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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA SILAGEM DE PLANTA INTEIRA DE MILHO (Zea mays, L.) NA PROPRIEDADE LEITEIRA Guarapuava 2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE

IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA SILAGEM DE PLANTA INTEIRA DE MILHO (Zea mays, L.) NA PROPRIEDA DE

LEITEIRA

Guarapuava

2008

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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ

FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DE SAÚDE

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU EM PRODUÇÃO DE LEITE

IMPORTÂNCIA DA UTILIZAÇÃO ESTRATÉGICA DA SILAGEM DE PLANTA INTEIRA DE MILHO (Zea mays, L.) NA PROPRIEDA DE

LEITEIRA

Projeto de Pesquisa apresentado no Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de Leite da Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde da Universidade Tuiuti do Paraná.

Orientador Prof. Dr. Mikael Neumann

Guarapuava

2008

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Título: Importância da utilização da silagem de planta inteira de milho (Zea mays, L.) na propriedade leiteira

Instituição Executora: Universidade Tuiuti do Paraná

Órgão Executor: Pró-Reitoria de Pós-Graduação, Pesquisa e Extensão - PROPPE Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde Curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Produção de Leite

Duração: 01 de Maio a 01 de Dezembro de 2008. Município: Chopinzinho – PR. Custo Estimado: R$ 0,00. Equipe: Aluno: Jaidson Peretti Paulo Wilson Lupatelli Orientador: Prof. Dr. Mikael Neumann – UNICENTRO - PR

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ...................................................... Erro! Indicador não definido.

2 OBJETIVOS ......................................................................................................... 7

3 REVISÃO DA LITERATURA ................................................................................ 8

3.1 VAZIO FORRAGEIRO ................................................................................... 9

3.2 CARACTERÍSTICAS DA SILAGEM DE MILHO .......................................... 10

3.2 SILAGEM DE MILHO COMPARADA A OUTROS ALIMENTOS

CONSERVADOS ................................................................................................... 13

4 CONCLUSÃO ..................................................................................................... 19

5 CRONOGRAMA ................................................................................................. 20

6 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................. 21

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1. INTRODUÇÃO

A constância na produção de leite dentro de uma propriedade reflete na

permanência e no sucesso da mesma perante a atividade. Segundo NEUMANN

(2008) para se obter sucesso nas atividades da propriedade leiteira é preciso

estabelecer os objetivos a curto, médio e longo prazo, organização, planejamento da

atividade, execução e monitoramento dos resultados e acompanhamento intensivo

sobre as etapas da atividade em questão.

Sabe-se que em determinadas regiões do país a oferta forrageira se torna

escassa ou abaixo dos níveis mínimos, e devido a isso, há uma diminuição na

produção de leite, interferindo diretamente na sustentabilidade da propriedade

leiteira. Vários fatores contribuem para essa diminuição na disponibilidade de

forragens como incidência de chuvas, temperatura ambiente, tipo de solo, manejo

das pastagens, entre outras.

Uma das alternativas adotadas para transcorrer períodos de diminuição na

oferta de forragem é a utilização de alimentos conservados através da ensilagem. A

cultura do milho (Zea mays, L.) é amplamente utilizada para esse fim, pois é uma

planta que oferece disponibilidade de produção em grande parte do país, além de

oferecer boa qualidade nutricional.

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2. OBJETIVOS

Objetiva-se, através de uma revisão de literatura, ressaltar a importância da

utilização da silagem de planta inteira de milho (Zea mays, L.), pelos produtores de

leite, quando na alimentação de seus animais em períodos estratégicos, onde há

diminuição na oferta de alimento, como nos períodos de déficit forrageiro entre as

culturas de verão e inverno, em propriedades com produção leiteira baseada em

pastagens.

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3. REVISÃO DA LITERATURA

A produção de leite exige um adequado controle da alimentação dos animais,

pois a produção individual é um reflexo da dieta consumida diariamente (COSTA et

al., 2008). Assim, deve-se estar sempre atento a alternativas nutricionalmente

adequadas e economicamente viáveis. RENNÓ et al.(2008) relata que os índices de

produtividade em sistemas de produção com bovinos estão intimamente

relacionados à qualidade e quantidade do volumoso produzido, que, por meio de

seus custos de produção e utilização, influenciam a rentabilidade desses sistemas.

