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3. Consolidando Frente Urbana e Retorno aos Cofres Públicos A consolidação desta área como uma centralidade institucional tem como ponto de partida a readequação integral do eixo, num raciocínio inverso, definido o eixo o mesmo induzirá às condicionantes futuras para o desenvolvimento urbano do entorno. Levando em conta o adensamento urbano que será promovido pela estruturação do Eixo Monumental, o PD local deverá ser revisado para abrigar uma densidade que respeite padrões adequados de iluminação e ventilação diferentes dos previstos atualmente, com mesma massa edificada, e maiores retornos aos cofres públicos para se construir. NASCE UMA CENTRALIDADE A partir da interpretação dos agentes e da dinâmica da cidade de Maringá/PR, o projeto explora uma alternativa ao modelo de ges- tão e planejamento vigente até então, que ignorou o passado e priorizou o uso do automóvel individual e a majoração dos lucros imobiliários. Este modelo agrava a tendência à dispersão urbana e o processo de deterioro e abandono do tecido do centro – ex- tremos de um mesmo fenômeno. Após o rebaixamento da ferrovia, à medida em que as áreas disponíveis no antigo pátio de ma- nobra se escasseavam, a pressão dos agentes imobiliários pela viabilização de outras frentes de especulação teve desdobramentos devastadores no centro antigo. Por um lado, promoveu-se o processo de degradação e demolição de estruturas importantes no desenho original. Por outro, fomentou-se o abandono do papel institucional e representativo do Centro. Como restabelecer, portanto, uma centralidade, sobre um setor da cidade com uma possível degradação urbana, e com poucas chances de se reinventar, apesar de ser um espaço com evidente potencial de desenvolvimento e dotado de uma preciosa infra- estrutura E MEMÓRIA URBANA? Não acreditamos que uma mudança da pavimentação e serviços sanitários sejam um gatilho para sua revitalização. Um terminal intermodal será ineficiente e desnecessário se não houver uma concentração de população que a justifique. Cidades contemporâneas bem-sucedidas são compactas, densas, vivas, e diversificadas, assim propiciam um maior desenvolvimento sustentável concentrando e gerando inovação e conhecimento em seu território, e um espaço sustentável e um espaço com os necessários pilares econômico, ambiental e social. Nossa reflexão, portanto, formula uma hipótese de cidade que, inequivocamente, deve opor-se a lógica vigente até então: a rein- terpretação dos vazios e a ressignificação de espaços ociosos e obsoletos do eixo são concebidos como um objeto autônomo e ar- ticulador a fim de intensificar uma centralidade e o poder de compactação da cidade. Portanto, dentro do que nos delimite este certame, não só concebemos distintos ambientes ao longo do eixo a partir de elementos da paisagem: linha de árvores, mobiliários urbanos, áreas permeáveis, relevos naturais ou criados, iluminação indireta e direta, que auxiliam na confor- mação dos espaços de permanência e passagem voltados ao pedestre, dentro de uma lógica comum de desenho de espa- ços públicos; mas, especialmente, concentramo-nos em conceber o eixo com uma proposta tridimensional, que explora os diferentes planos e níveis urbanos de mobilidade e conexões, multiplica os usos, as interfaces entre público e privado e as possibilidades de encontro, sociabilização e de geração de cultura, renda e economia. Isso se reflete, em especial, na solução adotada nas áreas remanescentes do Novo Centro junto a conexão do Terminal Intermodal, trecho que representa atualmente a ruptura da passagem, permanência e paisagem do Eixo Munumental. O Centro Cultural, respeitando sua futura concepção, tem sua localização e implantação inevitavelmente concebida com o projeto de espaço urbano desta área. Ele é locado na porção leste do eixo, equilibrando as massas edificadas do entorno do mesmo. Uma Praça Rebaixada pensada para se conectar com o VLT e com este centro de convergência de fluxos e usos, ancora-se perpendicularmente ao Eixo, conectando o Centro Cultural a lógica do Terminal Intermodal. Uma ponte/passarela que mantém a travessia do eixo contínua, pode servir de cobertura para eventos itine- rantes. Já a praça rebaixada, ladeada por galerias comerciais e possíveis programas (de apoio ao)/(do) Centro Cultural, promovem a duplicação do térreo urbano neste epicentro. A proposta não pretende, portanto, fazer apenas um exercício de desenho, pretende estabelecer um enraizamento ontoló- gico a população, encontrar gente, fazer trocas; amorosas afetivas e de negócios turismo entretenimento criação educação. 