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Centro Federal de Educação Tecnológica do Ceará Materiais para Construção Mecânica Unidade II IMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS CRISTALINOS 01

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Materiais para Construção Mecânica

Unidade IIIMPERFEIÇÕES EM SÓLIDOS CRISTALINOS

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CONTEÚDO DESTA UNIDADE

• Introdução.• Defeitos Pontuais:

– Lacunas e Auto-Intersticiais. – Soluções Sólidas:

• Substitucionais.• Intersticiais.

• Defeitos Lineares Discordâncias: – Em cunha. – Em aresta. – Mista.

• Defeitos Interfaciais: – Superfícies Externas. – Contorno de Grão. – Contorno de Macla. – Defeitos Diversos.

• Defeitos Volumétricos.• Vibrações Atômicas.• Microscopia.• Determinação do Tamanho de

Grão.

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INTRODUÇÃO

• TODOS OS SÓLIDOS CRISTALINOSapresentam desvios em relação aoarranjo regular e periódico de seus átomos/moléculas/íons. SÓLIDOSCRISTALINOS PERFEITOS NÃO EXISTEM.

• Estes desvios são denominados DEFEITOS CRISTALINOS.

• Os defeitos afetam profundamente as propriedades do materiais cristalinos: – Metais puros tornam-se mais resistentes mecanicamente pela adição de

átomos de impureza (formando LIGAS). Exemplo: a PRATA DE LEI (92,5% de prata, 7,5 % de cobre) e o AÇO (liga de ferro e carbono) sãomuito mais duros e resistentes do que a prata e o ferro puros.

• Através da adição controlada de defeitos, criam-se novos materiais oumelhoram-se as características dos materiais existentes. Exemplo: dopagem em semicondutores, aumento da resistência mecânica por ENCRUAMENTO.

• Defeitos lineares (DISCORDÂNCIAS) desempenham um papel fundamentalna deformação plástica de materiais cristalinos.

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DEFEITOS CRISTALINOS

• DEFEITOS EM SÓLIDOS CRISTALINOSsão desvios em relação àestrutura de um cristal perfeito, descontinuidades ou irregularidades da redecristalina. Estas irregularidades podem ser:

– NA POSIÇÃO DOS ÁTOMOS.

– NO TIPO DE ÁTOMOS.• O tipo e o número de defeitos dependem do material, do meio ambiente e

das condições de processamento do material.

• De acordo com a geometria (dimensionalidade), são classificados em: – PONTUAIS(dimensão zero). – LINEARES(unidimensionais). – INTERFACIAIS(bidimensionais). – VOLUMÉTRICOS(tridimensionais).

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DEFEITOS PONTUAIS

• Apenas uma pequena fração dos sítios atômicos são imperfeitos ( MENOS DE1 EM 1 MILHÃO). Apesar de poucos, influenciam muito as propriedades dosmateriais (NEM SEMPRE DE FORMA NEGATIVA).

• Os defeitos pontuais normalmente encontrados nos metais são: – LACUNA OU VACÂNCIA:posição vazia na rede cristalina. – AUTO-INTERSTICIAL:átomo da própria rede ocupando um interstício.

Ocorre em freqüência muito menor do que a lacuna por gerar maioresdeformações na rede cristalina do material.

– ÁTOMOS DE IMPUREZA:a presença de átomos diferentes (impureza)constitui um defeito, podendo formar:

• SOLUÇÕES SÓLIDAS SUBSTITUCIONAIS. • SOLUÇÕES SÓLIDAS INTERSTICIAIS.

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Defeitos Pontuais

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Lacuna

Auto-intersticial

Átomo de impureza

substitucional

Átomo de impurezaintersticial

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LACUNAS

• Formam-se durante a solidificação ou como resultado do deslocamento dosátomos de suas posições normais ( VIBRAÇÕES ATÔMICAS).

• O número de lacunas existentes em um material aumenta exponencialmentecom a temperatura segundo a expressão:

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Tk Q

N N v

v exp

Onde:N v : número de lacunas.

