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Implantes dentários na reabilitação oral em cães Dental implants in oral rehabilitation in dogs Marcello Rodrigues da Roza – Médico Veterinário, Doutor em Ciência Animal, OdontoZoo/DF Darney Pereira de Melo – Cirurgião dentista, Especialista em prótese, Instituto Odontológico Garcia Peres/DF Luiz Antonio Franco da Silva – Professor Doutor do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO Mauricio Barriviera – Professor Doutor do departamento de radiologia do curso de odontologia, UCB/DF Alessandro Lourenço Januário – Cirurgião Dentista, Doutor em periodontia. ITI education delegate. ICESP/DF Maria Clorinda Soares Fioravanti – Professora Doutora do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO Rozza MR, Melo DP, Silva LAF, Barriviera M, Januário AL, Fkioravanti MCS. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009; 7(23); 592-596. Resumo Cinco cães de idades, raças e sexos distintos foram atendidos com histórico de perda dentária e subme- tidos à reabilitação. O planejamento cirúrgico foi realizado por radiografia intraoral e/ou tomografia computadorizada de feixe cônico e realizados com instrumentos desenvolvidos para utilização em humanos. A moldagem foi realizada incluindo o dente contra-lateral e os antagonistas e a prótese con- feccionada de em tempo hábil para a instalação de carga imediata. Todos os animais se recuperaram prontamente e em apenas um deles houve a necessidade da troca da prótese em função de retração gengival. Palavras-chave: Dente, implantes dentários, moldagem odontológica, prótese dentária. Abstract Five dogs of different ages, breeds and gender were attended with a history of tooth loss and submit- ted to rehabilitation. Surgical planning was carried out by intra-oral radiography and/or cone-beam computerized tomography and the treatment performed with tools developed for use in humans. The molding was carried out including the contra-lateral tooth and antagonists and the prosthesis was made in time for the installation by immediate loading. All animals recovered promptly and in only one of them it was needed the exchange of the prosthesis due to receding gums. Keywords: Teeth, dental implants, dental impression, dental prosthesis. Trabalho de pesquisa 592 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);592-596.

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Implantes dentários na reabilitação oral em cães

Dental implants in oral rehabilitation in dogsMarcello Rodrigues da Roza – Médico Veterinário, Doutor em Ciência Animal, OdontoZoo/DF

Darney Pereira de Melo – Cirurgião dentista, Especialista em prótese, Instituto Odontológico Garcia Peres/DF

Luiz Antonio Franco da Silva – Professor Doutor do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO

Mauricio Barriviera – Professor Doutor do departamento de radiologia do curso de odontologia, UCB/DF

Alessandro Lourenço Januário – Cirurgião Dentista, Doutor em periodontia. ITI education delegate. ICESP/DF

Maria Clorinda Soares Fioravanti – Professora Doutora do Departamento de Medicina Veterinária, UFG/GO

Rozza MR, Melo DP, Silva LAF, Barriviera M, Januário AL, Fkioravanti MCS. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009; 7(23); 592-596.

ResumoCinco cães de idades, raças e sexos distintos foram atendidos com histórico de perda dentária e subme-tidos à reabilitação. O planejamento cirúrgico foi realizado por radiografia intraoral e/ou tomografia computadorizada de feixe cônico e realizados com instrumentos desenvolvidos para utilização em humanos. A moldagem foi realizada incluindo o dente contra-lateral e os antagonistas e a prótese con-feccionada de em tempo hábil para a instalação de carga imediata. Todos os animais se recuperaram prontamente e em apenas um deles houve a necessidade da troca da prótese em função de retração gengival.

Palavras-chave: Dente, implantes dentários, moldagem odontológica, prótese dentária.

AbstractFive dogs of different ages, breeds and gender were attended with a history of tooth loss and submit-ted to rehabilitation. Surgical planning was carried out by intra-oral radiography and/or cone-beam computerized tomography and the treatment performed with tools developed for use in humans. The molding was carried out including the contra-lateral tooth and antagonists and the prosthesis was made in time for the installation by immediate loading. All animals recovered promptly and in only one of them it was needed the exchange of the prosthesis due to receding gums.