1. Herança Histórica A estrutura política é indissociável da Pólis, ou seja, da estrutura física pública da cidade. Estamos assim, reconstruindo a essência do espaço urbano público representativo. A PRAÇA DA PERMANÊNCIA (Praça Raposo Tavares) TEATRO E ANFITEATRO A CONVERGÊNCIA INTERMODAL (Terminal Intermodal): A TRAVESSA DO MERCADO E ALIMENTAÇÃO (Travessa Jorge Amado) O CENTRO DE CONVIVÊNCIA E O OBELISCO (Praça Dep Renato Celidônio): refazer base do Obelisco para abrigar espaço de exposição e café. Cobertura como globo de luz. A PRAÇA DA APOTEOSE (Praça da Catedral): um espaço de chega- da que valoriza o prédio da catedral e os planos de água, um pavimento contínuo que permite a realização de eventos de congregação de grande quantidade de público, e solenidades. A PRAÇA-FONTE CÍVICA (Antiga Rodoviária): LUGAR E MATÉRIA A ESPLANADA TRIDIMENSIONAL CAIXA DE DIA FAROL À NOITE, SUGESTÃO OPORTUNIDADE PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 5 UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 3 e 4 OPORTUNIDADE 1 OPORTUNIDADE 2 O PLANO DE LAZER (Vila Olímpica) O CALÇADÃO DO ESTAR E TRANSITAR (Av. Getúlio Vargas): 2. A existência de uma autonomia Hoje este espaço é parcialmente descaracterizado, como um tipo de residual, resultado do fracionamento e de rupturas das massas construídas do entorno em relação à geometria dos espaços públicos. Esta independência do entorno nos levou a considerar o eixo integral como um objeto autônomo, mas, no entanto, conscientes de que poderá ter a capacidade de catalisar as futuras ocupações urbanas pela valorização do solo do entorno imediato e portanto intensificar uma centralidade com uma força inequívoca. 4. A Legibilidade e a Memória Os fluxos de carros e pedestres serão de fácil compreensão e lógica, fator indispensável para a formulação de uma mnemotécnica (o lócus) do mapa mental, fator de apropriação pelos usuários, e portanto, de assimilação como “lugar próprio” ou lugar referencial. A Memória do desenho original da Getúlio Vargas é mantido e a partir dele uma nova formulação do espaço, de preferência ao pedestre, rompe completamente com o passado ao mesmo tempo que o mantém vivo na espacialidade criada a partir dos bancos de convivência desenhados por Belucci. 5. A paisagem artificial Negamos a paisagem urbana, como objeto de consumo pitoresco. O aconchego das praças os “cantos de sociabilidade”, é o andar perambulante sob as árvores podemos perceber: clareiras ensolaradas, cantos sombreados, pavimentos diferenciados, relevos criados, cada um com seu próprio caráter induzindo a uma atividade diferente. Sentir-se livre para eleger seus lugares favoritos sem convenções. O grande ponto é o teatro no centro da praça que espelha o anfiteatro do Cine Teatro Praza. A iluminação indireta nas árvores estabelece um “teto” verde ao mesmo tempo em que refletores rasantes ao chão definem sombras alongadas dos passantes. No dia novas perspectivas, a noite um espetáculo. 6. Tratamento das águas pluviais O dilúvio espacial Fato civilizatório Na Praça-Fonte Cívica, o Lugar permanece como uma grande ágora que respeita memória da Antiga Rodoviária, a Matéria do seu quadrilátero, em pedra granito, ganha leveza com o perímetro iluminado e impõe-se com pequenos relevos esculpidos. A presença da água em bicos distribuídos por todo o quadrilátero central faz desse espaço a própria fonte luminosa, e cria um grande sistema de filtragem, permeabilidade e coleta para os reservatórios de reuso. Av. XV de Novembro Av. Tiradentes Rua Néo Alves Martins Av. Brasil Av. Joubert de Carvalho Av. Tamandaré Av. Racanello/VLT Av. João Paulino Av. Prudente de Morais Rua Santos Dumont Travessas Arthur Thomas 7. Um centro de intermodalidade Ponto de convergência: é a essência da “civitas”: a mobilidade e a visibilidade dos pontos de transferência: do transporte público ao carro, à bicicleta, ao caminhar, ao flanêur. 8. O acréscimo de uma nova tectônica Recriamos um relevo tridimensional com um novo valor de paisagem (entendendo tectônico no sentido da etimologia grega “a arte de construir”). 9. O paradoxo dos subsolos Sempre concebidos como pura funcionalidade, onde valores significativos de conexões e espacialidade estão proscritos e irremediavelmente acabam por resultar em residuais urbanos. O subsolo proposto reverte essa condição constituindo um fator positivo que agrega urbanidade, e espacialidades inesperadas que permitem uma grande conectividade e novas funções que trarão animação e grande mobilidade principalmente para os pedestres que terão assegurado a acessibilidade e hierarquia dos novos espaços públicos. 10. Desdobramento do Plano. A partir da cota 553 em que se situa a calçada à leste do Estadio Willie Davids, junto a Avenida Herval, é possível criar uma extensão de uma laje que atravessa transversalmente o atual estacionamento até chegar a calçada da Av. Duque de Caxias, na cota 550. Isso possibilita a criação não apenas de uma separação entre estacionamento e laje livre de lazer onde ambos podem sempre funcionar em oncomitância, bem como cria uma infraestrutura para abrigar feira temporária no espaço do plano de lazer, feiras e mercado fixo nos quiosques Implantação 100 50 25 1:2000 Árvores existentes - espécie predominante: Tipuana Palmeira grande/médio porte Canteiro de flor espécie spirea japonesa Árvores inseridas ou reforçadas - espécie Sibipiruna ou Aldrago (avaliar) Forração Grama esmeralda Pavimentação Granito Claro Levigado Mármore Branco Pavimentação Granito Escuro Flameado Pavimentação Ecodreno cor Terracota (ref. a Terra Vermelha local) N Ciclovias VLT norte-sul inserido av. Duque de Caxias VLT rebaixado Ônibus Exclusivo Pedestre Item Trecho A Trecho B Trecho C Trecho D Trecho E Trecho F Trecho G Fiação Rebaixada $4,200,000.00 $5,165,000.00 $2,900,000.00 $3,600,000.00 $2,650,000.00 $0.00 $7,750,000.00 Estrutura (Movimentação de terra, muro de arrimo, alvenaria e lajes) $0.00 $27,838.00 $8,557.00 $0.00 $1,223,426.00 $0.00 $9,008.00 Piso (Contrapisos, concreto pigmentado e granitos, mármores e piso drenante) $2,824,070.00 $3,743,550.00 $2,837,648.00 $2,525,132.00 $1,887,280.00 $769,325.00 $955,772.00 Mobiliários e iluminação (Balizadores, bancos, bicicletários, bebedouros, grelhas das árvores, postes, quiosques, totens informativos, placas, lixeiras e semáforos) $2,750.00 $1,361,230.00 $1,810,341.00 $866,610.00 $440,632.00 $458,605.00 $332,434.00 Paisagismo $20,000.00 $6,350.00 $12,500.00 $18,500.00 $21,350.00 $10,000.00 $15,000.00 Total Total: $7,046,820.00 $10,303,968.00 $7,569,046.00 $7,010,242.00 $6,222,688.00 $1,237,930.00 $9,062,214.00 $48,452,908.00 Alternativas Parceria Público Privada O CALÇADÃO DO ESTAR E TRANSITAR A PRAÇA DA PERMANÊNCIA A PRAÇA-FONTE CÍVICA INTERMODAL VLT ESPLANADA TRIDIMENSIONAL CENTRO CULTURAL A TRAVESSA DO MERCADO E ALIMENTAÇÃO O PLANO DE LAZER ESTÁDIO WILLIE DAVIDS CENTRO DE CONVIVÊNCIA E OBESLISCO A PRAÇA DA APOTEOSE CATEDRAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA - INICIATIVAS E ALTERNATIVAS As metrópoles são lócus da diversidade da economia e ideologia, passando pela religião e a cultura, a atração de novos investimentos. Como ambientes únicos de uma desejável, democrática e estimulante concentração de diversidade e vida econômica se desenvolve por meio da inovação. Nesse sentido, discutir Eixo Monumental, Centro, e não questionar como um Terminal Intermodal locado em seu seio se relaciona com ele, tampouco questionar como uma esta vasta área pública, juntamente a Vila Olímpica estão sendo subulgadas, seria deixar passar OPORTUNIDADES para a cidade em apontar perspectivas mais alinhadas com respeito ao seu passado e a seu potencial de futuro. Assim, traçamos CONTRIBUIÇÕES ALTERNATIAS, ou, OPORTUNIDADES HIS- TÓRICAS, que inseririam Maringá/PR verdadeiramente no contexto metropolitano, como nos é desafiado. São elas: OPORTUNIDADE 1 (Parceria Público Privada): Revisão da Tabela de Zoneamento da Zona Comercial do Plano Diretor Atual prevendo o adensamento que a área acarretará com a estruturação do Eixo Monumental, viabilizando: (1) mesmo potencial construtivo do entorno com melhores parâmetros de iluminação e ventilação; ação: alterando os parâmetros de recúos laterais necessários para eregir torres, torna-se obrigatório unir dois lotes para essa finalidade; como: duplicar todos os valores de Afastamento Mínimo das Divisas (m) previstos na tabela atual; (2) maiores retornos aos cofres públicos; ação: alterando o Coeficiente Máximo de Aproveitamento com e sem Outorga Onerosa, de 4,5 sem e 6 com, para 2 sem e 5 com. OPORTUNIDADE 2 (Parceria Público Privada): Obelisco Monumental com espaço de exposição e café. Ao modificarmos o simples uso de sanitários viabilizamos geração de renda ao Poder Público e diversidade de usos a Praça Renato Celidônio. UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 3 (Parceria Público Privada): Viabilização de Torres privadas na área do Terminal Intermodal de Maringá (ver projeto ALTERNATIVO Prancha 04): Aumento de densidade/ fortalecimento de centralidade, diversidade de vida econômica/facilidade de transporte e es- tacionamentos públicos/ recuperação urbana e reestruturação produtiva do território/ gerar receita contínua para a Prefeitura Municipal de Maringá. OPORTUNIDADE - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 4 (Parceria Público Privada): Estacionamento Público subter- râneo na Praça-Fonte Cívica (ver projeto ALTERNATIVO Prancha 04): Aumento de densidade do centro e ponto de convergência intermodal pede uma área de concentração de estaciona- mento de carros, motos, bicicletário, para além dos propostos e existente, podendo o subsolo da praça da fonte cívica abrigar esse uso. Autorização Legislativa: OPORTUNIDADE - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 5: Laje de lazer do Estádio Willie Davids (ver projeto ALTER- NATIVO Prancha 05) viabilizando: espaços para jogos/ feiras externas/ feiras internas-mercado/ espaços de festas/ es- tacionamentos e serviços de apoio/ gerar receita contínua para a Prefeitura Municipal de Maringá. Autorização legislativa: esta viabilização e exploração a favor da Poder Público poderá se dar através de procedimentos legais em que, entre outros, se destacam: Autorização legislativa: estas viabilizações e explorações a favor do Poder Público poderão se dar através de procedi- mentos legais em que, entre outros, se destacam: (1) pela transferência efetiva dos ativos, que deverá ser previamente aprovada por lei municipal ou (2) pela atribuição da Concessão de Direito Real de Uso, que pode dispensar a dependendo da Lei Orgânica Municipal Com essas medidas garantimos: Gestão urbana eficiente. Cidade reinventada inovadora criativa. Mega cidades funcio- nam lideram se reinventam. Maiores densidades populacionais urbanas estão diretamente ligadas ao maior desenvol- vimento de inovação urbanas.Fazer uma centralidade com população com transporte, com alta densidade, com uma variedade animação permanente, incentivadora de uma variedade crescente, motores de uma cidade com centralidade forte, portanto compacta, vibrante e sustentável. abaixo da laje, como uma continuidade do mercadão, intalações sanitárias de apoio e um adequado acolhimento para a chegada do Estádio. 01

