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Por uma linguagem visual alternativa: discursos, interferências e a cidade como suporte Marcelo Araújo Doutorando em Antropologia Cultural – PPGSA – UFRJ A comunicação aborda os grafites de muros, assumidos como produções artísticas urbanas que ressignificam visualmente este ambiente. Proponho, para sua interpretação, uma metodologia autoral que tem por referência as funções da linguagem estabelecidas por Roman Jakobson, objetivando, deste modo, delinear uma contribuição teórica que se coloca como ferramenta de leitura desta e de manifestações afins nos espaços públicos contemporâneos. Grafite de muros; metodologia; funções da linguagem. This comunication discusses the graffiti walls assumed as artistic productions urban that resignify visually this environment. I propose a self methodology for its interpretation, with reference to the language functions established by Roman Jakobson. I intend to delineate a theoretical contribution that put like a engine for its reading and related events in contemporary public spaces. Graffiti walls; metodology; language functions. “O que eu admiro no Picasso é o estilo que ele criou: ele ‘chutou o balde’. Se esse cara fosse vivo, ele seria grafiteiro”. (AKUMA, 15/06/2002) Com as imagens do grafite, produções que se instalam como interferências na cidade, há que se fazer, se quisermos entendê-las, uma detida contemplação, III semana de pesquisa em artes 10 a 13 de novembro de 2009 art uerj arte e cultura urbana 72

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Por uma linguagem visual alternativa: discursos, interferências e a cidade como suporte

Marcelo Araújo

Doutorando em Antropologia Cultural – PPGSA – UFRJ

A comunicação aborda os grafites de muros, assumidos como produções artísticas urbanas que ressignificam visualmente este ambiente. Proponho, para sua interpretação, uma metodologia autoral que tem por referência as funções da linguagem estabelecidas por Roman Jakobson, objetivando, deste modo, delinear uma contribuição teórica que se coloca como ferramenta de leitura desta e de manifestações afins nos espaços públicos contemporâneos.

Grafite de muros; metodologia; funções da linguagem.

This comunication discusses the graffiti walls assumed as artistic productions urban that resignify visually this environment. I propose a self methodology for its interpretation, with reference to the language functions established by Roman Jakobson. I intend to delineate a theoretical contribution that put like a engine for its reading and related events in contemporary public spaces.

Graffiti walls; metodology; language functions.

“O que eu admiro no Picasso é o estilo que ele criou: ele ‘chutou o balde’. Se esse cara fosse vivo, ele seria grafiteiro”.

(AKUMA, 15/06/2002)

Com as imagens do grafite, produções que se instalam como interferências na cidade, há que se fazer, se quisermos entendê-las, uma detida contemplação,

III semana de pesquisa em artes

10 a 13 de novembro de 2009 art uerj

arte e cultura urbana

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sujeitando-as ao ritmo de nossa observação. Considerando sua especificidade, é necessário lembrar que sua interpretação consiste mais na tarefa de intermediação dos significados nelas presentes do que num processo de significação propriamente. Nesse sentido, o espectador/intérprete faz existir a imagem.

Há, sem dúvida, na atualidade, uma linguagem visual de grande abrangência compondo o espaço das cidades contemporâneas. Nesse sentido, a comunicação por imagens é uma das principais características da vida moderna, sendo aspecto essencial da experiência do ser urbano.

Enquanto linguagem urbana, o conjunto dos grafites pesquisados pode reunir algumas funções que possibilitam uma aproximação analítica de sua aparição. Sua linguagem conforma um canal alternativo de comunicação, cujas linhas básicas de apresentação podem ser compreendidas através de uma perspectiva interpretativa das pinturas em seu contexto.

Nesse prisma da comunicação, é possível estabelecer algumas características das pinturas, a partir da observação de seus motivos temáticos, de suas cores e de suas formas eleitas para a confecção. Assim, enquanto linguagem gráfica, urbana e multicolorida, os grafites pesquisados podem ser discutidos a partir da abordagem de funções específicas e restritas à linguagem comunicativa dos muros urbanos.

A linguagem dos muros e suas funções no espaço urbanoNa análise da imagem, inclusive da imagem artística, pode haver o

desempenho de variadas funções. Essas funções podem ser muito diferentes, possibilitando perfazer um caminho que tanto pode proporcionar prazer ao contemplador, quanto aumentar os seus conhecimentos, ensinar, ou tudo isso junto quando permite ler ou conceber com maior eficácia mensagens visuais culturalmente determinadas.

