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Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 14 de Abril de 1915 N. 497 «$!& S_S__H__. |W.f: __5M . >*¦ _______ ¦_>.11 ______ _r A l'_*i !__¦ H _¦-• IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACO ^3l«V . Impressa em papei, da casa NÒRDSKOG & C. Chris.iania Rio Depois do grande successo e da fortuna que o casal Macaco fez em Caixa Pregos, voltou, feliz, para os pátrios lares, na capital. Chocolate esperava-os ancioso no quintal, para communicar-lhes uma nova dolorosa : Baratinha havia desappa- recido !... REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 166 RIO DE JANEIRO Publicarão d'© MALHO\umrr,. avulso, «O© réis; atrasado, SOO réis

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Page 1: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

Anno X Rio de Janeiro, Quarta-feira, 14 de Abril de 1915 N. 497

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S_S__H__.|W.f:

__5M. >*¦ _______ ¦_>.11 ______ _r A l' _* i !__¦ H _¦-•

IL PUBLICA OS

ZÉ^? MACACO ^3l«V. Impressa em papei, da casa NÒRDSKOG & C. — Chris.iania — Rio

Depois do grande successo e da fortuna que o casal Zé Macaco fez em Caixa Pregos, voltou, feliz, para os pátrios lares,na capital. Chocolate esperava-os ancioso no quintal, para communicar-lhes uma nova dolorosa : Baratinha havia desappa-recido !...

REDACÇÃO E ADMINISTRAÇÃO: RUA DO OUVIDOR 166 — RIO DE JANEIROPublicarão d'© MALHO \umrr,. avulso, «O© réis; atrasado, SOO réis

Page 2: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

JOAO GARNIZE' - por A. Rocha O TICO-TJOX-X-X . 1

Era outra preta, criada do coronel Anastácio. A decepção loi geral. Garmzé não sabia de que modohavia de explicar aquelle caso. Entretanto, para não perder tempo, interpellou o Dr. Anastácio..

.. .a respeito do casamento. Mal sabia Garnizá que as cousas estavam tão adiantadas. D'alli a trezdias effectuava-se a cerimonia do matrimônio de D. Genoveva. Seguiram para a egreja com grande...

.pompa , mas quando o sacerdote ia dar começo á cerimonia foi interrompido por forte alarido noadro da egreja.

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EXPEDIENTE

O TICO-TICO

Preços das asslgnaturas dos jornaes da"Sociedade Anonyma O MALHO"

Capital e Estados

_-> O«jm PS É

o

3 8$000 5$000 3$5006 iSSooo Síooo 6$ooo9 23$000 I2$O00 9$ooo

12 3o$ooo ii$ooo uíooo

Exterior

126

5o$ooo3o$ooo

25$00O14$000

20$^001I$OCO

ALMANACH D' «O MALHO 3$000Almanach d' «O Tico-Tico» 3$ooo

Pelo correio mais 5oo rs.et-SM

As assignaturas começam em qualquertempo, mas terminam em Março, Junho,Setembro e Dezembro de cada anno. Nãoserão acceitas por menos de trez mezes.

Toda a correspondência, como toda aremessa de dinheiro, deve ser dirigida áSociedade Anonyma "O MALHO", Ruado Ouvidor, 164—Rio de Janeiro.

Pedimos aos nossos assignantes do IN-TERIOR, que quando fizerem qualquerreclamação, declararem o LOGAR e 0 ES-TADO para com segurança attendermoJas mesmas e não haver extravios.

minuto, sem mudarem de posição nem se considerar, nesse caso—a de mover caraquecerem. nhões tamanhos e de tanto peso para fa-

Imaginem quantas dif ficuldades tive- zer a pontaria. Porque nada adianta dis-ram que vencer os engenheiros constru- parar tão admiráveis canhões sem acer-

tar no alvo.Pois também para apontar os grandes

canhões ha um engenhoso apparelho, in-ventado pelo almirante inglez sir PercyScott, que reduz essa operação á maiorsimplicidade.

A bordo dos couraçados, o officialencarregado da pontaria fica em umaespécie de reducto blindado, de ondeobserva os navios e fortalezas do inimi-go por pequenas setteiras. No meiod'esse reducto ha uma simples pistola,assestada em cima de um poste. E' comessa pistola que o official artilheiro faza pontaria; e a pistola está ligada porfios electricos de tal modo a qualquerdos canhões, que estes tomam rigorosa-mente a posição que tenha sido dada ápistola pelo official.

Isso é, desde que o official aponta ãpistola, o canhão repete todos os seusmovimentos e fica também apontado.Em caso de necessidade, o official ligaos fios electricos da pistola de pontariaa todos os canhões de um lado d'esse na-vio e todos esses canhões ficam aponta-dos para o mesmo ponto, ao mesmo tem-po, descarregando-se todas as balas so-bre esse mesmo ponto, arrazando-o.

Vejam vocês como está adiantada aidetestável sciencia de matar e destruir.

Vovô

Como se faz a pontaria de um canhãomoderno

cfores de taes canhões e os chímicoscreadores dos explosivos, que servempara mover semelhantes balas e fazel-asexplodir.

Mas, ha ainda outra difficuldade a

AS CREANÇAS NA GUERRA

Os retratos publicados no Tico-Tico,só serão devolvidos dentro do prazo de 3mezes, depois de sua publicação ; findo es-te prazo, não serão absolutamente resti-tuidos.

E' nosso representante exclusivo naAmerica do Norte "A International Ex-porting and Importing Company", ParkRow Building, New York —U. S. A.

fls íições de ^fovô

AS SCIENCIAS DA GUERRA

Meus netinhos :

Vocês que, de certo, acompanham asnoticias d'essa horrenda guerra travadana Europa, já devem ter notado que aguerra moderna é uma verdadeira scien-cia, em que o talento dos chimicos e en-genheiros tem tanta importância comoa bravura dos soldados.

Especialmente os canhões tornaram-se, nos exércitos de hoje, mecanismosespantosos de segurança e força; unscapazes de atirar, a dez kilometros dedistancia, balas com o peso de 900 kilos;putros capazes de disparar 60 tiros por

wSf^ ¦. <:-i_Mt H^Tb"¦S*i- mS&íP*^* T wt """'JS

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íM*Êi ÉferaV-» nHi--M3 WS «Jl _»"m

SÊÈ É-Sé-tÜ

'A rainha Elisabeth, da Bélgica e seu filho -mais velho, o príncipe Leopoldo, herdei-.ro do thron:

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O TICO-TICO

O GATO, O RATO E A RODA

x^-Yn ^J^cii) O rato perseguido pelo gato :— Está ruim...

Estou aqui, estou comido... parece que d'esta nãoescapo... E para maior infelicidade, não vejo umsimples buraco, onde possa metter-me.

2) Não vejo o menor a-brigo... olhem a roda comque brinca este menino! Oh ! Uma idéia! Vou verse escapo dos dentes do gato... faço isto; aproveito o impulso da carreira...

3) .. e trepo na-roda que corre... Cá estou I Masque vertigem! Parece que perdi a cabeça.

í) E subo mais ainda... E depois, a descida?Ha de ser o que a sorte quizer. Sinto caleírios...

^: JÍ_JS^-

5) Uh a base d'este edifício I I... salto da roda ecaionelle... Parece ter sido um milagre... E'aalvo.., Cá não vem o gato...

6) ...ainda ror cima faço-lhe muita troça e digoque elie teve medo... Ohl nunca pensei... Pareceque tirei a sorte grande...

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3 O TICO-TICO

HISTORIAS DE BICHOS

Uma caçada cio ufsoO indio, que por sua esperteza e au-

dacia ganhara o appellido de Raposa .Vermelha, levantara, na véspera, aspegadas da fera.

Devia ser um urso, a julgar pela fór-ma alongada dos dedos. E, certamente,ora enorme, valendo todas as fadigase perigos de uma penosa caçada... Quedinheirão lhe dariam pela pelle, semcontar a carne com que se poderiamalimentar durante muitos dias !.

E o caçador partira só, para ser oúnico a aproveitar a presa.

Era um bom caçador, como quasi to-dos os Dakotahs da região montanhosa.No tempo em que eram ainda indepen-dentes, creança ainda, seguira a tribuda fuial seu pai era chefe, pelas flores-tas profundas onde se encontra o temi-vel urso negro. Aprendera a conheceroflíabitos das feras, o modo de ata-cal-as e combatel-as. Depois caçara porsua conta e, quando o domínio ameri-cano se estabelecera na região, souberaaproveitar o que a civilísação trazia debom : as armas aperfeiçoadas, a facili-dade da troca do dinheiro papel emouro,

D'essa vez tratáva-se de cousa me-lhor do que o urso negro do valle.O animal era um enorme urso cinzento,o gigante das montanhas Rochosas

Preparou tudo para surprehender oanimal ao raiar da aurora, em seu covil.

Teve grande trabalho, em perigosaascenção por entre rochedos agudos,quasi inacessíveis. O urso escolherabem a toca. Mas Raposa Vermelha eracaçador de habilidade rara.

Estava ainda escuro. O indio carre-gou a espingarda e, passado pouco, sen-tiú que cahia a neblina. Isso era mau.Com certeza, ao raiar, da aurora have-ria nevoeiro, e o animal poderia passarsem que elle o visse.

Curvado sobre o abysmo, RaposaVermelha esperava, sem se mover,quasi sem pensar mesmo.

A manhã ia se levantando atravez deum veu de humidade vaporosa. A clari-dade foi augmeiuando. Distinguiam-sejá os rochedos, cuja base sumia-se nanuvem esparsa sobre, o lago. O caçadorlevanta-se. Alguma cousa moveu-se alliem baixo, uma massa confusa apenasentrevista. O tiro partiu. A detonaçãoechôa em toda a montanha.

O urso está morto !. Deve estar morto, porque o indio nãoouviu seu rugido de furor, mas apenasum gemido surdo. Espera ainda um•nstante, depois vai !

O urso contornou o rochedo, desceu.De súbito, immergindo da bruma comoum colosso, apparece o corpo informe.O caçador salta, certo da victoria. Mas.de repente, o monstro se ergue.

D caçador dá um salto para traz; a

arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada.

O urso, ferido, levanta-se, com passopesado e segue-o.

O indio está furioso. A vergonha deter errado o tiro e, além d'isso, a perdaestúpida da arma, que tão cara lhe eus-tara !...

E ser obrigado a fugir ! Como com-bater alli, sobre aquelle caminho ingre-me que teve de seguir, e onde não po-deria fazer um movimento mais amplosem cahir no abysmo ? ! Se pudesseattrahir o inimigo para um terreno me-lhor... Mas o maldito nevoeiro não odeixa vêr.

Uma carabina, cuja coronha tantas

recção : seguindo a borda do rochedodeve chegar a um logar menos peri-goso, onde se possa bater com o adver-sario.

Mas agora Raposa Vermelha já nãoreconhece o caminho.

Ter-se-ha esquecido iE o urso continua a seguil-o. Até

parece caminhar mais seguro, apesarde sua corpolencia, do que o homensesbelto e leve...

Passa por onde passaria uma ca-bra, prudente, experimentando cada pc-dra antes de calcal-a. Não se apressa,sabe que chegará a tempo.

As creanças e a esposa já devem es-perar a volta do caçador, observando

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Chegara ao extremo do estreito caminho. D'alli, não havia mais para onde dar umpasso. E o enorme urso approximara-sc

vezes marcada com cortes, indicavaoutras tantas victorias !... A ultimafora um bufalo, cuja cabeça pendu-rara á porta de sua choupana.

Os filhos de Raposa Vermelha ti-nham tido medo da enorme cabeça queseu pai levara.

O indio crispa de cólera as mãos,agarradas á parede lisa da rocha.

Oh ! Se não tivesse que se agarrara essa muralha, obrigado a procuraronde collocar o pé, como se voltariapara o monstro, embora armado apenascom uma faca ! Quando a fera, de pé,procurasse abraçal-o, com que alegrialhe cravaria a lamina no coração !

. O nevoeiro não lhe permitte orien-tar-se. Não fosse o ruído da corrented'agua, lá em baixo, não saberia ondeestava. Mas, deve ser mesmo essa di-

a estrada por onde elle deve chegar,apromptando-se para partilhar a caça !

Nada levar ! Voltar sem arma ! Osguerreiros vão rir á sua custa ! Foi onevoeiro ! Agora entra a dissipar-se,Não era sem tempo !

E o abysmo dcscobrc-sc.O nevoeiro desapparfece.Raposa Vermelha vê que errou o cá-

minho. A muralha de granito appare-ce-lhe em toda a sua extensão. O ne-voeiro enganou-o. Devia ter tomadomais á direita.

E agora não pode mais voltar.A muralha termina no vácuo. Não

ha passagem alem do rochedo !.Subir ? descer ?. Não, ura olhar e

bastante para ver que isso é impossi-vel. Voltar afazer frente ao urso ?Não.

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O TICO-TICO 6

Não é possível manter-se alli só, cemcs pés; é preciso o auxilio das mãos.

Roposa Vermelha sente um cale-frio de morte. Volta-se. O urso correagora. O índio caminha mais um pouco.E' preciso prolongar os últimos mi-mitos."

Os pequenos esperam pelo pai, quenão voltará.

São tão pequeninos ainda !Quem os adoptará ?Ah ! que, ao menos, elle, o chefe,

não vá só para a morte ! Que chegue

O lado da montanha; pequeninos quedizem : "Porque papai não volta ?" Oida Social Infantil

Mas eis que já tarde, ao anoitecersurge um vulto no extremo do cami-nho, do lado opposto áquelle em queo esperam. E' Raposa Vermelha.

Por um acaso providencial cahiu decincoenta metros de altura sem se ma-goar; cahiu sobre o urso cujo corpoenorme e pelludo serviu-lhe de ante-paro.

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'1 ravou-se a horrível luta, corpo a corpo, mesmo na beira do abysmo

t\ entrar na mansão eterna, coberto comsangue de sua victima.

Chega ao fim da muralha ! Não po-de dar mais um passo. O urso appro-txima-se. Já lhe sente o hálito quente.

Então o caçador salta sobre o urso !Ds braços gigantescos da fera abrem-se e fecham-se. Um grito, o urrar fu-rioso do monstro, um estalido...

