impacto da fisioterapia motora na reinternaÇÃo … · tratamento fisioterapêutico por período...

78
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE FACULDADE DE ENFERMAGEM PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE E SOCIEDADE IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO COORTE HISTÓRICO LORENA BEZERRA DE OLIVEIRA Mossoró RN 2015

Upload: nguyenquynh

Post on 10-Nov-2018

214 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE

MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE E SOCIEDADE

IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA

REINTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – COORTE

HISTÓRICO

LORENA BEZERRA DE OLIVEIRA

Mossoró – RN

2015

Page 2: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

LORENA BEZERRA DE OLIVEIRA

IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA

REINTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – COORTE

HISTÓRICO

Dissertação apresentada ao Programa de Pós-

Graduação em Saúde e Sociedade, da

Universidade do Estado do Rio Grande do

Norte, como requisito final para obtenção do

grau de Mestre em Saúde e Sociedade.

Orientador: Prof. Dr Hougelle Simplício Gomes

Pereira

Mossoró-RN

2015

Page 3: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

Oliveira, Lorena Bezerra de

Impacto da fisioterapia motora na reinternação hospitalar de pacientes com acidente vascular encefálico – coorte histórico. / Lorena Bezerra de Oliveira. – Mossoró, RN, 2015. 77 p. Orientador: Prof. Dr Hougelle Simplício Gomes Pereira. Dissertação (Mestrado em Saúde e Sociedade.). Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. Faculdade de Enfermagem.

1. Acidente vascular encefálico. 2. Readmissão hospitalar. 3. Readmissão do Paciente. 4. Modalidades de Fisioterapia. I. Pereira, Hougelle Simplício Gomes. II.Universidade do Estado do Rio Grande do Norte. III. Título.

UERN/BC CDD 615

Catalogação da Publicação na Fonte. Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.

Bibliotecária: Jocelania Marinho Maia de Oliveira – CRB 15 319

Page 4: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE ENFERMAGEM

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM SAÚDE E SOCIEDADE

MESTRADO ACADÊMICO EM SAÚDE E SOCIEDADE

A COMISSÃO ABAIXO ASSINADA APROVA A DISSERTAÇÃO

INTITULADA

IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA

REINTERNAÇÃO HOSPITALAR DE PACIENTES COM

ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO – COORTE

HISTÓRICO

Elaborada por

LORENA BEZERRA DE OLIVEIRA

COMO REQUISITO FINAL PARA A OBTENÇÃO DO TÍTULO DE

MESTRE EM SAÚDE E SOCIEDADE

BANCA EXAMINADORA:

Prof. Dr. Hougelle Simplício Gomes Pereira UERN/RN ____________________

Prof. Dr. Wogelsanger Oliveira Pereira UERN/RN ____________________

Prof. Dr. Edgard Morya IINELS/RN ____________________

Mossoró– RN

2015

Page 5: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho a um grande homem, uma das melhores

pessoas que conheci nessa vida, meu querido avô, Abias Bezerra de

Melo (in memoriam).

Page 6: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

AGRADECIMENTOS

...à minha Família, por todo apoio incondicional ao longo desses dois

anos;

...em especial aos meus pais, Aleide e Wilton, a quem devo minha vida, aos

meus irmãos, Larissa e Leonardo, minhas referências, aos sobrinhos, Ana

Laura, Ana Luísa, Theo, Thiago Filho; aos cunhados Rustênio, Josy e Kelly,

minha eterna gratidão por acreditarem e incentivarem o meu potencial;

...ao meu esposo, Eliam, por todo amor, dedicação, paciência e

companheirismo em busca desse sonho; a Sandra e Eliam, pelas palavras de

conforto e paz em momentos fundamentais;

...aos Pacientes, aos quais agradeço carinhosamente pelo empenho e

contribuição com esta pesquisa;

...aos colaboradores, Luciano, Daísa, Gislayne, Ingrid, Érika, Kalene, Josy,

Lúcia Leite e Liduína que foram essenciais em todos os momentos, sem eles

eu não teria conseguido;

... ao amigo Cleber Mahlmann, grande incentivador dessa conquista, pessoa do

bem que me apoiou incondicionalmente durante todo esse percurso;

... aos colegas da UnP, principalmente Fábio, Georges, João Carlos, Mariana e

Carla, que sempre estiveram por perto quando mais precisava;

... aos colegas de mestrado, Luís Carlos e Sarah, pelas palavras de carinho a

todo momento e por todo companheirismo;

...ao Orientador Dr. Hougelle Simplício Gomes Pereira, por todo seu

conhecimento compartilhado, por cada orientação e por todos os

ensinamentos;

Muito Obrigada!!!

Page 7: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

SUMÁRIO

RESUMO 10

ABSTRACT.............................................................................................. 11

1 INTRODUÇÃO......................................................................................... 12

1.1 O Problema.............................................................................................. 12

1.2 Objetivos................................................................................................... 13

1.2 Objetivo geral........................................................................................... 13

1.2.1 Objetivos específicos................................................................................ 14

1.3 Justificativa............................................................................................... 14

2 REVISÃO DE LITERATURA................................................................... 14

2.1 Acidente Vascular Encefálico (AVE) ....................................................... 14

2.2 Fisioterapia Motora no AVE...................................................................... 16

2.3 Internações e Reinternações Hospitalares em Pacientes com AVE........ 18

3 METODOLOGIA...................................................................................... 19

3.1 Caracterização da pesquisa..................................................................... 19

3.2 População e Amostra............................................................................... 19

3.2.1 População................................................................................................ 19

3.2.2 Amostra.................................................................................................... 20

3.3

3.4

Desenho Metodológico.............................................................................

Instrumentos para coleta dos dados .......................................................

21

23

3.5

3.6

Procedimento para coleta de dados.........................................................

Análises Estatísticas ................................................................................

24

26

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES............................................................. 27

5 CONCLUSÕES E SUGESTÕES............................................................. 36

6 REFERÊNCIAS 38

APÊNDICES 50

Page 8: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

LISTA DE TABELAS

TABELA 1

TABELA 2

TABELA 3

TABELA 4

TABELA 5

ANÁLISE INFERENCIAL DA VARIÁVEL REINTERNAÇÃO EM

FUNÇÃO DO TRATAMENTO (INTERVENÇÃO) ........................

CARACTERÍSTICA DA AMOSTRA DOS GRUPOS

CONTROLE E INTERVENÇÃO COM BASE NUMA ANÁLISE

DESCRITIVA E INFERENCIAL EM FUNÇÃO DAS VARIÁVEIS:

GÊNERO, IDADE E ANTECEDENTES

PESSOAIS...................................................................................

ANÁLISE DESCRITIVA E INFERENCIAL DA VARIÁVEL

DEPENDENTE: TEMPO DE REINTERNAÇÃO .........................

ANÁLISE DESCRITIVA E INFERENCIAL DA VARIÁVEL

DEPENDENTE: CAUSA DA REINTERNAÇÃO..........................

ANÁLISE DOS DADOS PRÉ E PÓS INTERVENÇÃO DE

FISIOTERAPIA MOTORA A PARTIR DO PROTOCOLO DE

IBM E FUGL MEYER...................................................................

27

28

30

32

33

Page 9: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 DESENHO METODOLÓGICO DO GRUPO 1 (G1)..................... 22

FIGURA 2 DESENHO METODOLÓGICO DO GRUPO 2 (G2).....................

22

Page 10: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

LISTA DE ABREVIATURAS

ADM – Amplitude de Movimento

AVE – Acidente Vascular Encefálico

AVC – Acidente Vascular Cerebral

AVD – Atividade de Vida Diária

FNP - Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP)

HAS – Hipertensão Arterial Sistêmica

HRTM – Hospital Regional Tarcísio Vasconcelos Maia

IBM – Índice de Barthel Modificado

MIA – Mobilização Intra-articular

MMII – Membros Inferiores

MMSS – Membros Superiores

PA – Pressão Arterial

TCLE – Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

Page 11: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

RESUMO

O acidente vascular encefálico (AVE) é definido como um déficit neurológico súbito,

originado por uma lesão vascular, sendo uma das principais causas de internações

hospitalar e mortalidade no Brasil, causando, em cerca de 90% dos sobreviventes,

algum tipo de deficiência. As altas taxas de reinternações hospitalares pós-AVE

indicam a necessidade de estudos para evitar complicações a longo prazo em

sobreviventes de acidente vascular encefálico, bem como minimizar o alto custo com

tais reinternações. O objetivo do estudo é analisar a interferência da fisioterapia

motora na reinternação hospitalar de pacientes com diagnóstico de AVE. Caracteriza-

se por ser uma pesquisa do tipo coorte prospectivo com controle histórico, o qual foi

composta por 2 grupos (intervenção e controle). O grupo intervenção (G1) foi

composto por 15 pacientes com diagnóstico de AVE que foram submetidos ao

tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo

controle (G2) foi composto por 50 pacientes que foram internados no HRTM nos anos

de 2012 e 2013 com o diagnóstico de AVE. Observou-se que os sujeitos do grupo

intervenção (G1) apresentaram taxas de reinternações inferiores ao grupo controle,

tendo a diferença entre os mesmos significância estatística. O tempo de reinternação

hospitalar pós AVE no grupo controle foi de até 30 dias, enquanto que no grupo

intervenção foi de 31 a 60 dias. A principal causa de reinternação do grupo controle foi

cerebrovascular e do grupo intervenção foi cardiovascular.

PALAVRAS CHAVES: Acidente vascular encefálico, Readmissão hospitalar,

Readmissão do Paciente, Modalidades de Fisioterapia.

Page 12: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

ABSTRACT

Stroke is defined as a sudden neurological deficit, caused by a vascular injury, and a

major cause of hospital admissions and mortality in Brazil, causing, in about 90% of the

survivors, some kind of disability. The high rates of post-stroke hospitalizations indicate

the need for studies to prevent long-term complications in stroke survivors, as well as

minimize the high cost of such readmissions. The objective of the study is to analyze

the interference of physical therapy in the hospital readmission of patients with a

diagnosis of stroke. It is characterized for being a survey of prospective cohort with

historical control, which was composed of two groups (intervention and control). The

intervention group (G1) consisted of 15 patients with stroke who underwent physical

therapy for a period of up to 3 months after hospital discharge. The control group (G2)

consisted of 50 patients who were admitted to the HRTM in the years 2012 and 2013

with a diagnosis of stroke. It was observed that the subjects in the intervention group

(G1) had readmission rates lower than the control group, and the difference between

them statistically significant. The hospital readmission time after Stroke in the control

group was 30 days, while in the intervention group was 31 to 60 days. The main cause

of readmission to the control group was cerebrovascular and cardiovascular

intervention group was.

KEYWORDS: Stroke, Hospital Readmission, Patient Readmission, Physical Therapy

Modalities.

Page 13: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

12

I– INTRODUÇÃO

1.1 –PROBLEMA

O acidente vascular encefálico (AVE), também conhecido como acidente

vascular cerebral (AVC), é definido como um déficit neurológico súbito causado por

uma lesão vascular encefálica. As lesões no sistema neurológico após o AVE

interferem nas atividades de vida diária, mobilidade, comunicação e linguagem e é

uma das maiores causas de morte e incapacidade adquirida em todo o mundo

(BRAUN et al 2012; CORRÊA et al 2005), cerca de 90% dos sobreviventes

apresentará algum tipo de deficiência devido a gravidade ou extensão da lesão

ocasionada pelo AVE (FERNANDES et al 2012).

Estima-se que o AVE atinja mais de 15 milhões de pessoas em todo o mundo

anualmente; destes, cinco milhões morrerão e outros cinco milhões se tornarão

incapazes de retornar as suas funções normais. Os restantes dos pacientes

acometidos serão capaz de realizar suas atividades de vida diária (AVD), porém com

dificuldades devido as limitações impostas pelos déficits neurológicos adquiridos

(GIL-GUILLEN et al 2012; MEHRHOLZ et al 2013). A mortalidade varia

consideravelmente em relação ao grau de desenvolvimento socioeconômico e cerca

de 90% dos óbitos ocorrem em países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento,

sendo a taxa de mortalidade hospitalar uma medida utilizada como indicador da

qualidade do cuidado para o paciente com AVE e um terço dos pacientes atingidos

pertencem a parcela economicamente ativa da população (ROLIM, MARTINS,

2011).

O tratamento do paciente com AVE é multimodal, incluindo tratamento

medicamentoso, reabilitação neurológica e, em alguns casos, intervenções

cirúrgicas. A reabilitação neurológica compreendendo a fisioterapia motora deve ser

iniciada na fase aguda, pois ainda não estão instaladas irreversivelmente as

alterações do tônus muscular, sensibilidade e reflexos. Este período é importante

para a recuperação de aquisições motoras, assim como, prevenção de alterações

musculoesqueléticas (dor e atrofia, por exemplo) evitando o aprendizado de

Page 14: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

13

movimentos anormais ou imobilização de membro (SEGURA et al 2008; VALENTE

et al 2006).

Duncan et al (2003), em seu estudo duplo-cego, prospectivo randomizado,

identificou que o grupo submetido a intervenção fisioterapêutica obteve melhora da

força, resistência, mobilidade e equilíbrio (SANTOS et al 2012; FERREIRA et al

2005, SOUZA et al 2003). Fernandes, Santos (2010) descreveram que, após três

meses de alta hospitalar, os pacientes submetidos a avaliação por meio do IBM

(Índice de Barthel Modificado) e STREAM (Stroke Rehabilitation Assessment of

Movement) obtiveram melhora nos níveis de autonomia, controle motor e

mobilidade, sendo a última considerada fundamental para o desenvolvimento da

independência funcional de indivíduos pós-AVE (HSUEH et al 2003).

As internações hospitalares devido ao AVE e as reinternações destes

pacientes são dois dos principais problemas do sistema de saúde. Os sobreviventes

de AVE têm elevada probabilidade de reinternação hospitalar após a alta devido a

infecções ou eventos vasculares recorrentes. Uma alternativa para minimizar os

índices de reinternações é identificar os subgrupos dos pacientes com alto risco e

promover intervenções preventivas (FONAROW et al 2011; LIN et al 2011). Sabe-se

que o estado funcional, sintomas depressivos, apoio social, internações anteriores, a

duração da internação hospitalar, morbidade e incapacidade funcional foram

importantes preditores de reinternação hospitalar. No entanto, as categorias

diagnósticas mais comuns associadas à readmissão foram à ocorrência de um novo

AVE, infarto agudo do miocárdio, pneumonia ou doenças respiratórias (BRAVATA et

al 2007; TSENG, LIN 2009; OTTENBACHER et al 2012). De acordo com Dossa et

al (2011), os pacientes com AVE que apresentam problemas de saúde mental pré-

existentes, podem necessitar intervenções psicoterápicas adicionais que podem,

potencialmente, melhorar os resultados do AVE após a hospitalização.

No entanto, o impacto da fisioterapia motora na reinternação hospitalar de

pacientes acometidos por AVE ainda não foi estudada.

1.2 - OBJETIVOS

1.2.1 - Objetivo Geral

Analisar o impacto da fisioterapia motora na reinternação hospitalar em

pacientes com AVE.

Page 15: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

14

1.2.2 - Objetivos Específicos

- Detectar as causas de reinternação hospitalar dos pacientes com diagnóstico de

AVE.

- Identificar o tempo de ocorrência das reinternações hospitalares dos pacientes com

diagnóstico de AVE.

1.3 – JUSTIFICATIVA

Sabe-se que o AVE é considerado a primeira causa de invalidez e morte,

apresenta alta incidência de sequelas (motoras, sensitivas e/ou cognitivas) e

compromete a independência do indivíduo.

Neste sentido, os pacientes acometidos por AVE apresentam elevada

probabilidade de reinternação hospitalar após a alta, culminando assim, em altos

custos para os sistemas de saúde.

O presente estudo mostra-se importante para os profissionais da saúde, que

assistam pacientes com diagnóstico de AVE, e que tenham conhecimento dos

cuidados prestados a estes, a fim de minimizar as possíveis reinternações

hospitalares.