Keywords: Teeth, dental implants, dental impression, dental prosthesis.

Trabalho de pesquisa

592Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);592-596.

Implantes dentários na reabilitação oral em cães

IntroduçãoCom o desenvolvimento da odontologia veterinária e o

crescente aumento do números de profissionais e serviços nessa especialidade, a implantodontia passou a ser uma fer-ramenta de reabilitação oral estética e funcional em cães, le-vando em conta as diferenças funcionais, anatômicas e bioló-gicas com os humanos, para os quais os diversos sistemas de implantes dentários foram desenvolvidos.

Dessa forma, cresce a cada dia sua utilização na recupera-ção da função mastigatória dos cães, uma vez que nestes não há preocupação em relação à estética e à fonação.

A ausência de implantes e componentes protéticos desen-volvidos especificamente para os animais dificulta o procedi-mento, embora o desenvolvimento de técnicas de diagnóstico e planejamento tenha possibilitado a mensuração correta das dimensões do alvéolo, facilitando a escolha e viabilizando a confecção de implantes em dimensões apropriadas a cada caso.

O objetivo deste trabalho foi descrever os passos da reabi-litação dentária individual por meio da instalação de implan-tes e posterior adaptação de prótese dentária em cães.

Revisão da literaturaA diminuição do numero de dentes pode se expressar de

três maneiras. Anodontia (ausência congênita dos dentes) e oligodontia (presença de um pequeno numero de elementos dentários) são condições raras, frequentemente associadas a desordens generalizadas. Hipodontia (ausência de um pe-queno numero de elementos dentários) é uma condição co-mum nos cães (1,2). Fatores hereditários estão com frequên-cia envolvidos na ausência congênita dos dentes, embora os mesmos também possam estar ausentes em função de outras alterações como trauma ou infecções durante seu desenvolvi-mento inicial (3).

Hipodontia na dentição permanente é mais freqüente que na dentição primária. Quando um dente decíduo está ausen-te por motivos congênitos, o seu correspondente permanente normalmente está ausente também, embora isso não ocorra na totalidade dos casos. A alteração afeta mais os indivíduos de raças pequenas e a região mais acometida é a dos dentes pré-molares (2).

Entre as principais causas de perda dentária em cães estão traumatismos, especialmente os provocados por mordidas em objetos duros, brigas, atropelamentos e quedas, dentre outros, alem das lesões radiculares e da doença periodontal

(1,2,4,5). A radiografia é essencial para diferenciar dentes au-sentes de dentes impactados e não erupcionados (6).

O emprego efetivo dos implantes iniciou-se em 1960 por Branemark, na ocasião em que começou o desenvolvimento de um implante, que, para a função clínica dependia de os-seointegração, ou seja, ancoragem direta no osso. Esse fato por deficiências metodológicas foi difícil de ser comprova-do na época, pois não era possível seccionar o implante sem antes removê-lo do tecido ósseo. Na década de 70, entretan-to, um outro grupo de pesquisadores conseguiu, com téc-nicas recém-desenvolvidas, realizar o procedimento, com-

provando a osseointegração, a qual chamou de anquilose funcional (7).

Implantes endósseos são geralmente feitos de titânio comercialmente puro, um metal reativo que exposto ao ar forma óxido de titânio na sua superfície, promovendo resistência à corrosão. A porção tratada do implante ofe-rece uma área de superfície maior para que o osso possa envolvê-lo e proporcionar estabilidade inicial ao implante. A estabilidade secundária é proporcionada pela ossointe-gração, onde o osso contacta diretamente a superfície do implante (8).

Desde o início de sua utilização os implantes tem sido mo-dificados de forma a obter melhor performance na cirurgia e na restauração protética. A meta da pesquisa em biomateriais é o desenvolvimento de materiais que induzam cicatrização previsível, controlada, guiada e rápida nas interfaces tecidu-ais (9).

