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DRENAGEM SUPERFICIAL

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DRENAGEM SUPERFICIAL

DRENAGEM SUPERFICIAL

Consiste na rápida eliminação da água superficial do solo. A água exposta à superfície é prejudicial à agropecuária e constitui foco de mosquitos e outros insetos nocivos à saúde do homem e dos animais domésticos. A drenagem

superficial é feita visando ao saneamento sanitário e agrícola. A operação de retirada da

água na drenagem superficial geralmente é realizada de maneira simples por um único

dreno aberto na parte mais baixa do terreno, ou ligando as depressões úmidas, de modo que as águas sejam encaminhadas para fora, sendo

suficiente, para se obterem os resultados pretendidos. Outras vezes a limpeza, a

correção do curso de um riacho ou o seu aprofundamento, satisfazem a drenagem

superficial.

A drenagem superficial é normalmente necessária nas áreas planas, com solo de baixa

capacidade de infiltração, baixa permeabilidade ou com camadas impermeáveis

logo abaixo da superfície e, ou, com pouco diferença de nível em relação aos drenos

naturais.

OS PRINCIPAIS TIPOS DE DRENAGEM SUPERFICIAL SÃO:

Drenagem superficial para eliminação das águas das chuvas;Drenagem superficial em áreas com problemas de excesso de umidade;

ELIMINAÇÃO DAS ÁGUAS DAS CHUVAS

O fundamental para o dimensionamento dos canais coletores, interceptores ou drenos é a estimativa da

vazão do escoamento produzido pelas chuvas em determinada área. Existem várias equações para estimar esta vazão, sendo muito comum o uso da

equação racional e da equação de McMath.A equação racional estima a vazão máxima de

escoamento de determinada área sujeita a uma intensidade máxima de precipitação, com determinado

tempo de concentração.

Q= CIA     360

Q = vazão máxima de escoamento, em m3/s;C = coeficiente de escoamento;A= área de contribuição, em ha;

I = intensidade máxima de chuva, em mm/h.Para o caso de drenagem com finalidade agrícola,

a intensidade máxima de chuva(I) pode ser calculada pela seguinte equação:

I = Id     48

Id = total máximo de precipitação que ocorre em um período de 24 horas, em mm.

* Quadro com valores do coeficiente de escoamento(C), em função do tipo de solo, da

declividade e cobertura vegetal, segundo Millar.

DRENAGEM SUPERFICIAL EM ÁREAS COM PROBLEMAS DE EXCESSO DE

UMIDADE

Há nas regiões úmidas e semi–úmidas grandes áreas planas com excesso de umidade. Isto é

devido, principalmente, à falta de condições de movimentação das águas das chuvas para fora destas áreas ou, quando esta movimentação é muito lenta, a pouca declividade destas áreas.

Para estas áreas, normalmente tem-se que associar a drenagem superficial com a drenagem do solo, a fim de torna-las

agricultáveis.

SISTEMAS DE DRENAGEM SUPERFICIALExistem vários tipos de sistemas de drenagem

superficial, e os principais são:

Sistema natural – Este sistema adapta-se a áreas que contenham depressões muito fundas e, ou, muito largas,

ou em grande quantidade, o que as tornam difíceis de serem aterradas. Consiste em ligar as depressões por meio de drenos rasos, que conduzam a água para a

saída natural da área. É muitas vezes conhecido como esgotamento de várzeas.

Sistema em camalhão – Este sistema se adapta a áreas úmidas com pouca declividade e com solo pouco

permeável. Consiste na construção de camalhões largos e em sequência, de modo que na interseção dos

camalhões exista uma depressão, a qual funcionará como dreno.

A altura no centro dos camalhões pode variar de 15 a 50cm, o comprimento pode atingir até 300m e sua largura varia com o tipo de solo.

Em solos com drenagem:

Muito lenta – a largura varia de 6 a 12 m;Lenta - a largura varia de 10 a 20m;

Média – a largura pode vaiar de 15 a 30 m.

Segundo sugestões do USDC-SCSAs linhas de plantio podem ser na direção do comprimento dos camalhões ou perpendicular a eles.