II - REVISÃO DE LITERATURA

2.1 - ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)

O AVE é definido como um déficit neurológico súbito, originado por uma lesão

vascular, compreendido por complexas interações nos vasos, nos elementos

sanguíneos e nas variáveis hemodinâmicas (CRUZ, D’ELBOUX DIOGO, 2009). No

Brasil, o AVE merece destaque por ser a principal causa de internações, mortalidade

e disfuncionalidade, superando doenças cardíacas e o câncer. A hipertensão arterial

sistêmica (HAS) contribui como principal fator de risco para o desencadeamento do

Page 16: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

15

AVE. Dessa forma, o controle adequado da pressão arterial (PA) diminui em até sete

vezes o risco de um AVE (MENDONÇA et al 2012).

Estudos revelam que a partir dos 55 anos, a cada década de vida sua

incidência é duplicada, entretanto esta relação vem sofrendo alterações decorrentes

da presença cada vez mais acentuada de fatores de risco em indivíduos jovens.

Uma das estratégias para reduzir sua ocorrência consiste no controle dos fatores de

risco, como: hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia ou tabagismo (GIL-GUILLEN

et al 2012; TELES, GUSMÃO 2012; PAZ, 2013).

Esta patologia apresenta manifestações clínicas de acordo com a fase em

que o paciente se encontra. O período agudo tem duração de 15 a 30 dias após a

lesão seguida de uma fase subaguda (3 a 6 meses), sendo caracterizada por

fraqueza muscular ou hipotonia, hemiplegia, arreflexia, hemianestesia, confusão e

incontinência; e o crônico pela espasticidade flexora em membro superior e

extensora em membro inferior (SCHUSTER et al 2007; MODESTO, PINTO 2013).

Devido à disfunção motora, o paciente ainda apresenta posturas e padrões atípicos,

lentidão e déficit na coordenação motora, disfagia, distúrbios da comunicação e

linguagem (PAIXÃO, SILVA 2010; LIMA 2012).

Os danos sensório-motores do AVE são geralmente resultados das lesões no

sistema corticoespinhal provocados pelo mecanismo patológico. Dentre as inúmeras

manifestações clínicas, destaca-se a espasticidade e a hemiparesia sendo a

primeira decorrente do tipo de lesão, que interfere na habilidade do indivíduo de

executar e regular o movimento voluntário (CORRÊA et al 2005; CORREIA et al

2010). No que diz respeito à hemiparesia determinada pela lesão de neurônio motor

superior, consiste na deficiência motora caracterizada pela perda dos movimentos

voluntários de um hemicorpo (CARVALHO et al 2007; BENVEGNU et al 2008;

BARCALA et al 2011).

Verifica-se que após a ocorrência do AVE, independentemente do gênero,

ocorre uma insatisfação com a vida, alteração da capacidade funcional e de

limitações funcionais diversas pela perda da autonomia decorrente das

incapacidades presentes em pacientes acometidos por AVE. Assim, o setor saúde

precisa se organizar para lidar com essa população como também para implementar

ações visando o controle efetivo dos fatores de risco do AVE. Não somente com a

terapia anti-hipertensiva clássica ou tratamento medicamentoso associado a

prevenção de um novo evento cerebrovascular, mas também com programas de

Page 17: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

16

reabilitação neurológica do AVE e suas sequelas (FALCÃO et al 2004; CRUZ,

D’ELBOUX DIOGO, 2009).

2.2 - FISIOTERAPIA MOTORA NO AVE

O processo de reabilitação para pacientes com AVE deve otimizar a

capacidade de reorganização cerebral a partir de dois componentes: o intrínseco,

relacionado a recuperação neurológica por meio do desenvolvimento de vias e

neuroplasticidade; e o adaptativo, decorrente do aprendizado de novas atitudes para

ganho de funcionalidade. A partir disso, a intervenção fisioterapêutica representa um

meio para a rápida e eficiente recuperação nos indivíduos com sequela da doença,

através de estímulos terapêuticos que resultam na reorganização cortical e

reaprendizado motor (NUNES et al 2005; VALENTE et al 2006; MOTTA et al 2008).

O retorno a função e o aprendizado do indivíduo após o evento do AVE fundamenta-

se na habilidade que os neurônios possuem de reorganização e adaptação. Estudos

demonstraram que o atendimento precoce com fisioterapia motora (3-6 meses)

proporciona resultados significativos na recuperação dos pacientes com AVE

(MUSICCO et al 2003; HUANG et al 2009; FERNANDES, SANTOS 2010).

Os sintomas neurológicos após um AVE variam de acordo com a localização

e extensão da lesão cerebral, mas a fraqueza motora e a alteração cognitiva são os

sintomas mais freqüentemente identificados. Imediatamente após um AVE, até 85%

dos pacientes apresentam hemiparesia com predomínio do déficit no membro

superior, onde 80% destes pacientes conseguem alcançar a melhora da função da

extremidade dentro de 3 semanas da ocorrência do AVE, e 95% a alcançam dentro

de 9 semanas. No entanto, entre 55% e 75% dos sobreviventes têm limitações

funcionais persistentes da extremidade superior, resultando em dependência para as

atividades da vida diária (AVD). Um relatório sugere que até 50% dos sobreviventes

apresentam déficits de atenção que persistem por anos após o AVE (CHOI et al

2014).

Nesta perspectiva, a maioria dos sobreviventes do AVE necessitam de

reabilitação para reforçar a sua recuperação e diminuir a incapacidade (DUNCAN et

al 2002). O objetivo da fisioterapia em indivíduos com AVE é restaurar a função

motora, melhorar a independência nas atividades de vida diária (AVD) e reduzir as

complicações a este relacionada (LIN et al 2004).

Page 18: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

17

Um protocolo para o tratamento das sequelas funcionais do AVE pode

englobar técnica fisioterapêutica como: Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva

(FNP) que por meio de estímulos receptores, apresenta padrões básicos de

movimentos considerados normais que geram respostas dos mecanismos

neuromusculares, e assim melhora a capacidade funcional do hemicorpo acometido

(THAME et al 2010; MARQUES, NOGUEIRA 2011; PIASSAROLI et al 2012).

Ainda em relação ao tratamento fisioterapêutico, há o treino de marcha que

ajuda o paciente com AVE a tentar melhorar sua marcha, uma vez que em

decorrência da doença a mesma é alterada (REZENDE et al 2008). Mobilização

passiva escapular e de membros com o objetivo de manutenção das amplitudes de

movimentos (ADM), realizando protração e elevação da escápula e manuseio das

articulações (VALENTE et al 2006; MODESTO, PINTO 2013). Alongamentos que

atuam a fim de prevenir deformidades e na reeducação neuromotora (CORREIA et

al 2010; PIASSAROLI et al 2012). Treino AVD enfatizando combinações motoras

com o intuito de levar o paciente a realizar atividades funcionais do dia-a-dia que

estimulam a memória e ajudam no reaprendizado motor (VALENTE et al 2006).

De acordo com Costa et al (2011), além do tratamento fisioterapêutico

clássico, devem ser incentivadas intervenções precoces na população em geral por

meio de condutas educacionais que visem uma melhor conscientização e prevenção

desta patologia.A utilização de terapias em centros especializados no tratamento de

AVE está associado a redução de um quarto da mortalidade pós-AVE isquêmico. A

prevenção é uma maneira eficaz de reduzir tanto os custos humanos como

econômicos decorrentes da doença. Embora esses centros tenham características

que podem se diferenciar de um para outro, apresentam-se como estratégia

relevante de baixo custo para prevenção de um AVE secundário (WEBSTER et al

2011).

O AVE apresenta um grande impacto na sociedade e na saúde pública devido

à sua prevalência, morbidade e mortalidade, sendo atualmente uma das principais

causas de óbito no Brasil, bem como de incapacidades em adultos em idade

produtiva. Além de acarretar altos custos a saúde pública, referente aos tratamentos

e processos de reabilitação, condiciona o indivíduo a um afastamento social

(BARBOSA et al 2009, SCALZO et al 2010). Nesse sentido, a fisioterapia torna-se

essencial, tanto para a reabilitação destes sujeitos, quanto na atenção primária

través da prevenção e promoção da saúde da população (SÁ et al 2014).

Page 19: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

18

2.3 –INTERNAÇÕES E REINTERNAÇÕES HOSPITALARES EM PACIENTES

COM AVE

Rocha et al 2013, em seu estudo para avaliar o impacto da unidade para

tratamento de AVE ("stroke unit") no sistema público de saúde sobre o tempo de

internação, mortalidade hospitalar e mortalidade após 30 dias do AVC agudo,

observou que não houve impacto significativo no tempo de internação. Tais

observações apoiam a visão que uma unidade de AVC multidisciplinar roporciona a

redução de complicações, como pneumonia e trombose venosa profunda, e a

reabilitação neurológica imediata tem um efeito na redução da mortalidade precoce.

No estudo desenvolvido por Motta et al (2008) foram avaliados 116

prontuários de pacientes com AVE e se verificou que o período de internação variou

de 1 a 55 dias, sendo a média igual a 12 dias. Aproximadamente 46% dos pacientes

permaneceram internados durante 6 a 10 dias. Enquanto que na pesquisa cerca de

metade dos pacientes (N=16; 53,3%) esteve internada de 4 a 6 dias, dez pacientes

estiveram internados de 7 a 9 dias e apenas quatro estiveram mais de 10 dias.

Considerando-se que o tempo de internação é um fator determinante dos

custos hospitalares, estes dados são importantes para as decisões políticas e

cruciais para os sistemas de saúde pública, em especial nos países

subdesenvolvidos. Um estudo canadense sugeriu que uma redução de dois dias no

tempo de hospitalização de paciente com AVE se traduz em economia de mais de

US$ 2,1 milhões por 1.000 doentes tratados (ROCHA et al 2013).

Conforme François et al (2001), as reinternações hospitalares são problemas

frequentes nas instituições de saúde. Acredita-se que a análise de dados de

pacientes que reinternam precocemente, em até 7 dias, pode levar a uma inferência

mais fidedigna sobre a qualidade de atendimento prestada pela instituição do que a

avaliação mais tardia, após 30 dias. Avaliando o perfil dos pacientes suscetíveis à

reinternação, acredita-se que o investimento em cuidados domiciliares, uma política

de integração com a rede de atenção primária, retorno ambulatorial precoce e a

possibilidade de desenvolvimento de hospitais-dia que possam ser alternativas para

evitar reinternações hospitalares não programadas (BORGES et al 2008).

Lakshminarayan et al (2011) realizou um estudo coorte de pacientes com AVE e

Page 20: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

19

analisou complicações a longo prazo e concluiu que há altas taxas de readmissões

pós-AVE.

Na pesquisa elaborada por Bravata et al (2007), com intuito de determinar as

taxas de readmissões hospitalares e mortalidade e as razões para a readmissão

durante um período de 5 anos após o AVC, foi possível observar que poucos

pacientes com AVC sobreviveram por 5 anos sem uma reinternação hospitalar.

Todavia, Lichtman et al (2010), num estudo para identificar os modelos que

comparam taxas de readmissão pós-AVC em nível hospitalar, avaliou os escores de

risco do paciente-nível prevendo readmissão, descrevendo os preditores de paciente

e processo de cuidado na readmissão após AVC, não sendo possível identificar

modelos padronizados de risco para comparar o desempenho de reinternação ou

prever o risco de readmissão após AVC.

De acordo com Garritano et al (2012), o AVE é considerado um problema de

saúde pública, que poderá se agravar caso não haja uma continuidade na melhoria

das condições socioeconômicas, educativas, qualidade do atendimento hospitalar,

controle primário e secundário dos fatores de risco.

III – METODOLOGIA

3.1 - CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA

Este estudo caracteriza-se por ser um coorte prospectivo com controle

histórico composto por dois grupos denominados intervenção (G1) e controle (G2). A

pesquisa foi submetida e aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa com Seres

Humanos da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) através do

parecer número 807.688 (APÊNDICE A).

3.2 - POPULAÇÃO E AMOSTRA

3.2.1 – População

Page 21: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

20

A população em questão foi composta por pacientes com diagnóstico de

Acidente Vascular Encefálico (AVE) após a alta hospitalar do Hospital Regional

Tarcísio de Vasconcelos Maia, Mossoró/RN.

3.2.2 – Amostra

Os dados da clínica médica do HRTM no último triênio revelou uma média de

internação por casos de AVE que perfaz 11 pacientes/mês. Considerando que a

intervenção proposta teria uma duração de 12 semanas (aproximadamente 3

meses) consideramos como população deste estudo o total de 33 pacientes como a

média trimestral. Assim, a amostra, para um nível de confiança à 95% deveria

chegar a 33 sujeitos. Dessa forma, a recolha dos sujeitos para o grupo intervenção

se deu num período de três meses não rejeitando qualquer paciente que neste

período desejasse participar do estudo e que estivesse em conformidade com os

critérios de inclusão e exclusão. Contudo, a taxa de recrutamento foi inferior ao

planejado e não permitiu chegarmos ao total desejado e dessa forma o grupo

intervenção foi constituído de 15 sujeitos recrutados de forma casual mediante

abordagem no período que circundou a internação dos mesmos. Dado a expectativa

do grupo intervenção perfazer o total almejado inicialmente, o recrutamento do grupo

controle foi feito através da identificação dos prontuários de internação. Assim, o

grupo controle perfez um total de 50 sujeitos com internação em período que

compreendeu os três meses anteriores ao início da intervenção e o próprio período

de execução das ações. Considerando um total de 66 novos casos médios para o

semestre com base nos dados já mencionados do HRTM, a amostra do grupo

controle alcançou um nível de confiança de 93% enquanto que o grupo intervenção

chegou a 81% para um erro do tipo I, sendo classificada como amostra não

probabilística intencional.

Critérios de Inclusão

Os critérios de inclusão para o grupo de intervenção (G1) foram: idade entre

40 e 95 anos; de ambos os gêneros ser hemiparético ou hemiplégico

unilateralmente; apresentar grau de força de 0 a 4 (conforme escala de força

Page 22: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

21

muscular); ter o diagnóstico clínico de AVE até 6 meses antes da data de inclusão

no estudo. Para o presente estudo foram inclusos 15 pacientes para o G1.

Os critérios de inclusão para o grupo controle (G2) foram: apresentar idade

entre 40 e 95 anos; de ambos os gêneros, ter o diagnóstico clínico de AVE; ter sido

internado no HRTM nos anos de 2012 e 2013. Nesta pesquisa foram inclusos 50

paciente para o G2.

Critérios de Exclusão

Os critérios de exclusão para o grupo G1 foram: possuir alterações

hemodinâmicas que impedissem a realização do tratamento fisioterapêutico;

demência em estado avançado; transtorno psiquiátrico; uso de prótese ortopédica;

pacientes que receberam alta hospitalar com complementação de tratamento de

alguma doença infecciosa; pacientes com impossibilidade de contato com a

pesquisadora que ocorreu devido a mudança de telefone ou endereço diferente do

registrado no prontuário médico ou residentes em distância superior a 30Km do

HRTM.

Os critérios de exclusão para o grupo G2 foram: pacientes com

impossibilidade de contato com a pesquisadora devido a mudança de telefone ou

endereço registrados no prontuário médico ou residentes em distância superior a

30Km do HRTM, terem realizado fisioterapia até 3 meses pós alta hospitalar.

É válido ressaltar que os pacientes não residentes em Mossoró não foram

excluídos automaticamente e seguiram os mesmos critérios de exclusão dos

residentes em Mossoró.

3.3 - DESENHO METODOLÓGICO

Os participantes da pesquisa foram divididos em dois grupos, sendo submetidos

a ações conforme os desenhos abaixo:

Grupo 1:

Page 23: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

22

Figura 1. Desenho Metodológico do Grupo 1 (G1).

O grupo intervenção foi composto por pacientes internados por AVE no HRTM

em período posterior ao início da pesquisa e que o intervalo de tempo entre a alta

hospitalar e a inclusão no estudo foi inferior a seis meses. O atendimento de

fisioterapia motora neurológica do G1 (Figura 1) foi realizado no período de três

meses, duas vezes a cada semana, totalizando 24 (vinte e quatro) sessões de

fisioterapia motora com 60 (sessenta) minutos de duração por sessão. Ocorreu uma

avaliação antes de iniciar as sessões e uma reavaliação e aplicação do questionário

de reinternação ao término da intervenção.

