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IMPLANTAÇÃO DE REDE DE DRENAGEM NA AVENIDA OMAR AZIZ
CIDADE DE DEUS, MANAUS-AM.
Noriane Mendonça De Souza
Estudante de Engenharia Civil, Centro Universitário do Norte – Uninorte, Manaus.
Eng. JOSÉ ROBERTO DE QUEIROZ ABREU
RESUMO
A drenagem urbana é o conjunto de medidas que tem como objetivos
minimizar os riscos que a população está sujeita diminuir os prejuízos
causados por inundações e possibilitar o desenvolvimento urbano de forma
harmônica, articulada e sustentável. Ou seja, a drenagem nada mais é do que
o gerenciamento da água da chuva que escoa no meio urbano, através de
bueiros, valas e outros elementos. O orçamento de uma obra do serviço da
drenagem é a parte mínima do orçamento geral da obra. Implantar um projeto
de qualidade e realizar uma drenagem que possibilite o escoamento específico
das águas pluviais, para o sistema de drenagem possibilita o funcionamento
dos espaços mesmo na ocorrência das chuvas. Poder ter uma visão
diferenciada para implantação de um sistema de drenagem, faz com possamos
evitar que aconteçam problemas maiores e até mesmo acidentes, que podem
surgir prejuízos imensuráveis e até perda de vidas humanas.
A maioria das vezes o sistema de drenagem existente em um município
chega a ser ultrapassado e nunca passou por uma manutenção. Esse sistema
foi caracterizado para uma realidade antiga onde as cidades não eram
popularizadas da forma dos tempos atuais. Os projetos daquele tempo não
foram feitos pensando nas populações futuras e não atende a realidade atual e
consequentemente as redes mostram insuficientes para escoar essa vazão.
Ou algumas das vezes ocorrem de a população adentrar um
determinado espaço (bairro), sem nenhuma estrutura de sistema básica, como
água, luz e telefone.
E acabam tendo problemas futuros com a falta de drenagem no local.
O projeto aqui apresentado é um exemplo de como é feito todo o processo de
implantação de uma rede de drenagem.
Palavras - chaves: Saneamento, Drenagem Urbana, Projeto.
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ABSTRACT
Urban drainage is the set of measures that aims to minimize the risks that the
population is subject to reduce the damages caused by floods and to enable
urban development in a harmonious, articulated and sustainable way. That is,
the drainage is nothing more than the management of rainwater that flows in the
urban environment, through sewers, ditches and other elements. The budget of
a drainage service work is the minimum part of the overall budget of the work.
Implement a quality project and perform a drainage that allows the specific flow
of rainwater to the drainage system allows the operation of the spaces even in
the occurrence of rainfall. Being able to have a different vision for the
implantation of a drainage system, does with that we can avoid that bigger
problems and even accidents happen, that immeasurable damages can occur
and even loss of human lives.
Most of the time the existing drainage system in a municipality comes to be
exceeded and never undergo a maintenance. This system was characterized
for an ancient reality where the cities were not popularized in the form of the
present times. The projects of that time were not made considering the future
populations and do not meet the current reality and consequently the networks
show insufficient to flow this flow.
Or some of the time occur of the population entering a certain space
(neighborhood), without any basic system structure, such as water, electricity
and telephone.
And they end up having future problems with the lack of drainage at the site.
The project presented here is an example of how the whole process of drainage
network implementation is done.
Key - words: Sanitation, Urban Drainage, Project.
1. OBJETIVOS DO PROJETO
O objetivo deste projeto é de fornecer as informações necessárias,
para nível de detalhamento suficiente que permita a implantação do projeto de
revitalização da área de estudo. Reduzir a exposição da população e das
3
propriedades ao risco de inundações e minimizar sistematicamente o nível de
danos causados pelas inundações.
2. LOCALIZAÇÃO DA ÁREA DE ESTUDO
O local do estudo será realizado no Bairro Cidade de Deus na Avenida
Omar Aziz uma das principais vias do bairro.
3. INTRODUÇÃO
3.1. Projeto de Drenagem
O projeto de drenagem consiste em um conjunto de estudos e medidas
para determinação das vazões e dimensionamento de dispositivos com o
objetivo de minimizar os riscos e prejuízos causados pelas precipitações e
possibilitar desenvolvimento urbano de forma equilibrada, articulada e
sustentável.
As bases para desenvolvimento do projeto iniciam com a obtenção de
dados básicos referentes ao histórico local sobre climatologia, meteorologia,
levantamento planialtimétrico cadastral e projeto geométrico.
