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CEM NORTE DE11562011GRC 4,00 euros (IVA incl.) OUTUBRO • 2ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • N º 20 (Continua na pág. 703) Orçamento do Estado confirma enorme aumento da carga fiscal O Governo entregou na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado de 2013, que, tal como divulgado no último número, confirma o aumento “brutal” dos impostos, a que ficaram sujeitos os con- tribuintes para os próximos tempos. O Orçamento é votado na generalidade no final dos dois dias de debate, a 30 e 31 de outubro. A votação final está agendada para 27 de novembro, no Parlamento. No que diz respeito aos pontos essenciais desta- camos: - a reposição do subsídio de Natal para funcioná- rios públicos, mantendo-se a suspensão do de férias. Para pensionistas e reformados repõe-se o subsídio de Natal e 10% do de férias; - em sede de IRS, o número de escalões reduz-se de oito para cinco, situando-se entre 14,5% e 48%, de acordo com o que já havíamos informado no último Boletim do Contribuinte, e haverá uma sobretaxa de 4%, a aplicar mensalmente, mas cuja retenção na fonte total não pode ultrapassar 45% do rendimento de cada trabalhador ou pensionista; - redução de encargos brutos com PPP de 250 milhões de euros em 2013, decorrentes da re- negociação dos contratos. NESTE NÚMERO: • IRS: deduções e benefícios fiscais – quadro comparativo 2012 e 2013 • IMI: participação de rendas até final do mês • Governo apresenta medidas para o crescimento da economia IMI: cláusula de salvaguarda será mantida em 2013 e 2014 Legislação DL nº 221/2012, de 12.10 (Rendimento social de inserção – atividades socialmente úteis – contrato de inserção) ......................................... 726 Resoluções Administrativas e Inf. Vinculativas IRS: regime fiscal dos residentes não habituais ....... 720 IVA: movimentação e transporte de terras – enquadramento em sede de IVA; bens e serviços relativos a construção e equipamento de imóvel destinado a museu – direito á dedução ............ 721 a 724 Jurisprudência Infracções tributárias: crime de abuso de confiança fiscal – responsabilidade penal dos sócios gerentes 725 Obrigações fiscais do mês e informações diversas . 702 a 719 Proposta do OE para 2013: síntese das principais medidas fiscais ................................................ 701 a 708 Medidas para o crescimento da economia portuguesa – competividade, emprego e investimento ......... 716 a 719 Trabalho e Segurança Social Legislação e Informações Diversas .................. 726 a 734 Sumários do Diário da República.............................. 736 SUMÁRIO

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Page 1: IMI: cláusula de salvaguarda será mantida em 2013 e 2014 ...bc_ed20... · - a reposição do subsídio de Natal para funcioná- ... - redução de encargos brutos com PPP de 250

CEM NORTEDE11562011GRC

4,00 euros (IVA incl.)

OUTUBRO • 2ª QUINZENA ANO 80º • 2012 • Nº 20

(Continua na pág. 703)

Orçamento do Estado confi rma enorme aumento da carga fi scal

O Governo entregou na Assembleia da República a proposta de Orçamento do Estado de 2013, que, tal como divulgado no último número, confi rma o aumento “brutal” dos impostos, a que fi caram sujeitos os con-tribuintes para os próximos tempos.

O Orçamento é votado na generalidade no fi nal dos dois dias de debate, a 30 e 31 de outubro. A votação fi nal está agendada para 27 de novembro, no Parlamento.

No que diz respeito aos pontos essenciais desta-camos:

- a reposição do subsídio de Natal para funcioná-rios públicos, mantendo-se a suspensão do de férias. Para pensionistas e reformados repõe-se o subsídio de Natal e 10% do de férias;

- em sede de IRS, o número de escalões reduz-se de oito para cinco, situando-se entre 14,5% e 48%, de acordo com o que já havíamos informado no último Boletim do Contribuinte, e haverá uma sobretaxa de 4%, a aplicar mensalmente, mas cuja retenção na fonte total não pode ultrapassar 45% do rendimento de cada trabalhador ou pensionista;

- redução de encargos brutos com PPP de 250 milhões de euros em 2013, decorrentes da re-negociação dos contratos.

NESTE NÚMERO:• IRS: deduções e benefícios fi scais – quadro comparativo 2012 e 2013• IMI: participação de rendas até fi nal

do mês• Governo apresenta medidas

para o crescimento da economia

IMI: cláusula de salvaguarda será mantida em 2013 e 2014

LegislaçãoDL nº 221/2012, de 12.10 (Rendimento social de inserção – atividades socialmente úteis – contrato de inserção) ......................................... 726Resoluções Administrativas e Inf. VinculativasIRS: regime fi scal dos residentes não habituais ....... 720IVA: movimentação e transporte de terras – enquadramento em sede de IVA; bens e serviços relativos a construção e equipamento de imóvel destinado a museu – direito á dedução ............ 721 a 724JurisprudênciaInfracções tributárias: crime de abuso de confi ança fi scal – responsabilidade penal dos sócios gerentes 725Obrigações fi scais do mês e informações diversas . 702 a 719Proposta do OE para 2013: síntese das principais medidas fi scais ................................................ 701 a 708Medidas para o crescimento da economia portuguesa –

competividade, emprego e investimento ......... 716 a 719Trabalho e Segurança SocialLegislação e Informações Diversas .................. 726 a 734Sumários do Diário da República .............................. 736

SUMÁRIO

Page 2: IMI: cláusula de salvaguarda será mantida em 2013 e 2014 ...bc_ed20... · - a reposição do subsídio de Natal para funcioná- ... - redução de encargos brutos com PPP de 250

Boletim do Contribuinte702OUTUBRO 2012 - Nº 20

I R S (Até ao dia 20 de novembro)- Entrega do imposto retido no mês de outubro

sobre rendimentos de capitais, prediais e comissões pela intermediação na realização de quaisquer contratos, bem como do imposto retido pela aplicação das taxas liberatórias previstas no art. 71º do CIRS. (Arts. 98º, nº 3, e 101º do Código do IRS)

- Entrega do imposto retido no mês de outubro sobre as remunerações do trabalho dependente, independente e pensões – com exceção das de alimentos (Categorias A, B e H, respectivamente). (Al. c) do nº 3º do art. 98º do Código do IRS)

I R C- Entrega das importâncias retidas no mês de outubro por

retenção na fonte de IRC. (Até ao dia 20 de novembro)(Arts. 106º, nº 3, 107º e 109º do Código do IRC)

IVA- Entrega do imposto liquidado no mês de Setembro pelos

contribuintes de periodicidade mensal do regime normal. (Até ao dia 12 de novembro)*

- Entrega, pelos sujeitos passivos enquadrados no regime normal de periodicidade trimestral, do imposto referente ao 3.º trimestre de 2012 (julho, agosto e setembro). (Até ao dia 15 de novembro)

- Regime dos pequenos retalhistas - pagamento do imposto apurado relativo ao 3º trimestre de 2012. Caso não

PAGAMENTOSEM NOVEMBRO

haja imposto a pagar, deverá ser entregue na repartição de fi nanças competente declaração para o efeito. (Até ao dia 20 de novembro)

IMPOSTO ÚNICO DE CIRCULAÇÃO (Até ao dia 30 de novembro)

– Liquidação, por transmissão electrónica de dados, e pagamento do Imposto Único de Circulação – IUC – relativo aos veículos cujo aniversário da matrícula ocorra no mês de Novembro.

SEGURANÇA SOCIAL (De 11 a 20 de novembro)- Pagamento de contribuições e quotizações referentes ao

mês de Outubro de 2011.

IMPOSTO DO SELO (Até ao dia 21 de novembro)- Entrega, por meio de guia, do imposto arrecadado no mês

de Outubro. (Arts. 43º e 44º do Código do Imposto do Selo)

Boletim do ContribuinteCalendário das obrigações fi scais

e declarativas

Alertamos os nossos leitores que passamos a an-tecipar a divulgação do habitual calendário fi scal que publicamos nesta secção do Boletim do Contribuinte da seguinte forma.

• 1ª quinzena do Boletim do Contribuinte:O calendário das obrigações fi scais de cada mês é

publicado na edição relativa à 1ª quinzena;

• 2ª quinzena do Boletim do Contribuinte:No Boletim do Contribuinte da 2ª quinzena de cada

mês passam a ser divulgadas as principais obrigações fi scais para o mês seguinte.

Desta forma pretendemos antecipar a divulgação da informação relevante para o cumprimento das obrigações fi scais e declarativas.

Combate á fuga e evasão fi scalContas bancárias exclusivamente afectas

à actividade empresarial

Pagamentos de valor igual ou superior a 1000 euros só podem ser feitos

via transferência bancária, cheque ou débito direto

1 - Os sujeitos passivos de IRC, bem como os sujei-tos passivos de IRS que disponham ou devam dispor de contabilidade organizada, estão obrigados a possuir, pelo menos, uma conta bancária através da qual devem ser, ex-clusivamente, movimentados os pagamentos e recebimen-tos respeitantes à actividade empresarial desenvolvida.

2 - Devem, ainda, ser efectuados através da conta ou contas referidas no n.º 1 todos os movimentos relativos a suprimentos, outras formas de empréstimos e adiantamen-tos de sócios, bem como quaisquer outros movimentos de ou a favor dos sujeitos passivos.

3 - Os pagamentos respeitantes a faturas ou documen-tos equivalentes de valor igual ou superior a (euro) 1000 devem ser efetuados através de meio de pagamento que permita a identifi cação do respetivo destinatário, desig-nadamente transferência bancária, cheque nominativo ou débito direto.

4 - A administração tributária pode aceder a todas as informações ou documentos bancários relativos à conta ou contas referidas no n.º 1 sem dependência do consen-timento dos respectivos titulares.

5 - A possibilidade prevista no número anterior é estabelecida nos mesmos termos e circunstâncias do artigo 63.º-B.

(art. 63º-C, da Lei Geral Tributária, com a redação da Lei nº 20/2012, de 14 de Maio)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 703OUTUBRO 2012 - Nº 20

Orçamento do Estado para 2013 confi rma enorme aumento

da carga fi scal(Continuação da pág. 701)

- manutenção da cláusula de salvaguarda do IMI;- o gasóleo e a gasolina vão fi car mais caros a partir de 1 de

janeiro de 2013, por via de um aumento da contribuição para o serviço rodoviário (CSR), integrado no Imposto sobre os Produtos Petrolíferos;

- redução da TSU para empresas que contratem desempre-gados com mais de 45 anos, uma vez que estes represen-tam atualmente cerca de 32% do total do desemprego;

- o Governo corta para metade as deduções com crédito à habitação no IRS, fi xando o limite máximo da dedução em 296 euros.

Há ainda a destacar o denominado “Pacote PME 2013” para aumentar competitividade das empresas e cujas medidas previstas acabam de ser divulgadas pelo Governo e constam de forma resumida nas págs. 716 a 719 deste número.

Indicam-se de seguida, e por imposto, as medidas que irão ter mais reprecursão nos “bolsos” dos contribuintes:

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares – IRS

O OE para 2013 mexe em todas as categorias de rendi-mentos.

Eliminação das despesas com a formação

Relativamente à categoria A (rendimentos de trabalho por conta de outrem), salientamos a eliminação das despesas de formação para efeitos de dedução específi ca (art. 25º do CIRS), bem como a diminuição dos montantes das ajudas de custo.

Reescalonamento do IRSAo nível dos escalões de IRS, as alterações são bem visí-

veis no quadro seguinte, ou seja, os escalões de IRS para 2013 oscilam entre os 14,5%, em rendimentos até sete mil euros, e os 48%, para rendimentos superiores a 80 mil euros.

Na prática, o escalão mais baixo passa a englobar os dois anteriores, aumentando a taxa em três pontos percentuais.

Atuais escalões de IRS (2012)

Rendimento Anual IRS

Até 4898 A 11,5%

Entre 4898 A e 7410 A 14%

Entre 7410 A e 18 375 A 24,5%

Entre 18 375 A e 42 259 A 35,5%

Entre 42 259 A e 61 244 A 38%

Entre 61 244 A e 66 045 A 41,5%

Entre 66 045 A e 153 300 A 43,5%

Mais de 153 300 A 46,5%

Novos Escalões de IRS (2013)

Rendimento Anual IRS

Até 7000 A 14,5%

Entre 7000 A e 20 000 A 28,5%

Entre 20 000 A e 40 000 A 37%

Entre 40 000 A e 80 000 A 45%

Mais de 80 000 A 48%

Sobretaxa de 4%Além do reescalonamento do IRS, o Governo introduz no

OE para o próximo ano ainda uma sobretaxa de quatro pontos percentuais sobre os rendimentos auferidos em 2013 e mantém uma taxa adicional de 2,5% para o último escalão, que agora é de 80 mil euros (Cfr Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 665).

Trabalhadores independentes - regime simplifi cadoNa determinação do rendimento tributável das prestações

de serviços – Categoria B (rendimentos profi ssionais e empre-sariais), passa a ser aplicado o coefi ciente de 80% (atualmente o coefi ciente é de 70%), o que signifi ca que os trabalhadores independentes apenas podem deduzir 20% das despesas na ob-tenção do seu rendimentos. É, todavia, permitido aos sujeitos passivos desta categoria enquadrados no regime simplifi cado (art. 178º da proposta OE 2013) poderem livremente optar pelo regime da contabilidade organizada.

Trabalhadores independentes - retenção na fonteOs trabalhadores independentes sofrem ainda um acréscimo

na taxa de retenção na fonte, dado que a taxa atualmente em vigor é de 21,5%, passando a partir de janeiro de 2013 a ser de 25%.

Rendas - taxa autónomaOs rendimentos prediais (categoria F) passam a estar su-

jeitos a uma taxa autónoma de 28%.

Mais-valias da alienação de partes sociaisA alteração à categoria G (Mais-valias) de rendimento diz

respeito sobretudo ao aumento da taxa aplicável entre o saldo positivo entre as mais e menos-valias resultantes da alienação de partes sociais. A taxa é aumentada de 25% para 28%.

Valores mobiliários - pequenos subscritores - fi m da isenção De destacar ainda o facto de passar a estar sujeita a IRS a

totalidade do saldo positivo resultante das mais e menos-valias da alienação de ações, obrigações e outros títulos que até agora estavam isentos até ao montante de 500 euros.

Não residentesOs rendimentos obtidos em Portugal por não residentes

passam a estar sujeitos a uma taxa liberatória de 25%. A taxa anterior era de 21% (cfr alterações ao artigo 71º do Código do IRS). Já quanto às mais-valias obtidas por não residentes em território nacional, a taxa liberatória irá subir de 25% para 28%.

Deduções à coletaAinda em sede de IRS destacam-se as alterações aos limi-

tes dos benefi cios fi scais e deduções à coleta, que, na prática se traduzem no seguinte:

(Continua na pág. seguinte)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte704OUTUBRO 2012 - Nº 20

Os contribuintes com rendimentos brutos superiores a 80 000 euros, ou seja, pertencentes ao último escalão de IRS, deixam de poder deduzir despesas no IRS.

O segundo escalão de IRS (ou seja, rendimentos coletáveis entre 7000 e 20 000 euros) poderá abater até 12,50 euros de despesas e mais 100 euros a título de benefícios fi scais.

Quem estiver no terceiro escalão (20 000 e 40 000 euros) pode deduzir 1000 euros e 80 euros, respetivamente. O quarto escalão (entre 40 000 e 80 000 euros) abate um máximo 500 euros de despesa e 60 euros de benefícios fi scais. E quem esteja no último escalão, com rendimentos coletáveis acima de 80 mil euros, não poderá apresentar qualquer despesa para reduzir a fatura fi scal. Esta redução das deduções à coleta e dos benefícios fi scais é mais uma fonte de agravamento fi scal. (Cfr. quadros nas págs. 706 a 708)

Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Coletivas – IRC

Dedução de gastos fi nanceirosLimitação à dedutibilidade de gastos de fi nanciamento (art.

67º do Código do IRC)Os gastos de fi nanciamento líquidos são dedutíveis até à

concorrência do maior dos seguintes limites:- € 3 000 000; ou- 30 % do resultado antes de depreciações, gastos de fi nan-

ciamento líquidos e impostos.Existe, todavia, um regime transitório de acordo com o

qual a limitação é gradual, sendo a percentagem de 70% em 2013, 60% em 2014, 50% em 2015, 40% em 2016 e 30% apenas em 2017.

Pagamentos por conta e derrama estadualAs empresas irão ainda ser confrontadas com um aumento do

cálculo do valor dos pagamentos por conta, isto é, os pagamen-tos por conta dos sujeitos passivos cujo volume de negócios do período de tributação imediatamente anterior àquele em que se devam efetuar esses pagamentos seja igual ou inferior a € 500 000 passarão a corresponder a 80 % (contra os atuais 70%) do montante do imposto repartido por três montantes iguais, arre-dondados, por excesso, para euros. Uma nota ainda para o facto de apenas ser possivel deixar de fazer o 3º pagamento por conta.

O pagamento da derrama estadual (art. 105º-A do Código do IRC) passará a ser efetuado tendo em conta os seguintes valores.

Lucro tributável (em euros)

Taxas (em percentagens)

De mais de 1 500 000 até 7 500 000 2,5

Superior a 7 500 000 4,5

Não residentesA partir de 2013, a taxa de IRC incidente sobre os ren-

dimentos obtidos por não residentes (royalties, comissões, prestações de serviço e rendimentos prediais) aumentará de 15% para 25%.

RFAIÉ prorrogado para o exercício de 2013 o Regime Fiscal de

Apoio ao Investimento.

Imposto sobre o Valor Acrescentado – IVA

Contabilidade de caixa - regime simplifi cadoUma das principais alterações em sede de IVA é a introdu-

ção de um regime simplifi cado e facultativo de contabilidade de caixa aplicável às pequenas empresas que não benefi ciem de isenção do IVA, e surge como um pedido de autorização legislativa que, na prática, quer responder a uma antiga aspi-ração das Pequenas e Médias Empresas.

Para além de ser facultativo, o regime apenas se aplica a sujeitos passivos de IVA com um volume de negócios anual até 500 mil euros e deixa de fora atividades como a importação e exportação. Por outro lado, quem optar pelo regime de caixa terá de se manter sob essas regras durante dois anos.

Refi ra-se, todavia, que quem quiser aderir ao regime tem que autorizar o acesso às contas bancárias por parte da Auto-ridade Tributária e Aduaneira.

Outras alterações:- as transmissões de bens efetuadas no âmbito de deter-

minadas atividades agrícolas deixam de benefi ciar da isenção prevista no nº 33 do art. 9º do CIVA, passando a ser taxadas a 6%;

- passa a existir uma clara distincão entre créditos de co-brança duvidosa e créditos incobráveis para efeitos de recuperação do IVA (serão aditados 4 artigos ao CIVA – artigo 78º-A a 78º-D);

- são alterados os regimes de bens em circulação e o regime do ouro para investimento;

- o montante das operações para que seja obrigatória a apresentação dos mapas recapitulativos dos clientes e fornecedores foi fi xado em 3000 J� (o valor anterior era de 25 000 euros).

Imposto Municipal sobre Imóveis – IMIA cláusula de salvaguarda, ao contrário do que havia sido

inicialmente anunciado, mantém-se, o que suaviza o aumento anual do imposto durante os próximos dois anos.

Assim, o IMI respeitante aos anos de 2012 e 2013 e cobrado em 2013 e 2014, respetivamente, “não pode exceder a coleta do IMI devido no ano imediatamente anterior, adicionada, em cada um desses anos, do maior dos seguintes valores: 75 euros ou um terço da diferença entre o IMI resultante do valor patrimonial tributário actualizado e o IMI devido em 2011”.

Esta regra só se aplicará aos prédios urbanos alvo da rea-valiação geral, o que signifi ca que quem comprou um prédio no início do ano daí em diante não benefi cia da cláusula de salvaguarda.

(Continuação da pág. anterior)

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 705OUTUBRO 2012 - Nº 20

Com a manutenção da cláusula de salvaguarda muitos proprietários, sobretudo os que têm aumentos mais signi-fi cativos no valor patrimonial tributário, só vão sentir em pleno o efeito das novas regras de avaliação do património em 2015.