N : número total de posições na rede.Q v : energia necessária para se criar uma lacuna.

T: temperatura absoluta [K].

k : constante de Boltzmann (1,38x10-23 J/átomo·K ou 8,62x10-5

eV/átomo·K).

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EXEMPLO 4.1, PÁGINA 47

SOLUÇÃO:inicialmente, determina-se o número N de sítios atômicos emV = 1 m3 = (1 m)3 = (102 cm)3 = 106 cm3:

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Calcule o número de lacunas em equilíbrio/m 3 de cobre a 1000 °C. Aenergia para a formação de uma lacuna é 0,9 eV/átomo. O peso atômico e adensidade (a 1000 °C) para o cobre são 63,5 g/mol e 8,4 g/cm 3,respectivamente .

AVN

A N

33 átomos/mg/mol63,5

cmátomos/molg/cm 28

3623

100,81010023,6

4,8 N N

Então, para T = 1000 °C = 1000 + 273 K = 1273 K:

KeV/K108,62eV

átomos/cmT 5-

3

12739,0

exp100,8exp 23

v

v

v N k Q

N N

3lacunas/m25102,2v N

AVN AN

N v /N = 2,2 ×1025

/ 8,0 × 1028

N v /N ~ 0,0275% dos sítios atômicos ESTÃO VAZIOS.

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IMPUREZAS EM SÓLIDOS

• Impurezas ou átomos estranhos estarão SEMPRE presentes nos materiaisde uma forma geral.

• É IMPOSSÍVELobter um METAL PUROconstituído por apenas um tipo deátomo. Com pureza de 99,9999%, há ~ 1022 a 1023 átomos/m3.

• Nas LIGAS, os átomos de impurezas são adicionados para se conferir características específicas aos materiais: aumentar a resistência mecânica,à corrosão, a condutividade elétrica. Exemplo: liga DURALUMÍNIO(96% Al+ 4% Cu) é 10 VEZES MAIS RESISTENTE MECANICAMENTEdo que oalumínio puro, sendo empregada na indústria aeronáutica.

• A adição de átomos de impureza a um metal pode resultar em umaSOLUÇÃO SÓLIDAe/ou em uma NOVA FASE. No primeiro caso, fala-seem SOLVENTE (elemento em maior concentração) e SOLUTO (elementoem menor concentração).

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Impurezas em sólidos

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Solução sólida: açocom 0,6%p de C

Duas fases: aço com1,4%p de C

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SOLUÇÕES SÓLIDAS

• Podem ser de dois tipos: – SUBSTITUCIONAIS:os átomos do soluto (impureza) tomam o lugar dos

átomos do solvente (ÁTOMOS HOSPEDEIROS). Exemplo: Cu + Zn. – INTERSTICIAIS:os átomos de impureza ocupam os interstícios entre os

átomos do solvente. O raio atômico do soluto deve ser substancialmentemenor do que o do solvente. Concentração máxima: <10%. Exemplo:Fe- + C (FERRITA).

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FerroCarbono

Zinco

Cobre

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SOLUÇÃO INTERSTICIAL Fe-+ C: RAIO INTERSTICIAL

• O raio do interstício existente no centro de cada face da célula CCC pode ser determinado como se segue. Dados: raio atômico do ferro e do carbono, R Fe = 0,124 nm = 1,24 Å e RC = 0,071 nm = 0,71 Å. Das figuras abaixo, segue-se:

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12

Para a célula CCC, , logo:

FeR2

r a

int

34R Fea

r int

Plano (200)

a /2

RFe 3

R32R

32R

r FeFe

Feint

A0,193

A1,2432r int

Rc /r int = 0,71/0,19 = 3,7, o que explica a baixíssimasolubilidade do C no Fe- (máxima de 0,022%p a 727 °C)