Segundo MATOS (2002), citado por COSTA et al. (2008), a produção de alimentos e

a alimentação do rebanho é o item que representa a maior proporção dos custos

variáveis na propriedade leiteira (40 a 60%). Em estudo realizado por RENNÓ et al.

(2008), entre as várias estratégias de alimentação, considerando as associações de

volumosos como: capim-elefante, cana-de-açúcar, pastagens de tifton 85 e

braquiária, a utilização da silagem de milho durante toda a lactação resultou em

menor uso de concentrado por vaca e, conseqüentemente, em menor custo de

concentrados por lactação.

De acordo com NEUMANN (2008), “A tecnologia “silagem de planta inteira” é

um alimento de composição química relativamente homogênea e como na prática

seu fornecimento aos animais pode ser controlado, através de seu uso estratégico

nos períodos de escassez, evita-se o grande problema da pecuária bovina

paranaense que é o da sazonalidade da produção, seja de carne ou leite”.

CAVALCANTE et al. (2004) diz que o uso de forragens conservadas na dieta

de ruminantes tem se tornado uma prática cada vez mais comum, tanto em sistemas

intensivos como semi-intensivos, em que o pasto durante determinada época do

ano, não é capaz de fornecer os nutrientes em qualidade e quantidade suficientes

para alimentar os rebanhos. Segundo MÜHLBACH (1999), a silagem é uma boa

recomendação para compensar a flutuação estacional no crescimento de pastos e

uma maneira de tornar a produção pecuária menos dependente das condições

climáticas.

PIMENTEL et al. (1998) relatam que, para produção de silagem, há

necessidade de uma espécie forrageira com elevada produção de massa por

unidade de área e que seja um alimento de alta qualidade para os animais.

McDONALD (1991) considera a planta de milho ideal para a ensilagem, uma vez

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que produz quantidade relativamente alta de matéria seca e pequena capacidade

tampão e contém níveis adequados de carboidratos solúveis, de fermentação

satisfatória para a população de bactérias produtoras de lactato. RESTLE et al.

(1999) afirma que a silagem de milho é um alimento volumoso de alto valor

nutricional, principalmente por seu valor energético, sendo recomendada na

alimentação de bovinos. Já CAVALCANTE et al. (2004) afirma que a necessidade

de um processo fermentativo na ensilagem torna forrageiras como milho e sorgo,

que contém altos teores de carboidratos solúveis, ideais e mais utilizadas para este

fim.

ROSA et al. (2004), trabalhando com bovinos de corte, relatam que a

disponibilidade de alimento, na forma de silagem, adquire importância estratégica,

uma vez que possibilita a comercialização de animais nos períodos economicamente

mais favoráveis. Isso vem de acordo com a propriedade leiteira, onde nos períodos

em que há uma menor oferta de alimento devido às condições climáticas, há uma

maior valorização do produto leite devido à dificuldade em produzi-lo. Portanto, com

a utilização de silagem de milho estrategicamente nesses períodos, o produtor

poderá manter a média de produção ou evitar que a mesma desça a patamares que

afetem a sustentabilidade da propriedade leiteira.

3.1 VAZIO FORRAGEIRO

Após a realização da ensilagem do milho (planta inteira), a propriedade

leiteira estará mais apta a transcorrer períodos de diminuição ou escassez de

alimento sem sofrer perdas ou amenizando-as, o que evita abalos econômicos e/ou

de produção. Os períodos de diminuição da disponibilidade de alimento são

comumente chamados de vazio forrageiro ou déficit forrageiro. O déficit forrageiro de

maior importância ocorre durante o outono e inverno, no entanto, segundo SILVA et

al. (2004), na região Sul do país, o uso de pastagens cultivadas de estação fria

(inverno) é a forma mais difundida entre os produtores para superar o déficit

forrageiro verificado na pastagem natural no período de outono-inverno. Mas ainda

existem dois momentos de déficit forrageiro: um deles ocorre quando a pastagem de