Valores de IMI com cláusula de salvaguarda

Exemplos 2012 2013 2014 2015

T3 no Porto

VPT: • 5629 A (1)• 97 560 A�(2)

39,40 A 156 35 A 273,29 A 390,24 A

T1 em Lisboa

VPT: • 3 338 A (1)• 51 260 A (2)

23,36 A 83,92 A 158,92 A 205,04 A

Moradia em Coimbra

VPT: • 35 400 A (1)• 196 400 A�(2)

247,80 A 427, 07 A 606,34 A 785,60 A

Moradia em Cascais

VPT: • 65 000 A (1)• 710 500 A�(2)

455 A 1250,67 A 2046,34 A 2842 A

(1) - VPT de prédios não reavaliados.(2) - VPT de prédios avaliados em 2012 no âmbito da avaliação geral* Nos exemplos foram consideradas as taxas de IMI de 0,7% para os prédios não

reavaliados e de 0,4% para os reavaliados.Sem aplicação da cláusula de salvaguarda os valores de IMI a pagar em 2013 e

2014 seriam iguais aos indicados para 2015.

Em virtude do aumento substancial do IMI decorrente das alterações previstas a partir de 2013 e da forte contestação que o referido aumento tem suscitado, o contribuinte poderá reagir à avaliação dos prédios urbanos de acordo com os pro-cedimentos e regras enunciados no Boletim do Contribuinte, 2012, págs. 321 a 325.

Imposto sobre o tabaco

A proposta de Orçamento do Estado agrava o imposto so-bre cigarrilhas e charutos. De acordo com a versão preliminar sobre o preço de venda ao público, passa a incidir uma taxa de 25%, mais dez pontos percentuais em relação à que está atualmente em vigor.

Recorde-se que em 2010 a taxa era de 12,35%, o que sig-nifi ca que o imposto duplicou no espaço de três anos.

O tabaco de enrolar também vai fi car mais caro, já que passa a ser aplicada a mesma taxa “ad valorem” que é cobrada nos cigarros e cigarrilhas. Neste caso a taxa será, não de 25%, mas de 20%.

Imposto Único de Circulação – IUC

O Imposto Único de Circulação (IUC), como é habitual, vai aumentar. A proposta de Orçamento do Estado aponta para um aumento de 1,3% no IUC, para os automóveis menos potentes, e menos poluentes o que, apesar de tudo, é uma atualização muito razoável. No entanto, os de alta cilindrada terão um agravamento de 10%.

A componente ambiental do imposto também sobe em 1,3%, mas apenas nos veículos que emitam até 180 g/km.

Assim, de acordo com as tabelas da proposta do OE para 2013, há um aumento de 10% no valor a pagar pelos proprie-tários de automóveis com cilindrada superior a 2500 cm3, bem como daqueles que são mais poluentes. Na componente ambiental, os 10% de aumento são aplicados aos dois últimos escalões.

Tabelas atuais IUC 2012

Cilindrada Taxa CO2 Taxa

Até 1.250 cm3 27,51 Até 120g/Km 56,46

Mais de 1.250 cm3 até 1.750 cm3

55,22Mais de 120g/km até 180g/km

84,59

Mais de 1.750 cm3 até 2.500 cm3

110,34Mais de 180g/km até 250g/km

169,18

Mais de 2.500 cm3 347,74 Mais de 250g/km 289,82

Tabelas previstas para vigorar em 2013

Cilindrada Taxa CO2 Taxa

Até 1.250 cm3 27,87 Até 120g/Km 57,19

Mais de 1.250 cm3 até 1.750 cm3

55,94Mais de 120g/km até 180g/km

85,69

Mais de 1.750 cm3 até 2.500 cm3

111,77Mais de 180g/km até 250g/km

186,1

Mais de 2.500 cm3 382,51 Mais de 250g/km 318,8

Na determinação do valor total do IUC, deve-se multipli-car à coleta obtida de acordo com as tabelas supra indicadas, os seguintes coefi cientes em função do ano de aquisição do veículo:

Ano de aquisição Coefi ciente

2007 1,00

2008 1,05

2009 1,10

2010 em diante 1,15

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Boletim do Contribuinte706OUTUBRO 2012 - Nº 20

IRS – Deduções à coleta pessoais e por benefícios fi scais

Deduções à coleta de IRS 2012 2013

Valores em Euros Casado Não casado Casado Não casadoPESSOAIS E FAMILIARES

Por sujeito passivo 522,50 261,25 427,50 213,75Famílias monoparentais 380,00 332,50Dependentes 190,00 190,00 213,75 213,75

Dependentes com menos de 3 anos a 31 de Dezembro do ano em causa 380,00 380,00 427,50 427,50Agregados familiares com três ou mais dependentes a seu cargo / Por dependente - - 237,50 237,50

Ascendentes em comunhão de habitação com o contribuinte e com pensão igual ou inferior à pensão mínima do regime geral

261,25 261,25 261,25 261,25

Apenas um ascendente em comunhão de habitação com o contribuinte e com pensão igual ou inferior à pensão mínima do regime geral

403,75 403,75 403,75 403,75

Pessoas portadoras de defi ciênciaPor sujeito passivo 3 800,00 1 900,00 3 800,00 1 900,00Por dependente portador de defi ciência 712,50 712,50 712,50 712,50Por ascendente portador de defi ciência 712,50 712,50 712,50 712,5030% de despesas educação e reabilitação Sem limite Sem limite Sem limite Sem limite25% de prémios de seguros de vida e contribuições para associações mutualistas 15% coleta 15% coleta 15% coleta 15% coleta

- Se contribuições pagas para reforma por velhice 130,00 65,00 130,00 65,00DESPESAS DE SAÚDE

Dedução das seguintes despesas: Dedução de 10% Dedução de 10%a) aquisição de bens e serviços isentos de IVA ou sujeitos à taxa reduzida de 5/6% 838,44 838,44 838,44 838,44b) aquisição de outros bens e serviços desde que devidamente justifi cados através de receita médica

65, 00 ou 2,5% de a) se superior

65,00ou 2,5% de a) se superior

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c) Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de saúde o limite é elevado por dependente em

125,77 125,77 125,77 125,77

DESPESAS DE EDUCAÇÃO E FORMAÇÃO PROFISSIONALi) Dedução de 30% das despesas com o limite de 760,00 760,00 760,00 760,00ii) Nos agregados com três ou mais dependentes com despesas de educação o limite é elevado por cada dependente com despesas de Educação em

142,50 142,50 142,50 142,50

ENCARGOS COM LARESDedução de 25% dos encargos relativos ao próprio e ascendentes e colaterais até ao 3º grau com rendimentos inferiores ao salário mínimo nacional

403,75 403,75 403,75 403,75

PENSÕES DE ALIMENTOSDedução de 20% das importâncias suportadas 419,22 por mês,

por benefi ciário419,22 por mês, por benefi ciário

ENCARGOS COM IMÓVEISPara 2012, dedução de 15% dos seguintes encargos:a) Juros de dívidas, por contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011, contraídas com a aquisição, construção ou benefi ciação de imóveis para habitação própria e permanente ou arrendamento devidamente comprovado para habitação permanente do arrendatário.

591,00 591,00 296,00 296,00

b) Prestações devidas, em resultado de contratos celebrados até 31 de Dezembro de 2011 com cooperativas de habitação ou no regime de compras em grupo, para aquisição de imóveis para habitação própria e permanente ou para arrendamento para habitação permanente do arrendatário, na parte que respeitem a juros das correspondentes dívidas

591,00 591,00 296,00 296,00

c) Importâncias pagas a título de rendas por contrato de locação fi nanceira celebrado até 31 de Dezembro de 2011 relativo a imóveis para habitação própria permanente efectuadas ao abrigo deste regime, na parte que não constituam amortização de capital

591,00 591,00 296,00 296,00

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Boletim do Contribuinte 707OUTUBRO 2012 - Nº 20

Deduções à coleta de IRS 2012 2013

Valores em Euros Casado Não casado Casado Não casadod) importâncias líquidas de subsídio ou comparticipações ofi ciais, suportadas a título de renda pelo arrendatário de prédio urbano ou da sua fracção autónoma para fi ns de habitação permanente, quando referentes a contratos de arrendamento celebrado ao abrigo do RAU ou do NRAU

591,00 591,00 502,00 502,00

2012 Limites estabelecidos nas alíneas a) a d) são elevados da seguinte forma: (cfr. tabela Escalões IRS para 2012 na pág. 703)- rendimento coletável até ao limite do 2º escalão - 50% 886,50 886,50 - -- rendimento coletável até ao limite do 3º escalão - 20%, 709,20 709,20 - -- rendimento coletável até ao limite do 4º escalão - 10% 650,10 650,10 - -

2013 Limites estabelecidos nas alíneas a), b) e c) são elevados da seguinte forma: (cfr. tabela Escalões IRS para 2012 na pág. 703)- rendimento coletável até ao limite do 1º escalão - 50% - - 444,00 444,00- rendimento coletável até ao limite do 2º escalão - 20% - - 355,20 355,20

2013 Limites estabelecidos nas alíneas d) são elevados da seguinte forma: (cfr. tabela Escalões IRS para 2012 na pág. 703)- rendimento coletável até ao limite do 1º escalão - 50% - - 753,00 753,00- rendimento coletável até ao limite do 2º escalão - 20% - - 602,40 602,40

FUNDOS DE POUPANÇA-REFORMA E PLANOS DE POUPANÇA-REFORMADedução de 20% do valor aplicadoPessoas com idade inferior a 35 anos 800,00 400,00 800,00 400,00Pessoas com idade compreendida entre os 35 e os 50 anos inclusive 700,00 350,00 700,00 350,00Pessoas com idade superior a 50 anos 600,00 300,00 600,00 300,00

PRÉMIOS DE SEGURO DE SAÚDEDespesas com prémios de seguros de saúde 10% com

limite de100,00

10% com limite de

50,00

10% com limite de100,00

10% com limite

de 50,00Por cada dependente acresce 25,00 25,00 25,00 25,00

DONATIVOSDedução de 25% dos donativos:Administração Central, Regional ou Local; Fundações (com condições) Sem limite Sem limite Sem limite Sem limiteDonativos a outras entidades 15%

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IRS – Deduções à coleta pessoais e por benefícios fi scais

O Boletim do Contribuinte está a disponibilizar um serviço gratuito que consiste no envio diário, a todos os interessados, dos Sumários do Diário da República, I série.

Para usufruir de imediato deste serviço bastará enviar uma mensagem para o endereço de e-maildo Boletim do Contribuinte [email protected], indicando o seu nome e endereço

de correio electrónico, referindo em assunto “Sumários do Diário da República”.

Boletim do ContribuinteNewsletter com os Sumários do Di@rio da República via correio electrónico

@

Grupo Editorial Vida EconómicaRua Gonçalo Cristóvão, 14º, r/c 4000-263 Porto - Tel. 223399400 - Fax 222058098 www.vidaeconomica.pt/livraria

Novidade

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Boletim do Contribuinte708OUTUBRO 2012 - Nº 20

IRS – Limites máximos das deduções à coletaQuadro comparativo 2012/2013

Limitações a deduções à coleta e a benefícios fi scais

Limite da soma das deduções à coleta (Inclui despesas de saúde, educação, formação, encargos com lares, encargos com imóveis e pensões de alimentos)

2012 Limite da soma das deduções à coleta é:

- rendimento coletável situado no 1º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 2º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 3º escalão 1 250,00

- rendimento coletável situado no 4º escalão 1 200,00

- rendimento coletável situado no 5º escalão 1 150,00

- rendimento coletável situado no 6º escalão 1 100,00

- rendimento coletável situado no 7º escalão 0,00

- rendimento coletável situado no 8º escalão 0,00

Limite dos benefícios fi scais dedutíveis à coleta

- rendimento coletável situado no 1º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 2º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 3º escalão 100,00

- rendimento coletável situado no 4º escalão 80,00

- rendimento coletável situado no 5º escalão 60,00

- rendimento coletável situado no 6º escalão 50,00

- rendimento coletável situado no 7º escalão 50,00

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2013 Limite da soma das deduções à coleta é:

- rendimento coletável situado no 1º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 2º escalão 1 250,00

- rendimento coletável situado no 3º escalão 1 000,00

- rendimento coletável situado no 4º escalão 500,00

- rendimento coletável situado no 5º escalão 0,00

Limite da soma dos benefícios fi scais é:

- rendimento coletável situado no 1º escalão Sem limite

- rendimento coletável situado no 2º escalão 100,00

- rendimento coletável situado no 3º escalão 80,00

- rendimento coletável situado no 4º escalão 60,00

- rendimento coletável situado no 5º escalão 0,00

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 709OUTUBRO 2012 - Nº 20

IMIAvaliação geral dos prédios urbanos

Participação de rendas antigas até 31 de Outubro

Os senhorios com rendas antigas têm o prazo até 31 de Ou-tubro para cumprir trâmites burocráticos de modo a benefi ciar de um regime especial de defi nição do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), de acordo com a Portaria n.º 240/2012, de 10.8 (Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 619), que procedeu à apro-vação do modelo da participação de rendas e o respectivo anexo 1, bem como as correspondentes instruções de preenchimento.

O referido diploma defi ne o último dia de Outubro como data limite para a apresentação de uma participação de rendas que comprove contratos de arrendamento celebrados antes da entrada em vigor do Regime de Arrendamento Urbano, em 1990.

Participação de rendas: para que serve?A participação de rendas possibilita a aplicação do regime

especial de apuramento do valor patrimonial tributário, para efeitos exclusivamente do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI), relativamente aos prédios abrangidos, o que permite aos proprietários destes imóveis usufruir de um IMI mais baixo comparativamente ao IMI a pagar, tendo em conta a alteração do referido valor patrimonial tributário decorrente da avaliação geral dos prédios que está em curso e que deve ser concretizada até ao fi nal de 2012.

Participação de rendas: quem pode usufruir do regime especial? Quais os prédios abrangidos?

Os proprietários, usufrutuários ou superfi ciários de prédios urbanos ou partes de prédios urbanos abrangidos pela avaliação geral que estejam arrendados (para habitação, por contrato ce-lebrado até 18/10/1990; para fi m não habitacional, por contrato celebrado até 04/10/1995) devem apresentar a participação de que conste a última renda mensal recebida e a identifi cação fi scal do inquilino, conforme modelo aprovado pela Portaria 240/2012, de 10 de Agosto, a fi m de poderem aproveitar, para efeitos exclusivos de IMI, da fi xação de um valor patrimonial

tributário não superior ao valor que resultar da capitalização da renda anual por 15 (art.º 15º-N do DL 287/2003, de 12/11, que aprovou o CIMI, aditado pela Lei 60-A/2011, de 30/11).

Tratando-se de prédios em contitularidade de direitos, a referida participação de rendas é apresentada apenas por um dos contitulares, em representação dos restantes, acompanhada do anexo 1, com a identifi cação de todos os contitulares e das respetivas quotas-partes.

Participação de rendas: qual o procedimento a seguir?A participação de rendas poderá ser enviada por transmissão

eletrónica de dados (www.portaldasfi nancas.gov.pt) ou sim-plesmente entregue em qualquer serviço de fi nanças, devendo ser acompanhada de:

- Fotocópia autenticada do contrato de arrendamento;- Fotocópia dos recibos de renda ou canhotos desses recibos

relativos aos meses de Dezembro de 2010 até ao mês anterior à data da apresentação, ou ainda por mapas men-sais de cobrança de rendas, nos casos em que estas são recebidas por entidades representativas dos proprietários, usufrutuários ou superfi ciários de prédios arrendados (que serão sempre entregues em suporte papel em qual-quer serviço de fi nanças mesmo que a participação seja enviada através do portal da AT – Autoridade Tributária e Aduaneira).

Meios de provaCaso não exista contrato de arrendamento, o sujeito passivo

pode requerer à AT que solicite, junto da entidade prestadora do serviço de electricidade, confi rmação de que o contrato de abastecimento de electricidade do prédio arrendado teve início em data anterior às supra referidas, indicando a morada do prédio e o Código Ponto de Entrega (CPE).

Se não for possível obter esta informação, consideram-se ainda meios de prova idóneos a prova documental da existência de outro tipo de contrato de abastecimento em nome do arren-datário por referência ao prédio arrendado, ou outro meio de prova documental idóneo. E se tais contratos de abastecimento não tiverem sido celebrados em nome do arrendatário, deve o sujeito passivo indicar, nos respectivos requerimentos, a iden-tifi cação da pessoa que celebrou os referidos contratos, bem como o motivo pelo qual os contratos não foram celebrados em nome do arrendatário (cfr Ofício Circulado nº 40106, de 10.08.2012, da DSIMMSI, da AT, transcrito no Boletim do Contribuinte, pág. 642).

Na página seguinte publicam-se os modelos de impressos para efeito da participação de rendas e instruções de preen-chimento que foram aprovados pela Portaria nº 240/2012, de 10 .8.

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Boletim do Contribuinte710OUTUBRO 2012 - Nº 20

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AVALIAÇÃO GERAL DOS PRÉDIOS URBANOS – PARTICIPAÇÃO DE RENDAS(Artigo 15º-N do Decreto-Lei nº 287/2003, de 12.2)

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Boletim do Contribuinte 711OUTUBRO 2012 - Nº 20

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte712OUTUBRO 2012 - Nº 20

Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial

Está em vigor, desde o passado dia 1 de Setembro, o Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial (SIREVE), aprovado Decreto-Lei n.º 178/2012, de 3.8.

Trata-se de um procedimento que visa promover a re-cuperação extrajudicial das empresas, através da celebração de um acordo entre a empresa e todos ou alguns dos seus credores, que representem no mínimo 50 % do total das dí-vidas da empresa, e que viabilize a recuperação da situação fi nanceira da empresa.

O SIREVE vem, assim, permitir que as empresas em situ-ação fi nanceira difícil ou em situação de insolvência iminente ou atual, ao invés de recorrerem aos processos judiciais pre-vistos no âmbito do Código da Insolvência (CIRE), celebrem com os respetivos credores, que representem no mínimo 50% do total das suas dívidas, um acordo extrajudicial visando a recuperação e viabilização da empresa.

De referir que durante todo o procedimento do SIREVE, a empresa e os credores benefi ciam de um acompanhamento por parte do IAPMEI, nomeadamente através da emissão de um juízo técnico acerca da viabilidade da empresa e sobre a proposta de acordo extrajudicial, no envolvimento durante as negociações e mediante a elaboração do referido acordo, do qual também é subscritor.

Com a criação do SIREVE assiste-se à redução do prazo para a conclusão do processo negocial de nove para quatro meses, à introdução de mecanismos de proteção da empresa e dos credores durante o processo negocial e à desmaterialização e simplifi cação do processo, com base na utilização de uma plataforma eletrónica.

O SIREVE produz efeitos em relação aos processos judi-ciais em curso. Este determina, em regra, a extinção das ações executivas para pagamento de quantia certa e de quaisquer outras ações destinadas a exigir o cumprimento de obrigações pecuniárias, intentadas contra a empresa, sempre que seja celebrado acordo extrajudicial.

(Cfr DL n.º 178/2012, de 3.8, que cria o Sistema de Recuperação de Empresas por Via Extrajudicial – SIREVE, publicado no último número do Boletim do Contribuinte, 2012, pág. 682)

Linha INVESTE QREN arrancou em Agosto

Lançada pelo Governo em parceria com a banca nacional e o Banco Europeu de Investimento (BEI), a linha INVESTE QREN destina-se a apoiar operações de fi nanciamento de projetos aprovados no âmbito dos sistemas de incentivos do QREN, em especial no que concerne a investimentos ligados

à inovação, I&DT, qualifi cação das PME e internacionalização.A criação desta nova linha de crédito, no montante de

1000 milhões de euros, resulta da reorientação decidida pelo Governo para o apoio ao investimento empresarial do contrato de empréstimo celebrado com o BEI, anteriormente aplicado para apoiar a execução de investimentos públicos.

Financiada em partes iguais pelo BEI e pela banca nacio-nal, a linha de crédito está operacional desde o passado dia 16 de agosto.

A Linha Investe QREN era um dos instrumentos previs-tos no documento de reprogramação estratégica do QREN, entregue em Bruxelas em meados de Julho. O documento previa ainda o reforço dos incentivos diretos às empresas e dos mecanismos de engenharia fi nanceira, em 705 e em 137 milhões de euros, respectivamente.

