação adotadas pela NCM e enquadramento estabelecido pelaSecretaria da Receita Federal do Brasil, estão incl uídos nasubstituição tributária de que trata o item 2 do in ciso IV do art. 135do Anexo X do Regulamento do ICMS, por corresponder em ao código e NCMe à descrição da mercadoria nele referida.

Contudo, as Soluções de Consulta da RFB n. 28 e 31, de marçode 2011, apontam que os salgados, quando recheados de carne,classificam-se no código 1602.32.00 da NCM:

“Solução de Consulta nº 28 de 16 de março de 2011

Assunto: Classificação de Mercadorias

Ementa: Código TIPI: 1602.32.00 Mercadoria: Empada defrango, de massa folha, congelada, própria para ali mentaçãohumana após ser assada, composta por farinha de tri go,manteiga, ovos, leite e recheio de carne de frang o (23%, empeso), sem fermento, obtida pela mistura dos ingred ientes,moldagem manual em forma de pequena torta, pré-cozi mento,congelamento e acondicionamento em embalagem com ca pacidadede 1kg.”

Em relação aos produtos da posição 19.02 da NCM,esclarece- se que os salgados referidos pela consulente não es tão nelainseridos, conforme evidencia sua redação: “Massas alimentícias, mesmocozidas ou recheadas (de carne ou de outras substân cias) ou preparadasde outro modo, tais como espaguete, macarrão, aletr ia, lasanha,nhoque, ravióli e canelone; cuscuz, mesmo preparado ”.

Assim, inaplicável a regra estabelecida no item 2 d o incisoVII do art. 135 do Anexo X aos referidos produtos.

Quanto aos produtos de que trata o item 11 do incis o VII domesmo artigo do anexo regulamentar, quais sejam, “Outros bolosindustrializados e produtos de panificação não espe cificadosanteriormente, exceto casquinhas para sorvete e pãe s”, NCM 1905.90.90,a substituição tributária alcança todos os produtos de panificaçãoinsertos nesse código.

Logo, se dentre os produtos referidos pela consulen te seencontram mercadorias classificadas nesse código, s ubmetem-se à

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substituição tributária, em razão do disposto no pa rágrafo anterior.

Reproduz-se, por oportuno, a Solução de Consulta n. 35/201 1:

“Solução de Consulta nº 35 de 17 de março de 2011.

Assunto: Classificação de Mercadorias.

Ementa: Código TIPI: 1905.90.90 Mercadoria: Croissa nt doce,de massa folhada, congelado, próprio para a aliment açãohumana após ser assado, composto por farinha de trigo,manteiga, ovos, leite e recheio de doce de goiaba ( 23%, empeso) sem fermento, obtido pela mistura de ingredie ntes,moldagem manual em formato de crescente, pré-cozime nto,congelamento e acondicionamento em embalagem com ca pacidadede 1 kg.”

A alíq uota vigente para esses produtos é de 18%, conforme anova redação dada pela Lei n. 18.371/2014, com vigê ncia a partir de1º.4.15, alterando o art. 14 da Lei. 11.580/1996. A té tal data, aalíquota em vigor era de 12%, em razão de as mercad orias estareminc luídas no conceito de alimento.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de forma d iversa aoexposto na presente resposta, deverá a consulente o bservar o dispostono artigo 664 do RICMS/2012, que prevê o prazo de a té quinze dias paraa adequação de seus procedimentos já realizados ao ora esclarecido.Protocolo: 13.859.033-0.

CONSULTA Nº: 017, de 25 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: GIOVANI JOSÉ DARIO EIRELI ME.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. RETORNO DEINDUSTRIALIZAÇÃO. VALOR AGREGADO. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, enquadrada no Simples Nacional, infor maque atua principalmente na facção de peças de vestu ário (CNAE1412-6/03).

Aduz que realiza industrialização por encomenda, emoperação interna, nos termos do art. 334 do RICMS.

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Questiona quanto ao trata mento tributário relativo aovalor agregado, referente ao serviço de industriali zação por elarealizado e cobrado do encomendante, quanto à aplic ação dodiferimento do imposto previsto no art. 107, § 1º, iniciso III,do RICMS.

RESPOSTA

A respeito da matér ia ora questionada, este Setor jámanifestou o seguinte entendimento:

a) o regime do Simples Nacional não se coaduna com odiferimento do pagamento do ICMS referente ao valor agregado noprocesso de industrialização, constante no inciso I II do § 1º doart . 107 do RICMS (precedente: Consulta nº 38/2013);

b) a receita auferida com a industrialização porencomenda, referente à mão-de-obra e ao material ne la empregados,compõe a receita bruta tributável pelo Simples Naci onal, nostermos da legislação de regênc ia, devendo ser observada atributação própria estabelecida para a atividade de senvolvidapela empresa; o valor das mercadorias e insumos rec ebidos doencomendante, objeto de retorno após a industrializ ação, por nãose constituir em receita auferida, não i ntegra o montantetributado (precedentes: Consultas nº 18/2008 e nº 6 9/2011);

c) com referência ao documento fiscal relativo ao v aloragregado oriundo do processo de industrialização e ao montante deICMS correspondente, pago no regime do Simples Naci onal , esseimposto pode ser creditado pelo estabelecimento enq uadrado noregime normal que recebe em retorno o produto indus trializado,desde que a consulente efetue os procedimentos prev istos no art.10 do Anexo VIII do RICMS (precedente: Consulta nº 38/2013) .

Registre-se, por fim, que a consulente dispõe do pr azode quinze dias, contados da data da sua ciência a r espeito dapresente resposta, para realizar os ajustes pertine ntes, nostermos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.761.817-6.

CONSULTA Nº: 018, de 8 de março de 2016.

CONSULENTE: ENGEPEÇAS EQUIPAMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.RESPONSABILIDADE PELO RECOLHIMENTO DO IMPOSTO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente informa que atua principalmente nocomércio atacadista de peças e acessórios automotiv os, e que écontribuinte substituído nas vendas internas de pro dutos advindosde operações de transferências.

Indaga se nesse caso é possível lhe ser atribuí da aresponsabilidade pela retenção antecipada do impost o porsubstituição tributária, na condição de contribuint e substituto,considerando o disposto no art. 12, inciso II, do A nexo X doRICMS.

RESPOSTA

A respeito da matéria questionada, a legislação der egência assim dispõe:

“RICMS

ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

(…)

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA SOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

[...]

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

[...]

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II – às transferências para outro estabelecimento, ex cetovarejista, do sujeito passivo por substituição, hip ótese emque a responsabilidade pela retenção e recolhimento doimposto recairá sobre o estabelecimento que promove r a saídada mercad oria com destino a empresa diversa (cláusulaquinta, inciso II, do Convênio ICMS 81/1993);

[...]

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que p romover saída das peças, partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da NCM, de uso especificamente automotivo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômicodo setor automotivo, sejam adquiridos ou revendidos porestabelecimento de indústria ou comércio de veículo sautomotores terrestres, bem como de veículos, máqui nas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas p eças,partes, componentes e acessórios, com destino a revendedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tenção erecolhimento do ICMS relativo às operações subseque ntes(Protocolo ICMS 83/2008):

[...]

§ 2º O disposto nes te artigo não se aplica às remessas demercadoria com destino a:

[...]

b) outro estabelecimento do mesmo titular, desde qu e nãovarejista".

Da norma transcrita verifica-se que o § 2º do art. 97do Anexo X do RICMS determina que o regime da subst ituiçãotri butária nas operações com autopeças não se aplica n as

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transferências para estabelecimento que atue na con dição deatacadista. A mesma regra está contida no inciso II do art. 12 doAnexo X do RICMS.

Dessa forma, compete à consulente, a quem a legisla çãoreg ulamentar atribui a condição de substituto tributár io, efetuara retenção do ICMS por ocasião da saída da mercador ia paraempresa diversa (precedentes: Consultas nº 27/2004, 71/2006,74/2006 e nº 33/2012), por meio de inscrição especi al de quetrata o art. 125, § 10, e o art. 2º, inciso I, do Anexo X, doRICMS.

Caso esteja procedendo de outro modo, a consulentedispõe do prazo de quinze dias, contados a partir d e sua ciênciaa respeito da presente resposta, para realizar os a justespertinentes, nos termos d o art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.934.161-9.

CONSULTA Nº: 019, de 8 de março de 2016.

CONSULENTE: ELETRO PAINEL COMÉRCIO DE MATERIAIS ELÉTRICOSLTDA.

SÚMULA: ICMS. CONVÊNIO ICMS 92/2015. CEST. EXCLUSÃO DOREGIME DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente informa que atua principalmente nocomércio atacadista de material elétrico.

Solicita esclarecimento a respeito das disposições doConvênio ICMS 92/2015, que relaciona, nos seus Anex os I a XXVIII,as mercadorias passíveis de sujeição ao regime da substituiçãotributária, sua correspondente classificação na NCM e respectivoCEST(Código Especificador da Substituição Tributári a).

Entende, em suma, que os produtos cujas NCMs nãoconstarem dos anexos do convênio referido não estão mais sujeitosà al udida sistemática, a exemplo do que ocorre com o cl assificadona NCM 9032.90.10.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Este Setor Consultivo tem reiteradamente manifestad oque para determinada mercadoria estar sob a égide d a substituiçãot ributária deve constar relacionada, pela sua descri ção e peloseu respectivo código NCM, no Anexo X do Regulament o do ICMS.Caso contrário, o produto não se sujeitará a aludid a sistemática.

Referido entendimento permanece inalterado mesmo ap ós aentrada em vigor do Convênio ICMS 92/2015, criado paraidentificar as mercadorias e bens que podem ser ins eridos noregime da substituição tributária, quer o contribui nte estejaenquadrado no regime normal de apuração ou no regim e do SimplesNacional.

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Sublinhe-se qu e o referido Convênio, editado emcumprimento ao disposto no § 7º do art. 13 da Lei C omplementar nº123/2006, contempla a nova redação dada à alínea “a ” do incisoXIII do § 1º desse artigo pela Lei Complementar nº 147/2014, queespecifica a categoria de pr odutos em relação aos quais ocontribuinte enquadrado no Simples Nacional pode se r eleitosujeito passivo por substituição tributária.

As disposições contidas no aludido Convênio foraminseridas no Anexo XIII do RICMS.

Especificamente em relação ao código NCM indicado pelaconsulente, verifica-se que a posição 90.32 da NCM não consta doAnexo XIII, razão pela qual foi retirada do art. 11 6 do Anexo Xdo RICMS pelo Decreto n.º 3.530/2016, de 22/2/2016, com efeitos apartir de 1º/1/2016.

Logo, pode-se afirmar que aos produtos correspondentesà posição 90.32 da NCM não se aplica o regime da su bstituiçãotributária, exceto em relação àqueles especificados nos itens 81,99, 121 a 123 do art. 97 do Anexo X do RICMS.

Correto, portanto, o entendimento da consulente de queseu produto não está sujeito à substituição tributá ria.

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PROTOCOLO: 13.839.140-0.

CONSULTA Nº: 020, de 23 de março de 2016.

CONSULENTE: CNH INDUSTRIAL LATIN AMERICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. DEVOLUÇÃO DE MERCADORIA. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATOR: PAULO CÉSAR DA SILVA LOPES

A consulente, estabelecida em outra unidade federa da,que tem como atividade a indústria e o comércio por atacado, depeças e acessórios novos para veículos automotores, relata queefetua venda de mercadorias sujeitas à substituição tributária aconcessio nários estabelecidos neste Estado.

Expõe que, na hipótese de devolução de mercadoria àconsulente, a nota fiscal a ser emitida pelo contri buintesubstituído para documentar a operação deve conter, no campopróprio, o destaque do ICMS correspondente à opera ção própria dosubstituto tributário, nos termos do § 4º do artigo 5º do Anexo Xdo RICMS/PR.

Contudo, em relação ao imposto devido por substitui çãotributária, não deve ocorrer o destaque, conforme p rescreve oart. 9º do mesmo anexo, mas apenas ser mencio nado no quadro“Dados Adicionais”.

Questiona se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Preliminarmente, ressalta-se que o Setor Consultivo semanifestou a respeito da matéria apresentada na Con sulta n. 60,de 4 de setembro de 2015, da qual se transcrevem excertos:

“A dúvida da consulente reside na emissão de docume ntofiscal em situação de devolução de mercadorias, no âmbito doregime de substituição tributária.

Preliminarmente, convém analisar a legislação que t rata doassunto:

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‘ Anexo X do RICMS/2012:

Art. 9º. Na devolução de mercadoria adquirida emregime de substituição tributária, promovida porcontribuinte substituído, o remetente emitirádocumento fiscal na forma regulamentar, semdestaque do imposto , indicando o número e a datada nota fiscal emit ida, quando da remessaoriginária, e os motivos da devolução. (comgrifos)’

Especificamente, em relação a operações cujo impost o foiretido por substituição tributária, verifica-se que , nadevolução de mercadorias, a nota fiscal não deve co nterdestaque do ICMS no campo específico, tanto do próprioquanto do retido por substituição tributária, deven doconstar apenas, no campo “Informações Complementare s”, onúmero e a data da nota fiscal emitida, quando da r emessaoriginária, e os motivos da devolução.

Por seu turno, para a transmissão eletrônica da NF-e ca beseguir o padrão apresentado no Manual de Orientação doContribuinte, devendo na devolução ser informado o mesmo CSTconstante da NF-e do fornecedor e, no presente caso , em queé vedado o destaque do imp osto no campo próprio, deve-seincluir os valores de ICMS no campo “vOutro” (Outra sdespesas acessórias), cujo montante compõe o total do campo“vNF”, (valor total da NF-e).

Portanto, revela-se correto o procedimento adotado pelaconsulente, tendo em vista que os contribuintes do ICMSestabelecidos no Estado do Paraná devem observar alegislação paranaense para emissão de documentos.”

Logo, em relação a operações cujo imposto foi retid opor substituição tributária, verifica-se que, na de volução demercadori as, a nota fiscal não deve conter destaque do ICMS nocampo específico, tanto o da operação própria do su bstitutoquanto do retido por substituição tributária.

Registre-se que o § 4º do art. 5º do Anexo X doRegulamento do ICMS diz respeito a procedimento a ser observado

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pelo contribuinte substituído, quando promover oper açãointerestadual destinando mercadorias adquiridas com retenção deICMS a revendedores situados em outras unidades fed eradas,hipótese diversa da operação de devolução do produt o aosubst ituto tributário.

Portanto, revela-se parcialmente correto o entendim entoda consulente.

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PROTOCOLO: 13.769.033-0.

CONSULTA Nº: 021, de 15 de março de 2016.

CONSULENTE: MAKK LANCHONETE EIRELI – EPP.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. BONIFICAÇÃO. RECEITABRUTA. NÃO INCLUSÃO.

RELATOR: PAULO CÉSAR DA SILVA LOPES

A consulente, comerciante varejista do ramo derestaurantes e similares, optante pelo Simples Naci onal, informaque realiza, como forma de promoção, a venda de pro duto (cookie),cujo cupom fiscal emitido para essa operação garant e o direito deo cliente, n a próxima compra, receber mais uma unidade daqueleproduto, gratuitamente.

Entende que a situação mencionada configura hipótes e dedesconto, não sabendo dizer, todavia, se condiciona l ouincondicional, para efeitos de tributação.

Questiona como deve proced er nesse caso, em relação àemissão dos cupons fiscais e quanto ao tratamento t ributário.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe esclarecer que o Simples Nacion al éum regime específico e diferenciado de tributação i nstituído pelaLei Complementar n. 123/2006, que estabelece as normas geraisrelativas ao tratamento a ser dispensado às empresa s optantes poresse regime.

Nessa situação, tais empresas recolhem, a título deICMS, determinado percentual calculado sobre a rece ita brutaauferida, nos termos do art. 13 da lei mencionada.

Isto posto, considerando que a hipótese mencionada pelaconsulente caracteriza espécie de bonificação, não há receitaauferida como contrapartida ao produto fornecido ao clientegratuitamente.

Nesse sentido, posicionou-se a Receita Federal doBrasil, na solução de consulta que a seguir se tran screve:

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“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 58 de 10 de Agosto de 2012

EMENTA: As remessas de mercadorias a título de boni ficação,doação (art. 538 do Código Civil) ou brinde não sãotributadas pelo Simples Naciona l, visto que não constituemreceita bruta da empresa. Todavia, ressalte-se que talbonificação deve corresponder a um desconto incondi cional,constante da mesma nota fiscal que acompanha as mer cadoriasque deram origem ao prêmio, ou haja um contrato for mal quepreveja as condições negociais sobre a venda e conc essão debonificações, e não dependa de evento posterior à e missão dodocumento fiscal. A seu turno, os brindes devem des tinar-sea promover a empresa, e não necessariamente seus pr odutos,distinguind o-se, portanto, das amostras, podendo, noentanto, a estas ser assemelhados, desde que repres entados,exclusivamente, por objetos distribuídos, de forma gratuita,a clientes ou não, com a finalidade de promoção, de diminutoou nenhum valor comercial, e apr esentem índice moderado emrelação à receita bruta da empresa”.

Conclui-se, portanto, que o contribuinte optante pe loSimples Nacional não deve incluir na base de cálcul o os valorescorrespondentes aos produtos dados em bonificação, pois nãoconstituem rec eita da empresa.

Para documentar essa operação, deverá constar nodocumento fiscal correspondente à venda que deu ori gem ao prêmioa ocorrência de saída de mercadoria a título de bon ificação.

No que estiver procedendo de forma diversa, aconsulente dispõe do prazo de quinze dias, contados da suaciência a respeito da presente resposta, para reali zar os ajustespertinentes, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.903.287-0.

CONSULTA Nº: 022, de 2 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: CNOVA COMÉRCIO ELETRÔNICO S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM CONSUMIDORFINAL NÃO CONTRIBUINTE DO ICMS. DIFERENÇA DEALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo,informa estar cadastrada naquela unidade federada n a CNAE47.13-0/01 - Lojas de departamentos ou magazine , exercendo ocomércio varejista de mercadorias em geral.

Por conseguinte, esclarece que realiza ven das aconsumidores finais não contribuintes do ICMS, loca lizados emoutros estados, inclusive no Paraná, e que, nessa h ipótese, atédezembro de 2015, efetuava o recolhimento do ICMS à alíquotainterna ao Estado de São Paulo.

Porém, com a promulgação da Eme nda Constitucional n.87/2015, que alterou a sistemática de recolhimento do ICMS nessasoperações, expõe que os Estados do Paraná e de São Pauloalteraram suas legislações para contemplar a nova r egraconstitucional, vigente a partir de 1° de janeiro d e 20 16,dispondo que cabe à unidade federada em que localiz ado oremetente o ICMS calculado com a alíquota interesta dual e à delocalização do consumidor o imposto correspondente à diferençaentre as alíquotas (a interna do Estado destinatári o e ainterestadua l).

Assim, mencionando as alterações introduzidas na Le i n.11.580/1996, pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015, com o fim deprever a incidência do ICMS na ocorrência de operaç ões eprestações iniciadas em outra unidade da Federação que destinembens e serviço s a consumidor final não contribuinte do impostolocalizado neste Estado e para atribuir a responsab ilidade pelorecolhimento do imposto ao remetente, apresenta que stionamentoreferente à forma de cálculo do valor devido ao Par aná.

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A esse respeito, registr a que as cláusulas segunda esexta do Convênio ICMS 93/2015, firmado pelas unida des federadascom o fim de estabelecer os procedimentos a serem o bservados emrelação a tais operações, indicam que deve ser util izada peloremetente a alíquota interna previst a na unidade de destino damercadoria, na determinação da base de cálculo e do valor do ICMSdevido a título de diferença de alíquotas.

Diante dessas disposições, entende que, no caso dehaver dispositivos legais e regulamentares que esta beleçam, paraas o perações internas praticadas na unidade federada de destino,carga tributária específica para determinadas merca dorias, empercentual diverso da alíquota definida em lei, dev em ser essesconsiderados, para que não se incorra na prática de tratamentodifere nciado em função da origem da mercadoria.

Aduz que corrobora seu entendimento o disposto nacláusula primeira do Convênio ICMS 153/2015, ao dis por que devemser considerados no cálculo do valor do ICMS corres pondente àdiferença de alíquotas, os benefícios fiscais da redução da basede cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados por m eio deconvênios, com base na Lei Complementar nº 24/1975.

Entretanto, argui que o referido convênio não é cla roquanto à possibilidade dessa regra ser aplicável ta mbém aosbene fícios de redução de base de cálculo e de isenção, quandoconcedidos de forma unilateral pelo Estado de desti no.

Ante o exposto questiona se está correto seuentendimento no sentido de que:

1. no cálculo do ICMS devido ao Paraná, em razão darealização pel a consulente de operações interestaduais destinandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS, deve serconsiderada a alíquota específica prevista para as operaçõesinternas com a mesma mercadoria e, inexistindo essa , a alíquotageral estabele cida às operações internas;

2. sempre que houver norma prevendo benefício fisca lque implique redução da carga tributária nas operaç ões internas,mesmo que tenha sido concedido de forma unilateral, deve ser

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considerado para efeitos de cálculo do ICMS corre spondente àdiferença de alíquotas, tornando equivalente a carg a tributáriaaplicável à mercadoria, independentemente da sua or igem.

RESPOSTA

Primeiramente, transcreve-se os dispositivos da Lei n.11.580/1996 que dispõem sobre a hipótese de incidên cia retr atadapela consulente, acrescentados pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015,e cujos efeitos vigoram a partir de 1º de janeiro d e 2016:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VII – operações e prestações iniciadas em outra uni dade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

...

XV – da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que destinem bens e serviços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

...

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota inter na e ainterestadual.”

Depreende-se dos normativos transcritos que aconsulente, ao promover operação interestadual dest inandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS localizadoneste Estado, é contribuinte do Estado do Paraná, r elativamenteao imposto correspondente à diferença entre a alíqu ota interna ea interestadual.

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Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquota aplic ável àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recolhime nto a esteEstado do ICMS correspondente à eventual diferença.

Registre-se que as alíquotas aplicáveis às operaçõe sinternas estão dispostas no artigo 14, incisos I a V e § 9º, daLei n. 11.580/1996, deven do ser utilizada a alíquota geral de 18%quando não especificado percentual distinto para a mercadoria emquestão.

Especificamente em relação aos produtos sujeitos aoadicional de ICMS destinado ao Fundo Estadual de Co mbate àPobreza do Paraná – FECOP, in stituído pela Lei n. 18.573/2015 eexigível a partir de 1º de fevereiro de 2016, cabe observar que aalíquota específica estabelecida no § 9º do art. 14 , a serutilizada nas operações internas destinadas a consu midor final,deverá ser acrescida de dois pon tos percentuais, nos termos doque dispõe o art. 14-A, da mesma norma legal.

Diante da legislação antes exposta, o contribuinte deoutra unidade federada ao remeter mercadoria a não contribuinteaqui domiciliado, na hipótese de essa operação no â mbito esta dualsubmeter-se à alíquota geral de 18%, deve recolher ao Estado deorigem o ICMS devido à alíquota interestadual e ao Estado doParaná o valor de imposto correspondente à diferenç a entre esse eo calculado pela alíquota interna. Desse modo, veri fica-se q ue,sob o viés do adquirente, mantém-se a uniformidade de cargatributária, independentemente de a mercadoria ter s ido adquiridade contribuinte paranaense ou de estabelecido em ou tro Estado.

Quanto ao segundo questionamento, que diz respeito àdeterminaçã o do ICMS devido ao Paraná na existência de tratame ntoespecial mais benéfico às operações internas, frisa -se que a novaregra constitucional, ao disciplinar a repartição d o ICMS entre oEstado de origem e o de destino, nas operações inte restaduais comcon sumidor final não contribuinte, determinou que o mo ntantedevido ao Estado em que localizado o adquirente dev e corresponderà diferença entre as alíquotas. Com isso, para uma mesma

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mercadoria, a carga tributária total incidente nas aquisiçõesinterestaduai s se iguala à carga tributária interna, sem que haj adistinção de tratamentos tributários, em razão de s ua origem.

Pelas razões expostas, entende-se que está correto oentendimento manifestado pela consulente, de que de ve considerara carga tributária a qu e submetidas as operações internas,observando regras de redução da base de cálculo ou de isenção deICMS, para apurar o valor do imposto devido ao Para ná a título dediferença de alíquotas, desde que atendidas as cond icionantesestabelecidas na norma conc essiva do benefício, quando presentes,e desde que a regra beneficiadora seja aplicável a todas asetapas internas de circulação da mercadoria ou, ent ão,direcionada às operações destinadas a consumidor fi nal.

Logo, no caso de a alíquota interestadual ser superiorou igual à carga tributária interna, não há imposto a serrecolhido ao Paraná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado deorigem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, em raz ão da regra detransição retratada no inciso II da cláusula décima do Co nvênioICMS 93/2015 e reproduzida nos artigos 327-G e 327- H doRegulamento do ICMS.

Registre-se que o entendimento aqui manifestado gua rdaconcordância com as respostas emitidas por esse Set or emconsultas relacionadas ao diferencial de alíquotas exigido d econtribuinte paranaense que adquirir, na condição d e consumidorfinal, bens para o ativo permanente ou materiais de uso ouconsumo, cuja hipótese de incidência tem pressupost os efundamentos similares a esse novo diferencial vigen te a partir de1º de jan eiro de 2016 (precedentes: Consultas n. 28/2015 e n .132/2015). ).

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PROTOCOLO: 13.903.270-5.

CONSULTA Nº: 023, de 2 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: BARCELONA COMÉRCIO VAREJISTA E ATACADISTA S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM NÃOCONTRIBUINTE DO ICMS. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo,informa estar cadastrada naquela unidade federada n a CNAE47.11-3/02 ( Comércio varejista de mercadorias em geral, compredominância de produtos alimentícios - supermerca dos ),realizando vendas a consumidor es finais não contribuintes doICMS, localizados em outras unidades federadas, inc lusive noParaná.

Nessa situação, esclarece que, até dezembro de 2015 ,efetuava o recolhimento do ICMS, à alíquota interna , ao Estado deSão Paulo.

Porém, com a promulgação da Emenda Constitucional n.87/2015, que alterou a sistemática de recolhimento do ICMS nessasoperações, expõe que os Estados do Paraná e de São Pauloalteraram suas legislações para contemplar a nova r egraconstitucional, vigente a partir de 1° de janeir o de 2016,dispondo que cabe à unidade federada em que localiz ado oremetente o ICMS calculado com a alíquota interesta dual e à delocalização do consumidor o imposto correspondente à diferençaentre as alíquotas (a interna do Estado destinatári o e ainter estadual).

Assim, mencionando as alterações introduzidas na Le i n.11.580/1996, pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015, com o fim deprever a incidência do ICMS na ocorrência de operaç ões eprestações iniciadas em outra unidade da Federação que destinembens e serviços a consumidor final não contribuinte do imp ostolocalizado neste Estado e para atribuir a responsab ilidade pelorecolhimento do imposto ao remetente, apresenta que stionamento

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referente à forma de cálculo do valor devido ao Par aná.

A esse respeito, registra que as cláusulas segunda esexta do Convênio ICMS 93/2015, firmado pelas unida des federadascom o fim de estabelecer os procedimentos a serem o bservados emrelação a tais operações, indicam que deve ser util izada peloremetente a alíquota interna prevista na unidade de destino damercadoria, na determinação da base de cálculo e do valor do ICMSdevido a título de diferença de alíquotas.

Diante dessas disposições, entende que, no caso dehaver dispositivos legais e regulamentares que esta beleçam, pa raas operações internas praticadas na unidade federad a de destino,carga tributária específica para determinadas merca dorias, empercentual diverso da alíquota definida em lei, dev em ser essesconsiderados, para que não se incorra na prática de tratamentodiferenciado em função da origem da mercadoria.

Aduz que corrobora seu entendimento o disposto nacláusula primeira do Convênio ICMS 153/2015, ao dis por que devemser considerados no cálculo do valor do ICMS corres pondente àdiferença de alíquotas, os ben efícios fiscais da redução da basede cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados por m eio deconvênios, com base na Lei Complementar nº 24/1975.

Entretanto, argui que o referido convênio não é cla roquanto à possibilidade dessa regra ser aplicável ta mbém aosbenefícios de redução de base de cálculo e de isenç ão, quandoconcedidos de forma unilateral pelo Estado de desti no.

Ante o exposto questiona se está correto seuentendimento no sentido de que:

1. no cálculo do ICMS devido ao Paraná, em razão darealiza ção pela consulente de operações interestaduais des tinandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS, deve serconsiderada a alíquota específica prevista para as operaçõesinternas com a mesma mercadoria e, inexistindo essa , a alíquotageral e stabelecida às operações internas;

2. sempre que houver norma prevendo benefício fisca lque implique redução da carga tributária nas operaç ões internas,

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mesmo que tenha sido concedido de forma unilateral, deve serconsiderado para efeitos de cálculo do ICM S correspondente àdiferença de alíquotas, tornando equivalente a carg a tributáriaaplicável à mercadoria, independentemente da sua or igem.

RESPOSTA

Primeiramente, transcreve-se os dispositivos da Lei n.11.580/1996 que dispõem sobre a hipótese de incidên cia retratadapela consulente, acrescentados pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015,e cujos efeitos vigoram a partir de 1º de janeiro d e 2016:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VII – operações e prestações iniciadas em outra uni dade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

...

XV – da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que de stinem bens e serviços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

...

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquot a interna e ainterestadual.”

Depreende-se dos normativos transcritos que aconsulente, ao promover operação interestadual dest inandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS localizadoneste Estado, é contribuinte do Estado do Paraná, r elati vamenteao imposto correspondente à diferença entre a alíqu ota interna e

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a interestadual.

Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquota aplic ável àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recol himento a esteEstado do ICMS correspondente à eventual diferença.

Registre-se que as alíquotas aplicáveis às operaçõe sinternas estão dispostas no artigo 14, incisos I a V e § 9º, daLei n. 11.580/1996 , devendo ser utilizada a alíquota geral de 18%quando não especificado percentual distinto para a mercadoria emquestão.

Especificamente em relação aos produtos sujeitos aoadicional de ICMS destinado ao Fundo Estadual de Co mbate àPobreza do Paraná – FE COP, instituído pela Lei n. 18.573/2015 eexigível a partir de 1º de fevereiro de 2016, cabe observar que aalíquota específica estabelecida no § 9º do art. 14 , a serutilizada nas operações internas destinadas a consu midor final,deverá ser acrescida de d ois pontos percentuais, nos termos doque dispõe o art. 14-A, da mesma norma legal.

Diante da legislação antes exposta, o contribuinte deoutra unidade federada ao remeter mercadoria a não contribuinteaqui domiciliado, na hipótese de essa operação no â mbi to estadualsubmeter-se à alíquota geral de 18%, deve recolher ao Estado deorigem o ICMS devido à alíquota interestadual e ao Estado doParaná o valor de imposto correspondente à diferenç a entre esse eo calculado pela alíquota interna. Desse modo, veri fi ca-se que,sob o viés do adquirente, mantém-se a uniformidade de cargatributária, independentemente de a mercadoria ter s ido adquiridade contribuinte paranaense ou de estabelecido em ou tro Estado.

Quanto ao segundo questionamento, que diz respeito àdete rminação do ICMS devido ao Paraná na existência de tratamentoespecial mais benéfico às operações internas, frisa -se que a novaregra constitucional, ao disciplinar a repartição d o ICMS entre oEstado de origem e o de destino, nas operações inte restaduais comconsumidor final não contribuinte, determinou que o montantedevido ao Estado em que localizado o adquirente dev e corresponder

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à diferença entre as alíquotas. Com isso, para uma mesmamercadoria, a carga tributária total incidente nas aquisiçõesintere staduais se iguala à carga tributária interna, sem que hajadistinção de tratamentos tributários, em razão de s ua origem.

Pelas razões expostas, entende-se que está correto oentendimento manifestado pela consulente, de que de ve considerara carga tributár ia a que submetidas as operações internas,observando regras de redução da base de cálculo ou de isenção deICMS, para apurar o valor do imposto devido ao Para ná a título dediferença de alíquotas, desde que atendidas as cond icionantesestabelecidas na nor ma concessiva do benefício, quando presentes,e desde que a regra beneficiadora seja aplicável a todas asetapas internas de circulação da mercadoria ou, ent ão,direcionada às operações destinadas a consumidor fi nal.

Logo, no caso de a alíquota interestad ual ser superiorou igual à carga tributária interna, não há imposto a serrecolhido ao Paraná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado deorigem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, em raz ão da regra detransição retratada no inciso II da cláusula décim a do ConvênioICMS 93/2015 e reproduzida nos artigos 327-G e 327- H doRegulamento do ICMS.Registre-se que o entendimento aqui manifestado gua rdaconcordância com as respostas emitidas por esse Set or emconsultas relacionadas ao diferencial de alíquotas ex igido decontribuinte paranaense que adquirir, na condição d e consumidorfinal, bens para o ativo permanente ou materiais de uso ouconsumo, cuja hipótese de incidência tem pressupost os efundamentos similares a esse novo diferencial vigen te a partir de1º de janeiro de 2016 (precedentes: Consultas n. 28/2 015 e n.132/2015).

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PROTOCOLO: 13.903.254-3.

CONSULTA Nº: 024, de 2 de fevereiro de 2016

CONSULENTE: COMPANHIA BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM NÃOCONTRIBUINTE DO ICMS. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo,informa estar cadastrada naquela unidade federada n a CNAE47.89-0/99 ( Comércio varejista de outros produtos nãoespecificados ), realizando vendas a consumidores finais nãocontribuintes do ICMS, localizado s em outros estados, inclusiveno Paraná.

Esclarece que, nessa hipótese, até dezembro de 2015 ,efetuava o recolhimento do ICMS à alíquota interna ao Estado deSão Paulo.

Porém, com a promulgação da Emenda Constitucional n .87/2015, que alterou a sistemátic a de recolhimento do ICMS nessasoperações, expõe que os Estados do Paraná e de São Pauloalteraram suas legislações para contemplar a nova r egraconstitucional, vigente a partir de 1° de janeiro d e 2016,dispondo que cabe à unidade federada em que localiz ado oremetente o ICMS calculado com a alíquota interesta dual e à delocalização do consumidor o imposto correspondente à diferençaentre as alíquotas (a interna do Estado destinatári o e ainterestadual).

Assim, mencionando as alterações introduzidas na Le i n.11.580/1996, pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015, com o fim deprever a incidência do ICMS na ocorrência de operaç ões eprestações iniciadas em outra unidade da Federação que destinembens e serviços a consumidor final não contribuinte do impostolocali zado neste Estado e para atribuir a responsabilidad e pelorecolhimento do imposto ao remetente, apresenta que stionamentoreferente à forma de cálculo do valor devido ao Par aná.

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A esse respeito, registra que as cláusulas segunda esexta do Convênio ICMS 93/ 2015, firmado pelas unidades federadascom o fim de estabelecer os procedimentos a serem o bservados emrelação a tais operações, indicam que deve ser util izada peloremetente a alíquota interna prevista na unidade de destino damercadoria, na determinação da base de cálculo e do valor do ICMSdevido a título de diferença de alíquotas.

Diante dessas disposições, entende que, no caso dehaver dispositivos legais e regulamentares que esta beleçam, paraas operações internas praticadas na unidade federad a de des tino,carga tributária específica para determinadas merca dorias, empercentual diverso da alíquota definida em lei, dev em ser essesconsiderados, para que não se incorra na prática de tratamentodiferenciado em função da origem da mercadoria.

Aduz que corr obora seu entendimento o disposto nacláusula primeira do Convênio ICMS 153/2015, ao dis por que devemser considerados no cálculo do valor do ICMS corres pondente àdiferença de alíquotas, os benefícios fiscais da re dução da basede cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados por meio deconvênios, com base na Lei Complementar nº 24/1975.

Entretanto, argui que o referido convênio não é cla roquanto à possibilidade dessa regra ser aplicável ta mbém aosbenefícios de redução de base de cálculo e de isenç ão, quan doconcedidos de forma unilateral pelo Estado de desti no.

Ante o exposto questiona se está correto seuentendimento no sentido de que:

1. no cálculo do ICMS devido ao Paraná, em razão darealização pela consulente de operações interestadu ais destinandomercadoria a consumidor final não contribuinte do ICMS , deve serconsiderada a alíquota específica prevista para as operaçõesinternas com a mesma mercadoria e, inexistindo essa , a alíquotageral estabelecida às operações internas;

2. sempre que houver norma prevendo benefício fiscalque implique redução da carga tributária nas operaç ões internas,mesmo que tenha sido concedido de forma unilateral, deve ser

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considerado para efeitos de cálculo do ICMS corresp ondente àdiferença de alíquotas, tornando equivalent e a carga tributáriaaplicável à mercadoria, independentemente da sua or igem.

RESPOSTA

Primeiramente, transcreve-se os dispositivos da Lei n.11.580/1996 que dispõem sobre a hipótese de incidên cia retratadapela consulente, acrescentados pela Lei n. 18.573 , de 30.09.2015,e cujos efeitos vigoram a partir de 1º de janeiro d e 2016:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VII – operações e prestações iniciadas em outra uni dade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do impost o localizado neste Estado.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

...

XV – da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto localizadoneste Estado.

...

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual.”

Depreende-se dos normativos tran scritos que aconsulente, ao promover operação interestadual dest inandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS localizadoneste Estado, é contribuinte do Estado do Paraná, r elativamenteao imposto correspondente à diferença entre a alíqu ota interna ea interestadual.

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Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquota aplic ável àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recol himento a esteEstado do ICMS correspondente à eventual diferença.

Registre-se que as alíquotas aplicáveis às operaçõe sinternas estão dispostas no artigo 14, incisos I a V e § 9º, daLei n. 11.580/1996, devendo ser utilizada a alíquot a geral de 18%quando não esp ecificado percentual distinto para a mercadoria emquestão.

Especificamente em relação aos produtos sujeitos aoadicional de ICMS destinado ao Fundo Estadual de Co mbate àPobreza do Paraná – FECOP, instituído pela Lei n. 1 8.573/2015 eexigível a partir de 1º de fevereiro de 2016, cabe observar que aalíquota específica estabelecida no § 9º do art. 14 , a serutilizada nas operações internas destinadas a consu midor final,deverá ser acrescida de dois pontos percentuais, no s termos doque dispõe o art. 14-A, da mesma norma legal.

Diante da legislação antes exposta, o contribuinte deoutra unidade federada ao remeter mercadoria a não contribuinteaqui domiciliado, na hipótese de essa operação no â mbito estadualsubmeter-se à alíquota geral de 18%, deve recolher ao Estado deorigem o ICMS devido à alíquota interestadual e ao Estado doParaná o valor de imposto correspondente à diferenç a entre esse eo calculado pela alíquota interna. Desse modo, veri fica-se que,sob o viés do adquirente, mantém-se a uniformidade de cargatributária, independentemente de a mercadoria ter s ido adquiridade contribuinte paranaense ou de estabelecido em ou tro Estado.

Quanto ao segundo questionamento, que diz respeito àdeterminação do ICMS devido ao Paraná na existência de tratamentoespecial mais benéfico às operações internas, frisa -se que a novaregra constitucional, ao disciplinar a repartição d o ICMS entre oEstado de origem e o de destino, nas operações inte restaduais comconsumidor final não contribuinte, determinou que o montan tedevido ao Estado em que localizado o adquirente dev e corresponderà diferença entre as alíquotas. Com isso, para uma mesma

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mercadoria, a carga tributária total incidente nas aquisiçõesinterestaduais se iguala à carga tributária interna , sem que hajadi stinção de tratamentos tributários, em razão de sua origem.

Pelas razões expostas, entende-se que está correto oentendimento manifestado pela consulente, de que de ve considerara carga tributária a que submetidas as operações in ternas,observando regras d e redução da base de cálculo ou de isenção deICMS, para apurar o valor do imposto devido ao Para ná a título dediferença de alíquotas, desde que atendidas as cond icionantesestabelecidas na norma concessiva do benefício, qua ndo presentes,e desde que a re gra beneficiadora seja aplicável a todas asetapas internas de circulação da mercadoria ou, ent ão,direcionada às operações destinadas a consumidor fi nal.

Logo, no caso de a alíquota interestadual ser super iorou igual à carga tributária interna, não há i mposto a serrecolhido ao Paraná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado deorigem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, em raz ão da regra detransição retratada no inciso II da cláusula décima do ConvênioICMS 93/2015 e reproduzida nos artigos 327-G e 3 27-H doRegulamento do ICMS.

Registre-se que o entendimento aqui manifestado gua rdaconcordância com as respostas emitidas por esse Set or emconsultas relacionadas ao diferencial de alíquotas exigido decontribuinte paranaense que adquirir, na condição d e consumidorfinal, bens para o ativo permanente ou materiais de uso ouconsumo, cuja hipótese de incidência tem pressupost os efundamentos similares a esse novo diferencial vigen te a partir de1º de janeiro de 2016 (precedentes: Consultas n. 28 /2015 e n.132/2015).

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PROTOCOLO: 13.903.243-8.

CONSULTA Nº: 025, de 2 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: VIA VAREJO S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM NÃOCONTRIBUINTE DO ICMS. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo,informa estar cadastrada naquela unidade federada n a CNAE47.53-9/00 (Comércio varejista especializado de eletrodoméstic ose equipamentos de áudio e vídeo) e que realiza vendas aconsumidores finais não co ntribuintes do ICMS, localizados emoutras unidades federadas, inclusive no Paraná.

Nessa situação, até dezembro de 2015, efetuava orecolhimento do ICMS ao Estado de São Paulo, calcul ado à alíquotainterna.

Porém, com a promulgação da Emenda Constitucion al n.87/2015, que alterou a sistemática de recolhimento do ICMS nessasoperações, expõe que os Estados do Paraná e de São Pauloalteraram suas legislações para contemplar a nova r egraconstitucional, vigente a partir de 1° de janeiro d e 2016,dispondo que cabe à unidade federada em que localizado oremetente o ICMS calculado com a alíquota interesta dual e à delocalização do consumidor o imposto correspondente à diferençaentre as alíquotas (a interna do Estado destinatári o e ainterestadual).

Assim, menci onando as alterações introduzidas na Lei n.11.580/1996, pela Lei n. 18.573, de 30.09.2015, com o fim deprever a incidência do ICMS na ocorrência de operaç ões eprestações iniciadas em outra unidade da Federação que destinembens e serviços a consumidor f inal não contribuinte do impostolocalizado neste Estado e para atribuir a responsab ilidade pelorecolhimento do imposto ao remetente, apresenta que stionamentoreferente à forma de cálculo do valor devido ao Par aná.

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A esse respeito, registra que as cláusul as segunda esexta do Convênio ICMS 93/2015, firmado pelas unida des federadascom o fim de estabelecer os procedimentos a serem o bservados emrelação a tais operações, indicam que deve ser util izada peloremetente a alíquota interna prevista na unidade de destino damercadoria, na determinação da base de cálculo e do valor do ICMSdevido a título de diferença de alíquotas.

Diante dessas disposições, entende que, no caso dehaver dispositivos legais e regulamentares que esta beleçam, paraas operações interna s praticadas na unidade federada de destino,carga tributária específica para determinadas merca dorias, empercentual diverso da alíquota definida em lei, dev em ser essesconsiderados, para que não se incorra na prática de tratamentodiferenciado em função da origem da mercadoria.

Aduz que corrobora seu entendimento o disposto nacláusula primeira do Convênio ICMS 153/2015, ao dis por que devemser considerados no cálculo do valor do ICMS corres pondente àdiferença de alíquotas, os benefícios fiscais da re dução da basede cálculo ou de isenção do ICMS, autorizados por m eio deconvênios, com base na Lei Complementar nº 24/1975.

Entretanto, argui que o referido convênio não é cla roquanto à possibilidade dessa regra ser aplicável ta mbém aosbenefícios de reduçã o de base de cálculo e de isenção, quandoconcedidos de forma unilateral pelo Estado de desti no.

Ante o exposto questiona se está correto seuentendimento no sentido de que:

1. no cálculo do ICMS devido ao Paraná, em razão darealização pela consulente de operações interestaduais destinandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS, deve serconsiderada a alíquota específica prevista para as operaçõesinternas com a mesma mercadoria e, inexistindo essa , a alíquotageral estabelecida às operaçõe s internas;

2. sempre que houver norma prevendo benefício fisca lque implique redução da carga tributária nas operaç ões internas,mesmo que tenha sido concedido de forma unilateral, deve ser

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considerado para efeitos de cálculo do ICMS corresp ondente àdife rença de alíquotas, tornando equivalente a carga tr ibutáriaaplicável à mercadoria, independentemente da sua or igem.

RESPOSTA

Primeiramente, transcreve-se os dispositivos da Lei n.11.580/1996 que dispõem sobre a hipótese de incidên cia retratadapela cons ulente, acrescentados pela Lei n. 18.573, de 30.09. 2015,e cujos efeitos vigoram a partir de 1º de janeiro d e 2016:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VII – operações e prestações iniciadas em outra uni dade daFederação que destinem bens e serviços a con sumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

...

XV – da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

...

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterest adual.”

Depreende-se dos normativos transcritos que aconsulente, ao promover operação interestadual dest inandomercadoria a consumidor final não contribuinte do I CMS localizadoneste Estado, é contribuinte do Estado do Paraná, r elativamenteao imposto cor respondente à diferença entre a alíquota interna ea interestadual.

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Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquota aplic ável àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquot a interestadual, cabendo o recolhimento a esteEstado do ICMS correspondente à eventual diferença.

Registre-se que as alíquotas aplicáveis às operaçõe sinternas estão dispostas no artigo 14, incisos I a V e § 9º, daLei n. 11.580/1996, devendo ser utilizad a a alíquota geral de 18%quando não especificado percentual distinto para a mercadoria emquestão.

Especificamente em relação aos produtos sujeitos aoadicional de ICMS destinado ao Fundo Estadual de Co mbate àPobreza do Paraná – FECOP, instituído pela L ei n. 18.573/2015 eexigível a partir de 1º de fevereiro de 2016, cabe observar que aalíquota específica estabelecida no § 9º do art. 14 , a serutilizada nas operações internas destinadas a consu midor final,deverá ser acrescida de dois pontos percentuais , nos termos doque dispõe o art. 14-A, da mesma norma legal.

Diante da legislação antes exposta, o contribuinte deoutra unidade federada ao remeter mercadoria a não contribuinteaqui domiciliado, na hipótese de essa operação no â mbito estadualsubmeter-s e à alíquota geral de 18%, deve recolher ao Estado deorigem o ICMS devido à alíquota interestadual e ao Estado doParaná o valor de imposto correspondente à diferenç a entre esse eo calculado pela alíquota interna. Desse modo, veri fica-se que,sob o viés do adquirente, mantém-se a uniformidade de cargatributária, independentemente de a mercadoria ter s ido adquiridade contribuinte paranaense ou de estabelecido em ou tro Estado.

Quanto ao segundo questionamento, que diz respeito àdeterminação do ICMS devid o ao Paraná na existência de tratamentoespecial mais benéfico às operações internas, frisa -se que a novaregra constitucional, ao disciplinar a repartição d o ICMS entre oEstado de origem e o de destino, nas operações inte restaduais comconsumidor final n ão contribuinte, determinou que o montantedevido ao Estado em que localizado o adquirente dev e corresponderà diferença entre as alíquotas. Com isso, para uma mesma

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mercadoria, a carga tributária total incidente nas aquisiçõesinterestaduais se iguala à c arga tributária interna, sem que hajadistinção de tratamentos tributários, em razão de s ua origem.

Pelas razões expostas, entende-se que está correto oentendimento manifestado pela consulente, de que de ve considerara carga tributária a que submetidas as operações internas,observando regras de redução da base de cálculo ou de isenção deICMS, para apurar o valor do imposto devido ao Para ná a título dediferença de alíquotas, desde que atendidas as cond icionantesestabelecidas na norma concessiva do benef ício, quando presentes,e desde que a regra beneficiadora seja aplicável a todas asetapas internas de circulação da mercadoria ou, ent ão,direcionada às operações destinadas a consumidor fi nal.

Logo, no caso de a alíquota interestadual ser super iorou ig ual à carga tributária interna, não há imposto a se rrecolhido ao Paraná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado deorigem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, em raz ão da regra detransição retratada no inciso II da cláusula décima do ConvênioICMS 93/ 2015 e reproduzida nos artigos 327-G e 327-H doRegulamento do ICMS.

Registre-se que o entendimento aqui manifestado gua rdaconcordância com as respostas emitidas por esse Set or emconsultas relacionadas ao diferencial de alíquotas exigido decontribuinte paranaense que adquirir, na condição de consumidorfinal, bens para o ativo permanente ou materiais de uso ouconsumo, cuja hipótese de incidência tem pressupost os efundamentos similares a esse novo diferencial vigen te a partir de1º de janeiro de 2016 (p recedentes: Consultas n. 28/2015 e n.132/2015).

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PROTOCOLO: 13.919.946-4.

CONSULTA Nº: 026, de 23 de março de 2016.

CONSULENTE: SUL BRASILEIRA DE DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA LTDA.

SÚMULA: ICMS. ÁGUA MINERAL. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

A consulente informa que dentre as suas atividadesrealiza o envase de água mineral, gasosa ou não, po tável,natural, classificada no código NCM 2201.10.00, e q ue acomercializa em embalagem plástica com capacidade d e 510mililitros (ml).

Expõe que de acor do com o Anexo IV do Convênio ICMS146/2015 e com o artigo 14 do Anexo X do RICMS/PR, o produtomencionado não estaria sujeito ao regime de substit uiçãotributária.

Entretanto, a Norma de Procedimento Fiscal n° 119/2 015,que determina os valores de base de cálculo do ICMS-ST, dentreoutras bebidas, para água mineral, inclui vasilhame s entre 371 mla 700 ml, atingindo, portanto, o produto mencionado pelaconsulente.

Diante do exposto, questiona se o produto está suje itoao regime da substituição tributária.

RESPOSTA

Primeiramente, esclarece-se que pelo Convênio ICMS146/2015 foram substituídos os anexos do Convênio I CMS 92/2015, oqual estabelece a sistemática de uniformização e id entificaçãodas mercadorias e bens passíveis de sujeição ao reg ime desubstitui ção tributária relativos às operações subsequentes.

A partir de então, o Anexo IV do Convênio ICMS 92/2 015passou a contemplar no item 6.0 o produto - "Outras águasminerais, potáveis ou naturais, gasosas ou não, inc lusivegaseificadas", classificadas no c ódigo NCM 2201.90.00, como sendo

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passível de sujeição ao regime de substituição trib utária.Sublinhe-se que o referido código NCM foi retificad o para2201.10.00, conforme certifica-se da transcrição a seguir:

CONVÊNIO ICMS 146, DE 11-12-2015

(DOU DE 15-12- 2015)

(Retificação no DOU de 15-1-2016)

No item "6.0" do Anexo IV do Convênio ICMS 146/15, de 11 dedezembro de 2015, publicado no DOU de 15 de dezembr o de2015, Seção 1, páginas 37 a 46:

a)onde se lê:

"...

6.0 03.006.00

2201.90.00

Outras águasminerais,potáveis ounaturais,gasosas ou não,inclusivegaseificadas.

..."

b)leia-se:

"...

6.0 03.006.00

2201.10.00

Outras águasminerais,potáveis ounaturais,gasosas ounão, inclusivegaseificadas.

...".

Objetivando implementar as disposições do Convênio ICMS92/2015, foi editado o Decreto n. 3.530, de 22 de fev ereiro de

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2016, com vigência a partir de 1° de janeiro de 201 6, dando novaredação a tabela de que trata o parágrafo único do art. 14 doAnexo X do Regulamento do ICMS/2012, conforme trans crição aseguir:

"ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

(...)

SEÇÃO II

DAS OPERAÇÕES COM ÁGUA MINERAL, CERVEJA E REFRIGERANTE

Art. 14. A base de cálculo para a retenção do impos to será opreço máximo de venda a varejo, fi xado pela autoridadecompetente ou, na sua inexistência, o preço a consu midorfinal usualmente praticado, apurado segundo as regr asestabelecidas no §3° do art. 11 deste Regulamento edivulgado em ato expedido pelo Diretor da Coordenaç ão daReceita do Esta do (§§ 1° e 3° do art. 11 da Lei n.11.580/1996).

Parágrafo único. Na impossibilidade da aplicação da shipóteses de que trata o "caput", a base de cálculo será opreço praticado pelo contribuinte eleito substitutotributário, incluídos o IPI, o frete até o estabelecimentovarejista e as demais despesas debitadas ao destina tário,adicionado da parcela resultante da aplicação dos s eguintespercentuais de margem de valor agregado (Protocolo ICMS11/1991):

(...)

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

(...)

6 03.001.0 0

2201.10.00

Água mineral,gasosa ou não,ou potável,natural, em

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embalagem comcapacidade de500 ml

7 03.002.00

2201.10.00

Água mineral,gasosa ou não,ou potável,natural, emembalagem comcapacidadeigual ousuperior a5.000 ml

8 03.003.00

2201.10.00

Água mineral,gasosa ou não,ou potável,natural, emembalagem devidro, nãoretorncivel,com capacidadede até 300 ml

9 03.004.00

2201.10.00

Água mineral,gasosa ou não,ou potável,natural, emgarrafaplástica de1.500 ml

10 03.005.00

2201.10.00

Água miner al,gasosa ou não,ou potável,natural, 1 emcoposplásticos eembalagemplástica, comcapacidade deaté 500 ml

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(...)

03.006.00

2201.10.00

Outras águasminerais,potáveis ounaturais,gasosas ounão, inclusivegaseificadas

Transcreve-se, também a Norma de Procedimento Fiscal N°119/2015, que estabelece os valores de base de cálc ulo aplicáveisao produto objeto da consulta para efeitos de reten ção erecolhimento do ICMS devido por substituição tribut ária:

"NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL N° 119/2015 — ANEXO III

VALORES DE BASE DE CÁLCULO DO ICMS-ST PARA ÁGUA MIN ERAL

VIGÊNCIA: 01/01/2016 A 31/03/2016

ÁGUA MINERAL Embalagens Descartáveis

CNPJ BásicoeNomedoFabricante

Marcas esabores

De 351 a 700 ml

Semgás

ComGás

13374270 –SULBRASILEIRADIST.ÁGUALTDA

CristalPremium

x,xx x,xx

Garoto

x,xx x,xx

AcquaBonna

x,xx x,xx

GoldScrin

x,xx x,xx

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...".Conclui-se da legislação transcrita que, com a ediç ão

do Decreto n. 3.530/2016, as operações com o produt o "águamineral com capacidade de 510 ml" estão sujeitas ao regime desubstituição tributária, uma vez descrito na posiçã o 11 do art.14 do Anexo X do RICMS/2012.

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PROTOCOLO: 13.844.986-0.

CONSULTA Nº: 027, de 17 de março de 2016.

CONSULENTE: CINÉPOLIS OPERADORA DE CINEMAS DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. FORNECIMENTO DE ALIMENTAÇÃO E BEBIDAS.REGIME DIFERENCIADO DE TRIBUTAÇÃO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente expõe que desenvolve a atividade princ ipalde exibição cinematográfica, e, como secundária, a defornecimento de alimentação e de bebidas, sujeitand o-se,relativamente a esta, ao recolhimento do ICMS.

Informa que, não obstante sua atividade de fornecimentode alimentação e bebidas desenvolvida no restaurant e e lanchonetedispostos em seu estabelecimento, tem procedido a a puração doICMS, por período mensal, na forma dos artigos 22 e seguintes doRegulamento do ICMS, utilizando o valor da operaç ão como base decálculo e a alíquota de 18%.

No entanto, menciona ter se deparado com as regrasespecíficas relativas às operações internas de forn ecimento dealimentação, de que tratam a alínea “c” do art. 4º da Lei n.13.214/2001, que reduz a base de cál culo para 70%, nas situaçõesem que o fornecimento é conjugado com prestação de serviço, e oart. 25 do Regulamento do ICMS, que dispõe sobre o regimeopcional de cálculo do imposto, mediante aplicação do percentualde 3,2% sobre a receita bruta auferida m ensalmente, na hipóteseem que o contribuinte utilize equipamento Emissor d e Cupom Fiscal– ECF ou emita Nota Fiscal Eletrônica – NF-e, model o 65.

Defende que sua atividade se enquadra no conceito d e“fornecimento de alimentação e bebidas em bares, re staur antes eestabelecimentos similares”, pois exercida em espaç o próprio,vinculado à sala de cinema, onde são comercializada s refeições,sanduíches, sobremesas, sucos, bebidas frias e quen tes etc.,conforme corrobora a publicidade veiculada em seu s ítioeletr ônico, onde podem ser consultados, inclusive, as op ções decardápio.

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Registra por fim, que, a exemplo das atividadeshoteleiras, às quais é conferida a opção pelo regim e especial deICMS antes mencionado, desenvolve atividade mista, prestandoserviço de ex ibição cinematográfica, submetida ao ISS, e defornecimento de alimentação, submetida ao ICMS, sen do asoperações de comercialização todas registradas em E CF.

Diante dessas considerações, questiona:

1. a atividade de fornecimento de alimentaçãodesenvolvi da pela consulente paralelamente àprestação de serviços de exibição cinematográficaestá sujeita ao ICMS?

2. Sendo positiva a resposta, aplica-se a essaatividade a redução de base de cálculo prevista noart. 4º, alínea “c”, da Lei n. 13.214/2001?

3. Cons iderando sua atividade, poderá optar pelo regimeespecial instituído pelo art. 25 do Regulamento doICMS, no caso de preencher todos os requisitosprevistos para tal?

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se as regras legaisvinculadas à matéria questionada:

LEI N. 11.580/1996

“Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias ,inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas e m bares,restaurantes e estabelecimentos similares;

...

Art. 25.

...

§ 9º O contribuinte do ramo d e fornecimento de alimentação

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de que trata o inciso I do art. 2º desta Lei, desde que sejaemissor de Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo 65 , poderá,em substituição ao regime normal de apuração do ICM Sestabelecido no caput, apurar o imposto devido mens almentemediante aplicação do percentual de 3,2% (três inte iros edois décimos por cento) sobre a receita bruta aufer ida,excluindo-se dessa os valores correspondentes a saí das demercadorias abrangidas por substituição tributária. ”

LEI N. 13.214/2001

“Art . 4º A base de cálculo é reduzida:

...

c) para 70%, nas operações internas de fornecimento dealimentação, exceto bebidas, em bares, cafés eestabelecimentos similares, em que haja prestação d eserviço.

Parágrafo único. O benefício fiscal previsto neste ar tigonão acarretará a anulação proporcional dos créditoscorrespondentes às entradas.”

Esclarece-se que o art. 25 do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, implementa o § 9º do art. 25da Lei n. 11.580/1996, antes transcrito, nos seguin tes termos:

“Art. 25. O contribuinte do ramo de fornecimento dealimentação de que trata o inciso I do art. 2º pode rá, emsubstituição ao regime normal de apuração do ICMSestabelecido no art. 24, calcular o imposto devidomensalmente mediante aplicação do percentual de 3,2% (trêsinteiros e dois décimos por cento) sobre a receita brutaauferida, desde que utilize equipamento Emissor de CupomFiscal - ECF ou emita Nota Fiscal Eletrônica - NF-e , modelo65 (§ 9º do art. 25 da Lei n. 11.580/1996).

§ 1º A opção pelo regime diferenciado previsto no "caput":

I - deve ser comunicada à repartição fiscal do seu domicíliotributário na forma e mediante a apresentação dos d ocumentosestabelecidos em norma de procedimento;

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II - implica na sua fruição a partir do primeir o dia do mêssubsequente ao da comunicação mencionada no inciso anterior;

III - pode deixar de ser exercida a partir do prime iro diado mês subsequente ao da comunicação à repartição f iscal doseu domicílio tributário, da opção pelo retorno ao regimenorma l de tributação.

§ 2º Para efeito do disposto no "caput" deste artig o,considera-se receita bruta auferida o valor total d as saídasde mercadorias e das prestações de serviços promovi das,excluídos os valores correspondentes a:

I - prestações de serviços compreendidos na competênciatributária dos Municípios;

II - descontos incondicionais concedidos;

III - devoluções de mercadorias adquiridas;

IV - transferências em operações internas;

V - saídas de mercadorias com isenção, imunidade e sujeitasà substitu ição tributária.

VI - gorjeta, limitado a 10% (dez por cento) do val or daconta (Convênios ICMS 125/2011 e 68/2014).

§ 3º Ressalvado o disposto no parágrafo anterior, é vedadoefetuar qualquer outra exclusão para fins de aferiç ão dareceita bruta.

§ 4º Ind ependentemente da opção pelo regime diferenciadotratado neste artigo, o recolhimento do imposto dev ido nashipóteses adiante arroladas deve ser realizado obse rvando-sea carga tributária de cada produto e os prazos prev istos noart. 75:

I - nas hipóteses de responsabilidade previstas nalegislação do ICMS;

II - na entrada decorrente da importação de bens e demercadorias e da arrematação em leilão;

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III - nas aquisições de mercadorias sujeitas ao reg ime dasubstituição tributária em que não tenha ocorrido a retençãodo ICMS e o remetente não tenha sido ou tenha deixa do de sereleito substituto tributário;

IV - nas hipóteses de recolhimento no momento da oc orrênciado fato gerador.

§ 5° Na hipótese do inciso III do § 1°, fica assegu rado odireito de recuperaç ão do crédito em relação às entradas demercadorias anteriormente tributadas, existentes em estoque,ressalvadas as sujeitas ao regime de substituiçãotributária, cujas saídas devam ocorrer com débito d oimposto, podendo o contribuinte, na impossibilidade oudificuldade de determinação do valor real, apropria r-se dedoze por cento do valor dessas mercadorias.

§ 6° Para os fins do disposto no parágrafo anterior , arecuperação do crédito em relação à entrada de bens do ativopermanente deverá observar, no que couber, o contido no § 3ºdo art. 23.

§ 7° A opção pelo regime diferenciado de que trata esteartigo veda a utilização ou destinação de qualquer valor atítulo de incentivo fiscal, assim como a apropriaçã o etransferência de créditos relativos ao ICMS.

§ 8° O contribuinte que não atender aos requisitosmencionados neste artigo, ou ocultar ao fisco opera ções ouprestações relacionadas com suas atividades, será e xcluídodeste regime diferenciado, retornando ao regime nor mal deapuração no mês seguinte ao da ocorrência da irregularidade.

§ 9º Aplicam-se aos estabelecimentos enquadrados no regimediferenciado de que trata este artigo as demais nor masrelativas ao ICMS.

§ 10. Tratando-se de contribuinte que promova, além dofornecimento de alimentação, outra esp écie de operação ouprestação sujeita ao ICMS, o regime especial de tri butaçãode que trata este artigo somente se aplica sobre atotalidade das operações ou prestações se o forneci mento dealimentação constituir atividade preponderante.

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§ 11. Para os fins do disposto no inciso VI do § 2º, o valorda gorjeta deverá ser discriminado no respectivo do cumentofiscal.”

À vista do exposto, registre-se que, das atividadesexercidas pela consulente, o fornecimento de alimen tação e debebidas se submete ao imposto e stadual.

Assim, embora não seja essa a principal fonte dereceita do estabelecimento quando considerado o ser viço deexibição cinematográfica, sob a ótica do ICMS, é a atividadepreponderante, haja vista que a primeira se submete ao ImpostoSobre Serviços de Qualquer Natureza, ISS, de competênciamunicipal.

Logo, relativamente ao fornecimento de alimentação, aconsulente é contribuinte do ICMS e deve observar a legislaçãoestadual.

No que diz respeito à regra disposta na Lei n.13.214/2001, que prevê reduçã o de base de cálculo para 70%, nasoperações internas de fornecimento de alimentação, excetuadas asbebidas, verifica-se que aplicável às hipóteses em que hajaconcomitante prestação de serviços, tais como a exe rcida nopreparo das refeições e lanches e, t ambém, na ação de servir,conforme usualmente ocorre em restaurantes, bares, cafés eestabelecimentos similares.

Logo, entende-se que à hipótese retratada pelaconsulente, em que refeições e lanches são preparad os e servidosno local, requerendo prestação de serviço simultaneamente àvenda, poderá ser utilizada tal regra, de modo que o valor dositens comercializados, exceto bebidas, pode ser red uzido para70%, sem exigência do estorno proporcional dos créd itoscorrespondentes às entradas, observadas as reg ras próprias dasistemática da não cumulatividade e a incidência da alíquota de18%.

Relativamente ao regime diferenciado de que trata oart. 25 do Regulamento do ICMS, que poderá ser adot ado emsubstituição ao regime normal de tributação pelos c ontribuint es

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que exercem a atividade de que trata o inciso I do art. 2º da Lein. 11.580/1996 (fornecimento de alimentação e bebid as em bares,restaurantes e estabelecimentos similares), verific a-se que aconsulente também preenche os requisitos necessário s a suafr uição, uma vez que essa atividade é a preponderante doestabelecimento, quando consideradas as hipóteses d e incidênciade ICMS.

Corrobora o entendimento de que o regime é aplicáve laos contribuintes que exerçam atividades sujeitas t anto ao ICMSquanto ao I SS, o disposto no inciso I do § 2º do transcrito ar t.25, ao prever a exclusão do montante auferido com a prestação deserviços compreendidos na competência tributária mu nicipal, paraefeitos de determinação da receita bruta tributável pelo ICMS.

Ainda, se gundo dispõe o § 10 do mesmo artigo, ofornecimento de alimentação deve constituir ativida depreponderante, para fins de aplicação desse regime, na hipótesede o contribuinte promover, além dessa atividade, o utra espéciede operação ou prestação sujeita ao ICMS.

Assim considerando, nada obsta à opção por este reg imepróprio de tributação, que exige ICMS calculado pel o percentualde 3,2% sobre a receita bruta auferida no período, sem direito aapropriação de qualquer crédito, desde que observad os os demaisr equisitos estabelecidos para tal, dentre os quais aobrigatoriedade de utilizar ECF ou de emitir Nota F iscalEletrônica - NF-e, modelo 65, e a vedação à utiliza ção dequalquer valor a título de incentivo fiscal, assim como aapropriação de créditos relativ os ao ICMS.

Por conseguinte, no caso de a consulente preencher ascondições e optar por esse regime, resta afastada a aplicação daregra de redução de base de cálculo de que trata a Lei n.13.214/2001.

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PROTOCOLO: 13.895.528-1

CONSULTA Nº: 028, de 23 de março de 2016.

CONSULENTE: COPEL DISTRIBUIÇÃO S/A.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. RECOLHIMENTOPOR SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. HIPÓTESES.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de distribuiç ãode energia elétrica, aduz que a Lei n. 18.371/201 4 deu novaredação ao inciso II do art. 14 da Lei n. 11.580/19 96, alterandoa alíquota de ICMS de cabos (NCM 85.44) e transform adoreselétricos (NCM 85 .04), de 12% para 18%.

Entretanto, com a edição do Decreto n. 953/2015, fo ramintroduzidos os itens 7-B e 32-B ao Anexo II do Reg ulamento doICMS, prevendo redução na base de cálculo do ICMS nas operaçõescom fios, cabos e outros condutores, bem como nas operações commotores de passo, transformadores elétricos, conver soreselétricos estáticos, bobinas de reatância e de alta indução, demodo que a carga tributária nas operações internas com taisprodutos corresponda a 12%.

Esclarece que, em razão da celeb ração dos ProtocolosICMS 198/2009, 84/2011 e 26/2013 entre o Estado do Paraná ediversas unidades federadas, foi instituído o regim e desubstituição tributária para diversos produtos, inc lusive emrelação ao diferencial de alíquotas.

Reporta-se ao art. 6 º da Lei n. 11.580/1996, que tratada base de cálculo do ICMS para fins de apuração do impostodevido a título de diferencial de alíquotas, para a firmar que aalíquota interna é de 18% nas operações com os prod utostransformadores elétricos e cabos, e que, em razão disso, exigede seu fornecedor o destaque do imposto relativo a essediferencial e, também, que a correspondente guia de recolhimentoacompanhe o transporte da mercadoria, na hipótese d e o remetentenão ter inscrição de substituto tributário no P araná.

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Posto isso, questiona:

1. o fornecedor deve recolher o ICMS correspondente aodiferencial de alíquotas quando os transformadores elétricos (NCM85.04) e cabos (NCM 85.44) são destinados ao ativo imobilizado doadquirente?

2. Caso a resposta ao ques tionamento anterior sejapositiva, considerando que a alíquota interna corre sponde a 18%,mas que a carga tributária incidente é de 12%, em r azão daredução na base de cálculo do ICMS, qual o percentu al a seraplicado para fins de cálculo desse diferencial ?

3. Partindo da premissa de que a resposta ao primei roquestionamento seja positiva, caso o remetente da m ercadoriaesteja enquadrado no regime do Simples Nacional, é devido orecolhimento do diferencial de alíquotas na forma d e substituiçãotributária?

4. Na hipótese de aquisição interestadual de mercad oriaimportada, sujeita à alíquota de ICMS de 4%, é devi do orecolhimento do ICMS a título de diferencial de alí quotas naforma de substituição tributária, quando destinada ao ativoimobilizado ou ao uso o u consumo do adquirente?

RESPOSTA

A partir de 1º de abril de 2015, com a entrada em v igorda nova redação dada ao inciso II do art. 14 da Lei n.11.580/1996, pela Lei n. 18.371/2014, os transforma doreselétricos e os cabos, classificados, respectivament e, nasposições 85.04 e 85.44 da NCM, passaram a submeter- se à alíquotade 18% e não mais de 12%.

Não obstante ter sido alterado o percentual da alíq uotapara os citados produtos, foram introduzidos no Reg ulamento doICMS, por meio do Decreto n. 953/2015, qu e também surtiu efeitosa partir de 1º de abril de 2015, os itens 7-B e 32- B ao Anexo IIdo RICMS, que preveem redução na base de cálculo, n os seguintestermos:

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ANEXO II

“7-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações comFIOS, CABOS E OUTROS CONDUTORES, para uso elétrico, mesmocom peça de conexão, de cobre ou alumínio, classifi cados naposição 85.44 da NCM, promovidas por estabeleciment ofabricante ou importador destinadas a pessoas juríd icas,mesmo que não contribuintes do imposto, de forma qu e a ca rgatributária resulte no percentual de 12% (doze por c ento)(art. 2º da Lei 18.371/2014). (grifou-se)

[...]

32-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações commotores de passo classificados no item 8501.10.1 da NCM eTRANSFORMADORES ELÉTRICOS, conversores elétricos estáticos(retificadores, por exemplo), bobinas de reatância e de altaindução, classificados na posição 85.04 da NCM, de forma quea carga tributária resulte no percentual de 12% (do ze porcento) (art. 2º da Lei 18.371/2014).

Nota: nas op erações de que trata este item não se exigirá oestorno de crédito de que trata o inciso IV do art. 71.

[...]”

Denota-se da legislação transcrita, que o item 7-B doAnexo II do RICMS, prevê redução na base de cálculo somente naoperação interna praticada p elo fabricante ou importador com osprodutos que especifica, dentre eles os cabos, clas sificados naposição 85.44 da NCM, de forma que a carga tributár ia correspondaa 12%. Consequentemente, o benefício não se estende às operaçõessubsequentes com as mesma s mercadorias, que se sujeitam àalíquota de 18%.

Logo, no caso de as pessoas jurídicas, contribuinte s ounão do ICMS, efetuarem aquisições dessas mesmas mer cadorias derevendedores, não usufruirão da referida redução.

Já em relação ao item 32-B do Anexo I I do RICMS, aredução na base de cálculo para os produtos nominad os, dentreeles transformadores elétricos, atinge toda a cadei a de

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circulação de mercadorias, ou seja, desde o fabrica nte até oconsumidor final, de forma que a carga tributária i ncidente sej ade 12%.

Feitas essas considerações, responde-se as indagaçõ esda consulente.

Quanto à primeira dúvida, o diferencial de alíquota s deque trata o inciso VI do art. 2º da Lei n. 11.580/1 996 é devidoquando a alíquota interna do produto for superior àinte restadual. Exceção a essa regra é o caso de existên cia debenefício fiscal aplicável a todas as etapas intern as decomercialização dos produtos. Nessa situação, a sim plescomparação entre a carga tributária aplicável às op eraçõesinternas com a alíquota in terestadual é suficiente para seconcluir se há ou não ICMS a ser recolhido ao Estad o em quedomiciliado o adquirente.

No caso em análise, partindo-se da premissa de que aalíquota interestadual seja correspondente a 12%, s erá devido orecolhimento desse diferencial nas aquisições destinadas ao ativoimobilizado ou ao uso ou consumo dos produtos espec ificados noitem 7-B do Anexo II do RICMS (precedente: Consulta nº 145/2015).

Quanto ao item 32-B do mesmo anexo regulamentar, nã o hádiferença a ser recolhi da, pelas razões antes manifestadas(precedente: Consulta nº 132/2015).

No que diz respeito ao segundo questionamento, em r azãodo exposto anteriormente, verifica-se que há difere nça entre acarga tributária praticada nas operações internas e nasaquisiçõ es interestaduais em relação aos produtos de que tr ata oitem 7-B. Nesse caso, a alíquota de ICMS que deve s er utilizadapara efeitos de cálculo é a de 18%.

Relativamente à terceira indagação, tendo em vista oque dispõe o art. 13 da Lei Complementar n. 12 3/2006, oestabelecimento optante pelo Simples Nacional, na c ondição desubstituto tributário, sujeita-se às mesmas regras estabelecidasao contribuinte substituto tributário incluído no r egime normalde apuração.

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Destaque-se que, muito embora o fato gera dor do impostoa título de diferencial de alíquotas ocorra por oca sião daentrada da mercadoria no estabelecimento do adquire nte, cabe aofornecedor da mercadoria a retenção e o recolhiment o desse valor.Nessa hipótese, apesar de não haver operações subse quentes com amesma mercadoria, o legislador atribuiu a responsab ilidade pelorecolhimento ao remetente, conforme disposições dos protocolos econvênios que estabelecem a substituição tributária .

Quanto ao último questionamento, que diz respeito amercador ias importadas sujeitas à alíquota interestadual de 4%,responde-se afirmativamente. Nessa hipótese, ressal va-se, ainda,que em relação aos produtos de que trata o item 32- B, deverá serrecolhido diferencial de alíquotas, observando-se, para tanto, acarga tributária interna de 12%.

Lembre-se, por fim, que a consulente respondesolidariamente pelo imposto que deixou de ser retid o porsubstituição tributária, em razão do que dispõe o i nciso IV doart. 21 da Lei n. 11.580/1996.

Caso a consulente esteja proce dendo diferentemente docontido nesta resposta, tem o prazo de até 15 dias, a partir daciência desta, para adequar os procedimentos já rea lizados ao quefoi esclarecido, em cumprimento ao disposto no arti go 664 doRICMS.

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PROTOCOLO: 13.705.841-3

CONSULTA Nº: 029, de 10 de março de 2016.

CONSULENTE: BETEL MATERIAIS ELÉTRICOS LTDA

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. IMPOSTO DEVIDO PORSUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. MARGEM DE VALORAGREGADO AJUSTADA.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, enquadrada no regime do Simples Nacio nale com atividade principal de comércio atacadista de materialelétrico, tem dúvidas sobre a aplicabilidade do dif erimentoparcial, de que trata o art. 108 da norma regulamen tar, nocálculo do ICMS devid o pelo regime da substituição tributária.

Reporta-se ao § 4º do art. 1º do Anexo X do RICMS p aradefender que é inaplicável na apuração do imposto d evido peloregime de substituição tributária o diferimento par cial, pois acitada norma refere-se à alíquota e não à carga tributária.

Entende, ainda, em relação ao § 8º do referido arti go,que deve ser adotada a margem de valor agregado int erna paracálculo do imposto relativo às operações subsequent es.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A matéria questionada já foi objeto de análise naConsulta n. 14/2016, a seguir transcrita:

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vige nte para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

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§ 4º Nas operações com mercadorias su jeitas ao regime dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decret o n.4.248, de 11. 02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da a líquota vigente paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tr ibutário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - M VA deverá ser ajustada na formadeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consumidorfinal.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d o SimplesNacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à “operação própria” deve ser c alculadode acordo com as regras estabelecidas para o mencio nadoreg ime

Por outro lado, para efeitos do cálculo do imposto devidopelo regime da substituição tributária, o substitut oenquadrado no Simples Nacional é equiparado àquelecadastrado no regime normal de pagamento. Por essa razão,

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são inaplicáveis ao caso as regr as de apuração erecolhimento do imposto previstas na Lei Complement ar n.123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido em relaçãoàs operações subsequentes deve ser apurado observan do asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário i ncluí dono regime normal de pagamento (precedente: Consulta n.91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituição tributária o substituto enqu adrado noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo deoperação própri a diferindo parcialmente o imposto nos termosdo art. 108 do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido ao r egimenormal fosse, na hipótese de a carga tributária inc idente naoperação a título de “operação própria” ser inferio r àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deveajustar a margem de valor agregado para apurar a ba se decálculo do imposto devido pelo regime de substituiç ãotributária, em cumprimento ao disposto no § 8º do a rt. 1º doAnexo X do RICMS (precedente: Consulta n. 138/2015).

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substituto t ributárioenquadrado no Simples Nacional ajustar a margem de valoragregado decorre das disposições contidas no citadoparágrafo 8º, e não no § 5º do art. 1º do Anexo X d o RICMS.Ademais, nã o há nenhuma regra excepcionando a aplicabilidadedo citado § 8º para essa categoria de contribuinte.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, o s ubstitutotributário paranaense, enquadrado no Simples Nacion al, aocertificar que a carga tributária a purada a título deoperação própria é inferior àquela praticada pelosubstituído com o consumidor final, deve ajustar a margem devalor agregado para depois apurar a base de cálculo do ICMSdevido pelo regime da substituição tributária.

Diante do exposto, caso a consulente tenha adotadoprocedimento diverso do contido na presente respost a, deveráobservar o disposto no art. 664 do Regulamento do I CMS, que prevê

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o prazo de até quinze dias para a adequação de seus procedimentosjá realizados ao ora esclarecid o.

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PROTOCOLO: 13.454.747-2.

CONSULTA Nº: 030, de 21 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: AGROPECUÁRIA BOUTIN LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO DE FRUTAS FRESCAS DESTINADASÀ COMERCIALIZAÇÃO. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, esclarecendo que atua na importação ecomercialização de frutas frescas, informa que adqu ire taismercadorias de países membros da Associação Latino- Americana deIntegração – ALADI, e também de países da Europa, c omo Portugal,Itália e Espanh a, que são signatários do Acordo Geral sobreTarifas e Comércio – GATT, do qual o Brasil também é signatário.

Expõe, ainda, que, com a informatização do controle dedespachos aduaneiros pela Receita Estadual, está se ndo exigidoICMS relativamente a essas i mportações, quando provenientes depaíses não membros da ALADI.

No entanto, em razão do que dispõe o art. 98 do Cód igoTributário Nacional, entende que a regra de isenção estabelecidano item 85 do Anexo I do Regulamento do ICMS, aplic ável às saídasintern as e interestaduais de frutas frescas nacionais ouprovenientes dos países membros da ALADI (excluídas as de maçãs,peras, amêndoas, avelãs, castanhas e nozes) estende -se àsoperações de importação originárias de países membr os do GATT.

Da mesma forma, arg umenta que a isenção prevista noitem 100 do mesmo Anexo, destinada às operações int ernas einterestaduais com maçã e pera, abrange as importaç ões realizadasde países membros da ALADI e GATT, até porque, ness e caso, otermo operações compreenderia qualque r importação.

Por fim, registra que o Setor Consultivo manifestouentendimento em conformidade com o esposado, nas Co nsultas n.89/2011 e n. 129/2013.

Nesses termos, questiona se estão albergadas pela

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isenção de ICMS as operações de importação de fruta s fr escasproveniente de países com os quais o Brasil possua acordo dereciprocidade tributária, tais como ALADI e GATT e, sendopositiva a resposta, se possui o direito de pleitea r arestituição de valores de imposto que lhe foram ind evidamenteexigidos em op erações dessa natureza.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe registrar que o item 85 do Anex o Ido Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012 foirevogado pelo art. 1º, alteração 810ª, do Decreto n . 2.788/2015,com efeitos a partir de 1º de novembro d e 2015.

"85 Saídas, em operações internas e interestaduais, excetopara industrialização, de FRUTAS SECAS nacionais ouprovenientes dos países membros da ALADI, excluídas as demaçãs, pêras, amêndoas, avelãs, castanhas e nozes ( ConvêniosICM 44/75, 20/1976 e 30/1987;Convênio ICMS 124/1993)."

Por seu turno, por meio da alteração 802ª do mesmo art.1º do decreto antes referido, foi alterado o item 1 34 do Anexo Ido Regulamento do ICMS, com introdução da alínea “u ”, dentreoutras alterações, passando a vigorar com a seguinte redação,também com vigência a partir de 1º de novembro de 2 015:

“134 Operações com os seguintes PRODUTOS HORTÍFRUTÍ COLAS,salvo os destinados à industrialização (Convênio IC M 44/1975e Convênios ICMS 124/1993 e 21/2015):

...

u) frutas fres cas, excluídas as maçãs, peras, amêndoas,avelãs, castanhas e nozes.”.

Logo, a partir de 1º de novembro de 2015, as operaç õesde importação de frutas frescas, excluídas as maçãs , peras,amêndoas, avelãs, castanhas e nozes, estão contempl adas com aisenção do ICMS de que trata o item 134 do Anexo I da normaregulamentar, haja vista que o termo “operações” co mpreende tantosaídas quanto entradas, sendo que o qualificativo " internas"requer que o estabelecimento importador esteja loca lizado em

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território paran aense.

Esse entendimento encontra-se retratado em diversasconsultas expedidas pelo Setor Consultivo, notadame nte naConsulta n. 89/2011, mencionada pela consulente.

Ademais, a justificativa apresentada pelo Secretári o deEstado da Fazenda para fundamenta r a revogação do item 85 e aalteração do item 134, ambos do Anexo I do Regulame nto do ICMS,ocorridas com a edição do Decreto n. 2.788/2015, ex plicita essaintenção:

“A proposta também estende o benefício ás operações deimportação(...), em consonância co m a jurisprudênciaconsolidada do STF - Supremo Tribunal Federal e do STJ -Superior Tribunal de Justiça, que concede o mesmo t ratamentotributário conferido aos produtos nacionais aos seu ssimilares de origem oriundos de países signatários do AcordoGeral de Tarifas Aduaneiras (GATT), consoante se observa nosenunciados da Súmula STF n. 575, verbis: "A mercado riaimportada de país signatário do GATT, ou membro da ALALC,estende-se a isenção do imposto sobre circulação demercadorias concedida a similar nac ional."(..)".

No que diz respeito à regra isencional retratada norevogado item 85 do Anexo I, com vigência até 31 de outubro de2015, reafirma-se o exposto nas Consultas n. 344/19 93, n. 9/2003,n. 89/2011 e 129/2013, posição que é corroborada pelosescl arecimentos antes expostos.

Quanto à regra de que trata o item 100 do Anexo I d oRegulamento do ICMS, que prevê a isenção do imposto nas operaçõesinternas e interestaduais com maçã e pera, cabe obs ervar a mesmainterpretação antes explicitada, de que o t ermo “operações”compreende também as aquisições do exterior.

"100 Operações internas e interestaduais com MAÇÃ E PERA(Convênio ICMS 94/2005).".

Por fim, no tocante às quantias indevidamenterecolhidas a título de ICMS, deve a consulente obse rvar osprece itos e procedimentos descritos nos artigos 30 a 32 da Lei n.

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11.580/1996 e artigos 90 e seguintes do Regulamento do ICMS.

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PROTOCOLO: 13.667.485-4

CONSULTA Nº: 031, de 10 de março de 2016.

CONSULENTE: CAMBUCI PEÇAS AGRÍCOLAS LTDA

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERNA. AJUSTE NA MARGEM DEVALOR AGREGADO. OBRIGATORIEDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de comércioatacadista de máquinas, aparelhos e equipamentos pa ra usoagropecuário, partes e peças, informa que por ocas ião daaquisição de mercadorias para revenda de empresas e nquadradas noregime do Simples Naciona l, que são eleitas substitutastributárias em relação às operações subsequentes, t em discordadodo ajuste, com fundamento no § 8º do art. 1º do An exo X, damargem de valor agregado para apuração da base de c álculo doimposto devido pelo citado regime, por contrariar a regraprevista no inciso III do § 4º do mesmo artigo.

Destaca que a disposição contida no referido inciso IIIdecorre do Convênio ICMS 35/2011, do qual o Paraná é signatário.

Posto isso, questiona quanto à correção do seuentendimento.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os §§ 4º e 8 º doart. 1º do Anexo X do Regulamento do ICMS aprova do peloDecreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotributária, em relação às ope rações subsequentes, serácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

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§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decret o n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tr ibutária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vige nte paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota in terna ouinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

III - não aplicar a margem de valor agregado ajusta da (MVAajustada), devendo, para fins de base de cálculo dasubstituição tributá ria nas operações interestaduais, adotaro percentual de MVA estabelecido para as operações internas(Convênio ICMS 35/2011).[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do s ubstituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL i ntra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d oSimples Nacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à “operação própria” deve ser calculado deacordo com as regras estabelecidas para o mencionad o regime

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Por outro lado, para efeitos do cálculo do impostodevido pelo regime da substituição tributária, o su bstitutoenquadrado no Simples Nacional é equiparado àquele cadastrado noreg ime normal de pagamento. Por essa razão, são inapli cáveis aocaso as regras de apuração e recolhimento do impost o previstas naLei Complementar n. 123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido emrelação às operações subsequentes deve ser apura do observando asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário i ncluído noregime normal de pagamento (precedente: Consulta n. 91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituição tributária o substituto enqu adrado noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo de operaçãoprópria diferindo parcialmente o imposto nos termos do art. 108do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido aoregime normal fosse, na hipótese de a carga tributá ria incidentena operação a título de “operação própria” ser infe rior àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deve ajustar amargem de valor agregado para apurar a base de cálc ulo do impostodevido pelo regime de substituição tributária, em c umprimento aodisposto no § 8º do art. 1º do Anexo X do RICMS (pr ecedente:Consulta n. 138/2015).

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substitutotributário enquadrado no Simples Nacional ajustar a margem devalor agregado decorre das disposições contidas no citad oparágrafo 8º, e não no § 5º do art. 1º do Anexo X d o RICMS.Ademais, não há nenhuma regra excepcionando a aplic abilidade docitado § 8º para essa categoria de contribuinte.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, osubstituto tributário paranaens e, enquadrado no Simples Nacional,ao certificar que a carga tributária apurada a títu lo de operaçãoprópria é inferior àquela praticada pelo substituíd o com oconsumidor final, deve ajustar a margem de valor ag regado paradepois apurar a base de cálculo d o ICMS devido pelo regime da

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substituição tributária.

Desse modo, a aplicação dessa regra, também, para a saquisições interestaduais não contraria o previsto no inciso IIIdo § 4º do art. 1º do RICMS, pois nesse inciso cons ta que deveser adotada a mesma margem de valor agregado praticada nasoperações internas. Por conseguinte, se o contribui nte substitutotributário paranaense, optante pelo Simples Naciona l, deveajustar a margem de valor agregado em tal hipótese, oestabelecido em outra unidade federal também deverá fazê-lo, deforma que o percentual de agregação seja o mesmo, t anto para asoperações internas quanto interestaduais.

Caso a consulente tenha adotado procedimento divers o docontido na presente resposta, deverá observar o dis posto no art.664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazo de até q uinze diaspara a adequação de seus procedimentos já realizado s ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 13.849.805-0.

CONSULTA Nº: 032, de 29 de março de 2016.

CONSULENTE: TELHAÇO MARINGÁ INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE TELHASLTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. BOBINAS E CHAPAS DEAÇO. CONDIÇÕES.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de produção d eartefatos estampados de metal, aduz que adquire bob inas de aço,classificadas nas posições 72.08, 72.09 e 72.10 da NCM, paraserem empregadas na fabricação de telhas, galvaniza das egalvalume, e chapas, zincadas finas a quente.

Aduz que o crédito presumido de que trata o item 55 doAnexo III do Regulamento do ICMS objetiva neutraliz ar o custo dotransporte despendido pelas indústrias paranaenses nas aquisiçõesde chapas de aço oriundas de usinas localiza das em outrasunidades federadas, a fim de garantir competitivida de aosprodutos paranaenses em relação àqueles comercializ ados porempresas situadas próximas dos produtores.

Posto isso, questiona:

1. pode apropriar o crédito presumido, limitado aovalor d a prestação de serviço, desde a usina produtora até o seuestabelecimento, na aquisição dos produtos especifi cados no item55 do Anexo III do RICMS, utilizados como matéria-p rima, quando oseu fornecedor atua no comércio atacadista?

2. Na hipótese de o for necedor ser estabelecimentofabril, mas adquirir os produtos especificados no c itado itempara revenda, sem industrializá-los, tem, a consule nte, odireito ao crédito presumido?

3. Para apuração do valor a ser apropriado, deve ad otarcomo base de cálcul o o valor total do produto ou o valor total danota fiscal, tendo em vista que o dispositivo regul amentar apenas

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menciona que o percentual deverá incidir sobre o va lor daentrada?

4. Na hipótese de a resposta ao primeiro questionam entoser positiva, quest iona como deve proceder para documentar autilização do citado benefício?

Após as indagações, manifesta o entendimento de que :

I. tem direito à apropriação do crédito presumido n ovalor da prestação de serviço correspondente ao per curso queenvolve a usina até o atacadista e deste até o seuestabelecimento;

II. pode utilizar o benefício fiscal independenteme ntede o estabelecimento industrial ter ou não apropria do o créditopresumido;

III. para apuração do montante a ser aproveitado de veconsiderar como ba se de cálculo o valor da entrada;

IV. para apropriação do crédito presumido, deve emi tirnota fiscal ao final do mês, englobando todas as en tradas doperíodo.

Ao final, questiona se estão corretas as suasconclusões.

RESPOSTA

Para análise das questões apr esentadas, transcrevem-seos dispositivos do Regulamento do ICMS aprovado pel o Decreto n.6.080, de 28 de setembro de 2012, vinculados à maté ria:

“Art. 69. Para a apropriação do crédito presumido, de quetrata o Anexo III, o contribuinte, salvo disposição emcontrário, deverá:

I - em sendo inscrito no CAD/ICMS:

a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, fazendo con star nocampo "Natureza da Operação" a expressão "Crédito P resumido"e, no quadro "Dados do Produto", o número, a data e o valordos documentos re lativos às operações que geraram direito ao

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crédito presumido;

b) lançar a nota fiscal a que se refere a alínea an terior nocampo "Observações" do livro Registro de Saídas e o valor docrédito no campo "Outros Créditos" do livro Registr o deApuração do ICM S;

[...]

III - observar as seguintes condições:

a) esteja em situação regular perante o fisco;

b) não possua, por qualquer de seus estabelecimento s:

1. débitos fiscais inscritos na dívida ativa deste Estado;

2. débitos fiscais decorrentes de auto de infra ção, emrelação ao qual não caiba mais defesa ou recurso na esferaadministrativa, não pagos no prazo previsto na legi slação;

c) na hipótese de não atender ao disposto na alínea "b":

1. os débitos estejam garantidos, a juízo da Procur adoriaGeral do Estado , se inscritos na dívida ativa;

2. os débitos declarados ou apurados pelo fisco sej am objetode pedido de parcelamento deferido, que esteja send oregularmente cumprido;

d) apresente, regularmente, suas informaçõeseconômico-fiscais.

[...]

ANEXO III - CRÉDI TO PRESUMIDO

[...]

55 Ao estabelecimento industrial, em montante igual ao queresultar da aplicação, sobre o valor da respectiva entrada,dos percentuais a seguir discriminados, que industr ializaras matérias-primas classificadas nas posições daNomenclatu ra Comum do Mercosul (NCM), desde que recebidasdiretamente da usina produtora ou de outro estabele cimentoda mesma empresa da usina produtora ou de sua subsi diária,

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bem como de estabelecimento comercial não equiparad o aindustrial, nos termos da legislaçã o do Imposto sobreProdutos Industrializados – IPI:

a) 7210 - Bobinas e chapas zincadas - 4%;

b) 7209 - Bobinas e chapas finas a frio - 4%;

c) 7208 - Bobinas e chapas finas a quente - 5% e ch apasgrossas - 4%;

d) 7207 - Placas - 8%.

e) 7219 - Bobinas de a ço inoxidável a quente e a frio - 8%;

f) 7220 - Tiras de aço inoxidável a quente e a frio - 8%.

Notas: o benefício de que trata este item:

1- estende-se ao estabelecimento equiparado a indus trial,nos termos da legislação do IPI, em relação às saíd as paraoutros estabelecimentos industriais, desde que aque le tenharecebido os produtos:

a) diretamente da usina produtora ou de outroestabelecimento da mesma empresa da usina produtora ou desua subsidiária;

b) de outro estabelecimento da mesma empresa ou de empresainterdependente, situados em outra unidade federada ;

2 - fica limitado ao valor do correspondente serviç o detransporte das mercadorias:

a) da usina produtora até o estabelecimento industr ial;

b) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária, e d estesaté o estabelecimento industrial, devendo, neste ca so,constar no campo "Reservado ao Fisco" da nota fisca l emitidapara acobertar a saída com destino a indústria, o v alor doserviço de transporte da usina produtora até outroestabelecimento da mesma empresa da usina produtora ou desua subsidiária;

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c) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária, b em comodestes até o estabelecimento comercial, e deste até oestabelecimento industrial, devendo, neste caso, co nstar, nocampo "Reservado ao Fisco" da nota fiscal emitida p araacobertar a saída com destino à indústria, o valor doserviço de transporte da usina produtora até outroestabelecimento da me sma empresa da usina produtora ou desua subsidiária e destes até o estabelecimento com ercial;

d) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária at é oestabelecimento equiparado a industrial, nos term os dalegislação do IPI, e deste até o estabelecimento in dustrial,devendo, neste caso, constar no campo "Reservado ao Fisco"da nota fiscal emitida para acobertar a saída com d estino aindústria, o valor do serviço de transporte da usi naprodutora até ou tro estabelecimento da mesma empresa dausina produtora ou de sua subsidiária até o estabel ecimentoequiparado a industrial.

3 - substitui o valor do crédito decorrente do ICMS pago naprestação do serviço de transporte das referidas op erações”.

Em relação à primeira indagação, a matéria já foiobjeto de análise por este Setor que se manifestou no sentido deque para usufruir o crédito presumido de que trata o item 55 doAnexo III do RICMS, o estabelecimento industrial pa ranaense devereceber as matérias-pr imas diretamente da usina produtora ou deoutro estabelecimento da mesma empresa da usina pro dutora ou desua subsidiária ou então de estabelecimento comerci al nãoequiparado a industrial. Assim, se o fornecedor da consulente seenquadra nessas categorias está correto o seu entendimento quantoao direito ao crédito. (precedente: Consulta n. 123 /2015).

No que diz respeito ao segundo questionamento,independentemente de o fornecedor fazer jus ou não ao benefíciofiscal, descabe à consulente, nesse caso, apro veitá-lo, pelo fatode estar adquirindo as mercadorias de remetente não incluído nasmodalidades de fornecedor indicadas no “caput” do i tem 55 doAnexo III do RICMS.

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Relativamente à terceira dúvida, a expressão “valor darespectiva entrada”, que consta no “caput” do item 55 do AnexoIII do RICMS, significa o preço de entrada do produ to, conformemanifestado na Consulta n. 167/1999:

“Consulta 167/1999

[...]

No tocante ao valor do crédito presumido, será ele calculadosobre o preço de entrada do produto, ten do como limite ovalor do correspondente serviço de transporte, ou s eja, semaior o valor encontrado a partir da aplicação dospercentuais, prevalecerá o valor do serviço de tran sportecorrespondente. No caso de aquisição de empresa com ercial,será a soma do transporte prestado da usina produtora atéeste estabelecimento e deste até o industrializador(consulente), exigindo-se a informação no campo "Re servadoao Fisco" da nota fiscal emitida pelo estabelecimen tocomercial, o valor do serviço de transporte da usina até oseu estabelecimento (item 2 da alínea "b")”.

Logo, o valor a ser apropriado a título de créditopresumido, que tem como limitador o valor da prest ação deserviço de transporte, abrange o trajeto da usina p rodutora aoutro estabelecimento de ssa mesma usina ou de sua subsidiária,bem como destes até o estabelecimento comercial, e deste até oestabelecimento industrial, devendo, neste caso, co nstar, nocampo "Reservado ao Fisco" da nota fiscal emitida p ara acobertara saída com destino à consul ente, o valor do serviço detransporte da usina produtora até outro estabelecim ento da mesmaempresa ou de sua subsidiária e destes até o estabe lecimentocomercial.

Quanto à última indagação, para apropriação do créd itopresumido o contribuinte deverá obs ervar o art. 69 do Regulamentodo ICMS.

A partir da ciência desta, terá a consulente, emobservância ao art. 664 do RICMS, o prazo de até qu inze dias paraadequar os procedimentos já realizados em conformid ade com o que

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foi aqui esclarecido, caso os tenha praticado diversamente.

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PROTOCOLO: 13.948.940-3

CONSULTA Nº: 033, de 15 de março de 2016.

CONSULENTE: JOMARCA KITS SÃO PAULO E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. FERRAGENS PARA MÓVEIS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATOR: PAULO CÉSAR DA SILVA LOPES

A consulente, com domicílio tributário no Estado de SãoPaulo, informa que tem por objeto social a indústr ia e comérciode artigos de metais e plásticos destinados à indús triamoveleira.

Expõe ter dúvida acerca da aplicação da substituiçã otributária às o perações com ferragens para móveis (tais comopuxadores, dobradiças e guarnições) por ela fabrica das eclassificadas nas NCM 8301.30.00, 8302.10.00, 8302. 20.00, 8302.4e 8302.42.00

Manifesta entendimento de que os produtos que menci onanão estão sujeitos ao regime da substituição tributária, poisdestinados exclusivamente ao uso em móveis, ativida de diversadaquelas previstas no Protocolo ICMS 71/2011, que d ispõe sobre asubstituição tributária nas operações com materiais deconstrução, acabamento, bricola gem ou adorno.

Para corroborar seu entendimento, cita as respostasexaradas às Consultas n. 20/2013 e n. 4/2015 por es te SetorConsultivo.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe esclarecer que foi editado oConvênio ICMS 92/2015, com a nova redação dada pelo Convêni o ICMS146/2015, que estabelece a sistemática de uniformiz ação eidentificação das mercadorias e bens passíveis de s ujeição aoregime de substituição tributária, relativamente às operaçõessubsequentes.

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Em razão dessas novas regras, foi editado o Decreto n .3.530/2016, com efeitos desde 1º de janeiro de 2016 , dando novaredação às tabelas do Anexo X do RICMS, inclusive à do art. 21,da qual se destacam as posições 49 e 50:

“Art. 21. Nas operações com os produtos relacionad os, comsuas respectivas classific ações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

(…)

ITEM NCM DESCRIÇÃO

48 8302.41.00 Outrasguarnições,ferragens eartigossemelhantes demetais comuns,paraconstruções,inclusivepuxadores

49 83.01 Fechaduras eferrolhos (dechave, desegredo ouelétricos), demetais comuns,incluídas assuas partes,fechos earmações comfecho, comfechadura, demetais comuns,chaves paraesses artigos,de metais

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comuns,excluídos os deuso automotivo

50 8302.10.00 Dobradiças demetais comuns,de qualquer tipo

...”

Relativamente à matéria exposta, o Setor Consultivomanifestou reiteradas vezes que:

1. o correto tratamento tributário de determinadamercadoria depende da sua adequada classificação em um doscódigos da NCM, sendo tal tarefa de responsabilidade docontribuinte e, em caso de dúvida ou divergência qu anto aocorreto enquadramento, a competência para responder consultassobre essa matéria é da Secretaria da Receita Feder al do Brasil;

2. a expressão “Materiais de constru ção, acabamento,bricolagem ou adorno”, de que trata a Seção IV do A nexo X doRICMS, tem aplicação meramente denominativa, sendo irrelevantepara efeitos de determinação dos produtos sujeitos à substituiçãotributária;

3. estando a mercadoria inserta, por sua descrição epor sua classificação na NCM, em um dos itens do ar tigo 21 doAnexo X do RICMS, independemente de ter uso efetiv o naconstrução civil, estará sujeita ao regime de subst ituiçãotributária, exceto para as quais a necessária utili zação nacon strução civil está especificamente expressa nos ite ns doartigo regulamentar.

Passando a responder ao questionamento da consulent e,expõe-se que as operações com os produtos compreend idos nos itens49 e 50 do art. 21, antes mencionados, corresponden tes à p osiçãoNCM 83.01 e ao código NCM 8302.10.00, sujeitam-se a o regime dasubstituição tributária, pois na descrição dos prod utos nãoconsta a expressão “para construção”, portanto é ir relevante adestinação dada as mercadorias para a aplicação des se regime.

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Assim, mesmo que tais produtos sejam fabricados para autilização em móveis, estando inseridos na NCM indi cada e nacorrespondente descrição, sujeitam-se ao regime de substituiçãotributária.

Quanto aos produtos classificados nos códigos8302.20.00 e 8302.4 2.00, não se sujeitam ao regime desubstituição tributária, por não fazerem parte do r ol de NCMespecificadas no art. 21. Quanto à sub posição NCM 8302.4, nãoconsta mais especificada no citado artigo, mas some nte o códigoNCM 8302.41.00 com a respectiva d escrição, de uso exclusivo emconstruções.

Por derradeiro, lembra-se que deverá a consulenteobservar os preceitos do artigo 664 do RICMS, que p revê o prazode até quinze dias para adequar o seu procedimento aoesclarecido, caso tenha procedido de modo div erso.

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PROTOCOLO: 13.801.080-5

CONSULTA Nº: 034, de 26 de abril de 2016.

CONSULENTE: KAK DISTRIBUIDORA DE PAPÉIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÃOINTERESTADUAL. CONTRIBUINTE SUBSTITUÍDO.RECUPERAÇÃO.

RELATOR: MÁRCIO ANTÔNIO RIBEIRO DA ROSA MAZZIN I

A consulente, contribuinte substituído, questiona s e épossível aproveitar créditos de ICMS oriundos da co mpra deartigos de escritório e papelaria, quando posterior mente efetuaoperações interestaduais com as mesmas mercadorias.

Alega que quando adquire tais produtos, o imposto jávem retido por substituição tributária, sendo que q uando efetuavendas interestaduais destinadas a revendedores, te m direito derecuperá-lo nos termos do art. 5º do Anexo X do Reg ulamento doICMS (RICMS).

Aduz que pretende obser var nesse caso, como referênciado valor de entrada, para fins de cálculo do impost o a recuperar,o sistema PEPS (Primeiro que Entra Primeiro que Sai ).

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Para resposta à consulente, transcrevem-se,inici almente, os artigos do Anexo X do RICMS atinentes à matériaperquirida, conforme redação verbis :

“Art. 4º O estabelecimento substituído que recebermercadoria com imposto retido deverá:

I - escriturar a nota fiscal do fornecedor na colun a "Outras- Operaçõ es ou Prestações sem Crédito do Imposto" do livroRegistro de Entradas, lançando na coluna "Obse rvações",na aquisição interestadual, os valores do imposto r etido das

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operações tributadas e não tributadas, separadament e (AjusteSINIEF 02/1996);

II - e mitir nota fiscal, por ocasião da saída da mercador ia,sem destaque do imposto, que contenha, nas operaçõe sdestinadas a outro contribuinte, além dos requis itosexigidos, as seguintes informações no campo "Reserv ado aoFisco":

a) a expressão "Substituiç ão Tributária", seguida do númerodo correspondente artigo deste Regulamento ou do re spectivoProtocolo ou Convênio (cláusula terceira do Ajuste SINIEF04/1993);

b) o valor que serviu de base de cálculo para a ret enção e ovalor do imposto retido em relaçã o a cada mercadoria;

III - lançar a nota fiscal referida no inciso anter ior nacoluna "Outras -Operações ou Prestações sem Débito doImposto" do livro Registro de Saídas.

§ 1º Para os fins do disposto no art. 5º deste anex o, edefinição dos valores da base de cálculo para a retenção edo imposto retido, a serem informados na emissão de notafiscal a outro contribuinte, os valores serão atrib uídos emfunção do critério de que a primeira saída correspo nderá àprimeira entrada da mercadoria ou do valor médio d ecorrenteda média ponderada dos valores praticados.”

...

“Art. 5º Caso o contribuinte substituído venha a promoveroperação interestadual destinada a contribuinte, co mmercadoria cujo ICMS foi retido, poderá, proporcion almenteàs quantidades saídas, recu perar em conta-gráfica ouressarcir-se, junto a qualquer estabelecimento de f ornecedorque seja eleito substituto tributário, da diferença entre ovalor do imposto da própria operação e o somatório do ICMSpróprio do substituto tributário com o valor do IC MS retido,observado o seguinte (cláusula terceira, § 2º, do C onvênioICMS 81/1993):

...

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§ 4º A nota fiscal emitida para acobertar a operaçã ointerestadual mencionada no "caput" deverá conter o destaquedo imposto da operação própria, devendo ser lançada :

a) na hipótese de recuperação do crédito do imposto pelaentrada da mercadoria, em conta-gráfica, que corres ponderáao somatório do débito próprio do contribuinte subs tituto eda parcela retida, nas colunas "Base de Cálculo do Imposto"e "Imposto Debitado" ;

b) nas outras situações, na coluna "Outras - Operaç ões ouPrestações sem Débito do Imposto".

(...)

Art. 6.º O documento fiscal emitido para os fins do art.5.º, deste anexo deverá conter como natureza da ope ração“Ressarcimento” ou “Recuperação de Crédi to”, a data deemissão, o valor, inclusive por extenso, e sua equi valênciaem FCA referente ao mês subsequente ao das operaçõe sinterestaduais, além da identificação do destinatár io.”

A resposta à dúvida formulada pela consulente éafirmativa. É possível c reditar-se, a título de recuperação, doimposto pago por substituição tributária quando oco rrer operaçõesinterestaduais com mercadorias cujo imposto foi ret ido porocasião da aquisição. Os artigos 5º e seguintes do Anexo X doRICMS/PR descrevem o modo a s er observado para tal fim.

Para dimensionar o valor do imposto passível derecuperação, cabe observar a regra disposta no § 1º do art. 4º doAnexo X do RICMS/PR, antes transcrita.

Na nota fiscal emitida para documentar a operaçãointerestadual realizada pe la consulente deverá ser destacado oimposto correspondente, devendo ser lançada nas col unas “Base deCálculo do Imposto” e “Imposto Debitado”, conforme prescreve aalínea “a” do § 4º do art. 5º do RICMS/PR, antes tr anscrito.

Por sua vez, na emissão da not a fiscal correspondente àrecuperação do imposto devem ser observados os proc edimentos einformações retratados no art. 6º do Anexo X do RIC MS.

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PROTOCOLO: 13.329.312-4.

CONSULTA Nº: 036, de 7 de abril de 2016.

CONSULENTE: CARGILL AGRÍCOLA S.A

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. GÁS LIQUIFEITO DE PETRÓLEO.CONDIÇÃO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal defabricação de amidos e féculas de vegetais, aduz qu e adquire gásliquefeito de petróleo (GLP), sendo parte dele util izado comocombustível na fornalha durante o processo de regen eração térmicade carvão mi neral.

Esclarece que esse processo consiste no aquecimento docarvão com a finalidade de remover a proteína nele acumulada,para recuperar a sua estrutura original porosa e re adquirir afunção de descoloração do xarope de glucose, que é um dosprodutos q ue fabrica.

A outra parte do GLP é utilizada como fonte de ener giano processo de secagem do amido de milho, a fim de melhorar a suaeficiência.

Sustenta, com fundamento no princípio da nãocumulatividade do imposto, que tem direito à apropr iação total doICMS relativo à aquisição do GLP, pois sem esse pro duto não épossível completar a fabricação de amido, fécula de vegetais eóleo de milho em bruto.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se dispositiv os doRegulamento do ICMS/2012 que têm vínculo com os que stionamentos:

“Art. 23. Para a compensação a que se refere o arti goanterior, é assegurado ao contribuinte o direito decreditar-se do imposto anteriormente cobrado em ope rações de

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que tenha resultad o a entrada de mercadoria, real ousimbólica, no estabelecimento, inclusive a destinad a ao seuuso ou consumo ou ao ativo permanente, ou o recebim ento deserviços de transporte interestadual e intermunicip al ou decomunicação (art. 24 da Lei n. 11.580/1996 ).

[...]

§ 9º As mercadorias destinadas ao uso ou consumo doestabelecimento somente darão direito a crédito qua ndo neleentradas a partir de 1º de janeiro de 2020 (Lei Com plementarn. 138/2010).

§ 10. Para efeitos do disposto no § 9º, entende-se comomerc adoria destinada ao uso ou consumo do estabelecimen to, aque não seja utilizada na comercialização e a que n ão sejaempregada para integração no produto ou para consum o norespectivo processo de industrialização ou na produ çãorural.

§ 11. Entende-se por c onsumo no processo de industrializaçãoou produção rural a total destruição da mercadoria” .

Em relação às aquisições de gás liquefeito de petró leoutilizado na secagem do amido de milho, o Setor Con sultivo temmanifestado que, na hipótese desse produto ser utilizado comoinsumo no processo de industrialização, na condição de fonteenergética, gera direito ao crédito (precedentes: C onsultas n.212/2000 e 14/2012).

Assim, correto o entendimento da consulente.

No que diz respeito ao crédito de ICMS decorrente deaquisição de GLP utilizado na fornalha para regener ação do carvãomineral, cabe analisar a questão com fulcro no § 10 do art. 23 doRICMS.

O Setor Consultivo, relativamente ao comandoregulamentar disposto no citado § 10, manifestou se u entendimentode que a total destruição do material utilizado no pro cesso deindustrialização prevista no mencionado § 11 do mes mo artigosignifica sua desintegração de maneira imediata e i ntrínseca noprocesso, não sendo suficiente o seu desgaste ou de terioração de

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elemen tos e o seu consumo exterior ao processo de transfo rmaçãoda matéria-prima e de formação do novo produto (pre cedente:Consulta n. 54/2012).

Assim, considerando que o processo de regeneração d ocarvão mineral não constitui etapa do processo de f abricação,propriamente dito, de xarope de glucose, conclui-se que o GLPconsumido nessa etapa não gera direito ao crédito.

Diante do que foi exposto, está parcialmente corret o oentendimento da consulente.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulente o bservar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.649.549-6

CONSULTA Nº: 037, de 4 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: DKT DO BRASIL PRODUTOS DE USO PESSOAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ARTEFATOS DEHIGIENE/TOUCADOR DE PLÁSTICO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua no comércio atacadista deprodutos direcionados à higiene pessoal, produtos p ara a saúde deuso humano e para o planejamento familiar, informa que a maiorparte dos produtos que revende são importados, send o osprincipais preservativ os e géis lubrificantes.

