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  • 8/9/2019 IMPORTNCIA ATRIBUDA PELO PACIENTE HOSPITALIZADO QUANTO AO SEU RELACIONAMENTO COM A EQUIPE DE ENF

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    SILVA, David Ribeiro da

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA UESBDEPARTAMENTO DE SADE DS

    CURSO DE GRADUAO EM ENFERMAGEM

    IMPORTNCIA ATRIBUDA PELO PACIENTE HOSPITALIZADOQUANTO AO SEU RELACIONAMENTO COM A EQUIPE DE

    ENFERMAGEM

    DAVID RIBEIRO DA SILVA

    JEQUI2008

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    SILVA, David Ribeiro da

    DAVID RIBEIRO DA SILVA

    IMPORTNCIA ATRIBUDA PELO PACIENTE HOSPITALIZADOQUANTO AO SEU RELACIONAMENTO COM A EQUIPE DE

    ENFERMAGEM

    Trabalho Monogrfico apresentado disciplinaPesquisa Orientada em Sade, como exigncia paraobteno do ttulo de Bacharel em Enfermagem pelaUniversidade Estadual do Sudoeste da Bahia Campus de Jequi-BA.

    Apresentada em 12 de dezembro de 2008.

    BANCA EXAMINADORA

    ________________________________________________ Prof. Dsc. Eduardo Nagib Boery

    Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

    ________________________________________________ Prof. Dsc. Rita Narriman Silva de Oliveira Boery

    Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

    ________________________________________________ Prof. Ms. Ivone Gonalves Nery

    Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia

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    SILVA, David Ribeiro da

    Quem, de trs milnios,No consegue se dar contaVive na ignorncia, na sombra

    merc dos dias, do tempo.Johann Wolfgang von Goethe

    Nossas dvidas so traidoras,e nos fazem perder o bem quepoderamos conquistar, se nofosse pelo medo de tentar.

    William Shakespeare

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    SILVA, David Ribeiro da

    DEDICATRIA

    Dedico este trabalho a meus pais, Djalma e Veronice (mais conhecida como Telma ), que me do fora em todos os sentidos para que eu possa executar tudo em minha vida. Muito obrigado meus pais!

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    SILVA, David Ribeiro da

    AGRADECIMENTOS

    O meu agradecimento especial a DEUS, ele que me deu o privilgio de cursarenfermagem e de auferir tantas outras conquistas e alegrias. Obrigado Senhor!

    Agradeo com muito amor a minha me Veronice (mais conhecida comoTelma ) eao meu pai Djalma, pelo apoio incondicional dedicado a mim durante todo esse

    tempo e por serem os grandes responsveis pela minha formao pessoal eprofissional; eles que so exemplo a ser seguido de carter, responsabilidade,

    respeito ao prximo, humildade e amor.Muito obrigado tambm aos professores do curso de enfermagem da UESB, peladisposio e ensinamentos inclusive para a vida. Meu agradecimento especial aoprof. Dsc. Eduardo Nagib Boery pela apresentao do caminho a ser seguido nomundo da pesquisa cientfica e prof. Rita Narriman Silva de Oliveira Boery pelo

    auxlio nesta caminhada.

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    SILVA, David Ribeiro da

    SUMRIO

    RESUMO 7

    ABSTRACT 8

    1 INTRODUO 9

    2 REFERENCIAL TERICO 13

    3 TRAJETRIA METODOLGICA 203.1 Natureza da pesquisa 203.2 Campo de estudo 223.3 Informantes do estudo 233.4 Tcnica e instrumento para a coleta de dados 233.5 Consideraes ticas 243.6 Anlise dos dados 253.7 Cronograma oramentrio 26

    4. RESULTADOS E DISCUSSO 28

    4.1 Categoria percepo sobre relacionamento 334.2 Categoria importncia atribuda ao relacionamento com a equipe 354.3 Categoria existncia ou no de dificuldade no convvio diriocom a equipe 37

    4.4 Categoria influncia do relacionamento no tratamento 39

    4.4.1 Subcategoria positiva 40

    4.4.2 Subcategoria no influencia 414.4.3 Subcategoria inconclusivo 42

    4.5 Categoria sentimento experimentado com a presena do profissional42

    5 CONSIDERAES FINAIS 45

    EFERNCIAS 50

    APNDICES 56

    ANEXOS 59

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    RESUMO

    SILVA, David Ribeiro da.Importncia atribuda pelo paciente hospitalizadoquanto ao seu relacionamento com a equipe de enfermagem . Jequi, 2008. 64p.Trabalho Monogrfico. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

    O objetivo geral desta pesquisa foi analisar a importncia atribuda por pacienteshospitalizados quanto ao relacionamento com a equipe de enfermagem e osobjetivos especficos foram: conhecer a opinio de pacientes hospitalizados sobre oseu relacionamento com a equipe de enfermagem e identificar se o comportamentoda equipe de enfermagem no relacionamento com o paciente hospitalizado teminfluncia sobre a evoluo desse paciente. Trata-se de uma pesquisa descritiva, deabordagem predominantemente qualitativa. Partimos do pressuposto de que podemexistir problemas no relacionamento da equipe de enfermagem com o paciente ouque pode haver pouco interesse por parte dessa equipe em se dedicar melhor aesse relacionamento. O estudo foi desenvolvido em um hospital do municpio deJequi-BA, no ms de maro de 2008, tendo como amostra 20 pacientes, de ambosos sexos, internados em clnica mdica. As informaes foram colhidas ementrevistas com os pacientes, utilizando-se como instrumento para coleta de dadosum questionrio padronizado. As informaes coletadas foram submetidas Anlisede Contedo de Bardin (1977) que propiciou o estabelecimento de cinco categoriase quatro subcategorias. Com este trabalho podemos concluir que os pacienteshospitalizados compreendem o significado de relacionamento, assim comoidentificam fatores que promovem um bom relacionamento entre as pessoas. Ospacientes conferem muita importncia ao relacionamento com a equipe deenfermagem e relacionam isso aos comportamentos do pessoal de enfermagem aorelacionar-se com os pacientes. Nossos achados contradizem o pressuposto inicial,uma vez que diante de pouco interesse por parte da equipe de enfermagem em sededicar melhor ao relacionamento com o paciente acreditamos que no seriapossvel encontrar resultados positivos como os revelados nesta pesquisa. Ospacientes pesquisados relataram sentir alegria, paz e alvio dos problemas quandoem presena do profissional de enfermagem. Os achados tambm servem parareflexo por parte de outros profissionais de enfermagem e at mesmo deprofissionais de outras reas da sade, a respeito da prpria atuao, podendo

    estes realizarem uma autoavaliao de seu relacionamento com os pacientes.Palavras-chave: Enfermagem; relacionamento; paciente hospitalizado.

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    ABSTRACT

    SILVA, David Ribeiro da.Importance attributed for hospitalized patients howmuch to the relationship with the specific team of nursing . Jequi, 2008. 64p.Trabalho Monogrfico. Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia - UESB.

    The general objective of this research was to analyze the importance attributed forhospitalized patients how much to the relationship with the specific team of nursingand especific objectives they had been: to know the opinion of hospitalized patientson its relationship with the team of nursing and to identify if the behavior of the teamof nursing in the relationship with the hospitalized patient have influence on theevolution of this patient. One is to a descriptive research, predominantly qualitativeboarding. We leave of the estimated one of that problems in the relationship of the

    team of nursing with the patient can exist or that can have little interest on the part ofthis team in if dedicating better to this relationship. The study it was developed in ahospital of the city of Jequi-BA, in the month of March of 2008, having as sample 20patients, of both the sexs, interned in medical clinic. The information had beenharvested in interviews with the patients, using itself as instrument for collection ofdata a standardized questionnaire. The collected information had been submitted tothe Analysis of Content of Bardin (1977) that it propitiated the establishment of fivecategories and four subcategorias. With this work we can conclude that thehospitalized patients understand the relationship meaning, as well as identify factorsthat promote a good relationship between the people. The patients confer muchimportance to the relationship with the nursing team and relate this to the behaviorsof the staff of nursing when becoming related with the patients. Our findingscontradict the initial estimated one, a time that ahead of little interest on the part ofthe team of nursing in if dedicating better to the relationship with the patient webelieve that it would not be possible to find resulted positive as the disclosed ones inthis research. The searched patients had told to feel joy, peace and relief of theproblems when in presence of the nursing professional. The findings also serve forreflection on the part of other professionals of nursing and even though ofprofessionals of other areas of the health, regarding the proper performance, beingable these to carry through a autoavaliao of its relationship with the patients.

    Key- words: Nursing; relationship; hospitalized patient.

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    1. I ntrodu

    O trabalho espanta tr s males:

    pobreza, o vcio e o tdio.

    ( V oltaire)

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    Introduo

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    1 INTRODUO

    Em qualquer momento em que duas ou mais pessoas estejam prximas,acontece o relacionamento interpessoal. Isso porque o fato de ver uma pessoa,sentir um toque ou ouvir uma voz pode constituir em uma influncia de um indivduoem outro, essas interaes no formam simplesmente uma sucesso deacontecimentos, o processo de interao humana complexo, acontece sob a formade comportamento manifestos e no-manifestos, verbais e no-verbais,pensamentos, sentimentos, reaes mentais e/ou fsico-corporais (MOSCOVICI,1995). Dos relacionamentos, resulta a produo de sentimentos positivos ounegativos nos indivduos participantes, os positivos podem, por exemplo, conduzir auma maior interao, colaborao e empatia, enquanto que os negativos podemlevar a uma maior rejeio, antipatia e afastamento.

