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2019 Biologia Junho

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2019 Biologia

Junho

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Biologia

Núcleo interfásico e conceitos em divisão

Resumo

Núcleo interfásico

A interfase é um período no qual a célula não está se dividindo, isto é, entre duas divisões celulares, exercendo

sua função específica nos tecidos.

Carioteca

O núcleo da célula nesse período é formado por um envoltório conhecido como Carioteca, uma dupla

membrana com a presença de poros que comunicam o núcleo e o citoplasma. Ocorre a saída do RNA

mensageiro do núcleo para ser traduzido no citoplasma, por exemplo. A carioteca está presente apenas nos

seres eucariontes. As células bacterianas não possuem esse envoltório nuclear, assim são procariontes

Cariolinfa

Assim como o citoplasma celular, o interior do núcleo possui uma substância fluida rica em proteínas, RNA e

nucleotídeos.

Cromatina A cromatina é classificada em Eucromatina e Heterocromatina, de acordo com o grau de condensação. A

eucromatina é mais facilmente transcrita, ao passo que a heterocromatina, por estar mais condensada, torna

mais difícil o acesso para a enzima RNA polimerase.

Nucléolo

O nucléolo é fundamental para a síntese de proteínas pois dá origem ao RNA ribossomal presente nos

ribossomos. Essa estrutura desaparece na divisão celular.

Mecanismos básicos de divisão celular: Mitose e Meiose

Mitose: Célula em divisão (célula-mãe) origina duas células-filhas idênticas a ela e entre si, com mesma carga

genética. Divisão equacional.

Meiose: Célula em divisão (célula-mãe) 2n gerará quatro células n (metade da carga genética), diferentes da

célula-mãe. Divisão reducional.

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Biologia

Período pré-divisonal

A divisão celular é precedida de um período conhecido como intérfase, composta pelos períodos G1, S e G2.

• G1: Célula sofre aumento de tamanho e tem imensa síntesse proteica.

• S: Duplicação das cromátides (filamentos de DNA) dos cromossomos que se unirão em pares por uma

porção conhecida como centrômero. Esses pares são chamados cromátides-irmãs.

• G2: Multiplicação de centríolos, fundamentais a divisão celular.

Tem-se também uma etapa que não faz parte do ciclo da intérfase: na fase G0 a célula está exercendo seu

papel normal, não focando em divisão. G0 é válido para células que não estão se dividindo.

Gráfico da variação da quantidade de DNA em função do tempo.

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Biologia

Mitose

Dividida em prófase, metáfase, anáfase e telófase.

• Prófase: Espiralização dos cromossomos e desaparecimento do nucléolo. Centrossomos originam o

fuso mitótico ao redor do núcleo, formado por microtúbulos. As fibras que se situam ao redor de cada

par de centríolos opostas ao fuso constituem o áster.

• Metáfase: Cromossomos permanecem na região equatorial da célula, já espiralizados e condensados.

Centrossomos migram aos polos da célula, e ao fim da metáfase ocorre a duplicação dos centrômeros.

• Anáfase: Fibras do fuso mitótico, aderidas aos cromossomos, começam a se encurtar, puxando as

cromátides-irmãs aos polos da célula.

• Telófase: Cromossomos começam a se desenrolar, reaparecimento dos nucléolos, carioteca começa a

se reorganizar e centrossomos já em local definitivo nas células filhas. A citocinese conclui a separação

das células-filhas através da divisão citoplasmática.

Na célula vegetal, por não haver centríolos, não há formação do áster. A divisão celular vegetal é então

chamada de anastral, com uma citocinese centrífuga, ocorrendo do centro da célula até a periferia.

Na citocinese centrífuga, durante a telófase se forma um conjunto de microtúbulos chamados fragmoplastos,

que orietam orientam a deposição de uma placa de material oriundo de vesículas fundidas do Complexo

Golgiense no centro da célula. Conforme as vesículas crescem em direção a periferia, no interior delas são

depositadas substâncias como a pectina e a hemicelulose. De cada lado da placa celular, as membranas das

vesículas contribuem para a formação das novas membranas plasmáticas das duas células-filhas,

conectando-se com a membrana plasmática da célula-mãe.

Neste momento, é formada a lamela média, uma camada que forma a linha de união entre paredes celulares

de células vegetais contínuas. Cada célula-filha faz depósitos de uma parede de celulose externa a membrana,

que se estende por todo o perímetro da célula, enquanto a parede celular da célula mãe é desfeita, permitindo

o crescimento e separação das células-filhas, já dotadas da própria parede celular.

Observa-se então, nesta ordem: Citoplasma > Membrana Plasmática > Parede Celular > Lamela média.

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Biologia

Mitose é típica da reproduçao assexuada, mas tem diversas funções no organismo até de seres com

reprodução puramente sexuada, como uma possível reparação de tecidos lesionados, reposição de células

mortas, entre outros fatores.

