iluminismo alemao-1081321-hist filosofia contemporanea i-atividade unid 2 (1)

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CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO Curso: Licenciatura em Filosofia Discipl ina: História da Filosofia Contemporânea I Tutor: Ronaldo Pereira de Lira RA: 1081321 Aluno: Moacir Alves Tobias Turm a: DGLF1103SPOJ Unidade : Segundo Ciclo - Unid 2 – Rousseau e a Aufklärung Ativida de: Analisar informação e contraponto crítico correpondente. 1

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Page 1: Iluminismo Alemao-1081321-Hist Filosofia Contemporanea I-Atividade Unid 2 (1)

CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

Curso: Licenciatura em Filosofia

Disciplina: História da Filosofia Contemporânea I

Tutor: Ronaldo Pereira de Lira RA: 1081321

Aluno: Moacir Alves Tobias Turma: DGLF1103SPOJ

Unidade: Segundo Ciclo - Unid 2 – Rousseau e a Aufklärung

Atividade: Analisar informação e contraponto crítico correpondente.

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Sumário

1. Introdução

2. Desenvolvimento

2.1. Análise de texto e contraponto crítico correspondente.

3. Referências bibliográficas

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1. Introdução

a. Objetivos

i. Compreender os principais conceitos ligados ao Iluminismo

alemão.

ii. Comparar e analisar de forma crítica as informações sobre o

Iluminismo alemão.

b. Descrição da atividade

i. Pesquisar em sites de revistas, instituições educativas ou blogs de

Filosofia que tratem de alguns dos fundamentos do Iluminismo.

ii. Detectar uma informação postada na fonte pesquisada que não

encontra amparo nas leituras e pesquisas que realizou sobre esse

tema.

iii. Redigir texto que possua no mínimo duas laudas com referência

ao site pesquisado.

1. Apresentar a informação analisada e um contraponto

crítico a essa informação, baseando-se nas leituras que

realizou do MDM e nas leituras extras sugeridas.

2. O texto deve possuir citação do MDM ou de outra obra

pesquisada, para amparar sua argumentação crítica em

relação ao texto analisado.

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2. Desenvolvimento

2.1. Análise de texto e contraponto crítico correspondente.

Para servir de material desta análise, selecionei o seguinte texto do blog

(http://umesbocofilosofico.blogspot.com.br/2012/05/algumas-consideracoes-acerca-

do.html), mantido por Marcelo Frias, graduando em Licenciatura plena em Filosofia

pela UniClar. O título do blog é "Um Esboço Filosófico" e tem por lema : " Alcançar

uma visão filosófica global e sistemática é tão difícil que só um gênio pode esperar

consegui-lo. A filosofia é tão vasta que só uma mente globalmente excepcional pode ver

as consequências do mais simples argumento ou conclusão filosófica. Para nós que não

somos gênios, a melhor maneira de mergulhar na filosofia é penetrar nos espíritos dos

grandes filósofos do passado", do filósofo inglês Anthony Kenny.

Este texto pertence ao arquivo "Algumas considerações acerca do

Iluminismo Francês, Inglês e Alemão” que transcrevo abaixo:

" Embora possamos adotar a máxima do Iluminismo em qualquer uma de suas

vertentes, isto é, mesmo que a busca da maioridade do homem mediante a razão para a

efetivação do progresso esteja no cerne de todo o movimento iluminista, podemos destacar

três grandes escolas que contem algumas nuances entre si, que são: Iluminismo Frances,

Iluminismo Inglês e o iluminismo Alemão.

No iluminismo Francês encontramos o projeto "Enciclopédia" como o mais

representativo em seu bojo cultural. Esse projeto, que consistia em reunir em um menor

espaço possível todos os conhecimentos ao passo em que se poderia estabelecer um ponto

de vista eminentemente mais elevado, agregando o conjunto das ciências e das artes

principais, foi elaborado pelos ambiciosos filósofos Denis Diderot e Jean d'’Alembert.

A ambição dos enciclopedistas era o de unificar todos os conhecimentos espalhados, por

assim dizer, para, então, fomentar e expor um sistema fecundo onde os séculos posteriores

pudessem usufruir. Dessa forma, Diderot, Alembert e demais colaboradores do

"Enciclopédia" pretendiam, aos moldes de Francis Bacon, construir e agregar conhecimentos

para a superação da tradição estéril da velha filosofia e, é claro, sempre visando resultados

uteis para a humanidade.

