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Maia Implementando LMS em Universidades Anais da IV Conferência ACORN-REDECOM, Brasília, DF, 14-15 de maio de 2010 215 Implementando Learning Management System (LMS) em Universidades Marta de Campos Maia FGV-EAESP [email protected] BIOGRAFIA Administradora e Doutora em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Atua como professora da FGV-EAESP, no INSPER e na FAAP nos cursos de pós-graduação e de Graduação. Atou como Coordenadora de Educação a Distância da FGV-EAESP e da FAAP. É autora de capítulos de livros e de dezenas de artigos, pesquisas e trabalhos sobre Tecnologia de Informação e Educação a Distância, publicados no Brasil e no exterior. RESUMO A utilização das tecnologias educacionais emerge como uma grande oportunidade para reverter o processo de ensino- aprendizagem, que são tão antigos quanto a própria humanidade, e podem ampliar os potenciais educacionais, estimulando a introdução de atividades mais dinâmicas, não só pela flexibilidade, mas ao proporcionar novas competências e novas formas de aprendizado. Por esta razão, o computador emerge como uma força para a ruptura no modelo vigente e uma oportunidade promissora para atender à demanda das escolas em trabalhar as múltiplas inteligências dos alunos, modelos e estilos de aprendizagem distintos. Uma etapa inicial para esta ruptura é a utilização de um Sistema Gerenciador do Processo de Aprendizagem (LMS). A implantação de LMS é uma tarefa de grandes proporções, que requer a mobilização de recursos substanciais de investimento e considerável esforço organizacional. O trabalho apresentará um estudo de caso, que permitirá analisar diversos aspectos envolvidos no processo de implementação de um LMS. Palavras-chaves Gerenciamento de conteúdo de aprendizagem; sistemas de informação, educação, universidade, inovação. INTRODUÇÃO O LMS é uma plataforma que facilita a criação de um ambiente educacional baseado na web. Automatiza a administração de eventos de um curso, e tem por objetivo possibilitar a criação de ambientes para que haja um aprendizado real. Esta ferramenta deverá possibilitar a administração, apoio pedagógico, geração e distribuição de conteúdo aos alunos, bem como uma interação entre todos os envolvidos no processo (alunos, professores, monitores, coordenação e suporte). Para os supervisores e administradores, o sistema faz o rastreamento de dados, disponibiliza informações, auxilia na análise e gera relatórios sobre o progresso dos participantes. Para os professores, o sistema permite um planejamento do curso, compartilhamento de informações com outros docentes, acompanhamento das atividades dos alunos e interação nas diversas comunidades de práticas disponíveis no LMS. Para os alunos, o sistema auxilia no planejamento individual de seus processos de aprendizagem, e permite que os mesmos colaborem entre si através da troca de informações e conhecimentos. Por estas características, o sistema precisa ser muito bem escolhido, para oferecer atividades variadas que provoquem o envolvimento do aluno, de maneira a permitir o acesso ao conteúdo que está sendo trabalhado. Outros aspectos, como a linguagem e o nível de dificuldade de manuseio exigido pelo LMS, devem ser levados em consideração e precisam ser compatíveis com a infra-estrutura da Instituição de Ensino Superior (IES) e, principalmente, com o nível de capacitação dos funcionários, professores e alunos envolvidos no processo. O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de aplicação concomitante de dois modelos: para assimilação de tecnologia e administração da mudança, que permitiram a IES obter uma melhor compreensão dos mecanismos que comprometiam a adoção da tecnologia pelos professores e embasaram o projeto de ações mobilizadoras e corretivas que resultaram num enorme crescimento e disseminação da utilização do LMS, como apoio ao ensino presencial tradicional.

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A utilização das tecnologias educacionais emerge como uma grande oportunidade para reverter o processo de ensinoaprendizagem, que são tão antigos quanto a própria humanidade, e podem ampliar os potenciais educacionais, estimulando a introdução de atividades mais dinâmicas, não só pela flexibilidade, mas ao proporcionar novas competências e novas formas de aprendizado. Por esta razão, o computador emerge como uma força para a ruptura no modelo vigente e uma oportunidade promissora para atender à demanda das escolas em trabalhar as múltiplas inteligências dos alunos, modelos e estilos de aprendizagem distintos. Uma etapa inicial para esta ruptura é a utilização de um Sistema Gerenciador do Processo de Aprendizagem (LMS). A implantação de LMS é uma tarefa de grandes proporções, que requer a mobilização de recursos substanciais de investimento e considerável esforço organizacional. O trabalho apresentará um estudo de caso, que permitirá analisar diversos aspectos envolvidos no processo de implementação de um LMS.