Grupo 2:

Figura 2. Desenho Metodológico do Grupo 2 (G2).

O grupo controle (G2) foi composto por pacientes com diagnóstico de AVE,

que ficaram internados no Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia nos

anos de 2012 e 2013. Foram coletados dados sobre reinternações hospitalares que

ocorreram nos períodos de 0 a 30 dias, 31 a 60 dias, ou de 61 a 90 dias após a alta

hospitalar nos prontuários do estabelecimento, houve um contato prévio por via

telefônica com os pacientes e/ou familiares responsáveis, aos quais foi aplicado um

Page 24: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

23

questionário contendo a variável de reinternação hospitalar, tempo e causa. É válido

ressaltar, que a pesquisadora explicou o propósito da pesquisa, enfatizando que a

participação foi voluntária, e que as informações sobre reinternações hospitalares

que ocorreram nos pacientes deste grupo serviu como controle para os dados

obtidos no grupo de intervenção (G1).

3.4 - INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS

Os instrumentos que foram utilizados para a coleta de dados durante a

pesquisa foram: 1) o Índice de Barthel Modificado (IBM) (para identificar o nível de

independência funcional dos indivíduos envolvidos na pesquisa); 2) Protocolo de

desempenho físico de Fugl-Meyer (para avaliar o comprometimento sensório-motor

dos pacientes), 3) Questionário de Reinternação Hospitalar (para analisar as

variáveis reinternação, tempo e causa) contido na ficha de avaliação (APÊNDICE B).

O IBM consiste num instrumento de fácil aplicação, com relevante grau de

validade e confiabilidade, com versão traduzida e validada na língua portuguesa. O

teste pontua o paciente quanto a dez atividades básicas de vida diária: alimentação,

higiene pessoal, uso do banheiro, banho, continência do esfíncter anal, continência

do esfíncter vesical, vestir-se, transferências cama-cadeira, subir e descer escadas,

deambulação e manuseio da cadeira de rodas. O somatório de pontuação varia de 0

a 100, sendo que o escore 0 corresponde a dependência total e o escore 100 a

independência total para todas as atividades (PINHEIRO et al 2013; CAMPOS et al

2012; COSTA et al 2006; POLESE et al 2008; FERNANDES, SANTOS 2010).

O Protocolo de desempenho físico de Fugl-Meyer consiste em um método de

avaliação do comprometimento motor fundamentado nos estágios de recuperação

motora de Brunnström, que rege os princípios ontogênicos da recuperação motora,

bem como função sensorial e equilíbrio. Os seis aspectos que interferem na

funcionalidade do indivíduo avaliados pelo teste são: amplitude de movimento

(ADM), dor, sensibilidade, função motora de extremidade superior e inferior, e

equilíbrio, além de coordenação e velocidade da execução do movimento (CACHO

et al 2004; MAKI et al 2006; VALENTE et al 2006; CASTRO et al 2010; TELES,

GUSMÃO 2012).

Page 25: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

24

A pontuação máxima do desempenho físico de Fugl-Meyer corresponde a

100 (cem) pontos, o que caracteriza função motora sem alteração. Destes, 66

(sessenta e seis) pontos são de extremidade superior e 34 (trinta e quatro) pontos

para extremidade inferior. O escore de um indivíduo pode ainda ser classificado em

quatro níveis de comprometimento motor: < 50 pontos representa nível severo; entre

51 e 84 representa pequena ou nenhuma movimentação voluntária de membros

com sequela; 85 a 95 nível moderado (a função da mão pode está comprometida); e

entre 96 a 99 nível leve de comprometimento motor. O equilíbrio é avaliado através

de sete itens e ainda são testadas as sensibilidades extereoceptiva e proprioceptiva;

ADM por mobilização passiva; e presença de quadro álgico (CACHO et al 2004;

MICHAELSEN et al 2011; TELES, GUSMÃO 2012).

Para analisar a variável reinternação hospitalar foi utilizado questionário

contendo as variáveis dependentes: antecedentes pessoais, tempo e causa de

possíveis reinternações (APÊNDICE C). Com base em pesquisa na literatura, o

instrumento foi desenvolvido pela pesquisadora e os antecedentes pessoais inclusos

foram: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, tabagismo, etilismo. O tempo de

reinternação foi categorizado para três períodos: 0 a 30 dias, 31 a 60 dias e entre 61

a 90 dias, e por fim, a variável causa de reinternação hospitalar distribuídas em:

cerebrovascular (exemplo: AVE, convulsões), cardiovascular (exemplo: hipertensão

arterial sistêmica, infarto agudo do miocárdio, angina, aterosclerose), infecciosa

(exemplo: pneumonia, infecção urinária), metabólica (exemplo: diarreia, diabetes

descompensada, hemorragia digestiva) e/ou outras.

3.5 - PROCEDIMENTOS PARA COLETA DE DADOS

Inicialmente a pesquisadora elaborou e entregou uma carta de anuência

(APÊNDICE D) nos estabelecimentos envolvidos na pesquisa, sendo estes a

Universidade Potiguar – UnP, localizada na Avenida João da Escóssia, S/N, Bairro

Nova Betânia, telefone (84) 3323-8200, CEP: 59607-330 e o Hospital Regional Dr.

Tarcísio de Vasconcelos Maia (HRTM), a Rua Antônio Vieira de Sá, Bairro

Aeroporto, CEP: 59607-100, telefone (84) 3315-3416, ambos no município de

Mossoró-RN, seguido da solicitação de autorização para pesquisa em prontuário

clínico (APÊNDICE E).

Page 26: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

25

No Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia, a pesquisadora fez

uma visita aos pacientes, juntamente com assistente social do estabelecimento nos

setores de internação hospitalar, realizando uma busca ativa de pacientes com

diagnóstico de AVE para possível recrutamento. Assim que identificado um paciente

internado com diagnóstico de AVE, a pesquisadora, acompanhada da assistente

social, se apresentou ao paciente e esclareceu o motivo de sua visita, e o convidou

para participar de uma pesquisa clínica e explicou, em detalhes, a condução,

aspectos éticos e riscos inerentes a pesquisa em questão e possíveis benefícios,

apresentou e explicou os itens, um a um, do termo de consentimento livre e

esclarecido (TCLE) (APÊNDICE F). Para participar da pesquisa, o paciente

compreendeu , concordou em participar, e assinar o TCLE.

Os participantes da pesquisa foram selecionados no HRTM, e apresentaram o

episódio de AVE até 6 meses da data da seleção após alta hospitalar, compondo

assim o grupo 1 (G1). Tais pacientes foram submetidos a uma avaliação

fisioterapêutica, realizada por um avaliador cego, o qual é um profissional

fisioterapeuta atuante na área neurológica. Na ficha de avaliação estavam contidos:

Identificação, Dados clínicos, Antecedentes de saúde, Exame físico, e protocolos

como: o Índice de Barthel Modificado (IBM), para identificar o nível de independência

funcional dos indivíduos envolvidos na pesquisa; e o Protocolo Modificado de

desempenho físico de Fugl-Meyer, para avaliar o comprometimento sensório-motor

dos pacientes. Ao término das 24 sessões, os pacientes foram submetidos a uma

reavaliação e foi aplicado um questionário, com a variável do desfecho primário

sobre reinternação hospitalar.

Em seguida, o G1 foi submetido à fisioterapia através de um protocolo de

intervenção (APÊNDICE G), contendo 8 procedimentos, desenvolvido pelos

pesquisadores, a partir de artigos publicados no período de 2006 a 2013, com

técnicas fisioterapêuticas que apresentaram resultados significativos para a

evolução de pacientes com AVE. O protocolo consiste em: alongamentos passivos

ou ativos de membros superiores (MMSS) e membros inferiores (MMII) (VALENTE

et al 2006; CORREIA et al 2010; PIASSAROLI et al 2012; MODESTO, PINTO 2013);

mobilização escapulotorácica no lado acometido, mobilização de MMSS e MMII com

mobilização intra-articular (MIA) nos graus 3 e 4 (VALENTE et al 2006; MODESTO,

PINTO 2013); exercícios ativos livres, ativos resistidos e isométricos para cadeias

musculares de MMSS e MMII (VALENTE et al 2006; CORREIA et al 2010; THAME

Page 27: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

26

et al 2010; PIASSAROLI et al 2012); Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva

(FNP) ou método Kabat para MMSS e MMII com técnicas de iniciação rítmica e

inversão dinâmica (THAME et al 2010; MARQUES, NOGUEIRA 2011; PIASSAROLI

et al 2012); exercícios de ponte, dissociação de cinturas e exercício de bipedestação

com apoio unipodal (MODESTO, PINTO 2013); exercícios para treino de AVD

(sentar, levantar, levar mão a boca, levar mão a cabeça) (VALENTE et al 2006); e

treino de marcha em barras paralelas com/sem obstáculos, subida e descida de

rampa, subida e descida de degraus (REZENDE et al 2008).

Ao final de três meses, os pacientes do G1 responderam um questionário, e

foram submetidos a uma reavaliação através de ficha utilizada na primeira avaliação

para obtenção de dados inerentes a pesquisa.

As avaliações e intervenções do G1 aconteceram na Clínica Escola de

Fisioterapia da Universidade Potiguar- UnP, local com infraestrutura preparada para

os atendimentos, pois consta de sala de espera com recepção, salas amplas e com

tatames onde foram realizados os atendimentos, iluminação adequada, ar

condicionado, materiais necessários como por exemplo: halteres, caneleiras, barras

paralelas, entre outros.

O grupo controle (G2) foi composto por pacientes com diagnóstico de AVE,

que ficaram internados no Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia nos

anos de 2012 e 2013. Foram coletados dados nos prontuários do estabelecimento, e

houve um contato prévio por via telefônica ou através de visitas domiciliares com os

pacientes e/ou familiares responsáveis, aos quais foi aplicado um questionário,

contendo a variável de reinternação hospitalar, tempo e causa. É válido ressaltar,

que a pesquisadora explicou o propósito da pesquisa, enfatizando que a

participação é voluntária, e que este grupo não recebeu atendimento fisioterapêutico

durante a pesquisa, tendo em vista que atualmente estes pacientes já ultrapassaram

o período 6 meses após a alta hospitalar, formando desta maneira um grupo de

controle histórico.

3.6 - ANÁLISES ESTATÍSTICAS

Os dados foram apresentados com medidas de tendência central e de

dispersão para variáveis racionais e com medidas de frequência relativa e absoluta

Page 28: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

27

para variáveis categóricas. Como inferência estatística foi utilizado o teste do qui-

quadrado para verificação das diferenças entre frequências. Todas as análises

levaram em consideração um nível de significância de 95% para um erro do tipo I do

analista (p < 0,05) e foram realizadas com o auxílio do software estatístico Statistical

Package for Social Science - SPSS 20.0. Para a análise inferencial das diferenças

entre as variáveis não paramétricas intragrupos foi utilizado o teste de Wilcoxon.

IV RESULTADOS E DISCUSSÕES

A análise do qui-quadrado (x2) revelou que existiu uma relação

estatisticamente significativa entre a intervenção proposta e o quadro de

reinternação entre os sujeitos investigados. O nível de significância encontrado (p <

0,001) aponta que esta associação seja improvável como resultado de erro amostral

(ao acaso). O V de Cramer foi 0,445 e dessa forma, aproximadamente 20% das

reinternações podem ser explicadas pelas variações das frequências entre os

sujeitos que se submeteram e não se submeteram à intervenção (tabela 1).

Tabela 1 - Análise inferencial da variável Reinternação em função do tratamento

(intervenção).

Grupo Reinternação Teste x

2

(gl = 1) Sim Não

Controle 33 (66,0%) 17 (34,0%) x2= 12,878

Intervenção 2 (13,3%) 13 (86,7%) p < 0,001

No grupo Intervenção, submetido a fisioterapia motora (tabela 1) apenas

13,3% dos pacientes tiveram reinternação hospitalar, enquanto no grupo controle

essa proporção foi de 66% (nível de significância estatística: p<0,05); sugerindo,

desta forma, que a fisioterapia motora minimizou as reinternações hospitalares.

Na pesquisa elaborada por Bravata et al (2007), com intuito de determinar as

taxas de readmissões hospitalares e mortalidade e as razões para a readmissão

durante um período de 5 anos após o AVC, foi possível observar que poucos

Page 29: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

28

pacientes com AVC sobreviveram por 5 anos sem uma reinternação hospitalar.

Semelhante ao estudo de Lakshminarayan et al (2011), no qual foram avaliados 19

hospitais no EUA a respeito da taxa de reinternação hospitalar de pacientes vítimas

de AVE, e foi possível constatar que em 1 ano a taxa foi de 49% e em 5 anos a

mesma taxa foi de 83% dos pacientes.

De acordo com Lee et al (2013), ao caracterizar a carga da doença para

readmissões avaliando mortalidade e custos médicos durante o primeiro ano após o

AVC agudo no âmbito do programa de Seguro Nacional de Saúde, concluiu que

metade dos pacientes foram readmitidos ou morreram durante o primeiro ano após o

AVC. No entanto, estes estudos ou nenhum outro na literatura avaliou o efeito da

fisioterapia motora na redução da taxa de reinternações de pacientes com AVE.

Os dois grupos (Intervenção e Controle) não diferiram em relação as variáveis

estudadas, desta forma, apresentando-se de maneira homogênea exceto pela

intervenção realizada. Na tabela 2 os dados estão dispostos mostrando-se a

separação também por gênero dentro de cada grupo.

Tabela 2 – Característica da amostra dos grupos controle e intervenção com base

numa análise descritiva e inferencial em função das variáveis: gênero, idade e

antecedentes pessoais.

Variáveis Dependentes

Controle Intervenção

Masculino

(n = 32)

Feminino

(n = 18)

Masculino

(n = 6)

Feminino

(n = 9)

Idade (anos) 70,3 + 15,7 69,8 + 16,0 64,5 + 12,4 67,0 + 15,5

Antecedentes Pessoais

Hipertensão 15 (46,9%) 16 (88,9%) 3 (50,0%) 7 (77,8%)

Diabetes 10 (31,2%) 8 (44,4%) 1 (16,7%) 5 (55,6%)

Tabagismo 6 (18,8%) 2 (11,1%) 3 (50,0%) 1 (11,1%)

Etilismo 7 (21,9%) 0 (0,0%) 1 (16,7%) 0 (0,0%)

x2 (gl = 3) 5,158 - 2,000 -

x2 (gl = 2) - 11,385 - 4,308

p valor 0,161 0,003* 0,572 0,116

Page 30: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

29

O presente estudo teve uma prevalência de pacientes do sexo masculino;

embora analisando-se os grupos separadamente - Intervenção e Controle - neste

houve uma predominância do sexo feminino (tabela 2). Porém, não houve diferenças

significativas nas comparações entre as idades dos grupos, tornando uma amostra

homogênea no que diz respeito à faixa etária. Em relação aos antecedentes

pessoais, constatou-se diferenças significativas apenas na amostra feminina do

grupo controle, onde 88,9% apresentavam hipertensão. Para o grupo intervenção, a

hipertensão também predominou no sexo feminino com 77,8%. Nas outras

comparações não houve consistência nos resultados ou pela distribuição quase

equitativa entre os antecedentes ou por erro amostral (acaso).

Corroborando com a presente pesquisa, Polese et al (2008) em seu estudo

com pacientes com AVE observou que dos 16 pacientes avaliados, 62%

corresponderam a homens e 38% corresponderam a mulheres. Quanto à faixa

etária, observou-se que 16,6% correspondiam à faixa etária de 35 a 45 anos; 22,2%

pacientes tinham entre 46 e 55 anos; 38,8% entre 56 e 65 anos, assim como 22,2%

dos pacientes tinham entre 66 a 75 anos. Neste estudo, estes pacientes estavam em

tratamento na clínica de fisioterapia neurológica há, em média, 6 meses. Tais dados

se aproximaram também do estudo de Motta et al (2008), quanto a prevalência

relacionada ao gênero dos pacientes, foi encontrada uma proporção levemente

maior de homens (53,45%) acometidos por esta patologia, quando comparados ao

número total de mulheres (46,55%). Um dos principais fatores de risco para o AVE é

idade superior a 64 anos. A média de idade encontrada nos pacientes do Hospital

Governador Celso Ramos de Florianópolis (HGCR) foi de 59 anos, considerando

que 50% destes encontravam-se na faixa etária entre 50 e 69 anos, 35,35%

estavam entre 70 a 89 anos, 12,06% entre 30 e 49 anos, e apenas 2,59% acima dos

noventa anos.