Sistema interceptor  – Este sistema é também denominado sistema de drenagem em terraços ou sistema de drenagem transversal à principal declividade do terreno. Ele se adapta a áreas de solos pouco permeáveis e cuja principal fonte d’água que mantém as áreas planas com alto teor de umidade é o fluxo do lençol freático proveniente das encostas. Consiste em interceptar, por meio de canais, o fluxo d’água do lençol freático e, ou,, escoamento da água das chuvas, dos terrenos periféricos em relação às áreas baixas, e conduzi-la para fora da área com problema de excesso de umidade. É um sistema bastante eficiente, por ser preventivo, o qual minimizará a capacidade dos drenos necessários nas áreas mais baixas.

Sistema com drenos rasos e paralelos – Este sistema se adapta a áreas planas, com solo de baixa

permeabilidade, e com muitas depressões. Ele consiste na construção de valetas ou canais, rasos e paralelos,

na mesma direção da linha de plantio.O espaçamento entre os drenos depende da quantidade

de depressões existentes na área; normalmente o espaçamento varia entre 100 e 300 m.

Sistematização – Este sistema se adapta a áreas planas com muitas depressões, porém pequenas e rasa. Ele consiste na uniformização da superfície da terra, ou

seja, aterro das depressões e cortes das elevações. O seu uso depende do volume de terra que se terá de

movimentar.

CAPACIDADE DOS DRENOS

Existem vários métodos para determinar a capacidade dos drenos, sendo o método do

balança hídrico um dos mais usados.Q = 2,78 Cd Q = capacidade do dreno, em l/s

por ha;Cd = coeficiente de drenagem.

Cálculo do coeficiente de drenagem (Cd):Cd = P – Ev – VIB P = Precipitação máxima na

área, em mm/dia;Td Ev = evaporação na área, em mm/dia;

VIB = infiltração básica, em mm/diaTd = tempo de drenagem, h/dia de balanço

hídrico.

DRENAGEM DO SOLO

A drenagem do solo tem por finalidade a remoção do excesso da água dos horizontes do

solo ocupados pelas raízes.Nas áreas em que o lençol freático está abaixo

de 2m, geralmente não há problema de drenagem. Em regiões úmidas e sem irrigação, podem ser desenvolvidas atividades agrícolas, com o lençol freático à profundidade de 60cm, sem muitos problemas. Mas em regiões áridas

ou semi-áridas, com irrigação e perigo de salinidade, deve-se manter o lençol freático a

uma profundidade mínima de 1,8m, para evitar problemas de salinização (BERNARDO, 1995).

BENEFÍCIOS DA DRENAGEM DO SOLO

Melhoramento da aeração do solo;Aumento do volume do solo explorado pelas

raízes;Melhoramento na estruturação do solo;

Facilita a decomposição da M.O. incorporada ao solo;

Remoção do excesso de sais do solo e;Permissão da mecanização no solo.

A determinação do espaçamento e da profundidade dos drenos pode ser feita por método direto ou por método

indireto.

Método diretoConsiste na determinação "in loco" da declividade da

linha de efeito útil de drenagem no solo, a qual deve ser determinada na área a ser drenada, por meio de dreno

aberto e, na direção perpendicular ao dreno aberto, uma série de poços. A água do dreno aberto deve ser bombeada ou derivada por gravidade, para fora da

área, até se tornar constante o nível da água dentro dos poços.

Para determinado tipo de solo e determinada profundidade do dreno, quando se usam equações para as condições de regime

permanente, os parâmetros necessários para determinar o espaçamento dos drenos são:

A quantidade d’água a ser drenada na área (q), determinada em função da distribuição média da

chuva.Profundidade mínima do lençol freático (H),

determinada em função do solo, da cultura e do cultivo a serem usados na área.

Método indiretoExistem várias equações e ábacos para estimar o

espaçamento dos drenos em função do tipo de solo, da quantidade d’água a ser drenada, da profundidade do dreno,

da existência e profundidade da camada impermeável etc.