E depois, os dous corpos que cahem' juntos no abysmo.

Ha na aldeia, creancinhas cujosclhos negros se voltam, olhando para

O choque foi, todavia, bastante fortepara atordoal-o, deixando-o desmaiadodurante duas horas.

Felizmente começou a chover e afriagem da água despertoü-o.

Depois com que esforços com quesacrifícios conseguira subir a encostaquasi a pique ?

Mas está vivo. Desfallecente, ex-tenuado, mas vivo e victorioso.

Amanhã seus amigos descerão comcordas e trarão ao menos a pelle dourso.

ANNIVERSARIOS

Passou a 9 do corrente o anniversarionatalicio da gentil Maria de Lourdes P.Fernandes.

Fez annos a 2 de Abril a nossaintelligente assignante Odette MirandaMachado, filha do Dr. J. M. Machadode Araújo, juiz de direito em SantaCruz do Rio Pardo.

Henrique, interessante irmão danossa leitora Carmen Rossilliers Rodri-gues, completou seu 4° anniversario a2 do corrente mez.

O nosso collaborador Durval Pas-sos de Mello, residente em Barra Mansa,fez mais um anno de edade a 3 de Abrilcorrente'

NASCIMENTOS

O Sr. Júlio Rocha e sua Jixma. esposa,D. Magdaiena M. Rocha, residentes naPiedade, participaram-nos, muito gen-tilmente, o nascimento de sua galantefilhinha Aurelia, oceorrido a 29 do mezpassado. »*¦»'

A Exnia. Sra. D. Luiza Lopes Ca-millo e seu esposo, Sr. Vicente CamilloSilva, residentes em Cascadura, têm oseu lar enriquecido, desde o dia 23 domez passado, com o nascimento de suarobusta primogênita Maria Adelice.

O lar do Sr. João de Deus da CostaGouvêa e de sua esposa, D. Julia Bar-reto de Gouvêa, está em festa, desde o-dia 27 do mez findo, pelo nascimento desdJS filhinho, que recebeu o nome deJoffre.

O Sr. Raul Pinto Palhares e D. He-lena Palhares de Brito e Silva, dilecta fi-lha do nosso collega de imprensa Brito eSilva, têm o seu lar enriquecido com onascimento do seu primogênito Renato.

BAPTISADOS

Na egreja do Engenho Velho foi ba-ptisado ha dias o menino Isaclinton,filho do Sr. Isaac da Costa FerreiraDias, negociante d'esta praça, e de suaesposa, a Sra. D. Laura M. da CostaDias. Foram padrinhos, o capitalistaSr. Adriano da Costa Ferreira Dias esua esposa, D. Emilia T. da Costa Fer-reira Dias.

RECEBEMOS E AGRADECEMOS

O nosso leitor Victor Guimarães, resi-dente em Victoria, Estado do EspiritoSanto, offereceu-nos um exemplar dava.\sa./L.uso-Brasileiro, da autoria de suairmã, a senhorita Joanna Guimarães.

O festejado poeta C. O. Souza aca-ba de publicar o seu magnífico livrinhode sonetos Versos de Clicia, que irá, decerto, alcançar grande êxito.

HORI-llliilWftLTID BíluMSÊSM

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O TICO-TICO

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£.$/_. _• a robusta Irene Gomes, filhinha docapitão Francisco Oscar Nascimento eD. Maria Gomes do Nascimento. E' ir-mã do tenente Fernando Oscar Nasci-mento e neta das Exmas. DD. Mathil-de Gomes da Silva e Mathilde Peixo-to Nascimento.

CORRESPONDÊNCIA

DR. SABETUDOVon Reinhardt (Itatiba) — A mari-

nha de guerra norte-americana é consi-derada a 3a do mundo. 2" — O exercitonorte-americana é muito reduzido ; ape-nas para constituir um núcleo em tornodo qual se reunirão todos os homens va-lidos.em caso de perigo. 30 — A doutri-na creada pelo presidente Monroe estabe-teceu que ás potências européas não éPermittido intervir em questões america-nas nem conquistar territórios na Ame-

rica. A formula d'essa doutrina é: "AAmerica para os Americanos".

Américo Brasil — Escreve-se " indem-nisação" e não se pronuncia o m. 2° —A palavra não foi inventada por CoelhoNetto, existia já na língua e significa"alto protector, principal figura"

Fleur de Lys (Santos) — Os melhoresromances para moças em lingua portu-gueza, (delicados, interessantes e bemescriptos) são do Júlio Diniz — As Pu-pillas do Sr. Reitor, Uma Familia In-glesa, A Morgadinha dos Cannaviaes eContos — 2" Lettra muito artificial e por-tanto indecifrável. 3o — Para isso daspestanas não ha remédio.

Zelia de S. Ferreira (S. Paulo) — Osbairros mais salubres do Rio de Janeiro ?Copacabana, Ipanema e Leblon.

Maria José — Mas minha bôa amigui-nha se sua mama já edosa tem moléstiatão pertinaz, grave e antiga que nestes ul-timos dous annos tem sido examinada,pelas maiores summidades médicas d'a-qui, de Lisboa e do Porto sem conseguircura, que posso eu fazer sem examinal-a,sem conhecel-a ? Só se eu fosse feiti-

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J.S CR£*NC*5 Hf\ GUERRA

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Dous galantes assignantes do "Tico-Tico"residentes cm Três Barras. Estado doParaná e filhos dos Sr. Hugo Bensa. •

exaltadas ; além do que está dito acima,deve ser muito sentimental e dotada deimaginação ardente. Caracter mais inten-sameníe feminino. E' também um poucofaceira. Mas de excellente coração, dedi-cada, meiga, de espirito muto recto e leal;sincera nas amizades, fideíi.S.ma no af-fecto, capaz de se sacrificar por aquellesque estima ; intelligente e dotada de grat.-de habilidade manual.

Ada Mury Netto —O panando é umainfecção. O melhor meio de cural-o é pin-celal-o com iodo, logo que começa. A curaé radical e rápida. Porém, mesmo depoisde desenvolvido o iodo é ainda o melhorremédio ; mas nesse caso deve ser usadoem vaporisações. 2°—Pronuncia-se Cócra-ne, com o assento tônico na 1* syllaba. 3"— Indecisa.

Álvaro Neves Moura — Mas quer fa-zer isso em casa ? E' impossível. Dependede apparelhos complicados e produz feti-do terrível.

Alberto de Mcneces, autor da comedia "ALaraja", publicada no Almanach doTico-Tico", d'este anno, quando conta-va, apenas, oito meses de edade.

rA princesa Maria-Carlola, filha única do.

rei Alberto, da Bélgica

ceiro. Parece-me que a intervenção ei-rurgica é indispensável. 2" — Lettra mui-to desegual denunciando versatilidade.Mas é modesta, cuida pouco de si mes-ma, affectuosa, carinhosa, emociona-sefacilmente.

Germano Spilak (Rio Claro) — O uni-co remédio para esse mal é uma opera-ção.

Waldemar Paiva — _0 somno é pro-duzido por uma entoxicação do sangue,que só se elimina pelo absoluto repouso.

Notail Brandão — Excellente indica-ção. Alma vibrante, enthusiasta, emboradeteste as expansões exaggeradas que pa-reçam de exhibição. Affectuosa com res-tricções; isto é, muito sensível e altiva,exige reciprocidade e só se affeiçòa aosque são dignos d'isso. Leal, sincera e ge-r.erosa. Caracter muito egual, incapaz detransigência* humilhantes ; intelligenciamuito activa, espirito engenhoso e cul-tivado. ' - »

E. Dinis — Indicação muito semelhan-le á da leitora acima ; as lettras têm Nessas amigmvh-exactamente os mesmos característicos. Susie BeckerMas noto que suas qualidades são mais ri.-i.6o Estad'

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O TICO-TICO

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Alaydc Nascimento, nossa constante lei-tora, filha do coronel Abrahão Nasci-mento. industrial em Pirahy — Estadodo Rio.

Aguinalda d'Oliveira — Cura radical,-e'immediata não pôde ter porque isso é pe-Cüliar á sua edade. Para uttenuar o.maf,tome um purgatnx,

'salino (Água de Ja-

nos ou de Yiilacabrar), depois tome du-rante tn.ntos dias fermento secco (leve-<.;,;. de cerveja). E i ingue algumas got-tas de tintura de bcnjvin na água em quebanhar o rosto. Isso diminuirá considera-velmcntc a praga de espinhas de que estásendo victima. 2"—A lettra indica bomgênio, espirito modesto e disciplinado,masaltivo ; intclligencia, lucidez e activi-dade.

Maria Augusta de Sá — Tome uma pi-lula de Reuter (das pequeninas) ao almo-ço, durante quatro dias ; depois, mande-me dizer como passou.

D. Penna—Devem vir em papeis sepa-rados. 2" — Deve ser feito com álcool de40 graus.

Niny Barroso—Caracter um pouco in-<deciso, com boas tendências. Faceira, commuita ingenuidade, deixando-se levarmais pelo que os outros dizem do que porseu próprio gosto; dócil e muito cordata,com altivez natural, mas sem orgulho. 2°—Não deve usar nem a água oxygenadanem a camomiila allemã. Uma e outracousa só lhe podem trazer aborrecimen-tos. 3° — Essa falta de memória, assim,em determinadas oceasiões, só pôde terpor causa timidez e impressão nervosa.

Rubem Corrêa de Sá—Quando os ca-bellos ficam assim divididos nas pontas, omelhor é aparal-os. O óleo de babosa é ex-cellente. 2" — O primeiro. 30 — Mas, senada tem nos olhos, para que usar óculos?4o — Para esses cravos, passe no logar(um dia sim, outro não) um pedaço deí.lgodão molhado em ether sulphurico.

• Romana—Estou convencido de que nãosão calumnias e, portanto, acho que minhaamiguinha está em erro. 2° — Acho muitobóa essa educação, desde que seja sem"vníjçero. 30 — A lettra é muito indeci-

mas absolutamente não denotar»" facto, para sna altura

> _ portanto, fraca.¦ _e exercício.

^ileqo II eraviveu exilado

r.a Áustria, com o nome de duque deReischstadt, e morreu aos 21 annos. em1832. 2" — O rei Pedro da Servia, passoufiuasi toda a sua existência exilado, por-

sua familia (a dos Karageorgevich)que tomara parte brilhante nas guerras daindependência da Servia, em 1804. e rei-nára sobre o paiz, fora desthronada por.uma revolução, promovida por outra fami-lia principesca, (a dos Obrenovitch) em1882. O então principe Pedro Karageorge-vich foi educado em FFrança, onde cursoua Ecola Militar de Saint-Cyr. Em i8/0,poruccasião da guerra franco-prussiana, alis-tou-se no exercito francez e durante acampanha foi ferido varias vezes e alcan-çcu o posto de capitão, por actos de admi-;avel bravura. Em 1903, tendo o rei Ale-xandre, ultimo herdeiro da dynastia dosUbrenovitch, sido assassinado em umarevolução, com sua esposa, a rainhaDraga, o principe foi chamado ao thro-1:0. Reorganizou o paiz, deu-lhe ordem,prosperidade commercial e obteve brilhan-tes triumphos na guerra contra a Turquiae depois contra a Bulgária. Tem 68 annos.

José de Mello — De que é formado?Mas ficou bem explicado que se trata deum mineral, um corpo simples.

Enrico Silva—Não tem tamanho, nempeso determinados. Pôde ser de qualquertamanho.

Magdalena Alves—Muito indecisa. 20—Só rçspondo- a c _sas cousas quando é a

J.LBUM T>'«0 TICO-TKO»

JÊL

Nelson c Carlos Alberto, de quatro c umanno de edade respectivamente c galan-tes netinhos de Mme. Olympia, a conhe-cida cartomante brasileira.

própria pessoa quem pergunta. 30—Um li-tro deve ser bastante. 4o — Limpe-as comágua oxygenada. Ponha um pedacinho dealgodão na ponta de um palito, molhe naágua e passe por dentro das anhas.

Edith Cristoforo—E' na rua S. Clemen-te. 2°—Em primeiro logar, deve usaróculos escuros e banhar os olhos comuma solução de Boricina de Mesonier, em4 por 1.000. Mas, que oculista consultou ?Acho a receita complicada. Porque nãoconsulta outro? E será conveniente fa-zer um exame em câmara escura.

Mary S. Ribeiro (S. Paulo)—Prepara-âo que faça o cabello ficar preto, é tin-tura. E isso já tenho dito muitas ve-zes que não ensino.

Gisella Carmi (Barbacena)—Muita fa-ceirice, gosto por elegâncias complicadase vistosas, pouco affectuosa, demasiadapreoecupação çom a opinião alheia. 2° —As avencas precisam de sombra e humi-dade.

Haydc Brandi — Eu tenho idéia de quejá lhe respondi. 2'—A lettra é muito ar-tificial: desenhada e não eseripta. Nessascondições indica apenas faceirice. 3° —Aglaia. 4''— O melhor é servir-se do pro-prio lenço. Primeiro, deve-se fazer sentara pessoa, que não é de casa. Para levan-

¦ ar, a dona da casa é-que deve dar o si-anal. 5'—O agradecimento deve ser por

um cartão. 6°—Nada. Todos os depilato-rios são prejudiciaes.porque dão á pelle umaspecto luzente, muito desagradável. 70—li curiosa a duvida nesse caso, pois* está.claro, que deve apresentar uns aos outros,começando pelo nome do que chega.8° — Annel de compromisso usa-se nodedo minimo da mão esquerda.

Jordano Rodrigues da Malta, Eva (Ma-ranhão), Ismael Nogueira do Passo (Ita-bayanna), Oswaldo (Petropolis), GildaGalpido, Maria e Clara Leal (Paracam-by), Solindo Cunha (S. João d'El-Rey),/'. de Moraes, Rubem de Oliveira, Itáliade Castro Rubini. Nise Sorrentino, MariaBorges (S. Paulo), Cândido Drummond(Guaratinguetá), Lcony Macedo Cortes(Curityba), Giselda Santos, Karl von Kes-singen, L. R. Prestes, Carmen Resende—Muito indecisas.

Hamilton Barbosa — Naturalmente.Des-de que mande as soluções certas e sejasorteado, recebe o prêmio. Pouco im-porta ser ou não assignante.

