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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1 III-019 - VERIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS TÉCNICOS UTILIZADOS PARA A SELEÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS Luciana Paulo Gomes (1) Engenheira Civil. Professora Doutora na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Carlos Eduardo Goulart Nascimento Biólogo. Mestrando em Geologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Osmar Wöhl Coelho Geólogo. Professor Doutor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Diego Alfonso Erba Engenheiro. Professor Doutor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Maurício Roberto Veronez Engenheiro. Professor M.Sc. na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Agnes Fleck e Fernanda Wiebush Acadêmicas de engenharia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS. Endereço (1) : Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS - CEP: 93022-000 - Brasil - Tel. (51) 590-3333 - ramal 1766 - e-mail: [email protected] RESUMO A maioria dos municípios brasileiros e, por conseqüência, do Rio Grande do Sul, utilizam-se de métodos não recomendáveis de disposição de resíduos sólidos urbanos. O mais utilizado desses métodos é o depósito de lixo à céu aberto (lixão), prática obsoleta de destinação de resíduos o uso de análises técnicas para a seleção desses locais. A importância dessa seleção de áreas reside na necessidade da preservação dos recursos naturais, além de estabelecer um uso racional do solo em virtude da constante diminuição do espaço físico disponível. No Rio Grande do Sul, a seleção de áreas para utilização como locais de descarte de resíduos é efetuada a partir de critérios técnicos estabelecidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Esses critérios avaliam questões como: legislação de usos do solo; distâncias de cursos d’água, manchas urbanas e rodovias, nível de águas subterrâneas, declividade da área, tempo de utilização do aterro (vida útil) e usos futuros do mesmo. Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivos verificar os critérios técnicos utilizados na seleção de áreas para o descarte de resíduos sólidos, além da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e sistemas de informações geográficas (SIGs), para a identificação e localização de; áreas aptas a esse uso no município de São Leopoldo. PALAVRAS-CHAVE: Resíduos Sólidos, Gerenciamento, Disposição de Resíduos. INTRODUÇÃO A intensificação do processo urbano e industrial brasileiro das últimas décadas, nunca primou pelo uso racional dos recursos naturais. Além disto, o descartável, até muito pouco tempo, ainda era visto como um indicativo de prosperidade e abundância (OLIVEIRA, 1995). Como conseqüência direta desse comportamento extremamente consumista, a questão do lixo aparece como um grave problema ambiental, pois apresenta constantes riscos à saúde pública e ao meio ambiente. A grande maioria dos municípios do Brasil e do nosso Estado utilizam-se de métodos não recomendáveis de disposição de resíduos sólidos, como por exemplo os depósitos de lixo à céu aberto (lixões). O principal problema que essa prática obsoleta de deposição de resíduos acarreta, além do desperdício de matéria economicamente valorizável, da poluição causada aos recursos naturais (ar, água e solo) e da desvalorização imobiliária, existe ainda a preocupante questão da escassez e redução de espaço físico disponível para o descarte (OLIVEIRA, 1995). FOTOGRAFIA NÃO DISPONÍVEL

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XXVII Congresso Interamericano de Engenharia Sanitária e Ambiental

ABES - Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental 1

III-019 - VERIFICAÇÃO DE CRITÉRIOS TÉCNICOS UTILIZADOS PARA ASELEÇÃO DE ÁREAS PARA DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

URBANOS

Luciana Paulo Gomes(1)

Engenheira Civil. Professora Doutora na Universidade do Vale do Rio dos Sinos -UNISINOS.Carlos Eduardo Goulart NascimentoBiólogo. Mestrando em Geologia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.Osmar Wöhl CoelhoGeólogo. Professor Doutor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.Diego Alfonso ErbaEngenheiro. Professor Doutor na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.Maurício Roberto VeronezEngenheiro. Professor M.Sc. na Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.Agnes Fleck e Fernanda WiebushAcadêmicas de engenharia da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS.

