iii. sistemas deposicionais de ambientes...

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Aula 3 AMBIENTES SEDIMENTARES (SEMI-)ÁRIDOS Sumário 1. Introdução: conceitos e parâmetros climáticos; factores e processos 2. Depósitos de Piedmont: processos e características 3. Depósitos Eólicos: processos, diversidade, critérios de identificação 4. Depósitos Evaporíticos: ambientes, processos e depósitos

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Aula 3 AMBIENTES SEDIMENTARES (SEMI-)ÁRIDOS

Sumário

1. Introdução: conceitos e parâmetros climáticos; factores e processos

2. Depósitos de Piedmont: processos e características

3. Depósitos Eólicos: processos, diversidade, critérios de identificação

4. Depósitos Evaporíticos: ambientes, processos e depósitos

SISTEMAS DEPOSICIONAIS DE

AMBIENTES (SEMI-)ÁRIDOS

• Os Sistemas Deposicionais desenvolvem-se e

organizam-se em função dos factores exógenos, de

que os principais são o Clima e o Relevo.

• Condições climáticas particulares, caracterizadas

por temperaturas ou precipitação extremas,

originam Sistemas Deposicionais característicos

dessas condições.

• Tal é o caso dos climas de extrema aridez, onde a

escassez de Precipitação condiciona fortemente a

meteorização e o transporte aquoso, originando

Sistemas Deposicionais característicos.

Desertos e Aridez

ÁRIDO

(desértico)

SEMI-ÁRIDO

Precipitação < 250 mm 250-500 mm

Vegetação Aus/Reduz. Rasteira

Meteorização Física Fís.>> Quím.

Transporte Vento >Grav.

>Água

Água > Vento

>Gravidade

Desertos de média e baixa latitude (Kocurek, 1996)

As áreas Áridas e Semi-áridas ocupam cerca de 30% da superfície terrestre.

Nessas áreas, 50% é rocha exposta ou coberta por gêlo, 25% solo pedregoso e apenas 25% acumulações arenosas (com as clássicas dunas).

i) DEFLACÇÃO

- remoção de detritos de

rochas soltas (“reg”)

- pavimento ou “couraça de

deflação”

- áreas de deflacção:

paisagens com depressões

eólicas

- lagos efémeros evaporíticos,

em depressões

ii) ACUMULAÇÃO

- Corpos deposicionais

arenosos (“dunas”)

ACÇÃO DO VENTO

Pavimento do deserto

1. DEPÓSITOS DE Piedmont

• A alteração física das rochas in situ origina blocos

soltos, instáveis, sujeitos a movimentos de massa e

acumulação no sopé dos relevos.

• A mobilização das partículas mais finas pelo vento, com

deflacção eólica, origina REGS e PEDIMENTOS

sedimentos muito grosseiros, mal calibrados, imaturos,

sem matriz, não consolidados.

• Estes materiais dispõem-se em extensas áreas planas,

adjaventes a relevos, designadas por “superfícies de

pedimentação” (termo geomorfológico).

2. DEPÓSITOS EÓLICOS

O transporte eólico dos materiais finos acumulados no sopé das vertentes, origina acumulações arenosas nas áreas planas

os “mares de dunas” ou ERGS.

Vento Dominante

Zona de Separação de Fluxo

Face Frontal

Grain fall &

Grain flow

Os processos básicos de construção

das dunas são a queda de grãos

lançados em suspensão (Grain Fall)

e o fluxo de grãos ao longo da frente

da duna (Grain Flow)

Grainflow

sandflow = avalanche = fluxo de grãos

Processos e produtos:

Tipos básicos de estratificações eólicas

Wind ripples

Grain fall

“chuva de grãos”

“Translatent climbing ripples”

O acarreio de areia aumenta da direita para a esquerda, com a consequente diminuição da velocidade de migração das dunas

DESERTO ARENOSO E MORFOLOGIAS DUNARES relacionadas com a orientação do vento predominante.

3. DEPÓSITOS EVAPORÍTICOS

(Playas e Sabkhas)

Nas parte mais distais ou deprimidas dos sistemas deposicionais

áridos, pode haver acumulação temporária de água.

Essa água pode ser de escorrência superficial ao longo da

superfície de pedimentação (Playas ou Salares) ou água

infiltrada nas areias e que surge freaticamente em áreas

deprimidas ( Inland Sabkhas).

A sua evaporação promove a precipitação de sais e acumulação

de depósitos evaporíticos.

Nas Playas ou Salares, a sequência deposicional padrão, de

escala centimétrica, traduz as alternâncias de:

enxurrada/inundação evaporação dessecação,

com os seguintes níveis:

lâminas de areia halite e gesso laminado lâminas contorcidas

e dissolvidas ( areia preenchendo gretas).