    Como durante boa parte do seu tempo a equipe de enfermagem est emcontato com o paciente, talvez no s o produto imediato do seu trabalho (como, porexemplo, a medicao administrada, o corpo do paciente asseado, as orientaes)influencie no seu estado de sade, mas tambm a qualidade do relacionamentoestabelecido com ele. Peplau (1986) apud Belcher e Fish (2000) alm de considerara enfermagem como um processo interpessoal, afirma que o relacionamentoproporciona crescimento e aprendizado entre as pessoas envolvidas.

    O valor do relacionamento interpessoal tambm est pautado na sua

    influncia sobre o funcionamento do corpo, mesmo o funcionamento involuntrio(MINICUCCI, 1979). Um exemplo dessa influncia pode ser notado quando se estnuma situao que provoca muito medo, logo aparecem sintomas fsicos comopalpitaes, transpirao, fraqueza e at mesmo nuseas. Ocorre uma mudana noestado mental: de um estado, por exemplo, tranquilo, passa-se situao de medo,momento em que tambm surge a repercusso no corpo fsico do indivduo. Deforma semelhante o relacionamento interpessoal com a equipe de enfermagem atua

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    Introduo

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    no paciente, com consequentes repercusses no funcionamento de seu organismo,sendo essas positivas ou negativas.

    Quando um indivduo est hospitalizado, a equipe de enfermagem constitui o

    grupo profissional com o qual ele mais tem relaes interpessoais. Afinal, essaequipe que, em relao a outros profissionais de sade, mais frequentemente est junto ao paciente, atendendo s suas necessidades, realizando aes tais como aadministrao um medicamento, fornecimento de orientaes, auxlio no banho ourealizando inmeras outras atividades que culminam no seu cuidado. Aodesenvolver seu trabalho, o pessoal de enfermagem comunica-se implcita eexplicitamente, de forma verbal e no verbal, pois, transmitem-se mensagens entrepaciente e quem est ao seu cuidado (MOSCOVICI, 1995).

    Mesmo antes de buscar esses conhecimentos, foi a partir de prticas decampo da disciplina Farmacologia no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV), nosegundo semestre de 2005, que iniciou-se meu contato como estudante deenfermagem com pacientes hospitalizados. Em uma das primeiras aulas prticas, oprofessor que nos acompanhava entrou numa enfermaria e comeou a conversarcom uma paciente, em visitas breves conversou com vrios outros pacientes, queeram perguntados sobre sua doena, h quanto tempo estavam ali, entre outras

    questes, que foram alm de assuntos relacionados s doenas. O que pareceu-meimportante foi a possibilidade de estabelecimento de uma boa relao entre aspessoas, e, no caso, entre profissional de sade e paciente, que no seja restritaapenas a questes relacionadas a doena ou ao fato de encontrar-se em umhospital. Um relacionamento desta natureza pode mudar de alguma forma asensao que uma pessoa tem a respeito do prprio estado de sade enquanto esthospitalizada e contribuir para sua melhora. Desde ento emergiu o interesse sobrea percepo dos pacientes quanto influncia da relao interpessoal com a equipe

    de enfermagem no seu bem-estar.

    Com o desenvolvimento desse trabalho, os profissionais de enfermagem,assim como outros componentes da rea da sade, estudantes e professores, tmuma fonte de informaes de grande relevncia social, visto que apontada apercepo dos pacientes acerca do relacionamento com a equipe de enfermagem ese esse relacionamento melhora o bem-estar do paciente o que, consequentemente.

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    Introduo

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    A partir disso, o profissional pode observar suas prprias atitudes, examin-lascomparativamente com os resultados do trabalho e caracteriz-las comofavorecedoras ou no da melhora da condio de sade do paciente.

    Partindo do pressuposto de que podem existir problemas no relacionamentoda equipe de enfermagem com o paciente ou que pode haver pouco interesse porparte dessa equipe em se dedicar melhor a esse relacionamento, proponho-me ainvestigar sobre a importncia atribuda ao relacionamento com a equipe deenfermagem por pacientes hospitalizados.

    Diante do exposto, este trabalho tem como objetivo geral analisar aimportncia atribuda por pacientes hospitalizados quanto ao relacionamento com a

    equipe de enfermagem.

    Os objetivos especficos so:

    Conhecer a opinio de pacientes hospitalizados sobre o seurelacionamento com a equipe de enfermagem;

    Identificar se o comportamento da equipe de enfermagem norelacionamento com o paciente hospitalizado tem influncia sobre a evoluo

    desse paciente.

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    2. R eferenciT erico

    E nquanto o homem no souber pa

    que port o quer ir , nenhu m vento ser

    vento cert o.

    ( S neca)

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    2 REFERENCIAL TERICO

    O relacionamento entre as pessoas facilmente observvel, mas ossentimentos e processos que do significado a essas relaes merecem estudo.Acrescenta-se aqui a necessidade de maior empenho em entender as relaesquando estas ocorrem entre pessoas enfermas e trabalhadores envolvidos no seucuidado, como o paciente e a equipe de enfermagem.

    Sobre o relacionamento interpessoal, Moscovici (1995, p. 32-33) afirma:

    Pessoas convivem e trabalham com pessoas e portam-se como pessoas,isto , reagem s outras pessoas com as quais entram em contato:comunicam-se, simpatizam e sentem atraes, antipatizam e sentemaverses, aproximam-se, afastam-se, entram em conflito, competem,colaboram, desenvolvem afeto. Essas interferncias ou reaes, voluntriasou involuntrias, intencionais ou inintencionais, constituem o processo deinterao humana, em que cada pessoa na presena de outra pessoa nofica indiferente a essa presena estimuladora. O processo de interaohumana complexo e ocorre permanentemente entre as pessoas sob formade comportamentos manifestos e no manifestos, verbais e no-verbais,

    pensamentos, sentimentos, reaes mentais e/ou fsico-corporais.

    Moscovici observa que nas aes simples, que podem fazer parte docotidiano de qualquer ser humano, ocorre o relacionamento interpessoal. Muitasvezes as relaes no so percebidas, outras vezes estamos ocupados com outrasquestes e dedicamos pouca ateno ao relacionamento que estamosestabelecendo com o outro, alm de outros fatores que distanciam nossa atenodesse fato. Num ambiente hospitalar no pode ser diferente, necessrio ao

    paciente relacionar-se com mdicos, pessoal de enfermagem, fisioterapeuta, entreoutros vrios personagens que atuam neste ambiente. Implicando na possibilidadedo desenvolvimento de vrias reaes sob a forma de comportamentos, palavras,pensamentos, sentimentos ou outras formas.

    Concordo com esse autor ainda quanto ao aspecto das reaes das pessoas,que podem ser voluntrias ou involuntrias, intencionais ou no, caractersticas

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    evidentes da complexidade das relaes, tendo em vista a variada gama de fatoresinterativos que culminam na produo do relacionamento interpessoal.

    Corroborando com Moscovici, sobre a comunicao no verbal, Weil e

    Tompakow (1990) em seu trabalho O Corpo Fala nos mostram e exemplificam afrequente comunicao que estabelecemos com as pessoas por meio de nossosgestos, s vezes conscientes e na maioria das vezes no. Mas, no importando oestado mental de quem pratica os gestos ou movimentos corporais, eles fazem parteda comunicao e do relacionamento entre as pessoas, e influenciam na avaliaoque cada pessoa faz do outro, das informaes e da situao em que se encontramno momento do relacionamento (WEIL; TOMPAKOW, 1990).

    Em uma clnica mdica de um hospital, o profissional de enfermagem o atorem sade com quem o paciente tem mais contato, ou seja, o profissional com o qualele mais desenvolve ou tem maiores chances de desenvolver o relacionamentointerpessoal. Sobre esse relacionamento, nos fala Peplau apud Belcher e Fish(2000):

    A enfermagem pode ser encarada como um processo interpessoal, poisenvolve a interao entre dois ou mais indivduos com uma meta comum.Essa meta comum proporciona o incentivo para o processo teraputico no

    qual o enfermeiro e o paciente respeitam um ao outro como indivduos,ambos aprendendo e crescendo como resultado dessa interao.

    A afirmao de Peplau implica na importncia do profissional de enfermagemestar atento ao seu prprio comportamento j que suas atitudes so determinantesda relao desenvolvida com o paciente. O profissional de enfermagem tem porobjetivo a cura da doena ou, quando isso no possvel, o alvio dos problemas desade do paciente, o que est em perfeita concordncia com o pensamento dopaciente que se encontra internado, pois certamente ele anseia pela resoluo deseu problema de sade. Dessa forma, para o paciente melhor que sedesenvolvam sentimentos positivos como os de simpatia, colaborao e afeto, quepossivelmente causaro interferncia tambm positiva na resoluo de seuproblema.