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3. Consolidando Frente Urbana e Retorno aos Cofres Públicos

A consolidação desta área como uma centralidade institucional tem como ponto de partida a readequação integral do eixo, num raciocínio inverso, de� nido o eixo o mesmo induzirá às condicionantes futuras para o desenvolvimento urbano do entorno. Levando em conta o adensamento urbano que será promovido pela estruturação do Eixo Monumental, o PD local deverá ser revisado para abrigar uma densidade que respeite padrões adequados de iluminação e ventilação diferentes dos previstos atualmente, com mesma massa edi� cada, e maiores retornos aos cofres públicos para se construir.se construir.

NASCE UMA CENTRALIDADEA partir da interpretação dos agentes e da dinâmica da cidade de Maringá/PR, o projeto explora uma alternativa ao modelo de ges-tão e planejamento vigente até então, que ignorou o passado e priorizou o uso do automóvel individual e a majoração dos lucros imobiliários. Este modelo agrava a tendência à dispersão urbana e o processo de deterioro e abandono do tecido do centro – ex-tremos de um mesmo fenômeno. Após o rebaixamento da ferrovia, à medida em que as áreas disponíveis no antigo pátio de ma-nobra se escasseavam, a pressão dos agentes imobiliários pela viabilização de outras frentes de especulação teve desdobramentos devastadores no centro antigo. Por um lado, promoveu-se o processo de degradação e demolição de estruturas importantes no desenho original. Por outro, fomentou-se o abandono do papel institucional e representativo do Centro.