Quanto mais especializada é uma célula, mais difícil é a sua divisão celular. Células pouco especializadas,

como epiteliais, sofrem alta taxa de mitose, enquanto células musculares ou neurônios, com alto grau de

especialização, sofrem baixíssima taxa de mitose.

Meiose

Meiose I: Fase reducional.

Meiose II: Fase equacional.

Também dividida em prófase, métafase, anáfase e telófase.

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Biologia

• Prófase I: Pareamento dos cromossomos homólogos, sendo possível que partes das cromátides se

quebrem e troquem pedaços, constituindo o Crossing-Over. Este fenômeno traz grande variabilidade

genética. Os centríolos migram para os polos da célula e a carioteca vai se desfazendo ao fim desta fase.

• Metáfase I: Os cromossomos estão presos cada um às fibras de um único polo, e estarão dispostos na

região equatorial da célula.

• Anáfase I: Fibras do fuso se encurtam, puxando cromossomos homólogos para polos opostos da célula,

sem que haja separação das cromátides. Isso reduz o número de cromossomos.

• Telófase I: Fase nem sempre obrigatória, podendo não ocorrer. Ao final dela, os cromossomos se

descondensam e desaparecem os fusos acromáticos. Ocorre a citocinese, separando as novas células

haploides.

Meiose II se assemelha a mitose, mas apresenta apenas um lote de cromossomos duplicados.

• Prófase II: Centríolos se multiplicam e carioteca se desfaz, caso esteja presente.

• Metáfase II: Cromossomos se prendem às fibras do fuso acromatico e vão para a porção equatorial da

célula.

• Anáfase II: SEPARAÇÃO DAS CROMÁTIDES IRMÃS! Elas são puxadas para os polos da célula.

• Telófase II: Desaparece o fuso acromático, reaparecem os nucléolos, há formação da carioteca e ocorre

a citocinese.

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Biologia

Exercícios

1. Um dos principais fenômenos que ocorrem na meiose é a permutação, também conhecida como

crossing-over. Nesse processo ocorre a troca de pedaços entre cromossomos homólogos,

aumentando assim a variedade genética.

Sabendo-se que a permuta ocorre na prófase I, marque a subfase em que ocorre esse processo.

a) Leptóteno.

b) Zigoteno.

c) Paquiteno.

d) Diploteno.

e) Diacinese.

2. O estudo do núcleo da célula é um tanto complexo, pois devemos levar em consideração o momento

vital da célula. Se ela está em um período de divisão, ou um período de interfase. Na interfase a célula

produz proteínas e aumenta de tamanho e seu DNA se duplica. A interfase é mais longa do que a divisão

celular propriamente dita. Assinale a alternativa que indica todas as estruturas presentes no núcleo de

uma célula Eucarionte durante todo o período da interfase.

a) Carioteca – Cromatina – Cromossomos

b) Carioteca – Nucléolos – Cromatina

c) Nucléolos – Cromatina – Cromossomos

d) Carioteca – Cromossomos – Cromátide

e) Nucléolos – Cromossomos – Cromonenma

3. Para estudar os cromossomos, é preciso observá-los no momento em que se encontram no ponto

máximo de sua condensação. A imagem corresponde ao tecido da raiz de cebola, visto ao microscópio,

e cada número marca uma das diferentes etapas do ciclo celular.

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Biologia

Qual número corresponde à melhor etapa para que esse estudo seja possível?

a) 1

b) 2

c) 3

d) 4

e) 5

4. Uma determinada espécie de animal possui célula 2n = 6 cromossomos. Qual alternativa apresenta a ilustração de uma célula dessa espécie na metáfase da segunda divisão por meiose?

a)

b)

c)

d)

e)

5. Um bioquímico mediu a quantidade de DNA em células cultivadas em laboratório e verificou que a

quantidade de DNA na célula duplicou:

a) entre as fases G1 e G2 do ciclo celular.

b) entre a prófase e a anáfase da mitose.

c) durante a metáfase do ciclo celular.

d) entre a prófase I e a prófase II da meiose.

e) entre a anáfase e a telófase da mitose.

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Biologia

6. O Brasil possui um grande número de espécies distintas entre animais, vegetais e microrganismos envoltos em uma imensa complexidade e distribuídas em uma grande variedade de ecossistemas.

SANDES. A. R. R.; BLASI. G. Biodiversidade e diversidade química e genética. Disponível em:http://novastecnologias.com.br. Acesso em: 22 set. 2015 (adaptado).

O incremento da variabilidade ocorre em razão da permuta genética, a qual propicia a troca de segmentos entre cromátides não irmãs na meiose. Essa troca de segmentos é determinante na

a) produção de indivíduos mais férteis.

b) transmissão de novas características adquiridas.

c) recombinação genética na formação dos gametas.

d) ocorrência de mutações somáticas nos descendentes.

e) variação do número de cromossomos característico da espécie.