Indaga se deve reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária nas operações com um novo p roduto, que setrata de um coletor menstrual, artefato de higiene e de plástico,descartável, a ser utilizado para a higiene ín tima da mulher(tampão higiênico que não absorve o fluxo menstrual , apenas ocoleta), que classifica no código NCM 3924.90.00.

Esclarece que a sua dúvida decorre de que:

1. tal código NCM encontra-se indicado no ProtocoloICMS 164/2010, firmado entre os Es tados do Paraná e de São Paulo,para disciplinar a substituição tributária nas oper ações comcosméticos, perfumaria, artigos de higiene pessoal e de toucador,com a descrição da mercadoria como “mamadeiras”, se ndo que talmatéria encontra-se no Anexo X, Se ção XX, art. 95, item 67, doRegulamento do ICMS do Paraná (não sendo mamadeiras o seuproduto, entende que não esteja inserido em tal dis posição);

2. consta o código NCM abrangido, também, na Seção IV –Operações com Materiais de Construção, Acabamento, Bricolagem ouAdorno, com a descrição “artefatos de higiene/touca dor deplástico” (entende que tais disposições também não se aplicam aoproduto por ela comercializado).

RESPOSTA

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Para análise da matéria, transcrevem-se os disposit ivosdo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 queatualmente vigoram:

“ANEXO X:

...

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria impor tada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classificaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no terr itórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de retenção e recolhimento doICMS relativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Espí rito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grand e doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 196/2009, 69/2011,71/2011, 95/2012 e 38/2013).

...

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionad os, comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

59 10.014.00 39.24 Artefatos dehigiene/toucador de

plástico, para uso naconstrução

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...

SEÇÃO XX

DAS OPERAÇÕES COM COSMÉTICOS, PERFUMARIA, ARTIGOS DE HIGIENEPESSOAL E DE TOUCADOR

(artigos 93 a 96)

Art. 93. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria i mportada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 95 deste anexo com suas respectivas classificaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no terr itórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituiçã o, para efeitos de retenção e recolhimento doICMS relativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grand e doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 191/2009,164/2010, 67/2013 e 167/2013).

...

Art. 95. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado (Protocolos ICMS 98/2009 e 190/2010):

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

67 20.063.00 3923.30.00 Mamadeiras

3924.10.00

3924.90.00

4014.90.90

7010.20.00”

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Inicialmente, destaca-se que é da própria consulent e aresponsabilidade pela classificação do produto e, e m caso dedúvida, o esclarecimento deve ser perante a Secreta ria da ReceitaFederal do Brasil, órgão que tem competência especí fica para semanifestar a respeito dessa matéria.

Ainda, expõe-se que para se identificar quaismercadorias estão sujeitas ao regim e da substituição tributáriadeve haver concomitante atendimento à descrição do produto e aocódigo correspondente na Nomenclatura Comum do Merc osul (NCM).

Assim, relativamente ao código NCM apontado pelaconsulente:

1. na Seção XX do Anexo X, item 67 do a rt. 95, constamdescritas como abrangidas pela substituição tributá ria apenas as“mamadeiras”, significando que apenas essas é que s e encontramincluídas na substituição tributária (precedente: Consulta n.96/2012);

2. na Seção IV, no item 59 do art. 21, de acordo com aredação dada pelo Decreto n. 3.530, de 22.02.2016, produzindoefeitos a partir de 1º.01.2016, consta a posição 39 .24 da NCM ecomo descrição “artefatos de higiene/toucador de plástico, parauso na construção” , de forma que a mercadoria menc ionada pelaconsulente também não se encontra alcançada por ess e dispositivoregulamentar, haja vista que expressamente previsto o necessário“uso na construção”.

Posto isso, mesmo sendo classificado em código daposição 39.24 da NCM, não se enquadrando o coletor de fluxomenstrual mencionado pela consulente na descrição d os produtossujeitos ao regime da substituição tributária dessa posição (queabrange somente mamadeiras e os destinados ao uso n a construçãocivil), não se aplica o regime da substituição tributária de quetratam tais dispositivos.

Entretanto, necessário frisar que, até 31.12.2015,nessa Seção IV, item 76 do art. 21, do Regulamento do ICMS, osprodutos classificados na posição 39.24 da NCM eram descritoscomo “artefatos de Higiene/toucador de plástico” . Não havia,

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pois, a restrição ao uso na construção civil; logo, todas asmercadorias compreendidas nessa posição e na corres pondentedescrição submetiam-se ao regime da substituição tr ibutária(precedentes: Consultas n. 12/2016, n. 13/2014 e n . 95/2013).

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS/2012, qu e prevê oprazo de até quinze dias para a adequação de seus p rocedimentosjá real izados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.665.780-1.

CONSULTA Nº: 038, de 17 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: TKJ COMPRESSORES LTDA.

SÚMULA: ICMS. COMPRESSORES E SUAS PEÇAS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. HIPÓTESES.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente informa que atua na fabricação e comér ciode compressores, e de suas peças, que são empregado s narefrigeração de câmara fria de caminhões e ar-condi cionado deônibus.

Aduz que adquire peças de outras unidades federadas comimposto retido por substituição tributária, pois os códigos NCM aelas correspondentes estão listados no art. 97 do A nexo X doRegulamento do ICMS e no Protocolo ICMS 41/2008, em bora oscompressores, classificados nos códigos 8414.30.11, 8414.30.91 e8414.30.99 da NCM, não e stejam arrolados como mercadoriassujeitas a essa sistemática.

Diante do exposto indaga:

1. o compressor, fabricado pela consulente, que é u mcomponente do sistema de refrigeração do baú frigor ífico decaminhões e do ar-condicionado de ônibus, pertence ao ramoautomotivo?

2. Caso a resposta ao item anterior seja negativa, estácorreta a retenção do imposto por substituição trib utária emrelação às peças a serem aplicadas na fabricação de compressores?

3. Não sendo correta a retenção efetuada por seusforne cedores, como proceder para recuperar o impostoindevidamente retido?

4. Nas saídas em operações interestaduais destinada s aempresas que não atuam no ramo automotivo, deve pro videnciar aretenção do ICMS por substituição tributária nas ve ndas de peças

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par a compressores de refrigeração cujos códigos NCM es tãoarrolados no Protocolo ICMS n. 41/2008?

RESPOSTA

Transcreve-se o caput do art. 97 do Anexo X Regulamentodo ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de se tembro de 2012(RICMS/2012):

“Art. 97. Ao est abelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da N CM, de uso especificamente automotivo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômico,sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento deindústria ou comércio de veículos automotores terre stres,bem como pela indústria ou comércio de veículos, máquinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas p eças,partes, componentes e acessórios, com destino a rev endedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tençã o erecolhimento do ICMS relativo às operações subseque ntes(Protocolos ICMS 83/2008 e 41/2014):

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

... ... ... ...

124 01.129.00

Outraspeças,partes eacessóriosparaveículos

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automotores nãorelacionadosnosdemaisitensdestatabe la

...”.

Enfatiza-se, inicialmente, que é de responsabilidad e docontribuinte a adequada classificação dos produtos naNomenclatura Comum do Mercosul (NCM) e, em caso de dúvida, acompetência para responder consultas a esse respeit o é daSecretaria da Rece ita Federal do Brasil.

Especificamente aos compressores, conforme asrespectivas NCM designadas pela consulente, não est ão sujeitos aoregime da substituição tributária, pois não inserid os em nenhumitem, tampouco no item 124, do art. 97 do Anexo X d o Regu lamentodo ICMS.

Quanto ao “uso especificamente automotivo” observa- seque o Setor Consultivo, conforme excertos da Consul ta n. 01/2012,a seguir transcritos, se pronunciou no sentido de q ue resta assimcaracterizada a mercadoria fabricada para essa fina li dade, sendoirrelevante, para esse fim, o efetivo destino dado ao produtopelos adquirentes.

“... para incluí-los nesse inciso como sujeitos àsubstituição tributária, de uso especificamente aut omotivo,da mesma forma como ocorre para os demais produtos li stadosno art. 536-I, esses devem ser fabricados com a fin alidadede aplicação em veículos automotores ou em veículos ,máquinas e equipamentos agrícolas e rodoviários,independentemente da destinação a ser dada a elas p or seu

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adquirente final. Nesse sentid o, reproduz-se excerto daConsulta n. 54/2009:

“Em casos análogos, o Setor Consultivo manifestou-s e nosentido de que para ocorrer a substituição tributár ia nasoperações com peças, partes, componentes e acessóri os, deuso especificamente automotivo, estes produtos devem serfabricados para aplicação em veículos automotores o u emveículos, máquinas e equipamentos agrícolas e rodov iários.

Portanto, o que caracteriza a mercadoria como de “u soespecificamente automotivo” é a finalidade para qua l ela foifabric ada, sendo irrelevante para esse fim o efetivo dest inodado à mercadoria pelo consumidor. Consulta n. 04/0 9. Nomesmo sentido as Consultas n. 125/08 e 127/08”.

Assim, na hipótese de as peças adquiridas pelaconsulente estarem inseridas na descrição e no có digo NCMindicados no art. 97 do Anexo X do RICMS/2012, desd e quefabricadas para uso automotivo, sujeitam-se ao regi me dasubstituição tributária, independentemente de serem utilizadastambém nos compressores especificados.

Oportuno lembrar que, em regra, o regime dasubstituição tributária se aplica na hipótese de a mercadoria tercomo destino estabelecimento revendedor. Assim, cas o a consulentetambém atue na venda de peças que não sejam por ela fabricadas, oimposto deverá ser retido antecipadamente. N esse caso, desde queobservadas as regras que tratam do direito ao crédi to do imposto,a consulente poderá se apropriar do ICMS correspond entes àsmercadorias utilizadas em seu processo industrial e m conformidadecom o contido no § 11 do art. 22 do Regulam ento do ICMS.

O regime da substituição tributária somente é afast adose a consulente empregar as peças exclusivamente na fabricação decompressores (precedente: Consulta n. 34/2011).

Em relação às operações interestaduais comdestinatários sediados em outr as unidades federadas, a consulentedeve, em relação ao imposto devido por substituição tributária,observar a legislação do Estado de destino ou quest ionar seuórgão competente acerca das eventuais dúvidas que s e apresente.

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PROTOCOLO: 13.329.294-2

CONSULTA Nº: 039, de 12 de abril de 2016.

CONSULENTE: CARGILL AGRÍCOLA S.A.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO. MATERIAL DE EMBALAGEM.CONDIÇÃO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal defabricação de amidos e féculas de vegetais, aduz qu e para afabricação e comercialização de seus produtos adqui re “filmestretch” e chapas de papelão.

Expõe que o “filme stretch” é utilizado como materi alde embalagem, a fim de garantir a resistência e a d urabilidadedos produtos comercializados, bem como para atender às exigênciasdos clientes e às normas sanitárias em vigor, uma v ez que essesinvólucros afastam qualquer risco de contaminação p or sujeira,poeira ou umidade durante a estocagem e o transport e.

Em relação à chapa de papelão, aduz que é tambémutilizada como material de embalagem, com a finalid ade deforração do caminhão para proteção do produto acaba do.

Sustenta que tais produtos se caracteri zam comomaterial de embalagem e, portanto, o imposto pago p or ocasião desuas aquisições gera direito ao crédito, em razão d o princípio danão cumulatividade do imposto.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Na resposta à Consulta n. 07 0/2014 este Setormanifestou-se no sentido de que material de embalag em é aqueleutilizado para acondicionamento do produto para tra nsporte(caixas, tambores) ou para apresentação (frasco de perfume),desde que essa embalagem não retorne ao estabelecim ento remetenteda mercadoria.

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Partindo dessa premissa, em relação ao filme stretc h,por ser uma espécie de embalagem, correto o aprovei tamento docrédito de ICMS nas operações de aquisição.

Quanto à chapa de papelão, conclui-se que não se tr atade embalagem, e sim de material de uso destinado à forração dacarroceria (compartimento de carga) do caminhão (in teligência do§ 10 do art. 23 do RICMS).

Posto isso, responde-se que está parcialmente corre ta asua conclusão.

Desse modo, no que estiver procedendo de fo rma diversaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.920.706-8.

CONSULTA Nº: 040, de 7 de abril de 2016.

CONSULENTE: PAULINOR COMERCIAL DE ALIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. LEITE EM PÓ. OPERAÇÕES INTERNAS.TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cujo ramo de atividade é o comércioatacadista de produtos alimentícios em geral, quest iona arespeito da tributação, em operações internas desti nadas arevendedores, de produto por ela comercializado, de nominado“leite em pó Aptamil”, que cl assifica na NCM 1901.10.10,considerando o disposto no art. 5º, inciso II, da L ei nº13.212/2001

RESPOSTA

Registre-se, inicialmente, que cabe ao contribuinteaplicar a correta classificação relativa à NCM para os produtosque comercializa, e que compete à Secretaria da Receita Federaldo Brasil dirimir eventual dúvida quanto a isso.

No que tange ao leite em pó, as NCM constantes da T IPI(Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Ind ustrializados)referentes a esse produto correspondem a 0402.10 e 0402. 2,conforme segue:

“TIPI

NCM DESCRIÇÃO

04.02 Leite e creme de leite,concentrados ouadicionados de açúcarou de outrosedulcorantes.

0402.10 - Em pó, grânulos ou

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outras formas sólidas,com um teor, em peso,de matérias gordas, nãosuperior a 1,5 %

0402.10.10 Com um teor de arsênio,chumbo ou cobre,consideradosisoladamente, inferiora 5 ppm

0402.10.90 Outros

0402.2 - Em pó, grânulos ououtras formas sólidas,com um teor, em peso,de matérias gordas,superior a 1,5 %:

0402.21 --Sem adição de açúcarou de outrosedulcorantes”

Esse, portanto, é o produto (leite em pó, NCM 0402. 10e/ou 0402.2) a que se reporta o inciso II do art. 5º da Lei nº13.212/2001, contemplado por redução da base de cál culo nosseguintes termos:

“Lei nº 13.212/2001

Art. 5º Fica re duzida a base de cálculo do imposto incidentenas operações internas com os produtos a seguir ind icados,de forma que a carga tributária resulte no percentu al de 7%(sete por cento), Convênio ICMS 128/94, cláusula pr imeira:

[...]

II – leite em pó;”.

Já o p roduto mencionado pela consulente, qual seja,“leite em pó Aptamil”, NCM 1901.10.10, embora traga em suadenominação comercial o termo “leite”, com este não se confunde.Trata-se, na verdade, de espécie do gênero “prepara ções

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alimentícias de produtos das p osições 04.01 a 04.04”, conformedefinido pela TIPI:

NCM DESCRIÇÃO

19.01 Extratos de malte;preparaçõesalimentícias defarinhas, grumos,sêmolas, amidos,féculas ou de extratosde malte, que nãocontenham cacau ou quecontenham menos de 40%, em peso, de cacau,calculado sobre umabase totalmentedesengordurada, nãoespecificadas nemcompreendidas noutrasposições; preparaçõesalimentícias deprodutos das posições04.01 a 04.04, que nãocontenham cacau ou quecontenham menos de 5 %,em peso, de cacau,cal culado sobre umabase totalmentedesengordurada, nãoespecificadas nemcompreendidas noutrasposições.

1901.10 - Preparações paraalimentação decrianças,acondicionadas paravenda a retalho

1901.10.10 Leite modificado”

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Logo, considerando que o produto com ercializado pelaconsulente não é leite em pó (NCM 04.02) e sim espé cie depreparação alimentícia (qual seja, leite modificado , NCM1901.10.10), não se lhe aplica a redução da base de cálculoprevista no art. 5º, inciso II, da Lei nº 13.212/20 01, devendo,portanto, ser tributado a 18% nas operações interna s, nos termosdo art. 14, inciso VI, da Lei nº 11.580/1996.

Caso esteja procedendo de maneira diversa, a consul entedispõe do prazo de quinze dias, contados da data da sua ciência arespeito da presente re sposta, para realizar os ajustespertinentes, em conformidade com o art. 664 do RICM S.

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PROTOCOLO: 13.799.770-3.

CONSULTA Nº: 041, de 7 de abril de 2016.

CONSULENTE: C VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. LEITE DE COCO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.APLICABILIDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cuja atividade principal cadastrada é ocomércio atacadista de produtos alimentícios em ger al, tem dúvidaa respeito da aplicabilidade do regime da substitui ção tributárianas operações internas com o produto leite de coco, classificadona NC M 2009.89.90.

Entende que referido produto está submetido a talsistemática, posicionamento a respeito do qual forn ecedorlocalizado em outra unidade federada discorda.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Este Setor Consultivo tem reiter adamente manifestadoque para determinada mercadoria estar sob a égide d a substituiçãotributária deve constar relacionada, pela sua descr ição e peloseu respectivo código NCM, no Anexo X do Regulament o do ICMS.

Além disso, cabe à consulente aplicar a corr etaclassificação da NCM para os produtos que comercial iza, e casotenha dúvida a esse respeito, compete à Secretaria da ReceitaFederal dirimi-la.

Especificamente em relação ao produto cujo código N CMfoi indicado pela consulente, qual seja, 2009.89.90 , v erifica-seque o art. 135 do Anexo X do RICMS, inserido na SEÇ ÃO XXXIV, quetrata das operações com produtos alimentícios, traz relacionadona posição 4 do inciso II o seguinte:

“Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respe ctivas classificações na NCM,

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devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

[…]

II – sucos e bebidas:

POSIÇÃO CEST NCM/SH DESCRIÇÃO

4 17.010.00 20.09 Sucos de frutas ou misturade sucos de frutas”.

Segundo a Resolução RDC nº 83/2000 da Anvisa, subite m2.1, leite de coco, por definição, “ é o produto obtido da emulsãoaquosa extraída do endosperma do fruto do coqueiro (Cocosnucifera L.), através de processo tecnológico adequ ado”.

Pode-se dizer, portant o, em outras palavras, que oleite de coco é um suco de fruta.

Corrobora tal entendimento a classificação NCM ínsi ta aesse produto, indicada pela consulente, constante d a TIPI (Tabelade Incidência do Imposto sobre Produtos Industriali zados), assimcomo a s Notas Explicativas do Sistema Harmonizado de Desi gnação ede Codificação de Mercadorias (NESH) a ela pertinen tes:

“TIPI

NCM DESCRIÇÃO

20.09 Sucos (sumos) de frutas (incluindo os mostosde uvas) ou de produtos hortícolas, nãofermen tados, sem adição de álcool, com ousem adição de açúcar ou de outrosedulcorantes.

[…]

2009.8 - Suco (sumo) de qualquer outr a frutaou produto hortícola:

[…]

2009.89.90 Outros”.

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“NESH

Os sucos de frutas ou de produtos hortícolas da presenteposição, em geral, obtêm-se por pressão de frutas o u deprodutos hortícolas, frescos, sãos e maduros, quer essapressão consista – como acontece relativamente aos cítricos– numa extração por meio de máquinas denominadas“extratores”, cujo fun cionamento é semelhante ao dosespremedores de uso doméstico, quer consista numaespremedura, precedida ou não de uma trituração (é o casodas maçãs) ou de um tratamento por água fria, por á guaquente ou por vapor (é o caso, em particular, dos t omates,das groselhas e de alguns produtos hortícolas, como acenoura e o aipo)”.

Desse modo, considerando que o leite de coco é um s uco(sumo) de fruta, conforme, inclusive, aponta a resp ectivaclassificação NCM a ele atribuída pela consulente,encontrando-se, como tal, relacionado na posição 4 do inciso IIdo art. 135 do Anexo X do RICMS, conclui-se que ess e produto estásujeito à sistemática da substituição tributária.

Correto, portanto, o entendimento da consulente.

Registre-se, todavia, que na hipótese de o remet entenão efetuar a retenção do imposto devido pelo regim e dasubstituição tributária, compete à consulente fazê- lo, emcumprimento ao disposto na alínea “a” do inciso IV do art. 21 daLei nº 11.580/1996.

Nesse aspecto, caso esteja procedendo de forma dive r sa,a consulente dispõe do prazo de quinze dias para re alizar osajustes pertinentes, contados da data da sua ciênci a a respeitoda presente resposta, nos termos do art. 664 do RIC MS.

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PROTOCOLO: 13.866.958-0.

CONSULTA Nº: 042, de 7 de abril de 2016.

CONSULENTE: CANTU COMÉRCIO DE PNEUMÁTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS COM PNEUMÁTICOSE CÂMARAS DE AR. TRANSPORTADORA. DIFERENCIALDE ALÍQUOTA. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.APLICABILIDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, estabelecida no estado de Santa Catar inae com inscrição de substituto tributário no cadastr o do ICMS doParaná, expõe que tem por objeto social o comércio atacadista,comércio pela internet, importação e exportação, de pneumáticos,câmaras d e ar, protetores, partes e peças de veículos, e quedestina seus produtos a revendedores paranaenses, e m operaçõessob a égide da substituição tributária.

Aduz, ainda, que deve recolher, por responsabilidad e,na condição de substituto tributário, também o diferencial dealíquotas nas operações que destinem mercadorias pa ra uso ouconsumo ou para o ativo imobilizado do adquirente, nos termos dacláusula primeira do Convênio ICMS 85/1993.

Porém, na venda de pneumáticos para transportadoras ,entende que está d ispensada de tal recolhimento, posicionamento arespeito do qual requer manifestação deste Setor Co nsultivo,pois, nesse caso, ainda segundo a consulente, a leg islaçãoparanaense autoriza o creditamento do imposto ao de stinatário,por considerar tais produ tos como insumos empregados na atividadede prestação de serviços de transporte.

RESPOSTA

A respeito da matéria ora questionada, este Setor j ámanifestou conforme segue, na resposta à Consulta n º 119/2015:

“CONSULTA Nº: 119, de 27 de outubro de 2015.

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[...]

Apesar de a legislação reconhecer ao adquirente o d ireito aocrédito nas hipóteses mencionadas pela consulente, emconformidade com o art. 22, §§ 4º e 13, do RICMS, a seguirtranscritos, tal fato não retira a condição de cons umidorfinal das transportador as ou dos contribuintes que realizemo transporte de carga própria, porquanto tais produ tos,nesses casos, não são destinados à comercialização ouindustrialização:

'Art. 22. O imposto é não-cumulativo,compensando-se o que for devido em cada operaçãorela tiva à circulação de mercadorias ou prestaçãode serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação com o montantecobrado nas anteriores por este Estado ou poroutra unidade federada, apurado por um dosseguintes critérios (art. 23 da Lei n.11.580/1996):

[...]

§ 4º estabelecimento prestador de serviço detransporte interestadual ou intermunicipalinscrito no Cadastro de Contribuintes do Estado -CAD/ICMS, que não optar pelo crédito presumidoprevisto nos itens 48 e 49 do Anexo III, pod eráse apropriar do crédito do imposto das operaçõesde aquisição de combustíveis, lubrificantes,aditivos, fluidos, pneus, câmaras de ar emercadorias destinadas ao ativo permanente,observado o disposto no § 3º do art. 23,efetivamente utilizados na pres tação de serviçoiniciada neste Estado.

[...]

§ 13. O contribuinte que efetue transporte decarga própria poderá apropriar-se do crédito doimposto das operações tributadas de aquisição decombustíveis, lubrificantes, aditivos, fluidos,

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pneus e câmaras de ar'.

Assim sendo, deve a consulente recolher o diferenci al dealíquota, por responsabilidade, na qualidade de sub stitutotributário, em substituição aos aludidos adquirente s,conforme dispõe o art. 69, § 1º, alínea 'b', do Ane xo X, doRICMS, com fundament o no caput e § 1º do art. 6º da LeiComplementar nº 87/1996, no art. 18, inciso IV, da Lei nº11.580/1996 e na cláusula primeira do Convênio ICMS 85/1993:

'ANEXO X

SEÇÃO X

DAS OPERAÇÕES COM PNEUMÁTICOS, CÂMARAS DE AR EPROTETORES

Art. 69. Ao estabeleciment o industrial fabricanteou importador que promover a saída dos produtosrelacionados na tabela de que trata o § 1º doart. 70, com destino a revendedores situados emterritório paranaense, é atribuída a condição desujeito passivo por substituição para efe itos deretenção e recolhimento do ICMS relativo àsoperações subsequentes (art. 18, IV, da Lei n.11.580/1996; Convênios ICMS 81/1993 e 92/2011).

§ 1º O disposto neste artigo:

[...]

b) estende-se ao diferencial de alíquotas'”.

Incorreto, portanto, o enten dimento da consulente, poisdevida a retenção, por substituição tributária, do ICMScorrespondente ao diferencial de alíquotas nas oper ações quedestinem pneumáticos e câmaras de ar a transportado ras, parautilização em veículos empregados na prestação de serviços detransporte.

Caso esteja procedendo de forma diversa, a consulen tedispõe do prazo de quinze dias, contados da data da sua ciência arespeito da presente resposta, para realizar os aju stespertinentes, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.597.140-8.

CONSULTA Nº: 044, de 14 de janeiro de 2016.

CONSULENTE: SSTP INVESTIMENTOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REPRODUÇÃO DE OBRA DE ARTE. ISENÇÃO.CRÉDITO PRESUMIDO. NÃO APLICABILIDADE.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que atua no ramo de produção,restauração, comercialização, exportação e importaç ão de obras dearte, dentre outros ramos citados no seu contrato s ocial, informaque possui cessão definitiva de direitos autorais d as obras de umdeterminado au tor, possibilitando reproduzi-las por qualquer tipode processo mecânico (bronze ou materiais nobres), de forma totalou parcialmente, a partir de peças já fundidas ou d e moldespreexistentes, sejam inéditos ou não, com a finalid ade de obternovas peças de arte, as quais denomina de “originais”,destinando-as à comercialização.

Informa que essas peças se enquadram no código NCM9703.00.00, que apresenta a descrição “produções or iginais dearte estatuária ou de escultura, de quaisquer matér ias”.

Entende que as obras assim produzidas são originais doartista, pois, segundo os esclarecimentos das Notas Explicativasdo Sistema Harmonizado – NESH, a reprodução tem lim ite dequantidade, não podendo ultrapassar 12 réplicas, so b pena deperda da condição de raridad e e originalidade, afastando ahipótese de reprodução em série.

Esclarece que não se trata de produção por encomend a eque por possuir direitos autorais estaria na condiç ão análoga ade autora.

Posto isso, questiona se as operações com tais prod utosestão contempladas pela isenção prevista no item 116 do A nexo Ido Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80, de28.9.2012.

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Em sendo negativa a resposta, questiona se tem dire itoao crédito presumido de 50% do imposto incidente na operação, nostermos d o item 42 do Anexo III do Regulamento do ICMS.

RESPOSTA

Inicialmente, transcrevem-se os dispositivos doRegulamento do ICMS vinculados à matéria questionad a pelaconsulente, “ in verbis”:

“ANEXO I – ISENÇÕES

(...)

116 Saídas de OBRAS DE ARTE, em operações realizadas pelopróprio autor (Convênios ICMS 59/1991 e 56/2010).

Nota: o disposto neste item se aplica, também, nas operaçõesde importação de obra de arte recebida em doação re alizadapelo próprio autor ou quando adquirida com recursos daSecretaria de Fomento e Incentivo à Cultura do Ministério daCultura (Convênio ICMS 56/2010).

ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

42 No valor equivalente ao montante igual a cinquen ta porcento do imposto incidente na operação de saída sub sequente,ao estabelecimento que prom over a saída de OBRAS DE ARTErecebidas diretamente do autor, com a isenção de qu e trata oitem 116 do Anexo I deste Regulamento (Convênios ICMS59/1991 e 151/1994)”.

Verifica-se que a posição 97.03 da NCM, em conformi dadecom os esclarecimentos dados pela NESH, compreende as obrasproduzidas pelo autor e, também, as cópias obtidas por processoanálogo ao que descreve a consulente, mesmo quando o executantenão seja o autor original.

No entanto, as disposições regulamentares nãocontemplam todas as mercado rias inseridas nessa posição, mas serestringem a operações específicas.

Portanto, somente se aplica a isenção do item 116 d o

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Anexo I do RICMS às saídas promovidas pelo próprio autor, ou nassituações a que se refere a nota desse item, não co ntemplando asoperações retratadas pela consulente.

Quanto ao crédito presumido, este está vinculado àisenção antes citada, o que implica dizer que pode sercomercializada com esse benefício a mercadoria rece bida peloestabelecimento diretamente do autor, em operação d esonerada emrazão da regra prevista no referido item 116 do Ane xo I.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.928.643-0.

CONSULTA Nº: 045, de 14 de abril de 2016.

CONSULENTE: SINDICATO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOSDERIVADOS DO PARANÁ – SINDILEITE

SÚMULA: ICMS. LEITE UHT. VENDA PARA OPTANTE PELOSIMPLES NACIONAL. MARGEM DE VALOR AGREGADO.

RELATORA: CLEONICE SALVADOR STEFANI

A consulente, entidade representativa das indústria s delaticínios e derivados no Estado do Paraná, expõe q ue seusassociados têm dúvida a respeito da margem de valor agregado(MVA) a ser utilizada na apuração da base de cálcul o do impostodevido por subst ituição tributária nas operações internas comleite UHT.

Esclarece que o art. 12-D do Anexo X do Regulamento doICMS prevê percentuais diversos de redução de MVA n as saídasinternas destinadas a contribuintes optantes pelo S implesNacional, de acordo com a carga tributária incidente nasoperações, estabelecendo a redução para 50% às situ açõescontempladas com benefícios fiscais.

Destacando que o item 31 do Anexo III do RICMS prev ê aconcessão de crédito presumido de 14% sobre o valor da operaçãocom leite U HT promovida por estabelecimento fabricante, questi onase está correto seu entendimento de que deve ser ut ilizado, parafins de cálculo do ICMS a ser retido por substituiç ão tributária,nas saídas internas destinadas a revendedores optan tes peloSimples Na cional, 50% do percentual da MVA.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se as regras regulamenta resmencionadas pela consulente, estabelecidas, respect ivamente, noAnexo III (Crédito Presumido) e no Anexo X (Da Subs tituiçãoTributária em Operações com Mercad orias e Prestações de Serviço):

“31 Ao estabelecimento industrializador do leite, ou ao que

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tenha encomendado a industrialização, no percentual de 14%(quatorze por cento) sobre o valor das saídas em op eraçõesinternas, de LEITE UHT (“ultra high temperatu re”),acondicionado em embalagem longa vida, classificado naposição 04.01 da NCM.

Notas:

1. o benefício de que trata este item se aplica, ta mbém, nasoperações internas promovidas por centro de distrib uição,quando o produto for industrializado em estabel ecimentolocalizado neste Estado, pertencente ao mesmo titul ar.

2. o crédito presumido de que trata este item fica limitadoa que o total dos créditos do estabelecimento não e xceda ototal dos débitos no período de apuração;

3. na hipótese de o total dos c réditos exceder o total dosdébitos, o estabelecimento deverá efetuar o estorno da partedo crédito presumido correspondente ao valor do sal do credorapurado.”

“Art. 12-D O contribuinte substituto, em relação àsoperações com as mercadorias a que se refere m as Seções XXXIa XXXVII deste Anexo, que promover saída em operaçã o internadestinada a contribuinte enquadrado no Simples Naci onal,deverá utilizar, para apuração do imposto a ser ret ido, oscoeficientes a seguir indicados:

I – 30% (trinta por cento) do percentual da MVA utilizadopelo substituto, para as operações tributadas à alí quotaigual ou superior a 18% (dezoito por cento);

II – 50% (cinquenta por cento) do percentual da MVAutilizado pelo substituto, nos demais casos.

§ 1º Sempre que houver benef ício fiscal na operação internadeverá ser aplicado o percentual de redução de que trata oinciso II do “caput”.

§ 2º Para efeitos do disposto neste artigo deverá s erconsiderada a situação cadastral do contribuinte na data darealização da operação pelo s ubstituto.

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§ 3º Na nota fiscal que documentar a operação dever á estarconsignado, no campo “Informações Complementares”: “Operaçãodestinada a contribuinte enquadrado no Simples Naci onal -MVA reduzida - art. 12-D do Anexo X do RICMS.”

§ 4º O disposto nest e artigo não se aplica às operaçõesbeneficiadas com redução de base de cálculo com man utençãointegral do crédito.

§ 5º O disposto neste artigo se aplica também às op eraçõesinterestaduais destinadas a contribuintes paranaens esenquadrados no Simples Naci onal.

§ 6º Para apuração do imposto a ser retido nas oper ações deque trata o § 5º, o contribuinte substituto deverá aplicaros coeficientes previstos nos incisos I e II do “ca put”sobre os percentuais das MVA ajustadas atribuídas à soperações interestadua is, observando, quando for o caso, odisposto no inciso III do § 4º do art. 1º, deste an exo.

Registre-se que o leite UHT, classificado nos códig osNCM 0401.10.10 e 0401.20.10, encontra-se relacionad o dentre asmercadorias sujeitas à substituição tributária , nos termos dasposições 1 e 2 do art. 135-A do Anexo X (Seção XXXI V - DasOperações com Produtos Alimentícios) do Regulamento do ICMS,aplicando-se, portanto, às operações com tal produt o, as regrasdispostas no art. 12-D, direcionadas ao contribuint e su bstitutoque promover operações com as mercadorias a que se referem asSeções XXXI a XXXVII do Anexo X.

Para efeitos de verificação do percentual de reduçã o,para 30% ou para 50%, deve ser considerada a carga tributária aser utilizada pelo substituto trib utário para fins de apuração doimposto a ser por ele retido por substituição tribu tária,conforme prescreve o caput do art. 12-D.

Assim, quando o cálculo deve ser efetuado considera ndoa alíquota igual ou superior a 18%, o percentual de agregaçãodeve cor responder a 30% da MVA.

Por outro lado, quando a carga tributária a serutilizada para cálculo do ICMS a ser retido for inf erior a 18%,

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em razão de alíquota específica ou de eventual bene fício, deveser utilizado o percentual de 50% da MVA, nos termo s do inciso IIcombinado com o § 1º, do art. 12-D do Anexo X.

Ainda, registre-se ser inaplicável o disposto no ar t.12-D do Anexo X do Regulamento do ICMS às operações beneficiadascom redução de base de cálculo, quando prevista a p ossibilidadede manutenção i ntegral do crédito, conforme dispõe o § 4º doreferido artigo.

Cabe destacar que a redução nos percentuais de MVA tempor objetivo reduzir o montante do ICMS a ser retid o decontribuintes substituídos optantes pelo Simples Na cional,diminuindo, por conseg uinte, a carga tributária por elessuportada, em relação às aquisições de mercadorias sujeitas àsubstituição tributária.

Logo, tendo em vista que o crédito presumido em exa mese destina exclusivamente à operação praticada peloestabelecimento industrializ ador do leite UHT, não deve serconsiderado para fins de cálculo do imposto a ser r etido porsubstituição tributária, que se refere a etapas sub sequentes decomercialização, sob pena de comprometer a motivaçã o da regra.

Assim, conclui-se que deve ser consi derado nadeterminação do ICMS a ser retido pelo estabelecime ntofabricante, nas saídas internas de leite UHT destin adas acontribuintes optantes pelo Simples Nacional, 30% d o percentualda MVA, haja vista que submetidas à alíquota de 18% .

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PROTOCOLO: 13.731.484-3

CONSULTA Nº: 046, de 4 de maio de 2016.

CONSULENTE: REHAU INDÚSTRIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMMERCADORIAS DO GRUPO DOS MATERIAIS DECONSTRUÇÃO, ACABAMENTOS E PERFIS DE PVC.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal a fabricação de artefatos de material plá stico parausos industriais (CNAE - 2229-3/02), informa que de ntre osprodutos que fabrica estão os de atendimento ao set or moveleiro,destinados ao acabament o de móveis, merecendo destaque osseguintes itens: perfil de acabamento em PVC (NCM 3 916.20.00),adesivo de PVC (NCM 3919.90.00), laminado de acabam ento em PVC(NCM 3920.49.00) e perfil plástico (NCM 3926.90).

Expõe o entendimento de que esses produtos nã o estãoincluídos no regime de substituição tributária, ale gando que oProtocolo ICMS 77, de 30 de setembro de 2011, objet ivou alcançaros produtos comercializados para uso diretamente na construçãocivil, não atingindo aqueles que comercializa.

Posto isso , indaga:

1. O Protocolo ICMS 71/2011 já se encontra implemen tado nalegislação estadual?

2. A retenção do ICMS deve ser feita independenteme nte dafinalidade das mercadorias?

3. Haverá retenção obrigatória de ICMS nas operaçõe s entrecontribuintes dos Est ados de São Paulo e do Paraná, relativamenteàs mercadorias perfil de acabamento em PVC, comerci almentedenominado “fita de borda” (NCM 3916.20.00), adesiv o de PVC,comercialmente conhecido como “tapa furo” (NCM 3919 .90.00),laminado de acabamento em PVC ( NCM 3920.49.00) e revestimentocomercialmente conhecido como “rauvolet” (NCM 3926. 90), quando o

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adquirente paranaense for “indústria moveleira”.

RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituiçãotributária para os produtos em questão está previst o no art. 19do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Dec reto nº6.080/2012 (RICMS/2012), com a redação a seguir tra nscrita,evidenciando-se as codificações da NCM citadas pela consulente:

ANEXO X

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no territ órioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de retenção e recolhimen to doICMS relativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela ret enção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio G rande doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 196/2009, 69/2011,71/2011, 95/2012 e 38/2013).

(...)

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

I TEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

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1 10.005.00

39.16 Revestimentos de PVC eoutrosplásticos,forro,sancas eafins dePVC, parauso naconstrução

...

4 10.009.00

39.19

39.20

39.21

Veda rosca,lonaplásticapara uso naconstrução,fitasisolantes eafins(excetoprodutos dosubitem3921.90.20)

...

10 10.020.00

3926.90

Outrasobras deplástico,para uso naconstrução

Preliminarmente, necessário tecer as seguintesconsiderações:

1. a expressão “Materiais de construção, acabamento ,bricolagem ou adorno” de que t rata a Seção IV, bem como o “caput”do art. 19, todos do Anexo X do RICMS/2012, têm apl icaçãomeramente denominativa, sendo irrelevante para efei tos de

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determinação dos produtos sujeitos à substituição t ributária;

2. estando a mercadoria inserta, por sua d escrição epor sua classificação na NCM, no art. 21 do Anexo X doRICMS/2012, independentemente de ter sido concebida para uso emconstrução civil, estará sujeita ao regime de subst ituiçãotributária. Exceção que se faz tão somente às merca dorias para asquais o uso na construção civil esteja especificamen te expressonos itens desse artigo, tais como os itens 1 e 10, dentre outros;

3. observadas as condições do parágrafo anterior, n ositens em que esteja indicada a posição NCM e, como descrição damercadori a, o respectivo título da posição apresentada na me smanorma, todas as mercadorias inseridas nessa posição estarãosujeitas à substituição tributária (precedentes: Co nsultas n.02/2013 e n. 100/2015).

Com relação à primeira indagação, conforme se depre endedo art. 21, retro transcrito, o Protocolo ICMS 71/2 011encontra-se albergado no RICMS/2012.

Quanto à segunda questão, no caso de os produtosquestionados apresentarem os atributos de que trata o item 2,estarão sujeitos à substituição tributária, mesmo q ue venham aser utilizados para finalidade diversa.

Relativamente ao terceiro questionamento, sujeitam- seao regime de substituição tributária os produtos cl assificadosnas posições 3916 e 3926.90 da NCM, concebidos para uso naconstrução.

Já o produto da posição 39.20 da NCM, que corresponda àdescrição da mercadoria especificada no item 4 do a rt. 21 doAnexo X do RICMS, que é o caso do laminado de acaba mento em PVC,independentemente de ter uso efetivo na construção, submete-se atal regime.

Destaque-se, entretanto, que na hipótese de aconsulente comercializar o laminado de acabamento e m PVC,classificado na posição 39.20 da NCM, com estabelec imentoindustrial que os utilizará exclusivamente na fabri cação demóveis não se aplica o regime da substituição tributária nessa

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operação.

Com relação ao produto adesivo de PVC, comercialmen tedenominado “tapa furo”, que a consulente classifica na NCM3919.90.00, por não estar compreendido na descriçãocorrespondente ao item 4 do citado artigo, não se s ujeita arefe rida sistemática.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járeal izados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.512.213-0.

CONSULTA Nº: 047, de 12 de abril de 2016.

CONSULENTE: MOINHOS UNIDOS BRASIL MATE S.A.

SÚMULA: ICMS. CHÁS. ALÍQUOTA.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que atua no ramo de fabricação deprodutos para infusão (chás, mate, chimarrão e outr os),mencionando a alteração de alíquotas promovida pela Lei n.18.371, de 15.12.2014, mormente pelo disposto no se u art. 3º,apresenta os seguintes question amentos:

1. os chás aromatizados, classificados na NCM0902.10.00, produzidos com sementes, flores e fruto sdesidratados, são tributados à alíquota de 12%, con forme art. 14,inciso II, alínea “d”?

2. os chás em folhas, classificados na NCM 0902.10. 00,tais como de erva cidreira, boldo, carqueja, bem como o produtochá-mate e a erva-mate do chimarrão, ambos da NCM 0 903.00.90, sãotributados à carga tributária de 7%, nos termos do Decreto n.3.869/2001 (cesta básica)?

RESPOSTA

Inicialmente, transcrevem-se os dispositivos legais eregulamentares atinentes aos questionamentos da con sulente:

“LEI N. 18.371/2014

Art. 1º Introduz as seguintes alterações na Lei nº 11.580,de 14 de novembro de 1996:

I - o inciso II do caput do art. 14 passa a vigorar com aseguinte redação:

(...)

Art. 3º A alteração de que trata o inciso I do art. 1º desta

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Lei não alcança:

I – a Lei 14.978, de 28 de dezembro de 2005, que is enta asoperações com produtos da “cesta básica”;

(...)

IV – as disposições relativas a tratamentos tributá riosdiferenciados concedidos por meio de isenção, de re dução nabase de cálculo ou de crédito presumido, bem como a odiferimento parcial , cuja postergação do pagamento resulteem carga tributária de 12% (doze por cento), aplicável nasoperações entre contribui ntes do ICMS, vigentes nesta data,ainda que implementadas por meio de decreto do Pode rExecutivo”.

“LEI N. 11.580/1996

Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o caso e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Harmonizado(NBM/SH), assim distribuídas:

(...)

II - II - alíquota de 12% (doze por cento) para as op eraçõese prestações com os seguintes bens, mercadorias e s erviços:

(…)

d) máquinas e aparelhos industriais, exceto peças e p arte s(NCM 84.17 a 84.22, 84.24, 84.34 a 84.49, 84.51, 84 .53 a84.65, 84.68, 84.74 a 84.80 e 85.15);

(...)

g) os seguintes produtos avícolas e agropecuários, desde queem estado natural:

(...)

3. cacateira, cambuquira, camomila, cana-de-açúcar, cará,cardo, ca rnes e miúdos comestíveis frescos, resfriados oucongelados, de bovinos, suínos, caprinos, ovinos, c oelhos eaves, casulos do bicho-da-seda, catalonha, cebola,

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cebolinha, cenoura, centeio, cevada, chá em folhas ,chicória, chuchu, coentro, cogumelo, colza, cominho, couve ecouve-flor;

4. endivia, erva-cidreira, erva-de-santa maria, erva-doce,erva-mate , ervilha, escarola e espinafre;

Nova redação acima dada ao inciso II do art. 14 pel oart. 1º, inciso I , da Lei 18.371/2014, produzindoefeitos a partir de 1º .04.2015. (Ver art. 2º e 3º daLei 18.371/2014)

Redação anterior:

"II - alíquota de doze por cento nas prestações deserviço de transporte intermunicipal e nas operaçõe scom os seguintes bens e mercadorias, exceto em rela çãoàs saídas promovidas pelos est abelecimentosbeneficiados pelas leis 14895/2005 e 15634/2007,estendendo-se às importações realizadas viasterrestres o tratamento disposto na lei 14985/2006.

" II - alíquota de doze por cento nas prestações deserviço de transporte intermunicipal e nas o peraçõescom os seguintes bens e mercadorias:

c) hortifrutigranjeiros e agropecuários, em estadonatural.

d) alimentos, sucos de frutas (NCM 2009) e água decoco; (...)

(...)

VI - alíquota de dezoito por cento (18%) nas operaçõe s comos demais bens e merca dorias”. (grifa-se)

“DECRETO N. 3.869/2001

Art. 1º A base de cálculo do ICMS fica reduzida,opcionalmente ao regime normal de tributação, nas o peraçõesinternas com os produtos da cesta básica adiante ar rolados,em percentual que resulte carga tributária d e 7% (ConvênioICMS 128/94):

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(...)

III - café torrado em grão ou moído; cebola em esta donatural; chá em folhas;

IV – erva-mate;” .

Com base na legislação citada, verifica-se que osprodutos “chá em folhas” e “erva mate” estão descri tos no Decreton. 3.869/ 2001, que dispõe sobre a redução da base de cálculo queresulte em carga tributária de 7%, nas operações in ternas,opcionalmente ao regime normal de tributação.

A Lei n. 18.371/2014, que alterou as alíquotas emoperações internas de diversos produtos, com vigência a partir de1º de abril de 2015, não alcançou as disposições re lativas atratamentos tributários diferenciados concedidos po r meio deredução de base de cálculo, conforme estabelece o i nciso IV doart. 3º dessa lei. Portanto, permanece válido para as operaçõesinternas o disposto no Decreto n. 3.869/2001, quant o aos produtoscitados anteriormente, “chá em folhas” e “erva mate ”.

Em relação aos chás aromatizados, classificados na NCM0902.10.00, produzidos com sementes, flores e fruto sdesidratados, não estão compreendidos na regra de redução de basede cálculo antes mencionada (precedentes: Consultas n. 166/2009 en. 129/2001). Portanto, quanto a esses produtos há de se observarque a Lei n. 18.371/2014 alterou o inciso II do “ca put” do art.14 da Le i n. 11.580/1996, estabelecendo a alíquota de 18%, hajavista que não se encontram discriminados dentre as mercadoriassujeitas à alíquota de 12%.

Nesse sentido, perdem automaticamente a validade asrespostas a consultas baseadas em legislação revoga da, co nformeprevê o § 1º do art. 662 do Regulamento do ICMS, es pecificamenteno que diz respeito à resposta à Consulta n. 44/201 0, formuladapela ora consulente.

Registre-se que, nos termos dos itens 3 e 4 da alín ea“g” do art. 14 da Lei n. 11.580/1996, anterio rmente transcritos,somente estão compreendidos na alíquota de 12% os c hás em folhas

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e a erva-mate, desde que em estado natural.

Quanto à expressão “estado natural”, cabe observar asorientações precedentes deste Setor: Consultas n. 2 3/1989 e n.240/1996.

De qualquer forma, aplica-se nas saídas internas en trecontribuintes o disposto no inciso I do art. 108 do Regulamentodo ICMS, referente ao diferimento parcial na propor ção de 33,33%do valor do imposto para esse caso em que a alíquot a é de 18%,atentand o-se para as regras que regem esse dispositivoregulamentar.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias par a a adequação de seus procedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.784.074-0.

CONSULTA Nº: 048, de 20 de abril de 2016.

CONSULENTE: SIEMENS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO. TÍTULO DANCM. APLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação decomponentes eletrônicos, aduz que dentre os produto sclassificados na posição 85.04 da NCM, comercializa , além detransformadores elétricos e conversores elétricos e státicos(retificadores, por exemplo ), as partes específicas dessasmáquinas e aparelhos.

Assevera que em decorrência do Protocolo ICMS 26, d e 13de março de 2013, celebrado entre os Estados de São Paulo eParaná, que institui a substituição tributária nas operações commateriais elétricos p revistos no Anexo I do referido protocolo,cabe ao estabelecimento paulista a retenção do impo sto referenteàs operações a serem realizadas em território paran aense,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas.

Lembra que, desde 1º de abril de 2015, a alíquota deICMS para transformadores elétricos, conversores el étricosestáticos (retificadores, por exemplo) e bobinas de reatância,classificados na posição 85.04 da NCM, passou de 12 % para 18%.Não obstante esse fato, com a edição do Decreto n. 953/201 5, quesurtiu efeitos também a partir de 1º de abril de 20 15, a base decálculo do imposto nas operações com tais produtos foi reduzida,de forma que a carga tributária continuou sendo de 12%, conformeitem 32-B do Anexo II do Regulamento do ICMS.

Expõe, assim, o entendimento de que a redução na basede cálculo é aplicável não apenas aos produtos nomi nalmentecitados no item 32-B, mas também às partes específi cas de taismáquinas e aparelhos, quais sejam: partes de núcleo s de póferromagnético - NCM 8504.9 0.10; partes de reatores para lâmpadas

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ou tubos de descargas - NCM 8504.90.20; partes de t ransformadoresdas subposições NCM 8504.21, 8504.22, 8504.23, 8504 .33 ou8504.34; partes de conversores estáticos, exceto de carregadoresde acumuladores e de retific adores – NCM 8504.90.40; e outraspartes – NCM 8504.90.90.

Posto isso, questiona:

1. está correta sua conclusão?

2. Caso a resposta ao item anterior seja positiva, aredução na base de cálculo deve ser considerada tan to paraapuração do imposto devido por substituição tributária quantopara o diferencial de alíquotas?

RESPOSTA

Para análise das questões apresentadas, transcrevem -seos dispositivos do Regulamento do ICMS aprovado pel o Decreto n.6.080, de 28 de setembro de 2012, vinculados à maté ria:

“ANEXO II - REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

[...]

32-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações commotores de passo classificados no item 8501.10.1 da NCM eTRANSFORMADORES ELÉTRICOS, conversores elétricos estáticos(retificadores, por exemplo), bobinas de reat ância e de altaindução, classificados na posição 85.04 da NCM, de forma quea carga tributária resulte no percentual de 12% (do ze porcento) (art. 2º da Lei 18.371/2014).

Nota: nas operações de que trata este item não se e xigirá oestorno de crédito de qu e trata o inciso IV do art. 71.

[...]

ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

SEÇÃO XXVIII

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS ELÉTRICOS

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[...]

Art. 114. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrem atante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 116, com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substituição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICMS rel ativo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Acre,Amapá, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Mina s Gerais,Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grand e do Sul,Rondônia, Santa Catarina, São Paulo e Sergipe, e no DistritoFederal, inclusive em relação ao diferencial de alí quotas(Prot ocolos ICMS 198/2009, 84/2011, 85/2012, 26/2013,160/2013 e 104/2014).

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

[...]

2 12.001.00

85.04 Transformadores,bobinas dereatância ede autoindução,inclusiveostransformadores depotênciasuperior a16 KVA,classificados nas

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posições8504.33.00e8504.34.00;exceto osdemaistransformadores dasubposição8504.3, osreatoresparalâmpadaselétricasde descargaclassificados nocódigo8504.10.00,oscarregadores deacumuladores do código8504.40.10,osequipamentos deali mentaçãoininterrupta deenergia(UPS ou "nobreak"), nocódigo8504.40.40e os de usoautomotivo

[...].”

Transcreve-se, também, o disposto na posição 85.04 da

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Tabela da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, com destaque paraos produtos citados pela consu lente:

“[...]

85.04 Transformadoreselétricos, conversoreselétricos estáticos(retificadores, porexemplo), bobinas dereatância e deauto-indução.

8504.10.00 -Reatores para lâmpadasou tubos de descarga

8504.2 -Transformadores dedielétrico líquido:

8504.21.00 --De potência nãosuperior a 650 kVA

8504.22.00 --De potência superiora 650 kVA, mas nãosuperior a 10.000 kVA

8504.23.00 --De potência superiora 10.000 kVA

8504.3 -Outrostransformadores:

8504.31 --De potência nãosuperior a 1 kVA

8504.31.1 Par a frequênciasinferiores ou iguais a60 Hz

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8504.31.11 Transformadores decorrente

8504.31.19 Outros

8504.31.9 Outros

8504.31.91 Transformador de saídahorizontal (fly back),com tensão de saídasuperior a 18 kV efrequência de varredurahorizontal superior ouigual a 32 kHz

8504.31.92 Transformadores de FI,de detecção, derelação, de linearidadeou de foco

8504.31.99 Outros

Ex 01 - Transformadoresde deflexão (“yokes”),para tubos de raioscatódicos

8504.32 --De potência superiora 1 kVA, mas nãosuperior a 16 kVA

8504.32.1 De potência inferior ouigual a 3 kVA

8504.32.11 Para frequênciasinferiores ou iguais a60 Hz

8504.32.19 Outros

8504.32.2 De potência superior a

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3 kVA

8504.32.21 Para frequênciasinferiores ou iguais a60 Hz

8504.32.29 Outros

8504.33.0 0 --De potência superiora 16 kVA, mas nãosuperior a 500 kVA

8504.34.00 --De potência superiora 500 kVA

8504.40 -Conversores estáticos

8504.40.10 Carregadores deacumuladores

8504.40.2 Retificadores, excetocarregadores deacumuladores

8504.40.21 De cris tal(semicondutores)

8504.40.22 Eletrolíticos

8504.40.29 Outros

8504.40.30 Conversores de correntecontínua

8504.40.40 Equipamento dealimentaçãoininterrupta de energia(UPS ou no break)

8504.40.50 Conversores eletrônicosde frequência, para

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variação de v elocidadede motores elétricos

8504.40.60 Aparelhos eletrônicosde alimentação deenergia dos tiposutilizados parailuminação deemergência

8504.40.90 Outros

8504.50.00 -Outras bobinas dereatância e deauto-indução

8504.90 -Partes

8504.90.10 Núcleos de p óferromagnético

8504.90.20 De reatores paralâmpadas ou tubos dedescarga

8504.90.30 De transformadores dassubposições 8504.21,8504.22, 8504.23,8504.33 ou 8504.34

8504.90.40 De conversoresestáticos, exceto decarregadores deacumuladores e deretific adores

8504.90.90 Outras

De início, cabe lembrar que incumbe à própriaconsulente a responsabilidade pela classificação do produto que

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comercializa na NCM e, em caso de dúvida, a iniciat iva emesclarecê-la perante a Secretaria da Receita Federa l do Brasil,órgão que tem competência para se manifestar a resp eito dessamatéria.

Verifica-se da legislação antes transcrita que o it em32-B do Anexo II do Regulamento do ICMS se aplica a todas asoperações com produtos inseridos na posição 85.04 d a NCM, hajavista que a norma regulamentar, ao indicar as mercadoriasbeneficiadas, reproduz o título da referida posição (precedente:Consulta n. 069/2015).

Logo, quanto ao primeiro questionamento, está corre to oentendimento manifestado pela consulente.

Quanto à segunda questão, a redução na base de cálculodo ICMS de que trata o item 32-B do Anexo II do RIC MS é aplicávelnas operações com os produtos sujeitos ao regime da substituiçãotributária em relação ao imposto devido ao Paraná, inclusivequanto ao diferencial de a líquotas, pois a referida reduçãoabrange todas as etapas internas de circulação da m ercadoria(precedente: Consulta n. 025/2016).

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PROTOCOLO: 13.769.787-4.

CONSULTA Nº: 049, de 5 de maio de 2016.

CONSULENTE: DE AMORIM CONSTRUTORA DE OBRAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. BRITA. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATOR: GABRIEL ARGOLO MATOS ROCHA

A consulente relata que tem como uma de suas ativid adeso comércio de areia e pedra britada.

Expõe que, conforme Anexo II, item 21, do RICMS/201 2, abase de cálculo do ICMS é reduzida para 66,66% em o peraçõesinternas com pedra britada, resultando numa ca rga tributária de12%.

Informa, ainda, que, de acordo com o Decreto n.3.869/2001, a base de cálculo do ICMS em operações internas compedra brita é reduzida de forma que a carga tributá ria resulta em7%.

Assim, questiona qual dispositivo deve aplicar pa ratributação de suas operações de venda de pedra brit a.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da legislaçãorelacionados às operações com brita/pedra britada:

“RICMS

ANEXO II – REDUÇÃO DA BASE DE CÁLCULO

21 A base de cálculo é reduzida para 66,66% (sess enta e seisinteiros e sessenta e seis centésimos por cento) na s saídasinternas, até 30.4.2017, de PEDRA BRITADA (Convênio s ICMS13/1994, 138/2008, 101/2012 e 191/2013).”

“Decreto nº 3.869/2001

Art. 1º A base de cálculo do ICMS fica reduzida,opcionalment e ao regime normal de tributação, nas operações

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internas com os produtos da cesta básica adiante ar rolados,em percentual que resulte carga tributária de 7% (C onvênioICMS 128/94):

[...]

XVI - areia, argila, saibro, pedra brita, pó de ped ra, britagraduada e pedra marruada.”

Portanto, em se tratando de operações internas com oproduto pedra brita, em vez de utilizar o regime no rmal deapuração do imposto, a consulente pode optar pela r edução da basede cálculo estabelecida no Decreto nº 3.869/2001, c onforme dispõeo “caput” do art. 1º, observando, para tanto, a reg ra relativa aoestorno proporcional de créditos.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS/2012.

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PROTOCOLO: 13.308.254-9.

CONSULTA Nº: 050, de 5 de maio de 2016.

CONSULENTE: CONTINENTAL DO BRASIL PRODUTOS AUTOMOTIVOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. MOLDES. ATIVO IMOBILIZADO. CRÉDITO.POSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, atuando no ramo de industrialização d eartefatos de borracha para uso específico no setor automotivo eenquadrada no regime normal de pagamento, informa q ue para afabricação de peças para veículos se faz necessário o uso demoldes, os quais são mantidos por, pelo menos, dez anos após otérmino de produção do veículo, em razão da necessi dade defabricação de peças de reposição.

Aduz que moldes se caracterizam como bens que,acoplados a outro equipamento (como por exemplo, in jetora deborracha ), dão forma aos produtos de borracha fabricados evendidos pela empresa dentro das especificações leg ais. Esclareceque esses moldes não se consomem durante o processo produtivo enem se agregam ao produto final, mas são indispensá veis para afabricação d a peça.

Entende que tais bens não são parte de outroequipamento, mas “meio produtivo” próprio, sendo co nsideradoativo imobilizado, segundo critérios contábeis.

Reporta-se aos artigos 109 e 110 do Código Tributár ioNacional para destacar que a legislaçã o tributária não podealterar a definição, o conteúdo e o alcance dos ins titutos,conceitos e formas de direito privado.

Logo, não cabe à lei tributária definir se um bem éimobilizado ou não. No caso, por serem os moldes be ns corpóreosnecessários à ativi dade produtiva, cabe observar a disciplinadada pela Lei n. 6.404/76, que dispõe sobre as soci edades porações, a qual estabelece que os bens corpóreos dest inados àmanutenção das atividades da companhia são classifi cados no ativo

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imobilizado.

Sustenta que corrobora o seu entendimento o disposto naConsulta n. 249, de 16 de dezembro de 1996, deste S etor, quereconhece o direito à apropriação de crédito de ICM S nasaquisições de matrizes (moldes), a partir de 1º de novembro de1996.

Expõe, ao final, o seu entendimento quanto àpossibilidade de efetuar a apropriação do crédito d e ICMS nasaquisições de moldes, na forma prevista no art. 23 do RICMS.

Ainda, no caso de importação desses moldes, manifes taque tem o direito de recolher o imposto incidente n essa o peraçãode acordo com o inciso IV do art. 75 ou de aplicar a suspensão doimposto nos termos do inciso II do art. 615, ambos dispositivosdo Regulamento do ICMS.

Posto isso, questiona quanto à correção de suaconclusão.

RESPOSTA

Quanto ao direito à apro priação do crédito de ICMSoriginário da aquisição de moldes utilizados na fab ricação depeças, o Setor Consultivo já manifestou, na Consult a n. 249/1996,no sentido de que o adquirente tem direito à apropr iação doimposto, conforme excertos que se transcr eve:

“A consulente, operando no ramo de indústria e comé rcio demetais ferrosos e não ferrosos, informa que utiliza noprocesso industrial, matrizes para a conformação de tubos,classificadas no código 8466.94.9900 da NBM/SH.

Durante o processo de industri alização, a matriz é assentadaa um plano fixo, onde recebe, sob elevada pressão, amatéria-prima (cilindros sólidos de alumínio). A va zão édeterminada pelo orifício existente na matriz que t ransformaa matéria-prima em tubos de alumínio.

Entende a consul ente que teria direito ao crédito do impostopela aquisição dessas mercadorias, porque embora nã o seintegrem ao produto final, desgastam-se e consomem- se

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diretamente no processo industrial.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A matriz uti lizada para a conformação de tubos(transformação do cilindro sólido de alumínio -matéria-prima - em tubos de alumínio), classificada naposição da NBM/SH sob o código 8466.94.9900, faz pa rte demáquina registrada no ativo permanente da consulent e.

A Lei nº 8933/89, na forma do inciso II, do artigo 39,vedava o crédito pelas entradas de bens para integr ar oativo fixo do contribuinte, logo, as entradas de pa rtes quecompõem as máquinas, por conseqüência, não conferia m direitoa crédito ao contribuinte. Tod avia, com o advento da leiorgânica do ICMS nº 11.580/96, de acordo com o disp osto noinciso II do artigo 65, tem a consulente, in casu, o direitode creditar-se do imposto nas aquisições das matriz es, apartir de 01/11/96.”.

Nesse mesmo sentido, também a resposta à Consulta nº62/2001.

Logo, tem, a consulente, o direito à apropriação docrédito de ICMS nas aquisições de moldes, na propor ção de 1/48avos por mês, nos termos do § 3º do art. 23 do RICM S, observada,ainda, a regra de proporcionalidade previst a na legislação.

Relativamente ao prazo para pagamento do imposto na soperações de importação, esclarece-se, primeirament e, que desde11 de março de 2015 se encontra revogado o inciso I I do art. 615do RICMS, que suspendia o pagamento do imposto inci dente porocasião do desembaraço aduaneiro de bem para integr ar o ativoimobilizado de estabelecimento industrial.

No caso da consulente, aplicam-se as disposições doitem 1 da alínea “a” do inciso IV do art. 75 do RIC MS, o qualprevê que o pagamento do imposto incidente no desembaraçoaduaneiro de bem destinado ao ativo imobilizado, de sde que ocorraem território paranaense, deve ser efetuado mediant e lançamentodo valor correspondente à razão de um quarenta e oi to avos por

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mês do imposto devido no campo "Outros Débitos" do livro Registrode Apuração do ICMS, conforme segue:

“Art. 75. O ICMS deverá ser pago nas seguintes form as eprazos (art. 36 da Lei n. 11.580/1996):

[...]

IV – na importação de mercadoria ou bem destinado a o ativofixo ou para uso ou consumo:

a) quando realizada por contribuinte inscrito no CAD /ICMS ecom despacho aduaneiro no território paranaense:

1. sendo bem destinado a integrar o ativo imobiliza do doestabelecimento industrial e do prestador de serviç o detransporte interestadual e intermun icipal ou de comunicação,enquadrados no regime normal de pagamento, mediantelançamento do valor correspondente à razão de um qu arenta eoito avos por mês do imposto devido no campo "Outr osDébitos" do livro Registro de Apuração do ICMS, com aindicação do número e da data da nota fiscal emitida paradocumentar a entrada, real ou simbólica, no estabel ecimento,devendo a primeira fração ser debitada no mês em qu e ocorrero fato gerador, observando-se, ainda, o disposto n os §§ 9ºe 10;

[...]

c) quando real izada por contribuinte, inscrito ou não noCAD/ICMS, e com processamento do despacho aduaneiro fora doterritório paranaense, no momento do desembaraço (C onvênioICM 10/1981 e Convênio ICMS 85/2009);

[...]

§ 9º. Para efeitos da apuração do débito de que tr ata o item1 da alínea "a" do inciso IV, o valor do imposto se ráconvertido em Fator de Conversão e Atualização Mone tária -FCA, na data da ocorrência do fato gerador, e recon vertidoem moeda corrente no mês do lançamento a débito.

§ 10. Na hipótese de sa ída, perecimento, extravio oudeterioração do bem do ativo imobilizado, antes de decorrido

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o prazo de quarenta e oito meses contados da data d e suaentrada no estabelecimento, o contribuinte deverá e fetuar orecolhimento do ICMS devido na importação, de qu e trata oitem 1 da alínea "a" do inciso IV, relativamente às parcelasrestantes, no mês em que ocorrer o fato, devidament ecorrigido.”.

Por outro lado, caso o processamento do despachoaduaneiro ocorra fora do território paranaense, o i mpostodecorrente d a operação de importação deve ser recolhido porocasião do desembaraço, conforme disposto na alínea “c” do incisoIV do art. 75 do RICMS, antes transcrito.

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PROTOCOLO: 13.676.086-6.

CONSULTA Nº: 051, de 3 de maio de 2016.

CONSULENTE: BONDAN & BONDAN LTDA.

SÚMULA: ICMS. RODAS PARA VEÍCULOS AUTOMOTORES.OPERAÇÕES INTERNAS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.BASE DE CÁLCULO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, enquadrada no regime normal de pagame ntodo ICMS, informa que importa rodas para veículos au tomotores, queclassifica no código 8708.70.90 da NCM, comercializ ando-as arevendedores paranaenses, na condição de substituta tributária.

Aduz, em relação a referidas vendas, que, para apuraçãodo ICMS da operação própria, aplica o diferimento p arcial de33,33% do valor do imposto, nos termos do art. 10 8, inciso I,do RICMS, considerando que a alíquota incidente é d e 18%.

No entanto, tem dúvida em relação ao cálculo do impostoa ser retido por substituição tributária, à guisa d o § 8º do art.1º do Anexo X do RICMS, quanto ao ajuste da margem de valoragregado (MVA), pois utiliza a MVA ajustada apenas nas operaçõesinterestaduais.

RESPOSTA

Registre-s e, inicialmente, que cabe ao contribuinteaplicar corretamente a classificação relativa à NCM para osprodutos que comercializa, e que compete à Secretar ia da ReceitaFederal do Brasil dirimir eventual dúvida quanto a isso.

Em relação às “partes e acessóri os dos veículosautomóveis das posições 87.01 a 87.05” , classificadas na posiçãoNCM 87.08 (dentre as quais se encontram insertas as rodas paraveículos automotores referidas pela consulente), o item 73 doart. 97 do Anexo X do RICMS, incluso na Seção XXI do referidoanexo regulamentar, que trata da substituição tribu tária nasoperações com autopeças, assim dispõe:

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“Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças , partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da NCM, de uso especificamente automotivo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômico,sejam adquiridos ou rev endidos por estabelecimento deindústria ou comércio de veículos automotores terre stres,bem como pela indústria ou comércio de veículos, má quinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas p eças,partes, componentes e acessórios, com destino a re vendedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tenção erecolhimento do ICMS relativo às operações subseque ntes(Protocolos ICMS 83/2008 e 41/2014):

ITEM CEST NCM DESCRIÇ ÃO

73 01.075.00 87.08 Partes e acessórios dos veí culosautomóveis das posições 87.01 a 87.05”.

Para mesurar a base de cálculo com vistas à retençã o doimposto, a consulente aplica, no caso, o disposto n o art. 98 domesmo anexo regulamentar, pressupond o-se, portanto, não haverpreço máximo de venda a varejo fixado por autoridad e competenteou preço sugerido ao público pelo fabricante ou imp ortador,conforme prevê o § 1º desse mesmo artigo:

“Art. 98. A base de cálculo para a retenção do impo sto seráo va lor correspondente ao preço máximo de venda a varej ofixado por autoridade competente, ou na falta deste , o preçosugerido ao público pelo fabricante ou importador,acrescido, em ambos os casos, do valor do frete qua ndo nãoincluído no preço.

§ 1º Inexisti ndo os valores de que trata o "caput", a basede cálculo corresponderá ao montante formado pelo p reçopraticado pelo remetente, acrescido dos valorescorrespondentes a frete, a seguro, a impostos e a o utrosencargos transferíveis ou cobrados do destinatári o,adicionado da parcela resultante da aplicação, sobr e o

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referido montante, do percentual de margem de valor agregadaoriginal de 71,78% (setenta e um inteiros e setenta e oitocentésimos por cento) (Protocolos ICMS 61/2012, 6 2/2012,73/2014 e 103/2014) ”.

Em relação ao disposto no § 8º do art. 1º do Anexo X doRICMS, a seguir transcrito, somente cabe cogitar de sua aplicaçãoquando o percentual de carga tributária incidente n a operação dosubstituto for inferior ao do substituído na venda paraconsumid or final (precedente: Consulta nº 139/2015):

“Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido porsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, será calculado mediante a aplicação d aalíquota vigente para as operações internas sobre arespecti va base de cálculo prevista neste Regulamento,deduzindo-se, do valor obtido, o imposto devido pel aoperação própria do substituto (art. 11, § 4º, Lei n.11.580/1996).

[...]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal”.

Essa é a situação que se verifica no caso trazido p elaconsulente, pois a carga tributária relativa à oper ação própria( do substituto) é de 12%, em razão do diferimento pa rcial de quetrata o inciso I do art. 108 do RICMS, enquanto a c argatributária a que submetida a operação praticada pel o substituídocom o consumidor final é de 18%, motivo pelo qual d eve serajustada a M VA.

Assim, a partir da MVA original de que trata o § 1º doart. 98 do Anexo X do RICMS, mediante utilização da fórmula

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contida no § 5º do art. 1º do mesmo anexo regulamen tar, deve serapurada a MVA ajustada, conforme prescreve o § 8º d esse artigo.

Caso ten ha procedido de forma diversa da exposta, aconsulente dispõe do prazo de quinze dias, contados a partir dasua ciência a respeito da presente resposta, para r ealizar osajustes pertinentes, nos termos do art. 664 do RICM S.

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PROTOCOLO: 13.863.893-6.

CONSULTA Nº: 052, de 28 de abril de 2016.

CONSULENTE: STUDIO TRAMA LTDA.

SÚMULA: ICMS. TAPETES DECORATIVOS DE MATÉRIAS TÊXTEISE DE FELTRO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, estabelecida no Estado de Santa Catar inae cadastrada como substituta tributária na atividad e de comércioatacadista de artigos de tapeçaria, persianas e cor tinas, informacomercializar mercadorias diversas, entre elas, tap etesdecorativos, c lassificados nas posições 57.03 e 57.04 da NCM.

Aduz que tais posições da NCM estão listadas nos it ens19 e 78 do art. 21 da Seção IV do Anexo X do Regula mento do ICMS,que estabelece a substituição tributária nas operaç ões commateriais de construção, aca bamento, bricolagem ou adorno.

Do exposto, questiona:

1. o enquadramento da mercadoria no regime desubstituição tributária deve observar sua descrição esua classificação na NCM ou apenas essa última ésuficiente para identificar os produtos sujeitos a t alregime?

2. As mercadorias descritas nos itens 19 e 78 do ar t.21 do Anexo X do Regulamento do ICMS, independentem enteda destinação e da aplicação a ser dada pelo adquir entefinal, ou mesmo que não se caracterizem como materi aisde construção e congêner es, estão sujeitas ao regime desubstituição tributária?

3. Os tapetes decorativos comercializados pelaconsulente, que não são destinados a obras deconstrução civil e congêneres, sujeitam-se ao regim e desubstituição tributária?

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RESPOSTA

Inicialmente, i nforma-se que a correta classificação damercadoria na NCM é de responsabilidade do contribu inte e que acompetência para apreciar eventual dúvida quanto ao corretoenquadramento de produtos na classificação fiscal é da Secretariada Receita Federal do Bra sil.

Da leitura do art. 21 do Anexo X do Regulamento doICMS, que lista os produtos sujeitos à substituição tributárianas operações com materiais de construção, acabamen to, bricolagemou adorno, verifica-se que as posições 57.03 e 57.0 4 da NCM nãoestão n ele indicadas.

Tais posições da NCM constavam na antiga redação do sitens 19 e 78 do dispositivo supracitado, a qual vi gorou até31.12.2015, in verbis :

Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/ 2012(RICMS)

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

[...]

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no terr itórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de re tenção e recolhimento doICMS relativo às operações subsequentes.

[...]

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , com

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suas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

[...]

Redações anteriores (abaixo):

[...]

c) dada pelo art.1º, alteração 529ª, do Decreto nº 804 de19.03.2015, em vigor no período de 1º.04.2015 até31.12.2015:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

19 57.03 Tapetes eoutrosrevestimentos parapavimentos(pisos), dematériastêxteis,tufados,mesmoconfeccionados

(...) (...) (...)

78 57.04 Tapetes eoutrosrevestimentos parapavimentos(pisos), defeltro,exceto ostufados eosflocados,mesmo

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confeccionados

(grifado) ”

Logo, informa-se que as mercadorias classificadas n asposições 57 .03 e 57.04 da NCM, a partir de 1º de janeiro de 20 16,não se sujeitam à substituição tributária, por ausê ncia deprevisão na legislação tributária.

No entanto, haja vista que a presente consulta é da tadade novembro de 2015, passa-se a analisá-la de acord o com aredação do art. 21 do Anexo X do RICMS vigente à ép oca.

Para a análise dos questionamentos da consulente,fazem-se necessárias as seguintes considerações:

- as expressões apresentadas nos títulos das Seçõesconstantes do Anexo X do RICMS têm aplic ação meramentedenominativa, sendo irrelevante para a determinação dosprodutos sujeitos à substituição tributária;

- para a correta identificação das mercadoriasincluídas no regime de substituição tributária énecessário haver a correspondência entre aclassificação fiscal (código NCM) e a descriçãoprevista no RICMS;

- estando a mercadoria inserta, por sua descrição e porsua classificação na NCM, no Anexo X do RICMS,independentemente de ter uso efetivo nas atividadesdescritas nos títulos das Seções, e stará sujeita àsubstituição tributária. Exceção se faz tão somente àsmercadorias para as quais está expressamente previs ta anecessária utilização em determinada atividade, mes moque não exclusivamente, como é o caso daquelas list adasnos itens 1 e 2 do art. 21 do Anexo X do RICMS;

- observadas as considerações anteriores, todas asmercadorias classificadas nos códigos NCM listados nositens do Anexo X do RICMS, cuja descrição sejacorrespondente à descrição na NCM, sujeitam-se à

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substituição tributária, a qual alcança, inclusive, assubdivisões do referido código.

As posições 57.03 e 57.04 assim estão descritas natabela da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM):

57.03 Tapetes e outros revestimentos para pisos(pavimentos), de matérias têxteis, tufados, mes moconfeccionados.

57.04 Tapetes e outros revestimentos para pisos(pavimentos), de feltro, exceto os tufados e osflocados, mesmo confeccionados.

Denota-se do antes transcrito que, até 31.12.2015, nadescrição das mercadorias dos itens 19 e 78 do art. 2 1 do Anexo Xdo RICMS constava o título das posições, como apres entado na NCM.Logo, todas as mercadorias nelas inseridas sujeitav am-se aoregime da substituição tributária.

Por fim, esclarece-se, também, que a exclusão dasmercadorias classificadas nas p osições 57.03 e 57.04 da sujeiçãoao regime da substituição tributária, decorreu da e dição doDecreto n. 3.530, publicado em 22 de fevereiro de 2 016,produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 201 6, emobservância ao Convênio ICMS 92/2015, de 20 de ag osto de 2015,com vigência a partir de 1º de janeiro de 2016, que estabeleceu asistemática de uniformização e identificação das me rcadoriaspassíveis de sujeição a tal regime.

Dessa maneira, no que procedeu de forma diversa aoexposto na presente resposta , deverá a consulente observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.958.505-4.

CONSULTA Nº: 053, de 1 de junho de 2016.

CONSULENTE: PETRÓLEO BRASILEIRO S.A. - PETROBRAS.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOS NÃO RELACIONADOS NO ANEXO XIIIDO RICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.INAPLICABILIDADE.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, cadastrada com a atividade econômica defabricação de produtos do refino de petróleo, solic itaesclarecimento a respeito das disposições do Convên io ICMS92/2015, que relaciona, nos seus Anexos I a XXVIII, asmercadorias passíveis de sujeição ao regime da substituiçãotributária, sua correspondente classificação na NCM e respectivoCódigo Especificador da Substituição Tributária (CE ST).

Entende que, desde 1º de janeiro de 2016, asmercadorias mencionadas nos Convênios ICMS 74/94 (q ue dispõe ssobre a substituição tributária nas operações com t intas,vernizes e outras mercadorias da indústria química) e 110/07 (quedispõe sobre a substituição tributária nas operaçõe s emcombustíveis e lubrificantes) que não constarem nos Anexos doConvênio ICMS 92/2015 não se sujeitam ao regime de substituiçãotributária.

Logo, as operações internas e interestaduais com osprodutos aguarrás (NCM 2710.12.30), hexano (NCM 271 0.12.10),tolueno (NCM 2902.30.00), xileno (NCM 2902.44.00), solvente médio(NCM 2710.12.90 ), solvente para borracha (NCM 2710.12.90) efluídos hidrogenados (NCM 2710.19.19), não estão ma is sob a égidede referida sistemática.

Questiona se está correto seu entendimento.

RESPOSTA

Este Setor Consultivo tem reiteradamente ma nifestado quepara determinada mercadoria estar sob a égide da sub stituição

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tributária deve constar relacionada, pela sua descr ição e peloseu respectivo código NCM, no Anexo X do Regulament o do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012. Casocontrá rio, o produto não estará sujeito à aludida sistemá tica.

Acerca do questionado, registre-se que o Convênio I CMS92/2015, vigente desde 1º/1/2016, foi editado com o fim deestabelecer a sistemática de uniformização e identi ficação dasmercadorias e bens pas síveis de sujeição ao regime desubstituição tributária. Assim, as mercadorias que não estão nelelistadas não mais se submetem a esse regime de paga mento.

O referido convênio foi implantado no Paraná por me iodo Anexo XIII introduzido no Regulamento do IC MS pelo Decreto n.3.242/2015, com efeitos a partir de 1º/1/2016.

Considerando que as mercadorias sujeitas à substitu içãotributária no Paraná estão relacionadas no Anexo X, para atendero objetivo de uniformização, foi editado o Decreto n. 3.523/2016,também com vigência desde 1º/1/2016, para excluir dess e anexo osprodutos que não se encontram arrolados no Convênio ICMS 92/2015e, por conseguinte, no Anexo XIII do RICMS.

Verifica-se que os códigos NCM mencionados pelaconsulente não constam relacionados n o Anexo XIII, com exceção docódigo 2710.19.19, com a descrição “querosenes, exc eto deaviação”. Esse código encontra-se listado no inciso IV do art. 29do Anexo X, tendo como descrição do produto “queros eneiluminante”.

Logo, pode-se afirmar que não estão submetidos àsubstituição tributária, desde 1º/1/2016, os produt osrelacionados na inicial, exceto aquele classificado no código2710.19.19, no caso de corresponder à descrição de queroseneiluminante.

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PROTOCOLO: 13.796.594-1.

CONSULTA Nº: 054, de 12 de maio de 2016.

CONSULENTE: APETIT SERVIÇOS DE ALIMENTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. PREPARO DE ALIMENTOS. INDUSTRIALIZAÇÃONÃO CONFIGURADA. REGISTRO DE CONTROLE DAPRODUÇÃO E DO ESTOQUE – MODELO 3. NÃOOBRIGATORIEDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente informa que prepara e fornece refeiçõe scoletivas, submetidas ao tratamento tributário de q ue trata oitem 144 do Anexo I do RICMS, estando cadastrada na atividade de“fornecimento de alimentos preparados preponderante mente paraempresas” , CNA E 5620-1/01.

Aduz que a atividade que realiza, denominada comume ntede “cozinha industrial” , não é considerada industrializaçãosegundo a legislação do IPI, muito embora as mercad orias quecomercializa na forma de refeições passem por proce sso detransform ação, conforme exposto por este Setor na resposta àConsulta nº 52/2014.

Diante disso, indaga se está obrigada à escrituraçã o doRegistro de Controle da Produção e do Estoque, cons iderando odisposto nos arts. 252, § 3º, e 277, § 3º, inciso V II, do RICMS.

RESPOSTA

Inicialmente, acerca da atividade relatada pelaconsulente, a Secretaria da Receita Federal, na Sol ução deConsulta nº 132 – Cosit, manifestou o que segue:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 132 - COSIT

Data 2 de junho de 2014

[...]

ASSUNTO: […] ALIMENTOS PR EPARADOS.

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[...]

De acordo com o art. 5º, inciso I, alínea “b”, do D ecreto nº7.212, de 2010, não se considera industrialização o preparode alimentos não acondicionados em embalagem de apr esentaçãorealizado em cozinhas industriais quando destinados a vend adireta a pessoas jurídicas e a outras entidades, pa raconsumo de seus funcionários, empregados ou dirigen tes.”.

Portanto, nos termos do art. 5º, inciso I, alínea “ b”,do RIPI (Decreto federal nº 7.212/2010), aplicávelsubsidiariamente ao ICMS, e em confo rmidade com o contido emaludida solução de consulta, o preparo de alimentos nãoacondicionados em embalagem de apresentação, realiz ado emcozinhas industriais, quando destinados a venda dir eta a pessoasjurídicas e a outras entidades, para consumo de seu sfuncionários, empregados ou dirigentes, situação qu e se amolda àrelatada pela consulente, não é considerado industr ialização.

A resposta à Consulta nº 52/2014 deste Setor nãodiverge desse entendimento, pois deixa claro que, e mbora, no casoem tela, as m ercadorias fornecidas na forma de refeição passempor um processo de transformação, tal atividade não é consideradaindustrialização pelas regras do IPI.

Tampouco se trata, na espécie, de estabelecimentoequiparado a industrial, pois a atividade da consul ente não seenquadra dentre as hipóteses previstas nos arts. 9º e 10 do RIPI,que versam sobre essa matéria.

Quanto ao livro fiscal Registro de Controle da Prod uçãoe do Estoque – modelo 3, a obrigatoriedade de sua e scrituração,inclusive quando efetuada po r Escrituração Fiscal Digital (EFD) –Bloco K, restringe-se aos estabelecimentos industri ais ou a eleequiparados, e aos estabelecimentos atacadistas, co nforme prevê alegislação de regência a seguir transcrita:

“RICMS

Art. 252. Os contribuintes e as pesso as obrigadas ainscrição no CAD/ICMS deverão manter, salvo disposi ção emcontrário, em cada um dos estabelecimentos, os segu intes

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livros fiscais, de conformidade com as operações eprestações que realizarem (artigos 63 e 66 do Convê nioSINIEF s/n, de 15.12 .1970, e art. 87 do Convênio SINIEF06/1989; Ajuste SINIEF 01/1992):

V – Registro de Controle da Produção e do Estoque, modelo 3;

§ 3º O livro Registro de Controle da Produção e do Estoque,será utilizado pelos estabelecimentos industriais o u a elesequipa rados pela legislação federal e pelos atacadistas,podendo, a critério do fisco, ser exigido de estabe lecimentode contribuintes de outros setores, com as adaptaçõ esnecessárias.

Art. 277. Fica instituída a Escrituração Fiscal Dig ital –EFD, em arquivo dig ital, que se constitui em um conjunto deescrituração de documentos fiscais e de outras info rmaçõesde interesse da Secretaria de Estado da Fazenda, be m como noregistro de apuração do ICMS referente às operações eprestações praticadas pelo contribuinte ( Convênio ICMS143/2006 e Ajuste SINIEF 2/2009).

§ 3º O contribuinte deverá utilizar a EFD para efet uar aescrituração do (Ajustes SINIEF 2/2009 e 5/2010):

VII – Livro Registro de Controle da Produção e do E stoque(Ajuste SINIEF 18/2013).”.

Registre-se, ain da, que apesar de o RICMS, em seu art.252, § 3º, prever que, a critério do fisco, a utili zação de tallivro fiscal possa vir a ser obrigatória também par aestabelecimentos de contribuintes de outros setores , a Norma deProcedimento Fiscal nº 56/2015 limit a-se a exigi-lo dos querealizam as atividades econômicas já referidas:

“NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 56/2015

SÚMULA: Estabelece critérios para a obrigatoriedad e deapresentação da EFD – Escrituração Fiscal Digital,disciplina os procedimentos relativo s a informação eapuração do ICMS para os contribuintes inscritos e ativos noCadastro de Contribuintes do ICMS – CAD/ICMS do Est ado doParaná e revoga as NPF n. 083/2012 e n. 044/2013.

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[...]

11. A escrituração do Livro de Registro de Controle daProdução e do Estoque será obrigatória na EFD a partir de(Ajuste SINIEF 13/2015):

11.1. 1º de janeiro de 2017, para os estabeleciment osindustriais:

11.1.1. classificados nas divisões 10 a 32 da Class ificaçãoNacional de Atividades Econômicas - CNAE pertencent es aempresa com faturamento anual igual ou superior aR$300.000.000,00;

11.1.2. de empresa habilitada ao Regime Aduaneiro E specialde Entreposto Industrial sob Controle Informatizado – RECOFou a outro regime alternativo a este;

11.2. 1º de janeiro de 2018, p ara os estabelecimentosindustriais classificados nas divisões 10 a 32 da C NAEpertencentes a empresa com faturamento anual igual ousuperior a R$78.000.000,00;

11.3. 1º de janeiro de 2019, para os demais estabel ecimentosindustriais, para os estabelecimen tos atacadistasclassificados nos grupos 462 a 469 da CNAE e para o sestabelecimentos equiparados a industrial.”.

Desse modo, considerando que a consulente realizaatividade diversa das ora relacionadas nas normas t ranscritas,não está sujeito à escrituraç ão do livro fiscal Registro deControle da Produção e do Estoque – modelo 3.

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PROTOCOLO: 13.626.821-0.

CONSULTA Nº: 055, de 23 de fevereiro de 2016.

CONSULENTE: COMERCIAL DE AUTOPEÇAS KYB DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. INTERDEPENDÊNCIA. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua no comércio atacadista de pe çase acessórios para veículos automotores, informa que importa peçase acessórios e, também, que os adquire de fabricant es paranaensespara posterior revenda a distribuidores e redes de lojas deautopeças localizados no Estado do Paraná e em outras unidad esfederadas.

Considerando que os produtos que comercializa estãosujeitos à substituição tributária e que a alínea “ c” do inciso Ido art. 12 e o inciso V do art. 12-F do Anexo X Reg ulamento doICMS espec ificam que não se aplica referida sistemática àsoperações entre empresas interdependentes, assim en tendidas,também, as empresas em que uma delas seja a única a dquirente deum ou de mais de um dos produtos da outra, question a:

1. se pode ser considerada i nterdependente em relaçãoao seu fornecedor KYB Mando do Brasil Fabricante de AutopeçasS.A., tendo em vista que é a única adquirente de 28 modelos deamortecedores (NCM 8708.80.00) fabricados por essa empresa;

2. em caso afirmativo, se nessas operações d eve seraplicado pelo fornecedor a alíquota interna atualme nte vigente de12% (art. 14, inciso II, do Regulamento do ICMS);

3. se há algum procedimento especial aplicável quan doda emissão dos documentos fiscais nessas operações, e em relaçãoao destaque d o imposto e à escrituração fiscal por parte daconsulente;

4. se a não aplicação da substituição tributária nocaso seria somente em relação aos produtos adquirid os com

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exclusividade (28 modelos de amortecedores com NCM 8708.80.00),ou abrangeria, também, a saída de qualquer outra mercadoria,ainda que não adquirida com exclusividade desse for necedor.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se os disposit ivosdo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012:

“ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUT ÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA SOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

...

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

...

III - às operações entre empresas interdependentes, exc etose o destinatário for estabelecimento exclusivament evarejista, hipótese em que a responsabilidade pela retençãoe recolhimento recairá sobre o estabelecimento que promovera saída da mercadoria com destino a empresa diversa ;

...

§ 1º Nas hipóteses em que a sujeição passiva porsubstituição tributária couber ao estabelecimentodestinatário, tal circunstância deverá ser indicada no campo"Informações Complementares" do respectivo document o fiscal.

...

Art. 12-F Para efeitos deste Anexo consideram-seesta belecimentos de empresas interdependentes quando:

I - uma delas, por si, seus sócios ou acionistas, erespectivos cônjuges e filhos menores, for titular de maisde cinquenta por cento do capital da outra;

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II - uma delas tiver participação na outra de quinz e porcento ou mais do capital social, por si, seus sócio s ouacionistas, bem assim por intermédio de parentes de sses atéo segundo grau e respectivos cônjuges, se a partici paçãosocietária for de pessoa física (Lei Federal n. 4.5 02/1964,art. 42, inciso I , e Lei Federal n. 7.798/1989, art. 9°);

III - uma mesma pessoa fizer parte de ambas, na qua lidade dediretor, ou sócio com funções de gerência, ainda qu eexercidas sob outra denominação (Lei Federal n. 4.5 02/1964,art. 42, inciso II);

IV - uma tiver vendi do ou consignado à outra, no anoanterior, mais de vinte por cento, no caso de distr ibuiçãocom exclusividade em determinada área do territórionacional, e mais de cinquenta por cento, nos demais casos,do seu volume de vendas (Lei Federal n. 4.502/1964, a rt. 42,inciso III);

V - uma delas, por qualquer forma ou título, for a únicaadquirente, de um ou de mais de um dos produtos da outra,ainda quando a exclusividade se refira à padronagem , marcaou tipo do produto (Lei Federal n. 4.502/1964, art. 42,parág rafo único, inciso I);

VI - uma vender à outra, mediante contrato de parti cipaçãoou ajuste semelhante, produto que tenha fabricado o uimportado (Lei Federal n. 4.502/1964, art. 42, pará grafoúnico, inciso II).”

O art. 12, inciso III, determina que não se aplica oregime da substituição tributária subsequente entre empresasinterdependentes, desde que o destinatário não sejaexclusivamente varejista.

Portanto, o contribuinte fornecedor, eleito pelalegislação como substituto tributário, não necessit a reter oimposto devido por esse regime nas operações com ad quirentesconsiderados como interdependentes para esse fim.

Considerando tal regra e o disposto no art. 12-F,inciso V, da Seção I do Anexo X do Regulamento do I CMS, na

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situação em que uma empresa (que não atue somente como varejista)adquire com exclusividade um ou mais produtos da ou tra, eleitasubstituta, resta afastado o regime da substituição tributária,sendo transferida a essa adquirente a responsabilid ade pelaretenção e recolhimento do imposto e m relação às operaçõessubsequentes.

No que se refere à extensão da aplicação do regime dasubstituição tributária nas operações, pelos docume ntosconstantes no cadastro da consulente e da empresa f ornecedoraindicada, ambas possuem um diretor/administrado r comum. Assim,nos termos do inciso III do art. 12-F do Anexo X do Regulamentodo ICMS, são interdependentes as empresas em que “uma mesmapessoa fizer parte de ambas, na qualidade de direto r, ou sóciocom funções de gerência, ainda que exercidas sob ou tr adenominação (Lei Federal n. 4.502/1964, art. 42, in ciso II)” . Jápor essa disposição da legislação, não se aplica a substituiçãotributária nas operações de aquisição de quaisquer produtos dessefabricante.

Destaque-se que, para deixar clara a forma detributação, necessário que seja esclarecido no camp o “InformaçõesComplementares” de cada documento fiscal emitido qu e a nãoaplicação da substituição tributária se dá em virtu de dainterdependência, considerado o disposto no art. 12 , inciso III,e no art. 12-F, incisos III e V, ambos da Seção I do Anexo X doRegulamento do ICMS, conforme determina o § 1º do a rt. 12 doAnexo X do Regulamento do ICMS, antes já transcrito .

No que se refere à alíquota, frise-se que foi alter adoo inciso II do art. 14 da Lei n. 11.580/1996, pelo art. 1º,inciso I, da Lei nº 18.371/2014, produzindo efeitos a partir de1º.04.2015, pelo que a alíquota de peças para veícu losautomotores passou de 12% para 18%.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na p resente resposta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d e seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.815.746-6.

CONSULTA Nº: 056, de 26 de abril de 2016.

CONSULENTE: COBRA TECNOLOGIA S.A.

SÚMULA: ICMS. DESCARTE DE LIXO ELETRÔNICO. OBRIGAÇÕESFISCAIS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente, que tem como atividade principal ocomércio varejista de equipamentos para escritório, informa que,além de exercer atividades de serviços de tecnologi a dainformação (TI), dedica-se à reparação e manutenção decomputadores e equipamentos per iféricos.

Objetivando fazer o correto descarte do lixo eletrô nicosem valor comercial (em cumprimento à Lei n. 12.30 5/2010, queinstituiu a Política Nacional de Resíduos Sólidos), solicitaorientação a respeito do tratamento tributário a se r utilizadones sa operação.

Informa que o descarte do lixo ocorrerá da seguinteforma:

- aquele passível de reciclagem será disponibilizad ogratuitamente;

- aquele sem qualquer condição de reciclagem: acontratada (entidade sem fins lucrativos, que poder á ser de outroEstado, devidamente capacitada para exercer tal ativ idade), seráremunerada pela prestação de serviço de coleta.

Isto posto, indaga como pode ser efetuada a operaçã ofiscal de saída dos referidos descartes:

1. deve ser emitida nota fiscal e, nesse caso, qua l ovalor e a natureza da operação (CFOP)?

2. Há incidência de ICMS nessas operações?

RESPOSTA

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Inicialmente, destaca-se que há diferenciação detratamento tributário em relação a material sem qua lquer condiçãode reciclagem e o passível de reaproveitamento .

Respondendo a primeira questão, expõe-se que, emrelação ao material caracterizado efetivamente como lixo, nãosujeito à reciclagem, por não envolver operação de circulação demercadoria, a operação poderá ser acompanhada por q ualquerdocumento que indiq ue a origem e o destino (precedentes:Consultas n. 189/2000, n. 16/2009 e n. 85/2009).

Por sua vez, em relação ao material passível dereciclagem, ou seja, eventualmente utilizado como m atéria-primaem novo processo industrial, a saída promovida peloestab elecimento de contribuinte inscrito deve ser docume ntada pornota fiscal, conforme prevê o art. 149, inciso I, d o RICMS/12,aprovado pelo Decreto n. 6.080/12, por caracterizar circulação demercadoria.

Desta forma, na operação com tais materiais, deve s erobservado o tratamento tributário correspondente ao produtoobjeto de descarte.

Considerando não haver norma regulamentar estabelec endotratamento tributário específico (isenção, diferime nto etc.) paraa hipótese apresentada pela consulente, a operação dev e serregularmente tributada por valor simbólico, haja vi sta que setrata de material sem valor comercial.

Portanto, responde-se à questão 2, que há incidênci a deICMS relativamente a operação com material passível dereciclagem. Nessa hipótese, os CFOP a serem consignados são osseguintes (Anexo IV do RICMS/12): CFOP 5.949 ou 6.9 49 - Saída delixo eletrônico.

Registre-se, como notícia, que no art. 595 doRegulamento do ICMS, há previsão para dispensa de e missão de notafiscal somente em relação a coleta de produtos usadosrelacionados com a telefonia celular móvel consider ados lixotóxico e sem valor comercial, quando os destinatári os sejamconsumidores finais, fabricantes ou importadores e desde que a

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coleta nos estabelecimentos seja realizada por inte rméd io daSociedade de Pesquisa de Vida Selvagem e Educação A mbiental –SPVS.

Ainda, especificamente em relação as saídas de pilh as ebaterias usadas, frisa-se haver norma específica es tabelecendo aisenção do ICMS, nos termos e condições dispostos n o item 15 doAnexo I do RICMS.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos tona presente resposta, deverá a consulente observar o disposto noartigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o praz o de atéquinze dias para a adequação de seus procedimentos já re alizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.859.696-6.

CONSULTA Nº: 057, de 17 de maio de 2016.

CONSULENTE: PRODUTOS DE MANDIOCA CENTENÁRIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. FARINHA DE MANDIOCA. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal a fabricação de farinha de mandioca e der ivados (CNAE1063-5/00), indaga se está correto seu entendimento quanto àtributação do produto farinha de mandioca não tempe rada,classificada no código, NCM 1106.20.00, expondo o que segue.

Menciona que a operação interna com tal produto est áabrangida pela isenção estabelecida no item 79 do A nexo I doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/ 2012.

Em relação às operações interestaduais, manifestaentendimento de que estas se sujeitam às alíquotas d e 7% ou 12%,conforme a unidade federada de destino, tendo sua b ase de cálculoreduzida nos termos do Item 14 do Anexo II do RICMS /12, além debeneficiadas com crédito presumido de 3,5% sobre o valor dave nda, conforme item 36 do Anexo III do RICMS.

Salienta que a empresa não faz o aproveitamento decréditos de ICMS referente as entradas.

Posto isto, questiona:

1. estão corretos os tratamentos tributários expost os?

2. a redução da base de cálculo de que tr ata o item 14do Anexo II do RICMS é aplicável nas operaçõesinterestaduais ou somente nas internas?

3. pode utilizar o crédito presumido estabelecido n oitem 8 do Anexo III do RICMS, em vez daquele previs tono item 36 do mesmo anexo regulamentar?

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RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivosregulamentares pertinentes às questões apresentadas , vinculadosao produto farinha de mandioca não temperada, class ificado nocódigo NCM 1106.20.00:

“RICMS/2012

[...]

Anexo I – Isenções

[...]

79 Operações inte rnas, até 30.4.2017, com FARINHA DEMANDIOCA OU DE RASPA DE MANDIOCA, NÃO TEMPERADAS,classificadas no código 1106.20.00 da NCM (Convênio ICMS131/2005, 53/2008, 101/2012 e 191/2013).

[...]

Anexo II – Redução na Base de Cálculo

[...]

14 Fica reduzida, até 30.4.2017, para 38,89% (trinta e oitointeiros e oitenta e nove centésimos por cento) nasoperações internas sujeitas à alíquota de dezoito p or cento,e para 58,333% (cinquenta e oito inteiros e trezentos etrinta e três milésimos por cento) nas operações sujeitas àalíquota de doze por cento , a base de cálculo nas operaçõesrealizadas por estabelecimentos industrializadores daMANDIOCA, em relação às saídas dos produtos resulta ntes dasua industrialização realizada no Estado (Convênios ICMS153/2004, 138/2 008 , 101/2012 e 191/2014):

Notas:

1. os estabelecimentos beneficiários consignarão,normalmente, nas notas fiscais acobertadoras das op eraçõesque praticarem com os produtos por eles industriali zados(farinhas, féculas etc.), os valores da operação e da base

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de cálculo reduzida e o destaque do ICMS calculado pelasrespectivas alíquotas;

2. não será exigido o estorno proporcional dos créd itosfiscais decorrentes da aquisição de matérias-primas e dosdemais insumos utilizados na fabricação dos seus pr oduto s,bem como dos serviços recebidos;

3. o benefício de que trata este item aplica-se, ta mbém:

3.1. nas operações de saída de produtos resultantes daindustrialização da fécula ou da farinha da mandio ca,quando realizadas por estabelecimento industrializa dor damandioca, de que trata o “caput”;

3.2. nas operações de saída realizadas por centro d edistribuição, relativamente a produtos resultantes daindustrialização da mandioca, da fécula ou da farin ha damandioca, realizada em estabelecimento industrialpertencente ao mesmo titular.

[...]

Anexo III – Crédito Presumido

[...]

8 Aos estabelecimentos fabricantes das seguintes me rcadoriasclassificadas na NCM:

a) AMIDO de mandioca (1108.19.00);

b) amido modificado e dextrina, de mandioca (3505.1 0.00);

c) xarope de glicose de mandioca (1702.30.00);

d) fécula de mandioca (1108.14.00);

e) farinha temperada de mandioca (1106.20.00 e 1901 .90.90);

f) polvilho (1108.14.00);

g) mandioquinha palha (2005.99.00).

h) farinha de mandioca branca fina crua (1106.20.00 );

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i) fari nha de mandioca branca grossa crua (1106.20.00);

j) farinha de mandioca torrada (1106.20.00).

Notas:

1. O benefício de que trata este item fica autoriza do para:

1.1 até 31.12.2016, no percentual de 55% (cinquenta e cincopor cento) do valor do imposto devi do nas saídas dessesprodutos em operações interestaduais;

1.2 até 31.12.2017, no percentual de 50% (cinquenta porcento) do valor do imposto devido nas saídas desses produtosem operações interestaduais;

2. o crédito presumido de que trata este item será lançadono campo “Outros Créditos” do livro Registro de Apu ração deICMS - RAICMS, consignando a expressão “Crédito Pre sumido -item 8 do Anexo III do RICMS”;

3. a opção pelo crédito presumido, bem como a renún cia,deverá ser declarada em termo lavrado no RO-e;

4. tanto a opção quanto a renúncia produzirão efeit os porperíodo não inferior a doze meses, contados do prim eiro diado mês subsequente ao da lavratura do correspondent e termo;

5. o benefício de que trata este item não se aplicacumulativamente com o tratamento previsto no item 14 doAnexo II;

6. aplica-se o disposto neste item às operações int ernas comfécula de mandioca;

7. o benefício previsto para as operações de que tr ata anota 6 se aplica cumulativamente com o diferimento parcialprevisto no a rt. 108;”.

Feitas tais considerações, passa-se à resposta aosquesitos apresentados.

1. Correta a conclusão de que se aplica o benefício daisenção nas operações internas com o produto farinh a de mandioca

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não temperada, classificada no código NCM 1106.20.0 0, conformeprescreve o item 79 do Anexo I do RICMS, devendo se r estornadosos créditos relativos as entradas.

2. A redução da base de cálculo presente no item 14 doAnexo II do RICMS, implementada com fundamento no C onvênio ICMS153/2004, é aplicável nas operações internas e interestaduais comprodutos resultantes da industrialização da mandioc a realizada noEstado, promovidas pelo estabelecimento fabricante. No entanto,em se tratando de farinha de mandioca não temperada , por setratar de produto abrangid o pela isenção de que trata o item 79do Anexo I, perde o objeto a regra de redução de ba se de cálculonas operações internas. Ademais, ressalte-se que a redução debase de cálculo mencionada destina-se apenas ao est abelecimentoque utiliza como matéria-pr ima a raiz da mandioca (precedente:Consulta n. 119/2006).

3. Quanto à utilização do crédito presumido, atente -separa o fato de que o item 36 do Anexo III do RICMS não foiprorrogado, deixando de vigorar a partir de 1º de j aneiro de2016. Entretanto relat ivamente a sua utilização, o SetorConsultivo se manifestou na Consulta n. 64/2011.

Já com relação ao item 8 do Anexo III do RICMS, oproduto beneficiado pelo crédito presumido, até 31/ 3/2016, nasoperações interestaduais, restringia-se à farinha t emperada demandioca, classificada no código NCM 1901.90.90, pr oduto diversodo mencionado pela consulente.

Com a edição do Decreto nº 3.747, de 30 de março de2016, com vigência a partir de 1º/4/2016, o benefíc io foiestendido às operações interestaduais com fari nha de mandiocabranca fina crua, farinha de mandioca branca grossa crua efarinha de mandioca torrada, todas da NCM 1106.20.0 0, promovidaspor estabelecimento fabricante, conforme se depreen de dalegislação antes transcrita.

Frise-se que em relação às ope rações internas éinaplicável a regra do crédito presumido prevista n o item 8 doAnexo III do RICMS, exceto às operações com fécula de mandioca,conforme dispõe a nota 6 do referido item.

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De qualquer modo, as operações internas com farinha demandioca ocor rem sem débito de ICMS, em razão da isenção de quetrata o item 79 do Anexo I do RICMS. Diante desse t ratamentotributário, descabe a aplicação de qualquer regra d e créditopresumido.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar ao disposto no artigo 664 do RICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.755.442-9.

CONSULTA Nº: 058, de 17 de maio de 2016.

CONSULENTE: MACPONTA MÁQUINAS AGRÍCOLAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. TRATORES. DIFERIMENTO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, cadastrada como comércio atacadista d emáquinas e equipamentos agropecuários, informa ser concessionáriade máquinas agrícolas e apresenta dúvidas a respeit o doencerramento da fase de diferimento nas operações c om tratoresagrícolas de que t rata o inciso XIII do art. 113 do Regulamentodo ICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28 de s etembro de2012.

Transcreve a norma regulamentar já mencionada, assi mcomo o art. 114 do mesmo Regulamento, que trata do encerramentoda fase de diferimento, e expõe seu entendimento, que se resumeao seguinte:

1. que o diferimento se mantém na saída para produt oresrurais, inscritos no CAD/PRO ou no CAD/ICMS, pois n esse caso otrator destina-se à produção agrícola;

2. que se encerra na saída para produtores ru rais nãoinscritos, para pessoas jurídicas inscritas que uti lizem o tratorcom finalidade não agrícola e para concessionárias de máquinasagrícolas, pois nesse caso destina-se à comercializ ação e não àprodução agrícola.

Indaga se está correto o seu entend imento e, em casonegativo, como deverá proceder.

RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se do RICMS os dispositivo saplicáveis à matéria consultada:

“Art. 113. É diferido o pagamento do ICMS nas opera ções comas seguintes mercadorias:

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[...]

XIII - tratores, ap arelhos e implementos agrícolas,classificados nos códigos NCM 8424.81.19, 8433.20.9 0,8433.59.90, 8433.51.00 e 8701.90.90, e suas partesclassificadas no código NCM 8433.90.90, produzidos noterritório paranaense e destinados ao uso exclusivo naprodução agropecuária;

[...]

Art. 114. Encerra-se a fase de diferimento em relaç ão aosprodutos arrolados no art. 113:

I - na saída para outro Estado ou para o exterior;

II - na saída de produtos resultantes da sua utiliz ação,salvo se houver disposição específica de diferimento oususpensão do imposto para essa operação, hipótese e m queobservar-se-á a regra pertinente.

III - na saída para produtores rurais, pessoas físi cas oujurídicas, não inscritos no CAD/PRO ou no CAD/ICMS. ”.

Do dispositivo transcrito observa- se que o diferimentoem questão é aplicável às operações internas com tr atores,aparelhos e implementos agrícolas, e suas partes, i ncluídos noscódigos NCM especificados, quando produzidos no ter ritórioparanaense e destinados ao uso exclusivo na produçã oagropecuária.

Assim, desde que a mercadoria esteja especificada n oinciso XIII do art. 113 do RICMS, antes transcrito, tenha sidoproduzida no Paraná e seja destinada ao uso exclusi vo naatividade agropecuária, aplica-se o diferimento do pagamento doimpo sto nas operações internas.

Nesse sentido, a postergação do pagamento do impost odependerá da condição do adquirente final, que deve ser produtorrural inscrito no CAD/ICMS ou no CAD/PRO. Assim, ca so oadquirente final estabelecido no Paraná não exerça ati vidadeagropecuária ou, ainda que a exerça, não possua cad astro

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estadual, encerra-se a fase de diferimento.

Por sua vez, as operações internas de aquisição de taismercadorias por concessionária, que as adquire para revenda,também estão submetidas ao dife rimento, porquanto apenas naúltima etapa de comercialização, quando conhecida a situação doadquirente, é que pode ser verificado o atendimento , ou não, dacondição exposta no parágrafo anterior.

Destaca-se, por fim, que é condição obrigatória àfruição do diferimento em questão que as máquinas agrícolas sejamfabricadas no território paranaense. Logo, não aten dido esserequisito, inaplicável o diferimento em exame.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no arti go 664 do RICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.547.458-4.

CONSULTA Nº: 059, de 5 de maio de 2016.

CONSULENTE: SCHREIBER FOODS DO BRASIL INDÚSTRIA ALIMENTÍCIALTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMPRODUTOS ALIMENTÍCIOS. ENQUADRAMENTO DEPRODUTOS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que atua no ramo de fabricação delaticínios, menciona que fabrica produtos que class ifica noscódigos 0406.10.10, 0406.10.90, 0406.30.00, 0406.90 .20 e2106.90.90 da Nomenclatura Comum do Mercosul – NCM, especificadosno art. 135 do Anexo X d o Regulamento do ICMS que relacionaprodutos alimentícios sujeitos ao regime da substit uiçãotributária.

Sustenta que a descrição dos produtos sujeitos àsubstituição tributária contida nesse dispositivo r egulamentarnão compreende os produtos que fabrica , como, por exemplo,queijos, produtos à base de queijo processado, “cre am cheese” eoutros, embora estejam inseridos na posição 04.06 e no código2106.90.90 da NCM.

Diante desse entendimento, informa que não adota oregime da substituição tributária para esses produtos, equestiona se está correto seu procedimento.

RESPOSTA

Inicialmente, transcrevem-se os dispositivos doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080 /2012, com aredação vigente a partir de 18.1.2016, atinentes ao squestionamentos da consulente:

“ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

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SEÇÃO XXXIV - DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações na NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

III - laticínios e matinais:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

6 17.023.00

04.06 Requeijão esimilares,emrecipientede conteúdoinferior ouigual a 1kg, excetoasembalagen sindividuaisde conteúdoigual ouinferior a10 gramas

(...)

ANEXO XIII – CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO T RIBUTÁRIA

CAPÍTULO III – DO CEST RELATIVO AOS SEGMENTOS DE ME RCADORIAS

Seção XVII - PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

23.0 17.023.00

04.06 Requeijão esimilares,em

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recipientede conteúdoinferior ouigual a 1kg, excetoasembalagensindividuaisde conteúdoinferior ouigual a 10g

23.1 17.023.01

04.06 Requeijão esimilares,emrecipientede conteúdosuperior a1

24.0 17.024.00

04.06 Queijos.”

Seção XXIII

SORVETES E PREPARADOS PARA FABRICAÇÃO DE SORVETES EMMÁQUINAS

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

2.0 23.002.00

18.06

19.01

21.06

“Preparadosparafabricaçãode sorveteem máquina”

Preliminarmente, faz-se necessário considerar que aadequa da aplicação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM ) aosprodutos que fabrica é de responsabilidade do contr ibuinte e, emcaso de dúvida, a competência para responder consul tas é da

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Secretaria da Receita Federal do Brasil.

Para adequação do produto ao regi me da substituiçãotributária é necessário que a mercadoria esteja ins erta, por suadescrição e por sua classificação na NCM, dentre os produtoslistados. Ressaltando-se que nos itens em que estej a indicada aposição NCM, e como descrição da mercadoria o r espectivo títuloda posição apresentada na mesma norma, todas as mer cadorias nelaincluídas, considerando as demais divisões dessa po sição, estarãosujeitas à substituição tributária.

Da legislação antes transcrita, verifica-se que osprodutos à base de qu eijo, classificados no código NCM2106.90.90, não guardam qualquer relação com a desc rição dasmercadorias que constou no item 10 (“balas, exceto as balas demelado de cana, caramelos, confeitos, pastilhas e o utros produtossemelhantes sem açúcar”), vigent e até 31.12.2015, nem mesmo naredação anterior (“balas, caramelos, confeitos, pas tilhas eoutros produtos semelhantes sem açúcar”), vigente a té 30.9.2014.