Endereço(1): Av. Unisinos, 950 - São Leopoldo - RS - CEP: 93022-000 - Brasil - Tel. (51) 590-3333 - ramal1766 - e-mail: [email protected]

RESUMOA maioria dos municípios brasileiros e, por conseqüência, do Rio Grande do Sul, utilizam-se de métodos nãorecomendáveis de disposição de resíduos sólidos urbanos. O mais utilizado desses métodos é o depósito de lixo à céuaberto (lixão), prática obsoleta de destinação de resíduos o uso de análises técnicas para a seleção desses locais. Aimportância dessa seleção de áreas reside na necessidade da preservação dos recursos naturais, além de estabelecerum uso racional do solo em virtude da constante diminuição do espaço físico disponível.No Rio Grande do Sul, a seleção de áreas para utilização como locais de descarte de resíduos é efetuada a partir decritérios técnicos estabelecidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Esses critérios avaliamquestões como: legislação de usos do solo; distâncias de cursos d’água, manchas urbanas e rodovias, nível de águassubterrâneas, declividade da área, tempo de utilização do aterro (vida útil) e usos futuros do mesmo.Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivos verificar os critérios técnicos utilizados na seleção deáreas para o descarte de resíduos sólidos, além da aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e sistemasde informações geográficas (SIGs), para a identificação e localização de; áreas aptas a esse uso nomunicípio de São Leopoldo.

PALAVRAS-CHAVE: Resíduos Sólidos, Gerenciamento, Disposição de Resíduos.

INTRODUÇÃOA intensificação do processo urbano e industrial brasileiro das últimas décadas, nunca primou pelo usoracional dos recursos naturais. Além disto, o descartável, até muito pouco tempo, ainda era visto como umindicativo de prosperidade e abundância (OLIVEIRA, 1995).

Como conseqüência direta desse comportamento extremamente consumista, a questão do lixo aparece comoum grave problema ambiental, pois apresenta constantes riscos à saúde pública e ao meio ambiente.

A grande maioria dos municípios do Brasil e do nosso Estado utilizam-se de métodos não recomendáveis dedisposição de resíduos sólidos, como por exemplo os depósitos de lixo à céu aberto (lixões). O principalproblema que essa prática obsoleta de deposição de resíduos acarreta, além do desperdício de matériaeconomicamente valorizável, da poluição causada aos recursos naturais (ar, água e solo) e da desvalorizaçãoimobiliária, existe ainda a preocupante questão da escassez e redução de espaço físico disponível para odescarte (OLIVEIRA, 1995).

FOTOGRAFIA

NÃO

DISPONÍVEL

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A Região Metropolitana de Porto Alegre - RMPA, é responsável por, aproximadamente, 43% da produção deresíduos sólidos urbanos do Estado e, em contrapartida, ocupa apenas 2,42% da área do Rio Grande do Sul,na qual distribuem-se cerca de 45% da população do Estado. Isso demonstra, tanto a grande concentraçãopopulacional quanto o enorme volume de resíduos sólidos gerados nessa região (METROPLAN, 1995).

Se por um lado as dificuldades existentes em relação à coleta e transporte já apresentam soluçõessatisfatórias, dentro da zona urbana das grandes cidades, o mesmo não acontece no que se refere à seleção delocais tecnicamente adequados à destinação final do lixo (LEITE, 1995).

Essa seleção de locais deve ser criteriosa, pois além de preservar os recursos naturais, deve estabelecer umuso racional do solo em virtude da constante diminuição de espaço físico disponível.

No Rio Grande do Sul, a seleção de áreas para utilização como locais de descarte de resíduos é efetuada apartir de critérios técnicos estabelecidos pela Fundação Estadual de Proteção Ambiental (FEPAM). Essescritérios avaliam questões como: legislação de usos do solo; distâncias de cursos d’água, manchas urbanas erodovias, nível de águas subterrâneas, declividade da área, tempo de utilização do aterro (vida útil) e usosfuturos do mesmo.

Especificamente no município de São Leopoldo, a escassez de áreas tecnicamente adequadas para adisposição de resíduos sólidos urbanos, demonstrou a necessidade de verificação desses critérios na busca dealternativas locacionais para o descarte dos mesmos (METROPLAN, 1998).

OBJETIVOS

• Verificação de critérios técnicos para a seleção de áreas a serem utilizadas no descarte de resíduossólidos.

• Aplicação de técnicas de sensoriamento remoto e sistemas de informação geográfica (SIGs), para aidentificação e localização de áreas aptas ao uso previsto no município de São Leopoldo.

MATERIAIS E MÉTODOSA identificação de áreas naturais para disposição de resíduos sólidos urbanos passa obrigatoriamente pelacaracterização físico-química dos mesmos, seus efeitos potenciais de poluição ambiental, bem como pelaavaliação da capacidade suporte intrínseca ao meio ambiente.