7. Em relação ao processo de divisão celular, podemos afirmar que:

a) a mitose consiste em duas divisões celulares sucessivas.

b) os óvulos e os espermatozoides são produzidos por divisões mitóticas.

c) durante a meiose não ocorre a permutação ou “crossing-over”.

d) a meiose é um processo que dá origem a quatro células haplóides.

e) durante a mitose as cromátides irmãs não se separam.

8. No processo de mitose:

a) a partir de uma célula diplóide originam-se duas novas células diplóides.

b) a partir de uma célula diplóide originam-se quatro novas células diplóides.

c) a partir de uma célula haplóide originam-se duas novas células diplóides.

d) a partir de uma célula haplóide originam-se quatro novas células diplóides.

e) a partir de uma célula diplóide originam-se quatro novas células haplóides.

9. No nosso corpo ocorrem dois tipos de divisão celular: a mitose, nas células do corpo em geral, e a

meiose, nas células germinativas. Com relação à mitose e à meiose no corpo humano, é correto afirmar

que

a) na mitose, a partir de células iniciais com 46 cromossomos, formam-se células com a metade do

número de cromossomos.

b) a mitose é a divisão celular que forma os espermatozoides e os óvulos.

c) na meiose, a partir de células iniciais com 46 cromossomos, formam-se células com 23

cromossomos.

d) a meiose é a divisão celular que permite o crescimento dos organismos e a substituição das

células que envelhecem e morrem.

e) tanto na mitose quanto na meiose ocorre perda de cromossomos durante a divisão celular

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Biologia

10. Após uma aula sobre divisão celular, em células eucariontes, o professor projeta a imagem de uma célula que representa uma das etapas estudadas, e pergunta a seus alunos qual fase e divisão celular estão sendo representadas. Observe a imagem da representação projetada e assinale, das alternativas abaixo, qual a resposta correta para a questão proposta pelo professor

a) Metáfase da Mitose.

b) Anáfase da Mitose.

c) Anáfase I da Meiose.

d) Metáfase II da Meiose.

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Biologia

Gabarito

1. C

O processo de crossing over ocorre no paquíteno, subfase da prófase I.

2. B

A carioteca, os nucléolos e a cromatina estarão presentes nos núcleos interfásicos. As cromátides

estarão presentes após a duplicação do DNA.

3. C

A metáfase é a fase do ciclo com a condensação máxima dos cromossomos, assim, a melhor a ser

estudada é a de número 3.

4. C

A metáfase é a etapa onde os cromossomos estão organizados em uma placa equatorial, no centro da

célula, como indicado na figura C.

5. A

O DNA sofre duplicação na fase S do ciclo celular, que ocorre entre as fases G1 e G2.

6. C

A troca de cromátides não-irmãs durante a meiose gera um processo de recombinação genética na

formação dos gametas. Não caracteriza uma mutação, tendo em vista que o material genético continua

íntegro. Ressalta-se que a meiose em outros taxa diferentes dos animais origina células distintas (ex.

esporos em plantas).

7. D

A meiose reduz o número de cromossomos a metade, originando 4 células haploides. A mitose origina

duas células com o mesmo número de cromossomos da célula mãe.

8. A

A mitose origina duas células com o mesmo número de cromossomos da célula-mãe.

9. C

A meiose é um processo de divisão celular reducional, isto é, as células filhas apresentam a metade

da quantidade de cromossomos da célula-mãe.

10. C

Na imagem podemos ver que os cromossomos duplicados que estão se separando, caracterizando a

anáfase I da meiose.

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Biologia

Genética do sexo

Resumo

Normalmente, uma célula somática humana contém 22 pares de cromossomos autossômicos e um par

heterossômico. Isso totaliza 23 pares ou 46 cromossomos totais 2n=46. Os cromossomos autossômico

(pareados) estão relacionados com as características estruturais e funcionais de forma geral, enquanto os

sexuais (não–pareados) são responsáveis pelas características que irão definir os sexos, como a formação

das genitálias e órgãos reprodutores e outras características gerais também.

De modo geral, foi estabelecido, por convenção, o cromossomo X para o sexo feminino e o Y para o sexo

masculino. Entretanto, vale lembrar que o cariótipo sexual humano é definido por XX para o sexo feminino e XY

para o sexo masculino.

Os Cromossomos Sexuais

Os cromossomos Y são mais curtos que o cromossomo X, e é nessa região mais curta onde se encontram os

genes responsáveis pelas características masculinas dos indivíduos. Existe também uma região em X que não

tem correspondência em Y, ou seja, não existem alelos em Y correspondentes a X nessa. A isso se dá o nome

de região não-homóloga. Veja na figura abaixo:

É na meiose que esses cromossomos se separam, formando gametas contendo X ou Y. O homem produz

gametas X ou Y e a mulher, apenas X.