Portanto, os produtos à base de queijo classificado s nocódigo NCM 2106.90.90, fabricados pela cons ulente, não estavamsujeitos ao regime da substituição tributária, até 31.12.2015,por não estarem abrangidos pela descrição contida n a normaregulamentar. A partir de 1º de janeiro de 2016, os produtosantes mencionados, do código 2106.90.90, foram excl uí dos doregime da substituição tributária.

Quanto à descrição “requeijão e similares, emrecipiente de conteúdo inferior ou igual a 1 kg, ex ceto paraembalagens individuais de conteúdo igual ou inferio r a 10gramas” , disposta na posição 6 do inciso III do a rt. 135 do AnexoX do Regulamento do ICMS, verifica-se que correspon de ao item23.0 da Tabela de Código Especificador da Substitui ção Tributária– CEST, constante da Seção XVII – Produtos Alimentí cios, doCapítulo III do Anexo XIII do mesmo diploma regulam entar, nostermos antes transcrito.

Da análise conjunta da Tabela NCM, que dispõe naposição 04.06 sobre os produtos “queijos e requeijã o”, com aTabela CEST, que estabelece um código específico pa ra “requeijão”

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e outro para “queijo”, nos itens 23.0 e 24.0 da Seção XVII –Produtos Alimentícios, do Capítulo III do Anexo XII I doRegulamento do ICMS, constata-se que o termo “simil ares” aoproduto “requeijão”, a que faz referência o disposi tivoregulamentar relativo ao regime da substituição, co mpreendeoutros produtos da mesma posição NCM 04.06 que possuemcaracterísticas semelhantes ou a mesma natureza do “requeijão”,bem como que atenda as especificações técnicas esta belecidas paraesse produto.

Assim sendo, o regime da substituição tributária seaplica aos p rodutos requeijão ou similar, quando comercializado sem recipiente de conteúdo inferior ou igual a 1 kg, exceto paraembalagens individuais de conteúdo igual ou inferio r a 10 gramas,sendo inaplicável ao queijo.

Informa-se, a título de esclarecimento, que consta nosite do Instituto Nacional de Metrologia, Normaliza ção eQualidade Industrial - Inmetro (Requeijão e especia lidade lácteaà base de requeijão,http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/reque ijao.asp ,consultado em 14.4.2016), um estudo que d elineia ascaracterísticas típicas do requeijão e de produto s imilar a ele,conhecido por “especialidade láctea à base de reque ijão”.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que prevê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.921.240-1.

CONSULTA Nº: 060, de 19 de abril de 2016.

CONSULENTE: GUAVIBEL DISTRIBUIDORA DE PEÇAS PARA TRATORESLTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. VENDA INTERESTADUAL ACONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo Simples Nacional ecadastrada na atividade de comércio varejista de pe ças eacessórios novos para veículos automotores, aduz te r dúvidasacerca do recolhimento do diferencial de alíquotas de que tratama Emenda Constituci onal n. 87/2015 e o Convênio ICMS 93/2015, nasoperações interestaduais com consumidores finais nã ocontribuintes do imposto.

Assim, questiona: nos exercícios de 2016, 2017 e 20 18,o contribuinte optante pelo Simples Nacional que re alizar taisoperações, a lém de recolher a parcela do diferencial de alíquot asdevida ao Estado de destino, também deverá recolher parte dele aoEstado do Paraná?

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Convênio ICMS 93/ 2015e do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6 .0 80/2012(RICMS), que tratam da matéria questionada:

Convênio ICMS 93/2015

“Cláusula nona Aplicam-se as disposições deste convênio aoscontribuintes optantes pelo Regime Especial Unifica do deArrecadação de Tributos e Contribuições devidos pel asMicroempre sas e Empresas de Pequeno Porte - SimplesNacional, instituído pela Lei Complementar nº 123, de 14 dedezembro de 2006, em relação ao imposto devido à un idadefederada de destino.”

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Regulamento do ICMS

“CAPÍTULO V-A

DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS COM BENS ESERVIÇOS DESTINADAS A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DOIMPOSTO LOCALIZADO NO ESTADO DO PARANÁ

Art. 327-A. Nas operações e prestações interestadua is quedestinem bens e serviços a consumidor final não con tribuintedo imposto localizado no E stado do Paraná devem serobservadas as disposições previstas neste Capítulo (ConvênioICMS 93/2015).

Art. 327-B. Para calcular o imposto devido às unida desfederadas de origem e de destino, o promotor das op erações eprestações de que trata este Capítulo deverá observar:

I - como base de cálculo única, o valor da operação ou opreço do serviço, observado o disposto no § 1º do a rt. 6º;

II - utilizar a alíquota interna prevista no art. 1 4 paracalcular o ICMS total devido na operação ou prestaç ão;

III - util izar a alíquota interestadual prevista para aoperação ou prestação, para o cálculo do imposto de vido àunidade federada de origem;

IV - recolher, para o Estado do Paraná, o impostocorrespondente à diferença entre o imposto calculad o naforma dos incisos II e III, observado o disposto no art.327-H.

[...]

§ 2.º O adicional de dois pontos percentuais na alí quota deICMS, referente ao FECOP, instituído pela Lei n. 18 .573, de30 de setembro de 2015, será considerado para o cál culo doimposto de que tratam os incisos do “caput”, observado odisposto no Anexo XII deste Regulamento.

§ 3.º O cálculo e o recolhimento do diferencial de alíquotasde que trata o inciso IV do "caput", devem ser efet uadosseparadamente do adicional de dois pontos percentua is

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relativo ao fundo de que trata o § 2º.

Art. 327-C. Aplicam-se as disposições deste Capítul o aoscontribuintes optantes pelo Simples Nacional.

Parágrafo único. Para fins do disposto no inciso II I do"caput" do art. 327-B o contribuinte de que trata e steartigo deverá considerar a alíquota interestadual aplicávelà operação ou prestação.

Art. 327-D. As operações de que trata este Capítulo devemser acobertadas por Nota Fiscal Eletrônica - NF-e, modelo55.

[...]

Art. 327-H. No caso de operações ou prestações quedestinar em bens e serviços a consumidor final nãocontribuinte do imposto localizado em outra unidadefederada, caberá ao Estado do Paraná, além do impos tocalculado mediante utilização da alíquota interesta dualprevista no art. 15, a parcela do valor corresponde nte àdiferença entre essa e a alíquota interna da unidad efederada destinatária, na seguinte proporção:

I - para o ano de 2016: 60% (sessenta por cento);

II - para o ano de 2017: 40% (quarenta por cento);

III - para o ano de 2018: 20% (vinte por cento).

Parágrafo único. A parcela do imposto de que trata es teartigo:

I - deverá ser recolhida em GNRE específica, no pra zoprevisto no inciso XXII do "caput" do art. 75;

II - não poderá ser reduzida mediante a aplicação d equaisquer benefícios fiscais concedidos pelo Estado doParaná;

III - não poderá ser compensada com eventuais crédi tos doimposto ou saldo credor acumulado em conta gráfica;

IV - deverá ser declarada ao fisco:

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a) na EFD, no Registro E310, quando se tratar decontribuinte sujeito ao regime normal de tributação;

b) na DeSTDA, quando se tratar de contribuinte opta nte peloSimples Nacional.”

Os dispositivos regulamentares antes transcritosdescrevem a forma de cálculo e de recolhimento do i mposto devidoa título de diferencial de alíquotas nas operaç ões interestaduaiscom bens e serviços destinados a consumidor final n ãocontribuinte do ICMS. O art. 327-C, com fundamento na cláusulanona do Convênio ICMS 93/2015, determina que todas as disposiçõesdo Capítulo V-A aplicam-se aos contribuintes optant es peloSimples Nacional.

Assim, com relação ao questionamento da consulente,expõe-se que nos anos de 2016, 2017 e 2018, o impos to devido àunidade de destino referente ao diferencial de alíq uotas deveráser partilhado com o Paraná, na proporção prevista no art. 327-Hdo RICMS.

Essa orientação, inclusive, consta no manual Pergun tas& Respostas – Operações ou prestações interestaduai s destinadas aconsumidor final não contribuinte do ICMS – disponi bilizado napágina oficial da Secretaria de Estado da Fazenda(www.fazenda.pr.gov.br), em Serviços – Perguntas ma is Frequentes:

“16. Qual o tratamento a ser dado aos contribuintes optantespelo Simples Nacional?

(...)

O contribuinte optante pelo Simples Nacional estabe lecido noEstado do Paraná que promover operaçõ es ou prestaçõesinterestaduais destinadas a consumidores finais nãocontribuintes do imposto localizados em outra unida defederada, deverá, no período de transição (de 2016 à 2018),recolher ao Estado do Paraná parcela do impostocorrespondente à diferenç a entre a alíquota interestadual ea interna do Estado de destino (60% em 2016, 40% em 2017 e20% em 2018).”

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Por fim, registra-se que a constitucionalidade dacláusula nona do Convênio ICMS 93/2015 está sob aná lise doSupremo Tribunal Federal, por meio da Ação Direta deInconstitucionalidade n. 5464, ajuizada pela Ordem dos Advogadosdo Brasil. Em análise preliminar, o ministro Dias T offoliconcedeu medida cautelar para suspender a eficácia dessacláusula, até o julgamento final da ação.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.810.843-0.

CONSULTA Nº: 061, de 5 de abril de 2016.

CONSULENTE: INDÚSTRIA GRÁFICA FORONI LTDA.

SÚMULA: ICMS. CADERNOS E AGENDAS ESCOLARES.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. REDUÇÃO DA BASE DECÁLCULO.

RELATOR: JORGE NAOTO OKIDO

A consulente, situada no Estado de São Paulo e cominscrição de substituto tributário no Paraná, atuan do nafabricação e comércio de cadernos escolares (NCM 48 20.20.00) eagendas escolares (NCM 4820.10.00), expõe que tem s ido indagadapor revendedores para naenses acerca da aplicação da redução dabase de cálculo prevista no item 17 do Anexo II do Regulamento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de sete mbro de 2012(RICMS/2012).

Assevera que nas remessas destinadas ao Paraná apli caas margens de va lor agregado estabelecidas na legislação para oscontribuintes enquadrados no regime normal e no Sim ples Nacional,considerando a alíquota de ICMS correspondente a 18 %, poisentende que o referido benefício é aplicável soment e nasoperações internas destin adas a consumidores finais, nãoabrangendo, portanto, aquelas realizadas com revend edores.

Diante do exposto, indaga:

1. aplica-se a redução da base de cálculo prevista noitem 17 do Anexo II do RICMS/2012 nas operações com cadernos eagendas escolares des tinadas a revendedores?

2. Caso a resposta anterior seja positiva, qual a M VA eos dispositivos da legislação a serem observados na s operaçõescom empresas destinatárias optantes ou não pelo Sim ples Nacional?

RESPOSTA

Transcreve-se, inicialmente, o item 17 do Anexo II do

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RICMS/2012, na parte relativa aos produtos menciona dos pelaconsulente:

“ANEXO II – REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

...

17 A base de cálculo é reduzida nas saídas internas quedestinem a consumidor final MATERIAL ESCOLAR, confo rme itensa seguir relacionados com as respectivas classificações naNCM, de forma que a carga tributária resulte no per centualde doze por cento (Convênio ICMS 128/1994):

N. DESCRIÇÃODO MATERIALESCOLAR

NCM

1 Agendaescolar

4820.10.00

... ... ...

4 Cadernosescolares

4820 .20.00

...”

Destaca-se, incialmente, acerca da matéria question ada,que o Setor Consultivo já se manifestou nas respost as àsConsultas n. 105/2014, n. 134/2014, n. 135/2014 e n . 24 e25/2015, no sentido de que o benefício da redução d a base decálculo do I CMS previsto no item 17 do Anexo II do RICMS/2012contempla apenas a etapa de comercialização do prod uto com oconsumidor final.

Sublinhe-se, que em razão da introdução de novas re grasno Regulamento do ICMS, o entendimento exarado nas referidasconsultas restou parcialmente alterado, conforme se passa aexpor.

Com a edição do Decreto n. 955/2015, que revogou oinciso I do § 1º do art. 108 do RICMS, com efeitos a partir de 1º

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de abril de 2015, passou a ser permitida a utilizaç ão dodiferimento parcial do i mposto na operação própria praticada pelosubstituto tributário paranaense, de modo que a car ga tributáriaincidente nessa operação passou a ser a mesma da al íquotainterestadual, que corresponde a 12%.

Assim, por não haver diferença entre as cargastribu tárias praticadas pelos substitutos tributários,desnecessário o ajuste da MVA. Porém, a alíquota in cidente naoperação corresponde 18%, pois somente prevalece a redução nabase de cálculo se em todas as etapas de circulação dasmercadorias a carga tributá ria fosse a mesma, o que não é o caso,já que o benefício fiscal contempla apenas a operaç ão que destinaa mercadoria ao consumidor final.

A partir de 1º de junho de 2015, começaram a surtirefeitos as disposições do Decreto n. 1.355/2015, qu e introduziu o§ 8º ao art. 1º do Anexo X do RICMS, abaixo transcr ito, dispondosobre a obrigatoriedade de ajuste da margem de valo r agregadoquando a carga tributária do substituto tributário for diversadaquela praticada entre o substituído e o consumido r final.

“ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por subs tituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

...

§ 8.º Nas operações internas, quando o per centual de cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”correspo nderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à carga

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tributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

Acrescentado o § 8º ao art. 1º do Anexo X pelo Art. 1º,alteração 615ª, do Decreto 1.355 de 14.05.2015, produzindoefeitos a partir de 1º.06.2015.”.

Para a hipótese em análise, não há diferença entre acarga tributária correspondente à operação própria do substitutotributário, pois contemplada com a alíquota interes tadual de 12%,e aqu ela praticada entre o substituído e consumidor fina l, emrazão da redução da base de cálculo de que tratam o s n. 1 e 4 doitem 17 do Anexo II do RICMS/2012, que também ocorr e com cargatributária de 12%.

Porém, não obstante não ser necessário o ajuste da MVA,em razão dos motivos antes expostos, a alíquota apl icável àoperação continua correspondendo a 18%, uma vez que a cargatributária de 12% não se aplica a todas as etapas d ecomercialização dos produtos mencionados.

Assim, responde-se que:

1. até 31 de março de 2015, correto o procedimentoadotado pela consulente de efetuar a retenção do IC MS devido porsubstituição tributária considerando a carga tribut ária internade 18% e utilizando a margem de valor agregado ajus tada,calculada a partir da MVA origi nal estabelecida nos itens 30 e 31do art. 141, com aplicação da fórmula de que trata o § 5º do art.1º, observando, ainda, as regras dispostas no art. 12-D, todos doAnexo X do RICMS, nas saídas destinadas a optantes pelo SimplesNacional;

2. a partir de 1º de abril de 2015, não obstante nãohaja previsão para ajuste da margem de valor agrega do, a alíquotaa ser utilizada no cálculo do ICMS devido por subst ituiçãotributária corresponde a 18%.

Frisa-se que, em observância ao art. 664 do RICMS/2 012,a par tir da ciência desta, a consulente terá, independen tementede qualquer interpelação ou notificação fiscal, o p razo de atéquinze dias para adequar os procedimentos eventualm ente já

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realizados em conformidade ao que foi aqui esclarec ido, caso ostenha prati cado diversamente.

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PROTOCOLO: 13.825.469-0.

CONSULTA Nº: 062, de 3 de maio de 2016.

CONSULENTE: PONTELAND DISTRIBUIÇÃO S.A.

SÚMULA: ICMS. MEDICAMENTOS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, situada no Estado do Rio de Janeiro e cominscrição de substituto tributário no Paraná, infor ma que promovea venda de medicamentos (NCM 30.04) para revendedor esparanaenses.

Sua dúvida diz respeito às regras de redução de bas e decálculo de que tratam o art. 101 do Anexo X e o item 17-A doAnexo II do Regulamento do ICMS, questionando se po de aplicá-lascumulativamente no cálculo do ICMS devido por subst ituiçãotributária nas operações com medicamentos.

Manifesta o entendimento de que a re dução de dez porcento, prevista no § 3º do art. 101, somente se apl icaria nahipótese de haver preço a consumidor fixado para o produto. Porseu turno, a redução que estabelece carga tributári a de 12%,prevista no item 17-A do Anexo II, estaria direcion ada à hipóteseem que a base de cálculo de retenção é formada a pa rtir da margemde agregação, nos termos do inciso II do art. 8º da leiComplementar n. 87/1996.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe esclarecer que a base de cálcul o deretenção do ICMS devido por su bstituição tributária nas operaçõescom medicamentos deve, em caso de inexistência de p reço aconsumidor fixado pelo órgão competente, correspond er ao preçomáximo de venda a consumidor sugerido ao público pe loestabelecimento industrial, acrescido do valo r do frete quandonão previamente incluído, sempre que existente tal preço, nostermos do art. 101 do Anexo X do RICMS.

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Assim, apenas diante da inexistência de preço máxim o devenda a consumidor sugerido pelo fabricante é que a base decálculo de retenção será obtida a partir do preço praticado pelosubstituto tributário nas operações com o comércio varejista,incluídos o frete e as demais despesas debitadas ao destinatário,adicionado dos percentuais de margem de valor agreg ada indicadosno § 1º do art. 1 01 do Regulamento do ICMS.

Quanto à matéria exposta pela consulente, expõe-se tersido objeto de análise pelo Setor Consultivo nas Co nsultas de n.67, n. 68, n. 103 e n. 127, de 2015, cujas orientaç ões se aplicamà situação em exame.

Assim, transcrevem-se os esclarecimentos contidos naConsulta n. 67/2015:

“Depreende-se da leitura dos dispositivos que a red ução dabase de cálculo prevista no item 17-A do Anexo II d oRICMS/2012 deve ser aplicada nos cálculos do ICMS p róprio(do contribuinte paranaense) e do ICMS referente àsubstituição tributária.

Por sua vez, tal redução aplica-se cumulativamente àquelaprevista no art. 101, § 3º, do Anexo X, do RICMS/20 12,vigente desde a implementação da substituição tribu tária nasoperações com produtos farmacêuticos, ha ja vista que aintrodução do item 17-A ao Anexo II da norma regula mentarobjetivou restabelecer o tratamento dado aos fármac os,medicamentos, drogas, soros e vacinas, de uso human o, emperíodo anterior ao da vigência da Lei n. 18.371, d e 15 dedezembro de 2014, que majorou a alíquota desses produtos de12% para 18%.

Com relação ao PMC, é correto a consulente utilizar aqueleatrelado à carga tributária de 12%, conforme esclar ecimentonoticiado no Boletim Informativo n. 16/2015, public ado em 30de maio de 201 5, no site da Secretaria da Fazenda do Paraná(http://www.fazenda.pr.gov.br/).

A partir desse valor, deve observar a redução da ba se decálculo prevista no art. 101, § 3º, do Anexo X e, e ntão, obenefício previsto no item 17-A do Anexo II, ambos do

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RICMS/2012. Por fim, deve aplicar a alíquota do produto ( 18%para medicamentos, fármacos, drogas, soros e vacina s, de usohumano, e cápsulas vazias para medicamentos).”

Registre-se, conforme antes mencionado, que aconsulente, na condição de substituto tributári o, deve apurar ovalor a ser retido por substituição tributária a p artir do PMC(Preço Máximo ao Consumidor) relativo à carga tribu tária de 12%(conforme noticiado no Boletim Informativo n. 016, de 30 de maiode 2015), considerando, ainda, as reduções de que trata o § 3º doart. 101 do Anexo X do RICMS (de trinta por cento p ara osmedicamentos similares, 25% para os medicamentos ge néricos e dezpor cento para os demais produtos).

Por sua vez, na hipótese de inexistência de preçofixado, deve-se considerar, para dimensionar a base de cálculo deretenção, as disposições regulamentares estabelecid as no § 1º doart. 101 do Anexo X, observando, no cálculo do ICMS , que a cargatributária a ser considerada corresponde a 12%, em razão da regrade redução de base de cálculo de que trata o item 17-A do AnexoII. Nesse caso, não cabe a aplicação das reduções d e que trata o§ 3º do mesmo art. 101, aplicáveis à situação em qu e a mercadoriapossui preço fixado (PMC), porquanto eventuais desc ontosrealizados pelo comércio varejista já são levados em conta nadeterminação da margem de valor agregado, estabelec ida com basena média dos preços usualmente praticados no mercad o considerado.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no art igo 664 do RICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.905.041-0.

CONSULTA Nº: 063, de 30 de maio de 2016.

CONSULENTE: BALDO S.A. COMÉRCIO INDÚSTRIA E EXPORTAÇÃO.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL. TRANSFERÊNCIA.BASE DE CÁLCULO.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deprodutos para infusão, informa ter como atividade a compra deerva-mate in natura e seu processamento até o estágio deerva-mate cancheada, bem como a compra de erva-mate já cancheada.

Com unidades f abris nos Municípios de São Mateus do Sule Prudentópolis, no Paraná, Canoinhas, no Estado de SantaCatarina, e unidade matriz, industrial exportadora, no Municípiode Encantado no Estado do Rio Grande do Sul, indaga quanto àcorreção de seu procedimento, no que diz respeito à base decálculo na remessa de erva-mate cancheada em transf erência parasua unidade matriz, com a finalidade de industriali zação eposterior exportação.

Expõe os procedimentos que adota, os quais,sucintamente, são os seguintes:

I. c om relação à erva mate in natura :

1. adquire diretamente dos produtores rurais, emoperação ao abrigo do diferimento previsto no art. 107 do RICMS,transformando-a em erva-mate cancheada nas unidades industriaisparanaenses;

2. o processo de secagem, canch eamento e ensaqueimplica custos de mão de obra, energia elétrica, le nha paraextrair a umidade e, adicionalmente, custo da depre ciação dosequipamentos de produção, os quais são somados ao v alor daaquisição do produto, para fins de composição do cu sto to tal;

3. quando da transferência para o Rio Grande do Sul ,

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adiciona ao valor do custo o ICMS, aplicando a alíq uota de 12%sobre o valor do custo unitário dividido por 0,88, para apurar ovalor do imposto devido na operação.

II. com relação a erva mate canch eada:

1. adquire de fornecedores paranaenses, que emitem anota fiscal de venda com o diferimento do ICMS, em cujo valorestão inclusos os custos de mão de obra, energia el étrica, lenha,cancheamento, depreciação de bens do ativo e lucro do fornecedor;

2. ao transferi-la à unidade gaúcha, adiciona ao valorde aquisição somente o ICMS a ser recolhido ao Esta do do Paraná(valor unitário dividido por 0,88 X 12%).

Defende que seus procedimentos estão de acordo com aLei Complementar nº 87/1996, e ao que preceit ua seu art. 13, §4º, incisos I e II.

Feitas estas considerações indaga:

a) está correto seu entendimento?

b) Qual a base de cálculo a ser utilizada natransferência interestadual de mercadoria adquirida comdiferimento em operação interna, sujeita a débit o de ICMS naoperação interestadual?

c) Está correto somar os custos de produção e o pró prioimposto ao preço da transferência, considerando a f órmula decálculo “por dentro” do ICMS?

RESPOSTA

A base de cálculo na transferência de mercadorias e ntreestabel ecimentos da mesma empresa em operação interestadua l estádisciplinada na Lei Complementar nº 87/1996, que es tabelece asregras gerais relativas ao ICMS, a serem observadas por todas asunidades federadas.

A matéria em questão já foi analisada diversas ve zespor este Setor Consultivo, conforme Consultas nº 17 5/99, nº002/2000, nº 056/2002 e nº 42/2008, entre outras. A ssim,

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transcreve-se excertos da Consulta nº 002/2000, cuj osfundamentos, ainda hoje, balizam o entendimento da Fazenda:

“[...]o art. 13, § 4º , da mesma Lei Complementar, determinaque a base de cálculo do imposto na saída paraestabelecimento localizado em outro Estado, pertenc ente aomesmo titular, é:

I - o valor correspondente à entrada mais recente d amercadoria;

II - o custo da mercadoria produzida, assim entendida a somado custo da matéria-prima, material secundário, mão -de-obrae acondicionamento;

III - tratando-se de mercadorias não industrializad as, o seupreço corrente no mercado atacadista do estabelecim entoremetente.

Como se trata a Consulente de estabelecimentoindustrializador, a saída de mercadorias por ela pr oduzidasse enquadra no inciso II acima transcrito, ou seja, a basede cálculo para as operações interestaduais de tran sferênciaé o custo da mercadoria que corresponde ao s omatório docusto da matéria-prima, material secundário, mão-de -obra eacondicionamento.

Em última etapa da análise da legislação que trata damatéria em debate, chegamos à Lei Estadual 11.580/9 6 quedispõe sobre o ICMS com base no art. 155, inc.II, § § 2º e 3ºda Constituição Federal e na Lei Complementar n.º 8 7 de 13de setembro de 1996.

O art. 6º, § 4º, inciso II desta Lei n.º 11.580/96, emconcordância literal com o ordenamento superior, as simdispôs:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

(...)

4º Na saída de mercadoria para estabelecimento localizado emoutra unidade federada, pertencente ao mesmo titula r, a basede cálculo do imposto é:

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I – o valor correspondente à entrada mais recente d amercadoria;

II – o custo da mercadoria produzida, assim entend ida a somado custo da matéria-prima, material secundário, mão -de-obrae acondicionamento;

III – tratando-se de mercadorias não industrializad as, opreço corrente no mercado atacadista do estabelecim entoremetente.

Destarte, a enumeração dos itens que comp õem o custo damercadoria produzida, e cuja soma serve como base d e cálculodo imposto, é taxativa, não podendo o contribuinte se furtardo que vem ali determinado.”

Do exposto, conclui-se que, no caso de mercadoriaindustrializada pela transferente, a ba se de cálculo correspondeao custo da mercadoria, assim entendida a soma do c usto damatéria-prima, material secundário, mão de obra eacondicionamento. No caso de mercadoria adquirida p ara revenda, abase de cálculo será o valor correspondente ao de s ua e ntradamais recente.

Por seu turno, o tema “cálculo do ICMS por dentro” jáfoi exaustivamente abordado por este Setor Consulti vo, quereiteradamente tem se manifestado no sentido de que o ICMSintegra a base de cálculo, devendo no preço unitári o do produtoestar embutida a parcela do imposto, conforme pode ser observadonas Consultas nº 220/98, nº 086/2000 e nº 002/2002, entre outras.

Importa frisar que o § 1º do art. 13 da LeiComplementar 87/96, aplica-se à todas as hipóteses de base decálculo relacionad as no artigo, conforme já manifestado por esteSetor Consultivo na Consulta nº 002/2002:

“No Estado do Paraná, a Lei n.º 11.580/96, institui dora doICMS, em seu art. 6.º, § 1.º, reproduzindo o contid o na LCn.º 87/96, artigo 13, § 1.º, inciso I, determina que integraa base de cálculo do ICMS, o montante do próprio im posto,constituindo o respectivo destaque mera indicação p ara finsde controle. Porém, não faz distinção entre as oper ações ou

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prestações, se de saídas, de entradas, importações, etc.,uma vez que trata de forma global o imposto, e não cada fa togerador isoladamente.

Assim, qualquer que seja o fato jurídico tributárioocorrido, caso esteja no campo de incidência do ICM S, ovalor do imposto a pagar deverá ser calculado nos t ermos dodispositivo legal acima referido.”

Feitas essas considerações, conclui-se que estáparcialmente correto o entendimento da consulente.

No caso de mercadoria industrializada pelatransferente, a base de cálculo será o custo da mer cadoria, nostermos do art. 6º, § 4º, i nciso II desta Lei n.º 11.580/96,estando correto o entendimento de que o ICMS deve i ntegrar omontante apurado.

Destaca-se que das rubricas indicadas pela consulen te,o valor correspondente à depreciação de equipamento s não poderácompor a soma de valore s para efeitos de definição da base decálculo, por não se enquadrar em nenhuma das catego rias de custosindicadas no dispositivo.

No caso de mercadoria adquirida já industrializada,para revenda, a base de cálculo para transferência será o valorcorrespon dente a sua entrada mais recente, integrando-se a e ste omontante do ICMS incidente na operação.

Ressalta-se que, em relação às mercadorias em quest ão,o valor do ICMS não se encontra incluso no montante pago porocasião da aquisição pela consulente, pois essa operação ocorreualbergada pelo instituto do diferimento, nos termos do item 29 doart. 101 do Regulamento do ICMS.

Logo, considerando que o valor da entrada não conte mplaqualquer valor a título de ICMS, à vista da regra d isposta no §1º do art. 6º da LC 87/1996, de observância obrigatória por todasunidades federadas, a não inclusão do valor do impo sto na base decálculo da transferência fere o preceito legal.

E, finalmente, está correto integrar ao custo de

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produção da mercadoria o valor do ICMS, c onsiderando-se a adiçãodo imposto “por dentro”.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclare cido.

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PROTOCOLO: 13.978.565-7

CONSULTA Nº: 064, de 17 de maio de 2016.

CONSULENTE: APUCARANA AUTO PEÇAS S.A.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. VENDA ACONSUMIDOR FINAL DOMICILIADO EM OUTRO ESTADO.OPERAÇÃO INTERNA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, cadastrada na atividade de comérciovarejista de automóveis, camionetas e utilitários, aduz terdúvida quanto ao diferencial de alíquotas nas venda s de veículose autopeças a consumidores finais não contribuintes domiciliadosem outros Estado s, questionando:

1. na venda presencial para não contribuintedomiciliado em outro Estado, quando o próprioadquirente retira o produto no local, como deveproceder?

2. Que CFOP deve utilizar para a emissão da nota fi scaleletrônica: aquele referente às “ saídas ou prestaçõesde serviços para o Estado” ou referente às “saí dasou prestações de serviços para outros Estados”?

RESPOSTA

Registre-se, inicialmente, a respeito da matéria or aanalisada, que a Emenda Constitucional n. 87/2015, implementadano inc iso VII do art. 2º e no inciso XV do art. 5º, da Le i n.11.580/1996, objetivou a repartição do ICMS devido nas operaçõesinterestaduais que destinem mercadorias a consumido res finais nãocontribuintes do imposto, de forma que o estado de origem fiquecom a parcela relativa à alíquota interestadual e o esta do dedestino com a diferença entre o imposto calculado p ela alíquotainterna e o devido ao estado de origem.

Com relação aos questionamentos da consulente, expõ e-seque o § 13 do art. 14 do Regulamento d o ICMS assim prevê:

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Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/ 2012

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pel a Lei n. 16.016/2008):

[...]

§ 13 São internas, para fins do disposto no inciso VII do“caput” do art. 2º, as operações com mercadorias en tregues aconsumidor final não contribuinte do imposto no ter ritóriodeste Estado, independentemente do seu domicílio ou da suaeventual inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS deoutra unidade federada.”

Segundo o dispositivo regulamentar transcrito, sãoconsideradas internas as operações com mercadorias entregues aconsumidor final não contribuinte do imposto no território desteEstado, independentemente do seu domicílio.

Logo, as “vendas no balcão” ou “vendas presenciais”ocorridas no estabelecimento da consulente situado no Paraná sãocaracterizadas como operações internas, seja qual f or o domicíliodos consumid ores finais não contribuintes, adquirentes dasmercadorias.

Vale ressaltar que o disposto nessa regra corrobora oentendimento já reiteradamente manifestado por este SetorConsultivo, como, por exemplo, na resposta à Consul ta n. 31/2014.

Por fim, em se t ratando de operações internas, o CFOPserá o “5.102”, para mercadorias não sujeitas à sub stituiçãotributária, ou o “5.405”, para mercadorias sujeitas àsubstituição tributária, conforme disposto no Anexo IV, Tabela I,do Regulamento do ICMS.

Dessa maneir a, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclar ecido.

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PROTOCOLO: 14.045.856-2.

CONSULTA Nº: 065, de 14 de junho de 2016.

CONSULENTE: WILVALE DE RIGO S.A.

SÚMULA: ICMS. MOSTRUÁRIO. OPERAÇÃO INTERESTADUAL.DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, com matriz no Estado de São Paulo efilial no Estado do Espírito Santo, ambas cadastrad as no SINTEGRAcom atividade fiscal CNAE 4649-4/99 (comércio ataca dista deoutros equipamentos e artigos de uso pessoal e domé stico nãoespecificados anter iormente), informa que se dedica à importaçãoe comercialização de produtos ópticos em geral, e q ue por contade sua atividade é contribuinte do ICMS, devendo ob servar asregras estabelecidas pela Emenda Constitucional nº 87 e peloConvênio ICMS 93, ambos de 2015, nas operações interestaduais comconsumidor final não contribuinte do imposto.

Esclarece que, para fins do desenvolvimento de suasatividades, remete aos seus representantes estabele cidos noParaná mostruários contendo um exemplar de cada um de se usprodutos (óculos de sol e armações de óculos, ambos com estojos)a cada mudança de coleção; que tais remessas devem retornar em 90dias da data do envio, conforme disposto nas cláusu las 3ª e 5ª doAjuste SINIEF 08, de 4 de julho de 2008, e que, com o o p eríodoabrangido pelas suas coleções é de doze meses, pror rogáveis pormais seis meses, se vê obrigada a fazer várias reme ssas eretornos físicos para cumprir o disposto no referid o ajuste.

Aduz que, até 31/12/2015, nas operações de remessatributava seus produtos com a alíquota interna do estado deorigem, conforme previsto no inciso III da cláusula 5ª do AjusteSINIEF 08, de 2008, creditando-se integralmente por ocasião doretorno.

Mas, a partir de 1º/01/2016, em face da EmendaConstitucional nº 87/2015, que alterou o inciso VII do § 2º do

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art. 155 da Constituição Federal, e do Convênio ICM S 93, de 2015,as operações interestaduais com consumidor final nã ocontribuinte, passaram a ser tributadas pela alíquo tainterestadual, cabendo ao estado de localização do destinatário oimposto correspondente a diferença entre a alíquota interna doestado de destino e a alíquota interestadual, obrig ando-apartilhar o ICMS entre o Paraná e os estados de ori gem (SP ouES), nas remessas de seus mostruários.

Expõe seu enten dimento de que esse diferencial dealíquotas não se aplicaria à remessa de mostruários arepresentantes comerciais, por não se caracterizar como operaçãomercantil, haja vista não ocorrer a transferência d e propriedadedas mercadorias aos destinatários, e, ainda, em função daobrigatoriedade de retorno a cada noventa dias, con formedetermina o Ajuste SINIEF 08, de 2008.

Requer a confirmação de sua conclusão, de que asdisposições do Convênio ICMS 93, de 2015, não se ap lica àsoperações interestaduais com mo struários destinados a nãocontribuintes.

RESPOSTA

Primeiramente, transcreve-se o art. 1º da EmendaConstitucional nº 87, de 16 de abril de 2015, com v igência desde1º de janeiro de 2016, que alterou os incisos VII e VIII do § 2ºdo art. 155 da Constituiçã o Federal, que tratam da sistemática decobrança do ICMS sobre as operações e prestações qu e destinembens e serviços a consumidor final, contribuinte ou não doimposto, localizado em outro Estado:

“Art. 1º Os incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 daConstituição Federal passam a vigorar com as seguintesalterações:

"Art.155................................................ ....................................

................................................... ........

........................................ .......

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§2º................................................. ...........................................

................................................... ........

...............................................

VII - nas operações e prestações que destine m bens eserviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto,localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquotainterestadual e caberá ao Estado de localização dodestinatário o imposto correspondente à diferença e ntre aalíquota interna do Estado destinatário e a alíquotainterestadual;a) (revogada);

b) (revogada);

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do impo stocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual de que trata o inciso VII será atribu ída:

a) ao destinatári o, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for cont ribuintedo imposto;”

Em atenção ao disposto na emenda constitucional for amacrescentados à Lei n. 11.580/1996, pela Lei n. 18. 573/2015, comvigência desde 1º de janeiro de 2016, os dispositivos abaixotranscritos:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

(...)

VII - operações e prestações iniciadas em outra uni dade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado.

(...)

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

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(...)

XV - da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

(...)

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual.”

O Convênio ICMS 93, de 17 de setembro de 2015 , queproduziu efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016, com relação aremessa de bens estabelece que:

“Cláusula segunda. Nas operações e prestações de se rviço deque trata este convênio, o contribuinte que as real izardeve:

I - se remetente do bem:

a) ut ilizar a alíquota interna prevista na unidade feder adade destino para calcular o ICMS total devido na ope ração;

b) utilizar a alíquota interestadual prevista para aoperação, para o cálculo do imposto devido à unidad efederada de origem;

c) recolher, para a unidade federada de destino, o impostocorrespondente à diferença entre o imposto calculad o naforma da alínea “a” e o calculado na forma da alíne a “b”;”

De acordo com os normativos transcritos, oestabelecimento que destinar mercadoria a consumido r fin al nãocontribuinte do ICMS localizado neste Estado, é con tribuinte doEstado do Paraná, relativamente ao imposto correspo ndente àdiferença entre a alíquota interna e a interestadua l.

Assim, com relação à remessa de mostruários, aconsulente deverá contin uar obedecendo os deveres instrumentais

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dispostos no Ajuste SINIEF 08/2008, eis que o mesmo continuavigente.

Ressalte-se, todavia, que no tocante ao recolhiment o doICMS deverá ser observada a legislação supervenient e, disposta noinciso I da cláusula seg unda do Convênio ICMS 93/2015, observadaa regra de transição de que trata a cláusula décima do mesmoconvênio, implementada no art. 327-G do RICMS.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.984.951-5.

CONSULTA Nº: 066, de 7 de junho de 2016.

CONSULENTE: GT ESSENCIAS PARA SORVETES LTDA.

SÚMULA: ICMS. ESSÊNCIA PARA SORVETES. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATOR: GABRIEL ARGOLO MATOS ROCHA

A consulente, que tem como atividade cadastrada ocomércio atacadista de sorvetes (CNAE 4637-1/06), r elata quefabrica e comercializa essências para sorvetes em o peraçõesinternas e interestaduais.

Solicita esclarecimentos com relação à alteração 93 4ª,pr omovida pelo Decreto n. 3.530/2016 no Regulamento d o ICMS,referente aos produtos classificados no código NCM 2106.90.2,questionando se tais mercadorias se sujeitam à sist emática dasubstituição tributária nas operações internas e na sinterestaduais desti nadas a revendedores paulistas.

RESPOSTA

A alteração 934ª, prevista no Decreto n. 3.530/2016 , dánova redação à tabela de que trata o § 1º do art. 6 8 do Anexo Xdo RICMS apenas para adicionar a coluna CEST (Códig oEspecificador de Substituição Tributária), que tem como objetivoidentificar a mercadoria passível de sujeição aos r egimes desubstituição tributária e de antecipação do recolhi mento doimposto, relativos às operações subsequentes (Convê nio ICMS92/2015), conforme dispõe o art. 1º do Anexo XIII d o RICMS/2012.

As regras relativas à substituição tributária emoperações com sorvetes estão disciplinadas nos arti gos 67 e 68 doAnexo X do RICMS/2012, in verbis :

“Art. 67. Ao estabelecimento industrial ou importad or, quepromover saídas dos produtos relaci onados no § 1º do art.68, com destino a revendedores localizados em terri tórioparanaense, fica atribuída a condição de sujeito pa ssivo por

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substituição para efeitos de retenção e recolhiment o doimposto devido pelas saídas subsequentes realizadas porest abelecimento atacadista ou varejista (Protocolo ICM S20/2005).

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída aosestabelecimentos localizados nos Estados do Acre, A lagoas,Amapá, Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Maranhão, MatoGrosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Par aíba,Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do No rte, RioGrande do Sul, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, S ão Paulo,Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal, inclusiveata cadista ou distribuidor (Protocolos ICMS 20/2005,61/2008, 223/2012, 57/2013 e 123/2013).

Art. 68. A base de cálculo para a retenção do impos to será opreço máximo ou único de venda a ser praticado pelocontribuinte substituído, fixado por autoridade com petenteou sugerido pelo fabricante ou importador.

§1º Na hipótese de não haver preço fixado ou sugeri do, abase de cálculo para a retenção do imposto será o m ontanteformado pelo preço praticado pelo industrial, impor tador,depósito ou atacadista, incluídos o frete até oestabelecimento varejista, o IPI e as demais despes asdebitadas ao destinatário, adicionado do valor resu ltante daaplicação dos seguintes percentuais:

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

1 23.001.00

2105.00

Sorvetes dequalquerespécie,inclusivesa nduíches desorvetes

2 23.002.00

18.06

19.01

Preparadosparafabricação de

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21.06

fabricação desorvetes emmáquinas

...”

Denota-se da legislação antes mencionada, portanto, queos produtos que se enquadram na descrição (“Prepara dos parafabricação de sorvetes em máquina s”) e nas NCM indicadas (18.06,19.01 ou 21.06), conforme prevê o item 2 da tabela constante do§1º do art. 68 do RICMS/2012, estão sujeitos ao reg ime desubstituição tributária nas operações internas.

Com relação às operações interestaduais, deve aconsu lente atentar para as disposições contidas no Proto colo ICMS20/2005, assim como para o previsto na legislação v igente noestado de destino.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobse rvar o disposto no artigo 664 do RICMS/2012.

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PROTOCOLO: 14.004.462-8.

CONSULTA Nº: 067, de 9 de junho de 2016.

CONSULENTE: PAULA BASTOS COMÉRCIO DE ACESSÓRIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. FECOP. SIMPLES NACIONAL.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, com atividade econômica principal decomércio varejista de artigos de joalheria, informa ser optantepelo Simples Nacional.

Apresenta dúvida baseada no Anexo XII do Regulament o doICMS, aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28 de sete mbro de 201 2,que dispõe sobre o adicional do imposto destinado a o FundoEstadual de Combate à Pobreza – FECOP.

Questiona se empresa optante pelo Simples Nacional, nasvendas em operações internas destinadas a consumido r final, deverecolher o adicional de 2% para o FECOP.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012,pertinentes ao questionamento da consulente:

“ANEXO XII

DO ADICIONAL DO IMPOSTO DESTINADO AO FUNDO ESTADUAL DECOMBATE À POBREZA DO PARANÁ - FECOP

Art. 1.º Para o financiamento do Fundo Estadual de Combate àPobreza do Paraná – FECOP, instituído pela Lei n. 1 8.573, de30 de setembro de 2015, nas operações internas dest inadas aconsumidor final com os produtos a seguir relacion ados, asalíquotas previstas no § 12 do art. 14 deste Regula mentodeverão ser adicionadas de dois pontos percentuais (Art.14-A da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996):

I - água mineral (NCM 22.01);

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II - águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou d e outrosedulcorantes ou aromatizadas, refrigerantes, refres cos eoutros, cervejas sem álcool e isotônicos (NCM 22.02 );

III – artefatos de joalheria e de ourivesaria, e su as partes(NCM 71.13 e 71.14);

IV - cervejas, chopes e bebidas alcoólicas (NCM 22. 03.22.04, 22.05, 22.06 e 22.08);

V - fumo e sucedâneos, manufaturados (NCM 24.02 e 2 4.03);

VI - gasolina, exceto para aviação;

VII - perfumes e cosméticos (NCM 33.03, 33.04, 33.0 5 exceto3305.10.00, e 33.07 exceto 3307.20);

VIII - produtos de tabacaria (NCM 2 4.01 a 24.99).

Art. 2.º Relativamente ao adicional de que trata es te Anexo:

I - não se aplica qualquer benefício ou incentivo f iscal,financeiro fiscal ou financeiro, diferimento ou sus pensão doimposto previstas na legislação tributária;

II - aplica-se, t ambém, nas operações:

a) submetidas ao regime da substituição tributária, emrelação às operações subsequentes;

(...)

Art. 3.º O recolhimento do adicional de que trata este Anexodeverá ser realizado pelo contribuinte que promover :

I - operação submetida a o regime da substituição tributária ,na condição de substituto tributário, em que o dest inatárioda mercadoria esteja situado no Estado do Paraná;

(...)

VI - operação interna , não sujeita ao regime de substituiçãotributária, destinada a consumidor final .

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Parágrafo único. O disposto previsto no inciso I do “caput”se aplica:

I - inclusive na hipótese da atribuição da condição desubstituto tributário por meio de regime especial;

II - ao contribuinte que receber mercadoria sujeita aoregime de substituição t ributária, sem retenção do imposto,de remetente que não seja ou tenha deixado de ser e leitosubstituto, observado o art. 11 do Anexo X desteRegulamento.”

Depreende-se dos normativos transcritos que o adici onalde 2% para o FECOP deve ser recolhido nas op erações com asmercadorias listadas no art. 1º do Anexo XII do RIC MS, nasoperações internas destinadas a consumidor final (c ontribuinte ounão do imposto).

Registre-se que, sendo a consulente estabelecimentocomercial varejista, que adquire mercadorias pa ra revenda, naqualidade de substituída tributária, não está sujei ta aorecolhimento do adicional mencionado.

Relativamente às mercadorias não sujeitas àsubstituição tributária, também não cabe à consulen te recolher oFECOP, pois o contribuinte optante pe lo Simples Nacional apura oimposto devido nas operações que pratica em conform idade com oestabelecido no Anexo VIII do Regulamento do ICMS e não peloregime normal.

O contribuinte enquadrado no Simples Nacional dever áobservar as disposições relativas ao FECOP quando for eleitosubstituto tributário. Nesse caso, juntamente com o impostoretido relativamente às operações subsequentes deve observar asregras relativas a esse adicional.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.873.204-5.

CONSULTA Nº: 068, de 7 de junho de 2016.

CONSULENTE: INPLASUL INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS SUDOESTE LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERNAS. EMBALAGENS PARAENVASE DE ALIMENTOS. DIFERIMENTO OPCIONAL.CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, enquadrada no regime normal de pagame ntodo imposto, atua na fabricação de embalagens de mat erial plástico(CNAE 2222-6/00) e de laminados planos e tubulares de materialplástico (CNAE 2221-8/00).

Reporta-se à alteração 752ª do Regulamento do ICMS,introduzida pelo art. 1º do Decreto nº 2.868/2015, com efeitos apartir de 1º/12/2015, aduzindo ter dúvida quanto à aplicação dodiferimento previsto no art. 107, item 81, do RICMS , e do créditopresumido de que trata o item 29-A do Anexo III do mesmoregulamento, nas operações internas com os produtos classificadosnas NCM 3920.10.90 e 3923.21.90, por ela fabricados ecomercializados.

RESPOSTA

A legislação de regência pertinente à matériaquestionada assim dispõe:

“RICMS

[…]

Art. 107. Sem prejuízo d as disposições específicas previstasneste Regulamento, são abrangidas pelo diferimento asseguintes mercadorias:

[…]

81. embalagens para envase de alimentos, observado odisposto no § 21;

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Nova redação dada ao item 81 do art. 107 pelo art. 1º,alteração 75 2ª, do Decreto n. 2.868, de 24.11.2015, emvigor em 25.11.2015, produzindo efeitos a partir de1º.12.2015.

Redação original em vigor de 1º.10.2012 até30.11.2015:

"81. embalagens para envase de alimentos;"

[...]

§ 14. O diferimento previsto no item 81 é op cional e seaplica exclusivamente nas operações internas entre oestabelecimento fabricante da embalagem e o industr ialusuário da mesma.

[...]

§ 21. O diferimento previsto no item 81 não alcança osprodutos indicados no item 29-A do Anexo III.

Nova redaçã o dada ao § 21 do art. 107 pelo art. 1º,alteração 998ª, do Decreto n. 4.286, de 2.6.2016,produzindo efeitos a partir de 3.6.2016 (publicação ).

Redação anterior acrescentada pelo art. 1º, alteraç ão752ª, do Decreto n. 2.868, de 24.11.2015, produzind oefei tos de 1º.12.2015 até 2.6.2016:

'§ 21. O diferimento previsto no item 81 não se apl icanas operações promovidas por estabelecimentosfabricantes que utilizem o crédito presumido previs tono item 29-A do Anexo III.'

[...]

ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

[...]

29-A. Até 30.04.2017, aos estabelecimentos fabrican tes dosprodutos a seguir relacionados, com as respectivasclassificações na NCM, em percentual que resulte na carga

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tributária correspondente a 8% (oito por cento) sob re assaídas internas e interestadua is desses produtos:

a) 3920.10.90 – FILMES PLÁSTICOS – com e sem impres são naforma tubular – encolhível, uso comum e técnico; fi lmesplásticos com e sem impressão em folha, uso comum e técnico;sacos industriais – reembalagens – solda fundo, bei ralateral e lateral; filmes picotados e soldados em forma desaco; filmes plásticos para revestimento, uso comum etécnico, com e sem impressão;

Acrescentada a alínea "a" ao "caput" do item 29-A a oAnexo III, pelo art.1º, alteração 408ª do Decreto11.960 de 21.08.2 014, produzindo efeitos a partir de1º.09.2014.

b) 3923.21.90 – sacos e sacolas com solda lateral, fundo ebeira lateral, com e sem impressão; sacos paraacondicionamento de lixo, com solda lateral, fundo e beiralateral; sacolas plásticas com e sem impres são.

Notas:

1. o crédito presumido de que trata este item:

[…]

1.2. não se aplica:

Acrescentado o "caput" da subnota 1.2 à nota 1 do i tem29-A do Anexo III pelo art. 1º, alteração 689ª, doDecreto n. 2.175, de 14.08.2015, em vigor em17.08.2015, produzindo efeitos a partir de 1º.09.2015.

1.2.1.

Revogada a subnota 1.2.1 da nota 1 do item 29-A doAnexo III pelo art. 1º, alteração 820ª , do Decreto n.2.868, de 24.11.2015, em vigor em 25.11.2015,produzindo efeitos a partir de 1º.12.2015.

Redação anterior acres centada pelo art. 1º, alteração689ª, do Decreto n. 2.175, de 14.08.2015, em vigor em17.08.2015, produzindo efeitos de 1º.09.2015 até

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30.11.2015:

"1.2.1. na operação de saída abrangida pelodiferimento do pagamento do imposto prevista no ite m81 do art. 1 07;"”.

A dúvida apresentada pela consulente diz respeito àrevogação, pelo art. 1º do Decreto n. 2.868/2015, d a subnota1.2.1 do item 29-A do Anexo III do RICMS, que dispu nha não seraplicável o crédito presumido estabelecido nesse it em na operaçãode saíd a abrangida pelo diferimento do pagamento do impost oprevista no item 81 do art. 107.

Concomitantemente a essa revogação, por meio do mes modecreto antes citado, foi acrescentado o § 21 ao ar t. 107 doRICMS, com a seguinte redação: O diferimento previsto n o item 81não se aplica nas operações promovidas por estabele cimentosfabricantes que utilizem o crédito presumido previs to no item29-A do Anexo III.

Depreende-se dessas regras, vigentes a partir de1º/12/2015, que, em sendo o diferimento previsto no item 81 doart. 107 opcional, segundo dispõe o § 14 do mesmo a rtigo, ofabricante de embalagens para envase de alimentos, nas saídasinternas destinadas a industrial usuário da mesma, poderia optarpelo crédito previsto no item 29-A do Anexo III, co nformepres crito no § 21, com redação vigente até 2/6/2016. Ne ssahipótese, restava afastada a prática do diferimento .

Todavia, com a nova redação dada ao § 21 do art. 10 7 doRICMS pelo Decreto nº 4.286/2016, em vigor a partir de 3/6/2016,foram excluídos do diferime nto os produtos contemplados pelocrédito presumido de que trata o item 29-A do Anexo III do RICMS.

Registre-se, por oportuno, que a apropriação de cré ditopresumido, vinculado a saída, está condicionada à r ealização deoperação com débito de ICMS, sendo p rática irregular a cumulaçãode regra de diferimento com utilização de crédito p resumido,conforme já manifestado por este Setor Consultivo ( precedentes:Consultas nº 64/2011 e nº 16/2010).

Assim, caso tenha procedido de forma diversa da aci ma

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exposta, a c onsulente dispõe do prazo de 15 dias, contados dadata da sua ciência a respeito da presente resposta , pararealizar os ajustes pertinentes, na forma do art. 6 64 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.907.903-5.

CONSULTA Nº: 069, de 10 de maio de 2016.

CONSULENTE: A. YOSHI ENGENHARIA E CONSTRUÇÕES LTDA.

SÚMULA: ICMS. BENS DO ATIVO IMOBILIZADO, DE CONSUMO EINSUMOS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NÃO SUJEITOAO ICMS, ORIUNDOS DE OUTRO ESTADO. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, cadastrada na atividade de construçãocivil, informa que está obrigada a manter inscrição no CAD/ICMSpara cumprimento das obrigações previstas no art. 3 47 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080 /2012.

Esclarece que não incorre nas hipóteses de incidênciatributária relativas ao ICMS, excetuando-se, quando aplicável, odiferencial de alíquotas em relação à aquisição de bens paraconsumo ou ativo imobilizado.

Expõe que registra as entradas de materiais ou insu mosdestinados às ob ras de construção civil como entradas demercadorias para utilização na prestação de serviço sujeita aoimposto municipal (CFOP 1.128/2.128).

Entende que, com as alterações trazidas pela EmendaConstitucional n. 87/2015, disciplinadas pelo Convê nio ICMS n .93, de 17 de setembro de 2015, e introduzidas na Le i n.11.580/1996 pelos artigos 51 e 52 da Lei n. 18.573, de 30 desetembro de 2015, está sujeita ao recolhimento do d iferencial dealíquotas previsto nos dispositivos citados nas aqu isiçõesinterestaduai s das mercadorias antes mencionadas.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da Lei n. 11.580/199 6 edo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012

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(RICMS) pertinentes aos questionamentos da consule nte:

Lei n. 11.580/1996

“Art. 2º O imposto incide sobre:

[...]

VII - operações e prestações iniciadas em outra unidade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

Acrescentado o inciso VII ao art. 2º pelo inciso I, art. 50,da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10. 2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

(...)

XV - da realização de operações e pre stações iniciadas emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

Acrescentado o inciso XV ao art. 5º pelo inciso III , art.50, da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual. (Ver art. 51 da Lei 18.573/2015)

Acrescentado o § 7º ao art. 5º pelo inciso III, art . 50, daLei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.201 5,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)" (grifado)

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Regulamento do ICMS

“CAPÍTULO V-A

DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS COM BENS ESERVIÇOS DESTINADAS A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DOIMPOSTO LOCALIZADO NO ESTADO DO PARANÁ

Acrescentado o Capítulo V-A ao Título III pelo art. 1º,alteração 883ª, do Decreto n. 3.208, de 23.12.2015, em vigorem 23.12.2015, produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

Art. 327-A. Nas operações e prestações interestadua is quedestinem bens e serviços a consumidor final não con tribuintedo imposto localizado no Estado do Paraná devem serobservadas as disposições previstas neste Capítulo (ConvênioICMS 93/2015).”

Conforme informado pela consulente, a atividade quedesenvolve é de construção civil, que não está subm etida àincidência do tributo estadual, exceto se produzir mercadoriafora do local da prestação de serviços.

Logo, n o exercício dessa atividade que relata, suacondição é de consumidor final não contribuinte do imposto quandoadquire insumos e bens para emprego em obras que ex ecuta.Registre-se que o fato de possuir inscrição estadua l para efeitosde cumprimento de obri gações acessórias não altera sua condiçãode não contribuinte do ICMS (precedentes: Consultas n. 87/1989,n. 187/2000, n. 55/2014).

Portanto, até dezembro de 2015, de acordo com a alí nea“a” do inc. VIII do parágrafo 2º do art. 155 da Con stituição daRepública Federativa do Brasil, as aquisições de mercado rias emoperações interestaduais, para consumidor final não contribuintedo ICMS, se submetiam à alíquota interna vigente na unidadefederada de origem.

A partir de janeiro de 2016, com a nova redação dat a aoart. 155, § 2º, incisos VII e VIII da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, para essas mesmas operações i nterestaduaisem que a consulente se encontra na condição de cons umidora final

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não contribuinte do ICMS, não obstante possuir insc rição e stadualpara cumprimento de obrigações acessórias, o fornec edor deveobservar as regras e procedimentos de apuração e re colhimento dodiferencial de alíquotas, nos termos do Capítulo V- A do TítuloIII do Regulamento do ICMS/2012, que regulamentou o Convêni o ICMS93/2015.

Nessa hipótese, a responsabilidade pelo pagamento d odiferencial de alíquotas ao Estado do Paraná é do r emetente, nostermos do Convênio ICMS 93/2015, cuja matéria está regulamentadanos artigos 327-A a 327-H do Regulamento do ICMS.

Dessa m aneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, cabe obser var o dispostono artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o p razo de atéquinze dias para a adequação dos procedimentos já r ealizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.921.768-3.

CONSULTA Nº: 070, de 10 de maio de 2016.

CONSULENTE: A. YOSHI MARINGÁ ENGENHARIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. BENS DO ATIVO IMOBILIZADO, DE CONSUMO EINSUMOS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NÃO SUJEITOAO ICMS, ORIUNDOS DE OUTRO ESTADO. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, cadastrada na atividade de construçãocivil, informa que está obrigada a manter inscrição no CAD/ICMSpara cumprimento das obrigações previstas no art. 3 47 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080 /2012.

Esclarece que não incorre nas hipóteses de incidênciatributária relativas ao ICMS, excetuando-se, quando aplicável, odiferencial de alíquotas em relação à aquisição de bens paraconsumo ou ativo imobilizado.

Expõe que registra as entradas de materiais ou insu mosdestinados às ob ras de construção civil como entradas demercadorias para utilização na prestação de serviço sujeita aoimposto municipal (CFOP 1.128/2.128).

Entende que, com as alterações trazidas pela EmendaConstitucional n. 87/2015, disciplinadas pelo Convê nio ICMS n .93, de 17 de setembro de 2015, e introduzidas na Le i n.11.580/1996 pelos artigos 51 e 52 da Lei n. 18.573, de 30 desetembro de 2015, está sujeita ao recolhimento do d iferencial dealíquotas previsto nos dispositivos citados nas aqu isiçõesinterestaduai s das mercadorias antes mencionadas.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da Lei n. 11.580/199 6 edo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012

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(RICMS) pertinentes aos questionamentos da consule nte:

Lei n. 11.580/1996

“Art. 2º O imposto incide sobre:

[...]

VII - operações e prestações iniciadas em outra unidade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

Acrescentado o inciso VII ao art. 2º pelo inciso I, art. 50,da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10. 2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

(...)

XV - da realização de operações e pre stações iniciadas emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

Acrescentado o inciso XV ao art. 5º pelo inciso III , art.50, da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual. (Ver art. 51 da Lei 18.573/2015)

Acrescentado o § 7º ao art. 5º pelo inciso III, art . 50, daLei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.201 5,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)” (grifado)

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Regulamento do ICMS

“CAPÍTULO V-A

DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS COM BENS ESERVIÇOS DESTINADAS A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DOIMPOSTO LOCALIZADO NO ESTADO DO PARANÁ

Acrescentado o Capítulo V-A ao Título III pelo art. 1º,alteração 883ª, do Decreto n. 3.208, de 23.12.2015, em vigorem 23.12.2015, produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

Art. 327-A. Nas operações e prestações interestadua is quedestinem bens e serviços a consumidor final não con tribuintedo imposto localizado no Estado do Paraná devem serobservadas as disposições previstas neste Capítulo (ConvênioICMS 93/2015).”

Conforme informado pela consulente, a atividade quedesenvolve é de construção civil, que não está subm etida àincidência do tributo estadual, exceto se produzir mercadoriafora do local da prestação de serviços.

Logo, n o exercício dessa atividade que relata, suacondição é de consumidor final não contribuinte do imposto quandoadquire insumos e bens para emprego em obras que ex ecuta.Registre-se que o fato de possuir inscrição estadua l para efeitosde cumprimento de obri gações acessórias não altera sua condiçãode não contribuinte do ICMS (precedentes: Consultas n. 87/1989,n. 187/2000, n. 55/2014).

Portanto, até dezembro de 2015, de acordo com a alí nea“a” do inc. VIII do parágrafo 2º do art. 155 da Con stituição daRepública Federativa do Brasil, as aquisições de mercado rias emoperações interestaduais, para consumidor final não contribuintedo ICMS, se submetiam à alíquota interna vigente na unidadefederada de origem.

A partir de janeiro de 2016, com a nova redação dat a aoart. 155, § 2º, incisos VII e VIII da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, para essas mesmas operações i nterestaduaisem que a consulente se encontra na condição de cons umidora final

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não contribuinte do ICMS, não obstante possuir insc rição e stadualpara cumprimento de obrigações acessórias, o fornec edor deveobservar as regras e procedimentos de apuração e re colhimento dodiferencial de alíquotas, nos termos do Capítulo V- A do TítuloIII do Regulamento do ICMS/2012, que regulamentou o Convêni o ICMS93/2015.

Nessa hipótese, a responsabilidade pelo pagamento d odiferencial de alíquotas ao Estado do Paraná é do r emetente, nostermos do Convênio ICMS 93/2015, cuja matéria está regulamentadanos artigos 327-A a 327-H do Regulamento do ICMS.

Dessa m aneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, cabe obser var o dispostono artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o p razo de atéquinze dias para a adequação dos procedimentos já r ealizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.907.905-1.

CONSULTA Nº: 071, de 10 de maio de 2016.

CONSULENTE: YTICON CONSTRUÇÃO E INCORPORAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. BENS DO ATIVO IMOBILIZADO, DE CONSUMO EINSUMOS PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO NÃO SUJEITOAO ICMS, ORIUNDOS DE OUTRO ESTADO. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, cadastrada na atividade de construçãocivil, informa que está obrigada a manter inscrição no CAD/ICMSpara cumprimento das obrigações previstas no art. 3 47 doRegulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080 /2012.

Esclarece que não incorre nas hipóteses de incidênciatributária relativas ao ICMS, excetuando-se, quando aplicável, odiferencial de alíquotas em relação à aquisição de bens paraconsumo ou ativo imobilizado.

Expõe que registra as entradas de materiais ou insu mosdestinados às ob ras de construção civil como entradas demercadorias para utilização na prestação de serviço sujeita aoimposto municipal (CFOP 1.128/2.128).

Entende que, com as alterações trazidas pela EmendaConstitucional n. 87/2015, disciplinadas pelo Convê nio ICMS n .93, de 17 de setembro de 2015, e introduzidas na Le i n.11.580/1996 pelos artigos 51 e 52 da Lei n. 18.573, de 30 desetembro de 2015, está sujeita ao recolhimento do d iferencial dealíquotas previsto nos dispositivos citados nas aqu isiçõesinterestaduai s das mercadorias antes mencionadas.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos da Lei n. 11.580/199 6 edo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012

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(RICMS) pertinentes aos questionamentos da consule nte:

Lei n. 11.580/1996

“Art. 2º O imposto incide sobre:

[...]

VII - operações e prestações iniciadas em outra unidade daFederação que destinem bens e serviços a consumidor finalnão contribuinte do imposto localizado neste Estado .

Acrescentado o inciso VII ao art. 2º pelo inciso I, art. 50,da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10. 2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

(...)

XV - da realização de operações e pre stações iniciadas emoutra unidade da Federação que destinem bens e serv iços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

Acrescentado o inciso XV ao art. 5º pelo inciso III , art.50, da Lei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.2015,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá ao remetente ou aoprestador a responsabilidade pelo recolhimento do i mpostocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual. (Ver art. 51 da Lei 18.573/2015)

Acrescentado o § 7º ao art. 5º pelo inciso III, art . 50, daLei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.201 5,produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

(...)” (grifado)

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Regulamento do ICMS

“CAPÍTULO V-A

DAS OPERAÇÕES E PRESTAÇÕES INTERESTADUAIS COM BENS ESERVIÇOS DESTINADAS A CONSUMIDOR FINAL NÃO CONTRIBUINTE DOIMPOSTO LOCALIZADO NO ESTADO DO PARANÁ

Acrescentado o Capítulo V-A ao Título III pelo art. 1º,alteração 883ª, do Decreto n. 3.208, de 23.12.2015, em vigorem 23.12.2015, produzindo efeitos a partir de 1º.1.2016.

Art. 327-A. Nas operações e prestações interestadua is quedestinem bens e serviços a consumidor final não con tribuintedo imposto localizado no Estado do Paraná devem serobservadas as disposições previstas neste Capítulo (ConvênioICMS 93/2015).”

Conforme informado pela consulente, a atividade quedesenvolve é de construção civil, que não está subm etida àincidência do tributo estadual, exceto se produzir mercadoriafora do local da prestação de serviços.

Logo, n o exercício dessa atividade que relata, suacondição é de consumidor final não contribuinte do imposto quandoadquire insumos e bens para emprego em obras que ex ecuta.Registre-se que o fato de possuir inscrição estadua l para efeitosde cumprimento de obri gações acessórias não altera sua condiçãode não contribuinte do ICMS (precedentes: Consultas n. 87/1989,n. 187/2000, n. 55/2014).

Portanto, até dezembro de 2015, de acordo com a alí nea“a” do inc. VIII do parágrafo 2º do art. 155 da Con stituição daRepública Federativa do Brasil, as aquisições de mercado rias emoperações interestaduais, para consumidor final não contribuintedo ICMS, se submetiam à alíquota interna vigente na unidadefederada de origem.

A partir de janeiro de 2016, com a nova redação dat a aoart. 155, § 2º, incisos VII e VIII da Constituição da RepúblicaFederativa do Brasil, para essas mesmas operações i nterestaduaisem que a consulente se encontra na condição de cons umidora final

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não contribuinte do ICMS, não obstante possuir insc rição e stadualpara cumprimento de obrigações acessórias, o fornec edor deveobservar as regras e procedimentos de apuração e re colhimento dodiferencial de alíquotas, nos termos do Capítulo V- A do TítuloIII do Regulamento do ICMS/2012, que regulamentou o Convêni o ICMS93/2015.

Nessa hipótese, a responsabilidade pelo pagamento d odiferencial de alíquotas ao Estado do Paraná é do r emetente, nostermos do Convênio ICMS 93/2015, cuja matéria está regulamentadanos artigos 327-A a 327-H do Regulamento do ICMS.

Dessa m aneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, cabe obser var o dispostono artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o p razo de atéquinze dias para a adequação dos procedimentos já r ealizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.800.551-8.

CONSULTA Nº: 072, de 14 de junho de 2016.

CONSULENTE: TOLEAR AR CONDICIONADO AUTOMOTIVO LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA E INSTALAÇÃO DE AR CONDICIONADO EMVEÍCULO AUTOMOTOR, SOB ENCOMENDA DEREVENDEDOR. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.APLICABILIDADE.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo regime do Simple sNacional e cadastrada na atividade de fabricação de aparelhos eequipamentos de ar condicionado para uso não indust rial, informaque recebe veículos novos de concessionárias, para instalação deaparelho de ar condicionado e que, executado o serviço, emit e anota fiscal de venda dos produtos utilizados, com r etenção doICMS devido por substituição tributária.

Expõe, no entanto, que a concessionária, ao revende r oveículo novo, não lista seus componentes n a nota fiscal, como,por exemplo, o aparelho de ar condicionado.

Do exposto, questiona a obrigatoriedade da retenção doimposto por substituição tributária na operação ora descrita.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pe lo Decreto n. 6.080/2012, pertinentes aoquestionamento da consulente:

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

(...)

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

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Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da NCM, de uso especificamente automoti vo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômico,sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento deindústria ou comércio de veículos automotores terre stres,bem como pela indústria ou comércio de veículos, má quinas eequipamentos a grícolas ou rodoviários, ou de suas peças,partes, componentes e acessórios, com destino a rev endedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tenção erecolhimento do ICMS relativo à s operações subsequentes(Protocolos ICMS 83/2008 e 41/2014):

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

(...)

35 01.036.00

8415.20

Máquinas eaparelhosde arcondicionado

(...)”.

Inicialmente, expõe-se que, nas remessas de veículo snovos às concessionárias, a tributação do ICMS atinge o preçosugerido pelo fabricante, cujo montante não inclui o valor dosacessórios posteriormente instalados.

A instalação pela consulente de aparelhos de arcondicionado em veículos a serem revendidos, consti tui-seatividade inserida no cicl o econômico do setor automotivo, poissão acessórios que lhes agregam valor.

Assim, ainda que a nota fiscal emitida pelaconcessionária para documentar a venda do veículo n ão discrimine

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especificamente o aparelho de ar condicionado insta lado, seupreço fin al certamente é superior àquele sugerido pelo fabri canteao veículo que não possui tal acessório.

Dessa forma, a venda do sistema de ar condicionadodesenvolvido pela consulente, instalado sob encomen da em veículoautomotor que será objeto de venda subseq uente, amolda-se aoconceito de industrialização, sendo a consulente, p ortanto,sujeito passivo por substituição tributária (preced ente: Consultan. 28/2012).

Logo, correta a retenção do imposto relativo à oper açãosubsequente.

Registre-se, por fim, que q uando o encomendante forconsumidor final, pessoa física ou jurídica, a oper ação não sesubmete à substituição tributária, devendo ser calc ulado oimposto de acordo com as regras previstas no Anexo VIII doRegulamento do ICMS.

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PROTOCOLO: 14.021.644-5.

CONSULTA Nº: 073, de 19 de maio de 2016.

CONSULENTE: FREEART SERAL BRASIL METALÚRGICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. REFRIGERADORES DE USO NÃO DOMÉSTICO.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente, domiciliada em outra unidade federada ,informa que tem como objeto social a industrializaç ão ecomercialização de máquinas e equipamentos para ref rigeraçãoindustrial e/ou comercial, especialmente refrigerad ores,expositores e balcões frigorí ficos classificados no código8418.50.90 da NCM, os quais devem ser consideradosrefrigeradores, pois têm a finalidade de conservar resfriados osalimentos armazenados.

Entende que a Emenda Constitucional n. 87/2015 nãotrouxe alteração quanto à sistemáti ca da substituição tributáriarelativamente a tais mercadorias, mas apenas quanto aodiferencial de alíquotas nas operações a consumidor es finais nãocontribuintes do ICMS.

Cita como dispositivo da legislação que gera suadúvida, o art. 15 do Anexo X do RI CMS, relativamente aos produtosclassificados no código 8418.50.90 da NCM, com desc rição “outroscongeladores” (“freezers”).

Menciona a consulta por ela efetuada anteriormente aesse respeito e indaga se houve mudança de entendim ento quanto ànão submissã o de tais produtos ao regime da substituiçãotributária, em razão das alterações introduzidas na legislação doICMS a partir de 1º/1/2016, conforme anteriormente mencionado.

RESPOSTA

Inicialmente, registra-se que a Emenda Constitucion aln. 87, de 16 de ab ril de 2015, introduziu alterações ao § 2º do

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art. 155 da Constituição Federal, para tratar da si stemática decobrança do ICMS incidente sobre as operações e pre stações quedestinem bens e serviços a consumidor final, contri buinte ou nãodo imposto, locali zado em outro Estado.

Logo, referida norma não diz respeito à sistemática dasubstituição tributária.

Relativamente a esse tópico, verifica-se dasdisposições contidas no art. 17 do Anexo X do RICMS , não terhavido qualquer alteração, permanecendo válida a resposta dada àConsulta n. 146/2015.

Ressalta-se, todavia, quanto às saídas a consumidorfinal, que embora não é devida a retenção do ICMS r elativamenteàs operações subsequentes, deve a consulente efetua r orecolhimento do ICMS correspondente à diferen ça entre asalíquotas interna e interestadual, conforme dispõem o parágrafoúnico do art. 15 do Anexo X, no caso de destinatári oscontribuintes do imposto; e o art. 327-B, no caso d e nãocontribuintes, ambos do Regulamento do ICMS.

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PROTOCOLO: 13.799.787-8.

CONSULTA Nº: 074, de 9 de junho de 2016.

CONSULENTE: C. VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÃO COMLOÇÃO REPELENTE.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, filial de cooperativa agropecuária, q ueatua no comércio atacadista de produtos alimentício s em geral,informa que adquire produtos para o abastecimento d e sua rede desupermercados e que um de seus fornecedores não vem recolhendo oimposto d evido por substituição tributária em relação ao pro duto“loção repelente” com código NCM 3808.91.99.

Expõe entendimento de que referido código NCM estáprevisto no item 12 do art. 144 da Seção XXXVII do Anexo X doRegulamento do ICMS, submetendo-se, porta nto, à sistemática dasubstituição tributária, mas seu fornecedor diverge dessaconclusão, sob o argumento de que a descrição conti da nodispositivo não abrange loção para aplicação direta na pele.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Ver ifica-se que o item 12 do art. 144 do Anexo X doRegulamento do ICMS previa, até 31.12.2015, a aplic ação dasubstituição tributária nas operações com os produt osclassificados nos códigos 3808.50.10, 3808.91, 3808 .92.1 e3808.99, que atendessem à descrição de inseticidas, rodenticidas,fungicidas, raticidas, repelentes e outros produtos semelhantes,apresentados em formas ou embalagens exclusivamente para usodomissanitário direto.

No entanto, com a entrada em vigor do Decreto n.3.530/2015 (alteração 958ª do art.1º), que produziu efeitos apartir de 1º.1º.2016, referidos códigos não se enco ntram maislistados dentre as mercadorias sujeitas à substitui ção

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tributária.

Para o período anterior àquela data, a substituiçãotributária era aplicável aos produtos cujos códigos NCM constavamlistados e que correspondessem à descrição contida no dispositivoregulamentar (caso a descrição não fosse a geral pr evista na NCMpara tal código), independentemente do título dado à seção em queinseridos.

O produto objeto do questionamento, segundo informa aconsulente, é loção para o corpo e a legislação ant eriormentevigente exigia que os produtos fossem apresentados em formas ouembalagens para uso domissanitário direto.

De acordo com definição dada pela AgênciaNacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, dispon ível noendereço eletrônicowww.anvisa.gov.br/medicamentos/conceito.htm#3.10 , saneantedomissanitário é a substância ou preparação destinada àhigienização, desinfecção ou desinfecção domiciliar , em ambien tescoletivos públicos, em lugares de uso comum e no tr atamento daágua , compreendendo inseticidas, raticidas, desinfetant es edetergentes.

Assim, mesmo anteriormente à alteração do art. 144 doAnexo X do Regulamento do ICMS não se aplicava o re gime dasu bstituição tributária em relação ao produto objeto da consulta.

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PROTOCOLO: 13.338.201-1.

CONSULTA Nº: 075, de 17 de junho de 2016.

CONSULENTE: AGRO FLORESTAL RIBEIRÃO DOS CABRITOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. COMERCIALIZAÇÃO DE ÁRVORES DE PINUS EMPÉ DESTINADAS AO CORTE. BEM MÓVEL PORANTECIPAÇÃO. FATO GERADOR DO ICMS. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente expõe que atua na comercialização deárvores de pinus em pé e que pretende praticar oper ação de vendaem que o comprador fica responsável pela manutenção , corte,retirada e transporte das árvores adquiridas, confo rme contratode compra e venda , ficando imitido na posse (do imóvel onde seencontram plantadas as árvores) desde a assinatura do contrato.

Dessa forma, o corte, a retirada e o transporte dasárvores serão realizados em momento posterior (mais de um),conforme a conveniência do comprad or, dentro dos limitescontratuais.

Entende que:

a) a árvore em pé é um bém imóvel, nos termos do ar t.79 do Código Civil, e sua venda não caracteriza cir culação demercadoria, não estando obrigada a emitir nota fisc al por ocasiãoda assinatura do contrato ;

b) não está obrigada à emissão de notas fiscais nomomento da retirada das árvores anteriormente vendi das, poiscompete ao comprador emiti-las por ocasião de seu t ransporte, nostermos do art. 160, § 1º, inciso I, do RICMS;

c) a comercialização de madei ra de pinus em pé está aoabrigo do diferimento do ICMS, previsto no art. 107 , item 74, doRICMS.

Indaga se está correto seu entendimento.

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RESPOSTA

Em que pese o art. 79 do Código Civil considerar aárvore em pé, enquanto incorporada ao solo, bem imó vel, t alclassificação fica alterada em razão da finalidade econômica dadaao bem, conforme apontam doutrina e jurisprudência, a saber:

“[...] o industrial que adquire […] a madeira, pararecebê-la cortada ou para ele próprio encarregar-se daderrubada, não está positivamente negociando uma coisaimóvel, pois que as árvores de nada lhe servirão en quantopresas pelas raízes. O objeto do contrato é a madei ra a sercortada; o que tem interesse econômico são as árvor esdestacadas do solo” (PEREIRA, Caio Mário da Silv a.Instituições de direito civil. Vol. I. 21 ed. rev. e atual.Rio de Janeiro: Forense, 2005, p. 424)”.

“[...] as árvores destinadas ao corte, para finalid adeindustrial, convertem-se em móveis, porque o que se vende éa árvore abatida, a madeira cortada. As árvores só sãoimóveis quando consideradas conjuntamente com o sol o a queaderem” (STF, AI 37.061/PR no REx 57.935/PR).

“Venda de safra futura. Bens móveis por antecipação . A vendade frutos, de molde a manifestar o intuito de separ ação doobjeto da ve nda em relação ao solo a que se adere, impõe aconsideração de que tais coisas tenham sido, anteci padamentemobilizadas (STJ, AReg no AI 174.406/SP)".

“Alienado o bem para ser destacado do imóvel, sendo aintenção dos contratantes exatamente proceder a ess aseparação, de que resultará a mobilização física, m uito deaceitar-se que, desde a feitura do contrato, móveis já seconsiderem (STJ, Resp 23.195-8/PR)".

Nessa perspectiva, portanto, em que as árvores sãoobjeto de negociação autônoma, o direito brasilei ro temconsiderado a mata em pé um bem móvel por antecipaç ão:

“O fim que se tem em vista, na compra e venda de ma ta, é,pois, decisivo. Destinada à derrubada, o que se ven de é aárvore abatida, a madeira cortada. Não se trata ass im de bem

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imóvel, mas de be ns móveis por antecipação” (MONTEIRO,Washington de Barros. Curso de direito divil. 38 ed . SãoPaulo: Saraiva, 2001, p. 150).

“As árvores e frutos da terra enquanto não separado sconsideram-se imóveis, mas podem ser alienados para corte oucolheita e, ness es casos, classificam-se como móveis porantecipação” (DUARTE, Nestor et al. Código Civil co mentado:doutrina e jurisprudência. Cordenador Cezar Peluso. 4 cd reve atual. Barueri: Manole, 2010, p. 90).

“As árvores, quando destinadas ao corte, são consid era dasbens 'móveis por antecipação'” (GONÇALVES, Carlos R oberto.Direito civil brasileiro, volume 1: parte geral. 10 ed. SãoPaulo, Saraiva, 2012, p. 274/275).

“Árvores vendidas para corte são bens móveis por an tecipaçãoe para sua alienação independem de o utorga uxória” (RT,227/231, 209/476 apud GONÇALVES, Carlos Roberto. Di reitocivil brasileiro, volume 1: parte geral. 10 ed. São Paulo,Saraiva, 2012, p. 298).

A respeito dessa categoria de bem, é oportuno citarainda que:

“O art. 82 do Código Civil consid era móveis 'os benssuscetíveis de movimento próprio, ou de remoção por forçaalheia, sem alteração da substância ou da destinaçã oeconômico-social'. Trata-se dos móveis por natureza , que sedividem em semoventes e propriamente ditos. Ambos s ãocorpóreos. Outros são móveis para os efeitos legais (CC,art. 83), sendo que a doutrina menciona ainda a exi stênciade móveis por antecipação.

[...]

c ) Móveis por antecipação — A doutrina refere-se, ainda, aesta terceira categoria de bens móveis. São bensincorpora dos ao solo, mas com a intenção se separá-losoportunamente e convertê-los em móveis, como as árv oresdestinadas ao corte e os frutos ainda não colhidos.Observa-se, nesses casos, aos quais podem somar-se as safrasnão colhidas, a vontade humana atuando no sentido de

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mobilizar bens imóveis, em função da finalidade eco nômica.Podem ainda ser incluídos nessa categoria os imóvei s que,por sua ancianidade, são vendidos para fins de demo lição”(GONÇALVES, Carlos Roberto, opus cit, p. 274/279).

“Segundo Agostinho Alvim, as árvores e frutos só aderem aoimóvel, enquanto não sejam 'objeto de negócio autôn omo'(Comentários ao Código Civil, v. 1, p. 223, n. 4). Decidiu oTribunal de Justiça de São Paulo: 'Ação que versa s obrecontrato de venda e compra de safra de lar anjas, as quaisconstituem coisas móveis futuras, também ditas ‘móv eis porantecipação’. Competência do Primeiro Tribunal de A lçadaCivil, relativa a coisa móvel. Remessa dos autosdeterminada' (JTJ, Lex, 217/25, apud GONÇALVES, Car losRoberto. Idem, p. 2 99/300).

“As árvores destinadas a corte e os frutos que deve m sercolhidos consideram-se móveis por antecipação, do q uedecorre a desnecessidade de outorga uxória e a inci dência deimposto sobre circulação de mercadorias e não de tr ansmissãode bens imóvei s” (DUARTE, Nestor et al. Opus cit. p. 91).

“[...] há os bens denominados móveis por antecipaçã o, como,por exemplo, as árvores, as edificações etc. Na ver dade,tanto umas quanto outras são, por sua natureza, ben simóveis, mas somente enquanto estiverem pr esas ao solo. Emoutras palavras, tanto as árvores quanto as edifica çõespodem ser mobilizadas a qualquer momento. Se vendo mata deeucaliptos, ou o material de construção de uma casa ,logicamente não estou vendendo o terreno no qual es táplantada a mata o u construída a casa. Tanto isto é verdade,que essa venda se processará da forma que a Lei adm ite paraa venda de bens móveis, ou seja, sem quaisquer sole nidadesou formalidades. A venda poderá ser até mesmo verba l. Daídizermos que estes bens são móveis p or antecipação, isto é,para efeitos daquele contrato especificamente, sãoconsiderados móveis” (FIUZA, César. Direito civil: cursocompleto. 12 ed. rev. atual. e ampl. Belo Horizonte : DelRey, 2008, p.185).

Tais considerações se almodam ao caso em tela, s egundorelato da consulente.

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Assim sendo, o negócio jurídico de venda de árvores empé destinadas ao abate, que são bens móveis por ant ecipação,portanto, mercadorias, constitui fato gerador do IC MS, devendoser observados os seguintes procedimentos:

1. n a hipótese em que o adquirente fica responsávelpela manutenção, corte, retirada e transporte dastoras:

1.1. deve ser emitida nota fiscal por parte doalienante, pelo valor da comercialização, porocasião da celebração do contrato de compra evenda, pois ocorre a circulação jurídica dasmercadorias, ainda que não haja circulação física;

1.2. para documentar a posterior saída das toras,deve ser emitida nota fiscal pelo adquirente dasárvores em pé, em razão da transferência físicadas mercadorias;

2. na hi pótese em que a alienação das árvores em pé ocorrersob a condição de entrega futura, no prazo acordado entre ovendedor e o comprador, modalidade de operação em q ue aeficácia do ato fica pendente de evento futuro, cab e aovendedor proceder em conformidad e com o estabelecido no art.328, caput e § 2º, do RICMS, devendo emitir nota fi scal porocasião da efetiva saída (global ou parcial) das to ras,sendo facultativo fazê-lo no momento do fazimento d onegócio, para fins de simples faturamento (Preceden te:Consulta nº 193/2003).

Quanto ao tratamento tributário aplicável, expõe-se queas operações internas com toras, lascas e toretes, resultantes doabate ou desbaste de árvores, estão abrangidas pelo diferimentodo pagamento do ICMS, nos termos do item 74 do ar t. 107 do RICMS,até que ocorra uma das operações mencionadas nos in cisos I a VIdo art. 106 da mesma norma regulamentar.

Logo, diante do antes exposto, de que as árvores em pé,quando objeto de comercialização, consideram-se mer cadorias porantecipação, p ortanto, toras lascas e toretes por antecipação,

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conclui-se que sujeitas ao mesmo tratamento tributá rio dessas.

Caso esteja procedendo de modo diverso, a consulent etem o prazo de quinze dias para realizar os ajustes pertinentes,contados da data da ciênci a da presente resposta, nos termos doart. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 14.021.115-0

CONSULTA Nº: 076, de 16 de junho de 2016.

CONSULENTE: EXPRESS AUTO PARTS LTDA.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÃO INTERESTADUAL SEM RETENÇÃO DOIMPOSTO. FORNECEDOR OPTANTE PELO SIMPLESNACIONAL.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa cadastrada nas atividades defabricação e de comércio atacadista e varejista de peças eacessórios automotivos, expõe que adquire mercadori as derevendedores optantes pelo Simples Nacional estabel ecidos emoutros estados, sem a retenç ão do ICMS devido por substituiçãotributária.

Entende que, ao fazer o recolhimento desse imposto,conforme estabelece o art. 11 do Anexo X do Regulam ento do ICMS,deve aplicar a margem de valor agregado (MVA) origi nal, nostermos do § 1º do art. 98 do mes mo Anexo.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS), pertin entes aoquestionamento da consulente:

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇ ÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA SOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por subs tituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para as

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operações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[... ]

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decreto n.4.248, de 11.02.2009).

[...]

III - não aplicar a margem de valor agregado ajusta da (MVAajustada), devendo, para fins de base de cálculo dasubstituição tributária nas operações interestaduai s, adotaro percentual de MVA estabelec ido para as operações internas(Convênio ICMS 35/2011).

§ 5º Nas operações interestaduais, a base de cálcul ocorresponderá ao montante formado pelo preço pratic ado peloremetente, acrescido dos valores correspondentes a frete,seguro, impostos, contribuiçõ es e outros encargostransferíveis ou cobrados do destinatário, ainda qu e porterceiros, adicionado da parcela resultante da apli cação,sobre o referido montante, do percentual de margem de valoragregado ajustada (MVA ajustada), calculado segundo afórmul a: "MVA ajustada = [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQinter) / (1- ALQ intra)] -1", onde:

I - "MVA ST original" é a margem de valor agregado previstapara as operações internas;

II - "ALQ inter" é o coeficiente correspondente à a líquotainterestadual aplicáv el à operação;

III - "ALQ intra" é o coeficiente correspondente à alíquotainterna ou ao percentual de carga tributária efetiv a, quandoesse for inferior à alíquota interna praticada pelocontribuinte substituto estabelecido neste Estado, nasoperações com as mercadorias listadas neste Anexo.

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§ 6º Na hipótese de a "ALQ intra" ser inferior à "A LQinter", deverá ser aplicada a "MVA - ST original" s em oajuste previsto no § 5º.

§ 7.º Revogado.

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributár ia incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de ca rga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

[...]

Art. 11. Fica atribuída a responsabilidade pelo rec olhimentodo ICMS devido por substituição tributá ria, por ocasião daentrada da mercadoria no território paranaense, obs ervado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 75, aocontribuinte que receber mercadoria sujeita ao regi me desubstituição tributária, sem retenção do imposto, d eremetente que nã o seja ou tenha deixado de ser eleitosubstituto, devendo adotar os seguintes procediment os:

[...]

§ 4º Nas operações interestaduais promovidas por em presaenquadrada no Simples Nacional, em que o adquirente damercadoria, enquadrado ou não no Simples Naci onal, seja oresponsável pelo recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária, na determinação da base de cálculoserá adotado o percentual de MVA estabelecido para asoperações internas (Convênio ICMS 35/2011).

[...]

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 98. A base de cálculo para a retenção do impos to será o

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valor correspondente ao preço máximo de venda a var ejofixado por autoridade competente, ou na falta deste , o preçosugerido ao público pelo fabricante ou importador,acrescido, em amb os os casos, do valor do frete quando nãoincluído no preço.

§ 1º Inexistindo os valores de que trata o "caput", a basede cálculo corresponderá ao montante formado pelo p reçopraticado pelo remetente, acrescido dos valorescorrespondentes a frete, a segur o, a impostos e a outrosencargos transferíveis ou cobrados do destinatário,adicionado da parcela resultante da aplicação, sobr e oreferido montante, do percentual de margem de valor agregadaoriginal de 71,78% (setenta e um inteiros e setenta e oitocent ésimos por cento) (Protocolos ICMS 61/2012, 62/20 12,73/2014 e 103/2014). ”

Inicialmente, destaca-se que, no caso de recebiment o demercadorias sujeitas ao regime de substituição trib utária sem aretenção do ICMS, cabe ao destinatário o seu recolh imento, nostermos do art. 21, inciso IV, da Lei n. 11.580/1996 ou do art. 11do Anexo X do RICMS.

O § 4º do art. 11 do Anexo X do RICMS prevê que nasoperações interestaduais promovidas por empresa enq uadrada noSimples Nacional, em que o adquirente da mercadori a seja oresponsável pelo recolhimento do imposto devido por substituiçãotributária, para a determinação da base de cálculo será adotado opercentual de MVA estabelecido às operações interna s.

Conforme dispõe o § 8º do art. 1º do Anexo X do RIC MS,a consu lente deve observar que, na hipótese de a carga tri butáriaincidente na operação do substituto for inferior à do substituídona venda para consumidor final, a MVA deverá ser aj ustada naforma determinada no § 5º do mesmo artigo.

A aplicação dessa regra ta mbém para as aquisiçõesinterestaduais está de acordo com o disposto no inc iso III do §4º do art. 1º do Anexo X do RICMS, que prevê que o contribuintesubstituto tributário paranaense optante pelo Simpl es Nacionaldeve adotar o percentual de MVA estabelec ido às operaçõesinternas. Logo, se o contribuinte substituto tribut ário

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paranaense ajusta a MVA na hipótese prevista no § 8 º do art. 1ºdo Anexo X do RICMS, aquele estabelecido em outra u nidadefederada também deverá fazê-lo, de forma que o perc entual deagregação seja o mesmo, tanto nas operações interna s quanto nasinterestaduais (precedente: Consulta n. 13/2016).

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 6 64 do RICMS, que prevê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.026.962-0

CONSULTA Nº: 077, de 16 de junho de 2016.

CONSULENTE: SANTELLO INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ARTIGOS EM COUROLTDA.

SÚMULA: ICMS. CONFECÇÃO DE BANCOS EM COURO PARAVEÍCULO AUTOMOTOR, SOB ENCOMENDA DEREVENDEDOR. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa cadastrada na atividade defabricação de bancos e estofados para veículos e op tante peloregime do Simples Nacional, informa que realiza a t roca dorevestimento de bancos de automóveis, substituindo- o por couro, eque tal atividade se dá por encomenda tanto de pessoas físicas,consumidores finais, quanto de concessionárias.

Aduz que, de acordo com o item 83 do art. 97 do Ane xo Xdo Regulamento do ICMS, as operações com assentos e partes deassentos, classificados na posição 9401.20.00 da NCM, sujeitam-seao regime de substituição tributária.

No entanto, manifesta o entendimento de que não inc ideo ICMS na atividade por ela exercida, pois, conform e previsão naLei Complementar n. 116/2003, trata-se de serviço d e tapeçaria,sujeito ao IS S e sem qualquer ressalva quanto à sujeição ao ICMS .Entende, entretanto, que, caso haja a incidência do ICMS, talatividade não se sujeita à substituição tributária.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Inicialmente, expõe-se que embo ra a consulente alegueexercer a atividade de "tapeçaria e reforma de esto famentos emgeral", sujeita ao ISS, de acordo com o subitem 14. 11 da lista deserviços anexa à LC n. 116/2003, está cadastrada na s atividadeseconômicas de "fabricação de bancos e es tofados para veículosautomotores", "fabricação de artigos para viagem, b olsas e

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semelhantes de qualquer material" e "fabricação de calçados decouro", o que confirma sua condição principal deindustrial/fabricante, e não de prestadora de servi ços.

Recent es decisões do Supremo Tribunal Federal (STF),inclusive, indicam se tratar de industrialização a atividadeexercida pela consulente.

Nas hipóteses que envolvem industrialização porencomenda, para a resolução do aparente conflito en tre o ICMS e oISS, o STF vem adotando como premissa dois critérios básic os,quais sejam: "(i) verificar se a venda opera-se a q uem promoveránova circulação do bem; (ii) caso o adquirente seja consumidorfinal, avaliar a preponderância entre o dar e o faz er medianteaveriguaçã o de elementos de industrialização."

Assim, quando a resposta ao primeiro item for posit iva,a operação sujeita-se ao ICMS; sendo negativa, deve -se observar oque prepondera: a obrigação de dar ou de fazer.

Nesse sentido, vale ressaltar os acórdãos do STF naanálise do Agravo de Instrumento 803.296-AgR/SP, pu blicado em7/6/2013, e do Recurso Extraordinário 606.960-AgR-A gR/ES,publicado em 13/5/2014.

Com relação à sujeição da operação trazida pelaconsulente ao regime da substituição tributária, ve rifica-se queessa matéria já foi objeto das Consultas n. 77/2010 e n. 28/2012,cujos excertos dessa última se transcrevem:

"(...) a execução de revestimento para bancos, por seremesses acessórios de veículos automotores e por esta r aatividade inserida em uma das etapas do ciclo econômico dosetor automotivo, submete-se à substituição tributá ria,quando solicitada por revendedor de automóveis. Ain da queexercida sob encomenda, essa atividade amolda-se ao conceitode industrialização, sendo a consulente sujeito pas sivo porsubstituição tributária (...). Por estar a consulente enquadrada no Simples Nacion al, nocálculo do imposto devido pela operação própria cab eobservar as regras aplicáveis a esse regime de trib utação,tendo em conta que o total cobrado do adquire nte corresponde

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ao valor da operação.Registre-se que, nas situações em que é encomendant e umconsumidor final, pessoa física ou jurídica, a oper ação nãose encontra submetida à substituição tributária, de vendo sercalculado o imposto de acordo com as regr as previstas noAnexo VIII do RICMS (...)".

Logo, estando a mercadoria classificada na posição9401.20.00 da NCM, sujeita-se à substituição tribut ária, deacordo com o item 83 do art. 97 do Anexo X do Regul amento doICMS.

Registre-se, por fim, que quando o encomendante forconsumidor final, pessoa física ou jurídica, a oper ação não sesubmete à substituição tributária, devendo ser calc ulado oimposto de acordo com as regras previstas no Anexo VIII doRegulamento do ICMS.

No que estiver procedendo de forma d iversa ao expostona presente resposta, deverá a consulente observar o disposto noart. 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procedimentos já realizad os ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 13.861.864-1.

CONSULTA Nº: 078, de 21 de junho de 2016.

CONSULENTE: RODOROCHA INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO. EMPRESAENQUADRADA NO SIMPLES NACIONAL. DIFERIMENTOPARCIAL. APLICABILIDADE.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, optante pelo Simples Nacional e comatividade de industrialização de mangueiras de plás tico,classificadas no código NCM 3917.21.00, tem dúvidas sobre aaplicabilidade do diferimento parcial de que trata o art. 108 danorma regulamentar, no c álculo do ICMS devido pelo regime dasubstituição tributária.

RESPOSTA

Primeiramente, expõe-se que a responsabilidade pelaclassificação fiscal da mercadoria que industrializ a é daconsulente e que, para um produto submeter-se à sub stituiçãotributária, de ve estar inserido na descrição e na NCM indicadasno dispositivo regulamentar que institui tal regime .

A matéria questionada já foi objeto de análise naConsulta n. 14/2016, a seguir transcrita:

“Para análise da matéria transcrevem-se os §§ 4º e 8º doart. 1º do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pel oDecreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

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§ 4º Nas operações com mercadori as sujeitas ao regime dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decreto n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido po rsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vigente paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor resultante da aplicação da alíquota interna o uinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstitut o tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na formadeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído par a o consumidorfinal.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d o SimplesNacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à “operação própria” deve ser c alculadode acordo com as regras estabelecidas para o mencio nadoregime.

Por outro lado, para efeitos do cálculo do imposto devidopelo regime da substituição tributária, o substitut oenquadrado no Simples Nacional é equiparado àquelecadastrado no regime normal de pagamento. Por essa razão,

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são inaplicáveis ao caso a s regras de apuração erecolhimento do imposto previstas na Lei Complement ar n.123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido em relaçãoàs operações subsequentes deve ser apurado observan do asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário incluídono regime normal de pagamento (precedente: Consulta n.91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituição tributária o substituto enqu adrado noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo deoperação própria diferindo parcialmente o imposto nos termosdo art. 108 do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido ao r egimenormal fosse, na hipótese de a carga tributária inc idente naoperação a título de “operação própria” ser inferio r àquelaprat icada pelo substituído com o consumidor final, deveajustar a margem de valor agregado para apurar a ba se decálculo do imposto devido pelo regime de substituiç ãotributária, em cumprimento ao disposto no § 8º do a rt. 1º doAnexo X do RICMS (precedente: Co nsulta n. 138/2015).

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substituto t ributárioenquadrado no Simples Nacional ajustar a margem de valoragregado decorre das disposições contidas no citadoparágrafo 8º, e não no § 5º do art. 1º do Anexo X d o RICMS.Ademais, não há nenhuma regra excepcionando a aplicabili dadedo citado § 8º para essa categoria de contribuinte.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, o s ubstitutotributário paranaense, enquadrado no Simples Nacion al, aocertificar que a carga tribut ária apurada a título deoperação própria é inferior àquela praticada pelosubstituído com o consumidor final, deve ajustar a margem devalor agregado, nos termos deste parágrafo, para de poisapurar a base de cálculo do ICMS devido pelo regime dasubstitui ção tributária.”

Diante do exposto, caso a consulente tenha adotadoprocedimento diverso do contido na presente respost a, deverá

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observar o disposto no art. 664 do Regulamento do I CMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação de seus procedime ntosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.889.577-7.

CONSULTA Nº: 079, de 14 de junho de 2016.

CONSULENTE: FLESSAK ELETRO INDUSTRIAL S/A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERNAS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. FORNECEDORES OPTANTES DO SIMPLESNACIONAL. CÁLCULO DO IMPOSTO DEVIDO PORSUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AJUSTE DA MVA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, enquadrada no regime normal de pagame ntodo imposto, informa que, na condição de contribuint e substituído,adquire, em operações internas, para revenda, o pro duto “Kitbarramento trifásico 100 A – 16 Dijs. Din.” , NCM 8538.90.90, defornecedor es paranaenses optantes do Simples Nacional.

Aduz ter dúvida quanto ao cálculo do ICMS devido po rsubstituição tributária, quanto à aplicação da redu ção de base decálculo prevista no item 18 do Anexo II do RICMS, e ntendendo queo remetente deve ajustar a MVA, ex vi do § 8º do art. 1º do AnexoX do mesmo Regulamento.

RESPOSTA

Trata-se de questionamento referente a procedimento aser adotado por terceiro (substituto tributário), e não pelaconsulente (substituído).

Todavia, o contribuinte substituído respon desolidariamente pelo imposto que não tenha sido reti do, no todo ouem parte, pelo substituto tributário (art. 21, inci so IV, alínea“a”, da Lei nº 11.580/1996), razão pela qual, na si tuação emtela, a consulente tem legitimidade para realizar a presenteconsulta.

A respeito do produto adquirido e comercializado pe laconsulente, ao qual atribui a NCM 8538.90.90, o RIC MS traz aseguinte disposição normativa:

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“ANEXO II – REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

ITEM DISCRIMINAÇÃO

18 A base de cálculo é reduzida, de for ma que a cargatributária seja equivalente a doze por cento, nasoperações internas promovidas por estabelecimentoindustrial fabricante com as MERCADORIAS a seguirindicadas, desde que o destinatário seja contribuin teinscrito no CAD/ICMS e a mercadoria d estine-se àindustrialização, à comercialização, ao uso ou aoativo permanente:

Posição CÓDIGO NBM/SH DISCRIMINAÇÃO DAS MERCADO RIAS

34 8538.90.90 Base fusível

[...]

ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub stituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista ne ste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[...]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operação do substituto for i nferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado – MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal”.

Especificamente quanto à forma de cálculo do impost o

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devido por substituição tributária, quando o fornec edor(estabelecimento substituto) é empresa o ptante pelo SimplesNacional, menciona-se o seguinte precedente:

“CONSULTA Nº 31/2016

[...]

Para o substituto tributário enquadrado no regime d o SimplesNacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICMS relativo à 'operação própria' de ve ser calculadode acordo com as regras estabelecidas para o mencio nadoregime.

Por outro lado, para efeitos do cálculo do imposto devidopelo regime da substituição tributária, o substitut oenquadrado no Simples Nacional é equiparado àquelecadastrado no regime normal de pagamento. Por essa razão,são inaplicáveis ao caso as regras de apuração erecolhimento do imposto previstas na Lei Complement ar n.123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido em relaçãoàs operações subsequentes deve ser a purado observando asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário i ncluídono regime normal de pagamento (precedente: Consulta n.91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituição tributária o substituto enqu adrad o noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo deoperação própria diferindo parcialmente o imposto n os termosdo art. 108 do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido ao r egimenormal fosse, na hipótese de a carga tributária inc ide nte naoperação a título de “operação própria” ser inferio r àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deveajustar a margem de valor agregado para apurar a ba se decálculo do imposto devido pelo regime de substituiç ãotributária, em cumprim ento ao disposto no § 8º do art. 1º doAnexo X do RICMS (precedente: Consulta n. 138/2015) .

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[...]

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, o s ubstitutotributário paranaense, enquadrado no Simples Nacion al, aocertificar que a carga tributária apura da a título deoperação própria é inferior àquela praticada pelosubstituído com o consumidor final, deve ajustar a margem devalor agregado para depois apurar a base de cálculo do ICMSdevido pelo regime da substituição tributária”.

Nesse mesmo sentido a s respostas à Consultas nº 2, 9,13 e 14/2016, dentre outras.

Por conseguinte, caso seja efetivamente hipótese deaplicação da redução da base de cálculo, prevista n o item 18 doAnexo II do RICMS, aplicável somente nas operações internaspromovidas por est abelecimento industrial fabricante, e desde queo destinatário seja contribuinte inscrito no CAD/IC MS e amercadoria destine-se à industrialização, à comerci alização, aouso ou ao ativo permanente, a carga tributária deve rácorresponder a 12%.

Nessa hipóte se, partindo-se do pressuposto de que acarga tributária apurada a título de operação própr ia(correspondente a 12%) é inferior àquela praticada pelosubstituído com o consumidor final (correspondente a 18%), osubstituto tributário deve ajustar a margem de valor agregado, àguisa do disposto no § 8º do art. 1º do Anexo X do RICMS e nasrespostas às Consultas anteriormente aludidas.

Caso o substituto tributário não tenha procedido de ssemodo, a consulente, na condição de responsável soli dária (art.21, in ciso IV, alínea “a”, da Lei nº 11.580/1996), tambémresponde pelo imposto que deixou de ser retido, dis pondo do prazode quinze dias, contados da sua ciência a respeito da presenteresposta, para a realização dos devidos ajustes, em conformidadecom o art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.801.052-0.

CONSULTA Nº: 080, de 22 de junho de 2016.

CONSULENTE: TRANSPORTES RODOVIÁRIOS VALE DO PIQUIRI LTDA.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTADORA. MERCADORIAS SINISTRADAS.CIRCULAÇÃO DE SALVADOS.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal o transporte rodoviário de carga, exceto produtosperigosos e mudanças, intermunicipal, interestadual einternacional (CNAE 4930-2/02), informa que presta serviços detransportes em que está sob sua responsabilidade o seguro dosbens transportados.

Expõe que ocorrendo sinistro (roubo, furto, estrago s,deterioração, inutilização ou destruição dos bens e dasmercadorias segurados), a seguradora repassa os val ores seguradosà consulente, e esta, ato cont ínuo, transfere o valor ao clientecontratante dos serviços de transportes.

Frisa que os bens e mercadorias transportados estãoamparados por documento fiscal (NF-e) emitido pelo tomador doserviço e por CT-e de própria emissão.

Posto isso, indaga:

1. em c aso de sinistro, a consulente deve emitir notafiscal de entrada dos bens e mercadoriastransportados e, ato contínuo, emitir nota fiscalde baixa de tais bens e mercadorias, utilizando oCFOP 5.927?

2. na hipótese de bens e produtos salvados, deve em itirnota fiscal de transferência desses à seguradora,sem incidência do ICMS, nos termos do inciso IX doart. 3º do RICMS/12?

3. no caso de o cliente (tomador/contratante do

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serviço) emitir nota fiscal destinando os bens emercadorias sinistrados à consulente, deve darentrada de tais produtos em sua escrituração fiscale, ato contínuo, emitir a respectiva nota fiscal debaixa em decorrência do sinistro ou, então, detransferência à seguradora, em se tratando desalvados?

4. na hipótese de o cliente (tomador/co ntratante doserviço) emitir indevidamente nota fiscal de vendados bens e mercadorias sinistrados/salvados àconsulente, pode esta manifestar o desconhecimentoda operação, nos termos do inciso VII do art. 16 doAnexo IX do RICMS/12, ou deve cumprir ospr ocedimentos antes mencionados?

RESPOSTA

Destaca-se, inicialmente, que este Setor Consultivo jáse pronunciou sobre situação envolvendo roubo de me rcadorias apósa saída do estabelecimento, manifestando o entendim ento(Consultas n. 17/1995 e 39/2010) de que o fato gerador do ICMS seperfaz no momento da saída da mercadoria do estabel ecimento docontribuinte (art. 5º, inciso I, da Lei n. 11.580/1 996), sendo oposterior roubo/furto circunstância que não interfe re naocorrência anterior do fato gerador, motivo pelo qual devem serregistradas as respectivas notas fiscais, observand o-se otratamento tributário a que foi submetida a operaçã o de saída.Essa conclusão também se aplica às demais hipóteses motivadorasda perda ou destruição de mercadorias.

Saliente-se que pelo contrato de seguro o seguradoobriga-se com a seguradora ao pagamento de um prêmi o para queessa possa indenizá-lo pelo prejuízo ou dano result ante de riscosfuturos contratualmente previstos. Assim, ocorrendo o sinistro, aseguradora o indenizará , e este, por sua vez, repassará osvalores ao proprietário da mercadoria.

Observa-se que tais ocorrências não retratam hipóte sede circulação de mercadoria e não devem ser documen tadas poremissão de nota fiscal, mas pelos contratos firmado s entre os

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envo lvidos, lançamentos financeiros e contábeis.

As notas fiscais devem ser emitidas por ocasião dasaída das mercadorias do estabelecimento remetente, não havendoprevisão na legislação para sua emissão na hipótese retratada.

Em se tratando de salvados, esses devem circular comdocumentos emitidos pela seguradora, que passa a te r o direitosobre eles como contrapartida a indenização paga ao segurado.Portanto, descabe ao remetente das mercadorias ou a o tomador deserviço de transportes a emissão de qualquer do cumento fiscalnessa hipótese.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedim entos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.000.300-0.

CONSULTA Nº: 081, de 21 de junho de 2016.

CONSULENTE: PRADO INDÚSTRIA E METALÚRGICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. MATERIAL ELÉTRICO. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. APLICABILIDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, fabricante de caixas de comando e pai nelmodular em aço industrial, que classifica com o cód igo85.38.10.00 da NCM, questiona se continua sujeito à sistemáticada substituição tributária, mesmo com a nova redaçã o dada àposição 12 do art. 116 do Anexo X do RICMS, pelo Decreto n°3.530, de 22/02/16.

RESPOSTA

A legislação de regência pertinente à matériaquestionada assim dispõe:

"RICMS

[ ... ]

Art. 114. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 116, com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICMS relativo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Acre,Amapá, Espírito Santo , Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso doSul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte,Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Pa ulo eSergipe, e no Distrito Federal, inclusive em relaçã o ao

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diferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 198 /2009, 84/2011,85/2012, 26/2013, 160/2013, 104/2014 e 77/2015).

[..]

Art. 116. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

POSIÇÃO CEST NCM/SH DESCRIÇÃO

12 12.005.00 85.38 Partes reconhe cíveiscomo exclusiva ou principalmente destinadas aos apa relhosdas posições 85.35 e 85.36".

Isso posto, ressalte-se que:

1. a redação disposta no item 12 do a rt. 116 do Anexo Xdo RICMS, anteriormente transcrita, foi dada pelo D ecreto n°3.530, publicado em 22/2/2016, produzindo efeitos a partir de1°/1°/2016;

2. até 31/12/2015, os produtos classificados na pos ição85.38 da NCM estavam relacionados no item 27 d o mesmo artigo doanexo regulamentar, com a seguinte redação:

"ITEM NCM DESCRIÇÃO

27 85.38 Partes reconhecíveis como exclu sivaou principalmente destinadas aos aparelhos das posi ções 85.35,85.36 ou 85.37".

Assim, considerando que a de scrição dos produtosretratada na norma regulamentar em vigor reproduz a redação daposição 85.38 da NCM, dela excetuando, porém, as pa rtesreconhecíveis como exclusiva ou principalmente dest inadas aosaparelhos da posição 85.37, conclui-se que, a parti r d e1°/1°/2016, apenas essas foram excluídas da sujeiçã o àsistemática da substituição tributária.

Por outro lado, as partes exclusiva ou principalmen tedestinadas aos aparelhos das posições 85.35 e 85.36 ,

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classificadas na posição 85.38 da NCM, continuam so b a égidedesse regime.

Registre-se, por fim, que este Setor Consultivo temreiteradamente manifestado que é de responsabilidad e docontribuinte aplicar a correta classificação NCM ao s produtos quecomercializa, competindo à Secretaria da Receita Fe deral doBrasil dirimir eventual dúvida quanto a isso, e que paradeterminado produto se submeter ao regime da substi tuiçãotributária, deve estar relacionado, pela sua descri ção ecorrespondente classificação na NCM, no Anexo X do RICMS.

Ante o exposto, caso o pr oduto a que se reporta apresente consulta, denominado pela consulente de ca ixa de comandoe painel modular em aço para automação industrial, que classificano código 85.38.10.00 da NCM, atenda os requisitos acimadispostos, está sob a égide da substituiçã o tributária.

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PROTOCOLO: 13.917.213-2.

CONSULTA Nº: 082, de 21 de junho de 2016

CONSULENTE: C. VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. ÓLEO LUBRIFICANTE. OPERAÇÕES INTERNAS.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AJUSTE DA MVA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, enquadrada no regime normal de pagame ntodo imposto, informa que, na condição de contribuint e substituído,adquire, em operações internas, para revenda, óleo lubrificante,NCM 2710.19.3, de fornecedores paranaenses.

Aduz ter dúvida quanto ao cálculo do ICMS devido porsubstituição tributária nesse caso, sendo que seus fornecedorestêm divergido quanto à necessidade de ajuste da MVA , ex vi do §8º do art. 1º do Anexo X do RICMS.

RESPOSTA

Trata-se de questionamento referente a procedimento ase r adotado por terceiro (substituto tributário), e n ão pelaconsulente (substituído).

Inobstante isso, o contribuinte substituído respond esolidariamente pelo imposto que não tenha sido reti do, no todo ouem parte, pelo substituto tributário (art. 21, inci so IV, alínea“a”, da Lei nº 11.580/1996), razão pela qual, na si tuação emtela, a consulente tem legitimidade para realizar a presenteconsulta.

O produto indicado pela consulente, qual seja, óleolubrificante, NCM 2710.19.3, está sujeito à sistemá tica dasubstituição tributária, nos termos do inciso VI do art. 29 doAnexo X do RICMS.