Em relação aos antecedentes pessoais, estudos revelam que a partir dos 55

anos, a cada década de vida a incidência da HAS é duplicada, entretanto esta

relação vem sofrendo alterações decorrentes da presença cada vez mais precoce de

fatores de risco, tornando uma realidade a ocorrência dessa afecção neurológica em

indivíduos jovens. Uma das estratégias para reduzir sua ocorrência consiste no

controle dos fatores de risco (HAS, diabetes, dislipidemia ou tabagismo) (TELES,

GUSMÃO 2012; GIL-GUILLEN et al 2012; PAZ 2013, SÁ et al 2014).

Page 31: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

30

Motta et al (2008) relata que muitos são os fatores de risco descritos em

pesquisas, porém os principais são: HAS, diabetes mellitus, cardiopatias,

hiperglicemia, tabagismo, etilismo, idade, sexo. Na literatura, encontra-se tabagismo

em 46,9% dos pacientes, etilismo em 35,1%, alterações cardíacas em 27%, DM em

19,9% e também 67,5% de hipertensos, 67,5% de alterações cardíacas, 20,2% de

diabéticos. Em seu estudo, encontrou-se 25,86% de pacientes com HAS, 14,65%

com DM, 8,62% com cardiopatias, 37,53% de pacientes tabagistas e 12,61% de

etilistas.

No estudo desenvolvido por Mendonça et al (2012) sobre AVE como

complicação da hipertensão arterial, destaca-se que a prevenção dos fatores de

risco para o desenvolvimento de um AVE é o primeiro passo para diminuir sua

incidência e prevalência desta enfermidade, e relata ainda que a HAS é considerada

o maior problema de saúde pública dos países desenvolvidos e emergentes, sendo

considerado principal fator de risco para as complicações mais comuns como AVE e

infarto agudo do miocárdio (IAM), além da doença renal crônica terminal.

Avaliando-se os grupos separadamente em três períodos (tabela 3) em que

houve a reinternação hospitalar - até 30 dias, entre 31 e 60 dias e entre 61 e 90 dias;

não foi possível estabelecer correlação em relação ao período de reinternação e

grupo (intervenção ou controle) provavelmente devido à baixa taxa de reinternação

hospitalar existente no grupo intervenção.

Tabela 3 - Análise descritiva e inferencial da variável dependente: Tempo de

Reinternação.

Período de Reinternação Controle Intervenção

Sem Reinternação 17,0 (34,0%) 13,0 (86,7%)

Até 30 dias. 15,0 (30,0%) 0,0 (0,0%)

Entre 30 e 60 dias 9,0 (18,0%) 2,0 (13,3%)

De 61 a 90 dias 9,0 (18,0%) 0,0 (0,0%)

x2 (gl = 3) 8,720 x2 (gl = 1) 8,067

p valor 0,031* p valor 0,005*

Page 32: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

31

Nesse contexto, o estudo de Fonarow et al (2011), sobre variação da

mortalidade e reinternação hospitalar com pacientes com AVE, revelou que a taxa

de mortalidade ou readmissão hospitalar mediana no período de 30 dias foi de

21,4%, e a essa mesma variável dentro de 1 ano da alta hospitalar foi de 61,9%.

Quase dois terços dos pacientes que receberam alta hospitalar após o AVE,

morreram ou foram reinternados dentro de 1 ano.

No estudo de Lin et al (2011), foram avaliados 2.657 pacientes, e a

reinternação ocorreu em 815 (31%) dentro de 1 ano após a alta. A probabilidade de

reinternação em 30 dias foi de 10% (95% de intervalo de confiança de 9%-11%), em

90 dias a 17% (16%-19%), com 180 dias de 24% (22%-26%), e em 360 dias a 36%

(34%-38%).

De acordo com Lichtman et al (2010), a minimização de reinternações

desnecessárias é um componente integrante dos esforços de melhoria da qualidade,

porque readmissões tem consequências negativas tanto para o paciente quanto

para o sistema de saúde. Um estudo relatou que aproximadamente 90% das

readmissões dentro de 30 dias eram susceptíveis de ser planejadas e que estes

responderam por US$ 17,4 bilhões em gastos. O tempo médio de internação para

pacientes reinternadas foi de 13,2% maior do que a estadia para pacientes do

mesmo grupo diagnóstico relativo a quem não tinha sido hospitalizado nos últimos

seis meses. As readmissões podem refletir um número de fatores que afetam a

transição do regime de internamento para atendimento ambulatorial, incluindo

complicações potencialmente evitáveis que interferem na recuperação,

planejamento de alta ou baixa execução do cuidado, sendo considerado um novo

problema de saúde.

A respeito das causas da reinternação (tabela 4), foi possível observar que no

grupo controle houve resultado significativamente estatístico, pois os eventos

cerebrovasculares (48,6%) foram os motivos mais incisivos para a reinternação.

Enquanto que o grupo intervenção apenas apresentou dados de causa de

reinternação em uma categoria e por isso não apresenta cálculo estatístico. Dessa

forma, não há diferença estatística entre nenhum dos motivos para esse grupo.

Page 33: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

32

Tabela 4 - Análise descritiva e inferencial da variável dependente: Causa da

Reinternação.

Causas da Reinternação Controle Intervenção

Cerebrovascular 17,0 (48,6%) ,0 (0,0%)

Cardiovascular 4,0 (11,4%) 2,0 (100,0%)

Infeccioso 7,0 (25,7%) ,0 (0,0%)

Metabólico 5,0 (14,3%) ,0 (0,0%)

x2 (gl = 3) 12,939 -

p valor 0,005* -

Na pesquisa de Motta et al (2008) observou-se que nos prontuários

averiguados, 45 destes não apresentaram qualquer patologia secundária a sua

internação, totalizando 38,8%. Cerca de 9% dos pacientes apresentaram mais de

uma patologia relacionada ao AVE. As patologias descritas foram: hipertensão

arterial sistêmica (HAS) correspondendo a 25,86% dos casos; diabetes mellitus (DM)

(14,65%); broncopneumonia/pneumonia (12,93%); alteração cardíaca (8,62 %); mal

de Alzheimer (2,59%); asma, DPOC, traumatismo craniano, convulsão, disfunção

renal, cefaléia intensa e melena (6,03%). A presença de tais patologias pode sugerir

um risco de possíveis reinternações hospitalares.

Os sobreviventes de AVE têm elevada probabilidade de reinternação

hospitalar após a alta devido a infecções ou eventos vasculares recorrentes. Uma

alternativa para minimizar os índices de reinternações é identificar os subgrupos dos

pacientes com alto risco e promover intervenções preventivas (FONAROW et al

2011; LIN et al 2011).

Sabe-se que o estado funcional, sintomas depressivos, apoio social,

internações anteriores, a duração da internação hospitalar, morbidade e

incapacidade funcional foram importantes preditores de reinternação hospitalar. No

entanto, as categorias diagnósticas mais comuns associadas à readmissão foram a

ocorrência de um novo AVE, infarto agudo do miocárdio, pneumonia ou doenças

respiratórias (BRAVATA et al 2007; TSENG, LIN 2009; OTTENBACHER et al 2012).

Page 34: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

33

Soares (2011) realizou um estudo analítico caso-controle retrospectivo de 358

doentes internados numa unidade especializada, por AVC isquêmico.

Determinaram-se os fatores de risco associados ao desenvolvimento de infecção

pós-AVC, particularmente pneumonia, infecção do trato urinário (ITU) e sepse.

Apesar de descrito na literatura, a Diabetes Mellitus não se mostrou preditor

estatisticamente significativo no desenvolvimento de ITU pós-AVC.

Chen et al (2014) investigou em seu estudo o impacto longitudinal da idade

sobre as taxas de complicações em pacientes submetidos à reabilitação do AVC em

regime de internamento em diferentes estágios da doença, observou-se que a idade

não afeta qualquer tipo de complicação. Hemorragia digestiva alta e infecção

urinária sintomática ocorreram com maior frequência em pacientes com AVC com

idade ≥ 65 anos durante a sua estadia na ala de reabilitação.

Os pacientes submetidos à fisioterapia motora seguindo o protocolo de

intervenção modificado pela pesquisadora obtiveram uma melhora satisfatória da

sua independência funcional. A análise das variáveis de independência funcional e

desempenho físico no pré e pós fisioterapia motora identificou a média dos valores

para o IBM no pré (56,2±27,8) e pós (84,3±20,2) tratamento fisioterapêutico; tendo

tal diferença um nível estatisticamente significativo (p=0,002) (tabela 5).

Tabela 5 – Análise dos dados Pré e Pós intervenção de fisioterapia motora a partir

do protocolo de IBM e Fugl Meyer

Variáveis Relacionadas ao

Desempenho Físico

Pré

(n = 12)

Pós

(n = 12) p valor

IBM** 56,2 + 27,8 84,3 + 20,2 0,002*

Extremidade Superior 41,5 + 23,9 52,2 + 22,4 0,002*

Extremidade Inferior 22,7 + 10,3 28,8 + 9,7 0,003*

Função Motora 64,2 + 33,0 80,9 + 32,0 0,002*

Amplitude de Movimento 43,1 + 1,8 43,0 + 3,5 0,715

Dor 40,4 + 6,4 41,6 + 4,6 0,149

Sensibilidade 21,2 + 4,2 22,7 + 3,6 0109

Equilíbrio 7,4 + 3,8 11,3 + 3,9 0,003*

**IBM= Índice de Barthel Modificado

Page 35: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

34

Corroborando com o estudo longitudinal realizado por Fernandes, Santos

(2010) com 32 indivíduos pós-AVE e com média de idade de 71,18±10,19, que

submetidos a três meses de fisioterapia após a alta hospitalar, observou uma

melhora significativa no índice de independência funcional dos indivíduos

comparado com a primeira avaliação, com média 13,50 (p=0,000).

Entretanto, já na pesquisa realizada por Santos et al (2007), na qual

avaliaram 12 indivíduos, de ambos os sexos, a média obtida do IBM na 1ª avaliação

foi de 47,08±3,94 e com um intervalo de um ano, a 2ª avaliação apresentou média

de 47,42±3,55, não observando assim, uma diferença estatística significante

(p=0,317). Todavia, a fisioterapia, com técnicas manuais e equipamentos simples,

quando direcionada à tarefa repercute satisfatoriamente nos ganhos funcionais,

atendo-se a intervenção o mais precoce possível, pois o prognóstico de

independência é melhor (SIQUEIRA, BARBOSA, 2013).

Em relação à extremidade superior (tabela 5), avaliada pelo Protocolo de

desempenho físico de Fugl-Meyer, houve melhora da função motora do membro

superior acometido, uma vez que na 1ª avaliação apresentou média 41,5±23,9 e na

2ª avaliação pós-intervenção média 52,2±22,4, com nível de significância (p=0,002).

Duncan et al (2003), em seu ensaio clínico duplo-cego randomizado com 92

indivíduos divididos em dois grupos, um com cuidados domiciliares e outro

submetido a 36 sessões de fisioterapia, mostrou que o último grupo teve melhora

significativa na função motora de membro superior. Assim como Sale et al (2014),

identificaram que o treinamento de AVD através da observação da ação, combinado

com a execução da tarefa revelou ganhos significativamente mais elevados para

função de extremidade superior.

Han et al (2012), ressaltam que o aumento na intensidade do treinamento do

braço pode melhorar a atividade motora do membro superior. A cinesioterapia

associada ao exercício repetitivo suscita o aprendizado motor e reflete positivamente

na melhora funcional do indivíduo hemiparético pós-AVE, tornando-se uma terapia

efetiva para ganhos motores de MMSS (SIQUEIRA, BARBOSA 2013).

No que diz respeito à extremidade inferior (tabela 5), também pode-se

observar que estatisticamente houve significância quando comparado ao período pré

(22,7±10,3) e pós (28,8±9,7) intervenção fisioterapêutica, com p=0,003. Identificando

assim, a melhora motora de membro inferior acometido após os indivíduos serem

submetidos ao protocolo de tratamento. Cacho et al (2004), em sua pesquisa que

Page 36: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

35

durou 6 meses, contendo 10 pacientes hemiplégicos ou hemiparéticos resultantes

de AVE único e unilateral submetidos a 3 sessões de fisioterapia por semana,

observou melhora da extremidade inferior, uma vez que no primeiro momento 60%

dos indivíduos apresentaram comprometimento motor severo (> 17 pontos) e no

segundo momento, 30% obtiveram comprometimento marcante (> 14 pontos).

A função motora total (tabela 5) está relacionada à soma das variáveis:

Extremidade Superior e Inferior, que nesta pesquisa foi inicialmente 64,2±33,0 e

após a intervenção apresentou 80,9±32,0 (p=0,002), partindo de nível de

comprometimento motor marcante para moderado. Modesto, Pinto (2013), em

estudo clínico com pacientes com hemiparesia durante a fase subaguda do AVE

isquêmico, dividiu dois grupos de intervenção, um com eletroestimulação e

cinesioterapia, e o outro apenas cinesioterapia; em que concluiu que ambos tiveram

resultados positivos em valências motoras, como: força muscular e movimentação

ativa, bem como nas AVD. Duncan et al (2003), ainda ressaltam melhora do controle

motor dos MMII, da função dos MMSS e velocidade da marcha àqueles sujeitos

submetidos a fisioterapia com técnicas voltadas para flexibilidade, força, equilíbrio,

resistência e função de MMSS; em atendimento domiciliar, sem utilizar

equipamentos de estimulação elétrica.

A respeito da amplitude de movimento (tabela 5), o estudo em questão não

obteve resultados significativos, com as avaliações no pré (43,1±1,8) e pós

(43,0±3,5) intervenção sem alterações (p=0,715). É importante destacar que mesmo

com a realização de alongamentos e mobilização passiva durante os atendimentos,

os sujeitos não apresentaram evolução significativa nessa variável. Entretanto,

estudos relatam que a terapia convencional (cinesioterapia passiva e realização

ativa de tarefas funcionais simples) promove a melhora da ADM em indivíduos na

fase aguda e subaguda de AVE (SIQUEIRA, BARBOSA 2013; MODESTO, PINTO

2013).

Em relação às variáveis dor (tabela 5), com média pré 40,4±6,4 e pós

41,6±4,6, e sensibilidade (tabela 5), pré 21,2±4,2 e pós intervenção 22,7±3,6,

observou-se que nessa pesquisa não apresentaram nível de significância, com

p=0,149 e p=0109 respectivamente. Isso pode ser justificado, devido ao fato de o

protocolo de tratamento fisioterapêutico aplicado nos indivíduos da pesquisa não

possuir condutas diretamente voltadas para a melhora dessas variáveis. Entretanto,

Corrêa et al (2005), em sua pesquisa com três indivíduos mostrou que a fisioterapia

Page 37: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

36

convencional juntamente com a estimulação elétrica funcional alivia o quadro álgico

daqueles que sofreram AVE há mais de um ano. Bem como, Bowden et al (2014)

relata que a sensibilidade é comumente prejudicada em indivíduos pós-AVE

imediato, mas que pouco se sabe sobre suas alterações a longo prazo que podem

vir a interferir diretamente na função motora. E conclui em seu estudo que a

sensibilidade cutânea foi mais afetada naqueles que possuíram baixa função

motora.

Na variável equilíbrio (tabela 5), os valores pré e pós atendimentos foram

respectivamente, 7,4±3,8 e 11,3±3,9 pontos (p=0,003), o que mostra uma

importância estatística satisfatória. Corroborando com Barcala et al (2011), que em

seu estudo com 12 indivíduos hemiparéticos pós-AVE divididos em dois grupos, um

realizou apenas fisioterapia convencional, e o outro além do convencional foi

submetido ao treino de equilíbrio com o auxílio do Wii Fit, observou que ambos os

grupos obtiveram resultados significativos (p<0,01) na melhora do controle do

equilíbrio estático e dinâmico. Assim como na pesquisa de Carvalho et al (2007),

que em seus 19 pacientes observou a melhora do equilíbrio após a realização de

exercícios voltados para essa variável. O indivíduo com AVE comumente pode

apresentar deficiências no sistema sensório-motor. Este juntamente com o sistema

visual e vestibular são responsáveis pelo controle da postura, no qual atua na

manutenção do equilíbrio (POMPEU et al 2011).