A seleção de áreas prioritárias é um segundo processo, no qual são feitas considerações de ordem geral comoa distância aos centros urbanos, facilidades de transporte, proximidade de águas superficiais e subterrâneas,declividade do terreno, vida útil estimada e possibilidades de usos futuros das áreas de disposição, além decritérios adicionais para cada situação específica.

Desta forma, entende-se que a abordagem do problema deve ser feita em uma primeira etapa pelaidentificação das áreas potencialmente aptas, com base nas características físico-químicas dos resíduos epropriedades ambientais. A análise integrada dos resultados desta primeira etapa em conjunto com outrasinformações gerais e/ou critérios específicos , resultarão na escolha final das áreas prioritárias paradisposição dos resíduos estudados.

O enfoque metodológico foi dirigido para a integração de métodos tradicionais e novas tecnologias decaracterização e análise ambiental, para o que serão utilizados sistemas especialistas voltados para “landevaluation” e geoprocessamento. A escala de trabalho adotada é 1 :50000, sendo o mapa de solos em escala 1:25000, e as fotos aéreas 1:60000. As cartas do exército digitalizadas (folha SH.22-V-D-VI-4, MI-2970/4(São Leopoldo) e MI-2970/2 (Novo Hamburgo)) possuem escala 1 :50000 enquanto que outras informaçõesmunicípais, empregadas no trabalho, foram obtidas em mapas 1:10000 (limite municipal) e1:2000.(hidrografia e topografia). O mapa geológico pesquisado está na escala 1:50000 e foi elaborado porZELTZER et al., 1992.

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As etapas de projeto foram as seguintes:

1. Coleta, compilação e análise de dados existentes em relação ao meio ambiente eresíduos

Todos os dados espaciais foram digitalizados em AUTOCAD e disponibilizados para o sistema ILWIS,enquanto os atributos não-espaciais foram submetidos ao georeferenciamento com equipamento GPS e emseguida armazenados na base de dados.

2. Análise de imagens de satéliteA imagem LANDSAT TM (bandas3, 4 e 5 de 1/Jan/1997) foi analisada no sistema ILWIS com vistas aextração de dados referentes a localização da malha urbana, áreas com vegetação intensa, recursos hídricos,rodovias e estradas vicinais, estimativa de características e distribuição dos tipos de solos, uso do solo, entreoutros.

3. Determinação de áreas potencialmente aptas para a disposição de resíduosO sistema ILWIS foi utilizado para definição e localização das áreas potencialmente aptas para a disposiçãode resíduos. Os critérios eliminatórios empregados são a seguir detalhados.

DISTÂNCIA DE RECURSOS HÍDRICOSNo que se refere a proximidade de recursos hídricos foi tomada como padrão a medida mínima de 200 metrosde distância. Essa metragem baseia-se no critério de distanciamento que atende a Portaria nº 124 de 20/08/80do Ministério do Interior a qual estabelece que “quaisquer indústrias potencialmente poluidoras, bem como asconstruções ou estruturas que armazenam substâncias capazes de causar poluição hídrica, devem ficar a umadistância mínima de 200m de coleções hídricas ou cursos d’água mais próximos.” Também em relação àlegislação a NBR 8419 de 03/84, cita a necessidade de avaliação da bacia e sub-bacia hidrográfica onde selocalizará um aterro sanitário. Já o artigo 6º da Lei Estadual nº 9.921/93, que dispõe sobre resíduos sólidosno estado do Rio Grande do Sul, indica que devem ser tomadas medidas de proteção das águas superficiais,sub-superficiais e subterrâneas, obedecendo as normas e critérios técnicos estabelecidos pela FundaçãoEstadual de Proteção Ambiental (FEPAM/RS), as quais indicam o mesmo distanciamento mínimo de 200m,que deve ser medido a partir da cota máxima de inundação. No caso do Município em questão (SãoLeopoldo/RS), também a legislação municipal de resíduos sólidos reporta à utilização das normas e critériostécnicos estabelecidos pela FEPAM. Na Lei municipal 2134 de Parcelamento do solo urbano está indicada aproteção da vegetação marginal em no mínimo 15 m de cada lado dos cursos d’água. Além da questão legal,também na bibliografia consultada o distanciamento mínimo de 200m, ou próximo a esse, aparecem comrelativa freqüência. MARQUES et al. (1995), indicam as áreas de drenagem dos cursos d’água, que serãoutilizadas como mananciais para bastecimento público, como locais de interesse ambiental, dos quais asunidades de disposição de resíduos sólidos urbanos devem manter afastamento de aproximadamente 200m.Em CLEPS & GUMIERO (1993), áreas mais próximas do que 200m de corpos hídricos foram considerasinadequadas à disposição final de resíduos sólidos urbanos, o mesmo ocorrendo em VIEIRA & LAPOLLI(1999). Já para ARAÚJO et al. (1999), a distância mínima aceitável entre locais de descarte de resíduossólidos urbanos e corpos d’água não deve ser inferior a 5 Km. Em contra ponto a isso ORTH & MOTA(1999), adotam a distância de 200m de recursos hídricos como característica desejável para o local dedescarte de resíduos, não sendo um critério obrigatório ou restritivo.