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Biologia

Exemplos de heranças relacionadas ao sexo: Herança restrita e ligada ao sexo

Restrita ao sexo: ocorre quando o gene está no cromossomo Y

Hipertricose auricular

Se manifesta em homenes pelo aumento do número e tamanho de pelos no pavilhão auditivo.

Ligada ao Sexo: é provocada por genes nos cromossomos X.

Hemofilia

É decorrente de mutações no gene que codifica o fator de VIII da cascata de coagulação sanguínea. Sendo

uma doença hemorrágica, resultante da deficiência desse fator da coagulação, acomete aproximadamente um

a cada dez mil nascimentos masculinos.

Por ser uma doença genética recessiva ligada ao cromosomo X, a hemofilia afeta quase exclusivamente

homens. Homens possuem um único alelo de fator VIII (XY) enquanto as mulheres possuem dois alelos (XX).

Homens com um alelo com mutação (XhY, hemizigose) terão a doença, enquanto mulheres com um único alelo

com mutação (XHXh, heterozigose) serão portadoras e, portanto, com 50% de probabilidade de transmitir o alelo

anormal à sua prole, em cada gestação. Já as mulheres com mutações em ambos os alelos (XhXh, homozigose)

manifestarão a doença, embora esta seja uma situação muito rara

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Biologia

Daltonismo

O daltonismo é um transtorno hereditário (herança recessiva ligada ao sexo). Cerca de 5% a 8% dos homens e

0,4% das mulheres apresentam um tipo de cegueira para cores conhecida como daltonismo, ou cegueira parcial

essas pessoas são incapazes de distinguir entre as cores vermelho e verde. A grande diferença entre o número

de homens afetados comparando com o de mulheres se explica pelo fato de o daltonismo ser provocado por

gene recessivo ligado ao cromossomo X. O termo daltonismo originou-se do nome do físico e químico inglês

John Dalton (1766 – 1844), que em 1794 publicou um estudo revelando que tinha dificuldade para distinguir

certas cores. O daltonismo é um defeito que faz com que pelo menos um dos três tipos de cones, que são os

receptores das cores existentes na retina, não funcione corretamente. Muitos referem-se ao daltônico como

aquela pessoa que confunde o verde com o vermelho, e vice-versa, porém esse é um conceito errôneo.

Herança influenciada pelo sexo

São características promovidas por genes autossômicos influenciados pelo sexo do indivído.

Calvicie

É uma herança autossômica dominante. Acreditava-se que um único gene transmitia total predisposição

genética, autossômica dominante em homens e autossômica recessiva em mulheres. Reavaliando

criteriosamente, este padrão hereditário parece ser poligênico, especialmente quando se observam os diversos

fenótipos da calvície, desde um couro cabeludo normal até a calvície completa. Acredita-se que indivíduos com

essa predisposição genética tenham aumento expressivo dos receptores de hormônios sexuais, que alteram a

forma e número dos folículos capilares.

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Exercícios

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Biologia

1. No heredograma, os símbolos preenchidos representam pessoas portadoras de um tipo raro de doença

genética. Os homens são representados pelos quadrados e as mulheres, pelos círculos.

Qual é o padrão de herança observado para essa doença?

a) Dominante autossômico, pois a doença aparece em ambos os sexos.

b) Recessivo ligado ao sexo, pois não ocorre a transmissão do pai para os filhos.

c) Recessivo ligado ao Y, pois a doença é transmitida dos pais heterozigotos para os filhos.

d) Dominante ligado ao sexo, pois todas as filhas de homens afetados também apresentam a doença.

e) Codominante autossômico, pois a doença é herdada pelos filhos de ambos os sexos, tanto do pai

quanto da mãe.

2. O heredograma a seguir apresenta um caso familial de daltonismo, herança determinada por um gene

recessivo localizado no cromossomo X.

Pela análise das informações contidas no heredograma e de outros conhecimentos que você possui

sobre o assunto, só se pode afirmar CORRETAMENTE que

a) o indivíduo II.1 tem 50% de chance de apresentar o gene para o caráter.

b) todas as filhas do indivíduo II.2 serão daltônicas.

c) qualquer descendente de II.4 receberá o gene para daltonismo.

d) o indivíduo II.2 herdou o gene de qualquer um dos genitores.