O estudo é composto de memorial descritivo e de cálculo, abrangendo
as características principais do projeto de drenagem e metodologia para o
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dimensionamento das vazões de projeto e seções necessárias para drenagem
das vias.
3.1.1. O projeto de drenagem está dividido em
Drenagem superficial:
Valetas de Proteção;
Entradas D’águas, Descidas D’águas e Dissipadores de Energia.
Caixas Coletoras;
Bueiros de Greide.
Dissipadores de Energia para valetas, descidas e bueiros;
Drenagem Urbana:
Bocas de Lobo;
Gárgulas;
Poço de Visita;
Redes de Águas Pluviais
3.2. Considerações construtivas e especificações
Os dispositivos de drenagem indicados no projeto atendem o
preconizado no “Álbum de Projeto-Tipo dos Dispositivos de Drenagem do DNIT
2013”, e para os casos atípicos foram elaborados projetos especiais.
A execução dos serviços propostos deverá atender disposto nas
seguintes Normas de Especificação Técnica do DNIT:
Norma do DNIT
Serviço Descrição
018/2004 - ES Drenagem Sarjetas e valetas de drenagem
019/2004 - ES Drenagem Transposição de sarjetas e valetas
020/2006 - ES Drenagem Meio-fio e guias
021/2004 - ES Drenagem Entradas e descidas d'água
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022/2006 - ES Drenagem Dissipadores de Energia
023/2006 - ES Drenagem Bueiros tubulares de concreto
026/2004 - ES Drenagem Caixas coletoras
027/2004 - ES Drenagem Demolição de dispositivos de concreto
028/2004 - ES Drenagem Limpeza e desobstrução de dispositivos de drenagem
029/2004 - ES Drenagem Restauração de dispositivos de drenagem danificados
030/2004 - ES Drenagem Dispositivo de drenagem urbana
Tabela 01 - Fonte Instituto de Pesquisa Rodoviária (IPR) – DNIT
www.dnit.gov.br/ipr_new/normas/especificacaoservico.htm
3.3. Critério do Dimensionamento
O dimensionamento dos dispositivos de drenagem, tais como valetas,
sarjetas, bueiros, foi fundamentado nos estudos hidráulicos, determinado às
seções de vazão necessárias para captar e remover as águas que atingem o
corpo da via.
3.3.1. Estudo de Chuvas Intensas
Os registros de chuvas da estação de Manaus, código ANA (00359006)
com altitude 70 m, foram utilizados para a determinação das intensidades,
durações e frequências de chuvas. A equação de chuvas intensas da cidade de
Manaus, conforme expressa a seguir é utilizada para durações de chuvas
entre:
Para 10mim ≤ t ≤ 24hs:
Onde:
i = Intensidade da chuva, mm/h;
Tr = Período de retorno, anos;
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t = Duração da chuva, minutos;
Tempo de Recorrência
O Tempo de Recorrência ou Período de Retorno é o inverso da
probabilidade de um determinado evento hidrológico ser igualado ou excedido
em um ano qualquer.
Para o projeto de microdrenagem o período de retorno adotado é T=10 anos.
Tempo de Concentração
O tempo de concentração é definido pelo tempo que o deflúvio leva
para atingir o curso principal desde os pontos mais longínquos até o local onde
se deseja definir a descarga.
O tempo de concentração adotado para o projeto é t=10 min.
A partir do ponto inicial do sistema de drenagem deve-se acrescer o
tempo de percurso, que é o tempo de escoamento dentro dos dispositivos,
calculado pela divisão do comprimento pela velocidade em cada trecho.
3.3.2. Determinação da Vazão de Projeto
A vazão de projeto será determinada a partir da Fórmula Racional:
360
AICQ
Onde:
Q = vazão de projeto em m³/s.
C = coeficiente de escoamento superficial adimensional.
A = área de contribuição em ha.
I = intensidade média da chuva em mm/h.
Coeficiente de Escoamento Superficial
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Os coeficientes de escoamento superficial (C) foram ponderados conforme
especificações do “Manual de Hidrologia Básica para Estruturas de Drenagem -
DNIT”, publicação IPR-715 de 2005, resultando na adoção dos seguintes
valores:
Para o cálculo da vazão de projeto dos dispositivos de plataforma:
C = 0,90 - para áreas pavimentadas;
C = 0,70 - para as superfícies em taludes;
C = 0,30 - para áreas gramadas;
Para as áreas externas à plataforma da estrada:
C = 0,20 – para áreas não urbanizadas, parques e praças e áreas
verdes,
C = 0,85 – urbanizadas e passíveis de urbanização.