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    Como o relacionamento interpessoal um processo interativo e que envolvea comunicao preciso dizer que ela engloba todas as formas que uma pessoautiliza para poder afetar o outro, que podem ser citadas resumidamente: fala, escrita,cinsia (postura corporal e movimentos corporais), toque, territorialidade (espaoalm do nosso corpo que temos como nosso) (BITTES JNIOR; MATHEUS, 2000).Os efeitos da comunicao contribuem para a formao do comportamento e dapersonalidade de cada pessoa. Sabendo que o comportamento e a personalidadedo profissional de enfermagem influenciam na sua relao com o paciente, faz-seimportante citar Bordenave (1995, p. 9):

    O emissor espera que o receptor selecione, compreenda e aplique a suamensagem, enquanto que o receptor deseja selecionar o que importantepara ele, entender, avaliar para decidir se aceita ou no, e aplicar o que

    acha vlido na mensagem.

    Nesse relacionamento importante que o profissional de enfermagem tenhaconscincia da forma como est comunicando-se com o paciente. A partir do pontode vista colocado por Bordenave (1995) podemos refletir sobre a prtica daenfermagem e nos perguntarmos se os profissionais esto dedicando-se acompreender os pacientes, analisando os seus anseios e/ou aplicando (dentro doslimites possveis) as suas mensagens.

    Bittes Jnior e Matheus (2000) afirmam sobre existncia de barreiras dacomunicao, como a falta de capacidade de concentrao, a pressuposio deentendimento, ausncia de significao comum, influncia de mecanismosinconscientes e limitao do emissor/receptor. Esses autores afirmam ainda que taisfalhas na comunicao podem diminuir a qualidade do relacionamento profissional-paciente o que, por sua vez, pode tornar a qualidade da assistncia prestada inferiorao seu verdadeiro potencial.

    S (2004) fala da importncia da percepo por parte do enfermeiro, dosvalores, crenas, idias e sentimentos do paciente, e da necessidade da troca deexperincias e ensinamentos com o uso da comunicao como considervelferramenta para alcanar o sucesso nesse relacionamento.

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    Essa comunicao que visa percepo e interao com o indivduo nosvrios aspectos da vida harmoniza-se com a idia de cuidado da pessoa como umtodo, o que prev ao profissional de enfermagem a atitude para o estabelecimentode um entendimento o mais completo possvel do paciente, permitindo que sejadesenvolvido um relacionamento de qualidade com o respeito s caractersticasindividuais de cada pessoa (ROSSI; SILVA, 2005).

    Ainda sobre comunicao, salutar expressar neste trabalho a idia deMinicucci (1979) ao afirmar que existe comunicao quando as pessoas tm osmesmos interesses, ou seja, se existe um ponto em comum, sendo a partir desseponto que as mensagens fluem entre os interlocutores; a comunicao humanarealmente existe quando as pessoas conseguem se encontrar ou se reencontrar.

    Atualmente tem-se falado do cuidado do paciente como um todo, como citadoacima, e, quando se pensa na relevncia do relacionamento interpessoal para essecuidado mais amplo, de certa forma h uma contribuio para o fortalecimentodessa idia, pois necessrio que o paciente seja encarado no s em seu aspectobiolgico, mas tambm nos aspectos emocional e social. Essa concepo faz parteda idia de Silva e Ciampone (2003, p. 16) quando afirmam:

    O holismo o ponto de vista oposto abordagem cartesiana e estudo dotodo sem dividi-lo, ou seja, examina-o de modo sistmico, em suatotalidade. Agrega as partes em conjunto sem, contudo interliga-las, mascorrelacionando-as. No processo de enfermagem isso se traduz pelaassistncia de enfermagem holstica, onde, por exemplo, a prescrio deenfermagem feita contemplando todas as reas, da biolgica espiritual,todavia no estabelece ligaes ou interdependncia direta entre asmesmas. Atende ao conjunto, sem estabelecer correlao linear de causa eefeito entre as partes.

    Alm do aspecto comunicao, a prestao de cuidados ao paciente nohospital deve levar em considerao outros fatores que podem apresentar certa

    importncia no relacionamento, que so as dificuldades do paciente em estar nesseambiente ao qual no est habituado, tais como a adaptao a esse ambiente, terque permanecer afastado ou at mesmo isolado dos seus familiares e ter de cumprircertas exigncias para as quais nem sempre est preparado, o que pode resultarpara ele limitaes em exercer papis como chefe de famlia, administrao dasfinanas e dar continuidade no seu trabalho (OLIVEIRA; GUIRARDELLO, 2006).

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    Tais dificuldades envolvem a relao do paciente com a instituio econsequentemente com o corpo de enfermagem, podendo ser contornadas porestes profissionais na medida em que empreguem as habilidades necessrias aorelacionamento satisfatrio com o paciente. Oliveira e Guirardello (2006) elencamalguns fatores que influenciam nessa busca pela satisfao no relacionamento, asaber: caractersticas de personalidade dos integrantes da equipe de enfermagem,incluindo aspectos de seu comportamento como empatia, comunicao eproficincia no cuidados, o que requer conhecimento, domnio tcnico e habilidadeorganizacional.

    Continuando a discorrer sobre a hospitalizao, Oliveira e Guirardello (2006,p. 22) afirmam:

    A hospitalizao pode desencadear no indivduo sentimentos negativos,pois ao deparar-se com um problema de sade v-se impedido dedesempenhar suas atividades. A distncia do convvio familiar e o fato deter que permanecer, mesmo que temporariamente, em um ambiente comnormas e rotinas a que no est habituado podem gerar insatisfao eansiedade no paciente. A expectativa que o indivduo tem em relao hospitalizao, ao tratamento e qualidade do cuidado um fator que poderepercutir na assistncia que vir a receber.

    Essas autoras colocam em relevo o aspecto futuro, ou seja, o que ainda est

    na mente do paciente: como o paciente imagina que ser o seu cuidado. Concordocom essa perspectiva, ela est relacionada com a frustrao, por exemplo, quandose imagina que se est por receber algo, seja um tratamento, um bem, umconhecimento, etc. Pode-se porventura calcular a grandeza do que vir, obviamentese o recebido corresponder a uma quantidade menor que a prevista pode-se ter osentimento de frustrao.

    A forma como o profissional de enfermagem estabelece relao como opaciente pode influenciar no cuidado prestado e tambm pode ser, ela mesma, (arelao) uma maneira de cuidar. A esse respeito MANZOLLI (1983, p. 1) ressalta:

    visando ao relacionamento humano que os enfermeiros procuram dialogarcom o paciente, seus familiares, as comunidades e a equipe de sade; tambm atravs do relacionamento que procuram desenvolver mtodos detrabalho de grupo, em equipes, que propiciem um melhor entendimentopara si mesmos e para os outros. Sendo o cerne da prpria profisso, orelacionamento ocupa lugar bastante elevado na escala de valores damesma.

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    importante ressaltar ainda o aspecto da empatia, palavra que designa aincorporao de sensaes, emoes e comportamentos relativos outra pessoa,ou a tendncia para identificar-se com outra pessoa, sentindo o que sentiria seestivesse no lugar dela (XIMENES, 2000). Takaki e SantAna (2004, p. 81) afirmam:

    Para que ocorra a empatia como processo teraputico, fundamental quese desenvolva um relacionamento de respeito mtuo e que o enfermeiropreste cuidado individualizado, respeitando a cultura, crenas e valores dapessoa.

    A empatia uma habilidade que pode ser desenvolvida junto ao paciente.Sua importncia residindo tambm no fato de que um paciente que percebe oentendimento do seu problema pela equipe de enfermagem tem mais chances de

    desenvolver um melhor relacionamento com esta equipe.

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    3. T rajetriM etodolg

    O que voc tentaria fazer se voc

    soubesse que no conseguiria

    fracassar?

    ( R obert S chuller)

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    3 TRAJETRIA METODOLGICA

    3.1 Natureza da pesquisa

    Sobre pesquisa cientfica concordo com as palavras de Medeiros (2004, p.42) quando nos fala:

    A pesquisa cientfica objetiva fundamentalmente contribuir para a evoluodo conhecimento humano em todos os setores, da cincia pura, ouaplicada; da matemtica ou da agricultura, da tecnologia ou da literatura.Ora, tais pesquisas so sistematicamente planejadas e levadas a efeitosegundo critrios rigorosos de processamento das informaes.

    Este trabalho estabelece-se como descritivo de abordagempredominantemente qualitativa, pois foram colhidos os dados, em seguidaquantificados, caracterizando o aspecto quantitativo da pesquisa, havendo-seobservado que essas so as caractersticas adequadas pesquisa proposta.

    Segundo Oliveira (1997) o estudo descritivo procura abranger aspectos geraisde um contexto social, possibilita a identificao das diferentes formas apresentadaspelos fenmenos e permite a explicao das relaes de causa e efeito entre eles,sendo o mais adequado para o pesquisador que necessita melhor entender ocomportamento de vrios fatores e elementos que influenciam sobre determinadosfatos.

    Sobre a abordagem qualitativa, Richardson (1999, p.90) apud Marconi eLakatos (2004, p.271) afirma que:

    Pode ser caracterizada como a tentativa de uma compreenso detalhadados significados e caractersticas situacionais apresentados pelosentrevistados, em lugar da produo de medidas quantitativas decaractersticas ou comportamentos.

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    3.2 Campo de estudo

    O cenrio do estudo constitui o local onde so coletados os dados dapesquisa sendo necessria a sua descrio, bem como do local onde est situado.