Em relação à norma contida no § 8º do art. 1º do An exoX do RICMS, a seguir transcrita, somente cabe cogit ar de suaaplicação quando o percentual de carga tributária i ncidente na

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operação do substituto for inferior ao do substituí do na vendapara consumidor final (precedente: Consulta nº 139/ 2015):

“Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido porsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, será calculado medi ante a aplicação daalíquota vigente para as operações internas sobre arespectiva base de cálculo prevista neste Regulamen to,deduzindo-se, do valor obtido, o imposto devido pel aoperação própria do substituto (art. 11, § 4º, Lei n.11.580/1996).

[...]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual de cargatributária incidente na operação do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipóte se em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da operaçãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal”.

Essa é a situação que se verifica no cas o trazido pelaconsulente, pois a carga tributária relativa à oper ação própria(do substituto) é de 12%, em razão do diferimento p arcial de quetrata o inciso I do art. 108 do RICMS (precedente: Consulta nº98/2015), enquanto a carga tributária a que subme tida a operaçãopraticada pelo substituído com o consumidor final é de 18%,motivo pelo qual deve ser ajustada a MVA.

Assim, a partir da MVA original divulgada em AtoCotepe, mediante utilização da fórmula contida no § 5º do art. 1ºdo mesmo anexo regulame ntar, deve ser apurada a MVA ajustada,conforme prescreve o § 8º desse artigo.

Caso o substituto tributário não tenha procedido de ssemodo, a consulente, na condição de responsável soli dária (art.21, inciso IV, alínea “a”, da Lei nº 11.580/1996), tambémr esponde pelo imposto que deixou de ser retido, disp ondo do prazode quinze dias, contados da sua ciência a respeito da presente

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resposta, para a realização dos devidos ajustes, em conformidadecom o art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.640.918-2.

CONSULTA Nº: 083, de 21 de junho de 2016.

CONSULENTE: MEGACABOS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CABOS ESPECIAISLTDA

SÚMULA: ICMS. FIOS E CABOS. OPERAÇÃO SUJEITA AO REGIMEDA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. BENEFÍCIO FISCAL.INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, estabelecida em outra unidade federad a eatuando na fabricação de material elétrico, aduz qu e promoveoperações com fios, cabos e outros condutores, mesm o com peça deconexão, de cobre ou alumínio, que classifica na po sição 85.44 daNCM, suje itas ao regime da substituição tributária de que tr atamos Protocolos ICMS 198/2009 e 84/2011.

Sustenta que nos referidos protocolos está prevista ,para a apuração do imposto devido a título de subst ituiçãotributária, a utilização da carga tributária efet iva incidente naoperação, caso essa seja inferior à alíquota intern a.

Afirma que, não obstante a alíquota interna nasoperações com os produtos antes especificados ser d e 18%, a cargatributária incidente corresponde a 12%, em razão da redução nabase de cálculo de que trata o item 7-B do Anexo II do RICM S.

Questiona se é correto aplicar o percentual de 12% nocálculo do imposto a ser retido por substituição tr ibutária, bemcomo se é necessário efetuar o ajuste da margem de valoragregado.

RESPOSTA

Inici almente, transcreve-se o item 7-B do Anexo II doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/ 2012:

“ANEXO II - REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

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[...]

7-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações com FIOS,CABOS E OUTROS CONDUTORES, para uso elétrico , mesmo com peçade conexão, de cobre ou alumínio, classificados na posição85.44 da NCM, promovidas por estabelecimento fabric ante ouimportador destinadas a pessoas jurídicas, mesmo qu e nãocontribuintes do imposto, de forma que a carga trib utáriaresult e no percentual de 12% (doze por cento) (art. 2º daLei 18.371/2014).

Nota: nas operações de que trata este item não se e xigirá oestorno de crédito de que trata o inciso IV do art. 71”.

A matéria questionada já foi objeto de análise peloSetor Consultivo, na resposta à Consulta n. 148, de 29 de outubrode 2015, tendo manifestado que o referido benefício fiscalcontempla apenas a operação interna promovida peloestabelecimento fabricante ou importador, razão pel a não pode serutilizado no cálculo do imposto devido por substituiçãotributária.

Assim, em razão de a carga tributária na operação d osubstituto tributário (12%) ser inferior àquela pra ticada pelosubstituído com o consumidor final (18%), deve ser ajustada amargem de valor agregado, conforme dispõe o § 8º do art. 1º doAnexo X do RICMS.

Reproduz-se, a seguir, excertos da Consulta n.148/2015:

“Preliminarmente, destaca-se que a redução na base decálculo nas operações com cabos para uso elétrico, mesmo compeça de conexão, de cobre ou alumínio, clas sificados naposição 85.44 da NCM, aplica-se às operações promov idas porestabelecimento fabricante ou importador destinadas apessoas jurídicas, mesmo que não contribuintes do i mposto,de forma que a carga tributária resulte no percentu al de12%, prevendo a manutenção dos créditos pelas entradas.

Por sua vez as regras de ajuste da Margem de Valor Agregado(MVA) estão previstas nos §§ 5º, 6º, 8º e 9º do art . 1º do

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Anexo X do RICMS, in verbis:

“Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido porsubstituição trib utária, em relação às operaçõessubsequentes, será calculado mediante a aplicação d aalíquota vigente para as operações internas sobre arespectiva base de cálculo prevista neste Regulamen to,deduzindo-se, do valor obtido, o imposto devido pel aoperação pr ópria do substituto (art. 11, § 4º, Lei n.11.580/1996).

(...)

§ 5º Nas operações interestaduais, a base de cálcul ocorresponderá ao montante formado pelo preço pratic adopelo remetente, acrescido dos valores correspondent esa frete, seguro, impostos, cont ribuições e outrosencargos transferíveis ou cobrados do destinatário,ainda que por terceiros, adicionado da parcelaresultante da aplicação, sobre o referido montante, dopercentual de margem de valor agregado ajustada (MV Aajustada), calculado segundo a fórmula: "MVA ajustada= [(1+ MVA ST original) x (1 - ALQ inter) / (1- ALQintra)] -1", onde:

I - "MVA ST original" é a margem de valor agregadoprevista para as operações internas;

II - "ALQ inter" é o coeficiente correspondente àalíquota interestadual aplicável à operação;

III - "ALQ intra" é o coeficiente correspondente àalíquota interna ou ao percentual de carga tributár iaefetiva, quando esse for inferior à alíquota intern apraticada pelo contribuinte substituto estabelecidoneste Estado, nas operaç ões com as mercadoriaslistadas neste Anexo.

§ 6º Na hipótese de a "ALQ intra" ser inferior à "A LQinter", deverá ser aplicada a "MVA – ST original" s emo ajuste previsto no § 5º.

(...)

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§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d ecarga tributária incidente na operação do substitutofor inferior ao do substituído na venda paraconsumidor final, a margem de valor agregado - MVAdeverá ser ajustada na forma determinada no § 5º,hipótese em que a variável “AL inter” corresponderá aopercentual de carga tributária da operação dosubstituto e a variável “AL intra” corresponderá àcarga tributária praticada pelo substituído para oconsumidor final.

§ 9.º Nas operações interestaduais, para efeitos dedefinição da carga tributária efetiva de que trata oinci so III do § 5º, não será considerado o diferimentoparcial de que trata o art. 108 deste Regulamento.”

Nos termos das regras antes transcritas, depreende- seque a utilização da MVA original, em relação àsoperações interestaduais, dar-se-á quando a alíquot ainterna ou carga tributária efetiva (“ALQ intra”) aque submetida a operação interna do substituído navenda para consumidor final, for igual ou inferior aopercentual correspondente à alíquota interestadualaplicável (“ALQ inter”).

Nas demais hipóteses, deve ser utilizada a MVAajustada, em conformidade com o estabelecido no § 5 ºdo art. 1º do Anexo X do RICMS, havendo que sercombinado, todavia, com o disposto nos §§ 8º e 9º d omesmo artigo, introduzidos na norma regulamentar pe loDecreto n. 1.355/2015, com vigência a partir de 15 demaio de 2015.

Nesse sentido, por força das disposições trazidaspelos dois últimos parágrafos antes mencionados,quando a carga tributária interna praticada pelosubstituto for inferior à praticada pelo substituíd ocom o co nsumidor final, em razão do diferimentoparcial ou de redução de base de cálculo, faz-senecessário o ajuste da MVA.

Para a situação em exame, nas operações internas, a

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carga tributária relativa à operação própria dosubstituto tributário (fabricante ou im portador) é de12%, em razão da redução de base de cálculo de quetrata o item 7-B do Anexo II do RICMS, sendo essepercentual inferior à carga tributária incidente naoperação praticada pelo contribuinte substituído co m oconsumidor final.

Logo, aplicáve l à hipótese a regra disposta no § 8º doart. 1º do Anexo X do RICMS, que prevê ajuste na MV A,na forma determinada no § 5º, hipótese em que avariável “ALQ inter” corresponderá ao percentual decarga tributária da operação praticada pelosubstituto, que é de 12%, e a variável “ALQ intra”corresponderá à carga tributária praticada pelosubstituído na operação com o consumidor final, que éde 18%, pois corresponde à alíquota interna dosprodutos mencionados.

Por seu turno, em relação às operações interestadu ais,há que se considerar, no cálculo do ICMS devido aoParaná, o tratamento tributário a que estão submeti dasas operações internas praticadas pelos contribuinte ssubstituídos e, ainda, a finalidade da MVA ajustada ,que é a de equalizar a carga tributária da operaçãointerestadual com a incidente na operação interna(precedente: Consulta n. 75/2013, n. 105/2013 e n.79/2011).

Assim, nos termos do § 5º combinado com o § 8º do a rt.1º do Anexo X do RICMS, nas operações promovidas po rfornecedores situados em outras unidades federadas, oICMS a ser retido por substituição tributária deveobservar a regra de ajuste da MVA aplicável aosubstituto tributário aqui estabelecido, consideran docomo “ALQ intra” o percentual de 18%, quecorrespondente à praticada pelo substituído com osprodutos antes mencionados.”

Caso a consulente esteja procedendo diferentemente docontido nesta resposta, tem o prazo de até 15 dias, a partir daciência desta, para adequar os procedimentos já rea lizados ao que

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foi esclarecido, em cump rimento ao disposto no artigo 664 doRICMS.

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PROTOCOLO: 14.063.762-9.

CONSULTA Nº: 084, de 6 de julho de 2016.

INTERESSADA: C. VALE - COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

ASSUNTO: ICMS. MÁQUINAS E APARELHOS INDUSTRIAIS.OPERAÇÕES INTERNAS. ALÍQUOTA APLICÁVEL.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, informando que sua atividade econômic aprincipal é o comércio atacadista de produtos alime ntícios emgeral, apresenta dúvidas quanto à tributação de máq uinas eaparelhos industriais, quando adquiridos para uso p róprio.

Aduz que seu fornecedor , especificamente quanto aoproduto “parte de conversores estáticos, exceto de carregad oresde acumuladores e de retificadores” , ao qual atribui o código NCM8504.90.40, ao analisar o disposto na alínea “d” do inciso II doart. 14 do Regulamento do ICMS ap rovado pelo Decreto n. 6.080, de28 de setembro de 2012, tem entendido ser aplicável a alíquota de12%.

Entretanto, a consulente depreende da leitura do me smodispositivo que a alíquota a ser aplicada é de 18%.

À luz do disposto na alínea “d” do inciso II do art. 14 doRICMS, indaga:

a) o produto citado é tributado a 12%?

b) O rol de máquinas e aparelhos industriais relaci onados nareferida alínea é exaustivo ou exemplificativo?

c) É preciso que a máquina ou o aparelho industrial sejautilizado em atividade industrial para ser tributado a 12%,independentemente dessa condição constar expressa n essedispositivo?

d) Existem peças e partes de máquinas ou aparelhosindustriais às quais se aplicam a alíquota de 12%?

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RESPOSTA

Inicialmente, transcreve-se do RICMS o s dispositivosaplicáveis à matéria consultada:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pela Lei n. 16.016/2008):

(...)

II - alíquota de 12% (doze por cento) para as operações eprestações com os seguintes bens, mercadorias e ser viços(Lei n. 18.371/2014): (Em vigor a partir de 1º.4.20 15)

(...)

d) máquinas e aparelhos industriais, exceto peças e pa rtes(NCM 84.17 a 84.22, 84.24, 84.34 a 84.49, 84.51, 84.53 a84.65, 84.68, 84.74 a 84.80 e 85.15);”.

Verifica-se que a legislação lista taxativamente asposições NCM relativas às máquinas e aparelhos indu striaissujeitos à alíquota de 12%, excetuando as suas peça s e partesclassi ficadas em códigos inseridos nas posições NCM aludi das, quese submetem à alíquota geral de 18%.

O produto mencionado pela consulente, qual seja, “partede conversores estáticos, exceto de carregadores de acumuladorese de retificadores” , ao qual atribui o código NCM 8504.90.40, nãose sujeita à alíquota de 12%, uma vez que a posição 85.04, naqual está inserido, sequer está relacionada no disp ositivo acimatranscrito.

Ressalta-se que a alíquota de 12% somente seráutilizada quando essas máquinas e aparelho s industriais foremfabricados para utilização em atividade fim de esta belecimentoindustrial, estando atrelados ao seu processo produ tivo.(Precedente: Consulta n. 27, de 9 de abril de 2013)

Esclarece-se ainda que a legislação expressamente

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excetua a apl icação da alíquota de 12% para as peças e partes demáquinas e aparelhos industriais, ainda que classif icadas emcódigos inseridos nas posições NCM relacionadas no citadodispositivo regulamentar.

Assim, reafirma-se que as operações realizadas comproduto s classificados na posição 85.04 da NCM não se subm etem àalíquota de 12%.

Não obstante, a título de esclarecimento, expõe-se queo item 32-B do Anexo II do RICMS prevê redução da b ase de cálculode forma que a carga tributária resulte no percentu al de 12% , nasoperações com transformadores elétricos, conversores elétricosestáticos (retificadores, por exemplo), bobinas de reatância e dealta indução, classificados na posição 85.04 da NCM . (Precedente:Consulta n. 69/2015)

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PROTOCOLO: 13.841.877-4.

CONSULTA Nº: 085, de 30 de junho de 2016.

CONSULENTE: VALTER LUIZ FERREIRA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. ANTECIPAÇÃO DOPAGAMENTO DO IMPOSTO. OBRIGATORIEDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, optante pelo Simples Nacional, inform aque atua no comércio varejista de materiais de escr itório esuprimentos de informática, e que adquire, em opera çõesinterestaduais tributadas na origem a 4%, peças imp ortadas pararevenda e para aplicaçã o em serviços de assistência técnica, emgarantia, executados por demanda do fornecedor.

Questiona se é devido o diferencial de alíquotas emtais entradas, mesmo no caso de remessas em garanti a,considerando o disposto no Decreto nº 442/2015.

RESPOSTA

A re speito da exigência da antecipação do pagamento doimposto correspondente ao diferencial de alíquotas em situaçõessimilares às ora relatadas pela consulente, este Se tor jámanifestou conforme segue, na resposta à Consulta n º 001/2016,considerando a norma inserida no § 7º do art. 5º do RICMS peloDecreto nº 442/2015:

“CONSULTA Nº 001, de 7 de janeiro de 2016.

[...]

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. ANTECIPAÇÃO DO PAGA MENTO DOIMPOSTO.

A consulente, optante pelo regime tributário Simple sNacional, que tem c omo atividade econômica o comérciovarejista de artigos esportivos (CNAE - 4763-6/02), temdúvidas quanto ao valor do imposto a ser recolhido porantecipação em aquisições interestaduais de mercado rias,

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correspondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, de que trata o art. 13-A do Regulame nto doICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setem bro de2012, questionando se deve considerar os efeitos da isenção,redução na base de cálculo e do diferimento parcial de quetrata o art. 108 , no seu cálculo.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os dispositi vos doRegulamento do ICMS que têm vínculo com o questiona mento:

'Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento (art. 5º da Lei n.11.580/1996):

[…]

§ 7º Ser á exigido o pagamento antecipado doimposto correspondente à diferença entre asalíquotas interna e interestadual, relativamentea operações que tenham origem em outra unidadefederada, observado o disposto no art. 13-A (§ 6ºdo art. 5º da Lei n. 11.580, d e 1996, com redaçãodada pela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

[...]

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, oimposto a ser recolhido por antecipação, pelocontribuinte ou pelo responsável solidário, nomomento da entrada no território paranaense debens ou mercadorias destinadas à comercializaçãoou à industrialização oriundos de outra unidadefederada, corresponderá à diferença entre asalíquotas interna e interestadual, aplicada sobreo valor da operação constante no documentofiscal.

§ 1º O disposto n este artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduaissujeitas à alíquota de 4% (quatro por cento);

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II - não se aplica às operações submetidas aoregime da substituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção ede redução na ba se de cálculo, bem como dodiferimento parcial de que trata o art. 108.

§ 2º Em substituição ao pagamento do imposto nomomento da entrada dos bens ou das mercadorias noterritório paranaense:

I - tratando-se de contribuinte sujeito ao regimenormal de apu ração, o imposto devido poderá serlançado em conta-gráfica no próprio mês em queocorrer a entrada da mercadoria no Estado;

II - tratando-se de contribuinte optante peloSimples Nacional, o imposto devido poderá serpago em GR-PR até o vigésimo dia do mêssubsequente ao da entrada da mercadoria noEstado.

§ 3º O imposto lançado na forma do inciso I do §2º poderá ser apropriado como crédito peloestabelecimento destinatário enquadrado no regimenormal de apuração juntamente com o impostodestacado no docum ento fiscal'.

Conclui-se da legislação transcrita, que a cobrançaantecipada do ICMS, de que tratam o § 7º do art. 5º e o art.13-A do Regulamento do ICMS, repercute na uniformiz ação dacarga tributária do produto adquirido em operaçãointerestadual com a incidente na operação interna para amesma mercadoria.

Partindo dessa premissa, a consulente, quando adqui re deoutras unidades federadas mercadorias importadas doexterior, que se submetem à alíquota interestadual de 4%(quatro por cento), deve recolher o imposto correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadua l,considerando, para fins de definição da carga tribu táriainterna, o tratamento tributário aplicável à mercad oria naoperação interna, nos termos do inciso III do § 1º do art.

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13-A do Regulamento do ICMS”.

Portanto, conforme aludida orientação, e consideran do odisposto na legislação de regência, tratando-se de operaçãosujeita à alíquota de 4%, a consulente deverá recol her o impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas interna einterestadual, mesmo na hipótese de se tratar de en tradadecorrente de remessa em garantia, que também se su bmete àincidência do imposto, nos termos dos art. 293 a 29 5 do RICMS,exceto se o produto estiver sujeito à sistemática d a substituiçãot ributária.

Caso esteja procedendo de forma diversa da exposta, aconsulente dispõe do prazo de quinze dias, contados a partir dasua ciência a respeito da presente resposta, para r ealizar osajustes pertinentes quanto aos procedimentos já efe tuados, nafor ma do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.889.027-9.

CONSULTA Nº: 086, de 21 de junho de 2016.

CONSULENTE: C VALE – COMÉRCIO E TRANSPORTES LTDA.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA. CT-e.CREDENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO. INÍCIO DAPRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM UNIDADE FEDERADADIVERSA DAQUELA ONDE POSSUI INSCRIÇÃOESTADUAL.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cuja atividade principal cadastrada é otransporte rodoviário de cargas intermunicipal, int erestadual einternacional (exceto de produtos perigosos e mudan ças), CNAE4930-2/02, questiona quanto à emissão do CT-e e qua nto aopagamento do impos to nas prestações iniciadas em outras unidadesfederadas, nas quais não possui inscrição no cadast ro decontribuintes.

Entende que o ICMS, nesse caso, é devido ao estado ondeiniciar o frete e que deve emitir o CT-e no início da prestação,mesmo quando ist o ocorrer em ente federado diverso do paranaense,haja vista terem sido revogadas as disposições cont idas noConvênio ICMS 25/1990, que previam a possibilidade de sua emissãono final da prestação.

RESPOSTA

A respeito da matéria consultada, a legislação deregência dispõe:

“LC nº 87/1996

Art. 11. O local da operação ou da prestação, para osefeitos da cobrança do imposto e definição doestabelecimento responsável, é:

[...]

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II – tratando-se de prestação de serviço de transpo rte:

a) onde tenha início a presta ção;”.

“Lei Nº 11.580/1996

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

V – do início da prestação de serviços de transport einterestadual e intermunicipal, de qualquer naturez a;”.

“RICMS/2012

Art. 148. O contribuinte emitirá o u utilizará, conforme asoperações ou prestações que realizar, os seguintesdocumentos fiscais (art. 45 da Lei n. 11.580/1996); (art. 6ºdo Convênio SINIEF s/n, de 15.12.1970, e art. 1º do ConvênioSINIEF 06/1989; Ajustes SINIEF 03/1978 e 03/1994):

[...]

VI – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas , modelo8;

[...]

XXV – Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e, modelo57 (Ajuste SINIEF 9/2007);

[...]

Art. 179. O Conhecimento de Transporte Rodoviário d e Cargas- CTRC será emitido, antes do iníci o da prestação doserviço, pelo transportador rodoviário de carga que executarserviço de transporte rodoviário intermunicipal ouinterestadual, e conterá, no mínimo, as seguintes i ndicações(artigos 16, 17 e 18 do Convênio SINIEF 06/1989; Aj ustesSINIEF 0 1/1989 e 08/1989):

[...]

ANEXO IX – DOS DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS E AUX ILIARES

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Art. 34. O Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e,modelo 57, poderá ser utilizado pelos contribuintes doImposto sobre Operações Relativas à Circulação deMercadoria s e sobre a Prestação de Serviços de TransporteInterestadual e Intermunicipal e de Comunicação – I CMS emsubstituição aos seguintes documentos (Ajuste SINIE F9/2007):

I – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas , modelo8;

[...]

§ 3º É obrigatória a utilização do CT-e, observado odisposto no art. 57 e em norma de procedimento (Aju steSINIEF 17/2013).

[...]

Art. 37. Para emissão do CT-e, o contribuinte inscr ito noCAD-ICMS deverá solicitar, previamente, seu credenc iamentoperante a CRE - Coordenação da Receita do Estado, na formadisciplinada em norma de procedimento.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de CT- e deveráobservar, no que couber, as disposições relativas à emissãode documentos fiscais por sistema eletrônico deprocessamento de dados, nos termos da Subseção II da Seção Vdo Capítulo IV do Título II e do Capítulo XX do Tí tulo III,deste Regulamento (Ajuste SINIEF 4/2009).

[...]

Art. 38. O CT-e deverá ser emitido com base em leia uteestabelecido no MOC - Manual de Orientação do Co ntribuinte,publicado por Ato COTEPE, por meio de “software”desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte oudisponibilizado pelo fisco (Ajuste SINIEF 14/2012).

[...]

§ 3º O contribuinte poderá adotar séries distintas para aemissão do CT-e, designadas por algarismos arábicos, emordem crescente, vedada a utilização de subsérie, o bservado

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o disposto em Ato COTEPE.

§ 4º Quando o transportador efetuar prestação de se rviço detransporte iniciada em unidade federada diversa daq uela emque possui credenciamento p ara a emissão do CT-e, deveráutilizar séries distintas, observado o disposto no § 2º doart. 39 deste Anexo.

Art. 39. O contribuinte credenciado deverá solicita r aconcessão de Autorização de Uso do CT-e mediante tr ansmissãodo arquivo digital do CT-e via internet, por meio deprotocolo de segurança ou criptografia, com utiliza ção desoftware desenvolvido ou adquirido pelo contribuint e oudisponibilizado pelo fisco.

§ 1º Quando o transportador estiver credenciado par a emissãode CT-e na unidade federada em que tiver início a prestaçãodo serviço de transporte, a solicitação de autoriza ção deuso deverá ser transmitida ao fisco dessa unidade f ederada.

§ 2º Quando o transportador não estiver credenciado paraemissão do CT-e na unidade federada em que tiver in ício aprestação do serviço de transporte, a solicitação d eautorização de uso deverá ser transmitida ao fisco daunidade federada em que estiver credenciado.

[...]

Art. 42. Concedida a Autorização de Uso do CT-e, o fiscodeverá transmitir o CT-e para:

I – a Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;

II – a unidade federada:

a) de início da prestação do serviço de transporte;

b) de término da prestação do serviço de transporte ;

c) do tomador do serviço;”.

Das normas transcritas, no que tange aosquestio namentos da consulente, extrai-se que:

1. o Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e,

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modelo 57, deve ser utilizado em substituição ao Co nhecimento deTransporte Rodoviário de Cargas – CTRC, modelo 8, c onforme dispõeo inciso I do art. 34 do Anexo IX d o RICMS, para documentar aprestação de serviços de transporte intermunicipal einterestadual de cargas (art. 179 do RICMS).

2. Quando o transportador efetuar prestação de serv içode transporte iniciada em unidade federada na qual não estáestabelecido e n ão possui inscrição estadual, para a emissão doCT-e deve utilizar séries distintas, conforme dispõ e o § 4º dacláusula quinta do Ajuste SINIEF 9/2007, implementa do no § 4º doart. 38 do Anexo IX do RICMS, observado o disposto no § 2º doart. 39 e o art. 4 2 desse anexo regulamentar, podendo, nessestermos, atuar em quaisquer unidades da federação.

3. Caso seja essa a situação aplicável à consulente , ocredenciamento e a autorização para uso do CT-e ser ão dados pelofisco paranaense, conforme prevê a cláusul a quarta do AjusteSINIEF 9/2007, reproduzida no art. 37 do Anexo IX d o RICMS, poisestá estabelecida e tem inscrição estadual neste es tado, embora oParaná não seja o sujeito ativo para exigência do i mpostoincidente em prestação de serviço de transporte iniciada em outraunidade federada.

Nesse mesmo sentido, a Regra G008 contida no Manual deOrientações do Contribuinte – CT-e, versão 2.00a, a provado peloAto COTEPE/ICMS 01/2014 (precedente: Consulta nº 73 /2014).

Registre-se, ainda, que com a revogação d o inciso I dacláusula quarta do Convênio ICMS 25/1990 pelo Convê nio ICMS17/2015, não há mais previsão para o transportador estabelecido einscrito em Estado diverso daquele do início do fre te emitir oconhecimento correspondente ao serviço no final da pr estação.

4. O imposto é devido ao Estado de início da presta ção,como define o art. 11, inciso II, alínea “a”, da Le i Complementarnº 87/96, e conforme este Setor já manifestou na re sposta àConsulta nº 115/2006, ressaltando-se que no caso de o Paraná nãoser o sujeito ativo para a exigência do ICMS, cumpr e à unidadefederada em que se iniciou o serviço sanar eventuai s dúvidasenvolvendo o cumprimento de obrigações relativas à prestação.

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PROTOCOLO: 13.889.038-4.

CONSULTA Nº: 087, de 21 de junho de 2016.

CONSULENTE: C. VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE RODOVIÁRIO DE CARGA. CT-e.CREDENCIAMENTO E AUTORIZAÇÃO. INÍCIO DAPRESTAÇÃO DE SERVIÇO EM UNIDADE FEDERADADIVERSA DAQUELA ONDE POSSUI INSCRIÇÃOESTADUAL.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, com atividade secundária cadastrada d etransporte rodoviário de cargas intermunicipal, int erestadual einternacional (exceto de produtos perigosos e mudan ças), CNAE4930-2/02, questiona quanto à emissão do CT-e e qua nto aopagamento do impost o nas prestações iniciadas em outras unidadesfederadas, nas quais não possui inscrição no cadast ro decontribuintes.

Entende que o ICMS, nesse caso, é devido ao estado ondeiniciar o frete e que deve emitir o CT-e no início da prestação,mesmo quando isto ocorrer em ente federado diverso do paranaense,haja vista terem sido revogadas as disposições cont idas noConvênio ICMS 25/1990, que previam a possibilidade de sua emissãono final da prestação.

RESPOSTA

A respeito da matéria consultada, a legislação deregência dispõe:

“LC nº 87/1996

Art. 11. O local da operação ou da prestação, para osefeitos da cobrança do imposto e definição doestabelecimento responsável, é:

[...]

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II – tratando-se de prestação de serviço de transpo rte:

a) onde tenha início a prestaç ão;”.

“Lei Nº 11.580/1996

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

V – do início da prestação de serviços de transport einterestadual e intermunicipal, de qualquer naturez a;”.

“RICMS/2012

Art. 148. O contribuinte emitirá ou utilizará, conforme asoperações ou prestações que realizar, os seguintesdocumentos fiscais (art. 45 da Lei n. 11.580/1996); (art. 6ºdo Convênio SINIEF s/n, de 15.12.1970, e art. 1º do ConvênioSINIEF 06/1989; Ajustes SINIEF 03/1978 e 03/1994):

[...]

VI – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas, modelo8;

[...]

XXV – Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e, modelo57 (Ajuste SINIEF 9/2007);

[...]

Art. 179. O Conhecimento de Transporte Rodoviário d e Cargas- CTRC será emitido, antes do início da prestação doserviço, pelo transportador rodoviário de carga que executarserviço de transporte rodoviário intermunicipal ouinterestadual, e conterá, no mínimo, as seguintes i ndicações(artigos 16, 17 e 18 do Convênio SINIEF 06/1989; Aj ustesSINIEF 01 /1989 e 08/1989):

[...]

ANEXO IX – DOS DOCUMENTOS FISCAIS ELETRÔNICOS E AUX ILIARES

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Art. 34. O Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e,modelo 57, poderá ser utilizado pelos contribuintes doImposto sobre Operações Relativas à Circulação deMercadorias e sobre a Prestação de Serviços de TransporteInterestadual e Intermunicipal e de Comunicação – I CMS emsubstituição aos seguintes documentos (Ajuste SINIE F9/2007):

I – Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas , modelo8;

[...]

§ 3º É obrigatória a utilização do CT-e, observado odisposto no art. 57 e em norma de procedimento (Aju steSINIEF 17/2013).

[...]

Art. 37. Para emissão do CT-e, o contribuinte inscr ito noCAD-ICMS deverá solicitar, previamente, seu credenc iamentoperante a CRE - Coordenação da Receita do Estado, na formadisciplinada em norma de procedimento.

§ 1º O contribuinte credenciado para emissão de CT- e deveráobservar, no que couber, as disposições relativas à emissãode documentos fiscais por sistema eletrônico deprocessamento de d ados, nos termos da Subseção II da Seção Vdo Capítulo IV do Título II e do Capítulo XX do Tí tulo III,deste Regulamento (Ajuste SINIEF 4/2009).

[...]

Art. 38. O CT-e deverá ser emitido com base em leia uteestabelecido no MOC - Manual de Orientação do Con tribuinte,publicado por Ato COTEPE, por meio de “software”desenvolvido ou adquirido pelo contribuinte oudisponibilizado pelo fisco (Ajuste SINIEF 14/2012).

[...]

§ 3º O contribuinte poderá adotar séries distintas para aemissão do CT-e, designadas por a lgarismos arábicos, emordem crescente, vedada a utilização de subsérie, o bservado

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o disposto em Ato COTEPE.

§ 4º Quando o transportador efetuar prestação de se rviço detransporte iniciada em unidade federada diversa daq uela emque possui credenciamento pa ra a emissão do CT-e, deveráutilizar séries distintas, observado o disposto no § 2º doart. 39 deste Anexo.

Art. 39. O contribuinte credenciado deverá solicita r aconcessão de Autorização de Uso do CT-e mediante tr ansmissãodo arquivo digital do CT-e via internet, por meio deprotocolo de segurança ou criptografia, com utiliza ção desoftware desenvolvido ou adquirido pelo contribuint e oudisponibilizado pelo fisco.

§ 1º Quando o transportador estiver credenciado par a emissãode CT-e na unidade federada em que tiver início a prestaçãodo serviço de transporte, a solicitação de autoriza ção deuso deverá ser transmitida ao fisco dessa unidade f ederada.

§ 2º Quando o transportador não estiver credenciado paraemissão do CT-e na unidade federada em que tiver in í cio aprestação do serviço de transporte, a solicitação d eautorização de uso deverá ser transmitida ao fisco daunidade federada em que estiver credenciado.

[...]

Art. 42. Concedida a Autorização de Uso do CT-e, o fiscodeverá transmitir o CT-e para:

I – a Secretaria da Receita Federal do Brasil - RFB;

II – a unidade federada:

a) de início da prestação do serviço de transporte;

b) de término da prestação do serviço de transporte ;

c) do tomador do serviço;”.

Das normas transcritas, no que tange aosquestion amentos da consulente, extrai-se que:

1. o Conhecimento de Transporte Eletrônico – CT-e,

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modelo 57, deve ser utilizado em substituição ao Co nhecimento deTransporte Rodoviário de Cargas – CTRC,modelo 8, co nforme dispõeo inciso I do art. 34 do Anexo IX do RICMS, para documentar aprestação de serviços de transporte intermunicipal einterestadual de cargas (art. 179 do RICMS).

2. Quando o transportador efetuar prestação de serv içode transporte iniciada em unidade federada na qual não estáestabelecido e não possui inscrição estadual, para a emissão doCT-e deve utilizar séries distintas, conforme dispõ e o § 4º dacláusula quinta do Ajuste SINIEF 9/2007, implementa do no § 4º doart. 38 do Anexo IX do RICMS, observado o disposto no § 2º doart. 39 e o art. 42 desse anexo regulamentar, podendo, nessestermos, atuar em quaisquer unidades da federação.

3. Caso seja essa a situação aplicável à consulente , ocredenciamento e a autorização para uso do CT-e ser ão dados pelofisco paranaense, conforme prevê a cláusula quarta do AjusteSINIEF 9/2007, reproduzida no art. 37 do Anexo IX d o RICMS, poisestá estabelecida e tem inscrição estadual neste es tado, embora oParaná não seja o sujeito ativo para exigência do i mpostoincidente em prestação de serviço de transporte in iciada em outraunidade federada.

Nesse mesmo sentido, a Regra G008 contida no Manual deOrientações do Contribuinte – CT-e, versão 2.00a, a provado peloAto COTEPE/ICMS 01/2014 (precedente: Consulta nº 73 /2014).

Registre-se, ainda, que com a revogação do inciso I dacláusula quarta do Convênio ICMS 25/1990 pelo Convê nio ICMS17/2015, não há mais previsão para o transportador estabelecido einscrito em Estado diverso daquele do início do fre te emitir oconhecimento correspondente ao serviço no final da pres tação.

4. O imposto é devido ao Estado de início da presta ção,como define o art. 11, inciso II, alínea “a”, da L eiComplementar nº 87/96, e conforme este Setor já man ifestou naresposta à Consulta nº 115/2006, ressaltando-se que no caso de oParaná não ser o sujeito ativo para a exigência do ICMS, cumpr e àunidade federada em que se iniciou o serviço sanar eventuaisdúvidas envolvendo o cumprimento de obrigações rela tivas à

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prestação.

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PROTOCOLO: 14.059.493-8.

CONSULTA Nº: 088, de 11 de julho de 2016.

CONSULENTE: INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CONFECÕES SCALON LTDA.

ASSUNTO: ICMS. MOSTRUÁRIO. OPERAÇÃO INTERESTADUAL.ALÍQUOTA APLICÁVEL.

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, atuando no ramo de confecções de peça s evestuários, indaga qual a alíquota a ser destacada em nota fiscalde remessa de mostruário em operação interestadual.

Relata que, na remessa de mostruário para seurepresentante não contribuinte em ope ração interestadual, destacaa alíquota interna de 18%, conforme prevê o § 4º do art. 344 doRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº 6.080, de 28 desetembro de 2012.

No entanto, esclarece que o documento fiscal assimemitido não é validado pelo siste ma da nota fiscal eletrônica,devido a nova regra estabelecida pela Nota Técnica 2015/003, quealterou o leiaute da NF-e, para receber as informaç õescorrespondentes ao ICMS devido para a unidade da Fe deração dedestino, nas operações interestaduais de ven da para consumidorfinal não contribuinte, atendendo as definições da EmendaConstitucional nº 87, de 16 de abril de 2015.

Sendo assim, indaga se deve emitir a nota fiscal deremessa de mostruário para seu representante não co ntribuintelocalizado em outra unidade federada com o destaque do imposto àalíquota interestadual, partilhando o diferencial e ntre osestados de origem e destino, nos termos da Emenda C onstitucional87/2015, ou se deve continuar destacando o imposto à alíquota de18%.

RESPOSTA

Prelim inarmente, esclarece-se que a matéria questionadase encontra tratada no art. 15 da Lei n. 11.580, de 14 de

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novembro de 1996, que, em atenção à Emenda Constitu cional 87, de2015, vigente desde 1º de janeiro de 2016, dispõe q ue asalíquotas interestaduais t ambém se aplicam às operações eprestações que destinem bens, mercadorias e serviço s a nãocontribuintes localizados nas demais unidades feder adas, verbis :

“Art. 15. As alíquotas para operações e prestaçõesinterestaduais são: (ver art. 52 da Lei 18.753/20 15)

I - 12% (doze por cento) para as operações e presta çõesinterestaduais que destinem bens, mercadorias e ser viços acontribuintes ou a não contribuintes do imposto localizadosnos Estados de Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Rio deJaneiro, Santa Catarin a e São Paulo (Emenda Constitucionaln. 87, de 16 de abril de 2015);

II - 7% (sete por cento) para as operações e presta çõesinterestaduais que destinem bens, mercadorias ou se rviços acontribuintes ou a não contribuintes do imposto localizadosno Distrit o Federal, e nos demais Estados não relacionadosno inciso I do caput deste artigo (Emenda Constituc ional n.87, de 16 de abril de 2015);”

Esclarece-se, ainda, que foi acrescentado aoRICMS/2012, pelo Decreto n. 3.208, de 23.12.2015, c om vigênciadesde 1º de janeiro de 2016, o art. 327-H, que trataespecificamente das operações ou prestações que des tinem bens eserviços a consumidor final não contribuinte do imp ostolocalizado em outra unidade federada que, dispõe:

“Art. 327-H. No caso de operações ou pres tações quedestinarem bens e serviços a consumidor final nãocontribuinte do imposto localizado em outra unidadefederada, caberá ao Estado do Paraná, além do impos tocalculado mediante utilização da alíquota interesta dualprevista no art. 15, a parcela do valor correspondente àdiferença entre essa e a alíquota interna da unidad efederada destinatária, na seguinte proporção:

I - para o ano de 2016: 60% (sessenta por cento);

II - para o ano de 2017: 40% (quarenta por cento);

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III - para o ano de 2018: 20% (v inte por cento).”

Assim, o estabelecimento que destinar mercadoria aconsumidor final não contribuinte do ICMS em operaç ãointerestadual, deverá destacar o imposto mediante a utilização daalíquota interestadual de que trata o art. 15 da Le i nº11.580/96, cabendo ainda ao Estado do Paraná, a parcela do val orcorrespondente ao diferencial de alíquotas, na prop orçãodeterminada pela regra transitória estipulada no ar t. 327-H doRICMS.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o d isposto no art. 664 do RICMS, que prevê oprazo de até quinze dias para a adequação dos proce dimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.809.042-6.

CONSULTA Nº: 089, de 7 de julho de 2016.

CONSULENTE: BIGNARDI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PAPÉIS EARTEFATOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. SAÍDAS PARASIMPLES NACIONAL. PERCENTUAIS DE REDUÇÃO DAMVA.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, empresa estabelecida em Jundiaí, SP, queatua como fabricante de produtos de papel, e no com ércioatacadista de produtos de escritório e papelaria, i nforma querealiza operações com destino a contribuintes paran aenses,envolvendo produtos de papelaria listados no Protocolo ICMS110/2013, sob a sistemática da substituição tributá ria.

Aduz que observa o disposto nos parágrafos quinto esexto do art. 12-D do Anexo X do Regulamento do ICM S,relativamente aos percentuais de redução de 30% e 5 0% das margensde valor agregado (MVA), ao praticar a substituição tributárianessas saídas a contribuintes paranaenses enquadrad os no SimplesNacional.

Questiona se deve considerar benefício fiscal aplic ávelà operação interna, mesmo que aquela que realiza se jainterestadual, para fins de determinação do percent ual de reduçãoda MVA de que trata o referido art. 12-D.

Indaga, ainda, se está correto o seu entendimento d eque deve aplicar sempre o percentual de redução de 50% de quetrata o inciso II do art. 12-D d o Anexo X, uma vez que a alíquotado ICMS na operação interestadual não é igual ou su perior a 18%.

RESPOSTA

Para análise dos questionamentos, transcrevem-se osdispositivos do Regulamento do ICMS que tratam da m atéria:

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“Art. 12-D O contribuinte substituto , em relação àsoperações com as mercadorias a que se referem as Se ções XXXIa XXXVII deste Anexo, que promover saída em operaçã o internadestinada a contribuinte enquadrado no Simples Naci onal,deverá utilizar, para apuração do imposto a ser ret ido, osco eficientes a seguir indicados:

I - 30% (trinta por cento) do percentual da MVA uti lizadopelo substituto, para as operações tributadas à alí quotaigual ou superior a 18% (dezoito por cento);

II - 50% (cinquenta por cento) do percentual da MVAutilizado pel o substituto, nos demais casos.

§ 1º Sempre que houver benefício fiscal na operação internadeverá ser aplicado o percentual de redução de que trata oinciso II do “caput”.

§ 2º Para efeitos do disposto neste artigo deverá s erconsiderada a situação cadast ral do contribuinte na data darealização da operação pelo substituto.

§ 3º Na nota fiscal que documentar a operação dever á estarconsignado, no campo “Informações Complementares”: “Operaçãodestinada a contribuinte enquadrado no Simples Naci onal -MVA red uzida - art. 12-D do Anexo X do RICMS.”

§ 4º O disposto neste artigo não se aplica às opera çõesbeneficiadas com redução de base de cálculo com man utençãointegral do crédito.

§ 5º O disposto neste artigo se aplica também às op eraçõesinterestaduais destin adas a contribuintes paranaensesenquadrados no Simples Nacional.

§ 6º Para apuração do imposto a ser retido nas oper ações deque trata o § 5º, o contribuinte substituto deverá aplicaros coeficientes previstos nos incisos I e II do “ca put”sobre os percen tuais das MVA ajustadas atribuídas àsoperações interestaduais, observando, quando for o caso, odisposto no inciso III do § 4º do art. 1º, deste an exo.”

Primeiramente, esclarece-se que, como se trata de

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substituição tributária em relação às operações sub sequentes, alegislação a ser observada pelo substituto tributár io é a doEstado onde essas ocorrerão. Por isso, incorreto o entendimentoda consulente, já que a alíquota a ser considerada para saberqual percentual de redução da MVA aplicar, a que se refer e odispositivo questionado, é a aplicável ao produto n o Paraná e nãoa alíquota interestadual.

Portanto, para efeitos de verificação do percentual deredução, para 30% ou para 50%, deve ser considerada a cargatributária a ser utilizada pelo substituto t ributário para finsde apuração do imposto a ser por ele retido por sub stituiçãotributária.

Assim, quando o cálculo deve ser efetuado considera ndoa alíquota igual ou superior a 18%, o percentual de agregaçãodeve corresponder a 30% da MVA.

Por outro lad o, quando a carga tributária a serutilizada para cálculo do ICMS a ser retido for inf erior a 18%,em razão de alíquota específica ou de eventual bene fício, deveser utilizado o percentual de 50% da MVA, nos termo s do inciso IIcombinado com o § 1º do art. 12-D do Anexo X.

Registre-se, ainda, ser inaplicável o disposto no a rt.12-D do Anexo X do Regulamento do ICMS às operações beneficiadascom redução de base de cálculo, quando prevista a p ossibilidadede manutenção integral do crédito, conforme dispõe o § 4º doreferido artigo.

Cabe destacar que a redução nos percentuais de MVA tempor objetivo diminuir o montante do ICMS a ser reti do decontribuintes substituídos optantes pelo Simples Na cional,deduzindo, por conseguinte, a carga tributária por elessup ortada, em relação às aquisições de mercadorias suj eitas àsubstituição tributária.

Como a consulente não especifica o benefício aplicá velàs operações internas, desde que esse não se enquad re na exclusãode que trata o § 4º e que se destine a todas as eta pas decirculação interna, resultando em carga menor que 1 8%, aplicável

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o percentual de redução do inciso II do art. 12-D.

Considerando a atividade da consulente e os produto sque comercializa, é oportuno ressaltar que não pode serconsiderado o benefício de que trata o item 17 do Anexo II,aplicável a operações com material escolar, porque contemplaapenas a última etapa de comercialização, aquela co m o consumidorfinal.

Nesse caso, tendo em vista que a alíquota dos produ toscorresponde a 18%, deve ser con siderado o percentual de reduçãoprevisto no inciso I do art. 12-D. Precedente Consu lta n.61/2016.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS/20 12, que prevê oprazo de até quinze dias para a adequação de seus p rocedimentosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.793.569-4.

CONSULTA Nº: 090, de 23 de junho de 2016.

CONSULENTE: GRANOLAB DO BRASIL S.A. TECNOLOGIA PARA AINDÚSTRIA ALIMENTÍCIA.

SÚMULA: ICMS. EXPORTAÇÃO INDIRETA.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua na fabricação e comércioatacadista de produtos alimentícios, informa que pr etende efetuarvenda a empresa localizada no Mato Grosso do Sul, q ue efetuará aexportação para o Paraguai.

Com fundamento no inciso II e no item I do parág rafoúnico do art. 3º do Regulamento do ICMS, questiona se a nãoincidência do ICMS se aplica somente quando a desti natária é umaempresa comercial exclusivamente exportadora ou Trading Companyou pode ser aplicado no caso de a comercial exporta dora pratic artambém vendas no mercado interno.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se os disposit ivosda Lei n. 11.580/1996 e do Regulamento do ICMS apro vado peloDecreto n. 6.080/2012:

LEI n. 11.580/1996:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações rel ativas à circulação de mercadorias,inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas e m bares,restaurantes e estabelecimentos similares;

...

Art. 4º O imposto não incide sobre:

II - operações e prestações que destinem ao exterio rmercadorias, inclusive p rodutos primários e produtos

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industrializados semi-elaborados, ou serviços;

...

Parágrafo único. Equipara-se às operações de que tr ata oinciso II a saída de mercadoria realizada com o fimespecífico de exportação para o exterior, destinada a:

I - empresa comercial exportadora, inclusive "tradings" ououtro estabelecimento da mesma empresa;

II - armazém alfandegado ou entreposto aduaneiro.”

REGULAMENTO DO ICMS:

“Art. 497. Nas saídas de mercadorias com o fim espe cífico deexportação, de que tratam o inciso II e o parágrafo único doart. 3º, promovidas por contribuintes localizados n esteEstado, para empresa comercial exportadora (“tradin gcompany”) ou outro estabelecimento da mesma empresa , oestabelecimento remetente deverá emitir nota fiscalcontendo, além dos requisitos exigidos pela legislação, nocampo “Informações Complementares”, a expressão “re messa como fim específico de exportação” (Convênio ICMS 113/ 1996 e84/2009)

...

§ 2º Para os fins deste artigo, entende-se como emp resacomercial exportadora (“trading company”) a empresacomercial que realize operações mercantis de export ação,inscrita no Cadastro de Exportadores e Importadores daSecretaria de Comércio Exterior - SECEX, do Ministé rio doDesenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

...

Art. 498. O estabelecimento destinatário, ao emitir not afiscal com a qual a mercadoria, total ou parcialmen te, seráremetida para o exterior, fará constar, nos campos relativosàs informações complementares (Convênio ICMS 84/200 9):

...

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§ 1° Até o último dia d o mês subsequente ao do embarque damercadoria para o exterior, o estabelecimento expor tadorencaminhará ao estabelecimento remetente a 1ª via d o“Memorando-Exportação”, que será acompanhada:

a) da cópia do Conhecimento de Embarque;

b) do comprovante de ex portação;

c) do extrato completo do Registro de Exportação, c om todosos seus campos;

d) da Declaração de Exportação.

...

Art. 501. O estabelecimento remetente ficará obriga do aorecolhimento do imposto devido, inclusive o relativ o àprestação de serviço d e transporte quando for o caso,sujeitando-se aos acréscimos legais, inclusive mult a, emqualquer dos seguintes casos em que não se efetivar aexportação, observado o disposto no inciso XIV do a rt. 75(Convênio ICMS 84/2009):

I - no prazo de 180 (cento e o itenta) dias, contado dadata da saída da mercadoria do seu estabelecimento;

II - em razão de perda, furto, roubo, incêndio,calamidade, perecimento, sinistro da mercadoria, ou qualqueroutra causa;

III - em virtude de reintrodução da mercadoria nomercado interno;

IV - em razão de descaracterização da mercadoriaremetida, seja por beneficiamento, rebeneficiamento ouindustrialização.

§ 1º Em relação a produtos primários e semielaborad os, oprazo de que trata o inciso I será de noventa dias, excetoquanto a os produtos classificados no código 2401 da NCM par aos quais o prazo será de 180 (cento e oitenta) dias .

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§ 2º Os prazos estabelecidos no inciso I e no § 1º poderãoser prorrogados, uma única vez, por igual período, mediantelavratura de termo no RO-e, pel o interessado, no qual deveráconstar o número da nota fiscal de remessa com fimespecífico de formação de lote para exportação e ajustificativa quanto a necessidade de prorrogação.”

Como se pode inferir da legislação transcrita, adesoneração por equipar ação à exportação não exige que a empresadestinatária seja “exclusivamente” comercial export adora, mas queesteja habilitada na Receita Federal para operar no SISCOMEX eestar inscrita no Registro de Importadores e Export adores daSECEX, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e ComércioExterior.

Nesse sentido, o § 2º do art. 497 do Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 deixa clar o que a regranão se aplica apenas às trading company .

Assim, quando da saída do produto para contribuint eestabelecido em outra unidade federada, para fins d e exportação,a consulente estará realizando uma exportação indir eta e taloperação enquadra-se na disposição do inciso I do p arágrafo únicodo art. 4º da Lei n. 11.580/1996, portanto desonera da do ICMS.

Entretanto, necessário observar as disposições cont idasnos dispositivos do Regulamento do ICMS antes trans critos, quedispõem sobre as operações e prestações realizadas com o fimespecífico de exportação, inclusive quanto à extens ão dotratamento às come rcial exportadoras e quanto à necessidade de secomprovar a exportação do mesmo produto, sob pena d e ser devido oimposto nas operações praticadas pela consulente.

Destaca-se, ainda, que a manutenção dessa desoneraç ãoestá vinculada à comprovação de que a saída para o exterior seefetivou (§ 2º do art. 499 do Regulamento do ICMS).

Portanto, não comprovada a exportação do produto, n acondição em que remetido ao outro Estado e no prazo especificadono art. 502, o imposto anteriormente dispensado dev e serreco lhido ao Estado do Paraná.

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Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS/2012, qu e prevê oprazo de até quinze dias para a adequação de seus p rocedi mentosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.915.141-0.

CONSULTA Nº: 091, de 5 de julho de 2016.

CONSULENTE: ANDREA MAIA MODAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. AQUISIÇÃOINTERESTADUAL DE MERCADORIA IMPORTADA.ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo Simples Nacional ecadastrada na atividade de comércio varejista de ar tigos devestuário, informa que adquire mercadorias importad as emoperações interestaduais e que as revende a consumi dor final.

Expõe que, para o cálc ulo da antecipação do imposto,aplicava o percentual de 14%, resultante da diferen ça entre aalíquota interna de 18% e a alíquota interestadual de 4%.

No entanto, tendo em vista o contido no BoletimInformativo n. 29/2015 da Secretaria de Estado da F azenda , passoua recolher o imposto no percentual de 8%.

Do exposto, indaga se está correto o seu atualprocedimento e, em caso positivo, se há possibilida de derestituição dos recolhimentos efetuados por percent ual maior doque o devido.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS/2012) e os trechos doBoletim Informativo n. 29/2015 da Secretaria de Est ado daFazenda, pertinentes ao questionamento da consulent e:

RICMS/2012

“Art. 5º Considera-se ocorri do o fato gerador do imposto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

(...)

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§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federada, observado o disposto no art. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

(...)

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo contribuin te ou peloresponsável solidário, no momento da entrada no ter ritórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas interna e interestad ual, aplicada sobre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduais s ujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regim e dasub stituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferimento parcial de quetrata o art. 108.

§ 2º Em substituição ao pagamento do imposto no mom ento daentrada dos bens ou das mercadorias n o territórioparanaense:

I - tratando-se de contribuinte sujeito ao regime n ormal deapuração, o imposto devido poderá ser lançado emconta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entra da damercadoria no Estado;

II - tratando-se de contribuinte optante pe lo SimplesNacional, o imposto devido poderá ser pago em GR-PR até odia três do segundo mês subsequente ao da entrada d amercadoria no Estado (art. 21-B da Lei Complementar Federal

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n. 123, de 14 de dezembro de 2006).

§ 3º O imposto lançado na forma do inc iso I do § 2º poderáser apropriado como crédito pelo estabelecimentodestinatário enquadrado no regime normal de apuraçã ojuntamente com o imposto destacado no documento fis cal.”

BOLETIM INFORMATIVO N. 29/2015 DA SECRETARIA DE EST ADO DAFAZENDA

“Recolhime nto de 8% nas aquisições interestaduais de bens emercadorias importados, sujeitas à alíquota de 4% ( quatropor cento), destinados à comercialização ou àindustrialização, com o objetivo de igualar a cargatributária àquela exigida nas aquisições internas dos mesmosprodutos.

1. O imposto a ser recolhido, regra geral, deve cor responderao percentual de 8% (12% - 4%).2. Não haverá recolh imento naaquisição interestadual de mercadoria que na operaç ãointerna de aquisição esteja alcançada pela isenção.3. Nos demais casos, inclusive quando não for aplicado odiferimento parcial, deverá ser verificada a cargatributária interna da operação de aquisição com o m esmoproduto.

(...)

6. Na hipótese de o recolhimento ter sido efetuado empercentual maior do que o dev ido, deverá ser solicitada suarestituição, sendo vedada a compensação em futurospagamentos.”

Inicialmente, informa-se que matéria semelhante à o raquestionada já foi tratada nas Consultas n. 125/201 5, 126/2015 e001/2016, cujos excertos dessa última se t ranscrevem:

“(...) Partindo dessa premissa, a consulente, quand o adquirede outras unidades federadas mercadorias importadas doexterior, que se submetem à alíquota interestadual de 4%(quatro por cento), deve recolher o imposto corresp ondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadual,considerando, para fins de definição da carga tribu táriainterna, o tratamento tributário aplicável à mercad oria na

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operação interna, nos termos do inciso III do § 1º do art.13-A do Regulamento do ICMS.

Assim, quando do cálculo do imposto a ser recolhido porantecipação deve considerar eventual isenção ou red ução nabase de cálculo, bem como o diferimento parcial de que tratao art. 108 do Regulamento do ICMS (...)”

De acordo com o inciso III do § 1º do art. 13- A doRICMS/2012, o diferimento parcial de que trata o ar t. 108 damesma norma regulamentar deverá ser observado para o cálculo doimposto a ser recolhido por antecipação.

Dessa maneira, embora a alíquota aplicável aos arti gosde vestuário seja de 18%, cas o tais mercadorias fossem adquiridaspela consulente em operações internas, submeter-se- iam à cargatributária de 12%, em razão do diferimento parcial do imposto deque trata o art. 108 do RICMS/2012.

Logo, as operações questionadas pela consulentesujeita m-se à regra geral do percentual de antecipação de 8%,resultante da diferença entre a carga tributária in terna (12%) ea alíquota interestadual (4%), conforme explicitado no BoletimInformativo n. 29/2015.

Com relação a eventual valor indevidamente recolh ido,poderá ser solicitada sua restituição, observando-s e osprocedimentos previstos nos artigos 90 a 95 do RICM S/2012,conforme noticiado no item 6 do Boletim Informativo antestranscrito.

Ressalta-se, por fim, que, de acordo com o disposto noinciso II d o § 1º do Art. 13-A do RICMS/2012, a obrigatoriedad ede antecipação do imposto não se aplica às operaçõe sinterestaduais com mercadorias submetidas ao regime dasubstituição tributária.

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PROTOCOLO: 14.041.347-0.

CONSULTA Nº: 092, de 13 de julho de 2016.

CONSULENTE: INGREDION BRASIL INGREDIENTES INDUSTRIAIS LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRODUTOR RURAL. OPERAÇÃO DOCUMENTADA PORNOTA FISCAL ELETRÔNICA. DESNECESSIDADE DEEMISSÃO DE NOTA FISCAL PARA DOCUMENTAR AENTRADA POR PARTE DO DESTINATÁRIO.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, com atividade econômica principal defabricação de amidos e féculas de vegetais, apresen ta dúvidasquanto ao procedimento a ser adotado para escritura r entradas demilho, classificado no código NCM 1005.90.10, prove nientes deprodutor rural.

Aduz que adquire a matéria-prima de produtoreslocalizados em vários Estados, os quais emitem nota fiscaleletrônica Avulsa, série 890, e que realiza a escri turação dareferida nota no LRE - Livro Registro de Entradas, conformeprevisto no Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EFDICMS/IPI, versão 2.0.17.

Não obstante, foi orientada por consultorias fiscai sespecializadas do Paraná a emitir nota fiscal para documentar aentrada e escriturá-la em colunas próprias no LRE.

Posto isto, questiona qual o correto procedimento aadotar para escrituração da entrada de matéria-prim a adquirida deprodutor rural em operação interestadual.

RESPOSTA

Transcreve-se o dispositivo do Regulamento do ICMS,aprovado pelo Decreto n. 6.080, de 28 de setembro d e 2012,pert inente ao questionamento da consulente:

“Art. 160. O contribuinte, excetuado o produtor rur alinscrito no CAD/PRO, emitirá nota fiscal (Convênio SINIEF,

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de 15.12.1970, artigos 54 a 56; Ajustes SINIEF 5/71 , 16/1989e 3/1994):

I - no momento em que entrare m em seu estabelecimento, realou simbolicamente, bens ou mercadorias:

a) novos ou usados, remetidos a qualquer título porprodutores agropecuários ou pessoas físicas ou jurí dicas nãoobrigados à emissão de documentos fiscais;”

Transcreve-se, também, a ori entação específica contidano Guia Prático da Escrituração Fiscal Digital - EF D ICMS/IPI,versão 2.0.17, aplicável a todas as unidades federa das, quanto aoprocedimento a ser adotado pelo destinatário que re cebermercadoria documentada por nota fiscal avul sa eletrônica, emitidapor produtor rural:

“REGISTRO C100: NOTA FISCAL (CÓDIGO 01), NOTA FISCA L AVULSA(CÓDIGO 1B), NOTA FISCAL DE PRODUTOR (CÓDIGO 04), N F-e(CÓDIGO 55) e NFC-e (CÓDIGO 65). Este registro deve sergerado para cada documento fiscal código 01, 1B, 04, 55 e 65(saída), conforme item 4.1.1 do Ato COTEPE/ICMS nº 09, de 18de abril de 2008, registrando a entrada ou saída de produtosou outras situações que envolvam a emissão dos documentosfiscais mencionados. As NFC-e – código 65 não devem serescrituradas nas entradas. A partir do mês de refer ênciaabril de 2012, a informação do campo CHV_NFE passa a serobrigatória em todas as situações, exceto para NFe comnumeração inutilizada (COD_SIT = 05). IMPORTANTE: p aradocumentos de entrada, os campos de valor de imposto, basede cálculo e alíquota só devem ser informados se oadquirente tiver direito à apropriação do crédito ( enfoquedo declarante).”(com grifos)

Depreende-se da norma transcrita que está dispensad a aemissão de nota fiscal para documen tar a entrada na situação emque o produtor rural remetente emite nota fiscal av ulsaeletrônica, podendo ser registrada essa nota na EFD .

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PROTOCOLO: 14.075.165-0.

CONSULTA Nº: 093, de 12 de junho de 2016.

CONSULENTE: BIOBRAS ENERGIAS RENOVÁVEIS EIRELI.

SÚMULA: ICMS. BIODIGESTOR. REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO.INAPLICABILIDADE.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, optante pelo Simples Nacional ecadastrada na atividade de fabricação de artefatos de tecidos ede laminados planos e tubulares de material plástic o, expõe quepretende migrar para o regime normal de tributação e que passaráa industrializar biodigestores de manta plástica PEBDL(polietileno de baixa densidade linear), tendo como principaisclientes produtores rurais.

Esclarece que o biodigestor se constitui em umreservatório totalmente fechado, livre de oxigênio, onde sãoalojados e fermenta dos dejetos de suínos, bovinos e aves,resultando na produção de biogás, e que o código NC M adequado aoproduto é o 3925.10.00, cuja descrição na Tabela de Incidência doImposto sobre Produtos Industrializados (TIPI) é a seguinte:reservatórios, cisternas, cubas e recipientes análogos, decapacidade superior a 300 l.

Efetuados esses esclarecimentos, questiona se podeaplicar nas operações com tais produtos a redução d e base decálculo de que trata o item 16 do Anexo II do Regul amento doICMS, em razão de o código 3925.10.00 da NCM constar dentre asmáquinas e equipamentos agrícolas beneficiados, com a seguintedescrição: silos de matéria plástica artificial ou de lonaplastificada, com capacidade superior a 300 litros.

Aduz que o biodigestor é um equipamento agrícola, poisdestinado a produtores rurais, ainda que possa ser utilizado poragroindústrias, e que estaria compreendido no termo silo, hajavista que sua definição, segundo o Dicionário Micha elis, é dereservatório que pode ser utilizado para o armazen amento de

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qualquer material, e não apenas de grãos e cereais.

RESPOSTA

Primeiramente, registre-se que é de responsabilidad e docontribuinte a classificação da mercadoria que prod uz na NCM,sendo essencial para a aplicação adequada de tratam entostributário s a correta identificação de seu código fiscal. Emcaso de dúvidas, o órgão competente para dirimi-las é aSecretaria da Receita Federal do Brasil.

Relativamente ao código NCM 3925.10.00, as NotasExplicativas do Sistema Harmonizado de Designação e deCodificação de Mercadorias (NESH) esclarecem que esse se aplica areservatórios, cisternas (incluídas as fossas sépti cas), cubas erecipientes análogos, de capacidade superior a 300 litros. Quantoao biodigestor, registre-se que é apresentado por f abricantescomo uma evolução da fossa séptica, por possuir fil tro anaeróbicointerno, que contribui para maior eficiência no tra tamento deresíduos orgânicos, e mecanismo extrator da biomass a jáfermentada.

Para averiguar se esse produto está contemplado naregra de redução de base de cálculo mencionada, transcreve-s e odisposto na posição 2 do item 16 do Anexo II do Reg ulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, que relac iona o código3925.10.00 da NCM na subposição 2.1:

“16 A base de cálculo é reduzida, at é 30.6.2017, nasoperações com as MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS a diantearrolados, para o percentual que resulte na carga t ributáriaequivalente a (Convênios ICMS 52/1991, 69/2009, 14/ 2013 e191/2013):

a) 4,1% quando se tratar de operações interestaduai sdestinadas aos Estados das regiões Norte, Nordeste eCentro-Oeste ou ao Estado do Espírito Santo (Convên io ICMS154/2015)

b) 5,6% nas operações internas;

c) sete por cento nas demais operações interestadua is.

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Nota: o disposto neste item:

1. aplica-se às operações de importação do exterior;

2. não se aplica aos bens usados beneficiados com a reduçãoda base de cálculo a que se refere o item 3 deste A nexo;

3. não acarretará a anulação do crédito em relação à entradade mercadorias;

4. desobriga o contribuin te do pagamento do diferencial dealíquotas.

Posição Descrição NCM

.... .... ....

2 SILOS SEMDISPOSITIVOS DEVENTILAÇÃOOUAQUECIMENTOINCORPORADOS, MESMOQUE POSSUAMTUBULAÇÕESQUEPERMITAM AINJEÇÃO DEAR PARAVENTILAÇÃOOUAQUECIMENTO

2.1 Silos dematériaplásticaartificialou de lonaplastificada, com

3925.10.00

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capacidadesuperior a300 litros

2.2 Silos deferro ouaço paraarmazenamento de grãose outrasmatériassólidas

7309.00.10

2.3 Silos comdispositivos deventilaçãoouaquecimento(ventiladores ouaquecedores)incorporados, dequalquermatéria

8419.89.99

2.4 Silosmetálicosparacereais,fixos (nãotransportáveis),incluídasasbaterias,commecanismoselevadoresou

8479.89.40

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extratoresincorporados.

2.5 Silospré-fabricados comestruturade madeirae paredesexterioresconstituídasessencialmente dessamatéria

9406.00.9

2.6 Silospré-fabricados comestruturade ferro ouaço eparedesexterioresconstituídasessencialmente dessamatéria

9406.00.92

...”

Verifica-se que na posição 2 da norma reg ulamentarestão especificados os reservatórios aos quais se d estina obenefício, quais sejam, os silos para armazenagem d e produtosagrícolas em geral (grãos, cereais, matérias sólida s etc.),produzidos com diversos materiais (matéria plástica , ferro, açoou pré-fabricados), classificados nos correspondent es códigos NCMlistados.

Ainda, em consulta ao dicionário Michaelis Dicionár io

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Brasileiro da Língua Portuguesa, disponível em form ato digital noendereço michaelis.uol.com.br., para o temo silo, c onsiderad o ouso na agricultura, são apresentados os seguintes s ignificados:(1) recipiente cavado no solo usado para armazenar cere ais eforragem verde e (2) reservatório de alvenaria em f orma de torre,usado para armazenar cereais, cimento ou outros pro dutos.

Logo, conclui-se que a regra não se aplica às operaçõ escom outros tipos de reservatórios, cisternas, cubas ourecipientes análogos, que não os silos dos tipos de scritos.

Especificamente em relação aos biodigestores, ainda queclassificados no código 3925.1 0.00, conforme relata a consulente,certamente seriam expressamente mencionados na norm abeneficiadora, até em razão da particular função a que sedestinam, caso seu objetivo fosse o de alcançá-los.

Assim, incorreta a posição da consulente, quanto àexten são do benefício às operações com biodigestores.

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PROTOCOLO: 14.067.691-8.

CONSULTA Nº: 094, de 12 de julho de 2016.

CONSULENTE: ELETRONOR – DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS ELÉTRICOSLTDA.

SÚMULA: ICMS. MATERIAIS ELÉTRICOS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, informando que tem por atividadepreponderante o ramo atacadista de material elétric o e afins eque praticamente cem por cento de suas operações re ferem-se aprodutos sujeitos à substituição tributária, mencio na asalterações introduzidas na tabela de produtos de que trata o art.116 do Anexo X do Regulamento do ICMS pelo Decreto n. 3.530/2016,para concluir que não mais se submetem à substituiç ão tributáriaos produtos: (1) conversores e retificadores , que constavam nadescrição do item 4, e (2) partes reconhecíveis como exclusiva ouprincipalmente destinadas aos aparelhos da posição 8537 ,contemplados no então item 27.

Questiona se está correta sua conclusão.

RESPOSTA

Para análise da questão, transcreve-se a redação doart. 116 do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080/2012, vigente a partir de 1º de janeiro de 2016, naparte que trata dos produtos mencionados pela consu lente:

“Art. 116. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classific ações na NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

Posição

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

.... .... .... ....

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2 12.001.00

85.04 Transformadores, bobinas dereatância e deauto indução,inclusive ostransformadoresde potênciasuperior a 16KVA,classificadosnas posições8504.33.00 e8504.34.00;exceto osdemaistransformadoresda subposição8504.3, osreatores paralâmpadaselétricas dedescargaclassificadosno código8504.10.00, oscarregadores deacumuladores docódigo8504.40.10, osequipamentos dealimentaçãoininterrupta deenergia (UPS ou"no break"), nocódigo8504.40.40 e osde usoautomotivo

... ... ... ...

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12 12.005.00

85.38 Partesreconhecíveiscomo exclusivaouprincipalmentedestinadas aosaparelhos dasposições 85.35e 85.36”

Transcreve-se, também, a descrição apresentada pelanorma regulamentar vigente até 31 de dezembro de 20 15, referenteaos dois grupos de produtos, classificados respecti vamente nasposições 85.04 e 85.38 da NCM:

85.04 Transformadores,co nversores,retificadores,bobinas de reatânciae de autoindução,exceto ostransformadores dasubposição 8504.3,os reatores paralâmpadas elétricasde descargaclassificados nosubitem 8504.10.00,os carregadores deacumuladores dosubitem 8504.40.10 eos equipamentos dealimentaçãoininterrupta deenergia (UPS ou “nobreak”) no código8504.40.40

... ... ...

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Confrontando as duas reda ções, verifica-se que osconversores e retificadores não constam mais na descrição atualdada aos produtos da posição 2 do art. 116, assim c omo foramexcluídas da descrição referente à posição 12 as partesexclusivas ou principalmente destinadas aos aparel hos da posição85.37 .

Logo, considerando que a sujeição à substituiçãotributária requer que a mercadoria esteja contida,cumulativamente, na descrição e no código NCM apres entados nanorma regulamentar que prevê o regime, correto o en tendimentomanifestad o pela consulente, de que os produtos mencionados n ãomais se encontram inseridos nos dispositivos antes mencionados e,portanto, estariam excluídos desse regime.

Entretanto, cabe à consulente também se certificar queos produtos que comercializa não se in serem, por seu código edescrição, em outros dispositivos do Anexo X do Reg ulamento doICMS que identificam produtos sujeitos à substituiç ão tributáriae que também fazem referência às posições 85.04 e 8 5.38, ou asubposições e códigos nelas compreendidos.

Registre-se que a edição do Decreto n. 3.530/2016,dando nova redação às tabelas de produtos do Anexo X doRegulamento do ICMS, com vigência a partir de 1º de janeiro de2016, fundamenta-se no Convênio ICMS 92/2015, que e stabelece asistemática de unifo rmização e identificação das mercadorias ebens passíveis de sujeição ao regime de substituiçã o tributária.

Por fim, cabe mencionar que está prevista, no art. 2ºdo decreto antes mencionado, regra de convalidação, relativamenteaos procedimentos adotados no período de 1º de janeiro a 22 defevereiro de 2016, data de sua publicação:

“Art. 2.º Ficam convalidados os procedimentos adota dos nasoperações com as mercadorias descritas nas alteraçõ es 923ª a959ª de que trata o art. 1º, realizadas sob o regim e desubstituição tributária ou em consonância com as reg ras atéentão vigentes, no período de 1º de janeiro de 2016 até adata da sua publicação.”.

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PROTOCOLO: 14.042.642-3.

CONSULTA Nº: 095, de 19 de julho de 2016.

CONSULENTE: RONAFER INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE AÇOS LTDA.

ASSUNTO: ICMS.BOBINAS E CHAPAS DE AÇO. CRÉDITOPRESUMIDO. CONDIÇÕES PARA A FRUIÇÃO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricaçã o deprodutos de metal, informa que utiliza bobinas e ch apas de aço,classificadas nas posições NCM 72.07 a 72.10, como matéria-primana fabricação de armação metálica para uso na const rução civil.

Reporta -se ao item 55 do Anexo III do Regulamento doICMS, que trata da concessão de crédito presumido a oestabelecimento industrializador das matérias-prima sespecificadas nesse dispositivo e adquiridas de emp resas nelenominadas e faz as seguintes indagações:

1. como deve proceder para se apropriar do créditopresumido na hipótese de fornecedor cadastrado na a tividade deatacadista não informar na nota fiscal o valor do f rete, já queesse é um dado necessário para apuração de seu valo r?

2. O montante a ser aprop riado contempla a prestação deserviço de transporte relativamente ao trajeto da u sina produtoraaté o seu estabelecimento?

3. Caso a resposta ao questionamento anterior sejaafirmativa, como deve proceder quando adquire a mer cadoriadiretamente da usina p rodutora e o transporte for efetuado pelaprópria remetente e, desse modo, o valor do frete e stá incluídono preço da mercadoria? Poderia utilizar como parâm etro valor defrete que contempla situação similar?

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-s e do Regulamentodo ICMS aprovado pelo Decreto 6.080/2012 os disposi tivos

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vinculados à matéria:

Art. 69. Para a apropriação do crédito presumido, d e quetrata o Anexo III, o contribuinte, salvo disposição emcontrário, deverá:

I - em sendo inscrito no CA D/ICMS:

a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, fazendo con star nocampo "Natureza da Operação" a expressão "Crédito P resumido"e, no quadro "Dados do Produto", o número, a data e o valordos documentos relativos às operações que geraram d ireito aocrédito presumido;

b) lançar a nota fiscal a que se refere a alínea an terior nocampo "Observações" do livro Registro de Saídas e o valor docrédito no campo "Outros Créditos" do livro Registr o deApuração do ICMS;

c) no caso de o recolhimento ser desvinculado da contagráfica, lançar, no campo "Informações Complementar es" daGR-PR, o valor do crédito presumido e a expressão " CréditoPresumido - Anexo III, item .... do RICMS", o qual seráabatido do valor devido;

d) na hipótese da alínea "c", ao final do período d eapuração do imposto, os valores efetivamente recolh idos emGR-PR serão lançados no campo "Outros Créditos" do livroRegistro de Apuração de ICMS juntamente com o valor docrédito presumido apropriado no período conforme al íneas "a"e "b".

[...]

III - ob servar as seguintes condições:

a) esteja em situação regular perante o fisco;

b) não possua, por qualquer de seus estabelecimento s:

1. débitos fiscais inscritos na dívida ativa deste Estado;

2. débitos fiscais decorrentes de auto de infração, emrelação ao qual não caiba mais defesa ou recurso na esferaadministrativa, não pagos no prazo previsto na legi slação;

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c) na hipótese de não atender ao disposto na alínea "b":

1. os débitos estejam garantidos, a juízo da Procur adoriaGeral do Estado, se inscritos na dívida ativa;

2. os débitos declarados ou apurados pelo fisco sej am objetode pedido de parcelamento deferido, que esteja send oregularmente cumprido;

d) apresente, regularmente, suas informaçõeseconômico-fiscais.

ANEXO III - CRÉDITO PRESUMIDO

[...]

55 Ao estabelecimento industrial, em montante igual ao q ueresultar da aplicação, sobre o valor da respectiva entrada,dos percentuais a seguir discriminados, que industr ializaras matérias-primas classificadas nas posições daNomenclatura Comum do Mercosul (NC M), desde que recebidasdiretamente da usina produtora ou de outro estabele cimentoda mesma empresa da usina produtora ou de sua subsi diária,bem como de estabelecimento comercial não equiparad o aindustrial, nos termos da legislação do Imposto sob reProdu tos Industrializados - IPI:

a) 7210 - Bobinas e chapas zincadas - 4%;

b) 7209 - Bobinas e chapas finas a frio - 4%;

c) 7208 - Bobinas e chapas finas a quente - 5% e ch apasgrossas - 4%;

d) 7207 - Placas - 8%.

e) 7219 - Bobinas de aço inoxidável a quente e a frio - 8%;(Ver art. 2º do Decreto nº 8.107 de 06.05.2013)

f) 7220 - Tiras de aço inoxidável a quente e a frio - 8%.(Ver art. 2º do Decreto nº 8.107 de 06.05.2013)

Notas: o benefício de que trata este item:

1- estende-se ao estabelecimento equiparado a industrial,

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nos termos da legislação do IPI, em relação às saíd as paraoutros estabelecimentos industriais, desde que aque le tenharecebido os produtos:

a) diretamente da usina produtora ou de outroestabelecimento da mesma empresa da usina produtora ou desua subsidiária;

b) de outro estabelecimento da mesma empresa ou de empresainterdependente, situados em outra unidade federada ;

2 - fica limitado ao valor do correspondente serviç o detransporte das mercadorias:

a) da usina produtora até o estabelecim ento industrial;

b) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária, e destesaté o estabelecimento industrial, devendo, neste ca so,constar no campo "Reservado ao Fisco" da nota fisca l emitidapara acob ertar a saída com destino a indústria, o valor doserviço de transporte da usina produtora até outroestabelecimento da mesma empresa da usina produtora ou desua subsidiária;

c) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtor a ou de sua subsidiária, bem comodestes até o estabelecimento comercial, e deste até oestabelecimento industrial, devendo, neste caso, co nstar, nocampo "Reservado ao Fisco" da nota fiscal emitida p araacobertar a saída com destino à indústria, o valor doserviço de transporte da usina produtora até outroestabelecimento da mesma empresa da usina produtora ou desua subsidiária e destes até o estabelecimento com ercial;

d) da usina produtora a outro estabelecimento da me smaempresa da usina produtora ou de sua subsidiária até oestabelecimento equiparado a industrial, nos termos dalegislação do IPI, e deste até o estabelecimento in dustrial,devendo, neste caso, constar no campo "Reservado ao Fisco"da nota fiscal emitida para acobertar a saída com d estin o aindústria, o valor do serviço de transporte da usi naprodutora até outro estabelecimento da mesma empres a da

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usina produtora ou de sua subsidiária até o estabel ecimentoequiparado a industrial.

3 - substitui o valor do crédito decorrente do ICMS pago naprestação do serviço de transporte das referidas op erações.

No que diz respeito à primeira e terceira indagaçõe s,responde-se conjuntamente, destacando que em relaçã o à primeiratem-se como premissa ser o fornecedor da consulente empresacomercial não e quiparada a industrial e que a aquisição damercadoria se dá com a cláusula CIF. Nessa hipótese , o SetorConsultivo manifestou na Consulta n. 13, de 15 de f evereiro de2005, o entendimento de que para usufruir do benefí cio fiscaldeve estar mencionado na n ota fiscal o valor do serviço detransporte incluído no custo de aquisição da merca doria, pois ocrédito presumido fica limitado ao valor do corresp ondenteserviço de transporte das mercadorias.

Registre-se que para se configurar “prestação deserviço” o transporte deve ser realizado por terceiro. Portant o,quando efetuado com veículos da frota própria do fo rnecedor, nãoconfere ao destinatário o direito à fruição do créd ito presumido.

Sublinhe-se que se o fornecedor se enquadrar nacondição de estabeleci mento equiparado a industrial, a consulentenão tem direito a usufruir do benefício fiscal, em razão do quedispõe a nota 1 do item 55 do RICMS, que concede o benefício aopróprio fornecedor da mercadoria, desde que atenda as demaiscondições estabelecidas no dispositivo que concede o benefíciofiscal.

No que diz respeito ao segundo questionamento, estácorreto o entendimento da consulente, desde que adq uira asmatérias-primas diretamente da usina produtora ou d e outroestabelecimento da mesma empresa da us ina produtora ou de suasubsidiária, bem como de estabelecimento comercial não equiparadoa industrial, nos termos da legislação do Imposto s obre ProdutosIndustrializados – IPI e preencha as condições para fruição dobenefício.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma diversaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar o

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disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.996.086-6.

CONSULTA Nº: 096, de 19 de julho de 2016.

CONSULENTE: JOIB FOODS DO BRASIL EIRELI.

ASSUNTO: ICMS. SUCOS DE FRUTAS. FABRICAÇÃO EM ESCALAINDUSTRIAL NÃO RELEVANTE. EXCLUSÃO DASUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. IMPOSSIBILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, empresa optante pelo regime do Simple sNacional, informa atuar na fabricação de sucos de f rutas, queclassifica no código NCM 2009.19.00, e que as opera ções com esseproduto sujeitam-se ao regime da substituição tribu tária, nostermos do item 4 do inciso II do art. 135 do Anexo X doRegulamento do ICMS.

Reporta-se ao inciso IV do art. 12 do Anexo X doRegulamento do ICMS, introduzido pelo Decreto n. 3. 207, de23/12/2015, com efeitos a partir de 1º de janeiro d e 2016, queexclui da sujeição a o regime da substituição tributária asbebidas não alcoólicas, na hipótese de serem fabric adas em escalaindustrial não relevante.

Expõe o seu entendimento de que, por atender as reg rasestabelecidas no citado dispositivo, as operações q ue realiza comsuc os de frutas não se sujeitam ao citado regime.

Questiona se está correta a sua conclusão.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se excertos doart. 12 do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080/2012:

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

[...]

IV - às operações com as seguintes mercadorias ou b ens, se

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fabricados em escala industrial não relevante em ca dasegmento nos termos do § 8º do art. 13 da Lei Compl ementarFederal n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (Convênio ICMS149/2015):

a) bebidas não alcoólicas;

[...]

§ 4º A mercadoria ou bem a que se refere o inciso I V do"caput":

I - será considerado fabricado em escala industrial nãorelevante quando produzido por contribuinte que ate nder,cumulativamente, as seguintes con dições:

a) ser optante pelo Simples Nacional;

b) auferir, nos últimos 12 (doze) meses, receita br uta igualou inferior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil re ais);

c) possuir estabelecimento único.

II - deixa de ser considerado como fabricado em esc ala nãorelevante quando o contribuinte não atender qualque r dascondições previstas no inciso I, hipótese em que asoperações com a mercadoria ou bem ficam sujeitas ao regimeda substituição tributária a partir do primeiro dia dosegundo mês subsequente ao da oc orrência.

Tendo em vista que a consulente considera seu produ tocomo bebida, faz-se necessário analisar a questão, razão pelaqual reproduzem-se excertos da Tabela de Incidência do Impostosobre Produtos Industrializados aprovada pelo Decre to n. 7.660,de 23 de dezembro de 2011, relativas às posições 20.09 e 22.02 daNCM, bem como as explicações constantes no Anexo Ún ico das NotasExplicativas do Sistema Harmonizado de Designação e deCodificação de Mercadorias – NESH:

Capítulo 21

Preparações Alimentícias d iversas

NCM DESCRIÇÃO

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20.09 Sucos (sumos) de frutas (incluindoos mostos de uvas) ou de produtoshortícolas, não fermentados, semadição de álcool, com ou semadição de açúcar ou de outrosedulcorantes.

2009.1 -Suco (sumo) de laranja:

2009.11.00 --Congelad o

2009.12.00 --Não congelado, com valor Brixnão superior a 20

2009.19.00 --Outros

Capítulo 22

Bebidas, líquidos alcoólicos e vinagres

NCM DESCRIÇÃO

22.02 Águas, incluindo as águas mineraise as águas gaseificadas,adicionadas de açúcar ou de outrosedulco rantes ou aromatizadas eoutras bebidas não alcoólicas,exceto sucos (sumos) de frutas oude produtos hortícolas, da posição20.09.

2202.10.00 - Águas, incluindo as águasminerais e as águas gaseificadas,adicionadas de açúcar ou de outrosedulcorantes ou aromatizadas Ex 01 – Refrescos

2202.90.00 - Outras

Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias

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– NESH relativamente à posição 20.09

[...]

Os sucos da presente posição podem apresentar-seconcentrados (congelados ou não), ou sob a f orma de cristaisou em pó, desde que, nesta última forma, sejam inte iramente,ou quase inteiramente, solúveis em água. Tais produ tosobtêm-se normalmente por processos em que intervém quer ocalor, combinado ou não com o vácuo, quer o frio(liofilização).

Certos sucos concentrados podem ser distinguidos do s sucoscorrespondentes não concentrados em função de seu v alor Brix(ver a Nota 3 de subposições do presente Capítulo).

Também se excluem da presente posição:

a) O suco de tomate cujo teor, em peso, de ex trato seco sejaigual ou superior a 7% (posição 20.02).

b) Os sucos de frutas ou de produtos hortícolas de um teoralcoólico, em volume, superior a 0,5% vol. (Capítulo 22).

Registre-se que cabe a consulente aplicar corretame ntea classificação relativa à N CM para os produtos que comercializa,e que compete à Secretaria da Receita Federal do Br asil dirimireventual dúvida quanto a isso.

Enfatize-se que a resposta à consulente se restring iráa prestar esclarecimentos quanto ao enquadramento d e seu produtonas disposições da alínea “a” do inciso IV do art. 12 do Anexo Xdo Regulamento do ICMS, pois os requisitos para fru ição da regraestão expressamente especificados.

Nesse sentido, expõe-se que os sucos de frutasclassificados no código NCM 2009.19.00 estão e nquadrados noCapítulo 21 da Tabela do IPI, que trata de prepara çõesalimentícias diversas, enquanto as bebidas estão cl assificadas noCapítulo 22, que diz respeito a bebidas, líquidos a lcoólicos evinagres (precedente Consulta n. 58/2015).

Nas Notas Exp licativas do Sistema Harmonizado de

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Designação e de Codificação de Mercadorias – NESH, antestranscritas, consta que os sucos classificados na p osição 20.09da NCM apresentam-se concentrados (congelados ou nã o), ou sob aforma de cristais ou em pó, desde q ue, nesta última forma, sejamsolúveis em água.

Por oportuno, transcrevem-se soluções de consulta d aSecretaria da Receita Federal do Brasil, relativame nte àclassificação de sucos do Capítulo 21 e do Capítulo 22, ambos daTIPI:

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 3 d e 10 de Junho de 2014

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: Código NCM 2008.99.00 Polpa congelada de fruta(cajá, seriguela, maracujá, graviola, caju, açaí, u va, umbu,acerola, melão, manga, cupuaçu, tamarindo, cacau, j enipapo,mamão ou pitanga) não fermentada e não alcoólica, com adiçãode conservantes, utilizada para preparação de sucos . CódigoNCM 2008.20.90 Polpa congelada de abacaxi ou mista deabacaxi com hortelã, não fermentada e não alcoólica , comadição de conservantes, utilizada para pre paração de sucos.Código NCM 2008.80.00 Polpa congelada de morango, n ãofermentada e não alcoólica, com adição de conservan tes,utilizada para preparação de sucos. Código NCM 2008.70.90Polpa congelada de pêssego, não fermentada e não al coólica,com adição de conservantes, utilizada para preparação desucos.

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 33 de 17 de Abril de 2002

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: CÓDIGO TIPI: Mercadoria: 2202.90.00 Sucos d e uva,pêssego e manga reconstituídos, enriquecidos com vi tamin a C,não fermentados, não adicionados de álcool, gaseifi cados comdióxido de carbono, apresentando pressão final de 1 ,38 atm,a 20º C, acondicionados em latas descartáveis de al umínio de330 ml. Marca: Wow! Su Fresh Ice. Fabricante: Wow I ndústriae Comérci o Ltda

Parte superior do formulário

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SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 68, DE 22 DE SETEMBRO DE 200 8

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: Código TIPI - Mercadoria 2202.10.00 - Bebid a nãoalcoólica, não gaseificada, não fermentada, obtida peladiluição, em águ a potável, de sucos de frutas, adicionada deaçúcar, marca registrada Ginga, sabores diversos: a çaí, uva,laranja com acerola, maracujá, limonada suíça, tang erina eguaraná, fabricante Bebida Gostosa MG Indústria e C omérciode Alimentos e Exportação Ltda.P arte inferior do formulário

SOLUÇÃO DE CONSULTA /SRRF08 nº 26, de 25 de abril d e 2013

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: CÓDIGO TIPI: Mercadoria: 2202.90.00 “Ex”02 Néctar deuva, acondicionado em caixa tetra pak de 1,0 litro. Marcaregistrada: Frupic. Fabricante: Indústria e Comércio deSucos Palazzo Ltda.

Posto isso, caso o produto fabricado pela consulent e seclassifique na posição 20.09 da NCM, responde-se qu e estáequivocado o seu entendimento, pois não se enquadra no conceitode bebidas não alcoólicas, um dos requisitos inseridos no incisoIV do art. 12 do Anexo X do RICMS para afastar o re gime dasubstituição tributação.

Caso a consulente esteja procedendo diferentemente docontido nesta resposta, tem o prazo de até 15 dias, a partir daciência desta, para adequar os procedimentos já real izados ao quefoi esclarecido, em cumprimento ao disposto no arti go 664 doRICMS.

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PROTOCOLO: 13.943.986-4.

CONSULTA Nº: 097, de 19 de julho de 2016.

CONSULENTE: HP BOMBAS HIDRÁULICAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CONVÊNIO ICMS92/2015.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo Simples Nacional ecadastrada na atividade de comércio varejista de ma teriais deconstrução, informa comercializar mercadorias que, embora nãoestejam listadas entre aquelas passíveis de sujeiçã o ao regime desubstituição tributária de que trata o Convênio ICMS 92/2015,constam no Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080/2012.

Aduz que, em observância ao referido Convênio, osfornecedores situados em outros Estados deixaram de reter oimposto a título de substituição tributária, nas operações comtais produtos.

Assim, questiona se deve fazer a retenção do ICMS n aentrada dessas mercadorias, e, em caso positivo, co mo deveproceder.

RESPOSTA

Verifica-se que matéria semelhante a ora analisada jáfoi objeto da Consulta n. 53/2016, cujos excertos se transcre vem:

“Acerca do questionado, registre-se que o Convênio ICMS92/2015, vigente desde 1º/1/2016, foi editado com o fim deestabelecer a sistemática de uniformização e identi ficaçãodas mercadorias e bens pas síveis de sujeição ao regime desubstituição tributária. Assim, as mercadorias que não estãonele listadas não mais se submetem a esse regime depagamento.

Vale ressaltar que, com a edição do Decreto n. 3.53 0,

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publicado em 22 de fevereiro de 2016 e produzi ndo efeitos apartir de 1º de janeiro de 2016, foram excluídas do Anexo X doRegulamento do ICMS as mercadorias não previstas pe lo ConvênioICMS 92/2015 como passíveis de sujeição ao regime d a substituiçãotributária.

Por meio do referido decreto, também foram convalidadosos procedimentos adotados nas operações realizadas sob o regimede substituição tributária ou em consonância com as regras atéentão vigentes, no período de 1º de janeiro a 22 de fevereiro de2016, data da sua publicação.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expostona presente resposta, deverá a consulente observar o disposto noart. 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procedimentos já realizad os ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.025.013-9.

CONSULTA Nº: 098, de 19 de julho de 2016.

CONSULENTE: MÓVEIS CAMPO LARGO INDÚSTRIA E COMÉRCIO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. NOTA FISCAL.ESCRITURAÇÃO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa cadastrada na atividade defabricação e comércio varejista de móveis, question a sobre aescrituração da nota fiscal emitida para efeitos do créditopresumido de que trata o item 41 do Anexo III do Re gulamento doICMS.

Expõe que a alín ea “a” do inciso I do art. 69 doRegulamento do ICMS prevê que, para a apropriação d o créditopresumido, o contribuinte inscrito no CAD/ICMS deve rá emitir notafiscal, e que a alínea “b” do mesmo inciso prevê qu e tal notafiscal deve ser lançada no campo “ Observações” do livro Registrode Saídas.

Assim, informa que, para essa situação, emite notafiscal “de saída”, com CFOP 5.949, e questiona se e stá correto oseu procedimento.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo De creto n. 6.080/2012 (RICMS/2012) pertinentes aoquestionamento da consulente:

SEÇÃO II

DO CRÉDITO PRESUMIDO

Art. 69. Para a apropriação do crédito presumido, d e quetrata o Anexo III, o contribuinte, salvo disposição emcontrário, deverá:

I - em sendo i nscrito no CAD/ICMS:

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a) emitir Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, fazendo con star nocampo "Natureza da Operação" a expressão "Crédito P resumido"e, no quadro "Dados do Produto", o número, a data e o valordos documentos relativos às operações que geraram d irei to aocrédito presumido;

b) lançar a nota fiscal a que se refere a alínea an terior nocampo "Observações" do livro Registro de Saídas e o valor docrédito no campo "Outros Créditos" do livro Registr o deApuração do ICMS;

c) no caso de o recolhimento ser de svinculado da contagráfica, lançar, no campo "Informações Complementar es" daGR-PR, o valor do crédito presumido e a expressão " CréditoPresumido - Anexo III, item .... do RICMS", o qual seráabatido do valor devido;

d) na hipótese da alínea "c", ao final do período deapuração do imposto, os valores efetivamente recolh idos emGR-PR serão lançados no campo "Outros Créditos" do livroRegistro de Apuração de ICMS juntamente com o valor docrédito presumido apropriado no período conforme al íneas "a"e "b".

( ...)

ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

(...)

41 Até 31.12.2016, ao estabelecimento fabricante de MÓVEIS,classificado na CNAE 3101-2/00, no montante equival ente acinco por cento sobre o valor da entrada, em operaç ãointerna, dos seguintes produtos:

a) MDP - p ainéis de partículas de madeira, NCM 4410.11.10 a4410.11.90 (exceto 4410.11.20);

b) MDF - painéis de fibras de madeira de média dens idade,NCM 4411.12 a 4411.14;

c) chapas de fibras de madeira, NCM 4411.92 a 4411. 94.

Notas:

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1. o benefício previsto neste item fica condicionado a que,cumulativamente:

1.1. os produtos indicados nas alíneas do “caput”:

1.1.1. tenham sido adquiridos diretamente do estabe lecimentofabricante localizado neste Estado;

1.1.2. sejam utilizados na fabricação de móveis pel oestabele cimento beneficiado;

1.2. a saída dos móveis fabricados seja tributada;”

Na alínea “b” do inciso I do art. 69 do RICMS/2012,consta que o documento fiscal deve ser escriturado no livroRegistro de Saídas, e o correspondente crédito ser lançado nocampo "Ou tros Créditos" do livro Registro de Apuração do ICM S.

Entretanto, com o advento da Escrituração FiscalDigital – EFD, obrigatória a todos os contribuintes inscritos noCAD/ICMS submetidos ao regime normal de tributação, a partir deagosto de 2015, conforme prevê a Norma de Procedimento Fiscal(NPF) n. 56/2015, devem ser observadas, para geraçã o do arquivodigital, as disposições contidas na NPF n. 112/2008 , com asalterações previstas na NPF n. 70/2016.

Conforme previsto na citada norma, para lançamento naEFD do crédito presumido de que trata o item 41 do Anexo III doRICMS/2012, os contribuintes devem utilizar o códig o de ajustePR020048 e gerar um Registro E111, informando no ca mpo 04 o valordo referido crédito, e um ou mais Registros E113 id entificando osdocumentos fiscais relacionados ao ajuste.

Na emissão da nota fiscal, cabe observar que o tipo deoperação é de “entrada”, com a natureza de “crédito presumido deICMS” e indicação do CFOP 1.949.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos tona presente resposta, deverá a consulente observar o disposto noart. 664 do RICMS/2012, que prevê o prazo de até qu inze dias paraa adequação dos procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.957.971-2

CONSULTA Nº: 099, de 21 de julho de 2016.

CONSULENTE: METALURGICA PRISCILA LTDA.

SÚMULA: ICMS. COMERCIALIZAÇÃO DE ARTIGOS DESERRALHERIA, PRODUZIDOS SOB ENCOMENDA DECONSUMIDOR FINAL. MATÉRIA-PRIMA FORNECIDA PELOFABRICANTE. INCIDÊNCIA.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal a fabricação de esquadrias de metal (CNAE - 2512-8/00),informa que na maioria das vezes recebe encomendas deconsumidores finais, para fabricação de portões, po rtas, janelas,grades e prateleiras, f ornecendo a matéria-prima e produzindo-osconforme especificação do cliente.

Indaga se as operações que pratica estão sujeitas a oICMS.

RESPOSTA

A comercialização de esquadrias de metal e de artig osde serralheria, produzidos sob encomenda, com matér ia-pri mafornecida pela fabricante, ora consulente, é tribut ada pelo ICMS,conforme já se posicionou o Setor Consultivo na Con sulta n.116/2014:

“CONSULTA Nº 116/2014

[…]

RESPOSTA

Trata-se de definir se a comercialização de esquadr ias demetal e de artigos de se rralheria, produzidos sob encomenda,com matéria-prima fornecida pela fabricante, ora co nsulente,deve ser tributada pelo ICMS.

[...]

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A atividade de fabricação de esquadrias de metal, c onformemencionada definição técnica, ínsita ao CNAE 2512-8 /00,contemp la a totalidade dos produtos fabricados pelaconsulente e por ela comercializados, quais sejam, portões,portas, janelas, grades ou prateleiras, segundo con sta dapresente consulta.

[...]

Diante desse fato, a legislação de regência assim p rescreve:

“Lei Co mplementar nº 87/1996

Dispõe sobre o imposto dos Estados e do Distrito Fe deralsobre operações relativas à circulação de mercadori as esobre prestações de serviços de transporte interest adual eintermunicipal e de comunicação, e dá outras provid ências.

[. ..]

Art. 2º. O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias [...];

Lei estadual nº 11.580/1996

Dispõe sobre o ICMS com base no art. 155, inc. II, §§ 2º e3º, da Constituição Federal e na Lei Complementar n º 87, de13 de setembr o de 1996, e adota outras providências.

[...]

Art. 2º O imposto incide sobre:

I – operações relativas à circulação de mercadorias [...];”.

Logo, a venda de portões, portas, janelas, grades o uprateleiras, produzidos pela consulente com matéria -primaprópri a e sob encomenda, decorrente da atividade que seinsere no CNAE 2512-8/00 (fabricação de esquadrias demetal), constitui operação de circulação de mercado rias,hipótese de incidência do ICMS, conforme dispõem as leiscitadas.

[…]

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Tem-se configurada, na e spécie, típica obrigação de dar(Código Civil, art. 233 e seguintes; fato imponível peloICMS – CF/1988, art. 155, inciso II), qual seja, de entregarum produto pronto e acabado. O objeto do contrato r ealizadoentre o encomendante e a consulente não é a pr estação deserviço de serralheria, mas sim a venda do produto finalfabricado sob encomenda.

Registre-se, ademais, que a legislação tributária j amaispoderá alterar a natureza intrínseca dos contratos (CTN,art. 110), e que a caracterização do fato gerador relativoao ICMS independe da natureza jurídica da operação ouprestação que o constitua (LC nº 87/1996, art. 2º, § 2º; Leiestadual nº 11.580/1996, art. 2º, § 2º).

Portanto, no caso de fabricação de artigos de serra lheira,sob encomenda, comercializados ao encomendante, que não seconstituam “serviços relativos a bens de terceiros” , e queforam produzidos com matéria-prima própria da consu lente,incide o ICMS sobre o valor total cobrado do encome ndante.”

Corroboram esse entendimento recentes julgados doSupremo Tribunal Federal, que vem adotando como prem issa pararesolução do aparente conflito entre o ICMS e o ISS , nashipóteses que envolvem industrialização por encomen da, doiscritérios básicos, quais sejam: “(i) verificar se a vendaopera-se a quem prom overá nova circulação do bem e (ii) caso oadquirente seja consumidor final, avaliar a prepond erância entreo dar e o fazer mediante averiguação de elementos d eindustrialização.”

Assim, “à luz dos critérios propostos, só haveráincidência do ISS nas situ ações em que a resposta ao primeiroitem for negativa e se no segundo item o fazer prep onderar sobreo dar”.

Essa orientação pode ser observada nos acórdãos e v otosproferidos no AI 803296-AgR/SP, publicado em 7/6/20 13, e no RE606960-AgR-AgR/ES, publicado em 13/5/2014.

Por fim, considerando que a consulente está enquadr adano Simples Nacional, deverá observar, para fins de apuração e

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recolhimento do ICMS, o disposto na Lei Complementa r nº 123/2006.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a consulent eobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.889.429-0

CONSULTA Nº: 100, de 21 de julho de 2016.

CONSULENTE: BRINK'S SEGURANCA E TRANSPORTE DE VALORES LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFAL. INCIDÊNCIA E FORMA DERECOLHIMENTO. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DETRANSPORTE.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal a de transporte de valores (CNAE 8012-9/0 0), informaque presta serviços de transporte para contribuinte s e nãocontribuintes em operações internas e interestaduai s, observandoas disposições do Ajus te SINIEF 20/1989, que autoriza arealização do serviço acompanhado da Guia de Transp orte deValores – GTV e a emissão da nota fiscal de serviço detransporte, mensalmente.

Expõe que, com o advento do Convênio ICMS 93/2015 e aconsequente obrigatoriedade d o recolhimento do diferencial dealíquotas nas prestações de serviço de transporte a consumidorfinal, antevê sérias dificuldades operacionais.

Posto isso, indaga:

1. é devido o diferencial de alíquotas no caso detransporte de valores?

2. caso a resposta ao item anterior seja positiva, comodeve apurar a base de cálculo do imposto, pois não temconhecimento desse valor por ocasião do início daprestação de serviço de transporte? A GNRE deveacompanhar a prestação?

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcre vem-se os dispositivosda Lei n. 11.580/96 que têm vínculo com o questiona mento:

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“Lei n. 11.580/96

[...]

Art. 6ºB Na hipótese do inciso XV do art. 5º desta Lei, abase de cálculo é o valor da operação ou prestação naunidade federada de origem, e o imposto a recolher serácorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, devendo o montante do ICMS relativo àdiferença de alíquotas integrar a sua base de cálcu lo(Emenda Constitucional nº 87, de 2015).

[...]

Art. 14 . As alíquotas internas são, conforme o caso e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) o u aNomenclatura Brasileira de Mercadorias - Sistema Ha rmonizado(NBM/SH), assim distribuídas:

[...]

II - alíquota de 12% (doze por cento) para as opera ções eprestações com os s eguintes bens, mercadorias e serviços:

[...]

l) serviços de transporte;

Em relação à primeira indagação, considerando que aprestação de serviços de transportes é tributada no Paraná comalíquota de 12%, inexiste diferença entre a alíquot a interna eintere stadual.

No que diz respeito ao demais questionamentos, aresposta fica comprometida em razão de não haver IC MS devido aoParaná a título de diferencial de alíquotas.

Relativamente as prestações iniciadas neste Estado comdestino a outra unidade federada, cabe à consulente atentar paraa legislação dessa, observando a regra de partilha de que trata acláusula décima do Convênio ICMS 93/2015, para o pe ríodo de 2016a 2018.

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Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente respo sta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.077.940-7

CONSULTA Nº: 101, de 4 de agosto de 2016.

CONSULENTE: MIRKA BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. AQUISIÇÃO, PORCONTRIBUINTE DO IMPOSTO, DE BENS DESTINADOS AOATIVO IMOBILIZADO E AO USO OU CONSUMO DOESTABELECIMENTO. RESPONSABILIDADE PELOPAGAMENTO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, sediada no estado de São Paulo, infor maque atua no comércio atacadista de máquinas e equip amentos, eindaga sobre a responsabilidade do recolhimento do diferencial dealíquotas nas operações interestaduais para consumi dor finalcontribuinte do imposto, quando este adquire bens para o ativoimobilizado ou materiais de uso ou consumo.

Manifesta o entendimento de que, de acordo com a Em endaConstitucional n. 87/2015, a responsabilidade pelo recolhimentodo diferencial de alíquotas nessas operaç ões, seria, tão somente,do destinatário, não cabendo mais ao remetente subs titutotributário.

Questiona se está correto o seu entendimento e, cas onão esteja, como deve proceder.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos constitucionais eregulamentares pe rtinentes ao questionamento da consulente:

CONSTITUIÇÃO FEDERAL

“§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá aoseguinte: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de1993)

(...)

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VII - nas operações e prestações que destinem bens eserviços a consum idor final, contribuinte ou não do imposto,localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquotainterestadual e caberá ao Estado de localização dodestinatário o imposto correspondente à diferença e ntre aalíquota interna do Estado destinatário e a alíquot ainterestadual; (Redação dada pela Emenda Constituc ional nº87, de 2015)

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do impo stocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual de que trata o inciso VII seráatribuída: (Redação dad a pela Emenda Constitucional nº 87,de 2015)

a) ao destinatário, quando este for contribuinte doimposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87 , de2015)

b) ao remetente, quando o destinatário não for cont ribuintedo imposto; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 87, de2015)”

REGULAMENTO DO ICMS APROVADO PELO DECRETO N. 6.080/2012(RICMS/2012)

“Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do im posto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

(...)

XIV - da entrada no estabelecimento de contribu inte, demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fede ração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente .

(...)

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º da Lei n.11.580/1996):

(...)

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IX - nas hipóteses dos incisos XIII, XIV e XV do ar t . 5º, ovalor da operação ou prestação sobre a qual foi cob rado oimposto na unidade federada de origem, e o imposto arecolher será correspondente à diferença entre as a líquotasinterna e interestadual, observado o disposto no in ciso I do§ 1º.

(...)

ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por subs tituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

(...)

§ 3º Nos casos em que o diferencial de alíq uotas for devidopor substituição tributária, o imposto a ser pago s eráobtido na forma determinada no inciso IX do art. 6º .”

Inicialmente, informa-se que a Emenda Constituciona l n.87, de 16 de abril de 2015, apenas implementou a co brança dodiferencial d e alíquotas nas operações e prestaçõesinterestaduais que destinem bens e serviços a consu midor finalnão contribuinte do imposto.

Isto é, não houve alteração quanto às operaçõesinterestaduais destinadas a consumidor final contri buinte doimposto, respon sável original pelo recolhimento do diferencial dealíquotas, e, tampouco, quanto à responsabilidade a tribuída, atítulo de substituição tributária, ao remetente, a qual decorredos convênios e protocolos instituidores dessa sist emática.

Dessa forma, em re lação às saídas a contribuinteconsumidor final localizado neste Estado, de mercad orias sujeitasà substituição tributária, embora não seja devida a retenção do

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ICMS relativamente às operações subsequentes, deve a consulenteefetuar o recolhimento do impos to correspondente à diferençaentre as alíquotas interna e interestadual, conform e dispõe o §3º do art. 1º do Anexo X do RICMS/2012. O imposto d eve ser obtidona forma determinada no inciso IX do art. 6º da mes ma normaregulamentar.

Logo, esse pagamento s erá de responsabilidade dodestinatário apenas nas aquisições de bens e materi ais de uso ouconsumo não submetidos à substituição tributária.

Assim, no que estiver procedendo de forma diversa a oexposto na presente resposta, deverá a consulente o bservar odisposto no artigo 664 do RICMS/2012, que prevê o p razo de atéquinze dias para a adequação de seus procedimentos já realizadosao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.012.587-3.

CONSULTA Nº: 102, de 21 de julho de 2016.

CONSULENTE: VINHOS CREVELIM LTDA.

SÚMULA: ICMS. VINHO. OPERAÇÕES REALIZADAS PORESTABELECIMENTO ENCARRAFADOR.TRATAMENTOTRIBUTÁRIO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que atua como engarrafadora de vinhos ,expõe que, até 31.12.2015, as operações internas co m bebidasquentes estavam beneficiadas com a redução de base de cálculoprevista no item 3-A do Anexo II do Regulamento do ICMS.

Assim, até essa data, aplicava a referida redução, para86,21%, tanto na determinação do ICMS relativo à op eração própriaquanto no cálculo do imposto a ser retido por subst ituiçãotributária.

Esclarece ainda que, a partir de 1º de janeiro de 2 016,passou a vigorar o item 36 no Anexo II do RICMS, estabelecendoredução de base de cálculo nas operações internas p romovidas peloestabelecimento industrial engarrafador de vinho, d e forma que acarga tributária resulte em 18%.

Embora esteja aplicando essa redução apenas nadeterminaçã o do ICMS relativo à operação própria, manifesta oentendimento de que a redação dada à norma regulame ntarpossibilita sua aplicação também no cálculo do impo sto devido porsubstituição tributária, pois, no caso de não ser e ssa aconclusão, o valor do impo sto a ser retido apresenta um acréscimosignificativo em relação ao valor do produto. Para demonstrar talfato, detalha a forma de cálculo, a partir de valor es retratadosem nota fiscal de sua emissão.

Por fim, menciona que faz jus ao crédito presumido deque trata o item 54-A do Anexo III do Regulamento d o ICMS,esclarecendo que, por não fabricar o vinho que enga rrafa, nãopreenche as condições para utilizar a regra dispost a no item 54

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desse mesmo anexo, e que observa as regras relativa s ao FundoEstadual de Combate à Pobreza (FECOP).

RESPOSTA

Para análise da questão, transcrevem-se as regrasregulamentares vigentes que preveem benefícios aosestabelecimentos paranaenses engarrafadores de vinh o,introduzidas no Regulamento do ICMS pelo Decret o n. 3.206, de23.12.2015, produzindo efeitos a partir de 1º.1.201 6:

“ANEXO II – REDUÇÃO DE BASE DE CÁLCULO

...

36. A base de cálculo fica reduzida, até 30.6.2019, nasoperações internas promovidas pelo estabelecimentoindustrial paranaense engarrafador d e VINHO, em percentualque resulte na carga tributária de 18% (dezoito por cento).

Notas: a redução na base de cálculo de que trata es te item:

1. não se aplica nas operações de que trata o item 54 doAnexo III;

2. veda a utilização de quaisquer créditos fi scaisdecorrentes da aquisição de matérias-primas e dos d emaisinsumos utilizados na fabricação dos seus produtos, de bensdestinados a integrar o ativo imobilizado doestabelecimento, bem como dos serviços tomados, na proporçãodo valor das saídas alcança das pelo benefício de que trataeste item, sobre o valor total das operações doestabelecimento.”

“ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

...

54-A. Até 30.6.2019, ao estabelecimento industrialparanaense engarrafador de VINHO, opcionalmente ao regimenormal de tr ibutação, no valor equivalente a:

I - 18% (dezoito por cento) nas operações internas;

II - 9% (nove por cento) nas operações interestadua is

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sujeitas à alíquota de 12%;

III - 5,25% (cinco inteiros e vinte e cinco centési mos porcento) nas operações interest aduais sujeitas à alíquota de7%.

Notas:

1. a opção pelo crédito presumido, bem como a renún cia,deverá ser declarada em termo lavrado no RO-e;

2. tanto a opção quanto a renúncia produzirão efeit os porperíodo não inferior a doze meses contados do prime iro diado mês subsequente ao da lavratura do correspondent e termo;

3. o benefício de que trata este item:

3.1. aplica-se somente em relação ao valor da opera çãoprópria realizada pelo estabelecimento substitutotributário;

3.2. será apropriado em substituiçã o ao aproveitamento dequaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, de bens destinados a integraro ativo imobilizado do estabelecimento, bem como do sserviços tomad os, na proporção do valor das saídasalcançadas pelo benefício de que trata este item, s obre ovalor total das operações do estabelecimento;

3.3. será lançado no campo "Outros Créditos" do liv roRegistro de Apuração de ICMS - RAICMS, consignando- se aexpre ssão "Crédito Presumido - item 54-A do Anexo III doRICMS.".

Nas operações internas com bebidas quentes, realiza dasaté 31.12.2015, aplicava-se a regra disposta no ite m 3-A do AnexoII do Regulamento do ICMS:

“3-A A base de cálculo fica reduzida, até 31. 12.2015, para86,21% (oitenta e seis inteiros e vinte e um centés imos por

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cento) nas saídas internas de BEBIDAS QUENTES class ificadasnas NCM 22.04, 22.05, 22.06 e 22.08.

Notas:

1. a redução da base de cálculo prevista neste item somentese aplica nas ope rações realizadas sob o regime da sujeiçãopassiva por substituição tributária, com retenção d o impostorelativo às operações subsequentes;

2. nas operações indicadas neste item não se exigir á oestorno de crédito de que trata o inciso IV do art. 71 desteRegulamento;

3. o documento fiscal que acobertar as operações me ncionadasneste item, além das demais indicações previstas nalegislação, deverá conter a expressão “Base de cálc uloreduzida nos termos do item 3-A do Anexo II do RICM S”;

4. para efeito de ap uração da base de cálculo do imposto aser retido por substituição tributária, as margens de valoragregado, de que trata o art. 113 do Anexo X, dever ãoincidir sobre o valor resultante da aplicação da re duçãoprevista neste item;

5. o benefício previsto n este item também se aplica nahipótese de que trata o art. 11 do Anexo X.”