O tratamento das superfícies do implante (com jateamen-to e/ou ataque ácido) proporciona uma superfície irregular de 1 a 2 μm e tem sido utilizado para aumentar a taxa de os-seointegração, promovendo estabilidade mais prematura do implante. Essa melhoria é provavelmente devido a uma com-binação de fatores, incluindo o aumento da área de superfície do implante para a osseointegração ocorrer e, dessa forma, modulando a atividade celular e propiciando a migração e diferenciação dos osteoblastos e melhorando a aderência de fibrina e estabilização do coágulo de sangue. Alterações na morfologia da superfície através do condicionamento áci-do fornece uma superfície bioativa bastante hidrofílica com maior área de superfície e adsorção de proteínas. Existe apo-sição óssea precoce em sua superfície com aumento ósseo no contato com o implante (8,10).

Os fatores que influenciam na osseointegração do im-plante são a biocompatibilidade, o desenho do implante, as condições de superfície do implante, o estado do sítio cirúrgico, a técnica cirúrgica para a fixação do implante e (as condições de carga aplicadas sobre o implante após sua instalação (7).

Na seleção de um sistema de implantes em particular, deve-se considerar fatores como o sítio do implante e a ana-tomia subjacente, necessidades de enxerto, qualidade óssea e desenho do componente protético (11).

O sistema principal do implante dentário é formado pelo implante propriamente dito e por um pilar pré-fabricado ou por munhão, preparável em laboratório, parafusado ao im-plante, que recebe a prótese fixa, quando há perda de múl-tiplos dentes, ou a coroa, quando for um elemento unitário. Ambos podem ser fixados tanto por cimentação quanto por um parafuso oclusal (12).

Material e métodoCinco cães de raças, idades e sexo variados (tabela 1)

foram atendidos no OdontoZoo serviço de odontologia ve-terinária, em Brasília-DF, em função de perda dentária. Um dos pacientes apresentava ainda fragmentos radiculares (fi-gura 1) e intensa gengivite. Em todos os casos foi realizada a reabilitação por meio de implante e prótese.

593Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 593-596.

Implantes dentários na reabilitação oral em cães

Raça sexo Idade (meses) Tipo implante1 Dobermann macho 17 Hexágono externo cilíndricoa

2 Srd* fêmea 19 Hexágono externo cônicob

3 American pit bull macho 23 Hexágono externo cilíndricoa

4 Srd* fêmea 21 Hexágono externo cônicob

5 Basset hound macho 32 Hexágono externo cônicob

Tabela 1: Raças, sexo, idade em meses e tipo de implante dentário instalado em cães submetidos a reabilitação dentária em Brasília, DF.

* sem raça definida

Em alguns pacientes o planejamento foi realizado apenas pela avaliação clínica e radiografias intraorais. Em outros utilizou-se a tomografia computadorizada de feixe cônico (figura 2) e radiografias intraorais para acompanhamento (13).

Para a reabilitação foram utilizados implantes de hexágo-no externoa,b,c instalados com contra-ângulo redutord e motor para implantese empregando-se o máximo de 1500 rotações por minuto (RPM) e sempre sob irrigação abundante.

A instalação do implante iniciou-se pela perfuração do osso utilizando broca lança de 2mm de diâmetro (figura 3), seguido do emprego de broca cilíndrica de dois mm de diâ-metro (figura 4) até o limite pré-determinado no exame radio-gráfico ou tomográfico. Logo após foi empregada uma broca piloto com extremidade não-ativa, para aumentar o diâmetro da perfuração para três milímetros. Na sequência, continuou-se a perfuração usando broca cilindrica de três milimetros e,

Figura 1: Radiografia intraoral periapical de mandíbula de cão evidenciando fragmentos radiculares em alvéolos dentários de dente pré-molar.

finalmente empregou-se broca counter sink, também a 1500 RPM, para dar o formato da cabeça do implante ao leito. Imediatamente foi realizada a inserção do corpo do implante (figura 5), finalizada com torque de 45 Newtons (N), aferida por torquímetrof (figura 6), para receber carga imediata (14).