Carmen Silva — O endereço está certo,mas é esta a primeira carta sua que re-cebo.

/. S. Lopes (Curityba) — Os livros deCamillo Castello Branco e Ruy Barbosasão de excellente: leitura para rapazes.Os de Paulo de Kock e Escrich não. Nempense em perder tempo com semelhantespachuchadas. Um guarda-civil mesmo defolga deve fazer respeitar as leis e regu-lamentos.

Adonicia de Faria Bastos—Não temosmais essa historia.

Álvaro Vital da Fonseca (Recife) —Os alliados.

Jurandyr Gomes — Sisowath II. 2o —César. 30—Exactamente, é a maior domundo, 40—O actual governador do Ca-nada é o duque de Connaught, tio do reiJorge V. 5o—A republica chineza não pro-hibiu o uso do rabicho, mas tornou suasuppressão uma espécie de distinetivo re-publicano. 6"—Remington e Hammond. 70—A Bosnia era uma província da Servia.

Giselda Santos—Fico muito grato ássuas carinhosas palavras.

Maria Eulalia Vieira Marques — Quenão prejudique.só papelotes. Para sardas:leite antiphelico e não apanhar sol. 2o -•Não. O patim sem bilhas, dura muito pou-co tempo e não pôde ser transformado. 3°— O único remédio é mandar estanhal-ode novo. 4°—Muito indecisa ainda.

DR. SABETUDO

4________

____________ __ '

________r>v_____ _r _____¦ _______________ ___________ _______& ________________LJ

O nosso collaborador Alexandre Fernati-des c suas. gentis irmãsinhas Elisa cPreciosa, filhos do Sr. Alfredo fer-v.andcs, residente no Estado de SãoPaulo.

Page 9: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

10 BIBUOTHECA D"O TICO-TICO" AS AVENTURAS DE LAVARÉDE 13

ver livre de Bouvreuil. Mas alli não ha-via cônsul de França e as autoridadeslocaes recusavam-se a tomar 'conta deum louco.

D. José indagou do que se tratava e,tendo visto Bouvreuil e tendo conversadocom elle alguns instantes, declarou :

Tomo esse infeliz sob minha pro-íecção. Ficará addido á minha pessoadurante a viagem.

Mas, a que titulo ? — perguntou ocommandante.

Como meu criado — respondeu D.José.

,— Mas o senhor não tem me*5 desuas crises furiosas ?

Não — disse o político de CostaRica ¦— tenho em meu séquito sitm medi-co que tratará d'elle. Eutregüe-mc essepobre louco. Conheci-o em Pariz, elle-teve oceasião de me prestar um serviço;quero pagar-lhe na mesma moeda.

Está bem — declarou o comman-dajite — Desde que o senhor paga a pas-sagem do louco e responsabilisa-se porseus actoff, nada tenho a oppôr.

E o Lorrainc partiu.Lavaréde assistira a toda a scena

sem intervir e sem comprehender o que se

passara entre aquelles dous homens.Foi ainda miss Aurett que, conti-

nuando em seu papel de Providencia, doousado jornalista, esclareceu esse mys-terio.

Ella notara que,- ao entrar a bordo,D. José tivera um movimento de es-

panto ao ver Bouvreuil e este immcdiata-mente levara um dedo aos lábios no

gesto de quem recommenda silencio.Isso intrigára-a e desde esse momentoseguira D. José até ouvir, occulta pordetraz de um mastro, a conversa entre osdous homens.

Ouvira o seguinte, que relatou a La-varéde.

Quando D. José se approxiniára deBouvi-euil, este perguntára-lhe em tomde grande assombro :

— Como ? Pois p personagem imuor-

lante que se esperava a bordo era o se-nlior ?

Era mesmo; mas nada diga; nãome comprometta. D'isso depende meufuturo e minha fortuna.

Bem — dissera Bouvreuil — sereidiscreto, mesmo porque preciso de seuauxilio. Estou aqui em situação muitodifficil. Fiuja acreditar também que eume chamo lavaréde, mas contracte-mccomo seu criado.

Já vimos como D. José fizera a von-tade de Bouvreuil.

Laívaréde agradeceu muito á joven nvgleza, mas ficou sem saber o principal

Que mysterioso laço ligaria aquellesdous homens ?

C \PTTULO Vil

O BAPTISMO BA UNHA

Se nosso heróe conhecesse a vida deD. José ainda ficaria mais inquieto.

Era um indivíduo da raça dos maisperigosos aventureiros. Exilado em Pa-riz e tendo esbanjado o dinheiro trazidode Costa Rica, viu-se ém difficuldades eappelllou para todos os recursos mesmoos mais censuráveis. Por fim, fez-se jo-gador profissional, alterando com habi-íidade deshonesta a sorte das cartas paraganhar sempre. Mas como também issonão rendia bastante entrou em negocia-ções com um usurario, sócio e represen-tante do Sr. Bouvreuil a quem conseguiuarrancar dinheiro por meio de um docu-mento falso. Bouvreuil, furioso, deuqueixa á policia e foi condemnado a trezannos de prisão.

Foi então que o aventureiro se recor-dou de suas relações nos Açores e fu-giu.

Eram essas as relações de Bouvreuilcom D. José e foi por isso que o aventu-irciro, com medo de ser denunciado, pies-tou auxilio ao capitalista.

A' noite, conversando a sós, Bouvreuilexplicou sua situação a D. José quedisse s

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com sir Murlyton e sua filha. Voltoupara bordo á ultima hora, e julgava-scjá garantido, pois o navio se preparavapara partir, quando viu approximar-sedo cáes um carro, em louca disparada.

Nesse carro vinha um homem de as-pecto desatinado, gordo, baixo, com oscabellos em desordem c barba crescida,de quatro dias. Dir-se-hia um louco ouum criminoso, fugindo da policia.

Era Bouvreuil.Saltou do carro, precipitou-se pela

prancha que ligava o navio ao cáes, nomomento em que ella ia ser levantada esaltou para o tombadilho, gritando :

—O commandante ? Onde está o com-mandante ?

Um marinheiro explicou-lhe :—Agora não é possível íallar ao com-

mandante. Dirija-sc ao. immediato, quealli está.

De facto, o immediato estava a peque-na distancia, conversando com Lavaré-de, que ao ver Bouvreuil disse :

—Cuidado, Sr. immediato. Aquellehomem é o doido de quem lhe fallei.

—Que ? — exclamou o official. Pois

elle se atreve a perseguil-o até aqui ?Entretanto, o capitalista viera ao en-

contro do immediato e, sem ver Lavaré-de, que se mantivera á parte, disse :

—Sr. tenente. Eu sou o Sr. Bouvreuil.O immediato desatou a rir.—Sim—disse—eu já sabia que o se-

nhor ia me dizer isso. Mas tenho umapequena observação a fazer. Eu conheçoperfeitamente o Sr. Bouvreuil, que estáa bordo desde Bordeaux.

—Como ? Aqui ! A bordo 1 Eu estouaqui desde Bordeaux ?!

—O senhor, não. Quem está aqui, nocamarote n° 10, é o Sr. Bouvreuil.

—Mas o Sr. Bouvreuil sou eu !—ber-rou o capitalista, furioso.

—E o outro ?—perguntou o official.—Quem é o outro... o passageiro do ca-marote n° 10 ?

—Sei lá !—Será o Sr. Lavaréde ? — perguntou

o immediato. com ar zombeteiro.

Bouvreuil deu um pulo.—Lavaréde ? Ah ! Bandido !... Deve

ser elle.E bracejava, saltava no logar, de tal

modo, que parecia mesmo mil louco.Foi preciso que dous marinheiros o

agarrassem.—Eu tenho meus papeis que provam

quem eu sou ! — exclamou Bouvreuil,de repente.

Nesse instante o immediato dizia astr Murlyton, sua filha e outros passa-geiros, que se tinham approximado,att:*ahidos pelo barulho :

—Elle está com um accesso. Voumandar dar-lhe uma ducha, j

—Não é preciso—disse Lavaréde, in-tervindo. — Ru vou fallar-lhe. Talvezconsiga acalmal-o.

Mas Bouvreuil, vendo o inglez, preci-pitou-se para elle :

—Ali ! Aqui está uma pessoa que. meconhece e poderá dizer quem eu sou.

Ao ouvir essas palavras, miss Au-rett approximou-se de seu pai e disse-lhe em voz baixa :

—O senhor nada pôde dizer. Isso se-ria tomar partido contra o Sr. Lavaré-de. E como o senhor ganharia com suaprisão isso seria desleal.

—Ycs !—murmurou o inglez.Bouvreuil puxava o immediato por

um braço para diante de sir Murlyton,insistindo cm intcrpellar o inglez :

—Vamos, senhor; diga quem eu sou.Sir Murlyton mirou-o de alto a baixo

e, impassível, respondeu :—Eu ? Mas eu não conhecer senhor.—Oh ! — exclamou Bouvreuil, no -au-

ge do furor.—Isso é de pôr um homemdoido !

—Isso já você está ha muito tempo—observou o immediato,-rindo.

Nesse momento, miss Aurett, comesperteza bem feminina, voltou-se paraLavaréde e disse em voz bem clara :

—Sr. Bouvreuil, peça ao Sr. immedia-to que pergunte a esse pobre homemcomo conseguiu chegar até aqui..

Seu plano era o de cravar bem no es-

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14 BIBLIOTHECA D'"O TICO-TICO"

pirito do official que Lavaréde chama-va-se Bouvreuil.

O capitalista, furioso, teve que expli-car ao immediato os apuros e difficul-dades porque passara para chegar aSantander.

Sahindo da caixa de piano, quizeracorrer para bordo. Mas os soldadoscorreram atráz d'elle até o cáes, e ape-' zar de sua furiosa resistência, prende-ram-o. Perante o commissario, Bou-vreuil explicou-se. O commissario tele-graphou para Pariz, pedindo informa-ções, que chegaram no dia seg-uinte,affirmando que, de facto. aquelle ho-

; mem era um importante capitalista, iSoltaram-o outra vez, mas depois de

fazel-o pagar uma multa, por ter resis-tido ás autoridades

Bouvreuil pagou, furioso; depois to-mou um trem da estrada de ferro deHespanha, para alcançar o paquete LaLorrainc no porto de Santander, ondeelle devia tocar. Com a multa, passa-gem, etc., já gastara 3.000 francos(1:8oo$ooo).

E quanto mais Lavaréde ia ouvindo anarração de todos esses aborrecimen-tos, mais Bouvreuil bufava. E quantomais elle se irritava, mais parecia umdoido. Por fim, o misero capitalistaperdeu a cabeça, a ponto de insultarLavaréde, dizendo-lhe palavras pesa-das. Mas logo teve que se calar, porquesir Murlyton interveio, dando-lhe umsoco, um só, mas um soco genuinamenteinglez, • d'esses de atirar um boi porterra.

^Aoh !—exclamou elle.—Dizer pa-lavras feias diante de filha de mim !Shocking !

Bouvreuil cahiu sentado no chão enão mais projfstou.

Entretanto, o naviio já ia longe deterra e era preciso regularisar a situa-ção d'aquelle homem, que ficara a bor-do sem passagem. O capitão resolveuque elle ficaria como ajudante de fo-guista. '

Quando teve conhecimento d'essa r#-

solução, Bouvreuil teve outro accessode furor.

—Mas eu tenho dinheiro ! Posso pa-gar outra passagem — exclamava elle.mostrando uma enorme carteira comsuas iniciaes.

—E" a sua, naturalmente—disse o im-mediato a Lavaréde.—Vou tomar-lh'a.

—Não—disse Armando. ¦— Deixe-a.Não é bom contrariar um louco. Deixe,depois eu lh'a tomarei com geito.

Miss Aurett.e sir Murlyton trocaramum sorriso. Lavaréde mystificava oadversário, mas não o roubava.

CAPITULO VI

Um TERSONACEM DE impoxtancia

De Santander aos Açores, a viagemdevia durar sete dias. Bouvreuil, metti-do á força no porão das machinas, hor-rorisou-se á idéia de passar uma sema-na carregando carvão. Então distri-buiu dinheiro pelos foguistas, para queo deixassem em paz, e passava os diassentado em cima dos montes de carvão,ruminando a perfídia de seu adversa-rio, que, no tombadilho, gosava o con-forto de um passageiro de I* classe.

Afinal foi Lavaréde quem intercedeujunto do commandante para que ellefosse recolhido á enfermaria de bor-do. Bouvreuil foi, porém, prevenido deque, se tentasse promover novo escan-dalo a bordo, seria posto a ferros.

No dia 4 de Abril, o Lorramc ancoroudiante de Flora, a primeira ilha á vistada qual passam os transatlânticos emviagem para o Panamá. Não é costumeparar ahi, mas o Lorrainc tinha que re-ceber um passageiro importante, o go-vernador de um Estado da AmericaCentral.

Pouco depois, viram no cáes esse pas-sageiro, que era o Sr. D. José de Curra-mazas y Miraflor, homem pequeno, ma-gro, muito moreno, de grandes bigodesretorcidos, e suissas á hespanhola. D. Jo-sé de Curramazas era chefe politico em

AS AVENTURAS DE LAVARÉDE 15

^«SrOvN^^^g^sj^^^LJSalP^^MBiBWt +m^XMwnM»\

Mmquanto Bouvreuil vivia 110 porão, Lavaréde gosava,no tombadilho, o conforto de um passageiro

de 1* classe

Costa Rica, partidário de um generalque se fizera presidente da Republicapor meio de uma revolução. Mas tendoo general, seu amigo, sido derrotado poroutra revolução, D. José fugira para aEuropa. Estivera em Pariz, depois foraveranear nos Açores, onde tinha uns pa-¦rentes. Um bello dia, recebera noticia deque uma nova revolução dera a victoriapolitica a seu partido, em Costa Rica.O general, voltando ao governo não o

esquecera : nomeou-o governador daprovincia de Cambo.

D. José de Curramazas veiu até o cáesacompanhado por uma guarda de honrae um cortejo de todas as pessoas nota-veis da ilha. Subiu para o tombadilhocom ar imponente, saudou o comman-dante como um príncipe, que se dignadar sua protecção a um subdito.