Para a drenagem superficial foi adotado o período de retorno de 10 anos e
tempo de concentração inicial de 10 min.
3.3.3. Determinação da Capacidade máxima de Vazão
A altura e velocidade de escoamento dos bueiros e galerias e o
dimensionamento das valetas, sarjetas e canais foram determinados utilizando-
se a fórmula de Manning associada a da continuidade:
VAQ
Onde:
Q = vazão, em m³/s;
A = área, em m²;
V = velocidade, em m/s.
)( 2/13/2 iRV
Onde:
V = velocidade de escoamento, em m/s;
i = declividade longitudinal, em m/m;
R = raio hidráulico em m;
η = coeficiente de rugosidade.
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Os coeficientes de rugosidade de Manning, bem com as velocidades
máximas admissíveis, seguem os critérios preconizados adotados pelo
Departamento Nacional de Infraestrutura– DNIT e do Departamento de
Estradas de Rodagem do Estado de São Paulo – DER/SP para bueiros e
canais que interfiram em cursos d’águas, os valores adotados foram
sintetizados nas tabelas a seguir:
Tabela 3 - Coeficiente de Rugosidade de Manning
Dispositivos
Bueiros
Tubulares de Concreto 0,013
Celulares e Ovóides de concreto 0,018
Metálicos sem Revestimento de Concreto 0,024
Metálicos com Revestimento de Concreto 0,018
Canais e Valetas de Proteção
Revestidos de concreto - Canais 0,016
Revestido de Concreto - Valetas de Proteção Banqueta
0,016
Revestidos de Pedra Argamassada 0,025
Revestidos de Gabiões Tipo manta 0,027
Tipo caixa 0,029
Sem revestimento 0,035
Revestidos em grama em placas
I < 1% 0,065
1% I < 2% 0,046
2% I < 3% 0,041
3% I < 5% 0,038
I 5% 0,035
Sarjetas de Corte
Revestidos de concreto 0,016
Revestidos em grama em placas
I < 2% 0,049
2% I 4% 0,047
I > 4% 0,055
Valetas de canteiro Central
Revestidos de concreto 0,016
Revestidos em grama em placas
I < 2% 0,065
2% I 4% 0,062
I > 4% 0,068
As velocidades máximas de escoamento foram estabelecidas para não
ocasionar erosão nos dispositivos com revestimento vegetal ou sem
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revestimento, ou causar abrasão nos dispositivos com revestimento de
concreto.
Tabela 4 - Velocidade Máxima Admissível
Dispositivos V (m/s)
Bueiros
Bueiros contíguos 0,80 V 6,0
Bueiros de travessia e finais de rede 4,50
Canais
Revestidos de concreto ou pedra argamassada
4,50
Revestidos em grama em placas 1,60
Sem revestimentos Argila / Silte 1,20
Areia 0,40
Sarjetas, Valetas
Revestidos de concreto 6,00
Revestidos em grama em placas- solos arenosos
0,80
- solos argilosos 1,80
4. DRENAGEM SUPERFICIAL
O sistema de drenagem superficial da plataforma compõe-se de um
conjunto de dispositivos que visam a interceptar, captar e conduzir os deflúvios
afluentes da plataforma da rodovia, conduzindo-os a pontos adequados de
lançamento.
4.1. Valetas de Proteção
As valetas de proteção, como o próprio nome expressa, tem a função
de proteger via e são compostas de valetas de proteção de corte, valeta de
proteção de aterro. O padrão utilizado é seção trapezoidal com revestimento
em concreto aterro, em função das vazões e velocidades máximas admissíveis.
As valetas devem ser executadas com a declividade adaptada ao
terreno natural, porém se devem observar os terrenos de baixa declividade,
muito planos, as valetas devem ser executadas com declividade mínima de
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0,5%, sendo verificadas com auxílio de equipe de topografia, garantido que não
ocorra extravasamento em qualquer ponto da valeta.
A lâmina d’água máxima admitida nas valetas deve garantir uma borda
livre mínima de 20% da altura da seção revestida. Foram utilizadas VPA03 e
VPA04 do padrão DNIT.
4.1.1. Entrada para Descidas D’água
São dispositivos de transição utilizados para direcionar e lançar as águas que
escoam pelos meios fios para as descidas d’águas.
Localizam-se nas bordas das plataformas, nos pontos onde é atingido o
comprimento crítico da sarjeta, nos pontos baixos das curvas verticais
côncavas, junto às pontes, pontilhões e viadutos e, algumas vezes, nos pontos
de passagem de corte para aterro.