Verifica-se do teor da última norma transcrita que asoperações internas com bebidas quentes, independent emente dacondição de seus promotores, industriais fabricante s ourevendedor es, estavam beneficiadas com redução de base decálculo, de forma a resultar carga tributária de 25 %. Desse modo,o contribuinte que exercia a condição de substituto tributáriopoderia aplicar a redução tanto no cálculo do ICMS relativo àoperação própria quanto para determinar o imposto devido porsubstituição tributária (precedente: Consulta n. 27 /2015).

Ainda, até 31.12.2015, o estabelecimento engarrafad ornas operações com vinho, opcionalmente ao regime no rmal detributação, poderia se apropriar de créd ito presumido no valorequivalente ao débito do imposto das operações inte rnas einterestaduais com esses produtos, nos termos do it em 54 do Anexo

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III do Regulamento do ICMS, com a redação até então vigente:

“54 Até 31.12.2015, ao estabelecimento industria l queproduza VINHO, suco e geleia, a partir do processam ento dauva no Estado, ou engarrafador de vinho e de suco d e uva,opcionalmente ao regime normal de tributação, no va lorequivalente ao débito do imposto das operações inte rnas einterestaduais com e sses produtos. (Art. 3º do Decreto n.º1658/2011).”

Por seu turno, a regra de redução de base de cálcul o deque trata o item 36 do Anexo II do Regulamento do I CMS, vigente apartir de 2016, destina-se apenas às operações prom ovidas porestabelecimento enga rrafador de vinho, portanto não abarca asoperações subsequentes realizadas por revendedores.

Logo, por não se aplicar às operações praticadas pe loscontribuintes substituídos, cujo ICMS cabe a consul ente reter nacondição de substituto tributário, não pod e ser considerada paraesse fim.

Assim, tem-se que a base de cálculo passível de red uçãoé apenas aquela relativa à operação própria pratica da pelocontribuinte substituto, estando incorreta, portant o, a conclusãomanifestada pela consulente.

Desse modo, na determinação do imposto devido porsubstituição tributária, deve ser aplicada a margem de valorajustada, nos termos previstos no § 8º do art. 1º d o Anexo X doRegulamento do ICMS, sobre o valor da operação próp ria, semconsiderar a redução para 62,07% , somente aplicável nadeterminação do imposto referente à operação própri a. Deve,ainda, observar o adicional de dois pontos percentu ais naalíquota de ICMS destinado ao FECOP, na forma estab elecida nos §§10 a 12 do art. 1º do Anexo X do Regulamento do I CMS.

Quanto ao crédito presumido previsto no item 54-A d oAnexo III do Regulamento do ICMS, pode ser utilizad o peloestabelecimento industrial paranaense engarrafador de vinho,opcionalmente ao regime normal de tributação, nos p ercentuaisespecificados, em conformidade com as alíquotas aplicáveis àsoperações.

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A título de esclarecimento, registre-se que emboraexpressamente prevista a aplicação do diferimento p arcial, de quetrata o art. 108 do Regulamento do ICMS, às operaçõ es internasrealizadas entre con tribuintes com as mercadorias classificadasna posição NCM 22.04, na qual se incluem os vinhos, de forma quea carga tributária resulte em 12%, verifica-se que o tratamentotributário estabelecido aos estabelecimentos engarr afadores devinho, consistente n a redução de base de cálculo cumulada comcrédito presumido, apresenta resultado mais benéfic o que oalcançado com o diferimento, de modo que esse resta preterido,nos termos do § 3º do próprio art. 108.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.109.758-0.

CONSULTA Nº: 103, de 12 de agosto de 2016.

CONSULENTE: CARTA GOIÁS INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PAPÉIS S/A.

SÚMULA: ICMS. PAPEL TOALHA DE USO DOMÉSTICO.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE

RELATOR: ACHILES PENAYO DE CAMPOS

A consulente, fabricante de produtos de higiene pes soale de limpeza, com inscrição para recolhimento do IC MS porsubstituição tributária, apresenta dúvida quanto à sujeição doproduto “papel toalha de uso doméstico” à sistemáti ca referida.

Relata que clas sifica esse produto no código NCM4818.30.00, que corresponde ao CEST 20.046.00, rela tivo a toalhasde mesa e guardanapos, produtos indicados como suje itos ao regimede substituição tributária, nos termos do Decreto n º 3.530/2016.

Contudo, o papel toalha f oi recentemente associado aoCEST 20.047.00, com a descrição “Toalhas de cozinha (papel toalhade uso doméstico)” e código NCM 4818.90.90.

Assim, conclui que o papel toalha estaria enquadrad o emdois códigos NCM, quais sejam, o 4818.30.00 (Toalha s de mesa eguardanapos.) e o 4818.90.90 (outros).

Dessa forma, considerando ser a última classificaçã omais específica e adequada ao produto comercializad o, entende queo papel toalha não estaria sujeito à substituição t ributária.

Indaga se está correto o seu ente ndimento.

RESPOSTA

Inicialmente, destaca-se que é de responsabilidade docontribuinte a correta classificação dos produtos q uecomercializa na Nomenclatura Comum do Mercosul – NC M, sendocompetência da Secretaria da Receita Federal do Bra sil dirimireventu ais dúvidas quanto à correta classificação.

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Todavia, quanto à dúvida apresentada, este SetorConsultivo, na resposta à Consulta nº 5, de 5 de fe vereiro de2015, reproduzindo a Solução de Divergência nº 6, n a qual aSecretaria da Receita Federal esclarece q ue o papel toalha estáclassificado no código 4818.90.90, manifestou que o produto nãose encontra entre as classificações NCM relacionada s no art. 95do RICMS, aprovado pelo Decreto nº 6080/2012, sujei tas àsubstituição tributária:

“No entanto, entende-se oportuno mencionar que, em relaçãoao produto denominado comercialmente de papel toalh a, aSecretaria da Receita Federal do Brasil se manifest ou naSolução de Divergência n. 6, de 9 de julho de 2012, a seguirtranscrita, esclarecendo que se classifica no código4818.90.90, o qual não se encontra relacionado dent re asclassificações NCM sujeitas à substituição tributár ia (art.95 do RICMS/2012):

“MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE DIVERGÊNCIA Nº 6 de 09 de Julho de 2012

ASSUNTO: Classificação de Mercadorias

EMENTA: Reforma a Solução de Consulta no 67 - SRRF/ 08/Diana,de 30 de junho de 2009. Papel próprio para limpeza, porabsorção de sujidades, em especial gorduras, fabric ado comcelulose de fibra curta, com folhas duplas, pico tado,apresentado em rolos, formando peças de 20 cm por 2 2 cm,utilizado, principalmente, nos ambientes de cozinha , damarca Mascot, fabricado por Manikraft Guaianazes In dústriade Celulose e Papel Ltda., comercialmente denominad o “PapelToalha”, classific a-se no código 4818.90.90 da Tabela deIncidência do Imposto Sobre Produtos Industrializad os(TIPI).”

A situação permanece inalterada, eis que, não obsta nteo produto papel toalha, classificado no código NCM/ SH 4818.90.90,atualmente se encontrar relaciona do com o CEST 20.047.00 no AnexoXIII do RICMS, que trata dos produtos passíveis de serem

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submetidos à substituição tributária, não está menc ionado noAnexo X do mesmo regulamento, que dispõe sobre o re gime desubstituição tributária.

Desse modo, caso a co nsulente esteja procedendo demaneira diversa da acima exposto, deverá realizar o s ajustespertinentes, observando o disposto no art. 659 do R ICMS.

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PROTOCOLO: 14.040.699-6.

CONSULTA Nº: 104, de 11 de agosto de 2016.

CONSULENTE: PAVIN, PAVIN & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. CORANTES LÍQUIDOS PARA APLICAÇÃO EMBASES, TINTAS E VERNIZES. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cadastrada como comércio varejista demateriais de construção em geral, informa que adqui riucorantes/colorantes para aplicação em bases, tintas e vernizes,aos quais atribui as NCM 32.06 e 3204.17.00, de for necedorpaulista, sem a retenção d o imposto por substituição tributária,sob a alegação de que tal sistemática não mais se a plica a essesprodutos, em virtude das novas regras trazidas pelo Convênio ICMS92/2015, e suas alterações posteriores, introduzida s noRegulamento do ICMS pelo Decre to nº 3.530/2016, alteração 937ª.

Considerando o disposto no art. 72 do Anexo X do RI CMS,discorda de aludido entendimento, e questiona se es tá correto emassim se posicionar.

RESPOSTA

Trata-se de questionamento referente a procedimento aser adotado por t erceiro (substituto tributário), e não pelaconsulente (substituído).

Porém, o contribuinte substituído respondesolidariamente pelo imposto que não tenha sido reti do, no todo ouem parte, pelo substituto tributário (art. 21, inci so IV, alínea“a”, da Lei nº 11.580/1996), razão pela qual a consulente temlegitimidade para realizar a presente consulta.

Quanto ao questionamento em tela, registra-se,inicialmente, que a tabela de que trata o § 1º do a rt. 72 doAnexo X do RICMS, vigente até 31/12/2015, trazia, em seu item 10,a previsão de que Corantes para aplicação em bases, tintas e

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vernizes, NCM 32.04, 3205.00.00, 32.06 e 32.12, est avam sob aégide da substituição tributária.

Todavia, com a alteração 937ª do Regulamento do ICM S,promovida pelo Decreto nº 3.5 30, publicado em 22/2/2016,produzindo efeitos a partir de 1º/1/2016, editado c om fundamentono Convênio ICMS 92/2015 e suas posteriores alteraç ões, oscorantes líquidos, classificados nas posições 32.04 e 32.06 daNCM, não constam da relação de produtos s ujeitos ao regime dasubstituição tributária, pois a posição 2 da tabela contida noart. 72 do Anexo X do RICMS contempla apenas os cor antes em pó,classificados nas posições 28.21 e 32.06 e no códig o 3204.17.00,da NCM.

Registre-se, entretanto, que foi ce lebrado o ConvênioICMS 53/2016, prevendo a reinserção, a partir de 1º /10/2016, doscorantes para aplicação em bases, tintas e vernizes nasistemática da substituição tributária, matéria, co ntudo, aindanão implementada pelo Estado do Paraná no RICMS.

Inco rreto, portanto, o entendimento manifestado pelaconsulente em relação a esse produto.

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PROTOCOLO: 14.117.077-5.

CONSULTA Nº: 105, de 8 de agosto de 2016.

CONSULENTE: SM7 ENGENHARIA, TECNOLOGIA E IMPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSTRUÇÃOCIVIL COM MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS.OBRIGAÇÕES TRIBUTÁRIAS. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATORA: LIMI OIKAWA

A consulente informa que é estabelecida no Estado d eSão Paulo e que atua no ramo de prestação de serviç o em execuçãode obras de construção civil em geral, com fornecim ento dematerial, e que pretende remeter materiais a serem aplicados emsuas obras no E stado do Paraná.

Aduz que conforme o Anexo XI do RICMS/SP, quando daremessa de material a ser aplicado em obra que não tenha cadastrono CNPJ, deve ser emitido documento fiscal em nome do próprioremetente, sem incidência do ICMS, informando em da dos adic ionaiso local da obra.

Isto posto, questiona:

1) Com base no RICMS/PR, como deve ser emitido odocumento fiscal de remessa de material aplicado emobras no Paraná, pela consulente estabelecida emSão Paulo? Haverá incidência do ICMS nessa operaçãointere stadual?

2) Deve haver o recolhimento do diferencial de alíq uotana proporção de 40% para o Estado do Paraná,conforme Emenda Constitucional n. 87/2015?

3) Na remessa de material para o local da obra, emoperação interna, há incidência de ICMS?

RESPOSTA

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Preliminarmente, faz-se necessário esclarecer que, se aempresa atuar no ramo de construção civil em territ órioparanaense, com movimentação de materiais, em seu n ome ou em nomede terceiros, deverá observar o que prevê o RICMS a provado peloDecreto n. 6.0 80, de 28 de setembro de 2012, no Capítulo “DaConstrução Civil”, transcrito adiante (precedente: Consulta n.21, de 8/3/2012):

“CAPÍTULO XI

DA CONSTRUÇÃO CIVIL

Art. 347. A empresa de construção civil deverá mant erinscrição no CAD/ICMS, em relação a cada estabelecimento,para cumprimento das obrigações previstas neste Reg ulamento.

§ 1º Entende-se por empresa de construção civil, pa ra osefeitos deste artigo, toda pessoa natural ou jurídi ca, quepromova, em seu nome ou de terceiros, a circulação demercado ria ou a prestação de serviço de transporte, naexecução de obras de construção civil, tais como:

a) construção, demolição, reforma ou reparação de p rédios oude outras edificações;

b) construção e reparação de estradas de ferro ou r odagem,incluindo os tr abalhos concernentes às estruturas inferiorese superiores de estradas e obras de arte;

c) construção e reparação de pontes, viadutos, logr adourospúblicos e outras obras de urbanismo;

d) construção de sistemas de abastecimento de água e desaneamento;

e) execução de obras de terraplenagem, de pavimentaçã o emgeral, hidráulicas, elétricas, hidrelétrica, maríti mas oufluviais;

f) execução de obras de montagem e construção de e struturasem geral;

g) serviços auxiliares ou complementares necessário s à

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execuç ão das obras, tais como de alvenaria, de instalação degás, de pintura, de marcenaria, de carpintaria, deserralheria.

§ 2º O disposto neste artigo aplica-se, também, aosempreiteiros e subempreiteiros, responsáveis pela e xecuçãode obras no todo ou em par te.

Art. 348. Não está sujeito à inscrição no CAD/ICMS:

I - a empresa que se dedicar às atividades profissi onaisrelacionadas com a construção civil, para prestação deserviços técnicos, tais como: elaboração de plantas ,projetos, estudos, cálculos, sondag ens de solos eassemelhados;

II - a empresa que se dedicar exclusivamente à pres tação deserviços em obras de construção civil, mediante con trato deadministração, fiscalização, empreitada ou subempre itada,sem fornecimento de materiais.

Art. 349. Em relaç ão à construção civil o ICMS será devido,dentre outras hipóteses:

I - na saída de materiais, inclusive sobras e resíd uosdecorrentes da obra executada, ou de demolição, qua ndoremetidos a terceiros;

II - no fornecimento de casas e edificações pré-fab rica das enos demais casos de execução, por administração, em preitadaou subempreitada de construção civil, de obras hidr áulicas ede outras semelhantes, inclusive serviços auxiliare s oucomplementares, quando as mercadorias fornecidas fo remproduzidas pelo pr óprio prestador fora do local da prestaçãodos serviços;

III - na entrada de bens importados do exterior;

IV - na aquisição de mercadoria ou bem destinado ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, em operação interes tadual,relativamente ao diferencial de alíquotas.

Parágrafo único. O disposto no inciso IV somente se aplicana hipótese em que o estabelecimento adquirente sej a

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contribuinte do ICMS

Art. 350. O estabelecimento inscrito sempre que pro moversaída de mercadoria ou transmissão de sua proprieda de f icaobrigado à emissão de nota fiscal.

§ 1º Na hipótese da mercadoria ser retirada diretam ente dolocal da obra, tal fato será consignado no campo"Informações Complementares" do quadro "Dados Adici onais" danota fiscal, indicando-se, além dos requisitos e xigidos, oendereço desta.

§ 2º Tratando-se de operação não sujeita ao ICMS, amovimentação de mercadoria ou outro bem móvel, entr e osestabelecimentos do mesmo titular, entre estes e a obra oude uma para outra obra será feita mediante a emissã o de notaf iscal, com as indicações dos locais de procedência edestino.

§ 3º A mercadoria adquirida de terceiros poderá ser remetidadiretamente para a obra, desde que no documento fis calconstem o nome, o endereço e os números de inscriçã o,estadual e no CNPJ, da e mpresa de construção, bem como aindicação expressa do local onde será entregue.

§ 4º O contribuinte poderá manter impressos de docu mentosfiscais no local da obra, desde que registre no RO- e os seusnúmeros, série, sendo o caso, bem como o local da o bra a quese destinarem.”

Destaca-se, ainda, que o fornecimento de materiais porempresa de construção civil, quando vinculado a um contrato deempreitada, não constitui fato gerador do ICMS, exc eto em relaçãoàs mercadorias produzidas pelo prestador de serviço s fora dolocal da obra, bem como, dentre outras hipóteses, e m relação àsoperações arroladas no art. 349 do RICMS.

Logo, no exercício da atividade que relata, a condi çãoda ora consulente é de consumidora final não contri buinte doimposto, pois adquire m ateriais e bens para emprego em obras queexecuta.

Assim, o fato de possuir inscrição estadual para

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efeitos de cumprimento de obrigações acessórias não altera suacondição de não contribuinte do ICMS (precedentes: Consultas n.87/1989, n. 187/2000, n. 55/ 2014).

Feitas tais considerações, responde-se que, no caso dea mercadoria estar depositada no estabelecimento pa ulista daempresa e for destinada ao paranaense, não há que se falar emdiferencial de alíquotas por se tratar de bens tra nsferidosentre não contribuintes, em operação que se encontra fora docampo de incidência do ICMS.

Já, quando se tratar de mercadoria fornecida porterceiro diretamente ao canteiro da obra localizada em territórioparanaense, é devido o diferencial de alíquotas, pe lo remete nte,ao Paraná, ainda que a nota fiscal tenha como desti natário oestabelecimento paulista, nos termos do inciso XV d o art. 5º doRICMS, observada a regra de transição de que trata a cláusuladécima do Convênio ICMS 93/2015, implementada no ar t. 327-G doRICMS. Nesse caso, deverão ser observadas as determi nações do §3º do art. 350 do RICMS, antes transcrito, ou seja, no documentofiscal deve constar o nome, o endereço e os números deinscrições, estadual e no CNPJ, da empresa de const rução, bemcomo a indi cação expressa do local da entrega.

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PROTOCOLO: 14.106.911-0.

CONSULTA Nº: 106, de 18 de agosto de 2016.

CONSULENTE: SAGIPEÇAS COMÉRCIO DE PEÇAS E ACESSÓRIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. PARTES E ACESSÓRIOS PARA MÁQUINAS EEQUIPAMENTOS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cuja atividade principal cadastrada é ocomércio atacadista de máquinas, equipamentos para usoindustrial, partes e peças, aduz que comercializa p rodutosrelacionados no art. 21 do Anexo X do RICMS, classi ficados nasposições NCM 39.20, 73.07 , 73.12, 73.18, 73.25, 73.26, 74.15 e84.81.

Considerando que referidas mercadorias se destinam aintegrar máquinas industriais e não a construção ci vil,acabamento, bricolagem ou adorno, a que se reporta aludidodispositivo regulamentar, entende que tais produtos não estão soba égide da substituição tributária.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Acerca da matéria ora questionada, este Setor jámanifestou conforme segue, na resposta à Consulta n º 112/2015:

“Este Setor tem reiteradamente ma nifestado que:

1. o correto tratamento tributário de determinada m ercadoriadepende da sua adequada classificação em um dos cód igos daNCM e da respectiva descrição, sendo que a aplicaçã o daclassificação de mercadorias é de responsabilidade docontribuint e, e a competência para apreciar eventual dúvidaquanto ao correto enquadramento de produtos na clas sificaçãofiscal é da Secretaria da Receita Federal do Brasil ;

2. o título das Seções do Anexo X do RICMS tem apli caçãomeramente denominativa, sendo irrele vante para efeitos de

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determinação dos produtos sujeitos à substituiçãotributária;

3. nos itens do RICMS em que esteja indicada a posi ção daNCM, e como descrição da mercadoria o respectivo tí tulo daposição apresentada na mesma norma, todas as mercad oria sdesse item estarão sujeitas à substituição tributár ia;

4. os termos 'para construções' ou 'para construção civil',constantes dos itens 2 e 54 do art. 21 do Anexo X d o RICMS,implicam dizer que se o produto é desenvolvido para essafinalidade deve ser in cluído no regime da substituiçãotributária (precedente: Consulta nº 117/2012);

5. observadas as considerações anteriores, estando amercadoria inserta, por sua descrição e por suaclassificação na NCM, no Anexo X do RICMS, independ entementede sua destina ção, estará sujeita ao regime de substituiçãotributária, exceto em relação às mercadorias para a s quais anecessária utilização conste especificada expressam ente norespectivo item do dispositivo regulamentar, tal co moocorre, por exemplo, com os itens 2 e 54 do art. 21.

Assim, no caso de os produtos adquiridos pela consu lenteatenderem os requisitos acima dispostos, estão suje itos àsubstituição tributária (precedentes: Consultas nº 8/2015,89/2014, 78/2014, 17/2014 e 2/2013, dentre outras)” .

Nesse mesmo sentido as respostas às Consultas nº38/2015, 37/2015, 107/2014, 32/2013 e 91/2012, dent re outras.

Logo, em se tratando de peças e acessórios cujasclassificação fiscal e respectiva descrição constar emrelacionados no art. 21 do Anexo X do RICMS, inclue m-se nasistemática da substituição tributária.

Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsulente, conforme apontam os precedentes referid os e alegislação de regência.

Ressalte-se, todavia, que para os produtos da posiç ão73.25 (item 61 do ar t. 21 do Anexo X – “Outras obras moldadas,de ferro fundido, ferro ou aço, para uso na constru ção”), há

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substituição tributária desde que sejam destinados ao uso naconstrução civil. Assim, se o produto comercializad o pelaconsulente, classificado em aludi da posição NCM, constante doitem do anexo regulamentar mencionado, não foi dese nvolvido paraesse fim, a operação não se sujeita ao mencionado r egime.

Registre-se, ainda, que o contribuinte substituído écorresponsável pelo recolhimento do imposto devido porsubstituição tributária, que não tenha sido recolhi do, no todo ouem parte, pelo substituto tributário, nos termos do art. 21,inciso IV, alínea “a”, da Lei nº 11.580/1996.

E caso a consulente esteja procedendo de forma dive rsada exposta, dispõe do pr azo de quinze dias, contados da data dasua ciência a respeito da presente resposta, para r ealizar osajustes pertinentes, na forma do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 14.105.599-2.

CONSULTA Nº: 107, de 4 de agosto de 2016.

CONSULENTE: C. VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. PREPARAÇÕES ALIMENTÍCIAS À BASE DE CAFÉ.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, filial de cooperativa agroindustrial eque atua na comercialização de produtos alimentício s em geral,aduz que adquire produtos para abastecer sua rede d esupermercados que atende os cooperados.

Expõe que adquire, em operação interna, “prepar ações empó para cappuccino e similares, em embalagens de co nteúdoinferior ou igual a 500g”, classificadas no código NCM2101.12.00, cuja nomenclatura faz referência a “pre parações àbase de extratos, essências ou concentrados à base de café”.

Entende que o produto está incluso na posição 3 doinciso XI do art. 135 do Anexo X do Regulamento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 6.080/2012, que retrata a NCM 2101. 1 – “extratos,essências e concentrados de café e preparações à ba se dessesextratos, essências ou concentrados ou base de café, emembalagens de conteúdo inferior ou igual a 500 gram as”, com oCEST 17.107.00.

No entanto, seu entendimento não é compartilhado po rseu fornecedor, que fundamenta sua posição no Convê nio ICMS 92,de 20 de agosto de 2015, al terado pelo Convênio ICMS 146, de 11de dezembro de 2015, que estabelece a sistemática d euniformização e identificação de mercadorias passív eis desujeição à substituição tributária.

Assim, questiona:

1. o produto em questão está enquadrado no regime d asubstituição tributária?

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2. O regime da substituição se aplica às subdivisõe sdas posições NCM previstas no Anexo X, ainda queomissas nas descrições dos itens, e os produtosclassificados em posições genéricas – “outros”?

3. Caso exista divergência ou omis são de produtosrelacionados no Regulamento do ICMS para sujeiçãoao regime da substituição tributária em relação aoslistados no Convênio ICMS 92/2013, com seurespectivo código CEST, qual disposição deveprevalecer?

RESPOSTA

Inicialmente, transcrevem-se os dispositivosregulamentares atinentes aos questionamentos da con sulente:

“ANEXO X - DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

(...)

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações na NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

(...)

XI - outros:

(...)

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

(...)

3 17.107.00

2101.1

Extratos,essências econcentrados de café e

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preparaçõesà basedessesextratos,essênciasouconcentrados ou à basede café, emembalagensde conteúdoinferior ouigual a 500gramas

(...)

ANEXO VIII – CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃO T RIBUTÁRIA– CEST

CAPÍTULO III DO CEST RELATIVO AOS SEGMENTOS DE MERC ADORIAS

SEÇÃO XVII P RODUTOS ALIMENTÍCIOS

(...)

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

(...)

107.0 17.107.00

2101.1

Extratos,essências econcentrados de café epreparaçõesà basedestesextratos,essênciasouconcentrados ou à base

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(...)

CONVÊNIO ICMS 92/2015

(...)

III - a cláusula quarta:

“Cláusula quarta A identificação e especificação dos itensde mercadorias e bens em cada segmento, bem como su asdescrições com as respectivas classificações na Nom enclaturaComum do Mercosul / Sistema Harmonizado - NCM/SH, e stãotratadas nos Anexos II a XXIX deste convênio, obser vada arelação constante na alínea “a” do inciso XIII do § 1º doart. 13 da Lei Complementar nº 123, de 14 de dezemb ro de2006.

Parágrafo único. Na hipótese de a descrição do item nãoreproduzir a correspondente descrição do código ou posiçãoutilizada na NCM/SH, os regimes de substituição tributáriaou de antecipação do recolhimento do ICMS com encer ramentode tributação serão aplicáveis somente às mercadori as oubens identificados nos termos da descrição contida nesteconvênio”.

TABELA NCM

2101.1 - Extratos, ess ências econcentrados de café epreparações à basedestes extratos,essências ouconcentrados ou à basede café:

2101.11 -- Extratos, essênciase concentrados

2101.11.10 Café solúvel, mesmodescafeinado

2101.11.90 Outros

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2101.12.00 -- Preparações à basede extratos, essênciasou concentrados ou àbase de café

2101.20 - Extratos, essências econcentrados de chá oude mate e preparações àbase destes extratos,essências ouconcentrados ou à basede chá ou de mate

2101.20.10 De chá

2101.20.20 De mate

2101.30.0 0 - Chicória torrada eoutros sucedâneostorrados do café erespectivos extratos,essências econcentrados

Esclarece-se a princípio que, estando a mercadoriainserta, por sua descrição e por sua classificação na NCM, noAnexo X do Regulamento do ICMS, está sujeita à substituiçãotributária, e, em sendo a descrição correspondente à posição ousubposição da NCM, como no caso em tela, todos os p rodutosenquadrados nas subdivisões da referida posição aco mpanham asujeição ao referido regime tributário (preceden tes Consultas n.87/2013, n. 63/2017, n. 59/2016).

Registre-se, ainda, que, com a edição do Convênio I CMS92/2015 foram identificadas as mercadorias passívei s de sujeiçãoao regime da substituição tributária e instituído o CódigoEspecificador da Substitui ção Tributária – CEST, introduzidos noRegulamento do ICMS por meio do Anexo XIII. Contudo , a referidasistemática de recolhimento do ICMS nas operações d estinadas arevendedores paranaenses requer que a mercadoria es teja também

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listada no Anexo X do Regul amento do ICMS.

No caso, o produto “preparações em pó para cappucci no esimilares, em embalagens de conteúdo inferior ou ig ual a 500g”está incluso tanto na subposição NCM 2101.1 e na de scriçãoconstante na posição 3 do inciso XI do art. 135 do Anexo X doRegulamento do ICMS, “Extratos, essências e concent rados de cafée preparações à base desses extratos, essências ou concentradosou à base de café, em embalagens de conteúdo inferi or ou igual a500 gramas”, que corresponde ao título da subposiçã o apresenta dona Tabela NCM. Logo, conforme reiteradamente manife stado, todosos produtos insertos na subposição 2101.1 da NCM es tão inclusosno regime substituição tributária nas remessas dest inadas arevendedores paranaenses, e sujeitos à aplicação de sse regimequando identificado o correspondente CEST, que no casocorresponde a 17.107.00, conforme relação constante no AnexoXIII.

Portanto, deve ser recolhido o imposto da substitui çãotributária para o produto, calculado com base na MV Acorrespondentes a essa subpos ição NCM 2101.1.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járeali zados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.053.400-5.

CONSULTA Nº: 108, de 2 de agosto de 2016.

CONSULENTE: COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA.

SÚMULA: ICMS. SAÍDA DE MERCADORIAS. BONIFICAÇÃO. BASEDE CÁLCULO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente informa que pratica o comércio atacadi stade mercadorias em geral, dentre outras atividades m ercantis, eque remete mercadorias em bonificação para seus cli entes,operação que, nos seus termos, não tem caráter come rcial.

Entende que a bonifica ção é uma modalidade de descontoincondicional, pois entrega quantidade maior do pro duto pelomesmo preço da quantidade efetivamente vendida. Por tanto, essedesconto não integra a base de cálculo do imposto.

Expõe que, dessa forma, a nota fiscal emitida pa raacobertar a operação deve descrever o produto vendi do, com odestaque do ICMS, e o produto bonificado, com base de cálculo doICMS “zerada”.

E, no caso de produtos inclusos no regime dasubstituição tributária, deve ser apurado o ICMS re lativo àsopera ções subsequentes, considerando o valor dos produto sinclusos na bonificação somente para fins de cálcul o do impostoda operação própria, embora não haja o efetivo reco lhimento.

Posto isso, faz os seguintes questionamentos:

1. está correto o entendimento a dotado?

2. caso considerada operação não tributada, pode se rutilizado o código CST 041 para os itens com bonifi cação?

3. nos casos de produtos inclusos no regime dasubstituição tributária, o procedimento também se a plica ao ICMSda operação própria, pode ndo ser utilizado o código CST 530?

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4. em não sendo correto o procedimento exposto, o q uedeve fazer para não incluir esses produtos bonifica dos na base decálculo do ICMS?

RESPOSTA

O Setor Consultivo tem manifestado que incide o imp ostoem relação às merc adorias remetidas em bonificação para ocliente, conforme se observa do disposto nas Consul tas n.192/1991, n. 101/1997, n. 106/1997, n. 126/1997, n. 044/1998 e n.174/2001.

Destaca-se do entendimento já exarado que toda saíd a demercadoria promovida por c ontribuinte do imposto,independentemente da natureza jurídica da operação, é fatogerador do ICMS, nos termos do § 2º do art. 2º da L ei n.11.580/1996. Logo, o valor das mercadorias bonifica das devecompor a base de cálculo do imposto, observando-se o art . 8º damesma lei.

Nesse sentido, há de se ter que a remessa demercadorias de fabricação própria ou que constituam objeto normalde comercialização do contribuinte, distribuídas a título debonificação ou de doação, corresponde a uma circula ção demercado ria, que configura hipótese de incidência do ICMS e sematerializa na data da saída do estabelecimento.

Desse modo, a saída de mercadoria promovida porcontribuinte acarreta consequências fiscais, indepe ndentemente danatureza do negócio jurídico e da vont ade das partes. Sob oaspecto jurídico-tributário, portanto, não está afa stada atributação das saídas promovidas a título de bonifi cação porquaisquer regras de isenção ou não incidência.

Há de se ter que o desconto de que trata a leicorresponde a um aba timento no preço da mercadoria e,consequentemente, à uma redução da base de cálculo por disposiçãolegal, quando não condicionado, onde o contribuinte envia aocliente o total da mercadoria e observa no document o fiscal opercentual de desconto incondicio nal concedido.

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Por conseguinte, esse desconto incondicionado não s econfunde com bonificação que, diferentemente do des conto,equivale à exclusão de 100% do valor do produto.

Assim, a valor das mercadorias bonificadas integra abase de cálculo do imposto da operação de saída do contribuinte,cujas regras se aplicam também às mercadorias sujei tas ao regimeda substituição tributária, onde a base de cálculo do imposto é ovalor cobrado do consumidor final, devendo o ICMS c orresponder àcarga tributária aplic ada sobre essa base de cálculo.

Nesse caso, deve o substituto tributário efetivar aretenção e o recolhimento do ICMS em conformidade c om a base decálculo correspondente ao produto, estipulada no di spositivoregulamentar, e sobre essa aplicar o percentual de cargatributária devida para a substituição tributária, d eduzindo oimposto próprio efetivamente recolhido, uma vez que ocontribuinte substituído recebe os produtos e os re vende,posteriormente, sem débito do ICMS, porquanto já re colhidoantecipadamen te pelo substituto tributário.

Incorreto, portanto, o posicionamento manifestado p elaconsulente.

Em razão do exposto, ficam prejudicadas as resposta s àsquestões 2 a 4, em vista do disposto na legislação de regência,ressaltando-se que compete ao Setor Co nsultivo orientar ocontribuinte em conformidade com a legislação vigen te.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, cabe obser var o dispostono artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o p razo de atéquinze dias para a adequação dos procedimentos já rea lizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.124.743-3.

CONSULTA Nº: 109, de 16 de agosto de 2016.

CONSULENTE: DUPATRI HOSPITALAR COMÉRCIO, IMPORTAÇÃO EEXPORTAÇÃO LTDA.

ASSUNTO: ICMS. OPERAÇÃO INTERESTADUAL COM CONSUMIDORFINAL NÃO CONTRIBUINTE DO IMPOSTO. DIFERENCIALDE ALÍQUOTAS.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, localizada no Estado de Goiás ecadastrada na atividade principal de comércio ataca dista demedicamentos e drogas de uso humano, informa que re alizaoperações com diversos destinatários paranaenses nã ocontribuintes do imposto, tais como hosp itais, órgãos públicos,autarquias, etc.

Aduz que antes do advento do Convênio ICMS 93/2015, nasreferidas operações, adotava a alíquota interna vig ente naunidade federada de origem.

Afirma que, não obstante a cláusula segunda domencionado convênio dis por que, para apuração do imposto devido atítulo de diferencial de alíquotas, deve ser utiliz ada a alíquotainterna prevista para a mercadoria na unidade feder ada dedestino, entende que na hipótese de existência de t ratamentotributário específico para a operação ou produto, esse deve serconsiderado para apuração do valor devido.

Cita, como exemplo, as operações com medicamentos e mque a alíquota interna no território paranaense é d e 18%, porém acarga tributária corresponde a 12%, em razão da red ução n a basede cálculo de que trata o item 17-A do Anexo II do RICMS.

Posto isso, questiona:

1. para cálculo do ICMS relativo ao diferencial dealíquotas, nas operações interestaduais com consumi dor final nãocontribuinte do ICMS, a alíquota da unidade federad a de destino

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deve corresponder à específica para o produto e, na suainexistência, à alíquota geral?

2. Na hipótese de existência de benefício fiscal, m esmoque concedido unilateralmente, que reduz a carga tr ibutária nasoperações internas, deve esse ser c onsiderado para apuração dovalor devido a título de diferencial de alíquotas?

RESPOSTA

As dúvidas da consulente já foram objeto de análise poreste Setor na resposta à Consulta n. 025, de 2 de f evereiro de2016, da qual se reproduz os seguintes excertos:

"Primeiramente, transcreve-se os dispositivos da Le i n.11.580/1996 que dispõem sobre a hipótese de incidên ciaretratada pela consulente, acrescentados pela Lei n . 18.573,de 30.09.2015, e cujos efeitos vigoram a partir de 1º dejaneiro de 2016:

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VII – operações e prestações iniciadas em outraunidade da Federação que destinem bens e serviçosa consumidor final não contribuinte do impostolocalizado neste Estado.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador doimposto no momento:

...

XV – da realização de operações e prestaçõesiniciadas em outra unidade da Federação quedestinem bens e serviços a consumidor final nãocontribuinte do imposto localizado neste Estado.

...

§ 7º Na hipótese do inciso XV, caberá aoremetent e ou ao prestador a responsabilidade pelo

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recolhimento do imposto correspondente àdiferença entre a alíquota interna e ainterestadual.”

[...]

Para dimensionar o valor devido a título de diferen ça dealíquotas, deve ser considerada a alíquota aplicáve l àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recol himento aeste Estado do ICMS correspondente à eventual difer ença.

Registre-se que as alíquotas aplicáveis às operaçõe sinternas estão dispostas no artigo 14, incisos I a V e § 9º,da Lei n. 11.580/1996, devendo ser utilizada a alíq uotageral de 18% quando não especificado percentual dis tintopara a mercadoria em questão.

[...]

Diante da legislação antes exposta, o contribuinte de outraunidade feder ada ao remeter mercadoria a não contribuinteaqui domiciliado, na hipótese de essa operação no â mbitoestadual submeter-se à alíquota geral de 18%, deve recolherao Estado de origem o ICMS devido à alíquota intere stadual eao Estado do Paraná o valor de im posto correspondente àdiferença entre esse e o calculado pela alíquota in terna.Desse modo, verifica-se que, sob o viés do adquiren te,mantém-se a uniformidade de carga tributária,independentemente de a mercadoria ter sido adquirid a decontribuinte paran aense ou de estabelecido em outro Estado.

Quanto ao segundo questionamento, que diz respeito àdeterminação do ICMS devido ao Paraná na existência detratamento especial mais benéfico às operações inte rnas,frisa-se que a nova regra constitucional, ao disc iplinar arepartição do ICMS entre o Estado de origem e o de destino,nas operações interestaduais com consumidor final n ãocontribuinte, determinou que o montante devido ao E stado emque localizado o adquirente deve corresponder à dif erençaentre as alíqu otas.

Com isso, para uma mesma mercadoria, a carga tribut ária

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total incidente nas aquisições interestaduais se ig uala àcarga tributária interna, sem que haja distinção detratamentos tributários, em razão de sua origem.

Pelas razões expostas, entende-se que está correto oentendimento manifestado pela consulente, de que de veconsiderar a carga tributária a que submetidas as o peraçõesinternas, observando regras de redução da base de c álculo oude isenção de ICMS, para apurar o valor do imposto devido aoParaná a título de diferença de alíquotas, desde queatendidas as condicionantes estabelecidas na normaconcessiva do benefício, quando presentes, e desde que aregra beneficiadora seja aplicável a todas as etapa sinternas de circulação da mercadoria ou, en tão, direcionadaàs operações destinadas a consumidor final.

Logo, no caso de a alíquota interestadual ser super ior ouigual à carga tributária interna, não há imposto a serrecolhido ao Paraná, sem prejuízo da parcela devida aoEstado de origem, nos exer cícios de 2016, 2017 e 2018, emrazão da regra de transição retratada no inciso II dacláusula décima do Convênio ICMS 93/2015 e reproduz ida nosartigos 327-G e 327-H do Regulamento do ICMS”.

Por fim, corrobora o antes exposto a orientação con tidano Bolet im Informativo n. 016/2015 da Coordenação da Receit a doEstado, expedido para esclarecer que, muito embora a alíquota commedicamentos, fármacos, drogas, soros e vacinas de uso humano, apartir de 1º de abril de 2015, passou a ser 18%, a cargatributária p ermaneceu em 12%, em decorrência do benefício daredução na base de cálculo prevista no item 17-A do Anexo II doRICMS:

“Boletim Informativo nº 016/2015

Operações com Medicamentos

Publicado em 30/5/2015

A Secretaria da Fazenda do Estado do Paraná e a Coo rd enaçãoda Receita do Estado vêm a público esclarecer, em r elaçãoàs operações com medicamentos, fármacos, drogas, so ros evacinas, de uso humano, submetidas ao regime da

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substituição tributária, que para determinação da b ase decálculo do imposto a ser ret ido, na hipótese do “caput” doart. 101 do Anexo X do RICMS/2012, o contribuintesubstituto poderá considerar a tabela de preços par a vendaa consumidor correspondente à alíquota de 12% (doze porcento), que será utilizada pelos revendedores varej istas emrazão da redução na base de cálculo do imposto de q ue tratao item 17-A do Anexo II do RICMS/2012”.

Posto isso, responde-se ao primeiro questionamento que,para cálculo do mencionado diferencial, a alíquota de destinodeve ser aquela específica para o pro duto. Na hipótese deinexistência, adota-se a geral que, no Paraná, corr esponde a 18%.

Quanto à segunda indagação, deve-se considerar a c argatributária a que submetidas as operações internas, observando-seas regras de redução da base de cálculo ou de i senção de ICMS,para apurar o valor do imposto devido ao Paraná a t ítulo dediferença de alíquotas, desde que atendidas as cond icionantesestabelecidas na norma concessiva do benefício, qua ndo presentes,e desde que a regra beneficiadora seja aplicável a t odas asetapas internas de circulação da mercadoria ou, ent ão,direcionada às operações destinadas a consumidor fi nal.

Dessa forma, no caso de a alíquota interestadual se rsuperior ou igual à carga tributária interna, não h á imposto aser recolhido ao Par aná, sem prejuízo da parcela devida ao Estadode origem, nos exercícios de 2016, 2017 e 2018, em razão da regrade transição retratada no inciso II da cláusula déc ima doConvênio ICMS 93/2015.

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PROTOCOLO: 14.104.104-5.

CONSULTA Nº: 110, de 23 de agosto de 2016.

INTERESSADA: BRASIL KIRIN INDÚSTRIA DE BEBIDAS S/A.

ASSUNTO: ICMS. NÉCTARES (SUCOS FRUTHOS E DUCOCO KIDS) EENERGÉTICOS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.OPERAÇÕES INTERESTADUAIS. ALÍQUOTA. FECOP.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A interessada, fabricante e distribuidora de bebida s,especialmente de cervejas, refrigerantes e sucos, e stabelecida emSão Paulo e com inscrição de substituta tributária no Paraná,informa que comercializa, a revendedores paranaense s, néctares(sucos Frut hos e Ducoco Kids) e energéticos, produtos aos quai satribui o código NCM 2202.90.00.

Aduz, ainda, que em tais operações recolhe o impost opor substituição tributária, calculado mediante apl icação daalíquota interna incidente (de 16%), e o adicional a tít ulo deFundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza – FECOP (de2%), nos termos, respectivamente, do inciso VII do § 9º do art.14 e do inciso VII do art. 14-A, ambos da Lei nº 1 1.580/1996,com redação dada pelo art. 50 da Lei nº 18.573, de 30/9/201 5.

Indaga se está correto o seu entendimento, em vista daredação concernente a aludidos dispositivos legais que tratam damatéria perquirida.

RESPOSTA

O inciso VII do § 9º do art. 14 e o inciso VII do a rt.14-A, da Lei nº 11.580/1996, com redação dada pe lo art. 50 daLei nº 18.573, de 30/9/2015, assim dispõem:

“Lei nº 11.580/1996

[...]

Art. 14. […].

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[…]

§ 9º Nas operações internas destinadas a consumidor finalcom os produtos a seguir relacionados deverão ser a plicadasas seguintes alíquotas:

[...]

VII – águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de out rosedulcorantes ou aromatizadas, refrigerantes, refres cos eoutros, cervejas sem álcool e isotônicos (NCM 22.02 ) – 16%;

Acrescentado o § 9º ao art. 14 pelo inciso VI, art. 50, daLei n. 18.573, de 30.09.2 015, publicada em 2.10.2015,produzindo efeitos a partir de 1º.2.2016.

[...]

Art. 14A. Cria o adicional de dois pontos percentua is sobreas alíquotas previstas para as operações internas d estinadasa consumidor final com os produtos a seguir relacio nados ( §1º do art. 82 do Ato das Disposições Constitucionai sTransitórias da Constituição da República):

[...]

VII – águas gaseificadas, adicionadas de açúcar ou de outrosedulcorantes ou aromatizadas, refrigerantes, refres cos eoutros, cervejas sem álcool e iso tônicos (NCM 22.02);

[...]

Parágrafo único. Relativamente ao adicional de que trata ocaput deste artigo:

I – autoriza o Poder Executivo a estabelecer as con dições dedestaque, escrituração, apuração e recolhimento do valorresultante;II – sujeita-se ao r egime de substituição tributáriaprevista no art. 20 desta Lei.

Acrescentado o § 9º ao art. 14 pelo inciso VI, art. 50, daLei n. 18.573, de 30.09.2015, publicada em 2.10.201 5,produzindo efeitos a partir de 1º.2.2016”.

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Em relação à posição 22.02 da NCM, a Tabela do IPI –TIPI aponta o seguinte:

“TIPI

[...]

NCM DESCRIÇÃO

22.02 Águas, incluindo as águas minerais e a s águasgaseificadas, adicionadas de açúcar ou deoutros edulcorantes ou aromatizadas eoutras bebidas não alcoólicas, exceto sucos(sumos) de frutas ou de produtos hortícolas,da posição 20.09.

2202.10.00 – Águas, incluindo as águas minerais e as águasgaseificadas, adicionadas de açúcar ou deoutros edulcorantes ou aromatizadas

Ex 01 – Refrescos

2202.90.00 – Outras

Ex 01 – Bebidas alimentares à base de soja oude leite e cacau

Ex 02 – Néctares de frutas

Ex 03 – Cerveja sem álcool

Ex 04 – Alimentos para praticantes deatividade física nos termos da Portaria nº222, de 24 de março de 1998, da extintaSecretaria de Vigilânc ia Sanitária, atualAgência Nacional de Vigilância Sanitária, doMinistério da Saúde: repositoreshidroeletrolíticos e outros

Ex 05 – Compostos líquidos pronto paraconsumo nos termos da Resolução RDC nº 273,de 22 de setembro de 2005, da AgênciaNacional de Vigilância Sanitária, doMinistério da Saúde”.

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Os néctares de frutas e energéticos, por sua vez, e stãoinseridos na classificação 2202.90.00 da NCM, e esp ecificadosindividualizadamente nos “Ex 02” e “Ex 05”, respect ivamente,conforme acima demonstrado.

Assim sendo, analisando-se o disposto no inciso VII do§ 9º do art. 14 e no inciso VII do art. 14-A, da Le i nº11.580/1996, com o contido na TIPI, infere-se que o s néctares (Ex02 da NCM 2202.90.00) e energéticos (Ex 05 da mesma NCM) nãoestão albergados dentre aqueles tributados a 16% a título de ICMSe sujeitos ao adicional de alíquotas de 2% para o F ECOP.

Caso a legislação estadual quisesse tê-los tributad onesses percentuais e nesses termos, teria feito men ção expressaaos mesmos, como ocorreu em relaç ão às cervejas sem álcool (Ex 03da NCM 2202.90.00) e aos isotônicos (Ex 04 da mesma NCM), ou tãosomente adotado literalmente a redação da posição 2 2.02 da NCM.

Registre-se, ainda, que a comercialização dos produ tosaludidos pela consulente, em operações internas, está sujeita àincidência da alíquota de 18%, de acordo com o art. 14, incisoVI, da lei já mencionada.

Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsulente, que dispõe do prazo de até quinze dias, contados dadata da sua ciência a res peito da orientação em tela, pararegularizar os procedimentos realizados em desconfo rmidade com oacima exposto, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 14.074.521-9.

CONSULTA Nº: 111, de 18 de agosto de 2016.

CONSULENTE: AGROQUÍMICA BRASINHA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SEBO. IMPORTAÇÃO. SUSPENSÃO.INAPLICABILIDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cadastrada na fabricação de alimentospara animais, informa que adquire sebo, para poster iormentecomercializá-lo a indústrias de sabão e biodiesel, adquirindoreferida matéria-prima principalmente no mercado in terno.

Em razão do inciso II do art. 621 do RICMS vedar aadoção do tratamento tributário previsto às operaçõ es deimportação de produtos primários de origem animal p elos portos deParanaguá e Antonina e aeroportos paranaenses, tem dúvida se aoperação com sebo, ao qual atribui o código NCM 1502.10.11,enquadra-se nesse dispositivo.

Defende que o sebo é um subproduto do abate e,portanto, não se classifica na categoria de produto primário,tendo direito à fruição da suspensão do pagamento d o impostoprevista no art. 615 do RICMS.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Em relação ao sebo, ao qual a consulente atribui ocódigo NCM 1502.10.11, a Tabela do IPI – TIPI assim aponta:

“NCM DESCRIÇÃOALÍQUOTA

15.02 Gorduras de animais das espécies bovina,

ovina ou caprina, exceto as da posição 15.03.

1502.10 - Sebo

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1502.10.1 Bovino

1502.10.11 Em brutoNT”.

Segundo aludida definição, infe re-se que o produtoindicado e classificado pela consulente é sebo bovi no em bruto.

A respeito da posição 15.02, consta das NotasExplicativas do Sistema Harmonizado de Designação e deCodificação de Mercadorias (NESH) que “as gorduras da presenteposição podem estar em bruto, denominadas 'em ramas' (fresc as,refrigeradas, congeladas), salgadas ou em salmoura, secas oudefumadas, bem como fundidas (sebo)”.

E, embora o sebo seja considerado um subprodutoresultante do abate de bovino, isso não lhe retira acaraterística/natureza de produto primário de origem animal, comoindicam as definições contidas na TIPI e na NESH, a ntestranscritas.

Ressalte-se que, por definição, produto primário éaquele que se encontra na forma em que foi obtido n a natureza,bem como aquele que, não obstante tenha sido submetido a al gumprocesso de beneficiamento, conserve as característ icas deproduto primário, definição esta aplicável ao produ to sebo bovinoem bruto.

Assim sendo, defeso à consulente utilizar o tratame ntotributário de que tratam os artigos 615 e seguintes do RICMS, porforça de expressa disposição contida no art. 621, i nciso II, domesmo Regulamento, verbis :

“Art. 621. O tratamento tributário de que trata est eCapítulo não se aplica:

[…]

II – aos produtos primários d e origem animal [...]”.

Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsulente.

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Registre-se, por fim, que a consulente dispõe do pr azode até quinze dias, contados da data da sua ciência a respeito daorientação em tela, para regularizar os proced imentos realizadosem desconformidade com o acima exposto, nos termos do art. 664 doRICMS.

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PROTOCOLO: 14.126.096-0.

CONSULTA Nº: 112, de 18 de agosto de 2016

CONSULENTE: HARIBO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE PRODUTOSALIMENTÍCIOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. MARSHMALLOW. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.NÃO SUJEIÇÃO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, sediada no estado de São Paulo, quest ionase o produto marshmallow , espécie de confeito, classificado naNCM 1704.90.90, encontra-se sob a égide da substitu içãotributária prevista no art. 133 do Anexo X do RICMS .

Aduz que referida mercadoria não se confunde combombons, e não está sujeita à aludida sistemática, pois não seencontra relacionada, pela sua classificação fiscal e respectivadescrição, no dispositivo regulamentar pertinente a esse regime,citando, para corroborar seu entendimento, o disposto naResolução CNNPA nº 12/1978, da Agência Nacional de VigilânciaSanitária – Anvisa, e na Tabela do Imposto sobre Pr odutosIndustrializados – TIPI.

RESPOSTA

Registre-se, inicialmente, que este Setor temreiteradamente manifestado que para deter minada mercadoria sesujeitar à sistemática da substituição tributária d eve constarrelacionada, pela sua classificação fiscal e respec tivadescrição, no Anexo X do RICMS.

Além disso, tem se pronunciado no sentido de que ca beao contribuinte aplicar a corr eta classificação fiscal aosprodutos que comercializa, competindo à Secretaria da ReceitaFederal do Brasil dirimir eventuais dúvidas a esse respeito.

Especificamente em relação ao marshmallow , a alínea“r”, item 4, da Resolução CNNPA nº 12/1978, da Anvi sa, o definecomo sendo uma espécie de confeito, similar às bala s e caramelos,

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diferenciando-o, inclusive, de bombons, cuja defini ção pertinenteé inclusive tratada em dispositivo específico conti do nessa mesmaresolução:

“RESOLUÇÃO – CNNPA Nº 12, DE 1978

A Comissão Nacional de Normas e Padrões para Aliment os, emconformidade com o artigo nº 64, do Decreto-lei nº 986, de21 de outubro de 1969 e de acordo com o que foi est abelecidona 410ª. Sessão Plenária, realizada em 30/03/78, re solveaprovar as seguintes NORMAS TÉCNICAS ESPECIAIS, do Estado deSão Paulo, revistas pela CNNPA, relativas a aliment os (ebebidas), para efeito em todo território brasileiro . Àmedida que a CNNPA for fixando os padrões de identi dade equalidade para os alimentos (e bebidas) consta ntes destaResolução, estas prevalecerão sobre as NORMAS TÉCNI CASESPECIAIS ora adotadas.

BALAS, CARAMELOS E SIMILARES

1. DEFINIÇÃO

Denominam-se balas e caramelos as preparações à bas e depasta de açúcar fundido, de formatos variados e deconsistência dura ou semidura, com ou sem adição de outrassubstâncias permitidas.

[…]

4. CARACTERÍSTICAS GERAIS

As balas, caramelos e similares devem ser confeccio nadas commatéria prima sã, limpa, isenta de matéria terrosa,parasitos e detritos animais ou vegetais. As ba las de goma ede goma de amido podem ser revestidas por açúcarcristalizado. As pastilhas devem apresentar superfí cie lisae homogênea. É permitido, nas pastilhas, o emprego de amidoou dextrina, no teor máximo de 5%. No revestimento dosconfeitos é permit ido o emprego de pequenas porções de cera,estearina, óleos vegetais comestíveis puros. Não é toleradaa adição de substancias corantes e essências de qua lquernatureza no preparo de balas e caramelos de frutas, deleite, chocolate, café, coco, mel e ovos, com exceção devanilina.Incluem-se nesta Norma, entre outros, o

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seguinte:[…]

r) "marsh mallow" – massa batida preparada por mist ura deaçúcares, gelatina ou albumina do ovo e adicionada dearomatizantes; o produto deve apresentar textura le ve eporosa;”.

O Wikipédia, a respeito desse produto, aponta oseguinte:

“O marshmallow é um confeito que, em sua forma mode rna,consiste de açúcar ou xarope de milho, clara de ovo batido,gelatina previamente amolecida em água, goma arábic a eflavorizantes, batidos até tomarem uma consistênciaesponjosa. A receita tradicional usava um extrato d a raizmucilaginosa da planta marshmallow, uma erva arbust ífera(Althaea officinalis), em vez de gelatina; a mucila gemdesempenhava o papel de antitussígeno”.

Na TIPI, por sua vez, acerca do código 1704.90.90 daNCM, verifica-se que:

“TIPI

NCM DESCRIÇÃO

17.04 Produtos de confeitaria sem cacau (inc luindo ochocolate branco).

1704.10.00 Gomas de mascar, mesmo revestidas de a çúcar

1704.90 Outros

1704.90.10 Choc olate branco

1704.90.20 Caramelos, confeitos, dropes, pastilhas , eprodutos semelhantes

1704.90.90 Outros”.

E nas Notas Explicativas do Sistema Harmonizado deDesignação e de Codificação de Mercadorias – NESH, em relação àposição 17.04 da NCM, consta qu e:

“17.04 Produtos de confeitaria sem cacau (incl uindo o

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chocolate branco).

1704.10 – Gomas de mascar, mesmo revestidas de açúcar

1704.90 – Outros

(Texto oficial de acordo com a IN RFB nº 1.260, de 20 demarço de 2012)

Esta posição engloba a maior parte das preparaçõesalimentícias com adição de açúcar, comercializadas no estadosólido ou semissólido, em geral prontas para consum oimediato, conhecidos por produtos de confeitaria”.

Já o Regulamento do ICMS, em relação ao código1704.90.90 da NC M, no seu Anexo X, ao tratar da substituiçãotributária nas operações com produtos alimentícios, assim dispõeem seus arts. 133 e 135:

“Art. 133. Ao estabelecimento industrial fabricante ,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 135 com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhi mento do ICMS relativo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Jane iro, Rio Grande doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 188/2009,108/2013, 120/2013, 148/2013 e 166/2013).

[...]

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respecti vas classificações na NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

I – chocolates

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POSIÇÃO CEST NCM/SH DESCRIÇÃ O

9 17.008.00 1704.90.90 Bombons,inclusive à base de chocolate br anco sem cacau”.

Portanto, a partir das definições e premissasanteriormente transcritas, conclui-se que o marshmallow , NCM1704.90.90, espécie de confeito, que não se confund e com bombons,não está sujeito à sistemática da substituição trib utária, poisnão se encontra relacionado, pela sua classificação f iscal erespectiva descrição, no Anexo X do RICMS, com reda ção vigente apartir de 1º de janeiro de 2016.

Desse modo, correto o entendimento da consulente.

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PROTOCOLO: 13.869.139-0.

CONSULTA Nº: 113, de 25 de agosto de 2016.

CONSULENTE: LUA.NET DISTRIBUIDORA DE PRODUTOS EM GERAL LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA PORTA-A-PORTA ( MARKETING DIRETO).NÃO CARACTERIZAÇÃO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, sediada no estado de São Paulo e cominscrição de substituta tributária no Paraná, infor ma que atua noramo de distribuição de mercadorias em geral e que pretendeadotar sistema de venda direta (“porta-a-porta”).

Para tanto, comerciantes autô nomos irão adquirir seusprodutos para revendê-los, arcando com todos os ônu s e riscosdecorrentes dessa atividade.

Aduz ainda que, nesse caso, a responsabilidade pelorecolhimento do imposto devido antecipadamente, nas operaçõesdestinadas a revendedores paranaenses, é da consulente, nacondição de substituta tributária, podendo recolhê- lomensalmente, e não a cada operação.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

As operações com mercadorias destinadas a revendedo respara venda porta-a-porta, denominado marketing direto,encontram-se disciplinadas na Seção XII do Anexo X do Regulamentodo ICMS.

E para caracterização desse sistema de comercializa ção,a consulente deve cumprir e se enquadrar nas regras próprias eespecíficas que regulam essa form a de negócio, destacando-se,nesse aspecto, que segundo a Associação Brasileira de Empresas deVendas Diretas – ABEVD, tal sistema é caracterizado por ser umcanal de distribuição que movimenta produtos e/ou s erviços dofabricante para o consumidor final, por meio de uma rede de

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revendedores autônomos.

Todavia, de acordo com o relatado pela consulente, nãose vislumbra, na situação em tela, o enquadramento nessa espéciede comercialização, não se lhe aplicando as disposi çõesregulamentares a essa modalidade de venda.

Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsulente, ficando prejudicadas as questões relaci onadas aoassunto perquirido, pois, conforme exposto, inaplic ável, no casoem análise, o tratamento tributário atinente ao sis tema de vendadireta (porta-a-porta ou marketing direto).

Em que pese isso, a consulente deverá verificar se osprodutos que comercializa a revendedores paranaense s estãosujeitos à sistemática da substituição tributária, nos termos doAnexo X do RICMS, e se em tais ope rações está obrigada a procedercomo substituta tributária, na forma da legislação de regência.

E no caso de operar com vendedores autônomos, deveobservar as normas específicas da venda ambulante ( precedente:Consulta nº 56/2012).

Assim, na hipótese de a consulente estar procedendo demaneira diversa da anteriormente exposta, tem o pra zo de atéquinze dias, contados da sua ciência a respeito da presenteresposta, para realizar os ajustes pertinentes, nos termos doart. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.874.004-8.

CONSULTA Nº: 114, de 25 de agosto de 2016.

CONSULENTE: FUJI AUTOTECH AUTOPEÇAS DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. IMPORTAÇÃO. MONTAGEM. CRÉDITO PRESUMIDO.VEDAÇÃO.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente informa que atua na fabricação deautopeças para veículos automotores, comercializand o-as paramontadoras de veículos e fabricantes de autopeças.

Aduz que, nesse contexto, pretende importar coluna dedireção semiacabada, classificada no código 8708.94.12 da NCM,para nela efetuar a montagem de válvula pneumática, NCM8481.20.90, também importada, e daí revendê-la para determinadamontadora de caminhões, com mesma classificação fis cal (NCM8708.94.12) da mercadoria importada.

Entende que referid a montagem caracterizaindustrialização, nos termos do art. 4º do RIPI, e, por isso, fazjus ao crédito presumido de que trata o item 46-A d o Anexo III doRICMS, na importação de ambos os produtos aludidos (coluna eválvula).

Indaga se está correto o seu e ntendimento.

RESPOSTA

,A respeito do questionamento submetido à análise d esteSetor, destaca-se, primeiramente, o disposto no ite m 46-A doAnexo III do RICMS, que trata do crédito presumido objeto dapresente consulta, com destaque para o contido na s ubnot a 4.7.8nele constante, por albergar a situação em tela e o s produtosimportados pela interessada:

“ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

ITEM DISCRIMINAÇÃO

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[…]

46-A. Importação, por meio dos PORTOS DE PARANAGUÁ EANTONINA e de aeroportos paranaenses, dematéria -prima, material intermediário ou secundário,inclusive material de embalagem, promovida porestabelecimento industrial, para ser utilizado emseu processo produtivo, equivalente a seis por cent osobre o valor da base de cálculo da operação deimportação, e que resulte em carga tributária mínimade seis por cento.

Notas:

[…]

4. o tratamento tributário de que trata este item n ão seaplica:

[…]

4.7.8. peças, partes, componentes, acessórios e dem aisprodutos, de uso automobilístico, relacionados noart. 97 do Anexo X, exceto nas importações dematérias-primas, materiais intermediários einsumos, utilizados na produção de peças eacessórios para veículos automotores, realizadas po restabelecimentos fabricantes;”.

Para fruição desse benefício, as matérias-p rimas,materiais intermediários e insumos devem obrigatori amente serutilizados, por estabelecimento fabricante, na prod ução de peçase acessórios para veículos automotores.

O termo “produção”, referido nessa subnota, implica , emsíntese e necessariamente, a obtenção de um novo produto,condição cujo cumprimento não se verifica na situaç ão em análise,na medida em que a mercadoria que será comercializa da pelaconsulente após a realização de processo de instala ção será amesma que foi importada, embora nela seja instalada determinadapeça.

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Corrobora tal posicionamento o disposto na Solução deConsulta nº 337, de 29 de dezembro de 2010, da Secr etaria daReceita Federal, verbis :

“SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 337, de 29 de Dezembro de 2 010

ASSUNTO: Imposto sobre a Im portação – II EMENTA: IMPOSTO DEIMPORTAÇÃO. REDUÇÃO. SETOR AUTOMOTIVO. FABRICANTE.MONTADORA.

A redução do Imposto de Importação (II) prevista no art. 5ºda Lei nº 10.182, de 2001, beneficia, tão-somente, aimportação de partes, peças, componentes, conj untos esubconjuntos, acabados e semi-acabados, e pneumátic osdestinados, exclusivamente, aos processos produtivo s dasempresas montadoras e fabricantes de veículos leves(automóveis e comerciais leves), ônibus, caminhões, reboquese semi-reboques, chassis com motor, carrocerias, tratoresrodoviários para semi-reboques, tratores agrícolas ecolheitadeiras e máquinas rodoviárias, e ao process oprodutivo dos fabricantes de autopeças, componentes ,conjuntos e subconjuntos necessários à produção dos citadosveí culos. Os conceitos de industrialização constantes noRegulamento do IPI (RIPI) não se prestam a definir o queseja “fabricante” de autopeças para fins de redução doimposto de importação prevista no art. 5º da Lei nº 10.182,de 2001. O termo “fabricante” utilizado pelo legisladorpossui o sentido comum, como sendo o estabeleciment oindustrial, equipado com máquinas capazes de transf ormar, demanufaturar ou produzir bens de consumo de bens de produção,mediante a transformação de um produto em outro”.

Logo, inaplicável às importações objeto da presenteconsulta o crédito presumido a que se reporta o ite m 46-A doAnexo III do RICMS, pelo não cumprimento, em suma, de condiçãoexpressa na subnota 4.7.8 nele contida, nos termos anteriormenteexpostos, pois a con sulente realiza mera instalação de peça,enquanto que o dispositivo que concede o crédito pr esumido exige,para sua fruição, que seja realizada transformação, de modo quese obtenha novo produto.

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Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsule nte.

Caso esteja procedendo de forma diversa, a consulen tedispõe do prazo de quinze dias, contados da sua ciê ncia arespeito da presente resposta, para realizar os aju stespertinentes, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 14.018.718-6.

CONSULTA Nº: 115, de 25 de agosto de 2016.

CONSULENTE: DISPACE DISTRIBUIDORA DE PEÇAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. TRATAMENTOTRIBUTÁRIO. PREENCHIMENTO DO DOCUMENTO FISCAL.CST.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, informando que importa motosserraportátil de corrente, com motor incorporado, não el étrico, de usoagrícola, NCM 8467.81.00, mercadoria sujeita à substituiçãotributária, questiona a respeito do tratamento trib utário e aforma de emissão de documento fiscal em operações internasdestinadas a revendedores, realizadas com tal produ to, nas quaishá redução de base de cálculo prevista no item 16 d o Anexo II doRICMS e possibilidade de aplicação de diferimento p arcial de quetrata o inciso I do a rt. 108 do mesmo Regulamento, bem comoquanto à utilização do respectivo Código da Situaçã o Tributária –CST.

RESPOSTA

A respeito do exposto, registre-se, primeiramente, que,em regra, não é possível cumular redução na base de cálculo comdiferimento parci al, e nem adotá-lo na existência de tratamentotributário específico mais favorável para a operaçã o, conformeprevê o § 3º do art. 108 do Regulamento do ICMS ap rovado peloDecreto nº 6.080/2012, verbis :

“Art. 108. Fica, também, diferido o pagamento do im posto nassaídas internas entre contribuintes e nas operações deimportação, por contribuinte, de mercadorias, na pr oporçãode:

I – 33,33% do valor do imposto, na hipótese da alí quota ser18%;

[...]

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§ 3º O disposto neste artigo, salvo disposição em c ontrár io:

I – não é cumulativo, na mesma operação, com outrosbenefícios fiscais;

II – não se aplica na existência de tratamento trib utárioespecífico mais favorável para a operação”.

Na situação em tela, à guisa do que dispõem o art. 108,inciso I, e o item 16 do Anexo II, do RICMS, a seguir transcrito,conclui-se que o tratamento tributário mais favoráv el é o que seobtém pela aplicação desse último dispositivo regul amentar, queprevê redução na base de cálculo de modo que a carg a tributáriaresulte em 5,6%, fi cando, desse modo, excluída a utilização dodiferimento parcial, de cuja incidência, na espécie , implica nacarga tributária de 12%, tratando-se de mercadoria sujeita àalíquota de 18%:

“ANEXO II – REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

ITEM DISCRIMINAÇÃO

16 A base de cálculo é reduzida, até 30.6.201 7,nas operações com as MÁQUINAS E IMPLEMENTOSAGRÍCOLAS adiante arrolados, para opercentual que resulte na carga tributáriaequivalente a (Convênios ICMS 52/1991 ,69/2009 , 14/2013 e 191/2013):

[ …]

b) 5,6% nas operações internas;

[…]

Posição DescriçãoNCM

17 Motosserras portáteis de corrente,

com motor incorporado, não elétrico,

de uso agrícola8467.81.00”.

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Assim, estando o produto sujeito à substituiçãotributária, a consulente, na qualidade de substitut a tributária,pois importa as mercadorias que revende, deve obser var, naemissão do documento fiscal, o CST que identifica a origem damercadoria, nos termos da Tabela II – A do Anexo IV do RICMS,acrescido do código do tratamento tributário, previ sto na TabelaII – B do mesmo anexo regulamentar, sendo, nesse as pecto, “70” oCST aplicável quando se tratar de operação “com red ução de basede cálculo e cobrança do ICMS por substituição”.

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PROTOCOLO: 14.136.848-6.

CONSULTA Nº: 116, de 18 de agosto de 2016.

CONSULENTE: AXL INDÚSTRIA E COMÉRCO EIRELI.

SÚMULA: ICMS. SUCATA. PRENSAGEM. REVENDA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cuja atividade econômica principalcadastrada é o comércio atacadista de outros equipa mentos eartigos de uso pessoal, informa ter a intenção de r ealizar aaquisição de sucatas e desperdícios de alumínio, cl assificados nocódigo 7602.00.00 da NCM, procedendo sua comercialização apósserem prensados e acondicionados em fardos, ativida de que entendecaracterizar industrialização, nos termos do Regula mento do IPI.

Esclarece que a aquisição poderá se dar de catadore s desucatas, de cooperativas de catadores, de estabelecimentoscomerciais ou de indústrias que utilizam alumínio c omomatéria-prima. Especificamente, em relação às aquis ições deestabelecimentos industriais, aduz que os produtos dos quais seoriginam as sobras podem ter origem nacional ou estrangeira.

Mencionando a dificuldade de separar e identificar aorigem dos materiais, que na maioria das vezes se d estinam àfusão, para início de novo ciclo industrial na cond ição dematéria-prima, questiona se está sujeito à apuração do conteúdode importação e à apresentação da FCI – Ficha de Cont eúdo deImportação.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe observar que a atividade descri tapela consulente, consistente na compactação e prens agem dedesperdícios e resíduos metálicos, com o fim de red uzir seuvol ume para facilitar o transporte e manuseio, não con stituioperação de industrialização, conforme posição da S ecretaria daReceita Federal do Brasil, exposta na Solução de Co nsulta n. 67 –Cosit, cuja ementa se transcreve:

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“Solução de Consulta Cosit nº 67, de 21 de março de 2014

(Publicadoa no DOU de 31/03/2014, seção 1, pág. 22 )

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: SUCATA. AQUISIÇÃO. PRENSAGEM. REVENDA.

A simples redução do volume, por compactação ou pre nsagem,de sucata de meta l adquirida para revenda, sem que hajaqualquer modificação em sua aparência, natureza,funcionamento ou acondicionamento, não constitui op eração deindustrialização.

DISPOSITIVOS LEGAIS: Decreto nº 7.212, de 2010, art s. 3º e4º, inciso II.”

Assim, na con dição de estabelecimento comercial, aconsulente não está obrigada ao preenchimento da FC I – Ficha deConteúdo de Importação, haja vista que a regra disp osta no art.622-F do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012estabelece essa obrigator iedade apenas para o contribuinteindustrializador, que utilize mercadorias importada s em seuprocesso produtivo.

A consulente, que atualmente é optante pelo SimplesNacional, ao revender sucata deve apenas transcreve r na notafiscal de saída o número da F CI contido no documento fiscalrelativo à entrada da mercadoria em seu estabelecim ento, nostermos do parágrafo único do art. 622-H, observando , porconseguinte, que esses materiais devem ser comercia lizadosseparadamente dos demais.

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PROTOCOLO: 14.120.341-0.

CONSULTA Nº: 117, de 18 de agosto de 2016.

CONSULENTE: TANGARÁ IMPORTADORA E EXPORTADORA S.A.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS ANÃO CONTRIBUINTE PARANAENSE. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente informa que tem por atividade econômic a afabricação e comercialização de produtos lácteos e que realizaoperações destinadas a este Estado, tendo como adqu irentes órgãospúblicos e outros não contribuintes do ICMS.

Expõe que, nessas operações , sujeita-se ao recolhimentoda diferença entre as alíquotas interna e a interes tadual, nostermos dos incisos VII e VIII do § 2º do art. 155 d a Constituiçãoda República.

Esclarece, ainda, que, em relação ao produto leite empó, as operações internas se e ncontram abrangidas pela isençãoprevista na alínea “f” do item 21 do Anexo I do Reg ulamento doICMS, concluindo que, em sendo a alíquota interesta dual superiorà carga tributária praticada no Paraná, não haveria imposto arecolher a título de diferença de alíquotas.

Entretanto, em razão da regra de transição disposta noart. 99 do Ato das Disposições Constitucionais Tran sitórias(ADCT) e no Convênio ICMS 93/2015, implantada na le gislaçãoparanaense pelo Decreto n. 3.208/2015, tem dúvida q uanto àcorreção d e seu entendimento, haja vista que essas normas nad adispõem, de forma expressa, sobre a possibilidade d econsideração, ou não, dos benefícios fiscais (isenç ão, redução debase de cálculo) previstos na unidade federada de d estino parafins de apuração do d iferencial de alíquotas.

Não obstante, para corroborar seu entendimento, des tacao disposto na cláusula primeira do Convênio ICMS 15 3/2015,segundo a qual devem ser considerados, pelas unidad es de origem e

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de destino, os benefícios fiscais de redução de b ase de cálculoou de isenção autorizados por meio de convênios cel ebrados até avigência desse, para efeitos do cálculo da diferenç a dealíquotas.

Por fim, aduz reforçar sua posição o disposto nacláusula sexta do Convênio ICMS 93/2015, que é clar a ao prev erque o remetente domiciliado no Estado de origem dev e observar alegislação do Estado de destino, e a regra constitu cionalretratada no inciso V do art. 150 da Constituição d a República,que restaria comprometida no caso de se impor trata mentodiferencia do a mercadorias oriundas de outras unidades daFederação.

RESPOSTA

Em razão da legislação vigente a partir de 1º dejaneiro de 2016, implementada para cumprimento das alteraçõesintroduzidas na Constituição da República pela Emen daConstitucional n. 87/20 15, a consulente, ao promover operaçãointerestadual destinando mercadoria a consumidor fi nal nãocontribuinte do ICMS aqui localizado, é contribuint e do Estado doParaná, relativamente ao imposto correspondente à d iferença entreas alíquotas interna e a i nterestadual.

Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, a regra geral a ser observada dispõe que deve serconsiderada a alíquota aplicável à mercadoria nas o peraçõesinternas com consumidor final, comparada à alíquotainterestadua l, cabendo o recolhimento, a este Estado, do ICMScorrespondente à eventual diferença.

Na hipótese de existência de tratamento tributário maisbenéfico às operações internas praticadas na unidad e de destino,esse deve ser considerado na apuração do imposto devido aoParaná.

Essa posição guarda consonância com o entendimento jámanifestado nas Consultas n. 384/1993, n. 16/2014, n. 28/2015 en. 132/2015, referentes ao diferencial de alíquotas exigido decontribuinte paranaense que adquire, na condição de con sumidor

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final, bens para o ativo permanente ou materiais de uso ouconsumo, cuja hipótese de incidência tem pressupost os efundamentos similares a esse novo diferencial vigen te a partir de1º de janeiro de 2016.

Relativamente ao leite em pó, a isenção men cionada pelaconsulente encontra-se prevista na Lei n. 14.978/20 05 ereproduzida no item 21 do Anexo I do Regulamento do ICMS, nosseguintes termos:

“Art. 1º Ficam isentas do imposto sobre operações r elativasà circulação de mercadorias e sobre prestações de serviçosde transporte interestadual e intermunicipal e decomunicação (ICMS) as operações internas que destin em osseguintes produtos da cesta básica de alimentos aconsumidores finais:

...

VI – leite, exceto os concentrados e adicionados de açúcarese edulcorantes e o longa vida UHT, leite em pó e lin guiças;”

Verifica-se que a isenção contempla as operaçõesinternas destinadas a consumidores finais.

Nesse caso, nas remessas interestaduais destinadas aconsumidor final paranaense não contribuinte do imp osto, aalíquota interestadual é superior à carga tributári a interna, nãohavendo imposto a ser recolhido ao Paraná, sem prej uízo, contudo,da parcela devida ao Estado de origem, nos exercíci os de 2016,2017 e 2018, em decorrência da regra de transição r et ratada noinciso II da cláusula décima do Convênio ICMS 93/20 15(precedente: Consulta n. 25/2016).

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PROTOCOLO: 14.088.727-7

CONSULTA Nº: 118, de 30 de agosto de 2016.

CONSULENTE: KAPAZI INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CAPACHOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. TAPETES E CAPACHOS DE VINIL.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: LAÉRCIO LOPES DE ARAUJO

A consulente informa que atua no ramo de fabricação ecomercialização de tapetes e capachos de vinil, cla ssificados nocódigo 3918.10.00 da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM).

Considerando o disposto nos artigos 19, 20 e 21 doAnexo X do RICMS/2012, que estabelecem o regime da substituiçãotributária nas operações com materiais de construçã o, acabamento,bricolagem ou adornos, questiona se os produtos ant es mencionadossujeitam-se a esse regime nas saídas com destino a revendedores,na medida em que a des crição constante da redação do referidoartigo 21 não contempla tapetes e capachos de vinil .

RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituiçãotributária relacionado aos produtos em questão está previsto noart. 19 e seguintes do Anexo X do Regula mento do ICMS, aprovadopelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS), com a redação a seguirdescrita, evidenciando-se a codificação da NCM cita da pelaconsulente:

“Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no terr itórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de retenção e recolhimento doICMS relativo às operações subsequentes.

Art. 20. A base de cálculo para a retenção do impos to será o

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preço máximo de venda a varejo fixado pela autorida decompetente ou, na falta desse, o preço sugerido aoconsumidor final pelo fabricante ou importador, acrescido,em ambos os casos, do valor do frete, quando não in cluído nopreço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o “caput”, a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç opraticado pelo remetente, ac rescido dos valorescorrespondentes a frete, seguro, impostos, contribu ições eoutros encargos transferíveis ou cobrados do destin atário,ainda que por terceiros, adicionado da parcela resu ltante daaplicação, sobre o referido montante, do percentual demargem de valor agregado previsto no art. 21 deste an exo.

§ 2º Na impossibilidade de inclusão do valor do fre te,seguro ou outro encargo, na composição da base de c álculo, orecolhimento do imposto correspondente será efetuad o peloestabelecimento destinatár io, acrescido dos percentuais demargem de valor agregado previstos no art. 21 deste anexo.

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

(...)

3 39.18 Revestimento depavimentode PVC eoutrosplásticos

Segue Tabela NCM com a descrição da codificação doproduto questionado:

NCM DESCRIÇÃO

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(...)

39.18 Revestimentos de pisos(pavimentos), de plásticos,mesmo aut o-adesivos,

Em rolos ou em forma deladrilhos ou de mosaicos;revestimentos de paredes ou detetos, de plásticos, definidosna Nota 9 do presente Capítulo.

3918.10.00 - De polímeros de cloreto devinila

3918.90.00 - De outros plásticos.

(...)

Esclarece-s e que a sujeição do produto à substituiçãotributária requer que a mercadoria esteja inserida, por suadescrição e por sua classificação na NCM, dentre os produtoslistados no Regulamento do ICMS. Ressalta-se, també m, que nositens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercadoria o respectivo título da posição apresenta da na mesmanorma, todas as mercadorias nela inseridas, inclusi ve as demaissubdivisões, estarão sujeitas a esse regime.

Também é importante salientar que a aplicação da N CMaos produtos que comercializa é de responsabilidade docontribuinte e, em caso de dúvida ou divergência qu anto aocorreto enquadramento, a competência para responder consultassobre essa matéria é da Secretaria da Receita Feder al do Brasil.

Verifica-se que a descrição trazida pelo item 3 doartigo 21 do Anexo X do Regulamento do ICMS compree nde apenas aprimeira parte da redação apresentada na Tabela NCM , que dizrespeito aos revestimentos de pisos (pavimentos), d e plástico,não compreendendo a segunda p arte da posição que contempla osrevestimentos de plásticos para paredes ou tetos.

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Logo, todos os tipos de revestimentos, de plásticos ,classificados na posição 39.18 da NCM destinados a pisos(pavimentos) submetem-se à substituição tributária.

Em razão do exposto, conclui-se que os tapetes ecapachos de PVC (vinil) fabricados pela consultente , por seclassificarem no código 3918.10.00 da NCM, encontra m-se sujeitosa essa sistemática de recolhimento, porque insertossimultaneamente na descrição e na posição NCM relacionadas noitem 3 do artigo 21 do Anexo X do Regulamento do IC MS.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos j árealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.129.490-3.

CONSULTA Nº: 119, de 30 de agosto de 2016.

CONSULENTE: GAZIN INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE MÓVEIS EELETRODOMÉSTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE REALIZADO POREMPRESA DO SIMPLES NACIONAL. CRÉDITO.IMPOSSIBILIDADE.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente, cuja atividade principal cadastrada é ocomércio atacadista de equipamentos elétricos de us o pessoal edoméstico, enquadrada no regime normal de apuração do ICMS,informa que contrata serviço de transporte de carga s de empresaoptante do Simp les Nacional, para transportar insumos e produtosadquiridos.

Questiona, em razão disso, quanto ao direito ao cré ditodo imposto nessas prestações por ela contratadas, c onsiderando odisposto no art. 23, § 1º, da Lei Complementar nº 1 23/2006 e oprincípio da não cumulatividade, manifestando, em suma, que ocreditamento, nesse caso, seria admitido pela legis laçãomencionada.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

Ao contrário do que entende a consulente, acontratante/tomadora, enquadrada no reg ime normal de apuração erecolhimento do ICMS, que utilizar serviço de trans porte prestadopor empresa do Simples Nacional, não tem direito ao créditocorrespondente ao ICMS incidente sobre a prestação.

A Lei Complementar nº 123/2006, que disciplina otrat amento dispensado às micro e pequenas empresas, res tringe autilização de créditos gerados pelos optantes do Si mples Nacionalàs operações com mercadorias destinadas à comercial ização ouindustrialização, conforme indica o § 1º do seu art . 23:

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“Art. 23. As microempresas e as empresas de pequeno porteoptantes pelo Simples Nacional não farão jus à apro priaçãonem transferirão créditos relativos a impostos oucontribuições abrangidos pelo Simples Nacional. (ef eitos: apartir de 01/07/2007)

§ 1º As pessoas jur ídicas e aquelas a elas equiparadas pelalegislação tributária não optantes pelo Simples Nac ionalterão direito a crédito correspondente ao ICMS inci dentesobre as suas aquisições de mercadorias de microemp resa ouempresa de pequeno porte optante pelo Simp les Nacional,desde que destinadas à comercialização ou industria lização eobservado, como limite, o ICMS efetivamente devido pelasoptantes pelo Simples Nacional em relação a essasaquisições. (Incluído pela Lei complementar nº 128, de 19 dedezembro de 2 0008) (efeitos: a partir de 01/01/2009)”.

Assim também dispõe o § 1º do art. 56 da Resolução CGSNnº 94/2011:

“Art. 56. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional não farájus à apropriação nem transferirá créditos relativo s aimpostos ou contribuições abra ngidos pelo Simples Nacional.(Lei Complementar nº 123, de 2006, art. 23)

§ 1º As pessoas jurídicas e aquelas a elas equipara das pelalegislação tributária, não optantes pelo Simples Na cional,terão direito ao crédito correspondente ao ICMS inc identesobre as suas aquisições de mercadorias de ME ou EPP opt antepelo Simples Nacional, desde que destinadas àcomercialização ou à industrialização e observado, comolimite, o ICMS efetivamente devido pelas optantes p eloSimples Nacional em relação a essas aquisiç ões, aplicando-seo disposto nos arts. 58 a 60. (Lei Complementar nº 123, de2006, art. 23, §§ 1º e 6º)”.

A ilação acima exposta, em conformidade com osdispositivos mencionados, é corroborada pela regra contida nosarts. 58 e 59, inciso VI, da mesma resol ução, verbis :

“Art. 58. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional queemitir nota fiscal com direito ao crédito estabelec ido no §

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1º do art. 23 da Lei Complementar nº 123, de 2006,consignará no campo destinado às informações comple mentaresou, em sua falt a, no corpo da nota fiscal, a expressão:"PERMITE O APROVEITAMENTO DO CRÉDITO DE ICMS NO VAL OR DER$...; CORRESPONDENTE À ALÍQUOTA DE ...%, NOS TERMO S DO ART.23 DA LEI COMPLEMENTAR Nº 123, DE 2006". (Lei Compl ementarnº 123, de 2006, art. 23, §§ 1º, 2º e 6º; art. 26, inciso Ie § 4º).

[...]

Art. 59. A ME ou EPP optante pelo Simples Nacional nãopoderá consignar no documento fiscal a expressão me ncionadano caput do art. 58, ou caso já consignada, deveráinutilizá-la, quando: (Lei Complementar nº 123, de 2006,art. 23, §§ 1º, 2º e 4º; art. 26, inciso I e § 4º).

[...]

VI – tratar-se de prestação de serviço de comunicaç ão, detransporte interestadual ou de transporte intermuni cipal”.

Portanto, a legislação de regência, anteriormentetranscrita, contempla apena s o direito ao crédito do ICMS para asaquisições de mercadorias destinadas à comercializa ção ouindustrialização. Não há previsão de que o serviço de transporteprestado por optante do Simples Nacional possibilit e oaproveitamento de crédito do ICMS pelo tomador.

Incorreto, desse modo, o entendimento manifestado p elaconsulente.

Registre-se, ainda, que a prestação de serviço detransporte intermunicipal de cargas, que tenha iníc io e términono território paranaense e cujo tomador do serviço sejacontribuin te do imposto inscrito no CAD/ICMS deste Estado, es táabrangida pela isenção de que trata o item 130 do A nexo I doRICMS.

Por fim, caso esteja procedendo de forma diversa, aconsulente dispõe do prazo de quinze dias, contados da suaciência a respeito da p resente resposta, para realizar os ajustespertinentes, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 14.006.589-7.

CONSULTA Nº: 120, de 30 de agosto de 2016.

CONSULENTE: JBS S/A.

SÚMULA: ICMS. CESTA BÁSICA. CONSUMIDOR FINAL.ABRANGÊNCIA.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de carnes bovinas e suínas e de rivados,reporta-se ao item 21 do Anexo I do Regulamento do ICMS, quedispõe sobre a isenção do imposto nas operações int ernas comprodutos da cesta básic a destinadas a consumidores finais, e fazas seguintes indagações:

1. a expressão “consumidor final” constante no refe ridoitem contempla operações com restaurantes, hotéis, clubes,associações, pessoas jurídicas não contribuintes do ICMS etc., jáque no § 1º do art. 106 do RICMS, que prevê o encerramento dodiferimento do pagamento do ICMS nas operações de s aídas dasmercadorias arroladas no art. 107 da mesma norma re gulamentar,enquadra essa categoria de destinatários no conceit o deconsumidor final?

2. as operações de saídas de carnes e miúdoscomestíveis, frescos, resfriados ou congelados, res ultantes doabate de aves, coelhos e gados bovino, bubalino, su íno, ovino ecaprino usufruem da isenção do ICMS?

3. para fins de estorno de crédito de que trata asubnota 1.2 do item 21 do Anexo I da referida norma regulamentar,pode efetuar o levantamento mensal dos produtos com ercializadospara consumidor final com isenção e buscar o impost o creditadoreferente a todos esses produtos, efetuando um únic o lançamentomensal de estorno de crédito?

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se os disposit ivos

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do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80/2012, quetêm vínculo com as dúvidas apresentadas:

SEÇÃO IV

DO ESTORNO DO CRÉDITO

Art. 71. O sujeito pass ivo deverá efetuar o estorno doimposto creditado sempre que o serviço tomado ou amercadoria ou bem entrados no estabelecimento (art. 29 daLei n. 11.580/1996):

I - for objeto de saída ou prestação de serviço nãotributada ou isenta, sendo esta circunstân cia imprevisívelna data da entrada da mercadoria ou bem ou da utili zação doserviço;

[...]

§ 3º O crédito a estornar, nas hipóteses indicadas nesteartigo, quando não conhecido o valor exato, é o val orcorrespondente ao custo da matéria-prima, materialse cundário e de acondicionamento empregados na mercad oriaproduzida ou será calculado mediante a aplicação da alíquotainterna, vigente na data do estorno, sobre o preço deaquisição mais recente para cada tipo de mercadoria ,observado, no caso do inciso V, o percentual de redução.

ANEXO I – ISENÇÕES

[...]

ITEM DESCRIÇÃO

21 Operações internas que destinem a consumi doresfinais os produtos da CESTA BÁSICA de alimentosadiante arrolados (art. 1º da Lei n.14.978/2005):

[...]

b) café torrado em gr ão ou moído; carnes e miúdoscomestíveis, frescos, resfriados ou congelados, res ultantesdo abate de aves, coelhos e gados bovino, bufalino, suíno,ovino e caprino; chá em folhas;

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No que diz respeito à primeira indagação, o SetorConsultivo na resposta à C onsulta n. 109, de 18 de fevereiro de1993, esclareceu que “consumidor final” é todo aque le que adquiremercadoria na etapa final do ciclo tributado pelo I CMS.

Por oportuno, reproduz-se excertos da mencionadaconsulta:

Consumidor final, na técnica do impos to, é todo aquele queadquire mercadorias na etapa encerradora do ciclo t ributadopelo ICMS. É nesse sentido que deve ser interpretad a aexpressão “destinatário final” do § 1º do artigo 29 4 doRICMS. Assim, a empresa exclusivamente prestadora d eserviços q ue adquire materiais para utilizá-los como insumo“é consumidor final ou destinatário final” [...]. D e igualforma, qualquer empresa que compre material para us o ouconsumo (material de limpeza, por exemplo) é consum idor oudestinatário final.

Logo, para u sufruir da isenção do ICMS nas operaçõesinternas com as mercadorias especificadas no item 2 1 do Anexo I,o adquirente não poderá revendê-las ou incorporá-la s a outrosprodutos que serão objeto de operações de circulaçã o demercadorias, o que ocorre, por e xemplo, em restaurantes.

Assim, os estabelecimentos mencionados pela consule nteque se enquadrarem na citada orientação não se conf iguram comoconsumidores finais.

Registre-se que o § 1º do art. 106 do RICMS express a oque deve se considerar “saída para c onsumidor final”,exclusivamente para efeitos de encerramento da fase dediferimento (precedente: Consulta 147/2006).

Quanto ao segundo questionamento, deixa-se de respo ndercom fundamento na alínea “f” do art. 656 do RICMS, pois estáexpressamente especif icada na alínea “b” do item 21 do Anexo Iquais são os produtos beneficiados com a isenção, n ão comportandointerpretação por parte deste Setor.

Relativamente à terceira indagação, nada impede que aconsulente emita uma nota fiscal mensal para fins d e est orno de

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crédito de ICMS, apurado segundo prescreve o § 3º d o art. 71 doRICMS, e efetue o seu registro pelo valor total do documentofiscal, devendo observar, na emissão e no lançament o dessedocumento, as normas pertinentes à Escrituração Fis cal Digital –EFD.

Posto isso, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizad os ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.018.423-3.

CONSULTA Nº: 121, de 16 de agosto de 2016.

CONSULENTE: E. D. ROSAS & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE INTERMUNICIPALRODOVIÁRIO COLETIVO DE PASSAGEIRO SOB REGIMEDE FRETAMENTO. INCIDÊNCIA.

RELATOR: CÍCERO ANTÔNIO EICH

A consulente informa que presta serviço de transpor terodoviário coletivo de passageiros, com a utilizaçã o de vans emicro-ônibus, mediante contrato de fretamento, a pa rtir de locaispré-determinados situados em Ponta Grossa e região, onde estãolocalizado s os passageiros, até a sede das empresas contratan tesou até outros locais por elas indicados.

Aduz ainda que, como a prestação se encerra sempre como retorno dos passageiros ao local de origem ou ao local detrabalho, mesmo quando, na consecução do serv iço, tenha que sedeslocar para outros municípios, e que, para cobran ça do serviço,computa a quilometragem referente a todo o trajeto percorrido,desde o início até o seu encerramento, entende que se trata defato imponível pelo ISS.

Indaga, por fim, se e stá correta a sua interpretação, àguisa do disposto no art. 2º, inciso II, da Lei nº 11.580/1996 eda Lei Complementar nº 116/2003.

RESPOSTA

Ressalte-se, inicialmente, que compete a este SetorConsultivo manifestar e orientar apenas a respeito de questõesafetas a tributos de competência estadual.

Nesse sentido, tratando-se de prestações de serviço s detransporte interestadual e intermunicipal de pessoa s, o art. 2º,inciso II, da Lei nº 11.580/1996, dispõe que incide o ICMS:

“Art. 2º O imposto incide sobre :

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[...]

II – prestações de serviços de transporte interesta dual eintermunicipal, por qualquer via, de pessoas, bens,mercadorias ou valores;”.

A ocorrência do fato gerador do ICMS, no caso daconsulente, ocorre quando a prestação de serviço de transporte depassageiros inicia em Ponta Grossa com destino a ou tro município,ou quando a coleta de passageiros ocorre em um muni cípio e odestino seja em outro.

Nesse sentido, reproduz-se orientação proferida poreste Setor na resposta à Consulta nº 63/2012, em si tuaçãosimilar:

“CONSULTA Nº: 63, de 21 de junho de 2012.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE DE PASSAGEIROS. INCIDÊNCIA .

A consulente, que atua no ramo do transporte rodovi áriocoletivo de passageiros sob o regime de fretamentointermunicipal, interestadual e intern acional (CNAE4929-9/02) e transporte escolar (CNAE 4929-1/00), i nformaque realiza o transporte de passageiros para destin ospredeterminados pelos mesmos, não agenciando viagen s,pacotes turísticos nem organizando excursões.

Com base nos artigos 5º e 163 do Regulamento do ICMS entendeque deve recolher os tributos para o Estado, aduzin do,inclusive, que o DER exige que tenha inscrição esta dual.

Entretanto, a Prefeitura Municipal de Londrina estáquestionando suas prestações de serviço por entende r que seenquadram como turismo, devendo recolher o ISS.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

A dúvida da consulente se refere à tributação ou nã o peloICMS das prestações de serviço de transporte de pas sageirosque realiza.

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Assim determina a legis lação:

'Lei n. 11.580/1996:

Art. 2º O imposto incide sobre:

...

II - prestações de serviços de transporteinterestadual e intermunicipal, por qualquer via,de pessoas, bens, mercadorias ou valores;'.

Portanto, sendo as prestações de serviço de transpo rter ealizadas pela consulente intermunicipais ou intere staduaisnelas incide o ICMS, já que os passageiros contrata m otransporte de um grupo de pessoas para determinado destino.

A Lei Complementar n. 116/2003, no item 9.2 da list a a elaanexa, prevê a incidên cia do ISS quando há o agenciamento,organização, promoção, intermediação e execução de programasde turismo, passeios, viagens, hospedagens e congên eres.Entretanto, não é o caso das prestações de serviço descritaspela consulente e que são objeto desse q uestionamento:

'LEI COMPLEMENTAR n. 116/2003

Art. 1o O Imposto Sobre Serviços de QualquerNatureza, de competência dos Municípios e doDistrito Federal, tem como fato gerador aprestação de serviços constantes da lista anexa,ainda que esses não se constit uam como atividadepreponderante do prestador.

Lista de Serviços Anexa à Lei Complementar n.116/2003

9.2 – Agenciamento, organização, promoção,intermediação e execução de programas de turismo,passeios, viagens, excursões, hospedagens econgêneres'.

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Assim já se manifestou o Setor Consultivo daSecretaria de Estado da Fazenda, como na resposta à Consulta n.077/1998:

'CONSULTA n.:077, de 07 de abril de 1998.

SÚMULA:ICMS. SERVIÇO DE TRANSPORTE E DE TURISMO. IN CIDÊNCIADO IMPOSTO SOBRE O PRIMEIRO.

...

A consulente, empresa que atua no ramo de agenciamen to deviagens de turismo e venda de passagens, informa qu e éproprietária de três ônibus, prestando serviços detransporte intermunicipal e interestadual de passag eiros.

Acrescenta que para documentar tais viagens, emite NotaFiscal de Serviço de Transporte, [...] com destaqu e do ICMSà alíquota de 12%, sempre que é contratada para efe tuarviagens eventuais no transporte de times de futebo l,estudantes de colégios, idosos, doentes etc., para outrosMunicí pios ou Estados.

Esclarece, ainda, que quando o passeio turístico é promovidopela própria empresa, efetua o destaque do imposto decompetência municipal, ISS, e não, do ICMS.

Diante do exposto, indaga:

1- Quando a empresa é contratada para levar um tim e defutebol ou alunos de colégio para outro Município o u Estado,utilizando-se dos ônibus de sua propriedade, deverá emitirnota fiscal com destaque do ICMS ou do ISS?

2- Em não sendo tributada pelo ICMS, poderá a empr esa pedirbaixa de sua inscrição no CA D-ICMS?

...

RESPOSTA

A sujeição do serviço de transporte de pessoas em o peraçõesintermunicipal e interestadual, à incidência do ICM S, estáprevista na Lei n.º 11.580/96, em seu art. 2.º, inc iso II

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[…].

Assim sendo, está correto o procedimento descrito p el aconsulente quanto à emissão da Nota Fiscal de Servi ço deTransporte com destaque do ICMS à alíquota de 12%, aorealizar o transporte de passageiros a outros Munic ípios ouEstados, quando contratada por terceiros”.

Ressalte-se que na hipótese de o serviço de transportede pessoas ficar restrito ao âmbito municipal, não se cogita asua submissão ao ICMS, considerando o disposto na l egislação deregência.

Por fim, caso a consulente esteja procedendo de for madiversa da exposta, dispõe do prazo de até quinze dias, contadosda sua ciência a respeito da presente resposta, par a realizar osajustes pertinentes, nos termos do art. 664 do RICM S.

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PROTOCOLO: 14.080.317-0

CONSULTA Nº: 122, de 1º de setembro de 2016.

CONSULENTE: SINDICATO DAS INDÚSTRIAS DE CACAU E BALAS, MASSASALIMENTÍCIAS E BISCOITOS, DE DOCES E CONSERVASALIMENTÍCIAS DO ESTADO DO PARANÁ - SINCABIMA.

SÚMULA: ICMS. BISCOITOS E BOLACHAS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, entidade sindical que representa osfabricantes de biscoitos e bolachas, solicita escla recimentossobre a tributação desses produtos, especificamente quanto àaplicação do regime de substituição tributária.

Esclarece que o código NCM 1905.31. 00, relativo abolachas e biscoitos, encontra-se relacionado nas p osições 4, 5 e6 do inciso VII do art. 135 do Anexo X do Regulamen to do ICMS,que apresentam a seguintes descrições:

“VII - produtos à base de trigo e farinhas:

Posição

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

...

4 17.053.00

1905.31

Biscoitose bolachasderivadosde farinhade trigo;exceto dostipos"creamcracker","água esal","maisena",

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"maria" eoutros deconsumopopular,nãoadicionados decacau, nemrecheados,cobertosouamanteigados,independentemente desuadenominaçãocomercial

5 17.054.00

1905.31

Biscoitose bolachasnãoderivadosde farinhade trigo;exceto dostipos"creamcracker","água esal","maisena"e "maria"e outrosde consumopopular,nãoadicionados decacau, nemrecheados,

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cobertosouamanteigados,independentemente desuadenominaçãocomercial

6 17.055.00

1905.31

Biscoitose bolachasdos tipos"creamcracker","água esal" eoutros deconsumopopular,adicionados deedulcorantes e nãoadicionados decacau, nemrecheados,cobertosouamanteigados,independentemente desuadenominaçãocomercial,exceto asbolachasdo tipo

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"maisena"e "maria"

Expõe ainda que, no entender de uma filiada, os tip osde biscoitos e bolachas que fabrica (maisena, leite , creamcracker, maria, água e sal, coqu inho, rosquinha, etc.), todosclassificados no código 1905.31.00 da NCM, correspo nderiam aoCEST 17.053.00 (posição 4), e não ao CEST 17.055.00 (posição 6),porquanto esse último se refere aos produtos adicio nados deedulcorantes, sendo que aqueles referid os são obtidos sem aadição desse ingrediente.

Assim sendo, sua conclusão é de que não estariamsubmetidos à substituição tributária, em razão da e xceção contidana descrição das mercadorias a que faz referência a posição 4 danorma regulamentar antes tran scrita.

Questiona se está correto esse entendimento.

RESPOSTA

Para análise da questão, convém transcrever asdisposições da Tabela NCM no que diz respeito à pos ição 19.05:

19.05 Produtos de padaria,pastelaria ou daindústria de bolachas ebiscoitos, mesm oadicionados de cacau;hóstias, cápsulasvazias paramedicamentos, obreias,pastas secas defarinha, amido oufécula, em folhas, eprodutos semelhantes.

1905.10.00 - Pão denominadoknäckebrot

1905.20 - Pão de especiarias

1905.20.10 Panetone

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Especificamente em relação ao código 1905.31.00,verifica-se, por sua descrição, que compreende “bol achas ebiscoitos, adicionados de edulcorante”.

Assim, ainda que a competência para dirimir dúvidassobre a classificação fiscal de determinada mercado ria seja daSecretaria da Receita Federal do Brasil, extrai-se da descriçãocontida na Tabela NCM, que estão compreendidos no c ódigo1905.31.00 os produtos adicionados d e edulcorantes, sendoirrelevante o fato de essa particularidade estar, o u não,mencionada nas posições da norma regulamentar que f azemreferência a esse código de classificação fiscal.

Da análise da norma regulamentar, no que diz respei toàs posições 4, 5 e 6 do inciso VII do art. 135 do Anexo X, com aredação dada pelo Decreto n. 3.530/2016, vigente a partir de1º.1.2016, conjuntamente com as disposições da Tabe la NCM,conclui-se que se submetem à substituição tributári a:

a) com CEST 17.053.00, os biscoi tos e bolachasderivados de farinha de trigo que se classificam no código1905.31.00, exceto: (1) os dos tipos "cream cracker ", "água esal", "maisena", "maria" e (2) outros de consumo po pular (nãoadicionados de cacau, nem recheados, cobertos ou am anteiga dos);

b) com CEST 17.054.00, os tipos de produtos referid osno item anterior incluídos nessa sistemática, que n ão sãoderivados de farinha de trigo;

c) com CEST 17.055.00, os biscoitos e bolachas dostipos "cream cracker", "água e sal" e outros de con sumo popular(não adicionados de cacau, nem recheados, cobertos ouamanteigados), que se classificam no código 1905.31 .00, exceto asbolachas do tipo "maisena" e "maria".

Logo, dentre os biscoitos e bolachas classificados nocódigo 1905.31.00, segundo as regras de classificação adotadaspela NCM e enquadramento estabelecido pela Secretar ia da ReceitaFederal do Brasil, estão excluídos do regime da sub stituiçãotributária somente as bolachas do tipo “maisena” e “maria”.

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Ainda, registre-se que se sujeitam a esse r egime outrasbolachas, classificadas no código 1905.90.20 da NCM , desde queinseridas por sua descrição, respectivamente, nas p osições 9 ou10 do inciso VII do art. 135 do Anexo X do Regulame nto do ICMS:

“VII - produtos à base de trigo e farinhas:

...

9 17.061.00

1905.90.20

Outrasbolachas,excetocasquinhasparasorvete

10 17.056.00

1905.90.20

Biscoitose bolachasdos tipos"creamcracker","água esal" eoutros deconsumopopular,nãoadicionados decacau, nemrecheados,cobertosouamanteigados,indep endentemente desuadenominaçãocomercial,

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exceto asbolachasdo tipo"maisena"e "maria"

Nos termos antes expostos, destaca-se ser essencialpara a identificação do tratamento tributário, do C EST e da MVA(Margem de Valor Agregado) aplicável à mercadoria, sua corretaclassificação fiscal e, como antes mencionado, em c aso de dúvida,deve essa ser dirimida perante à Secretaria Federal do Brasil.

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PROTOCOLO: 13.828.452-2

CONSULTA Nº: 123, de 6 de setembro de 2016.

CONSULENTE: YMERIS DO BRASIL COMÉRCIO E EXTRAÇÃO DE MINÉRIOSLTDA.

SÚMULA: ICMS. SISCRED. PRAZO PARA UTILIZAÇÃO DOCRÉDITO HABILITADO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de comércioatacadista de produtos da extração mineral, exceto combustíveis,aduz que tem acumulado crédito de imposto em sua co nta-gráficapelo fato de realizar operações de saídas de mercad oriasamparadas pelo diferi mento do pagamento do ICMS.

Em razão desse acúmulo, providenciou o credenciamen topara habilitar créditos no Sistema de Controle da T ransferência eUtilização dos Créditos Acumulados - SISCRED, sendo que, apósanálise fiscal, os mesmos foram homologados.

Sustenta que, objetivando a correta provisão contáb ildos valores, tem dúvida em relação ao prazo para ap roveitamentodos créditos de ICMS homologados.

Aduz que, ao analisar o Regulamento do ICMS e a Nor made Procedimento Fiscal n. 001/2009, que dispõem so bre o SISCRED,não é possível inferir se o prazo para aproveitamen to doscréditos de ICMS homologados inicia-se a partir da data deemissão do documento de aquisição, da habilitação d o pedido detransferência ou da sua homologação.

Reporta-se ao § 2º do a rt. 23 do Regulamento do ICMS,para sustentar que é o único dispositivo regulament ar prevendoprazo para utilizar crédito de ICMS, ao estabelecer que o direitoextingue-se depois de decorridos cinco anos contado s da data deemissão da nota fiscal de aquisi ção.

Posto isso, questiona:

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1. em razão do que dispõe o § 2º do art. 23 do RICM S,os créditos homologados pelo SISCRED devem ser util izados noprazo de cinco anos contados da data de emissão da nota fiscal deaquisição da mercadoria?

2. Os créditos disponi bilizados no SISCRED têm caráterinesgotável e perpétuo?

3. Caso a resposta ao item anterior seja negativa,quais são os dispositivos legais que amparam essa c onclusão?

4. Na hipótese de inexistência de previsão legal, q ualo prazo e o termo inicial de co ntagem para aproveitamento eutilização de créditos acumulados e já disponibiliz ados paratransferência por meio do SISCRED?

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcreve-se a legislação quetem vínculo com as dúvidas apresentadas:

LEI COMPLEMENTAR N. 87/1 996

Art. 23. O direito de crédito, para efeito de compe nsaçãocom débito do imposto, reconhecido ao estabelecimen to quetenha recebido as mercadorias ou para o qual tenham sidoprestados os serviços, está condicionado à idoneida de dadocumentação e, se for o caso, à escrituração nos prazos econdições estabelecidos na legislação.

Parágrafo único. O direito de utilizar o crédito ex tingue-sedepois de decorridos cinco anos contados da data de emissãodo documento.

REGULAMENTO DO ICMS/2012

Art. 47. Para o cred enciamento dos contribuintes,habilitação, transferência e utilização de crédito sacumulados de que trata esta Subseção deverão ser o bservadosos procedimentos estabelecidos em norma de procedim entofiscal

NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL N. 001/2009

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49. O p eríodo de acumulação dos créditos passíveis dehabilitação perante o SISCRED será, no máximo, de c inco anoscontados entre a data da emissão dos documentos fis cais deorigem dos créditos e a da protocolização do pedido (LC n.87/96, art. 23).

49.1 Deve ser desconsiderado, como crédito acumulado, ovalor do saldo credor da GIA com mais de cinco anos , excetoquando este for menor que a soma do ICMS das saídas comdébito do mesmo período, até a data do débito da no ta fiscalde transporte de crédito para o SISC RED;

[...]

50. Os procedimentos para transferência e utilizaçã o doscréditos acumulados poderão ser requeridos, mediant e pedidofundamentado, na Agência da Receita Estadual do dom icíliotributário do contribuinte ou na Agência da Receita Estadualda sede da Delegacia Regional da Receita da circunscrição,quando houver impossibilidade de acesso direto ao s istemaeletrônico para a realização da transferência, ou q uando nãofor atendido o quesito previsto no subitem 27. para oregistro da apropriação do crédi to em GIA/ICMS.

50.1 o crédito a ser utilizado deverá subsistir, na contacorrente do requerente, desde o mês de emissão da n otafiscal prevista no subitem 27.2 até a sua efetiva b aixa daconta corrente do SISCRED;

Da legislação transcrita verifica-se que o item 49 dareferida norma de procedimento estabelece o prazo p ara o períodode acúmulo do crédito passível de habilitação no SI SCRED, que nãopode ser superior a cinco anos contados entre a dat a da emissãodos documentos fiscais de origem dos créditos e a daprotocolização do pedido. Prevê, ainda, como regra geral, queperde a condição de crédito acumulado, o valor do s aldo credor daGIA com mais de cinco anos.

Denota-se, ainda, que não há dispositivosregulamentares ou normativos tratando de prazo para ocontribuinte utilizar o crédito de ICMS que se enco ntradisponibilizado no SISCRED.

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Porém, antes de adentrar nessa questão, faz-se brev escomentários a respeito do parágrafo único do art. 2 3 da LeiComplementar n. 87/1996, que se encontra reproduzid o na LeiEstadual n. 11.580/1996 e no Regulamento do ICMS.

A discussão acerca do transcrito dispositivo é se e ssedispõe, ou não, a respeito de prazo para o contribu inte utilizar,mediante compensação, crédito do imposto. Ou seja, além deescriturá-lo dentro d o lapso temporal de cinco anos da data deemissão do documento de aquisição, deve aproveitá-l o nesse mesmoperíodo para abater débitos decorrentes de operaçõe s decirculação de mercadorias. Caso isso não ocorra, nã o poderia maisfazê-lo por ter ocorrido a perda desse direito.

Inicialmente, transcreve-se o entendimento proferid opor alguns doutrinadores a respeito do disposto no parágrafoúnico do art. 23 da Lei Complementar n. 87/1996:

Rubens Miranda de Carvalho, na obra “Icms Comentári os àLC 87/96”, Ed. Oliveira Mendes, 1998:

Prazo de escrituração dos créditos. Quanto aos praz os deescrituração, o parágrafo único estabelece o que é principale basilar de todos eles, que é o de decadência do e xercíciodo direito de creditamento: 5 anos. Aliás, o parágr afo únicofala em direito de utilizar, significando que, mais do quese creditar, o contribuinte não poderá se valer daq uelecrédito se não utilizado até esse termo final que, por serdecadencial, inadmite prorrogações a qualquer títul o.(...)

O direito à utili zação dos créditos nasce quando do dever decompensá-lo com os débitos e estes, por sua vez, na scem coma sua ocorrência. Assim, alguém só poderá decair de umcrédito, pelo não exercício do seu direito, se tive r havidoo débito em relação ao qual aquele cr édito poderia ter sidocontraposto.

Matteus Viana Neto, na obra ICMS – A Lei Complement arnº 87/96, Interpretada, Editora de Direito Ltda, 19 97, pag.217/218, assevera:

Dentre outros, são fundamentos elementares do Direi to a

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obtenção da estabilidade nas re lações sociais e a segurançajurídica, traduzida pela prevalência da ordem juríd ica sobreos interesses particulares. Para tanto, o Direito u tiliza-sede diversos institutos, dentre os quais a decadênci a e aprescrição, que têm por elementos essenciais e c umulativos aexistência de um lapso temporal fixado em lei e o n ãoexercício do direito nesse prazo (exceto os direito sindisponíveis para os quais inexiste esse instituto , e.g.,direito à vida, à intimidade, à inviolabilidade do lar,etc.). Portanto, a nã o utilização pelo contribuinte dodireito ao crédito do imposto no período fixado cau sa-lhe aperda do direito que “jus non sucurrit dormientibus ”.

Reproduz-se, também, entendimento do fisco paulista arespeito do referido dispositivo de lei complementa r:

SÃO PAULO – CONSULTORIA TRIBUTÁRIA EM 27 DE NOVEMBRO/2003

“[...]