    A pesquisa desenvolveu-se no Hospital Geral Prado Valadares (HGPV),situado no municpio de Jequi-BA.

    Esta cidade est situada no sudoeste do estado baiano, contando com umarea total de 3.313 Km2 e populao de aproximadamente 147.000 habitantes,segundo dados do censo realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    (IBGE, 2000), apresentando uma densidade demogrfica de 53/hab. por km2.

    Neste municpio est situada a 13 Diretoria Regional de Sade (DIRES) queabrange em sua circunscrio 24 municpios.

    O Hospital Geral Prado Valadares constitui uma instituio governamental,que atende a toda circunscrio da 13 DIRES, funcionado tambm como hospitalescola. Inaugurado em maro do ano de 1947 foi inicialmente chamado de HospitalRegional Prado Valadares, pois atendia apenas populao da cidade onde estavasituado, recebendo a denominao de hospital geral quando passou a ofereceratendimento pacientes dos municpios circunvizinhos.

    A estrutura fsica do hospital conta com capacidade total para 180 leitos quese encontram distribudos nos setores: clnica cirrgica (masculina e feminina),clnica mdica (masculina e feminina), situadas no primeiro andar, emergncia,pediatria, anexo psiquitrico e maternidade, que por sua vez est dividida em pr-parto, berrio e alojamento conjunto, situados no trreo. Ainda no trreo esto

    localizados os setores: administrativo (diretoria, administrao e setor financeiro), aComisso Permanente de Licitao COPEL, setor de recursos humanos, serviosocial, Servio de Arquivo Mdico e Estatstico - SAME, Setor de Autorizao deInternao Hospitalar - AIH, Comisso de Controle de Infeco Hospitalar - CCIH,sala de radiologia, sala de eletrocardiografia - ECG e ultrassonografia - US,ambulatrios (ortopedia, ginecologia, urologia, clinica mdica e oncologia),

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    laboratrio de anlises clnicas, sala de conforto mdico e de enfermagem,coordenao de enfermagem, sala de apoio da UESB, servio de nutrio(coordenao, cozinha, refeitrio), emergncia, farmcia, lavanderia, capela,necrotrio, almoxarifado e sala de higienizao, alm do anexo psiquitrico, umaunidade de coleta e transfuso de sangue da Fundao de Hematologia eHemoterapia da Bahia HEMOBA e o Ncleo de Preveno e Reabilitao Fsicade Jequi.

    Neste hospital so oferecidas as seguintes especialidades e servios:angiologia, anestesiologia, cirurgia, obstetrcia, ginecologia, urologia, oncologia,psiquiatria, pediatria, clinica geral, neonatologia, ortopedia, emergncia e radiologia,atm dos servios de enfermagem, psicologia, fisioterapia e servio social.

    3.3 Informantes do estudo

    Os informantes do estudo foram 20 (vinte) pacientes que se encontravamhospitalizados no Hospital Geral Prado Valadares. Os critrios de incluso foram:

    estar hospitalizado no setor de clnica mdica masculina ou feminina h 4 (quatro)dias ou mais, ser maior de dezoito anos, apresentar condies fsicas, capacidadede compreenso e verbalizao adequadas para participar da entrevista, alm deaceitar participar da pesquisa assinando o termo de consentimento livre eesclarecido conforme a portaria 196/96 do Conselho Nacional de Sade (apndiceA). Os informantes foram escolhidos, dentre os critrios de incluso descritos, demaneira aleatria para composio da amostra de estudo.

    3.4 Tcnica e instrumento para a coleta de dados

    A tcnica utilizada foi a entrevista, com a elaborao de um questionriopadronizado, que foi o instrumento para a coleta. A coleta foi realizada no campo

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    determinado nos dias 14 e 28 de maro de 2008. O armazenamento das respostasfoi feito por meio de aparelho eletrnico, cujas gravaes posteriormente foramtranscritas, mantendo-se o coloquialismo das respostas.

    Segundo Marconi e Lakatos (2004) a entrevista trata-se de uma conversa oralentre duas pessoas, das quais uma delas o entrevistador e a outra o entrevistado,com certo objetivo, a obteno de informaes importantes e compreenso dasperspectivas e experincias das pessoas entrevistadas.

    3.5 Consideraes ticas

    A realizao deste estudo respeita a resoluo 196/96 do Conselho Nacionalde Sade (CNS), que dispe sobre as diretrizes e normas que regulamentampesquisas envolvendo seres humanos. Essa ao visa assegurar os direitospertinentes aos sujeitos, ao estado e comunidade cientfica.

    Assim, visando cumprir todas as exigncias dessa resoluo foi encaminhadoum projeto de pesquisa juntamente com um termo de consentimento livre eesclarecido e o questionrio da pesquisa, ao comit de tica da UniversidadeEstadual do Sudoeste da Bahia para a devida avaliao e liberao atravs deoficio.

    O projeto recebeu aprovao por meio de parecer consubstanciado e foiliberado para a coleta de dados em 20 de fevereiro de 2008. Aps essa aprovao,foi solicitado do Departamento de Sade da Universidade Estadual do Sudoeste daBahia - UESB ofcio para ser entregue na instituio onde foi realizada a coleta de

    dados, que foi entregue ao pesquisador dia 27 de fevereiro de 2008. De posse destedirigi-me ao diretor do HGPV, que liberou a coleta de dados e assinou a cpia doofcio.

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    3.6 Anlise dos dados

    Utilizamos a Anlise de Contedo, como tcnica de anlise dos dados queforam coletados, por entendermos que esta metodologia est adequada a atualinvestigao, pois visou-se compreender o significado das questes, respondendoaos objetivos expostos neste trabalho.

    Segundo Bardin (1977; 2002, p.9), a Anlise de Contedo Um conjunto deinstrumentos metodolgicos cada vez mais subtis em constante aperfeioamento,que se aplicam a (contedos e continentes) extremamentediversificados. E, de acordo com Minayo (1993) a Anlise de Contedo ummtodo usado para interpretar dados previamente coletados, significa uma buscaterica e prtica no campo de investigaes sociais, bem como procedimentostcnicos usados para representar o tratamento das informaes de uma pesquisa.

    Essa tcnica de anlise atinge um plano aprofundado medida queultrapassa as simples significaes daquilo que manifestado, pois, segundoMinayo (1993), ela utiliza termos gerais que relaciona estruturas semnticas(significantes) com estruturas sociolgicas (significados) dos enunciados. Dessa

    forma, pudemos compreender melhor as informaes colhidas e articular com osfatores que determinam suas caractersticas.

    Buscamos por meio dessa anlise, a compreenso do problema apresentado,atravs da identificao dos significados das respostas encontradas, econseqentemente, concorrendo para alcanar os objetivos mencionados nesteestudo.

    Ressaltamos que as informaes obtidas a partir dos relatos dos informantesdeste estudo, foram transcritas na ntegra, pois percebemos que isto garanteoriginalidade a este estudo.

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    3.7 Cronograma oramentrio

    A responsabilidade pelos recursos financeiros necessrios para a realizaodesta pesquisa ficou sob a responsabilidade do prprio pesquisador. O destino de

    tais recursos est especificado no quadro abaixo:

    PREVISO DE DESPESAS

    Especificao Quantidade Valor Unitrio R$ Valor Total R$

    Papel Sulfite A4 2 pacotes de 500folhas

    20,00 40,00

    Caneta azul 05 0,70 3,50

    CD 02 1,50 3,00

    Cpias 100 0,08 8,00

    Impresso 300 0,20 60,00

    Encadernao 02 2,00 4,00

    Transporte 20 1,40 28,00

    Total - - 146,50

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    4. R esultadE

    D iscussoT odo problema um desaf io, desafios devem ser enfrentados cof irmeza e habilidade.

    ( D avid R ibeiro da S ilva)

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    4. RESULTADOS E DISCUSSO

    Iniciamos nossa apresentao/discusso dos resultados a partir dos dadossocioeconmicos encontrados.

    O quadro 01 mostra o perfil dos pesquisados quanto idade:

    Dentre as faixas etrias delimitadas a que apresentou maior nmero depacientes foi a de 60 a 69 anos (30%), seguida pelas faixas etrias de 30 a 39 anos(20%), de 50 a 59 anos (20%), de 40 a 49 anos (15%) de 18 a 29 anos (10%) eacima de 70 anos (5%).

    Observamos a presena de entrevistados nas vrias faixas etrias, apesar deter encontrado um maior nmero de entrevistados na faixa etria dos 60 a 69 anos(30%) concordamos o nvel de conscincia e a capacidade de cada um dos

    pacientes que devem ser levados em considerao para realizar a pesquisa(SADALA, 1996). Nesse aspecto os entrevistados mostraram-se capazes decompreender e participar da pesquisa.

    O quadro 02 mostra o perfil dos pesquisados quanto ao sexo:

    Quadro 01: Perfil dos pesquisados quanto idade.

    Idade Quantidade Porcentagem18-29 anos 2 10%30-39 anos 4 20%40-49 anos 3 15%50-59 anos 4 20%60-69 anos 6 30%70 e + 1 5%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

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    Quadro 02: Perfil dos pesquisados quanto aosexo.

    Sexo Quantidade PorcentagemMasculino 11 55%Feminino 9 45%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

    Como se pode observar ocorre uma pequena diferena na proporo deentrevistados quanto ao sexo, sendo a maioria de sexo masculino (55%).