Entretanto, o commandante tentavaaproveitar-se da es^la em Flora,para se

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11 O TICO-TICO

SPORTS D'O "TICO-TICO"Órgão ofRcial da Li<f£t Infantil de Sporfs fUhleficos

CAMPEONATO

AVISOINFANTIL DE FOOT-BALL PARA 1915

l*ara eii<ai< futuras riu vi-ilas, prevenimos a nossos lei-tares, qui' O Tico-Tico iiaotom representante no <on-curso «Ia «Taça Seabra» ; seureilaetor sporti-vo, que é seuúnico representantej;into ássocictlades de Sport, não lo-ma parte no concurso de pai-pites.

FOOT-BALL

LIGA METROPOLITANA DESPORTS ATHLETICOS

A tabeliã do Campeonato

A commissão de - football'-' organi-sou finalmente a seguinte tabeliã parao campeonato de 191=;:Maio:

2—Flamengo "versus" Rio Cricket:3—Bangu' "versus" America e São

Christovão x Fluminense;9—Rio Cricket x Botafogo c Flamen-

go x Fluminense;13—Bangu' x São Christovão e Bo-

tafogo x America;16—Fluminense x Rio Cricket;23—São Christovão x Flamengo e

Bangu' x Fluminense;30—Rio Cricket x America e Flamer,-

go x Botafogo;Junho:6—Fluminense x Paulistano (Jogointerestadual) ;13—AméTica x São Christovão e Rio

Cricket x Bangif;20—Regalas;24-- 27—Taça "Rio-São Paulo";29— .-.Julho:4—Fluminense x Botafogo;9—Copa Roca;

11—America x Flamengo e SãoChristovão x Rio Cricket;

14—America (Jogo interestadoal);

18—Botafogo x Bangu'x Fíurnir.ense;

!2S—Bar.gu' x Flamengo ego x São Christovão;

agosto:.—Rio Cricket x flamengo e Flumi-

r.ense x São Christovão;S—Regatas;

15—America x Bangu' e Botafo-go x Rio Cricket;

Christovão x Bangu';29—America x Botafogo e Rio Cri-

cket x Fluminense'Setembro;

5—Flamengo x São Christovão eFluminense x Bangu';

7—Botafogo , _,- . > ...(logo interestadoal);

12—faça "Rio-São Paulo'-;19— America x Rio Cricket e Botaio-

go x Flamengo;26—São Christovão x America e Ban-

gu' x Rio Cricket;Outubro:

As equipes escaladas estavam assimconstituídas :

MarcosVidal — Cardoso

Argeu — Smart — NestciCelso — Nabuco — Welíart* — C. Al-

béfto — EmaniAttilio

Waldemar — MoacyrQueiroz — Carneiro — HcübornEmmanuel — Bezerra —• Raesch

— Baptista — J. CarlosAcreditamos que o i" team do club

tricolor fique constituído definitiva-mente com os elementos que acima en-numeramos.

D'clle fazem parte foot-ballcrs dt3—Botafogo x fluminense;10—Flamengo x America e Rio Cri- incontestável valor, notadamente a 1

cket x São Christovão;12—Campeonato Sul-Americano;17—Bangu' x Botafogo e Fluminen-

se x America;24—Regatas;3r—Flamengo x Bangu' e São Chri.s

tovã_»x -Botafogo.

* * *

Palmyro Foot-ball Club "versus"Irajá F. B. C.

nha do centro formada por Marcos eWelfare.

Comtudo, talvez o team sofíra modt-ficações com a entrada de Peruam-buco ou outro qualquer play cr

havarro F. Club "versus'' OceanoF. Club

No aprazível ground do Byron F.Club será effectuado, em 3 de Maio

Realizou-se domingo, 21 de Março, vindouro, um grande match de foot-110 ground do primeiro o esperado wia- »all> entre os primeiros e segundosich entre as trez equipes dos clubs aci- teams do Navarro F. Club rersuima, sahindo vencedor nos trez teams o Oceano F. Club.Palmyro. por 3 a o nos terceiros, 2 a o A commissão organizadora d'estenos segundos e 4 a 2 nos primeiros. festival acha-se formada pelos Srs.

A assistência foi numerosa, tocando Américo Pires, Carlos Rubens. Emes-durante o jogo uma banda de musica, tni0 Mendonça e Norbcrto dc Car-cedida pelo Sr. coronel Pinto Machado, valho

Foi offerecido aos jogadores no fi- Antes do match haverá diversas pro-na! do iogo um luitch. vas pedestres e uma corrida dedicada

O Palmyro estava com a seguinte ao Dell° sex0-Aos vencedores serão ofícrectdcs

e America

organisaçao :2," te :tnm

AbílioOlympio — Idelíonso

Eugênio — Joaquim — NatalinoJúlio — José — Mattos — Santos

*— Oscar2° team :

AlcinoArlindo — Salvador

Rangel — Plínio — José V..A. Lourenço — Dias — Zica — Ed-

mundo — Geryasio1° team :

FelixLiü — Berrugà

nedalhas de prata e bronze.

Sport Club Brazil versus'F. Chb

Boqueirãc

l\o dia 21 do corrente realiza-se noground do Carioca F. Club, ura matchde foot-ball. entre os clubs supra.

* *

Sport Club Brasilicnsc

Por iniciativa do conhecido sporlmariAntenor — J. Lourenço — MeudoBotafo- Heitor — C. Medina — J. Demaria Sr* Álvaro Passeado, acaba de ser fun-

- Firmino — Domingos ààào em Maracanã, um club de foot-ball,qtt* recebeu o nome de Sport Club Bra-

* * ' siliense. Em sua sede social, á rua Vis-conde de Itamaratv n" 110, reaüsou-se a

Fluminense F. B. Club eleição da directoria interina, que e *seguinte T

Realizou-se ante-hontem, á tarde, um Álvaro Passeado, presidente; Levymatch-training entre, dous team do Cardoso, vice-presidente; Oswaldo Cos-

32-FIitminense. x Flamengo g §ãc- Fluminense Foot-Ball Club... ta, i* secretario; Josino E. Nascimento

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O TICO-TICO 12

Strombou (D

Joliette

Retrato que se acha na sala de visitas da família "Zé Macaco",por (/. Defrango)

que foi offerecido

na (Le Mener) e Stromboli (D. Sua-rezv

Venceu Velhinha, em 2#Tempo, 107" lis.Poules, 141830; duplas, 23$300.Ganho bem por corpo e meio.'¦• pareô—1.609 metros— Correram :

Cangussii )D. Vaz'-, Drcadnought(Arava) e Le Voilla („a«ky).

Venceu Dreadnought, em 2- Can-gusaü.Tempo, 105" 4|5.

Poules, í3$700; duplas, 12$ü00. ¦Ganho facilmente por dous corpis.õ- pareô—1.750 metro;— Correram :

Campo AIsgre.cM chaels;,Sultão (Le.Mener) Argentino(Araja)e Pielle An-geyine (A. Fernandez».

Venceram: Sultã ¦gre, 2\ Tempo, i 1 _'

Poules, 37SÍ0Ü; dupla.Cy pireo—RohaUion, 1

2-. Tempo, 120" 3/5.Poules, 15$íf0; dupla, 15$50Q."• parco—Em 1* logar, Claímant

e em 2- Don Rozo. Tempo 110".Poules, 115200; dupla, l'iS500.

Nem

Silva, 2° secretario; Ernani Almeida, I*thesoureiro; Nicanor Tourinho, 2" the-soureiro; lsaac Leite e Túlio Moura,syndicos.

* * >K ,

O match training Flamengo-t lumi-nense

Nesse match levado a efíeito nocampo do Fluminense, sahiu vence-dor o Flamengo.

Nos segundos teams venceu o Flu-minense.

wlayrink Foot-Tiall ClubRecebemos de um leitor esta

communicação:Desligou-se do Club acima, onde

pertenceu desde a sua fundação, o Sr.Carlos Tejo.

Este svmrathico e emérito fool-baller deixa no seio do Mayrink.ondeera geralmente e«*imado, üm gran-de numero de amidos e muitos af-feiçoados.

D'a^oraem diante o Sr. Carlos Te-jo passará a defender as cores doMachine CcUluns Fool-Ball Club, umdos fortes concorrentes da Associa-ção Brazilcira de Sporls Athletivos.

'Del Castilho Iujanlil F.C versuslnjantil do ZMcyer F. C.

Realizou-se no dia í do corrente,no campo do primeiro um «match»amistoso entre os clubs acima, sa-hindo vencedor a «equipe» do DelCastilho, pelo «score» de •'» goals aíero.Serviu de «reíeree» o Sr. Edemoda Silveira Netto, do Del Castilho.

* * *

CM S. PAULO

Associação Tau'islã. — O 2- nulcliojücial. — O «'Palmeiras* vence o«paulistano».

O jogo de «Football» realizadodomingo ultimo, no Velodromo, es-ve muito concorrido. Nos primeiros

«teams», entre o Paulistano e o Pai-meiras, venceu o ultimo, por cinco«goals» contra dous. Nos seguidos«teams» também venceu o Palmei-tis, por quatro «goals» contra um.

NO ESPIRITO SANUOO Mirabeau Foot-Ball, com sede

em S. Miguel do Veado, Estado doEspirito Santo, foi fundado por umgrupo de rapazes, sendo que todoselles fazem parte cia Sociedade Via-•'ense.

ATHLET1SMOl-'csta sportiva

Por motivo de força maior iicoutransferido para o dia 25 do corrente afesta sportiva que se devia realizaramanhã, no campo de S. Christovão,em beneficio do Instituto de Assisten-cia e Proiecção á Infância.

TURFDerby-Cluli

A CORRIDA INAUGURALEstiveram muito animadas as cor-

ridas no Derby-Club, domingo ul-tjmo ultimo :"Foi

o seguinte o resultado geral.I-pareô — 1.000 metros — Corre-

ram : Espoleta (D. Suarez*, Guatam-bú (D. Vaz), Estilete (Luiz Áraya).

Venceu Espoleta, em 2- Estillete.Tempo 63 2[5.Rateios: em 1- logar 1'i$300; dupla?

17S60O.Ganho fácil por um corpo.2- pareô — 1.000 metros—Correram ,

King's Star (D. Ferreira), Kalko (D.Suarezi, Bôa Vista (D. Vaz), Meduza(Luiz Araya),

Venceu Meduza, em 2' Bôa Vista.Tempo, 65" 3[5.Rateios : em primeiro, 19$í00, du«

pias, 176$700.Ganho por um corpo.3* pareô—1.609 metros—Correram:

Velhinha (Zabala), Joliette (Torterol-li), Bonni Agnes íD. Ferreira), Jurou(Zacky), Cruz Alta (D. Vaz), Barcelo-

Campo Ale-¦'iO,s'.00.;.Calepino,

4 y_j._üi.*i, ,i-»»**t*_ít_ip»MW%^te^a^i_i^^P*^*»»*i*-<_, 1 _>Mt*'_i

Zé Macaco" apresentando-se cm theatro{Desenho dc J. Defrango)

i^á tIb__s8 L *

Um homem que lê attenlamenlé. .ê(Desenho de O. Nery)'

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IO TICO-TICO A RAINHA DOS CORSÁRIOSROMANCE DE A.V_BIVTÜ_R_4.S

Capitulo III — As aventuras compeicam-se

13

(Continuação)

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_H_i_K$___l ^__ v__í^ j-*""-

Vejo que está muito inquieto com a sorte da gentil senhoritaMargarida.

Não o nego — respondeu Paulino, córando um pouco —Mas não é dever de todo o homem de bem proteger e defenderuma senhora ?

Está bem, vá ! — respondeu o abbade rindo do enthu-siasmo do rapaz.

Mas, levantando a cabeça e observando o céu, continuou:Em todo o caso, meu joven amigo; sem querer detel-o

aqui, pois para tanto me falta autoridade, sempre lhe observareique seria mais prudente demorar-se aqui mais. algum tempo.Para quem não conhece as cousas do mar, as ondas parecem tãocalmas e mansas, que ninguém imaginará perigo olhando paraellas. Mas, observe aquellas nuvens além. São indicio de tem-

pestade infallivèl e dentro de poucas horas... talvez dentro de

poucos minutos... .E como Paulino observando o céu tão azul e límpido pa-

recera duvidar de que umaâ nuvens assim tão pequenas es-tendidas além, muito ao longe, quasi na linha do horizonte, pu-dessem presagiar temporal perigoso e tão próximo, o abbadeinsistiu •/.

—Creia no que lhe digo. Vivo aqui ha muitos annos e sei bemo que significam os movimentos das nuvens. Demais, se duvidade minha experiência interrogue qualquer pescador. Elles, quedesde creanças vivem somente do mar, observando-o a todos osinstantes, conhecem bem suas perfidias e riscos; pergunte a

qualquer um e verá que repetem o que estou dizendo. Nao che-

gará a anoitecer sem que desabe uma formidável tempestade.Paulino ficou pensativo.

Era evidente, que elle não duvidava das palavras do irmãode seu commandanlte.

Aquelle homem dedicado e virtuoso não se divertiria emenganar um pobre rapazola, que fizera tão arriscada viagem,affrontando tantos perigos e fadigas, para lhe prestar um ser-viço, trazer-lhe um aviso precioso sobre os piratas, que cons-tantemente ameaçavam o littoral naquella região.

Sim Sem duvida havia perigo de ser surprehendido por^*****O abbade do mosteiro de Parquerolles ouviu attentamente

toda a narração ;depois disse:Com effeito, já ouvi fallar em Barbaroxa e sei que o

mysterio de sua vida sempre foi impenetrável. E' possível quea gente da casa fantástica em que esteve conheça seu se-gfedo. Mas o senhor é ainda muito moço para que possa, só-zinho, esclarecer esse problema. O mais prudente seria relatartudo a meu irmão; elle é que poderá agir com êxito. Tambémseria inútil tentar combater a superstição dos pobres pesca-dores; é perfeitamente natural que elles accusem de feiticeirauma moça, que mora em uma casa tão singular. O mais quevocê pode fazer é previnil-a dos perigos de que está ameaçada.Só ella poderá, á força de bondade, dissipar as suspeitas de queé victima.

Queira Deus que ainda seja tempo—murmurou Paulino.E despediu-se do bom reverendo, que lhe disse :

Espere um pouco. Não quer tomar algum alimento?...descançar um pouco...Obrigado, reverendo padre; não tenho fome.nem me sin-to cançado. O que desejo é voltar quanto antes. Tenho o pre-sentimento de que o meu regresso poderá sermtil a alguém.