DISTÂNCIA DE VIASEm relação à distância de vias foi adotado o valor de 100 metros do eixo de rodovias federais e estaduais. Aadoção desse distanciamento baseou-se em critérios utilizados em METROPLAN (1995). Além disso,VIEIRA & LAPOLLI (1999), adotaram a mesma distância mínima do sistema viário municipal e tambémdas rodovias estaduais. Na lei de Parcelamento do solo urbano, em São Leopoldo a distância mínima exigidapara a construção na beira de vias municipais é de 15 metros, menos restritiva do que o critério aqui adotado.

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MANCHA URBANAA mancha urbana foi obtida a partir da classificação da imagem de satélite LANDSAT TM em uma composiçãocolorida das bandas 3, 4 e 5. No sistema ILWIS procedeu-se a um trabalho de detalhamento desta classificação,onde considerou-se apenas manchas com área maior que 0,5 hectare. Justifica-se este valor por ser esta a áreamínima interessante para a adoção de um sistema de tratamento e/ou disposição final de resíduos sólidos.

ÁREAS INUNDÁVEISSegundo o Código Estadual do Meio Ambiente do RS áreas sujeitas a inundações são aquelas que equivalemàs várzeas, vão até a cota máxima de extravasamento de um corpo d’água em ocorrência de máxima vazãoem virtude de grande pluviosidade.

Em relação ao critério de áreas inundáveis foi considerada a maior cota de inundação do Rio dos Sinos (7,6),segundo informações do órgão responsável pela construção do dique em São Leopoldo.

LEGISLAÇÃO MUNICIPALO último critério eliminatório considerado foi a legislação do município em estudo. Certamente este critério deverásofrer alterações dependendo de cada caso. Para São Leopoldo, os outros critérios eliminatórios já apresentados sãomais restritivos que a legislação municipal. O único ponto considerado ainda não abordado pelo estudo foi aproteção a topos de morros com inclinação superior a 300 (Lei 2134 - Parcelamento do solo urbano, 2/Jan/1981).

A Tabela 1 resume os critérios eliminatórios utilizados, os quais resultaram na definição das áreaspotencialmente aptas à disposição final de resíduos sólidos urbanos.

Tabela 1: Critérios eliminatórios.Critério Faixa de avaliação p/ consideração de área potencialmente apta

1. Distância de recursos hídricos >= 200 metros

2. Distância de vias >= 100 metros

3. Áreas inundáveis >= cota de cheia

4. Mancha urbana Classificação da imagem de satélite

5. Legislação municipal Proteção a topos de morros

4. Análise integrada dos dados e definição das áreas aptasA partir das áreas potencialmente aptas anteriormente definidas, passou-se a uma classificação das mesmasde forma a obter-se as áreas realmente aptas ao uso estudado. Na seqüência, para cada critério, detalha-se ejustifica-se as faixas de pontuações adotadas.

DECLIVIDADEA importância desse critério pode ser verificada em termos de preservação do solo, além de ser um fator restritivo,dependendo do método a ser empregado, para a disposição de resíduos sólidos urbanos. No presente trabalho esteparâmetro foi dividido em classes, das quais a denominada plana, com faixa de variação entre 0 e 3% dedeclividade, foi considerada a mais adequada ao uso pretendido. VIEIRA & LAPOLLI (1999), adotaram umintervalo maior, indicando que a declividade ideal deve situar-se entre 2 e 10%. Em CLEPS & GRUMIERO (1993),áreas com declividades superiores a 12% foram classificadas como inadequadas ao descarte de resíduos,independente do tipo de solo, enquanto foram consideradas adequadas as áreas com até 8,8% de declive. Notrabalho de ARAÚJO et al. (1999), as áreas com declive situado entre 2 e 10% aparecem como altamente adequadasà disposição de resíduos sólidos. Porém, em ORTH & MOTA (1999), a declividade não é apresentada comocaracterística restritiva à instalação de aterros sanitários, mas apenas “desejável” , sendo o intervalo consideradoentre 1 e 20%, valores que aproximam-se aos indicados pela normas da FEPAM, os quais variam entre 2 e 20%.