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Maia Implementando LMS em Universidades

Anais da IV Conferência ACORN-REDECOM, Brasília, DF, 14-15 de maio de 2010 215

Implementando Learning Management System (LMS) em Universidades

Marta de Campos Maia

FGV-EAESP

[email protected]

BIOGRAFIA

Administradora e Doutora em Administração de Empresas pela FGV-EAESP. Atua como professora da FGV-EAESP, no

INSPER e na FAAP nos cursos de pós-graduação e de Graduação. Atou como Coordenadora de Educação a Distância da

FGV-EAESP e da FAAP. É autora de capítulos de livros e de dezenas de artigos, pesquisas e trabalhos sobre Tecnologia de

Informação e Educação a Distância, publicados no Brasil e no exterior.

RESUMO

A utilização das tecnologias educacionais emerge como uma grande oportunidade para reverter o processo de ensino-

aprendizagem, que são tão antigos quanto a própria humanidade, e podem ampliar os potenciais educacionais, estimulando a

introdução de atividades mais dinâmicas, não só pela flexibilidade, mas ao proporcionar novas competências e novas formas de aprendizado. Por esta razão, o computador emerge como uma força para a ruptura no modelo vigente e uma oportunidade

promissora para atender à demanda das escolas em trabalhar as múltiplas inteligências dos alunos, modelos e estilos de

aprendizagem distintos. Uma etapa inicial para esta ruptura é a utilização de um Sistema Gerenciador do Processo de

Aprendizagem (LMS). A implantação de LMS é uma tarefa de grandes proporções, que requer a mobilização de recursos

substanciais de investimento e considerável esforço organizacional. O trabalho apresentará um estudo de caso, que permitirá

analisar diversos aspectos envolvidos no processo de implementação de um LMS.

Palavras-chaves

Gerenciamento de conteúdo de aprendizagem; sistemas de informação, educação, universidade, inovação.

INTRODUÇÃO

O LMS é uma plataforma que facilita a criação de um ambiente educacional baseado na web. Automatiza a administração de

eventos de um curso, e tem por objetivo possibilitar a criação de ambientes para que haja um aprendizado real. Esta

ferramenta deverá possibilitar a administração, apoio pedagógico, geração e distribuição de conteúdo aos alunos, bem como

uma interação entre todos os envolvidos no processo (alunos, professores, monitores, coordenação e suporte).

Para os supervisores e administradores, o sistema faz o rastreamento de dados, disponibiliza informações, auxilia na análise e

gera relatórios sobre o progresso dos participantes. Para os professores, o sistema permite um planejamento do curso, compartilhamento de informações com outros docentes, acompanhamento das atividades dos alunos e interação nas diversas

comunidades de práticas disponíveis no LMS. Para os alunos, o sistema auxilia no planejamento individual de seus processos

de aprendizagem, e permite que os mesmos colaborem entre si através da troca de informações e conhecimentos.

Por estas características, o sistema precisa ser muito bem escolhido, para oferecer atividades variadas que provoquem o

envolvimento do aluno, de maneira a permitir o acesso ao conteúdo que está sendo trabalhado. Outros aspectos, como a

linguagem e o nível de dificuldade de manuseio exigido pelo LMS, devem ser levados em consideração e precisam ser

compatíveis com a infra-estrutura da Instituição de Ensino Superior (IES) e, principalmente, com o nível de capacitação dos

funcionários, professores e alunos envolvidos no processo.

O objetivo deste trabalho é apresentar um caso de aplicação concomitante de dois modelos: para assimilação de tecnologia e

administração da mudança, que permitiram a IES obter uma melhor compreensão dos mecanismos que comprometiam a

adoção da tecnologia pelos professores e embasaram o projeto de ações mobilizadoras e corretivas que resultaram num enorme crescimento e disseminação da utilização do LMS, como apoio ao ensino presencial tradicional.