Considerando sua localização, as saídas d'água devem ser:
- de greide, para deságue num único sentido ao longo de uma rampa – EDA01;
- de ponto baixo, para deságue se dá nos dois sentidos – EDA02.
4.1.2. Descida D’água
As descidas d’água têm como objetivo conduzir as águas captadas por
outros dispositivos de drenagem, pelos taludes de corte e aterro e também no
caso de valetas de banquetas quando é atingido seu comprimento crítico e em
pontos baixos.
A descida d'água, por se localizar em um ponto bastante vulnerável na
via, principalmente nos aterros, requer cuidados especiais, sendo previsto o
confinamento da descida no talude de aterro devidamente nivelada e protegida
com o revestimento indicado para os taludes, evitando-se os desníveis
causados por caminhos preferenciais durante as chuvas intensas e
consequentes erosões que podem levar ao colapso toda a estrutura.
4.1.2.1. Descidas D’água de Aterro
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São dispositivos que conduzem as águas provenientes da plataforma
nos seguintes casos:
Decida D’água de Aterros Tipo Rápido “DAR” - conduzem as águas
provenientes das sarjetas de aterro quando é atingido seu comprimento
crítico, e, nos pontos baixos, através das saídas d'água, desaguando no
terreno natural. Nos desníveis mais elevados foram indicados
dispositivos armados “DAR03”, de modo a garantir a integridade
estrutural do dispositivo, caso ocorra problemas no talude.
Descida D’água de Aterros em Degraus “DAD” – aplicadas
preferencialmente nas saídas dos bueiros elevados visando conduzir o
fluxo pelo talude até o terreno natural.
4.2. Dissipador de Energia
Dissipadores de Energia são dispositivos destinados a dissipar energia
do fluxo d’água, reduzindo consequentemente sua velocidade no deságue dos
dispositivos de drenagem em terreno natural, com finalidade de diminuir os
riscos de erosões.
Os dispositivos indicados para os projetos são:
DES - Dissipador de energia aplicável a saídas de sarjetas e valetas;
DEB - Dissipador de energia aplicável a bueiros tubulares de concreto
4.3. Caixa Coletora
As caixas coletoras foram utilizadas nos seguintes casos:
Coletar águas conduzidas por valetas a serem esgotadas por bueiros de
greide;
Permitir a inspeção dos condutos que por elas passam, com o objetivo
de verificação de sua funcionalidade e eficiência.
O dispositivo padrão DNIT atende os casos projetados, não havendo
necessidade de dispositivos especiais.
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4.4. Bueiros de Greide
São dispositivos destinados a conduzir as águas coletadas por
dispositivos de drenagem superficial na plataforma da estrada ou de vias
urbanas, até um local seguro de deságue. O ponto de início do bueiro se dá
quando o dispositivo de drenagem superficial atingir a vazão máxima
admissível, o comprimento crítico, ou ainda em pontos que recebem
contribuição localizada, proveniente de talude de corte.
Nos trechos urbanos, os bueiros de greide se compõem de galerias de
águas pluviais, que serão apresentados no item “Drenagem Pluvial Urbana”.
As classes dos tubos de concreto foram especificadas de acordo com a NBR –
8890/07 – “Tubo de concreto armado de seção circular para águas pluviais”,
sendo equivalentes as determinadas no projeto tipo do DNIT.
Os tubos de concreto serão assentados sobre berço de areia grossa,
conforme a disponibilidade do material na região.
Serão usadas Bocas de Bueiros Simples, Caixas Coletoras de
Sarjetas, Descidas D’água e Dissipadores de Energia como dispositivos
auxiliares de entrada e saída dos bueiros de greide.
Os bueiros de greide foram dimensionados a partir da fórmula de
Manning, considerando-se regime permanente, lâmina d’água máxima (y/D)
igual a 0,82.
5. DRENAGEM PLUVIAL URBANA
O sistema de drenagem pluvial urbana se compõe de um conjunto de
dispositivos que visam a interceptar, captar e conduzir os deflúvios afluentes
das vias urbanas, conduzindo-os a pontos adequados de lançamento.
5.1. Sarjetas
As sarjetas em trecho urbano têm como objetivo conduzir os deflúvios
afluentes das vias urbanas e áreas adjacentes ao ponto de captação através
das bocas de lobo.