verão que estava sendo utilizada não apresenta mais um bom vigor de rebrota e/ou

sua qualidade nutricional está diminuída e a cultura de inverno ainda não está apta

ao pastoreio ou à sua utilização; e o outro ocorre quando a pastagem de inverno, da

mesma forma que a anterior, apresenta baixo vigor de rebrota e/ou sua qualidade

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nutricional está diminuída, aliada a uma pastagem de verão que ainda não oferece

todas as condições necessárias para o seu uso. Portanto, mesmo utilizando culturas

de inverno, não se evita esses dois “gargalos” que entremeiam as duas culturas

(verão e inverno) que duram algo próximo de um mês cada período de déficit

(PELLEGRINI, 2008).

Animais em produção que transcorram por períodos de déficit alimentar e/ou

nutricional, terão sua produção atual e futura prejudicadas, acarretando em prejuízos

econômicos que possam sensibilizar, e muito, a propriedade leiteira.

3.2 CARACTERÍSTICAS DA SILAGEM DE MILHO

Segundo SATTER & REIS (1997) o milho é uma cultura capaz de fornecer até

100% a mais de energia digestível por ha (hectare) do que qualquer outra forrageira

gramínea ou leguminosa. De acordo com VAN SOEST (1994), uma característica

importante que distingue o milho dos outros cereais seria o colmo, de maior

espessura, porém constituído por uma medula esponjosa, contendo glicídios de

reserva, portanto, de maior digestibilidade. A digestibilidade da fibra das forrageiras

é um fator dietético que deveria receber maior atenção por parte do produtor leiteiro,

pois não somente propicia melhor aporte energético ao animal, a custos inferiores,

como também maximiza o consumo total de MS, aumentando a produção e

melhorando a eficiência (VANDEHAAR, 1998). A silagem de milho, como volumoso

de alto teor energético permite melhor sincronização da fermentação no rúmen,

favorecendo a síntese de proteína microbiana, além de permitir a passagem de

quantidade adequada de amido disponível no intestino (THAYSEN, 1999). Por outro

lado, segundo MÜHLBACH & NEUMANN (2008) a grande vantagem da silagem é a

relativa facilidade com que os procedimentos de colheita, armazenamento e

fornecimento aos animais podem ser mecanizados.

Segundo FILHO (2006), a silagem de planta inteira de milho apresenta a

seguinte composição:

TABELA 01: Composição nutricional da silagem de pla nta inteira de milho

(Zea mays, L.)

Nutriente Valor

Matéria Seca (%) 30,92

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Proteína Bruta (%MS) 7,26

Fibra Bruta (%MS) 27,01

Fibra em Detergente Neutro (%MS) 55,41

Fibra em Detergente Ácido (%MS) 30,63

Hemicelulose (%MS) 23,71

Celulose (%MS) 24,94

Lignina (%MS) 4,97

Nutrientes Digestíveis Totais (%MS) 64,27

Adaptado de FILHO (2006).

Os dados da TABELA 01 revelam que, mesmo passando por um processo

fermentativo, a silagem de planta inteira de milho mantém uma boa qualidade e boa

disponibilidade de nutrientes. RENNÓ et al.(2008) comenta que estratégias de

alimentação à base de silagem de milho associada ou não a pastagens

apresentaram melhores eficiências de utilização de concentrados em comparação

às dietas à base de cana-de-açúcar e pastagens; e que a combinação de silagem de

milho durante a época da seca (início de lactação) com pastagens na época das

águas (meio e final de lactação) parece ser a opção mais estável entre os níveis de

produção avaliados, apresentado os menores custos de alimentação e a maior

geração de receita por vaca. O mesmo autor cita que analisando a produtividade por

animal, se o objetivo for a redução dos custos de produção por litro de leite ou

aumentar a geração de receita diária por vaca, volumosos de maior densidade

energética são mais efetivos em reduzir custos de produção. Desta forma, percebe-

se o quanto é importante a utilização deste alimento conservado nos momentos de

déficit alimentar como ferramenta valiosa e fundamental para a propriedade leiteira.