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O problema a ser solucionado antes da implantação do sistema nas Universidades analisadas foi assim enunciado: “Como

abordar as dificuldades comportamentais e prevenir as deficiências de implementação de forma a maximizar a adoção das

novas tecnologias educacionais nos cursos presenciais de uma Universidade tradicional, minimizando os riscos do projeto?”

TECNOLOGIA EDUCACIONAL

“Uma peça de giz e quadro-negro ou mesmo um galho e um chão de areia são ferramentas nas mãos de um "mestre". Tais

educadores podem ser professores da escola primária, instrutores militares, idosos de uma tribo ou educadores de outdoors

usando suas ferramentas para ensinar um aspecto de sua cultura aos aprendizes. De modo similar, equipamentos de

videoconferência ou computadores pessoais podem ser usados como ferramentas educacionais por educadores que saibam - a tecnologia de - como usá-las para propósitos pedagógicos. Ferramentas e tecnologias são tão fundamentais para educação que

é difícil imaginá-la sem eles; especialmente os sons e símbolos como ferramentas e a escrita e a linguagem como tecnologias

(Evans, 2002).

A tecnologia deve ser utilizada como um catalisador de uma mudança do paradigma educacional (Valente, 1993). Um

paradigma que promove a aprendizagem ao invés do ensino, que coloca o controle do processo de aprendizagem nas mãos do

aprendiz, e que auxilia o professor a entender que a educação não é somente a transferência de conhecimento, mas um

processo de construção do conhecimento pelo aluno, como produto do seu próprio engajamento intelectual ou do aluno como

um todo (Neitzel, 2001). As tecnologias não substituem o professor, mas permitem que algumas das tarefas e funções dos

professores possam ser modificadas (Moran, 2008).

A pedagogia moderna afirma que o aluno deve ser estimulado a buscar soluções em grupo, por meio dos recursos de

interação, a fim de estimular competências como as capacidades cognitivas de avaliação, análise, síntese, e não mais a simples memorização do conteúdo. Esta idéia foi proposta anteriormente por diversos autores, entre eles Piaget, Vygotsky,

Freire, que afirmam que o que caracteriza a aprendizagem é o movimento de um saber fazer a um saber, o que não ocorre

naturalmente, mas por uma abstração reflexiva, processo pelo qual o indivíduo pensa o processo que executa e constrói

algum tipo de teoria que justifique os resultados obtidos (Maia, 2010).

A capacitação dos docentes é essencial para que ocorra efetivamente alguma inovação na sala de aula. O que normalmente se

observa nas escolas brasileiras é que o foco dessa capacitação limita-se ao desenvolvimento das habilidades do professor no

uso do computador, em detrimento do entendimento das possibilidades que possam ser criadas por meio da interação, da

comunicação e da troca de informações entre todos os participantes.

LMS - LEARNING MANAGEMENT SYSTEM

O uso de novas tecnologias deve oferecer a possibilidade de reformulação constante dos cursos e de monitoramento da

aprendizagem do aluno. A aprendizagem por meio de ambientes virtuais já é uma realidade em uma parcela das instituições

educacionais. Para consolidar e expandir essa situação, será necessário que a escolha da tecnologia para construção e

utilização destes ambientes esteja submetida a uma estratégia didático-pedagógica compatível com as necessidades dos usuários, segundo Niquini e Botelho (2005).

Os Sistemas Gerenciadores do Processo de Aprendizagem simplificam rotinas de administração e acadêmicas de cursos.

Foram desenvolvidos para lidar com cursos de múltiplas publicações e múltiplos provedores. Podem registrar usuários, trilhar

cursos em um catálogo e gravar dados dos alunos. Normalmente, não incluem capacidade própria de autoria, focam

compatibilidade com cursos criados por uma variedade de fontes diversas.

Um LMS possibilita diferentes maneiras de ensinar e aprender com tecnologias digitais e interativas. Entre os principais

objetivos, destacam-se a ampliação da comunicação entre alunos e docentes, o desenvolvimento de uma nova metodologia de

ensino.