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A determinação dos espaçamentos dos deságues são de acordo com a
capacidade de escoamento pluvial da via, foi calculada com o emprego da
fórmula de Izzard, ou seja:
8
3
2
1
375,0 yIZ
Q
Onde:
Q = vazão, em m³/s;
Z = inverso da declividade transversal, em m/m;
I = declividade longitudinal, em m/m;
y = profundidade relativa à linha de fundo, em m;
η = coeficiente de rugosidade.
O uso do meio-fio para proteção das bordas e taludes de aterro atende
o critério de segurança da via, porém sua geometria reduz muito a capacidade
de escoamento, sendo necessária a utilização de parte do acostamento ou da
pista como faixa de alagamento assim prolongando a extensão do deságue. As
larguras desta faixa de alagamento foram determinadas para propiciar
segurança aos usuários, assim foi considerado um alagamento máximo de
1,50m no acostamento.
O espaçamento dos deságues foram obtidos em função da vazão de
projeto ou em função de uma largura fixada, sobrepondo o calculo das seções
formadas por declividades diferentes entre o dispositivo e a via, demonstrado a
seguir:
Onde:
Q = vazão total, em m³/s;
L = faixa de alagamento, em m;
z21
1
L1 L2
z11
3 2
yo
1
L3
yo
2
L = L1+L2 Q = q1+q2-q3
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Para as vias foram utilizado meios fios especiais MFC, meio-fio combinado com
sarjeta e MF meio fio (guia) padrão detalhado do projeto de drenagem.
5.2. Bocas de Lobo
São dispositivos que têm a finalidade de captar as águas pluviais que
escoam pelas sarjetas para, em seguida, conduzi-las às galerias subterrâneas
de águas pluviais.
Os tipos de bocas de lobo utilizadas foram definidos conforme a
características do projeto para o trecho urbano, sendo as bocas de lobo
simples, dupla e tripla com abertura vertical (tipo guia chapéu).
Como as bocas de lobos tipo guia chapéu não estão no padrão DNIT,
foram elaborados dispositivos especiais, apresentados no Projeto de
Drenagem.
O espaçamento entre as bocas de lobo foi determinado pela
capacidade de captação da mesma e em função da capacidade hidráulica da
sarjeta.
5.3. Gárgula
As gárgulas são dispositivas de drenagem, sobressalentes que captam
a água dos meios fios e são destinadas a valetas, ou descidas, ou lançadas ao
terreno natural ao ponto de desague.
Os dispositivos indicados para os projetos são:
GD – Gárgula dupla aplicável a saídas de meios fios nos pontos baixos
da via.
5.4. Poço de Visita
Os poços de visita são dispositivos que têm a finalidade de permitir
mudanças ou das dimensões das galerias ou de sua declividade e direção. São
dispositivos também previstos quando, para um mesmo local, concorrem mais
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de um coletor. Têm ainda o objetivo de permitir a limpeza nas galerias e a
verificação de seu funcionamento e eficiência.
5.5. Rede Coletora de Águas Pluviais
As redes coletoras de águas pluviais são compostas por bueiros
tubulares de concreto que tem a finalidade de conduzir os deflúvios afluentes
das vias urbanas e áreas adjacentes captadas pelas bocas de lobo e direcioná-
los a local de lançamento apropriado.
As classes dos tubos de concreto foram especificadas de acordo com a
NBR – 8890/07 – “Tubo de concreto armado de seção circular para águas
pluviais”, sendo equivalentes as determinadas no projeto tipo do DNIT.
As galerias de águas pluviais foram dimensionadas a partir da fórmula
de Manning, considerando-se regime permanente, lâmina d’água máxima (y/D)
igual a 0,82.
6. CONSIDERAÇÕES CONSTRUTIVAS E ESPECIFICAÇÕES
Deverão ser observados todos os padrões e disposições construtivas
da Prefeitura Municipal, da NBR 12266/1992, NBR 15645/2008, além das
especificadas em projeto e a seguir:
6.1. Escavação e Valas e cavas.
Os equipamentos a serem utilizados deverão ser adequados aos tipos
de escavação. Nas valas de profundidade até 4 metros serão utilizadas
retroescavadeiras, podendo ser usada escavação manual no acerto final da
vala. A escavação mecânica de valas com profundidade além de 4 metros
deverá ser feita com escavadeira hidráulica. Em ruas ou locais sem
pavimentação a fiscalização poderá permitir o uso de retroescavadeira com
eventual necessidade de rebaixamento do terreno para se atingir a
profundidade desejada, sem remuneração do volume extra a ser escavado.
Ao iniciar a escavação, a empresa executora deverá ter feito à
pesquisa de interferências para que não sejam danificados quaisquer tubos,
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caixas, cabos, postes ou outros elementos ou estruturas existentes que
estejam na área atingida pela escavação ou próximos a esta, e readequar o
traçado ou profundidade projetada, sempre com autorização da fiscalização.