Para ROSA et al. (2004), o cultivo de milho para a ensilagem oferece a

oportunidade de se produzir um alimento volumoso de boa digestibilidade e alto

potencial de consumo, razão pela qual é o preferido dos produtores. Todavia, a falta

de informações sobre o potencial genético do grande número de híbridos existentes

no mercado impossibilita o técnico e produtor de adquirirem conhecimentos

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necessários para a escolha do melhor material para produção de silagem. Contudo,

deve-se optar por híbridos que apresentem, além de elevada produção de matéria

seca e contribuição de grãos na massa ensilada, maior digestibilidade da fração

fibrosa da planta - colmo e folhas (MELLO et al., 2005).

Importante salientar-se que uma área de milho destinada à produção de

silagem deve ser manejada como uma cultura convencional, recebendo os mesmos

cuidados desde o plantio até a sua colheita, pois toda ação nesse momento refletirá

na posterior produção dos animais que receberão este alimento. No caso de falhas

no processo de ensilagem, o alimento pode apresentar qualidade inferior, não

atendendo à produção animal moderna que deve ser cada vez mais eficiente e

competitiva (MELLO et al., 2005). De acordo com NEUMANN (2008), cuidados com

a época preferencial de semeadura de cada variedade de milho, o espaçamento

entre linhas, a população de plantas, o tratamento das sementes no plantio, a

aplicação de herbicidas e inseticidas, o escalonamento de plantio e a rotação de

culturas são normas a serem seguidas no manejo da lavoura.

NEUMANN (2008) alerta que antes de iniciar a confecção da silagem de

planta inteira de milho, o produtor deve estar atento se possui maquinário específico

e suficiente para este fim, se há mão-de-obra qualificada, a quantidade necessária

de silagem para a sua propriedade, além da relação custo vs benefício desse tipo de

alimento.

Quando se optar pelo uso de volumoso na forma de silagem, deve-se pensar

no tipo de silo onde será armazenado o material colhido, que pode ser em silos tipo

trincheira, caixão ou torta (NEUMANN, 2008).

Estando apto a confeccionar a silagem do milho, o produtor deve ater-se ao

ponto de maturação fisiológica da planta. De acordo com NEUMANN (2008), o ponto

recomendado para ensilagem de milho e de sorgo, por exemplo, é quando essas

culturas apresentam entre 32% e 37% de MS (matéria seca). É difícil precisar em

quantos dias o milho ou sorgo atingem essa condição, mas uma forma simples é

avaliar a consistência dos grãos. No caso do milho, o corte deve ser feito quando os

grãos estiverem no ponto farináceo – ao serem espremidos com os dedos,

esfarinham-se em vez de se transformarem em pasta aquosa (ponto de pamonha).

O correto corte da forrageira também é um ponto de estrangulamento

importante, pois quando feita corretamente significa facilitar o acondicionamento e a

compactação da forrageira dentro do silo, deixando os açucares solúveis presentes

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na planta expostos para uma rápida fermentação (NEUMANN, 2008). Para

Neumann et al. (2005) o menor tamanho da partícula teoricamente facilita o

processo de ensilagem, uma vez que permite maior densidade de transporte do

material colhido até o local de armazenamento, facilita o processo de compactação e

permite melhor fermentação anaeróbia, tendo como conseqüências a preservação

do valor nutritivo da massa ensilada e diminuição das perdas. No caso do milho,

recomenda-se picar a forragem de 0,5 a 1,5 cm de comprimento (NEUMANN, 2008).

O mesmo autor relata ainda a questão tempo como sendo de grande importância

para o processo de ensilagem, onde a distância entre a lavoura e o silo e o próprio

tempo para preencher o silo deve ser o menor possível, pois desta forma haverá

uma maior eficiência na preservação do material ensilado.

Outro ponto fundamental na confecção da silagem é a compactação. O

objetivo é retirar o máximo de ar do interior do silo, pois a fermentação do material

ensilado deve ser feita na ausência de ar, caso contrário podem ocorrer outros tipos

de fermentação que prejudicam a conservação da forrageira (NEUMANN, 2008).