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As classes adotadas neste trabalho foram : Alta : >30%, Média : 20-30%, Baixa : 10-20%, Muito baixa : 3-10% e Plana : <3%, com notas, respectivamente de 1 a 5, em função das facilidades de implantação dossistemas de disposição final de resíduos. O peso dado a este critério foi 1, em uma escala que variou de 1 a 3.A característica principal considerada nessa avaliação foi a facilidade de implantação do sistema dedisposição final de resíduos sólidos.

DISTÂNCIA DA MANCHA URBANAAdotou-se cinco valores de distanciamento para a mancha urbana (100, 250, 500, 1000 e 2000 metros), apartir dos quais procedeu-se a seleção de áreas. A utilização de valores menores que 500m, distânciarecomendada como mínima pela NBR 13.896 (ABNT, 1997), se deve a dificuldade de se encontrar, nomunicípio em questão, áreas com essa característica. ORTH & MOTA (1999), em trabalho na regiãometropolitana de São Paulo, indicam a distância mínima de 500m de núcleos populacionais comocaracterística “desejável” não sendo, desse modo, considerada obrigatória ou restritiva à implantação de umaterro sanitário. Já ARAÚJO et al. (1999), indicam como aceitável um distanciamento mínimo de 2 km doperímetro urbano, considerando distâncias menores inadequadas à instalação de aterros sanitários. EmVIEIRA & LAPOLLI (1999), também foram adotados três valores (500, 1000 e 2000m), para distanciamentode mancha urbana, os mesmos utilizados em METROPLAN (1995).

Para o estudo de caso de São Leopoldo o peso deste critério foi o máximo, ou seja, 3.

GEOLOGIA - POTENCIAL HÍDRICOA Bacia Hidrográfica do Rio dos Sinos está situada na Bacia do Paraná, a qual é constituída por umaseqüência de rochas vulcânicas e sedimentares que cobre uma área de 1.400.000 km2, estendendo-se peloBrasil, Paraguai, Argentina e Uruguai. Essas rochas têm idades que compreendem o intervalo Jurássico-Cretáceo, com aproximadamente 150-115 milhões de anos. Constituem as formações Serra Geral, Botucatu,Sanga do Cabral e Sedimentos Recentes, descritas a seguir:

Formação Serra Geral: é composta predominantemente por basaltos maciços ou vesiculares, que sãopequenas bolhas preenchidas por líquidos que formam quartzo, ágata, ametista e outros minerais. Seu usopredominante atual é a Construção civil e pedras ornamentais.

Formação Botucatu: é composta por arenitos eólicos, médios a finos.

Formação Sanga do Cabral: é composta por arenitos grossos a médio, vermelhos, associados a rochas degranulação mais fina. Sua composição é predominantemente quartzo e feldspato.

Sedimentos Recentes: os sedimentos inconsolidados compreendem dois grupos: um de idade - Pleistoceno-Holoceno e outro atual. Os mais antigos são representados por estratos depositados sob condições de águadoce e salgada em ambiente lagunar, compostos por seqüências de rochas argilosas intercaladas com materialde origem orgânica. Os sedimentos atuais são areias e argilas depositados nas calhas dos rios e em suasplanícies de inundação.

As litologias das Formações Botucatu e sedimentos recentes apresentam o maior potencial hídricosubterrâneo da área em estudo, enquanto que a Formação Sanga do Cabral, devido a sua heterogeneidade epresença de sedimentos finos, tem pouca relevância como aqüífero. Os basaltos não estão presentes noMunicípio de São Leopoldo, ocorrendo apenas diques de diabásio na região do Morro de Paula. Ossedimentos Quaternários compreendem, em grande parte, os banhados com solos hidromórficos de baixapermeabilidade e terraços localizados, com granulometria mais arenosa.