3. Em gatos, a determinação da cor do pêlo é um caso de herança ligada ao cromossomo X. Assim, o pêlo

malhado, que é a manifestação de um genótipo heterozigoto em ausência de dominância, só é

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Biologia

encontrado normalmente nas fêmeas . 0 aparecimento excepcional de machos malhados é explicado a

partir da seguinte constituição sexual cromossômica:

a) XY

b) XX

c) XXY

d) XYY

e) XXX

4. O cruzamento de uma drosófila de olho vermelho, heterozigota, com um macho de olho branco, sabendo-

se que esse caráter obedece ao mecanismo da herança ligada ao sexo, deve dar:

a) todos os descendentes machos de olho vermelho, porque eles não recebem o cromossomo X do

pai.

b) descendentes machos de olho vermelho e olho branco, porque 50% deles recebem o cromossomo

X do pai, que tem olho branco, e 50% o X da mãe, que tem olho vermelho.

c) todos os descendentes femininos de olho branco, porque as fêmeas recebem o cromossomo X do

pai, que tem olho branco.

d) 50% dos descendentes femininos de olhos vermelhos e 50% de olhos brancos, porque a fêmea é

heterozigota e o macho é portador do gene recessivo.

e) tanto machos quanto fêmeas 50% de olhos vermelhos e 50% de olhos brancos, porque se trata do

cruzamento de um heterozigoto com um birrecessivo.

5. A análise do heredograma a seguir permite supor que a característica apresentada pelos indivíduos é:

a) ligada ao cromossomo X.

b) ligada ao cromossomo Y.

c) autossômica dominante.

d) autossômica recessiva.

e) letal na primeira infância.

6. A calvície é determinada por um gene autossômico cuja dominância é influenciada pelo sexo,

comportando-se como dominante no homem e como recessivo na mulher. Simbolizando-se o gene que

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Biologia

causa a calvície por C e o seu alelo selvagem por c, indique o genótipo dos indivíduos (1), (2), (4) e (5) da

genealogia abaixo, na qual estes genes estão segregados.

a) Cc, CC, CC, Cc

b) Cc, cc, cc, Cc

c) CC, cc,cc, Cc

d) CC, Cc, Cc, Cc

7. Uma característica genética recessiva presente no cromossomo Y é:

a) poder ser herdada do pai ou da mãe pelos descendentes do sexo masculino e do feminino.

b) só poder ser herdada a partir do pai por seus descendentes do sexo masculino.

c) só poder ser herdada a partir do pai por seus descendentes do sexo feminino.

d) só poder ser herdada a partir da mãe por seus descendentes do sexo masculino.

e) só poder ser herdada a partir da mãe por seus descendentes do sexo feminino.

8. Os indivíduos de uma população de uma pequena cidade, fundada por uma família de europeus, são, frequentemente, frutos de casamentos consanguíneos. Grande parte dos grupos familiares dessa localidade apresenta membros acometidos por uma doença rara, identificada por fraqueza muscular progressiva, com início aos 30 anos de idade. Em famílias com presença dessa doença, quando os pais são saudáveis, somente os filhos do sexo masculino podem ser afetados. Mas em famílias cujo pai é acometido pela doença e a mãe é portadora do gene, 50% da descendência, independentemente do sexo, é afetada. Considerando as características populacionais, o sexo e a proporção dos indivíduos afetados, qual é o tipo de herança da doença descrita no texto?

a) Recessiva, ligada ao cromossomo X.

b) Dominante, ligada ao cromossomo X.

c) Recessiva, ligada ao cromossomo Y.

d) Recessiva autossômica.

e) Dominante autossômica.

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Biologia

9. Leandro, preocupado com a possibilidade de vir a ser calvo, consultou um amigo que estava estudando

genética. Contou que, embora seus pais não fossem calvos, sua avó materna era. Na família do avô

materno, não havia histórico de calvície. Seu amigo explicou que a calvície é uma característica

influenciada pelo sexo e que se expressa nos homens em homo e heterozigose e nas mulheres, somente

em homozigose. Assim concluiu que a chance de Leandro vir a ser calvo era de 50%. Essa conclusão

baseia-se no fato de

a) sua mãe ser heterozigota.

b) seu avô paterno ser calvo.

c) sua avó paterna ser heterozigota.

d) seu pai ser heterozigoto.

e) sua avó materna ser heterozigota.

10. A distrofia muscular Duchenne (DMD) é uma doença causada por uma mutação em um gene localizado

no cromossomo X. Pesquisadores estudaram uma família na qual gêmeas monozigóticas eram

portadoras de um alelo mutante recessivo para esse gene (heterozigóticas). O interessante é que uma

das gêmeas apresentava o fenótipo relacionado ao alelo mutante, isto é, DMD, enquanto a sua irmã

apresentava fenótipo normal. RICHARDS, C. S. et al. The American Journal of Human Genetics, n. 4, 1990 (adaptado).

