“impacto das decisões judiciais nos contratos de previdência complementar“ 22/06/2012
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“Impacto das Decisões Judiciais nos Contratos de Previdência Complementar“
22/06/2012
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AGENDA
1. PRINCÍPIOS INERENTES À RELAÇÃO JURÍDICA
2. VARIÁVEIS QUE DEVEM SER OBSERVADAS
3. REFLEXOS DO PROCESSO JUDICIAL
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Relação Contratual – Princípios Gerais
Uma EPC administra plano(s) de benefícios Gerencia recursos de terceiros (participantes e
patrocinadora(s)) - Não é a proprietária do $$$
Relação Contratual contrato de trato sucessivo; aleatório; e de adesão.
Trata-se de relação complexa:a) conjunto intrincado de sujeitos;b) coexistem três contratos essenciais;c) Longuíssimo prazo.
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Relação Contratual – Princípios Gerais
Caráter misto (público e contratual).
A imposição de limites legais limita as liberdades contratuais.
Todavia, há possibilidade de alteração unilateral no Contrato Previdenciário.
Ainda que se trate de um contrato de adesão, submete-se aos princípios civilistas de contratação, respeitando a boa-fé contratual, a função social, a equidade entre as partes
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Relação Contratual – Princípios Gerais
Cada um dos planos dos benefícios administrados pela EPC possui a sua esfera própria de obrigações e patrimônio.
Cada plano de benefícios passa a ter identidade própria quanto aos aspectos regulamentares, cadastrais, atuariais, contábeis e de investimentos.
Não há solidariedade entre planos e/ou patrocinadores a não ser que os contratos assim determinem.
A relação jurídica do participante é com o Plano e não com a EPC.
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Tipos de Problemas Jurídicos
Entendimento divergente de dispositivo do contrato previdenciário (regulamento);
Erro do cálculo do benefício; Reflexo de questões trabalhistas; Fatores extrínsecos:
Expurgos inflacionários Alteração da aposentadoria pelo RGPS
Necessidade de encontrar os efeitos no custeio do plano de benefícios para cada hipótese: Quando o participante/patrocinadora deve
participar do custeio? Quais as demais variáveis vão influenciar no
reflexo das reservas?
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A questão dos autos não versa sobre diferenças que não tenham sido consideradas como devidas no curso do contrato de trabalho, mas o reajuste que deveria ser concedido pela recorrente tendo em vista os aportes já feitos.
Não há falar-se em reserva matemática porque ela já foi feita no período anterior à aposentadoria exatamente para garantir o cumprimento das normas regulamentares.
Processo para aplicação de aumento real nos benefícios e não o reajuste do INSS como determina Regulamento do Plano de Benefícios
01537-2010-099-03-00-3-ROTRT 3ª Região
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“Base de Cálculo” das Contribuições
As verbas que compõem o SRB tem de estar no regulamento: por inclusão ou por exclusão São livremente determinadas pela patrocinadora
quando do desenho do plano de benefícios (alterações tem limitações).
Geralmente as rubricas que entram no cálculo: Aquelas efetivamente relacionadas ao trabalho de
forma permanente: horas-extras habituais, comissões (se parte do objetivo do cargo), insalubridade, prêmios de venda, etc.
Rubricas que normalmente não entram no cálculo: Diárias de viagem, auxílios moradia, hora extra
ocasional, cesta-alimentação Verbas que não teriam sentido serem refletidas
na aposentadoria
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“... isto porque uma vez apurados que os expurgos inflacionários não foram incluídos no cálculo de sua suplementação de aposentadoria, restando valores menores em sua “reserva de poupança”, não houve o tão falado depósito integral da correção monetária, havendo aí sim, descumprimento do que foi pactuado pelas partes.”
aplicação de expurgos verificados de 1986 a 1991 para participante aposentado em 1998, em Plano BD onde o SRB é calculado pelas últimas 36 remunerações.
Sentença 0145.08.438.358-01ª Vara Cível da Comerca de Juiz de Fora-MG
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Tipo de “benefício” do litigante
Tipo de benefício/instituto que foi escolhido pelo litigante:
Aposentadoria (por tempo de serviço, idade, especial, etc.)
Invalidez Pensão por morte de ativo e assistido Pecúlio em alguns planos Autopatrocínio, Portabilidade, Resgate e BPD
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Assistido de Plano Previdenciário que não prevê acesso ao plano assistencial administrado pela mesma EFPC, porém foi determinada a sua inclusão no Plano Assistencial.
00356-2004-082-03-00-3-ROTRT 3ª Região – Primeira Turma
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CONCLUSÕES
Planos de Benefícios precisam estar atuarialmente equilibrados.
O regulamento do plano de benefícios precisa ser observado quando da aplicação da decisão judicial (mesmo quando um dispositivo é afastado).
A decisão judicial, quando aplicada, pode atingir todos os agentes da relação previdenciária, mas o seu efeito financeiro não deve ser sentido pela EFPC e sim pelos participantes/assistidos e patrocinadora.
Para a EAPC o efeito é sentido parcialmente pela entidade, mas vai refletir no risco também para os participantes/segurados/assistidos
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