    De acordo como a nossa metodologia de pesquisa vivel integrar homens emulheres, tendo em vista que a investigao no est relacionada ou no afetadapor esteretipos sexuais (DALLAGNOL; TRENCH, 1999).

    No quadro 03 apresentamos o perfil dos pesquisados quanto situaomarital:

    Quadro 03: Perfil dos pesquisados quanto situao marital. Situao Marital Quantidade Porcentagem

    Casados 11 55%Solteiros 5 25%Vivem com companheiro(a) 2 10%Vivo 1 5%Separado 1 5%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

    Observamos a predominncia de pessoas casadas dentre os pesquisados(55%), seguido pelos solteiros (25%), dos que vivem com companheiro (10%) e dosvivos e separados (5%, cada).

    Conforme lemos em Feres-Carneiro (1998) o casamento algo que serve deproteo aos integrantes contra o conflito que possa se estabelecer entre eles e as

    normas sociais vigentes na sociedade onde esto estabelecidos, o casamento temcomo funo social criar para o indivduo uma determinada ordem, para que elepossa experimentar a vida com certo sentido. Dessa forma podemos dizer quenossa amostra contempla pessoas bastante diferentes quanto situao conjugal,propiciando uma maior variedade de pontos de vista a respeito do assunto emquesto, o que enriquece ainda mais o estudo.

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    O quadro 04 apresenta o perfil dos pesquisados quanto profissoinformada:

    Quadro 04: Perfil dos pesquisados quanto profissodo entrevistado.

    Profisso Quantidade PorcentagemOutros 11 55%Sem profisso definida 4 20%Lavrador 3 15%Motorista 2 10%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

    Quanto profisso exercida, a maior parte (55%) dos entrevistadosenquadrou-se na classificao outros, que abrange as profisses: motorista,carroceiro, vigilante, serralheiro, despachante, pedreiro, balconista, recepcionista,padeiro, vendedor, auxiliar de servios gerais e zelador. Os demais entrevistadosreferiram no ter profisso definida (20%), lavrador (15%) e motorista (10%).

    O quadro 05 mostra o perfil dos pesquisados quanto ocupao exercidaantes da hospitalizao:

    Quadro 05: Perfil dos pesquisados quanto ocupao.

    Ocupao Quantidade Porcentagem

    Outros 10 50%Do lar 4 20%Lavrador 3 15%Aposentado 3 15%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

    Dentre as ocupaes informadas a classificao outros agrupou o maiornmero de pesquisados (50%), correspondendo s seguintes ocupaes: arteso,auxiliar de servios gerais, despachante, "encostado" (recebendo auxlio-doena),estudante, motorista, pedreiro, serralheiro, vendedor e vigilante. Em menor nmeroaparecem pessoas do lar (20%), lavradores (15%) e aposentados (15%).

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    Dentre as profisses e ocupaes informadas nos chama a ateno nahavermos encontrado nenhuma que exija formao de nvel superior, o que nospermite inferir que a amostra apresenta um baixo nvel cultural.

    O quadro 06 exibe o perfil dos pesquisados quanto rendaper capita mensal:

    Observamos que a maioria dos entrevistados tem rendaper capita mensalmenor que meio salrio mnimo (45%), 8 entrevistados tem rendaper capita mensalentre meio e um salrio mnimo (40%) e 3 dispem de um rendaper capital mensalacima de um salrio mnimo at 2 salrios (15%).

    Tendo em vista que as pessoas com maior poder aquisitivo preferem utilizaros servios sade fornecidos por entidades privadas, o fato de encontrarmospredominncia de pessoas de baixo poder aquisitivo entre os entrevistados confirmao que se pode observar no cotidiano, pois se sabe que o acesso aos servios desade depende do poder aquisitivo dos indivduos e o uso dos servios pblicos desade mais frequentemente feito pela parcela da populao de menor poderaquisitivo, quando se compara com a populao de poder aquisitivo mais elevado(PINHEIRO; TRAVASSOS, 1999).

    No quadro 07 apresentamos o perfil dos pesquisados quanto ao tipo dedoena:

    Quadro 06: Perfil dos pesquisados quanto rendaper capita .

    Renda per capita Quantidade Porcentagem

    at 1/2 salrio* 9 45%1/2 salrio a 1 salrio 8 40%>1 salrio at 2 salrios 3 15%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.*Salrio: refere-se ao valor do salrio mnimo no momento dapesquisa.

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    Dos entrevistados, metade apresentou diagnstico de doena cardiovascular(50%), seguido por doenas respiratrias (20%), hepticas (10%), gastrointestinais(10%), traumatismos (5%) e desnutrio (5%).

    A grande freqncia de doenas cardiovasculares em comparao com afreqncia das demais doenas apresentadas pelos pesquisados um dadoesperado, diante da alta prevalncia deste tipo de patologia em nossa sociedade(BALBINOTTO NETO; SILVA, 2008). Ante esse fato, observamos que a qualidadede nossa pesquisa no afetada, pelo contrrio, como as doenas cardiovasculares(quando no acompanhadas por problemas neurolgicos fruto de complicaes) noafetam diretamente a percepo dos indivduos, entendemos que as opinies

    coletadas favoreceram uma maior qualidade da anlise dos dados.No quadro 08 apresentamos o perfil dos pesquisados quanto ao tempo de

    internamento na unidade hospitalar no momento da pesquisa:

    Quadro 08: Perfil dos pesquisados quanto aotempo de internamento no momento dapesquisa.

    Dias deinternamento Quantidade Porcentagem

    4 dias 5 25%5 dias 3 15%6 dias 2 10%7 a 10 dias 4 20%11 a 15 dias 2 10%16 a 20 dias 2 10%21 a 26 dias 2 10%Total 20 100%Fonte: Dados da pesquisa.

    Quadro 07: Perfil dos pesquisados quanto aotipo de doena.

    Tipo de doena Quantidade PorcentagemCardiovascular 10 50%Respiratria 4 20%Hepticas 2 10%Gastrointestinais 2 10%Traumatismos 1 5%Desnutrio 1 5%Total 20 100%

    Fonte: Dados da pesquisa.

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    A maioria dos entrevistados permanecia hospitalizada h quatro dias (25%), 4pessoas (20%) se encontravam de 7 a 10 dias hospitalizadas, 3 pessoas(15%)encontravam-se hospitalizadas h 5 dias e os demais entrevistadosencontravam-se hospitalizados h 6 dias (10%), de 11 a 15 dias (10%), de 16 a 20dias (10%) e de 21 a 26 dias (10%).

    Observando-se que a maior parte dos informantes (50%) estava hospitalizadah mais de 7 dias e que todos eles encontravam-se hospitalizados h mais de 4dias, podemos inferir que tal tempo de hospitalizao permite que o paciente tenhauma opinio melhor elaborada a respeito da equipe de enfermagem que estdestinada aos seus cuidados. O que favorece a qualidade da anlise dos dados.

    Os dados coletados foram agrupados de acordo com as cinco categorias pr-estabelecidas, que deram origem a subcategorias, conforme descrito a seguir:Percepo sobre relacionamento; Importncia atribuda ao relacionamento com aequipe; Existncia ou no de dificuldade no convvio dirio com a equipe; Influnciado relacionamento no tratamento (Positivo, no influencia, inconclusivo) eSentimento experimentado com a presena do profissional.

    Nos pargrafos a seguir analisaremos estas categorias e subcategorias,sendo a primeira a ser analisada a categoria percepo sobre relacionamento.

    4.1 Categoria percepo sobre relacionamento

    Nesta categoria, denominada percepo sobre relacionamento, demonstra-seo significado atribudo pelos pacientes pesquisados a relacionamento. Previamente,sabemos que relacionamento a capacidade, em maior ou menor grau, derelacionar-se, conviver ou comunicar-se com os seus semelhantes (FERREIRA,2004, s/p). Alm disso, concordamos que relacionamento interpessoal aquele emque as pessoas interagem umas com as outras, antipatizando-se, afastando-se,aproximando-se, entrando em conflito ou colaborando em processos complexos comcomportamentos manifestos e no-manifestos, verbais ou no-verbais (MOSCOVICI,1995).

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    Ainda sobre este tema, acrescentamos que o relacionamento estabelecidopelo enfermeiro e paciente tambm denominado relao de ajuda, relao depessoa-a-pessoa ou relacionamento teraputico, sendo um objeto de estudo e umelemento importante dos contedos de ensino de enfermagem em vrias reas.Apesar de ser mais abordada nas reas de enfermagem em sade mental, enfatiza-se que o relacionamento com o paciente um dos principais papis a seremdesenvolvidos pelo enfermeiro e equipe de enfermagem, tornando crucial suaextenso para as demais reas da enfermagem (FILIZOLA; FERREIRA, 1997).

    Conforme apresentaremos a seguir, as unidades de anlise encontradasconvergem para os fatores que permeiam as interaes sociais, evidenciandoconhecimento por parte dos entrevistados acerca do tema abordado.