Cada professor cria o ambiente virtual de sua disciplina de acordo com suas necessidades, podendo conter: o programa

detalhado de suas aulas, conteúdos e atividades didáticas, bibliografias, materiais de apoio, metodologia, avaliação, testes,

pesquisas, links, fóruns de discussão, gestão de grupo, ferramenta para verificação de plágio, entre outros diversos recursos. Desta forma, o professor pode dispor do tempo na sala de aula presencial para promover a interatividade entre os alunos,

trabalhar dinâmicas de grupo e desenvolver novas metodologias de ensino, deixando para os momentos presenciais, situações

diferenciadas que a interface tecnológica não permite.

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Este sistema auxilia os alunos no planejamento individual de seus processos de aprendizagem, e permite que os mesmos

colaborem entre si através da troca de informações e conhecimentos. Os alunos sentem uma sensação de igualdade, porque

cada aluno tem a mesma oportunidade de participar e dar a sua opinião através das ferramentas de interação, independente de

fatores como sua voz ou seu sexo. Estudantes com uma certa timidez ou muito ansiosos sentem-se mais confortáveis,

expressando idéias online, ao invés de falar perante a platéia da sala de aula.

Outros aspectos, como a linguagem e o nível de dificuldade de manuseio exigido pelo LMS, devem ser levados em consideração e precisam ser compatíveis com a infra-estrutura da IES e, principalmente, com o nível de capacitação dos

funcionários, professores e alunos envolvidos no processo.

As ferramentas de comunicação e colaboração são instrumentos de interação entre os diversos atores em sistemas de

informação educacionais. Para Carvalho (2010) além das ferramentas de avaliação, as ferramentas de interação e

comunicação interativa são as mais importantes ferramentas de um LMS. Mas, em um LMS é possível encontrar inúmeras

outras funcionalidades, como as listadas abaixo (tabela 1):

Funcionalidade de Trabalho Individual

Acompanhamento de atividades

Atividades e jogos online

Auto-avaliacao Bloco de notas

Controle operacional Funcionalidade de acesso

Funcionalidades de retorno

Glossário

Histórico de atividades

Idiomas

Informações gerais

Links externos

Lista de participantes

Material para download Mecanismos de busca

Personalização

Funcionalidade de Interação e Comunicação

Ambiente 3D interativo

Área do estudante

Áudio conferencia Blog

Chat textual

Comunicador instantâneo

Comunidades de aprendizagem

Correio eletrônico interno

Diversão

FAQ ajuda

FAQ inteligente

Fóruns de discussão

M-learning

Multimídia Mural

Perfil do aluno

Sala de aula virtual

Vídeo conferencia

Whiteboard

Wiki

Tabela 1: Características de Funcionalidade nos LMS

Fonte: Carvalho (2010)

Mas, na prática, apesar de todas as funcionalidades e recursos disponíveis, o LMS não está sendo utilizado na sua totalidade,

e por isso, não está proporcionando a quebra de paradigma necessária ao processo de ensino e aprendizagem vigente.

De acordo muitos autores (Arvan, 2009; Cuban, 2001; Lane, 2009; Departamento de Educação dos EUA, 2010) o perfil de

uso do LMS é preocupante porque o LMS serve como uma afirmação de tecnologia tradicional de ensino. O professor não se contrapõe ao LMS, e o aluno recebe o benefício de conveniência de distribuição eletrônica de documentos (e notas), mas

pouco mais do que isso. De acordo com estes autores os LMS não atendem às novas demandas do ensino centrado no aluno,

pois eles trabalham de forma centrada no conteúdo.

Um grande estudo realizado no Vale do Silício sobre os efeitos dos investimentos realizados com tecnologia nos Ensinos

Básica, Fundamental e Médio americano concluiu que as formas tradicionais de ensino parecem continuar relativamente

intocadas apesar dos enormes investimentos em tecnologias que têm sido realizados desde 1960. Na maioria dos casos, os

professores usam a tecnologia para manter as práticas existentes (Cuban, 2001). A tecnologia tem sido aplicada no que está

no exterior ao processo educativo, e não como uma ferramenta essencial na renovação do processo em si. Tão importante

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quanto as conveniências que o LMS pode oferecer, é o sentimento que, de alguma forma, perdeu-se o maior potencial de

melhoria e de transformação que a tecnologia poderia ter implementado na educação (Bush e Mott, 2009).