1Å (ANGSTRON)= 10-10 m

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REGRAS DE HUME-ROTHERY

• Para se garantir que dois metais formem solução sólida substitucional emquaisquer proporções (MISCIBILIDADE TOTAL), os mesmos devemsatisfazer a 4 condições:

1. TAMANHOS SEMELHANTES:raios atômicos não podem diferir emmais do que 14-15%.

2. MESMA ESTRUTURA CRISTALINA.3. ELETRONEGATIVIDADE SEMELHANTE.4. MESMO NÚMERO DE VALÊNCIA.

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EXEMPLO: SISTEMA COBRE + NÍQUEL

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Regras de Hume-Rothery Cobre Níquel

1. Raio atômico [nm] 0,128 0,125

2. Estrutura cristalina CFC CFC

3. Eletronegatividade 1,9 1,84. Valência +1(+2) +1

• O COBRE e o NÍQUELpodem ser misturados em QUAISQUERPROPORÇÕES, formando sempre uma mistura homogênea no estado sólido(1 ÚNICA FASE).

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Diferença máximade 2,4%

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COMPOSIÇÃO

Para uma liga com k componentes pode ser expressa como um percentual:• EM MASSA (kg do componente/kg da mistura):

Onde Ci é a composição do i-ésimo componente, m j é a massa do j-ésimocomponente. • MOLAR (nº de moles do componente/n º de moles da mistura):

Onde C’i é a composição do i-ésimo componente, n j é o n º de moles do j-ésimo componente (n j = m j /A j, sendo A j o peso atômico do elemento).

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100m

m%pC k

1 j j

ii

100n

n%aC k

1 j j

ii'

100%Ck

1 j j

100%Ck

1 j j'

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COMPOSIÇÕES DE LIGAS BINÁRIAS: CONVERSÕES

• Porcentagem em peso PARA porcentagem atômica:

• Porcentagem atômica PARA porcentagem em peso:

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1001 A2C2 A1C

2 A1C1C'

1001 A2C2 A1C

1 ACC 22'

1001 A2C2 A1C 2

A1

C1C ''

'

1001 A2C2 A1C

1 AC'C 2

2 ''

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Composições de ligas binárias: conversões

• Porcentagem em peso PARA massa por unidade de volume (kg/m 3):

Onde C” é a massa do componente/volume da mistura, é a densidade docomponente (em kg/m3).

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17

3

2

2

1

1

11" 10

ρ

CC

C

3

2

2

1

1

22" 10

ρ

CC

C

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DENSIDADE E PESO ATÔMICO DE LIGAS BINÁRIAS

• DENSIDADE • PESO ATÔMICO

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2

2

1

1med

ρ

C100

ρ

22

'2

11

'1

2'21

'1

med

ρ AC

ρ AC

AC ACρ

2

2

1

1med

A

C

A

C100

A

100 AC AC

A 2'21

'1

med

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CÁLCULO DE COMPOSIÇÃO: PROBLEMA 4.10, PÁGINA 60

• A composição em percentagem de massa é:

• Para se calcular a composição em termos da massa atômica, determinam-se, inicialmente, o número de moles de cada componente na liga:

19

Qual é a composição, em percentagem de massa e atômica, de uma ligaque contém 98 g de estanho e 65 g de chumbo? Dados: peso atômico dochumbo e do estanho valem, respectivamente, 207,2 g/mol e 118,71 g/mol.

60,1%pCmm

mC Sn

PbSn

Sn

Sn 1006598

98100

39,9%pC60,1CCC PbPbSnPb 100100

mol0,82ng/mol

gMm

n Sn

Sn

Sn

Sn

71,11898

mol0,31ng/mol

gMm

n Pb

Pb

Pb

Pb

2,20765 27,4%aC6%aC

nnn

C

PbSn

PbSn

SnSn

',72'

10031,082,0

82,0100'

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DEFEITOS LINEARES: DISCORDÂNCIAS

• DISCORDÂNCIA:defeito unidimensional em torno do qual há umdesalinhamento de átomos.