    Delineadas as percepes acerca de relacionamento, apresentamos, aseguir, as unidades de anlise referentes a categoria percepo sobrerelacionamento:

    Trabalhar (...) proceder (...) andar direito (...) a pessoa acompanha a outra.(...) igual um com o outro (...) medicamento certo (...) tratamento certo (...)quando duas ou mais pessoas se conhecem (...) se respeitam (...) seentendem (...) t sempre ali, um pra cuidar do outro, ou dos outros (...) sersempre solidrio (...) tem que viver um para o outro (...) a vivncia da

    gente (...) a pessoa tratar bem as outras pessoas e saber se expressarcom um e outro (...) cidadania (...) o bom dilogo (...) o bom atendimento (...)pra viver bem tem que se relacionar (...) a boa convivncia entre os dois(...) conversar com as pessoas3 (...) ir na casa uns dos outros, dos amigos(...) saber notcias das pessoas (...) as pessoas querer saber da gente,perguntar pela gente (...) a convivncia que a gente tem com as pessoas(...) com educao (...) viver bem com as pessoas (...) procurar respeitar aspessoas (...) um bom-dia pela manh2 (...) sabe tratar bem os pacientes5 (...)me tratar bem, me dar meu medicamento.(Obs.: Os nmeros sobrescritos referem-se freqncia em que a unidadede anlise ocorreu.)

    Como se pode observar nas unidades de anlise, existe uma associao feitapelos pesquisados entre relacionamento e aspectos de seu cotidiano, em queinteragem com outras pessoas, como trabalho, conhecer determinada pessoa,solidariedade, boa educao no trato com as pessoas, conversar com pessoas,respeito e dignidade. Ainda encontra-se a aproximao entre relacionamento etratamento de sade como ateno aos pacientes e tratamento certo.

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    Numa abordagem voltada para a assistncia de enfermagem podemosconsiderar que relacionamento um processo de fazer e ser do profissional deenfermagem, cabendo-lhe relacionar-se com o sujeito e como sujeito, sendonecessrias, para isso, autoconscincia, sensibilidade, auto-aceitao e atualizaodas potencialidades, a fim de desenvolver uma relao em que ambos so sujeitos,ou seja, cada um desenvolve aes e elabora respostas humanas para o outro(ROLIM; PAGLIUCA; CARDOSO, 2005).

    O relacionamento entre a equipe de enfermagem e paciente ocorre entreduas ou mais pessoas e tem particularidades decorrentes da necessidade decuidado que tem uma das partes, essa necessidade ser preenchida atravs doprocesso teraputico, objetivando a resoluo do problema apresentado (RIBEIRO;PEDRO, 2005). Da mesma forma que elucidamos o modo como os pacientespesquisados entendem relacionamento, a seguir analisaremos a prxima categoria,que a importncia atribuda ao relacionamento com a equipe de enfermagem.

    4.2 Categoria importncia atribuda ao relacionamento com a equipe

    A categoria importncia atribuda ao relacionamento com a equipe rene osdados em que os pesquisados relataram qual a importncia que atribuem aorelacionamento com a equipe de enfermagem. Segundo Ferreira (2004) importncia o valor, mrito ou influncia, podendo significar tambm a consideraodispensada a algo ou algum. Desse modo, apresentamos, a seguir, as unidades deanlise referentes esta categoria:

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    Sabe tratar bem os pacientes17 (...) elas tm pacincia com a gente (...) elasgostam de mim2 (...) ela no entra aqui de cara feia (...) tem muito cuidadocom a gente7 (...) tem os remdios certinho5 (...) ela entra alegre2 (...) opessoal trabalhando sempre com profissionalismo (...) quando a genteprecisa j t do lado (...) atravs delas que eles vo conseguir memedicar, cuidar de mim (...) muito importante, porque t sempre aqui8 (...)

    brinca com a gente (...) brinca com os paciente3

    (...) se preocupam com agente7 (...) tratam a gente com educao (...) a gente conversa com elas2 (...) d bom-dia (...) as enfermeiras aqui esto de parabns5 (...) Bom15 (...)eu dou, nota dez4 (...) acho muito legal2 (...) muito bom pra quem tdoente3 (...) a equipe de enfermagem desse setor mil maravilhas (...) otratamento aqui bom4 (...) se todos fossem assim seria maravilhoso (...) euconvivo bem2 (...) todo mundo aqui no tem o que falar das enfermeiras8 (...)ningum nunca me tratou mal (...) muito importante7 (...) eu me sinto bemaqui (...) uma auto-estima para o paciente2 (...) melhora at o nimo dagente.

    De acordo com a observao das unidades de anlise apresentadas

    anteriormente, evidencia-se que os pacientes experimentam uma sensao de bem-estar ao perceberem que o profissional de enfermagem os valoriza, dedicando-lhesateno. Os pacientes tambm avaliam o comportamento do profissional aodesempenhar seu trabalho e o tratamento que recebem da equipe de enfermagem,resultando em tambm considerar que o cuidado que recebem timo. Para essespacientes, a alegria durante o cuidado, expressa em forma de sorrisos por parte daenfermagem, um fator que garante maior importncia a esses profissionais.

    Ao que se evidencia nas unidades de anlise, a necessidade do pacientehospitalizado de ateno por parte da equipe de enfermagem, foi preenchida, tendoem vista as vrias referncias encontradas em relao ao fator ateno.

    Em pesquisa, Silva e Nakata (2005) observaram prejuzos ao cuidadoprestado, desgosto e sofrimento relatado por pacientes em relao ao atendimentorecebido por parte da equipe de enfermagem, entre os fatores que contriburamencontraram-se a falta de ateno por parte da equipe, concluindo que os pacientesno tiveram o apoio necessrio melhora do estado de sade. Para regozijo dospacientes entrevistados em nossa pesquisa esse no foi um problema, pelocontrrio, a ateno recebida pela equipe de enfermagem foi motivo de maiorvalorizao do relacionamento entre paciente e equipe.

    O relacionamento com a equipe de enfermagem tambm visto comoimportante porque no desencadeia problemas durante o atendimento aos

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    pacientes, alm de provocar uma sensao de bem-estar como visto nas unidadesde anlise.

    Sob a perspectiva dos pacientes a comunicao no tem a finalidade nica de

    transmitir informaes a respeito de determinado assunto ou sobre doena, elatransmite tambm mensagens que revelam ateno e cuidado (ARAJO; SILVA,2007). Por isso, cada integrante da equipe de enfermagem ao estar atento sexpresses faciais, gestos e tom de voz prprios e do paciente pode ajudar aentender melhor o processo de comunicao que se estabelece, o que possibilita aoprofissional buscar o aprimoramento da comunicao com o paciente econseqentemente o aperfeioamento da relao estabelecida com este, com afinalidade maior de prestar um cuidado de qualidade.

    Tendo em vista a importncia do relacionamento com o paciente, esteaspecto do cuidar precisa ser trabalhado por parte da equipe de enfermagem com amesma relevncia que atribuda realizao de procedimentos tcnicos oucumprimento de normas. A enfermagem deve utilizar seus conhecimentos cientficose pessoais para ajudar o paciente a encontrar o significado de sua doena. Amaneira como desenvolvido o cuidado com o paciente, o que se diz a ele, aentonao de voz ao falar mostra preocupao ou no com ele, se estamos

    conseguindo suprir ou no suas carncias e expectativas, determinando se ocuidado de enfermagem ou no teraputico (TRAVELBEE, apud CHISTOFORO;ZAGONEL; CARVALHO, 2006).

    A seguir, no prximo tpico exploraremos a existncia ou no de dificuldadesno convvio dirio da equipe de enfermagem com pacientes.

    4.3 Categoria existncia ou no de dificuldade no convvio dirio com a equipe

    Essa categoria abrange a existncia ou no de dificuldades encontradaspelos pacientes no convvio dirio com a equipe de enfermagem. Tais dificuldadespoderiam estar relacionadas ao profissional como, por exemplo, a ansiedade,dificuldade em planejar o relacionamento com o paciente, insegurana ao lidar como paciente, e tambm relacionada ao paciente, que tambm poderia sentir-se

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    ansioso, inseguro, frustrado diante do tratamento, impaciente, entre outras reaesprprias do ser humano. Entretanto, conforme se observa nas unidades de anlise aseguir, no encontramos dados que caracterizassem a existncia de dificuldades noconvvio dirio com a equipe:

    Pra mim no existe dificuldade nenhuma15 (...) o tratamento est sendomuito bom6 (...) o pessoal aqui gente com competncia, no temproblemas no3 (...) voc bem aceito2 (...) trabalha tudo unido um comoutro2 (...) sempre satisfeito com a vida, muito bom pra ns (...) conversacom a gente assim e tal (...) eu creio que eu peguei muitas amizades aqui j.

    Durante a convivncia, indivduos influenciam e so influenciados,desenvolvem preconceitos, expectativas, valores, amam, arrependem-se, iludem-se,desiludem-se, enlouquecem, crescem, mas, sobretudo, experimentam a vida. Todasessas vivncias contribuem para a nossa formao enquanto seres capazes derefletir a respeito de ns mesmos e do que nos rodeia (ROLIM; PAGLIUCA;CARDOSO, 2005).

    Vrios desses processos tambm ocorrem durante o desenvolvimento dotrabalho em enfermagem, que indissocivel da convivncia com pessoas. Comopodemos observar nas unidades de anlise, os entrevistados no referiramdificuldades em conviver com a equipe de enfermagem, pelo contrrio, pudemosidentificar aluso competncia do trabalho desta equipe, significando oreconhecimento e a valorizao por parte dos pacientes assistncia desenvolvidae conseqentemente do trabalho em enfermagem.