V CONCLUSÃO E SUGESTÕES

A fisioterapia motora reduziu de forma estatisticamente significativa a taxa de

reinternação hospitalar de pacientes acometidos por AVE quando avaliados até 90

dias após início do tratamento fisioterápico.

As limitações da pesquisa foram o número total de sujeitos no grupo

intervenção. Assim, a pequena amostra restringe a generalização dos seus

resultados, porém, apresenta uma significativa contribuição para o meio científico

voltado para a reabilitação e reinternação de indivíduos com diagnóstico de AVE.

Outra limitação se refere ao fato do grupo controle ter sido formado por pacientes e

Page 38: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

37

seus dados coletados de registros clínicos, sendo um controle histórico e não

temporalmente concomitante ao grupo intervenção.

Vale salientar nesta pesquisa, que o programa de intervenção proposto é de

fácil reprodutibilidade, de baixo custo, e aplicável em qualquer centro.

Page 39: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

38

VI REFERÊNCIAS

BARBOSA MAR, BONA SF, FERRAZ CLH, BARBOSA NMRF, SILVA IMC, FERRAZ

TMBL. Prevalência da hipertensão arterial sistêmica nos pacientes portadores de

acidente vascular encefálico, atendidos na emergência de um hospital público

terciário. Rev Soc Bras Clin Med 2009;7:357-60. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2014/2203/Original/967original.pdf.

BARCALA L, COLELLA F, ARAUJO MC, SALGADO ASI, OLIVEIRA CS. Análise do

equilíbrio em pacientes hemiparéticos após o treino com o programa Wii Fit. Fisioter

Mov 2011 abr/jun; 24(2):337-43. Acesso disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/fm/v24n2/a15v24n2.pdf

BENVEGNU AB, GOMES LA, SOUZA CT, CUADROS TBB, PAVÃO LW, ÁVILA SN.

Avaliação da medida de independência funcional de indivíduos com sequelas de

acidente vascular encefálico (AVE). Revista Ciência & Saúde 2008 jul/dez; 1(2):71-

77. Acesso disponível em:

http://revistaseletronicas.pucrs.br/fo/ojs/index.php/faenfi/article/view/4115/3652

BORGES FK, SOLIMAN F, PIRES DO, SELIGMAN R. Reinternação hospitalar

precoce: avaliação de um indicador de qualidade assistencial. Rev HCPA 2008;

28(3). Acesso disponível em:

http://www.seer.ufrgs.br/hcpa/article/viewFile/5120/4599

BOWDEN JL, LIN GG, MCNULTY PA. The Prevalence and Magnitude of Impaired

Cutaneous Sensation across the Hand in the Chronic Period Post-Stroke. PLoS

ONE 2014, 9(8): e104153. Acesso disponível em:

http://www.plosone.org/article/info%3Adoi%2F10.1371%2Fjournal.pone.0104153

BRAUN A, HERBER V, MICHAELSEN M. Relação entre nível de atividade física,

equilíbrio e qualidade de vida em indivíduos com hemiparesia. Rev. Bras. Medicina

Esporte. vol.18, n.1, São Paulo, jan./fev., 2012. Acesso disponível em:

http://dx.doi.org/10.1590/S1517-86922012000100006

Page 40: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

39

BRAVATA DM, HO SY, MEEHAN TP, BRASS LM, CONCATO J.Readmission and

death after hospitalization for acute ischemic stroke: 5-year follow-up in the medicare

population.Stroke. vol.38, n.6, p.1899-904, Jun, 2007. Acesso disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/17510453

CACHO EWA, MELO FRLV, OLIVEIRA R. Avaliação da recuperação motora de

pacientes hemiplégicos através do protocolo de desempenho físico Fugl-Meyer. Rev

Neurocienc, abr/jun 2004; 12(2):94-102. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2004/RN%2012%2002/Pages%20fr

om%20RN%2012%2002-8.pdf

CAMPOS TF, RODRIGUES CA, FARIAS IMA, RIBEIRO TS, MELO LP. Comparação

dos instrumentos de avaliação do sono, cognição e função no acidente vascular

encefálico com a classificação internacional de funcionalidade, incapacidade e

saúde (CIF). Rev Bras Fisioter 2012; 16(1):23-9. Acesso disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v16n1/05.pdf

CARVALHO AC, VANDERLEI LCM, BOFI TC, PEREIRA JDAS, NAWA VA. Projeto

Hemiplegia – Um modelo de fisioterapia em grupo para hemiplégicos crônicos. Arq

Ciênc Saúde 2007 jul-set; 14(3):161-8. Acesso disponível em:

http://www.cienciasdasaude.famerp.br/racs_ol/vol-14-3/IIIDDD216.pdf

CASTRO RBT, VIEIRA FR, FARIA NV, CHAVES CMCM, ASSAF E. Terapia do

espelho e hemiparesia. Fisioterapia Brasil set/out 2010; 11(5):392-8. Acesso

disponível em:

http://www.faculdadeguararapes.edu.br/site/downloads/Fisioterapia_set%20a%20out

%202010.pdf#page=73

CHEN CM, HSU HC, CHANG CH, LIN CH, CHEN KH, HSIEH WC et al. Age-based

prediction of incidence of complications during in patient stroke rehabilitation: a

retrospective longitudinal cohort study. BMC Geriatrics 2014, 14:41. Acesso

disponível em: http://www.biomedcentral.com/1471-2318/14/41

Page 41: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

40

CHOI JH, HAN EY, KIM BR, KIM SM, IM SH, LEE SY, HYUN CW. Effective ness of

Commercial Gaming-Based Virtual Reality Movement Therapy on Functional

Recovery of Upper Extremity in Subacute Stroke Patients. Ann

RehabilMed2014;38(4):485-493 pISSN: 2234-0645, eISSN: 2234-0653. Acesso

disponível em: http://dx.doi.org/10.5535/arm.2014.38.4.485

CORRÊA FI, SOARES F, ANDRADE DV, GONDO RM, PERES JÁ, FERNANDES

AO, CORRÊA JCF. Atividade muscular durante a marcha após acidente vascular

encefálico. Arq. Neuro-Psiquiatr. v.63, n.3b, São Paulo, set., 2005. Acesso

disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0004-282X2005000500024

CORREIA ACS, SILVA JDS, SILVA LVC, OLIVEIRA DA, CABRAL ED. Crioterapia e

cinesioterapia no membro superior espástico no Acidente Vascular Cerebral.

Fisioter Mov 2010; Curitiba, 23(4):555-563. Acesso disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/fm/v23n4/a06v23n4.pdf

COSTA FA, SILVA DLA, ROCHA VM. Severidade clínica e funcionalidade de

pacientes hemiplégicos pós AVC agudo atendidos nos serviços públicos de

fisioterapia de Natal (RN). Ciências e Saúde Coletiva, vol.16, Supl. 1, 2011. Acesso

disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-

81232011000700068

COSTA MCF, BEZERRA PP, OLIVEIRA APR. Impacto da hemiparesia na simetria e

na transferência de peso: repercussões no desempenho funcional. Rev Neurocienc

2006; 14(2): 010-013. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2006/RN%2014%2002/Pages%20fr

om%20RN%2014%2002-2.pdf

CRUZ KCT, D’ELBOUX DIOGO MJ. Avaliação da capacidade funcional de idosos

com acidente vascular encefálico. Acta Paulista. Enferm. vol.22, n.5, São

Paulo, set./out., 2009. Acesso disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-

21002009000500011

Page 42: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

41

DOSSA A, GLICKMAN ME, BERLOWITZ D.Association between mental health

conditions and rehospitalization, mortality, and functional outcomes in patients with

stroke following inpatient rehabilitation.BMC Health Serv Res.vol.15, n.11, p. 311,

Nov., 2011. Acesso disponível em: http://www.biomedcentral.com/1472-6963/11/311

DUNCAN P, et al Adherence to postacute rehabilitaton guidelines is associated with

functional recovery in stroke: editoral comment. Stroke 33, 2002:167:78

DUNCAN P, STUDENSKI S, RICHARDS L, GOLLUB S, LAI SM, REKER D,

PERERA S, YATES J, KOCH V, RIGLER S, JOHNSON D. Randomized clinical trial

of therapeutic exercise in subacute Stroke. Stroke. 2003;34:2173-2180. Acesso

disponível em: http://stroke.ahajournals.org/content/34/9/2173

FALCÃO IV, CARVALHO EMF, BARRETO KML, LESSA FJD, LEITE VMM. Acidente

vascular cerebral precoce: implicações para adultos em idade produtiva atendidos

pelo Sistema Único de Saúde. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant.vol.4, n.1, Recife,

jan./mar., 2004. Acesso disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1519-

38292004000100009

FERNANDES F, SANTOS F. Evolução motora e funcional de pacientes com AVC

nos primeiros três meses após a alta-hospitalar. Rev da Faculdade de Ciências da

Saúde, n. 7, p. 426-38, 2010. Acesso disponível em:

http://bdigital.ufp.pt/handle/10284/3029

FERNANDES MB, CABRAL DL, SOUZA RJP, SEKITANI HY, SALMELA LFT,

LAURENTINO GEC. Independência funcional de indivíduos hemiparéticos crônicos

e sua relação com a fisioterapia. Fisioterapia em Movimento, vol 25, n. 2, Curitiba,

abr./jun., 2012. Acesso disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0103-

51502012000200011

FERREIRA FN, LEÃO I, SAQUETO MB, FERNANDES MH. Intervenção

Fisioterapêutica na Comunidade: Relato de Caso de uma Paciente com AVE. Rev.

Saúde; vol.1, n. 1, p. 35-43, 2005. Acesso disponível em:

http://www.uesb.br/revista/rsc/v1/v1n1a5.pdf

Page 43: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

42

FONAROW GC, SMITH EE, REEVES MJ, PAN W, OLSON D, HERNANDEZ AF,

PETERSON ED, SCHWAMM LH. Hospital-level variation in mortality and

rehospitalization for medicare beneficiaries with acute ischemic stroke.Stroke. vol.

42, n. 1, p. 159-66, Jan, 2011. Acesso disponível em:

http://stroke.ahajournals.org/content/early/2010/12/16/STROKEAHA.110.60183

FRANÇOIS P, BERTRAND D, BEDEN C, FAUCONNIER J, OLIVE F. Early

readmission as an indicator of hospital quality of care. Rev Epidemiol Sante

Publique. 2001 Apr; 49(2):183-92. Acesso disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/11319485

GARRITANO CR, LUZ PM, PIRES MLE, BARBOSA MTS, BATISTA KM. Análise da

tendência da mortalidade por acidente vascular cerebral no Brasil no século XXI.

Arq. Bras. Cardiol. vol.98, n.6, São Paulo, abr./jun., 2012. Acesso disponível em:

http://dx.doi.org/10.1590/S0066-782X2012005000041

GIL-GUILLEN V, CARRATALA-MUNUERA C, ORTEGA JCA, OROZCO-BELTRAN

D, RIBERA JM, EXPÓSITO AP. Protective factors in patients aged over 65 with

stroke treated by physiotherapy, showing cognitive impairment, in the Valencia

Community Protection Study in Older People (EPACV). BMC Neurology 2012,

12:118. Acesso disponível em: http://www.biomedcentral.com/1471-2377/12/118

HAN C, WANG Q, MENG P, QI M. Effects of intensity of arm training on hemiplegic

upper extremity motor recovery in stroke patients: a randomized controlled trial.

Clinical Rehabilitation 2012; 27(1) 75–81. Acesso disponível em:

http://cre.sagepub.com/content/early/2012/07/16/0269215512447223.full

HSUEH IP, WANG CH, SHEU CF, HSIEH CL. Comparison of Psychometric

Properties of Three Mobility Measures for Patients With Stroke. Stroke,

2003;34:1741-1745. Acesso disponível em:

http://stroke.ahajournals.org/content/34/7/1741

Page 44: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

43

HUANG HC, CHUNG KC, LAI DC, SUNG SF. The Impact of Timing and Dose of

Rehabilitation Delivery on Functional Recovery of Stroke Patients. J Chin Med

Assoc, Mai 2009, vol. 72, n. 5. Acesso disponível em:

http://homepage.vghtpe.gov.tw/~jcma/72/5/257.pdf

LAKSHMINARAYAN K, SCHISSEL C, ANDERSON DC, VAZQUEZ G, JACOBS DR

JR, EZZEDDINE M, LUEPKER RV, VIRNIG BA.Five-year rehospitalization outcomes

in a cohort of patients with acute ischemic stroke: Medicare linkage study.Stroke.

2011 Jun;42(6):1556-62. doi: 10.1161/STROKEAHA.110.605600. Epub 2011 Apr7.

Acesso disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21474798.

LEE HC, CHANG KC, HUANG YC, HUNG JW,CHIU HHE, CHEN JJ et al.

Readmission, mortality, and first-year medical costs after stroke. Journal of the

Chinese Medical Association2013;76(12):703-14. Acesso disponível em:

http://dx.doi.org/10.1016/j.jcma.2013.08.003

LICHTMAN JH, LEIFHEIT-LIMSON EC, JONES SB, WATANABE E,

BERNHEIMSM,PHIPPS MS, BHAT KR, SAVAGE SV, GOLDSTEIN LB. Predictors of

Hospital Readmission After Stroke: A Systematic Review. Stroke 2010;41:2525-

2533. Acesso disponível em: http://stroke.ahajournals.org/content/41/11/2525

LIMA INDF. Desempenho e efeitos agudos da espirometria de incentivo volume-

orientada sobre os volumes pulmonares em pacientes após AVC e sujeitos

saudáveis. [Dissertação] UFRN Centro de Ciências da Saúde 2012. Acesso

disponível em: http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/1/9400

LIN HJ, CHANG WL, TSENG MC.Readmission after stroke in a hospital-based

registry: risk, etiologies, and risk factors. Neurology. vol.76, n. 5, p. 438-43, Feb,

2011. Acesso disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21209374#

LIN HJet al. Preliminary study os the effect of low-intensity home-based physical

therapy in chronic stroke patients. Kaohsiung J Med Sci 20.1.2004:18-22

Page 45: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

44

MAKI T, QUAGLIATO EMAB, CACHO EWA, PAZ LPS, NASCIMENTO NH, INOUE

MMEA et al. Estudo de confiabilidade da aplicação da escala de Fugl-Meyer no

Brasil. Rev Bras Fisioter 2006; 10(2):177-83. Acesso disponível em:

http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v10n2/v10n2a06.pdf

MARQUES PS, NOGUEIRA SPBO. Efeitos da eletroestimulação funcional e Kabat

na funcionalidade do membro superior de hemiparéticos. Rev Neurocienc 2011;

19(4):694-701. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1904/relato%20de%20caso

%2019%2004/578%20relato%20de%20caso.pdf

MEHRHOLZ J, KUGLER J, POHL M. Water-based exercises for improving activities

of daily living after stroke. Cochrane Database of Systematic Reviews, 2013. In:

The Cochrane Library, Issue 6. Acesso disponível em:

10.1002/14651858.CD008186.pub1

MENDONÇA LBA, LIMA FET, OLIVEITA SKP. Acidente vascular encefálico como

complicação da hipertensão arterial: quais são os fatores intervenientes? Escola

Anna Nery, vol.16, n.2, Rio de Janeiro, abr./jun., 2012. Acesso disponível em:

http://dx.doi.org/10.1590/S1414-81452012000200019

MICHAELSEN SM, ROCHA AS, KNABBEN RJ, RODRIGUES LP, FERNANDES CG.

Tradução, adaptação e confiabilidade inter-examinadores do manual de

administração da escala de Fugl-Meyer. Rev Bras Fisioter 2011; 15(1):80-8.