A partir disso as unidades geológicas foram agrupadas de acordo com seu potencial hídrico, tendo-se classificado aFormação Botucatu como de alto potencial hídrico, e conseqüentemente adotou-se uma nota baixa (0) para adisposição de resíduos acima do potencial aqüífero. Para São Leopoldo, a classe "Quaternário" foi considerada demédio potencial hídrico, com nota = 2. E para a Formação Sanga do Cabral, com baixo potencial hídrico, apontuação foi de 4. Este mapa possui peso 3, em função da preocupação com futura escassez de água.

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SOLOSEm se tratando de solos, foram efetuadas revisão bibliográfica (levantamento de trabalhos existentes tanto anível regional como local, sobre solos, geologia, clima, hidrologia e hidrogeologia) (BRASIL, 1973 eCAMARGO et al., 1987), verificações de campo, interpretações de aerofotografias (escala 1:40000), o queresultou em mapa preliminar de solos do município. Foram utilizados estereoscópios de espelho e sistemaDVP - Digital Video Plotter para restituição das fotografias aéreas e lançamento do mapa preliminar desolos. Em seguida, realizou-se a descrição de perfis de solos a campo, coleta de amostras e estabelecimento dalegenda preliminar do levantamento de solos, segundo metodologia de LEMOS & SANTOS, 1996. Para asanálises físicas e químicas das amostras coletadas empregou-se o método da EMBRAPA, 1997. A partirdesses dados, e de mais uma etapa de fotointerpretação foi possível elaborar-se o mapa definitivo de solos domunicípio de São Leopoldo, escala 1:25000. Este produto da pesquisa foi de grande valia na busca de locaisaptos à disposição de resíduos sólidos urbanos. No mapa citado identificou-se a ocorrência das seguintesclasses de solo no município: SOLO 1 : Gleissolos e planossolos háplicos, SOLO 2 : Argissolos amareloseutróficos, SOLO 3 : Argissolos vermelhos distróficos típicos ou abrupticos e SOLO4 : Nitossolos vermelhosdistróficos argissólicos. Esta classificação taxonômica segue os padrões do Sistema Brasileiro de classificaçãode solos (EMBRAPA, 1999).

Os solos das classes Gleissolos e Planossolos foram considerados inadequados ao descarte de resíduos, umavez que apresentam péssima drenagem e ocorrem em áreas inundáveis, característica que por si só já ostornam inaptos ao uso previsto. Já as classes Argissolos amarelos e vermelhos demonstram maioradequabilidade ao descarte, assim como os Nitossolos vermelhos, Estes solos apresentam maior teor deargila, característica que lhes confere baixa permeabilidade. CAMARGO & DUARTE (1996), em análises desolo visando a implantação de aterros sanitários, consideraram como ideais os solos em que o teor de argilasfosse superior a 30%. Já em CLEPS & GRUMIERO (1993), os Latossolos foram considerados os maisadequados ao descarte de resíduos pelo mesmo motivo, ou seja, altos teores de argila.

Dois critérios relacionados às características dos solos foram considerados : permeabilidade e espessura dacamada. Seguem-se as explanações :

PERMEABILIDADE DO SOLOPara o uso avaliado, disposição final de resíduos sólidos classificou-se a permeabilidade (parâmetro que medea maior ou menor facilidade com que a água percola através de um meio poroso, AZEREDO eALBUQUERQUE F0, 1998) em cinco faixas : permeabilidade ≥ 10 -3 cm/s : infiltração alta, permeabilidadeentre 10 -3 e 10 -4 cm/s : média infiltração, permeabilidade entre 10 -4 e 10 -5 cm/s : baixa infiltração,permeabilidade entre 10 -5 e 10 -7 cm/s : infiltração muito baixa e permeabilidade < 10 -7 cm/s : praticamenteimpermeável. Em termos de notas, pontuou-se as classes de permeabilidade em 1, 2, 4, 5 e 5.

No caso dos solos em São Leopoldo, os Solos 1 e 3 apresentam permeabilidade = 10 -4 cm/s, com baixainfiltração. Os Solos 2 foram classificados como de alta infiltração e os Solos 4, com valor de permeabilidade= 10 -5 cm/s também foram classificados com de baixa infiltração. O peso adotado para este critério foi 2.

ESPESSURA DO SOLOO critério "espessura do solo" justifica-se por ser de importante valia na implantação e, principalmente naoperação, a disponibilidade no local de material de empréstimo para cobertura das células de resíduos (nocaso de Aterro Sanitário). O custo de transporte é atualmente um fator preponderante, logo a existência nolocal de solo passível de boa compactação classifica positivamente determinada área.