O programa “Impulso Jovem” irá receber 334 milhões de euros, o Estímulo 2012 (apoio à contratação de desem-pregados) mais 72 milhões de euros, ao passo que o ensino profi ssional e a formação de adultos e desempregados irão benefi ciar de uma verba adicional de 600 milhões de euros.

De salientar também o aumento das taxas de compar-ticipação para investimentos públicos, nomeadamente dos municípios, em 527 milhões de euros.

Alterado o regime das ajudas às medidas fl orestais na agricultura

Regulamentado em 1994 e alterado pela última vez em 1998, o regime de ajudas às medidas fl orestais na agricultura prevê a concessão de ajudas ao investimento e de prémios anuais para a arborização de superfícies agrícolas, durante um prazo que varia entre os 10 e os 20 anos.

As áreas abrangidas por este apoio foram declaradas pelos respetivos promotores com base na informação constante nas cadernetas prediais, certidões de registo predial e cartografi as em papel disponíveis à data.

Entretanto, foi implementado a nível nacional o Plano de Ação SIP-SIG 2011 (PA 2011), tendo em vista a atualização do sistema português de identifi cação de parcelas agrícolas e a melhoria do sistema integrado de gestão e de controlo (SIGC), o que originou a correção dos limites das parcelas de referência, incluindo as superfícies agrícolas onde foram instalados os projetos de investimento fl orestal.

A Portaria n.º 299/2012, de 1 de outubro, vem agora introduzir um regime excecional, no sentido de conciliar e equilibrar a realidade e a regularidade das operações fi nan-ciadas com os direitos e legítimas expectativas dos benefi -ciários, fi xando para o efeito margens de tolerância a aplicar aos desvios de área decorrentes da aplicação de diferentes métodos de medição.

O diploma procede ainda à fl exibilização do regime de ajuda, nomeadamente no que respeita à obrigatoriedade de manter os projetos ativos por mais de 10 anos, passando a admitir-se que, cumpridos determinados requisitos, os be-nefi ciários possam fi car desvinculados do cumprimento das obrigações emergentes da concessão do apoio.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 713OUTUBRO 2012 - Nº 20

Registos e NotariadoRealização de atos e registos com custos

agravadosNova Tabela Emolumentar dos Registos

e do Notariado, certidão permanente de registos e documento e certidão de contas

anuais em vigor desde 1.10.2012

As recentes alterações introduzidas ao Regulamento Emolu-mentar dos Registos e do Notariado, pelo DL n.º 209/2012, de 19.9, encontram-se em vigor desde o passado dia 1 do corrente mês de Outubro

Estas alterações vão ao encontro do esforço de modernização e de reorganização dos serviços dos registos e do notariado, sem esquecer a contenção fi nanceira que se impõe presentemente.

Caberá ao Instituto dos Registos e do Notariado, I. P., a obrigação de suportar o crescente custo de manutenção dos respetivos serviços, nomeadamente dos sistemas informáticos.

O ajustamento ao valor dos emolumentos ora efetuado espelha um considerável agravamento dos valores a cobrar pelos serviços prestados, atingindo em diversas situações aumentos de 50%, conforme se constata nos exemplos adiantados mais em baixo.

Para além das alterações ao Regulamento Emolumentar dos Registos e do Notariado, altera-se ainda a legislação conexa com emolumentos e taxas.

De acordo com as alterações introduzidas aos Códigos do Registo Predial e Comercial, as certidões passam a ser válidas por um período de apenas seis meses, podendo ser revalidadas por períodos de igual duração se a sua informação se mantiver atual.

Todavia, a nova tabela emolumentar traduz uma atualização, ou seja, um acréscimo substancial dos valores anteriormente em vigor.

A título de exemplo, destacamos as seguintes alterações que revelam o aumento considerável das taxas atuais:

- Os processos de divórcio e de separação de pessoas e bens integrando a partilha e o registo do património conjugal, junto das Conservatórias do Registo Civil, cujo custo era de € 550, passa a ser de € 625;

- A partilha e o registo do património conjugal, cuja taxa aplicável era de € 250, sofre um aumento para os € 375;

- A habilitação de herdeiros aumenta dos € 100 para os € 150;- A taxa devida pela habilitação de herdeiros e registo dos

bens integrados em herança indivisa ou de transmissão de bens passa dos € 250 para os € 375;

- Os emolumentos devidos pela habilitação de herdeiros e partilha e registo dos bens partilhados sofrem um acrés-cimo dos € 300 para os € 425, e a

- Partilha e registo dos bens partilhados sofre um aumento dos € 250 para € 375.

Certidão permanenteTambém no passado dia 1 de Outubro entrou em vigor a Port.

n.º 285/2012, de 20.9, que vem regular a disponibilização da certidão permanente de registos e de documentos, e criar a cer-tidão permanente do pacto social em vigor, em cada momento, para as entidades sujeitas a registo.

A certidão permanente de registo e de documentos reproduz, em suporte eletrónico e permanentemente atualizada, os registos respeitantes a entidades inscritas no registo comercial, a menção das apresentações e pedidos de registo pendentes, bem como os documentos que serviram de base aos registos efetuados, com exceção do registo da prestação de contas. Esta certidão só é assegurada se sobre a entidade existirem registos requeridos e efetuados após 1 de janeiro de 2011.

A certidão permanente do pacto atualizado reproduz, em suporte eletrónico e permanentemente atualizada, o último pacto ou estatutos entregue por entidade inscrita no registo comercial, quando este esteja digitalizado e disponível na respetiva pasta eletrónica. Esta certidão não está disponível se o único registo efetuado após 1.1.2011 for o da prestação de contas.

Os documentos associados ao registo da prestação de contas são exclusivamente disponibilizados pela certidão de contas anuais, nos termos da Port. n.º 1416-A/2006, de 19.12, pelo que o diploma ora aprovado não lhes é aplicável.

As certidões acima indicadas podem ser pedidas através do sítio na Internet com o endereço www.empresaonline.pt, ou verbalmente, em qualquer serviço com competência para a prática de atos de registo comercial.

O serviço certidão permanente de documentos é prestado mediante a subscrição de uma assinatura que pode ter a duração de um, dois, três ou quatro anos.

A assinatura do serviço certidão permanente de registo e documentos implica o pagamento das seguintes taxas únicas:

- € 55 pela assinatura por um ano;- € 88 pela assinatura por dois anos;- € 132 pela assinatura por três anos;- € 154 pela assinatura por quatro anos.A assinatura do serviço certidão permanente de pacto social

atualizado implica o pagamento das seguintes taxas únicas:- € 20 pela assinatura por um ano;- € 35 pela assinatura por dois anos;- € 45 pela assinatura por três anos;- € 50 pela assinatura por quatro anos.

Certidão de contas anuaisPor último, destacamos que no passado dia 1 de Outubro

entrou ainda em vigor a Port. n.º 286/2012, de 20.9, que, além de outros diplomas, em matéria de certidões, altera a citada Port. 1416-A/2006, 19.12, que regula a certidão de contas anuais.

De acordo com as citadas alterações, pelo cumprimento da obrigação de registo da prestação de contas é devido o pa-gamento da taxa única de € 80. Esta alteração só é aplicável à obrigação de registo de prestação de contas correspondente ao exercício económico relativo ao ano de 2012 e seguintes, pelo que só entra em vigor no dia 1 de janeiro de 2013.

Outra das citadas alterações dizem respeito à assinatura do serviço de certidão eletrónica de contas anuais, sendo as novas taxas únicas aplicáveis as seguintes:

- € 5 pela assinatura por um ano;- € 7 pela assinatura por dois anos;- € 9 pela assinatura por três anos;- € 10 pela assinatura por quatro anos.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte714OUTUBRO 2012 - Nº 20

Transparência nos contratos de crédito

No Conselho de Ministros de 13 de Setembro último foi aprovado o alargamento do regime de transparência já aplicável aos contratos de crédito celebrados com clientes bancários particulares que, independentemente da sua fi na-lidade, tivessem garantia hipotecária, ou outro direito sobre coisa imóvel, como, por exemplo, os direitos de usufruto, uso e habitação.

Este diploma visa regular as práticas comerciais das insti-tuições de crédito, assegurando a transparência da informação por elas prestada no âmbito da celebração, da renegociação e da transferência dos contratos de crédito para aquisição, cons-trução e realização de obras em habitação própria permanente, secundária ou para arrendamento, bem como para aquisição de terrenos para construção de habitação própria.

Governo apoia setor agrícola para atenuar os efeitos da seca

O Governo adotou este ano diversas medidas destinadas a mitigar os impactos da seca no setor agrícola, entre as quais a criação, através do Decreto-Lei n.º 101/2012, de 11 de maio, de uma linha de crédito com juros bonifi cados, dirigida prioritariamente a operadores do setor da pecuária extensiva.

Aquando da criação deste apoio fi nanceiro, foi aberta a possibilidade de acesso ao mesmo por operadores de outras atividades agrícolas, a defi nir por portaria.

Entretanto, tendo sido reunidas as condições técnicas ne-cessárias para aferir com rigor os efeitos da seca nos restantes setores da actividade agrícola, o Governo decidiu, através da Portaria n.º 300/2012, de 2 de outubro, alargar o acesso à linha de crédito a outros operadores agrícolas, para além do setor da pecuária extensiva, que revelaram também perdas signifi cativas.

Aprovada a lei de enquadramento dos apoios do Estado ao cinema

e audiovisual

Foi aprovado o diploma que estabelece os princípios de ação do Estado no quadro do fomento, desenvolvimento e proteção da arte do cinema e das atividades cinematográfi cas e audiovisuais.

A Lei n.º 55/2012, de 6 de Setembro, aponta os objetivos a prosseguir pelo Estado neste âmbito, dos quais se destacam os seguintes:

- Incentivo à criação, produção, distribuição, exibição,

difusão e edição de obras cinematográfi cas e audio-visuais nacionais;

- Incentivo à qualidade, diversidade cultural, singula-ridade artística e viabilidade económica das obras cinematográfi cas e audiovisuais;

- Promoção da defesa dos direitos dos autores e dos produtores de obras cinematográfi cas e audiovisuais, bem como dos direitos dos artistas, intérpretes ou executantes das mesmas;

- Promoção da interação do setor da produção indepen-dente com os setores da exibição, distribuição, teledi-fusão ou disponibilização de obras cinematográfi cas e audiovisuais;

- Incentivo à coprodução internacional, através da ce-lebração de acordos bilaterais de reciprocidade e convenções internacionais;

- Contribuição para o fortalecimento do tecido empresa-rial dos setores cinematográfi co e audiovisual através da criação de incentivos e de outras medidas de apoio, e em particular da promoção do investimento em pequenas e médias empresas nacionais;

- Incentivo à exibição, difusão, promoção, divulgação e exploração económica das obras cinematográfi cas e audiovisuais nacionais;

- Contribuição para a formação de públicos, nomeada-mente através do apoio a festivais de cinema, cine-clubes, circuitos de exibição em salas municipais e associações culturais de promoção da atividade cinematográfi ca;

- Promoção da conservação do património cinematográfi co e audiovisual nacional.

Revisão das taxas devidas pelo Instituto da Conservação da Natureza

e das Florestas

De acordo com a Resol. da AR n.º 98/2012, de 2.8, o Governo deverá proceder à revisão das taxas devidas pelos atos e serviços prestados pelo Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I. P. (ICNF, I. P.), nomeadamente as devidas pelo pedido de declarações, pareceres, informações ou autorizações para o uso, ocupação ou transformação do solo decorrentes de atividades relacionadas com o setor primário.

O Governo deverá, ainda, poderar a criação de um banco de voluntariado para as áreas protegidas destinado a colaborar com os vigilantes da natureza nas operações de proteção e conservação dos parques e na sensibilização ambiental, que poderia benefi ciar de uma licença anual para atividades nas áreas protegidas, por equiparação com as entidades inscritas no Registo Nacional dos Agentes de Animação Turística (RNAAT).

Por outro lado, o Governo deverá, igualmente, divulgar através do sítio da Internet do ICNF, I. P., os vários projetos e ações desenvolvidas por este, bem como as receitas obtidas com vista a compensar e minimizar a pressão humana sobre os valores naturais, assegurando a sua conservação e a sus-tentabilidade das áreas classifi cadas.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte 715OUTUBRO 2012 - Nº 20

Aprovado programa de prevenção e combate ao abandono e insucesso

escolar

Foi aprovado, através da Portaria n.º 272/2012, de 4 de Setembro, o Programa de Apoio e Qualifi cação do PIEF - Programa Integrado de Educação e Formação.

O PIEF tem como objetivo promover a inclusão social de crianças e jovens mediante a criação de respostas integradas, nomeadamente socioeducativas e formativas de prevenção e combate ao abandono e insucesso escolar, favorecendo o cumprimento da escolaridade obrigatória e a certifi cação escolar e profi ssional dos jovens.

Trata-se de um programa fi nanciado no âmbito dos fundos estruturais do Quadro de Referência Estratégico Nacional, através do Fundo Social Europeu, aplicando-se a todo o território continental.

O PIEF prevê o seguinte tipo de acções, no âmbito da pro-moção da inclusão e da cidadania ativa de crianças e jovens:

- Ações de diagnóstico, intervenção e acompanhamento de alunos integrados nas respostas socioeducativas e formativas;

- Ações de reforço das competências parentais, nomeada-mente através de atividades de mediação, sensibilização e informação de pais e encarregados de educação, de articulação com as redes sociais, de animação socio-educativa, de promoção da relação escola, família e comunidade através da realização de workshops que promovam a capacitação parental e familiar diferen-ciada em função das necessidades identifi cadas;

- Ações de sensibilização e de mobilização da comunidade;- Ações de dinamização e monitorização de medidas de

intervenção socioeducativa e formativa individualiza-da, com vista à certifi cação escolar e profi ssional dos jovens, promovendo a inclusão e cidadania ativa dos mesmos;

- Desenvolvimento de estudos de diagnóstico, de metodolo-gias e tecnologias de apoio, de suporte às intervenções.

Podem beneficiar de financiamento no âmbito deste programa, entidades de direito privado sem fins lucrativos que atuem na área da solidariedade social, designada-mente, Instituições Particulares de Solidariedade Social e entidades equiparadas, cooperativas de solidariedade social, misericórdias, mutualidades e organizações não governamentais.

Os projetos podem ser fi nanciados a 100 %, com o limite máximo de 35 000 euros por grupo/turma, sen-

do adiantado no arranque do projeto 30% desse valor. No caso de projetos plurianuais, o fi nanciamento contratado estará condicionado às limitações orçamentais do programa, defi nidas anualmente.

O reembolso das despesas elegíveis previstas no regula-mento do programa é efetuado com periodicidade bimestral, devendo a entidade benefi ciária remeter o respetivo formu-lário ao ISS, I. P. até ao dia 20 do mês seguinte àquele a que se refere o reembolso.

Cada grupo/turma beneficiará do acompanhamento de um Técnico de Intervenção Local do projeto, o qual deverá estar afeto ao projeto por período normal de tra-balho a tempo completo e em exclusividade, em função das necessidades de acompanhamento do grupo/turma e respetivas famílias.

Regime da responsabilidade técnica pela direção e orientação das atividades

desportivas

No próximo dia 26 de Novembro entra em vigor a Lei n.º 39/2012, de 28.8, que aprova o regime da responsa-bilidade técnica pela direção e orientação das atividades desportivas.

A lei ora aprovada vem assim regular as atividades despor-tivas desenvolvidas nas instalações desportivas que prestam serviços desportivos na área da manutenção da condição física (fi tness), designadamente os ginásios, academias ou clubes de saúde (healthclubs), independentemente da designação adotada e forma de exploração, bem como estabelece determinadas regras sobre o seu funcionamento, relativa ao reconhecimento das qualifi cações profi ssionais.

IVABruxelas lança consulta pública sobre taxas

reduzidas do IVA

No âmbito da reforma do Sistema do IVA na União Europeia, a Comissão Europeia lançou uma consulta pública sobre algumas taxas reduzidas do IVA.A con-sulta pública terá a duração de 12 semanas e os inte-ressados podem participar através do endereço:http://ec.europa.eu/taxation_customs/common/consultations/tax/index_fr.htm.

Para a Comissão Europeia os objetivos primordiais da reforma do IVA na UE são os seguintes:

- criar um sistema mais simples para as empresas e menos susceptível à evasão e fraude fi scal;

- IVA mais efi caz em termos de apoio à consolidação orçamental dos Estados-membros;

- conseguir um mecanismo efi caz de forma a diminuir perdas signifi cativas de receita.

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INFORMAÇÕESDIVERSAS

Boletim do Contribuinte716OUTUBRO 2012 - Nº 20

Medidas para o crescimento da economia portuguesa

Competitividade, Emprego e Investimento

IntroduçãoO Programa do XIX Governo estabelece a consolidação

orçamental como um dos objectivos centrais da presente legislatura;

Contudo, o Governo tem presente que não só a consoli-dação orçamental não consiste num fi m em si mesmo, como sabe que a retoma do crescimento económico é essencial para garantir o sucesso da estratégia orçamental;

Nesse sentido, ciente de que o crescimento económico

1. Combate ao desemprego - descrição das medidas

Medida Descrição Objetivo

Estágiosprofissionais para casaisdesempregados com filhos

Medida aplicável a casais, ambos desempregados, e com filhos, bem como a famílias monoparentais

Estágios Profissionais comparticipados a 100% por fundos europeus

Apoio a casais com filhos em extrema dificuldade

Melhorar as qualificações profissionais, facilitando a reintegração no mercado de trabalho

Impulso para o Emprego

Conjunto de medidas que visam a criação de emprego

o Reembolso da de 100% da TSU para as empresas na contratação de desempregados com mais de 45 anos

o Formação em competências avançadas de gestão para desempregados licenciados (Protocolo com a NovaSBE)

Diminuição da carga fiscal associada à contratação

Combater o desemprego de longa duração

durável não pode ser atingido sem ser por via:• de um reforço da competitividade externa, e• pela manutenção das condições mínimas de funciona-

mento regular do mercado internoé exigido criar medidas que se destinem a mitigar os principais constrangimentos à concretização do potencial de crescimento da economia portuguesa.

É assim fundamental contribuir para a melhoria dos diver-sos fatores de competitividade, especialmente os associados ao ambiente de negócios, incluindo o mercado de trabalho, a consolidação das infraestruturas de suporte e a melhoria das condições de fi nanciamento e investimento.

AgendaIdentifi cação dos Eixos de Atuação:1. Combate ao Desemprego2. Financiamento e Recapitalização3. Investimento4. Empreendedorismo e InovaçãoFonte: Síntese do Programa para a Competitividade, Emprego e

Investimento apresentado pelo Ministério da Economia e do Emprego em 17.10.2012)

NOVIDADEFique por dentro de todas as questões relacionadas

com a Insolvência e Recuperação de EmpresasObra essencialmente prática e oportuna que no encalço do Programa

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Boletim do Contribuinte 717OUTUBRO 2012 - Nº 20

2. Financiamento e recapitalização (i)

Medida Descrição

Linha de crédito a PMEs

Linha de crédito para PMEs no montante global de € 2.000M, dos quais € 200M serão canalizados para o sector agrícola

Linha de crédito direccionada para o financiamento de curto prazo de PMEs (fundo de maneio e apoio à actividade exportadora) ou para financiamento de médio prazo

Objetivo

Financiamento da actividade da empresa de curto prazo

Assegurar que as fortes restrições ao crédito existentes não ameacem a actividade de empresas viáveis

Linha PME Capitalização

Linha de recapitalização para PMEs viáveis, mas com uma situação de carência de capital.

Linha de capitalização direccionada para o financiamento de PMEs através de dívida subordinada, a um prazo mais alargado

Financiamento das empresas de médio-longo prazo

Permitir que as PMEs possam aceder a um financiamento mais estável

Recapitalização das PMEs

Linha Obrigações PMEs - Emissões Primárias no Alternext

Lançamento de emissões grupadas de obrigações de PMEs, num valor global de € 100 M, privilegiando as emissões com garantia mútua

Produto financeiro que, pela sua dimensão, é apelativo a investidores institucionais nacionais e estrangeiros

Emissões garantidas em parte pelo SNGM (Sistema Nacional de Garantia Mútua) e colocadas em investidores institucionais ou transaccionadas em mercado secundário

Assegurar o acesso das PMEs ao mercado de capitais, diversificando fontes de financiamento

Reduzir dependência do crédito bancário que se encontra muito limitado

Permitir às PMEs ganhos de escala, diversificar o risco de negócio e mitigar o risco de liquidez.