3.2 SILAGEM DE MILHO COMPARADA A OUTROS ALIMENTOS

CONSERVADOS

De acordo com VALVASORI et al. (1998) os principais pontos negativos

levantados quanto ao emprego da cana-de-açúcar são os teores baixos de proteína

e de minerais encontrados tanto em variedades forrageiras como nas industriais,

registrando ainda a digestibilidade extremamente pequena da fração nitrogenada

deste alimento. Outro ponto negativo foi que em dieta com cana-de-açúcar como

volumoso exclusivo, registrou ingestão muito pequena de matéria seca por vacas

leiteiras, de cerca de 1,1% do peso vivo, computando a ração total, ou seja,

concentrados e volumoso. Entretanto, trabalhando com diferentes níveis de

substituição entre cana-de-açúcar e silagens, sugeriram 50% de cana como o nível

máximo de emprego do alimento.

MAGALHÃES et al. (2004) constatou que os consumos de todos os nutrientes

diminuíram à medida que a silagem de milho foi substituída pela cana-de-açúcar,

devido a redução no consumo de matéria seca (MS) conforme TABELA 02.

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TABELA 02: Níveis de cana-de-açúcar em substituição a silagem de milho na

fração volumosa da dieta (%)

0 33,3 66,6 100

CMS (kg/dia) 20,03 19,07 18,53 17,26

Adaptado de MAGALHÃES et al. (2004)

MAGALHÃES, et al. (2004), relata que as reduções nos consumos de matéria

mineral (MM), extrato etéreo (EE), nutrientes digestíveis totais (NDT), fibra em

detergente neutro (FDN) e fibra em detergente ácido (FDA) são conseqüência não

somente da menor ingestão de MS, mas também das menores participações destes

nutrientes nas composições químicas das dietas (cana de açúcar em substituição a

silagem de milho em dietas para vacas em lactação). Para PRESTON (1982), citado

por MAGALHÃES et al. (2004), é provável que o efeito depressivo da cana-de-

açúcar em dietas para ruminantes esteja relacionado com a baixa digestibilidade de

sua fibra ou com a baixa taxa de digestão da fibra no rúmen.

VALVASORI et al. (1995), citado por MAGALHÃES et al. (2004), ao

substituírem silagem de milho por cana-de-açúcar para vacas com produção de leite

(PL) em torno de 19 kg, embora não tenham encontrado diferenças significativas no

total de MS ingerida, encontraram diferenças para o consumo de volumosos (12,10;

10,19 e 7,73 kg de MS/dia para os níveis de substituição de 0, 50 e 100%).

As produções do leite são apresentadas na TABELA 03. A PL e a produção

de leite corrigida para 3,5%G (PLC) diminuíram linearmente com a inclusão da cana-

de-açúcar nas dietas, o que pode ser explicado pela redução nos consumos de MS,

PB e NDT.

TABELA 03: PL e PLC a 3,5%G nos diferentes níveis d e substituição da

silagem de milho pela silagem de cana-de-açúcar (%)

0 % 33,3 % 66,6 % 100 %

PL (kg/dia) 24,17 23,28 22,10 20,36

PLC (kg/dia) 27,00 24,98 24,36 21,41

Adaptado de MAGALHÃES et al. (2004)

PAIVA et al. (1991), citado por MAGALHÃES et al. (2004), também

encontraram PL e PLC para 4%G 16,6 e 22,3% menores, respectivamente, no

tratamento com cana-de-açúcar em relação àquele contendo silagem de milho.

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DIAS et. al. (2001) em seu experimento, constatou que as vacas que

receberam silagem de milho produziram mais leite do que aquelas que consumiram

silagem de sorgo leitoso (TABELA 04).