No pós-operatório imediato foi realizada a irrigação com clorexidine 0,12%g até a retirada dos pontos que ocorreu no décimo dia pós-operatório. Nesse período, os animais recebe-ram ração triturada, duas vezes ao dia. O controle do biofilme bacteriano, por meio de escovação dentária, empregando-se escova e pasta apropriadas para cães, foi utilizado e recomen-dado como medida profilática para o paciente.

Para a realização da moldagem, utilizou-se moldeira de alumínio pré-adaptada e silicona de condensaçãoi. Essa mol-deira possuía uma abertura pela qual o transfer de moldagem do pilar do implante passava. A impressão era encaminhada no mesmo dia ao laboratório, para a confecção da prótese.

Os implantes receberam um cicatrizador com altura sufi-ciente para deixá-lo 1 mm exposto, suturando-se a gengiva ao redor, utilizando fio mononylon 3.0j (figura 7).

No terceiro dia de pós-operatório as próteses metalocerâ-micas eram cimentadas aos implantes (figura 8).

Figura 2: Imagem de tomografia com-putadorizada de feixe cônico. Vista frontal de corte transversal de mandíbula de cão, com as medidas das dimensões internas da mandíbula, para planejamento implantodôntico.

594 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 594-596.

Implantes dentários na reabilitação oral em cães

Figura 3: Perfuração, com broca em lança, para instalação de implante dentário na mandíbula de cão.

Figura 5: Instalação do implante dentário na mandíbula de cão.

Figura 6: Torquimetria para avaliação do torque de inserção do implante na mandíbula de cão.

Figura 4: Perfuração, com broca de dois milímetros, para instalação de implante dentário na mandíbula de cão.

Figura 7: Cicatrizador parafusado ao implante na mandíbula de cão, após moldagem.

Figura 8: Prótese cimentada ao implante em mandíbula de cão. Pós-operatório imediato.

595Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 595-596.

Implantes dentários na reabilitação oral em cães

ResultadosTodos os implantes foram integrados e não houve perda.

As próteses tiveram boa adaptação, havendo necessidade da troca de apenas uma delas após o período de integração, em função de retração gengival. A reabilitação foi rápida e reali-zada em máxima intercuspidação.

DiscussãoO planejamento cirúrgico foi facilitado nos cães avaliados

pela tomografia computadorizada de feixe cônico. A possi-bilidade de se avaliar toda a estrutura óssea, simular a ins-talação de implantes e realizar medidas das dimensões do disponíveis para sua inserção permitiram a seleção do im-plante com as dimensões adequadas ao paciente, minimizan-do, dessa forma, o risco de trepanações ósseas ou lesões do canal mandibular. Esse exame que já era o padrão ouro para a implantodontia em humanos (15,16,17), já é também padro-nizado para utilização em animais (13).

A cirurgia de estágio único possibilitou a realização de apenas um procedimento anestésico, proporcionando bem-estar e minimizando riscos ao paciente. Outros estudos tam-bém apontam para essa modalidade cirúrgica (10), inclusive nos casos de carga imediata dos implantes (18).

A moldagem foi um dos pontos críticos do estudo. A es-colha da silicona de condensação, em consonância com a lite-ratura atual, utilizada nas fases denso e liquido, possibilitou a transferência fiel do preparo e a moldagem dos antagonis-tas e do dente contralateral foram fundamentais para a boa adaptação da prótese final (1). A necessidade de subsídios ao protético pouco adaptado ao trabalho com dentes de animais foi reforçada por um estudo (19), que revelou a influência sig-nificativa da fundição na adaptação das restaurações.