A diferença na manifestação da DMD entre as gêmeas pode ser explicada pela

a) dominância incompleta do alelo mutante em relação ao alelo normal.

b) falha na separação dos cromossomos X no momento da separação dos dois embriões.

c) recombinação cromossômica em uma divisão celular embrionária anterior à separação dos dois

embriões.

d) inativação aleatória de um dos cromossomos X em fase posterior à divisão que resulta nos dois

embriões.

e) origem paterna do cromossomo portador do alelo mutante em uma das gêmeas e origem materna

na outra.

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Biologia

Gabarito

1. D

Uma doença relacionada ao sexo é uma doença ligada ao cromossomo X. Como ela é dominante, apenas

um X dominante já faz a doença se manifestar. Se um homem XY possui a doença, o único X dele é afetado

e todas suas filhas possuirão este cromossomo.

2. C

II.4 é uma mulher daltônica, logo XdXd, ela sempre mandará o X com o gene para o daltonismo.

3. C

Para pelagem malhada, é necessário dois cromossomos X, devido ao fator heterozigoto da herança. Como

gatos necessitam do cromossomo Y para serem machos, gatos malhados serão XXY.

4. D

Se a mosca XX, fêmea, é heterozigota, olho vermelho é dominante sobre olho branco. Se o macho tem olho

branco, nesse caso, ele será recessivo. Fazendo o cruzamento, é ½ de chance para cada.

5. B

Apenas homens são afetados, e todos os filhos homens de homens afetados são portadores, logo, está

ligado ao cromossomo Y.

6. A

Por ser uma herança influenciada pelo sexo, homens serão calvos mesmo heterozigotos, e mulheres serão

obrigatoriamente homozigotas dominantes.

7. B

Apenas homens podem herdar caracteres ligados ao cromossomo Y, e sempre do pai.

8. A

Como o texto menciona, quando os pais são saudáveis, ou seja, não tem o gene para a doença ligado no

cromossomo X, o filho somente terá a doença se a mãe proporcionar o X com o gene para a doença. Já se

o pai e a mãe são portadores, o filho poderá receber o X defeituoso da mãe, tendo 50% de chances e a filha

poderá receber ou da mãe ou do pai, já que ela é XX.

9. A

Como a avó materna de Leandro era calva, sua mãe é heterozigota, logo, há 50% de chance de Leandro ter

herdado o alelo para calvicie, que se manifesta em homens em heterozigose.

10. D

Cada mulher apresenta dois cromossomos X, um deles se inativando formando o corpúsculo de Barr (ou

cromatina sexual). Heterozigotas para DMD (XAXa) podem ter o XA inativado e manifestar a doença, ou

sofrer inativação do Xa e apresentar fenótipo normal. A expressão de fenótipos distintos em mulheres

heterozigotas para gene ligado ao sexo (cromossomo X) e gêmeas monozigóticas deve ser explicada pela

inativação ao acaso de um de seus cromossomos X.

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1

Biologia

Mitose e meiose

Resumo

Divisão celular

O período que antecede a divisão celular é a inteérfase, e apresenta intensa atividade metabólica e a

preparação para a divisão celular. A Intérfase é dividida nas seguintes fases:

• G1 → também chamada de fase GAP, é o período que compreende desde o final da divisão celular anterior e se

estendendo até o início da duplicação do DNA. Nesse período ocorre o crescimento da célula e síntese

proteica.

• S → também chamada de fase de síntese, ela se caracteriza pela duplicação das cromátides dos cromossomos,

ficando cada cromossomo com duas cromátides-irmãs unidas pelo centrômero.

• G2 → nesta fase a célula continua aumentando seu tamanho e duplicando as organelas, fazendo com que o

volume celular sofra um grande aumento que é necessário o início da divisão celular.

Mitose

Em uma célula eucarionte, uma célula mãe dá origem a duas células-filhas cromossômica e geneticamente

idênticas. Este processo é caracterizado pela separação de cromátides-irmãs (divisão equacional) e ocorre

de acordo com as seguintes etapas:

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Biologia

• Prófase → Nesta fase, os Centríolos começam a migrar para os pólos da célula, a carioteca se funde ao

RER e desaparece, junto ao nucléolo e a cromatina se espiraliza formando os cromossomos

• Metáfase → os cromossomos atingem o máximo de espiralização e se dispõem na metade da célula

formando a Placa Equatorial, os centríolos se encontram nos pólos formando o fuso acromático para

que haja separação do material genético

• Anáfase → ocorre a separação das cromátides irmãs no fuso acromático

• Telófase → Reaparecem a carioteca e o nucléolo, os cromossomos se desespiralizam formando os

cromatina

Diferenças entre a divisão celular da célula animal e vegetal

• Animal → Citocinese centrípeta, Cêntrica (presença de centríolos), Divisão Astral

• Vegetal → Citocinese centrífuga, Acêntrica (ausência de centríolos e de centrossomos), Divisão Anastral,

formação da Lamela média (deposição de celulose no meio da célula pela Complexo Golgiense)

Se fôssemos colocar a mitose em gráficos, ficaria desta forma:

Meiose

É um tipo de divisão celular em que uma célula diploide produz quatro células haploides, sendo por este

motivo uma divisão reducional, onde nos animais é gamética e dos vegetais é espórica.