2. Financiamento e recapitalização (ii) - descrição das medidas

Medida Descrição Objetivo

Imposto sobre Valor Acrescentado – IVA

Introdução de um regime de “IVA de Caixa” para as microempresas

A entrega do IVA ao Estado deve ocorrer apenas após o recebimento da factura, entrada do dinheiro em caixa, e não após a sua emissão

Aliviar as restrições de liquidez das microempresas

Reduzir burocracia

Recapitalização de PMEs

Linha de 90 M€ disponibilizada pelas instituições bancárias que tiveram acesso a fundos públicos

Diversificação das fontes de financiamento para as PMEs

Recapitalização das PMEs

Seguros de crédito à exportação

Os Seguros de crédito são instrumentos fundamentais para a exportação, em particular para mercado emergentes, fora da OCDE

Prolongamento das Linhas de Seguros de Crédito à Exportação com garantia do estado

Introdução de simplificações e maior agilidade nos procedimentos de aprovação.

Beneficiar empresas que pretendam a cobertura de risco comercial para clientes de países da OCDE e fora da OCDE, para os quais não obtenham garantia concedida pelas seguradoras de créditos

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Boletim do Contribuinte718OUTUBRO 2012 - Nº 20

3. Investimento - descrição das medidas

Medida Descrição

Novo Regime Fiscal de Apoio ao Investimento (RFAI) e Dedução de Lucros Retidos e Reinvestidos (DLRR)

Reformulação e reforço do actual regime RFAI, nos seguintes termos:

o Prorrogação do regime até 31 de Dezembro de 2017

o Consagração de uma taxa entre 25% e 50% de dedução à colecta (atualmente permite uma dedução à colecta de IRC de 10% ou 20% consoante nível de investimento realizado)

o Introdução de uma dedução adicional de 10% dos lucros retidos e das entradas de capitais reinvestidos em ativos elegíveis

o Possibilidade de dedução em exercícios futuros sempre que a coleta do exercício não seja suficiente.

o É um regime automático de natureza não contratual

o Não cumulável com outros benefícios fiscais da mesma natureza

Objetivo

Forte estímulo ao investimento nos sectores transaccionáveis

Assegurar a capacidade de crescimento das exportações

Relançando do crescimento económico sustentado e do emprego

Estimular o investimento com recurso a capitais próprios contribuindo para a recapitalização das empresas

Quadro de ReferenciaEstratégico Nacional “QREN” – Simplificação e Reforço

No âmbito do QREN pretende-se obter uma simplificação bem como reforçar o seu acesso às empresas

o “Guichet aberto” – Os concursos funcionarão em continuo, sem quebras, garantindo maior acesso e previsibilidade no acesso a financiamento comunitário

o Para todos os projectos finalizados até final de 2013, parte do incentivo reembolsável atribuído à empresa é transformado em capitais próprios

o Abolição da exigência de garantia bancária no encerramento dos projectos das empresas no QREN. Esta medida simplifica e estimula a conclusão e o encerramento de projectos de investimento e uma economia de recursos às empresas devido a serviços de garantia (actualmente exigíveis e de difícil acesso no mercado). Em caso de incumprimento passa a ser dado um tratamento idêntico às infracções fiscais.

Dinamizar o investimento empresarial, a inovação e a internacionalização da economia nacional

Capitalização das empresas num contexto de investimento

Estimulo à execução de projectos de investimento QREN já aprovados

Quadro de ReferenciaEstratégico Nacional “QREN” – Promover as exportações

No âmbito do QREN pretende-se, ainda, promover as exportações

o Linha “Investe QREN” de € 1.000M destinada a financiar a contrapartida das empresas nos projectos QREN

o Linha “Investe QREN Exportações” será uma extensão da Linha “Investe QREN” e visa garantir uma apoio € 1.000M a projectos de investimento que permitam captar ou consolidar mercados ou aumentar capacidade de produção

Criação do “Sistema de Incentivos de Apoio Local a Microempresas”, dotado com € 25M dos Programas Operacionais Regionais

Disponibilização de uma linha simplificada de apoio financeiro, de fácil percepção e utilização por parte dos potenciais beneficiários

Consolidação de mercados externos por parte das empresas portuguesas, bem como aumentar sua a capacidade de produção

Desenvolvimento regional numa óptica de valorização dos territórios

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Boletim do Contribuinte 719OUTUBRO 2012 - Nº 20

4. Empreendedorismo e Inovação - descrição das medidas

Medida Descrição

Start now

A iniciativa start now centra-se em medidas de financiamento ao longo dos ciclos de vida de uma start up

Das medidas do start now Portugal destacam-se as seguintes:

o Passaporte para o Empreendedorismo – promoção do empreendedorismo qualificado disponibilizando uma – bolsa “bolsa empreender” de 1,65 IAS/mês para desenvolvimento de um projecto durante um ano

o Vale empreendedorismo – vale de € 15.000 para empresas com menos de um ano de modo a promover o desenvolvimento dos seus planos de negócios

o Plataforma Ignição – Acelerar o acesso a capital de risco público de projectos com maior potencial

o Reembolso das prestações à Segurança Social –Aumentar a competitividade através da diminuição de encargos com empregados no primeiros 3 anos de vida da empresa. Esta medida gera ganhos à Segurança Social e empresas, já que as estas suportam as contribuições da entidade empregadora para a SS, e são ressarcidas desse montante pelo Fundo Social Europeu (FSE)

o Medida de incentivo ao investimento em start-ups (Incentivo a investidores particulares (Business Angels) através de uma dedução à colecta das entradas de capital nessas empresas. Dedutibilidade de 20% das entradas de capital, com um limite máximo de € 10.000, em empresas que se encontrem nos 3 primeiros anos de vida.

Objetivo

Tornar Portugal um país ‘amigo’ das start ups, acelerando a sua disseminação (Start up Nation)

Promover o empreendedorismo alargando a base de novas empresas

Apresentar, pela primeira vez, de forma integrada aos empreendedores os instrumentos de estímulo à diversas fases do ciclo de vida das start ups

Disseminar instrumentos de financiamento adequados às várias fases do ciclo do projeto

Estimular aparecimento de novas empresas

Incentivar o empreendedorismo e inovação

Eixos de atuação - principais resultados

Eixosde Atuação Setoriais

EmpregoAumento da Receita (IRS, TSU)

AgriculturaFinanciamento da atividade das empresas

Manutenção dos postos de trabalho

Reindustrialização Aposta no setor industrial em áreas com maior potencial exportador Dinamização do consumo de produção nacional (ex.: Portugal Sou Eu)

Construção e Imobiliário Medidas de competitividade, reconversão e internacionalização

Melhoria da envolvente fiscal, acesso a instrumentos de financiamento e apoio à internacionalização, liberação de cauções

Reabilitação urbana e arrendamento

50% de aplicação dos Fundos JESSICA em 2013 (165 M€)

Dinamização da reabilitação urbana e emprego local

FinanciamentoFinanciamento estável para PME (consolidação/reestruturação)

Manutenção postos de trabalho

Comércio e Serviços Definição de uma estratégia setorial para o comércio

Lançamento de novo sistema de incentivo ao comércio de proximidade

Eixosde Atuação Estruturais

Empreendedorismo, Inovação criação de empresas

Potenciar a criação de novas empresas com alto potencial de crescimento e exportação Redução de custos de contexto e barreiras administrativas no ambiente de negócios

Aumento potencial de emprego

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720 Boletim do Contribuinte

RESOLUÇÕESADMINISTRATIVAS

OUTUBRO 2012 - Nº 19

IRSRegime fi scal dos residentes não habituais

Código do IRS, artigos 16º e 101º

Decreto-Lei nº 42/91, de 22 de janeiro, artigos 3º e 8º

Razão das instruçõesO regime fi scal dos residentes não habituais foi criado pelo

Decreto-Lei nº 249/2009(1), de 23 de setembro, que alterou os artigos 16º, 22º, 72º e 81 do Código do IRS, e complementado pela Portaria nº 12/2010(2), de 7 de janeiro.

Sobre este assunto foi ainda divulgada a Circular nº 2/2010(3), de 6 de maio, da Direção de Serviços do IRS.

A Lei nº 64-B/2011, de 30 de setembro, que aprovou o Orçamento do Estado para 2012, e a Lei nº 20/2012(4), de 14 de maio, vieram entretanto introduzir alterações ao Código do IRS e ao Decreto-Lei nº 42/91, de 22 de janeiro, no que respeita à aplicação deste regime.

Mostra-se assim necessária a atualização dos procedimentos constantes da Circular nº 2/2010, de 6 de maio, da Direção de Serviços do IRS.

Nestes termos, informa-se o seguinte.

Inscrição no registo de contribuinte1. Podem solicitar a inscrição como residentes não

habituais no registo de contribuintes os sujeitos passivos que preencham as seguintes condições:

a) Tornarem-se fi scalmente residentes em território portu-guês de acordo com qualquer dos critérios estabelecidos nos nºs 1 ou 2 do artigo 16º do Código do IRS no ano relativamente ao qual pretendam que tenha início a tributação como residentes não habituais.

b) Não serem considerados residentes em território por-tuguês em qualquer dos cinco anos anteriores ao ano relativamente ao qual pretendam que tenha início a tributação como residentes não habituais;

c) Solicitarem a inscrição como residentes não habituais no ato da inscrição como residentes em território por-tuguês ou, posteriormente, até 31 de março, inclusive, do ano seguinte àquele em que se tornem residentes nesse território.

2. Quando solicitem a inscrição como residentes não habi-tuais, os sujeitos passivos devem apresentar uma declaração em como não se verifi caram os requisitos necessários para serem considerados residentes em território português em qualquer dos cinco anos anteriores àquele em que pretendam que tenha início a tributação como residentes não habituais, nomeadamente por não preencherem nenhuma das condições previstas nos números 1, 2 ou 5 do artigo 16.° do Código

do IRS ou por força da aplicação de convenção para evitar a dupla tributação.

3. Quando existam fundados indícios de falta de veracida-de dos elementos constantes da declaração referida no ponto anterior, podem ser solicitados ao sujeito passivo elementos adicionais, nomeadamente documento que ateste a residência no estrangeiro emitido por qualquer entidade ofi cial de outro Estado ou, ainda, outros documentos idóneos que evidenciem a existência de relações pessoais e económicas estreitas com um outro Estado no período relevante.

4. As entidades que paguem ou coloquem à disposição de sujeitos passivos inscritos como residentes não habituais ren-dimentos enquadrados na categoria A resultantes de atividades de elevado valor acrescentado, com carácter científi co, artístico ou técnico, constantes da Portaria n.° 12/2010, de 7 de janeiro, devem efetuar retenção na fonte a taxa de 20%, conforme o n.° 6 do artigo 3.° do Decreto-Lei n.° 42/91, de 22 de Janeiro.

5. Tratando-se de rendimentos da categoria B resultantes do exercício de atividades de elevado valor acrescentado, com carácter científi co, artístico ou técnico, constantes da Portaria n.° 12/2010, de 7 de Janeiro, por sujeitos passivos inscritos como residentes não habituais, a retenção na fonte deve ser efetuada à taxa de 20%, conforme a alínea d) do n.° 1 do artigo 101.° do Código do IRS, e a alínea d) do n.° 1 do artigo 8.° do Decreto-Lei n.° 42/91, de 22 de Janeiro.

6. Conforme determina o n.° 2 do artigo 5.° da Lei n.° 20/2012, de 14 de maio, o prazo previsto no n.° 8 do artigo 16.° do Código do IRS não é aplicável aos sujeitos passivos que se tenham tornado residentes em território português até 31 de dezembro de 2011 e tenham solicitado a inscrição como residentes não habituais até 15 de maio de 2012, data da entrada em vigor daquela alteração. Como tal, são considerados tem-pestivos os pedidos de inscrição como residentes não habituais apresentados anteriormente aquela data.

7. São revogados os pontos 3 e 5 da Circular n.° 2/2010(3), de 6 de maio, aplicando-se os procedimentos constantes dos pontos 2 e 3 da presente Circular aos pedidos de inscrição como residentes não habituais que se encontrem em apreciação.

(Circular nº 9/2012, de 3.8, DSIRS, da AT - Autoridade Tributária e Aduaneira)

N.R. 1 – O DL nº 249/2009, de 23.9, publicado no Bol. do Contribuinte, 2009, pág. 644, criou regime fi scal dos “residentes não habituais”, em sede do IRS. Este decreto-lei aprovou o Código Fiscal do Investimento, tendo alterado os arts. 16º, 22º, 72º e 81º do Código do IRS, o art. 28º do Código do IVA e o art. 41º do Estatuto dos Benefícios Fiscais. 2 – A Portaria nº 12/2010, de 7.1, que defi ne as actividades consideradas, para o efeito, de elevado valor acrescen-tado, com carácter científi co, artístico ou técnico, foi oportunamente transcrita no Boletim do Contribuinte, 2010, pág. 57. 3 – A Circular nº 2/2010, de 6 de Maio, da DSIRS, da DGCI, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2010, pág. 361.4 – A Lei nº 64-B/2011, OE para 2012, foi publicada no Bol. do Contribuinte, 2012, Suplemento ao número da 1ª quinzena de Janeiro. 5 – A Lei nº 20/2012, de 14.5, foi transcrita no Bol. do Contribuinte, 2012, pág. 377 e seguintes. Trata-se de lei do orçamento retifi cativo, que introduziu numerosas alterações à Lei n.º 64-B/2011, de 30 de dezembro (Orçamento do Estado para 2012), no âmbito da iniciativa para o reforço da estabi-lidade fi nanceira, tendo em consequência sido alterados alguns dos códigos fi scais e legislação complementar relevante.

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Boletim do Contribuinte 721

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

OUTUBRO 2012 - Nº 20

(Continua na pág. seguinte)

IVAMovimentação e transporte de terras

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 2º, nº1, j) Assunto: Transporte de terras Processo: A109 2009034 - despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Director -Geral, em 31-03-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vinculativa formulado ao abrigo da alínea e) do n° 3 do artigo 59° e artigo 68°, ambos da Lei Geral Tributária (LGT), e artigo 57° do Código de Pro-cedimento e de Processo Tributário, pelo sujeito passivo “A”, presta-se a seguinte informação.

1. O sujeito passivo acima referido, encontrando-se enquadrado em IVA no regime normal mensal, vem expor e solicitar o seguinte:

1.1. Exerce a atividade de construção civil e obras públicas, comercialização de materiais de cons-trução, compra e venda de imóveis e revenda dos adquiridos para esse fi m, transportes rodoviários de mercadorias, movimentação de terras, terraple-nagens e desaterros.

1.2. No âmbito da sua atividade efetua a movimen-tação e transporte de terras através das seguintes formas:

1.2.1 Mero transporte de terras de um determinado local (normalmente a obra do cliente) para outro local distinto (normalmente aterro ou vazadouro onde fi cam depositadas as terras) que poderá ou não pertencer ao cliente. De referir que este serviço inclui apenas e só o transporte das mencionadas terras, com recurso apenas a camiões operados por motoristas funcionários ou contratados pela “A”.

1.2.2 Movimentação de terras em que se incluem habitualmente operações de transporte de terras efetuadas no âmbito de empreitadas de escavação, terraplenagem, aterro, desaterro e outras movimen-tações de terras. Tais empreitadas são habitualmente executadas com o auxílio de máquinas escavadoras e camiões, bem como de equipamentos comple-mentares, manobradas por pessoal da “A”. Nestes casos, a faturação ao cliente é efetuada de forma global, e apenas em casos excecionais será possível segregar a componente de mero transporte das terras movimentadas dos restantes trabalhos associados às referidas empreitadas.

1.3. Tendo em conta a regra de inversão do sujeito passivo a que se refere a alínea j) do n° 1 do artigo 2°

do CIVA, vem solicitar uma informação vinculativa no sentido de enquadrar corretamente as duas situa-ções referidas perante aquela regra, nomeadamente se deve ser aplicada, ou não, a regra de inversão do sujeito passivo naqueles dois casos expostos.

2. A alínea j) do n° 1 do artigo 2° do Código do IVA (CIVA), aditada pelo art. 1° do Decreto-Lei n° 21/2007, de 29 de Janeiro, refere que são sujeitos passivos do imposto as pessoas singulares ou cole-tivas que, de um modo independente e com carácter de habitualidade, exerçam atividades de produção, comércio ou prestação de serviços, incluindo as atividades extrativas, agrícolas e as das profi ssões livres, que disponham de sede, estabelecimento estável ou domicílio em território nacional e que pratiquem operações que confi ram o direito à dedução total ou parcial do imposto, quando sejam adquirentes de serviços de construção civil, incluindo a remodelação, reparação, manutenção, conservação e demolição de bens imóveis, em regime de empreitada ou subempreitada.

3. Nos termos do Ofício-Circulado n° 30.101, de 2007-05-24, desta Direcção de Serviços, nomea-damente do ponto 1.2., para que haja inversão do sujeito passivo, é necessário que, cumulativamente:

a) se esteja na presença de aquisição de serviços de construção civil;

b) o adquirente seja sujeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA.

4. No Anexo I ao referido Ofício, Lista exempli-fi cativa de serviços aos quais se aplica a regra de inversão, constam as demolições, escavações, abertura de alicerces, movimentações de terra e trabalhos de limpeza visando preparar o terreno para construção.

5. Por outro lado, no Anexo II ao referido Ofício, Lista exemplifi cativa de serviços aos quais não se aplica a regra de inversão, constam as remoções de entulhos e serviços de limpeza da obra, e, também, os serviços de transportes.

6. Deste modo, o mero transporte de terras, sem quaisquer prestações de serviços de construção, não se encontra abrangido pela referida regra de inversão, cabendo ao transportador das terras liquidar o IVA que se mostre devido.

7. Contrariamente, se o serviço prestado não se limitar, unicamente, ao transporte de terras, mas também à sua movimentação, no sentido da pre-paração do terreno para construção, já se encontra abrangido pela referida regra de inversão, e, nestes casos, na faturação emitida pelo prestador não deve ser liquidado o IVA, e deve conter a expressão “IVA devido pelo adquirente”, nos termos do n° 13 do artigo 36° do CIVA, desde que, conforme já refe-rido, o adquirente seja sujeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA.

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722 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

OUTUBRO 2012 - Nº 20

(Continuação da pág. anterior) 8. Em virtude do referido, pode-se concluir que os

serviços prestados pela exponente e referidos no ponto 1.2.1, ou seja, o mero transporte de terras, não se encontram abrangidos pela regra de inversão do sujeito passivo, a que se refere a alínea j) do n° 1 do artigo 2° do CIVA, cabendo ao prestador de serviços a liquidação do IVA que se mostrar devido.

9. Os serviços prestados pela exponente e referidos no ponto 1.2.2, ou seja, a movimentação de terras em que se incluem habitualmente operações de transporte de terras efetuadas no âmbito de emprei-tadas de escavação, terraplenagem, aterro, desaterro e outras movimentações de terras, já se encontram abrangidos pela regra de inversão em causa, desde que, conforme já foi referido, o adquirente seja sujeito passivo do IVA em Portugal e aqui pratique operações que confi ram, total ou parcialmente, o direito à dedução do IVA, pelo que, nestes casos, não deve o prestador de serviços liquidar o IVA nas faturas, as quais deverão conter a expressão “IVA devido pelo adquirente”, nos termos do n° 13 do artigo 36° do CIVA.

IVAConstrução e equipamento de imóvel

destinado a museu

Direito à dedução

FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: CIVA Artigo: 9º, nº 13 Assunto: Dedução de bens e serviços relativos a construção

e equipamento de imóvel destinado a museu Processo: D051 2005211 -despacho do SDG dos Impostos,

substituto legal do Director -Geral, em 25-02-2009

Conteúdo: Tendo por referência o pedido de informação vin-culativa, do sujeito passivo FUNDAÇÃO “A”, cumpre informar o seguinte:

1. Refere o sujeito passivo que “(...) é uma insti-tuição particular, dotada de personalidade jurídica, sem fi ns lucrativos, considerada de Utilidade Pública por despacho conjunto dos Ministérios das Finanças e da Cultura”.