    Em nossa pesquisa no procuramos medir o grau de evoluo do estado desade ou de doena dos pacientes aps sua permanncia no hospital, masacreditamos que esta experincia desses pacientes representa, sim, uma evoluo,

    visto que no tiveram seus problemas acrescidos de dificuldades de convivnciacom a equipe de enfermagem e at mesmo do ponto de vista social mostrammelhorias como em peguei muitas amizades aqui j .

    As intervenes teraputicas especficas (tcnicas) realizadas pela equipe deenfermagem em benefcio dos pacientes podem ser favorecidas por um contexto decredibilidade atribuda a esta equipe, por parte do paciente, podendo este

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    desenvolver atitudes colaborativas e favorecedoras da teraputica, auxiliando nabusca pelo resultado comum que o melhor cuidado (BRAGA; VANDENBERGHE,2006). Tendo isso em vista, podemos dizer que omelhor cuidado est sendobuscado pela equipe de enfermagem que cuidava dos entrevistados, pois estesmostraram atribuir credibilidade equipe de enfermagem.

    Numa abordagem geral podemos dizer que os pacientes afirmam no existirnenhuma dificuldade no que se refere convivncia com a equipe de enfermagem.A esta equipe so creditadas as caractersticas de executar um bom atendimentoaos pacientes, ter entendimento entre os profissionais e relacionar-se bem com ospacientes.

    Conforme j afirmamos, vrias so as dificuldades que podem serencontradas pela equipe de enfermagem no desenvolvimento da assistncia aospacientes, entre eles o relacionamento discordante entre os membros da equipeprejudica a qualidade dos cuidados prestados. Entretanto, podemos dizer que esteno foi um fator negativo presente entre os nossos pesquisados, o que, por sua vez,pode ter contribudo para a avaliao positiva unnime do trabalho da equipe.

    Nos prximos pargrafos analisaremos a influncia do relacionamento notratamento.

    4.4 Categoria influncia do relacionamento no tratamento

    A finalidade de uma internao o tratamento de alguma alterao que estejaocorrendo com a pessoa e um momento em que a equipe de sade realiza vriasaes, cada qual relacionada ao seu corpo de conhecimentos (de enfermagem,fisioterpicos, mdicos, nutricionais), mas todas com o objetivo comum de amenizarou curar um problema de sade.

    Entre os diversos cuidados que os pacientes recebem, est o cuidado deenfermagem, sendo o relacionamento entre a equipe de enfermagem e paciente queabordaremos nessa categoria. Buscamos identificar, a partir da perspectiva do

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    paciente, se esse relacionamento com a equipe de enfermagem favorece ou no oseu tratamento. A partir disso surgiram trs subcategorias:

    4.4.1 Subcategoria positiva

    A subcategoria positiva agrupa as unidades de anlise em que orelacionamento com a equipe de enfermagem foi considerado um fator positivo dotratamento, podendo ajudar na melhoria do estado de sade do paciente. Dentre astrs subcategorias dentro da categoria influncia do relacionamento no tratamento,esta a que rene o nmero mais expressivo de unidades de anlise, com relaos outras duas subcategorias, conforme se observa nas unidades de anlise

    encontradas:

    Pode sim5 (...) Sim, quando a gente bem tratado, recebe uma palavra deajuda, s isso j ajuda a gente. A gente j melhora com aquilo ali7 (...) sim,pode melhorar ou pode piorar, se for aquela pessoa que chega e conversacom as pessoas, pergunta as coisas, procura animar a gente, pode atmelhorar o nimo da gente, j se for aquela que no d nem um bom-diapara as pessoas, toda sria, de cara fechada voc j fica meio quepreocupado2 (...) a gente t aqui nas mos de Deus e delas, n? Ento seela d uma injeo, pro bem da gente. Se ele d um comprimido, probem da gente. Pra melhorar a sade da gente (...) sorrindo outra coisa,n? Agora com a cara feia... Ningum gosta2 (...) no s na minha opiniocomo na opinio dos outros paciente aqui, do jeito que elas tratam ospacientes aqui o resultado melhorar a situao dos pacientes (...) comcerteza, no tenha dvida (...) a auto-estima do paciente, um bom-dia pelamanh, constantemente o pessoal t aqui... (...) tudo bom, n? Pra mimtudo bom (...) sim. Porque ns, no caso, estamos doentes aqui, se nssomos bem-atendidos, as pessoas chegam sempre com aquela simpatia:Um bom-dia seu X, um bom-dia seu fulano. S isso da uma terapia pragente. Agora vamos supor, chega o horrio, chega o enfermeiro ou aenfermeira, aquela pessoa que voc sabe que ela j vem irritada comalguma coisa, ela j chega aos berros, gritos: Faz isso, faz aquilo... Agoravoc veja: Voc se sente bem ao lado de uma pessoa que lhe maltratou?Agora voc veja, voc com sade, voc pode mudar, se voc est dentro deum transporte coletivo voc pode ir mais para frente ou mais para trs, masde qualquer maneira aquele lugar no t legal pra voc. Mas voc est comsade, voc imagina a pessoa doente (...) eu acho que sim, n?

    Observamos que a forma como a equipe de enfermagem comunica-se comos pacientes tem um significado muito importante durante o tratamento hospitalar,pois houve vrias referncias dos pacientes quanto ao comportamento da equipedurante o desempenho de suas funes, sendo que as unidades de anlise

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    apontam, com freqncia, a qualidade do relacionamento e da comunicao com aequipe. Acreditamos que esta equipe consegue estabelecer um bom relacionamentocom os pacientes e dentro dessa boa relao consegue entusiasm-los a acreditarna evoluo positiva de seu estado de sade. Com relao comunicao,concordamos com Pontes, Leito e Ramos (2008) que acreditam na comunicaocomo favorecedora do relacionamento e facilitadora da criao de melhorescondies para o desempenho das atividades de enfermagem da forma maisadequada possvel.

    Conforme se observa nas unidades de anlise, o fato de algum de equipe deenfermagem conversar com o paciente representa para esse paciente, uma formade cuidado, principalmente pelo fato de o paciente perceber que existe algum queesta preocupando-se com ele naquele ambiente. Essa idia tambm compartilhada por Chistoforo, Zagonel e Carvalho (2006) que acreditam nainfluncia das atitudes e demonstrao de sensibilidade, que permitem a expressode sentimentos pelos pacientes e asseguram o conforto da presena humana.

    Nos prximos pargrafos abordaremos a subcategoria no influencia,esclarecendo seus significados e relaes.

    4.4.2 Subcategoria no influencia

    Na subcategoria no influencia, reunimos trs unidades de anlise, destastrs, duas delas no justificam o fato de o relacionamento com a equipe deenfermagem no exercer influncia no tratamento recebido pelos pacientes,provavelmente a falta de conhecimento acerca da evoluo natural das doenas ede como deve ser feito o tratamento das enfermidades justifique essas opinies.

    Nessas unidades de anlise vemos que existem pacientes que encaram suacondio de doentes de forma determinista, no vendo possibilidades de tratamentoe acreditando que o relacionamento com a equipe de enfermagem no poderiacontribuir com a mudana de seu estado. Os dados encontrados so: Acho que nomuda nada no. O que , tem que ser mesmo. isso (...) no2.

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    Assim como encontramos algumas unidades de anlise que denotam a noinfluencia dos cuidados de enfermagem na evoluo do paciente, tambm fez-senecessrio diferenciar a subcategoria inconclusivo, cuja anlise est descrita aseguir.

    4.4.3 Subcategoria inconclusivo

    Nesta subcategoria agrupamos unidades de anlise que no permitiramidentificar se o relacionamento com a equipe de enfermagem influencia ou no emseu tratamento, como apresentamos a seguir: Depende dos maiores, n? (...)porque muita vez t faltando algum material e num encontra, no culpa dela, n?Ela no vai colocar o material sem ter.

    Em se tratando de rea de enfermagem, conhecer o sentimento dosindivduos com quem lidamos diretamente muito importante, e esta a idia quenorteia a anlise da prxima categoria: sentimento experimentado com a presenado profissional.

    4.5 Categoria sentimento experimentado com a presena do profissional

    Esta categoria rene vrios aspectos relacionados ao sentimento dospacientes quando esto em presena do profissional de enfermagem. Entendemossentimento como a capacidade de desenvolver uma emoo em relao a algo oualgum, seja esta emoo positiva ou negativa (FERREIRA, 2004). Considerandoque a convivncia com a equipe de enfermagem imprescindvel para os pacientesinternados, saber quais sensaes eles experimentam tem um valor especial, pois o

    desenvolvimento do cuidado voltado para o ser humano e no significa otratamento unicamente da doena. As unidades de anlise referentes a estacategoria esto expostas a seguir:

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    Me sinto bem8 (...) eu me sinto melhor (...) fico feliz, n? V ela pegando... Eme cuidando, n?3 (...) eu gosto (...) s tenho mesmo que elogiar, queparabenizar a equipe (...) porque elas tratam a gente muito bem, por issoque a gente tem que se sentir bem (...) acho bom. Porque pelo menos vemvisitar a gente, n? (...) j uma paz, aquele alvio. Poxa, fulano chegou prame ver, ser que eu t melhor ou no (...) me sinto muito bem, porque s

    vezes t passando algum problema pela cabea da gente e quando chegauma pessoa pra ver a gente, que fala com a gente, aquele pensamento jvai embora, a gente fica menos preocupada e isso j uma melhora. Podeser que a gente tambm esteja sentindo alguma coisa e j fala pra ela4 (...)elas tudo aqui alegre, trata a gente bem. s vezes eu t at doente atme alegro mais, n? Ela chega, brinca com a gente, conversa. At alegra agente3 (...) me sinto doente e eles vem da enfermaria pra fazer otratamento... (...) a gente fica na expectativa de vir alguma medicao... (...)porque uma hora que ns temos uma preciso, ns temos uma dor, jchega voc aqui, ou ela, tudo j ajuda.