Sendo a imagem uma linguagem, que se mostra específica e heterogênea, compondo-se de diversos signos (lingüísticos, icônicos, plásticos), é necessário definir os objetivos específicos de uma análise sua, pois eles vão determinar em grande medida as conclusões da mesma, face à não existência de um método absoluto para análise, mas sim de opções a serem feitas ou inventadas em função dos objetivos.1

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A opção por trabalhar com estas categorias vem do fato de que a dimensão da linguagem moderna tem uma conotação intrinsecamente visual. Ela materializa-se na infindável produção de sinais, tornando perceptível a relação intrínseca entre consumo e comunicação visual, em que estas duas facetas da vida contemporânea se interpenetram incessantemente.

No caso em análise, as funções da linguagem, tais como delineadas por Jakobson, servirão de aporte metodológico para a abordagem do conjunto das imagens aqui estudadas, considerando uma ou mais representativas imagens por função.2 Na maioria das vezes, não é tão facilmente possível isolar uma função específica no estudo das imagens. Assim, é importante que notemos que diversas funções podem ser detectadas simultaneamente nas imagens do grafite.

Portanto, é necessário efetuar a distinção, para efeito analítico, de cada mensagem em particular, a fim de nos aproximarmos de uma forma mais segura das imagens em questão.

Assim, sendo estas funções em número de 6 (além das apresentadas, há ainda as funções conativa, fática e metalinguística), exploraremos neste texto 3 de seus tipos, aqueles que podem ser notados de forma mais recorrente entre os grafites de muros, atribuindo para cada uma delas uma imagem específica.

Função expressiva ou emotiva: o discurso do(s) eu(s) e a conotação simbólicaA função expressiva centra-se no emissor da mensagem, ou seja, na 1ª

pessoa, no grafiteiro. Deste modo, a mensagem - para nós, a imagem - terá um

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Figuras 1 e 2: muro coletivo no bairro do Barreto. Digitalizada a partir do original do

autor.

conteúdo mais manifestamente subjetivo, que expressa um desejo, um estado de espírito, até mesmo uma exteriorização psíquica.

A composição é de um intenso fundo azul medindo aproximadamente 1,80m de altura X 3,00m de largura. Nela, a pintura narra um estilizado lance de basquetebol estadounidense. Os jogadores são os próprios grafiteiros, têm seus nomes nos uniformes, que parecem trazer para si a mesma fama e/ou importância dos conhecidos praticantes daquele esporte.

As formas dotadas de características humanizadas são uma escolha estilística que discursa acerca do ideal ou da necessidade de reconhecimento alheio. A funcionalidade da pintura parece residir no fato não somente circunscrito à decoração do muro (em vista da correção do seu aspecto um tanto acidentado pela ação do tempo), mas também de dar-lhe uma maior durabilidade e resistência, dirigindo-se ao público de um modo geral.

É possível efetuar uma interpretação que prime pelo caráter pedagógico da composição, se considerado o desdobramento da cena desse mural. Como a finalização da pintura é planejada para demonstrar a também finalização do lance de ponto do jogo, os grafiteiros ensinam, de modo resumido mas didático, a evolução da jogada.

A imagem em destaque, enquanto referência de função expressiva para o universo dos grafites, condensa algumas das características básicas presentes em outras manifestações imagéticas aqui aludidas. Exprime indícios fartamente encontrados no campo pesquisado que apontam para um estilo de grafite que se poderia chamar informalmente de auto-centrado e de promoção. Isso se mostra claro principalmente quando da intensa recorrência ao próprio nome, o que estabelece uma tentativa de individuação de seu trabalho, possibilitando uma logotipificação que o registra no espaço da cidade.

Função referencial: recortes realistas em projeções criativasEste aspecto apresenta uma íntima aproximação com a reprodução do real.

Os grafiteiros que compõem pinturas que podem ser submetidas a uma análise baseada na função referencial procuram ser objetivos nas suas composições

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urbanas. Eles primam pela significação mais básica possível da pintura sem deixar de lado - e essa é a sua especificidade - o investimento de sua dose de criatividade.

Baseando-se numa orientação que privilegia o contexto, as imagens que seguem a tendência ao referente, àquilo sobre o que está falando, não podem ser, entretanto, isoladas da ocorrência concomitante de outras funções, mesmo estando em grande quantidade no campo pesquisado.

As dimensões são aproximadamente 1,25m de altura x 3,10m de largura. A riqueza de detalhes e a vivacidade das cores transformam a composição numa reprodução bastante aproximada da realidade sensível, dos referenciais da natureza para os quais a pintura se volta.