5.Em síntese, o direito à compensação tem seu funda mento namera existência de operação anteriormente tributada . Não seexige, portanto, que o imposto tenha sido recolhido mas,tão-somente, q ue tenha sido cobrado. Dessa forma, o direitodo sujeito passivo é assegurado concomitantemente à emissãodo documento que comprove a entrada, em seu estabel ecimento,da mercadoria adquirida ou serviço utilizado.

6.É direito plenamente constituído, que não necessita dequalquer mecanismo de reconhecimento ou provimento, sejajudicial ou extrajudicial, para o seu exercício. A partir domomento da ocorrência da hipótese material que legi tima oseu exercício, portanto, inicia-se a contagem do pr azoprevisto no parágrafo único do art. 23 da citada leicomplementar, que assim determina:

"Parágrafo único - O direito de utilizar o créditoextingue-se depois de decorridos cinco anos contado s da datade emissão do documento."

7. A interpretação literal deste disposit ivo pode levar aconclusão de que o direito ao crédito, escriturado há maisde cinco anos, e não utilizado pelo seu detentor fo i

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atingido pela decadência.

8. Contudo, não se pode esquecer que, para efetuar a aludidacompensação, ou seja, para utilizar o c rédito escriturado, énecessário a existência de operações que tenham ger adoimposto. Ou seja, o efetivo exercício deste direito estálimitado a existência de uma operação tributada fut ura. Ouseja, enquanto não ocorrer o implemento desta condi ção odetent or do direito ao crédito não poderá utilizá-lo. E,para que seja concebida a idéia do perecimento do d ireito énecessário – como antecedente lógico – que o mesmo esteja emplenas condições de ser exercido. Segundo a doutrin a (CaioMário da Silva Pereira, " Instituições de Direito Civil",vol. 1, pág. 479):

"O fundamento da decadência é não se ter o sujeito utilizadode um poder de ação, dentro dos limites temporaisestabelecidos à sua utilização. É que há direitos q uetrazem, em si, o germe da própria destru ição. São faculdadescondicionadas ao exercício dentro de um tempo certo , e,então, o perecimento da relação jurídica é uma caus a incitaao próprio direito que oferece esta alternativa: ex erce-seno prazo estabelecido, ou nunca mais".

(...)

Embora a matéri a ainda suscite discussões, o fato éque, no Paraná, no caso de a nota fiscal ter sido e scriturada noprazo de cinco anos da data de aquisição, não há pr evisão deestorno do crédito escriturado em conta gráfica por decurso deprazo.

Isso porque, para que o fisco exija que o contribuintetenha cinco anos para utilizar o valor do ICMS escr iturado emconta-gráfica é necessária a ocorrência de operaçõe s com débitodo imposto.

Assim, não poderá decair o direito ao crédito nahipótese de inexistência de débito que permita seu exercício,mediante compensação.

Por outro lado, quem recebe mercadoria não adquiredireito de crédito contra o Estado, mas adquire o d ireito de

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abater do débito decorrente de operações de saídas o montante doICMS cobrado nas operações an teriores.

Nas hipóteses em que impossibilitado o direito deabatimento de créditos por inocorrência de operaçõe s com débito,pode o Estado, a título de incentivo fiscal, prever outrasmaneiras de utilização.

No caso da consulente, segundo suas informaçõe s, osaldo credor de ICMS em conta gráfica decorre da re alização deoperações de saídas albergadas pelo diferimento do pagamento doICMS, que é uma das hipóteses contempladas com a po ssibilidade detransferência a terceiros de que trata o art. 41 e seguint es doRICMS.

A partir do momento que o fisco enumera quais são a soperações que geram crédito de ICMS acumulado está dandotratamento diferenciado aos contribuintes que as pr aticam emrelação a outros que realizam operações que também geram saldocredor, porém não considerado como passível de utilização p ortransferência.

Portanto, não se pode deixar de mencionar que atransferência de créditos, cujo acúmulo se deu pela prática deoperações de saídas abrangidas pelo diferimento, é uma faculdadedada ao c ontribuinte, que pode exercê-la ou não. No momento queopta em habilitar esse crédito é porque tem a inten ção detransferi-lo a terceiro; caso contrário, o deixaria emconta-gráfica.

Partindo-se da premissa de que foi disponibilizado aocontribuinte o dir eito de transferir créditos acumulados aterceiros, entende-se que o exercício desse direito não éimprescritível, devendo ser exercido, diante da aus ência de normaexpressa acerca da matéria, no prazo de cinco anos contados dadata do despacho de deferime nto exarado nos processos dehabilitação.

Sublinhe-se que, embora esse prazo não tenha sidomencionado na norma que trata da matéria, a conclus ão de que odireito do contribuinte não é imprescritível decorr e das demais

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regras tributárias que tratam de praz os decadenciais eprescricionais (artigos 150, 168, 173 e 174 do Códi go TributárioNacional e art. 73 da Lei n. 11.580/1996). Ainda, c ita-se o art.102 da Lei n. 11.580/1996, que dispõe sobre o prazo de cinco anospara validade de regime especiais.

O prazo para transferência de créditos habilitados noSISCRED poderia ser inferior a cinco anos, caso con stasseexpresso na legislação. Por não ter sido fixado, ca beestabelecê-lo a partir das normas gerais tributária s que versamsobre prazos, haja vista que essa s normas não permitem concluirque, em não havendo prazo expresso na legislação, t eria ocontribuinte um prazo eterno para exercer um direit o.

Corrobora esse entendimento o disposto no art. 35 d aNorma de Procedimento Fiscal n. 53/2009, que trata da Ficha deAutorização e Controle de Crédito – FACC, que prevê o prazo decinco anos contados da emissão da nota fiscal de aq uisição paraque o contribuinte utilize créditos transferidos de sua contagráfica para FACC, a fim de compensar com o débito de ICMS devi dopor ocasião da saída da mercadoria. É, também, ess e prazo quedispõe o produtor rural para transferir créditos de ICMS para oadquirente da mercadoria, em operação abrangida pel o diferimentoou suspensão:

“Art. 35. O marco inicial para contagem do pra zo decadencialpara utilização do crédito fiscal em pagamento ante cipado,no caso de estar lançado no livro fiscal ou apropri ado naFACC ou na ECC e não tenha sido efetivamente utiliz ado peloestabelecimento é de cinco anos da data de emissão da notafisca l de aquisição do bem, mercadoria, insumo ou serviç ossujeitos à legislação do ICMS (LC 87/96, art. 23, p arágrafoúnico)”.

No caso de créditos acumulados, o prazo para efetiv açãoda transferência não pode ser contado a partir da d ata de emissãodo document o fiscal de aquisição, pois esse é o marco para iní cioda contagem do período de acumulação dos créditos, nos termos doitem 49 da Norma de Procedimento Fiscal n. 001/2009 , antestranscrito.

Logo, considerando que nem o diploma regulamentar n em a

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norma de procedimento fiscal dispõem sobre o prazo de utiliz açãode crédito homologado e disponibilizado no SISCRED, pelas razõesexpostas conclui-se que tem o contribuinte o prazo de cinco anosa partir da data do despacho de deferimento no proc esso dehabilitação de crédito para exercitar seu direito detransferência.

Cita-se, ainda, por oportuno, excertos do ParecerNormativo COSIT nº 11, de 19 de dezembro de 2014, d a Secretariada Receita Federal do Brasil, que exarou entendimen to acerca doprazo prescricional a ser observado pelo contribuinte de tributosna área federal, quando opta por compensar créditos decorrentesde ação judicial com débitos próprios, na via admin istrativa, emvez de recebê-los por meio de precatório ou requisi ção de pequenovalor.

Por não haver prazo expresso na legislação relativa àmatéria, afirmou aquele órgão ser de cinco anos con tados dotrânsito em julgado da sentença que reconheceu o cr édito ou dahomologação da desistência de sua execução.

CONTAGEM DO PRAZO PRESCRICIONAL

[...]

6. 3. Na segunda, entretanto, não há prazo expresso nalegislação. O prazo do art. 168 do CTN (ou do art. 169, adepender do caso) é o prazo para interpor a ação ju dicial. Oque se analisa aqui é o prazo prescricional após a açãojudicial que gera um crédito decorrente de tributo federalem favor de um contribuinte, vale dizer, o prazoprescricional para extinguir o débito do Fisco. Não há quese falar em extinção de crédito tributário ou anula ção deação condenatória de que trata o art. 168 do CTN.Entretanto , como a lei que disciplinou a forma decompensação de créditos decorrente de ação judicial (art. 74da Lei nº 9.430, de 1996) não dispôs sobre essa con tagem(assim como fez com o prazo para homologação de cin co anosda Dcomp), cabe ao intérprete fazê-lo.

7. A tese de imprescritibilidade não pode prevalece r. Emprol da segurança jurídica, no direito tributário e

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processual tributário sempre há prazos extintivos p ararealizar um direito, pretensão ou ação, seja por pa rte docontribuinte, seja por parte da A dministração Pública. Atese de imprescritibilidade estaria eivada deinconstitucionalidade, tendo em vista que a Constit uiçãoFederal traz expressamente os escassos casos em que elaocorre.

[...]

Conclusão

[...]

14. Com base no exposto, conclui-se que:

a) O crédito tributário decorrente de ação judicial pode serexecutado na própria ação judicial para pagamento v iaprecatório ou requisição de pequeno valor ou, por o pção dosujeito passivo, ser objeto de compensação com débi tostributários próprios na vi a administrativa.

b) Ao fazer a opção pela compensação na via adminis trativa,o sujeito passivo sujeita-se ao disciplinamento da matériafeito pela Secretaria da Receita Federal do Brasil,especificamente a Instrução Normativa nº 1.300, de 2012,conforme § 14 do art. 74 da Lei nº 9.430, de 1996, e àsdemais limitações legais.

c) Para a apresentação da Declaração de Compensação , osujeito passivo deverá ter o pedido de habilitação préviadeferido.

d) A habilitação prévia do crédito decorrente de aç ãojudi cial é medida que tem por objetivo analisar osrequisitos preliminares acerca da existência do cré dito, apar do que ocorre com a ação de execução contra a F azendaNacional, quais sejam, legitimidade do requerente,existência de sentença transitada em julg ado e inexistênciade execução judicial, em respeito ao princípio daindisponibilidade do interesse público.

e) O prazo para a compensação mediante apresentação deDeclaração de Compensação de crédito tributário dec orrente

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de ação judicial é de cinco anos , contados do trânsito emjulgado da sentença que reconheceu o crédito ou dahomologação da desistência de sua execução.

f) No período entre o pedido de habilitação do créd itodecorrente de ação judicial e a ciência do seu defe rimentodefinitivo, o prazo prescricional para apresentação daDeclaração de Compensação fica suspenso no âmbitoadministrativo

g) O crédito habilitado pode comportar mais de umaDeclaração de Compensação, todas sujeitas ao prazoprescricional de cinco anos do trânsito em julgado dasentença ou da extinção da execução, não havendo in terrupçãoda prescrição em relação ao saldo.

h) Eventual mudança de interpretação sobre a matéri a seráaplicável somente a partir de sua introdução na leg islaçãotributária.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expostona presente resposta, deverá a consulente observar o disposto noart. 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazo de até quinzedias para os procedimentos ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.790.772-0.

CONSULTA Nº: 124, de 1º de setembro de 2016.

CONSULENTE: S M R DO AMARAL.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. AQUISIÇÃOINTERESTADUAL DE MERCADORIA IMPORTADA.ANTECIPAÇÃO DE PAGAMENTO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo regime do Simple sNacional e cadastrada na atividade de confecção de roupasprofissionais, informa que adquire, em operações in terestaduais,fio de poliéster importado (classificado no código NCM5509.21.00), com destaque de ICMS pela alíquota de 4%.

Aduz que essas mercadorias estão sujeitas à alíquot ainterna de 18% e, ciente da obrigatoriedade do reco lhimentoantecipado do diferencial de alíquotas, indaga se e sse valor deveser calculado com a carga tributária de 14%, ou 8% de acordo como contido no Boletim Informativo n. 29/2015 da Secr etaria deEstado da Fazenda.

Expõe ter dúvidas quanto à aplicação do diferimentoparcial de que trata o art. 108 do Regulamento do I CMS nessahipótese, pois a Lei Complementar n. 123/200 6 prevê aimpossibilidade de as empresas optantes pelo Simple s Nacionalutilizarem qualquer benefício fiscal.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regulamento do IC MSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS/2012) e os trechos doBoletim Informati vo n. 29/2015 da Secretaria de Estado daFazenda, pertinentes ao questionamento da consulent e:

RICMS/2012

“Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do im posto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

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(...)

§ 7º Será exigido o pagamento antecipado d o impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federada, observado o disposto no art. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

(...)

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo contribuinte ou pel oresponsável solidário, no momento da entrada no ter ritórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomer cialização ou à industrialização oriundos de outraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas interna e interestadual, aplicada sobre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduais sujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regim e dasubstituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferim ento parcial de quetrata o art. 108.

§ 2º Em substituição ao pagamento do imposto no mom ento daentrada dos bens ou das mercadorias no territórioparanaense:

I - tratando-se de contribuinte sujeito ao regime n ormal deapuração, o imposto devido poderá ser lançado emconta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entra da damercadoria no Estado;

II - tratando-se de contribuinte optante pelo Simpl esNacional, o imposto devido poderá ser pago em GR-PR até odia três do segundo mês subsequente ao da entrada d a

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mercadoria no Estado (art. 21-B da Lei Complementar Federaln. 123, de 14 de dezembro de 2006).

(...)

Art. 109. Encerra-se a fase de diferimento em relaç ão àsmercadorias de que trata o artigo anterior:

I - nas saídas para outro Estado;

II - nas saídas int ernas para consumidor final, contribuinteou não do imposto.”

BOLETIM INFORMATIVO N. 29/2015 DA SECRETARIA DE EST ADO DAFAZENDA

“Recolhimento de 8% nas aquisições interestaduais d e bens emercadorias importados, sujeitas à alíquota de 4% ( quatropor cento) , destinados à comercialização ou àindustrialização, com o objetivo de igualar a cargatributária àquela exigida nas aquisições internas d os mesmosprodutos.

1. O imposto a ser recolhido, regra geral, deve cor responderao percentual de 8% (12% - 4%).2. N ão haverá recolhimento naaquisição interestadual de mercadoria que na operaç ãointerna de aquisição esteja alcançada pela isenção.

3. Nos demais casos, inclusive quando não for aplic ado odiferimento parcial, deverá ser verificada a cargatributária inter na da operação de aquisição com o mesmoproduto.

4. Para o contribuinte optante pelo Simples Naciona l, orecolhimento poderá ser efetuado em GR-PR até o 20º(vigésimo) dia do mês subsequente ao da entrada damercadoria no Estado.

(...)”

De acordo com o i nciso III do § 1º do art. 13-A doRICMS/2012, o diferimento parcial de que trata o ar t. 108 damesma norma regulamentar deverá ser observado para o cálculo doimposto a ser recolhido por antecipação.

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Dessa maneira, embora a alíquota aplicável àsmercadori as citadas pela consulente seja de 18%, caso elas f ossemadquiridas em operações internas submeter-se-iam à cargatributária de 12%, em razão do diferimento parcial do impostoprevisto no art. 108 do RICMS/2012, o qual se aplic a às empresasoptantes pelo S imples Nacional, pois, nos termos do art. 109 domesmo dispositivo regulamentar, o diferimento não s e encerra nassaídas de mercadorias às referidas empresas, quando destinadas àcomercialização ou à industrialização (precedentes: Consultas n.71/2010 e 91 /2016).

Logo, as operações questionadas pela consulente,submetidas à alíquota interna de 18%, sujeitam-se a o recolhimentodo percentual de antecipação de 8%, resultante da d iferença entrea carga tributária interna (12%) e a alíquota inter estadual (4%),conforme explicitado no Boletim Informativo n. 29/20 15.

Ressalta-se, por fim, que, de acordo com o disposto noinciso II do § 1º do Art. 13-A do RICMS/2012, a obr igatoriedadede antecipação do imposto não se aplica às operaçõe sinterestaduais com mercadoria s submetidas ao regime dasubstituição tributária.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS/2012, qu e prevê oprazo de até quinze dias para a a dequação de seus procedimentosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.070.296-0.

CONSULTA Nº: 125, de 1º de setembro de 2016.

CONSULENTE: DANONE LTDA.

SÚMULA: ICMS. LEITE MODIFICADO PARA ALIMENTAÇÃOINFANTIL. TRATAMENTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, cadastrada na atividade de comércioatacadista de leite e laticínios, informa que comer cializa leitesem pó modificados para alimentação infantil, classi ficados nocódigo NCM 1901.10.10, cujos nomes comerciais são A ptamil,Milupa, Milnutre e Pregomin.

Questiona se tais produtos podem ser considerados“leite”, para fins de inclusão na cesta básica e co nsequenteaplicação da isenção prevista na Lei n. 14.978/2005 eregulamentada no item 21 do Anexo I do Regulamento do ICMS, ou daredução na base de cálculo estabelecida no Decreto n. 3.869/2001.

RESPOSTA

Transcrevem-se excertos da legislação tributáriapertinentes ao questionamento da consulente:

LEI N. 14.978/2005

“Art. 1º Ficam isentas do imposto sobre operações r elativasà circulação de mercado rias e sobre prestações de serviçosde transporte interestadual e intermunicipal e decomunicação (ICMS) as operações internas que destin em osseguintes produtos da cesta básica de alimentos aconsumidores finais:

(...)

VI - leite, exceto os concentrados e adicionados de açúcarese edulcorantes e o longa vida UHT, leite em pó e li nguiças.(Redação dada ao inciso pela Lei nº 16.386, de 25.0 1.2010,DOE PR de 25.01.2010)”

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REGULAMENTO DO ICMS APROVADO PELO DECRETO N. 6.080/2012

“ANEXO I – ISENÇÕES

(...)

21 Oper ações internas que destinem a consumidores finais o sprodutos da CESTA BÁSICA de alimentos adiante arrol ados(art. 1º da Lei n. 14.978/2005):

(...)

f) leite, exceto os concentrados e adicionados de a çúcares eedulcorantes e o longa vida UHT, o leite em pó e linguiças(Lei n. 16.386/2010);

(...)

ANEXO II – REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

(...)

4-C. A base de cálculo fica reduzida, opcionalmente aoregime normal de tributação, nas operações internas com osprodutos da CESTA BÁSICA adiante arrolados, em perc entualque resulte carga tributária de 7% (Convênio ICMS 1 28/1994):

(...)

VI - leite pasteurizado enriquecido com vitaminas; leitepasteurizado tipo "C"; linguiças;”

DECRETO N. 3.869/2001, COM VIGÊNCIA ATÉ 1º/9/2016

“Art. 1º. A base de cálculo do ICMS fica reduzi da,opcionalmente ao regime normal de tributação, nas o peraçõesinternas com os produtos da cesta básica adiante ar rolados,em percentual que resulte carga tributária de 7% (C onvênioICMS 128/94):

(...)

VII - leite pasteurizado enriquecido com vitaminas; l eitepasteurizado tipo "C"; lingüiças; (Redação dada pel o Decreto4325 de 29/06/2001)”

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Apresentados os dispositivos da legislação, informa -seque essa matéria já foi objeto da Consulta n. 40/20 16, cujosexcertos se transcrevem a seguir:

“Registre-se, inici almente, que cabe ao contribuinte aplicara correta classificação relativa à NCM para os prod utos quecomercializa, e que compete à Secretaria da Receita Federaldo Brasil dirimir eventual dúvida quanto a isso.

No que tange ao leite em pó, as NCM constante s da TIPI(Tabela de Incidência do Imposto sobre ProdutosIndustrializados) referentes a esse produto corresp ondem a0402.10 e 0402.2, conforme segue:

NCM DESCRIÇÃO

04.02 Leite e creme de leite,concentrados ouadicionados de açúcarou de outrosedulcorant es.

0402.10 - Em pó, grânulos ououtras formas sólidas,com um teor, em peso,de matérias gordas, nãosuperior a 1,5 %

0402.10.10 Com um teor de arsênio,chumbo ou cobre,consideradosisoladamente, inferiora 5 ppm

0402.10.90 Outros

0402.2 - Em pó, grânul os ououtras formas sólidas,com um teor, em peso,de matérias gordas,superior a 1,5 %:

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0402.21 --Sem adição de açúcarou de outrosedulcorantes”

Esse, portanto, é o produto (leite em pó, NCM 0402. 10 e/ou0402.2) a que se reporta o inciso II do art. 5º da Lei nº13.212/2001, contemplado por redução da base de cál culo nosseguintes termos:

“Lei nº 13.212/2001

Art. 5º Fica reduzida a base de cálculo doimposto incidente nas operações internas com osprodutos a seguir indicados, de forma que a cargatributári a resulte no percentual de 7% (sete porcento), Convênio ICMS 128/94, cláusula primeira:

[...]

II – leite em pó;”.

Já o produto mencionado pela consulente, qual seja, “leiteem pó Aptamil”, NCM 1901.10.10, embora traga em suadenominação comercial o termo “leite”, com este não seconfunde. Trata-se, na verdade, de espécie do gêner o“preparações alimentícias de produtos das posições 04.01 a04.04”, conforme definido pela TIPI:

NCM DESCRIÇÃO

19.01 Extratos de malte;preparaçõesalimentícias defarinhas, grumo s,sêmolas, amidos,féculas ou de extratosde malte, que nãocontenham cacau ou quecontenham menos de 40%, em peso, de cacau,calculado sobre umabase totalmentedesengordurada, não

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Logo, considerando que o produto comercializado pelaconsulente não é leite em pó (NCM 04.02) e sim espé cie depreparação alimentícia (qual seja, leite modificado , NCM1901.10.10) , não se lhe aplica a redução da base de cálculoprevista no art. 5º, inciso II, da Lei nº 13.212/20 01,devendo, portanto, ser tributado a 18% nas operaçõe sinternas, nos termos do art. 14, inciso VI, da Lei nº11.580/1996”. (grifado)

Do exposto, i nforma-se à consulente que os produtos porelas citados, embora comumente chamados de “leite”, sãopreparações alimentícias, motivo pelo qual não se e nquadram nosbenefícios fiscais a que se referem a Lei n. 14.978 /2005 e o item21 do Anexo I do Regulament o do ICMS, a Lei n. 13.212/2001 e oDecreto n. 3.869/2001, revogado pelo Decreto n. 4.9 87/2016, cujasdisposições foram incluídas no item 4-C do Anexo II doRegulamento do ICMS.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presen te resposta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d e seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.109.151-4.

CONSULTA Nº: 126, de 1º de setembro de 2016.

CONSULENTE: MARROMIL DISTRIBUIDORA DE MATERIAIS PARACONSTRUÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA A CONSUMIDOR FINAL. MERCADORIAENTREGUE NESTE ESTADO. OPERAÇÃO INTERNA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, cadastrada na atividade de comérciovarejista de materiais de construção, aduz ter dúvi da quanto àemissão do documento fiscal nas vendas a consumidor es finais nãocontribuintes, em que as mercadorias são entregues nesse Estado,independentem ente do domicílio do adquirente.

Nessa situação, informa que emite nota fiscal como sevenda presencial fosse, anotando no campo “informaç õescomplementares” a legislação aplicável.

Questiona se está correto o seu procedimento.

RESPOSTA

Com relação ao q uestionamento da consulente, expõe-seque o § 13 do art. 14 do Regulamento do ICMS aprova do peloDecreto n. 6.080/2012, assim prevê:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o ca so e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistrib uídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com redaçãodada pela Lei n. 16.016/2008):

(...)

§ 13 São internas as operações com mercadorias entr egues aconsumidor final não contribuinte do imposto n oterritório deste Estado, independentemente do s eudomicílio ou da sua eventual inscrição no cadastro decontribuintes do ICMS em outra unidade federada.”

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Segundo o dispositivo regulamentar transcrito, sãoconsideradas internas as operações com mercadorias entregues aconsumidor final não contribuinte do im posto no territórioparanaense, independentemente do seu domicílio.

Logo, quando a consulente, por meio do seuestabelecimento situado no Paraná, vende mercadoria s que serãoentregues neste Estado, resta configurada uma opera ção interna,seja qual for o do micílio dos consumidores finais nãocontribuintes adquirentes.

Vale ressaltar que essa regra retrata o entendiment o járeiteradamente manifestado por este Setor Consultiv o, como, porexemplo, na resposta à Consulta n. 31/2014.

Por fim, haja vista se trat ar de operações internas,informa-se que o CFOP será o 5.102, para mercadoria s não sujeitasà substituição tributária, ou o 5.405, para mercado rias sujeitasà substituição tributária, conforme disposto no Ane xo IV, TabelaI-B, do Regulamento do ICMS.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no art. 664 do Regulamento do I CMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.996.816-6.

CONSULTA Nº: 127, de 1º de setembro de 2016.

CONSULENTE: SOL E GELO COMÉRCIO DE GELO LTDA.

SÚMULA: ICMS. GELO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. NÃOAPLICABILIDADE.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo regime do Simple sNacional e cadastrada na atividade de fabricação de gelo, indagase esse produto permanece sujeito à substituição tr ibutária,tendo em vista as alterações introduzidas no Regula mento do ICMS,com vigênci a a partir de 1º de janeiro de 2016, com fundamentonos Convênios ICMS 92/2015 e 155/2015.

RESPOSTA

O produto “gelo” estava relacionado no parágrafo ún icodo art. 14 do Anexo X do Regulamento do ICMS aprova do peloDecreto n. 6.080/2012, dentre as mercadori as do segmento debebidas sujeitas à substituição tributária, na reda ção quevigorou até 31 de dezembro de 2015.

No entanto, com a nova redação dada ao dispositivoregulamentar pelo Decreto n. 3.530, publicado em 22 de fevereirode 2016, produzindo efeitos a partir de 1º de janeiro de 2016,esse produto foi excluído do regime da substituição tributária.

Tal exclusão se deu em observância ao Convênio ICMS92/2015, de 20 de agosto de 2015, com vigência a pa rtir de 1º dejaneiro de 2016, que estabeleceu a sist emática de uniformização eidentificação das mercadorias passíveis de sujeição a tal regime,dentre as quais não consta o “gelo”.

Logo, o aludido produto, a partir de 1º de janeiro de2016, não mais se sujeita à substituição tributária .

Por fim, informa-se que, conforme o disposto no art. 2ºdo referido decreto, também foram convalidados os p rocedimentos

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adotados nas operações realizadas sob o regime de s ubstituiçãotributária ou em consonância com as regras até entã o vigentes, noperíodo de 1º de janeiro a 22 de fevereiro de 2016, data da suapublicação.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação de seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.190.118-4.

CONSULTA Nº: 128, de 23 de setembro de 2016.

CONSULENTE: TOYOPABRA VEÍCULOS E PEÇAS LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. VENDA ACONSUMIDOR FINAL DOMICILIADO EM OUTRO ESTADO.OPERAÇÃO INTERNA.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, cadastrada na atividade de comércio avarejo de automóveis, camionetas e utilitários novo s, informa querealiza operações submetidas ao regime de substitui ção tributáriae apresenta dúvida quanto ao diferencial de alíquot as nas vendaspresenc iais de veículos novos e peças a consumidores finai s,inscritos ou não no cadastro do ICMS em outras unid ades daFederação.

Da leitura do § 13 do art. 14 do Regulamento do ICM S,aprovado pelo Decreto 6.080, de 28 de setembro de 2 012, aconsulente depreende que nas referidas vendas, tanto paraconsumidores finais inscritos quanto para não inscr itos em outrosEstados, deve ser aplicado o tratamento dado às ope raçõesinternas.

No entanto, alega que a legislação prevê o uso do C FOPiniciado por “6” quando o des tinatário possuir inscrição estadualem outra unidade federada, sendo a venda presencial ou não, oque, no seu entendimento, indica uma operação inter estadual.

Aduz que analisou a Consulta n. 064/2016, a qual di spõeespecificamente sobre consumidor final não inscrito, restandodúvidas em relação às vendas para consumidor final inscrito emoutra unidade da Federação.

Assim, na emissão da nota fiscal, questiona qual o CFOPa ser utilizado, se há destaque de imposto e se dev e efetuarrecolhimento em favor do Estado do Paraná, nas seguintessituações:

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a) venda presencial de peças e veículo novo paraconsumidor final, não contribuinte do imposto, com ou seminscrição em outro Estado.

b) venda presencial de peças e veículo novo paraconsumidor final, contribuinte do imposto e inscrito no cadastrode ICMS do Estado destinatário, com execução de ser viço demanutenção de veículo efetuada no estabelecimento d a consulente;

RESPOSTA

A princípio, esclarece-se que a Emenda Constitucion aln. 87/2015, implementada no inciso VII do art. 2º e no inciso XVdo art. 5º da Lei n. 11.580/1996, objetivou a repar tição do ICMSdevido nas operações interestaduais que destinem me rcadorias aconsumidores finais não contribuintes do imposto, d e forma que oestado de origem fique com a par cela relativa à alíquotainterestadual e o estado de destino com a diferença entre oimposto calculado pela alíquota interna e o devido ao estado deorigem.

Transcreve-se o dispositivo regulamentar atinente àmatéria:

Regulamento do ICMS aprovado pelo Decr eto n. 6.080/2012

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pela Lei n. 16.016/2008):

[...]

§ 13 São internas as operaçõe s com mercadorias entregues aconsumidor final não contribuinte do imposto noterritório deste Estado, independentemente do s eudomicílio ou da sua eventual inscrição no cadastro decontribuintes do ICMS em outra unidade federada.

Desse modo, é in terna a operação de venda presencial,assim considerada aquela em que a mercadoria é entr egue aoadquirente no território paranaense, tanto de peças como de

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veículos novos, destinados a consumidor final não c ontribuinte,conforme prevê o § 13 do art. 14 do RICMS, ainda que detentor deinscrição estadual, para efeitos de controle e fisc alização damovimentação de bens.

Logo, na situação em comento não há que se falar emdiferencial de alíquotas, devido à unidade federada de domicíliodo adquirente.

Nesse co ntexto, transcrevem-se excertos da Consulta n.64/2016:

“CONSULTA Nº: 064, de 17 de maio de 2016.

Logo, as “vendas no balcão” ou “vendas presenciais”ocorridas no estabelecimento da consulente situado no Paranásão caracterizadas como operações internas, s eja qual for odomicílio dos consumidores finais não contribuintes ,adquirentes das mercadorias.

Vale ressaltar que o disposto nessa regra corrobora oentendimento já reiteradamente manifestado por este SetorConsultivo, como, por exemplo, na resposta à C onsulta n.31/2014. (...)”

Da mesma forma, em se tratando de contribuinte doimposto, domiciliado em outra unidade federada, que adquiramercadoria com entrega em território paranaense, ta mbém descaberecolhimento de diferencial de alíquota ao Estado d e d estino, porsubstituição tributária, haja vista que, por se tra tar de umaoperação interna, a alíquota aplicável corresponde àquela devidano território paranaense. (Precedente: Consulta n. 22/ 2016).

Por fim, em se tratando de operações internas, o CF OPserá o “5.405”, para mercadorias sujeitas à substitu içãotributária, conforme disposto no Anexo IV, Tabela I , doRegulamento do ICMS, ainda que destinadas a contrib uinte inscritoem outra unidade federada.

Com relação ao destaque do imposto, deve a consulen teobservar as regras previstas para a operação com a mercadoria, sesubmetida ao regime normal ou sujeita ao regime da substituiçãotributária.

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Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d osprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.944.207-5.

CONSULTA Nº: 129, de 21 de setembro de 2016.

CONSULENTE: FURUKAWA INDUSTRIAL S/A. PRODUTOS ELÉTRICOS.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO. DECRETO N.1.922/2015.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação defios, cabos e condutores elétricos isolados para te lecomunicaçõese produtos conexos, informa que fabrica mercadorias que usufruemdo benefício do crédito presumido de que trata o De creto n.l.922/2011 e, também, outros que não são incentivados.

Aduz que a sua dúvida decorre da edição do Decreto n.2.175/2015, que deu nova redação ao “caput” do art. 1º, einseriu a esse artigo o § 3º, do Decreto n. 1.922 /2011, comvigência a partir de 1º de se tembro de 2015, estabelecendo novométodo para apuração do valor de crédito presumido de ICMS a serapropriado em relação às operações com produtos de informática eautomação especificados, de forma que o benefício f iscal não geresaldo credor no período d e apuração.

Assevera que, até então, o valor do crédito presumi docorrespondia ao valor referente à carga tributária de ICMSincidente na operação de saída, enquanto que a nova regradetermina que o montante devido corresponde à difer ençaresultante da ap licação da alíquota prevista para a respectivaoperação de saída dos produtos beneficiados e os cr éditosescriturados em razão das entradas.

Afirma que, ao analisar a expressão “os créditosescriturados em razão das entradas”, indicada na pa rte final do“ caput” do art. 1º do Decreto n. 1.922/2011, não fic a claro sereferido valor corresponde apenas aos créditos de I CMSdecorrentes de entradas de matérias-primas e demais insumosutilizados na fabricação dos produtos incentivados, ou se devemtambém ser cons iderados os créditos decorrentes de entradas

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relacionadas aos produtos que não usufruem do crédi to presumido eaqueles de uso comum, como por exemplo, os referent es à aquisiçãode energia elétrica e de ativo imobilizado.

Expõe seu entendimento de que para a apuração do valora ser apropriado a título de crédito presumido deve considerar,para efeitos de créditos de ICMS escriturados por o casião dasentradas, apenas os originários da aquisição de mer cadorias quesão utilizadas diretamente na fabricação de p rodutos beneficiadospelo crédito presumido.

Fundamenta seu posicionamento no fato de que não hámenção, no referido dispositivo, para inclusão ness e cálculo doscréditos de ICMS originários de produtos que são ut ilizados nafabricação tanto de produtos b eneficiados como os nãocontemplados pelo crédito presumido, mormente pelo fato de nãoterem sido mencionadas regras de proporcionalidade paraapropriação do ICMS e, ainda, caso se fizesse neces sárioconsiderá-los no cálculo, estaria expresso no dispo sitiv oconcessivo do benefício fiscal, conforme consta nos itens doAnexo III do RICMS, dentre os quais os itens 21, 37 e 46.

Conclui que compõem o montante dos créditosescriturados em razão das entradas, os relativos às compras dematérias-primas e demais ins umos utilizados diretamente nafabricação dos produtos beneficiados, excluídos, in clusive, osdecorrentes de aquisição de energia elétrica e de a tivoimobilizado.

No que diz respeito à limitação contida no § 3º do art.1º do Decreto n. 1.922/2011, apresen ta exemplos numéricos esustenta o entendimento de que a expressão “a aprop riação docrédito presumido não pode resultar saldo credor no período deapuração” objetiva impedir que o benefício fiscal c oncedido geresaldo credor. Desse modo, o saldo credor de ICMS constituído emperíodo anterior a setembro/2015, mês da inclusão d essa regra,não é impeditivo para a apropriação do crédito pres umido nosmeses subsequentes.

Questiona se está correta a sua interpretação.

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RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrev e-se a legislaçãoquestionada pela consulente:

DECRETO Nº 1.922/2011

Art. 1.º Fica concedido, ao estabelecimento industr ialfabricante, que atenda às disposições do art. 4º da LeiFederal n. 8.248, de 23 de outubro de 1991, por oca sião dasaída dos produto s adiante discriminados, com suasrespectivas classificações na NCM, que estejam rela cionadosem portaria conjunta dos Ministérios da Ciência e T ecnologiae da Fazenda, na forma do art. 22 do Decreto Federa l nº5.906, de 26 de setembro de 2006 ou do art. 2 º da Lei n.8.387, de 30 de dezembro de 1991, regulamentada pel o DecretoFederal n. 6.008, de 29 de dezembro de 2006, sem pr ejuízo daredução da base de cálculo de que trata o art. 3º d a Lei nº13.214, de 29 de junho de 2001, crédito presumido d o ICMS,equ ivalente à diferença resultante da aplicação da alí quotaprevista para a respectiva operação de saída e os c réditosescriturados em razão das entradas.

[...]

§ 3º A apropriação do crédito presumido de que trat a esteartigo não pode resultar saldo credor no período deapuração.

No que diz respeito à primeira indagação, a express ão“créditos escriturados em razão das entradas”, cons tante no“caput” do art. 1º do Decreto n. 1.922, de 8 de jul ho de 2011,contempla os valores de ICMS vinculados ao custo da merca doriabeneficiada, ou seja, aqueles relativos às aquisiçõ es demercadorias empregadas exclusivamente na fabricação dessesprodutos e também aqueles de uso comum, que são uti lizados emprodutos beneficiados ou não, como por exemplo, ene rgia elétricae ativo imobilizado, observando, nessa última hipótese, aproporcionalidade da participação do produto contem plado pelocrédito presumido no total dos produtos fabricados peloestabelecimento (precedente: Consulta n. 77/2013).

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Sublinhe-se que, em regra, o crédito “presumido” visa asubstituir aqueles que efetivamente o estabelecimen to teriadireito em razão do princípio da não-cumulatividade .

No entanto, denota-se que o benefício fiscal conced idopor meio do Decreto n. 1.922/2011, autoriza a cumul ação docrédito p resumido com os créditos pelas entradas, para aquel esprodutos contempladas pelas regras do referido decr eto, enquantonos itens 21, 37 e 46 do Anexo III do RICMS, a cumu lação não épossível.

De qualquer modo, em todas as situações, para compu taro montan te dos créditos decorrentes das entradas, devem serconsiderados todas as matérias-primas, produtos int ermediários,embalagens e demais insumos vinculados à mercadoria beneficiada,que geram direito à crédito, inclusive a energia el étrica e oativo imobili zado.

Posto isso, correto o entendimento da consulente qu antoa não inclusão no cálculo do crédito de ICMS devido pelasentradas daqueles relativos aos produtos não contem plados pelocrédito presumido, mas incorreto no que diz respeit o aos insumosde uso c omum.

No que diz respeito à segunda indagação, conclui-se queo disposto no § 3º do art. 1º do citado decreto ra tifica a regrade que trata o “caput” do mesmo artigo, de que a co nsulente terádireito de apropriar crédito presumido quando o val or do débi tode ICMS decorrente das operações de saídas contempl adas com obenefício for superior ao total do crédito a que se refere aexpressão “créditos escriturados em razão das entra das”, tendocomo limite o montante do débito, impedindo, dessa forma, que asua utilização gere saldo credor.

Consequentemente, a citada regra não tem o condão d eimpedir o uso do saldo credor existente em conta gr áficaanteriormente a entrada em vigor desse dispositivo.

Caso a consulente esteja procedendo diferentemente docontido nesta resposta, tem o prazo de até 15 dias, a part ir daciência desta, para adequar os procedimentos já rea lizados ao que

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foi esclarecido, em cumprimento ao disposto no arti go 664 doRICMS.

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PROTOCOLO: 14.164.239-1.

CONSULTA Nº: 130, de 21 de setembro de 2016.

CONSULENTE: C. VALE - COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. CORANTES LIQUIDOS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de produtos alimentícios em ger al, aduz queseu fornecedor remete “corante líquido xadrez”, que classifica nocódigo 3204.17.00 da NCM, sem a retenção do impost o devido peloregime da substituição tributária, com o argumento de que talsistemática somente se aplica quando o produto se a presenta noformato pó, em virtude das novas regras trazidas pe lo ConvênioICMS 92/2015, introduzidas no Regulamento do ICMS p elo Decreto n.3.530/2016.

Reporta-se ao art. 72 do Anexo X do RICMS, queexpressamente cita o referido código, para manifest ar seuentendimento de que o produto sujeita-se ao regime dasubstituição tributária.

Posto isso, questiona quanto à correção de suaconclusão.

RESPOSTA

Par a melhor compreensão da matéria tratada,transcreve-se o dispositivo regulamentar antes menc ionado:

Art. 72. A base de cálculo para a retenção do impos to será opreço de venda a consumidor constante de tabela est abelecidapor órgão competente, acrescido do valor do frete (ConvênioICMS 104/2008).

§1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a b ase decálculo será o preço praticado pelo substituto, inc luídos oIPI, o frete, o seguro e as demais despesas debitad as aoestabelecimento destinatário, adicionad o da parcela

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resultante da aplicação, sobre o referido montante, dosseguintes percentuais de margem de valor agregado:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

2 24.002.00

28.21

3204.17.00

32.06

Xadrez epósassemelhados,excetopigmentosàbasededióxido detitâni oclassificadosnocódigo3206.11.19

A matéria questionada já foi objeto de análise por esteSetor, na resposta à Consulta n. 104/2016, da qual se transcrevemexcertos, que manifestou entendimento no sentido de que, a partirde 1º de janeiro de 2016, a pos ição 2 da tabela contida no § 1ºdo art. 72 do Anexo X do RICMS contempla apenas os corantes noformato pó, classificados nas posições 28.21 e 32.0 6 e no código3204.17.00 da NCM:

Quanto ao questionamento em tela, registra-se, inic ialmente,que a tabela d e que trata o § 1º do art. 72 do Anexo X do

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RICMS, vigente até 31/12/2015, trazia, em seu item 10, aprevisão de que Corantes para aplicação em bases, t intas evernizes, NCM 32.04, 3205.00.00, 32.06 e 32.12, est avam soba égide da substituição tributária.

Todavia, com a alteração 937ª do Regulamento do ICM S,promovida pelo Decreto nº 3.530, publicado em 22/2/ 2016,produzindo efeitos a partir de 1º/1/2016, editado c omfundamento no Convênio ICMS 92/2015 e suas posterio resalterações, os corantes líquidos, cl assificados nas posições32.04 e 32.06 da NCM, não constam da relação de pro dutossujeitos ao regime da substituição tributária, pois aposição 2 da tabela contida no art. 72 do Anexo X d o RICMScontempla apenas os corantes em pó, classificados n asposiçõe s 28.21 e 32.06 e no código 3204.17.00, da NCM.

Registre-se, entretanto, que foi celebrado o Convên io ICMS53/2016, prevendo a reinserção, a partir de 1º/10/2 016, doscorantes para aplicação em bases, tintas e vernizes nasistemática da substituição tribut ária, matéria, contudo,ainda não implementada pelo Estado do Paraná no RIC MS.

Incorreto, portanto, o entendimento manifestado pel aconsulente em relação a esse produto.

Posto isso, responde-se que está equivocado oentendimento da consulente.

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PROTOCOLO: 14.138.038-9

CONSULTA Nº: 131, de 21 de setembro de 2016.

CONSULENTE: TOM LUZ ILUMINAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO. EMPRESAENQUADRADA NO SIMPLES NACIONAL. DIFERIMENTOPARCIAL. APLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, enquadrada no regime do Simples Nacio nale atuando na fabricação e no comércio atacadista d e luminárias,abajures e outros equipamentos, aduz que é eleita s ubstitutatributária nas operações com pendentes e luminárias classificadasnos códig os 9405.10.99 e 9405.20.00 da Nomenclatura Comum doMercosul, conforme item 21 do art. 116 do Anexo X d o Regulamentodo ICMS.

Questiona sobre à aplicabilidade do diferimento par cialde que trata o art. 108 do RICMS/2012 no cálculo do ICMS devidopelo regi me de substituição tributária, bem como quanto àaplicabilidade do § 8º do art. 1º do Anexo X da ref erida normaregulamentar.

RESPOSTA

A matéria questionada já foi objeto de análise por esteSetor, na resposta à Consulta n. 014/2016, da qual se transcreveexcertos:

A consulente, enquadrada no regime do Simples Nacio nal e comatividade de fabricação de produtos alimentícios, t emdúvidas sobre a aplicabilidade do diferimento parci al de quetrata o art. 108 da norma regulamentar no cálculo d o ICMSdevido pelo regime da substituição tributária.

RESPOSTA

Para análise da matéria transcrevem-se os §§ 4º e 8 º do art.1º do Anexo X do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

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Art. 1º O imposto a ser retido e recolhido por sub st ituiçãotributária, em relação às operações subsequentes, s erácalculado mediante a aplicação da alíquota vigente para asoperações internas sobre a respectiva base de cálcu loprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, oimposto devido pela operação própria do substituto (art. 11,§ 4º, Lei n. 11.580/1996).

[…]

§ 4º Nas operações com mercadorias sujeitas ao regi me dasubstituição tributária, a empresa enquadrada no Si mplesNacional, investida na condição de sujeito passivo porsubstituição, deverá observar o seguinte: (Art. 2º, doDecreto n. 2701, de 30.5.2008, e Art. 2º do Decret o n.4.248, de 11.02.2009).

I - calcular e recolher o imposto relativo à operaç ãoprópria segundo as regras previstas no Anexo VIII;

II - calcular, reter e recolher o imposto devido porsubstituição tributária, em relação às operaçõessubsequentes, mediante a aplicação da alíquota vige nte paraas operações internas sobre a respectiva base de cá lculoprevista neste Regulamento, deduzindo-se, do valor obtido, ovalor r esultante da aplicação da alíquota interna ouinterestadual sobre o valor da operação própria dosubstituto tributário (Resoluções CGSN n. 51/2008 e n.61/2009).

[…]

§ 8.º Nas operações internas, quando o percentual d e cargatributária incidente na operaç ão do substituto for inferiorao do substituído na venda para consumidor final, a margemde valor agregado - MVA deverá ser ajustada na form adeterminada no § 5º, hipótese em que a variável “AL inter”corresponderá ao percentual de carga tributária da oper açãodo substituto e a variável “AL intra” corresponderá à cargatributária praticada pelo substituído para o consum idorfinal.

Para o substituto tributário enquadrado no regime d o Simples

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Nacional, o inciso I do § 4º do art. 1º do Anexo X dispõeque o ICM S relativo à “operação própria” deve ser calculadode acordo com as regras estabelecidas para o mencio nadoregime.

Por outro lado, para efeitos do cálculo do imposto devidopelo regime da substituição tributária, o substitut oenquadrado no Simples Naciona l é equiparado àquelecadastrado no regime normal de pagamento. Por essa razão,são inaplicáveis ao caso as regras de apuração erecolhimento do imposto previstas na Lei Complement ar n.123/2006.

Diante do que foi manifestado, o imposto devido em relaçãoàs operações subsequentes deve ser apurado observan do asmesmas regras aplicáveis ao substituto tributário i ncluídono regime normal de pagamento (precedente: Consulta n.91/2015).

Assim, para efeitos de apuração do imposto devido p eloregime da substituiç ão tributária o substituto enquadrado noSimples Nacional deve apurar o valor do ICMS a títu lo deoperação própria diferindo parcialmente o imposto n os termosdo art. 108 do RICMS.

Da mesma forma, como se contribuinte submetido ao r egimenormal fosse, na h ipótese de a carga tributária incidente naoperação a título de “operação própria” ser inferio r àquelapraticada pelo substituído com o consumidor final, deveajustar a margem de valor agregado para apurar a ba se decálculo do imposto devido pelo regime de substituiçãotributária, em cumprimento ao disposto no § 8º do a rt. 1º doAnexo X do RICMS (precedente: Consulta n. 138/2015) .

Enfatiza-se que a obrigatoriedade de o substituto t ributárioenquadrado no Simples Nacional ajustar a margem de valoragregado d ecorre das disposições contidas no citadoparágrafo 8º, e não no § 5º do art. 1º do Anexo X d o RICMS.Ademais, não há nenhuma regra excepcionando a aplic abilidadedo citado § 8º para essa categoria de contribuinte.

Assim, com a entrada em vigor do referido § 8º, o substitutotributário paranaense, enquadrado no Simples Nacion al, ao

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certificar que a carga tributária apurada a título deoperação própria é inferior àquela praticada pelosubstituído com o consumidor final, deve ajustar a margem devalor agregad o, nos termos deste parágrafo, para depoisapurar a base de cálculo do ICMS devido pelo regime dasubstituição tributária.

Diante do exposto, caso a consulente tenha adotadoprocedimento diverso do contido na presente respost a, deveráobservar o disposto n o art. 664 do Regulamento do ICMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação de seus procedimentosjá realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.825.080-6

CONSULTA Nº: 132, de 27 de setembro de 2016.

CONSULENTE: PORTO A PORTO COM, IMP E EXP LTDA.

SÚMULA: ICMS. VINHO. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal o comércio atacadista de bebidas não espe cificadasanteriormente (CNAE 4635-4/99), informa que pratica operaçõesinternas com vinhos importados, destinadas a revend edores.

Expõe seu entendimento quan to à sistemática de cálculodo ICMS devido por substituição tributária, como se ndo:

operação própria: calcula o ICMS, aplicando odiferimento parcial, de forma que a carga tributári aresulte em 12% (artigo 108 do Regulamento do ICMS -RICMS);

operações sub sequentes: utiliza a redução da base decálculo para 86,21% (nota 4 do item 3-A do Anexo II doRICMS) e aplica a MVA ajustada de 67,82% (§ 8º doartigo 1º do Anexo X do RICMS).

Posto isso, indaga se está correta a sistemática decálculo do ICMS apresentada .

RESPOSTA

Primeiramente, destaca-se que, o item 3-A do Anexo IIdo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80, de 28 desetembro de 2012, vigorou até 31 de dezembro de 201 5.

No período em que vigente a regra, aplica-se oentendimento manifestado p elo Setor Consultivo nas respostas àsConsultas n. 104/2015 e n. 115/2015, conforme excer tos que setranscrevem:

“CONSULTA Nº: 104, de 6 de outubro de 2015.

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...

Assim, considerando a redução de que trata o item 3 -A doAnexo II do RICMS, a base de cálculo, dimensionada nostermos do inciso II do art. 11 e do caput do § 5º d o art.1º, do Anexo X do RICMS, deve ser reduzida para 86, 21%, demodo que a carga tributária resulte em 25%. Sobre e sse valordeve ser acrescida a MVA ajustada, nos termos do § 8º doart. 1º do Anexo X, levando-se em conta que a alíquotaincidente é 29%.

O imposto devido por responsabilidade (por substitu içãotributária) corresponde à diferença resultante entr e o valordo ICMS apurado nos termos do parágrafo anterior e aqueledevido pela o peração própria do substituto tributário.

Conclui-se, com tais considerações, que o diferimen toparcial é aplicável na determinação do imposto rela tivo àoperação própria praticada pelo substituto tributár io, e aredução da base de cálculo é aplicável na a puração do ICMSrelativo às etapas subsequentes, em conformidade co m oinciso I do § 3º do art. 108 do RICMS.”

“CONSULTA Nº: 115, de 29 de outubro de 2015.

...

Por outro lado, tendo em vista que o ICMS devido po rsubstituição tributária deve ser calculado observando-se otratamento tributário aplicável à operação praticad a pelosubstituído com o consumidor final, a qual se confi gura comohipótese de encerramento do diferimento, resta afas tado oregramento do art. 108 do RICMS, tornando-se aplic ável areduç ão da base de cálculo de que trata o item 3-A do An exoII do RICMS para o cálculo desse imposto.

Nesse sentido, tanto o substituto paranaense quanto aquelelocalizado em outros estados devem dimensionar a ba se decálculo nos termos do inciso II do art. 11, ajustando a MVAconforme o caput do § 5º, combinado com os §§ 8º e 9º doart. 1º do Anexo X, todos do RICMS, considerando c omoalíquota intra ("ALQ intra") o percentual de 25%, e m razãoda redução de que trata o item 3-A do Anexo II do R ICMS, e

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como alíq uota inter ("ALQ inter") a carga tributáriapraticada pelo substituto tributário. Para as oper açõesinternas, essa carga tributária também corresponde a 12%, emrazão do diferimento parcial de que trata o inciso II doart. 108 do RICMS.”

Importante salie ntar que, em consequência da revogaçãodo item 3-A do Anexo II do RICMS, as operações inte rnas, exceto apromovida pelo substituto tributário, que está subm etida aodiferimento parcial de que trata o artigo 108 do RI CMS,sujeitam-se a alíquota de 29%, deve ndo ser calculada a MVAajustada observando esse percentual.

Atente-se também, que diante do estabelecido na Lei n.18.573, de 30 de setembro de 2015, que criou o Fund o Estadual deCombate à Pobreza do Paraná – FECOP, alterando o ar tigo 14 da Lein. 11.580 , de 1996 e incluindo o artigo 14-A ao mesmo diplom a, noque diz respeito ao ICMS devido por substituição tr ibutária, cabea consulente observar o estabelecido na alínea “a” do inciso IIIdo § 12 do artigo 14 do RICMS, concomitantemente co m os artigos1º a 4º do Anexo XII do mesmo regulamento, verbis :

“RICMS/12

...

Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o caso e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pela Lei n. 16.016/ 2008):

...

§ 12 Nas operações internas destinadas a consumidor fin alcom os produtos a seguir relacionados deverão ser a plicadasas seguintes alíquotas, observado o disposto no Ane xo XII (§9º do art. 14 da Lei n. 11.580, de 14 de novembro d e 1996):

...

II I - 27% (vinte e sete por cento) :

a) cervejas, chopes e bebidas alcoólicas (NCM 22.03 . 22.04,

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22.05, 22.06 e 22.08);

...

ANEXO XII

DO ADICIONAL DO IMPOSTO DESTINADO AO FUNDO ESTADUAL DECOMBATE À POBREZA DO PARANÁ – FECOP

Art. 1.º Para o financiamento do F undo Estadual de Combate àPobreza do Paraná - FECOP, instituído pela Lei n. 1 8.573, de30 de setembro de 2015, nas operações internas dest inadas aconsumidor final com os produtos a seguir relaciona dos, asalíquotas previstas no § 12 do art. 14 deste Regu lamentodeverão ser adicionadas de dois pontos percentuais (Art.14-A da Lei n. 11.580, de 14 de novembro de 1996):

...

IV - cervejas, chopes e bebidas alcoólicas (NCM 22.03.22.04, 22.05, 22.06 e 22.08);

...

Art. 2.º Relativamente ao adicional de que tra ta esteAnexo:

I - não se aplica qualquer benefício ou incentivo f iscal,financeiro fiscal ou financeiro, diferimento ou sus pensão doimposto previstas na legislação tributária;

II - aplica-se, também, nas operações:

a) submetidas ao regime da substituiçã o tributária, emrelação às operações subsequentes;

b) de importação do exterior de mercadorias ou bens ,realizadas por consumidor final;

c) de aquisição em licitação pública de mercadoria ou bemimportados do exterior e apreendidos ou abandonados ,realiz adas por consumidor final;

d) de entrada no estabelecimento de contribuinte, d emercadoria ou bem oriundos de outra unidade federad a,

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destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente ;

e) interestaduais que destinem bens e serviços a co nsumidorfinal n ão contribuinte do imposto, localizado no Estado doParaná.

Art. 3.º O recolhimento do adicional de que trata esteAnexo deverá ser realizado pelo contribuinte que pr omover:

I - operação submetida ao regime da substituição tr ibutária,na condição de subst ituto tributário, em que o destinatárioda mercadoria esteja situado no Estado do Paraná;

II - importação do exterior de mercadoria ou bem, n aqualidade de consumidor final;

III - aquisição em licitação pública de mercadoria ou bemimportados do exterior e apreendidos ou abandonados, naqualidade de consumidor final;

IV - operação de aquisição em outra unidade federad a, demercadoria ou bem, destinados ao uso ou consumo ou ao ativopermanente, na qualidade de consumidor final contri buinte doimposto;

V - operação interestadual com bens destinados a cons umidorfinal não contribuinte do ICMS localizado no Estado doParaná;

VI - operação interna, não sujeita ao regime de sub stituiçãotributária, destinada a consumidor final.

Parágrafo único. O disposto pr evisto no inciso I do “caput”se aplica:

I - inclusive na hipótese da atribuição da condição desubstituto tributário por meio de regime especial;

II - ao contribuinte que receber mercadoria sujeita aoregime de substituição tributária, sem retenção do im posto,de remetente que não seja ou tenha deixado de ser e leitosubstituto, observado o art. 11 do Anexo X desteRegulamento.

Art. 4.º O valor do adicional de que trata este Anexo:

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I - não poderá ser compensado com eventuais crédito s doimposto ou saldo credor acumulado em conta gráfica;

II - deverá ser recolhido em GR-PR distinta, com o código dereceita específico.

Parágrafo único. Fica vedado o recolhimento do adi cional deque trata este Anexo por GNRE.”

Dessa maneira, no que estiver procedendo de fo rmadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO:13.509.939-2.

CONSULTA Nº: 133, de 7 de outubro de 2016.

CONSULENTE: PADO S.A. INDUSTRIAL, COMERCIAL E IMPORTADORA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO PRESUMIDO.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que tem como atividade principal afabricação de fechaduras, cadeados e acessórios de portas ejanelas, informa que, na condição de industrial, co mercial eimportadora, adquire insumos em operações originada s de outrasunidades federadas em q ue se aplica a alíquota interestadual de4%.

Aduz ter dúvidas quanto à aplicação do inciso I e § 3ºdo art. 13-A do Regulamento do ICMS, que trata do d iferencial dealíquotas instituído pelo Decreto n. 442, de 6 de f evereiro de2015, tendo em vista que est á beneficiada pelas disposições doitem 13 do Anexo III do mesmo Regulamento. Entende que pode haverconflito entre os dispositivos, no que concerne à i mpossibilidadede aproveitamento de quaisquer créditos fiscais dec orrentes daaquisição de matérias-prim as e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, conforme dispõe a not a 2.2 doreferido item 13.

Isso se dá porque a regra relativa ao novo diferenc ialde alíquotas autoriza que seja apropriado como créd ito emconta-gráfica, no próprio m ês em que ocorrer a entrada damercadoria, o recolhimento efetuado pelo estabeleci mentodestinatário enquadrado no regime normal de apuraçã o.

Expressa o entendimento de que pode manter a utiliz açãodo crédito presumido do item 13 do Anexo III do Reg ulament o doICMS, em substituição aos créditos ordinários, junt amente comesse crédito decorrente do recolhimento do diferenc ial dealíquotas, e questiona se estaria correto tal proce dimento.

RESPOSTA

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A matéria objeto da consulta se relaciona aos segui ntesdispos itivos do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.6.080, de 28 de setembro de 2012:

“Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do im posto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

...

§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespond ente à diferença entre as alíquotas interna einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federada, observado o disposto no art. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12. 2012).

...

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o imposto a serrecolhido por antecipação, pelo contribuinte ou pel oresponsável solidário, no momento da entrada no ter ritórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à indust rialização oriundos de outraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas interna e interestadual, aplicada sobre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interest aduais sujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regim e dasubstituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferimento parcial de quetr ata o art. 108.

§ 2º Tratando-se de contribuinte sujeito ao regime normal deapuração, em substituição ao pagamento do imposto n o momentoda entrada dos bens ou das mercadorias no territóri oparanaense, o imposto devido poderá ser lançado em

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conta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entrada damercadoria no Estado.

§ 3º O imposto lançado na forma do § 2º poderá serapropriado como crédito pelo estabelecimento destin atárioenquadrado no regime normal de apuração juntamente com oimposto destacado no docu mento fiscal.

§ 4º Tratando-se de contribuinte optante pelo Simpl esNacional, o imposto devido deverá ser declarado na formadisposta no art. 10-C do Anexo VIII deste Regulamen to e pagoem GR-PR ou GNRE até o dia três do segundo mês subs equenteao da entra da da mercadoria no Estado (art. 21-B da LeiComplementar Federal n. 123, de 14 de dezembro de 2 006).

...

Art. 69-A. Nas hipóteses em que o crédito presumido foropcional à utilização dos créditos relativos às ent radas,inclusive de energia elétrica, de at ivo imobilizado e dovalor de que trata o § 2º do art. 13-A, o contribui ntedeverá lançar esses créditos e estorná-los, mediant elançamento na EFD em código de ajuste especificado em normade procedimento.

§ 1.º Em substituição aos critérios de estorno pre vistos no§ 3º do art. 71 deste Regulamento, o estorno de que trata o“caput” poderá ser feito, observado o seguinte:

I - calcula-se a proporcionalidade entre o montante dasoperações alcançadas pelo benefício fiscal e a tota lidadedas operações de vendas e de transferências, de mercadorias,realizadas pelo estabelecimento;

II - sobre o montante dos créditos decorrentes de e ntradasno estabelecimento, aplica-se o índice de proporcio nalidadeobtido nos termos do inciso I.

§ 2.º Os demonstrativos relativos à apuração dos créditosestornados deverão ser mantidos em boa guarda pelocontribuinte e apresentados ao fisco, quando solici tados.

Acrescentado o art. 69-A pelo art. 1º, alteração

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975ª, do Decreto n. 5.063, de 15.9.2016,produzindo efeitos a partir de 16.9 .2016(publicação).

...

Anexo III – Crédito Presumido.

...

13 Até 31.12.2015, aos estabelecimentos fabricantes dosprodutos a seguir relacionados, relativamente às op eraçõesde saídas desses produtos, de forma que resulte em cargatributária mínima de:

a) 1,75% (um inteiro e setenta e cinco centésimos por cento)nas operações sujeitas à alíquota de 7% (sete por c ento);

b) 3% (três por cento) nas demais operações.

Notas:

1. o valor do crédito presumido será lançado direta mente nocampo "Outros Créditos" do l ivro Registro de Apuração deICMS, consignando-se a expressão "Crédito Presumido - item13 do Anexo III do RICMS";

2. o crédito presumido de que trata este item:

2.1.aplica-se cumulativamente com o diferimento par cial deque trata o art. 108 deste Regulame nto.

2.2.será apropriado em substituição ao aproveitamen to dequaisquer créditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados nafabricação dos seus produtos, de bens destinados a integraro ativo imobilizado do estab elecimento, bem como dosserviços tomados;

2.3.deve alcançar todos os estabelecimentos do cont ribuintelocalizados neste Estado;

3. a opção por este crédito presumido, bem como a r enúncia,deverá ser declarada em termo lavrado no livro RUDF TO;

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4. tanto a o pção quanto a renúncia produzirão efeitos porperíodo não inferior a doze meses, contados do prim eiro diado mês subsequente ao da lavratura do correspondent e termo.”(Nosso grifo)

O questionamento se refere à possibilidade trazida pelo§ 3º do artigo 13-A do Regulamento do ICMS de que o impostoexigido por antecipação, correspondente à diferença entre asalíquotas interna e interestadual, pode ser objeto decreditamento na conta-gráfica pelo estabelecimento adquirente doproduto, inscrito no regime normal de apuração, no mesmo montantepago e no mês em que o valor for lançado também o i mpostodestacado no documento correspondente à entrada da mercadoria.

Dispõe o § 3º do art. 13-A do Regulamento do ICMS q ue ocontribuinte enquadrado em regime normal que ant ecipa o pagamentodo imposto correspondente à diferença entre as alíq uotasinterestadual e interna, de que trata o § 7º do art . 5º do mesmoRegulamento, pode se creditar tanto desse complemen to exigido naentrada dos produtos no território paranaense quant o dopercentual de 4% cobrado no Estado de origem.

Quando da saída de produtos fabricados pela consule nte,prevê o item 13 do Anexo III do Regulamento do ICMS um créditopresumido, opcional a qualquer crédito pela entrada , sendo quetal opção ou não deve estar expressa pela consulente no seu livrode registro de ocorrências.

Com a edição do Decreto n. 5.063, de 15.9.2016,esclareceu o legislador que nos casos de crédito pr esumidoopcional o contribuinte deverá efetuar o estorno do crédito,inclusive relati vamente ao valor de que trata o § 2º do art.13-A.

Por fim, caso a consulente esteja procedendo de for madiversa da exposta, dispõe do prazo de até quinze d ias, contadosda sua ciência a respeito da presente resposta, par a realizar osajustes pertinentes, nos termos do art. 664 do RICMS.

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PROTOCOLO: 13.990.163-0.

CONSULTA Nº: 134, de 11 de outubro de 2016.

CONSULENTE: NUNES & DE MARI LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÃOINTERESTADUAL COM NÃO CONTRIBUINTE.RECUPERAÇÃO. POSSIBILIDADE.

RELATORA: ELIZETE CRISPIM CARVALHO DIAS

A consulente, que atua na comercialização de barras deferros e aços não planos e tubos e conexões plástic os destinadosà construção civil, informa que comercializa produt os emoperações internas e interestaduais, tanto para con tribuintesquando para não c ontribuintes do ICMS, sendo que os seus produtossão destinados à construção civil e são sujeitos à substituiçãotributária com base no Protocolo ICMS 196/2009.

Informa que entende que tem direito a recuperar, emconta-gráfica, o imposto por ocasião da en trada da mercadoriacorrespondente à soma do débito próprio do contribu intesubstituto e da parcela retida, tanto quando realiz a saídainterestadual a contribuinte ou quanto a não contri buinte doimposto, com base no art. 5º, “caput” do Anexo X do Regulame ntodo ICMS, cuja alteração 884ª produziu efeitos a par tir de1º.01.2016.

Questiona se está correto o seu entendimento e inda ga,também, como deve proceder em relação às operações realizadas noperíodo anterior a 1º.01.2016, para efetuar a recup eração doi mposto próprio destacado nas vendas que realizou de stinadas anão contribuintes localizados em unidades federadas nãosignatárias do convênio ou protocolo, cuja mercador ia foi objetode substituição tributária no momento da compra.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se oscorrespondentes dispositivos do Regulamento do ICMS aprovado pelo

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Decreto n. 6.080/2012:

REGULAMENTO DO ICMS:

“Art. 5.º Caso o contribuinte substituído venha a p romoveroperação interestadual com mercadoria cujo ICMS foi retido ,poderá, proporcionalmente às quantidades saídas, re cuperarem conta-gráfica ou ressarcir-se, junto a qualquerestabelecimento de fornecedor que seja eleito subst itutotributário, da diferença entre o valor do imposto d a própriaoperação e o somatório do ICMS próprio do substitutotributário com o valor do ICMS retido, observado o seguinte(cláusula terceira, § 2º, do Convênio ICMS 81/1993) :

Nova redação dada ao "caput" do art. 5º pelo art.1º, alteração 884ª, do Decreto n. 3.208, de23.12.2015, em vigor e m 23.12.2015, produzindoefeitos a partir de 1º.1.2016.

Redação anterior dada pelo art. 1º, alteração506ª, do Decreto 12.835, de 18.12.2014,produzindo efeitos de 19.12.2014 até 31.12.2015:

"Art. 5.º Caso o contribuinte substituído venha apromover operaç ão interestadual destinada acontribuinte, com mercadoria cujo ICMS foiretido, poderá, proporcionalmente às quantidadessaídas, recuperar em conta-gráfica ouressarcir-se, junto a qualquer estabelecimento defornecedor que seja eleito substituto tributári o,da diferença entre o valor do imposto da própriaoperação e o somatório do ICMS próprio dosubstituto tributário com o valor do ICMS retido,observado o seguinte (cláusula terceira, § 2º, doConvênio ICMS 81/1993):"

...

§ 1º O estabelecimento mencionado no "caput" deverásolicitar ao Delegado Regional da Receita autorizaç ão para oressarcimento de que trata este artigo, protocoliza ndorequerimento na ARE - Agência da Receita Estadual d e seudomicílio tributário, com a indicação do destinatár io do

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crédito , acompanhado da comprovação da efetividade daoperação.

§ 2º A Inspetoria Geral de Fiscalização ficará enca rregadada análise e da autorização do pedido protocolado n os termosdo § 6º, e, de preparar o respectivo despacho.

Nova redação dada ao § 2º do art . 5º do Anexo Xpelo art. 1º, alteração 751ª, do Decreto n.2.866, de 24.11.2015, produzindo efeitos a partirde 25.11.2015 (publicação).

§ 3º O disposto neste artigo aplica-se, no que coub er, nocaso de desfazimento do negócio antes da entrega damercador ia, se o imposto retido já houver sido recolhido.

§ 4º A nota fiscal emitida para acobertar a operaçã ointerestadual mencionada no "caput" deverá conter o destaquedo imposto da operação própria, devendo ser lançada :

a) na hipótese de recuperação do crédit o do imposto pelaentrada da mercadoria, em conta-gráfica, que corres ponderáao somatório do débito próprio do contribuinte subs tituto eda parcela retida, nas colunas "Base de Cálculo do Imposto"e "Imposto Debitado";

b) nas outras situações, deverá esto rnar o valor do ICMS naEFD - Escrituração Fiscal Digital, utilizando códig o deajuste próprio a ser definido em norma de procedime nto.

...

Art. 5º-A. Caso o contribuinte substituído venha a promoveroperação interestadual destinada a consumidor final nãocontribuinte do imposto, com mercadoria cujo ICMS f oiretido, poderá, proporcionalmente às quantidades sa ídas,recuperar ou ressarcir-se da parcela indevidamenterecolhida, observados os procedimentos aplicáveis d o art.5º.

Acrescentado o art. 5º-A pelo ar t. 1º, alteração919ª, do Decreto n. 3.529, de 19.02.2016,produzindo efeitos a partir de 1º.01.2016.”

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Art. 6.º O documento fiscal emitido para os fins do art. 5º,deste anexo deverá conter como natureza da operação“Ressarcimento” ou “Recuperação de Crédi to”, a data deemissão, o valor, inclusive por extenso, e sua equi valênciaem FCA referente ao mês subsequente ao das operaçõe sinterestaduais, além da identificação do destinatár io.

§ 1º o estabelecimento destinatário do docume ntofiscal poderá de duzir do próximo recolhimento a importânciacorrespondente, mediante lançamento do valor consta nte domencionado documento na EFD, no código de ajusteespecificado em norma de procedimento, informando n o campo03 do Registro E111 da EFD o dispositivo legal desseRegulamento ou no campo “ICMS de Devoluções de Merc adorias”da GIA-ST, relativa à inscrição especial de substit uiçãotributária, no mês em que receber o citado document o.

§ 2º documento fiscal mencionado no “caput” será em itido emduas vias, que ter ão a seguinte destinação:

I - uma via ficará em poder do emitente ou destinat ário,conforme o caso, para fins de lançamento no campo “ OutrosCréditos” do livro Registro de Apuração do ICMS, e somenteno caso de ressarcimento constará a aposição, pelo fisco , devisto e do número do despacho autorizativo sobre o carimboda repartição;

II - uma via, ao fisco, para fins de controle.”

Segundo o que dispõe o art. 5º do Anexo X doRegulamento do ICMS, antes transcrito, se a consule nte promovesaída interestadual d e mercadoria cujo imposto foi retido, podese recuperar da diferença entre o valor do imposto da própriaoperação e o somatório do ICMS próprio do substitut o tributário edo imposto retido, proporcionalmente às quantidades saídas.

Após a nova redação dada ao dispositivo referido, pelaalteração 884ª do art. 1º do Decreto n. 3.208/2015, que produziuefeitos a partir de 1º.01.2016, a recuperação em co nta-gráfica,ou o ressarcimento junto ao fornecedor, pode ser ef etuada tambémem relação às operações destinad as a consumidores finais nãocontribuintes do ICMS, em razão de o remetente suje itar-se ao

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recolhimento do diferencial de alíquotas à unidade federada dedestino, introduzido na Constituição da República p ela EmendaConstitucional n. 87/2015, cabendo ao Pa raná o imposto calculadoà alíquota interestadual.

Reforça essa conclusão o disposto no art. 5º-A doRegulamento do ICMS, também com vigência a partir d e 1º.01.2016.

Na nota fiscal emitida para documentar a operaçãointerestadual realizada pela consulente deverá ser destacado oimposto correspondente, devendo ser lançada nas col unas “Base deCálculo do Imposto” e “Imposto Debitado”, conforme prescreve aalínea “a” do § 4º do referido art. 5º.

Por sua vez, na emissão da nota fiscal corresponden te àrecuperaç ão do imposto devem ser observados os procedimentos einformações retratados no art. 6º do Anexo X do RIC MS.

Registre-se, ainda, que se considera interna e nãointerestadual a venda realizada a consumidor final nãocontribuinte quando a entrega do produto ocorrer no territórioparanaense, nos termos do art. 14, § 13, do Regulam ento do ICMS:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daç ãodada pela Lei n. 16.016/2008):

...

§ 13 São internas as operações com mercadorias entr egues aconsumidor final não contribuinte do imposto no ter ritóriodeste Estado, independentemente do seu domicílio ou da suaeventual inscrição no cadastro de contrib uintes do ICMS emoutra unidade federada.

Nova redação dada ao § 13 do art. 14 pelo art.1º, alteração 1011ª, do Decreto n. 4.987, de31.8.2016, produzindo efeitos a partir de2.9.2016 (publicação).

Redação anterior acrescentada pelo art. 1º,alteração 916 ª, do Decreto n. 3.529, de

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19.02.2016, publicado em 22.2.2016, produzindoefeitos de 1º.01.2016 até 1º.9.2016:

"§ 13 São internas, para fins do disposto noinciso VII do “caput” do art. 2º, as operaçõescom mercadorias entregues a consumidor final nãocont ribuinte do imposto no território desteEstado, independentemente do seu domicílio ou dasua eventual inscrição no cadastro decontribuintes do ICMS de outra unidadefederada.".”

Nas operações interestaduais destinadas a consumido resfinais não contribuint es do ICMS, promovidas até 31.12.2015, aalíquota aplicável correspondia à estabelecida para a mercadorianas operações internas, conforme inciso IV do § 1º do art. 14 doRegulamento do ICMS, vigente até 31.12.2015, não ha vendo valor deimposto a ser recup erado pelo contribuinte substituído.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequa ção de seusprocedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.956.489-8

CONSULTA Nº: 136, de 18 de outubro de 2016.

CONSULENTE: ZANIN MATERIAIS DE CONSTRUCAO LTDA.

SÚMULA: ICMS. ESCADAS DE ALUMÍNIO. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. APLICABILIDADE AS DESENVOLVIDASPARA USO NA CONSTRUÇÃO CIVIL.

RELATOR: WELLINGTON S. M. DA SILVA

A consulente, que tem como atividade econômicaprincipal o comércio varejista de materiais de cons trução nãoespecificados anteriormente (CNAE 4744-0/05), infor ma quecomercializa escadas de alumínio de uso doméstico, produto quetem gerado divergências de interpretação com seus fornecedores,quanto à submissão à substituição tributária.

Expõe que esses não consideram o código NCM(7616.99.00) e a descrição dada ao produto na norma regulamentar,mas sim a utilidade do bem, de uso doméstico, exclu indo-o dor egime de substituição tributária.

Posto isso, indaga se o produto escada de alumínio deuso doméstico submete-se ao referido regime.

RESPOSTA

Destaca-se, incialmente, acerca da matéria question ada,que o Setor Consultivo já se manifestou a este resp eito naresposta à Consulta n. 82/2015, nos seguintes termo s:

“CONSULTA Nº: 082, de 1º de setembro de 2015.

...

Para verificação se um produto está sujeito ao regi me dasubstituição tributária é necessário que o código N CM noqual se classifica esteja contido no dispositivoregulamentar e que a descrição correspondente o abr anja.

Destaque-se, primeiramente, que o correto tratament o

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tributário de determinada mercadoria depende da sua adequadaclassificação em um dos códigos da NCM, sendo que t al tarefaé de respons abilidade do contribuinte, e a competência paraapreciar eventual dúvida quanto ao correto enquadra mento deprodutos na classificação fiscal é da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil.

No caso, verifica-se que o Regulamento do ICMS impl ementou,no item 6 1 do art. 21 do seu Anexo X, a substituiçãotributária apenas em relação a parte dos produtos a brangidospela posição 76.16, especificamente “outras obras d ealumínio, próprias para a construção civil, incluíd as aspersianas”.

Nessa posição está inserido o código (NCM 7616.99.00)correspondente ao produto objeto do questionamento, porémsomente as obras de alumínio concebidas para o uso naconstrução civil estão contempladas na norma regula mentar,consequentemente não estão sujeitas à substituiçãotributá ria as operações com tais produtos quando concebido sapenas para o uso doméstico.

Logo, as escadas de alumínio de uso doméstico não s esujeitam à substituição tributária. Precedente: Co nsultasn. 32/2013, 107/2014 e 4/2015.”

O código NCM 7616.99.00 está, atualmente, compreendidono item 47 do artigo 21 do Anexo X do Regulamento d o ICMS, quefaz referência à posição 76.16 da NCM e à descrição “Outras obrasde alumínio, próprias para construção, incluídas as persianas”.

Consequentemente, as mercadorias dest a posição que nãosejam próprias para construção não se sujeitam ao r egime dasubstituição tributária, como é o caso das escadas de alumínio deuso doméstico.

Logo, aplicável o entendimento manifestado na consu ltaantes transcrita.

Dessa maneira, no que es tiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos já

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realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.055.921-0

CONSULTA Nº: 137, de 18 de outubro de 2016.

CONSULENTE: GONZALES, SENDESKI & CIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. REMESSAS REALIZADAS POR CONTA E ORDEM DETERCEIROS. VALOR DA OPERAÇÃO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com a atividade de produçã o delaminados de alumínio, informa que realiza operaçõe striangulares, em que a entrega da mercadoria é efet uada aodestinatário final, por conta do adquirente origina l, observandoos procedimentos dispos tos no § 4º do art. 328 do Regulamento doICMS.

Esclarece, ainda, que realiza também industrializaç ãopor encomenda, em que a mercadoria transita por mai s de umestabelecimento industrializador antes do produto s er entregue aoencomendante. Nessa hipótese, procede em conformidade com oestabelecido no art. 341 do Regulamento do ICMS.

No entanto, expõe não ter localizado norma que disp onhasobre o valor da operação a ser indicado nos docume ntos ficaisemitidos para efeitos de remessa da mercadoria a de termin adoestabelecimento, por conta e ordem do adquirente.

Nesse caso, aduz que tem considerado, como valor daoperação, a soma do montante indicado na nota fisca l quedocumenta o recebimento da mercadoria acrescido do valor agregadopela industrialização, emb ora entenda que seria adequado atribuirao produto o seu valor de mercado, para fins de res guardar aempresa encomendante das variações do valor da merc adoria. Ainda,alega ser esse o valor utilizado para gerar a base de cálculo daprestação do serviço de transporte e a indenização decorrente desinistros.

Diante do exposto, questiona:

1. para documentar a operação de remessa por conta e

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ordem de terceiro, é consentâneo indicar na nota fi scal valordiferenciado do valor da venda realizada pela consu lente, p odendoser adotado aquele praticado pelo adquirente orig inal, com ofim de resguardar informações comerciais confidenci ais;

2. na operação de remessa de mercadoria paraindustrialização a outro industrializador, por cont a e ordem doadquirente/encomendan te, é permitido adotar seu valor de mercado.

RESPOSTA

As situações descritas pela consulente caracterizamoperações de venda à ordem e de industrialização po r encomenda emque a mercadoria transita por mais de um estabeleci mentoindustrializador, estando o s procedimentos pertinentes a essasmodalidades de operações estabelecidos, respectivam ente, nosartigos 328 e 341, do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreton. 6.080/2012.

Verifica-se dos dispositivos regulamentares mencion adosque a correta identifica ção das operações que envolvam váriosinteressados, como é o caso da venda por conta e or dem deterceiros, não prescinde da indicação, na nota fisc al a seremitida para documentar o transporte e a entrega da mercadoria aodestinatário, por ordem do adquir ente original, dos dados da notafiscal emitida para documentar a operação de venda por esserealizada, quais sejam, o número, a data da emissão , os dadoscadastrais de seu emitente, além do Código Fiscal d e Operações ePrestações - CFOP, constantes na Tab ela I do Anexo IV doRegulamento do ICMS, próprio à operação, conforme d ispõem o item1 da alínea “b” do art. 328 e a alínea “b” do incis o I do art.341.

Relativamente a essas notas fiscais, que não docume ntamvendas efetivas mas que devem ser emitidas par a acompanhar otransporte e a entrega das mercadorias, o Setor Con sultivo, naresposta à Consulta n. 61/2012, expôs que o valor d a operação nãoé um dado necessário à vinculação da operação ao co ntexto em querealizada, até porque inexiste entre o estabele cimento remetentee o destinatário tal valor.

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Assim considerando, concluiu que a indicação de val orda operação na NF-e que documenta a remessa de merc adoria, porconta de terceiro, seria inclusive facultativa, não havendoóbice, portanto, quanto à aposi ção do valor constante na notafiscal que documenta a venda praticada pelo adquire nte originalao destinatário da mercadoria.

Da mesma forma, na hipótese de industrialização porencomenda, na nota fiscal emitida para documentar o transporte damercadoria a o industrializador seguinte, por conta do adquirent eautor da encomenda, nos termos do inciso I do art. 341 doRegulamento do ICMS, conclui-se não haver objeção q uanto àindicação do valor de mercado.

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PROTOCOLO: 14.183.637-4.

CONSULTA Nº: 138, de 20 de outubro de 2016.

CONSULENTE: M. L. BEDIN & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. HIPÓTESES DEINAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal defabricação de aparelhos de recepção, reprodução, gr avação eamplificação de áudio e vídeo, tem dúvidas acerca d o recolhimentodo imposto devido pelo regime da substituição tribu tária,relativamente aos pro dutos eletrônicos, eletroeletrônicos eeletrodomésticos especificados na Seção III do Ane xo X doRegulamento do ICMS, por ocasião do ingresso da me rcadoria emterritório paranaense, na hipótese de adquiri-los d e remetenteque não seja ou tenha deixado de ser substituto tributário.

Requer esclarecimentos, ainda, a respeito dainaplicabilidade do citado regime na hipótese de ad quirir a mesmamercadoria que fabrica de contribuinte substituto l ocalizado emoutra unidade da Federação.

Manifesta seu entendiment o de que não é devida aretenção do ICMS, pelo fato de ter sido afastada a substituiçãotributária pelas disposições do art. 12 do Anexo X do RICMS.

Questiona se está correta a sua conclusão.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se excertos do sartigos 11 e 12 do Anexo X do Regulamento do ICMS ap rovado peloDecreto n. 6.080, de 28 de setembro de 2012:

“ANEXO X

Art. 11. Fica atribuída a responsabilidade pelo rec olhimentodo ICMS devido por substituição tributária, por oca sião daentrada da mercador ia no território paranaense, observado odisposto na alínea “a” do inciso X do art. 75, ao

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contribuinte que receber mercadoria sujeita ao regi me desubstituição tributária, sem retenção do imposto, d eremetente que não seja ou tenha deixado de ser elei tosubstituto, devendo adotar os seguintes procedimento s:

[...]

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

I - às operações que destinem mercadorias a sujeito passivopor substituição tributária da mesma mercadoria, ex ceto:

a) nas saídas praticadas por pro dutor de combustívelderivado de petróleo ou ao remetente que destine co mbustívelderivado de petróleo ao Estado do Paraná;

b) se o destinatário for eleito substituto tributár ioexclusivamente na condição de importador.

II - às transferências para outro es tabelecimento, excetovarejista, do sujeito recolhimento do imposto reca irá sobreo estabelecimento que promover a saída da mercadori a comdestino a empresa diversa (cláusula quinta, inciso II, doConvênio ICMS 81/1993);

III - às operações entre empresas interdependentes, excetose o destinatário for estabelecimento exclusivament evarejista, hipótese em que a responsabilidade pela retençãoe recolhimento recairá sobre o estabelecimento que promovera saída da mercadoria com destino a empresa diversa ;

[...]

Como regra geral, quando a operação se sujeita aoregime de substituição tributária, o responsável tr ibutário,indicado na norma regulamentar, que promover a saí da damercadoria com destino a revendedores paranaenses, deve procedera retenção e o recolhi mento do imposto devido em relação àsoperações subsequentes.

Em relação às operações internas, foram eleitos com ocontribuintes substitutos o industrial fabricante, o importador eo arrematante de mercadoria importada e apreendida. Já, emrelação às opera ções originárias de unidades federadas

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signatárias de convênios e protocolos que dispõem s obre asubstituição tributária, a responsabilidade pela re tenção é doremetente, independentemente da atividade na qual e le estejacadastrado.

Na hipótese de o remete nte estar estabelecido emunidade da Federação não signatária de convênio ou de protocolo,o destinatário passa a ser o responsável pelo pagam ento doimposto devido por substituição tributária por ocas ião doingresso da mercadoria em território paranaense, nos termos doart. 11 do Anexo X da norma regulamentar.

Para aplicação das disposições do inciso I do art. 12do Anexo X do RICMS, é necessário que o remetente e odestinatário sejam substitutos tributários e que o sejam emrelação à mesma mercadoria, não sendo suficiente para afastaresse regime a condição de substituto tributário do remetente e dodestinatário, ainda que relativamente a outras merc adoriasarroladas no art. 17 do referido anexo.

Partindo do antes explicitado, quando a consulenteadquire uma mercadoria em operação interestadual, sem a ret ençãodo imposto, de remetente que não seja ou tenha deix ado de sereleito substituto, deve deixar de efetuar o recolhi mento porocasião da entrada no território paranaense apenas na hipótese deser substi tuta tributária em relação a essa mesma mercadoria, nacondição de fabricante. Nesse caso, a retenção do imposto serárealizada por ocasião da saída das mercadorias com destino arevendedores.

Menciona-se, ainda, que a exceção disposta na alíne a“b” do in ciso I do art. 12 do Anexo X do RICMS determina que oremetente da mercadoria efetue a substituição tribu tária quando odestinatário for contribuinte substituto exclusivam ente nacondição de importador. Logo, quando a mercadoria for oriunda deEstado não signatário de convênio ou protocolo, também nessahipótese, a destinatária deve efetuar o recolhiment o do imposto.

Assim, para que o remetente não efetue a retenção d oimposto ou a consulente não seja obrigada a efetuar orecolhimento por ocasião da entrad a, deve ser fabricante da mesmamercadoria que adquire de outros substitutos tribut ários

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(precedente: Consulta n. 084/2011).

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o praz ode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.242.225-5

CONSULTA Nº: 139, de 11 de outubro de 2016.

CONSULENTE: JDS RECUPERAÇÃO DE MATERIAIS RECICLADOS EIRELI.

SÚMULA: ICMS. RECUPERAÇÃO DE DESPERDÍCIOS DE PAPEL.RECICLAGEM. ATIVIDADE COMERCIAL.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com as atividades derecuperação de materiais não especificados e comérc io atacadistade resíduos de papel e papelão, informa que adquire desperdíciosde papel, de papelão e de plásticos de cooperativas e deassociações de catador es ou de autônomos, sendo esses cem porcento recicláveis.

Expõe, ainda, que seu processo de reciclagem, nostermos definidos na Lei n. 12.305/2010, que institu iu a PolíticaNacional de Resíduos Sólidos, divide-se em quatro e tapasdistintas: triagem (sele ção rigorosa para descartar materiaisimpróprios); classificação (realizada em função da qualidade,origem e presença de matérias toleradas); trituraçã o(fragmentação em dimensões pré-determinadas, por me io de umtriturador) e acondicionamento (prensagem e enfardamento).

Defendendo que essa atividade caracterizaindustrialização, nos termos do Regulamento do IPI, entende quepode se apropriar do crédito presumido de que trata o item 37 doAnexo III, com a utilização cumulativa da regra de diferimentoparcia l de que trata o art. 108 do Regulamento do ICMS.

Na hipótese de não serem aplicáveis tais preceitos,questiona se pode utilizar, nas operações internas, a regra dediferimento do imposto estabelecida no item 47 do a rt. 107 doRegulamento do ICMS.

RESPOSTA

Para análise do benefício de que trata o item 37 doAnexo III do Regulamento do ICMS, transcreve-se par cialmente a

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regra:

“ANEXO III – CRÉDITO PRESUMIDO

[...]

37 Ao estabelecimento industrial, nas saídas de pro dutosindustrializados em que, no mínimo, 75% (setenta e cinco porcento) do custo da matéria-prima utilizada em sua f abricaçãodecorra da aquisição de MATERIAL RECICLADO DE PAPEL , DEPAPELÃO, DE PLÁSTICO OU DE RESÍDUOS PLÁSTICOS ORIUN DOS DARECICLAGEM DE PAPEL E DE PLÁSTICO, em percentual qu e result ena carga tributária de 4,25% (quatro inteiros e vin te ecinco centésimos por cento).”

Cabe registrar que o crédito presumido em examedestina-se a estabelecimento industrial.

Por seu turno, a atividade descrita pela consulente ,ainda que contemple a tri turação dos resíduos, sua compactação eenfardamento, com o fim de reduzir seu volume para facilitar otransporte, não constitui operação de industrializa ção, conformese depreende das soluções de consulta expedidas pel a ReceitaFederal do Brasil, a seguir transcritas, que analisam doisprocessos vinculados à reciclagem de materiais:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA COSIT N. 67, de 21 de março d e 2014

(DOU de 31/03/2014, seção 1, pág. 22)

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados – IPI

EMENTA: SUCATA. AQUISI ÇÃO. PRENSAGEM. REVENDA.

A simples redução do volume, por compactação ou pre nsagem,de sucata de metal adquirida para revenda, sem que hajaqualquer modificação em sua aparência, natureza,funcionamento ou acondicionamento, não constitui op eração deindust rialização.”

“SOLUÇÃO DE CONSULTA N. 127, de 30 de outubro de 2 012

(DOU de 01/11/2012, n. 212, Seção 1, pág. 42)

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

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EMENTA: IPI. INDUSTRIALIZAÇÃO. RECICLAGEM DE PAPÉIS OUPAPELÕES USADOS. CARACTERIZAÇÃO. BASE DE CÁLCULO.

A reciclagem de papéis e caixas de papelão já utili zados,dando origem a chapas e embalagens de papel e papel ãoondulado, é um processo de industrialização e está sujeita àincidência do IPI. A mencionada reciclagem de papéi s ecaixas de papelão não se enquadra na modalidade deindustrialização denominada renovação ou recondicio namento.(...)”

Como retratado, para caracterizar industrialização,deve resultar da reciclagem um produto novo (chapas de papelãoondulado, por exemplo), ainda qu e para servir de matéria-prima emnovo processo de industrialização.

Cabe observar, também, que o processo relatado não seenquadra na modalidade de industrialização denomina da derenovação ou recondicionamento, pois segundo o Regu lamento doIPI, essa ati vidade é a exercida sobre produto usado ou parteremanescente de produto deteriorado ou inutilizado, que o renoveou o restaure para utilização. Assim, produtos resu ltantes doprocesso de renovação estão aptos à comercialização , parautilização na função p ara a qual foram desenvolvidos.

A título de exemplo desse processo de industrializa ção,transcreve-se solução de consulta que o retrata:

“SOLUÇÃO DE CONSULTA N. 270 de 06 de Junho de 2007

(DOU de 06/07/2017)

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: INDUSTRIALIZAÇÃO. RENOVAÇÃO OU RECONDICIONAMENTO. Aoperação de recarga de cartuchos de tinta, usados, paraimpressoras, caracteriza-se industrialização na mod alidadede renovação ou recondicionamento. Nas hipóteses em que oscartuchos usado s recondicionados se destinem ao uso daprópria empresa executora ou quando essas operações sejamexecutadas por encomenda de terceiros não estabelec idos como comércio de tais produtos, a operação não é consi derada

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industrialização. (...)”

Logo, uma vez q ue o processo de preparo do materialdestinado às indústrias de reciclagem ou a outros p rocessosindustriais não constitui industrialização, a inter essada, nasoperações de saída com os produtos que menciona, nã o faz jus aocrédito presumido de que trata o item 37 do Anexo III doRegulamento do ICMS, por não preencher requisito es sencial àfruição.

Quanto à regra de diferimento citada no relato,transcreve-se seu teor:

“Art. 107. Sem prejuízo das disposições específicasprevistas neste Regulamento, são abra ngidas pelo diferimentoas seguintes mercadorias:

(..)

47. materiais renováveis, recicláveis ou recondicio náveis;”

Essa regra contempla com o diferimento do pagamento doICMS as operações internas com materiais reciclávei s, que sãoaqueles aptos a serem su bmetidos a uma transformação física ouquímica com o fim de serem reutilizados, seja sob a formaoriginal ou como matéria-prima de outros materiais destinados afinalidades diversas, conforme definição divulgada pelo Institutode Biociências da Universidad e de São Paulo no site“www.ib.usp.br/coletaseletiva”.

Assim considerando, conclui-se que os desperdícios depapel, papelão e plásticos, objeto de comercializaç ão pelaconsulente após o processo de triagem, classificaçã o, trituraçãoe enfardamento, são mat eriais recicláveis. Portanto, as operaçõesinternas com tais materiais estão submetidas ao dif erimento dopagamento do ICMS.

Caso a consulente tenha procedido de forma diversa,menciona-se que o artigo 664 do RICMS prevê o prazo de até quinzedias para a a dequação dos procedimentos já realizados ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.263.604-2

CONSULTA Nº: 140, de 27 de outubro de 2016.

CONSULENTE: ALCAST DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. CHAPAS DE ALUMÍNIO EM BOBINA EM FORMABRUTA. IMPORTAÇÃO. CRÉDITO PRESUMIDO.INAPLICABILIDADE. DIFERIMENTO.

RELATOR: LUCINDA TERESA

A consulente, cadastrada na atividade de produção d ealumínio e suas ligas em formas primárias, informa que importa“chapa de alumínio em bobina em forma bruta”, class ificada nocódigo 7601.10.00 da NCM, por meio dos Portos de Pa ranaguá eAntonina, benefic iando-se do crédito presumido de 6%, sobre ovalor da base de cálculo, nos termos do item 46-A d o Anexo III doRegulamento do ICMS de 2012.

Em face da inclusão da subnota 4.8 ao item 46-A, co mvigência a partir de 1º de setembro de 2015, que ex cluiu aapli cação do benefício supramencionado às operações de que tratao art. 546 do RICMS, apresenta dúvida sobre a possi bilidade decontinuar utilizando tal crédito.

Defende, com base nas notas de esclarecimentosrelativas ao Capítulo 76 da Tabela de Incidência do Imposto deProdutos Industrializados - TIPI, que seu produto n ão estáabrangido pelo diferimento do pagamento do ICMS a q ue se refere oart. 546 antes mencionado, pois esse tratamento tri butário estádirecionado às chapas em rolos (bobinas) que se cla ssif icam naposição 76.06, na qual não se inserem os produtos e m formasbrutas da posição 76.01.

Argumenta, ainda, que o produto em comento destina- se aser ulteriormente laminado, cumprindo o que determi nam as NotasExplicativas do Sistema Harmonizado de Desi gnação e deCodificação de Mercadorias - Parte 4, aprovado pela InstruçãoNormativa RFB N. 807, de 11 de janeiro de 2008, enf atizando queantes desse processo o produto não possui nenhuma o utra

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utilidade.

Apresenta quadro demonstrativo com as característic asdos produtos “lingote”, “tarugos”, “sucatas” e “cha pas brutas dealumínio em bobinas”, especificando as diferenças, a aplicação edimensões de cada um deles (fls. 8).

Por fim, questiona:

1. a aplicação do diferimento limita-se a “sucatas emetais”, bem como “lingotes e tarugos de metais nãoferrosos” conforme “caput” do art. 546 do RICMS?

2. Considerando que a matéria-prima “chapa de alum ínioem bobina em forma bruta”, classificada no código7601.10.00 da NCM não é considerada uma das formasdiscrimina das no “caput” do art. 546 (sucata, lingoteou tarugo), pode ser utilizado o crédito presumido deque trata o item 46-A do Anexo III do RICMS?

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os dispositivosregulamentares pertinentes aos questionamentos da c onsule nte, inverbis:

“ANEXO III - CRÉDITO PRESUMI DO

46-A. Importação, por meio dos PORTOS DE PARANAGUÁ EANTONINA e de aeroportos paranaenses, de matéria-pr ima,material intermediário ou secundário, inclusive mat erial deembalagem, promo vida por estabelecimento industrial, paraser utilizado em seu processo produtivo, equivalent e a seispor cento sobre o valor da base de cálculo da opera ção deimportação, e que resulte em carga tributária mínim a de seispor cento.

(...)

4. o tratamento tr ibutário de que trata este item não seaplica:

(...)

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4.8 às operações a que se refere o art. 546 desteRegulamento.

Acrescentada a subnota 4.8 à nota 4 do item 46-A pe lo art.1º, alteração 703ª, do Decreto 2.175 de 14.08.2015, em vigorem 17.08.2015, produ zindo efeitos a partir de 1º.09.2015.”

Art. 546. É diferido o pagamento do ICMS nas sucess ivassaídas de sucatas de metais, bem como de lingotes e tarugosde metais não ferrosos, até que ocorra:

I - a saída do produto acabado de estabelecimentoindustrial , localizado neste Estado, que utilize as citadasmercadorias em processo de transformação industrial ,hipótese em que o imposto deverá ser debitado emconta-gráfica;

II - a saída em operação interestadual, hipótese em que oimposto deverá ser recolhido na forma e no prazoestabelecidos no inciso II do art. 75;

III - a saída para o exterior;

IV - a saída para consumidor final ou para estabele cimentode empresa enquadrada no Simples Nacional, hipótese em que oimposto deverá ser debitado em conta-gráfica.

§ 1º O disposto neste artigo aplica-se aos metais nãoferrosos classificados na sub-posição 7403.1 e nas posições7401, 7402, 7501, 7601, 7801, 7901 e 8001 da NBM/SH .

§ 2º O estabelecimento que produzir os metais de qu e trata o§ 1º, a partir do minério, pod erá solicitar regime especialpara a não aplicação do disposto no inciso II nas o peraçõesinterestaduais que realizar, caso em que o imposto deveráser debitado em conta-gráfica.

§ 3º O disposto neste artigo não se aplica às saída s departes e de peças usa das, de máquinas, aparelhos e veículos,recuperadas ou não.”

Por força de expressa disposição contida no § 1º doart. 546 do RICMS/PR, o diferimento, além de aplicá vel nas

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sucessivas saídas de sucatas de metais, de lingotes e tarugos demetais não ferrosos , abrange também os metais não ferrososclassificados na sub-posição 7403.1 e nas posições 7401, 7402,7501, 7601, 7801, 7901 e 8001 da NCM.

Assim, o tratamento tributário previsto no item 46- A doRICMS não deve ser utilizado pela Consulente nas op erações deimportação com produtos classificados na posição 76 .01, porestarem abrangidos pelo diferimento de que trata o art. 546 doRICMS/PR.

Registre-se, portanto, que a exclusão do referidobenefício atinge também os produtos classificados n o código7601.10.0 0 da NCM.

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PROTOCOLOS: 14.178.182-0 e 14.223.413-0.

CONSULTA Nº: 141, de 20 de outubro de 2016.

CONSULENTE: JUFAP ADMINISTRAÇÃO E PARTICIPAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. TELEFONE CELULAR. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. BENEFÍCIO FISCAL SEM AMPARO EMCONVÊNIO.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, cadastrada na atividade de comérciovarejista de equipamentos de telefonia e comunicaçã o, informa queadquire aparelhos telefônicos atualmente classifica dos no códigoNCM 8517.12.31 (cujo código anterior era o 8525.20. 22), oriundosdo Estado de São Paulo, e que os revende diretamente a consum idorfinal.

Expõe que seu fornecedor, para determinar o ICMS de vidopor substituição tributária, considera, como impost ocorrespondente à operação interestadual, aquele res ultante daaplicação do percentua l de 5% sobre a base de cálculo daoperação, desconsiderando o valor de ICMS destacado no documentofiscal, calculado com a alíquota de 12%.

Aduz que o remetente fundamenta seu procedimento noDecreto n. 2.131/2008, editado pelo Estado do Paran á, queident ifica, para a operação em exame, a concessão de cré ditopresumido de 7% pelo Estado de São Paulo, sem ampar o em convêniofirmado no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária –CONFAZ, motivo pelo qual é admitido por este Estado , a título decrédit o, apenas o percentual de 5%.

Manifesta o entendimento de que o referido créditopresumido não deve ser considerado na situação expo sta, pois ocálculo do ICMS devido por substituição tributária deve ser feitoconforme o estabelecido no Protocolo ICMS 70/2 011, celebradoentre Paraná e São Paulo em data posterior a do alu dido decreto.

Isto posto, questiona se está correto seu entendime nto.

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RESPOSTA

Primeiramente, expõe-se que, embora o questionament o daconsulente se refira a procedimento adotado por con trib uintesubstituto tributário, considerando o disposto no a rt. 21, IV, daLei n. 11.580/1996, reconhece-se sua legitimidade p ara postular apresente consulta.

Transcrevem-se os excertos da legislação tributáriapertinente à matéria questionada:

LEI N. 11.5 80/1996

“Art. 27. É vedado, salvo determinação em contrário dalegislação, o crédito relativo a mercadoria ou bem entradosno estabelecimento ou a prestação de serviços a ele feita:

(...)

VII – quando o imposto devido ao Estado de origem t enha sidoreduzid o, no todo ou em parte, por concessão de benefíciosem amparo em convênio, celebrado no âmbito do Cons elhoNacional de Política Fazendária – CONFAZ, em relaçã o àsentradas ocorridas após a publicação de ato do Chef e doPoder Executivo, identificando o Esta do de origem, amercadoria ou serviço, o benefício considerado irre gular e opercentual de crédito a que não se reconhece o dire ito. (VerDecreto nº 2.183/2003 e Decreto nº 2.131/2008)”

DECRETO N. 2.131/2008

“Veda a utilização de crédito nas operações com utilizaçãode benefícios fiscais sem amparo em Convênio.

(...)

Art. 1º Fica vedada a utilização de crédito relativ o aoperação com mercadoria ou bem entrados no estabele cimentoou a prestação de serviços a ele feita quando o imp ostodevido à unidade federa da de origem tenha sido reduzido, notodo ou em parte, pela utilização dos benefícios co ncedidossem amparo em convênio celebrado no âmbito do Conse lhoNacional de Política Fazendária - CONFAZ, indicados no Anexo

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deste Decreto (inc. VII do art. 27 da Lei n º 11.580/1996).

24 – SÃO PAULO

Item Mercadoria

(...) (...)

24.6 Saída promovida pelo fabricante de Monitor de vídeocom tubo de raios catódicos policromático, paracomputador - 8471.60.72; monitor de víd(Cristal Líquido) e PLASMA, para computador -8471.60.74; telefone celular atributo AB, tecnologi adigital Dual CDMA/AMPS/GSM/TDMA/WLL - 8525.20.22;terminal fixo de telefonia celular, tecnologia digi talCDMA/WLL - 8525.20.23; terminal digital deprocessamento, com acesso WEB - 8471.50.10; unidade dedisco para leitura de dados por meios ópticos (unid adede disco óptico - CD-Rom) - 8471.70.21; unidade dedisco para leitura ou gravação de dados por meiosópticos (unidade de disco óptico - CDR R/W) 8471.70.29(...)

PROTOCOLO ICMS 70, DE 30 DE SETEMBRO DE 2011

“Dispõe sobre a substituição tributária nas operaçõ es comprodutos eletrôni cos, eletroeletrônicos e eletrodomésticos.

Os Estados do Paraná e de São Paulo, neste ato repr esentadospelos seus respectivos Secretários de Receita e Faz enda,considerando o disposto nos arts. 102 e 199 do Códi goTributário Nacional (Lei n. 5.172, de 25 de outubro de1966), e no art. 9º da Lei Complementar n. 87/96, d e 13 desetembro de 1996 e o disposto nos Convênios ICMS 81 /93, de10 de setembro de 1993, e 70/97, de 25 de julho de 1997,resolvem celebrar o seguinte

(...)

Cláusula terceira A base de cálc ulo do imposto, para os finsde substituição tributária, será o valor correspond ente ao

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preço a consumidor constante na legislação do Estad o dedestino da mercadoria para suas operações internas comproduto mencionado no Anexo Único deste Protocolo.

(...)

Cláusula quarta O imposto a ser retido pelo sujeito passivopor substituição será calculado mediante a aplicaçã o daalíquota vigente para as operações internas a consu midorfinal na unidade federada de destino, sobre a base decálculo prevista neste proto colo, deduzindo-se, do valorobtido, o imposto devido pela operação própria do r emetente,desde que corretamente destacado no documento fisca l.

(...)”

Nos termos da cláusula quarta do Protocolo ICMS70/2011, o imposto a ser pago por substituição trib utáriacorresponde à diferença positiva entre o valor resu ltante daaplicação da alíquota própria para o produto sobre a respectivabase de cálculo prevista para a substituição tribut ária e o valordo imposto devido pela operação própria do substitu to.

Por seu t urno, o inciso VII do art. 27 da Lei n.11.580/1996 veda o direito ao crédito de ICMS relat ivo aoperações interestaduais em relação as quais o reme tente usufruiude benefício fiscal concedido pela unidade federada de origem semamparo em convênio firmado no âmbito do CONFAZ.

Nesse sentido, o Paraná editou o Decreto n. 2.131/2 008,que identifica os benefícios fiscais irregularmente concedidospelas demais unidades federadas e em cujo Anexo Úni co estáprevisto o percentual de crédito admitido nessas op eraçõe s. Comrelação aos produtos listados no item 24.6 (tabela 24 – SãoPaulo), entre eles, os aparelhos de telefone celula r, opercentual de crédito admitido é de 5%, em razão do créditopresumido de 7% sobre a base de cálculo, concedido ao remetentepelo Esta do de São Paulo.

Ao contrário do que entende a consulente, embora oProtocolo ICMS 70/2011, que dispõe sobre o regime d a substituiçãotributária nas operações com produtos eletrônicos,

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eletroeletrônicos e eletrodomésticos entre os Estad os do Paraná eSão Paulo, seja posterior ao Decreto n. 2.131/2008, ele apenastrata das regras gerais do referido regime, o que n ão afasta asdisposições previstas na Lei n. 11.580/1996 e no pr óprio Decreton. 2.131/2008.

Assim, no caso relatado pela consulente, para fins docálculo do ICMS relativo às operações subsequentes devido aoParaná, deve o contribuinte substituto abater, a tí tulo doimposto da operação própria, o percentual de 5% (co nformeprevisto no Anexo Único do Decreto n. 2.131/2008),independentemente do valo r de ICMS da operação própria destacadona nota fiscal.

Portanto, incorreto o entendimento da consulente, h ajavista que seu fornecedor está procedendo em conform idade com alegislação.

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PROTOCOLO: 14.099.541-0.

CONSULTA Nº: 142, de 18 de outubro de 2016.

CONSULENTE: SAMPLA DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE CORREIASLTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMMERCADORIAS DO GRUPO DOS MATERIAIS DECONSTRUÇÃO, ACABAMENTO, BRICOLAGEM OU ADORNO.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, estabelecida no Estado do São Paulo,informa que tem como objeto social a fabricação e c omercializaçãode correias transportadoras, correias de transmissã o, mangueiras,tubulações flexíveis e prensas vulcanizadoras.

Relata que comercializa me rcadorias classificadas nasNCM 39.17, 40.09, 4010.3, que se encontram relacion adas no AnexoII e 39.17 e 3926.90 listadas no Anexo XI, do Convê nio ICMS92/2015, por ela assim especificadas:

a) código NCM 3917.39.00, mangueiras de uso exclusi vona indústri a farmacêutica;

b) código NCM 4009.31.00, mangueiras para uso emsistemas de irrigação, poços artesianos, bem como d e uso porempresas mineradoras;

c) código NCM 3926.90.22, correias transportadoras deuso em indústrias para transporte de produtos.

Entend e que tais produtos não estariam sujeitos aoregime da substituição tributária por não serem des tinados ao usoautomotivo ou à construção civil, segmentos a que f azemreferência os Anexos II e XI do convênio citado.

Questiona se está correto o seu entendi mento.

RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituição

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tributária em questão está previsto no Anexo X do R egulamento doICMS aprovado pelo Decreto nº 6.080/2012, com a red ação a seguirdescrita, evidenciando-se as codificações da NCM ci tadas pel aconsulente:

“ANEXO X

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedores situados no terr itórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de retenção e recolhimen to doICMS rela tivo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio G rande doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 196/2009, 69/2011,71/2011, 95/2012 e 38/2013). (...)

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, de vem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM CEST

(...)

2 10.006.00

(...)

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10 10.020.00

(...)

(...)

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída d as peças, partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da NCM, de uso especificamente automotivo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômico,sejam adquirido s ou revendidos por estabelecimento deindústria ou comércio de veículos automotores terre stres,bem como pela indústria ou comércio de veículos, má quinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas p eças,partes, componentes e acessórios, com dest ino a revendedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tenção erecolhimento do ICMS relativo às operações subseque ntes(Protocolos ICMS 83/2008 e 41/2014):

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

(...)

2 01.002.00

39.17 Tubos eseusacessórios(porexemplo,juntas,cotovelos,flanges,uniões), deplásticos

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Preliminarmente, há de se ter que a aplicação daNomenclatura Comum do Mercosul (NCM) à mercadoria q ue fabrica éde responsabilidade do contribuinte e, em caso de d úvida, acompetência para responder consultas é da Secretari a da ReceitaFederal do Brasil.

Quanto aos produtos inseridos no grupo da substituiçãotributária referente aos materiais de construção, a cabamento,bricolagem ou adorno, esclarece-se que:

1. a expressão “Materiais de construção, acabamento ,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção IV, do A nexo X doRegulamento do ICM S tem aplicação meramente denominativa, sendoirrelevante para efeitos de determinação dos produt os sujeitos àsubstituição tributária;

2. estando a mercadoria inserta, por sua descrição epor sua classificação na NCM, no art. 21 do Anexo X doRegulamento do ICMS, independentemente de ter sido fabricado pa rauso na construção civil, estará sujeita ao regime d e substituiçãotributária. Exceção que se faz tão somente às merca dorias para asquais a necessária utilização na construção civil, mesmo que nãoexclu sivamente, está especificamente expressa nos itens desseartigo, tais como nos itens 2 e 10 citados pela con sulente,dentre outros.

3. observadas as condições do parágrafo anterior, n ositens em que esteja indicada a posição NCM, e como descrição damercad oria o respectivo título da posição conforme aprese ntada natabela NCM, todas as mercadorias desse item estarão sujeitas àsubstituição tributária.

Posto isso, responde-se que o termo “para uso naconstrução civil”, constante nos referidos itens 2 e 10 do art.21 do Regulamento do ICMS, significa que se o produ to édesenvolvido para essa finalidade deve ser incluído no regime dasubstituição tributária. Da mesma forma, quando fab ricado paravárias finalidades, dentre elas a de uso na constru ção civil,també m está sujeito à substituição tributária do grupo d osmateriais de construção, acabamento, bricolagem ou adorno,

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independentemente da destinação que será dada pelo adquirente.Precedentes: Consultas nº 106/2012, nº 117/2012, nº 32/2013,dentre outras.

Port anto, as correias transportadoras do código NCM3926.90.22, que a consulente relata que são de uso em indústriaspara transporte de produtos, e as “mangueiras” do c ódigo NCM3917.39.00, de uso exclusivo na indústria farmacêut ica, não estãosubmetidas a sub stituição tributária.

Quanto aos produtos inseridos por seu código NCM ecorrespondente descrição, dentre os relacionados no art. 97 doAnexo X do Regulamento do ICMS, que dispõe sobre a substituiçãotributária nas operações com autopeças, o Setor Con sulti vo jámanifestou, reiteradamente, que esse regime se apli ca àquelasfabricadas para uso automotivo, independentemente d e terem outrasutilidades.