    As relaes interpessoais so fortemente ligadas aos sentimentos das

    pessoas participantes, apesar da interferncia dos sentimentos, as pessoasprecisam manter o dilogo franco e expor suas percepes, a fim de evitarproblemas de comunicao tais como distanciamento, superficialidade, falta defranqueza (PINHO; SANTOS, 2007). Concordamos com essa idia, tendo em vistaque os pacientes entrevistados relataram alegrar-se, sentir paz e alvio de seusproblemas e avaliam como de boa qualidade o cuidado que recebem da equipe deenfermagem.

    Por havermos encontrado opinies diversas, mas que culminam, em suamaioria, num sentido positivo com relao presena do profissional deenfermagem prximo aos pacientes, concordamos com Arajo e Silva (2007),quando afirmam que o profissional de sade bom aquele que atencioso ao que opaciente fala, demonstra importncia ao que este sente e expressa, exibepreocupao no somente com a parte doente, mas com o todo, ou seja, oindivduo. Essas caractersticas so favorveis ao relacionamento com o paciente efazem parte da essncia do trabalho em enfermagem, ou seja, do cuidar.

    A comunicao adequada faz parte do cuidado em enfermagem e deve incluirinformaes corretas, palavras simples e condizentes com o nvel sociocultural dopaciente e de seus familiares. Assim, este poder ajudar e participar dos cuidados,tomando decises sobre seu estado e tratamento, ao profissional cabe respeitar eaceitar suas decises (LIMA; MUNARI; ESPERIDIO; SOUZA, 2007).

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    Concordamos com Pinho e Santos (2007) quando afirmam que na existnciade dedicao, respeito, disponibilidade, interesse e comprometimento pessoal paracom o outro o cuidado surge de forma natural. Existe a necessidade de enfocar aateno s necessidades dos indivduos, com o estabelecimento de relaessolidrias (PINHO; SANTOS, 2007).

    Estas caractersticas dos cuidados refletem um relacionamento baseado ematitudes humanas, demonstrao de respeito, comunho com os sentimentos e coma dor dos pacientes, o que esperado dos profissionais responsveis pelo cuidar(ROLIM; PAGLIUCA; CARDOSO, 2005).

    Observamos que os pacientes no se deixaram abater pelo fato de estarem

    numa situao de doena. Apesar disso, expressaram, em sua maioria, sentimentospositivos, tais como de bem-estar, satisfao, paz, alvio e alegria, quando empresena do profissional de enfermagem. Isso nos leva a crer que os profissionaisresponsveis por cuidar desses pacientes desempenham um bom relacionamentocom estes, uma vez que um relacionamento ruim no poderia provocar esses tiposde sentimentos nos pacientes.

    Outro ponto importante a ateno dos pacientes quanto ao comportamentodo profissional que o atende. Quanto a esse aspecto, ficou ntido que os sentimentosdespertados nos pacientes tm relao principalmente com esse comportamento. Ofato de conversar com o paciente, tirando o foco da doena, o faz sentir melhorar oseu estado de sade.

    A percepo, pelo paciente, da aproximao do profissional de enfermageminvoca a lembrana de que se encontra enfermo. Os pacientes referiram-se expectativa em receber tratamento e acompanhamento da equipe de enfermagem.Como a equipe de enfermagem quem realiza a maior parte dos procedimentos junto aos pacientes, atribumos as afirmaes a esse fato.

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    5. Considera Finais

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    Consideraes Finais

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    5 CONSIDERAES FINAIS

    O desenvolvimento deste estudo de campo suscitou vrios sentimentos, comoalegria, gratido, entusiasmo, apreenso, satisfao, entre outros. Principalmentepor ser uma atividade diferente para o discente, acostumado s aulas tericas emsala e laboratrios e s prticas de campo. Todavia, um caminho percorrido comsatisfao, pois se tem a motivao de estar produzindo conhecimento, na busca

    pela evoluo pessoal e por uma sociedade melhor.

    Nesta caminhada o nosso objetivo foi o de analisar a importncia atribuda porpacientes hospitalizados quanto ao relacionamento com a equipe de enfermagem edentro dessa perspectiva conhecer a opinio de pacientes hospitalizados sobre oseu relacionamento com a equipe de enfermagem e identificar se o comportamentoda equipe de enfermagem no relacionamento com o paciente hospitalizado teminfluncia sobre a evoluo desse paciente.

    Os pacientes entrevistados formam um grupo muito heterogneo no que dizrespeito aos aspectos idade, profisso e ocupao. Quanto situao marital,apesar de o nmero de casados ter sido predominante em relao s outrassituaes maritais, acreditamos que esse fato no revelou problemas para a anlisedos dados. Quanto ao tipo de doena apresentada pelo paciente, observou-se umamaior freqncia de pacientes com problemas cardiovasculares, e nenhum pacientecom problema neurolgico. Todos os pacientes informaram possuir renda per capitade at dois salrios mnimos, sendo que 45% informaram renda per capita de at (meio) salrio mnimo.

    Percebemos tambm que os pacientes hospitalizados tem compreensoadequada sobre o significado de relacionamento, assim como identificam fatoresque promovem um bom relacionamento entre as pessoas.

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    Consideraes Finais

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    Esse achado deu maior confiabilidade ao que encontramos a respeito daimportncia atribuda ao relacionamento com a equipe de enfermagem, pois, nossopressuposto baseou-se na possvel existncia problemas no relacionamento daequipe de enfermagem com o paciente ou a possibilidade de haver pouco interessepor parte dessa equipe em se dedicar melhor ao relacionamento com o paciente.

    Dessa forma, encontramos uma grande quantidade de opinies que nospermitem concluir que os pacientes conferem muita importncia ao relacionamentocom a equipe de enfermagem e relacionam esta importncia ao fato de a equipe terpacincia, conversar, tratar bem e demonstrar apreo pelos pacientes, administraros medicamentos certos, atender aos chamados com presteza e demonstrar alegriaao desempenhar as tarefas e ao relacionar-se com os pacientes. Esses achadoscontradizem o que pressupomos inicialmente, uma vez que diante da possibilidadeda existncia de pouco interesse e dedicao por parte da equipe de enfermagemno relacionamento com o paciente acreditamos que no seria possvel encontrarresultados positivos como os revelados nesta pesquisa.

    Apesar de contrariar nosso pressuposto, ficamos felizes em encontrar taisresultados, visto que nosso interesse o de ampliar as informaes a respeito dorelacionamento com o paciente e, assim, melhorar a assistncia prestada s

    pessoas. Esses achados servem como exemplo de reconhecimento por parte dapopulao do bom trabalho realizado, servindo para reflexo por parte de outrosprofissionais de enfermagem e at mesmo de outras reas da sade, a respeito daprpria atuao, podendo estes realizarem uma autoavaliao de seurelacionamento com os pacientes.

    A existncia problemas no relacionamento da equipe de enfermagem com opaciente, que outro aspecto de nosso pressuposto, tambm foi desmistificado,

    visto que nossos entrevistados relataram no existir problemas de relacionamentocom a equipe de enfermagem e que eram bem tratados na unidade em que seencontravam.

    Tambm importante foram os achados acerca da influncia dorelacionamento no tratamento do paciente hospitalizado. Encontramos umapredominncia de opinies que podem legitimar a idia de que o bom

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    Consideraes Finais

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    relacionamento pode influenciar de maneira positiva na evoluo de seu estado desade. Por outro lado, encontramos algumas opinies de no atribuem relevnciaquanto ao relacionamento com a equipe de enfermagem e a melhora no estado desade.

    Conforme os dados apresentados anteriormente, os pacientes pesquisadosrelataram que sentem alegria, paz e alvio dos problemas quando em presena doprofissional de enfermagem, fato extremamente favorvel s aes de enfermageme melhoria do estado de sade dos pacientes.

    Levando-se em considerao a melhoria da assistncia sade aospacientes sugerimos aos profissionais de sade de todas as reas e principalmente

    de enfermagem que faam uma reflexo sobre suas prprias atitudes ecomportamentos durante o relacionamento com os pacientes. A fim de melhorar orelacionamento com os pacientes e buscar levar-lhes boas sensaes.

    Em virtude dos aspectos mencionados, este estudo propicia um acrscimo doconhecimento acerca do tema abordado, mas acreditamos na necessidade de maispesquisas a respeito da influncia do relacionamento entre a equipe de enfermageme paciente no seu estado de sade. Possivelmente outras metodologias de pesquisapodero trazer a ampliao do saber sobre o tema e como ele ocorre em diferenteslugares.

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    Consideraes Parciais

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    R eferncia

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    Referncias

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