Contudo, os ideais filosóficos do Enciclopédia ou, mais especificamente, a

epistemologia desse projeto era embasado no empirismo, ou seja, para os enciclopedistas, o

conhecimento era extraído dos sentidos, onde, a partir da operação combinatória, se deduz

todas as ideias. Portanto, para essa escola iluminista, a existência das sensações é um fato

incontestável.

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É precisamente por essa epistemologia que se fundamentou os ideais filosóficos do projeto

Enciclopédia, uma vez que todo esse empreendimento era embasado na noção de que "o

século filosófico é o século da experimentação e da análise". O Iluminismo Inglês, também

fortemente influenciado pelo empirismo e, sobretudo, pelo empirismo de Locke, criticou

acentuadamente o fanatismo e misticismo na medida em que tais manifestações poderiam

implicar a intolerância e o ódio entre os homens, pelo menos foi assim que concebia

Shaftesbury- um filósofo pretensamente motivado aos interesses morais e políticos. Assim,

para esse iluminista inglês, era necessário fundamentar uma "moral autônoma", pois, ao

analisar se religião e virtude são intrinsecamente conexas, o inglês notou que embora alguns

mostrassem grande zelo religioso, estes pareciam extremamente degenerados e corruptos.

Portanto, em geral, temos que considerar que os princípios morais puros não são

necessariamente conexos com a religião. Ademais, Shaftesbury ressalta ainda que, se dizem

que um homem é religioso, ainda perguntamos se o mesmo contem princípios morais.

Todavia, se dizemos que um homem possui princípios morais compatíveis com a honestidade

e com o bom senso de justiça, dificilmente faríamos a pergunta se ele é religioso. Dessa

forma, portanto, o iluminista inglês afirma a autonomia à própria moral, esta que ganharia

um status mais sofisticado e sistemático em Kant, filósofo prussiano que é a expressão

máxima do iluminismo alemão.

Com efeito, o Iluminismo alemão destaca-se pela sua originalidade em relação ao

iluminismo francês e inglês; a originalidade reside no fato de apresentar e afirmar os

problemas especulativos da filosofia, visando sempre a rigorosa "forma lógica" como método

fundamental para pormenorizar a análise racional. Dessa forma, o iluminismo alemão dirigia-

se passo a passo, demonstrando e legitimando cada conhecimento obtido. Contudo, a

obstinação do iluminismo alemão era voltada para os conceitos, os quais são intrínsecos ao

fundamento do conhecimento. Os conceitos deveriam ser rigorosamente fundamentados

através de uma explicação clara que tenderia para o rigor das provas. Esse novo modo de

pensar acerca dos conceitos poderíamos chamar de "método da fundamentação", que teve

como seu fundador o eminente filósofo Wolff.

Este pensador afirma expressamente que a análise cientifica mais rigorosa consiste

na análise a priori do conceito, onde, em geral, as observações experimentais continham a

competência de fundamentar o conhecimento científico. Portanto, Wolff expressa que a

racionalidade, como método filosófico, somente deve discorrer sobre os conceitos dos termos

quando esses já estiverem suficientemente esclarecidos e explicados para que pudesse

conter uma rigorosa definição. Assim como Descartes, Wolff ainda postula: "não se deve

admitir como verdadeiro aquilo que não tenha sido suficientemente demonstrado; nas

proposições, é preciso determinar com a mesma agudeza o sujeito e o predicado e tudo deve

estar ordenado de tal modo que sejam premissas as coisas por força das quais são

compreendidas e justificadas as que se seguem" (Reale apud Wolff, pg. 824).

Com efeito, mesmo sendo demasiado sintética essas passagens sobre o Iluminismos

Frances, Ingles e Alemão, nota-se que, embora as escolas contem alguns pontos divergentes

entre seus pensadores em detrimento do conjunto de axiomas que, não raro, são

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contraditórios em si, não podemos atribuir  o ideal iluminista nas especificidades

das respectivas teses. Poderíamos conceber que é somente no método investigativo que se

pode captar o espírito fundamental do iluminismo. O espírito iluminista, em sua essência

mais característica, colocou tudo aquilo que diz respeito ao homem no crivo rigoroso da

razão, mas não, é claro, o reduzindo como tal. O racionalismo que encontramos em todo o

iluminismo é crítico enquanto é empírico. É precisamente através da experiência que se é

possível se deduzir todos os axiomas determinados, implicando, portanto, uma filosofia

"livre", esclarecendo a forma mais fundamental da realidade.