O planejamento e a execução do preparo protético, assim como da fase laboratorial foram fundamentais para um resul-tado final satisfatório. A moldagem copiou com precisão os

preparos protéticos e forneceu ao laboratório os detalhes ne-cessários para que os trabalhos pudessem preencher todos os requisitos necessários para a completa e perfeita reabilitação. Também foi importante a moldagem realizada incluindo, alem dos antagonistas, o dente contra-lateral, uma vez que a prótese foi confeccionada por profissional com treinamento em anatomia dentária humana. Tais parâmetros encontraram respaldo na literatura especializada (1).

Essa moldagem também permitiu a agilidade necessária ao laboratório, uma vez que os implantes foram submetidos a carga imediata, definida como uma situação em que a coroa é adaptada aos implantes em tempo menor que 72 horas após a cirurgia (20).

O ajuste da prótese foi feito em máxima intercuspidação. Essa possibilidade de se restabelecer a oclusão mantendo a alternância das cúspides pré-molares superiores e inferiores existe em função dos cães não executarem movimentos de lateralidade e protrusão (1).

ConclusãoA reabilitação oral por meio de implantes dentários e pró-

teses unitárias se mostrou um procedimento exequível, que pode ser realizado por uma equipe treinada e com op mate-rial disponível no mercado.

a) Fontes de aquisição:b) Titamax Ti, Neodent, Curitiba, PRc) Alvim Ti, Neodent, Curitiba, PRd) Revolution, SIN, São Paulo, SPe) Contra-ângulo 3624, Kavo, Joinville, SCf) Easy Implant 2500, Easy Equipamentos odontológi-

cos, Belo Horizonte, MG g) Torquímetro, Neodent, Curitiba, PRh) Periogard, Colgate, São Paulo, SPi) Dencor, Clássico produtos Odontológicos, Campo

Limpo Paulista, SPj) Coltoflax, Vigodent, Rio de Janeiro, RJk) Medical Line, Brasília, DF

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Recebido para publicação em: 01/02/2010.Enviado para análise em: 01/02/2010.Aceito para publicação em: 10/02/2010.

596 Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23); 596-596.

Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso

Dentary resorption lesion in a dog – Case ReportVíviam Nunes Pignone – Médica Veterinária; Pós-graduada em Odontologia Veterinária de Pequenos Animais pela ANCLIVEPA-SP; Mestranda do Programa de Pós-graduação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS/Brasil. E-mail: [email protected]

Verônica Torres Noriega – Médica Veterinária; Mestranda do Programa de Pós-graduação da UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil

Gabriela Garcia Araújo – Aluna da graduação da Medicina Veterinária da UFRGS, Porto Alegre, RS/Brasil

Pignone VN, Noriega VT, Araújo GG’. Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009; 7(23); 597-600.

ResumoA lesão de reabsorção dentária (LRD) consiste em uma doença que atinge principalmente animais adultos e idosos. Essa afecção pode ocorrer em diferentes espécies como gatos, cães, roedores e até em humanos, entretanto com etiologias diversas e algumas ainda não esclarecidas. A LRD, tanto nos cães como em gatos, geralmente atinge a região cervical do dente, muitas vezes recoberta por gengi-va, caracterizada por sangramento e presença de dor. O diagnóstico baseia-se nos achados clínicos e na radiografia intraoral. O tratamento ainda é bastante questionado que vai desde a restauração com ionômero de vidro, endodontia, amputação da coroa até a exodontia. O presente relato tem como objetivo relatar um caso de um canino da raça Cocker Spaniel Inglês que apresentava lesão de reab-sorção dentária no quarto pré-molar superior esquerdo tendo como sintomatologia clínica hiporrexia, sangramento oral e dor, sendo a exodontia a terapia realizada com sucesso.