Além do realismo investido nas pinturas, o que parece também impressionar é o recorte que separa uma parte da outra na pintura. O corte geométrico que as separa assemelha-se às películas de filme fotográfico, que separam os quadros das poses. A ‘fotografia’ dos elementos da natureza parece ser, a partir das reproduções realistas que a pintura apresenta, o ideal buscado pelos grafiteiros. Fotografia que, apesar de privilegiar o aspecto do real visível, não deixa de ter seus traços impressionistas bem marcados pelas manchas que são impressas no fundo da pintura, em ambas as partes.

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Figuras 3: muro coletivo no bairro

de Venda da Cruz. Digitalizada a partir do

original do autor.

Juntam-se ainda aqui duas outras funções que se manifestam na composição de modo também importante: a função conativa e a função poética. Na primeira, o apelo ao espectador é uma forma de dirigir a preocupação quanto ao tema tratado para as atitudes dos outros indivíduos. O foco no destinatário é a maneira de os grafiteiros contribuírem, com sua pintura, para a conscientização quanto à conservação dos bens naturais, aqui curiosamente objetivados na casa de shows, que deve ser uma prática abrangente e constante.

Quanto à função poética, a valorização da própria produção (em suas palavras, da arte), da poesia que as palavras contêm e o fato de valorizar diferencialmente o suporte freqüentado pelos habituais usuários é invocada, quando da aliança entre imagem e texto.

A função poética aqui investida lembra também a adequação entre o tipo de pintura e a natureza do suporte em que ela se encontra. O caráter de entretenimento da casa promove um hiper-dimensionamento do conceito de arte aplicado pelos próprios grafiteiros, face não somente à sua visibilidade ampliada mas também pela música ser uma forma de arte, sendo oportunamente complementada por uma outra, a pintura.

Função poética: o grafite como valorização e transcendência dos suportes urbanos

A função poética investida nas imagens do grafite pode ser verificada quando o enfoque da mensagem visual incide nela mesma, explorando recursos de retórica, tais como metáforas e metonímias, no discurso imagético.

Ao manipular as suas particularidades, efetuando experiências com seus detalhes, suas formas e, por vezes, com o espaço em que se instalou, a imagem do grafite, quando investida de uma função inerentemente poética, aprofunda toda a sua potencialidade artística. Iguala-se, deste modo, ao que Jakobson chamou, para o plano lingüístico, de “arte verbal” (JAKOBSON, 1971:161), mas na sua condição de produto da interação entre palavra e imagem.

Como afirma Jakobson (idem:123), “a diversidade reside não no monopólio de alguma dessas diversas funções, mas numa diferente ordem hierárquica delas”.

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Partindo da esquerda para a direita, temos, no primeiro quadro, a representação de um braço humano que acena através do vidro que lhe barra a passagem. Na seqüência, já com o seu rosto em primeiro plano, a personagem sorri, aparentemente satisfeita com a sua posição. O passante parece receber um eterno sorriso deste sujeito, sorriso do qual nunca saberá o tom reinante: se é a expressão de uma satisfação ou de sarcasmo.

De “costas” para ele, está o segundo quadro, que representa uma figura sem feições, sem uma expressão que possa indicar algum estado de espírito ou postura

Deste modo, a estrutura e a narratividade possíveis em uma imagem dependem basicamente da função predominante que ela apresenta.

Suas medidas perfazem dimensões de aproximadamente 3,50m de altura x 11m de largura. A autoria da pintura é de Ema e ela foi confeccionada num evento que reuniu, segundo depoimentos, em torno de 30 grafiteiros.

Mesmo as infiltrações da parede do viaduto sobre a pintura são adições à poética da mesma: o trabalho da imagem com o que seria a decrepitude natural da cidade reforça a noção, ou melhor, a constatação de efemeridade da composição.

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Figuras 4: muro coletivo no bairro do

Alcântara. Digitalizada a partir do original do

autor.

específica perante a sua condição. Suas cores, um marrom em dois tons e um leve contorno em preto, apontam para uma filiação étnica distinta: parece ser negro. Seus traços leves e quase apagados podem sugerir que ele está adormecido pois seu semblante plácido não transmite nem preocupação nem sentimento. Soma-se ainda à imagem, o interessante corte que lhe é dado pela sombra do madeirame na diagonal, quase o atravessando milimetricamente, como que anunciando simbolicamente uma espécie de interdição (semelhante às placas de trânsito que proíbem algo): proíbe-se (?) o sujeito de ser ele próprio.

No terceiro quadro, uma cena de aparente opressão é reproduzida. Entre os múltiplos significados que tem esta imagem, uma possível aproximação poderia ser entendê-la como sugestão de ausência de liberdade, que se dá pela aparente expressão desolada da personagem, que comprime o rosto contra uma vidraça, num semblante de desencantamento e de agonia.