Neste processo, a Meiose I é reducional enquanto que a Meiose II é equacional. A meiose I gera variabilidade

genética através do Crossing over e segregação independente.

Page 22: 2 Biologia 019

3

Biologia

Neste processo ocorre a redução cromossomial em meio a divisão celular:

• Prófase I à Esta fase é subdividida em algumas etapas:

1. Leptóteno -> cromatina espiraliza em cromossomos, nucléolo desaparece, centríolos começam a

migrar para os pólos da célula

2. Zigóteno -> ocorre o pareamento dos cromossomos homólogos (ficam lado a lado)

3. Paquíteno -> nesta fase ocorre o crossing-over (permutação)

4. Diplóteno -> visualização dos quiasmas (ponto onde ocorreu crossing over)

5. Diacinese -> desaparecimento da carioteca

• Metáfase I → cromossomos ficam organizados em pares e há formação de fibras do fuso

• Anáfase I → ocorre a separação dos cromossomos homólogos

• Telófase I → ocorre o reaparecimento da carioteca e nucléolo, cromossomos desespiralizam formando

a cromatina e ocorre a citocinese gerando duas células haploides

Meiose II

Este processo é semelhante a mitose, porém com os cromossomos reduzidos:

• Prófase II → Centríolos começam a migrar para os polos da célula, a carioteca se funde ao RER e

desaparece, junto ao nucléolo e a cromatina se espiraliza formando os cromossomos

• Metáfase II → os cromossomos atingem o máximo de espiralização e se dispõem na metade da célula

formando a Placa Equatorial, os centríolos se encontram nos polos formando o fuso acromático para

que haja separação do material genético

• Anáfase II → ocorre a separação das cromátides irmãs no fuso acromático

• Telófase II → Reaparecem a carioteca e o nucléolo, os cromossomos se desespiralizam formando os

cromatina

Page 24: 2 Biologia 019

5

Biologia

Exercícios

1. No gráfico abaixo, relativo ao ciclo celular, a mitose está representada pelo intervalo:

a) 1 – 2.

b) 2 – 3.

c) 1 – 3.

d) 3 – 4.

e) 4 – 5.

2. Quando adquirimos frutas no comércio, observamos com mais frequência frutas sem ou com poucas

sementes. Essas frutas têm grande apelo comercial e são preferidas por uma parcela cada vez maior

da população. Em plantas que normalmente são diploides, isto é, apresentam dois cromossomos de

cada par, uma das maneiras de produzir frutas sem sementes é gerar plantas com uma ploidia diferente

de dois, geralmente triploide. Uma das técnicas de produção dessas plantas triploides é a geração de

uma planta tetraploide (com 4 conjuntos de cromossomos), que produz gametas diploides e promove

a reprodução dessa planta com uma planta diploide normal. A planta triploide oriunda desse

cruzamento apresentará uma grande dificuldade de gerar gametas viáveis, pois como a segregação

dos cromossomos homólogos na meiose I é aleatória e independente, espera-se que

a) os gametas gerados sejam diploides.

b) as cromátides irmãs sejam separadas ao final desse evento.

c) o número de cromossomos encontrados no gameta seja 23.

d) um cromossomo de cada par seja direcionado para uma célula filha.

e) um gameta raramente terá o número correto de cromossomos da espécie.

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6

Biologia

3. A reprodução sexuada gera variabilidade genética dentre os seres vivos. Para tanto, durante a formação

dos gametas sexuais, um processo de meiose forma células filhas com metade do número de

cromossomos da célula mãe. Sobre este processo, ilustrado na figura abaixo, é correto afirmar que:

a) Em “1”, é mostrada a prófase I, onde a condensação dos cromossomos os torna visíveis ao

microscópio ótico.

b) Na fase de diplóteno da Meiose I, os cromossomos homólogos iniciam sua separação, cujas

cromátides se cruzam originando quiasmas.

c) Na anáfase I, os pares de cromossomos homólogos prendem-se ao fuso acromático dispondo-se

na região equatorial da célula.

d) Na metáfase II, os microtúbulos do fuso acromático puxam as cromátides-irmãs para os polos

opostos da célula.

e) Na telófase II, desaparecem os nucléolos e a célula se divide (citocinese II).

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7

Biologia

4. A figura a seguir representa o tecido meristemático de uma planta, onde podem ser observadas células

em diferentes fases de divisão. Qual das alternativas corresponde à sequência do processo mitótico?

a) a → b → c → d → e → f.

b) c → f → e → a → b → d.

c) f → b → a → e → d → c.

d) e → f → c → a → b → d.

e) f → e → c → b → d → a.