Acesso disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rbfis/v15n1/v15n1a13.pdf

MODESTO PC, PINTO FCG. Comparison of functional electrical stimulation

associated with kinesiotherapy and kinesiotherapy alone in patients with hemiparesis

during the subacute phase of ischemic cerebrovascular accident. Arq

Neuropsiquiatr 2013; 71(4):244-248. Acesso disponível em:

http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0004282X2013000400244&script=sci_arttext&tl

ng=es

Page 46: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

45

MOTTA E, NATALIO MA, WALTRICK PT. Intervenção fisioterapêutica e tempo de

internação em pacientes com acidente vascular encefálico. Rev. Neurociências,

2008; 16/2; 118-123. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2008/RN%2016%2002/Pages%20fr

om%20neuro_vol_16_n2-9.pdf

MUSICCO M, EMBERTI L, NAPPI G, CALTAGIRONE C. Early and Long-Term

Outcome of Rehabilitation in Stroke Patients: The Role of Patient Characteristics,

Time of Initiation, and Duration of Interventions. Arch Phys Med Rehabil, v. 84, Abr

2003. Acesso disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/12690594

NUNES S, PEREIRA C, SILVA MG. Evolução funcional de utentes após AVC nos

primeiros seis meses após a lesão. EssFisio Online jun 2005; 1(3). Acesso

disponível em: http://www.luzimarteixeira.com.br/wp-

content/uploads/2010/01/evolucao-funcional-pos-ave.pdf

OTTENBACHER KJ, GRAHAM JE, OTTENBACHER AJ, LEE J, AL SNIH

S,KARMARHARr A, REISTETTER T, OSTIR GV. Hospital readmission in persons

with stroke following postacute inpatient rehabilitation. J Gerontol A Biol Sci Med

Sci. vol.67, n. 8, p. 875-81., Ago 2012. Acesso disponível em:

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22389457

PAIXÃO CT, SILVA LD. Características de pacientes disfágicos em serviço de

atendimento domiciliar público. Rev Gaúcha Enferm, jun 2010; Porto Alegre (RS)

31(2):262-9. Acesso disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rgenf/v31n2/09.pdf

PAZ J. Endocardite infecciosa e acidente vascular cerebral: mecanismos

fisiopatológicos e avaliação ultrassonográfica. Saúde & Tecnologia, Nov 2013;

10:19-23. Acesso disponível em: http://hdl.handle.net/10400.21/2861

PIASSAROLI CAP, ALMEIDA GC, LUVIZOTTO JC, SUZAN ABBM. Modelos de

Reabilitação Fisioterápica em Pacientes Adultos com Sequelas de AVC Isquêmico.

Rev Neurocienc. 2012;20(1):128-137

Page 47: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

46

PINHEIRO IM, RIBEIRO NMS, PINTO ACS, SOUZA DBSA, FONSECA EP,

FERRAZ DD. Correlação do Índice de Barthel Modificado com a classificação

internacional de funcionalidade, incapacidade e saúde. Cadernos de Pós-

Graduação em Distúrbios do Desenvolvimento 2013; São Paulo 13(1): 39-46.

Acesso disponível em:

http://www.mackenzie.com.br/fileadmin/PUBLIC/UP_MACKENZIE/servicos_educacio

nais/stricto_sensu/Disturbios_Desenvolvimento/Artigo_4_Pinheiro_e_cols.pdf

POLESE JC, TONIAL A, JUNG FK, MAZUCO R, OLIVEIRA SG, SCHUSTER RC.

Avaliação da funcionalidade de indivíduos acometidos por Acidente Vascular

Encefálico. Rev Neurocienc 2008; 16(3): 175-178. Acesso disponível

em:http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2008/RN%2016%2003/Pages%

20from%20RN%2016%2003-3.pdf

POMPEU SMAA, POMPEU JE, ROSA M, SILVA MR. Correlação entre função

motora, equilíbrio e força respiratória pós Acidente Vascular Cerebral. Rev

Neurocienc 2011; 19(4): 614-620. Acesso disponível em:

http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2011/RN1904/originais%2019%2004/575

%20original.pdf

REZENDE A, REVELINE AC, LICHACOVSKI D, SOARES D, ANTUNES L,

NITSCHE M et al. Análise dos efeitos da estimulação elétrica funcional e

cinesioterapia na marcha de pacientes hemiplégicos. II Seminário de Fisioterapia

da UNIAMERICA: Iniciação Científica 2008; Foz do Iguaçu, PR. Acesso disponível

em: http://www.uniamerica.br/site/arquivos/2seminario-fisioterapia/pdf/9-Aline-

Rezende-Ana-Carolin.pdf

ROCHA MSG, ALMEIDA ACF, NETO OA, PORTO MPR, BRUCKI SMD. Impact of

stroke unit in a public hospital on length of hospitalization and rate of early mortality

of ischemic stroke patients. Arq Neuro psiquiatr 2013;71(10):774-779. Acesso

disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-

282X2013001100774

Page 48: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

47

ROLIM CLRC, MARTINS M. Qualidade do cuidado ao acidente vascular cerebral

isquêmico no SUS. Cad. Saúde Pública, vol.27, n.11 Rio de Janeiro, nov., 2011.

Acesso disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X2011001100004

SÁ BP, GRAVE MTQ, PÉRICO E. Perfil de pacientes internados por Acidente

Vascular Cerebral em hospital do Vale do Taquari/RS. Rev Neurocienc 2014;

22(3):381-387. Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2014/2203/Original/967original.pdf

SALE P, CERAVOLO MG, FRANCESCHINI M. Action Observation Therapy in the

Subacute Phase Promotes Dexterity Recovery in Right-Hemisphere Stroke Patients.

Bio Med Research International, 2014. Acesso disponível em:

http://dx.doi.org/10.1155/2014/457538

SANTOS AMB, OLIVEIRA TP, PIEMONTE MEP. Elaboração de um manual ilustrado

de exercícios domiciliares para pacientes com hemiparesia secundária ao acidente

vascular encefálico (AVE). Fisioterapia e Pesquisa. vol.19, n.1, São Paulo,

jan./mar., 2012. Acesso disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/S1809-

29502012000100002

SANTOS ACA,REIS NL,PEREIRA JDAS,BOFI TC,CARVALHO AC.Avaliação das

atividades de vida diárias de pacientes pós avc submetidos à fisioterapia em grupo.

Braz. J. Phys. Ther., vol.11, n.Suppl., p.210-210, 2007. Acesso disponível em:

http://www.rbf-bjpt.org.br/articles/view/id/53c3e60c5ce02a0972000002

SCALZO PL, SOUZA ES, MOREIRA AGO, VIEIRA DAF. Qualidade de vida em

pacientes com acidente vascular cerebral: clínica de fisioterapia PUC Minas Betim.

Rev. Neurocienc 2010; 18: 139-44. Acesso disponível em:

http://revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1802/443%20original.pdf.

SCHUSTER RC, SANT CR, DALBOSCO V. Efeitos da estimulação elétrica funcional

(FES) sobre o padrão de marcha de um paciente hemiparético. Acta Fisiátr 2007;

14(2): 82-86. Acesso disponível em:

http://www.actafisiatrica.org.br/detalhe_artigo.asp?id=191

Page 49: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

48

SEGURA DCA, BRUSCHI FA, GOLIN TB, GREGOL F, BIANCHINI KM, ROCHA P.

A evolução da marcha através de uma conduta cinesioterapêutica em pacientes

hemiparéticos com sequela de AVE. Arq Ciênc Saúde Unipar, jan/abr 2008;

12(1):25-33. Acesso disponível em:

http://revistas.unipar.br/saude/article/viewFile/2225/1837

SIQUEIRA AO, BARBOSA RFM. Terapia por contensão induzida e treino mental na

função de membro superior pós-AVC. Rev Neurocienc 2013; 21(2):193-201.

Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2013/RN2102/original%202102/813

%20original.pdf

SOARES MIFG. Acidente Vascular Cerebral isquêmico: Complicações infecciosas

segundo o volume e a localização de Enfarte. Universidade da Beira Interior

Ciências da Saúde Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Medicina.

Covilhã, Maio 2011. Acesso disponível em:

http://www.fcsaude.ubi.pt/thesis2/anexo.php?id=36eefa103aeb5a05.

SOUZA SRS, OLIVEIRA CA, MIZUTA NA, SANTOS MHMR, MOREIRA AP,

FEITOSA AL. Reabilitação funcional para membros superiores pós-acidente

vascular encefálico. Rev Fisioter. Bras; vol. 4, n. 3, p. 195-199, mai-jun., 2003.

Acesso disponível em: http://bases.bireme.br/cgi-

bin/wxislind.exe/iah/online/?IsisScript=iah/iah.xis&src=google&base=LILACS&lang=p

&nextAction=lnk&exprSearch=361930&indexSearch=ID

TELES, MS; GUSMÃO, C. Avaliação funcional de pacientes com Acidente Vascular

Cerebral utilizando o protocolo de Fugl-Meyer. Rev Neurocienc, 2012; 20(1):42-49.

Acesso disponível em:

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2012/RN2001/originais%2020%200

1/602%20original.pdf

THAME ACF, PINHO PA, REYS B, RODRIGUES AC. A reabilitação funcional do

membro superior de pacientes espásticos, pós Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Rev Neurocienc, 2010; 18(2):179-185. Acesso disponível em:

Page 50: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

49

http://www.revistaneurociencias.com.br/edicoes/2010/RN1802/324%20relato%20de

%20caso.pdf

TSENG MC, LIN HJ. Readmission after hospitalization for stroke in Taiwan: results

from a national sample.J Neurol Sci. vol. 15, n. 284, p. 52-5, Sep, 2009. Acesso

disponível em: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19410265

VALENTE SCF, PAULA EB, ABRANCHES M, COSTA V, BORGES H, CHAMLIAN

TR et al. Resultados da fisioterapia hospitalar na função do membro superior

comprometido após acidente vascular encefálico. Rev. Neurocienc 2006; 14(3):122-

126. Acesso disponível em:

http://saude.br/dneuro/neurociencias/neurociencias_v14_n3.pdf#page=5

WEBSTER F, SAPOSNIK G, KAPRAL MK, FANG J, O’CALLAGHAN C, HACHINSKI

V. Organized Outpatient Care: Stroke Prevention Clinic Referrals Are Associated

With Reduced Mortality After Transient Ischemic Attack and Ischemic Stroke. Stroke

2011; 42:3176-3182. Acesso disponível em:

http://stroke.ahajournals.org/content/42/11/3176

Page 51: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

50

APÊNDICE A

Page 52: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

51

Page 53: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

52

Page 54: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

53

Page 55: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

54

Page 56: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

55

APÊNDICE B

Page 57: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

56

AVALIAÇÃO FISIOTERAPEUTICA PARA ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO (AVE)

1. IDENTIFICAÇÃO

Código do Paciente: Sexo: ( )M ( )F

Endereço: Bairro:

CEP: Tel.: ( ) Estado Civil:

Data de Nasc.:___/___/___ Idade: Escolaridade: Admissão:___/___/___

Ocupação: Médico Resp.:

2. DADOS CLÍNICOS

Tipo de AVE: ( ) Isquêmico ( ) Hemorrágico Data do episódio do AVE: ___/___/___

Hemiplegia/Hemiparesia: ( ) Direita ( ) Esquerda Tempo de internação:

Outras sequelas: ( ) Déficit visual( ) Déficit auditivo( ) Afasia Tipo: _______ ( ) Disartria

HDA:

3. ANTECEDENTES

Antecedentes Pessoais:

Antecedentes Familiares:

Hábitos e Vícios:

Medicações em uso:

Histórico de Atividade Física:

4. EXAME FÍSICO

Inspeção:

Marcha: ( ) Deambulação independente ( ) Marcha com auxílio ( ) Não realiza

Palpação:

Page 58: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

57

5. ÍNDICE DE BARTHEL MODIFICADO (IBM) Escore

Categoria 1: Higiene Pessoal

1. O paciente e incapaz de realizar higiene pessoal sendo dependente em

todos os aspectos. 0

2. Paciente necessita de assistência em todos os passos da higiene pessoal. 1

3. Alguma assistência e necessária em um ou mais passos da higiene

pessoal. 3

4. Paciente e capaz de conduzir a própria higiene, mas requer mínima

assistência antes e/ou depois da tarefa. 4

5. Paciente pode lavar as mãos e face, limpar os dentes e barbear, pentear

ou maquiar-se. 5

Categoria 2: Banho

1. Totalmente dependente para banhar-se. 0

2. Requer assistência em todos os aspectos do banho. 1

3. Requer assistência para transferir-se, lavar-se e/ou secar-se; incluindo a

inabilidade em completar a tarefa pela condição ou doença. 3

4. Requer supervisão por segurança no ajuste da temperatura da água ou

na transferência. 4

5. O paciente deve ser capaz de realizar todas as etapas do banho, mesmo

que necessite de equipamentos, mas não necessita que alguém esteja presente.

5

Categoria 3: Alimentação

1. Totalmente dependente para banhar-se. 0

2. Requer assistência em todos os aspectos do banho. 2

3. Requer assistência para transferir-se, lavar-se e/ou secar-se; incluindo a

inabilidade em completar a tarefa pela condição ou doença. 5

4. Requer supervisão por segurança no ajuste da temperatura da água ou

na transferência. 8

5. O paciente deve ser capaz de realizar todas as etapas do banho, mesmo que necessite de equipamentos, mas não necessita que alguém esteja presente.

10

Categoria 4: Toalete

1. Totalmente dependente no uso vaso sanitário. 0

2. Necessita de assistência no uso do vaso sanitário. 2

3. Pode necessitar de assistência para se despir ou vestir, para transferir-se

para o vaso sanitário ou para lavar as mãos. 5

4. Por razões de segurança, pode necessitar de supervisão no uso do

sanitário. Um penico pode ser usado a noite, mas será necessária assistência para seu esvaziamento ou limpeza.

8

5. O paciente é capaz de se dirigir e sair do sanitário, vestir-se ou despir-se,

cuida-se para não se sujar e pode utilizar papel higiênico sem necessidade de ajuda. Caso necessário, ele pode utilizar uma comadre ou penico, mas deve ser capaz de os esvaziar e limpar;

10

Categoria 5: Subir escadas

1. O paciente é incapaz de subir escadas. 0

2. Requer assistência em todos os aspectos relacionados a subir escadas,

incluindo assistência com os dispositivos auxiliares. 2

3. O paciente é capaz de subir e descer, porém não consegue carregar os dispositivos, necessitando de supervisão e assistência.

5

4. Geralmente, não necessita de assistência. Em alguns momentos, requer

supervisão por segurança. 8

5. O paciente é capaz de subir e descer, com segurança, um lance de

escadas sem supervisão ou assistência mesmo quando utiliza os dispositivos.

10

Categoria 6: Vestuário

1. O paciente é dependente em todos os aspectos do vestir e incapaz de

participar das atividades. 0

2. O paciente é capaz de ter algum grau de participação, mas é dependente

em todos os aspectos relacionados ao vestuário. 2

3. Necessita assistência para se vestir ou se despir. 5

4. Necessita assistência mínima para abotoar, prender o soutien, fechar o zipper, amarrar sapatos, etc.

8

5. O paciente é capaz de vestir-se, despir-se, amarrar os sapatos, abotoar e

colocar um colete ou órtese, caso eles sejam prescritos. 10

Page 59: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

58

Categoria 7: Controle

esfincteriano (bexiga)

1. O paciente apresenta incontinência urinária. 0

2. O paciente necessita de auxílio para assumir a posição apropriada e para

fazer as manobras de esvaziamento. 2

3. O paciente pode assumir a posição apropriada, mas não consegue

realizar as manobras de esvaziamento ou limpar-se sem assistência e tem freqüentes acidentes. Requer assistência com as fraldas e outros cuidados.

5

4. O paciente pode necessitar de supervisão com o uso do supositório e tem acidentes ocasionais.

8

5. O paciente tem controle urinário, sem acidentes. Pode usar supositório

quando necessário. 10

Categoria 8: Controle

esfincteriano (intestino)

1. O paciente não tem controle de esfíncteres ou utiliza o cateterismo. 0

2. O paciente tem incontinência, mas é capaz de assistir na aplicação de

auxílios externos ou internos. 2

3. O paciente fica geralmente seco ao dia, porém não à noite e necessita

dos equipamentos para o esvaziamento. 5

4. O paciente geralmente fica seco durante o dia e a noite, porém tem

acidentes ocasionais ou necessita de assistência com os equipamentos de esvaziamento.