– ORIGEM:solidificação, deformação plástica, tensões térmicas(resfriamento rápido).

– Responsáveis pela deformação plástica de sólidos cristalinos(especialmente metais).

• TIPOS DE DISCORDÂNCIAS

– Aresta. – Espiral. – Mista.

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Defeitos lineares: discordâncias

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Tecnologia dos MateriaisDefeitos em Sólidos Cristalinos

• Impurezas tendem a se difundir e a se concentrar em torno dasdiscordâncias formando uma “atmosfera” de impurezas.

• As discordâncias geram lacunas.

• As discordâncias contribuem para a deformação plástica dos metais. De fato,se não houvessem discordâncias, os materiais seriam em torno de 10VEZES MAIS RESISTENTES. Graças a presença desse defeito, uma barrade ferro não é quebradiça e sim, dúctil.

• As discordâncias influem nos processos de DIFUSÃO.

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DISCORDÂNCIA EM ARESTA

• Corresponde à aresta de um semiplano adicional de átomos.• É representada pelo símbolo “┴”. • Gera tensões de tração/compressão na rede.

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DISCORDÂNCIA EM ESPIRAL

• Os átomos formam uma trajetória helicoidal em torno da linha dadiscordância.

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DISCORDÂNCIA MISTA

• Apresenta características de discordâncias aresta e espiral.

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DISCORDÂNICIAS: O VETOR DE BURGERS

• Em um cristal perfeito, os pontos inicial de final de um circuito dem xn distâncias atômicas coincidem.

• O VETOR DE BURGERSé o vetor necessário para se fechar um circuitotraçado em torno de uma discordância, ligando o ponto final ao inicial.

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5→

5← 4↓ 4↑

5→ 4↓

5←

4↑

Cristal perfeito Cristal com discordânciaem aresta

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Discordâncias: o vetor de Burgers

• O vetor de Burgers é constante. Sua magnitude é igual à distância interatômica.• Caracteriza a natureza da discordância (aresta, hélice ou mista):

– ARESTA: o vetor é perpendicular à linha de discordância. – ESPIRAL: o vetor é paralelo à linha de discordância. – MISTA:o vetor não perpendicular, nem paralelo à linha de discordância.

(a) (b) (c)

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DISCORDÂNCIAS NO MISCROSCÓPIO ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO

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Discordâncias em uma liga de titânio(linhas escuras). Aumento de 51.450x.

Discordâncias em espiralem um monocristal de SiC.

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DEFEITOS INTERFACIAIS

• São contornos que possuem duas dimensões e, normalmente, separamregiões dos materiais de DIFERENTES ESTRUTURAS CRISTALINASe/ouORIENTAÇÕES CRISTALOGRÁFICAS.

• Essas imperfeições incluem, entre outros: – Superfície externa. – Contorno de grão. – Contorno de macla. – Falhas de empilhamento.

– Fronteiras entre fases.

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DEFEITOS INTERFACIAIS: SUPERFÍCIES EXTERNAS

• É o tipo de “contorno” (defeito planar) mais óbvio, ao longo do qual termina aestrutura do cristal.

• Na superfície, os átomos não estão ligados ao número máximo de vizinhosmais próximos. Isto implica que estão em um estado energético maior do que

o dos átomos do interior do cristal.• Esta energia adicional gera uma ENERGIA DE SUPERFÍCIE (J/m2).

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Átomo normal

Átomo com maior energia

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DEFEITOS INTERFACIAIS: CONTORNO DE GRÃO

• Materiais POLICRISTALINOSsão formados por um grande número decristais com diferentes orientações cristalográficas (GRÃOS). Cada cristal éformado por inúmeras células unitárias.

• CONTORNO DE GRÃO: superfície que separa dois cristais adjacentes.Essa fronteira é um defeito bidimensional.