Palavras-chave: de reabsorção dentária, cão, exodontia, lesão cervical

AbstractThe lesion of dental resorption (LRD) is a disease that primarily affects adult animals and seniors. This condition can occur in different species such as cats, dogs, rodents and even humans, though with different etiologies and some still unclear. The LRD in both dogs and cats usually affects the neck of the tooth, often covered by the gums, characterized by bleeding and presence of pain. The diagnosis is based on clinical findings and intra-oral radiography. The treatment is still highly challenged ran-ging from the restoration with glass ionomer, endodontics, and amputation of the crown to the tooth extraction. This report aims to present a case of a canine breed English Cocker Spaniel who presented lesion of dental resorption in the left fourth premolar with clinical symptoms hiporrexia, bleeding and oral pain and tooth extraction was the therapy choice successful.

Keywords: Dental resoptive lesion, dog, exodontics, cervical lesion

Relato de caso

597Medvep - Revista Científica de Medicina Veterinária - Pequenos Animais e Animais de Estimação 2009;7(23);597-600.

Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso

IntroduçãoA lesão de reabsorção é definida como a perda do teci-

do dental duro resultado da ação dos odontoclastos que ge-ralmente inicia na região cervical dental (1). Essa lesão pode ser classificada em reabsorção interna e externa, sendo que a lesão de reabsorção externa na região cervical é a menos compreendida, tanto em humanos (1) como em animais (2).

A reabsorção externa, particularmente observada nas ra-diografias das raízes dentárias, pode às vezes ter origem trau-mática, seja mecânica, química ou térmica. A força mecânica exacerbada da mastigação, pode resultar em perda do liga-mento periodontal e anquilose do cemento no osso alveolar, além de abrasões imperceptíveis na junção amelocementária, gerando eventualmente uma reabsorção radicular externa (3).

Essas lesões são mais comumente vistas em cães na linha gengival na superfície vestibular no quarto pré-molar supe-rior e na linha gengival da superfície lingual do primeiro mo-lar inferior (3).

A LRD é uma doença que atinge animais adultos e idosos de diferentes espécies como cães (3,4), gatos (2,4,5,6,7,8,9,10,11), roedores (12) e humanos (1,2,4,13). Em gatos, os odontoclas-tos, que são ativados pela inflamação gengival, reabsorvem a dentina e a lesão é substituída por tecido ósseo (3,10). Exis-tem diversas hipóteses relacionadas ao agente etiológico des-sa afecção em felinos como a presença de doença periodontal, anatomia dental, trauma, calicivírus, FIV/FeLV, presença de vitamina D em excesso na dieta (4,9). Por outro lado, a etio-patogenia de cães com LRD é encarada de maneira similar aos gatos, apesar de não existirem muitas referências sobre o assunto nesta espécie (4,6).

Tanto em cães como em humanos pode-se citar como fato-res predisponentes o trauma dental, tratamento ortodôntico, tratamento periodontal (1,3), dente impactado, bruxismo, tu-mor e anquilose (13). Entre os tumores que podem ser origi-nados da LRD destacam-se os cistos, ameloblastomas, tumo-res de células gigantes e lesões ósseas fibrosas. Esse tipo de lesão é assintomática com preservação da vitalidade pulpar e quando removido tem bom prognóstico (13).

Muitas pesquisas sugerem alguns fatores que influenciam no surgimento da afecção como gengivite, alimentação, trau-ma, infecção viral e desequilíbrio da regulação hormonal de cálcio e glicocorticoides, entretanto a causa exata ainda não foi confirmada (3,10,14).

A reabsorção geralmente inicia no cemento, na maioria das vezes na região cervical, podendo haver fratura espon-tânea da coroa dentária em casos avançados (3,5,6,10,15). A predileção por dentes multirradiculares pode estar atribuída a anatomia dental. Nas regiões de furca, ramificações apicais e junção amelocementária podem ser favoráveis a reabsorção devido à falha no desenvolvimento da camada protetora do cemento em cobrir a dentina durante a dentinogênese (9,10).

Normalmente os animais apresentam-se assintomáticos no início da LRD, entretanto com a progressão da destruição, acabam atingindo a polpa desencadeando severa dor oral (3,4,10).