Como restabelecer, portanto, uma centralidade, sobre um setor da cidade com uma possível degradação urbana, e com poucas chances de se reinventar, apesar de ser um espaço com evidente potencial de desenvolvimento e dotado de uma preciosa infra-estrutura E MEMÓRIA URBANA? Não acreditamos que uma mudança da pavimentação e serviços sanitários sejam um gatilho para sua revitalização. Um terminal intermodal será ine� ciente e desnecessário se não houver uma concentração de população que a justi� que. Cidades contemporâneas bem-sucedidas são compactas, densas, vivas, e diversi� cadas, assim propiciam um maior desenvolvimento sustentável concentrando e gerando inovação e conhecimento em seu território, e um espaço sustentável e um espaço com os necessários pilares econômico, ambiental e social.

Nossa re� exão, portanto, formula uma hipótese de cidade que, inequivocamente, deve opor-se a lógica vigente até então: a rein-terpretação dos vazios e a ressigni� cação de espaços ociosos e obsoletos do eixo são concebidos como um objeto autônomo e ar-ticulador a � m de intensi� car uma centralidade e o poder de compactação da cidade. Portanto, dentro do que nos delimite este certame, não só concebemos distintos ambientes ao longo do eixo a partir de elementos da paisagem: linha de árvores, mobiliários urbanos, áreas permeáveis, relevos naturais ou criados, iluminação indireta e direta, que auxiliam na confor-mação dos espaços de permanência e passagem voltados ao pedestre, dentro de uma lógica comum de desenho de espa-ços públicos; mas, especialmente, concentramo-nos em conceber o eixo com uma proposta tridimensional, que explora os diferentes planos e níveis urbanos de mobilidade e conexões, multiplica os usos, as interfaces entre público e privado e as possibilidades de encontro, sociabilização e de geração de cultura, renda e economia. Isso se re� ete, em especial, na solução adotada nas áreas remanescentes do Novo Centro junto a conexão do Terminal Intermodal, trecho que representa atualmente a ruptura da passagem, permanência e paisagem do Eixo Munumental. O Centro Cultural, respeitando sua futura concepção, tem sua localização e implantação inevitavelmente concebida com o projeto de espaço urbano desta área. Ele é locado na porção leste do eixo, equilibrando as massas edi� cadas do entorno do mesmo. Uma Praça Rebaixada pensada para se conectar com o VLT e com este centro de convergência de � uxos e usos, ancora-se perpendicularmente ao Eixo, conectando o Centro Cultural a lógica do Terminal Intermodal. Uma ponte/passarela que mantém a travessia do eixo contínua, pode servir de cobertura para eventos itine-rantes. Já a praça rebaixada, ladeada por galerias comerciais e possíveis programas (de apoio ao)/(do) Centro Cultural, promovem a duplicação do térreo urbano neste epicentro.