• No interior do grão todos os átomos estão arranjados segundo um “ÚNICO

MODELO”e “ÚNICA ORIENTAÇÃO”, caracterizada pela célula unitária.• De modo semelhante à superfície, os átomos do contorno de grão possuem

um estado energético mais elevado do que os átomos do interior do grão.Por isso eles são MAIS QUIMICAMENTE REATIVOS.

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GRÃO = CRISTAL

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• Mudanças de fase e segregação de átomos de impureza ocorrempreferencialmente ao longo do contorno de grão.

• GRÃOS GRANDES→ MENOR ÁREA DO CONTORNO DE GRÃO→ MENOR ENERGIA SUPERFICIAL.

• GRÃOS PEQUENOS→ MAIOR ÁREA DE CONTORNO DE GRÃO → MAIOR ENERGIA INTERFACIAL.

O contorno de grão

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O contorno de grão

• A espessura do contorno de grão é de apenas alguns diâmetros atômicos.• Apesar do arranjo desordenado e irregular dos átomos ao longo do contorno,

a força de coesão entre os grãos é grande.• O TAMANHO DOS GRÃOSdos metais policristalinos é importante, afetando

muitas de suas propriedades, especialmente as mecânicas. Em geral,quanto menor o tamanho do grão, melhores as propriedades mecânicas domaterial. ESTRUTURAS MUITO GROSSEIRAS (GRÃOS GRANDES) SÃOINDESEJÁVEIS.

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O contorno de grão

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Contorno de grãode alto ângulo

Contorno de grãode baixo ângulo

Ângulo de desalinhamento

Ângulo de desalinhamento

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CONTORNO DE GRÃO: EXEMPLOS

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DEFEITOS INTERFACIAIS: CONTORNO DE MACLA

• É um tipo especial de contorno de grão, onde existe uma simetria em“ESPELHO” da rede cristalina: Os átomos de um lado do contorno são“IMAGENS”dos átomos do outro lado do contorno.

• A macla ocorre num plano definido e numa direção específica, conforme aestrutura cristalina.

• Formam-se pela aplicação de tensão

mecânica (MACLAS DE DEFORMAÇÃO)ou em tratamentos térmicos de recozimento(MACLAS DE RECOZIMENTO).

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Plano de macla(“twin p l ane ”)

i i C ã â i

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DEFEITOS INTERFACIAIS DIVERSOS

• FALHA DE EMPILHAMENTO:erro na seqüência ABCABC... de metais CFC.• CONTORNOS DE FASE:descontinuidade das propriedades físicas/químicas.

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Duas fases: perlita

M i i C ã M â i

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DEFEITOS VOLUMÉTRICOS OU DE MASSA

• São normalmente introduzidos durante o processamento e a fabricação domaterial.

• Tipos: – POROS.

– TRINCAS. – OUTRAS FASES. – INCLUSÕES.

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Inclusões de óxido de cobre (Cu 2O)em cobre de alta pureza (99,26%)

M t i i C t ã M â i

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VIBRAÇÕES ATÔMICAS

• Os átomos de todo material sólido a uma temperatura acima de 0 K nãoestão em repouso, mas sim VIBRANDOem torno de posições médias.

• A ZERO KELVINcessa toda a atividade atômica.• A uma dada temperatura, nem todos os átomos estão vibrando com a

mesma freqüência e amplitude.• FREQÜÊNCIA TÍPICA À TEMPERATURA AMBIENTE:1013 vibrações/s,

com amplitude de poucos milésimos de nanômetro

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M t i i C t ã M â i

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• Através de um exame é possível: – Compreender a relação entre estrutura e propriedades. – Prever as propriedades dos materiais.

• DIMENSÕES MACROSCÓPICAS:elementos da estrutura podem ser identificados a olho nu.

• DIMENSÕES MICROSCÓPICAS:detalhes estruturais são muitopequenos, necessitando-se o uso de um microscópio.