2. O seu objeto social é “(...) a promoção, requalifi -cação e preservação do ponto de vista patrimonial, cultural e social, do campo militar onde decorreu a batalha de XXXXX”.

Assim, pretende “(...) reconstruir, em museu aberto,

o campo e as circunstâncias em que decorreu a referida batalha (...)”.

3. Para a prossecução do referido objetivo propôs--se “(...) construir um Centro de Interpretação da batalha de XXXXX (...) numa área de terrenos já de posse da Fundação (...)”.

4. Do “Centro” faz parte um “(...) edifício multi-funcional composto por espaço de conferências, uma área administrativa, um espaço para cafetaria/restauração e uma loja para comercialização de produtos de merchandising e outros (...)”.

5. Para andamento do referido projeto solicitou ao Ministério da Cultura, fi nanciamento do “(...) valor total da despesa com a construção e equipamento (...) incluindo, obviamente, o valor do respetivo IVA (...) dada a isenção em que se enquadra a sua atividade (...) não pode deduzir esse imposto”.

6. O Ministério, não obstante ter aprovado o referido projeto “(...) suscitou a dúvida sobre a possibilidade de a Fundação poder deduzir, aquando do início da exploração da área da cafetaria e da loja, o IVA da construção do edifício, na parte imputável à construção das áreas em que se desenvolverão essas actividades”, pelo que condicionou “(...) a atribuição da totalidade do fi nanciamento à com-provação da incapacidade da Fundação em deduzir essa hipotética quota-parte do IVA”.

7. Assim, vem solicitar esclarecimentos sobre as seguintes situações:

-”1° O IVA dos Bens e Serviços relativos à cons-trução e equipamento de um edifício cujo objeto central é a atividade de museu, por natureza isenta de IVA, poderá ser no todo ou em parte dedutível nas atividades complementares e de apoio que nele se desenvolverão?”;

-”O referido IVA poderá ser decomposto de forma a poder ser imputável às diversas áreas do edifício?”;

-”Qual deverá ser o adequado critério para a de-composição e consequente imputação dos valores daí resultantes?”;

-”A quota-parte do IVA imputável às áreas de restauração e loja poderá ser deduzido nos valores liquidados aquando do funcionamento das activi-dades a elas afectas?”;

-”Uma vez que a liquidação de IVA por via de tais atividades se afi gurará de valores reduzidos, sendo previsível um longo período para a integral recuperação do IVA imputado, que provavelmente ocorrerá em anos diferentes daqueles em que o IVA da construção foi pago, poderá a Fundação requerer o reembolso do mesmo?”

8. Antes de mais, importa defi nir, em sede de IVA, o enquadramento do sujeito passivo, decorrente das actividades mencionadas.

9. De harmonia com o n° 13 do art° 9 do CIVA, são isentas de IVA, “As prestações de serviços que consistam em proporcionar a visita, guiada ou não, a museus, galerias de arte, castelos, palácios, monumentos, parques, perímetros fl orestais, jardins

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Boletim do Contribuinte 723

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

OUTUBRO 2012 - Nº 20

botânicos, zoológicos e semelhantes, pertencentes ao Estado, outras pessoas coletivas de direito público ou organismos sem fi nalidade lucrativa, desde que efectuadas única e exclusivamente por intermédio dos seus próprios agentes. A presente isenção abran-ge também as transmissões de bens estreitamente conexas com as prestações de serviços referidas”.

10. Deste modo, para benefi ciar da isenção supra referida é condição essencial que o sujeito passivo seja um organismo sem fi nalidade lucrativa, de acordo com defi nição prevista no art° 10° do CIVA.

11. Estão isentas de imposto, ao abrigo da norma anteriormente referida, as vendas de “entradas” para o museu, bem como de catálogos, publica-ções, posters e postais, que estejam directamente relacionadas com o mesmo.

12. Quanto às restantes transmissões de bens, não especifi cados (artigos de merchandising), desde que não tenham enquadramento nas Listas anexas ao CIVA, fi cam sujeitas à taxa normal, de acordo com a alínea c) do n° 1 do art° 18° do CIVA.

13. No que concerne às operações respeitantes a “cafetaria/restauração”, as mesmas confi guram a realização de prestações de serviços sujeitas a imposto e dele não isentas, nos termos do art° 4° do Código do Imposto sobre o Valor Acrescentado, tributadas à taxa intermédia, de acordo com a alínea b) do n° 1 do art° 18° do CIVA.

14. No que se refere ao exercício do direito à dedução do imposto suportado, é pressuposto fundamental desse direito que o mesmo tenha sido suportado em aquisições de bens e serviços que contribuam para a realização de operações tributáveis (art° 20° do CIVA).

15. Estabelece o n° 1 do art° 19° do CIVA os termos em que o imposto pode ser objecto de dedução, impondo o n° 2 do mesmo artigo um condiciona-lismo essencial, de ordem formal, isto é, que só confere direito à dedução o imposto mencionado em faturas ou documentos equivalentes passados em forma legal, em nome e na posse do sujeito passivo. Consideram-se passados sob forma legal os documentos que contêm os requisitos do art° 36°, n° 5 do CIVA, com exclusão do imposto contido nas despesas mencionadas no n° 1 do art° 21° do referido normativo legal.

16. Verifi ca-se que o sujeito passivo exerce si-multaneamente operações sujeitas a imposto que conferem o direito à dedução e operações sujeitas, mas isentas de imposto, que não conferem aquele direito, qualifi cando-se como um sujeito passivo misto, pelo que está, no que se refere ao exercício

do direito à dedução, obrigado à disciplina do art° 23° do CIVA.

17. Efetivamente, determina o n° 1 desta disposição legal que “Quando o sujeito passivo, no exercício da sua actividade, efectuar operações que conferem direito a dedução e operações que não conferem esse direito, nos termos do artigo 20°, a dedução do imposto suportado na aquisição de bens e serviços que sejam utilizados na realização de ambos os tipos de operações é determinada do seguinte modo:

a) Tratando-se de um bem ou serviço parcialmente afeto à realização de operações não decorrentes do exercício de uma atividade económica prevista na alínea a) do n° 1 do artigo 2°, o imposto não dedutível em resultado dessa afetação parcial é determinado nos termos do n° 2;

b) Sem prejuízo do disposto na alínea anterior, tratando-se de um bem ou serviço afeto à realiza-ção de operações decorrentes do exercício de uma actividade económica prevista na alínea a) do n° 1 do artigo 2°, parte das quais não confi ra direito à dedução, o imposto é dedutível na percentagem correspondente ao montante anual das operações que dêem lugar a dedução”.

18. Por seu lado, o n° 2 estipula “Não obstante o dis-posto na alínea b) do número anterior, pode o sujeito passivo efectuar a dedução segundo a afetação real de todos ou parte dos bens e serviços utilizados, com base em critérios objetivos que permitam determinar o grau de utilização desses bens e serviços em opera-ções que conferem direito a dedução e em operações que não conferem esse direito, sem prejuízo de a Direcção-Geral dos Impostos lhe vir a impor condições especiais ou a fazer cessar esse procedimento no caso de se verifi car que provocam ou que podem provocar distorções signifi cativas na tributação”.

19. Deste modo, o sujeito passivo só pode exercer o direito à dedução do imposto suportado nas suas operações passivas, através da utilização de um dos métodos anteriormente referidos, nomeadamente:

-”Método de percentagem de dedução” ou prorata [alínea b) do n°1 do art° 23° do CIVA)] e nesse caso terá de determinar a percentagem de dedu-ção nos termos do n° 4 do referido art° 23° do CIVA, que estipula: “A percentagem de dedução referida na alínea b) do n° 1 resulta de uma fração que comporta, no numerador, o montante anual, imposto excluído, das operações que dão lugar a dedução nos termos do n° 1 do artigo 20.° e, no denominador, o montante anual, imposto excluí-do, de todas as operações efetuadas pelo sujeito passivo decorrentes do exercício de uma atividade económica prevista na alínea a) do n° 1 do artigo 2°, bem como as subvenções não tributadas que não sejam subsídios ao equipamento”;

“Método de afetação real” [alínea a) do n° 1 do art° 23° do CIVA] - Deve ter em conta o n° 2 do art° 23° do CIVA, nomeadamente “(...) efetuar a

(Continua na pág. seguinte)

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724 Boletim do Contribuinte

INFORMAÇÕESVINCULATIVAS

OUTUBRO 2012 - Nº 20

dedução (...) com base em critérios objetivos que permitam determinar o grau de utilização desses bens e serviços em operações que conferem direito a dedução e em operações que não conferem esse direito, sem prejuízo de a Direcção-Geral dos Im-postos lhe vir a impor condições especiais ou a fazer cessar esse procedimento no caso de se verifi car que provocam ou que podem provocar distorções signifi cativas na tributação”.

20. Concluindo, a consulente só pode deduzir o imposto suportado, tendo em conta a limitação prevista no art° 23° do CIVA, isto é:

20.1. Se utilizar o “Método de percentagem de de-dução” (prorata), será essa percentagem de imposto que pode deduzir;

20.2. Se utilizar o “Método de afetação real”, apura o imposto dedutível em função da efetiva utilização de cada bem ou serviço nas operações sujeitas a imposto e dele não isentas, ou seja, o imposto suportado na aquisição de bens e serviços afetos

às atividades tributadas é dedutível; o imposto suportado na aquisição de bens e serviços afetos às atividades isentas não é dedutível.

20.3. Se optar pelo “Método de afetação real”, os critérios adoptados pelo sujeito passivo, no início de cada ano civil, devem ser utilizados consisten-temente nesse período, podendo ser efectuados os devidos ajustamentos no fi nal de cada ano.

20.4. Para tal, a contabilidade deve ser efetuada de forma adequada ao apuramento objetivo das operações, que conferem direito à dedução, de modo a permitirem um inequívoco apuramento do imposto dedutível.

21. Quanto à ultima questão que coloca, verifi cando--se uma situação de crédito de imposto, o sujeito passivo pode solicitar o seu reembolso nas condi-ções do art° 22° do Código do IVA e do Despacho Normativo n° 53/2005, de 15 de Dezembro (atual Despacho Normativo nº 18-A/2010, de 1 de Julho).

22. Por último, chama-se a atenção do sujeito passivo que deve proceder à alteração do seu enquadramento em sede de IVA, apresentando a declaração de altera-ções a que alude o art° 32° do CIVA, mencionando, no quadro respectivo, que realiza operações sujeitas mas isentas que não conferem o direito à dedução, e operações sujeitas que conferem aquele direito, indicando, para efeitos de aplicação do art° 23° do CIVA, qual o método que vai adotar.

O ESSENCIAL SOBRE O IVA analisado numa perspetiva prática

PROGRAMA: I) Código do IVA: - Aspetos caraterizadores do imposto - Sujeitos passivos de IVA e “reverse

charge” - IVA na construção civil e no imobiliário - Regras de localização das transmissões

de bens e das prestações de serviços - Facto gerador e exigibilidade - Operações com as Regiões Autónomas - Obrigações declarativas - Regimes e enquadramentos em IVA II) Regime do IVA nas Transações

Intracomunitárias de bens (RITI): - Aspetos genéricos - Aquisições e transmissões

intracomunitárias de bens - Aquisição de meios de transporte - Regime derrogatório das aquisições

intracomunitárias de bens - Bens com instalação ou montagem - Regime das vendas à distância - Operações triangulares - Falsas triangulares - Isenções nas importações de bens

destinados a outros Estados Membros

III) Outros: - Regime de reembolsos de IVA a não

residentes - Declaração recapiulativa de IVA

FORMADOR: Dr. Duarte Travanca

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: Vida Económica - Patrícia Flores

E-mail: [email protected]

PORTO23 novembroHotel D. Henrique

Preços*: Público Geral: G95Ass. VE: G75 *(+ IVA)

INICIATIVA:

(Continuação da pág. anterior)

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Boletim do Contribuinte 725OUTUBRO 2012 - Nº 20

JURISPRUDÊNCIA

Falta de entrega das quotizações à Segurança Social e responsabilidade

penal dos sócios gerentesEmpresa em difi culdades fi nanceiras

Crime de abuso de confi ança fi scal

Num recente acórdão proferido pelo Tribunal da Relação do Porto (Proc. nº 6651/08.8TAVNG.P1, de 20.6.2012, dis-ponível em www.dgsi.pt), que confi rma a decisão do tribunal de 1ª instância, no confronto entre o dever de entregar à Segurança Social as quantias descontadas nos salários dos trabalhadores de uma empresa (quotizações) e o dever de manter esta em atividade, pagando as despesas correntes de funcionamento, nomeadamente os salários, foi decidido que prevalece aquele dever. Não está a coberto do estado de ne-cessidade desculpante, previsto no art. 35º do Código Penal, a conduta daquele que, para manter a empresa em laboração, não entrega à Segurança Social as quantias deduzidas aos vencimentos dos trabalhadores.

Os factosNo tribunal de 1ª instância, em processo com intervenção

de tribunal coletivo, foram submetidos a julgamento os geren-tes da sociedade em causa, tendo no fi nal sido proferida sen-tença, na qual se decidiu condenar cada um deles pela prática de um crime de abuso de confi ança contra a Segurança Social, na forma continuada, prevista no art. 107º, nº 1, do Regime Geral das Infrações Tributárias (RGIT), por força do art. 105º, nº 5, e arts. 30º, nº 2, e 79º do Código Penal, nas penas de 2 anos e 2 meses de prisão e de 3 anos de prisão, respetivamente, com execução suspensa pelo mesmo período e subordinada a demonstrarem, no mesmo prazo, o pagamento à segurança social de uma determinada quantia, acrescida de juros de mora sobre os respetivos valores em falta.

No âmbito da atividade desenvolvida, a partir de certa altura, os arguidos gerentes, de comum acordo e em conjuga-ção de esforços, foram decidindo, mediante resolução mensal sucessivamente renovada, não entregar à Segurança Social os montantes que a título de contribuições à Segurança Social descontavam dos salários pagos aos trabalhadores e gerentes da sociedade arguida e de utilizar tais quantias em benefício dos interesses dessa mesma sociedade.

Inconformados com a sentença, dela interpuseram recurso os referidos arguidos, alegando a sua revogação e a absolvição da prática do crime em questão.

Pelo menos dois dos arguidos conheciam as obrigações legais que impendem sobre a sociedade que administravam, em especial no que se refere ao pagamento das remunerações aos trabalhadores da sociedade, designadamente que do total

das remunerações pagas deveria ser efetuada declaração aos serviços da Segurança Social, acompanhada do valor neles descontado a título de quotizações, correspondendo a 11% quando se tratasse de remunerações a trabalhadores dependen-tes ou 9,3% sobre as remunerações dos gerentes e 8% sobre as remunerações atribuídas a reformados.

Decisão do tribunal superiorPelo que fi cou provado em tribunal, a conduta dos gerentes

da sociedade em causa preenche integralmente a previsão do crime de abuso de confi ança contra a segurança social por cuja prática foram condenados em 1ª instância.

JurisprudênciaNo mesmo sentido desta decisão, e conforme tendência

da jurisprudência dos tribunais nacionais, segue-se extrato de sumário de um acórdão do tribunal de recurso:

“(...) III - A apropriação da verbas correspondentes aos descontos de salários devidos pelos trabalhadores à Segurança Social e retidos pela respetiva entidade patronal não signifi ca necessariamente que a pessoa em causa tenha utilizado tais verbas em proveito pessoal, ou mesmo da empresa, ou que tenha tido a intenção de as fazer suas a título permanente e defi -nitivo: a partir do momento em que se procede a tais descontos e retenção, as quantias em causa devem ser consideradas, para todos os efeitos, propriedade da Segurança Social.

IV - Se a essas verbas é dado um destino diferente do da entrega à Segurança Social estamos, perante uma inversão do título de posse e de uma apropriação que são caraterísticos do crime de abuso de confi ança: o agente deixa de possuir, a título precário e transitório, em nome alheio, e passa a dispor da coisa como se fosse sua, como se fosse seu proprietário (não o sendo), com o propósito de não lhe dar o destino a que estava ligada.

V - No contexto de um Estado de Direito que a Constitui-ção quis que fosse um Estado Social de Direito, os crimes em apreço revelam, para além de um desvalor de resultado, cifrado na não entrada nos cofres do Estado dos montantes retidos, um desvalor de ação pautado no desvio desses montantes que dão dignidade penal à conduta.”

O que diz a leiArt. 107º, nº 1, do RGIT - Abuso de confi ança contra a

segurança social: 1 - As entidades empregadoras que, tendo deduzido do valor das remunerações devidas a trabalhadores e membros dos órgãos sociais o montante das contribuições por estes legalmente devidas, não o entreguem, total ou par-cialmente, às instituições de segurança social, são punidas com as penas previstas nos nº 1 e 5 do art. 105º.

Art. 105º, nºs 1 e 5, do RGIT – Crime de abuso de con-fi ança:

Quem não entregar à administração tributária, total ou parcialmente, prestação tributária de valor superior a (euro) 7500, deduzida nos termos da lei e que estava legalmente obrigado a entregar é punido com pena de prisão até três anos ou multa até 360 dias.

... quando a entrega não efectuada for superior a (euro) 50 000, a pena é a de prisão de um a cinco anos e de multa de 240 a 1200 dias para as pessoas coletivas.

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Boletim do Contribuinte726

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

Uma das preocupações do XIX Governo Constitucional, em matéria de política social, consiste na revisão do regime jurídico do ren-dimento social de inserção, enquanto prestação de combate à pobreza sujeita a um conjunto de direitos e deveres consubstanciados na celebração de um contrato de inserção.

Em cumprimento deste objetivo foi, recentemente, publicado o Decreto-Lei n.º 133/2012, de 27 de junho, que procede, de-signadamente, à revisão do regime jurídico do rendimento social de inserção, o qual prevê, no âmbito das medidas de inserção que devem integrar o contrato de inserção, a participação do titular da prestação e dos membros do seu agregado familiar em programas de ocupação temporária que se traduzam na realização de atividades socialmente úteis, como forma de promoção da sua integração social e comu-nitária.

Assim, o desenvolvimento de atividade socialmente útil surge como uma forma de ativação social e comunitária por parte dos benefi ciários da prestação de rendimento social de inserção, através da colaboração prestada a entidades que desenvolvem este tipo de atividades, prestando desta forma um impor-tante contributo cívico a favor da comunidade onde se inserem, e que não se confunde com o desenvolvimento de trabalho socialmente necessário a que se encontram obrigados os benefi ciários de prestações de desemprego.

A atividade socialmente útil pode de-senvolver-se, designadamente, no âmbito do apoio à organização e desenvolvimento de projetos ou eventos ligados à prática desportiva, recreativa e cultural, do apoio à organização e desenvolvimento de projetos ou eventos de proteção do património natural e paisagístico - nomeadamente, atividades de proteção do ambiente, da fauna e da fl ora -, do apoio à organização e desenvolvimento de projetos ou eventos de proteção ou defesa do património arquitetónico, do apoio à organi-zação e desenvolvimento de atividades não permanentes - como sejam, a organização de bibliotecas, arquivos e museus municipais -,

do apoio à organização e desenvolvimento de atividades de apoio social, ou do apoio à organização e desenvolvimento de atividades ligadas a serviços gerais de apoio de carácter não permanente.

Sujeita a um conjunto de regras que as-segura aos benefi ciários de rendimento social de inserção o desenvolvimento de outras formas de inserção na sociedade, como sejam a procura ativa de emprego ou a elevação das suas competências através da frequência da escolaridade obrigatória ou de formação profi ssional, a atividade socialmente útil ape-nas pode ocupar até quinze horas semanais, distribuídas no máximo por três dias úteis.

A violação grave e reiterada, pelo bene-fi ciário, dos deveres decorrentes do presente decreto-lei, assim como a verifi cação de faltas injustifi cadas, comportam a cessação do direito ao rendimento social de inserção.