A proposta não pretende, portanto, fazer apenas um exercício de desenho, pretende estabelecer um enraizamento ontoló-gico a população, encontrar gente, fazer trocas; amorosas afetivas e de negócios turismo entretenimento criação educação.

1. Herança HistóricaA estrutura política é indissociável da Pólis, ou seja, da estrutura física pública da cidade. Estamos assim, reconstruindo a essência do espaço urbano público representativo.

A PRAÇA DA PERMANÊNCIA(Praça Raposo Tavares)TEATRO E ANFITEATRO

A CONVERGÊNCIA INTERMODAL (Terminal Intermodal):

A TRAVESSA DO MERCADO EALIMENTAÇÃO(Travessa Jorge Amado)

O CENTRO DE CONVIVÊNCIAE O OBELISCO (Praça Dep Renato Celidônio): refazer base do Obelisco para abrigar espaço de exposição e café. Cobertura como globo de luz.

A PRAÇA DA APOTEOSE(Praça da Catedral): um espaço de chega-da que valoriza o prédio da catedral e os planos de água, um pavimento contínuo que permite a realização de eventos de congregação de grande quantidade de público, e solenidades.

A PRAÇA-FONTE CÍVICA(Antiga Rodoviária): LUGAR E MATÉRIA

A ESPLANADA TRIDIMENSIONAL CAIXA DE DIA FAROL À NOITE, SUGESTÃO

OPORTUNIDADE

PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 5

UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA

PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 3 e 4OPORTUNIDADE 1

OPORTUNIDADE 2

O PLANO DE LAZER(Vila Olímpica)

O CALÇADÃO DO ESTARE TRANSITAR(Av. Getúlio Vargas):

2. A existência de uma autonomiaHoje este espaço é parcialmente descaracterizado, como um tipo de residual, resultado do fracionamento e de rupturas das massas construídas do entorno em relação à geometria dos espaços públicos. Esta independência do entorno nos levou a considerar o eixo integral como um objeto autônomo, mas, no entanto, conscientes de que poderá ter a capacidade de catalisar as futuras ocupações urbanas pela valorização do solo do entorno imediato e portanto intensi� car uma centralidade com uma força inequívoca.

4. A Legibilidade e a MemóriaOs � uxos de carros e pedestres serão de fácil compreensão e lógica, fator indispensável para a formulação de uma mnemotécnica (o lócus) do mapa mental, fator de apropriação pelos usuários, e portanto, de assimilação como “lugar próprio” ou lugar referencial.

A Memória do desenho original da Getúlio Vargas é mantido e a partir dele uma nova formulação do espaço, de preferência ao pedestre, rompe completamente com o passado ao mesmo tempo que o mantém vivo na espacialidade criada a partir dos bancos de convivência desenhados por Belucci.

5. A paisagem arti� cialNegamos a paisagem urbana, como objeto de consumo pitoresco. O aconchego das praças os “cantos de sociabilidade”, é o andar perambulante sob as árvores podemos perceber: clareiras ensolaradas, cantos sombreados, pavimentos diferenciados, relevos criados, cada um com seu próprio caráter induzindo a uma atividade diferente. Sentir-se livre para eleger seus lugares favoritos sem convenções. O grande ponto é o teatro no centro da praça que espelha o an� teatro do Cine Teatro Praza. A iluminação indireta nas árvores estabelece um “teto” verde ao mesmo tempo em que re� etores rasantes ao chão de� nem sombras alongadas dos passantes. No dia novas perspectivas, a noite um espetáculo.

6. Tratamento das águas pluviais• O dilúvio espacial• Fato civilizatório Na Praça-Fonte Cívica, o Lugar permanece como uma grande ágora que respeita memória da Antiga Rodoviária, a Matéria do seu quadrilátero, em pedra granito, ganha leveza com o perímetro iluminado e impõe-se com pequenos relevos esculpidos. A presença da água em bicos distribuídos por todo o quadrilátero central faz desse espaço a própria fonte luminosa, e cria um grande sistema de � ltragem, permeabilidade e coleta para os reservatórios de reuso.

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7. Um centro de intermodalidade Ponto de convergência: é a essência da “civitas”: a mobilidade e a visibilidade dos pontos de transferência: do transporte público ao carro, à bicicleta, ao caminhar, ao � anêur.