Sistemas de gestão de aprendizagem têm dominado o panorama do ensino e da aprendizagem no ensino superior na década

passada, conforme recente relatório da Delta Iniciative, o qual indica que mais de 90 por cento das faculdades e universidades

americanos têm um LMS (Mott, 2010).

METODOLOGIA DE PESQUISA

Além do levantamento bibliográfico para a construção do referencial teórico (Malhotra, 1999) constituído pelos modelos

estudados, a metodologia utilizada neste trabalho foi o estudo de caso – devido às questões básicas de pesquisa, ausência de controle dos eventos comportamentais e ênfase nos eventos contemporâneos (Yin, 2001).

A capacitação contínua e permanente dos professores tem enfoque em duas áreas: metodologia de ensino que visa o ensino

presencial e a distância, e o uso prático dos recursos tecnológicos que mediarão o processo de aprendizagem, visando o uso

de recursos tecnológicos para a mediação da aprendizagem será analisada a evolução de um programa de capacitação de

professores na IES em estudo.

O atual estudo pode ser considerado como exploratório e descritivo. Segundo Mattar (1997, p. 80), “a pesquisa exploratória

visa prover o pesquisador de um maior conhecimento sobre o tema ou problema de pesquisa em perspectiva”. Segundo este

autor, a pesquisa exploratória utiliza métodos como: levantamento em fontes secundárias, experiências, estudo de caso e

observação informal. Para Gil (1996), a pesquisa descritiva tem como principal característica a utilização de métodos

padronizados de coleta de dados, como o questionário e a observação.

Vergara (1998) propõe uma taxonomia para classificar os tipos de pesquisa, segundo dois critérios básicos: quanto aos fins e quanto aos meios de investigação. Essa pesquisa é classificada quanto aos fins, como sendo exploratória e quanto aos meios

de investigação, como pesquisa de campo - por meio do método de estudo de caso (Yin, 2001) e bibliográfica.

O estudo considerou e respeitou os vários aspectos, condições, recomendações, componentes e requisitos, definidos por

vários autores, dentre eles Yin (2001).Um estudo de caso é um questionamento empírico que investiga um fenômeno

contemporâneo com seus contextos de vida real, quando as fronteiras entre fenômeno e contexto não são claramente

evidentes, e nos quais fontes múltiplas de evidência são usadas (Yin, 2001).

A aplicação da metodologia de estudo de caso baseou-se amplamente na experiência pessoal dos autores como participantes

ativos na condução do processo de assimilação de tecnologia aqui relatado, e foi realizada por meio de uma série de

entrevistas com técnicos e professores da instituição, utilizando um protocolo elaborado especificamente para este fim. Este

protocolo considerou a necessidade de conhecer a organização e seus processos de integração.

Yin (2001) define o estudo de caso como o método que examina o fenômeno de interesse em seu ambiente natural, pela aplicação de diversas metodologias de coleta de dados, visando obter informações de múltiplas entidades. Além disso, a

pesquisa será bibliográfica, já que os seguintes assuntos serão investigados: tecnologia educacional, metodologia de ensino,

Internet através de estudos de artigos, livros que tratem do assunto em bibliotecas, sites, instituições e etc.

População, amostra e coleta de dados

Neste estudo, o processo de amostragem é não probabilístico, pois parte-se de um universo naturalmente restrito, uma vez

que participaram apenas os professores que estavam dentro do requisito desejado. A IES analisada possui em seu quadro

docente cerca de 300 professores.

A pesquisa baseou-se em questionário auto-aplicável, disponível em meio eletrônico e fundamentado na literatura resenhada.

O questionário foi elaborado pela equipe interna da IES. O trabalho de desenvolvimento do questionário objetivou garantir o

correto preenchimento das questões, tais como aquelas que permitiam somente uma alternativa como resposta ou aquelas que

solicitavam ao informante uma escolha dentre alternativas. Em caso de erro no preenchimento, o professor recebia uma

mensagem na tela, identificando a pergunta em que houvesse erro. Esse procedimento garantiu que todos os questionários

recebidos puderam ser considerados válidos. Um e-mail foi enviado aos professores, fazendo o convite para a pesquisa e o

questionário. A versão final do questionário consiste de 15 questões de várias naturezas, cobrindo diversos aspectos do LMS, inclusive aspectos relacionados ao aprendizado dos alunos.