Está bem — disse o abbade, sorrindo com indulgência,

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algum temporal e sacudido pelas ondas, furiosas;' fustigadopelo vento indomável.

Entretanto, á idéia de ficar alli prudentemente, para evitara tempestade, uma angustia indizivel apertava-lhe o coração.

E Margarida ?Um presentimento irresistível dá-lhe a convicção de que a

pobre moça tão meiga, tão affectuosa, que lhe deu hospitali-dade com tanta bondade, está ameaçada de grandes e terríveisperigos; que é preciso que elle corra em seu auxilio, porque sosua presença a pôde salvar...

O próprio Paulino não sabe porque pensa tudo isso, masessa impressão é nelle tão profunda, tão intensa, que elle nao

pôde conter a angustia que lhe vai na alma.E com voz supplicante, num gesto de afflição immensa elle

diz ao abbade :Oh ! reverendo !... eu peço-lhe; não me retenha aqui,

não me impeça de partir !...Ha em sua attitude.em seu olhar e em sua voz.uma tal emo-

ção, que o abbade de Parquerolles não insistiu mais.Então vai, meu filho, vai com Deus ! E, ja que queres

ir, não percas um minuto... Só assim poder-se-a ter a esperançade que consigas alcançar a terra antes que o temporal desabe.

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14 A RAINHA DOS CORSÁRIOSROT>£A^OJE DE AVENTURAS

Capitulo III — As aventuras complicam-se

O TICO-TICO

(Continuação)

Paulino curvou-se respeitosamente diante d'elle e, semmais uma palavra, sem perder um minuto, como lhé erarecommendado, a fastou-se.

O abbade acompanhou-o com o olhar, e quando o des-temido rapaz desappareceu na extremidade de um longocorredor, murmurou, psnsativo :

— E' quasi uma creança ainda; mas ha em sua almaa coragem e a dedicação de um homem; ha em seu cora-ção a bravura e espirito de sacrifício dos grandeshomens.

Entretanto, Paulino, sahindo do Mosteiro, correraagilmente pela encosta, até chegar ao pequeno porto onde Ideixara seu barco, isso é, o barco de Pavori.

Ahi teve que aturar novas interpellações e conselhos.Os pescadores ao verem que elle se dirigia para o

barco, ficaram horrorisados, já não somente pelo facto deser aquelle dia o dia de S. Pedro nos Vinculos, mastambém pela temeridade que era aventurar-se a através-sar o mar, havendo tão evidentes prenuncios de tempestade.

Paulino tentou embarcar sem lhes (lar attenção, semresponder a seus avisos e recommendações de prudência.Mas os pescadores, considerando-o louco, mostraram-se enérgicos; resolveram impedir que elle embarcasse,ainda que para isso fosse preciso empregar a força.

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Trez ou quatro dos mais resolutos cercaram o temeráriosoldado com intenção bem clara de. segural-o e collocal-o cmsituação de não poder mover-se.

Paulino não teve outro remédio senão parlamentar, ex-plicar-se,af firmar que seu dever de soldado obrigava-o a partir.

Ainda assim, os pescadores só cederam, quando soube-beram que elle tinha vindo até alli para executar uma missãode que fora encarregado por seu commandante, junto do bomabbade de Parquerolles.

Apezar d'isso, aquelles rudes homens só com pezar con-sentiram que um rapaz tão moço ainda e de apparencia tãofranzina se aventurasse a affrontar o mar em condições tãodesfavoráveis...

O caso é que, a insistência tão bem intencionada dos pes-cadores deu em rezultado prejudicar Paulino, que com todaessa discussão perdeu cerca de meia hora.

E com o tempo, os prenuncios da tempestade accentua-vam-se rapidamente.

Quando elle, afinal, conseguiu partir, já o céu estava todoescuro.

O sol desapparecera de repente, como se já estivesseanoitecendo; um tremor ligeiro passou sobre o mar, cujasondas se tornaram curtas e rápidas e o vento augmentou sen-sivelmente em poucos instantes.

Apenas se afastou do porto, Paulino comprehendeu quesua viagem não seria fácil como a primeira.

Manobrou para passar entre os rochedos da entrada docáes e chegando ao mar livre, içou a vela.

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Immediatamente, sentiu-se levado por sobre asondas com grande rapidez. O barco deslisava suave-mente, mas com tamanha velocidade, que pareciavoar

E, voltando-se para terra, viu que os pescadoresfaziam grandes gestos ,como se o estivessem cha-mando, dizendo-lhe que voltasse.

Pauliaio bem coanprehendeu a significação d'essesgestos, mas fingiu que não os entendia e tratou deconcentrar toda a sua attenção na manobra do barco.

— O vento está muito forte... tanto melhor ! —pensou elle — Assim chegarei mais depressa.

Mas nesse momento a vela encheu-se tanto,que Paulino mal teve tempo de diminuil-a para evitar

que o barco virasse...

(Continua)

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O TICO-TICO O ESTRATAGEMA D'UM FAMTNTO 15

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i) A fome é negra e se pedra fosse pão acabaria co-mendo o Pão de Assucar. Era o que dizia o Eleuterio,que ha um mez não comia senão vento e teias de aranha.

2) Vagando por uma malta, o Eleuterio viu uma co-mitiva alegremente entretida em pic-nic, a comer do bom edo melhor, Eleuterio quasi desmaiou.

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™ K^g s^v /$g&Q\ \ — V'r \: \

3) De súbito, veiu-lhe uma idéia. Foi á feira do rioalli perto e, descalçando as botas rotas, immergiu-as nono para fingir que alli.havia um homem afogado.4] Depois deitou-se a correr em direcção ao giupo do

pic-nic, gritando:—Um homem está afogado no rio 1—Soecorro I

fi)i Qs dous amigos que estavam comendo fartamente,tomados de ^usto e de curiosidade, levantaram-se e cor-reram para salvar o desgraçado..

tí) Entretanto o Eleuterio ficou alli . sentou-se e cahiunas iguarias até que, tendo recheiado o pandulho, ex-clamou .—Quem escapou de se afogar fui eu... Que bomeste frango assado !

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O TICO-TICO 20

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sentava Tankary. O tenente Fahne le-vanta-se e comprehende logo: o myste-rioso assassino renovou seu crime. Umgemido lhe escapa dos lábios. Em suasmãos corre sangue como da outra vez.Seu punhal está á sua cabeceira, tintode sangue. Quasi enlouquece !...

Quem será esse homem que o perse-gue com seu ódio implacável ? Porquefaz o official cúmplice de seu crime,ser-vindo-se de sua arma ?

No acampamnto ensangüentado, sol-dados e chefes se olham horrorisados.Mas é preciso partir de novo, abandonaro novo túmulo aberto na terra.

* * *

Stella C. Sá, gentil leitora d'" O Tico-Tico ", residente nesta capital

dem as forças. São cincoenta, comman-dados por trez brancos, dous sargentos eo tenente Fahne.

Contra elles, a floresta hostil usou detodas as suas armas. Lançou seus reptis,feras e miasmas. Sobre as folhas, nasgottas de orvalho, espera-os o veneno.

Os cipós cortam-lhes a passagem, paraque não invadam a floresta.

E, como se isso não fosse bastante, osindígenas perseguem-os e rodam em tor-no do destacamento.

Os soldados não podem afastar-se unsdos outros, ameaçados pela morte. Detodos os lado?, olhos cruéis os olham;lâminas afiadas esperam o momento derasgarem as carnes dos brancos e dossoldados indianos. A's vezes, ouvem o

. sibilar de uma flecha. Os soldados pre-cipitam-se, como loucos, mas sua te-meridade é inútil, porque não vêemcousa alguma. O solo, os animaes, oshomens uniram-se para semearem amorte entre esses cincoenta valentes.

Mais uma vez a morte foi ter comelles;_mas de um modo tão extraordina-rio, tão terrível, que todos ficaram hor-rorisados.

Nunca a marcha fora tão fatigante.Nunca a floresta se mostrara tão rebel-de. A cada passo tiveram que abrir pi-cadas (caminhos nos mattos). Estãoexhaustos, porque ha muitos dias que omal myslerioso os domina c lhes tiratodo o vigor. Na véspera apenas podiammarchar. Hoje acabarão a etapa ? A fe-bre os faz cambalear, tropeçando a cadapasso.

Wilhelm, quC marcha na frente, équem se acha mais atacado de febre. Alembrança do soldado assassinado nãolhe sai da memória. Inconscientementeesfrega as mãos, como para tirar umamancha que já não existe.

E, lentamente, a etapa termina.Chegou a hora do descanço e os ho-mens procuram dormir, afim de recupe-rarein as forças. Seu somno é pesadocomo chumbo. Approxima-se o dia etêm de partir novamente. Ouve-se um

grito :— Sargento ! Ha um morto !...E' verdade. Um soldado está estendi-

do, sem movimento, e do lado esquerdovê-se-lhe ferida idêntica á que apre-

A marcha torna-se ainda mais penosa.Sob o sol ardente, que faz germinarnos cérebros idéias loucas, o assassinotoma a apparencia de um ente fantas-tico, de um deus sanguinário. Wilhelmnão podia caminhar. Exhausto, tremen-do de febre, teve de ser collocado sobreuma mula, cuja carga foi dividida pelasoutras.

Os soldados, penalisados.olham para oseu tenente. O punhal que pende da suacintura os matará, um a um, sem queninguém possa oppôr-se. Pela primeiravez, sob a cúpula sombria das arvores,o medo attinge o destacamento

Uma vez ainda param. A noite descee ninguém se admirará de descobrir,no dia seguinte, um novo cadáver, dever as mãos do official manchadas desangue.

Começa o terceiro dia de terror e Wi-llielm parte, montando a mula. Empregatodos os esforços para não cahir porterra, onde, no emtanto, descançaria.A morte o ameaça também, não com alamina afiada de um punhal, mas coma febre.

Na parada, Karlshoe approxima-see diz-lhe :

— Velarei perto de sua tenda, meutenente. Se precisar de alguma cousa...

O official agradece com voz fraca,porque se fatiga. Deita-se. Sente umbem estar indiscriptivel.

_ Será o fim ? Não. Pouco a pouco, avida volta. Dir-se-hia que sangue reno-vado lhe corre pelas veias. Seus mem-bros se agitam desordenadamente, comomovidos por exhubcrante força. Sente-se melhor e novamente i igoroso. Cha-ma:

Karlshoe !Presente .'—respondem de fora da

tenda.—Dorme. Estou melhor. Velarei euagora...—Alas...—Não, é inútil. Descança, tens maisnecessidade do que eu.—Como queira, meu tenente.—Bôa noite, Karlshoe.—Obrigado, meu tenente.A voz afasta-se e o silencio reina portoda a parte.Wilhelm pensa no homem que deverodar poi; alli em torno de sua tenda,

esperando o momento propicio para en-trar e apoderar-se da arma assassina, epensa também na recepção que lhe pre-para. Sua mão procura o minhal. Mais

uma vez será tinto de sangue, porém,agora com o do assassino.O frio do metal o faz estremecer. Pa-rece-lhe que a febre volta novamente.Insensivelmente, em excitação nervosa,terrível, perde a consciência do que fazBruscamente, um grito o desperta. Quemserá ? O assassino, sem duvida.Sente-se seguro pelos pulsos, mas de-bate-se furiosamente. Com o punhal quenao larga, procura ferir, matar o seuadversário.Mas onde está ? Ao relento. Teriadeixado a tenda sem dar por isso ? Umrosto curva-se para o seu. Será o doassassino ? Não. E' o de um dos sol-dados.Os outros correm. Ouve fallar:Porque seguras assim o tenente ?—pergunta Karlshoe.

Elle lançou-se a mim armado dopunhal. E como não estava dormindo,defendi-me.

Que dizes ?O homem repetiu.Com voz consternada o sargento res-

ponde :Não é possível. Mentes !...E' a verdade — affirma o soldado.

E Karlshoe murmura :Porque seria ?... Ah !... com-prehendo, a febre, talvez... A biliosa-hematurica provoca esses accessos in-conscientes e periódicos...

Wilhelm Fahne, insensível, ouvia,sernpoder acreditar .

Será elle o assassino de seus homens,elle quem matou Fankary e Goum-bou ?...

A febre teria commettido o espantosocrime de tornal-o assassino dos soldadosque tanto estima ?

Uma convulsão de revolta contra talidéia sacode o infeliz official.Durante um segundo seus olhos ten-tam abrir-se, quer negar, não obstan-

te... o sangue que lhe mancha asmãos.Depois, de súbito, cai nos braços dosargento. Tinha cravado o punhal nocoração.Não podendo viver com essa lem-

branca sanguinária, íoi ;mtar-se, nodesconhecido aquelles a Quem a febrecruel fizera matar.

Nossa sympathica amiguinha Alayde, filhado Sr. Silvino Rebcllo de Mendonça,d esta capital.

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17 O TICO TICO

RAÇAS HUMANAS

Costumei l3a,i^i>o/i^c>sA TATUAGEM ATRAVEZ DO MUNDO

'A tatuagem é uma barbaridade quetende a desapparecer. A' medida quese civilizam, os homens abandonam es-se velho habito de pintar e bordar apelle humana.

No emtanto, subsiste ainda em cer-

Um indígena Papua

tas tribus rebeldes ao progresso, naÁsia, na Oceania c na África.

A tatuagem pratica-se de trez mo-dos : por incisão, ou corte na pelle porqueimadura ou por arranhão. Quasisempre, a tatuagem têm por fim en-tre os povos selvagens distinguiras tribus ou famílias umas das outras,ou ainda dar ao? guerreiros um ar ter-ri vel que assuste o inimigo.

Os negros da África, procedem ge-ralmeutc por incisão ; não hesitam em

deixar abrir no corpo longos ta-lhos que conservam abertos durantemuitos dias. Enérgicas fricções feitassobre essas feridas, com hervas irri-tantes, chegam a lhes dar fôrmas hor-riveis, que ficam marcadas para todaa vida.

Os naturaes da Nova-Guiné, suppor-tam verdadeiros supplicios com a tatua-gem : mettem na pelle pedacinhos debambu', em braza, para marcal-a, demodo indelével.