TABELA 04: Produção média diária e porcentagem de g ordura do leite de

vacas recebendo silagem de milho (SM), silagem de s orgo

estádio de emborrachamento (SSE) ou silagem de sorg o grão

leitoso (SSL)

SM SSE SSL

Produção de leite

Total (kg/dia) 15,23 14,28 12,55

Corrigida

(4% de gordura)

14,09 13,21 11,61

Gordura no leite

(%)

3,55 3,43 3,62

Adaptado de DIAS et. al. (2001)

MAGALHÃES et al. (2004) observou que as vacas tiveram suas produções

aproximadamente ajustadas aos consumos de NDT e PB, o que pode ser observado

na TABELA 05. Entretanto, à medida que se aumentou o nível de cana-de-açúcar no

volumoso, o consumo de energia limitou a produção de leite, o que pode explicar,

em parte, a variação de peso corporal (VPC) obtida. Ocorreu redução e,

conseqüentemente, déficit de consumo de NDT em relação à produção de leite

esperada (24 kg/dia).

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TABELA 05: Estimativas dos consumos médios diários de nutrientes

digestíveis totais (NDT) e de proteína bruta (PB), exigências em

relação à produção de leite esperada de 24kg/dia e diferenças

para uma vaca com 550 kg de peso corporal

NDT (kg/dia) PB (kg/dia)

Dietas

(%)

Ingerido Produção Diferença Ingerida Produção Diferença

0 13,45 12,09 1,36 3,18 2,65 0,53

33,3 12,81 12,09 0,72 2,99 2,65 0,34

66,6 11,87 12,09 -0,22 3,02 2,65 0,37

100 10,92 12,09 -1,17 2,85 2,65 0,20

Adaptado de MAGALHÃES et al. (2004)

Os animais que consumiram dietas com 0; 33,3; 66,6 e 100% de cana-de-

açúcar como volumoso apresentaram VPC de 0,89; 0,49; -0,16 e -0,53 kg/dia,

respectivamente. Estes resultados evidenciam a afirmação de OLIVEIRA (1999),

citado por MAGALHÃES et al. (2004), de que a resposta ao uso da cana-de-açúcar

em vacas leiteiras não está apenas na produção de leite, devendo-se observar

também a condição corporal dos animais ao longo da lactação.

De acordo com MAGALHÃES et al. (2004) a utilização das demais dietas

ocasionou VPC negativas, indicando mobilização de reservas corporais para atender

às exigências de nutrientes para produção de leite. A partir da analise dos dados da

TABELA 05, estimou-se que o nível de substituição para que não houvesse VPC

negativa seria de 61,55%, na base da matéria seca.

Uma vez que os consumos de MS, PB e NDT, em todos os tratamentos,

atenderam às exigências propostas pelo NRC (1989), para os níveis de produção

obtidos, pode-se inferir que a qualidade da cana-de-açúcar limitou o desempenho

individual dos animais (cana de açúcar em substituição a silagem de milho em dietas

para vacas em lactação).

Segundo RODRIGUES (1999), tem sido verificado que o consumo de cana-

de-açúcar é menor que de outras forrageiras de melhor qualidade, sendo necessário

suplementar as dietas de vacas em lactação com uma quantidade maior de rações

concentradas para se evitar perda de peso.

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No trabalho realizado por MAGALHÃES et al. (2004), houve redução dos

custos com alimentação, à medida que a cana-de-açúcar foi incorporada em

maiores quantidades nas dietas (100; 90,24; 83,40 e 74,64% para os níveis de 0;

33,3; 66,6 e 100% de substituição, respectivamente). Do nível 0 para 33,3% de

cana-de-açúcar no volumoso, as reduções nas receitas (100; 91,34%) e nos lucros

(100; 92,63%) foram ligeiramente menos que proporcionais àquela dos custos (100;

90,24%). Entretanto, as dietas com 66,6 e 100% de cana-de-açúcar ocasionaram

reduções mais que proporcionais, tanto nas receitas (78,72; 67,67%), quanto nos

lucros (72,23; 58,07%) em relação à redução dos custos (83,40; 74,64%). Os custos

com alimentação corresponderam a 64,90; 61,07; 59,52 e 57,83% das receitas

obtidas com a venda do leite (receita direta), caracterizando redução dos custos, à

medida que a cana-de-açúcar foi adicionada em maiores quantidades à dieta.

Portanto, a substituição proporcionou lucros diários (em R$) de 2,59; 2,76; 2,72 e

2,61 para os níveis de 0; 33,3; 66,6 e 100%, respectivamente. Todavia, quando a

VPC (receita indireta) foi considerada, os custos corresponderam a 57,57; 56,97;

61,06 e 63,58% da receita total. Desta forma, os lucros diários foram (em R$) de

3,53; 3,27; 2,55 e 2,05 com o aumento dos níveis de cana-de-açúcar no volumoso.