Outros sinais clínicos que podem ser observados incluem halitose, disfagia, ptialismo, anorexia, desidratação, perda de

peso, letargia, desconforto (3,14,16), dor, dificuldade de apre-ensão de alimentos, alterações comportamentais (14). A dor associada a LRD é resultado da exposição dos feixes nervosos presentes nos túbulos dentinários, sendo que sua intensidade vai aumentando quanto mais próximo da polpa devido irri-tação local (11,14).

O diagnóstico baseia-se na anamnese, sinais clínicos e confirmado através da radiografia intraoral, a qual observa-se perda da arquitetura dental, com reabsorção radicular, poden-do também haver reabsorção coronal em casos mais crônicos (3,14,16). As áreas radioluscentes podem ser visualizadas nas radiografias na coroa, na região cervical e nas raízes. A desmi-neralização do tecido duro do dente resulta em diminuição da densidade, sendo fundamental para determinar o estágio de destruição, tratamento e prognóstico (3,4,8,9,17,18). Todavia, o verdadeiro diagnóstico da origem da LRD somente é possí-vel através do exame histopatológico (3).

Diversos tratamentos são citados como aplicação de flúor, laser, tratamento endodôntico, restauração e extração (4,9,16). Entre as alternativas mais recentes de tratamento estão a apli-cação local de laser, alendronato (14,19) e ciclosporina (20). O ionômero de vidro é o material restaurador de eleição, o qual apresenta liberação gradual de flúor, com a finalidade de diminuir a sensibilidade dental dolorosa (1,11). Contudo, a restauração é difícil de ser realizada em razão do sangramen-to excessivo da gengiva inflamada (7). Entretanto, em casos avançados, em que há grande destruição dental, a exodontia é o tratamento de eleição com maior índice de sucesso sem recidiva, apesar de tornar-se complicada em casos de anqui-lose concomitante (3,4,9,10,16,21). Nesses casos, a amputação da coroa e posterior curetagem das raízes e do osso alveolar poder ser uma alternativa terapêutica (4).

Relato de CasoUm canino da raça Cocker Spaniel Inglês de 13 anos de

idade, macho, pesando 15kg chegou a clínica apresentando aumento de volume na face na região infraorbitária esquer-da há 4 dias e dificuldade de se alimentar. No exame físico, o linfonodo mandibular esquerdo encontrava-se aumentado de volume e o paciente apresentava muita dor à palpação da face. Ao examinar a cavidade oral, havia presença de sangue, gengivite, e hiperplasia de gengiva sobre o quarto pré-molar superior esquerdo, ficando indicado a realização de radio-grafia intraoral da região para estabelecer o diagnóstico e o tratamento, além da realização de exames pré-cirúrgicos. Foi prescrito amoxicilina associada com clavulanato de potássio (15mg/kg/VO/BID), meloxicam (0,1mg/kg/VO/SID) e di-pirona (1gt/kg/VO/TID).

Como exames pré-cirúrgicos solicitou-se hemograma completo, creatinina, ureia, fosfatase alcalina, ALT os quais encontravam-se dentro dos padrões de normalidade. De-corrido dois dias da consulta, o cão foi encaminhado para a cirurgia e radiografia intraoral diagnóstica transoperató-ria. Como medicação pré-anestésica administrou-se morfina (0,4mg/kg/IM) associada com acepromazina (0,1mg/kg/IM), indução com propofol (4mg/kg/IV) e manutenção com isoflurano ao efeito.

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Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso

Com o paciente anestesiado realizou-se o exame oral mais detalhado revelando doença periodontal moderada, presen-ça de cálculo dental sobre o quarto pré-molar superior es-querdo, hiperplasia de gengiva e gengivite (figura 1).

Figura 1: Presença de cálculo dental, gengivite e hiperplasia de gengiva no quarto pré-molar superior esquerdo.