No Nyanza, as mulheres tatuam opeito e as costas. Os Wa-Nyoro fazemlinhas na fronte para se distinguirem dastribus vizinhas. Os Chuli pintam-se devermelho. Misturam também preto oucinzento, com que fazem linhas pa-rallelas sobre um fundo vermelho. OsBari pintam todo o corpo e tatuam afronte com arabescos e desenhos geo-métricos. Os Denkas pintam as cabel-leiras com urina de vacca e traçam so-!bre a fronte trez traços horizontaes,que fazem apertando durante muitassemanas, a cabeça com embiras. NaEthiopia, nas tribus dos Berthas e dosSega, o homem pinta-se de vermelhoe a mulher tatua o rosto de modo aproduzir pústulas como as da variola.* Os Kunamos cobrem o corpo e orosto de cicatrizes extravagantes; cô-res e gostos não se discutem ! Na re-gião chamada Kruk, a tatuagem con-siste em um corte que vai do cimo dafronte ao nariz e prolonga-se ás ve-zes até o queixo.

Entre os Landumans, do Rio Nunez,arranham a fronte, o peito e o ventredos recem-nascidos.

Um costume exquisito é o do baixoNiger, que faz com que as classes su-periores se arranquem a pelle da fron-te e a deixem cahida sobre os olhos.

Os Yebus têm riscas longitudinaesdo ventre ao peito. Os Nyféens usamo rosto crivado de cortes. Os Bidduansfazem duas cicatrizes nas frontes. OsBornuns, usam também grande nume-ro de cortes no rosto e fronte. Em

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outro chefe maori

Kuka, as mulheres usam objectos sus-pensos nos lábios, e, que batem uns con-tra os outros,quando ellas faliam. As deKufú collocam páusinhos em fôrma decoroa em torno da bocca ; se uma mu-lher é muito falladora, amarram umbarbante em torno dos páusinhos ! As-sim ellas não podem então fallar e sãoforçadas a respirar somente pelo nariz.

As tatuagens dos negros da Áfricasão grosseiras, horríveis ; não têm ocaracter artístico das do extremoOriente ou de certas ilhas da Oceania.

Os Japonezes foram os que attingi-ram á maior habilidade nessa arte.

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Um chefe maori Moça maori Um guerreiro das ilhas Samoa.

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O TICO-TICO 18

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Tatuaqcm de indígena da ilha Formosa

Seu principal instrumento e uma es-pecie de lanceta de cobre, com a pon-ta dividida de modo a formar muitaslâminas agudas e juntas.

O paciente esteude-se no chão, o ar-tista acocora-se ao seu lado ; e se nãotem ajudantes, serve-se dos pés paraestender a pelle na qual trabalha.

Com" uma cVcssas lancetas, molhadacm tinta de côr, vai furando a pelle, agolpes repetidos, seguindo as linhas(le um desenho traçado antes, no corpo.Tudo isso se faz rapidamente e comgrande certeza da mão. O operador,molha ligeiramente a pelle e retira oexcesso de tinta.

O governo do Mikado acabou porprohibir esse habito ou modo e a ta-tuagem não se usa mais, no Japão.

E na Birmânia, são os criminososque trazem, desde o momento da pri-são preventiva, tatuagem de correu-tes no pescoço e nos pulsos

A tatuagem é uma grande honra en-tre os Laos. Deu até seu nome ao paiz,pois Laos quer dizer ventre preto!Com effeito, a côr empregada pelo ar-tista nessa região é preta e o desenhooecupa o abdômen.

Na Indo-China, a tatuagem tende adesapparecer.

Nos reinos do Sião e de Cambodge,

encontram-se indivíduos que introdu-zem sob a pelle, em diíferentes loga-res, moedas ou pedacinhos de metal cque, por esse meio, parecem tatuados,á primeira vista, com cores differen-tes, segundo a natureza do metal em-pregado.

Em Formoza, populações quasi sei-vagens, os Sing-Tou, que habitam asmontanhas do interior, conservam atatuagem. O adolescente que tomaparte numa expedição contra os colo-nos é marcado, na volta, com uni ar-mamento na fronte.

E' um signal de honra ; mas -<j ou-tem um segundo signal no queixoquando mata um inimigo.

Na Oceania, nas ilhas Àíarqueza?, aecremonia da tatuagem é secreta, ;tem uma idéia religiosa.

A operação começa na cintura, naedade de quinze para dezeseis ampara os dous sexos. O resto se comple-ta mais tarde. O cargo de tatuadortransmilic-;e de pai a filho. \To ho-mem, o corpo é íamado com uma es-pecie de couraça, para prescrval-o dasferidas da guerra. A face é ás vezesdesfigurada, para assustar o inimigo.No resto do corpo, a tatuagem é exe-cutada para substituir a roupa.

.Em Taiti, a tatuagem de ornamento

aüinge a pcrfeiçbo. Iv composta depontos azulados ou de riscas paralk-Ias sobre as faces, punhos e fronte

As mulheres nobres têm privde usarem a tatuagem nos lábios.

Entre os Maoris, velha raça guer-reira das» ilhas Polynesias, artistas deuma habilidade rara se applicam aaugmentar, para ornamentação, as li-nhas do corpo e os traços do rosto.Conseguem assim tornar a expressãoo mais terrível e imponente.

Xa Nova Zelândia, a tatuagem é umsignal de nobreza c diffcre em cadafamilia, da qual é, por assim dizer, obrazão.

Xa Austrália, os guerreiros das tri-bus do interior tatuam-se no rosto

...

A MRHHRO sói radiante do nascente eleva-se no

azul infinito do firmamento, espargindosua luz de vida pelas immcnsas e riesscampinas riograndenses !

Tudo é vida ; por toda a parte, nos cAm-pos ondulados e verdejantes. vêem-se ani-maes, que pastam tranqnillamcnte ; nosares, innumeros pássaros vagam, cruzandoe recruzando a immensidade do espaço ;as andorinhas, companheiras do lar, oraesvoaçando na relva, ora roçando suave-mente a surperficie calma e límpida da!águas, soltam seu suave gorgetJ.

Ao longe, bem ao longe, por entre e?arvores da matta, que borda as margensdo pequeno rio Itapor, vê-se o brilhar fais-cante dos raios solares ; tal qual o res-plendor scintillante das cstrcllas, numa bel-Ia e escura noite dinverno !

Uma brisa, suave e fresca, vindo do lauoda matta, embalsama o ar com seu aromaperfumado e vem, trazer a meu quarto,onde eu extasiado contemplo tão belloquadro, uma nova atmospherà !

(Porto Alegre)

Napoi,i;ao dos Santos

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NbSSO interessante assignanlé NelsonRibeiro da Cosia, residente nesta

capital

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19 O TICO-TICO

J|í::i|Íi::::::::::S SECÇÃO PARA MENINAS

|:::::-íi|pj::::::::J Moldura para travesseiroJjgj—Jx Í""^"^|!Illll-3 Esse trabalho pôde ser feito a crochel ou em ponto dejEb|^::±IÍ;i_|IagI----3l Cruz, sobre tala.aarça, ou quaiquer outra fazenda cie tecido

. mwzf '"JlZ^ZZZ.AmZZZlZ aberto. Para fazer um crochet, basta contar os pontos e ir_Mi:E:"SlXIIII H^qIIIh seguindo o modelo. Para bordal-o, em pontos de cruz, ainda

BÍ:iz|:jI_Í""Irf|^a«"- Num caso ou noutro, não é preciso decalcar o modelo.|LlIIslÍlÍBÍ"--- li--- E, contando os pontos abertos e os cheios, póde-^e repro-

JkL ----__ãx^l§^gj O mesmo modelo pôde servir para uma golla de camisa,T^tllX.iílgSlllIIII-I para almolada, uma toalha e outros objectos de uso caseiro.

|E::::Íj |j| j!::sBjj::: «o tico-tico eiw goyaz

* Grupo de leiloies e amigos d'0 Tico-Tico,residentes em GoyarL.São elles : — r Joselia, 2\ Wolney Neto, 3- Edmundo e 4- Oscar,filhos do majoi João 'Baptista Leal.

^^TORNAASCREANÇASSADIAS E ROBUSTAS

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O TICO-TICO 20

(gaiola cf d) Yico-^FicoAda Mury Netto — Tomámos bem nota de seu nome e

tal engano será agora evitado.Affonso M. Sobrinho — Estimamos muito saber que

é nosso assignante. Seus trabalhos ainda não foram exami-liados, motivo pelo qual ainda não os publicámos.

Maria Cleve — Sua observação é justa, mas não podemosattendel-a, porquanto aquelle prazo não pôde de modo algumser alterado.

Jurema — Muito breve; aguarde opportunidade.Salindo Cunha —» Naturalmente esta era melhor do que

aquella, porque, como deve saber nosso amiguinho, só pu-blicamos os trabalhos que estejam em condições.

Recebemos e vão ser submctlidos a exame os seguintestrabalhos :

Composições, contos e descripções: — "Um avarento",

por Carlos Ávila de Macedo; "O cão fiel", de Victor daCunha Mora; "O inferno", de Salindo Cunha; "Lúcia",por José Humberto Nicolini; "A praia de Icarahy", de Ma-ximo M. Rodrigues; "O coração de ouro" (com.), de Con-rado Dina; "Triste realidade", de Inah Costa; "Castigomerecido", de A. Oliveira.

Perguntas de: — Victor de Souza, Newton Xavier Ba-ptista, Maria da Cunha, José Antunes A. e Mello, EudoroLemos de Oliveira, Luiz Schiliró, Maria Amélia Bastos Ri-beiro da Silva, Arminda Ribeiro da Silva, Sylvia de Barros,Edgard Abreu de Oliveira, Arlindo da Costa Santiago, Aryda Costa Valente, Oswaldo Luiz do Rosário, Odaléa Tavares,Dulce Carvalho e Frederico F. Fassheber.

AVISOOS RETRATOS PUBLICADOS N'"0 TICO-TICO"

SO' SERÃO DEVOLVIDOS DENTRO DO PRAZO DETREZ MEZES, A CONTAR DA DATA DE SUA PU-BLICAÇAO. ESGOTADO ESSE PRAZO, NÃO SERÃOABSOLUTAMENTE RESTITUIDOS.

ocjuonas causasRESULTADO DE UMA ENSABOADELA DO «PIXAVON»

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Page 21: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

21 O TICO-TICO

OS NOSSOS CONCURSOSRESULTADO DO CONCURSO N. 953

Estamos satisfeitos com o resultado doconcurso de armar n. 953, cujo resultadoapresentamos hoje a nossos caros leito-res. Uma verdadeira alluvião de soluçõesveiu ter ás nossas mãos, como se pôdeverificar pela lista dos solucionistas, qüedamos abaixo.

Enviaram-nos soluções:Tito Livio de Castro, Narciso Cadoez,

Maurício de Abreu, Pedro Bandeira dosSantos, Sylvia do Livramento Ferreira,Walter da Cunha, Laura B. Braga, RomeuLúcio, João Gomes Furtado, João Ferrei-ra Gomes, Alcebiades Fontes, Claudemi-ra do Valle Veiga, Alfredo Castro Filho,Alfredo Jorge, Manuel Alonso Soares,Irene Maia, Branca Vogel, Maria Caro-lina Soares, Christiano José de Souza,Maria da Penha Dias, Alcy Carvalbal,Waldemar Soares, Magdalena Ribeiro,Luiz Mandroni, João Cypriano de Faria,Esmeralda Silva Oliveira, Celseto DiasLima, Ameria Martins Figueiredo, MariaCecília de Abreu, Elvia Soares, CampelloF. Rosa, José dc Carvalho Ferreira, Ma-rio Carrato, Anna de Oliveira Santos,Manuel Joaquim de Carvalho, Luiza Oria-ni. Nino Corrêa de Sá, Lucilia Rainho,Plinio Appolinario, Eulina de Góes Tei-les, Oswaldo Barbosa, Ulpiano Manso,Amaury Pinto Ribas, Mario Scalba, LuizG. Ramos de Oliveira, Raul Blondet, Ma-nuel Bittencourt, Saul Wagner, SylvioP. Marinos, Waldemar Morandi, Francis-ca Derberger Oliveira, Alceu OctacilioBarbedo, Amélia Pego de Amorim, Alei-des L. Cardoso, Hilda Brazüiano, Juracydos Santos, Clarice Vaz Faria, Mariettada Silva Nicoláu, João Luiz de Souza,Neuza Soares, Oswaldo Nelsen, FranciscoPereira Mendes, Isabel Franco, BenjaminMiranda, Carlos Teixeira, Maria da Glo-ria Calazans Rodrigues, Maria Gertrudcsda Silva, Maria da Costa Valente, AracyKost,, Miguel Kochut, Rita Magalhães deOliveira, José de Magalhães Carvalho,Mudo D. Murgel, José Humberto Nicoli-ni, Adalberto Marques Azevedo, AlbericoAmorim, Paulo Baptista Alves, José deSant'Anna Padilha, Adelinlia Guedes Ra-mos, Luiz José Guimarães, Achilles Mot-ta, Emamnuel Fernando Miranda, JoséCavalcante. Diva de Almeida Magalhães,José Júlio da Silva, Manuel Costa e Sou-za, José Peixoto da Silva Filho, NourivalFreire dc Andrade, Noel Fontoura, Euni-cca Octavia Penteado, Maria José deAraújo Jorge, Nathaniel Leite de Aguiar,José Antônio Azevedo, Oswaldo Luiz doRosário, Jurema Falcão, Joaquim dosSantos, Francisco Carvalho Alvim, Alay-de Odette Carvalho, Stella Aguiar, Anto-nio Linhares Cardoso da Cunha, Alberti-nho Serrão, Darcy Gomes de Lima, ücta-vio dc Carvalho Valle, Romana do Nas-cimento Rosa, Anna de Moraes, Ir.ahBraga Nogueira da Gama, Romão Tavero,Bazinha de Almeida, Edgard Mascare-nhas, Aluizio Motta da Ponte, Arlindode Almeida Machado, Amazonüa FrotaPinto, Carolina Lopes de Menezes, Cy-rillo Warthon Ramos, Kulica de Menezes,Raul Siqueira Xavier, Durval Chaves,Francisco Marques Santos, Altiva Ame-ricana, Darcy Gabriel dos Santos, Bernar-do dos Santos, Alda Canejo, Heloísa Ri-beiro, Benini Souza, Olyntho ModestoFilho, Nelson Palma Travassos, Esther