Adotou-se nota 0 (zero) para solos com horizonte B menor que 0,5 metros. Se esta faixa estiver entre 0,5 e 1metro a nota fica em 1 (um), enquanto que se entre 1 e 2 metros, já o valor sobe para 3 (três). Horizonte Bmaior que dois metros de espessura significa uma nota = 5. O peso desse mapa também foi adotado como 2.

A escolha do horizonte B para este critério deve-se ao fato de que a camada A normalmente é retirada nasetapas iniciais de movimentação de terra e obras de infra-estrutura.

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PROFUNDIDADE DO LENÇOL FREÁTICOEste dado é fundamental para a avaliação pretendida. Contudo, infelizmente, poucos são os levantamentos decotas do lençol freático. Quase sempre os municípios não dispõe desses valores (o que foi o caso de SãoLeopoldo). Considera-se importante o cadastramento e fiscalização dos órgãos municipais e estaduais sobre alocalização dos poços rasos (para o caso de obtenção de características do lençol freático) e de poçosartesianos (para análise dos aqüíferos).

Inclusive, observa-se esta preocupação com a inclusão dessa questão no recentemente criado Código Estadualdo Meio Ambiente do RS (Diário Oficial do Estado, 3/Agosto/2000, Lei 11520), o qual cita :

• A vulnerabilidade dos lençóis d’água subterrâneos será prioritariamente considerada na escolha damelhor alternativa de localização de empreendimentos de qualquer natureza potencialmente poluidoresdas águas subterrâneas.

• Nas regiões de recursos hídricos escassos a implantação de loteamentos, projetos de irrigação ecolonização, distritos industriais e outros empreendimentos que impliquem intensa utilização de águassubterrâneas ou impermeabilização de significativas porções de terreno, deverá ser feita de forma apreservar ao máximo o ciclo hidrológico original, a ser observado no processo de licenciamento.

• Na elaboração de Planos Diretores e outros instrumentos de planejamento urbano deverão ser indicados:• a posição dos lençóis de águas subterrâneas vulneráveis;• as áreas reservadas para o tratamento e o destino final das águas residuárias e dos resíduos sólidos,

quando couber.

Para este trabalho foi necessário utilizar-se de algumas hipóteses, em função da falta de dados reais. Éintenção da equipe buscar o cadastramento dos poços na região, de forma a confirmar os resultados aquiapresentados. Considerou-se que em toda a área do município o lençol freático "corre" paralelamente adeterminadas faixas de altitude do terreno. Assim, como hipótese teórica elaborou-se a Tabela 2, a seguir :

Tabela 2 : Relação profundidade do lençol freático e altitude, para São Leopoldo - RSAltitude Profundidade do LF330 a 100 - 12 metros99 a 10 - 4 metros9 a 0 - 1 metros

De uma forma geral, para a metodologia desse trabalho (e aplicação em qualquer município) adotou-se aseguinte pontuação : nota=0 para lençol freático a menos de 1 metro de profundidade, nota=1 paraprofundidades entre 1 e 2, nota=4 para profundidade entre 2 e 4 metros e nota=5 para lençol freático a maisde 4 metros do nível do terreno. O peso desse critério foi 3, pela importância em garantir-se a qualidade dasfontes de abastecimento de água para a comunidade.

VULNERABILIDADE DO AQÜÍFEROComo já vem sendo abordado, construiu-se ainda um mapa de vulnerabilidade ao aqüífero, de forma averificar-se possíveis impactos ambientais na área. Os critérios "permeabilidade do solo", "espessura do solo","distância do lençol freático" e "declividade" foram considerados. Todas as classes anteriormente definidasvalem agora a exceção do critério "declividade" que deve ser reestudado. Neste caso a declividade deve seravaliada como fator de maior ou menor infiltração de água e líquidos gerados no sistema de disposição finalde resíduos (chorume). Assim, para este caso, quanto maior a declividade, menor a infiltração de água nosolo, com maior escorrimento superficial. Classificou-se, dessa forma, as áreas planas com a menor nota(nota=1) e, em ordem crescente, até nota=5 para as áreas de alta declividade.

Os pesos de cada critério avaliado foi o mesmo, e o peso final do mapa de vulnerabilidade considerado foi de3, quando somado aos outros critérios classificatórios. A Tabela 3 resume os critérios classificatóriosadotados neste trabalho.