O tratamento iniciou-se com a higienização da cavidade oral com gluconato de clorexidina 0,12%, seguida da remo-ção do cálculo dental com fórceps e ultrassom odontológico. Após a remoção do cálculo, foi observado reabsorção da co-roa na região cervical nesse dente com sangramento intenso (figura 2), suspeitando-se de LRD. Para confirmação do diag-nóstico, realizou-se radiografia intraoral utilizando a técnica de Clark e filme periapical no 2, o qual revelou reabsorção das raízes mésiovestibular, mésiopalatina e distal além da co-roa dental atingindo a polpa dentária (figura 3).

Figura 2: Lesão de reabsorção dentária do quarto pré-molar superior esquerdo.

Figura 3: Radiografia intraoral do quarto pré-molar superior esquerdo apresentando área radiolúcida na região das raízes e parte da coroa caracterizando uma reabsorção dentária.

Considerando as características da lesão aliado aos acha-dos radiográficos chegou-se ao diagnóstico de LRD. Como tra-tamento optou-se pela extração do dente 208 fazendo a sindes-motomia, seguida de duas incisões, sendo uma mesial e outra distal ao dente, rebatendo o retalho dorsalmente para realizar a odontosecção na região da furca. Com auxílio de uma cane-ta de alta rotação e broca tronco-cônica, realizou-se a odonto-secção para posterior luxação com alavanca apical e avulsão com fórceps. Finalizada a extração, partiu-se para curetagem do alvéolo com cureta de dentina, irrigação com gluconato de clorexina 0,12%, alveoloplastia e síntese com fio poliglactina 910 4-0 utilizando padrão isolado simples (figura 4).

Figura 4: Síntese com fio absorvível sintético (poliglactina 910) com padrão isolado simples após exodontia do quarto pré-molar superior esquerdo.

Como medicação pós-operatória foi indicado continu-ar com mesmo antibiótico e dose por mais 7 dias, meloxi-cam por mais 3 dias e higienização diária com gluconato de clorexidina 0,12% com auxílio de gaze. Decorrido uma

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Lesão de reabsorção dentária em um cão – Relato de Caso

semana, o paciente retornou para revisão sem aumento de volume na face, estava se alimentando bem e encontrava-se ativo.

Discussão e conclusãoEmbora existam diversos fatores etiológicos para de-

terminar a origem da LRD no presente relato foi possível observar que o paciente apresentava doença periodontal, entretanto não haviam alterações na oclusão nem histórico de tratamento ortodôntico (1,3,4,6,7,10,13,14). A mastigação citada como possível causa de lesão na região amelocemen-tária pode estar associada ao paciente, porém não é possível fazer tal afirmação (1,3,4,10,15). O exame clínico juntamente a radiografia intraoral foram fundamentais para diagnosticar a lesão de reabsorção dentária (1,3,4,7,8,9,10,13,17). Apesar do exame histopatológico ser fundamental para o diagnóstico definitivo, principalmente em casos de tumores, esse não foi autorizado pelo proprietário (3).

O quarto pré-molar superior foi o único dente a apresen-tar LRD, confirmando ser um dos dentes mais acometidos pela afecção (3).

A grande destruição dentária do quarto pré-molar superior foi determinante para escolha do tratamento, em que optou-se pela exodontia, sendo uma das alternativas curativas encontra-das na literatura. Porém, quando essa reabsorção é diagnosticada precocemente, restauração com ionômero de vidro, tratamento endodôntico entre outros podem realizadas como tentativa ser citadas como alternativas terapêuticas (1,3,4,6,10,11,13,14,16).

Diversas alternativas de tratamento foram tentadas com o objetivo de tirar a dor do paciente (15,16,21). A amputação da coroa é um tratamento muito utilizado em felinos que não apresentam doença periodontal nem alteração endodôntica ou periapical radiograficamente evidente, podendo ser rea-lizada também em cães que apresentam raízes anquilosadas. Todavia, a maioria dos autores relatam que a extração dentária continua sendo o único tratamento curativo (4,6,10,11,14,16), pois o tratamento conservador em geral não é eficiente (7).

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Recebido para publicação em: 13/11/2008.Enviado para análise em: 13/11/2008.Aceito para publicação em: 27/01/2010.

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