Linhares, Nelson Vieira, Mercedes Fabre-gas, Ruy Motta, Horacio de Amorim, No-cinha Cardoso da Silva, Sebastão Qua-resma, Anna de Alencar, Heloísa de Oli-veira Barreto, Elvira F. Cavalcante, HaraRobinson, Julia Costa Lima, Zilda da Sil-va, Cypriano Virginio da Silva, Amira,Eurico de Aguiar, Maria Gomes Teixei-ra, Roberto Francisco Oliveira, JoaquimNunes Ferreira, Maria Lucci, João Ba-

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y- J —f|7» I 1

A solução exacta do concurso n. 933

ptista Alves, Esmeraldina de Barroslima, Raul Ferraz de Mesquita, AntônioGalvão, Maria das Dores Fonseca, LuizSilva, Maria Cândida R. Vianna, Pedrode Jesus, Durval de Mello, Edison Mei-relles, Fernando de Aquino, Lygia Frus-tão, EustttHo da Cruz Baptista, Luiz An-tonio Leite, Maria Adelaide Coelho,Luiz de Mendonça, Walter BittencourtPassos, Jurandyr Bello de Araújo, JoséBaptista Osório. Nelson de Andrade Pin-to, José M. M. L. Naegele, Maria de Lour-des Magalhães, Clarice Dias, Gil Fausto.Martins, Eurico M. da Costa Silva, Ho-racio Teixeira, Bento de Souza Amaro,Oscar Martins dc Almeida, Fábio Tostes,Alberto R. Cordeiro, Alexandre Fernan-oes, Alipio Souza Juknior, Odette Soares,des, Alipio Souza Júnior, Odette Soares,li-ali Gonçalves, Lindolpho Tavora, An-nato Eivar, Jayme da Rocha Vogeler,Onofre Francisco Fernandes, Georges M.Chomoton, Maria de Lourdes Vianna,Rubem Antônio Gomes, Francisco Gon-çalves Penna, Mario de Sant'Anna, Hele-no dos Santos Jordão, Maria Helena yer-

gueiro, Agmir. Ferreira da Silva, GilbertoMaciel de Sá, Elvira Pereira Magesse,Conceição Leopoldo Silva, Jandyra dePaiva Manila, Ernani Rocha, Vera MoraesBarros Sampaio, Jandyra Soter, HugoJacques, Werther Teixeira Azevedo, Car-los Machado, Edgard F. Serra Pinto, AI-varo Caneco, Dulce Lebre, João Formiga,Godofredo Lima, Olivéro Leonardos, Ju-dith de Queiroz, Adovaldo F. Souza,Nair Muniz Albuquerque, AmphiloquioFreitas, Antônio R. Magalhães, NorberfoGerhein, Nair Magalhães, Elisa Lafer,Maria Apparccida Corrêa, Dalila C. dosSantos, M. Bastos, Ivette de Souza Pen-na, Analdina Soter, Dhalila Soares Pinho,João Augusto Maia, Manuel NascimentoFreitas, Carlos E. Emback, Alice Conde,José de Magalhães Carvalho, TherezaD'Ainto, Corina Maciel, Arlindo C. «San-tiago, Maria C. Barrios, Adalgisa GomesGrijó, Zoroastro Barbosa, João Baptistade Moraes, Alfredo Zany, Orlando Tho-maz, Althair Corrêa Moraes, Manuel Mo-reira Rocha, Jovelino Barbosa, NelsonCardoso, Margarida Fontes, Roberto Ma-chado Soares, Cornelio Teixeira Azeve-do, Francisco Moraes Costa, EduardoThomé, Ildefonso Caminha dos Santos,Zelia Rodrigues Barreto, Orlando Mar-linscello, Mem Magalhães, Eloah da Cos-ta Magalhães, Paulo Soares, EduardoBemvindo de Andrade, Joanna OsmanLeone, Edgard Mascarenhas, Maria daGloria Cavalcante, Eurico M. da Costa eSilva, Carlos Teixeira, Isabel Franco,José Cavalcante, Maria da Costa Valen-te, Achilles Motta, Actir Pegado Goulart,Antônio Faustino Costa, Armando Peres,Ângelo Duprat, Virgilio Castilho, Eudo-xio de Salles Borges, Gaspar Pacheco,Petronio Faria, Danuzia de Souza e Silva,Sylvio Pinheiro, Arlindo S. Garcia, Ma-r.uel Silva, Jurema Fausto de Souza, Ma-ria da Conceição P. Silva, Octacilio deMello, Benjamim Moutinho Pereira, Pli-nio Carvalho Costa, Aida Tavolara, Ma-nuel Ferreira Filho, Arlindo Castilho,Gerson de Assis Martins, Carolina Freesz,João Telemaco de Mello, Raymundo H.Vianna, Maria Lydia» Braga da Silva,Nair de Oliveira Tarré, Augusto de Lima,Antônio Lincoln da Costa, Sylvio Maga-lhães, José Gonzaga de A. Pezar, CésarAraújo Ávila, Celma Zaratini, Luiz Me-nezes da Rocha, Lindolpho Alberto Bar-roso, Manuel de Oliveira Caixeiro, LucasJosé Gerakies, Luiza Campello Maurício,Ernani Santos, Luiz Gonzaga de VilhenaMoraes, Nelson de Souza Carvalho, MarioCarrato, Maria L. Gomes, Lydia LiberatoParroso, Cid Buarque Gusmão, GilbertoPereira da Costa, Ubaldino Souza, NelsonLago Diniz Junqueira, Deta Penna, MariaLeal, Zclita Weber, Altair Lima Torres,Jaiza Pinto Gaspar, Célia de MacedoSoares, José Maria Outeiro, João GiamiPalharcs, Odette Nerys, José Nazareth,Faustino Esmeraldo de Carvalho, Anto-uito Figueiras, Maria Nobre do Nasci-rnento, Waldemar da Silva Pinto, RuthPassos Maia, Waldemar Paiva, íris Ma-

S u perioressapatos pre-tos e amarei-los, para senhoras, salto baixo e alto,de abotoar e de amarrar. AvenidaPassos, 120. Casa Guiomar ( A quetem um macaco á porta)

5S00011

Page 22: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

O TICO-TICO 22

_b__l -____§^ ___âi^_BPr^'*,,*i

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£»íj Sebastião Prata, galante filho doDr. Salustiano de Souza Prata, pro-curador

'da Republica no Estado deSergipe.

thiessen, Maria Ribas Fagundes OlginaDurão, Edith Neiva, José Roberto Gomes,Jzaltina da Cruz Guimarães, IracemaYolanda Costa, Maria José Times, Felixde Macedo Rego, Ismael Bastos, AxofensiRiros, Alzira de Souza, Decio da SilvaPinto, Ernani Nogueira, Waldemar MeraBarroso Lúcia Torrents, Flavio Soares,Ondil Benevolo, ítala de Jesus Teixeira,Manuel Q. Filho, Jovita Rodrigues, Ar-mando Figueiredo, João Nunes Pereira,Genlhardo Cohin, Aida Vieira Souza,Carlos Camevali, Nelson N. Vasconcellos,Heitor Cruz, Jacob Bencid, Carolina An-pelica da Roclia Leão, Jeronymo Cunha,Humberto Paes Leme, Yvete Dias Viei-ra, Waldemar M. Guimarães, Fábio Fi-gueiredo, Nair Manhães, Olenka Bragados Santos, Edmundo Nobrega Pereira,Rita G. Gonzaga, Alcides Elias de Meira,Dedeu de Carvalho, Alide Harthey, Du-íacy de Almeida, Flavia Luiz Andrade,Edwiges Fitriger, Alexandre Montessante,Eduardo Gomes Filho, Dulce Andrade,Luiz Jayme Junior, João Figueiredo, Vas-co Borges de Araujo, Maria José Palha-res, Antônio ,Vaz Pinto, Antônio Almei-da, Lybia Monteiro Alves, Annnita Pires,Isaura Olyntho de Carvalho, Sylvio daCruz, Álvaro G. Terra, Humberto Teixei-ra Campos,-José Leopoldo e Silva, ÂngeloCantisani, Álvaro Biamo, Urbano de Cas-tro Berquó, Oscar Secco Campello, Car-los Alberto Barroso, Rubem Bittencourt,João Baptista da Silva, Doralice Cama,João Ellent, Fernando Teixeira Leite, An-tonio de Moura, Armando Pereira, AryManuel Lobo, Expedito Leopoldo e Silva,Jorge Cândido, Gualter Mello de Oliveira,julita Ramos de Araujo, Orlando Miran-da, Maunho Duarte Nunes, Maria Anto-nietta A. Freitas, Maria Pertence, RaulHenrique V. Vieira, Hélio Tommasi No-gueira, Sebastião Penna Filho, Mario deAndrade, Maria Candelária Pinto, JoãoCancio Moraes, Irineu de Mattos, LuizRamos, Bellinha Borges, Joãozinho Vas-«¦.onceüos, Darcet Oliveira, Luiz Soaresde Oliveira, Adalberto Alverga, João Be-rilio, Laelia Cerqueira, Sérgio MachadoMoreira, José dos Santos, Olga NunesRebello, Jorge Nascimento, Maria A. No-gueira, Duke Carvalho, Paulina Begot,.Carolina Barros .Vasconcellos, Maria

Amélia G. da Silveira, Virgínia AmaliaAraujo, Maria Borges da Penha, DiomiraSalmon, Colberg, Ulcindo Costa, EugênioSoracini, Demosthenes Pereira de Al-meida, Manuel Costa, Álvaro Sampaio,Arlindo Pinheiro, A. Bernardo dos San-tos, Luiz Castello, João Antônio Camera-no, Pedrinho Pires, Odette Monte Mór,Maria Luiza Gomes, Rubem Paes Leme,Aloysio de Carvalho Filho, JardelinoReis, Lyndolpho Ferreira Martins, Caro-lina Ferraz, Haroldo Rocha d'Ávila Gar-cez, Yolanda Castro, Waldemar AugustoPinto, Alberto Ribeiro Paz, Maria LydiaBraga da Silva, Ary Moreno Peixoto, An-tonio Sampaio de Rezende, Arlindo daCosta Santiago, Attila José ThenenordBarrozo, Maria Magdalena da SiqueiraCanuce, Guiomar P. Guimarães Sá,Idéia Tybiriça, Arlindo Affonso dos San-tos, Saul Alves Carneiro, Ubaldino Tei-xeira de Avellar, Ary Moreno Peixoto,Abigail Bôa Viagem. Maria Nicia No-bre, Oswaldo Santos, Odette Miranda Ma-chado de Araujo, Jacyntho Marques, Hei-vecio Alberto Cardoso, Mauro Neves,liara Garcia, João Gabriel de Sant'Auna,Dante Guarinello, Geraldo Margella, Joa-quim José de Sá Freire, Carlos de Lacer-da L. Silva, Lelio Boaventura, ErnestoAmadei, Lydio Alves de Freitas, José deFreire, Luiz Mario de Sá Freire, PaulinaVelloso da Silva, Zulmira Vieira de Sou-za, Raul de Sá Freire, Dario de Oliveira,Hermes Evaristo Besnas, Luiz PhelippeMattos, Laura C. Menezes, Miguel Guima-rães, Leão Nogueira Junior, Quintino dosSantos, Álvaro Thomaz Coelho, Gersonde Pinna Souza, Carlos Martins Alcan-tara, Rubem Paes Leme, Sylvia de Bar-ros, César Guimarães, Jalvora Corrêa,Aristóteles Godofredo Araujo, Hilda deOliveira Beltrão, Irene Vieira de Rezen-de, José Carlos de Toledo, Alice FragosoRibeirojosé Bonilha Rodrigues,Alice Gui-marães, Lenor Dufriche, Laura Eleone deAlmeida, Maria de Lourdes Lacerda,Evangelina da Motta, Alfredo Tacâo.Ma-ria Clement, Maria Pego de Amorim,Odette Borges Ferreira, Bellyra Camo-rim, Cocilia Saboya, Amirina Miranda,Adelaide Friedenrich, Jesuina de FreitasBraga, Carlos Oliveira Campos, GelloAgudre, Adelina Menezes Assumpçâo,Sal-vador Rosário Guarnieri, Isaura Lopes Pi-m«nta, Raul Jorge Sá, Maria da Concei-ção Cruz, Egas Bastos da Silva, AttilaJosé Barroso, José Sophia de Souza, Ro-berto S. Mendonça, Alice Maria da Fon-secajosé Alonso Almeida, Marianna Cor-rêa Carvalho, Alfredo Figueiredo, Sabba-to d'Angelo, José Marapodi, Maria doCarmo Dias Leal, Donguinha Dias Leal,Homero Dias Leal, Filhote Dias Leal,Marilia Dias Leal, Rubem Dias Leal,Odette Castro da Veiga, Herminia Natal,Amazilis de Freitas Valle, Osmar Vieirade Rezende, Cid Couto, Gastão Egalon,Pedro José dos Santos, José Augusto deArruda, Maria L. Lage, Risoleta da Mot-ta Coelho, Maria Antonietta Filha, An-tonia D. Bueno, Nadir Maggioli, OctavioMartins Ribeiro, Otto dos Santos Vas-concellos, Ary Telles Barbosa, Carlos Ra-bello, Avany Ribeiro Vidal, Déa LopesValle, Paulo Mourão, José Ramos Tei-xeira, Alberto Ribeiro Paz, Alzira Me-nezes, Theodomiro Bothier Duarte, Syl-vio Modesto Cardoso, Elza Pires, Aure-lio José Fernandes, Ada Aberg Netto,Mercedes Ruiz Aguiar, Adhemar Couto,Adalgisa de Araujo, Maria Isabel Freire,Euthalia da Costa Dias, Maria do Car-mo Wanderley, Francisca Benedicto Ca-tão, Mercedes Oliveira Martins, EmmaCorrêa de Abreu, Dario Alves Maia, Al-çides Carvalho Andrade, Ricardo Souza

Lobo, Marina de Oliveira Cavalcante,Sebastião Torres, Oravia Cercundes Car-valho, Francisco Marsdiglia, Rosa Ma-rja F. Oliveira, Alberto Xavier Cerqueira,Idalino Leonc, Democracinio dc Andrade,Florentino Velasco Monteiro.