Por seu turno, as entidades promotoras - aquelas que se proponham benefi ciar do desenvolvimento de atividade socialmente útil - estão sujeitas a um conjunto de deveres que impedem a utilização da atividade útil como uma forma de ocupação ou de substituição de postos de trabalho, assegurando que essa atividade não confi gura, de modo exclusivo, tarefas que integram o conteúdo funcional dos lugares do quadro de pessoal dessas entidades.

Compete ao Instituto da Segurança Social, I. P., sem prejuízo das competências dos órgãos das Regiões Autónomas, o desenvolvimento e o acompanhamento da atividade socialmente útil, em parceria com entidades sem fi ns lu-crativos, ou do setor social, que se proponham benefi ciar dessa atividade e se inscrevam na bolsa constituída para o efeito.

Foram ouvidos os órgãos do governo próprio da Região Autónoma da Madeira, As-sociação Nacional de Municípios Portugueses, da Associação Nacional de Freguesias e da União das Mutualidades Portuguesas.

Foram promovidas as audições dos órgãos do governo próprio da Região Autónoma dos Açores, da Confederação Nacional das

Instituições de Solidariedade e da União das Misericórdias Portuguesas.

Assim:Nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo

198.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:

ARTIGO 1.ºObjeto

O presente decreto-lei regula o desen-volvimento da atividade socialmente útil a que se encontram obrigados os titulares do rendimento social de inserção e os membros do respetivo agregado familiar, adiante designados por benefi ciários, nos termos defi nidos no contrato de inserção celebrado de acordo com o disposto no artigo 18.º da Lei n.º 13/2003, de 21 de maio.

ARTIGO 2.ºConceito de atividade socialmente útil

1 - Considera-se atividade socialmente útil a ocupação temporária a que fi cam sujeitos os beneficiários previstos no artigo anterior, desenvolvida a favor de entidades sem fi ns lucrativos, ou do setor da economia social, designadas por enti-dades promotoras, com vista à satisfação de necessidades sociais e comunitárias.

2 - A atividade socialmente útil carac-teriza-se pela realização de tarefas que, na sua maioria, não integram o âmbito do conteúdo funcional dos lugares previstos no quadro de pessoal ou nos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis ou não se sobreponham às desenvolvidas pe-los trabalhadores da entidade promotora.

3 - A atividade socialmente útil é compatível com as aptidões do benefi ci-ário, bem como com as suas habilitações escolares, qualificação e experiência profi ssional, e respeita as normas gerais e especiais relativas às condições de tra-balho, designadamente no que concerne à segurança, higiene e saúde no trabalho.

ARTIGO 3.ºÂmbito pessoal

1 - Integram o âmbito pessoal do presente decreto-lei os benefi ciários do rendimento social de inserção, com idade compreendida entre os 18 e os 60 anos, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃOAtividade socialmente útil a desenvolver por parte dos benefi ciários da prestação de rendimento social

de inserçãoDecreto-Lei n.º 221/2012

de 12 de outubro(in DR n.º 198, I Série, de 12.10.2012)

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Boletim do Contribuinte 727

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

2 - Ficam excluídos da prestação de ati-vidade socialmente útil os benefi ciários que:

a) Recebam prestações de desem-prego;

b) Se encontrem a exercer atividade profi ssional ou a frequentar qualquer grau de ensino, ação de formação profi ssional ou outro tipo de ativi-dade no âmbito de medidas ativas de emprego;

c) Se encontrem a prestar apoio indis-pensável a membro do seu agregado familiar, de forma permanente;

d) Sejam vítimas de violência domés-tica acolhidas em casas de abrigo.

ARTIGO 4.ºGestão e entidade gestora

1 - A gestão da atividade socialmente útil compete ao Instituto da Segurança Social, I. P. (ISS, I. P.), e às entidades competentes das administrações regionais autónomas, no âmbito das respetivas competências.

2 - São competências da entidade gestora, designadamente:

a) Organizar e gerir a bolsa das enti-dades promotoras;

b) Estabelecer com as entidades pro-motoras, através de protocolo indi-vidual, as regras de funcionamento da atividade socialmente útil;

c) Acompanhar, através do técnico gestor do processo de rendimento so-cial de inserção, o cumprimento dos direitos e deveres dos benefi ciários;

d) Fiscalizar o cumprimento dos deve-res das entidades promotoras;

e) Articular com outros serviços públicos, designadamente com o Instituto de Emprego e Formação Profi ssional, I. P. (IEFP, I. P.), com vista a uma gestão efi caz e efi ciente da atividade socialmente útil.

ARTIGO 5.ºEntidades promotoras

1 - Podem candidatar-se a entidades promotoras as entidades sem fi ns lucra-tivos ou do setor da economia social, designadamente:

a) Instituições particulares de solida-riedade social (IPSS), ou entidades a estas equiparadas;

b) Associações de utilidade pública e cooperativas;

c) Serviços e organismos da Admi-nistração.

2 - As entidades interessadas em be-nefi ciar do desenvolvimento de atividade socialmente útil, devem apresentar, por via eletrónica em formulário próprio, a sua candidatura junto do ISS, I. P.

3 - As entidades promotoras devem satisfazer os seguintes requisitos:

a) Encontrarem-se regularmente cons-tituídas e devidamente registadas;

b) Terem a situação contributiva regu-larizada perante a segurança social e a administração tributária;

c) Terem a sua situação regularizada no que respeita a apoios nacionais ou europeus, designadamente os concedidos pelo IEFP, I. P.;

d) Disporem de contabilidade organi-zada, desde que legalmente exigida, de acordo com o sistema de norma-lização contabilista.

ARTIGO 6.ºDuração da atividade socialmente útil

O limite máximo semanal de duração da atividade socialmente útil é de quinze horas, distribuído no máximo até três dias úteis, e sem ultrapassar diariamente seis horas.

ARTIGO 7.ºDireitos dos benefi ciários

1 - O benefi ciário tem direito a trans-porte, alimentação e seguro de acidentes pessoais, da responsabilidade da entidade promotora, sem prejuízo do disposto no número seguinte.

2 - O encargo com a alimentação do benefi ciário implica que a atividade socialmente útil desenvolvida tenha a duração mínima diária de quatro horas.

ARTIGO 8.ºDeveres dos benefi ciários

Constituem deveres dos benefi ciários:a) Cumprir as orientações da entidade

promotora quanto à forma como deve ser desenvolvida a atividade socialmente útil;

b) Cumprir o horário acordado com a entidade promotora;

c) Informar com antecedência a enti-dade promotora sempre que estiver impossibilitado de comparecer no local onde deve ser desenvolvida a atividade socialmente útil, indicando o motivo da falta;

d) Justifi car as faltas ou atrasos;

e) Não adotar comportamentos que perturbem ou interfiram com o normal funcionamento da entidade promotora;

f) Zelar pela boa utilização dos recursos materiais, bens, equipamentos e uten-sílios postos ao seu dispor para a rea-lização da atividade socialmente útil;

g) Cumprir as regras e instruções de segurança, higiene e saúde no trabalho.

ARTIGO 9.ºRegime de faltas

1 - Consideram-se justifi cadas as faltas ou ausências ao cumprimento da atividade socialmente útil resultantes de:

a) Doença ou acidente;b) Apoio indispensável e inadiável a

membro do seu agregado familiar, bem como a fi lho e a neto que não fa-çam parte do seu agregado familiar;

c) Direitos e obrigações decorrentes de responsabilidade parental;

d) Cumprimento de obrigações legais ou judiciais inadiáveis;

e) Falecimento de cônjuge, parentes e afi ns, em linha reta e em linha colate-ral, até ao 2.º grau, ou até ao 3.º grau caso vivam em economia comum;

f) Cumprimento de obrigações decor-rentes do contrato de inserção.

2 - A prova nas situações referidas nas alíneas a) e b) do número anterior é feita através de declaração médica emitida pelos serviços competentes do serviço nacional de saúde nos termos previstos no regime jurídico de proteção na doença do sistema previdencial, sem prejuízo de confi rmação ofi ciosa, a todo o tempo, pelo sistema de verifi cação de incapacidades da segurança social.

3 - A prova nas situações referidas nas alíneas c), d), e) e f) do n.º 1 é feita, através de documento idóneo ou de informação dos serviços da segurança social.

4 - As faltas dadas pelo benefi ciário que não sejam justifi cadas nos termos dos números anteriores consideram-se injustifi cadas e dão lugar à restituição dos respetivos encargos com transporte e alimentação.

5 - As faltas injustifi cadas no âmbito da atividade socialmente útil são equipa-radas a falta de comparência injustifi cada a quaisquer convocatórias efetuadas pela entidade gestora competente, nos termos

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Boletim do Contribuinte728

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

e para os efeitos do disposto no artigo 22.º da Lei n.º 13/2003, de 21 de maio.

ARTIGO 10.ºDeveres das entidades promotoras

As entidades promotoras devem:a) Inserir e apoiar os benefi ciários

fornecendo-lhe os instrumentos e a formação necessários à execução das tarefas atribuídas;

b) Monitorizar e controlar a atividade socialmente útil prestada pelos bene-fi ciários, designando para esse efeito um supervisor;

c) Comunicar aos competentes ser-viços da segurança social qualquer situação anómala que configure violação dos deveres a que os bene-fi ciários estão sujeitos no âmbito da atividade socialmente útil;

d) Atribuir aos benefi ciários tarefas que não confi gurem a violação do disposto do n.º 2 do artigo 2.º;

e) Cumprir com os encargos a que se encontra obrigada nos termos do artigo 7.º

ARTIGO 11.ºCessação ou suspensão

do cumprimento da atividade socialmente útil

1 - O cumprimento da atividade so-cialmente útil por parte do benefi ciário cessa ou suspende sempre que se verifi car alguma das seguintes situações:

a) Suspensão ou cessação do rendi-mento social de inserção;

b) Exercício de atividade profi ssio-nal a tempo completo ou a tempo parcial;

c) Frequência de qualquer grau de ensino;

d) Frequência de ação de formação profi ssional;

e) Exercício de atividade no âmbito de medidas ativas de emprego;

f) Violação grave e reiterada, pelo be-nefi ciário, dos deveres previstos no artigo 8.º, impeditiva da continui-dade da atividade socialmente útil;

g) Violação grave e reiterada, pela entidade promotora, dos deveres previstos no artigo 10.º, impeditiva da continuidade da atividade social-mente útil.

2 - Para efeitos do previsto na alínea f) do número anterior, a violação grave e reiterada dos deveres dos benefi ciá-rios é equiparada a recusa de atividade socialmente útil, nos termos e para os efeitos do disposto no artigo 22.º da Lei n.º 13/2003, de 21 de maio.

3 - Nos casos previstos na alínea g) do n.º 1, ouvidas as partes, compete à en-tidade gestora determinar a existência de violação grave e reiterada dos deveres da entidade promotora que seja impeditiva da continuidade da atividade socialmente útil, após o que, no prazo máximo de 30 dias, encaminha o benefi ciário para nova atividade socialmente útil.

4 - Quando deixe de se verifi car a causa de suspensão da atividade social-mente útil, compete à entidade gestora determinar nova atividade socialmente útil, no prazo máximo de 30 dias.

ARTIGO 12.ºCarta de compromisso de atividade

socialmente útil

1 - A entidade promotora e o bene-fi ciário assinam uma carta de compro-misso de atividade socialmente útil que contém as tarefas a desemprenhar, o horário, bem como as demais condições que especialmente se apliquem àquela relação jurídica.

2 - Em tudo o que, no domínio dos deveres e dos direitos, a carta de compro-misso seja omissa é aplicável o disposto no presente decreto-lei.

ARTIGO 13.ºEntrada em vigor

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

NOVIDADE

De especial interesse para advogados, juízes e procuradores, bem como para estudantes, docentes e outros profi ssionais que, no âmbito das suas atividades, têm necessidade de se relacionar com a temática do processo do trabalho.

Nome

Morada

C. Postal

E-mail Nº Contribuinte Solicito o envio de exemplar(es) do livro Código de Processo do Trabalho, com o PVP unitário de 22 A.

Para o efeito envio cheque/vale nº , s/ o , no valor de A� , Solicito o envio à cobrança. (Acrescem A 4 para despesas de envio e cobrança).ASSINATURA

Pedidos para: Vida Económica - R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO • [email protected]

Autor: Adalberto Costa Páginas: 480 P.V.P.: € 22

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Boletim do Contribuinte 729

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

(Continua na pág. seguinte)

Subsídio de Natal pago em duodécimos – Trabalhadores em atividade

Nos termos da proposta de Lei do Orçamento do Estado para 2013, o sub-sídio de Natal ou quaisquer prestações correspondentes ao 13º mês a que os trabalhadores titulares de cargos públicos tenham direito, nos termos legais, é pago mensalmente, por duodécimos.

Eliminação do subsídio de férias Fica suspenso o pagamento do sub-

sídio de férias ou quaisquer prestações correspondentes ao 14º mês, cuja remu-neração base mensal seja superior a 1 100 euros.

Por seu lado, os trabalhadores da administração pública cuja remuneração base mensal seja igual ou superior a 600 euros e não exceda o valor de 1100 euros fi cam sujeitas a uma redução no subsídio de férias ou nas prestações correspon-dentes ao 14º mês, auferindo o montante calculado nos seguintes termos: subsídio/prestações = 1320 - 1,2 x remuneração base mensal.

Subsídio de férias – aposentados e reformados

Em 2013 fi ca suspenso o pagamento de 90 % do subsídio de férias ou quais-quer prestações correspondentes ao 14º mês aos aposentados, reformados, pré--aposentados ou equiparados, cuja pen-são mensal seja superior a 1100 euros.

Para o efeito, considera-se a soma de todas as pensões devidas a qualquer título, nomeadamente pensões de sobrevivência, subvenções e prestações pecuniárias equi-valentes que não estejam expressamente excluídas por disposição legal.

Por sua vez, os aposentados e refor-mados cuja pensão mensal seja igual ou superior a 600 euros e não exceda o valor de 1100 euros fi cam sujeitos a uma redução no subsídio, auferindo o montante calculado nos seguintes ter-mos: subsídio/prestações = 1188 – 0,98 × pensão mensal.

PROPOSTA DE LEI DO ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2013

Medidas de austeridade na área do trabalho e segurança social na administração pública e no setor

privado

Estas reduções de pensões aplicam--se cumulativamente com a contribuição extraordinária de solidariedade.

Contribuição extraordinária de solidariedade para aposentados

e reformados

As pensões pagas a um único titular são sujeitas a uma contribuição extra-ordinária de solidariedade (CES), nos seguintes termos:

• 3,5% sobre a totalidade das pensões de valor mensal entre 1350 e 1800 euros;

• 3,5% sobre o valor de 1 800 euros e 16 % sobre o remanescente das pen-sões de valor mensal entre 1800,01 e 3750 euros, perfazendo uma taxa global que varia entre 3,5% e 10%;

• 10 % sobre a totalidade das pensões de valor mensal superior a 3750 euros.

Quando as pensões tenham valor superior a 3750 euros, são aplicadas, em acumulação com os 10% sobre a totalidade das pensões, as seguintes percentagens:

• 15 % sobre o montante que exceda 12 vezes o valor do IAS, mas que não ultrapasse 18 vezes aquele valor;

• 40 % sobre o montante que ultrapas-se 18 vezes o valor do IAS.

Congelamento do valor das pensões

No ano de 2013, não são objeto de atualização:

- os valores das pensões regulamen-tares de invalidez e de velhice do regime geral de segurança social, atribuídos em data anterior a 1 de janeiro de 2012;

- os valores das pensões de aposenta-ção, reforma, invalidez e de outras pensões, subsídios e complementos atribuídos pela CGA, em data ante-rior a 1 de janeiro de 2013.

Pelo contrário, será atualizado o valor mínimo da pensão do regime geral de segurança social correspondente a uma carreira contributiva inferior a 15 anos, os valores mínimos de pensão de aposentação, reforma, invalidez e outras correspondentes a tempos de serviço até 18 anos, as pensões do regime especial das atividades agrícolas (RESSAA), as pensões do regime não contributivo e de regimes equiparados ao regime não contributivo, as pensões dos regimes transitórios dos trabalhadores agrícolas, as pensões por incapacidade permanente para o trabalho e as pensões por morte decorrentes de doença profi ssional, e o complemento por dependência.

Manutenção das reduções remuneratórias

Em 2013 mantém-se a redução das remunerações totais ilíquidas mensais dos titulares de cargos públicos (designada-mente membros do Governo, deputados à Assembleia da República, magistrados judiciais, eleitos locais e todos os trabalha-dores que exercem funções públicas, em qualquer modalidade de relação jurídica de emprego público), de valor superior a 1 500 euros, nos seguintes termos:

- 3,5 % sobre o valor total das remu-nerações superiores a 1500 euros e inferiores a 2000 euros;

- 3,5 % sobre o valor de 2000 euros acrescido de 16 % sobre o valor da remuneração total que exceda os 2000 euros, perfazendo uma taxa global que varia entre 3,5 % e 10 %, no caso das remunerações iguais ou superiores a 2000 euros até 4165 euros;

- 10 % sobre o valor total das remu-nerações superiores a 4165 euros.

Estatuto da Aposentação

Antecipação da idade da aposentaçãoA idade mínima para os funcionários

públicos requererem a aposentação passa para os 65 anos já a partir do próximo ano, sendo o tempo mínimo de serviço de 15 anos.

Deste modo, procede-se à eliminação do regime de transição previsto na Lei nº

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Boletim do Contribuinte730

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

(Continuação da pág. anterior)

60/2005, de 29.12, em vigor desde 2006, que estabelece a convergência da idade da reforma na Administração Pública com a do setor privado, e que prevê que a idade da reforma na Função Pública passe para os 65 anos apenas em 2015, antecipando-se, assim, em dois anos o aumento da idade de reforma.

Refira-se que em 2012 pode ser requerida a aposentação pelos funcio-nários que tenham atingido os 63 anos e 6 meses.

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

Trabalho suplementar Pagamento reduzido a metade

A remuneração do trabalho suple-mentar vai ser reduzida para metade. Assim, durante a vigência do PAEF, todos os acréscimos ao valor da retribui-ção horária referentes a pagamento de trabalho extraordinário prestado em dia normal de trabalho, cujo período normal de trabalho, legal e ou convencional, não exceda sete horas por dia nem 35 horas por semana são realizados nos seguintes termos:

• 12,5% da remuneração na primeira hora;

• 18,75% da remuneração nas horas ou frações subsequentes.

O trabalho extraordinário prestado em dia de descanso semanal, obrigatório ou complementar, e em dia feriado con-fere o direito a um acréscimo de 25% da remuneração por cada hora de trabalho efetuado.

Redução do número de contratos a termo

Até 31 de dezembro de 2013 os ser-viços e organismos das administrações, direta e indireta, do Estado, regionais e autárquicas reduzem, no mínimo, em 50% o número de trabalhadores com contrato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo e ou com nomeação transitória existente em 31 de dezembro de 2012, com exclusão dos que sejam cofi nanciados por fundos europeus.

Durante o ano de 2013 aqueles ser-viços e organismos não podem proceder

à renovação de contratos de trabalho em funções públicas a termo resolutivo e de nomeações transitórias.

No entanto, em situações excecio-nais, fundamentadas na existência de relevante interesse público, os membros do Governo responsáveis pelas áreas das fi nanças e da administração pública po-dem autorizar uma redução inferior à in-dicada, bem como a renovação daqueles contratos ou nomeações, fi xando, caso a caso, as condições e termos a observar para o efeito e desde que se verifi quem determinados requisitos.

Redução de efetivos

Durante o ano de 2013, prevê-se que as empresas públicas e as entidades pú-blicas empresariais do setor empresarial do Estado, com exceção dos hospitais, reduzam no seu conjunto, no mínimo, em 3% o número de trabalhadores face aos existentes em 31 de dezembro de 2012.

Baixa médica por doençaEquiparação ao setor privado

A falta por motivo de doença devi-damente comprovada não afeta qualquer direito do trabalhador, salvo o disposto nos números seguintes.

Tal como acontece aos trabalhadores do setor privado, a falta por motivo de doença, devidamente comprovada, passa a determinar a perda da totalidade da remuneração base nos primeiros três dias de incapacidade temporária, seguidos ou interpolados.