Retratam essa posição as Consultas n. 54/2009, n.78/2009 e n. 32/2010, cuja orientação se aplica às mercador iasclassificadas nas posições 39.17, 4010.3 e 40.09, d escritas,respectivamente, nos itens 2, 6 e 85 do dispositivo regulamentarantes citado.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que prev ê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.037.074-6.

CONSULTA Nº: 143, de 27 de setembro de 2016.

CONSULENTE: DELL COMPUTADORES DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS ANÃO CONTRIBUINTE PARANAENSE. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: LAÉRCIO LOPES DE ARAUJO

A consulente, sociedade empresária estabelecida noEstado de São Paulo, com inscrição de substituto tr ibutário noParaná, informa que tem por atividade econômica a f abricação deequipamentos de informática e que realiza operações destinadas aeste Estado, tendo como adquirentes não contribuintes do ICMS.

Expõe que, em razão da realização dessas operações,sujeita-se ao recolhimento da diferença entre as al íquotasinterna e a interestadual nos termos dos incisos VI I e VIII do §2º do art. 155 da Constituição da República, com a redação dadapela Emenda Constitucional n. 87/2015.

Relata ainda que o Estado do Paraná incorporou a no vadisciplina da EC n. 87/2015 por meio da Lei n. 18.5 73/2015 e,preocupada com a forma de apuração da diferença de alíquota,apres enta dúvidas pontuais, em relação às seguintes situ açõesfáticas:

a) produtos de informática: remete para o Estado doParaná, produtos de informática que, internamente, estãoalcançados por redução da base de cálculo na forma da Lei n.13.214/2001;

b) mate riais elétricos: realiza operações com osprodutos a seguir identificados, em relação aos qua is o RICMS, emseu Anexo II, prescreve hipóteses de redução da bas e de cálculo:

b.1) fios, cabos e outros condutores para uso elétr ico,classificados na posição 85 .44 da NCM, promovidas porestabelecimento fabricante ou importador destinadas a pessoas

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jurídicas, mesmo que não contribuintes do imposto, (item 7-B doregulamento);

b.2) motores de passo, transformadores elétricos,conversores elétricos estáticos e bobi nas de reatância,classificados nas posições 8501.10.1 e 85.04 (item 32-B doregulamento);

c) carregadores de acumuladores: realiza operações comcarregadores de acumuladores classificados no códig o NCM8504.40.10, que se encontram arrolados no Convênio IC MS 52/1991,cuja vigência foi prorrogada para 30 de junho de 20 17 peloConvênio ICMS 154/2015, o que significa dizer que o s carregadoresque comercializa fazem jus à redução de base de cál culo previstano convênio.

d) softwares de prateleira: comercializa softwares deprateleira como o Microsoft Windows e o Microsoft O ffice, pormeio de transferência eletrônica (download), que, a ssim comoocorre com a operação interestadual, que goza de is enção, tambémnão são tributadas internamente por força da isençã o p revista noRICMS, Anexo I, item 167.

Em face do exposto, questiona:

1. para fins de cálculo do diferencial de alíquotasexigível pelo Paraná nos moldes da EC n. 87/2015, a consulentedeverá considerar:

a) a carga tributária efetiva de 7% (Lei 13.214/200 1,art. 3°, inc. VI e § 1°), em se tratando de operaçõ es com osprodutos de informática abarcados pela redução da b ase decálculo?

b) A carga tributária efetiva de 12%, nas operações comos materiais elétricos de que tratam os artigos 7-B e 32-B doAnexo II do RICMS/PR, observados os requisitos fixados ness esdispositivos?

c) Nas operações com carregadores de acumuladores, NCM8504.40.10, a carga tributária efetiva de 8,80% (Co nvênio ICMS52/1991), o que implicará em:

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c.1) dispensa do recolhimento do difer encial, nasoperações não sujeitas à Resolução n. 13/2012 do Se nado Federal,dado que esse mesmo percentual corresponde à carga incidente naoperação interestadual, por força do Convênio ICMS 52/1991;

c.2) diferencial equivalente a 4,80%, nos casos em quea alíquota interestadual seja de 4%;

2. Em relação aos softwares comercializados sem orespectivo suporte informático, por meio de transfe rênciaeletrônica (download), levando em conta que não hav erá tributaçãona origem (RICMS/SP, Disposições Transitóri as, art. 37 — Decreto61.791/2016) e nem no destino (RICMS/PR, Anexo 1, i tem 167),questiona se está correto o entendimento de que nad a será devidoa título de diferencial.

RESPOSTA

Em razão da legislação vigente a partir de 1º dejaneiro de 2016, implemen tada para cumprimento das alteraçõesintroduzidas na Constituição da República pela Emen daConstitucional n. 87/2015, a consulente, ao promove r operaçãointerestadual destinando mercadoria a consumidor fi nal nãocontribuinte do ICMS aqui localizado, é cont ribuinte do Estado doParaná, relativamente ao imposto correspondente à d iferença entreas alíquotas interna e a interestadual.

Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquota aplic ável àmercadoria nas o perações internas com consumidor final ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recol himento, aeste Estado, do ICMS correspondente à eventual dife rença.

Na hipótese de existência de tratamento tributário maisbenéfico às operações internas praticad as na unidade de destino,para que não haja distinção de tratamentos tributár ios, em razãoda origem da mercadoria, deve ser considerada a car ga tributáriaa que essas operações estão submetidas, observando- se regras deredução na base de cálculo ou de ise nção de ICMS, para apurar ovalor do imposto devido ao Paraná.

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Relativamente aos produtos de informática abarcadospela redução na base de cálculo determinada pela Le i n.13.214/2001, no seu artigo 3º, inciso VI e § 1º, o benefícioencontra-se disposto nos seguintes termos:

“Art. 3º Fica reduzida a base de cálculo nas operaç õesinternas com os seguintes produtos, de tal modo que a cargatributária seja equivalente a 7%:

(...)

VI - produtos de informática adiante arrolados:

a) fonte de alimentação chaveada p ara microcomputadorclassificada no código 8504.40.9999 da NBM/SH;

b) gabinete classificado no código 8473.30.0100 da NBM/SH;

c) produtos de informática e automação, produzidos porestabelecimentos industriais, que atendam às dispos ições doart. 4º da Lei n. 8.248, de 23 de outubro de 1991 - desdeque relacionados em portaria conjunta dos Ministéri os daCiência e Tecnologia e da Fazenda, baixada por forç a do art.6º do Decreto Federal n. 792, de 2 de abril de 1993 - ou doart. 2º da Lei n. 8.387, de 30 de d ezembro de 1991,regulamentada pelo Decreto n. 1.885, de 26 de abril de 1996,observado o contido no § 1º.

§ 1º A aplicação do benefício previsto na alínea "c " doinciso VI deste artigo, dependerá da indicação, no documentofiscal correspondente à operação , dos dispositivos dalegislação federal pertinente, estendendo-se também àsoperações:

a) com produtos classificados nos códigos 8471.92.0 401(impressoras de impacto), 8471.92.0500 (terminais d e vídeo),8517.30.0199 (exclusivamente equipamento digital de correioviva voz), 8517.40.0100 (moduladores/demoduladores (modem)digitais - em banda base), e 8542.19.9900 da NBM/SH(exclusivamente circuito de memória de acesso aleat ório, dotipo "RAM", dinâmico ou estático, circuito de memór iapermanente do tipo "EPR OM", circuito microcontrolador parauso automotivo ou áudio, circuito codificador/decod ificador

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de voz para telefonia, circuito regulador de tensão para usoem alternadores, circuito para terminal telefônico nasfunções de discagem, ampliação de voz e sina lização dechamada);”

Verifica-se que essa redução na base de cálculo, deforma que a carga tributária resulte em 7%, é aplic ável a todasas etapas internas de comercialização com mercadori a que atendaas disposições legais. Logo, considerando que a alí quo tainterestadual corresponde a 12%, não há diferença a ser recolhidaao Paraná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado de origem nosexercícios de 2016 a 2018, em razão da regra de tra nsiçãoretratada no inciso II da cláusula décima do Convên io ICMS93/2 015 (precedente: Consulta n. 22/2016).

Quanto aos materiais elétricos, as regras de reduçã o nabase de cálculo assim dispõem:

“7-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações comFIOS, CABOS E OUTROS CONDUTORES, para uso elétrico, mesmocom peça de cone xão, de cobre ou alumínio, classificados naposição 85.44 da NCM, promovidas por estabeleciment ofabricante ou importador destinadas a pessoas juríd icas,mesmo que não contribuintes do imposto, de forma qu e a cargatributária resulte no percentual de 12% ( doze por cento)(art. 2º da Lei 18.371/2014).

(...)

32-B. A base de cálculo fica reduzida nas operações commotores de passo classificados no item 8501.10.1 da NCM eTRANSFORMADORES ELÉTRICOS, conversores elétricos es táticos(retificadores, por exemplo), b obinas de reatância e de altaindu ção, classificados na posição 85.04 da NCM, de form a que acarga tributária resulte no percentual de 12% (doze por cento)(art. 2º da Lei 18.371/2014).”

A redução na base de cálculo de que trata o item 7- B doAnexo II do R ICMS/2012 contempla apenas as operações promovidaspelo estabelecimento fabricante ou importador desti nadas apessoas jurídicas, mesmo que não contribuinte do im posto

Quando o benefício da redução da base de cálculo é

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específico para uma determinada operaç ão dentro do cicloeconômico da mercadoria, como no caso da saída do e stabelecimentofabricante ou do importador destinada a pessoas jur ídicas, obenefício não se estende às operações subsequentes com as mesmasmercadorias, que se sujeitam à alíquota de 18 %.

Logo, no caso de as pessoas jurídicas, contribuinte s ounão do ICMS, efetuarem aquisições dessas mesmas mer cadorias derevendedores, não usufruirão da referida redução. D a mesma forma,não se sujeitam a carga tributária reduzida, as ope raçõespromovidas por fabricante ou importador destinadas a pessoasfísicas.

Assim, no caso em análise, partindo-se da premissa deque a alíquota interestadual seja correspondente a 12%, serádevido o recolhimento do diferencial nas operações destinadas anão contribuinte do imposto domiciliado no Paraná com os produtosespecificados no item 7-B do Anexo II do RICMS.

Por outro lado em se tratando da redução de basecálculo estabelecida no item 32-B do Anexo II, cons iderando-seque esse benefício se aplica a toda a cadeia d e circulação demercadoria, de forma que a carga tributária resulte em 12%, nãohá diferencial de alíquotas a ser recolhido ao Para ná, semprejuízo da parcela devida ao Estado de origem nos exercícios de2016 a 2018, em razão da regra de transição retrata da no incisoII da cláusula décima do Convênio ICMS 93/2015 (pre cedente:Consulta nº 28/2016).

No que tange aos carregadores de acumuladores há qu e seobservar o que dispõe o item 15 do Anexo II do RICM S/2012 quedispõe:

“15 A base de cálculo é reduzida, at é 30.6.2017, nasoperações com as MÁQUINAS, APARELHOS E EQUIPAMENTOSINDUSTRIAIS adiante arrolados, para o percentual qu e resultena carga tributária equivalente a (Convênios ICMS 5 2/1991,69/2009, 101/2012, 14/2013 e 191/2013)

(...)

b) 8,80% nas demais operações interestaduais e nas operações

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internas.

(...)

Nota: o disposto neste item:

1. aplica-se às operações de importação do exterior ;

2. não se aplica aos bens usados beneficiados com a reduçãoda base de cálculo a que se refere o item 3 deste A nexo;

3. não acarretará a anulação do crédito em relação à entradade mercadorias;

4. o benefício de que trata este item não se aplica às peçase partes quando estas forem comercializadas separad amente damáquina, aparelho ou equipamento;

5. aplica-se a redução de que trata o "caput" às operaçõescom compressores de gases classificados nas posiçõe s NBM/SH8414.80.0301 e 8414.80.0399, ainda que lhes sejam a copladoscilindros para estocagem e equipamentos elétrico el etrônicosde medição de pressão ou vazão;

6. deso briga o contribuinte do pagamento do diferencial dealíquotas.”

Da mesma forma, uma vez que a redução na base decálculo contempla todas as operações internas com o produtomencionado, a carga tributária interna corresponde a 8,80%, nãohavendo diferencial de alíquota no caso de a operaçãointerestadual submeter-se à alíquota de 12%.

Na hipótese de a operação interestadual submeter-se àalíquota de 4%, correto o entendimento da consulent e de que deverecolher a diferença de 4,80% (precedente: Consulta n. 28 /2015).

No que concerne aos softwares de prateleira, aplica -seo disposto no item 167 do Anexo I do RICMS/2012, in verbis :

“167 Saídas em operações internas e interestaduais de"SOFTWARE", personalizado ou não, inclusive em rela ção aosuporte material que o contenha.

Nota: a isenção prevista neste item não compreende os jogos

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eletrônicos.”

Observada a restrição quanto aos jogos eletrônicos, acarga tributária interna foi reduzida a zero, e por tanto não hádiferencial de alíquotas, devendo ser observada a l egislação doEstado de origem para efeitos da parcela desse dife rencial quelhe cabe, em razão da regra de transição antes menc ionada.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo pra zo de até quinze dias para a adequação dos procedim entos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.040.964-2.

CONSULTA Nº: 144, de 20 de outubro de 2016.

CONSULENTE: GRECA DISTRIBUIDORA DE ASFALTOS S.A.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÕES DESTINADAS A OBRAS DECONSTRUÇÃO CIVIL. DESTINO FÍSICO DIVERSO DODOMICÍLIO DO ADQUIRENTE. OPERAÇÕESINTERESTADUAIS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente informa que tem por atividade econômic a aindustrialização e distribuição de produtos asfálti cos, tendocomo principais clientes empresas de construção civ il e órgãospúblicos estaduais e municipais.

Expõe que, com a edição da Emenda Constituc ional n.87/2015, nas operações interestaduais destinadas a nãocontribuinte do ICMS, é devido o recolhimento do di ferencial dealíquotas à unidade federada de destino.

Destaca, ainda, ser comum no seu ramo de atividade arealização de operações de vendas com entrega da mercadoriadiretamente no local das obras.

Assim, aduz que podem ocorrer as seguintes situaçõe s:venda para cliente estabelecido neste Estado com en trega damercadoria em obras aqui localizadas; venda para cl ienteestabelecido neste Estado c om entrega em obra localizada em outraunidade federada; venda a cliente estabelecido em outra unidadefederada com entrega em obra localizada neste Estad o e, por fim,venda para cliente estabelecido fora do território paranaense comentrega da mercadoria em unidade federada distinta da dedomicílio do adquirente.

Expõe seu entendimento de que o imposto corresponde nteà diferença de alíquotas em exame deve ser recolhid o à unidadefederada de destino da mercadoria, independentement e dalocalização do adquir ente, observada a regra de transição em

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relação ao período de 2016 a 2018.

Menciona, ainda, o disposto no § 13 do artigo 2º doRegulamento do ICMS, que define operação interna, c oncluindo queesse faz referência à entrega efetiva pelo vendedor , por suacon ta e ordem, não abrangendo as operações em que o ad quirenteretira a mercadoria no estabelecimento, contratando ele mesmo aempresa transportadora.

Diante dessas situações, relativamente às operações comconsumidores finais não contribuintes do ICMS, ques t iona:

1. está correto seu entendimento de que, nas vendas deasfaltos a construtoras e órgãos públicos responsáv eis por obrasde infraestrutura, pode utilizar a nota fiscal que documenta avenda para fins de remessa da mercadoria diretament e ao local daobra, quando localizada no Paraná; e, no caso de a m ercadoriaser entregue em outra unidade federada, distinta da de domicíliodo adquirente, pode emitir nota fiscal de simples r emessa (CFOP6.949) para fins de entrega da mercadoria?

2. Nas operações com as faltos, está correto seuentendimento de que o imposto relativo à diferença entre asalíquotas deve ser recolhido ao Estado de destino f ísico damercadoria, observada a regra de partilha, independ entemente de oadquirente estar estabelecido em unidade fede rada diversa?

3. No caso de a resposta ao item 2 ser positiva, co modeve proceder para emissão da NF-e, considerando qu e na NotaTécnica 2015/003, até a Versão 1.60, não há previsã o para queseja informada partilha do ICMS, entre o Estado do Paraná e o dedestino da mercadoria, quando diferente da unidade federada dedomicílio do adquirente?

4. Nos termos do § 13 do art. 14 do Regulamento doICMS, como deve ser classificada a operação devenda de asfaltos, em que a mercadoria é retiradano estabelecimento d a consulente pelo próprioadquirente, por meio de veículos próprios, ou porterceiros por sua conta e ordem?

5. Nos casos em que o destinatário não contribuinte do

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ICMS, localizado em outra unidade federada, aoadquirir asfalto solicita à consulente que oentregue a outra empresa, que irá produzir a massaasfáltica para posterior aplicação em obra peloadquirente, como deve proceder: calcular odiferencial de alíquotas, observando o disposto noart. 327-G do Regulamento do ICMS, ou aplicarsomente a alíquot a interestadual?

6. Como deve a consulente proceder para recuperar aparcela do ICMS recolhida ao Paraná, de formadesvinculada da conta-gráfica, na hipótese dedevolução da mercadoria pelo adquirente domiciliadoem outra unidade federada, considerando o d ispostono inciso III do art. 327-H do Regulamento do ICMS?

Por fim, questiona como deve calcular o diferencial dealíquotas devido em decorrência de aquisição intere stadual demercadorias destinadas ao uso ou consumo e ao ativo imobilizado,de forma a obs ervar que o montante do próprio imposto deveintegrar a base de cálculo.

RESPOSTA

Em razão da legislação vigente a partir de 1º dejaneiro de 2016, implementada para cumprimento das alteraçõesintroduzidas na Constituição da República pela Emen daConstituc ional n. 87/2015, a consulente, ao promover operaçã ointerestadual destinando mercadoria a outra unidade da Federação,passa a ser contribuinte dessa, relativamente ao im postocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual, observada a regra de partilha de que trata acláusula décima do Convênio ICMS 93/2015, para o pe ríodo de 2016a 2018.

Relativamente às questões apresentadas, em se trata ndode destinatários não contribuintes do ICMS, expõe-s e que:

1. nos termos do § 3º do art. 350 do Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, desde queobservadas as instruções nele estabelecidas, na

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hipótese de as destinatárias da consulenteexercerem atividades de prestação de serviços deconstrução civil, a mercadoria poderá ser rem etidadiretamente para o local da obra, devendo constarna nota fiscal a indicação do local de entrega,quando diverso do endereço da adquirente, tanto emrelação às operações internas quanto àsinterestaduais (precedente: Consultas n. 44/2011,52/2012 e 97/2014);

2. está correto o entendimento da consulente de que ,independentemente do domicílio tributário doadquirente, ao destinar fisicamente mercadoria àoutra unidade federada, cabe ao Paraná o impostocalculado pela alíquota interestadual e ao Estadode destino o ICMS referente ao diferencial dealíquotas, observada a regra de transição de quetrata o art. 327-G do Regulamento do ICMS;

3. na situação retratada no item 2, no preenchiment o daNF-e que documenta a operação, devem ser observadosos procedi mentos previstos na Nota Técnica2015/003, Versão 1.90, com identificaçãoobrigatória do local de entrega (tag: entrega/UF),porquanto diverso do endereço do adquirente;

4. consideram-se internas as operações com mercador iasentregues a consumidor final não contribuintedo imposto no território paranaense,independentemente do seu domicílio ou da suaeventual inscrição no cadastro de contribuintes doICMS em outra unidade federada, conforme dispõe o §13 do art. 14 do Regulamento do ICMS, sendo qu eassim devem ser consideradas as operações em que asmercadorias são retiradas no estabelecimento daconsulente pelo destinatário ou por sua conta eordem, independentemente de seu domicíliotributário;

5. nas operações interestaduais, para determinação dotratamento tributário aplicável, deve ser

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considerada a condição do adquirente da mercadoria(contribuinte ou não do imposto), de tal forma que,na hipótese de o adquirente não ser contribuinte doICMS, deve a consulente observar as regras quedispõem so bre o diferencial de alíquotas devido àunidade federada de destino da mercadoria, quecorresponde àquela em que localizada a obra deconstrução civil a que se destina o produtooutrossim, considerando que a massa asfáltica deveser produzida em momento im ediatamente anterior àaplicação, em face das especificidades do produto,o estabelecimento que irá produzi-la, como regra,situa-se próximo ao local da obra, na mesma unidadeda Federação);

6. em caso de devolução de mercadoria pelo adquiren te,consumido r final domiciliado em outra unidadefederada, para recuperar o ICMS de que trata o art.327-H, que foi recolhido ao Paraná de formadesvinculada do saldo da conta-gráfica e no prazodisposto na alínea “a” do inciso XXII do art. 75,deve a consulente obser var os procedimentos de quetratam os artigos 90 e seguintes, todos doRegulamento do ICMS.

Por último, relativamente ao ICMS devido a título d ediferencial de alíquotas, em razão da entrada de me rcadoriasoriundas de outras unidades da Federação destinada s ao uso ouconsumo ou ao ativo permanente, deve a consulente o bservar, apartir de 1º de janeiro de 2016, a regra disposta n o inciso IX doart. 6º do Regulamento do ICMS ( nas hipóteses dos incisos XIII,XIV e XV do art. 5º, o valor da operação ou prestaç ão sobre aqual foi cobrado o imposto na unidade federada de o rigem, e oimposto a recolher será correspondente à diferença entre asalíquotas interna e interestadual, observado o disp osto no incisoI do § 1º).

No caso de ter procedido de forma diversa, de verá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RIC MS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos já

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realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.199.161-2

CONSULTA Nº: 145, de 01 de novembro de 2016.

CONSULENTE: ELCOESTE – AUTOMAÇÃO ELETROMECÂNICA LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. AQUISIÇÕESINTERESTADUAIS DE MATERIAIS DESTINADOS AO USOEM PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS SUJEITAS AO ISS.

RELATOR: APRÍGIO GUILHERME MIRANDA DE FREITAS

A consulente, tendo como atividade econômica princi pala fabricação de aparelhos e equipamentos para distr ibuição econtrole de energia elétrica (CNAE 2731-7/00) e ati vidadeseconômicas secundárias: a fabricação de equipamento s detransmissão para fins ind ustriais, exceto rolamentos (CNAE2815-1/02); o comércio varejista de material elétri co (CNAE4742-3/00); e a manutenção e reparação de equipamen tos e produtosnão especificados anteriormente (CNAE 3319-8/00), a presentaquestionamentos a respeito do difere ncial de alíquotas de ICMS,em operação interestadual com insumos adquiridos pa ra utilizaçãona prestação de serviços, expondo seu entendimento de que:

1. para exigência do diferencial de alíquotas de qu etratam os incisos VII e VIII do § 2º do artigo 155da Constituição da República, combinados com oinciso XIV do art. 5º do Regulamento do ICMS, érequisito essencial que o adquirente dê umadestinação final aos bens ou serviços adquiridos(encerrando o ciclo de circulação comercial);

2. o texto sugere que o diferencial de alíquotas doICMS não incide na aquisição de mercadoria de outroEstado para ser utilizada como insumo na prestaçãode serviço sujeita ao ISS;

3. os registros da entrada da mercadoria nos contro lesde estoque são efetuados pelo CFOP 1.128/ 2.128(Compra para utilização na prestação de serviçosujeita ao ISS), separando-se assim o estoque dos

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materiais destinados ao consumo ou ao imobilizado;

4. os materiais empregados na prestação de serviçogeram receita, juntamente com a mão de obra dosse rviços prestados, ficando em poder de outrem.

Diante do exposto, a consulente faz os seguintesquestionamentos:

1. existe a obrigatoriedade do recolhimento dediferencial de alíquotas, relativamente amercadoria adquirida de outro Estado, levando emconsid eração que essa será utilizada como insumo naprestação de serviços sujeitos ao ISS?

2. quanto ao recolhimento antecipado da diferença e ntreas alíquotas, que trata o Decreto n. 442/2015,aplica-se à situação em exame?

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-s e os dispositivosconstitucionais e regulamentares pertinentes aos qu estionamentosda consulente, in verbis :

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA

...

“Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federa linstituir impostos sobre:

...

II - operações relativas à circula ção de mercadorias e sobreprestações de serviços de transporte interestadual eintermunicipal e de comunicação, ainda que as opera ções e asprestações se iniciem no exterior;

...

§ 2º O imposto previsto no inciso II atenderá ao se guinte:

...

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VII - nas ope rações e prestações que destinem bens eserviços a consumidor final, contribuinte ou não do imposto,localizado em outro Estado, adotar-se-á a alíquotainterestadual e caberá ao Estado de localização dodestinatário o imposto correspondente à diferença e nt re aalíquota interna do Estado destinatário e a alíquot ainterestadual;

VIII - a responsabilidade pelo recolhimento do impo stocorrespondente à diferença entre a alíquota interna e ainterestadual de que trata o inciso VII será atribu ída:

a) ao destinatár io, quando este for contribuinte do imposto;

b) ao remetente, quando o destinatário não for cont ribuintedo imposto;”

REGULAMENTO DO ICMS, APROVADO PELO DECRETO N. 6.080/2012(RICMS/2012)

...

“Art. 2º O imposto incide sobre:

...

VI - a entrada no estabele cimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outras unidades da Fe deração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente.

...

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

...

XIV - d a entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fede ração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente .

...

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§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespondente à diferença entre as alíq uotas interna einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federada, observado o disposto no art.13-A (§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, co m redaçãodada pela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

Acrescentado o § 7º ao art. 5º pelo art.1º, alteração522ª, do Decreto n. 442 de 06.02.2015, produzindo e feitos apartir de 09.02.2015.

...

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo contribuinte ou pel oresponsável solidário, no momento da entrada no territórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utraunidade federada , corresponderá à diferença entre asalíquotas interna e interestadual, aplicada sobre o valor daoperaç ão constante no documento fiscal.

Cumpre destacar que tanto a aquisição de mercadoriapara consumo pelo próprio estabelecimento contribui nte do impostocomo sua aquisição para uso na prestação de serviço alheia aoICMS são hipóteses de consumo final do pro duto, exceto nasituação de o serviço prestado compreender o fornec imento demercadorias, em relação ao qual há determinação exp ressa na LeiComplementar n. 116/2003, quanto à incidência do im postoestadual. Como exemplo, cita-se o subitem 14.01 da lista d eserviços anexa a referida lei.

No caso de o contribuinte do ICMS desenvolver, emconcomitância, múltiplas atividades (de produção, d e comércio ede prestação de serviços sujeita ao ISS), será devi do odiferencial de alíquotas, tanto em relação às merca doriasadquiridas para consumo próprio do estabelecimento quanto para asconsumidas na atividade de prestação de serviço alh eia ao ICMS,na qualidade de consumidor final não contribuinte d o impostoestadual, por força dos incisos VII e VIII do § 2º do art. 1 55 daConstituição da República. A distinção, nesse caso, refere-se

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apenas à responsabilidade pelo pagamento, que é do destinatário(quando este for contribuinte do imposto) ou do rem etente (quandoo destinatário não for contribuinte do imposto).

Por sua v ez, como antes mencionado, quando os materiaisempregados na prestação do serviço sujeitam-se ao I CMS, tem-seque as mercadorias são adquiridas para revenda e nã o para consumofinal.

Nesse caso, devem ser aplicadas as disposições doDecreto n. 442/2015, q ue introduziu o § 7º ao art. 5º e o art.13-A, no Regulamento do ICMS, exigindo a cobrança a ntecipada doICMS na aquisição de mercadoria em operação interes tadual sujeitaà alíquota de 4% quando destinada à comercialização e àindustrialização, com o objet ivo de uniformização da cargatributária do produto adquirido em operação interes tadual com aincidente na operação interna para a mesma mercador ia

Assim, a regra disposta no art. 13-A do Regulamento doICMS é inaplicável às hipóteses antes retratadas, d e aquisiçõesdestinadas ao consumo do estabelecimento contribuin te do ICMS oupara uso na prestação de serviços não sujeita ao im postoestadual, casos em que devido o diferencial de alíq uotas aoEstado do Paraná, observadas as particularidades pr óprias a cad asituação.

Por outro lado, no caso de mercadorias fornecidasjuntamente com a prestação do serviço sujeita ao IS S, em queexigível o imposto estadual, é devido o pagamento a ntecipado, nahipótese de aquisição interestadual sujeita a alíqu ota de 4%.

Caso t enha procedido de forma diversa ao aqui exposto,a consulente tem o prazo de até 15 dias para adequa r osprocedimentos já realizados, nos termos do art. 664 doRegulamento do ICMS.

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PROTOCOLO: 14.051.680-5.

CONSULTA Nº: 146, de 18 de outubro de 2016.

CONSULENTE: SWEDISH MATCH DO BRASIL S.A.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. OPERAÇÕES COMMATERIAIS ELÉTRICOS. LÂMPADA DE LED.INAPLICABILIDADE

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente informa que atua no ramo de comércioatacadista de produtos em geral e que importa para revendalâmpadas de LED, que classifica no código NCM 8543. 70.99(lâmpadas de LED – diodos emissores de luz), a qual consta noConvênio ICMS 92/2015 como p roduto sujeito ao regime dasubstituição tributária.

No entanto, aduz que o Decreto n. 3.530, de 22.2.20 16,com efeitos a partir de 1º.1.2016, excluiu o referi do código NCMdo regime da substituição tributária, permanecendo submetidos aoregime apenas os “ diodos emissores de luz (LED)” dos códigos NCM8541.40.11, 8541.40.21 e 8541.40.22, conforme dispo sto nosartigos 114 a 116 do Regulamento do ICMS.

Assim, questiona se deve continuar efetuando a rete nçãodo ICMS devido por substituição tributária nas oper ações com talmercadoria.

RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituiçãotributária está previsto no Anexo X do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, cuja redação, para ascodificações NCM citadas pela consulente, transcrev e-s e a seguir:

“ANEXO X

SEÇÃO XXIV

DAS OPERAÇÕES COM LÂMPADA ELÉTRICA

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Art. 105. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição para efeitos d e retenção e recolhimento do ICMSrelativo às operações subsequentes que destinem os produtosrelacionados na tabela de que trata o § 1º do art. 106 arevendedores localizados no território paranaense ( ProtocoloICMS 7/2009):

(...)

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

1 09.001.00

85.39 Lâmpadaselétricas

2 09.002.00

85.40 Lâmpadaseletrônicas

3 09.003.00

8504.10.00

Reatores paralâmpadas outubos dedescargas

4 09.004.00

8536.50

"Starter"

(...)

SEÇÃO XXVIII

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS ELÉTRICOS

Art. 114. Ao estabe lecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 116, com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICMS rel ativo àsoperações subsequentes.

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Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lq uerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Acre,Amapá, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Gro sso doSul, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte,Rio Grande do Sul, Rondônia, Santa Catarina, São Pa ulo eSergipe, e no Dist rito Federal, inclusive em relação aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 198/2009, 84/2011,85/2012, 26/2013, 160/2013, 104/2014 e 77/2015).

(...)

Art. 116. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

POSIÇÃO

CEST NCM DESCRIÇÃO

(...)

13 21.117.00

8541.40.11

8541.40.21

8541.40.22

Diodosemissoresde luz(LED),excetodiodos"laser"

(...)

Segue Tabela NCM com a descriç ão das codificações emcomento:

NCM/2012

8541.40 - Dispositivosfotossensíveissemicondutores,incluindo as células

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fotovoltaicas, mesmomontadas em módulos ouem painéis; diodosemissores de luz

8541.40.1 Não montados

8541.40.11 Diodos emissores de luz(L ED), exceto diodoslaser

(…)

8541.40.2 Montados, exceto ascélulas fotovoltaicasem módulos ou painéis

8541.40.21 Diodos emissores de luz(LED), exceto diodoslaser, próprios paramontagem em superfície(SMD - Surface MountedDevice)

8541.40.22 Outros dio dos emissoresde luz (LED), excetodiodos laser

(...)

85.43 Máquinas e aparelhoselétricos com funçãoprópria, nãoespecificados nemcompreendidos noutrasposições do presenteCapítulo.

(...)

8543.70 - Outras máquinas e

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aparelhos

(...)

8543.70.9 Outros

8543.70.91 Terminais de texto queoperem com código detransmissão Baudot,providos de tecladoalfanumérico e visor,para acoplamentoexclusivamente acústicoa telefone

8543.70.92 Eletrificadores decercas

8543.70.99 Outros

(...)

Preliminarmente, faz-se n ecessário observar que aaplicação da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM) à mercadoriaque comercializa é de responsabilidade do contribui nte e, em casode dúvida, a competência para responder consultas é da Secretariada Receita Federal do Brasil.

O prod uto mencionado pela consulente, lâmpada de LED docódigo NCM 8543.70.99, não está relacionado no Anex o X doRegulamento do ICMS dentre os produtos sujeitos ao regime dasubstituição tributária, nem mesmo antes da edição do Decreto n.3.530/2016. Logo, esse produto não está sujeito ao referidoregime nas operações internas destinadas a revended ores.

Registre-se que, embora relacionado no Convênio ICM S92/2015, que uniformiza e relaciona o Código Especi ficador daSubstituição Tributária, e no item 5 do Anexo XIII do Regulamentodo ICMS, esse não foi incluído no Anexo X da mesma normaregulamentar, que define a relação de produtos suje itos ao regimeda substituição tributária nas operações destinadas a

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revendedores paranaenses.

Dessa maneira, no que estiver pro cedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.199.873-0.

CONSULTA Nº: 147, de 1º de novembro de 2016.

CONSULENTE: OI S.A.

SÚMULA: ICMS. SERVIÇOS DE TELECOMUNICAÇÃO DESTINADOS ÀITAIPU BINACIONAL. INCIDÊNCIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que exerce atividades de prestadora d eserviços de comunicação, questiona se incide ou não ICMS nofornecimento de serviços de telecomunicação à Itaip u Binacional.

Fundamenta sua dúvida nas desonerações de tributosestabelecidas no Decreto n . 72.707/1973, que promulgou o Tratadode Itaipu, firmado entre a República Federativa do Brasil e aRepública do Paraguai, manifestando o entendimento de que aisenção não alcança o ICMS devido pela prestação de serviços decomunicação.

RESPOSTA

A matéria questionada foi objeto de apreciação peloSetor Consultivo em diversas oportunidades, nos ter mos dasConsultas n. 1/1990, n. 80/1991 e n. 160/2001, dent re outras.

A conclusão manifestada é de que a isenção de ICMScontempla apenas as aquisições de materia is e equipamentos aserem incorporados à central elétrica, seus acessór ios ou obrascomplementares, nos termos do referido decreto fede ral e conformedeclarado no Convênio ICM 10/1975, firmado pelas un idadesfederadas no âmbito do Conselho Nacional de Polí tica Fazendária -CONFAZ.

Na legislação paranaense, essa regra de isenção est ádescrita no item 95 do Anexo I do Regulamento do IC MS aprovadopelo Decreto n. 6.080/2012.

Relativamente às demais isenções tributárias previs tasno artigo XII do Decreto n. 72. 707/1973, restou assentado que

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apenas alcançam os tributos cuja responsabilidade l egal pelopagamento seja da Itaipu Binacional, não alcançando os impostosindiretos, em relação aos quais figure como contrib uinte de fato,e não de direito.

Registre-se que o Superior Tribunal de Justiça, no REsp1.143.398/PR (DJe 24/09/2010) e no AgRg no REsp 1.1 73.955 (DJe25/11/2010), nos quais se discutia a incidência de ICMS sobreserviços de telecomunicação fornecidos à Itaipu Bin acional,confirmou esse entendimento, n os seguintes termos: A isençãoprevista no Tratado Internacional tem por objetivo beneficiar,exclusivamente, a Itaipu, e não as empresas que com ela realizamnegócios jurídicos cujo suporte constitua o fato ge rador deobrigações tributárias, ressalvada ex pressa previsão legal nessesentido.

Nesses termos, está correto o entendimento daconsulente.

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PROTOCOLO: 13.590.027-3.

CONSULTA Nº: 148, de 1º de novembro de 2016.

CONSULENTE: SONOCO DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. RECOLHIMENTO ANTECIPADO. CRÉDITO.

RELATOR: MAILSON BRITO DA COSTA

A consulente, que tem por atividade principal afabricação de produtos de papel, cartolina, papel-c artão epapelão ondulado para uso comercial e de escritório , excetoformulário contínuo (CNAE 1741-9/02), informa que a dquire insumosem operações interestad uais sujeitas à alíquota de 4% (quatro porcento).

Suscita dúvidas quanto à interpretação e à aplicaçã o dalegislação relativa ao recolhimento antecipado do i mposto nasaquisições interestaduais de bens ou mercadorias de stinadas àcomercialização ou à indu strialização, de que tratam o § 7º doart. 5º e o art. 13-A do Regulamento do ICMS, aprov ado peloDecreto n. 6.080/2012.

Apresenta, a título exemplificativo, as seguintesmaneiras de cálculo do imposto antecipado, menciona ndo entendercorreto o segundo pro cedimento:

a) apura-se a diferença entre a alíquota interna e ainterestadual, e sobre o resultado aplica-se o perc entual dodiferimento parcial;

b) aplica-se o percentual do diferimento parcial so brea alíquota interna, e do resultado subtrai-se a alí quot ainterestadual;

Afirma, ainda, ser optante pelo crédito presumidoprevisto no item 37 do Anexo III do Regulamento do ICMS, e que avedação contida na nota 1 do citado item não se apl ica ao impostorecolhido antecipadamente.

Solicita, também, esclareciment o sobre o alcance da

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nota 2 do item 37 do Anexo III do Regulamento do IC MS, que dispõesobre a aplicação cumulativa do crédito presumido c om odiferimento parcial de que trata o art. 108.

Diante do exposto, faz os seguintes questionamentos :

1. quando do c álculo do imposto antecipado, de quetratam o § 7º do art. 5º e o art. 13-A do Regulamen to do ICMS,deverá ser levado em conta o diferimento parcial pr evisto no art.108?

2. Poderá ser abatido do ICMS devido pelas saídas ovalor do imposto antecipadamente recolhido, ainda que aconsulente seja optante pelo crédito presumido de q ue trata oitem 37 do Anexo III do Regulamento do ICMS?

3. Que carga tributária efetiva incidirá nas operaç õesalcançadas pelo crédito presumido de que trata o it em 37 do AnexoIII d o Regulamento do ICMS: 4,25% ou 2,833475% (4,25% di feridoparcialmente em 33,33%)?

RESPOSTA

Com fundamento no § 6º do art. 5º da Lei n.11.580/1996, acrescentado pela Lei n. 17.444/2012, previu-se apossibilidade de exigência antecipada do imposto co rrespo ndente àdiferença entre as alíquotas interna e a interestad ual, nasaquisições de mercadorias em operações interestadua is,implementada no Regulamento do ICMS nos seguintes t ermos, com asdevidas alterações:

“CAPÍTULO III

DO FATO GERADOR

Art. 5º Consider a-se ocorrido o fato gerador do imposto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

(...)

§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, relativamente a operações que tenham orige m

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em outra unidade federada, observado o disposto no art. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

(...)

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo contribuinte ou peloresponsável solidário, no momento da entrada no ter ritórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas intern a e interestadual, aplicada sobre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduais s ujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regime dasubstituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferimento parcial de quetrata o art. 108.

§ 2º Tratando-se de contribuinte sujeito ao regime normal deapuração, em substitu ição ao pagamento do imposto no momentoda entrada dos bens ou das mercadorias no territóri oparanaense, o imposto devido poderá ser lançado emconta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entra da damercadoria no Estado.

§ 3º O imposto lançado na forma d o § 2º poderá serapropriado como crédito pelo estabelecimento destin atárioenquadrado no regime normal de apuração juntamente com oimposto destacado no documento fiscal.

§ 4º Tratando-se de contribuinte optante pelo Simpl esNacional, o imposto devido dev erá ser declarado na formadisposta no art. 10-C do Anexo VIII deste Regulamen to e pagoem GR-PR ou GNRE até o dia três do segundo mês subs equenteao da entrada da mercadoria no Estado (art. 21-B da Lei

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Complementar Federal n. 123, de 14 de dezembro de 2 006).”.

Para determinação do valor do imposto a ser recolhi doantecipadamente, levar-se-á em conta as hipóteses d e isenção, deredução na base de cálculo e do diferimento parcial de que tratao art. 108, conforme estabelece o inciso III do § 1 º do art.13-A, ambos do Regulamento do ICMS. Portanto, nesse caso , deveráser considerada a carga tributária aplicável nas op eraçõesinternas.

No que tange aos questionamentos vinculados ao créd itopresumido, transcreve-se o disposto no item 37 do A nexo III doRegulame nto do ICMS:

“ANEXO III – DO CRÉDITO PRESUMIDO

(a que se refere o parágrafo único do art. 4º desteRegulamento)

ITEM DISCRIMI NAÇÃO

(...) (...)

37 Ao estabelecimento industrial, nas sa ídas de produtosindustrializados em que, no mínimo, 75% (setenta e cinco porcento) do custo da matéria-prima utilizada em sua f abricaçãodecorra da aquisição de MATERIAL RECICLADO DE PAPEL , DEPAPELÃO, DE PLÁSTICO OU DE RESÍDUOS PLÁSTICOS ORIUN DOS DARECICLAGEM DE PAPEL E DE PLÁSTICO, em percentual que r esultena carga tributária de 4,25% (quatro inteiros e vin te ecinco centésimos por cento).

Notas:

1. o benefício previsto neste item:

1.1. será apropriado em substituição ao aproveitame nto dequaisquer cr éditos fiscais decorrentes da aquisição dematérias-primas e dos demais insumos utilizados nafabricação desses produtos, bem como dos serviços t omados,na proporção do valor dessas saídas sobre o valor t otal dasoperações do estabelecimento, exce to em relação aos créditosrelativos à aquisição de energia elétrica e de bensdestinados ao ativo imobilizado;

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1.2. aplica-se cumulativamente com o diferimento pa rcial deque trata o art. 108 deste Regulamento.

1.3. fica limitado a que o total dos c réditos doestabelecimento não exceda o total dos débitos no períodode apuração;

2. na hipótese de o total dos créditos exceder o to tal dosdébitos, o estabelecimento deverá efetuar o estorno da partedo crédito presumido correspondente ao valor do sal do credorapurado.”.

No caso de a consulente preencher os requisitos par afruição desse benefício, a carga tributária deve re sultar nopercentual 4,25%.

Posto isso, em relação às questões suscitadas pelaconsulente, tem-se que:

1. quanto ao cálculo do imp osto antecipado de quetratam o § 7º do art. 5º e art. 13-A do Regulamento do ICMS, aconsulente, ao adquirir bens ou mercadorias destin adas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utra unidadefederada e submetidos à alíquota de 4% deverá r ecolher, a títulode antecipação do imposto, o valor resultante da ap licação dadiferença entre as alíquotas interna e a interestad ual, sobre ovalor da operação constante no documento fiscal, de vendo, parafins de definição da carga tributária interna, co nsiderar ashipóteses de isenção, redução na base de cálculo e dodiferimento parcial de que trata o art. 108 do Regu lamento doICMS, conforme o segundo procedimento apresentado p elaconsulente, devendo, portanto, aplicar o percentual dodiferimento parci al sobre a alíquota interna, e do resultadosubtrai-se a alíquota interestadual;

2. em relação ao valor recolhido a título deantecipação do imposto deve ser observado o dispost o no art. 69-Ado Regulamento do ICMS, acrescentado à norma regula mentar peloDecreto n. 5.063, de 15 de setembro de 2016.

3. a parcela do crédito presumido será determinada a

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partir da alíquota aplicável à operação, levando-se em conta quea carga tributária deve equivaler a 4,25%; assim, e m se tratandode uma operação interna desti nada a contribuinte, submetida àalíquota de 18%, e ao diferimento parcial de 33,33% previsto noinciso I do art. 108 do Regulamento do ICMS, que re sulta em cargatributária de 12% e cujo montante correspondente de verá serdestacado no documento fiscal que documenta a operação, a parcelado credito presumido corresponderá a 64,583% desse valor, devendoser observado o disposto na subnota 1.3 e na nota 2 , ambos doitem 37 do Anexo III, e os esclarecimentos disposto s no art.69-C, do Regulamento do ICMS.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, queprevê o prazo de até quinze dias para a adequação d e seusprocedimentos já realizados a o ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.276.327-3.

CONSULTA Nº: 149, de 8 de novembro de 2016.

CONSULENTE: Z3 HOSPITALAR LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. DESINFETANTE.INAPLICABILIDADE.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com a atividade principal decomércio atacadista de instrumentos e materiais par a uso médico,cirúrgico, hospitalar e de laboratórios, esclarece que opera nadistribuição, importação e exportação de produtos b iológicos,nutrições p arenterais, produtos de higienização hospitalar,produtos médicos, próteses e artigos de ortopedia, dentre outros.

Expõe que comercializa o produto “OptgermR ppt”,classificado no código NCM 3808.94.19, utilizado pa ra limpeza edesinfecção de pisos e pared es e demais superfícies fixas dehospitais, clínicas, ambulatórios, laboratórios de análises eoutros estabelecimentos de assistência à saúde.

Menciona que o referido produto não contém hipoclor itode sódio na sua formulação, conforme rótulo que ane xa, e que estáinserido, segundo a Tabela do IPI, na subposição NC M 3808.94 –Desinfetantes.

Questiona se o referido produto se encontra submeti do àsubstituição tributária de que trata o art. 142 do Anexo X doRegulamento do ICMS, nas operações oriundas do Esta do de SãoPaulo, haja vista que o código NCM 3808.94.19 está relacionado naposição 1 do art. 144 do mesmo anexo, com a descriç ão “águasanitária, branqueador ou outros alvejantes”.

RESPOSTA

Os dispositivos regulamentares antes citados assimdispõ em:

“Art. 142. Ao estabelecimento industrial fabricante ,

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importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 144 com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situa dos no território paranaense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICMS rel ativo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica t ambém atribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados de Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Protocolos ICMS 197/2009, 111/2013, 121/ 2013 e153/2013).

...

Art. 144. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

Posição

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

1 11.001.00

2828.90.11

2828.90.19

3206.41.00

3808.94.19

Águasanitária,branqueadorou outrosalvejantes

...”

Transcreve-se, também, a descrição contida naNomenclatura Comum do Mercosul (NCM) para a posição 38.08 e,especificamente, para a subposição 3808.94:

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38.08 Inseticidas, rodenticidas,fungicidas, herbicidas,inibidores de germinação ereguladores de crescimento paraplantas, desinfetantes eprodutos semelhantes,apresentados em formas ouembalagens para venda a retalhoou como preparações ou aindasob a forma de artigos, taiscomo fitas, mechas e velassulfuradas e papel

... ...

3808.94 -- Desinfetantes

3808.94.1 Apresentados em formas ouembalagens exclusivamente parauso direto em aplicaçõesdomissanitárias

3808.94.11 Que contenham bromometano(brometo de metila) oubro moclorometano

3808.94.19 Outros

Ex 01 - Com propriedadesacessórias odoríferas oudesodorizantes de ambientes,apresentados em embalagem tipoaerossol

Ex 02 - À base de hipocloritode sódio

3808.94.2 Apresentados de outro modo

Conforme reiteradamente mani festado pelo SetorConsultivo, submetem-se à substituição tributária o s produtos

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inseridos, simultaneamente, na descrição e no códig o NCMindicados na norma regulamentar que prevê o regime,ressalvando-se que a classificação de mercadorias n a NCM é deresp onsabilidade do contribuinte, que, em caso de dúvid a, devedirimi-la perante à Secretaria da Receita Federal d o Brasil.

Relativamente aos produtos classificados no código3808.94.19 da NCM, verifica-se que a descrição cont ida na posição1 do art. 144 do An exo X do Regulamento do ICMS aprovado peloDecreto n. 6.080/2012 compreende, além da água sani tária, osbranqueadores e outros alvejantes, produtos que se destinam àlimpeza de roupas ou de superfícies em geral, mas n ão alcançaaqueles desenvolvidos para a uso na desinfecção de pisos, paredese outras superfícies de ambientes hospitalares e si milares.

Registre-se que, até 31 de dezembro de 2015, osdesinfetantes apresentados em quaisquer formas ou e mbalagens,classificados na subposição 3808.94, compreendia m o item 13 doart. 144 do Anexo X do Regulamento do ICMS, que foi suprimido databela de que trata esse artigo pela alteração prom ovida peloDecreto n. 3.530, de 22 de fevereiro de 2016, edita do emdecorrência do Convênio ICMS 92/2015, que estabelec eu asistemática de uniformização e identificação das mer cadoriaspassíveis de sujeição a tal regime.

Portanto, a partir de 1º.1.2016, data de vigência d oDecreto n. 3.530/2016, as operações com desinfetant es dasubposição 3808.94 da NCM, destinadas a revendedor es paranaenses,deixaram de se submeter à substituição tributária.

Ainda, por meio do art. 2º do referido decreto, for amconvalidados os procedimentos adotados nas operaçõe s realizadassob o regime de substituição tributária ou em conso nância com asregras até então vigentes, no período de 1º de janeiro a 22 defevereiro de 2016, data da sua publicação.

Caso a consulente tenha procedido de forma diversa,menciona-se que o artigo 664 do RICMS prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procediment os já realizados ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.178.959-7.

CONSULTA Nº: 150, de 8 de novembro de 2016.

CONSULENTE: MADONNA IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO DE ALIMENTOS LTDA.

ASSUNTO: ICMS. IMPORTAÇÃO POR CONTA E ORDEM.SUBSTITUTO TRIBUTÁRIO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de carnes bovinas e suínas e de rivados, aduzque também atua na importação de mercadorias por co nta e ordem deterceiros.

Afirma que, não obstante, nessa modalidade deimportação, efetu e o pagamento da mercadoria ao fornecedorestrangeiro por conta e ordem de terceiro, esse fat o não tem ocondão de caracterizar a operação como por ela prat icada, mas simentre o fornecedor estrangeiro e o adquirente, pois é desse quese originam os recurs os financeiros para pagamento da operação.

Reporta-se ao regime da substituição tributária eafirma que, na hipótese de ser de sua responsabilid ade a retençãodo imposto relativamente às operações subsequentes, a importaçãopor conta e ordem de terceiros ficaria impraticável, pois o ICMSdeve ser retido quando da saída da mercadoria de se uestabelecimento e novamente retido quando da venda dessas mesmasmercadorias para outras unidades federadas. Alega q ue, nessasituação, haverá pagamento em duplicidade d o imposto.

Defende que o real importador é o adquirente damercadoria, pois dele se originam os recursos finan ceirosnecessários para pagamento da compra e dos tributos e despesasdecorrentes da importação.

Questiona se está correto o seu entendimento de que nãoé devida a retenção do imposto por substituição tri butária quandoda operação de saída da mercadoria de seu estabele cimento comdestino à encomendante da importação.

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RESPOSTA

A matéria questionada já foi objeto de análise peloSetor Consultivo, que se manifestou no sentido de que écontribuinte do imposto a pessoa física ou jurídica que efetua aimportação para qualquer fim, bem como é o responsá vel pelaretenção do imposto devido pelo regime da substitui ção tributárianas operações que tenham co mo destino estabelecimento revendedor,conforme se infere de excertos da Consulta n. 22, d e 15 de marçode 2011:

CONSULTA Nº: 22, de 15 de março de 2011

[...]

A consulente, afirmando ter como atividade a import ação eexportação de mercadorias em geral, imp ortação por conta eordem de terceiros e representação comercial, reque resclarecimentos acerca da legislação do ICMS do Est ado doParaná nas operações de importação por conta e orde m deterceiros.

[...]

Assim, expõe e indaga:

a) observa que se o imposto d evido por substituiçãotributária (ST) for recolhido pelo prestador de ser viço,fica prejudicada a importação de pneumáticos pelos portos doParaná, tendo em vista que as empresas importadoras(prestador de serviço/consulente) terão que recolhe r o ICMSrel ativo à ST e, também, quando da venda dessas mercad oriaspara outros Estados, observando-se a regra da subst ituiçãotributária se destinadas a consumidores finais ou arevendedores, ocorrendo, nesse caso, uma bitributaç ão.Ressalta que a possibilidade de r eembolso do crédito pago amaior seria inviabilizada pelo fluxo de caixa, pelo custofinanceiro e pela venda de concorrentes de outros E stados.

Assim, ao considerar que na importação ocorre atransferência de mercadoria (do importador por cont a e ordempar a a adquirente - real compradora da mercadoria) e a venda

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acontece apenas na segunda etapa, na qual a adquire nteacrescenta, também, a margem de lucro, questiona se deverecolher o imposto a título de substituição tributá ria naimportação de pneumáticos po r conta e ordem de terceiros.

[...]

RESPOSTA

O Setor Consultivo, acerca dessa matéria, inferiu d e formadiversa ao entendimento da consulente, nos termos d aresposta à Consulta n. 97/2010, de 7 de dezembro de 2010,concluindo ser contribuinte a pessoa f ísica ou jurídica queefetua a importação para qualquer fim. Seguem excer tos:

“CONSULTA Nº: 97, de 7 de dezembro de 2010

[....]

O Setor Consultivo já há muito se manifesta sobreo tema, conforme se pode observar pela Consultan. 010/1999,[...]

A consulente , no caso, é contribuinte do impostoestadual, é inscrita no CAD/ICMS, é importador,ainda que o seja por conta e ordem de outrem,realiza fato gerador do imposto quando efetua odesembaraço da mercadoria ou bem que importa doexterior, e o faz pelo territ ório paranaense, porisso, deve recolher para o Estado do Paraná oICMS devido nas operações de importação que dessaforma realize.”

Assim, do que prescreve a legislação tributária econforme ratificou o Setor Consultivo, oimportador, ainda que por conta e ordem deterceiros, é o contribuinte do imposto e praticao fato gerador. Restam prejudicadas, logo, asindagações sobre procedimentos da consulente nacondição equivocada de ser somente prestadora deserviços ao realizar a importação por conta eordem de terceiros.

Nessa circunstância, portanto, a consulente é a

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responsável pelo recolhimento do imposto devido atítulo de substituição tributária na saída arevendedores situados em territórioparanaense[...]

Posto isso, responde-se que está equivocado oentendimento manifestado pela consulente, pois é o importador damercadoria, mesmo que por conta e ordem de terceiro s, e nessacondição a legislação do ICMS o elege como substitu to tributárioquando realiza operações de saídas de mercadorias c om destino aestabelecimentos revendedores.

Por fim, sublinhe-se que, não haverá pagamento emduplicidade do imposto, na hipótese de o contribuin te substituídoefetuar operação interestadual com a mesma mercador ia que teve oimposto anteriormente retido pelo regime de substituiçãotributária, pois poderá recuperar ou ressarcir o im postocorrespondente às etapas que não ocorreram em terri tórioparanaense, nos termos do art. 5º do Anexo X do RIC MS:

Art. 5.º Caso o contribuinte substituído venha a pr omoveroperação intere stadual com mercadoria cujo ICMS foi retido,poderá, proporcionalmente às quantidades saídas, re cuperarem conta-gráfica ou ressarcir-se, junto a qualquerestabelecimento de fornecedor que seja eleito subst itutotributário, da diferença entre o valor do im posto da própriaoperação e o somatório do ICMS próprio do substitut otributário com o valor do ICMS retido, observado o seguinte(cláusula terceira, § 2º, do Convênio ICMS 81/1993) :

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na pres ente resposta, deverá a consulente observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.021.710-7.

CONSULTA Nº: 151, de 17 de novembro de 2016.

CONSULENTE: BLUM DO BRASIL INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE FERRAGENSLTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. PRODUTOSDESTINADOS AO SEGMENTO MOVELEIRO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, estabelecida no Estado de São Paulo e quetem por atividade econômica a fabricação, importaçã o e exportaçãode ferragens para móveis e de outros produtos vincu lados àindústria moveleira, esclarece que destina tais mer cadorias aindústrias e comerciantes varejistas desse segmento.

Relativamente às operações realizadas com contribui ntesparanaenses, expõe que, dentre os códigos NCM corre spondentes àsmercadorias submetidas à substituição tributária de que trata aSeção IV (Das Operações com Mat eriais de Construção, Acabamento,Bricolagem ou Adorno) do Anexo X do Regulamento do ICMS,relacionados no art. 21 do mesmo anexo, vários dele s se aplicam amercadorias que comercializa. Destaca, nesse sentid o, os itens2,4,10,13,40,50,51,61,62,64,69 e 74, com as respectivas NCM edescrição dos produtos, conforme apresentados no me ncionado art.21 com a redação vigente até 31.12.2015, antes das alteraçõesintroduzidas pelo Decreto n. 3.530/2016.

Manifesta o entendimento de que as operações quepratica, com produtos incluídos na tabela de que trata o art. 21do Anexo X, não estariam sujeitas à substituição tr ibutária,argumentando que seus clientes não atuam no setor d e construçãocivil.

Ainda, especificamente em relação aos códigos4016.93.00 e 8302.42.00 da NCM, alega que os produtos nelesenquadráveis não se submetem à substituição tributá ria, porque oConvênio ICMS 92/2015, que estabelece a sistemática deuniformização e identificação das mercadorias passí veis de

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enquadramento nesse regime, não relaciona t ais códigos.

Por fim, quanto às operações que destinam mercador iasa estabelecimentos industriais, para emprego no pro cesso deindustrialização, aduz que não estariam submetidas ao regime desubstituição tributária, em razão do disposto na Cl áusula segund ado Protocolo ICMS 71/2011.

Questiona se estão corretas suas conclusões.

RESPOSTA

Primeiramente, transcrevem-se os itens antesespecificados, todos do art. 21 do Anexo X do Regul amento doICMS, com a redação apresentada após a edição do De creto n.3.520, de 22.02.2016, mas que surtiu efeitos a partir de1º.1.2016, ressalvando-se que a responsabilidade pe laclassificação da mercadoria que comercializa na Nom enclaturaComum do Mercosul é da consulente:

"Art. 21. Nas operações com os produtos relacionado s, co msuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM NCM/SH DESCRIÇÃO

2 39.17 Tubos e seusacessórios (porexemplo: juntas,cotovelos, flanges,uniões), de plásticos,para uso na constr ução

4 39.19

39.20

39.21

Veda rosca, lonaplástica para uso naconstrução, fitasisolantes e afins(exceto produtos dosubitem 3921.90.20)

10 3926.90 Outras obras de

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plástico, para uso naconstrução

26 7217.10.90

73.12

Fios de ferro ou açonão ligados, nãorevestidos, mesmopolidos, cordas,cabos, tranças(entrançados), lingase artefatossemelhantes, de ferroou aço, não isoladospara usos elétricos

36 73.18 Parafusos, pinos oupernos, roscados,porcas, tira-fundos,ganchos roscados,rebites, chavetas,cav ilhas, contrapinos,arruelas (incluídas asde pressão) eartefatos semelhantes,de ferro fundido,ferro ou aço

37 73.26 Abraçadeiras

47 76.16 Outras obras dealumínio, própriaspara construção,incluídas as persianas

48 8302.41.00 Outras guarnições,ferrag ens e artigossemelhantes de metaiscomuns, paraconstruções, inclusivepuxadores

50 8302.10.00 Dobradiças de metaiscomuns, de qualquer

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tipo

53 84.81 Torneiras, válvulas(incluídas asredutoras de pressão eas termostáticas) edispositivossemelhantes, pa racanalizações,caldeiras,reservatórios, cubas eoutros recipientes

56 39.19 Chapas, folhas, tiras,fitas, películas eoutras formas planas,autoadesivas, deplásticos, mesmo emrolos, para uso naconstrução

Verifica-se da redação transcrita que, dentre os itensdo art. 21 do Anexo X mencionados pela consulente, foi suprimidoaquele que referenciava o código 4016.93.00 (item 1 3 da redaçãoanterior), além de ter sido excluída a posição 76.1 6 esubstituída a subposição 8302.4 pelo código 8302.41 .00, da NCM,no item que se reporta à descrição “outras guarniçõ es, ferragense artigos semelhantes de metais comuns, para constr uções,inclusive puxadores” (item 48 da redação atual e it em 62 daredação anterior).

As alterações mencionadas observam as disposições d oConvênio ICMS 92/2015, com vigência a partir de 1º. 1.2016, queestabeleceu a sistemática de uniformização e identi ficação dasmercadorias passíveis de sujeição ao regime da subs tituiçãotributária, tendo sido implementadas no Regulamento do ICMS peloDecre to n. 3.530/2016.

Assim, a partir de 1º.1.2016, não se submetem àsubstituição tributária disciplinada pelos artigos 19 a 21 doAnexo X do Regulamento do ICMS as mercadorias class ificadas nos

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códigos 4016.93.00 e 8302.42.00 da NCM, mas continu am submetidosa esse regime os produtos inseridos, simultaneament e, no código8302.41.00 e na descrição mencionados no item 48 do art. 21 desseanexo.

Menciona-se, por oportuno, que por meio do art. 2º doDecreto n. 3.530/2016 foram convalidados os procedi mentosadotad os nas operações realizadas sob o regime de substit uiçãotributária ou em consonância com as regras até entã o vigentes, noperíodo de 1º de janeiro a 22 de fevereiro de 2016, data da suapublicação.

Ainda, registre-se que continuam submetidos àsubstituiçã o tributária os produtos classificados no código4016.93.00, que atendam à descrição “juntas, gaxeta s e outroselementos com função semelhante de vedação”, quando desenvolvidospara uso automotivo, em razão de constarem no item 7 do art. 97do Anexo X do R egulamento do ICMS, que relaciona as mercadoriasdo segmento de autopeças submetidas a esse regime.

No que diz respeito à destinação e utilização dasmercadorias, para efeitos de determinação de seu en quadramento,ou não, na substituição tributária relativ a ao segmento demateriais de construção e congêneres, reafirma-se a s conclusõesreiteradamente manifestadas pelo Setor Consultivo:

1. a expressão “Materiais de construção, acabamento ,bricolagem ou adorno” de que trata a Seção IV, bemcomo o “caput” do ar t. 19, todos do Anexo X doRegulamento do ICMS, tem aplicação meramentedenominativa, sendo irrelevante para efeitos dedeterminação dos produtos sujeitos à substituiçãotributária;

2. estando a mercadoria inserta, por sua descrição epor sua classificação na NCM, no art. 21 do Anexo Xdo RICMS, independentemente de ter uso efetivo naconstrução civil, estará sujeita ao regime desubstituição tributária; regra da qual seexcepcionam somente as mercadorias para as quais anecessária utilização na construção civil, mesmo

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que não exclusivamente, esteja especificamenteexpressa no item desse artigo, tais como ocorre nositens 2,4,10,47,48 e 56, antes transcritos;

3. em relação aos itens em que estão indicados osdígitos correspondentes à posição ou à subposiçãoNCM, e como descrição da mercadoria o respectivotítulo da posição ou da subposição apresentada namesma norma, todas as mercadorias nelasenquadráveis estão sujeitas à substituiçãotributária.

Nesses termos, expõe-se que está parcialmente corre to oentend imento manifestado pela consulente, haja vista que, para osprodutos desse segmento, apenas em relação àqueles em queespecificado no respectivo item o uso em construção civil, deveser levado em consideração o fim para o qual foi de senvolvido. Emrelação aos demais, desde que insertos no código NCM e nadescrição correspondente, encontram-se submetidos à substituiçãotributária (precedentes: Consultas n. 46/2016, n. 1 07/2014, n.40/2014, dentre outras).

Por fim, quanto às operações destinadas aestabeleci mentos industriais que adquiram mercadorias paraemprego no processo de industrialização, confirma-s e que descabeà consulente efetuar a retenção do ICMS relativo às operaçõessubsequentes, porquanto o adquirente não irá comerc ializar taisprodutos, mas aq ueles resultantes de seu processo produtivo(precedente: Consultas n. 91/2012, n. 43/2013 e n. 20/2014).

Caso a consulente tenha procedido de forma diversa,menciona-se que o artigo 664 do RICMS prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procedi mentos já realizados ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.124.211-3.

CONSULTA Nº: 152, de 10 de novembro de 2016.

CONSULENTE: IRMÃOS LEITOLES LTDA.

SÚMULA: ICMS. SIMPLES NACIONAL. PREPARAÇÃO DE PRODUTOSVEGETAIS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, empresa optante pelo regime do Simple sNacional e cadastrada na atividade de fabricação de conservas defrutas, informa que fabrica doce de banana em pasta .

Reporta-se ao Convênio ICMS 149/2015 e ao inciso IV doart. 12 do Anexo X do Regulame nto do ICMS, introduzido peloDecreto n. 3.207, de 23 de dezembro de 2015, com ef eitos a partirde 1º de janeiro de 2016, que estabelecem a exclusã o de algumasmercadorias do regime de substituição tributária, d entre elas, aspreparações de produtos vegeta is, para sustentar que, por atenderaos requisitos estabelecidos nessas regras, as oper ações querealiza com doces de banana em pasta não se sujeita m a talregime.

Questiona se está correto o seu entendimento e, cas o aresposta seja afirmativa, quais dado s deverão ser consignados nanota fiscal para informar esse fato.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se excertos da LeiComplementar n. 123/1996 e do Anexo X do Regulament o do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS/2012), p ertinentes àmatéria em análise:

LEI COMPLEMENTAR N. 123/2006

“Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhiment o mensal,mediante documento único de arrecadação, dos seguin tesimpostos e contribuições:

(...)

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§ 1º O recolhimento na forma deste artigo não exclu i ainc idência dos seguintes impostos ou contribuições, de vidosna qualidade de contribuinte ou responsável, em rel ação aosquais será observada a legislação aplicável às dema ispessoas jurídicas:

(...)

XIII - ICMS devido:

a) nas operações sujeitas ao regime de s ubstituiçãotributária, tributação concentrada em uma única eta pa(monofásica) e sujeitas ao regime de antecipação dorecolhimento do imposto com encerramento de tributa ção,envolvendo combustíveis e lubrificantes; energia el étrica;cigarros e outros produ tos derivados do fumo; bebidas; óleose azeites vegetais comestíveis; farinha de trigo e misturasde farinha de trigo; massas alimentícias; açúcares; produtoslácteos; carnes e suas preparações; preparações à b ase decereais; chocolates; produtos de padari a e da indústria debolachas e biscoitos; sorvetes e preparados para fa bricaçãode sorvetes em máquinas; cafés e mates, seus extrat os,essências e concentrados; preparações para molhos e molhospreparados; preparações de produtos vegetais; raçõe s paraanim ais domésticos; veículos automotivos e automotores, suaspeças, componentes e acessórios; pneumáticos; câmar as de are protetores de borracha; medicamentos e outros pro dutosfarmacêuticos para uso humano ou veterinário; cosmé ticos;produtos de perfumaria e de higiene pessoal; papéis;plásticos; canetas e malas; cimentos; cal e argamas sas;produtos cerâmicos; vidros; obras de metal e plásti co paraconstrução; telhas e caixas d’água; tintas e verniz es;produtos eletrônicos, eletroeletrônicos e eletrodom éstico s;fios; cabos e outros condutores; transformadores el étricos ereatores; disjuntores; interruptores e tomadas; iso ladores;para-raios e lâmpadas; máquinas e aparelhos dear-condicionado; centrifugadores de uso doméstico; aparelhose instrumentos de pesage m de uso doméstico; extintores;aparelhos ou máquinas de barbear; máquinas de corta r ocabelo ou de tosquiar; aparelhos de depilar, com mo torelétrico incorporado; aquecedores elétricos de água para usodoméstico e termômetros; ferramentas; álcool etílic o; sabões

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em pó e líquidos para roupas; detergentes; alvejant es;esponjas; palhas de aço e amaciantes de roupas; ven da demercadorias pelo sistema porta a porta; nas operaçõ essujeitas ao regime de substituição tributária pelasoperações anteriores; e nas pr estações de serviços sujeitasaos regimes de substituição tributária e de antecip ação derecolhimento do imposto com encerramento detributação; (Redação dada pele Lei Complementar nº 147, de2014)

(...)

§ 7º O disposto na alínea a do inciso XIII do § 1 o serádisciplinado por convênio celebrado pelos Estados e peloDistrito Federal, ouvidos o CGSN e os representante s dossegmentos econômicos envolvidos. (Incluído pela LeiComplementar nº 147, de 2014)

§ 8º Em relação às bebidas não alcóolicas, massasali mentícias, produtos lácteos, carnes e suas preparaç ões,preparações à base de cereais, chocolates, produtos depadaria e da indústria de bolachas e biscoitos, pre paraçõespara molhos e molhos preparados, preparações de pro dutosvegetais, telhas e outros pr odutos cerâmicos para construçãoe detergentes, aplica-se o disposto na alínea a do incisoXIII do § 1º aos fabricados em escala industrial re levanteem cada segmento, observado o disposto no §7º. (Inc luídopela Lei Complementar nº 147, de 2014)”

RICMS/20 12

“ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES COMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

SEÇÃO I

DAS DISPOSIÇÕES COMUNS À SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA NA SOPERAÇÕES COM MERCADORIAS

(...)

Art. 12. Não se aplica o disposto neste Anexo:

(...)

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IV - às operaçõe s com as seguintes mercadorias ou bens, sefabricados em escala industrial não relevante em ca dasegmento nos termos do § 8º do art. 13 da Lei Compl ementarFederal n. 123, de 14 de dezembro de 2006 (Convênio ICMS149/2015):

a) bebidas não alcoólicas;

b) ma ssas alimentícias;

c) produtos lácteos;

d) carnes e suas preparações;

e) preparações à base de cereais;

f) chocolates;

g) produtos de padaria e da indústria de bolachas ebiscoitos;

h) preparações para molhos e molhos preparados;

i) preparações de produtos vegetais;

j) telhas e outros produtos cerâmicos para construç ão;

k) detergentes.

(...)

§ 4º A mercadoria ou bem a que se refere o inciso I V do"caput":

I - será considerado fabricado em escala industrial nãorelevante quando produzido por contribuinte que atender,cumulativamente, as seguintes condições:

a) ser optante pelo Simples Nacional;

b) auferir, nos últimos 12 (doze) meses, receita br uta igualou inferior a R$ 180.000,00 (cento e oitenta mil re ais);

c) possuir estabelecimento único.

II - deixa de s er considerado como fabricado em escala não

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relevante quando o contribuinte não atender qualque r dascondições previstas no inciso I, hipótese em que asoperações com a mercadoria ou bem ficam sujeitas ao regimeda substituição tributária a partir do prime iro dia dosegundo mês subsequente ao da ocorrência.”

Embora a consulente não tenha informado a classific açãodo produto que fabrica na Nomenclatura Comum do Mer cosul - NCM,pela descrição por ela informada, presume-se que se classifiquena posição 20.07 , constante no Capítulo 20 da Tabela do IPI –TIPI, que trata das preparações de produtos hortíco las, de frutasou de outras partes de plantas, sujeito, portanto, à substituiçãotributária, conforme previsão no art. 135 do Anexo X doRICMS/2012, in verbis :

TIPI

Capítulo 20

Preparações de produtos hortícolas, de frutas ou de outraspartes de plantas

NCM DESCRIÇÃO

20.07 Doces, geleias,marmelades, purês epastas de frutas,obtidos por cozimento,com ou sem adição deaçúcar ou de outrosedulcorantes.

2007.10 .00 - Preparaçõeshomogeneizadas

2007.9 - Outros:

2007.91.00 -- De frutos cítricos

2007.99 -- Outros

2007.99.10 Geleias e

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marmelades

2007.99.90 Outros

RICMS/2012

ANEXO X – DA SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA EM OPERAÇÕES C OMMERCADORIAS E PRESTAÇÕES DE SERVIÇO

(...)

SEÇÃO XXXIV

DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

(...)

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

(...)

X - produtos hortícolas e frutas:

POSIÇÃO NCM/SH DESCRIÇÃO

(...) (...) (...)

7 20.07 Doces, geléias,"marmelades", purêse pastas de frutas,obtidos porcozimento, com ousem adição de açúcarou de outrosedulcorantes, emembalagens deconteúdo infer ior ouigual a 1 kg, excetoas embalagensindividuais deconteúdo igual ouinferior a 10 gramas

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Da análise das mercadorias listadas no inciso IV doart. 12 do Anexo X do RICMS/2012, conclui-se que o produtofabricado pela consulente se enquadra na alínea “ i” - preparaçõesde produtos vegetais.

Logo, caso a consulente atenda a todos os requisito sprevistos no § 4º do art. 12 do Anexo X do RICMS/20 12, restaafastado o regime da substituição tributária para o produto “docede banana em pasta” por ela fabricad o.

Por fim, com relação à nota fiscal, deve a consulen tefazer constar a informação quanto à não sujeição a tal regime emdecorrência do previsto no art. 12 do Anexo X do RI CMS/2012.

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PROTOCOLO: 14.147.114-7.

CONSULTA Nº: 153, de 10 de novembro de 2016

CONSULENTE: SLR COMÉRCIO DE VEÍCULOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. VENDA PRESENCIAL A CONSUMIDOR FINALDOMICILIADO EM OUTRO ESTADO. OPERAÇÃO INTERNA.

RELATORA: BEATRIZ C. LANGIANO GEISER

A consulente, cadastrada na atividade de comérciovarejista de automóveis, camionetas e utilitários, informa que,dentre suas atividades, revende veículos a adquiren tesconsumidores finais domiciliados em outra unidade f ederada, queos retira diretamente e m seu estabelecimento. Da mesma forma,expõe que presta serviços de manutenção automotiva a veículoscujos proprietários também são domiciliados em outr as unidades daFederação.

Relativamente a essas operações, aduz ter dúvidasquanto ao diferencial de alí quotas devido à unidade federada dedomicílio do adquirente.

Questiona, ainda, quanto ao recolhimento do impostodevido por antecipação, nas aquisições interestadua is deautopeças sujeitas à alíquota de 4%.

RESPOSTA

Transcrevem-se os dispositivos do Regula mento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 (RICMS/2012) e os trechos doBoletim Informativo n. 29/2015, publicado em 13/8/2 015 no site daSecretaria de Estado da Fazenda, pertinentes aos qu estionamentosda consulente:

RICMS/2012

“Art. 5º Considera- se ocorrido o fato gerador do imposto nomomento (art. 5º da Lei n. 11.580/1996):

(...)

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§ 7º Será exigido o pagamento antecipado do impostocorrespondente à diferença entre as alíquotas inter na einterestadual, relativamente a operações que tenham origemem outra unidade federada, observado o disposto no a rt. 13-A(§ 6º do art. 5º da Lei n. 11.580, de 1996, com red ação dadapela Lei n. 17.444, de 27.12.2012).

(...)

Art. 13-A. Na hipótese do § 7º do art. 5º, o impost o a serrecolhido por antecipação, pelo co ntribuinte ou peloresponsável solidário, no momento da entrada no ter ritórioparanaense de bens ou mercadorias destinadas àcomercialização ou à industrialização oriundos de o utraunidade federada, corresponderá à diferença entre a salíquotas interna e in terestadual, aplicada sobre o valor daoperação constante no documento fiscal.

§ 1º O disposto neste artigo:

I - somente se aplica às operações interestaduais s ujeitas àalíquota de 4% (quatro por cento);

II - não se aplica às operações submetidas ao regim e dasubstituição tributária;

III - deverá considerar as hipóteses de isenção e d e reduçãona base de cálculo, bem como do diferimento parcial de quetrata o art. 108.

§ 2º Tratando-se de contribuinte sujeito ao regime normal deapuração, em substituição a o pagamento do imposto no momentoda entrada dos bens ou das mercadorias no territóri oparanaense, o imposto devido poderá ser lançado emconta-gráfica no próprio mês em que ocorrer a entra da damercadoria no Estado.

§ 3º O imposto lançado na forma do § 2º poderá serapropriado como crédito pelo estabelecimento destin atárioenquadrado no regime normal de apuração juntamente com oimposto destacado no documento fiscal.

(...)

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Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o caso e deacordo com a Nomenclatura C omum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pela Lei n. 16.016/2008):

(...)

§ 13 São internas as operações com mercadorias entr egues aconsumidor final não contribuinte do imposto no t erritóriodeste Estado , independentemente do seu domicílio ou da suaeventual inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS emoutra unidade federada.”

(...)”

BOLETIM INFORMATIVO N. 29/2015

“Esclarecimentos sobre os Decretos n. 442/2015 e n. 953/2015

Recolhimento de 8% nas aqu isições interestaduais de bens emercadorias importados, sujeitas à alíquota de 4% ( quatropor cento), destinados à comercialização ou àindustrialização, com o objetivo de igualar a cargatributária àquela exigida nas aquisições internas d os mesmosprodut os.

1. O imposto a ser recolhido, regra geral, deve cor responderao percentual de 8% (12% - 4%).2. Não haverá recolh imento naaquisição interestadual de mercadoria que na operaç ãointerna de aquisição esteja alcançada pela isenção.

3. Nos demais casos, in clusive quando não for aplicado odiferimento parcial, deverá ser verificada a cargatributária interna da operação de aquisição com o m esmoproduto.

4. Para o contribuinte optante pelo Simples Naciona l, orecolhimento poderá ser efetuado em GR-PR até o 20 º(vigésimo) dia do mês subsequente ao da entrada damercadoria no Estado.

(...)”

Segundo esclarece o § 13 do art. 14 do RICMS/2012, são

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consideradas internas as operações com mercadorias entregues aconsumidor final não contribuinte do imposto no ter rit ório desteEstado, independentemente do seu domicílio.

Dessa forma, as “vendas no balcão” ou “vendaspresenciais” ocorridas no estabelecimento da consul ente situadono Paraná são caracterizadas como operações interna s, seja qualfor o domicílio dos consumi dores finais adquirentes dasmercadorias, não sendo devido, portanto, o diferenc ial dealíquotas à unidade federada de domicílio do adquir ente.

Portanto, em relação às situações expostas pelaconsulente, por retratarem operações internas, não há diferencia lde alíquotas a ser recolhido.

Registra-se que, nessa situação, na hipótese de amercadoria se sujeitar à substituição tributária, n a nota fiscalque documentar a operação não haverá destaque de IC MS, poisrecolhido antecipadamente pelo referido regime.

Frisa-se, também, que, para os casos em que a entre gado veículo ao adquirente ocorra no estabelecimento paranaense,cabe à consulente adotar procedimentos que comprove m esse fato.

Com relação ao imposto a ser recolhido por antecipa çãonas aquisições inter estaduais de mercadorias sujeitas à alíquotade 4%, deverá ser observado o diferimento parcial d e que trata oart. 108 do RICMS/2012, por meio do qual fica reduz ida para 12% acarga tributária interna das mercadorias sujeitas à alíquota de18%, em conformi dade com o disposto no inciso III do § 1º do art.13-A da mesma norma regulamentar.

Ou seja, caso as mercadorias adquiridas pela consul enteem operações interestaduais tenham alíquota interna de 18%,submetem-se à carga tributária de 12%, em razão do aludi dodiferimento parcial.

Logo, para essas mercadorias, o percentual deantecipação do imposto é de 8%, resultado da difere nça entre acarga tributária interna (12%) e a alíquota interes tadual (4%),conforme explicitado no Boletim Informativo n. 29/2 015.

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Por fim, conforme o disposto no § 3º do art. 13-A doRICMS/2012, a consulente poderá apropriar como créd ito tanto oimposto devido por antecipação (8%), como aquele de stacado nodocumento fiscal (4%).

Destaca-se que, em se tratando de mercadoriasadquiridas sob o regime da substituição tributária, não seaplicam as regras de antecipação do imposto, confor me o inciso IIdo § 1º do art. 13-A do RICMS/2012.

No que estiver procedendo de forma diversa ao expos to,deverá a consulente observar o disposto no art. 664 doRICMS/2012, que prevê o prazo de até quinze dias pa ra a adequaçãodos procedimentos já realizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.084.885-9.

CONSULTA Nº: 154, de 22 de novembro de 2016.

CONSULENTE: ALIMENTOS JANDAIA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. CAPPUCCINO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com a atividade de fabrica çãode produtos alimentícios, informa que produz “cappu ccino”, o qualclassifica no código 2101.11.90 da NCM.

Aduz que esse produto se submetia à substituiçãotributária até 31 de dezembro de 2015, mas que , com a edição doDecreto n. 3.530, de 22.2.2016, com efeitos a parti r de1º.1.2016, passou a ter dúvidas a respeito de sua i nclusão noreferido regime, pois embora conste no Convênio ICM S 92/2015 umitem específico para “Preparações em pó para cappuc cino esimilares, em embalagens de conteúdo inferior ou ig ual a 500 g”,com indicação dos códigos NCM 1901.90.90, 2101.11.9 0 e2101.12.00, esse item não está relacionado no Anexo X doRegulamento do ICMS.

Em que pese tal fato, seu entendimento é de que oprodut o estaria inserido na posição 3 do inciso XI do art . 135 doAnexo X do Regulamento do ICMS, que faz referência à subposição2101.1 da NCM, com a descrição “Extratos, essências econcentrados de café e preparações à base desses ex tratos,essências ou concen trados ou à base de café, em embalagens deconteúdo inferior ou igual a 500 gramas”.

Nesses termos, questiona se o produto, que denomina de“cappuccino” e classifica no código 2101.11.90 da N CM, estáincluído na substituição tributária.

RESPOSTA

Prim eiramente, reafirma-se a orientação manifestadareiteradas vezes pelo Setor Consultivo, de que é do contribuintea responsabilidade pela classificação da mercadoria que

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comercializa nos códigos da Nomenclatura Comum do M ercosul (NCM),sendo a Secretaria da Receita Federal do Brasil o órgãoresponsável pelo esclarecimento de eventuais dúvida s.

Para análise da questão posta, considerando-se o có digoNCM mencionado pela consulente, transcreve-se a pos ição 3 doinciso XI do art. 135 do Anexo X do Regulamento d o ICMS, com aredação dada pelo Decreto n. 3.530/2016, ressalvand o-se que amesma posição NCM e descrição da mercadoria corresp ondiam, naredação vigente até 31.12.2015, ao item 7 do mesmo dispositivoregulamentar:

“Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

...

XI - outros:

POSIÇÃO NCM/SH DESCRIÇÃO

... ... ...

3 2101.1 Extratos, essênciase concentrados decafé e prep araçõesà base dessesextratos, essênciasou concentrados ouà base de café, emembalagens deconteúdo inferiorou igual a 500gramas

Transcreve-se, ainda, a descrição dada à subposição2101.1 pela Nomenclatura Comum do Mercosul:

NCM DESCRIÇÃO

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21.01 Extra tos, essências econcentrados de café,chá ou mate epreparações à basedestes produtos ou àbase de café, chá oumate; chicória torradae outros sucedâneostorrados do café erespectivos extratos,essências econcentrados.

2101.1 - Extratos, essências econcentrados de café epreparações à basedestes extratos,essências ouconcentrados ou à basede café:

2101.11 -- Extratos, essênciase concentrados

2101.11.10 Café solúvel, mesmodescafeinado

2101.11.90 Outros

2101.12.00 -- Preparações à basede extratos, essênciasou concentrados ou àbase de café

Verifica-se que a redação correspondente à subposiç ão2101.1 na NCM equivale à descrição da mercadoria co mo apresentadana posição 3 do inciso XI do art. 135 antes transcr ito.

Logo, observados os critérios e as normas deenquadramento utilizados pela Secretaria da Receita Federal,todos os produtos classificados nessa subposição es tão submetidos

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à substituição tributária, não tendo as alterações promovidas noRegulamento do ICMS pelo Decreto n. 3.530/2016 modi fi cado taldisposição (precedente: Consulta n. 107/2016).

Por seu turno, as “preparações em pó para cappuccin o esimilares, em embalagens de conteúdo inferior ou ig ual a 500 g”que se enquadrarem no código 1901.90.90 da NCM, nos termos daSolução de Consulta DIANA/SRRF09 n. 60, de 14 de abril de 2003,expedida pela Secretaria da Receita Federal do Bras il, não estãosubmetidos à substituição tributária nas operações destinadas arevendedores paranaenses, pois, embora tais produto s constemrelacionados no Conv ênio ICMS 92/2015 e no Anexo XIII doRegulamento do ICMS, não foram inseridos no Anexo X dessa mesmanorma regulamentar.

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PROTOCOLO: 14.033.030-2.

CONSULTA Nº: 155, de 22 de novembro de 2016.

CONSULENTE: A. J. RORATO & CIA. LTDA.

SÚMULA: ICMS. CRÉDITO HABILITADO NO SISCRED. LIMITESPARA TRANSFERÊNCIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, informando que tem como atividadepreponderante a de fabricação de móveis e de pias p ara cozinha,requer esclarecimentos acerca do disposto no art. 4 5 doRegulamento do ICMS, após as alterações introduzida s em suaredação pelos Decretos n. 2. 865, de 24.11.2015, e n. 3.488, de18.2.2016.

Com fundamento na nova redação contida no inciso II I eno § 2º, do referido art. 45, na condição de destin atário decréditos acumulados, recebidos em transferência de outrasempresas, entende que deve observar, como limite máximo deapropriação mensal em conta-gráfica, o valor que re sultar damultiplicação do seu saldo devedor, relativo ao mes mo mês do anoanterior ao da apropriação, pelo percentual corresp ondente àfaixa em que se enquadre tal saldo devedor na Tabela I(Estabelecimentos Industriais) do inciso III, indep endentementeda atividade econômica do transferente.

Questiona se está correta sua conclusão.

RESPOSTA

O art. 45 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Dec reton. 6.080/2012, com as alterações pro movidas pelos Decretos n.2.865/2015 e n. 3.488/2016, assim dispõe:

“Art. 45. Para a transferência e a utilização de cr éditoacumulado dever-se-á observar o que segue:

I - o valor passível de habilitação não poderá ser superiorao saldo credor da EFD do ú ltimo mês do período de acúmulo,

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e deverá subsistir até a data do débito da nota fis cal deque trata o inciso II do §4º do art. 44;

II - para fins de apuração do valor do crédito acum uladopassível de transferência serão deduzidos os valore s doscréditos t ributários inscritos em dívida ativa, exceto osque sejam objeto de garantia administrativa ou judi cialcomprovada pelo interessado;

III - o destinatário do crédito acumulado recebido emtransferência de outra empresa deverá observar, com o limitemáximo de apropriação mensal em conta-gráfica, o valor queresultar da multiplicação do seu saldo devedor próp rio,relativo ao mesmo mês do ano anterior ao da apropri ação,pelo percentual correspondente à faixa em que se en quadretal saldo devedor nas tabelas a seg uir, conforme o caso:

SALDO DEVEDOR PRÓPRIO DO MESMO MÊS DO ANO ANTERIOR AO DAAPROPRIAÇÃO

(diferença positiva entre os débitos e créditos res ultantesda apuração do imposto)

Tabela I - Estabelecimentos Industriais

PERCENTUAL

Até R$ 20.000,00 100,00%

De R$ 20.001,00 até R$400.000,00

25,00%

De R$ 400.001,00 até R$1.000.000,00

15,00%

De R$ 1.000.001,00 atéR$ 5.000.000,00

13,00%

De R$ 5.000.001,00 atéR$ 50.000.000,00

5,00%

De R$ 50.000.001,00 atéR$ 80.000.000,00

3,00%

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De R$ 80.000.001,00 atéR$ 150.000.0 00,00

2,00%

Acima de R$150.000.000,00

0,50%

Tabela II - Demais estabelecimentos

PERCENTUAL

Até R$ 20.000,00 100,00%

De R$ 20.001,00 até R$400.000,00

25,00%

De R$ 400.001,00 até R$1.000.000,00

15,00%

De R$ 1.000.001,00 atéR$ 5.000.000,00

10,00%

De R$ 5 .000.001,00 atéR$ 50.000.000,00

5,00%

De R$ 50.000.001,00 atéR$ 80.000.000,00

2,00%

De R$ 80.000.001,00 atéR$ 150.000.000,00

1,00%

Acima de R$150.000.000,00

0,50%

(Nova redação dada ao inciso III do art. 45 peloart. 1º, alteração 837ª, do Decreto n. 2 .865, de24.11.2015, em vigor em 25.11.2015, produzindoefeitos a partir de 1º.1.2016.)

...

§ 2º Para fins do disposto no inciso III do “caput” ,

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considera-se crédito recebido de estabelecimentosindustriais, aquele habilitado por estabelecimentos cujassaí das de produtos neles industrializados represente, nomínimo, sessenta por cento do valor total das saída s demercadorias ocorridas no mesmo período do acúmulo d ocrédito.

(Nova redação do §2º do art. 45 dada pelo art.1°, alteração 963ª, do Decreto n. 3.4 88, de18.02.2016, produzindo efeitos a partir de1º.03.2016 (republicação no DIOE nº 9640 em22.02.2016).

...”

Verifica-se do disposto no § 2º do art. 45, com aredação dada pelo Decreto n. 3.488/2016, com vigênc ia a partir de1º.3.2016, que a Tabela I do inciso III do mesmo artigo deve serutilizada para apuração do valor mensal passível de apropriaçãopelo adquirente de créditos acumulados, na hipótese de otransferente ser estabelecimento industrial cujas s aídas deprodutos por ele industrializados repr esente, no mínimo, sessentapor cento do valor total das saídas de mercadorias ocorridas noperíodo do acúmulo do crédito.

Na hipótese de o transferente não preencher esserequisito, o estabelecimento adquirente deverá util izar a TabelaII do inciso III do art. 45, para determinar o montante decréditos acumulados passível de apropriação.

Caso a consulente tenha procedido de forma diversa,menciona-se que o artigo 664 do RICMS prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procedimentos já realizad os ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.125.188-0.

CONSULTA Nº: 156, de 8 de novembro de 2016.

CONSULENTE: S.A. FÓSFORO GABOARDI.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTODE PRODUTOS.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente aduz que atua na fabricação de fósforo s desegurança e também no comércio atacadista de “produ tos dealumínio” de uso doméstico, e que, dentre outros pr odutos,comercializa “rolo de papel alumínio”, destinado aoacondicionamento e cobertura de alimentos para cozimento emfornos e churrasqueiras e utilizados para auxílio d e tarefasculinárias, e “folha de alumínio para proteção de f ogão a gás”,os quais classifica no código NCM 7607.11.90.

Apresenta dúvida a respeito da aplicação do regime dasu bstituição tributária nas operações com esses produ tos,constantes no Protocolo ICMS 199/2009 e no Convênio ICMS 92/2015.

Destaca que o código NCM 7607.11.90 está relacionad o noart. 141 do Anexo X do Regulamento do ICMS/2012, co m a descrição“papel lamin ado e papel espelho”.

Esclarece que o produto que comercializa não tem asmesmas características de papel laminado e papel es pelho, poresse motivo não estaria sujeito ao recolhimento ant ecipado nasoperações internas ou nas interestaduais oriundas d e Esta dossignatários do protocolo citado, considerando o dis posto noConvênio ICMS 92/2015, vigente a partir de 2016.

Indaga se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

O Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto nº6.080/2012, em seu Anexo X, que dispõe sobre a substituiçãotributária relacionado, apresenta a seguinte redaçã o,

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relativamente a produtos classificados na posição 7 6.07 da NCMcitada pela consulente:

“ANEXO X

(...)

SEÇÃO IV

DAS OPERAÇÕES COM MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO, ACABAMENTO,BRICOLAGEM OU ADORNO

Art. 19. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 21 deste anexo, com suas respectivas classi ficaçõesna NCM, com destino a revendedore s situados no territórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeitos de retenção e recolhimen to doICMS relativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do impost o fica também atribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio G rande doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 196 /2009, 69/2011,71/2011, 95/2012 e 38/2013).

(…)

Art. 21. Nas operações com os produtos relacionados , comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

(...)

43 10.068.00

7607.19.90

Mantadesubco

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berturaaluminizada

(...)

(...)

SEÇÃO XXXVI

DAS OPERAÇÕES COM ARTIGOS DE PAPELARIA

Art. 139. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relacionadosno art. 141 com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICM S relativo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados de MinasGerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Ca tarina eSão Paulo, inclusive em relação ao diferencial de a líquotas(Protocolos ICMS 199/2009, 110/2013 e 117/2013). (… )

Art. 141. Nas operações com os produtos a seguirrelacionados, com suas respectivas classificações n a NCM,devem ser considerados os s eguintes percentuais de margem devalor agregado:

ITEM CEST NCM DESCRIÇÃO

(...)

28 19.033.00

7607.11.90

Papellaminado epapel

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(...)

A Tabela NCM, em relação à posição 76.07, assim dis põe:

“NCM/2012

76.07 Folhas e tiras, delgadas, deal umínio (mesmo impressas oucom suporte de papel, cartão,plásticos ou semelhantes), deespessura não superior a 0,2 mm(excluindo o suporte).

7607.1 - Sem suporte:

7607.11 -- Simplesmente laminadas

7607.11.10 Com um teor, em peso, desilício superior ou ig ual a0,05 % e inferior ou igual a0,20 %, de ferro superior ouigual a 0,20 % e inferior ouigual a 0,40 %, de cobreinferior ou igual a 0,05 %, dezinco inferior ou igual a 0,05%, de manganês inferior ouigual a 0,25 %, de magnésiosuperior ou igual a 0 ,05 % einferior ou igual a 0,25 % e deoutros elementos, em conjunto,inferior ou igual a 0,07 %, deespessura superior ou igual a0,12 mm, em bobinas de largurasuperior a 900 mm, com umarelação entre as rugosidadesmáxima e aritmética médiasuperior ou igual a 1,25 einferior ou igual a 1,30 emcada uma das faces e com umlimite de resistência à traçãosuperior ou igual a 115 MPa

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7607.11.90 Outras

7607.19 -- Outras

7607.19.10 Gravadas, mesmo com camada deóxido de alumínio, de espessurainferior ou igu al a 110micrômetros (mícrons) e com umconteúdo de alumínio superiorou igual a 99,9 %, em peso

7607.19.90 Outras

7607.20.00 - Com suporte

(...)

Preliminarmente, esclarece-se que determinadamercadoria submete-se ao regime da substituição tri butária desd eque esteja inserta, por sua descrição e por sua cla ssificação naNCM, dentre os produtos listados no Anexo X do Regu lamento doICMS. Ressalta-se, também, que nos itens em que est eja indicada aposição NCM, e como descrição da mercadoria o respe ctivo títu loda posição apresentada na mesma norma, todas as mer cadorias nelainseridas, inclusive as demais subdivisões, estarão sujeitas àsubstituição tributária.

Também é importante salientar que a classificação d oproduto na NCM é de responsabilidade do contrib uinte e, em casode dúvida ou divergência quanto ao correto enquadra mento, acompetência para responder consultas sobre essa mat éria é daSecretaria da Receita Federal do Brasil.

Verifica-se que os dispositivos regulamentaresreferentes ao regime da subst ituição tributária, relacionados aosprodutos questionados pela consulente, descrevem a suaabrangência, estritamente, à “manta de subcobertura aluminizada”(NCM 7607.19.90), no item 43 do art. 21 do Anexo X, e ao “papellaminado e papel espelho” (NCM 7607 .11.90), no item 28 do art.141 do Anexo X, ou seja, o descritivo das mercadori as no

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Regulamento do ICMS não corresponde ao mesmo texto da NCM.

Nesse sentido, as mercadorias relacionadas nesses i tensnão guardam relação com as mercadorias especificada s ecomercializadas pela consulente, quais sejam, “rolo de papelalumínio”, destinado ao acondicionamento e cobertur a de alimentospara cozimento em fornos e churrasqueiras e utiliza dos paraauxílio de tarefas culinárias, e “folha de alumínio para proteçãode f ogão a gás” para uso em cozinhas, seja por sua clas sificaçãono código NCM 7607.11.90, conforme o faz a consulen te, ou pelaclassificação no código NCM 7607.19.90, conforme es clarece aSecretaria da Receita Federal na Solução de Consult a n. 83/1997.

Portan to, tendo como premissa a descrição e aclassificação das mercadorias fornecidas pela consu lente, essasnão estão sujeitas à substituição tributária (prece dente Consulta115/2014).

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na pre sente resposta, deverá a consulenteobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.280.023-3.

CONSULTA Nº: 157, de 21 de novembro de 2016.

CONSULENTE: ATLAS INDÚSTRIA DE ELETRODOMÉSTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. FOGÕES DE COZINHA DE USO DOMÉSTICO. (NCM8516.60.00). SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.INAPLICABILIDADE.

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

A consulente, cadastrada com a atividade principal defabricação de fogões, refrigeradores e máquinas de lavar e secarpara uso doméstico, peças e acessórios, cita especi ficamente quefabrica e comercializa fogões de cozinha de uso dom éstico, queclassifi ca no código NCM 8516.60.00, e questiona quanto àinclusão deste produto no regime de substituição tr ibutária nasoperações destinadas a revendedores paranaenses.

RESPOSTA

Inicialmente, destaca-se que é da própria consulent e aresponsabilidade pela classif icação do produto na NomenclaturaComum do Mercosul (NCM) e, em caso de dúvida, escla recimentosdevem ser solicitados à Secretaria da Receita Feder al do Brasil,órgão que tem competência específica para se manife star arespeito dessa matéria.

Ainda, expõe- se que para se identificar quaismercadorias estão sujeitas ao regime da substituiçã o tributáriadeve haver concomitante atendimento à descrição do produto e aocódigo NCM previstos no Anexo X do RICMS.

Os artigos 15 a 17 do Anexo X do RICMS, ao tratarem dasubstituição tributária nas operações com produtos eletrônicos,eletroeletrônicos e eletrodomésticos (Seção III), d entre os quaisos fogões de cozinha de uso doméstico, assim estabe lecem:

“ ANEXO X

SEÇÃO III

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DAS OPERAÇÕES COM PRODUTOS ELETRÔNICOS, ELETROELETRÔNICOS EELETRODOMÉSTICOS

Art. 15. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 17 com destino a revendedores situados no t erritórioparanaense, é atribuída a condição de sujeito passiv o porsubstituição para efeitos de retenção e recolhiment o do ICMSrelativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qu alquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Sa ntaCatarina e São Paulo, inclusive em relação ao difer encial dealíquotas (Protocolos ICMS 192/2009, 16/2011, 70/20 11 e121/2011).

Art. 16 . A base de cálculo para a retenção do imposto será opreço máximo de venda a varejo fixado pela autorida decompetente ou, na falta desse, o preço sugerido aoconsumidor final pelo fabricante ou importador, acr escido,em ambos os casos, do valor do frete, quando não incluído nopreço.

§ 1º Inexistindo o valor de que trata o "caput", a base decálculo corresponderá ao montante formado pelo preç opraticado pelo remetente, acrescido dos valorescorrespondentes a frete, seguro, impostos, contribu ições eoutros encargos transferíveis ou cobrados do destinatário,ainda que por terceiros, adicionado da parcela resu ltante daaplicação, sobre o referido montante, do percentual demargem de valor agregado previsto no art. 17 deste anexo.

§ 2º Na impossibilidade de inc lusão do valor do frete,seguro ou outro encargo, na composição da base de c álculo, orecolhimento do imposto correspondente será efetuad o peloestabelecimento destinatário, acrescido dos percent uais demargem de valor agregado previstos no art. 17 dest e anexo.

Art. 17. Nas operações com os produtos relacionados , com

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suas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

1 7321.11.00 Fogões de cozinha de uso dom éstico esuas partes

7321.81.00

7321.90.00

34 8516.60.00 Outros fornos; fogareiros (i ncluídasas chapas de cocção), grelhas e assadeiras, exceto osportáteis “

Tran screve-se, ainda, a redação da NCM relativa aoscódigos 7321.11.00 e 85.16.60.00:

“73.21 Aquecedores de ambiente, caldeiras de fo rnalha,fogões de cozinha (incluindo os que possam serutilizados acessoriamente no aquecimentocentral), churrasqueiras (g relhadores),braseiras, fogareiros a gás, aquecedores depratos, e aparelhos não elétricos semelhantes,de uso doméstico, e suas partes, de ferrofundido, ferro ou aço.

7321.1 Aparelhos para cozinhar e aquecedores depratos:

7321.11.00 A combust íveis gasosos, ou a gás e outroscombustíveis

Ex 01 - Fogões de cozinha”

(...)

“8516.60.00 Outros fornos; fogões de cozinha, foga reiros(incluindo as chapas de cocção), grelhas e assadeir as”

Revela-se, pelo antes exposto, que relativamente aocódigo NCM 8516.60.00, utilizado pela consulente pa ra classificarseu produto, não há identidade entre a redação apre sentada na NCM

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e aquela contida na norma regulamentar, haja vista que os fogõesde cozinha não constam da descrição das mercadorias queco rrespondem ao item 34 do art. 17 do Anexo X do Regu lamento doICMS.

Logo, os fogões de cozinha que se classificam no có digoNCM 8516.60.00 segundo as orientações da Secretaria da ReceitaFederal do Brasil não se submetem ao regime da subs tituiçãotributári a.

Importa alertar, acerca dos fogões classificados ne ssecódigo, o que dispõe o Ato Declaratório Interpretat ivo SRF nº 12,de 06 de dezembro de 2006, emitido pela Secretaria da ReceitaFederal:

“ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO SRF Nº 12, DE 06 D EDEZEMBRO DE 2006

(Publicado(a) no DOU de 08/12/2006, seção , pág. 45 )

Dispõe sobre a classificação fiscal de fogões misto s a gás eeletricidade.

O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL, no uso da atribuiç ão quelhe confere o inciso III do art. 230 do Regimento I nterno d aSecretaria da Receita Federal, aprovado pela Portar ia MFnº 30, de 25 de fevereiro de 2005, e considerando o queconsta da Nota Técnica Coana/Cotac/Dinom nº 2006/32 3, de 23de novembro de 2006, declara:

Artigo único. Classificam-se no código 8516.60.00 d aNomenclatura Comum do Mercosul (NCM), independentem ente deserem preponderantemente a gás ou a eletricidade, o s fogõescom bocas a gás e:

I - uma ou mais bocas elétricas;

II - forno com aquecimento elétrico;

III - forno com dupla possibilidade de aquecim ento: a gás ouelétrico; ou

IV - forno com grelha elétrica (mesmo sem convecção forçadapor ventilador).

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JORGE ANTONIO DEHER RACHID”

Por seu turno, conforme retratado na Consulta n.111/2015, também formulada pela consulente, os fogõ es de cozinhaclassific ados no código 7321.11.00 da NCM estão abrangidos p elasubstituição tributária, pois contemplados no item 1 do art. 17do Anexo X do Regulamento do ICMS.

No caso de ter procedido de forma diversa, deverá aconsulente observar o disposto no artigo 664 do RI CMS, que prevêo prazo de até quinze dias para a adequação dos pro cedimentos aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.227.626-7

CONSULTA Nº: 158, de 24 de novembro de 2016

INTERESSADA: C.VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL

ASSUNTO: ICMS. MANIFESTO ELETRÔNICO DE DOCUMENTOS(MDF-e). OBRIGATORIEDADE DE EMISSÃO NOTRANSPORTE INTERESTADUAL DE CARGA PRÓPRIA.

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

A interessada, empresa cujo ramo de atividade é ocomércio atacadista de cereais e leguminosas benefi ciadas, indagaquanto à obrigação acessória de emissão de Manifest o Eletrônicode Documentos Fiscais - MDF-e.

Relata que efetua transporte de carga própria emveículos pertencentes ao imobilizado do estabelecim ento matriz,sendo que os mesmos são utilizados em transportes i niciados tantonesse quanto em estabelecimentos filiais.

Destaca que vem emitindo o MDF-e no transporte de c argaprópria mesmo quando o v eículo utilizado no transporte não estejaalocado no estabelecimento emissor da NF-e. Tem dúv ida se oestabelecimento em que está registrado o veículo e aqueleemitente do MDF-e devem coincidir, em observância a o princípio daautonomia dos estabelecimentos .

Por fim, questiona se está correta a emissão do MDF -epela matriz nas operações de transporte de carga pr ópria, mesmoquando utilizar veículo registrado em nome da filia l ou situaçãoinversa.

RESPOSTA

Inicialmente, destaca-se a legislação aplicável aoca so, o inciso II, do art. 74, do Anexo IX, do Regula mento doICMS, aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012 e a Norma deProcedimento Fiscal n° 96/2013:

“ANEXO IX

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Art. 74. O MDF-e deverá ser emitido:

(...)

II - pelo contribuinte emitente de NF-e, no transpo rte d ebens ou mercadorias realizado em veículos próprios ouarrendados, ou mediante contratação de transportado rautônomo de cargas.

NORMA DE PROCEDIMENTO FISCAL Nº 096/2013

1. Ficam obrigados à emissão de MDF-e - Manifesto E letrônicode Documentos Fiscais, mo delo 58, nas operaçõesinterestaduais , em substituição ao Manifesto de Carga,modelo 25, os contribuintes paranaenses:

(...)

1.2. emitente de NF-e - Nota Fiscal Eletrônica, mod elo 55,no transporte de bens ou mercadorias realizado em v eículospróprios ou a rrendados, ou mediante contratação detransportador autônomo de cargas.”

Posto isso, cabe avaliar se há prestação de serviço detransporte quando veículos de um estabelecimento tr ansportammercadoria para outro de propriedade da mesma pesso a jurídica.

Embora matriz e filiais sejam distintos e autônomospara efeito da legislação do ICMS, os veículos faze m parte dopatrimônio da pessoa jurídica.

Desse modo, quando o estabelecimento filial daconsulente exerce a atividade de transporte rodoviá rio de cargas,transportando mercadorias da matriz, não está atuan do comoprestador de serviço de transporte, posto que ningu ém prestaserviço a si próprio (precedente: Consultas n. 213/ 1998 e88/2006).

Registre-se que essa conclusão mantém-se, não obsta nteas alterações recentemente procedidas no art. 74 do Regulamentodo ICMS e na NPF n. 93/2016.

Assim, conforme dispõe o item 1 da NPF n. 93/2016, a

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obrigatoriedade de emissão da MDF-e na hipótese em que aconsulente realizar o transporte de carga própria, com veículospr óprios ou arrendados, restringe-se a operação inter estadual,devendo ser expedido pelo estabelecimento emitente da NF-e.

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PROTOCOLOS: 14.147.814-1 e 14.194.064-3.

CONSULTA Nº: 159, de 22 de novembro de 2016.

CONSULENTE: RIZOBACTER DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO INTERNA COM INSUMOSAGROPECUÁRIOS. DIFERIMENTO. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de defensivos agrícolas, adubos ,fertilizantes e corretivos do solo, aduz que atua t ambém nafabricação de aditivo para uso no setor agropecuári o.

Expõe que nas operações internas com adubos (NCM3105.59.00), espalhantes (NCM 3402.13.00 e 3808.99. 99) e aditivos(NCM 3821.00.00) adota o diferimento do pagamento do ICMS, comfundamento no art. 113, e nas operações interestadu ais, a reduçãona base de cálculo de que trata a alínea “a” do item 8 do AnexoII, ambos do Regulamento do ICMS.

Aduz que alguns desses produtos têm seu código NCMespecificado no Anexo X do Regulamento do ICMS, que dispõe sobrea substituição tributária em operações com mercador ias destinadasa estabelecimentos reve ndedores.

Não obstante esse fato, defende que, em operaçãointerna, o regime de substituição tributária é inap licável, emrazão do diferimento do pagamento do ICMS e, em ope raçãointerestadual, tem o direito de usufruir da citada redução debase de cálcul o.

Entende, ainda, que são aplicáveis os citadostratamentos tributários, mesmo que o produto não po ssua registrono Ministério da Agricultura, porque destinados ao setoragropecuário.

Questiona quanto à correção de sua conclusão.

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RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se os dispositivosdo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80, de 28 desetembro de 2012, que tratam da matéria exposta pel a consulente:

Art. 113. É diferido o pagamento do ICMS nas operaç ões comas seguintes mercadorias:

[...]

II - adubos simples ou compostos, e fertilizantes, inclusiveda espécie inoculante biológico, de uso na agricult ura e napecuária;

[...]

V - acaricidas, aditivos, desfolhantes, desinfetant es,dessecantes, espalhantes, estimuladores e inibidore s decrescimento, formicidas, fungicidas, germicidas, her bicidas,inseticidas, inclusive biológicos, nematicidas,parasiticidas, raticidas, vacinas, soros e medicame ntos,produzidos para uso na agricultura e na pecuária;

[...]

Art. 114. Encerra-se a fase de dife rimento em relação aosprodutos arrolados no art. 113:

I - na saída para outro Estado ou para o exterior;

II - na saída de produtos resultantes da sua utiliz ação,salvo se houver disposição específica de diferiment o oususpensão do imposto para essa operaç ão, hipótese em queobservar-se-á a regra pertinente.

III - na saída para produtores rurais, pessoas físi cas oujurídicas, não inscritos no CAD/PRO ou no CAD/ICMS.

ANEXO II - REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

[...]

8. A base de cálculo é reduzida, até 30.4.2017, em 60%

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(sessenta por cento) nas operações com os seguintesINSUMOS AGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/1997, 53/ 2008,101/2012, 14/2013, 191/2013 e 21/2016):

a) inseticidas, fungicidas, formicidas, herbicidas,parasiticidas, germicidas, acaricidas, nematicid as,raticidas, desfolhantes, dessecantes, espalhantes,adesivos, estimuladores e inibidores de crescimento(reguladores), vacinas, soros e medicamentos,produzidos para uso na agricultura e na pecuária,inclusive inoculantes, vedada a sua aplicação quand odada ao produto destinação diversa;

[...]

c) rações para animais, concentrados, suplementos,aditivos, premix ou núcleo, fabricados pelasrespectivas indústrias, devidamente registradas noMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento -MAPA, desde que (Convênio ICMS 93/2006):

1. produtos estejam registrados no órgão competente doMinistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento e onúmero do registro seja indicado no documento fisca l,quando exigido (Convênio ICMS 17/2011);

2. haja o respectivo r ótulo ou etiqueta identificando oproduto;

3. os produtos se destinem exclusivamente ao uso napecuária;

[...]

10 A base de cálculo é reduzida, até 30.4.2017, par a 70%(setenta por cento) nas operações com os seguintes INSUMOSAGROPECUÁRIOS (Convênios ICMS 100/1997, 53/2008 , 101/2012 e14/2013 e 191/2013):

[...]

c) amônia, ureia, sulfato de amônio, nitrato de amô nio,nitrocálcio, MAP (mono amônio fosfato), DAP (diamôn iofosfato), cloreto de potássio, adubos simples e com postos,

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fertilizantes e DL Metionina e seus análogos, produzidospara uso na agricultura e na pecuária, vedada a suaaplicação quando dada ao produto destinação diversa .

Inicialmente, expõe-se que o regime de substituiçãotributária subsequente visa atribuir a responsabili dade pelaretenção e recolhimento do imposto incidente em todas as eta pasde circulação da mercadoria a um determinado contri buinte,geralmente aquele que inicia a cadeia.

Caso os produtos comercializados pela consulente seenquadrarem nas disposições do art. 113 do RICMS, q ue prevê odiferimento do pagamento do ICMS nas operações inte rnas até oconsumidor final, encerrando-se apenas nas hipótese sespecificadas no art. 114 da mesma norma, inaplicáv el o regime dasubstituição tributária.