:rai— pre-Por sorteiemiadoí :

1- Premio 10$Olga Nunes Rebello

de 10 annos de edade, residente naRua Azenha n. 2 A— Porto Alegre —Rio Grande do Sul.

2' Premio — Uma assignatura an~nual d'«0 TlCO-»TICOi>.

Laedia Cerqueiracom 12 annos de edade moradorana Rua Dr. Barata n. 8—Natal —RioGrande do Norte.RESULTADO DO CONCURSO N. 966

SOWIÇOE3 ÉXÁCTAS1*—Mirim.2"—Pardo.3a—Folha.4—Meia-Ceia-Feia-Teia.Grande numero de soluções nos toram

enviadas, sendo esta a lista dos decifra-dores:

Ada Mury Netto, Armando SchmudeI ima, Maria Amélia Conde, João Diasde Carvalho, Dhalba Soares de Pinho,Corbelina A. R. Leão, Emilia do Nasci-mento Mesquita, Álvaro Rodrigues deCastro, Nair Ferreira, Francisca Horacio,Hilda Affonso da Silva, Lourenço Pitclli,Magnoíia Azeredo, M. Branca Vogel,Octacilio Santos, Carlos Teixeira, João

JmLw Mm

galante Edgard neves d'estãcapital, e conta 3 annos dc edade

fl/fkAAA findos sapatos deA /Uri II li verniz, com alças de

Afim camurça preta e pe-lU^TrUUU drinhas, salto alto,para senhoras — ultima creação damoda : 120, Avenida Passos (CasaGuiomar)

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£3 O TICO-TICO

Mauricio de Castro Aragão, José Augus-to de Arruda, Odaléa Tavares, João Ne-pomuceno da Costa, Filho, Adolato deAndrade Junqueira, Carolina de Barros eVasconcellos, Nair Viraes de Oliveira,Cecília Luiza de Souza Rangel, LybiaMonteiro Alves, Hermelindo de AraujoNogueira, Jurema Falcão Pfaltzgraff,Aristóteles Godofredo de Araujo e Silva,Lindolpho Alberto Barroso, Maria daConceição Alves Castilho, Maria do Car-mo Rubens, Donguinha, Homero, Mariliae Filhote Dias Leal, Nair Maranhão, Jan-<lyra de Paiva, Wanita , Alda Canejo,Ariovaldo Leal, Jurema Camorim, Virgi-nia Vidal, Maria de Lima, Armando Col-laço Cabral de Lima, Niva de Souza, Ire-ne Maia,'José Humberto Nicoline, Mau-ro Duarte, Fernando Dibarci de Carva-llio, Jandyra Soter, Analdina Soter, Fia-via Araujo, Odette Machado, José Césarde Góes Filho, Elisa de Figueiredo, Je-suína de Freitas Braga, Marcella Lam-bcrr, Raul V. Vieira, Maria Dolores Pin-t > Coelho, João Prado Júnior, NorivalRibeiro da Silva, Helvécio Alberto Car-los. Esmeraldina Fagundes, Celsa Ribeiro,Sylvia de Barros, Nelson de Souza Car-valho, Theocrito de Vasconcellos, Cleau-iho d'Albuqtierque, Manuel Soares de Re-zcnde, Hebe Ferreira da Silva, AntônioFerreira, Oswaldo Evand, Miguel Ducos,

Maria Borges da Penha, Belmira de Sá,João Augusto Maia Penido, Nelson LagoDiniz Junqueira, Floriano Wey, LucasMayerhofer, Ruth Mayerhofer, EdithGonçakes Ferreira, Carlos de Barros Bar-reto Filho, Arthur Lopes, Altair ÂngeloDuprat, Célia Ferreira da Fonseca, Auto-rio Grassi, Moncaide Ferreira, JaninaBerling de Macedo, Aracaty T. Piores,Claudiema do Valle Veiga, Cândido deAndrade, Nelson Nobrega de Vasconcel-los, Augusto Pinto Aguiar, Maria Amélia,Laura cLitc, Arnaldo Vetromille, AdeliaPessoa, José Francisco da Volta, Mariada Silva Nazareih, Virgílio Castilho, Au-rora R. Silveira, Ariindo Castilho, Alfre-do G. Chaves, Paulo K. Saraiva, NelsonA. Lima, Godofredo Lima, Oswa'.do Can-dido de Souza, Ophelia O. Borges, llkaSchiéffler, Rubens Guerra de Souza, Bel-leza de Jesu= Garcia, Manuel do RegoBarros, Idalino Leone, Petronio Maga-lbães, Alice Conde, Benedicto Mario dosSantos, Antônio Lincoln da Costa, Jorde-lia Corrêa, José Joaquim Corrêa, LuizGonzaga, Cecilia Cândida da Costa, JoséBorges Ribeiro, Luiz Maciel, Mocma Es-leves, Eudoro Lemos de Oliveira, Jaymeda Silveira Wercher, Zcnith Affonso daSilva, Jaiza Pinto Gaspar, Alberto daSilva Cosny, Iracema Pereira Guimarães,

Oswaldo de Oliveira, João José de Fi-CONCURSO N. 07i

gueiredo, Heloísa Magno da Silva, Irent?Salcedo Dias, Célia de Macedo SoareSGuimarães, Hygia Teixeira Campos, Ma*íia da Gloria Ferreira, Laura Eleone deiAlmeida, Adalgiza de Araujo, Actir Pé-pce Dias, Joselino Barbosa, Bazinha deiAlmeida, Adalgiza de Aruajo, Actir Pé-gado Goulart, Olga Segre, Darcy Gomesde Lima, Maria de Lourdes de SegadasVianna, Ernani Santos, Helena Briganti,José Monteiro de Aguiar, João PedroCoelho de Miranda, Olga Gonçalves, Al-berto Cerqueira, Adelia Pinto, Edllmeissde Maracajá, José Soares de Sá, AttilaDavid de Camera Castro, Laura OliveiraLobo, Maria Candelária Pinto Blandy,Oswaldo Luiz do Rosário, José EdgardCatão, José Barros do Amaral,

Ifoi ests o resu.ltad.o doc-rteio

Lourenço Pitelnde 13 annos de edade, residente nacidade de Bebedouro, Estado de S.Paulo.

2' Prêmio — Uma assignatura an«nual d'«0 TICO-TICO.

Heloisa Magno da Silvacom 12 annos de edade. residentenesta Capital á Rua Pereira de Al-meida n. 10.2,

Para os leitores dos Estados e d'esta capital

Caros leitores: O concurso aearmar de hoje c tão fácil quantoos anteriores, que temos apre-sentado. E' o personagem mui-Io desconcertado do seu JessóCaraminhondas, com 2 óculosmuito enferrujados, montadosem seu narigão.

Pelo que irão ver nossos ami-guinhos, o seu Caraminhondasê myope ecrao um cego...

E é só. Organizada a solução,collem á margem do papel ovale respectivo, que se acha nu-ma das paginas a c<Ves, assi-gnem e declarem po; ex'enso aedade e residência e nol-a en-viem até o dia 7 de Junho, da-ta do encerramento aes.e con*curso.

Como sempre, distribuire-mo sem sorteio dous prêmios

magníficos, assim constitui-dos : r prêmio—lOgOOO.2- prêmio —Uma assignaturaannual d'0 Tico-Tico.

f AAAA C§, 7$ e 8$000-Supe-kVi![| li | rtores e elegantissi-iKslHÍII mos saPatos em lona1/ TT VJ U u i branca, de atacar.en-Irada baixa e com tiras e de verniz,com os mesmos feitios, para meninas(de 27 a 33). l20,Avenida Passos (CasaGuiomar).

Ev$ta infeeções e mo--fi Jíestias clé pelle,

Page 24: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

O TiCO-TICO 24

OS QUE NASCEM AOS PARES

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i) Oj interessantes gêmeos Zcsé e Caloca, filhos do conceituado commcrciantc* tiVjra praça.Sr. Carlos Loureiro. 2) Armênio e Armiv.io, tambm gêmeos e

intclligcntes filhos do Sr. João A. Villcla.

CONCURSO N. 972 lhe tirarmos a ultima lettra, nãopara os leitores dos estados está acompanhado ?

PRÓXIMOS E D'ESTA CAPITALcPergunlas:

1- —Qual é o mez que nosdeixa á vontade ?

(3 syllabas)(Zoreida Reis)

2- — Sou dinheiro è tambémsobrenome ; mas, se a penulti-fna lettra me trocarem, tornar-me-ei uma ave.

(2 syllabas)(José Augusto de Arruda)

3- —Qual o metal que ante-pondo-se-lhe uma lettra ficaum tempero?

(2 syllabas)(Paulo Feio)

4-—Qual é o astro que, se

CASA. wííS^^Tv

Teleplione 11.

COIFFEM DE DÀMESUruguayana, 78

POSTIÇÕDÊ ARTE

(1 syllaba)(Francisco Justiniano Vieira)

5-—O artigo no plural, ligadoa um substantivo que não édoce e nem amargo, formam onome de homem ?

2 syllabas.

(Lúcia Nervloet Gomes)

Apresentamos hoje a nossosleitores cinco perguntas, de taofácil solução, que o fado determos acerescentado uma na-da importa.

O encerramento d'este con-curso será no dia 2G- de Abril,

eternos dous pre-mios a distribuirem sorteio, quesão : 1 • premio—108 e o Z' pre-mio -- Uma assi-gnatura annuald'O Tico-Tico.

Paia o concor-iene entrar ems irtcio, deve as-signar as solu-ções com o pro-prio punho, de-clarar a edade e

CONCURSOS ATRAZADOS . ,N. 964

Juvenal Santos de Mello, Maria deLourdes Vianna, Arlindo da Costa Santia-go, José da Silva Villa Nova, Josepha C.de Moraes, Constancinha Gonçalves, Cor-neiio Teixeira de Azevedo, Paulina Vel-loso da Silva, Isaura Olyntha de Carva-lho, Liticia Sormain, José Ferreira deAndrade, Apolinario Cicilio dos Santos,Humberto Rosado de Oliveira, CarlosTeixeira, Francisco de Paula Corrêa deSá, Adelaide Corrêa de Sá, Nelia- Nery,Olga de Andrade Cavalcanti, LindolphoCésar T. de Andrade, Hygia TeixeiraCampos, Antensina Sant'Anna, Nelson deSouza Carvalho, Maria da Gloria Ferrei-ra, Zuleika Lima César, Octavio de Bar-ros, Waldemar Vassallo Caruso, DarcyGomes de Lima, Antenor Alves Pinto eMaria de Lourdes de Segadas Vianna

GRANDE CONCURSODE ANNO BOM

O primeiro premio d'este grande con-curso, offerecido pela PhotographiaMagalhães, e que foi conferido ao me-nino Mario Aghina, esteve em expo-sição na vitrine da conceituada LivrariaAlves, desde o dia 5 a 10 do correntemez. O premio a que nos referimos é umrico quadro, com a photographia em ta-manho natural do premiado.

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(Des. de Walfrido B. Trindade)

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r A A 4^' 'lS500 e 5$000 e,e"GPL IIj| gantissimos sapatosIrK || | de lona, brancos, abo-Hr OI/U tinados e com botões,

para senhora. Avenida Passosn. 120.-Casa Guiomar (A que têm um ma-caco á portaj.

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SERVIÇO ESPECIALEWI CORTES DE

CABELLOS DE CRE-ANCAS

A 2SOOOtodos os trabalhos sendo feitos com cabellosnaturaes.a casanãotem imitação

Manda-se catalcçjo illtistrado

residência c ain-da juntar á mar-gem cio papel ovale respecti-vo.

Olhai para o Murodos vossos filhos

Uai-lhes JMorrimina (principioactivo do óleo <le liistulo de bacalhau)

de

COELHO BARBOSA & C.RUA DOS OURIVES 38 e QUITANDA 104

ossim os tornarei* lortes elivres de muitas moléstias na iu-

ventude

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HA MALES QUE VEM PARA BEM¦w"

1] Symphronio e Pafuncio, até então, fcram amigos, mas, desde que Symphro-nio 101 reclamar uma certa quantia que Pafuncio lhe devia, ficaram inimigos.

OHOO

IHi—iOO

2] Depois de uma discussão das mais azedas, engalfinharam-se e Paluncicexasperado, quebrou na cabeça de Svmphronio uma garrafa de remédio parafazer crescer o cabello.

3) Depois da tacanha, Pafuncio arrependeu-se de ter magoado o amigo, e tevetanto remorso e tamanho medo de que o outro se vingasse, que começou a arancaro cabello todo, ficando tão calvo como Symphronio,

t) Eis senão quando, apparece-lhe o Sympfrronio radiante de alegria, quasi*: reconhecivel.com baít-ã e cabello cresci-ác*. Etn vez de se vingar agradeceu a Pa-funcio por lhe ter quebrado na cabeça um vrdro de remédio tão milagroso.

Page 26: IL PUBLICA OS ZÉ^? MACACOmemoria.bn.br/pdf/153079/per153079_1915_00497.pdfde repente, o monstro se ergue. D caçador dá um salto para traz; a arma escapa-lhe da mão, na fuga pre-cipitada

AS AVENTURAS DO CHIQUINHO __» LIÇÕES I>E PIANO (Continuação)

D O professor, como era natural, começou o ensino com umas lições de solfeio que Chiquinho e até Jagunço acharam muito cacetes. Mas nao havia remednsenão sujeitar-se. Mamai mandava e era preciso obedecer.

10•2) Mas para compensar essa «perobação» Chiquinho fechava-se na sala, de ma-

nhã, a pretexto de estudar e organizava com Jagunço bailes divertidos. Até taziade bailarina de circo Era um pagode 1 -J l

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«D3) Mas um bello dia. o _^ofessor mandou que Chiquinho estuaSge

as notas -Ora, essa ! — exclamou elle - como é que eu hc de sabe,onde está o dó ? Aa notas são to^as eguaes '

0 Mas não lhe talta imaginação; teve logo uma idéia para conheceras notas, sem que o professor percebesse a esperteza Escreveu em

' cada uma tecla o respectivo nome. (Continua)

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