8

5. O paciente tem controle de esfíncteres durante o dia e a noite e/ou é

independente para realizar o esvaziamento. 10

Categoria 9: Deambulação (Não pontue esta categoria caso o

paciente utilize cadeira de rodas)

1. Totalmente dependente para deambular. 0

2. Necessita da presença constante de uma ou mais pessoas durante a deambulação.

3

3. Requer assistência de uma pessoa para alcançar ou manipular os

dispositivos auxiliares. 8

4. O paciente é independente para deambular, porém necessita de auxilio

para andar 50 metros ou supervisão em situações perigosas. 12

5. O paciente é capaz de colocar os braços, assumir a posição ortostática,

sentar e colocar os equipamentos na posição para o uso. O paciente pode ser capaz de usar todos os tipos de dispositivos e andar 50 metros sem auxilio ou supervisão.

15

Categoria 9: Cadeira de

rodas (Não se aplica aos

pacientes que deambulam)

1. Dependente para conduzir a cadeira de rodas. 0

2. O paciente consegue conduzi-la em pequenas distâncias ou em superfícies lisas, porém necessita de auxílio em todos os aspectos.

1

3. Necessita da presença constante de uma pessoa e requer assistência para manipular a cadeira e transferir-se.

3

4. O paciente consegue conduzir a cadeira por um tempo razoável e em solos regulares. Requer mínima assistência em espaços apertados.

4

5. Paciente é independente em todas as etapas relacionadas a cadeira de rodas (manipulação de equipamentos, condução por longos percursos e transferências).

5

Categoria 10: Transferências cadeira/cama

1. Incapaz de participar da transferência. São necessárias duas pessoas para transferir o paciente com ou sem auxílio mecânico.

0

2. Capaz de participar, porém necessita de máxima assistência de outra pessoa em todos os aspectos da transferência.

3

3. Requer assistência de oura pessoa para transferir-se. 8

4. Requer a presença de outra pessoa, supervisionando, como medida de segurança.

12

5. O paciente pode, com segurança, aproximar-se da cama com a cadeira de rodas, freiar, retirar o apoio dos pés, mover-se para a cama, deitar, sentar ao lado da cama, mudar a cadeira de rodas de posição, e voltar novamente para cadeia com segurança. O paciente deve ser independente em todas as fases da transferência.

15

TOTAL:

INTERPRETAÇÃO DO RESULTADO 75 a 51 pontos - dependência moderada

100 pontos – totalmente independente 50 a 26 pontos – dependência severa

99 a 76 pontos – dependência leve 25 e menos pontos – dependência total

Page 60: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

59

6. PROTOCOLO DE DESEMPENHO FÍSICO DE FUGL-MEYER

I – Movimentação Passiva e Dor

Mobilidade Dor Pontuação

Ombro

Flexão ( ) ( ) Mobilidade: 0 – apenas alguns graus de movimento 1 – grau de mobilidade passiva diminuída 2 – grau de movimentação passiva normal

Dor: 0 – dor pronunciada durante todos os graus demovimento e dor marcante no final daamplitude 1 – alguma dor 2 – nenhuma dor

Pont. Máx:

(44 mobilidade) (44 dor)

Abdução a 90º ( ) ( )

Rot. Ext. ( ) ( )

Rot. Int. ( ) ( )

Cotovelo Flexão ( ) ( )

Extensão ( ) ( )

Punho Flexão ( ) ( )

Extensão ( ) ( )

Dedos Flexão ( ) ( )

Extensão ( ) ( )

Antebraço Pronação ( ) ( )

Supinação ( ) ( )

Quadril

Flexão ( ) ( )

Abdução ( ) ( )

Rot. Ext. ( ) ( )

Rot. Int. ( ) ( )

Joelho Flexão ( ) ( )

Extensão ( ) ( )

Tornozelo Dorsiflexão ( ) ( )

Flexão plantar ( ) ( )

Pé Eversão ( ) ( )

Inversão ( ) ( )

II – Sensibilidade

Extereocepção

Membro superior ( ) 0 – anestesia 1 – hipoestesia/ disestesia 2 – normal

Pont. Máx: (8)

Palma da mão ( )

Coxa ( )

Sola do pé ( )

Propriocepção

Ombro ( ) 0 – nenhuma resposta correta (ausência de sensação) 1 – ¾ das respostas são corretas, mas há diferença

entre o lado não afetado 2 – todas as respostas são corretas

Pont. Máx: (16)

Cotovelo ( )

Punho ( )

Polegar ( )

Quadril ( )

Joelho ( )

Tornozelo ( )

Hálux ( )

III – Função motora de membro superior

Motricidade reflexa

bíceps/ tríceps ()

0 – sem atividade reflexa 2 – atividade reflexa presente

Pont. Máx: (2)

Sinergia flexora

Elevação ( ) 0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (12)

Retração de ombro( )

Abd + 90 ( )

Rot. Ext. ( )

Flexão de cotovelo ( )

Supinação ( )

Page 61: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

60

Sinergia extensora

Adução de ombro () 0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (8)

Rot. Interna ( )

Ext. de cotovelo ( )

Pronação ( )

Movimentos com e sem

sinergia

a) Mão a coluna lombar ( )

0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

b) Flexão de ombro até 90º ( )

0 – se o início do mov. o braço é abduzido ou o cotovelo é

fletido 1 – se na fase final do mov., o ombro abduz e/ou ocorre flexão de cotovelo 2 – a tarefa é realizada perfeitamente

c) Prono-supinação (cotovelo 90º e

ombro 0º) ( )

0 – Não ocorre posiciona/o correto do cotovelo e ombro

e/ou pronação e supinação não pode ser realizada completamente 1 – prono-supino pode ser realizada com ADM limitada e

ao mesmo tempo o ombroe o cotovelo estejam corretamente posicionados 2 – a tarefa é realizada completamente

d) Abd. ombro a 90º com cotov. estendido e

pronado ( )

0 – não é tolerado nenhuma flexão de ombro ou desvio da

pronação do antebraço noINÍCIO do movimento 1 – realiza parcialmente ou ocorre flexão do cotovelo e

oantebraço não se mantêmpronado na fase TARDIA do movimento 2 – a tarefa pode ser realizada sem desvio

e) Flexão de ombro de 90º a 180º ( )

0 – o braço é abduzido e cotovelo fletido no início

domovimento 1 – o ombro abduz e/ou ocorre flexão de cotovelo na fase

final do movimento 2 – a tarefa é realizada perfeitamente

f) Prono-supinação (cotov. estendido e

ombro fletido de 30 a 90º ( )

0 – Posição não pode ser obtida pelo paciente e/ou prono-

supinação não pode serrealizada perfeitamente 1 – atividade de prono-supinação pode ser realizadamesmo com ADM limitada e aomesmo tempo o ombro e o cotovelo estejam corretamente posicionados 2 – a tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (12)

Atividade reflexa normal

Bíceps / tríceps/ flexor dedos ( )*

* Avalia-se o reflexo somente se o paciente atingiu nota 2 para os itens d), e), f) do item anterior 0 – 2 ou 3 reflexos estão hiperativos 1 – 1 reflexo esta marcadamente hiperativo ou 2

estãovivos 2 – não mais que 1 reflexo esta vivo e nenhum esta

hiperativo Pont. Máx: (2)

Controle de punho

a) Cotovelo 90º, ombro 0º e pronação c/

resistência (assistência se necessário) ( )

0 – o pcte não pode dorsifletir o punho na

posiçãorequerida 1 – a dorsiflexão pode ser realizada, mas sem resistência alguma 2 – a posição pode ser mantida contra alguma resistência

b) Máxima flexo-extensão de punho,

cotov. 90º, ombro 0º, dedos fletidos e

pronação(auxílio senecessário) ( )

0 – não ocorre mov. voluntário 1 – o pcte não move ativamente o punho em todo grau

demovimento 2 – a tarefa pode ser realizada

c) Dorsiflexão com cotovelo a 0º, ombro a

30º e pronação, com resistência (auxílio) ( )

0 – o pcte não pode dorsifletir o punho na posição requerida 1 – a dorsiflexão pode ser realizada, mas sem resistência

alguma 2 – a posição pode ser mantida contra alguma resistência

Page 62: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

61

d) Máximaflexo-extensão, com cotov.

0º, ombro a 30º e pronação (auxílio) ( )

0 – não ocorre mov. voluntário 1 – o pcte não move ativamente o punho em todo grau

demovimento 2 – a tarefa pode ser realizada

Pont. Máx: (10) e) Circundução ( )

Mão

a) Flexão em massa dos dedos ( )

0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

b) Extensão em massa dos dedos ( )

0 - nenhuma atividade ocorre 1 – ocorre relaxamento (liberação) da flexão em massa 2 – extensão completa (comparado com mão não afetada)

c) Preensão 1: Art.

MCF (II a V) estendidas e IFs distal e proximal

fletidas. Preensão contra resistência ( )

0 – posição requerida não pode ser realizada 1 – a preensão é fraca 2 – a preensão pode ser mantida contra considerável resistência

d) Preensão 2: O pcte

é instruído a aduzir o polegar e segurar um

papel interposto entre o polegar e o dedo

indicador ( )

0 - a função não pode ser realizada 1 – o papel pode ser mantido no lugar, mas não contra um

leve puxão 2 – um pedaço de papel é segurado firmemente contra um

puxão

e) Preensão 3: O pcte

opõe a digital do polegar contra a do

dedo indicador, com um lápis interposto

( )

0 – a função não pode ser realizada 1 – o lápis pode ser mantido no l ugar, mas não contra um leve puxão 2 – o lápis é segurado firmemente

f) Preensão 4: Segurar

com firmeza um objeto cilíndrico, com a

superfície volar do primeiro e segundo

dedos contra os demais ( )

0 – a função não pode ser realizada 1 – o objeto interposto pode ser mantido no lugar, mas não

contra um leve puxão 2 – o objeto é segurado firmemente contra um puxão

g) Preensão 5: o

paciente segura com firmeza uma bola de

tênis ( )

0 – a função não pode ser realizada 1 – o objeto pode ser mantido no lugar, mas não contra um

leve puxão 2 – o objeto é segurado firmemente contra um puxão

Pont. Máx: (14)

IV – Coordenação / Velocidade de MS

Tremor ( ) 0 – tremor marcante | 1 – tremor leve | 2 – semtremor

Dismetria ( ) 0 – marcante |1 – leve | 2 – s/ dismetria

Velocidade: index-nariz 5 vezes, e o mais

rápido que conseguir ( )

0 – 6 seg. mais lento que o lado não afetado 1 – 2 a 5 seg. mais lento que o lado não afetado 2 – menos de 2 segundos de diferença

Pont. Máx: (6)

V – Função motora de membro inferior

Motricidade Reflexa

a) Aquileu ( ) 0 – sem atividade reflexa 2 – atividade reflexa pode ser avaliada

Pont. Máx: (4) b) Patelar ( )

Patelar e aquileu / adutor ( )

0 – 2 ou 3 reflexos estão marcadamente hiperativos 1 – 1 reflexo esta hiperativo ou 2 estão vivos 2 – não mais que 1 reflexo esta vivo

Pont. Máx: (2)

Page 63: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

62

Sinergia flexora

Flexão quadril ( ) 0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (6)

Joelho ( )

Dorsiflexão (DD) ( )

Sinergia extensora

Ext. de quadril ( ) 0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (8)

Adução de quadril ( )

Ext. de joelho ( )

Flexão plantar ( )

Movimentos com e sem

sinergia

a) a partir de leve extensão de joelho,

realizar uma flexão de joelho além

de 90º (sentado) ( )

0 – sem movimento ativo 1 – o joelho pode ativamente ser fletido até 90º (palpar os

tendões dos flexores do joelho) 2 – o joelho pode ser fletido além de 90º

b) Dorsiflexão de tornozelo (sentado)( )

0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Quadril a 0º, realizar a flexão de joelho mais

que90º (em pé) ( )

0 – o joelho não pode ser fletido se o quadril não é fletido

simultaneamente 1 – inicia flexão de joelho sem flexão do quadril, porém não

atinge os 90º de flexão de joelho ou flete o quadril durante o término do movimento 2 – a tarefa é realizada completamente

d) Dorsiflexão do tornozelo (em pé) ( )

0 – tarefa não pode ser realizada completamente 1 – tarefa pode ser realizada parcialmente 2 – tarefa é realizada perfeitamente

Pont. Máx: (8)

VI – Coordenação / Velocidade de MI

Tremor ( ) 0 – tremor marcante | 1 – tremor leve | 2 – semtremor

Dismetria ( ) 0 – marcante |1 – leve | 2 – s/ dismetria

Velocidade: calcanhar-joelho 5 vezes (DD)

( )

0 – 6 seg. mais lento que o lado não afetado 1 – 2 a 5 seg. mais lento que o lado não afetado 2 – menos de 2 segundos de diferença

Pont. Máx: (6)

VII – Equilíbrio

a) Sentado sem apoio e com os pés suspensos ( )

0 – não consegue se manter sentado sem apoio

1 – permanece sentado sem apoio por pouco tempo 2 – permanece sentado sem apoio por pelo menos 5 min.

e regula a postura do corpo em relação a gravidade

b) Reação de paraquedas no lado

não afetado ( ) 0 – não ocorre abdução de ombro, extensão de cotovelo

para evitar a queda 1 – reação de paraquedas parcial 2 – reação de paraquedas normal

c) Reação de paraquedas no lado

afetado ( )

d) Manter-se em pé com apoio ( )

0 – não consegue ficar de pé 1 – de pé com apoio máximo de outros 2 – de pé com apoio mínimo por 1 min

e) Manter-se em pé sem apoio ( )

0 – não consegue ficar de pé sem apoio 1 – pode permanecer em pé por 1 min e sem oscilação, ou

por mais tempo, porém com alguma oscilação 2 – bom equilíbrio, pode manter o equilíbrio por mais que 1

min com segurança

f)Apoio único sobre o lado não afetado ( )

0 – a posição não pode ser mantida por mais que 1-2seg

(oscilação) 1– consegue permanecer em pé, com equilíbrio, por 4 a 9

seg 2 – pode manter o equilíbrio nesta posição por mais que 10

seg Pont. Máx: (14)

g)Apoio único sobre o lado afetado ( )

Page 64: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

63

APÊNDICE C

Page 65: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

64

QUESTIONÁRIO

1. IDENTIFICAÇÃO

Código do Paciente: Sexo: ( ) M ( ) F

Endereço: Bairro:

CEP: Tel.: ( ) Estado Civil:

Data de Nasc.: ___/___/___ Idade: Admissão: ___/___/___

2. QUESTIONAMENTOS

Antecedentes Pessoais: ( ) Hipertensão Arterial

( ) Diabetes

( ) Tabagismo

( ) Etilismo

( ) Outros. _______________

Reinternação Hospitalar:

( ) Sim ( ) Não

Se sim, há quanto tempo após a alta hospitalar?

( ) 0 – 30 dias

( ) 31 – 60 dias

( ) 61 – 90 dias

Tempo de Internação: ________________

Se sim, qual a causa?

( ) Cerebrovascular

( ) Cardiovascular

( ) Infecciosa

( ) Metabólica

( ) Outras __________________________

Page 66: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

65

APÊNDICE D

Page 67: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

66

CARTA DE ANUÊNCIA - UNIVERSIDADE POTIGUAR

Eu, Cleber Mahlmann Viana Bezerra, diretor do curso de Fisioterapia

da Universidade Potiguar Campus Mossoró, declaro que, tomei conhecimento do

Projeto de Pesquisa intitulado: “Impacto da Fisioterapia Motora na Reinternação

Hospitalar de Pacientes com Diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico – Coorte

Histórico”, a ser desenvolvido pelo Mestrado Acadêmico em Saúde e Sociedade-

MASS, com a linha de Pesquisa: Diagnóstico, Clínica e Terapêutica no processo

Saúde/Doença na Sociedade, pela Mestranda Lorena Bezerra de Oliveira, sob a

orientação do Prof. Dr. Hougelle Simplício G. Pereira.