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APRESENTAÇÃO DO CASO : A PROBLEMÁTICA DA INTRODUÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCACIONAIS NOS CURSOS PRESENCIAIS

Embora a grande maioria dos professores perceba que as novas tecnologias aplicadas ao ensino irão transformar radicalmente

o ambiente acadêmico em futuro não muito distante, e reconheçam a necessidade de a IES posicionar-se proativamente em

relação a esta transformação, as entrevistas realizadas demonstraram que muitos relutam em inserir-se neste futuro e

projetam, de maneira algo velada, que esta transformação deverá ocorrer numa outra escola, situada além do seu tempo de

magistério.

Adicionalmente, as entrevistas revelaram que um tempo de resposta ruim, instabilidade do sistema, inexistência de uma

estrutura adequada de apoio e baixo domínio do ambiente, foram fatores decisivos que levaram ao abandono do uso das

tecnologias, à rejeição do LMS e ao reforço do comportamento conservador entre os professores. A análise revelou que,

diferentemente dos cursos a distância ou semipresenciais, onde a infra-estrutura tecnológica é um fator crítico de sucesso, os projetos de extensão do uso das tecnologias educacionais aos cursos presenciais necessitavam do mesmo rigor técnico,

treinamento e infra-estrutura de apoio que favoreciam a sua adoção nas demais modalidades de ensino.

Descrição do Caso

Ao longo dos últimos anos, a IES em análise desenvolveu um esforço de reforma e renovação de suas instalações e

equipamentos. No que diz respeito especificamente à aplicação de tecnologia ao ensino e à aprendizagem, a adaptação do

corpo docente à nova tecnologia, entretanto, vinha sendo feita de modo informal, ao sabor das iniciativas individuais e sem

um projeto definido que viesse a apoiar e garantir esta adaptação. Em 2001, observava-se que as aplicações das novas

tecnologias educacionais como apoio aos cursos presenciais encontravam-se, em sua maioria, muito restrita, estagnada. A

sensação predominante, era de que as ferramentas demandavam muito trabalho e ofereciam um retorno duvidoso, outro

sintoma típico da estagnação no primeiro nível.

Projeto Pioneiros I

A IES constatou a necessidade de fomentar a adoção destas novas tecnologias pelo corpo docente e elaborou o projeto

Pioneiros, com o intuito de selecionar e instrumentalizar um grupo de professores voluntários para desenvolvimento de

conteúdo on-line para algumas disciplinas. Os professores receberam um incentivo financeiro, em forma de uma bolsa, pois

foi entendido que a correta remuneração deste esforço era um requisito fundamental para seu sucesso. O objetivo do projeto

era apenas a produção de conteúdos on-line, sem preocupação com a sua efetiva implementação e posterior avaliação de resultados. O LMS então adotada na IES era o WebCT. Foi organizada uma série de palestras para os professores

selecionados, constituídas de: apresentação do projeto Pioneiros, apresentação dos princípios de Desenho Instrucional e

treinamento na utilização do WebCT.

O projeto foi desenvolvido por cerca de oito meses, durante os quais os professores contaram com apoio técnico no uso do

WebCT e no desenho instrucional, caso achassem necessário. O resultado do projeto foi considerado um sucesso relativo.

61% dos professores concluíram suas disciplinas, e elas foram utilizadas em níveis diferenciados pelos alunos, uma vez que

constituíam, em sua maioria, matérias complementares às disciplinas presenciais, não sendo obrigatória sua utilização pelos

alunos. O melhor resultado do projeto foi a motivação dos professores envolvidos: aqueles que concluíram com sucesso a

implementação de suas disciplinas tornaram-se evangelizadores da utilização do novo ferramental, e passaram a adotá-lo em

outras disciplinas, atraindo outros professores e multiplicando os efeitos do projeto.