Os limites do quadro, arredondados, não parecem sugerir nada de tão facilmente interpretável. Considerando o grafite como produção urbana crítica, crítico do ambiente urbano tal como ele se apresenta, segregado, caótico, socialmente segmentado, a pintura pode estar aludindo à falta de perspectiva em uma cidade com estas características.

O menino, cuja expressão assustada assiste à passagem dos veículos e pessoas pelo ambiente a sua volta, parece estar confinado numa redoma - como poderia simbolicamente ser interpretada uma vida sem perspectivas, sendo o amarelo a falta de vitalidade, de pulsação, de “sangue”.

Mas pode também estar, por algum motivo, fugindo da expressão maléfica do quadro ao lado, o quarto. Este parece ter intenções negativas em relação ao vizinho, simbolizadas por um sorriso aterrador que é expresso pelos seus traços de maldade no olhar.

Tais intenções já não são observadas no quadro seguinte. Pelo contrário, a aparência sofrida da personagem lembra a figura dos nordestinos - até mesmo pelo desenho característico da cabeça - que vêm “tentar a sorte” no sudeste e não conseguem realizar satisfatoriamente os seus planos, ficando muitas vezes aquém do minimamente desejado.

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Cansado e frustrado, parece não ter mais ânimo para ouvir os discursos provenientes de administradores ou de candidatos a algum cargo eletivo que a tudo pretendem resolver, em propagandas eleitorais veiculadas na televisão. Aliás, ele próprio enclausurado em um suporte que lembra uma televisão: será sua vida uma novela? Novela que é literalmente assistida de perto por um olho atento, que capta o desenrolar dos acontecimentos e que olha, ao mesmo tempo, para o que acontece no viaduto - ou seria no céu?

A arte seqüencial impressa no muro não propõe verdadeiramente interrogações gráficas, como as representadas, mas sim interrogações de sentido, de significado. Interrogações que são aditivadas não somente pelo conteúdo manifestamente ligado ao funcionamento urbano mas também pela ação das forças naturais e do tempo: cada intensidade dos raios de sol que batem nesse espaço e cada sombra lá projetada redesenham a sua visualidade, redefinem e recontam a sua história.

Considerações finais Esperando ter contribuído para uma possível forma de interpretação

destas imagens urbanas, este texto enfatiza, mais uma vez, que as opções de enquadramento das imagens sob uma função da linguagem (visual) só têm pertinência quando se reconhece que esta é uma postura arbitrária e deliberadamente posicionada a partir de e por um propósito pedagógico e didático.

Para finalizar, quero advogar em benefício da utilização acadêmica das imagens do grafite de muros na constituição de um campo que merece ser explorado, uma vez que sua discussão se vale de elementos que ativam a interlocução entre produção artística e sua moldagem plenamente social.

Referências bibliográficasALMEIDA, Lívia de. “Telas de Pedra - a arte de colorir as ruas”. In: Veja Rio, ano 10, nº 9, RJ, 28 fev./5

mar. 2000.ARAUJO, Marcelo da Silva. “Juventude e grafite: imagens, comunicação e vitrines de concreto na cidade”.

In: Anais do 8º Encontro do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da Escola de Belas Artes/UFRJ, RJ, Editora UFRJ, 2002.

ARGAN, Giulio Carlo. “O espaço visual da cidade”. In: História da arte como história da cidade, 3ª ed.,

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SP, Martins Fontes, 1995.BARTHES, Roland. “Semiologia e urbanismo”. In: A aventura semiológica, Lisboa, Edições 70, 1987.FABRIS, Annateresa. “A rua como uma das belas artes”. In: Anais do 8º Encontro do Programa de Pós-

Graduação em Artes Visuais: “Cidade-galeria: a arte e os espaços urbanos”, EBA-UFRJ, 2001.FRANÇOIS, Frédéric. “Le langage et ses fonctions”. In: MARTINET, André (org.). Le langage, Paris,

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Notas1 JOLY (1996:50). Isto reforça o caráter artesanal do método, no sentido de sua adequação ao objeto, que se torna uma ferramenta ad hoc no estudo da imagem, sobretudo das imagens visuais constantes do espaço urbano.2 Na acepção de JAKOBSON (1971), essas funções estão presentes em todo ato de comunicação e, para tanto, a linguagem só pode ocorrer na presença de um contexto a que se refira, quando passível de verbalização e quando possuir um canal físico para o contato. Ver também FRANÇOIS “Le langage et ses fonctions”, in MARTINET (1970:3-19).

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