Estabelece-se, ainda, a perda de 10% da remuneração base diária a partir do 4º dia e até ao 30º dia de incapacidade temporária para o trabalho.

Esta redução da remuneração não se aplica nos casos de internamento hospitalar, faltas por motivo de cirurgia ambulatória e de doença por tuberculose.

Indexante dos Apoios Sociais (IAS) mantém o mesmo valor

Durante o ano 2013 fi ca suspenso o regime de atualização anual do IAS, mantendo-se em vigor o valor de 419,22 euros, que vigorou nos anos de 2009, 2010 e 2011.

CÓDIGO CONTRIBUTIVOAlterações relevantes

Membros dos órgãos estatutários com direito a subsídio de desemprego

Os membros dos órgãos estatutários das pessoas coletivas que exerçam fun-ções de gerência ou de administração passam a ter direito à proteção na even-tualidade de desemprego, nos termos de legislação própria a publicar.

A taxa contributiva relativa aos ad-ministradores e gerentes das sociedades será agravada para 34,75% – 23,75% para as entidades empregadoras (atual-mente de 20,3%) e 11% para os trabalha-dores (atualmente, 9,3%).

Empresários em nome individual go-zam de proteção no desemprego

Os empresários em nome individual e os titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada e respetivos cônjuges passam a ter direito à proteção no desemprego, benefi ciando das respeti-vas prestações de desemprego nos termos de legislação a aprovar.

A taxa contributiva a cargo dos empre-sários em nome individual e dos titulares de estabelecimento individual de respon-sabilidade limitada é fi xada em 34,75%.

Trabalhadores independentesPassam a ficar obrigatoriamente

abrangidos pelo regime dos trabalhado-res independentes, previsto no Código Contributivo:

- os empresários em nome individual com rendimentos decorrentes do exercício de qualquer atividade comercial, industrial, agrícola, silvícola ou pecuária e os titulares de estabelecimento individual de responsabilidade limitada, bem como os respetivos cônjuges que com eles exerçam efetiva atividade profi ssional com caráter de regula-ridade e de permanência;

- os produtores agrícolas que exerçam efetiva atividade profissional na exploração agrícola ou equiparada, bem como os respetivos cônjuges que exerçam efetiva e regular-

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Boletim do Contribuinte 731

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

mente atividade profissional na exploração.

Produtores agrícolasÉ aumentada de 28,3% para 33,3 % a

taxa contributiva a cargo dos produtores agrícolas e respetivos cônjuges, cujos ren-dimentos provenham única e exclusiva-mente do exercício da atividade agrícola.

Subsídios de doença e de desemprego sujeitos a contribuições

As prestações de desemprego e de doença fi cam sujeitas a uma contribuição nos seguintes termos:

• 5 % sobre o montante do subsídio de doença, exceto se o período de incapacidade for inferior a 30 dias;

• 6 % sobre o montante dos subsí-dios de desemprego ou social de desemprego.

Ficam salvaguardados os montantes mínimos previstos nos respetivos regi-mes de atribuição das prestações.

Majoração do montante do subsídio de desemprego

O montante do subsídio de desem-prego é majorado em 10 % nas situações seguintes:

- quando no mesmo agregado fami-liar ambos os cônjuges ou pessoas que vivam em união de facto sejam titulares do subsídio de desemprego e tenham fi lhos ou equiparados a cargo (a majoração é aplicada a cada um dos benefi ciários);

- quando no agregado monoparental o parente único seja titular do sub-sídio de desemprego e não aufi ra pensão de alimentos decretada ou homologada pelo tribunal.

Juros de mora pelo atraso no paga-mento de contribuições e quotizações

Os juros de mora pelo não pagamento, dentro dos prazos legais, das contribuições e quotizações passam também a ser aplica-dos ao Estado e às outras pessoas coletivas públicas, independentemente da natureza, institucional, associativa ou empresarial, do âmbito territorial, nacional, regional ou municipal, e do grau de independência ou autonomia, incluindo entidades regulado-ras, de supervisão ou controlo.

Na altura da celebração do contrato de trabalho, a entidade empregadora deve informar o trabalhador sobre aspetos relevantes do mesmo.

Por seu lado, o trabalhador deve informar o empregador sobre elementos importantes para a prestação da atividade laboral.

Assim, sob pena de prática de contra--ordenação grave, o empregador deve prestar ao trabalhador, pelo menos, as seguintes informações:

• a respetiva identifi cação, nomea-damente, sendo sociedade, a exis-tência de uma relação de coligação societária, de participações recípro-cas, de domínio ou de grupo, bem como a sede ou domicílio;

• o local de trabalho ou, não havendo um fi xo ou predominante, a indica-ção de que o trabalho é prestado em vários locais;

• a categoria do trabalhador ou a descrição resumida das funções correspondentes;

• a data de celebração do contrato e a do início dos seus efeitos;

• a duração previsível do contrato, se o mesmo for celebrado a termo;

• o número da apólice de seguro de

acidentes de trabalho e a identifi ca-ção da entidade seguradora;

• o instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável, se houver;

• a identifi cação do fundo de com-pensação do trabalho ou mecanismo equivalente (nos termos de lei a aprovar brevemente);

• a duração das férias ou o critério para a sua determinação;

• os prazos de aviso prévio a respeitar pelo empregador e pelo trabalhador para a cessação do contrato, ou o critério para a sua determinação;

• o valor e a periodicidade da retri-buição;

• o período normal de trabalho di-ário e semanal, especifi cando os casos em que é defi nido em termos médios.

A informação sobre os elementos referidos nos últimos quatro items pode ser substituída pela indicação das dispo-sições legais do Código do Trabalho, do instrumento de regulamentação coletiva de trabalho aplicável ou do regulamento interno da empresa.

O dever do empregador de informa-ção considera-se cumprido quando a

informação em causa conste de contrato de trabalho reduzido a escrito ou de con-trato-promessa de contrato de trabalho.

Importa ainda referir que o empre-gador deve informar o trabalhador sobre alteração respeitante a qualquer elemento acima referido, por escrito, nos 30 dias imediatamente a seguir.

Esta regra não se aplica quando a alteração resulte de lei, de instrumento de regulamentação coletiva de trabalho ou de regulamento interno de empresa.

Por seu lado, o trabalhador deve prestar à entidade empregadora informa-ção sobre todas as alterações relevantes para a prestação da atividade laboral, no referido prazo de 30 dias.

(Código do Trabalho, arts. 106º e 107º)

CELEBRAÇÃO DE CONTRATO DE TRABALHOInformações a prestar ao trabalhador

Coletânea de Legislação Laboral

Código do Trabalho

Regulamentação ao Código do Trabalho

Outros diplomas legais relevantes

3ª EDIÇÃO

ATUALIZADA

AUTOR: Luís Manuel Teles de Menezes Leitão PÁGINAS: 944 (14,8 x 21cm)P.V.P.:�A�19

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Boletim do Contribuinte732

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

O Decreto-Lei nº 221/2012, de 12.10, veio estabelecer o conceito e disciplinar o desenvolvimento da atividade social-mente útil a que se encontram obrigados os titulares do rendimento social de in-serção (RSI) e os membros do respetivo agregado familiar, nos termos defi nidos no contrato de inserção, cuja celebração é obrigatória para efeitos de atribuição desta prestação social, conforme de-termina o Decreto-Lei nº 133/2012, de 27.6, que introduziu alterações ao regime de atribuição do RSI previsto na Lei nº 13/2003, de 21.5.

Conceito de atividade socialmente útilDe acordo com o novo diploma, em

vigor desde 13 de outubro, é considerada atividade socialmente útil a ocupação temporária a que fi cam sujeitos os be-nefi ciários do RSI, exercida a favor de entidades sem fi ns lucrativos, ou do setor da economia social, designadas por enti-dades promotoras, visando a satisfação de necessidades sociais e comunitárias.

A atividade socialmente útil caracte-riza-se pela realização de tarefas que, na sua maioria, não integram o âmbito do conteúdo funcional dos lugares previstos no quadro de pessoal ou nos instrumentos de regulamentação coletiva aplicáveis ou não se sobreponham às desenvol-vidas pelos trabalhadores da entidade promotora.

Tal atividade terá de ser compatível com as aptidões do benefi ciário, bem como com as suas habilitações escolares, qualifi cação e experiência profi ssional, e respeitar as normas gerais e especiais relativas às condições de trabalho, nome-adamente no que se refere à segurança, higiene e saúde no trabalho.

Benefi ciários abrangidosEstão obrigados à prestação da ativi-

dade social os benefi ciários do rendimen-to social de inserção, com idade entre os 18 e os 60 anos.

No entanto, estão excluídos da pres-tação de atividade socialmente útil os benefi ciários que:

- recebam prestações de desemprego;- se encontrem a exercer ativida-

de profissional ou a frequentar qualquer grau de ensino, ação de formação profi ssional ou outro tipo de atividade no âmbito de medidas ativas de emprego;

- se encontrem a prestar apoio indis-pensável a membro do seu agregado familiar, de forma permanente;

- sejam vítimas de violência domés-tica acolhidas em casas de abrigo.

Entidades promotorasPodem candidatar-se a entidades

promotoras as entidades sem fi ns lucra-tivos ou do setor da economia social, designadamente:

- instituições particulares de solida-riedade social (IPSS), ou entidades a estas equiparadas;

- associações de utilidade pública e cooperativas;

- serviços e organismos da Adminis-tração Pública.

Apresentação de candidaturaAs entidades interessadas em bene-

fi ciar do desenvolvimento de atividade socialmente útil devem apresentar, por via eletrónica, em formulário próprio, a sua candidatura junto do Instituto da Segurança Social.

Duração da atividadeO limite máximo semanal de duração

da atividade socialmente útil é de 15 horas, distribuído no máximo até três dias úteis, não podendo exceder as seis horas diárias.

Direitos dos benefi ciáriosO benefi ciário tem direito a trans-

porte, alimentação e seguro de acidentes pessoais, da responsabilidade da entidade promotora.

O encargo com a alimentação do benefi ciário implica que a atividade so-cialmente útil exercida tenha a duração mínima diária de quatro horas.

Carta de compromisso de atividade socialmente útil

A entidade promotora e o benefi ciário assinam uma carta de compromisso de atividade socialmente útil que contém as tarefas a desempenhar, o horário, bem como outras condições que especialmente se apliquem à respetiva relação jurídica.

(Cfr. DL nº 221/2012, de 12.10, na pág. 726)

RENDIMENTO SOCIAL DE INSERÇÃO (RSI)Publicado diploma que defi ne “atividade socialmente útil”

A Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) vai reforçar a fi scalização ao trabalho doméstico, tendo por objetivo colocar fi m ao incumprimento de direitos dos trabalhadores de serviço doméstico pelas respetivas entidades empregadoras.

Aquela entidade tem sido confronta-da com imensas questões colocadas pelos trabalhadores no que se refere, essencial-mente, aos descontos para a Segurança Social e a diminuição de retribuição.

Os dados mais recentes dão conta que, entre Janeiro e Agosto do ano cor-rente, a ACT prestou 1249 informações sobre contratos de trabalho, não tendo esclarecido se houve um aumento no

número de queixas por parte destes trabalhadores.

O contacto com a ACT é realizado predominantemente de forma presencial em todo o país e as questões que os traba-lhadores colocam estão relacionadas com os direitos e deveres inerentes ao contrato de trabalho de serviço doméstico.

Quanto às questões formuladas, importa referir que dizem respeito às al-terações de horário por parte da entidade empregadora e respetiva diminuição da retribuição, como os direitos por motivo da cessação do contrato de trabalho, des-contos para a Segurança Social, gozo de férias e faltas.

TRABALHO DOMÉSTICOACT reforça fi scalização

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Boletim do Contribuinte 733

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

Entraram em vigor no dia 8 de ou-tubro as novas regras especiais para a concessão de visto de residência para atividade altamente qualifi cada exercida por trabalhador subordinado, bem como as regras referentes a Autorização de Residência para Atividade de Investi-mento (ARI).

A Lei nº 29/2012, de 9.8, alterou o regime jurídico de entrada, permanência, saída e afastamento de estrangeiros do território nacional, aprovado pela Lei nº 23/2007, de 4.7, tendo procedido à criação de um novo tipo de autorização de residência denominado “cartão azul UE”: trata-se de um título de residência que habilita trabalhadores nacionais de Estados terceiros altamente qualifi cados a residir e a exercer, em território nacio-nal, uma atividade altamente qualifi ca-da, por períodos superiores a 3 meses, constituindo um mecanismo favorável à mobilidade geográfi ca e profi ssional no âmbito da União Europeia, ao reagrupa-mento familiar, e à aquisição do estatuto de residente de longa duração.

Exercício de atividade altamente qualifi cada

Nos termos da nova lei, é concedido visto de residência para o exercício de uma atividade altamente qualificada exercida por trabalhador subordinado a nacionais de Estados terceiros que:

• seja titular de contrato de trabalho ou de promessa de contrato de tra-balho válidas com, pelo menos, um ano de duração, a que corresponda uma remuneração anual de, pelo menos, 1,5 vezes o salário anual bruto médio nacional ou três vezes o valor indexante de apoios sociais (IAS = 419,22 euros);

• no caso de profi ssão regulamen-tada, seja titular de qualifi cações profi ssionais elevadas, devidamente comprovadas e com respeito da Lei nº 9/2009, de 4.3 (regime de reconhecimento das qualifi cações profi ssionais), ou em lei específi ca de reconhecimento das qualifi ca-ções profi ssionais, necessárias para o acesso e exercício da profi ssão in-

dicada no contrato de trabalho ou de promessa de contrato de trabalho;

• no caso de profi ssão não regula-mentada, apresente documento comprovativo de qualificações profi ssionais elevadas na atividade ou setor especifi cado no contrato de trabalho ou no contrato promessa de contrato de trabalho;

• disponha de seguro de saúde ou apresente comprovativo de que se encontra abrangido pelo Serviço Nacional de Saúde;

• esteja inscrito na segurança social;

Trabalhadores excluídosNão podem benefi ciar de “cartão azul

UE” os nacionais de Estados terceiros que, designadamente:

• estejam autorizados a residir num Estado membro ao abrigo da prote-ção temporária ou tenham requerido autorização de residência por esse motivo e aguardem uma decisão sobre o seu estatuto;

• sejam familiares de cidadãos da União Europeia;

• tenham requerido ou sejam titulares de autorização de residência para atividade de investigação;

• benefi ciem do estatuto de residente de longa duração noutro Estado membro da UE;

• permaneçam em Portugal por mo-tivos de caráter temporário, para exercerem atividades de comércio, relacionadas com investimento, como trabalhadores sazonais ou destacados no âmbito de uma pres-tação de serviço;

• por força de um acordo celebrado entre a União Europeia e o Estado terceiro da nacionalidade, bene-fi ciem de direitos em matéria de livre circulação equivalentes aos dos cidadãos da União Europeia;

• tenham a sua expulsão suspensa por razões de facto ou de direito.

Validade, renovação e emissão de “cartão azul UE”

O cartão azul UE tem a validade ini-cial de um ano, renovável por períodos

sucessivos de dois anos. A renovação do cartão deve ser soli-

citada pelo interessado até 30 dias antes de expirar a sua validade.

O cartão azul é emitido de acordo com o modelo uniforme de título de residência para nacionais de Estados terceiros, con-forme prevê a Portaria nº 1432/2008, de 10.12, devendo ser inscrita na rubrica “tipo de título” a designação “Cartão Azul UE”.

Autorização de residência para ativi-dade de investimento

As novas disposições legais permi-tem aos investidores estrangeiros reque-rer uma autorização de residência para atividade de investimento, a quem tiver entrada regular em território nacional (portadores de vistos Schengen válidos ou benefi ciários de isenção de vistos), mediante a realização de transferências de capitais, criação de emprego ou com-pra de imóveis, com prazos vantajosos de permanência no território nacional.

Os titulares de autorização de resi-dência para atividade de investimento têm direito ao reagrupamento familiar, ao acesso à autorização de residência permanente, bem como à nacionalidade portuguesa, em conformidade com o disposto na legislação em vigor.

Requisitos quantitativos mínimosPara efeitos de autorização de resi-

dência para atividade de investimento (ARI), de acordo com o Despacho nº 11820-A/2012, de 4.9 (2ª série do DR), consideram-se requisitos quantitativos mínimos a verifi cação de, pelo menos, uma das seguintes situações em território nacional:

- a transferência de capitais no mon-tante igual ou superior a um milhão de euros. Considera-se preenchido o requisito sempre que o requerente demonstre ter efetuado investimen-to no valor mínimo exigido, com exceção de investimento em ações de sociedades não cotadas na Bolsa de Valores;

- a criação de, pelo menos, 30 postos de trabalho. Considera-se preen-chido este requisito sempre que o requerente demonstre ter criado 30 postos de trabalho e procedido à inscrição dos trabalhadores na segurança social; ou

- a aquisição de bens imóveis de valor igual ou superior a 500 mil euros. Este requisito é preenchido sempre que o requerente demons-

TRABALHADORES DE PAÍSES TERCEIROSAtividade altamente qualifi cada e de investimento

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Boletim do Contribuinte734

TRABALHO E SEGURANÇA SOCIALOUTUBRO 2012 - Nº 20

tre ter a plena propriedade de bens imóveis e livres de quaisquer ónus ou encargos.

Período mínimo de atividade de in-vestimento

O requisito temporal mínimo de cinco anos para a manutenção das ativi-dades de investimento é contado a partir da data da concessão da autorização de residência.

Prazos mínimos de permanênciaPara efeitos de renovação de au-

torização de residência, os cidadãos requerentes devem demonstrar ter cumprido os seguintes prazos mínimos de permanência em território nacional:

• 30 dias no 1º ano;• 60 dias no seguinte e subsequentes

períodos de dois anos, sem prejuízo da possibilidade do requerente de ARI solicitar a concessão de auto-rização de residência permanente ou a nacionalidade portuguesa.

Caso estes períodos de permanência não sejam cumpridos, pode ser indeferi-

do o pedido de renovação de autorização de residência.

Taxas a cobrar pelos procedimentos administrativos

A Portaria nº 305-A/2012, de 4.10, veio fi xar as taxas a cobrar pela emissão dos novos tipos de título de residência:

Títulos de residência cartão azul UE:- pela receção e análise do pedido

de concessão ou renovação de au-torização de residência cartão azul UE – 100 euros;

- por cada título de residência tem-porário cartão azul UE ou pela sua renovação – 95 euros;

- por cada título de residência tem-porário cartão azul UE concedido com dispensa de visto consular – 210 euros;

- pela emissão de segunda via do tí-tulo de residência temporário cartão azul UE – 47,50 euros;

- pela emissão de terceira via e su-cessivas do título de residência tem-porário cartão azul UE – 95 euros.

Títulos de residência para atividade de investimento:

- pela receção e análise do pedido de concessão ou renovação de autori-zação de residência para a atividade de investimento – 500 euros;

- pela emissão de autorização de residência para a atividade de in-vestimento – 5000 euros;

- pela renovação da autorização de residência para a atividade de in-vestimento – 2500 euros;

- pela autorização de residência para familiares reagrupados com os titu-lares de autorização de residência para a atividade de investimento – 5000 euros;

- pela renovação da autorização de residência para familiares reagru-pados com titulares de autorização de residência para a atividade de investimento – 2500 euros;

- pela emissão de segunda via do título de residência para a atividade de investimento – 250 euros;

- pela emissão de terceira via e sucessi-vas do título de residência para a ati-vidade de investimento – 500 euros;

Em caso de redução do período nor-mal de trabalho ou suspensão do contrato de trabalho motivada pela necessidade temporária da empresa em reduzir a produção ou suspendê-la (ex. falta de encomendas), estipula o Código do Tra-balho que, nestes períodos temporais, o trabalhador tem direito:

• a receber mensalmente um mon-tante mínimo igual a dois terços da sua retribuição normal ilíquida, ou o valor do salário mínimo corres-pondente ao seu período normal de trabalho, consoante o que for mais elevado;

• a manter as regalias sociais ou prestações da segurança social a que tenha direito e a que a respetiva base de cálculo não seja alterada por efeito da redução ou suspensão do contrato;

• a exercer outra atividade remune-rada.

Durante o período de redução do tempo de trabalho, a retribuição do tra-balhador é calculada em proporção das horas de trabalho.