Neste momento a IES empreendeu, uma análise dos projetos desenvolvidos, e aplicou entrevistas com os professores

envolvidos, visando reunir elementos que justificassem um eventual prosseguimento do projeto. Esta avaliação revelou as seguintes conclusões:

a) o conteúdo desenvolvido era, na maioria dos casos, uma mera transcrição do conteúdo presencial para o novo

ambiente, sem explorar os princípios de desenho instrucional apresentados;

b) o WebCT foi considerado uma ferramenta de difícil utilização, tanto por professores quanto pelos alunos,

comprometendo os resultados do projeto;

c) que a plataforma tecnológica (servidor) utilizado era deficiente, apresentando muita instabilidade

(indisponibilidade) e dificultando a utilização dos conteúdos pelos alunos.

Com base no resultado desta avaliação, e percebendo um promissor interesse e crescente adoção das novas tecnologias pelos

professores, a IES decidiu investir numa nova plataforma tecnológica, integrada por servidores de alta capacidade,

redundantes, hospedados num data center com capacidade de acesso (largura de banda) escalonável, e selecionando um novo

LMS, o Blackboard. Surge assim o Projeto Pioneiros II.

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Projeto Pioneiros II

Neste momento a IES decidiu desenvolver uma segunda versão do projeto Pioneiros para testar uma nova metodologia de

capacitação de professores para desenvolvimento de professores elaborada pelos desenhistas instrucionais em resposta às

deficiências diagnosticadas no primeiro projeto Pioneiros.

Para elaboração desta nova abordagem, teve-se como tema principal o desenvolvimento de uma metodologia pedagógica que

tivesse como objetivo repensar o papel do professor e do aluno no processo de ensinar e aprender. Foi levado em

consideração o processo de reflexão sobre as experiências individuais de cada professor juntamente com a abordagem teórica

das metodologias pedagógicas, as quais conduziriam ao desenvolvimento de uma nova estruturação das disciplinas que, após

concebidas e adequadamente estruturadas, utilizariam os recursos tecnológicos educacionais disponíveis.

A principal diferença no resultado é que, no Projeto Pioneiros II, os professores ao final dos três workshops tinham um site

da disciplina implementado na plataforma, contendo não apenas o programa detalhado, mas atividades didáticas que foram

elaboradas a partir da sua análise baseada numa metodologia de ensino centrada no aluno. Enquanto que no projeto Pioneiros

I, os professores não tiveram a oportunidade de praticar e aplicar seus novos conhecimentos de uma maneira sistemática.

Em termos de resultados estatísticos 93% dos professores do projeto Pioneiros II implementaram as suas disciplinas. Outros

elementos citados pelos professores avaliados que contribuíram para uma maior adoção da metodologia e recursos

tecnológicos foram a plataforma adotada e as melhorias na infra-instrutora.

Nas entrevistas com os participantes do projeto Pioneiros II foi unânime a constatação sobre a importância da metodologia de

ensino e como ela contribuiu para desenvolverem aulas de melhor qualidade. 70% dos professores disseram que se sentiam

mais preparados para desenvolverem atividades de aprendizagem elaboradas com recursos de tecnologia educacional. 95%

dos professores aprovaram o formato e temas do workshop, sendo que 80% solicitaram mais workshops sobre metodologia de ensino e didática. Todos sem exceção aprovaram a plataforma de ensino adotada pela instituição (Blackboard) e não

tiveram dificuldades em utilizá-la.

Resultados Alcançados

O quadro abaixo sintetiza a evolução de utilização do LMS na IES a partir do primeiro semestre de 2001. As análises e ações

descritas começaram a ser desenvolvidas no primeiro semestre de 2003, e seus resultados já se fazem notar nos dados

relativos ao segundo semestre do mesmo ano. Pode-se observar que a utilização na IES evoluiu vegetativamente até o

segundo semestre de 2003, quando o efeito das ações descritas neste caso propicia uma explosão de crescimento que veio a se

confirmar como tendência já no início do primeiro semestre de 2004 (Maia et al, 2004).

Ao longo 2005 esperava-se a adesão de mais professores e a oferta de novas disciplinas em decorrência do efeito de contágio

e da conclusão da segunda fase do projeto Pioneiros, a qual envolvia um processo intenso de capacitação em metodologia de

ensino-aprendizagem mediado por tecnologia.