Assim, para alcançar máximas receitas sobre os custos com alimentação, devem-se

formular dietas que sejam consumidas em grandes quantidades e contenham

elevados níveis de nutrientes utilizáveis, assegurando, assim, produção e condição

corporal satisfatórias.

Diante da importância de adequada condição corporal, para a atividade

reprodutiva e para garantia do não-comprometimento de lactações subseqüentes,

torna-se necessária a inclusão da VPC nos cálculos de receitas e custos

(MAGALHÃES et al., 2004).

Já RESTLE et. al.(2000) em seu estudo, constata que a substituição gradual

da silagem de milho pela palha de trevo vesiculoso causa decréscimo linear no

consumo de matéria seca e energia digestível, no ganho de peso médio diário e na

eficiência alimentar e energética.

Segundo RENNÓ et. al. (2008), quando na utilização de concentrado, a

silagem de milho, como fonte de volumoso exclusivo, demonstrou-se melhor e

proporcionando maior resposta na produtividade (3,06 e 6,35 L de leite/kg de

concentrado utilizado) que quando comparada com a cana-de-açúcar ou com outras

estratégias alimentares. Nesse mesmo trabalho, também foi constatado que na

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média de todos os níveis de produção, as estratégias alimentares que utilizavam

silagem de milho produziram 5,9 litros de leite a cada real gasto com alimentação.

JOBIM et al. (2001) concluem que o uso de feno de alfafa, feno de Tifton-85 e

silagem de milho não mostraram efeito diferenciado na produção, composição e

qualidade do leite, mas economicamente, em função da maior margem líquida por

litro de leite, a utilização da silagem de milho e feno de Tifton-85 seriam mais

viáveis.

RESTLE et al. (2003), citado por SANTOS et. al. (2006), avaliaram o

desempenho de bezerros confinados, recebendo silagem de capim papuã

(Brachiaria plantaginea), tratadas ou não com inoculantes microbianos e silagem de

milho e sorgo. Verificaram que o uso de inoculantes não alterou o desempenho dos

animais, todavia observaram que a silagem de milho e sorgo promoveu um maior

consumo e melhor desempenho que os animais que receberam silagem de capim.

De acordo com JOBIM et al. (2003) os resultados obtidos mostraram que

apesar das silagens de capim-elefante proporcionarem menor produção de leite em

relação a silagem de milho, os valores para margem líquida foram bons, ou seja, a

silagem de capim elefante oferece pequenas vantagens na questão econômica da

produção, mas deixa a desejar nas questões nutricionais e leva a uma menor

produção de leite por animal, o que pode acarretar em ganhos financeiros similares.

RENNÓ et. al. (2008) afirma ainda que se o objetivo é maximizar a receita e

reduzir os custos de alimentação, considerando vacas de variados níveis de

produção, a estratégia com utilização de silagem de milho como volumoso exclusivo

apresentou os melhores resultados.

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4. CONCLUSÃO

Desta forma, podemos verificar a importância da utilização da silagem de

milho na nutrição dos animais dentro da propriedade leiteira, uma vez que, quando

comparado com os demais alimentos conservados, ela mostrou melhor relação

custo beneficio, pois manteve os animais nutridos, com um bom escore corporal e

uma produção de leite interessante, visto que os demais alimentos conseguiram em

determinados momentos mostrar uma melhor viabilidade econômica, mas por outro

lado levaram os animais a mobilizarem reservas corporais para então conseguirem

manter uma produção de leite no mesmo nível que a silagem de milho

proporcionara.

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5. CRONOGRAMA

TAREFAS 2008

A M J J A S O N D

Revisão Bibliográfica X

Elaboração do Projeto X

Apreciação do Projeto pelo Orientador X

Correção do Projeto X

Reapresentação do Projeto ao Orientador X

Apresentação do Projeto X

Redação do TCC X X X X X

Entrega do TCC X

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