Se a escavação interferir nas galerias ou tubulações, a empresa
executora dos serviços deverá executar o escoramento e a sustentação destas.
A empresa executora deverá manter livres as grelhas, tampões e bocas de
lobo das redes dos serviços públicos, junto às valas, não devendo aqueles
componentes ser danificados ou entupidos.
Mesmo autorizada à escavação, todos os danos causados a
propriedades, bem como a danificação ou remoção de pavimentos além das
larguras especificadas serão de responsabilidade da empresa executora.
Deverá ser observado o perfeito alinhamento entre os trechos previstos
para mudanças de direção ou declividade, devendo seu eixo demarcado
através de estaqueamento nivelado de 20 em 20 metros e o fundo ser
devidamente apiloado até atingir 95% do Proctor Normal.
O fundo da vala deve ser regular e uniforme, obedecendo à declividade
prevista no projeto, isento de saliências e reentrâncias. As eventuais
reentrâncias devem ser preenchidas com material adequado,
convenientemente compactado, de modo a se obter as mesmas condições de
suporte do fundo da vala normal.
Caso ocorra a presença de água, a escavação deverá ser ampliada
para conter o lastro. Esta operação só poderá ser executada com a vala seca
ou com a água do lençol freática totalmente deslocada para drenos laterais,
junto ao escoramento.
No caso em que o fundo da vala apresente rocha ou material
indeformável, será necessário aprofundar a vala e estabelecer o embasamento
com material desagregado, de boa qualidade, normalmente areia ou terra, em
camada de espessura não inferior a 10 cm.
Quando o material escavado for, a critério da Fiscalização, apropriado para
utilização no aterro, será, em princípio, depositado ao lado ou perto da vala,
aguardando o aproveitamento. Em qualquer caso, o material deverá ser
depositado fora das bordas da vala, a distância equivalente à profundidade da
vala. Sendo o material de natureza diversa, deverão ser distribuídos em
montes separados.
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As dimensões das valas para assentamentos de tubulações em tubos
de concreto deverão ser de acordo com a tabela:
Tabela 5 - Largura da vala em função do escoramento e profundidade
Diâmetro
Nominal
(mm)
Profundi-
dade
(m)
Largura da vala em função de escoramento e profundidade
Pontaletes
(m)
Contínuos e
descontínuo
(m)
Especial
(m)
Metálico-
madeira
(m)
500 0 a 2 1,00 1,10 1,15 1,35
2 a 4 - 1,20 1,25 1,35
600 0 a 2 1,40 1,50 1,55 1,75
2 a 4 - 1,60 1,65 1,75
800 0 a 2 1,60 1,70 1,75 1,95
2 a 4 - 1,80 1,85 1,95
1000 0 a 2 - - - -
2 a 4 - - - 2,40
1200 0 a 2 - - - -
2 a 4 - - - 2,60
1500 0 a 2 - - - -
2 a 4 - - - 2,90
OBS: Para profundidades acima de 4m e até 6m, acrescentar 20 cm na largura
de escoramento especial.
6.2. Escoramento
Se o solo for de boas características geotécnicas e tenha estabilidade
para a abertura das valas sem execução de taludes, não está previsto nenhum
tipo de escoramento até a profundidade de 1,20m, devendo ser aberto somente
os trechos que se execute e reaterro no mesmo dia. Para solos de qualidades
geotécnicas ruins ou para profundidades superiores a 1,20m (Conforme norma
18
OHSAS 18.001 – Sistema de Gestão de Saúde e Segurança Ocupacional)
deverá ser executado o escoramento.
O tipo de escoramento, mesmo quando previsto em projeto, poderá ser
determinado ou alterado pelo engenheiro responsável pela obra e fiscalização,
sempre com aprovação deste, caso haja conveniência de ordem técnico-
econômica ou situações não prevista em projeto.
Os tipos de escoramento utilizados serão os especificados em projeto e
na falta destes, serão determinados pela fiscalização.
De maneira geral seguirão os seguintes padrões:
6.2.1. Pontaletemento
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba
de 0,027x0,30 m, espaçadas de 1,35 m, travadas horizontalmente por
estroncas de eucalipto, diâmetro de 0,20m, distanciadas verticalmente de
1,00m.
6.2.2. Descontínuo
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba
de 0,027x0,30 m, espaçadas de 0,30 m, travadas horizontalmente por
longarinas de peroba de 0,06x0,16 m, em toda a sua extensão e estroncas de
eucalipto de diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades
das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem
ser espaçadas verticalmente de 1,00m.