A partir do segundo semestre de 2003, quando houve um aumento considerável do uso do LMS, percebeu-se que em dois

anos, chegou-se a quase 50% das disciplinas presenciais mediadas por tecnologia (gráfico 1). Considerando que o número

total de disciplinas dos diversos programas da IES, em 2005 (tabela2) totalizavam 586 oferecidas através do sistema de gestão do aprendizado (LMS).

Período Disciplinas Alunos Observações

1o sem 2001 11 250 11 professores do projeto Pioneiros I

2o sem 2001 13 295 11 professores do projeto Pioneiros II e 2 voluntários

1o sem 2002 22 465 5 professores do projeto Pioneiros I e II e 9 voluntários

2o sem 2002 23 425 Nº. exclui 15 disciplinas e 367 alunos das novas unidades

1o sem 2003 7 147 Descontinuidade do crescimento vegetativo: mudança do LMS

2o sem 2003 79 1.222 Crescimento explosivo da utilização do LMS

1o sem 2004 128 1.514 Aumento de números de disciplinas

2o sem 2004 258 3.506 Forte campanha dos alunos para o uso do Blackboard

2005 586 7.850 Estabilidade do sistemas e do uso do LMS

2006 a 2009 904 10.216

Tabela 2 - Utilização do LMS na IES

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Além dos dados quantitativos apresentados acima, as entrevistas com os professores e técnicos ao longo da implantação,

corroboraram para a avaliação positiva dos resultados alcançados, que se evidencia na predominância de uma atitude

entusiasmada e confiante em relação aos benefícios do LMS e na predisposição para a adoção da tecnologia num número

crescente de disciplinas.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Todo processo educativo tem a necessidade de “traduzir” as mensagens pedagógicas. Por esta razão, quanto mais

aprofundamos a pesquisa e o desenvolvimento das tecnologias educacionais, mais esta se torna presente dentro de uma IES,

por meio de: um sistema integrado de gestão educacional; um repositório de learning objects; ambientes de colaboração virtual, síncronos e assíncronos; e ambientes de conferência web (webcasting) para suportar aulas enriquecidas por vídeo,

som, imagem e aplicativos diversos, tudo isto de forma simultânea, promovendo uma singular experiência na aprendizagem.

Implantar tecnologia é uma tarefa relativamente fácil se comparada à mudança dos processos de ensino, que já é mais

complexa e difícil de se promover. Para promover as mudanças, os esforços devem ser concentrados nas pessoas chaves - os

professores. Estes devem ser capacitados para a promoção das mudanças, tornando-se agentes.

A cada dia, mais e mais a tecnologia está presente de forma transversal dentro de todos os processos educacionais. Seja para

criar cursos híbridos (semipresenciais), seja para suportar os cursos presenciais por meio de ambientes virtuais, seja, ainda,

para oferecer metodologias e conteúdos digitais, capacitar professores, avaliar alunos, criar uma matriz curricular comum

entre os cursos, entre outras tantas possibilidades.

Ao tornar-se mais presente dentro da instituição, a tecnologia vai gradativamente desaparecendo dentro dos processos

organizacionais. Ou seja, ela vai deixando de se tornar protagonista para se tornar coadjuvante. Procedendo desta forma, sobressaem-se as relações de ensino e aprendizagem, que são o core educacional da instituição. É importante observar que

uma mudança profunda e abrangente como a apresentada neste caso, que tem por objetivo a utilização das novas tecnologias

educacionais em todos os cursos presenciais, não se faz de uma vez só, mas num processo mais ou menos contínuo, onde

indivíduos são cooptados para a mudança, empreendem a ação, e necessitam de mecanismos de fixação, estando todos os

processos constantemente em atividade para diferentes indivíduos em diferentes momentos do seu processo de mudança.

Os próximos passos indicam a necessidade do desenvolvimento de um processo de avaliação da efetividade do aprendizado

no novo ambiente, com as disciplinas desenvolvidas com a metodologia adotada. Novos estudos teóricos são necessários para

o desenvolvimento de métricas comparativas que permitam qualificar e quantificar o aprendizado, relacionando-o com a

metodologia instrucional empregada. Finalmente, a completa assimilação das tecnologias em nível departamental e

posteriormente institucional, deverão ser monitoradas e futuramente incorporadas a este estudo de maneira conclusiva.

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