Ref: REALE/ANTISERI; História da Filosofia; São Paulo(1991) Ed. Paulus (Coleção Filosofia)

Postado por Marcelo N. Frias às 08:50 ".

A análise foi efetuada sobre a parte do texto que trata do Iluminismo

Alemão (destaque grifado).

O propósito do blog não é detalhar o assunto, mas, em comparação ao

material disponível para estudo, a simplicidade e a imprecisão destas informações

podem alterar o entendimento.

No blog são apresentadas as seguintes ideias sobre o Iluminismo alemão:

1. Afirma que os problemas especulativos da filosofia, visam sempre a

rigorosa "forma lógica" como método fundamental para pormenorizar

a análise racional.

2. Que os conceitos deveriam ser rigorosamente fundamentados através

de uma explicação clara que tenderia para o rigor das provas,

denominado "método da fundamentação".

2.1. "Não se deve admitir como verdadeiro aquilo que não

tenha sido suficientemente demonstrado";

2.2. "Nas proposições, é preciso determinar com a mesma

agudeza o sujeito e o predicado e tudo deve estar ordenado de

tal modo que sejam premissas as coisas por força das quais

são compreendidas e justificadas as que se seguem".

Para complementar e apoiar a análise, acrescento o comentário de

Abbagnano sobre o "método da fundamentação":

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" O iluminismo alemão do séc. XVIII, que elaborou conceito de fundamento,

também elaborou a noção de método do fundamento, cujas regras foram

ditadas por Wolff no "Discurso preliminar de Philosophia rationalis", e assim

resumidas por Kant no prefácio da segunda edição da Crítica da Razão Pura:

"Algum dia, no sistema futuro da metafísica, cumprirá seguir o método do

célebre Wolff, o maior dos filósofos dogmáticos, o primeiro a dar exemplo

(...) de como se pode tomar o caminho seguro da ciência estabelecendo os

princípios com regularidade, determinando os conceitos com clareza,

procurando o rigor das demonstrações e negando-se a dar saltos

na dedução das consequências." O método da fundamentação consiste em

aduzir o fundamento, ou seja, a razão justificativa, a cada passo do

filosofar, e dele a filosofia ainda pode esperar uma salvaguarda do

arbítrio".

Em nosso material didático, o Iluminismo alemão tem detalhadas as

ideias:

1. Que se formou sob a influência do Iluminismo inglês e francês.

2. Tal como na Inglaterra, havia acontecido a reforma protestante, o que

proporcionou a "reconciliação"entre a liberdade interior e o mundo

exterior; os alemães estavam "reconciliados" com a realidade.

3. Havia o anseio pela unificação, pois ainda não existia a nação alemã; não

havia um rei absolutista contra o qual se investir. Ao contrário, os

alemães acreditavam que uma reforma intelectual poderia direcioná-los à

unificação nacional.

4. Constante apologia da Filosofia e das Ciências Naturais.

5. Para os alemães, a razão é a única faculdade capaz de conduzir à justa

medida para decidir sobre a vida social, política e cultura.

Ao comparar as duas exposições, percebemos o cuidado do material didático em

apresentar o "cenário" político, cultural e social para que se possa acompanhar a

evolução dos fatos históricos e o desenvolvimento das percepções filosóficas.

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Percebo, também, a fraca indicação de referências (apenas uma obra), o

que dificulta a pesquisa daquele mais interessado.

Mas, observo, que cada mídia tem o seu objetivo: o blog deve apenas

despertar o interesse e, superficialmente, apresentar uma ideia; já o material didático,

este sim, deve, e apresenta, um resumo completo e, também, as indicações necessárias

para que o leitor motivado possa avançar em sua pesquisa.

O problema mais sério é a orientação do leitor e a identificação da

qualidade do material. Isto é, o pesquisador/leitor deve ser informado sobre que "tipo"

de informação encontra-se naquela determinida mídia; e, também, como deve ser

ajustada e utilizada para atingir os seus (do leitor) propósitos.

3. Referências Bibliográficas

KRASTANOV, S.V.; CRESPO, L.F.; BOTELHO, O.S. Historia da

Filosofia Contemporâne I, Batatais:Claretiano,2013.Unidade 2

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ABBAGNANO, N. Dicionário de Filosofia, Martins Fontes, São

Paulo, 1998.

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