No decurso do período de redução ou suspensão, o trabalhador tem direito a compensação retributiva na medida do necessário para, conjuntamente com a retribuição de trabalho prestado na em-presa ou fora dela, assegurar o montante mensal acima referido, até ao triplo do valor do salário mínimo.

A compensação retributiva é paga em 30% do seu montante pelo empregador e em 70 % pelos serviços da Segurança Social.

O subsídio de doença da Segurança Social não é atribuído relativamente a período de doença que ocorra durante a suspensão do contrato, mantendo o traba-

lhador direito à compensação retributiva.O não pagamento pontual do mon-

tante supra referido durante o período de redução do tempo de trabalho confere ao trabalhador o direito a suspender o contrato, mediante comunicação por escrito ao empregador e à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT), com a antecedência mínima de 8 dias em relação à data de início da suspensão.

Deveres do trabalhadorQuanto a deveres, o trabalhador

tem de:- pagar contribuições para a Seguran-

ça Social com base na retribuição auferida e na compensação retri-butiva;

- caso exerça trabalho remunerado fora da empresa, comunicar o facto ao empregador, no prazo de 5 dias a contar do seu início, para efeitos de eventual redução na compensação retributiva;

- frequentar ações de formação profissional planeadas pelo em-pregador.

(Código do Trabalho, arts. 304º, 305º e 325º)

SITUAÇÕES DE CRISE EMPRESARIALDireitos e deveres em caso de redução ou suspensão

do contrato de trabalho

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Boletim do Contribuinte 735OUTUBRO 2012 - Nº 20

Port. n.º 301/2012, de 2.10 - Terceira altera-ção ao Regulamento de Aplicação da Intervenção Florestação de Terras Agrícolas, do Plano de Desen-volvimento Rural, aprovado pela Port. n.º 680/2004, de 19 de junho

Port. n.º 320/2012, de 12.10 - Terceira alte-ração à Port. n.º 229-A/2008, de 6 de março, que aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 2.1 «Manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas»Inconstitucionalidade

Acórdão do Tribunal Constitucional n.º 404/2012, de 8.10 - Declara a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, da norma constante do artigo 34.º, n.º 1, da Lei Orgânica n.º 1-B/2009, de 7 de julho, na parte em que limita a possibilidade de apresentação de queixas ao Provedor de Justiça por motivo de ações ou omissões das Forças Armadas aos casos em que ocorra violação dos direitos, liber-dades e garantias dos próprios militares queixososInstituto da Vinha e do Vinho

Port. n.º 302/2012, de 4.10 - Aprova os estatutos do Instituto da Vinha e do Vinho, I. P., e revoga a Port. n.º 219-H/2007, de 28 de fevereiroInstituto do Emprego e da Formação Profis-sional,

Port. n.º 319/2012, de 12.10 - Aprova os estatutos do Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P.Madeira - Administração Pública – avaliação do desempenho

Dec. Regul. Reg. n.º 26/2012/M, de 8.10 - Regulamenta o sistema de avaliação do desempe-nho do pessoal docente dos estabelecimentos de educação e de ensino, das instituições de educação especial, dos serviços técnicos da Direção Regional de Educação, dos que se encontram em regime de mobilidade na administração regional autónoma e local, delegações escolares e no exercício de outras funçõesMedicina do Trabalho

Port. n.º 307/2012, de 8.10 - Aprova o pro-grama de formação da área de especialização de Medicina do TrabalhoOrdenamento do território

Res. Cons. Min. n.º 80/2012, de 1.10 - Altera o Plano de Ordenamento das Albufeiras de Cabril, Bouça e Santa Luzia, aprovado pela Res. Cons. Min. n.º 45/2002, de 13 de Março

Res. Cons. Min. n.º 81/2012, de 3.10 - Aprova as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional, que consubstanciam as diretrizes e critérios para a delimitação das áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a nível municipal

Res. Cons. Min. n.º 82/2012, de 3.10 - Altera o Plano de Ordenamento da Orla Costeira Cidadela - Forte de São Julião da Barra, aprovado pela Res. Cons. Min. n.º 123/98, de 19 de outubroParque Escolar

Res. Cons. Min. n.º 83/2012, de 8.10 - Auto-riza a realização de despesa com vista à implemen-tação do Programa de Modernização do Parque Escolar Destinado ao Ensino Secundário para o primeiro semestre de 2012

Aviso n.º 159/2012, de 8.10 - Torna público que a República Portuguesa recebeu, do Governo da Confederação Helvética, na qualidade de depo-sitário da Convenção Relativa à Constituição da EU-ROFIMA, Sociedade Europeia para o Financiamento de Material Ferroviário, adotada em Berna em 20 de

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de outubro de 2012)

(Continuação da pág. 736) outubro de 1955, uma notificação de modificação dos estatutosPortos - declaração de chegada e partida

DL n.º 218/2012, de 9.10 - Transpõe a Dire-tiva n.º 2010/65/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 20 de outubro, relativa às formalidades de declaração exigidas aos navios à chegada e ou à partida dos portos dos Estados membros, revogan-do o DL n.º 73/2004, de 25 de marçoProdutos petrolíferos e postos de abasteci-mento

DL n.º 217/2012, de 9.10 - Procede à quarta alteração ao DL n.º 267/2002, de 26 de novem-bro, que estabelece os procedimentos e define as competências para licenciamento e fiscalização de instalações de armazenamento de produtos de petróleo e de instalações de postos de abasteci-mento de combustíveis, conformando o mesmo às exigências constantes da Diretiva n.º 2006/123/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 12 de dezembro, relativa ao livre acesso e exercício de atividades de serviçosProcuradora-Geral da República

Decreto do Presidente da República n.º 153-A/2012, de 12.10 – (Supl.) – Nomeia, sob proposta do Governo, para o cargo de Procuradora-Geral da República a Procuradora-Geral-Adjunta Joana Marques VidalPropriedade intelectual - Patentes

Aviso n.º 160/2012, de 8.10 - Torna público que a Antiga República Jugoslava da Macedónia depositou o seu instrumento de adesão à Conven-ção da Patente Europeia, adotada em Munique, na Alemanha, em 5 de outubro de 1973, e ao Ato de Revisão da Convenção, adotado em Munique, na Alemanha, em 29 de novembro de 2000Reabilitação urbana – obas em prédios arren-dados – Arrendamento urbano

Declaração de Retificação n.º 59-A/2012, de 12.10 – (Supl.) – Declaração de retificação à Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, que «Procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano, alterando o Código Civil, o Código de Processo Civil e a Lei n.º 6/2006, de 27 de feve-reiro», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 157, de 14 de agosto de 2012

Declaração de Retificação n.º 59-B/2012, de 12.10 – (Supl.) – Declaração de retificação à Lei n.º 30/2012, de 14 de agosto, que «Procede à segunda alteração ao DL n.º 157/2006, de 8 de agosto, que aprova o regime jurídico das obras em prédios arrendados», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 157, de 14 de agosto de 2012Registos e Notariado

Port. n.º 298/2012, de 1.10 - Extingue a Conservatória do Registo Civil de Moscavide e integra por fusão na Conservatória do Registo Civil de LisboaRotulagem e embalagem – substâncias e misturas

DL n.º 220/2012, de 10.10 - Assegura a execução na ordem jurídica interna das obrigações decorrentes do Regulamento (CE) n.º 1272/2008, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de dezembro, relativo à classificação, rotulagem e embalagem de substâncias e misturas, que altera e revoga as Diretivas n.os 67/548/CEE e 1999/45/CE e altera o Regulamento (CE) n.º 1907/2006Saúde

DL n.º 219/2012, de 9.10 - Procede à extinção e integração por fusão na Administração Regional de

Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P., do Hospital de Reynaldo dos Santos

DL n.º 222/2012, de 15.10 - Procede à primei-ra alteração ao DL n.º 85/2012, de 5 de abril, que aprova as normas técnicas do Plano de Controlo e Erradicação da Doença de Aujeszky

DL n.º 223/2012, de 15.10 - Procede à segun-da alteração ao DL n.º 146/2002, de 21 de maio, transpondo a Diretiva n.º 2012/5/UE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 14 de março, que altera a Diretiva n.º 2000/75/CE, do Conselho, de 20 de novembro, no que respeita às regras aplicáveis à vacinação contra a febre catarral ovina

Port. n.º 308/2012, de 9.10 - Cria o Agrupa-mento de Centros de Saúde do Alentejo Central, integrado na Administração Regional de Saúde do Alentejo, I. P., e extingue e integra por fusão no Agrupamento de Centros de Saúde do Alentejo Central os Agrupamentos de Centros de Saúde do Alentejo Central I e Alentejo Central II

Port. n.º 310/2012, de 10.10 - Reorganiza vários agrupamentos de centros de saúde integrados na Administração Regional de Saúde do Norte, I. P.

Port. n.º 316/2012, de 11.10 - Atualiza o programa de formação da área de especialização de Patologia Clínica

Port. n.º 317/2012, de 11.10 - Atualiza o programa de formação da área de especialização de Gastrenterologia

Res. Cons. Min. n.º 86/2012, de 15.10 - Autoriza o Ministério da Justiça a proceder à contratação de serviços de saúde diversos para 47 estabelecimentos prisionais destinados à profilaxia e tratamento da população prisional para o período de 2012 a 2014Títulos de residência - taxas

Port. n.º 305-A/2012, de 4.10 – (Supl.) - Pri-meira alteração à tabela de taxas e demais encargos a cobrar pelos procedimentos administrativos previs-tos na Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, publicada em anexo à Port. n.º 1334-E/2010, de 31 de DezembroTrabalho e Segurança Social

Port. n.º 307/2012, de 8.10 - Aprova o pro-grama de formação da área de especialização de Medicina do Trabalho

Port. n.º 309/2012, de 9.10 - Primeira alte-ração à Port. n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, que regula o Programa de Estágios Profissionais

DL n.º 221/2012, de 12.10 - Institui a ativi-dade socialmente útil a desenvolver por parte dos beneficiários da prestação de rendimento social de inserçãoTransporte aéreo - Açores

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 29/2012/A, de 8.10 - Recomenda ao Governo Regional dos Açores que, na sua qualidade de único acionista do Grupo SATA, dê instruções para au-mentar a frequência de ligações aéreas e o número de tarifas promocionais nas rotas entre os Açores e o continenteTribunal Constitucional

Declaração nº 9-B/2012, de 3.10 – ( Supl.) - Eleição do Presidente e da Vice-Presidente do Tribunal ConstitucionalTurismo

Port. n.º 321/2012, de 15.10 - Aprova os estatutos do Instituto do Turismo de Portugal, I. P.

1 - Transcrito neste número.

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OUTUBRO 2012 - Nº 20

Boletim do Contribuinte736

1.ª SÉRIE - DIÁRIO DA REPÚBLICA - OUTUBRO/2012

COMPILAÇÃO DE SUMÁRIOS - 1ª QUINZENA (De 1 a 15 de outubro de 2012)

R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c - 4000-263 PortoTelf. 223 399 400 • Fax 222 058 098

www.boletimdocontribuinte.ptImpressão: Uniarte Gráfica, S.A.Nº de registo na DGCS 100 299

Depósito Legal nº 33 444/89

Boletim do ContribuinteEditor: João Carlos Peixoto de Sousa

Proprietário: Vida Económica - Editorial, S.A.(Continua na pág. 735)

AçoresDec. Leg. Reg. n.º 40/2012/A, de 8.10 - Aplica

à Região Autónoma dos Açores o DL n.º 276/2007, de 31 de julho, relativo ao regime jurídico da ativida-de de inspeção, auditoria e fiscalização dos serviços da administração direta e indireta do Estado

Dec. Leg. Reg. n.º 41/2012/A, de 8.10 - Ins-titui o regime jurídico dos conselhos municipais de juventude para os municípios da Região Autónoma dos Açores, estabelecendo a sua composição, com-petências e regras de funcionamento

Dec. Leg. Reg. n.º 42/2012/A, de 8.10 - Cria a Infraestrutura de Dados Espaciais Interativa dos Açores

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 28/2012/A, de 8.10 - Recomenda ao Governo Regional dos Açores medidas de incentivo às boas práticas de integração de açorianos em risco de exclusão e ou excluídos socialmente

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 29/2012/A, de 8.10 - Recomenda ao Governo Regional dos Açores que, na sua qualidade de único acionista do Grupo SATA, dê instruções para au-mentar a frequência de ligações aéreas e o número de tarifas promocionais nas rotas entre os Açores e o continenteAdministração Pública – avaliação do desem-penho – Madeira

Dec. Regul. Reg. n.º 26/2012/M, de 8.10 - Regulamenta o sistema de avaliação do desempe-nho do pessoal docente dos estabelecimentos de educação e de ensino, das instituições de educação especial, dos serviços técnicos da Direção Regional de Educação, dos que se encontram em regime de mobilidade na administração regional autónoma e local, delegações escolares e no exercício de outras funçõesAgricultura

Port. n.º 313/2012, de 10.10 - Oitava alte-ração à Port. n.º 1144/2008, de 10 de outubro, que estabelece, para o continente, as normas complementares de execução do regime de apoio à reestruturação e reconversão das vinhas e fixa os procedimentos administrativos aplicáveis à concessão das ajudas previstas para as campanhas vitivinícolas de 2008-2009 a 2012-2013

Port. n.º 320/2012, de 12.10 - Terceira alte-ração à Port. n.º 229-A/2008, de 6 de março, que aprova o Regulamento de Aplicação da Medida n.º 2.1 «Manutenção da atividade agrícola em zonas desfavorecidas»Agricultura e florestas

Port. n.º 299/2012, de 1.10 - Sexta alteração à Port. n.º 199/94, de 6 de abril, que estabelece o regime das ajudas às medidas florestais na agricul-tura instituídas pelo Regulamento n.º 2080/92, do Conselho, de 30 de Junho

Port. n.º 301/2012, de 2.10 - Terceira altera-ção ao Regulamento de Aplicação da Intervenção Florestação de Terras Agrícolas, do Plano de Desen-volvimento Rural, aprovado pela Port. n.º 680/2004, de 19 de junhoAgricultura e pescas

Port. n.º 303/2012, de 4.10 - Fixa a estrutura nuclear da Direção-Geral de Agricultura e Desen-volvimento Rural

Port. n.º 305/2012, de 4.10 - Fixa a estrutura nuclear das Direções Regionais de Agricultura e Pescas.

Port. n.º 304/2012, de 4.10 - Aprova os esta-tutos do Instituto Português do Mar e da Atmosfera,

I. P., e revoga a Port. n.º 555/2007, de 30 de abrilPort. n.º 305/2012, de 4.10 - Fixa a estrutura

nuclear das Direções Regionais de Agricultura e PescasÁgua - captação

Port. n.º 311/2012, de 10.10 - Aprova a delimitação dos perímetros de proteção para a captação de águas subterrâneas destinadas ao abastecimento público de vários polos de captação no concelho de ÍlhavoÁgua e resíduas – Entidade reguladora

Port. n.º 306/2012, de 8.10 - Aprova o modelo de cartão de identificação profissional para uso do pessoal da Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos, I. P., e revoga a Port. n.º 995/2010, de 30 de setembroAmbiente

Port. n.º 322/2012, de 15.10 - Aprova a de-limitação parcial da Reserva Ecológica Nacional do município de Alcobaça

Res. Cons. Min. n.º 81/2012, de 3.10 - Aprova as orientações estratégicas de âmbito nacional e regional, que consubstanciam as diretrizes e critérios para a delimitação das áreas integradas na Reserva Ecológica Nacional a nível municipal

Port. n.º 314/2012, de 11.10 - Aprova a alte-ração da delimitação da Reserva Ecológica Nacional do município de Paredes

Port. n.º 315/2012, de 11.10 - Aprova a deli-mitação da Reserva Ecológica Nacional do município de Aguiar da BeiraApoio social (RSI)

DL n.º 221/2012, de 12.10 - Institui a ativi-dade socialmente útil a desenvolver por parte dos beneficiários da prestação de rendimento social de inserçãoArrendamento urbano

Declaração de Retificação n.º 59-A/2012, de 12.10 – (Supl.) – Declaração de retificação à Lei n.º 31/2012, de 14 de agosto, que «Procede à revisão do regime jurídico do arrendamento urbano, alterando o Código Civil, o Código de Processo Civil e a Lei n.º 6/2006, de 27 de fevereiro», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 157, de 14 de agosto de 2012

Declaração de Retificação n.º 59-B/2012, de 12.10 – (Supl.) – Declaração de retificação à Lei n.º 30/2012, de 14 de agosto, que «Procede à segunda alteração ao DL n.º 157/2006, de 8 de agosto, que aprova o regime jurídico das obras em prédios arrendados», publicada no Diário da República, 1.ª série, n.º 157, de 14 de agosto de 2012Caça - financiamento das organizações do setor da caça

Port. n.º 312/2012, de 10.10 - Primeira altera-ção à Port. n.º 11/2009, de 7 de janeiro, que aprova o regulamento de enquadramento e financiamento das Organizações do Sector da Caça (OSC), para efeitos do seu envolvimento e financiamento nas atividades que sejam objeto de protocolo de gestão e de enquadramento das atividades que sejam objeto

de credenciação, que define a criação e funciona-mento da Comissão Científica e Técnica da Caça e determina o exercício da função de homologação de troféusComunicações eletrónicas

Port. n.º 318/2012, de 12.10 - Aprova várias peças dos procedimentos destinados à seleção do prestador ou prestadores do serviço universal de comunicações eletrónicasEnergia

DL n.º 215-A/2012, de 8.10 – (Supl.) - Quinta alteração ao DL n.º 29/2006, de 15 de fevereiro, que estabelece os princípios gerais relativos à or-ganização e ao funcionamento do Sistema Elétrico Nacional (SEN), bem como as bases gerais aplicáveis ao exercício das atividades de produção, transporte, distribuição e comercialização de eletricidade e à organização dos mercados de eletricidade

DL n.º 215-B/2012, de 8.10 – (Supl.) - Sexta alteração ao DL n.º 172/2006, de 23 de agosto, e completa a transposição da Diretiva n.º 2009/72/CE, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de julho, que estabelece as regras comuns para o mercado interno de eletricidadeEspetáculos – policiamento de espetáculos desportivos

DL n.º 216/2012, de 9.10 - Define o regime de policiamento de espetáculos desportivos realizados em recinto desportivo e de satisfação dos encargos com o policiamento de espetáculos desportivos em geralEstágios profissionais

Port. n.º 309/2012, de 9.10 - Primeira alte-ração à Port. n.º 92/2011, de 28 de fevereiro, que regula o Programa de Estágios ProfissionaisEstrangeiros - autorizações e títulos de resi-dência - taxas

Port. n.º 305-A/2012, de 4.10 – (Supl.) - Pri-meira alteração à tabela de taxas e demais encargos a cobrar pelos procedimentos administrativos previs-tos na Lei n.º 23/2007, de 4 de julho, publicada em anexo à Port. n.º 1334-E/2010, de 31 de dezembroExclusão social

Res. Assemb. Legisl. da RA dos Açores n.º 28/2012/A, de 8.10 - Recomenda ao Governo Regional dos Açores medidas de incentivo às boas práticas de integração de açorianos em risco de exclusão e ou excluídos socialmenteFinanças públicas - Mecanismo Europeu de Estabilidade

Res. Cons. Min. n.º 84/2012, de 9.10 - Au-toriza o Ministro de Estado e das Finanças a dar cumprimento aos requisitos inerentes à participação de Portugal no Mecanismo Europeu de EstabilidadeIncentivos

Port. n.º 299/2012, de 1.10 - Sexta alteração à Port. n.º 199/94, de 6 de abril, que estabelece o regime das ajudas às medidas florestais na agricul-tura instituídas pelo Regulamento n.º 2080/92, do Conselho, de 30 de Junho

Port. n.º 300/2012, de 2.10 - Estabelece quem são os beneficiários, termos e condições de acesso à linha de crédito com juros bonificados, de acordo com o DL n.º 101/2012, de 11 de maio

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IBoletim do Contribuinte

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Boletim do ContribuinteII

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Autores: Manteigas Martins, Carlos Navais, Carla Santos Freire e José M. Raimundo

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31/2012, DE 14 DE AGOSTO)

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