6.2.3. Contínuo
A superfície lateral da vala será contida por tábuas verticais de peroba
de 0,027x0,30 m, encostadas umas às outras, travadas horizontalmente por
longarinas de peroba de 0,06x0,16 m em toda a sua extensão e estroncas de
eucalipto de diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades
19
das longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem
ser espaçadas verticalmente de 1,00m.
6.2.4. Especial
A superfície lateral da vala será contida por pranchas verticais d peroba
de 0,06x16m, do tipo macho e fêmea, travadas horizontalmente por longarinas
de peroba de 0,08x0,18 m em toda a sua extensão e estroncas de eucalipto de
diâmetro 0,20 m, espaçadas de 1,35m, a menos das extremidades das
longarinas, das quais as estroncas estarão a 0,40m. As longarinas devem ser
espaçadas verticalmente de 1,00m.
Casos, na localidade em que será executado o escoramento, as bitolas
comerciais de tábuas, pranchas e vigas não coincidam com as indicadas,
deverão ser utilizadas peças com módulo de resistência equivalente ou com
dimensões imediatamente superiores.
6.5. Estruturas de Escoramento Metálico – Madeira
A superfície lateral da vala será contida por perfis verticais de aço tipo
“I”, pranchões de peroba com espessura de acordo com o projetado, longarinas
de perfis de aço e estroncas com perfis de aço ou de eucalipto com diâmetro
mínimo de 0,20m.
A cravação do perfil metálico poderá ser feita por bate-estacas (queda
livre), martelo vibratório ou pré-furo.
A escolha do processo de cravação será determinada pela fiscalização,
que deverá optar pelo sistema que ofereça menos dano à estabilidade do solo
e às edificações vizinhas.
Na cravação os perfis, não sendo encontrados matacões, rochas ou
qualquer outro elemento impenetrável, a ficha será a do projeto. Havendo
obstáculo e a ficha não sendo suficiente, será obrigatório o uso de estronca
adicional no topo do perfil, antes de ser iniciada a escavação.
Caso o solo apresente, alternadamente, camadas moles e rígidas, a
montagem do escoramento deverá ser feita através de estroncas provisórias
para possibilitar a escarificação do material por meio de equipamento interno à
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vala. A extensão de vala escorada com estronca provisória não deverá exceder
a 40m.
A remoção das estroncas provisórias será feita imediatamente após a
colocação das estroncas definitivas e os trabalhos de substituição deverão ser
contínuos.
O empachamento deve acompanhar a escavação, não podendo haver,
m terreno mole, vãos sem pranchas entre os perfis com altura superior a
0,50m.
Todo cuidado deve ser tomado na colocação das estroncas para que
estas fiquem perpendiculares ao plano o escoramento.
Para evitar sobrecarga no escoramento, o material escavado deverá
ser colocado a uma distância da vala, equivalente, no mínimo, á sua
profundidade.
Sempre que forem encontradas tubulações o eixo da vala, estas
deverão ser escoradas com pontaletes junto ás bolas, no máximo de dois
metros, antes do aterro a vala.
6.5.1. Remoção de Escoramento
O plano de retirada das peças devera ser objeto de programa
previamente aprovado pela fiscalização.
A remoção a cortina de madeira deverá ser executada à medida que
avance o aterro e compactação, com a retirada progressiva das cunhas.
Atingindo o nível inferior da última camada de estroncas, serão
afrouxadas e removidas as peças de contraventamento (estroncas e
longarinas), bem como os elementos auxiliares de fixação, tais como cunhas,
consolos e travamentos; da mesma forma e sucessivamente, serão retiradas
as demais camadas de contraventamento.
As estacas e os elementos verticais de escoramento serão removidos
com a utilização de dispositivos hidráulicos ou mecânicos, com, ou sem
vibração, e retirados com o auxílio de guindastes, logo que o aterro atinja um
nível suficiente, segundo o estabelecimento no plano de retirada.
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Os furos deixados no terreno, pela retirada de montantes, pontaletes
ou estacas, deverão ser preenchidos com areia e compactados por vibração ou
por percolação de água.
Se por algum motivo o escoramento tiver de ser deixado
definitivamente na vala, deverá ser retirado da cortina de escoramento numa
faixa de aproximadamente 0,90m abaixo do nível do pavimento, ou da
superfície existente.