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Tabela 3 : Critérios classificatórios faixas de pontuação.Critério Faixa de avaliação Nota Peso1. Declividade (em função defacilidade de implantação)

Alta : >30%Média : 20-30%Baixa : 10-20%Muito baixa : 3-10%Plana : <3%

12345

1

2. Distância da mancha urbana 100 - 250 m250 - 500 m500 - 1000 m1000 - 2000 m> 2000 m

12345

3

3. Geologia - potencial hídrico Alto : BotucatuMédio : QuaternárioBaixo : Sanga do Cabral

024

3

4. Permeabilidade do solo Infiltração alta : >= 10-3 cm/sInfiltração média : 10-3 - 10-4 cm/sInfiltração baixa : 10-4 - 10-5 cm/sInfiltração muito baixa : < 10-5 cm/s

1245

2

5. Espessura do solo < 0,5 m0,5 - 1 m1 - 2 m> 2 m

0135

2

6. Profundidade do lençol freático < 1 m1 - 2 m2 - 4 m> 4 m

0145

3

7. Vulnerabilidade do aqüíferoConsiderando os critérios 4, 5, 6 edeclividade (em função de infiltraçãono solo)

Critério 4Critério 5Critério 6Declividade : Plana : <3% Muito baixa : 3-10% Baixa : 10-20% Média : 20-30% Alta : >30%

IdemIdemIdem12345

IdemIdemIdem2

Em virtude do projeto estar em andamento, será realizada, ainda, a revisão de critérios técnicos atuais deengenharia, tecnológicos e operacionais e análise de previsão de uso no Plano Diretor Municipal domunicípio em questão, bem como a avaliação da vida útil e usos futuros das áreas escolhidas

5. Análise da vida útil e usos futuros destas áreasEsta etapa concluirá o trabalho, indicando futuros critérios, parâmetros e pontos de amostragem das áreasselecionadas, com vistas ao monitoramento e reavaliação do projeto do sistema de disposição final deresíduos sólidos a ser implantado. Esta etapa justifica-se na medida em que continuam e complementam osdados anteriores, servindo como base para adoção de medidas corretivas e de redirecionamento do projetocomo um todo e aplicação no município estudado.

RESULTADOSPretende-se, com este projeto, acrescentar, com a proposição de critérios para seleção de áreas paradisposição de resíduos sólidos, elementos aos trabalhos de gerenciamento municipal de lixo, sob o enfoquedo desenvolvimento sustentável. Espera-se alcançar os seguintes produtos : 1) sistema de apoio a decisõesvoltadas ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos e 2) avaliações a serem realizadas sobre asfactibilidades técnicas frente as diversas alternativas atuais para o Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

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As Figuras 1 a 14 apresentam os mapas obtidos para o estudo de caso do município de São Leopoldo - RS.

A definição final de áreas aptas para o uso estudado é etapa ainda em andamento no projeto e pesquisa, poreste motivo fica em aberto a apresentação destes resultados de forma conclusiva.

Figura 1: Critério eliminatório - distância de recursos hídricos (escala de trabalho 1:50000).

Figura 2: Critério eliminatório - distância de vias(escala de trabalho 1:50000).

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Figura 3: Critério eliminatório - áreas inundáveis (escala de trabalho 1:50000).

Figura 4: Critério eliminatório - mancha urbana (escala de trabalho 1:50000).

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Figura 5: Critério eliminatório - legislação municipal (escala de trabalho 1:50000).

Figura 6: Áreas potencialmente aptas para disposição final de resíduos sólidos (escala detrabalho 1:50000).

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Figura 7: Critério classificatório - declividade (escala de trabalho 1:50000).

Figura 8: Critério classificatório - distância da mancha urbana (escala de trabalho 1:50000).

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Figura 9: Mapa Geológico(escala de trabalho 1:50000).

Fonte: modificado de ZELTZER et al., 1992.

Figura 10: Critério classificatório - geologia / potencial hídrico (escala de trabalho 1:50000).

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Figura 11: Mapa de solos (escala de trabalho 1:50000).

Figura 12: Critério classificatório - permeabilidade dos solos (escala de trabalho 1:50000).

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Figura 13: Critério classificatório - espessura do solo (escala de trabalho 1:50000).

Figura 14: Critério classificatório - distância do lençol freático (escala de trabalho 1:50000).

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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