EXAME MICROSCÓPICO

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Lingote de chumbopolicristalino

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MICROSCOPIA ÓPTICA

Imagem nomicroscópio

Microscópio

Ranhura

Superfíciepolida eatacada

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MICROSCOPIA

• MICROSCOPIA ELETRÔNICA:utiliza feixe de elétrons ao invés de radiaçãoluminosa. – MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO (MET)

• Ampliações de até 1.000.000X – MICROSCÓPIO ELETRÔNICO DE VARREDURA (MEV)

• Ampliações de 10 a mais de 50.000X• MICROSCÓPIO COM SONDA DE VARREDURA (MSV)

– Gera imagens tridimensionais

– Ampliações de até 109X

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• Determinação do diâmetro do grão (MÉTODO DOS INTERCEPTOS)

Onde: d: diâmetro médio do grão.L: comprimento da linha.n: número de grãos interceptados pela linha.A: ampliação linear da imagem.

• Tamanho do grão (MÉTODO ASTM):define o NÚMERO DE TAMANHO DEGRÃO n como:

Onde: – N: número de grãos por POLEGADA QUADRADAem uma superfície do

material, polida e contrastada, observada com uma ampliação de 100x. – n : número designado NÚMERO ASTM DE TAMANHO DE GRÃO.

AnL

d

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DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO

N = 2n -1

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Determinação do tamanho de grão

Nº de tamanho de grão ( n ) Número de grãos por mm 2 com 1x

1 15,52 31,03 62,04 1245 2486 496

7 9928 19809 3970

10 7940

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Determinação do tamanho de grão

TG ASTM 1:15,5 grãos/ mm2 d 0,287 mm

TG ASTM 8:1980 grãos/ mm2

d 0,0127 mm

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SOLUÇÃO:• Diâmetro do círculo utilizado:

d = 50 mm

• Área utilizada: A = x 252 = 1963,5 mm2

• Número de grãos contados dentro da áreautilizada (os grãos contidos inteiramentedentro do círculo valem 1, enquanto os grãoscortados pelo círculo valem a metade ):

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DETERMINAÇÃO DO TAMANHO DE GRÃO: EXEMPLO

Determine o tamanho de grão ABNT para o metal da figura abaixo(amostra de molibdênio, aumento de 250X).

11,521

116N"

12

34

56

1 2 34

5

678

9

10

11

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• A norma estabelece que se deve determinar o número de grãos em umaárea de 1 pol2 (645,2 mm2), com aumento de 100X. Portanto, seguem-seas correções: – CORREÇÃO DA CONTAGEM PARA A ÁREA PADRÃO:

– CORREÇÃO PARA O AUMENTO PADRÃO (100 X):

250Xcomgrãos/pol3,8

1963,5645,211,5

N'

grãosNpol1mm645,2

grãos11,5mm1963,5

2

22

2

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Determinação do tamanho de grão: exemplo

X100comgrão/pol23,8100

3,8250N

N100

grãos/pol3,8250

22

2

2

22

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• Cálculo do tamanho de grão ASTM/ABNT:

OBS 1: TG ABNT 14 d = 0,00250 mm e 160.000 grãos/mm 2).OBS 2: quando se utiliza a área padrão (645,2 mm2 = 1 pol 2) e o aumentopadrão (100 X), não é necessário fazer as correções.

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Determinação do tamanho de grão: exemplo

N = 2n -1

log(N) = log(2n - 1)log(N) = (n – 1)log(2)n - 1 = log(N)/log(2)n = 1 + log(N)/log(2)n = 1 + log(23,8)/log(2) n = 5,6 ≈ 6

TG ABNT 6

496 grãos/mm 2 com diâmetromédio de aproximadamente

0,045 mm

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EXERCÍCIOS SUGERIDOS

4.1, 4.2, 4.4, 4.7 até 4.10, 4.16,4.18, 4.19, 4.21, 4.24, 4.32 e 4.33

Unidade III: Difusão.

• Questões do livro texto “CIÊNCIA E ENGENHARIA DOS MATERIAIS:UMA INTRODUÇÃO”, William D. Callister Jr., 5ª edição :

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