Ciente de que sua metodologia será desenvolvida e da leitura e concordância

com o parecer ético e a assunção da corresponsabilidade na pesquisa, conforme a

resolução CNS 466/12,e das demais resoluções complementares autorizo a

realização da pesquisa nessa instituição, colocando-me à disposição para facilitar

sua execução no que for necessário. Ressaltando que a instituição fornece uma

infraestrutura necessária para a realização do projeto.

Mossoró, de Agosto de 2014.

__________________________________________

Cleber Mahlmann Viana Bezerra

Diretor do Curso de Fisioterapia Campus Mossoró

Page 68: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

67

CARTA DE ANUÊNCIA - HOSPITAL REGIONAL DR. TARCÍSIO DE VASCONCELOS MAIA

Eu, Maria Danísia Moraes de Freitas, diretora do Hospital Regional Dr.

Tarcísio de Vasconcelos Maia, declaro que, tomei conhecimento do Projeto de

Pesquisa intitulado: “Impacto da Fisioterapia Motora na Reinternação Hospitalar de

Pacientes com Diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico – Coorte Histórico”, a

ser desenvolvido no Mestrado Acadêmico em Saúde e Sociedade-MASS, com a

linha de Pesquisa: Diagnóstico, Clínica e Terapêutica no processo Saúde/Doença na

Sociedade, pela Mestranda Lorena Bezerra de Oliveira, sob a orientação do Prof. Dr.

Hougelle Simplício G. Pereira.

Ciente de que sua metodologia será desenvolvida e da leitura e concordância

com o parecer ético e a assunção da corresponsabilidade na pesquisa, conforme a

resolução CNS 466/12e das demais resoluções complementares autorizo a

realização da pesquisa nessa instituição, colocando-me à disposição para facilitar

sua execução no que for necessário. Ressaltando que a instituição fornece uma infra

estrutura necessária para a realização do projeto.

Mossoró, de Agosto de 2014.

______________________________

Maria Danísia Moraes de Freitas

Diretora do Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia

Page 69: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

68

APÊNDICE E

Page 70: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

69

AUTORIZAÇÃO PARA USO DE PRONTUÁRIO CLÍNICO

Eu, Maria Danísia Moraes de Freitas, diretora do Hospital Regional Dr.

Tarcísio de Vasconcelos Maia, declaro que, tomei conhecimento do Projeto de

Pesquisa intitulado: “Impacto da Fisioterapia Motora na Reinternação Hospitalar de

Pacientes com Diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico - Coorte Histórico”, a

ser desenvolvido no Mestrado Acadêmico em Saúde e Sociedade-MASS, com a

linha de Pesquisa: Diagnóstico, Clínica e Terapêutica no processo Saúde/Doença na

Sociedade, e AUTORIZO a Mestranda Lorena Bezerra de Oliveira, sob a orientação

do Prof. Dr. Hougelle Simplício G. Pereira a utilizarem os prontuários clínicos de

pacientes internados no período de agosto/2014 a março/2015 do referido hospital,

em busca de informações e para realização da coleta de dados dos pacientes de

sua pesquisa, objetivando recrutar pacientes com diagnóstico de AVE para

acompanhamento após alta hospitalar. É válido ressaltar que, tenho consentimento

que o manuseio de tais informações será por motivo de pesquisa, e as informações

coletadas serão sigilosas.

Mossoró, de Agosto de 2014.

Lorena Bezerra de Oliveira

CPF: 01162621419

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Hougelle Simplício G. Pereira CPF: 01945078405

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) Maria Danísia Moraes de Freitas

CPF:876.499.344-20 Diretora do Hospital Regional Dr. Tarcísio de Vasconcelos Maia

Page 71: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

70

APÊNDICE F

Page 72: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

71

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Caro participante,

O(a) senhor(a) está sendo convidado a participar do projeto de pesquisa

intitulado: “Impacto da Fisioterapia Motora na Reinternação Hospitalar de Pacientes

com Diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico – Coorte Histórico”, realizada por

Lorena Bezerra de Oliveira, sob orientação de Hougelle Simplício Gomes Pereira.

Sua participação será estritamente voluntária, o que significa que poderá desistir a

qualquer momento sem que isso lhe traga nenhum prejuízo.

A pesquisa tem como objetivo analisar o impacto da fisioterapia motora na

reinternação hospitalar em pacientes com AVE e tem como objetivos secundários

detectar as causas de reinternação hospitalar dos pacientes com diagnóstico de

AVE e identificar o tempo de ocorrência das reinternações hospitalares dos

pacientes com diagnóstico de AVE.

O(a) Senhor (a) poderá fazer parte do grupo 1 (G1) responderá um

questionário, e será submetido a uma avaliação em que algumas perguntas lhe

serão feitas, serão realizados alguns movimentos para avaliar a sua capacidade de

movimentação. O Sr. será submetido a um protocolo de exercícios que consiste em:

alongamentos passivos ou ativos dos membros superiores (MMSS), ou seja, dos

braços e antebraços, e membros inferiores (MMII); ou seja, pernas e coxas,

mobilização do tronco no lado acometido; mobilização de MMSS e MMII com

mobilização intra-articular (MIA) nos graus 3 e 4; exercícios ativos livres, ativos

resistidos e isométricos para cadeias musculares de MMSS e MMII; Facilitação

Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) ou método Kabat para MMSS e MMII com

técnicas de iniciação rítmica e inversão dinâmica; exercícios de ponte, dissociação

de cinturas e exercício de bipedestação com apoio unipodal; exercícios para treino

de AVD (sentar, levantar, levar mão a boca, levar mão a cabeça); e treino de marcha

em barras paralelas com e sem obstáculos, subida e descida de rampa, subida e

descida de degraus. Ou poderá fazer parte do grupo (G2), no qual precisará

responder um questionário sobre a ocorrência de reinternação hospitalar nos

primeiros 06 meses após sua alta hospitalar.

Ao aplicar o TCLE, o questionário tanto no G1 quanto no G2, como também

ao realizar a coleta nos prontuários, pode haver riscos de natureza psíquica, moral,

intelectual ou social (insegurança, medo ou constrangimentos) por parte do

Page 73: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

72

participante. Sendo assim, com intuito de garantir a privacidade e confidencialidade

no momento da coleta, minimizando os riscos no momento da pesquisa, a

pesquisadora garantirá que o participante da pesquisa estará sozinho, em ambiente

que garanta privacidade, para que se sinta a vontade de participar ou não

voluntariamente da pesquisa. Durante a assinatura do TCLE, existem biombos nas

enfermarias que podem ser utilizados para garantir a privacidade do paciente. Já

para aplicação do questionário, será marcado um horário que seja conveniente para

o participante, sempre respeitando sua individualidade e privacidade.

Durante o período de tratamento fisioterapêutico, bem como na execução dos

exercícios poderão surgir intercorrências, como por exemplo: o aumento da pressão

arterial, frequência cardíaca ou respiratória, fazendo com que seja necessária a

interrupção do atendimento. Dessa forma, como uma medida de segurança a

pesquisadora estará sempre ao lado do paciente para que sejam tomadas medidas

imediatas. Poderá acontecer a possível elevação dos níveis pressóricos, caso isso

ocorra o voluntário será mantido em decúbito dorsal por um tempo de 15 minutos

objetivando a estabilidade da pressão arterial, em seguida serão aferidos os sinais

vitais para avaliar se normalizaram para dar continuidade aos exercícios, caso não

sejam normalizados os sinais vitais do paciente, os exercícios serão suspensos e o

paciente encaminhado para um serviço de atendimento médico especializado.

A pesquisa será suspensa ou encerrada caso os pacientes adquiram alguma

patologia associada ou não tenham mais condições clínicas que os impossibilitem

de realizar os atendimentos de fisioterapia.

O participante da pesquisa poderá ter os seguintes benefícios: diminuição dos

riscos de atrofia muscular, melhora da flexibilidade, força muscular, capacidade e

tolerância ao exercício, e ritmo da caminhada. Desta forma, o plano de tratamento

traçado para os voluntários da pesquisa busca oferecê-los uma melhor qualidade de

vida, bem-estar físico, mental e social, objetivando principalmente reduzir a morbi-

mortalidade e os riscos de reinternação hospitalar.

O(a) senhor(a) terá a liberdade para questionar dúvidas que possam surgir a

qualquer momento da pesquisa acerca do tratamento e métodos utilizados, bem

como seus objetivos. Todos os indivíduos deverão participar da pesquisa por livre e

espontânea vontade, a participação é voluntária e não será remunerada. Eventuais

gastos oriundos exclusivamente das atividades relacionadas à pesquisa serão

ressarcidos, como por exemplo, transporte para realização das sessões de

Page 74: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

73

fisioterapia. A previsão do ressarcimento será assim que solicitado pelo participante

da pesquisa, tendo em vista que a pesquisa terá financiamento próprio pelos

pesquisadores. A indenização será provida se em algum momento o

sujeito/voluntário sofrer algum dano comprovadamente decorrente desta pesquisa;

tendo, portanto, direito a indenização. O sujeito/voluntário pode também desistir de

participar ou de continuar sua participação na pesquisa em qualquer momento. Será

realizada uma análise interim pelo Pesquisador associado/Docente da pós-

graduação Saúde e Sociedade, Dr. Hougelle Simplício, e caso seja evidenciado

estatisticamente futilidade da intervenção ou efeito danoso da mesma a pesquisa

será interrompida.

Após a coleta, os dados serão guardados em local seguro, e a divulgação dos

resultados será feita de forma a não identificar os voluntários e serão cumpridas as

exigências da resolução 466/12 do CNS, que trata sobre bioética. Os dados serão

armazenados fisicamente, tanto na forma de impresso quanto em mídia eletrônica

na secretaria do Programa de Pós-graduação Saúde e Sociedade (PPGSS) da

Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) em armário com chave e o

acesso aos dados será controlado através de livro de registro de entrada e retirada

dos dados. Todos os registros em mídia eletrônica secundários serão excluídos dos

computadores e dispositivos de armazenamento utilizados pelos pesquisadores

durante a pesquisa. O acesso aos dados será possível somente após autorização

por escrito do Docente do PPGGS, Prof. Hougelle Simplício. O tempo de

armazenamento dos dados será de cinco anos.

Declaro ter conhecimento de todas as informações contidas no termo,

autorizando o docente Hougelle Simplício Gomes Pereira e a aluna Lorena Bezerra

de Oliveira, a utilizar os dados obtidos para realização de trabalhos e apresentação

em encontros científicos. Concedo ainda o direito de retenção e uso para quaisquer

fins de ensino e divulgação em jornais e/ou revistas científicas do país e do

estrangeiro, desde que mantido o sigilo sobre a minha identidade, podendo usar

pseudônimos.

Você ficará com a via original deste termo, caso tenha novas perguntas sobre

este estudo, pode contatar Lorena Bezerra de Oliveira, no endereço: Rua Dionísio

Filgueira, 383, Centro, CEP: 59610-090 – Mossoró-RN, telefone (84) 8811-6310,

email: [email protected]. Para qualquer pergunta sobre os meus direitos

como participante deste estudo ou se pensei que fui prejudicado pela minha

Page 75: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

74

participação, posso entrar em contato com o mesmo nos telefones acima

mencionados. Dúvidas a respeito da ética desta pesquisa poderão ser questionadas

ao Comitê de Ética em Pesquisa da UERN, no endereço na Rua Miguel Antônio da

Silva Neto, S/N Bairro Aeroporto, 3º Pavimento da Faculdade de Ciências da Saúde

Tel: 3318-2596 email: [email protected], CEP: 59607-360.

Eu, _____________________________________________________,

RG__________, residente em ________________________ declaro que fui

devidamente esclarecido das condições acima citadas, desejo e consinto

voluntariamente em participar das atividades propostas na Pesquisa intitulada

“Impacto da Fisioterapia Motora na Reinternação Hospitalar de Pacientes com

Diagnóstico de Acidente Vascular Encefálico (AVE) - Coorte Histórico” na condição

de voluntário. Portanto, autorizo a publicação dos resultados e sua divulgação.

_______________________________ Participante/ Voluntário /ou Familiar

Este termo foi lido para _________________________________________

em ____/_____/_____ por __________________________________ enquanto eu estava presente.________________________________ (Testemunha). Local: ___________________________. Data:___/___/___

Assinatura do (a) responsável da pesquisa:_____________________________.

Page 76: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

75

APÊNDICE G

Page 77: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

76

PROTOCOLO DE INTERVENÇÃO FISIOTERAPÊUTICA

Protocolo de Intervenção Fisioterapêutica

Exercícios Fisioterapêuticos

Objetivos Terapêuticos

Descrição

Alongamentos passivos ou ativos

Manter ou ganhar amplitude de movimento das

articulações com déficit de amplitude de movimento e

prevenir complicações decorrentes da redução da habilidade motora, como

contraturas e deformidades;

MMSS: m. bíceps braquial, m. tríceps braquial, m. flexores e extensores de punho e dedos com paciente sentado em 1x30seg. cada;

MMII: m. quadríceps, m. ísquiotibiais, m. ileopsoas, m. tibial anterior, m. tríceps sural com paciente em decúbito dorsal (DD) em 1x30seg. cada;

Mobilização passiva de membros

MMSS: flexão, extensão de ombro; flexão e extensão de cotovelo; flexão e extensão de punho e dedos, com paciente sentado em 2x8rep; MMII: flexão, extensão, abdução e adução de quadril; flexão e extensão de joelho; dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo, com paciente em DD em 2x8rep;

Mobilização Intra-Articular (MIA)

Mobilização escapular no lado acometido com paciente em decúbito lateral (DL). O terapeuta realiza movimentos escápulo-umeral nos sentidos: ântero-posterior, crânio-caudal e mobilização em 8; Mobilização de tornozelo nos graus 3 e 4 com paciente em DD;

Exercícios ativos-livres, ativos-resistidos

Estimular a neuroplasticidade e promover ganho de força muscular para os músculos

com déficit de força;

MMSS: Exercícios de flexão, extensão, abdução, adução horizontal de ombro; flexão e extensão de cotovelo; supinação e pronação, flexão e extensão de punho e dedos com paciente sentado em 1x10rep. cada;

MMII: Exercício de flexão, extensão e abdução de quadril; flexão e extensão de joelho;

Page 78: IMPACTO DA FISIOTERAPIA MOTORA NA REINTERNAÇÃO … · tratamento fisioterapêutico por período de até 3 meses após a alta hospitalar. O grupo controle (G2) foi composto por 50

77

dorsiflexão e flexão plantar de tornozelo com paciente sentado em 1x10rep. cada;

Facilitação Neuromuscular

Proprioceptiva (FNP) -

KABAT

MMSS: 1ª Diagonal: Flexão + Adução + Rot. Externa / Extensão + Abdução + Rot. Interna; 2ª Diagonal: Flexão + Abdução + Rot. Externa / Extensão + Adução + Rot. Interna; ambas com paciente em DD, com técnicas de iniciação rítmica e inversão dinâmica em 2x10rep.;

MMII: 1ª Diagonal: Flexão + Adução + Rot. Externa / Extensão + Abdução + Rot. Interna; 2ª Diagonal: Flexão +Abdução + Rot. Interna / Extensão +Adução + Rot. Externa; ambas com paciente em DD, com técnicas de iniciação rítmica e inversão dinâmica em 2x10rep.;

Exercícios de controle postural e reação de

balanço

Evolução proprioceptiva, melhora do controle postural, equilíbrio estático e dinâmico;

Ex. de dissociação de cinturas c/ pcte sentado, com uso de bola ou cones; Ex. de ponte associado a fortalecimento de adutores com bola, pcte em DD; Ex. de bipedestação com transferência de peso unipodal para o lado acometido, com 1x10rep. para cada exercício;

Treino de Atividades de

Vida Diária (AVDs)

Ex. de sentar, levantar, levar mão a boca, levar mão a cabeça em 2x8rep. para cada exercício;

Treino de marcha Treino de marcha nas barras paralelas com/sem obstáculos, subida e descida de rampa, subida e descida de degraus.