Sublinhe-se que mesmo que a mercadoria estejaespecificada no Anexo X do RICMS, o regime de subst ituiçãotributária não é aplicável se estiver amparada pelo diferimentodo pagamento do ICMS em toda a cadeia de circulação .

Essa conclusão está fundamentada no fato de não ha verimposto a ser ex igido em relação às etapas internas de circulaçãodos insumos agropecuários relacionados no art. 113 do RICMS,exceto na saída para produtores rurais não inscrito s no CAD/ICMSou CAD/PRO, ocorrência que se constitui em exceção quandoverificado o ciclo de comercialização desses produtos.

Logo, como regra, não há imposto a ser recolhido pe loscontribuintes nas operações internas, de modo que p rejudicada aaplicação da sistemática de arrecadação da substitu içãotributária.

Por seu turno, na hipótese de as mer cadorias seremcomercializadas a produtores não inscritos, cabe ao promotor daoperação recolher o ICMS correspondente a essa etap a decomercialização.

Quanto à redução na base de cálculo do ICMS nasoperações interestaduais, cabe a sua aplicação para adeterminação do tributo relativo à operação própria, devendo ser

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observada, no caso de previsão de recolhimento do i mposto devidopelo regime de substituição tributária, a legislaçã o da unidadefederada de destino.

Por fim, esclarece-se que para fins de fru ição dodiferimento do pagamento do ICMS de que trata o art . 113 e daredução da base de cálculo de que trata a alínea “a ” do item 8 doAnexo II do RICMS, não há obrigatoriedade de que os produtosestejam registrados no Ministério da Agricultura, P ecuária eAbastecimento – MAPA (precedente: Consulta n. 87/20 12), exceto emrelação aqueles especificados na alínea “c” do item 8 do AnexoII, cuja exigência está expressa no item 1 dessa al ínea.

No que diz respeito aos adubos e fertilizantes,expõe-se que a regr a de redução de base de cálculo aplicável é adisposta no item 10 do Anexo II do Regulamento do I CMS.

Posto isso, responde-se que desde que atendidas asregras para fruição do diferimento e da redução na base decálculo está correto o entendimento da cons ulente quanto àaplicação dos citados tratamentos tributários.

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PROTOCOLO: 14.082.541-7.

CONSULTA Nº: 160, de 24 de novembro de 2016.

CONSULENTE: JBS S/A.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE REALIZADO COM VEÍCULOREGISTRADO EM OUTRO ESTABELECIMENTO DE MESMAEMPRESA. PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE TRANSPORTE.INOCORRÊNCIA.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de carnes bovinas e suínas e de rivados, temdúvidas se a entrega de mercadorias ao cliente, rea lizada comveículo registrado em nome de outros estabeleciment os da empresa,localizados e m diversas unidades federadas, configura ou nãoprestação de serviço de transporte.

Expõe seu entendimento de que não ocorre, nesse cas o, ofato gerador do ICMS, pois o registro de veículo tr ansportador emnome de estabelecimento diverso daquele emitente da nota fiscalnão tem o condão de caracterizar esse transporte co mo prestaçãode serviço.

Questiona se está correta a sua conclusão.

RESPOSTA

A matéria já foi objeto de análise por este Setor, quese manifestou no sentido de que a utilização de veí culo alocadono ativo imobilizado de outros estabelecimentos da empresa notransporte de carga própria, não caracteriza presta ção de serviçode transporte (precedente: Consultas n. 213/1998, e xcertos aseguir transcritos, e n. 88/2006):

CONSULTA Nº: 213, de 23 de setembro de 1998.

SÚMULA: ICMS. TRANSPORTE DE CARGA PRÓPRIA.

Dizendo-se comerciante varejista de materiais de co nstrução,

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informa a consulente adquirir mercadorias de fornec edoressituados neste Estado, fazendo uso de veículo perte ncente asua matriz para retirá-las e transportá-las até o seuestabelecimento (filial). Uma vez posta a matéria, indaga seno transporte realizado com veículo da matriz há in cidênciado ICMS.

RESPOSTA

Na mera utilização pelo estabelecimento filial, de veículopertencente ao ativo imobilizado de sua matriz, objetivandoo transporte de carga própria, não ocorre o fato ge rador doICMS, posto que não se caracteriza prestação de ser viço.

Posto isso, responde-se que está correta a conclusã o daconsulente.

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PROTOCOLO: 14.214.328-3.

CONSULTA Nº: 161, de 17 de novembro de 2016.

CONSULENTE: ROSA CLARA BERNARDI RISDEN.

SÚMULA: ITCMD. DOAÇÕES COM RESERVA DE USUFRUTO. MORTE.DIREITO DE ACRESCER DO CÔNJUGE SOBREVIVENTE.HIPÓTESE DE INCIDÊNCIA. INOCORRÊNCIA.

RELATOR: LAÉRCIO LOPES DE ARAUJO

A consulente expõe que em fevereiro de 2004 seus pa isfizeram doação aos filhos por meio de escritura púb lica dediversos bens imóveis, reservando para ambos o usuf ruto destesbens, gravando tal doação com cláusula de acrescer nasuperveniência da morte de um dos doadores.

Informa ainda que, em 12 de janeiro de 2015, com ofalecimento de seu pai, passou a prevalecer a cláus ula deacrescer, em favor da esposa e legatária, a parte q ue lhe cabiano usufruto constituído.

Em 22 de dezembro de 2015, a usufrutuári a, sua mãe, pormeio de escritura pública, renunciou ao usufruto, c onsolidando aposse dos nu-proprietários.

Quando do levantamento do usufruto, o cartório deregistro de imóveis entendeu ser devido o recolhime nto do ITCMDreferente ao óbito do pai.

No ent anto, a consulente entende que a Instrução SEFAITCMD nº 9/2010 não previa a incidência do tributo sobre odireito de acrescer, e que esta vigorou até dezembr o de 2015,quando foi publicada a Lei nº 18.573/2015, que pass ou a reger otributo.

Assim, alega q ue a tributação não deve incidir natransmissão do direito de acrescer deferido ao cônj ugesupérstite. Pede as considerações deste setor.

RESPOSTA

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Não obstante a edição da Lei nº 18.573/2015, comvigência a partir de 1º de janeiro de 2016, conform e estabel ece aalínea “a” do inciso V do artigo 60 da lei, analisa -se o fato emexame a luz do dispositivo legal expresso na Lei nº 8.927/1988,vigente à época da ocorrência, ainda que o novo dip loma legal nãotenha alterado a disciplina da matéria.

A hipótese de i ncidência do tributo, encontrava-seassim expressa na Lei nº 8.927/1988:

Art. 1º. O imposto, de competência dos Estados, sob re atransmissão de bens e direitos pela via sucessória ou pordoação, tem como fato gerador:

I - a transmissão "causa mortis" ou po r doação de direitos eda propriedade, posse ou domínio de quaisquer bens oudireitos;

II - a transmissão, por uma das modalidades previst as noinciso anterior, de direitos reais sobre quaisquer bensinclusive os de garantia;

III - a cessão, a desistência ou a renúncia por atogratuito, de direitos relativos às transmissões ref eridasnos incisos I e II.

(...)

Art. 14. Nas doações com reserva do usufruto ou na suainstituição gratuita a favor de terceiro, o valor d osdireitos reais do usufruto, uso ou habita ção, vitalício otemporários, será igual à metade do valor do total do bem,correspondendo o valor restante à sua propriedade s eparadadaqueles direitos.

§ 1º. À cessão e à extinção de usufruto aplicam-se as normasrelativas à sua instituição.

§ 2º. Quando houver pluraridade de usufrutuários eproprietários, o valor do imposto será proporcional a parteconferida a cada usufrutuário ou ao proprietário.

Com a morte de um dos doadores, no caso o pai, a

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cônjuge supérstite, também usufrutuária, teve acres cido ao seudireito a parte do falecido marido, passando a ser detentora dodireito de usufruto sobre a totalidade dos bens doa dos.

Quando o ITCMD incidente sobre a doação com reserva deusufruto tenha sido recolhido de forma parcial por ocasião desua constitui ção, a parcela restante deve ser recolhida quando d esua extinção, nos termos do artigo 14 da Lei n. 8.9 27/1988.

Assim, o usufruto pode ser instituído a favor de um a oumais pessoas, e ele normalmente vai se extinguindo parte a parte,em relação a quem fal ecer, salvo se estipulado o direito deacrescer entre os usufrutuários, caso em que perman ecerá íntegroa favor de quem sobrevive (artigo 1.411 Código Civi l).

Com a morte do pai e a incidência da cláusula deacrescer, há apenas um diferimento da cobrança do ITCMD sobre aparcela acrescida, na medida em que não há transmis são dequaisquer bens ou direitos pelo evento morte, e sim , aconsolidação de uma cláusula instituída quando da d oação.

Não havendo transmissão de bens ou direitos decorre ntede doação ou causa mortis, corrobora-se o entendimento daConsulta nº 43/2005, que se transcreve:

PROTOCOLO: 5.864.672-5

CONSULTA Nº: 43, de 09 de junho de 2005

CONSULENTE: INSPETORIA REGIONAL DE TRIBUTAÇÃO - 11ªDELEGACIA REGIONAL DA RECEITA

SÚMULA: ITCMD. USUFRUTO.

RELATORA: MAYSA CRISTINA DO PRADO

A consulente expõe que a Lei n. 8.927/88, que dispõ e sobre oImposto sobre a transmissão causa mortis e doação d equaisquer bens ou direitos, estabelece, em seu art. 14, queo imposto incide sobre as doações com reserva d e usufruto ouna sua instituição gratuita em favor de terceiros, sendoconsiderada, como base de cálculo para a exigência, a metadedo valor total do bem, correspondendo o valor resta nte à

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propriedade separada daqueles direitos.

Ainda, que sobre a cessão o u extinção do usufruto aplicam-seas mesmas normas relativas à sua instituição.

Ressalta que em alguns contratos de doação de bens comreserva de usufruto, quando existir mais de um usuf rutuário,pode ser incluída uma cláusula determinando que, no caso d emorte de um dos usufrutuários, os sobreviventes con tinuarãoa exercer o seu direito no imóvel até que venham a falecer.

Considerando o disposto nos artigos 1410 e 1411 doCódigo Civil Brasileiro, apresenta seus questioname ntos:

1. em uma doação com rese rva de usufruto, com mais de umbeneficiário, no caso de falecer um dos usufrutuári os, eexistir cláusula expressa que o quinhão deste cabe aossobreviventes, fica configurada, neste momento, a e xtinçãodo usufruto em relação ao quinhão do falecido?

2. Nes te caso específico, quando da transferência do quin hãodo usufrutuário falecido ao sobrevivente, configura -se fatogerador do ITCMD, ou este ocorrerá apenas na extinç ão totaldo usufruto?

3. Uma vez configurado fato gerador do ITCMD, quand o datransferênci a do quinhão do usufrutuário falecido aosobrevivente, qual a base de cálculo do imposto dev ido?

Por fim, entende que a transferência do quinhão dousufrutuário que falecer ao sobrevivente, desde que hajacláusula expressa no registro de doação, não config uraextinção do usufruto nem fato gerador do ITCMD.

RESPOSTA

Para melhor compreensão da matéria tratada, vejamos odisposto nos artigos 1410 e 1411 do Código Civil Br asileiro:

“Art. 1410. O usufruto extingue-se, cancelando-se o registrono Cartório de Reg istro de Imóveis:

I – pela renúncia ou morte do usufrutuário;

(.....)

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Art. 1411. Constituído o usufruto em favor de duas ou maispessoas, extinguir-se á a parte em relação a cada u ma dasque falecerem, salvo se, por estipulação expressa, o quinhãodestes couber ao sobrevivente.”

Depreende-se do dispositivo retrotranscrito que, naexistência de mais de um usufrutuário, a morte de c ada umdestes não extingue o direito, no caso de estipulaç ãoexpressa em favor dos sobreviventes.

Neste caso, o ITCMD incidirá a penas quando da extinção dousufruto, com a morte do usufrutuário sobrevivente, a quem,expressamente, couber o quinhão.

Desta forma, correto o entendimento da consulente, de quetransferência de quinhão do usufrutuário que falece r aossobreviventes, desde que haja cláusula expressa no registrode doação, não configura extinção do usufruto nem f atogerador do ITCMD.

Do que se examina, conclui-se que quando da morte d e umdos doadores, diante do exercício do direito de acr escer em favordo sobrevivente, não se caracteriza a ocorrência da hipótese deincidência do ITCMD, não havendo direito subjetivo por parte doEstado do Paraná que enseje o lançamento.

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PROTOCOLO: 14.311.295-0.

CONSULTA Nº: 162, de 29 de novembro de 2016.

CONSULENTE: DIAMAJU AGRÍCOLA LTDA.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. AUTOPEÇAS.CONDIÇÕES.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, inscrita como contribuinte substituta noEstado do Paraná e cadastrada na atividade princip al de comércioatacadista de defensivos agrícolas, adubos, fertili zantes ecorretivos de solo, informa que comercializa máquin as eequipamentos de pul verização, classificados nos códigos8424.81.11, 8424.81.19, 8424.89.90 e 8424.30.90, e suas partes,peças e acessórios, classificados nos códigos 8424. 90.90,3917.39.00, 3917.40.90, 4010.32.00, 4016.93.00, 401 6.99.90,6812.99.10, 8409.91.16, 8421.21.00, 8 421.99.99, 8481.90.90 e8482.91.19, todos da NCM.

Reporta-se ao Protocolo ICMS 41, de 4 de abril de 2 008,que dispõe sobre a substituição tributária nas oper açõesinterestaduais com autopeças, mencionando o § 1º da Cláusulaprimeira, para concluir ser esse regime aplicável apenas àquelasmercadorias, quando destinadas ao uso em máquinas e veículosautopropulsados.

Informa que as peças, partes e acessórios quecomercializa são aplicados em equipamentos de pulve rizaçãomanuais, não autopropulsados , que são ut ilizados na agricultura,jardinagem, atividades florestais e no controle de pragas urbanas- ou seja, aduz que não comercializa autopeças.

Posto isto, questiona se está correto o seuentendimento de que as operações com partes, peças e acessóriosde máqui nas e equipamentos de pulverizar, classificados emcódigos ou posições da NCM relacionados em protocol os que dispõemsobre a substituição tributária, não estão sujeitas a esseregime.

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RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituiçãotributária es tá previsto no Anexo X do Regulamento do ICMSaprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, cuja redação, para ascodificações NCM citadas pela consulente, transcrev e-se a seguir:

“ANEXO X

SEÇÃO XXI

DAS OPERAÇÕES COM AUTOPEÇAS

Art. 97. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover saída das peças, partes,componentes, acessórios e demais produtos a seguirrelacionados, classificados nos respectivos códigos eposições da NCM, de uso especificame nte automotivo, assimcompreendidos os que, em qualquer etapa do ciclo ec onômico,sejam adquiridos ou revendidos por estabelecimento deindústria ou comércio de veículos automotores terre stres,bem como pela indústria ou comércio de veículos, má quinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários, ou de suas peç as,partes, componentes e acessórios, com destino a rev endedoressituados no território paranaense, é atribuída a co ndição desujeito passivo por substituição, para efeito de re tenção erecolhimento do ICM S relativo às operações subsequentes(Protocolos ICMS 83/2008 e 41/2014):

(...)

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

701.007.00

4016.93.00

4823.90.9

Juntas,gaxetas eoutroselementos comfunçãosemelhante devedação

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901.009.00

4016.99.90

5705.00.00

Tapetes,revestimentos,mesmoconfeccionados, batentes,buchas ecoxins

12 21.098.00

8421.21.00

Aparelhoselétricos parafiltrar oudepurar água

37 01.038.00

8421.29.90

Filtros avácuo

45 01.046.00

8481.10.00

Válvulasredutoras depressão

86 01.088.00

4504.90.00

6812.99.10

Juntas devedação decortiçanatural e deamianto

112 01.115.00

8424.90.90

Partes deaparelhosmecânicos depulverizar oudispersar

124 01.129.00

Outras peças,partes eacessóriospara veículosautomotoresnãorelacionadosnos demaisitens desta

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tabela

(...)

Preliminarmente, faz-se necessário observar que aaplicação da NCM à mercadoria que comercializa é deresponsabilidade do contribuinte e, em caso de dúvi da, acompetência para responder consultas é da Secretari a da ReceitaFederal do Brasil.

O Setor Consultivo, acerca dessa questão, já seposicionou de que para ocorrer a substituição tribu tária nasoperações com peças, partes, componentes e acessóri os, de usoespecificamente automotivo, estes produtos devem se r fabricadospara aplicação em veíc ulos automotores ou em veículos, máquinas eequipamentos agrícolas ou rodoviários. Portanto, o quecaracteriza a mercadoria como de “uso especificamen te automotivo”é a finalidade para a qual ela foi fabricada, sendo irrelevantepara esse fim o efetivo des tino dado à mesma pelo consumidor.(precedentes Consultas n. 04/09 e 99/2010).

Ainda, transcreve-se o exposto na Consulta n. 82/20 10que também analisou a matéria em questão:

"Portanto, respondendo-se objetivamente as indagaçõ esformuladas, as peças que n ão foram fabricadas para usoautomotivo, confome especificação do fabricante e d estinadasunicamente para emprego em roçadeiras, motoserras, pulverizadoresagrícolas movidos à gasolina, portáteis, não estão sujeitos àsubstituição tributária, devendo a Con sulente, nessa situação,creditar e debitar do imposto normalmente, não have ndonecessidade de regime especial."

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a c onsulenteobservar o disposto no artigo 66 4 do RICMS, que prevê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.216.850-2.

CONSULTA Nº: 163, de 22 de novembro de 2016.

CONSULENTE: LUIZ GONÇALVES FRANCO.

SÚMULA: ICMS. SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. ENQUADRAMENTODE PRODUTO. MASSA PARA PASTEL. NÃOAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARGARETE MARIA MAZZOLA

A consulente, que está enquadrada no regime do Simp lesNacional, aduz que tem como atividade econômica a f abricação demassas alimentícias, sendo que industrializa e come rcializa oproduto “massa de pastel”, que classifica no código 1902.19.00 daNCM.

Aduz ter dúvida sobre a aplicação do regime dasubstituição tributária, pois entende que a impleme ntação doConvênio ICMS 92/2015 no Regulamento do ICMS altero u oentendimento dado nas respostas às Consultas n. 76/ 2014 e n.02/2015.

Defende ser aplicável o reg ime da substituiçãotributária por estar o produto inserido no item 2 d o art. 135 doAnexo X do Regulamento do ICMS, que descreve “massa salimentícias, cozidas ou recheadas (de carne ou de outrassubstâncias) ou preparadas de outro modo, exceto as massasalimentícias tipo instantânea”, em razão de a massa para pastelestar inserida na expressão “ou preparadas de outro modo”.

Questiona se está correto o seu entendimento.

RESPOSTA

O regime de recolhimento do ICMS por substituiçãotributária em relação ao códi go NCM mencionado pela consulenteestá previsto nos artigos 133 a 135 do Anexo X do R egulamento doICMS aprovado pelo Decreto nº 6.080/2012 (RICMS):

“RICMS/2012

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ANEXO X

Art. 133. Ao estabelecimento industrial fabricante,importador ou arrematante de mercad oria importada eapreendida, que promover a saída dos produtos relac ionadosno art. 135 com suas respectivas classificações na NCM, comdestino a revendedores situados no território paran aense, éatribuída a condição de sujeito passivo por substit uição,para efeitos de retenção e recolhimento do ICMS relat ivo àsoperações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também atribuída a qua lquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Mato G rosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande doSul, Santa Catarina e São Paulo, inclusive em relaç ão aodiferencial de alíquotas (Protocolos ICMS 188/2009,108/2013, 120/2013, 148/2013 e 166/2013).

(…)

Art. 135. Nas operações com os produtos a seguirr elacionados, com suas respectivas classificações na NCM,devem ser considerados os seguintes percentuais de margem devalor agregado:

VII - produtos à base de trigo e farinhas:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

(...)

2 17.048.00

19.02 Massasalimentícias,cozidas ourecheadas (decarne ou deoutrassubstâncias) oupreparadas deoutro modo,

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exceto asmassasalimentíciastipoinstantânea

(...)

Nova redação (acima) do art. 135 do Anexo X dada pe loart.1º, alteração 954ª , do Decreto n.º 3.530, publ icado em22.02.2016, produzindo efeitos a partir de 1º.1º.201 6.

Redação original dada pelo art. 1º, alteração278ª, do Decreto n.º 9.779, em vigor em20.12.2013, produzindo efeitos a partir de1º.03.2014 até 31.12.2015: (ver art. 2º doDecreto n.º 10.023 de 30.01.2 014 e respectivasalterações)

VII - produtos à base de trigo e farinhas:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

(...)

2 19.02 Massasalimentíciascozidas ourecheadas (decarne ou deoutrassubstâncias) oupreparadas deoutro modo

(...)”

Transcreve-se também o disposto no Anexo XIII,relativamente ao item que contempla a posição 19.02 da NCM:

“ANEXO XIII - CÓDIGO ESPECIFICADOR DA SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA – CEST

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CAPÍTULO III - DO CEST RELATIVO AOS SEGMENTOS DE ME RCADORIAS

Seção XVII – PRODUTOS ALIMENTÍCIOS

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

(...)

48.0 17.048.00

1902 Massasalimentícias, cozidasourecheadas(de carneou deoutrassubstâncias) oupreparadasde outromodo,exceto asmassasalimentícias tipoinstantânea

(...)

Ainda, segue Tabela NCM com a descrição dascodificaçõe s em comento:

“NCM/2012

19.02 Massas alimentícias, mesmo cozidasou recheadas (de carne ou deoutras substâncias) ou preparadasde outro modo , tais comoespaguete, macarrão, aletria,lasanha, nhoque, ravioli e

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canelone; cuscuz, mesmo preparado.

1902.1 - Massas alimentícias nãocozidas, nem recheadas, nempreparadas de outro modo:

1902.11.00 -- Que contenham ovos

1902.19.00 -- Outras

1902.20.00 - Massas alimentíciasrecheadas (mesmo cozidas oupreparadas de outro modo)

1902.30.00 - Outras m assas alimentícias

1902.40.00 - Cuscuz”

Para adequação do produto ao regime da substituiçãotributária é necessário que a mercadoria esteja ins erta, por suadescrição e por sua classificação na NCM, dentre os produtoslistados no anexo X do Regulament o do ICMS.

Ressalta-se, também, que nos itens em que estejaindicada a posição NCM, e como descrição da mercado ria orespectivo título da posição apresentada na mesma n orma, todas asmercadorias nela inseridas, inclusive considerando as demaissubdivisões, estarão sujeitas à substituição tributária.

Ainda, faz-se necessário considerar que a aplicação daNomenclatura Comum do Mercosul (NCM) é de responsabilidade docontribuinte e, em caso de dúvida ou divergência de aplicação, acompetência para responder co nsultas sobre a classificaçãoconstante da NCM é da Secretaria da Receita Federal do Brasil.

No caso em análise, constata-se que o dispositivo q uedeterminou a inclusão das massas alimentícias no re gime desubstituição tributária, embora se refira a toda a posição 19.02da NCM, adota uma redação diferente daquela dispost a nessa TabelaNCM, pois nessa estão inclusos todos os tipos de ma ssasalimentícias, mesmo as cozidas, recheadas ou prepar adas de outro

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modo, enquanto que no Regulamento do ICMS o regime dasubstituição tributária está restrito às massas coz idas ourecheadas ou preparadas de outro modo.

Verifica-se que não houve alteração quanto àinterpretação exarada pelo Setor Consultivo nas res postas àsConsultas n. 76/2014 e 02/2015, citadas pela consul ente, com aedição do Convênio ICMS 92/2015, implementado no R egulamento doICMS pelo Decreto n. 3.530/2016, pois a inclusão da virgula notexto de que trata a posição 2 do inc. VII do art. 135 do Anexo Xdo Regulamento do ICMS/2012 não alterou sua abrangê ncia(compreensão).

Portanto, as massas não cozidas, nem recheadas nempreparadas de outro modo, classificadas na subposiç ão 1902.1 daNCM, continuam excluídas do regime da substituição tributária.

Dessa maneira, no que estiver procedendo de formadiversa ao exposto na presente resposta, deverá a consulen teobservar o disposto no artigo 664 do RICMS, que pre vê o prazo deaté quinze dias para a adequação de seus procedimen tos járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.255.360-0.

CONSULTA Nº: 164, de 24 de novembro de 2016.

CONSULENTE: BENOIT ELETRODOMÉSTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. MERCADORIA SUJEITA À SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. PERDIMENTO. CONTRIBUINTESUBSTITUÍDO. RECUPERAÇÃO DO IMPOSTO RELATIVOAO FATO GERADOR QUE NÃO SE REALIZOU.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cadastrada com a atividade de comérci ovarejista de eletrodomésticos e equipamentos de áud io e vídeo,expõe que esporadicamente ocorrem situações de perd a demercadoria em seu estabelecimento, por deterioração , perecimento,furto ou roubo.

Relativamente a tais ocorrências, aduz ter localizadona legislação procedimentos acerca da obrigatorieda de de estornodo imposto creditado por ocasião da entrada, confor me dispõe oinciso V do art. 71 do Regulamento do ICMS.

No entanto, menciona não ter en contrado qualquerorientação acerca de como proceder para recuperar o impostoretido por substituição tributária, na hipótese de deterioração,perecimento ou extravio de mercadoria submetida a e sse regime,haja vista que não ocorrerá sua circulação.

Em raz ão do exposto questiona:

1. considera-se extravio a perda, furto ou roubo demercadorias?

2. Nesses casos, para baixa das mercadorias do esto quepode emitir nota fiscal, com indicação do CFOP 5.92 7 (Lançamentoefetuado a título de baixa de estoque decorre nte de perda, rouboou deterioração)? O valor a ser atribuído a cada pr oduto é ovalor da entrada sem dedução dos impostos recuperáv eis?

3. Para fins de ressarcimento do imposto devido por

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substituição tributária, está autorizado a emitir n ota fiscal deentrada, com indicação do CPOP 1.603 (Ressarcimento d e ICMSretido por substituição tributária)?

RESPOSTA

O Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.6.080/2012 trata da hipótese de perda por perecimen to,deterioração ou extravio, de mercadorias adquirid as para revendaou industrialização, em diversos dispositivos, prev endo:

- a obrigatoriedade de o contribuinte efetuar o est ornodo crédito vinculado ao produto que não será comerc ializado(inciso V do art. 71);

- a obrigatoriedade de o contribuinte recolh er oimposto suspenso ou diferido em etapa anterior de c irculação, porocasião da ocorrência do fato (§ 4º do art. 105 e i nciso I doart. 117), exceto em relação às operações especific adas no art.72, conforme prevê o seu § 2º.

Também, apresenta o Código F iscal de Operação ouPrestação (CFOP) 5.927, especifico para os registro s efetuados atítulo de baixa de estoque, decorrente de perda, ro ubo oudeterioração de mercadorias, nos termos da Tabela I (B) do AnexoIV (Códigos).

Relativamente às mercadorias subm etidas à substituiçãotributária, o contido nesses dispositivos regulamen tares deve serconsiderado em combinação com o disposto no art. 91 doRegulamento do ICMS, a seguir transcrito, que asseg ura aocontribuinte substituído o direito à restituição do val or doimposto pago, correspondente ao fato gerador presum ido que não serealizar:

“Art. 91. É assegurado ao contribuinte substituído o direitoà restituição do valor do imposto pago por força dasubstituição tributária, correspondente ao fato ger adorpres umido que não se realizar (art. 31 da Lei n.11.580/1996).

Parágrafo único. Formulado o pedido de restituição e não

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havendo deliberação no prazo de noventa dias, o con tribuintesubstituído poderá se creditar, em sua escrita fisc al, dovalor objeto do pedid o, observado o disposto no § 2º do art.95.”.

Assim, tendo em conta que o ICMS é recolhido antes queocorra a venda da mercadoria por parte do contribui ntesubstituído, quando essa não se realizar, por exemp lo, em razãode extravio, perecimento ou deterior ação, tem o contribuintesubstituído o direito de recuperar a parcela de ICM S pago atítulo de substituição tributária.

Por seu turno, inaplicável ao contribuinte substitu ído,na situação de perda de mercadoria submetida à subs tituiçãotributária, a regra de estorno do imposto relativo à operação deaquisição, em razão de não ter efetuado o crédito c orrespondenteao débito próprio do substituto tributário por ocas ião da entradada mercadoria, nos termos do disposto no inciso I d o art. 4º doAnexo X do Regul amento do ICMS, que prevê a escrituração da notafiscal do fornecedor na coluna "Outras - Operações ou Prestaçõessem Crédito do Imposto" do livro Registro de Entrad as.

Feitos tais esclarecimentos, responde-se aoquestionado:

1. para efeitos dos dispositiv os regulamentarescitados, extravio tem o significado de perda (sumiç o,desaparecimento) da mercadoria antes de sua comerci alização, porqualquer causa, compreendendo, portanto, as hipótes es de perdapor roubo ou furto;

2. para documentar a baixa da mercad oria do estoque,deve ser emitida nota fiscal com a indicação do CFO P 5.927(Lançamento efetuado a título de baixa de estoque d ecorrente deperda, roubo ou deterioração) e, como valor da merc adoria, deveser informado o montante pelo qual foi escriturada a entrada,observando-se, nesse sentido, o critério retratado no § 1º doart. 4º do Anexo X do Regulamento do ICMS, de que, para fins dodisposto no art. 5º do mesmo anexo (recuperação ou ressarcimentode ICMS em decorrência de operação interestadual co m mercadoriacujo ICMS foi objeto de retenção), os valores da ba se de cálculo

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de retenção e do imposto retido devem ser atribuído s em função docritério de que a primeira saída corresponderá à pr imeira entradada mercadoria ou do valor médio decorrente da médi a ponderada dosvalores praticados;

3. para recuperar o valor de ICMS a que faz jus pel ofato de a operação presumida não ter se realizado, quecorresponde ao valor do imposto pago por ocasião d a aquisição(calculado sobre a base de cálculo de retenção) subtraído domontante de imposto relativo à operação própria pra ticada pelofornecedor (importância que, na hipótese de extravi o demercadoria não sujeita à substituição tributária, o contribuintenão pode utilizar como crédito), deve observar os p rocedime ntosestabelecidos nos artigos 90 e seguintes do Regulam ento do ICMS,haja vista que essa situação não está contemplada na regra deque trata o art. 5º do Anexo X do Regulamento do IC MS.

Caso a consulente tenha procedido de forma diversa,menciona-se que o artigo 664 do RICMS prevê o prazo de até quinzedias para a adequação dos procedimentos já realizad os ao oraesclarecido.

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PROTOCOLO: 14.289.188-3.

CONSULTA Nº: 165, de 29 de novembro de 2016.

CONSULENTE: COAMO AGROINDUSTRIAL COOPERATIVA.

SÚMULA: ICMS. SAÍDAS DE MERCADORIA EM BONIFICAÇÃO.INCIDÊNCIA DO ICMS.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente requer, com fulcro no art. 25 da LeiComplementar n. 107/2005 e no art. 662 do Regulamen to do ICMS, arevogação da Consulta n. 108, de 2 de agosto de 201 6, por elaformulada, que diz respeito a saídas de mercadoria a título debonificação, arg umentando que o entendimento manifestado peloSetor Consultivo afronta pacífica jurisprudência do SuperiorTribunal de Justiça (STJ), de que o montante das me rcadoriasbonificadas não deve integrar a base de cálculo do ICMS, porcaracterizar desconto incon dicional.

Defende seu pedido, aduzindo ter sido promulgada pe loEstado do Paraná a Lei n. 18.877, de 29 de setembro de 2016, queestabelece, em seu art. 42, o dever de observância aoentendimento consolidado em súmulas do Supremo Trib unal Federal(STF) e d o STJ, nas decisões proferidas em processosadministrativos fiscais.

Argumenta, ainda, que o disposto na referida consul taconflita com o respondido na Consulta 21, de 15 de março de 2016,em que foi reconhecido não constituir receita bruta para efeitosda tributação de que trata o regime do Simples Nacio nal, omontante correspondente às saídas de mercadorias a título debonificação, doação ou brinde.

RESPOSTA

Primeiramente, cabe observar que o fato novoapresentado pela consulente em relação ao exposto n a Consulta n.108/2016 diz respeito à edição da Lei n. 18.877/201 6, que dispõesobre o processo administrativo fiscal e o Conselho deContribuintes e Recursos Fiscais, mais precisamente quanto ao

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contido no art. 42, in verbis :

“Art. 42. As decisões proferid as em processo administrativofiscal observarão o entendimento consolidado:

I - em súmula do STF, do Superior Tribunal de Justi ça – STJou do próprio CCRF;

II - em acórdão proferido pelo STF ou pelo STJ em j ulgamentode recursos repetitivos de que trata o art. 1.036 da LeiFederal nº 13.105, de 16 de março de 2015 - Código deProcesso Civil - CPC;

III - em incidente de resolução de demandas repetit ivas deque trata o art. 976 do CPC.

Parágrafo único. As decisões contrárias aos entendi mentosconsolidados des critos no caput deste artigo deverão conter,de maneira expressa, as razões de discordância.”

Verifica-se do dispositivo legal transcrito que asautoridades administrativas, ao proferir decisões e m processosadministrativos fiscais, em primeira instância o u no âmbito doConselho de Contribuintes e Recursos Fiscais (CCRF) , devemobservar jurisprudência firmada pelo STF ou pelo ST J em súmulasou em acórdãos proferidos em julgamentos de recurso s repetitivos,sendo que, no caso de adoção de posição diversa, de vem seresclarecidas, de forma expressa, as razões da disco rdância, nostermos do seu parágrafo único.

Portanto, desde que motivada, inclusive no curso doprocesso administrativo fiscal, pode ser adotada de cisão diversade entendimento jurisprudencial.

Rel ativamente à resposta dada à consulta questionada,embora as razões que a motivaram estejam nela expre ssas,entende-se oportuno reafirmar alguns aspectos.

Segundo o STJ, a bonificação, enquanto modalidade d edesconto não submetido a condições, não integra a base de cálculodo ICMS, nos termos da Súmula 457: “Os descontos in condicionaisnas operações mercantis não se incluem na base de c álculo doICMS. (PRIMEIRA SEÇÃO, julgado em 25/08/2010, DJe 0 8/09/2010).”

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O Tribunal argumenta que essa circulação, por nã opossuir valor econômico, não preencheria o critério material dahipótese de incidência do ICMS. Aduz ainda que a Le i Complementarn. 87/1996, no inciso I do art. 13, delimitou a bas e de cálculodo imposto como sendo o valor da operação mercantil , de modo quea ausência desse valor, afasta a ocorrência do fato gerador.

É oportuno registrar que, em se tratando de mercado riassubmetidas à substituição tributária, o STJ reconhe ceu, em razãoda impossibilidade de se provar que o desconto prat icado pelocontrib uinte substituto também seria observado pelos demai scontribuintes da cadeia de circulação, que o valor do ICMS emrelação às operações subsequentes deve ser calculad o sobre a basede cálculo de retenção.

Contesta-se a posição de que a saída de mercadoriasbonificadas não caracteriza hipótese de incidência do ICMS, porausência de critério material, com fundamento nas d isposiçõesconstitucionais relativas ao ICMS e nas regras cont idas na LeiComplementar n. 87/1996.

Em consonância com tais disposições, as u nidadesfederadas defendem que configura fato gerador do IC MS a saída demercadoria de estabelecimento de contribuinte indep endentementede sua natureza jurídica, conforme expressa o § 2º do art. 2º (Acaracterização do fato gerador independe da naturez a j urídica daoperação que o constitua.) .

Ainda, o legislador complementar elegeu o momento d asaída de estabelecimento de contribuinte como fato deexteriorização da hipótese de incidência relativa à circulação demercadoria (art. 12, inciso I, da LC n. 87/ 1996), sem qualquerressalva quanto a seu aspecto jurídico, indicando, inclusive, queapenas a ocorrência de circulação física já determi na aocorrência do fato gerador.

Desse modo, a saída de mercadorias promovida porcontribuinte acarreta consequências f iscais, independentemente danatureza do negócio jurídico e da vontade das parte s. Sob oaspecto jurídico-tributário, portanto, não está afa stada a

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tributação das saídas promovidas a título de bonifi cação oudoação.

Menciona-se a doação, pois o paralelo en tre bonificaçãoe doação é interessante para análise da matéria, já que nas duashipóteses tem-se a distribuição gratuita de mercado rias. Adiferença consiste na circunstância de a primeira r elacionar-se aoperações comerciais (a título de bônus, ou estímu lo, ocorre aentrega gratuita de mercadorias a clientes da empre sa comobjetivo vinculado ao incremento de sua atividade), o que nãoocorre nas doações de mercadorias (usualmente assoc iadas a finsassistenciais ou filantrópicos, em que o destinatár io não écliente da empresa e não as destina a revenda).

No tocante à doação, as legislações estaduais preve em,a partir de acordos firmados no âmbito do Conselho Nacional dePolítica Fazendária – CONFAZ, hipóteses de isenção do ICMS,confirmando que tal modalidad e de circulação de mercadorias éabrangida pelo tributo, nas situações em que não af astada suaincidência.

Quando a doação é fruto de uma negociação comercial , emque mercadorias são dadas a título de prêmio a terc eiro que asdestinará ao comércio, denomin a-se de bonificação. Nesse caso, osprodutos dados a título de bônus não perdem a condi ção demercadorias, pois impulsionados a novas etapas decomercialização, cujo objetivo, tanto do remetente quanto dodestinatário, é o lucro.

Os motivos mencionados (v ínculo com a atividadeeconômica do remetente e destinação à nova etapa decomercialização) são aspectos que reforçam a tribut abilidade dasbonificações frente às doações, sendo que ambas aco ntecem sob amarca da gratuidade. Abatimento de cem por cento d o valor damercadoria, portanto, caracteriza doação, não se co nfundindo comdesconto.

Ademais, transfere-se a titularidade das mercadoria s,portanto, também ocorre circulação jurídica, circun stância quenão está presente nas operações realizadas entre es ta belecimentosde mesma empresa, e que nem por isso deixam de cons tituir

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hipótese de incidência do ICMS, conforme prescreve o inciso I doart. 12 da Lei Complementar n. 87/1996. Aliás, o fa to geradorrelativo à circulação de mercadoria de um para outr oestab elecimento de mesmo titular também tem sua ocorrênc ia negadapelo STJ, posição à qual não aderem às unidades da Federação esequer os contribuintes do ICMS.

A ausência de valor da operação também não édeterminante para afastar a incidência do imposto d e u ma operaçãode circulação de mercadoria. Por esse motivo, para as situaçõesem que não há valor de operação a ser considerado, o que é o casoda transferência entre estabelecimentos de mesmo ti tular, em quenão há preço envolvido, a lei complementar antes mencionadaestabelece regras próprias, no seu artigo 15, també m reproduzidasna Lei n. 11.580/1996.

Outro argumento da consulente que merece contestaçã o éo de que a resposta dada à Consulta 21, de 15 de ma rço de 2016,conflita com aquela dada na consulta em exame, pois naquele casofoi analisada a repercussão da bonificação na forma de tributaçãodo Simples Nacional, em que a base de cálculo corre sponde àreceita bruta auferida, e não sob os aspectos do IC MS, que nãoincide sobre a receita de vendas, mas s obre a circulação demercadorias.

Conforme esclarece, também, a Secretaria da ReceitaFederal do Brasil, em relação aos tributos de sua c ompetência quetêm como fato gerador o auferimento de receitas (PI S/Pasep eCOFINS), na cessão gratuita de bens, a qual quer título, não podehaver tributação que tenha como base de cálculo o v alor dofaturamento. Em relação a esses tributos, a bonific açãoequivalente a um desconto incondicional, desde que conste na notafiscal de venda.

Não é esse o caso do IPI, por exem plo, cujo fatogerador é a saída de produto do estabelecimento ind ustrial, ouequiparado a industrial. A incidência, tanto do IPI quanto doICMS, se dá sobre a saída de mercadorias do estabel ecimento,sendo que, em relação ao tributo federal, no § 2º d o ar t. 14 daLei nº 4.502/64, consta a determinação de que não p odem serdeduzidos do valor da operação os descontos, difere nças ou

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abatimentos, concedidos a qualquer título, ainda qu eincondicionalmente.

Ainda assim, a mesma discussão judicial travada emrel ação ao ICMS, quanto à tributabilidade das bonifica ções,ocorre relativamente ao IPI.

Logo, tendo em vista que a atividade tributária dev eser desenvolvida com foco na legalidade, o Setor Co nsultivoreafirma o disposto na Consulta n. 108/2016, de que as sa ídas demercadorias dadas em bonificação se submetem à inci dência doICMS, devendo a operação ser tributada por não have r regra nalegislação que afaste a exigência do imposto.

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PROTOCOLO: 14.255.720-7.

CONSULTA Nº: 166, de 1º de dezembro de 2016.

CONSULENTE: HIDROVAG COMÉRCIO DE PEÇAS E SERVIÇOS PARAVEÍCULOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. FICHA DE CONTEÚDO DE IMPORTAÇÃO.PREENCHIMENTO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal decomércio atacadista de peças e acessórios novos par a veículosautomotores e na secundaria de fabricação de tais m ercadorias,aduz que o artigo 622-E do Regulamento do ICMS disp õe que opercentual do conteú do de importação será o quociente entre ovalor da parcela importada do exterior e o valor to tal daoperação de saída interestadual da mercadoria ou be m submetidos aprocesso de industrialização.

Afirma que opera no mercado nacional com preço deatacadis ta, de varejista e, ainda, realiza operação detransferência interestadual pelo preço de custo da mercadoria.

Dessa forma, alega que o mesmo produto poderá terconteúdo de importação com percentuais diversos, em razão de aoperação ter preços diferentes.

Posto isso, questiona como deve proceder para infor maro conteúdo de importação na FCI – Ficha de Conteúdo deImportação.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcreve-se os dispositi vosdo Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.0 80, de 28 desetem bro de 2012:

Art. 622-E. Conteúdo de Importação de que trata o i nciso IIdo § 2º do art. 15 é o percentual correspondente aoquociente entre o valor da parcela importada do ext erior e o

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valor total da operação de saída interestadual da m ercadoriaou bem su bmetidos a processo de industrialização.

§ 1º O Conteúdo de Importação deverá ser recalculad o sempreque, após sua última aferição, a mercadoria ou bem objetosde operação interestadual tenham sido submetidos a novoprocesso de industrialização.

[...]

Art. 622-F. No caso de operações com bens ou mercadoria simportados que tenham sido submetidos a processo deindustrialização, o industrializador deverá preench er a FCI- Ficha de Conteúdo de Importação, conforme modelo constanteno Anexo Único do Convênio ICM S 38, de 2013, na qual deveráconstar:

[...]

VII - o valor total da saída interestadual;

[...]

§ 1º Com base nas informações descritas nos incisos I a VIIIdo “caput”, a FCI deverá ser preenchida e entregue nostermos do art. 622-G:

I - de forma individual izada por bem ou mercadoriaproduzidos;

II - utilizando-se o valor unitário, que será calcu lado pelamédia aritmética ponderada, praticado no penúltimo períodode apuração.

§ 2º A FCI será apresentada mensalmente, sendo disp ensadanova apresentação nos per íodos subsequentes enquanto nãohouver alteração do percentual do Conteúdo de Impor tação queimplique modificação da alíquota interestadual.

§ 3º Na hipótese de não ter ocorrido saída interest adual nopenúltimo período de apuração indicado no inciso II do § 1º,o valor referido no inciso VII do “caput” deverá se rinformado com base nas saídas internas, excluindo-s e osvalores do ICMS e do IPI.

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§ 4º Na hipótese de não ter ocorrido operação de im portaçãoou de saída interna no penúltimo período de apuraçã oin dicado no inciso II do § 1º, para informação dos va loresreferidos, respectivamente, nos incisos VI ou VII d o“caput”, deverá ser considerado o último período an terior emque tenha ocorrido a operação.

Infere-se do disposto no inciso VII do art. 622-F,combinado com o inciso II do seu § 1º, do Regulamento do ICMS,que no campo “valor total da saída interestadual” d a FCI, deveser informado o valor unitário da mercadoria por un idade demedida, que é obtido pela média aritmética ponderad a praticada nopenúlti mo período de apuração.

Esse entendimento é corroborado pelo contido no inc isoI do § 1º do art. 622-F, que prevê a elaboração de uma FCI pormercadoria ou bem.

Assim, a FCI deve ser preenchida utilizando-se osvalores unitários, calculados pela média ari tmética ponderada,tanto em relação à parcela importada do exterior qu anto no que serefere ao valor total da saída interestadual, deven do serreapresentada somente quando houver alteração do pe rcentual doconteúdo de importação que implique modificação da alíquotainterestadual.

Posto isso, incorreto o entendimento manifestado pe laconsulente de que o mesmo produto pode ter mais de um conteúdo deimportação.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulente observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 13.917.246-9.

CONSULTA Nº: 167, de 8 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: C. VALE – COOPERATIVA AGROINDUSTRIAL.

SÚMULA: ICMS. NOTA FISCAL DE PRODUTOR. DISPENSA DEEMISSÃO.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, filial de cooperativa agroindustrial,cadastrada na atividade de comércio atacadista de p rodutosalimentícios em geral, informa que adquire leite cr u de seusassociados (produtores rurais) para posterior comer cialização àsindústrias de latic ínios.

Em razão da natureza dessa atividade, ocorrem entre gasdiárias de leite à consulente por parte de seus coo perados.

Mencionando o inciso II do § 1º do art. 163 doRegulamento do ICMS, que dispõe sobre a dispensa de emissão daNota Fiscal de Produtor por ocasião da entrega, em operaçãointerna, de leite de produção paranaense pelo coope rado àcooperativa, manifesta entendimento de que tal disp ensa estariarestrita à hipótese de entrega do produto (transmis são da posse)à consulente, porém não compreend eria a transmissão depropriedade. Desse modo, entende que seria necessár ia a emissãode documento fiscal nesse momento.

No entanto, aduz que seus associados alegam que ess adispensa, por ocasião da circulação física, compre ende a vendada mercadoria, con forme entendimento adotado, inclusive, poroutras cooperativas e empresas na hipótese retratad a.

Ainda, alega que a exigência ou não da Nota Fiscal deProdutor se reflete na validação da contranota de p rodutor (NF-e)emitida pelo adquirente.

Nesse sentido, menciona a publicação da Nota Técnica2015.002 do Projeto Nota Fiscal Eletrônica, questio nando qual aposição do Paraná quanto à validação de notas fisca is de entrada,

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quando essas não referenciarem a correspondente not a de produtor.

RESPOSTA

A regra regu lamentar mencionada pela consulente, quedispõe sobre a dispensa de emissão de nota fiscal p or parte doprodutor rural inscrito no CAD/PRO, encontra-se pre scrita nosseguintes termos:

Art. 163. O produtor rural inscrito no CAD/PRO emit irá NotaFiscal de Pr odutor (Convênio SINIEF s/n. de 15.12.1970, art.58):

I - sempre que promover a saída de bem ou mercadori a;

II - na transmissão de propriedade de mercadoria;

§ 1º Fica dispensada a emissão de Nota Fiscal de Pr odutor:

...

II - na entrega em operação inter na de leite de produçãoparanaense pelo cooperado à cooperativa ou por prod utor aoestabelecimento comercial ou industrial;

...

VII - no momento da transmissão de propriedade de m ercadoriadepositada em estabelecimento de terceiros quando e fetuadapara o p róprio depositário, desde que esse emita NF-e paradocumentar a operação de aquisição.

...

§ 4º Ocorrendo a hipótese prevista no inciso VII do § 1º, oestabelecimento adquirente deverá informar, no cam po “NotaFiscal Referenciada - NF-ref” da NF-e, o núme ro da notafiscal emitida anteriormente para documentar as rem essaspara depósito.”

Depreende-se da norma transcrita que o produtor rur aldeve emitir nota fiscal sempre que promover a saída de bem oumercadoria de seu estabelecimento, a qualquer títul o, e também

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quando da transmissão de sua propriedade, na hipóte se de terocorrido em momento anterior sua saída física em op eração comnatureza de remessa para armazenagem ou depósito, p or sua conta eordem, sem que tenha ocorrido circulação jurídica.

Dessa obr igatoriedade, excetuam-se as situaçõesdescritas no § 1º do referido artigo regulamentar, dentre asquais a operação interna com leite de produção para naenserealizada pelo cooperado à cooperativa ou por produ tor aoestabelecimento comercial ou industrial, conforme disposto noinciso II (Precedente: Consulta n. 107/2000).

Ainda, conforme dispõe o inciso VII, a dispensa deemissão de Nota Fiscal de Produtor estende-se, incl usive, àoperação de transmissão de propriedade da mercadori a, na hipóteseem que o ad quirente seja o próprio depositário, desde que esseemita NF-e para documentar a operação de aquisição.

Por seu turno, quando a mercadoria é comercializada aterceiro, que não o depositário, deve ser emitida N ota Fiscal deProdutor para documentar a venda , ou seja a transmissão depropriedade, informando no campo “Nota Fiscal Refe renciada(NF-ref”) da NF-e o número das notas fiscais de pro dutor emitidasanteriormente para formalizar as remessas para depó sito, nostermos do § 4º do art. 163.

Especificament e em relação às operações internas comleite praticadas por produtor rural diretamente à c ooperativa daqual faça parte ou a estabelecimento comercial ou i ndustrial,verifica-se não haver regra dispondo que a nota fis cal dispensadade emissão no momento da circulação física da mercadoria deva seremitida em momento posterior, por período temporal ou por ocasiãodo pagamento da aquisição por parte do destinatário .

Considerando-se que o fato gerador do imposto sematerializa no momento da saída da mercadoria do estabelecimentoremetente, na hipótese de essa ser diretamente des tinada aoestabelecimento adquirente, perfaz-se a circulação física ejurídica, cabendo a emissão de uma única nota fisca l por parte dopromotor da operação com o fim de documentá-la.

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Nesses termos, tem-se que o momento em quematerializado o pagamento da aquisição pelo adquire nte não produzefeitos para fins de ICMS, a menos que prevista exp ressamente nalegislação alguma obrigação acessória a ele vincula da, o que nãoé o caso da situaçã o em exame.

Nesse sentido, por exemplo, a norma regulamentarautoriza, por opção do contribuinte, que seja emiti da nota fiscalpara fins de simples faturamento, na venda para ent rega futura.Entretanto, exige obrigatoriamente sua emissão, com destaque doI CMS quando devido, por ocasião da saída efetiva, gl obal ouparcial (caput e §§ 1º a 3º do art. 328 do Regulame nto do ICMS).Esse procedimento guarda conformidade com a norma l egal quedetermina ser a circulação física o marco temporal escolhido paracaract erizar a ocorrência do fato gerador.

Pelas razões expostas, descabe confundir a transmis sãode propriedade a que faz referência o inciso II do art. 163 doRegulamento do ICMS, aplicável a particulares situa ções, com omomento em que o produtor recebe o pag amento pela venda damercadoria. Ademais, se assim fosse, quando o momento dopagamento se confundir com o da entrega da mercador ia, a dispensade emissão da nota fiscal, expressamente prevista n o inciso II do§ 1º do mesmo artigo, perderia seu objeto.

Assim, para à situação fática em análise, a legislaçã odispensa a emissão de nota fiscal de produtor no mo mento daocorrência do fato gerador e não estabelece outro p razo ou formade emissão em momento posterior. Logo, não exige qu e sejaemitida.

Nesse caso, deve a entrada do leite no estabelecimentoadquirente ser documentada pela Nota Fiscal Eletrôn ica (NF-e) queo contribuinte está obrigado a emitir, nos termos d a alínea “a”do inciso I do art. 160 do Regulamento do ICMS.

Mesmo que se analise a operação de entrega do leitepelo produtor à consulente sob a natureza de remess a paradepósito, e não de operação de venda, ainda assim e stariadispensada a emissão da Nota Fiscal de Produtor no momento em

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essa fosse efetivada, em razão do disposto no incis o VII do § 1ºdo art. 163 do Regulamento do ICMS.

Registre-se, outrossim, que nada obsta a emissão, p eloprodutor rural, das notas fiscais dispensadas, mas essas não sãode emissão obrigatória.

No que diz respeito à Regra de Validação (RV) BA10- 20contida na Nota Técnica 2015.002, que prevê mecanismo deconfirmação de validade de NF-e emitida para docume ntar entradasde mercadorias recebidas de produtor rural, exigind o que sejanela referenciada a correspondente nota fiscal por ele emitida,informa-se que sua aplic ação é facultativa, ficando aimplementação a critério de cada unidade federada.

Em relação às operações internas, embora tenha sidoemitido pela Receita Estadual o Boletim Informativo n. 009/2016,para divulgar que a regra de validação antes referi da seri aaplicada a partir de 3.10.2016, a previsão não se c oncretizou,até porque sua implementação exigiria a emissão de Nota Fiscal deProdutor em relação a qualquer saída de mercadoria praticada porprodutor rural, sem exceções, o que conflita com o contido n asregras regulamentares analisadas.

Desse modo, enquanto vigentes, cabe observância àsregras de dispensa de emissão de Nota Fiscal de Pro dutordispostas no § 1º do art. 163 do Regulamento do ICM S.

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PROTOCOLO: 14.143.074-2.

CONSULTA Nº: 168, de 6 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: ENGCONTROL AUTOMAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. CONVERSOR DE FREQUÊNCIA. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, cuja atividade principal é o comércioatacadista de máquinas e equipamentos para uso indu strial,informa que adquire mercadorias de fornecedores loc alizados emoutras unidades federadas, tendo dúvidas acerca do tratamentotributário aplicável às aquisições do produto conversor/inversorde frequência, classificado no código NCM 8504.40.5 0.

Esclarece que, em alguns casos, adquire o produto s em aretenção do ICMS devido por substituição tributária , sendo que ofornecedor justifica seu procediment o alegando que, a partir de1º de janeiro de 2016, com as alterações introduzid as noRegulamento do ICMS pelo Decreto n. 3.530/2016, o p rodutoconversor não está compreendido na redação dada à p osição 2 doart. 116 do Anexo X dessa norma regulamentar. Por esse motivo,não estaria sujeito à substituição tributária.

Mencionando que compartilha do mesmo entendimento,questiona se está correta essa conclusão.

RESPOSTA

Transcreve-se a posição 2 do art. 116 do Anexo X d oRegulamento do ICMS aprovado pelo Decret o n. 6.080/2012, com anova redação dada pelo Decreto n. 3.530/2016, com v igência apartir de 1º.1.2016:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

...

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2 12.001.00

85.04 Transformadores, bobinas dereatância e deauto indução,inclusive ostransformadoresde potênc iasuperior a 16KVA,classificadosnas posições8504.33.00 e8504.34.00;exceto osdemaistransformadoresda subposição8504.3, osreatores paralâmpadaselétricas dedescargaclassificadosno código8504.10.00, oscarregadores deacumuladores docódigo8504.40.10, osequipamentos dealimentaçãoininterrupta deenergia (UPS ou"no break"), nocódigo8504.40.40 e osde usoautomotivo

Segundo a redação vigente até 31.12.2015, os produt osclassificados na posição 85.04 da NCM estavam conte mplados no

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item 4 do art. 116 do Anexo X, com a seguinte descrição:

ITEM NCM DESCRIÇÃO

... ... ...

4 85.04 Transformadores,conversores,retificadores, bobinasde reatância e deautoindução, exceto ostransformadores dasubposição 8504.3, osreatores para lâmpadaselétricas d e descargaclassificados nosubitem 8504.10.00, oscarregadores deacumuladores dosubitem 8504.40.10 eos equipamentos dealimentaçãoininterrupta deenergia (UPS ou “nobreak”) no código8504.40.40

Transcreve-se, ainda, a redação dada à posição 85.0 4pel a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM):

85.04 Transformadores elétricos,conversores elétricos estáticos(retificadores, por exemplo),bobinas de reatância e deautoindução.

8504.10.00 - Reatores para lâmpadas ou tubosde descarga

8504.2 - Transformadore s de dielétricolíquido:

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... ...

8504.3 - Outros transformadores:

8504.40 - Conversores estáticos

8504.40.10 Carregadores de acumuladores

8504.40.2 Retificadores, excetocarregadores de acumuladores

8504.40.30 Conversores de corrente contínua

8504.40.40 Equipamento de alimentaçãoininterrupta de energia (UPS ouno break)

8504.40.50 Conversores eletrônicos defrequência, para variação develocidade de motores elétricos

8504.40.60 Aparelhos eletrônicos dealimentação de e energia dostipos utilizados para ilu minaçãode emergência

8504.50.00 - Outras bobinas de reatância ede autoindução

Depreende-se do confronto das normas antes transcri tasque a redação dada à norma regulamentar pelo Decret o n.3.530/2016, editado para introduzir no Regulamento do ICMS asdi sposições contidas no Convênio ICMS 92/2015, que es tabelece asistemática de uniformização e identificação das me rcadorias ebens passíveis de sujeição ao regime de substituiçã o tributária,suprimiu os termos conversores e retificadores.

Logo, a partir de janeiro de 2016, os conversoresestáticos classificados em códigos inseridos na sub posição8504.40 da NCM não se submetem à substituição tribu tária, o que

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compreende todos os produtos enquadráveis nessa sub posição, taiscomo os conversores eletrônicos de f requência, classificados nocódigo 8504.40.50.

Nesses termos, correto o entendimento manifestado p elaconsulente.

Por fim, cabe mencionar que está prevista regra deconvalidação, nos termos do art. 2º do Decreto n. 3 .530/2016,relativamente aos procediment os adotados pelos contribuintes noperíodo de 1º de janeiro a 22 de fevereiro de 2016, data de suapublicação:

“Art. 2.º Ficam convalidados os procedimentos adota dos nasoperações com as mercadorias descritas nas alteraçõ es 923ª a959ª de que trata o art. 1º, realizadas sob o regime desubstituição tributária ou em consonância com as re gras atéentão vigentes, no período de 1º de janeiro de 2016 até adata da sua publicação.”.

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PROTOCOLO: 14.090.082-6.

CONSULTA Nº: 169, de 19 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: CANTU OESTE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO LTDA.

SÚMULA: ICMS. AQUISIÇÕES DOCUMENTADAS POR NFC-e.PROCEDIMENTOS.

RELATORA: LUCINDA TERESA

A consulente, com atividade econômica principal decomércio atacadista de frutas, verduras, raízes, tu bérculos,hortaliças e legumes frescos, informa que adquire, eventualmente,combustíveis e refeições, que não geram direito a c rédito, emoperações docume ntadas por Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica –NFC-e, modelo 65.

Questiona se é obrigatória a escrituração dessasaquisições documentadas por NFC-e no livro Registro de Entradas;ou ainda, se pode efetuar o registro apenas nos liv ros Diário eRazão.

RESPOSTA

A Nota Fiscal de Consumidor Eletrônica – NFC-e foiinstituída para substituir os documentos fiscais em papelutilizados no varejo (cupom fiscal emitido por ECF e Nota Fiscalde Venda a Consumidor, modelo 2), reduzindo custos de obrigaçõesacessórias aos contribuintes, ao mesmo tempo que possibilita oaprimoramento do controle fiscal pelas Administraçõ esTributárias.

Considerando que a NFC-e substitui a Nota Fiscal deVenda a Consumidor, modelo 2, poderá ser utilizada paradocumentar vendas efetuadas a contribuinte do ICMS na condição deconsumidor final, nos termos do art. 155 do Regulam ento do ICMS,aprovado pelo Decreto 6.080, de 28 de setembro de 2 012.

A dúvida da interessada é justificada pela vedação àescrituração fiscal de entradas pela NFC-e, conforme nota contidano Guia Prático EFD-ICMS/IPI – Versão 2.0.18, a seg uir

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transcrita:

“REGISTRO 100: NOTA FISCAL (CÓDIGO 01), NOTA FISCAL AVULSA(CÓDIGO 1B), NOTA FISCAL DE PRODUTOR (CÓDIGO 04), N F-e(código 55) e NFC-e (CÓDIGO 65).

Este registro deve s er gerado para cada documento fiscalcódigo 01, 1B, 04, 55 e 65 (saída), conforme item 4 .1.1 doAto COTEPE/ICMS n. 09, de 18 de abril de 2008, regi strando aentrada ou saída de produtos ou outras situações qu eenvolvam a emissão dos documentos fiscais menc ionados.

As NFC-e – código 65 não devem ser escrituradas nasentradas.

A nota acima transcrita prescreve que não devem serescrituradas aquisições documentadas por NFC-e no l ivro Registrode Entradas. Portanto, tratando-se de compras dessa natureza, asnot as fiscais pertinentes devem ser contabilizadas nos livrosDiário e Razão.

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PROTOCOLO: 14.181.296-3.

CONSULTA Nº: 170, de 8 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: CERVEJARIA PETRÓPOLIS S.A.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAIS DE ALÍQUOTAS. FORMA DECÁLCULO PARA APURAÇÃO DO IMPOSTO.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, com sede no Rio de Janeiro erepresentando os estabelecimentos da empresa locali zados noParaná que atuam no comércio atacadista de bebidas e de soja e nafabricação de cervejas e chope, aduz que a nova red ação dada aoart. 6ºA da Lei n. 11.5 80/1996, pela Lei n. 18.573/2015,modificou a forma de cálculo do diferencial de alíq uotas devidopelo adquirente, na hipótese de entrada de mercador ia destinadaao uso ou consumo ou ao ativo imobilizado.

Entende que, a partir de 1º.1.2016, para fins decálculo do diferencial de alíquotas, o montante do I CMS relativoà diferença entre às alíquotas interna e interestad ual deveintegrar a sua própria base de cálculo, mas tem dúv ida quanto àforma correta de apuração do montante devido.

Assim, apresenta três cálculos, a saber:

1. no primeiro, aplica sobre a base de cálculoretratada no documento fiscal a diferença aritmétic a entre asalíquotas interna e interestadual;

2. no segundo, exclui do montante relativo à base d ecálculo do ICMS consignada no document o fiscal o imposto relativoa operação interestadual e inclui o imposto inciden te na operaçãointerna, multiplicando esse valor pela alíquota de 18% esubtraindo do resultado obtido o montante do ICMS r elativo àoperação interestadual;

3. no terceiro, incl ui na base de cálculo destacada nodocumento fiscal o montante correspondente ao perce ntual relativoà diferença de alíquotas.

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Questiona qual dos exemplos retrata o cálculo corre to.

Na hipótese de nenhum espelhar a correta apuração d omontante devido, in daga como deve ser efetuado.

Por fim, questiona, no que diz respeito ao cálculo dodiferencial de alíquotas decorrente de operação int erestadual comnão contribuinte do imposto, de que trata a Emenda Constitucionaln. 87/2015, se deve aplicar as disposiç ões do Convênio ICMS93/2015.

RESPOSTA

Para análise da matéria, transcrevem-se os disposit ivosda legislação vinculados às dúvidas apresentadas pe la consulente:

Lei n. 11.580/1996:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte, demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fede ração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente .

XV - da realização de operações e prestações inicia das emoutra unidade da Federação que d estinem bens e serviços aconsumidor final não contribuinte do imposto locali zadoneste Estado.

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

[...]

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusiv e naimportação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, constituindo o r espectivodestaque mera indicação para fins de controle;

Art. 6ºA Na hipótese do inciso XIV do art. 5º desta Lei, a

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base de cálculo é o valor da operação na unidade fe derada deorigem, e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadua l,observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 6º destaLei.

Art. 6ºB Na hipótese do inciso XV do art. 5º desta Lei, abase de cálculo é o valor da operação o u o preço do serviçosobre o qual foi cobrado o imposto na unidade feder ada deorigem, e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadua l,observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 6º destaLei (Emenda Constitucional nº 87, de 16 de abril de 2015).

RICMS/2012

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º da Lei n.11.580/1996):

[...]

§ 12. Para fins de cálculo do imposto correspondent e àdiferença entre a alíquota interna e a interestadua l, nahipótese de que trata o inciso XIV do “caput” do art. 5º,deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) do valor da operação informado no documento fisc al,excluir o montante do imposto correspondente à alíq uotainterestadual;

b) ao valor obtido na forma d a alínea “a”, incluir omontante do imposto calculado pela alíquota internaestabelecida para a mercadoria na operação com o co nsumidorfinal, observado o disposto no § 13;

c) sobre o valor obtido na forma da alínea “b”, apl icar aalíquota interna estabele cida para a mercadoria na operaçãocom o consumidor final, observado o disposto no § 1 3;

d) o imposto devido corresponderá à diferença entre o valorobtido na forma da alínea “c” e aquele devido à uni dadefederada de origem relativo à operação interestadua l.

§ 13. Para fins do cálculo de que trata o § 12, dev erá ser

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considerado, se for o caso, o adicional de dois pon tospercentuais à alíquota interna, correspondente ao F undoEstadual de Combate à Pobreza do Paraná - FECOP pre visto noAnexo XII deste Regulam ento.

Reproduz-se, também, excertos do Convênio ICMS 93, de17 de setembro de 2015, que se encontram implementa dos noCapítulo V-A do Título III do RICMS, o qual prevê o sprocedimentos a serem observados pelos contribuinte s nasoperações e prestações inter estaduais que destinem bens eserviços a consumidor final não contribuinte:

Cláusula segunda Nas operações e prestações de serviço deque trata este convênio, o contribuinte que as real izardeve:

I - se remetente do bem:

a) utilizar a alíquota interna prev ista na unidade federadade destino para calcular o ICMS total devido na ope ração;

b) utilizar a alíquota interestadual prevista para aoperação, para o cálculo do imposto devido à unidad efederada de origem;

c) recolher, para a unidade federada de destino , o impostocorrespondente à diferença entre o imposto calculad o naforma da alínea “a” e o calculado na forma da alíne a “b”;

[...]

§ 1º A base de cálculo do imposto de que tratam os incisos Ie II do caput é única e corresponde ao valor da ope ração ouo p reço do serviço, observado o disposto no § 1º do ar t. 13da Lei Complementar nº 87, de 13 de setembro de 199 6.

§ 1º-A O ICMS devido ás unidades federadas de orige m edestino deverão ser calculados por meio da aplicaçã o dasseguintes fórmulas:

ICMS origem = BC x ALQ inter

ICMS destino = [BC x ALQ intra] - ICMS origem

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Onde:

BC = base de cálculo do imposto, observado o dispos to no §1º;

ALQ inter = alíquota interestadual aplicável à oper ação ouprestação;

ALQ intra = alíquota interna aplicável à operação o upr estação no Estado de destino.

[...]

Primeiramente, no que diz respeito à primeiraindagação, que trata do cálculo do diferencial de a líquotasincidente na entrada de mercadoria destinada ao uso ou consumo ouao ativo permanente de contribuinte do imposto, foi editada a Lein. 18.573/2015 dando nova redação ao art. 6ºA da Le i n.11.580/1996, em vigor desde 1º de janeiro de 2016.

A partir de então, restou revogado o disposto no in cisoII do § 3º do art. 6º do Regulamento do ICMS, vigen te até 31 dedezembro de 2015, o qual dispunha que o imposto a recolher ser iacorrespondente à diferença aritmética simples entre as alíquotasinterna e interestadual aplicada sobre o valor da o peraçãodestacado na nota fiscal.

Em razão da alteração da norma legal, objetivandor etratar a forma correta do cálculo do diferencial d e alíquotas,foi editado o Decreto n. 5.603/2016, inserindo os § § 12 e 13 aoart. 6º do Regulamento do ICMS, antes transcritos.

Sublinhe-se que a nova forma de calcular o diferenc ialde alíquotas iguala a carga tributária dos materiais e bensadquiridos por contribuintes em operações interesta duais àinterna, sem distinção de origem, em conformidade c om o objetivoda regra constitucional.

Logo, conclui-se que o segundo cálculo apresentado pelaconsulente r eflete a correta interpretação da regra para apuraç ãodo mencionado diferencial de alíquotas.

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Quanto à segunda questão, que diz respeito ao cálcu lodo diferencial de alíquotas nas operações interesta duais comconsumidores finais não contribuintes do impos to, o art.327-B doRegulamento do ICMS, que explica o cálculo para apu ração dessediferencial, implementa o Convênio ICMS 93/2015, celebrado portodas as unidades federadas para uniformizar a cobr ança desseimposto.

Registre-se, por fim, que a Emenda Co nstitucional n.87/2015, objetivou tão somente a repartição do ICMS relativamenteas operações interestaduais que destinem mercadoria s aconsumidores finais não contribuintes do imposto, q ue, até então,era todo devido ao estado de localização do remeten te damercadoria. A mudança da legislação não objetivou a lterar a cargatributária.

Com essa nova disposição constitucional, o estado d eorigem fica com a parcela relativa à alíquota inter estadual e oestado de destino com a diferença entre o imposto c alcul ado pelaalíquota interna e o devido ao estado de origem, ob servando-seque no período de 2016 a 2018 esse diferencial é pa rtilhado entrea unidade federada de origem e de destino.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na prese nte resposta, deverá a consulente observar odisposto no artigo 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazode até quinze dias para a adequação dos procediment os járealizados ao ora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.226.178-2.

CONSULTA Nº: 171, de 8 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: SOINVIE DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. FORMA DECÁLCULO PARA APURAÇÃO DO IMPOSTO. MATERIAL DECONSUMO E ATIVO PERMANENTE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada no regime do Simples Nacio nale com a atividade principal de fabricação de sabões edetergentes, tem dúvidas quanto ao cálculo para apu ração doimposto devido a título de diferencial de alíquotas , incidentepor ocasião da entrada d e mercadoria destinada ao uso ou consumoe ao ativo permanente do estabelecimento.

Em razão de sua dúvida quanto à forma correta deapuração do montante devido a título desse diferenc ial, apresentadois cálculos, a saber:

1. no primeiro, aplica sobre a b ase de cálculoretratada no documento fiscal a diferença aritmétic a entre asalíquotas interna e interestadual, conforme dispunh a o inciso IIdo § 3º do art. 6º do Regulamento do ICMS, com a re dação vigenteaté 31.12.2015;

2. no segundo, para incluir o mo ntante do imposto nasua própria base, aplica sobre o diferencial de alí quotas, quandoesse corresponder a 6%, o divisor de 82% (1-18%), o btendo opercentual de 7,317%, que multiplica pelo valor da operação deaquisição.

Questiona, ainda, na hipótese de o cálculo corretocorresponder ao segundo apresentado, como deve ser preenchida anota fiscal na situação em que o responsável pelo p agamento é oremetente, na condição de substituto tributário

RESPOSTA

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Para análise da matéria, reproduz-se os dispositivo s d aLei n. 11.580/1996, vinculados à dúvida da consulen te:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte , demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fede ração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente.

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

[...]

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusiv e naimportação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, co nstituindo o respectivodestaque mera indicação para fins de controle;

Art. 6ºA Na hipótese do inciso XIV do art. 5º desta Lei, abase de cálculo é o valor da operação na unidade fe derada deorigem, e o imposto a recolher será correspondente àdiferença en tre as alíquotas interna e interestadual,observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 6º destaLei.

Em razão da alteração da norma legal, objetivandoretratar a forma correta do cálculo do diferencial de alíquotas,foi editado o Decreto n. 5.603/2016, inserindo os §§ 12 e 13 aoart. 6º do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decret o n.6.080/2012:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º da Lei n.11.580/1996):

[...]

§ 12. Para fins de cálculo do imposto correspondent e àdiferença entre a alíquota interna e a interestadual, nahipótese de que trata o inciso XIV do “caput” do ar t. 5º,

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deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) do valor da operação informado no documento fisc al,excluir o montante do imposto correspondente à alíq uotainter estadual;

b) ao valor obtido na forma da alínea “a”, incluir omontante do imposto calculado pela alíquota internaestabelecida para a mercadoria na operação com o co nsumidorfinal, observado o disposto no § 13;

c) sobre o valor obtido na forma da alínea “ b”, aplicar aalíquota interna estabelecida para a mercadoria na operaçãocom o consumidor final, observado o disposto no § 1 3;

d) o imposto devido corresponderá à diferença entre o valorobtido na forma da alínea “c” e aquele devido à uni dadefederada de origem relativo à operação interestadual.

§ 13. Para fins do cálculo de que trata o § 12, dev erá serconsiderado, se for o caso, o adicional de dois pon tospercentuais à alíquota interna, correspondente ao F undoEstadual de Combate à Pobreza do Paraná - FE COP previsto noAnexo XII deste Regulamento.

Sublinhe-se que a nova forma de calcular o diferenc ialde alíquotas iguala a carga tributária dos materiai s e bensadquiridos por contribuintes em operações interesta duais àinterna, sem distinção de origem, em conformidade com o objetivoda regra constitucional.

Logo, para apuração do valor devido a título dediferencial de alíquotas deve ser utilizada a forma de cálculodisposta nos §§ 12 e 13 do art. 6º do Regulamento d o ICMS, cujoresultado corresponde à apli cação do percentual de 7,317%diretamente sobre o valor total da nota fiscal de a quisição, nahipótese em que a alíquota interna seja de 18%.

Do exposto, responde-se que a forma correta de apur açãodo imposto é a retratada no item 2.

Quanto ao questioname nto relativo ao preenchimento danota fiscal com a indicação dos dados relativos aos valores da

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base de cálculo e do ICMS correspondente ao diferen cial dealíquotas, esses deverão ser consignados no campo “ InformaçõesComplementares” do quadro “Dados Adici onais”, por inexistir nodocumento fiscal campo específico para tal.

Sublinhe-se que os valores retidos pelo fornecedor damercadoria a título de diferencial de alíquotas (em substituiçãoao adquirente por ocasião da entrada da mercadoria noestabelecimen to de contribuinte) não se confunde com o impostoretido pelo regime de substituição tributária em re lação àsoperações subsequentes, razão pela qual não pode se r utilizado omesmo campo da nota fiscal para informação do monta nte vinculadoao diferencial d e alíquotas.

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PROTOCOLO: 14.313.964-6.

CONSULTA Nº: 172, de 8 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: GRAFFO PARANAENSE DE EMBALAGENS S.A.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. FORMA DECÁLCULO PARA APURAÇÃO DO IMPOSTO. MATERIAL DECONSUMO E ATIVO PERMANENTE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade principal defabricação de embalagens de papel, informa que adqu ire bens emoperação interestadual e tem recolhido o diferencia l dealíquotas, de que trata o inciso XIV do art. 5º da Lei n.11.580/1996, considerando qu e o montante do imposto integra aprópria base de cálculo, conforme dispõe o art. 6ºA da mesma lei,com a nova redação vigente a partir de 1º.1.2016.

Reporta-se à legislação que disciplina a matéria eafirma que tem dúvidas sobre a forma correta de apu raç ão do valordevido, esclarecendo que recolhe esse diferencial a plicandodiretamente o percentual de 7,32% sobre o valor de aquisição,conforme orientação de consultorias contábeis. Poré m, acreditaque pode estar equivocado esse entendimento.

Assim, questi ona se nas aquisições interestaduais demercadorias destinadas ao uso ou consumo ou ao ativ o permanente,cuja alíquota interna é de 18%, para o fim de inclu ir odiferencial de 6% na própria base, estaria correto acrescer aovalor da operação esse montante, mediante sua divisão pelopercentual de 94% (1-6%), o que corresponde à aplic ação dopercentual de 6,38% diretamente sobre o valor da aq uisição.

Caso o entendimento esteja equivocado, indaga como deveproceder.

RESPOSTA

Para análise da matéria, reproduz- se os dispositivos daLei n. 11.580/1996, vinculados à dúvida da consulen te:

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Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte , demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fe deração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente .

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

[...]

§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusiv e naimportação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, constituindo o respectivodestaque mera indicação para fins de controle;

Art. 6ºA Na hipótese do inciso XIV do art. 5º desta Lei, abase de cálculo é o valor da operação na unidade fe derada deorigem, e o imposto a recolher será correspon dente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadua l,observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 6º destaLei.

Em razão da alteração da norma legal, objetivandoretratar a forma correta do cálculo do diferencial de alíquotas,foi editado o De creto n. 5.603/2016, inserindo os §§ 12 e 13 aoart. 6º do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decret o n.6.080/2012:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º da Lei n.11.580/1996):

[...]

§ 12. Para fins de cálculo do imposto correspondent e àdifere nça entre a alíquota interna e a interestadual, nahipótese de que trata o inciso XIV do “caput” do ar t. 5º,deverão ser observados os seguintes procedimentos:a) do valor da operação informado no documento fisc al,excluir o montante do imposto corresponde nte à alíquota

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interestadual;

b) ao valor obtido na forma da alínea “a”, incluir omontante do imposto calculado pela alíquota internaestabelecida para a mercadoria na operação com o co nsumidorfinal, observado o disposto no § 13;

c) sobre o valor obtido na forma da alínea “b”, aplicar aalíquota interna estabelecida para a mercadoria na operaçãocom o consumidor final, observado o disposto no § 1 3;

d) o imposto devido corresponderá à diferença entre o valorobtido na forma da alínea “c” e aquele devido à unidadefederada de origem relativo à operação interestadua l.

§ 13. Para fins do cálculo de que trata o § 12, dev erá serconsiderado, se for o caso, o adicional de dois pon tospercentuais à alíquota interna, correspondente ao F undoEstadual de Combate à Po breza do Paraná - FECOP previsto noAnexo XII deste Regulamento.

Sublinhe-se que a nova forma de calcular o diferenc ialde alíquotas iguala a carga tributária dos materiai s e bensadquiridos por contribuintes em operações interesta duais àinterna, sem dist inção de origem, em conformidade com o objetivoda regra constitucional.

Logo, para apuração do valor devido a título dediferencial de alíquotas, deve utilizar as disposiç ões contidasnos §§ 12 e 13 do art. 6º do Regulamento do ICMS, o quecorresponde à a plicação do percentual de 7,317% diretamente sobreo valor total da nota fiscal de aquisição, na hipót ese que aalíquota interna seja de 18%.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e obse rvar odisposto no art. 664 do Regulamento do ICMS, que pr evê o prazo deaté 15 dias para a adequação dos procedimentos já r ealizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.199.708-4.

CONSULTA Nº: 173, de 8 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: INDÚSTRIA DE COMPENSADOS GUARARAPES LTDA.

SÚMULA: ICMS. DIFERENCIAL DE ALÍQUOTAS. FORMA DECÁLCULO PARA APURAÇÃO DO IMPOSTO. MATERIAL DECONSUMO E ATIVO PERMANENTE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada com a atividade principal decultivo de pinus e secundária de fabricação de made ira laminada ede chapas de madeira, reporta-se a nova redação dad a ao inciso IXdo “caput” e ao inciso II do § 3º do art. 6º do Reg ulamento doICMS, p elo Decreto n. 3.208/2015, que tratam do cálculo d o ICMSdevido a título de diferencial de alíquotas quando da entrada demercadoria destinada ao uso ou consumo e ativo perm anente, parasustentar que essas novas regras alteraram a forma de cálculoaté en tão vigente.

Questiona se está correta a sua conclusão e, caso aresposta seja afirmativa, qual deve ser a forma de calcular esseimposto.

RESPOSTA

Para análise da matéria, reproduz-se os dispositivo s daLei n. 11.580/1996, vinculados à dúvida da consule nte:

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

[...]

XIV – da entrada no estabelecimento de contribuinte , demercadoria ou bem oriundos de outra unidade da Fede ração,destinados ao uso ou consumo ou ao ativo permanente .

Art. 6º A base de cálculo do imposto é:

[...]

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§ 1º Integra a base de cálculo do imposto, inclusiv e naimportação do exterior de mercadoria ou bem (LeiComplementar nº. 114/02):

I - o montante do próprio imposto, constituindo o r espectivodestaque mera indicação para fins de controle;

Art. 6ºA Na hipótese do inciso XIV do art. 5º desta Lei, abase de cálculo é o valor da operação na unidade fe derada deorigem, e o imposto a recolher será correspondente àdiferença entre as alíquotas interna e interestadua l,observado o disposto no inciso I do § 1º do art. 6º destaLei.

Em razão da alteração da norma legal, objetivandoretratar a forma correta do cálculo do diferencial de alíquotas,foi editado o Decreto n. 5.603/2016, inserindo os § § 12 e 13 aoart. 6º do Regulamento d o ICMS aprovado pelo Decreto n.6.080/2012:

Art. 6º A base de cálculo do imposto é (art. 6º da Lei n.11.580/1996):

[...]

§ 12. Para fins de cálculo do imposto correspondent e àdiferença entre a alíquota interna e a interestadua l, nahipótese de que trata o inciso XIV do “caput” do art. 5º,deverão ser observados os seguintes procedimentos:

a) do valor da operação informado no documento fisc al,excluir o montante do imposto correspondente à alíq uotainterestadual;

b) ao valor obtido na forma da alínea “a”, incluir omontante do imposto calculado pela alíquota internaestabelecida para a mercadoria na operação com o co nsumidorfinal, observado o disposto no § 13;

c) sobre o valor obtido na forma da alínea “b”, apl icar aalíquota interna estabelecida para a m ercadoria na operaçãocom o consumidor final, observado o disposto no § 1 3;

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d) o imposto devido corresponderá à diferença entre o valorobtido na forma da alínea “c” e aquele devido à uni dadefederada de origem relativo à operação interestadua l.

§ 13. Para fins do cálculo de que trata o § 12, deverá serconsiderado, se for o caso, o adicional de dois pon tospercentuais à alíquota interna, correspondente ao F undoEstadual de Combate à Pobreza do Paraná - FECOP pre visto noAnexo XII deste Regulamento.

Sublinh e-se que a nova forma de calcular o diferencialde alíquotas iguala a carga tributária dos materiai s e bensadquiridos por contribuintes em operações interesta duais àinterna, sem distinção de origem, em conformidade c om o objetivoda regra constitucional.

Logo, conclui-se que está correto o entendimento daconsulente de que, a partir de 1º de janeiro de 201 6, foialterada a forma de calcular o diferencial de alíqu otas de quetrata o inciso XIV do art. 5º da Lei n. 11.580/1996 , devendo paraisso observar os procedimentos especificados nos §§ 12 e 13 doart. 6º do Regulamento do ICMS, antes transcritos.

Desse modo, no que estiver procedendo de forma dive rsaao exposto na presente resposta, deverá a consulent e observar odisposto no art. 664 do Regulamento do ICMS, que prevê o prazo deaté 15 dias para a adequação dos procedimentos já r ealizados aoora esclarecido.

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PROTOCOLO: 14.145.797-7.

CONSULTA Nº: 174, de 13 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: RITTER ALIMENTOS S.A.

SÚMULA: ICMS. BARRA DE CEREAIS. SUBSTITUIÇÃOTRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, que atua na fabricação de doces, gele iase outros produtos de confeitaria, informa produzir barras decereais que se classificam no código 1704.90.90 da NCM, conformeorientação dada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, aseu pedido, por meio da Decisão SRRF/10ª RF/DIANA n. 52, de 11 dejunho de 2000, cuja cópia anexa.

Esclarece que barras de cereais estão submetidas àsubstituição tributária, mas que, ao descrever esse s produtos, aposição 1 do inciso VI do art. 135 do Anexo X do Re gulamento doICMS contempla apenas os produtos inseridos nos cód igos1904.20.00 e 1904.90.00.

Por seu turno, relata que o código 1704.90.90 da NC Mestá indicado na posição 9 do inciso I do mesmo art igoregulamentar, mas que a descrição dos produtos rest ring e-se a“Bombons, inclusive à base de chocolate branco sem cacau”.

Argumentando que não pode classificar as barras decereais que comercializa em outro código NCM, em ra zão daorientação fiscal dada pela Receita Federal, questi ona se asoperações com tais p rodutos estariam excluídas da substituiçãotributária.

RESPOSTA

Para análise da questão, transcreve-se a redação d adaà posição 9 do inciso I (chocolates) e à posição 1 do inciso VI(barra de cereais), do art. 135 do Anexo X do Regul amento do ICMSaprovad o pelo Decreto n. 6.080/2012, com a nova redação da da aesses dispositivos pelo Decreto n. 3.530/2016, edit ado para

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implementar as disposições do Convênio ICMS 92/2015 , com vigênciaa partir de 1º.1.2016:

“I - chocolates:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

... ... ... ...

9 17.008.00

1704.90.90

Bombons,inclusive àbase dechocolatebranco semcacau

...

VI - barras de cereais:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

1 17.042.00

1904.20.00

1904.90.00

Barra decereais

2 1806.31.20

1806.32.20

1806.90.00

Barra decereaisco ntendo cacau

...”

Registre-se que, em relação às barras de cereais,classificadas nas posições 19.04 e 18.06 da NCM, a redação da

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norma regulamentar não foi alterada, permanecendo a mesma vigenteaté 31.12.2015.

Relativamente ao código NCM 1704.90.90, que até31.12.2015 estava indicado no item 7 do inciso I do art. 135 doAnexo X do Regulamento do ICMS, a descrição dada ao s produtosnele compreendidos apresentava a redação a seguir t ranscrita, queé diversa da atualmente vigente:

I - chocolates:

POSIÇÃO NCM/SH DESCRIÇÃO

... ... ...

7 1704.90.20

1704.90.90

Bombons, inclusiveà base de chocolatebranco, caramelos,confeitos,pastilhas e outrosprodutos deconfeitaria, semcacau

Ainda, transcreve-se a redação dada pela Nomenclatu raComum do Mercosul à posição 1 7.04:

NCM DESCRIÇÃO

17.04 Produtos de confeitariasem cacau (incluindo ochocolate branco).

1704.10.00 - Gomas de mascar,mesmo revestidas deaçúcar

1704.90 - Outros

1704.90.10 Chocolate branco

1704.90.20 Caramelos, confeitos,

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dropes, pastilhas, eprodutos semelhantes

1704.90.90 Outros

Considerando que a submissão de determinada mercado riaà sistemática da substituição tributária requer que essa estejainserida, por sua classificação fiscal e correspond entedescrição, dentre os produtos listados no Anexo X da normaregulamentar, verifica-se que, em relação aos produ tosclassificados no código 1704.90.90 da NCM, encontra m-seabrangidos pelo regime, a partir de 1º.1.2016, apen as os bombons,inclusive à base de chocolate branco, sem cacau.

Logo, as barras de ce reais, que segundo os critérios eas normas de enquadramento utilizados pela Secretar ia da ReceitaFederal do Brasil caracterizam-se como produtos de confeitaria,sem cacau, que também se classificam nesse código r esidual(1704.90.90), não estão mais subme tidas à substituiçãotributária, por não estarem contempladas na descri ção dasmercadorias correspondentes à posição 9 do inciso I nem noscódigos indicados nas posições 1 e 2 do inciso VI, ambos do art.135 do Anexo X do Regulamento do ICMS.

Registre-se que o código 1704.90.90 da NCM, emboraconste relacionado no Convênio ICMS 92/2015 e no An exo XIII doRegulamento do ICMS com a descrição barra de cereai s e com o CEST17.042.00, não está dentre os produtos relacionados no Anexo Xdessa mesma norma regulam entar, condição necessária para suasubmissão à substituição tributária nas operações d estinadas arevendedores paranaenses.

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PROTOCOLO: 14.249.498-1

CONSULTA Nº: 176, de 20 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: ALPUNTO BRASIL REFRIGERADORES E SERVIÇOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. REFRIGERADORES DE USO NÃO DOMÉSTICO.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, reportando-se à Consulta n. 147/2015 porela formulada, requer que lhe seja esclarecido se o srefrigeradores classificados no código 8418.50.90 d a NCM passarama se sujeitar à substituição tributária a partir de 1º de janeirode 2016, haja vi sta que a subposição 8418.50, com a descrição“Outros móveis (arcas, armários, vitrines, balcões e móveissemelhantes) para a conservação e exposição de prod utos, queincorporem um equipamento para a produção de frio”, encontra-seprevista no Convênio ICMS 92/2015, que relaciona as mercadoriaspassíveis de sujeição a esse regime.

Todavia, menciona que o Estado do Paraná, ao introd uzirno Regulamento do ICMS as alterações procedidas por meio doDecreto n. 3.530/2016, manteve, relativamente aos c ódigos8418.5 0.10 e 8418.50.90 da NCM, a redação até então vigen te,apresentando como descrição das mercadorias “Outros congeladores(“freezers”)”, que não compreende os refrigeradores de uso nãodoméstico, mas tão somente congeladores.

Em razão do exposto, questiona c omo deve proceder nasoperações que destinem refrigeradores classificados no código8418.50.90 da NCM a revendedores paranaenses.

RESPOSTA

Conforme reiteradamente manifestado, estão submetid as àsistemática da substituição tributária as mercadori as inserid as,por sua classificação fiscal e correspondente descr ição, dentreos produtos relacionados nas tabelas do Anexo X do Regulamento doICMS.

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Essa orientação permanece inalterada mesmo após aentrada em vigor do Convênio ICMS 92/2015, que esta belece asistem ática de uniformização e identificação das mercador ias ebens passíveis de sujeição ao regime de substituiçã o tributária.

Assim, ainda que os refrigeradores classificados nocódigo 8418.50.90 da NCM estejam compreendidos na d escrição dadaàs mercadorias pe lo item 7.0 da Seção XXI do Convênio ICMS92/2015, reproduzido no Anexo XIII do Regulamento d o ICMS, nãoestão submetidos à substituição tributária nas oper açõesdestinadas a revendedores paranaenses, pois não est ão inseridosna descrição das mercadorias d e que trata a posição 7 do art. 17do Anexo X do Regulamento do ICMS, que apresenta a seguinteredação:

POSIÇÃO

CEST NCM DESCRIÇÃO

... ... ... ...

7 21.007.00

8418.50.10

8418.50.90

Outroscongeladores(“freezers”)

Em razão do exposto, reafirma-se o contido na Consultan. 147/2015.

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PROTOCOLO: 14.255.351-1.

CONSULTA Nº: 177, de 20 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: BENOIT ELETRODOMÉSTICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. APARELHOS RECEPTORES DE RADIODIFUSÃO.SUBTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA.

RELATORA: CLEONICE STEFANI SALVADOR

A consulente, com sede no Rio Grande do Sul e cincoestabelecimentos localizados neste Estado, por seuestabelecimento centralizador, expõe que atua no co mérciovarejista de eletrodomésticos e equipamentos de áud io e vídeo,comercializando diversos produto s classificados na subposição8527.1 da NCM, que apresenta a seguinte redação: “a parelhosreceptores de radiodifusão suscetíveis de funcionar em sem fonteexterna de energia”.

Aduz não ter localizado na legislação paranaense no rmaque indique a sujeição des ses produtos à substituição tributária,embora constem relacionados no Convênio ICMS 92/201 5 com o CEST21.058.00.

A esse respeito, esclarece que a alteração procedid a noRegulamento do ICMS pelo Decreto n. 3.530/2016, com vigência apartir de 1º.1.2016, o mitiu a subposição 8527.1 da NCM na posição51 do art. 17 do Anexo X, que faz referência ao CES T antescitado.

Esclarece ainda que, até 31.12.2015, os produtosestavam submetidos ao regime de substituição tribut ária, poiscompreendidos no item 54 do art. 1 7 do Anexo X do Regulamento doICMS.

Seu entendimento é de que os produtos que se subme tiamà substituição tributária até 31.12.2015 e que cons tamrelacionados no Convênio ICMS 92/2015 devem permane cer tributadosda mesma forma.

Questiona se está correta sua conclusão e, nesse caso,

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qual deve ser a Margem de Valor Agregado (MVA) a se r utilizada nocálculo do ICMS devido por substituição tributária.

RESPOSTA

Para análise da questão, transcreve-se o disposto naposição 55 do art. 17 do Anexo X do Regulament o do ICMS aprovadopelo Decreto n. 6.080/2012, com a nova redação dada pelo Decreton. 3.530/2016, editado para implementar as disposiç ões doConvênio ICMS 92/2015, com vigência a partir de 1º. 1.2016:

POSIÇÃO

CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

... ... ... ...

55 21.104.00

85.27 Aparelhosreceptores pararadiodifusão,mesmocombinados nummesmoinvólucro, comum aparelho degravação ou dereprodução desom, ou com umrelógio, excetoosclassificadosna posição8527.2 e 8527.9que sejam deuso automotivo

Reproduz-se, tam bém, a redação constante do ConvênioICMS 92/2015, reproduzida no Anexo XIII do Regulame nto do ICMS,relativamente aos dispositivos que fazem referência aos produtosclassificados na posição 85.27 da NCM:

“Seção XXI

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PRODUTOS ELETRÔNICOS, ELETROELETRÔNICOS E ELETRODOMÉSTICOS

...

ITEM CEST NCM/SH

DESCRIÇÃO

58.0 21.058.00

8519

8522

8527.1

Aparelhos deradiodifusãosuscetíveis defuncionarem semfonte externa deenergia.Aparelhos degravação de som;aparelhos dereprodução desom; aparelhosde gravação e d ereprodução desom; partes eacessórios;exceto os de usoautomotivo

... ... ... ...

104.0 21.104.00

8527 Aparelhosreceptores pararadiodifusão,mesmo combinadosnum mesmoinvólucro, comum aparelho degravação ou dereprodução desom, ou com umrelógio, excetoos classificados

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na posição8527.1, 8527.2 e8527.9 que sejamde usoautomotivo

..."

Ainda, transcreve-se a redação dada pela Nomenclatu raComum do Mercosul à mesma posição:

NCM DESCRIÇÃO

85.27 Aparelhos receptores pararadiodifusão, mesmo combinad os nummesmo invólucro, com um aparelhode gravação ou de reprodução desom, ou com um relógio.

8527.1 - Aparelhos receptores deradiodifusão suscetíveis defuncionarem sem fonte externa deenergia:

... ...

8527.2 - Aparelhos receptores deradiodif usão que só funcionem comfonte externa de energia, do tipoutilizado em veículos automóveis:

...

8527.9 - Outros:

Considerando que a submissão de determinada mercado riaà sistemática da substituição tributária requer que essa estejainserida, por sua cla ssificação fiscal e correspondentedescrição, dentre os produtos relacionados nas tabe las do Anexo Xdo Regulamento do ICMS, para os produtos classifica dos na posição85.17 da NCM, indicada na posição 55 do art. 17 do Regulamento do

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ICMS, verifica-se que a redação dada à descrição das mercadoriascorresponde à contida na Nomenclatura Comum do Merc osul.

Desse modo, tem-se que alcança todos os produtosinseridos nessa posição, salvo aqueles expressament e excluídos,que são os classificados nas subposições 852 7.2 e 8527.9 da NCM,que sejam de uso automotivo.

Por seu turno, segundo a redação apresentada peloConvênio ICMS 92/2015, as mercadorias inseridas na subposição8527.1 foram excluídas do item 104.0 da Seção XXI, que fazreferência à posição 85.27 da NCM, para comporem o item 58.0.

No entanto, essa alteração não foi contemplada nalegislação paranaense.

Assim considerando, conclui-se que as operações comprodutos da subposição 8527.1, quando destinados a revendedoresparanaenses, submetem-se à substituição tributária por estareminseridos na classificação fiscal e na descrição de que trata aposição 55 do art. 17 do Anexo X do Regulamento do ICMS, devendoser utilizada no cálculo do ICMS a MVA indicada ne ssedispositivo regulamentar.

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PROTOCOLO: 14.359.162-0.

CONSULTA Nº: 179, de 12 de dezembro de 2016

CONSULENTE: COTTO BRASIL COMÉRCIO DE PRODUTOS CERÂMICOS LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES INTERESTADUAIS DESTINADAS ANÃO CONTRIBUINTE PARANAENSE. DIFERENCIAL DEALÍQUOTAS.

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

A consulente, empresa cujo ramo de atividade é ocomércio atacadista e varejista de materiais de con strução,estabelecida em Santa Catarina, informa que realiza vendas aconsumidores finais não contribuintes do ICMS, loca lizados noParaná.

Relata que a Em enda Constitucional n. 87/2015, comvigência a partir de 1º.1.2016, alterou a sistemáti ca derecolhimento do ICMS nas operações destinadas a não contribuinte,sendo que o montante correspondente ao diferencial de alíquotas édevido à unidade federada de de stino.

Expõe que vende ladrilhos, classificados no código NCM6907.90.00, a não contribuintes paranaenses, destac ando que háprevisão de redução de base de cálculo, de forma qu e a cargatributária seja equivalente a 12% nas operações com tal produto,de ac ordo com o item 10-A do Anexo II do RICMS/PR.

Pergunta, ao final, se está correto o entendimento deque, sendo a carga tributária interna de 12%, não h averiadiferencial de alíquotas a recolher em favor do Par aná.

RESPOSTA

Em razão da legislação vigente a partir de 1º.1.2016,implementada para cumprimento das alterações introd uzidas naConstituição da República pela Emenda Constituciona l n. 87/2015,a consulente, ao promover operação interestadual de stinandomercadoria a consumidor final não contribuinte d o ICMS aquilocalizado, é contribuinte do Estado do Paraná, rel ativamente ao

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imposto correspondente à diferença entre as alíquot as interna e ainterestadual.

Para dimensionar o valor devido a título de diferen çade alíquotas, deve ser considerada a alíquot a aplicável àmercadoria nas operações internas com consumidor fi nal ecomparada à alíquota interestadual, cabendo o recol himento, aeste Estado, do ICMS correspondente à eventual dife rença.

Na hipótese de existência de tratamento tributário maisbenéfico às operações internas praticadas na unidade de dest ino,para que não haja distinção de tratamentos tributár ios, em razãoda origem da mercadoria, deve ser considerada a car ga tributáriaa que essas operações estão submetidas, observando- se regras dereduçã o na base de cálculo ou de isenção de ICMS para apu rar ovalor do imposto devido ao Paraná.

Neste caso, o tratamento tributário nas operaçõesinternas está descrito no item 10-A do Anexo II do Regulamento doICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/2012, com a seguinte redação:

“ANEXO II - REDUÇÃO NA BASE DE CÁLCULO

10-A. A base de cálculo fica reduzida, de forma que a cargatributária resulte no percentual de 12% (doze por c ento),nas operações com LADRILHOS e placas de cerâmica,classificados nas NCM 69.07 e 6 9.08 (art. 2º da Lei n.18.371/2014).

Nota: nas operações de que trata este item não se e xigirá oestorno de crédito de que trata o inciso IV do art. 71.”

Posto isso, em se tratando da redução de base cálcu lo,e considerando-se que esse benefício se aplica a toda a cadeia decirculação de mercadoria, de forma que a carga trib utária resulteem 12%, não há diferencial de alíquotas a ser recol hido aoParaná, sem prejuízo da parcela devida ao Estado de origem nosexercícios de 2016 a 2018, em razão da regra de transiçãoretratada no inciso II da Cláusula décima do Convên io ICMS93/2015 (precedente: Consulta nº 28/2016).

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PROTOCOLO: 14.323.623-4.

CONSULTA Nº: 180, de 21 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: SINDICATO DA INDÚSTRIA DE LATICÍNIOS E PRODUTOSDERIVADOS DO PARANÁ – SINDILEITE.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES DE SAÍDA DE MERCADORIAS QUENÃO FORAM ENTREGUES AOS DESTINATÁRIOS EM RAZÃODE SINISTRO.

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

O Consulente, órgão representativo das indústrias d elaticínios e produtos derivados, diante do que disp õe a Lei n.11.580/96 em seus artigos 2º, inciso I, e 29, incis o I, e noRegulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n. 6.080/ 2012 em seusartigos 3º, inc iso IX, e 298, expõe o seguinte entendimentoacerca de operações de saída de mercadorias que não foramentregues aos destinatários em razão de sinistro:

a) não tendo havido circulação de mercadoria, não s econsumou o fato gerador;

b) para anular os efeitos da nota fiscal emitida, hajavista que o destinatário não registrou as entradas,deverá emitir nota fiscal de entrada, simbólica,visando documentar o “retorno” da mercadoria aoestabelecimento;

c) para regularização de estoque, e também para efe itosde i ndenização, deverá emitir nota fiscal semincidência de imposto, nos termos do art. 3º, IX doRICMS;

d) deverá promover o estorno dos créditos decorrent esdas entradas.

Diante do exposto, questiona se está correto seuentendimento.

RESPOSTA

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Primeiramente i mporta reproduzir os dispositivos legaisque definem o fato gerador do imposto e o momento d e suaocorrência:

“Lei nº 11.580/96:

Art. 2º O imposto incide sobre:

I - operações relativas à circulação de mercadorias ,inclusive o fornecimento de alimentação e bebidas em bares,restaurantes e estabelecimentos similares;

(…)

Art. 5º Considera-se ocorrido o fato gerador do imp osto nomomento:

I - da saída de mercadoria de estabelecimento decontribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmotitular;”

Ver ifica-se que, relativamente à mercadoria sinistrada ,ocorreu a obrigação principal, pois a saída da merc adoria doestabelecimento configura-se em situação necessária e suficientepara a ocorrência do fato gerador do imposto, motiv o pelo qualdevem ser regi stradas as respectivas notas fiscais e o impostorecolhido normalmente pelo promotor da operação (in ciso I, artigo5º da Lei 11/580/96).

Nessa hipótese, não há que se falar em estorno decréditos relativos a entrada. (Precedente: Consulta n. 21 /2007)

Quanto aos procedimentos do destinatário, que não iráreceber a mercadoria em razão do sinistro, orienta- se aconsulente informar ao destinatário a ocorrência, p ara que essepossa manifestar o evento “Operação não Realizada”, conformeprevê o inciso VI do §1º , do art. 16 do Anexo IX (Dos DocumentosFiscais Eletrônicos e Auxiliares) do Regulamento do ICMS:

“ANEXO IX:

Art. 16. A ocorrência relacionada com uma NF-e deno mina-se“Evento da NF-e” (Ajuste SINIEF 16/2012).

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§ 1º Os eventos relacionados a uma NF-e são:

(...)

VI - Operação não Realizada, manifestação do destin atárioreconhecendo sua participação na operação descrita na NF-e,mas declarando que a operação não ocorreu ou não se efetivoucomo nela informado (Ajuste SINIEF 22/2013);”

Por fim, em relação às me rcadorias sinistradas, quandotransferidas à seguradora como salvados, devem circ ular comdocumentos emitidos pela seguradora, haja vista que essa operaçãonão se encontra no campo de incidência do ICMS. (Pr ecedente:Consulta n.80/2016)

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PROTOCOLO: 14.169.644-0.

CONSULTA Nº: 181, de 21 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: PLASTIC OMNIUM AUTO INERGY DO BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÃO COM ADQUIRENTE DOMICILIADO NOEXTERIOR. COMODATO. ALÍQUOTA.

RELATOR: JOÃO CARLOS PARRA

A consulente informa que tem como atividade aindustrialização, transformação e comercialização d e materiaisplásticos, para uso industrial e, em especial, para equipamentosda indústria automobilística.

Relata que fabrica peças automotivas a partir de mo l desadquiridos de terceiros ou por ela projetados e fab ricados,segundo as especificações e necessidades de seus cl ientes.

Esclarece que, usualmente, esses moldes são alienad osaos clientes e, ato continuo, cedidos à consulente a título decomodato, como f orma de reduzir os custos relacionados à produçãodas peças.

Nesse sentido, expõe ter celebrado contrato defornecimento de tanques de combustível com cliente domiciliado noexterior, realizando a venda dos moldes necessários ao seufabrico, embora esses p ermaneceram em seu estabelecimento, emcomodato.

Quanto à referida operação, a consulente entende qu e setrata de operação de compra e venda ocorrida em ter ritórionacional, pois o bem não foi destinado ao exterior. Portanto,deve ser dada à operação o tra tamento tributário de vendainterna, a consumidor final.

Considerando o exposto, informa ter emitido nota fi scalde saída com destaque do ICMS, calculado pela alíqu ota interna,com indicação do CFOP 5101 (“Venda de produção doestabelecimento”), conforme p revê o Anexo IX do Regulamento doICMS e mencionado como destinatário o cliente domic iliado no

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exterior, cadastrada como consumidor final, situaçã ocaracterizada como "venda interna para estrangeiro" , nos termosda Nota Técnica 2013/005 (item D01.1 da vers ão 3.10) do ProjetoNota Fiscal Eletrônica.

Pergunta se está correto tal entendimento.

RESPOSTA

Correto o procedimento relatado pela consulente, po isfoi efetivada venda de mercadoria de sua produção ( circulação demercadoria) a pessoa jurídica domiciliad a em outro país, mas sema sua remessa física ao exterior.

Assim, não tendo havido a destinação física damercadoria ao exterior, restou descaracterizada a o peração comode exportação, que é hipótese de não incidência do ICMS.

Vale adicionar que corrobora esse entendimento a regraretratada no §13 do art. 14 do Regulamento do ICMS, aprovado peloDecreto n. 6.080/2012, que esclarece serem internas as operaçõescom mercadorias entregues a consumidor final em ter ritórioparanaense, independentemente de seu do micílio:

“Art. 14. As alíquotas internas são, conforme o cas o e deacordo com a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), assimdistribuídas (art. 14 da Lei n. 11.580/1996, com re daçãodada pela Lei n. 16.016/2008):

(...)

§ 13 São internas as operações com mer cadorias entregues aconsumidor final não contribuinte do imposto no ter ritóriodeste Estado, independentemente do seu domicílio ou da suaeventual inscrição no cadastro de contribuintes do ICMS emoutra unidade federada”.

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PROTOCOLO: 14.216.194-0.

CONSULTA Nº: 182, de 20 de dezembro de 2016.

CONSULENTE: PROADEC BRASIL LTDA.

SÚMULA: ICMS. OPERAÇÕES COM FITAS DE BORDA DE PVC.SUBSTITUIÇÃO TRIBUTÁRIA. INAPLICABILIDADE.

RELATORA: MARISTELA DEGGERONE

A consulente, cadastrada na atividade de fabricação deartefatos de material plástico para uso industrial, requerreconsideração da Consulta n. 77, de 18 de setembro de 2012, naqual o Setor Consultivo exarou o entendimento de qu e as operaçõescom o produt o comercialmente denominado fita de borda de PVC,classificado, pelo contribuinte, na NCM 3920.49.00, com destino aestabelecimentos revendedores, sujeitam-se ao regim e dasubstituição tributária.

Justifica seu pedido com o argumento de que a novaredação dada ao art. 21 do Anexo X do Regulamento do ICMS, peloDecreto n. 3.530/2016, com efeitos a partir de 1º d e janeiro de2016, suprimiu o então item 5, que contemplava outr as “chapas,folhas, películas, tiras e lâminas, de plásticos nã o alveolares”,classif icadas na posição 39.20 da NCM.

Afirma que o referido produto é utilizadoexclusivamente no acabamento de móveis.

Aduz ainda que, caso houvesse a pretensão de incluí -lono regime de substituição tributária, deveria ser m encionadoexpressamente o código NC M do produto com a respectiva descrição,e não apenas a posição da NCM, conforme se pode afe rir emdiversos produtos constantes na Seção IV do Anexo X do RICMS.

Conclui não haver identidade entre os produtosmencionados no item 4 do art. 21 do Anexo X do RICMS, que temcomo descrição “veda rosca, lona plástica para uso na construção,fitas isolantes e afins”, das posições 39.19, 39.20 e 39.21 daNCM, com aquele comercializado pela empresa.

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Ademais, no Anexo Único do Protocolo ICMS 196/2009estão listadas as mercadorias para uso no segmento de construção,acabamento, bricolagem ou adorno, que não é o caso do seuproduto.

Questiona sobre a correção de seu entendimento.

RESPOSTA

Preliminarmente, este Setor tem reiteradamentemanifestado que a adequada class ificação da Nomenclatura Comum doMercosul (NCM) é de responsabilidade do contribuint e e, em casode dúvida, a competência para responder consultas é da Secretariada Receita Federal do Brasil.

Destaca-se, ainda, que em razão da edição da LeiComplementar n. 147/2014 dando nova redação a alínea “a” doinciso XIII do § 1º do art. 13 da Lei Complementar n. 123/2006com o fim de identificar as mercadorias passíveis d e sujeição aoregime da substituição tributária em relação aos co ntribuintesincluídos no Simpl es Nacional, com vigência a partir de 1º dejaneiro de 2016, as unidades federadas editaram o C onvênio ICMS92/2015, para adotar a mesma identificação de merca dorias tambémem relação aos contribuintes enquadrados no regime normal deapuração, uniformizand o a aplicação da sistemática dasubstituição tributária.

Passando a análise do exposto pela consulente,primeiramente, informa-se que por ocasião da anális e da matéria aque se refere a Consulta n. 77/2012 foram transcrit os os itens 5e 6 do art. 481-G do Regulamento do ICMS aprovado pelo Decreto n.1.980, de 2007, a seguir transcritos, cuja redação permaneceu emvigor, até 31 de dezembro de 2015, nos itens 4 e 5 do art. 21 doAnexo X do RICMS/2012:

“Art. 481-E. Ao estabelecimento industrial fabrican te,i mportador ou arrematante de mercadoria importada eapreendida, que promover a saída dos materiais deconstrução, acabamento, bricolagem ou adorno, relac ionadosno art. 481-G com suas respectivas classificações n a NCM,com destino a revendedores situados no território

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paranaense, é atribuída a condição de sujeito passi vo porsubstituição, para efeito de retenção e recolhiment o do ICMSrelativo às operações subsequentes.

Parágrafo único. A responsabilidade pela retenção erecolhimento do imposto fica também a tribuída a qualquerestabelecimento remetente localizado nos Estados do Amapá,Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e S ão Paulo,inclusive em relação ao diferencial de alíquotas (P rotocolosICMS 196/2009, 69/2011 e 71/2011).

[...]

Art. 481-G. Na s operações com os produtos relacionados, comsuas respectivas classificações na NCM, devem serconsiderados os seguintes percentuais de margem de valoragregado:

ITEM NCM/SH DESCRIÇÃO

5 39.19

39.20

39.21

Veda rosca, lonaplástica, fitasisolantes e afins(exceto produtos daposição 3921.90.20)

6 39.20 Outras chapas,folhas, películas,tiras e lâminas, deplásticos nãoalveolares

Reproduz-se, também, a descrição da posição 39.20 d aTabela da Nomenclatura Comum do Mercosul:

NCM DESCRIÇÃO

39.20. Outras chapas , folhas,películas, tiras e lâminas, deplásticos não alveolares, nãoreforçadas nem estratificadas,sem suporte, nem associadas de

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forma semelhante a outrasmatérias.

A partir de 1º de janeiro de 2016, para implementar oConvênio ICMS 92/2015, foi dada nova redação ao art. 21 do AnexoX do Regulamento do ICMS, pelo Decreto n. 3.530/201 6, sendoexcluídas as mercadorias a que se referia o então i tem 5, com adescrição “outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, deplásticos não alveolares”.

Porta nto, conclui-se que, a partir de 1º/1/2016, asoperações com os produtos inseridos na posição 39.2 0 da NCM( Outras chapas, folhas, películas, tiras e lâminas, de plásticosnão alveolares, não reforçadas nem estratificadas, sem suporte,nem associadas de fo rma semelhante a outras matérias) , não maisse encontram sob a égide da substituição tributária .