8. O acréscimo de uma nova tectônicaRecriamos um relevo tridimensional com um novo valor de paisagem (entendendo tectônico no sentido da etimologia grega “a arte de construir”).

9. O paradoxo dos subsolos Sempre concebidos como pura funcionalidade, onde valores signi� cativos de conexões e espacialidade estão proscritos e irremediavelmente acabam por resultar em residuais urbanos. O subsolo proposto reverte essa condição constituindo um fator positivo que agrega urbanidade, e espacialidades inesperadas que permitem uma grande conectividade e novas funções que trarão animação e grande mobilidade principalmente para os pedestres que terão assegurado a acessibilidade e hierarquia dos novos espaços públicos.

10. Desdobramento do Plano. A partir da cota 553 em que se situa a calçada à leste do Estadio Willie Davids, junto a Avenida Herval, é possível criar uma extensão de uma laje que atravessa transversalmente o atual estacionamento até chegar a calçada da Av. Duque de Caxias, na cota 550.

Isso possibilita a criação não apenas de uma separação entre estacionamento e laje livre de lazer onde ambos podem sempre funcionar em oncomitância, bem como cria uma infraestrutura para abrigar feira temporária no espaço do plano de lazer, feiras e mercado � xo nos quiosques

TEATRO E ANFITEATRO

Implantação10050251:2000

Árvores existentes - espécie predominante: Tipuana

Palmeira grande/médio porte

Canteiro de � or espécie spirea japonesa

Árvores inseridas ou reforçadas - espécie Sibipiruna ou Aldrago (avaliar)

Forração Grama esmeralda

Pavimentação Granito Claro Levigado

Mármore Branco

Pavimentação Granito Escuro Flameado

Pavimentação Ecodreno cor Terracota (ref. a Terra Vermelha local)

N

Ciclovias

VLTnor te -sul inseridoav. Duque de Caxias

VLT rebaixado Ônibus ExclusivoPedestre

Item Trecho A Trecho B Trecho C Trecho D Trecho E Trecho F Trecho GFiação Rebaixada $4,200,000.00 $5,165,000.00 $2,900,000.00 $3,600,000.00 $2,650,000.00 $0.00 $7,750,000.00

Estrutura (Movimentação de terra, muro de arrimo, alvenaria e lajes) $0.00 $27,838.00 $8,557.00 $0.00 $1,223,426.00 $0.00 $9,008.00

Piso (Contrapisos, concreto pigmentado e granitos, mármores e piso drenante) $2,824,070.00 $3,743,550.00 $2,837,648.00 $2,525,132.00 $1,887,280.00 $769,325.00 $955,772.00

Mobiliários e iluminação (Balizadores, bancos, bicicletários, bebedouros, grelhas das árvores, postes, quiosques, totens informativos, placas, lixeiras e semáforos) $2,750.00 $1,361,230.00 $1,810,341.00 $866,610.00 $440,632.00 $458,605.00 $332,434.00Paisagismo $20,000.00 $6,350.00 $12,500.00 $18,500.00 $21,350.00 $10,000.00 $15,000.00 Total PPP

Total: $7,046,820.00 $10,303,968.00 $7,569,046.00 $7,010,242.00 $6,222,688.00 $1,237,930.00 $9,062,214.00 $48,452,908.00 $7,518,832.00

Alternativas

Parceria Público Privada

O CALÇADÃO DO ESTAR E TRANSITAR A PRAÇA DA PERMANÊNCIA A PRAÇA-FONTE CÍVICA INTERMODALVLT

ESPLANADA TRIDIMENSIONAL CENTRO CULTURAL A TRAVESSA DO MERCADO E ALIMENTAÇÃO O PLANO DE LAZER ESTÁDIO WILLIE DAVIDSCENTRO DE CONVIVÊNCIA E OBESLISCOA PRAÇA DA APOTEOSECATEDRAL NOSSA SENHORA DA GLÓRIA

UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA - INICIATIVAS E ALTERNATIVASAs metrópoles são lócus da diversidade da economia e ideologia, passando pela religião e a cultura, a atração de novos investimentos. Como ambientes únicos de uma desejável, democrática e estimulante concentração de diversidade e vida econômica se desenvolve por meio da inovação.Nesse sentido, discutir Eixo Monumental, Centro, e não questionar como um Terminal Intermodal locado em seu seio se relaciona com ele, tampouco questionar como uma esta vasta área pública, juntamente a Vila Olímpica estão sendo subulgadas, seria deixar passar OPORTUNIDADES para a cidade em apontar perspectivas mais alinhadas com respeito ao seu passado e a seu potencial de futuro. Assim, traçamos CONTRIBUIÇÕES ALTERNATIAS, ou, OPORTUNIDADES HIS-TÓRICAS, que inseririam Maringá/PR verdadeiramente no contexto metropolitano, como nos é desa� ado. São elas:

• OPORTUNIDADE 1 (Parceria Público Privada): Revisão da Tabela de Zoneamento da Zona Comercial do Plano Diretor Atual prevendo o adensamento que a área acarretará com a estruturação do Eixo Monumental, viabilizando: (1) mesmo potencial construtivo do entorno com melhores parâmetros de iluminação e ventilação; ação: alterando os parâmetros de recúos laterais necessários para eregir torres, torna-se obrigatório unir dois lotes para essa � nalidade; como: duplicar todos os valores de Afastamento Mínimo das Divisas (m) previstos na tabela atual; (2) maiores retornos aos cofres públicos; ação: alterando o Coe� ciente Máximo de Aproveitamento com e sem Outorga Onerosa, de 4,5 sem e 6 com, para 2 sem e 5 com.• OPORTUNIDADE 2 (Parceria Público Privada): Obelisco Monumental com espaço de exposição e café.Ao modi� carmos o simples uso de sanitários viabilizamos geração de renda ao Poder Público e diversidade de usos a Praça Renato Celidônio. • UMA OPORTUNIDADE HISTÓRICA - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 3 (Parceria Público Privada): Viabilização de Torres privadas na área do Terminal Intermodal de Maringá (ver projeto ALTERNATIVO Prancha 04): Aumento de densidade/ fortalecimento de centralidade, diversidade de vida econômica/facilidade de transporte e es-tacionamentos públicos/ recuperação urbana e reestruturação produtiva do território/ gerar receita contínua para a Prefeitura Municipal de Maringá. • OPORTUNIDADE - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 4 (Parceria Público Privada): Estacionamento Público subter-râneo na Praça-Fonte Cívica (ver projeto ALTERNATIVO Prancha 04): Aumento de densidade do centro e ponto de convergência intermodal pede uma área de concentração de estaciona-mento de carros, motos, bicicletário, para além dos propostos e existente, podendo o subsolo da praça da fonte cívica abrigar esse uso. Autorização Legislativa: • OPORTUNIDADE - PROPOSIÇÃO ALTERNATIVA 5: Laje de lazer do Estádio Willie Davids (ver projeto ALTER-NATIVO Prancha 05) viabilizando: espaços para jogos/ feiras externas/ feiras internas-mercado/ espaços de festas/ es-tacionamentos e serviços de apoio/ gerar receita contínua para a Prefeitura Municipal de Maringá. Autorização legislativa: esta viabilização e exploração a favor da Poder Público poderá se dar através de procedimentos legais em que, entre outros, se destacam:

Autorização legislativa: estas viabilizações e explorações a favor do Poder Público poderão se dar através de procedi-mentos legais em que, entre outros, se destacam: (1) pela transferência efetiva dos ativos, que deverá ser previamente aprovada por lei municipal ou (2) pela atribuição da Concessão de Direito Real de Uso, que pode dispensar a dependendo da Lei Orgânica Municipal

Com essas medidas garantimos: Gestão urbana e� ciente. Cidade reinventada inovadora criativa. Mega cidades funcio-nam lideram se reinventam. Maiores densidades populacionais urbanas estão diretamente ligadas ao maior desenvol-vimento de inovação urbanas.Fazer uma centralidade com população com transporte, com alta densidade, com uma variedade animação permanente, incentivadora de uma variedade crescente, motores de uma cidade com centralidade forte, portanto compacta, vibrante e sustentável.

abaixo da laje, como uma continuidade do mercadão, intalações sanitárias de apoio e um adequado acolhimento para a chegada do Estádio.

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