6.5.2. Aterro das Valas e Cavas
O reaterro das valas somente será executado após a verificação do
alinhamento e rejuntamento dos tubos, e com o próprio material escavado, se
suficiente e de boa qualidade.
Para tubulações assentadas em locais que não seja via carroçáveis, o
espaço compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela
geratriz externa superior do tubo, acrescida de 20 cm, deve ser preenchido
com aterro cuidadosamente selecionado, isento de pedras e corpos estranhos
e adequadamente compactados com soquetes manuais em camadas não
superiores a 20 cm. O restante do aterro deve ser procedido de maneira que
resulte a mesma densidade das laterais da vala.
Para tubulações assentadas sob via carroçável, o espaço
compreendido entre a base de assentamento e a cota definida pela geratriz
externa superior do tubo, acrescida de 20 cm, deve ser preenchido com aterro
cuidadosamente selecionado, isento de pedras e corpos estranhos e
adequadamente compactados com soquetes manuais em camadas não
superiores a 20 cm. O restante do aterro executado com compactação
mecânica atingindo 95% do Proctor Normal.
O mesmo critério adota-se para aterro junto a estruturas de concreto e
alvenarias, depois de decorrido o prazo necessário ao desenvolvimento da
resistência estrutural da peça.
7. Tubulação
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As galerias serão executadas com tubos de concreto pré-moldados,
tipo ponta e bolsa, e fabricados de acordo com a norma NBR 8890/2007 Tubo
de concreto, de seção circular, para águas pluviais e esgotos sanitários
Requisitos e métodos de ensaio.
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CONSIDERÇOES FINAIS
O projeto de drenagem é essencial para o sucesso de uma boa obra de
infraestrutura urbana, contenções de terra ou estabilização de taludes.
É possível observar no dia a dia de grande parte das cidades
brasileiras os problemas decorrentes de um sistema de drenagem inadequado.
Não é preciso ter conhecimentos técnicos para perceber que uma boa
drenagem é fundamental para a segurança das construções e o bom uso da
estrutura urbana de uma cidade.
Esse projeto visa ajudar os moradores desta rua a alguns anos os, vem
sofrendo com a falta de coisas básicas para sobrevivência de um ser humana
como o sistema de drenagem que afeta não somente essa rua mais também
todo o bairro.
De acordo com o que foi pesquisado e planejado a rua necessita de um
sistema drenagem para melhorar o escoamento das aguas pluviais da região.
A partir de dados hidrológicos que nos apontam grandes precipitações
e elevados índices pluviométricos, é de grande importância para a cidade de
Manaus e região,
Para a área em específico é fundamental a importância de pesquisas
para identificação dos locais atingidos pela ação das chuvas. Um sistema de
rede de drenagem de água pluvial é constituído de micro drenagem e
macrodrenagem.
No bairro Alfredo nascimento, locais da área de estudo especificam,
propôs-se a aplicação de um sistema de rede de drenagem de água pluviais,
com a finalidade de que as águas pluviais escorre-se de maneira correta e com
seu fluxo correto, evitando dessa forma vários problemas sociais na área
envolvida, a conscientização da população do entorno dessa área também é
importante no sentido de evitar que sejam despejados lixos em locais
inapropriados e que possam acarretar em obstrução dos locais de fluxo da
água podendo dessa forma iniciar a inundação. Indicamos que juntamente com
o projeto de drenagem seja juntamente elaborado um projeto de pavimento que
na via em questão esta em estado precário.
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REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12266/1992: Projeto e
execução de valas para assentamento de tubulação de água, esgoto ou
drenagem urbana. Rio de janeiro: ABNT, 1992.
ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 15645/2008: Execução
de obras de esgoto sanitário e drenagem de águas pluviais utilizando-se
tubos e aduelas de concreto. Rio de janeiro: ABNT, 2008.
ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 8890/07: Tubo de
concreto armado de seção circular para águas pluviais. Rio de janeiro:
ABNT, 2007.
ABNT. ASSOCIAÇÃO DE NORMAS TÉCNICAS. OHSAS 18001:2007: Gestão
de saúde e segurança ocupacional. Rio de janeiro: ABNT, 2007.
DNIT. DEPARTAMENTO DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE. IPR-
736. Álbum de projeto-tipo dos dispositivos de drenagem. 4ed. Rio de
Janeiro, 2013.
DNIT IS-210/2014: instrução de serviço do projeto de drenagem;
DNIT IPR-724/2006: Manual de Drenagem de Rodovias
TOMAZ, Plínio. Curso de Manejo de Águas Pluviais – Capitulo 5 –
Microdrenagem. São Paulo, 2010. 100p.