5. O gráfico mostra a variação da quantidade de DNA de uma célula somática durante as diversas fases de sua vida.

No gráfico, a mitose propriamente dita e a interfase correspondem, respectivamente, aos períodos de tempo:

a) 4 a 6 e 1 a 4.

b) 2 a 4 e 3 a 5.

c) 3 a 5 e 1 a 3.

d) 1 a 3 e 4 a 6.

e) 2 a 5 e 3 a 5.

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8

Biologia

6. No processo de divisão celular por mitose, chamamos de célula-mãe aquela que entra em divisão e de

células-filhas, as que se formam como resultado do processo. Ao final da mitose de uma célula, têm-

se:

a) Duas células, cada uma portadora de metade do material genético que a célula-mãe recebeu de

sua genitora e a outra metade, recém-sintetizada.

b) Duas células, uma delas com o material genético que a célula-mãe recebeu de sua genitora e a

outra célula com o material genético recém-sintetizado.

c) Três células, ou seja, a célula-mãe e duas células-filhas, essas últimas com metade do material

genético que a célula-mãe recebeu de sua genitora e a outra metade, recém-sintetizada.

d) Três células, ou seja, a célula-mãe e duas células-filhas, essas últimas contendo material genético

recém-sintetizado.

e) Quatro células, duas com material genético recém-sintetizado e duas com o material genético que

a célula-mãe recebeu de sua genitora.

7. O esquema a seguir mostra a duração das fases da mitose em células de embrião de gafanhoto,

mantido a 38ºC.

Adaptado de Carl P. Swanson. THE CELL. Foundations of Modern Biology. New Jersey: Prentice-Hall lnc. p.52)

De acordo com esses dados, a etapa mais rápida é aquela em que ocorre:

a) Fragmentação da carioteca.

b) Afastamento das cromátides-irmãs.

c) Reorganização dos núcleos.

d) Duplicação das moléculas de DNA.

e) Alinhamento dos cromossomos na placa equatorial.

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9

Biologia

8. Alguns indivíduos podem apresentar características específicas de Síndrome de Down sem o

comprometimento do sistema nervoso. Este fato se deve à presença de tecidos mosaicos, ou seja,

tecidos que apresentam células com um número normal de cromossomos e outras células com um

cromossomo a mais em um dos pares (trissomia). Este fato é devido a uma falha no mecanismo de

divisão celular denominada de não-disjunção. Assinale a alternativa que identifica a fase da divisão

celular em que esta falha ocorreu.

a) anáfase II da meiose

b) anáfase I da meiose

c) anáfase da mitose

d) metáfase da mitose

e) metáfase II da meiose

9. As figuras abaixo mostram fases de um tipo de divisão celular.

Assinale a alternativa que identifica corretamente o tipo de divisão e a sequência correta na qual essas

fases ocorrem.

a) Mitose: II → I → III → IV → V.

b) Mitose: III → IV → II →V → I.

c) Meiose: III →II → IV → V → I.

d) Meiose: IV → III → II →V → I.

e) Meiose: V → I → IV → II → III.

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Biologia

10. O ciclo celular envolve a interfase e as divisões celulares, que podem ser mitose ou meiose. A meiose

é um tipo de divisão celular que originará quatro células com o número de cromossomos reduzido pela

metade. Com base no texto e em seus conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que:

a) interfase é um período em que ocorre apenas a duplicação do material genético.

b) na anáfase I cada cromossomo de um par de cromossomos homólogos é puxado para um dos

polos da célula.

c) o crossing-over ocorre em todos os cromossomos não homólogos.

d) na telófase I os cromossomos separados em dois lotes sofrem duplicação do material genético e

as membranas nucleares se reorganizam.

e) quiasmas são as permutas que ocorrem entre cromátides irmãs que permitem a variedade de

gametas.

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11

Biologia

Gabarito

1. E

A mitose é a última etapa, quando retorna o número de cromossomos para 2n. Além disso, a duplicação

dos cromossomos se dá na fase S da interfase.

2. E

A planta triploide, para não gerar sementes, dificilmente terá o número correto de cromossomos, fazendo

com que não se desenvolvam seus gametas.

3. B

Na fase de diplóteno, dentro de prófase 1, há a formação dos quiasmas, regiões onde ocorreu o crossing

over na fase de paquíteno.

4. B

Inicialmente, ocorre condensação da cromatina (c e f). Na prófase, ocorre o desaparecimento da carioteca

e o início da migração dos cromossomos (a), até se alinharem no centro na metáfase (e). Na anáfase

ocorre a separação das cromátides irmãs (b). Por fim, na telófase, há o retorno da carioteca e a separação

em duas células.

5. A

O ciclo celular pode ser dividido em duas etapas: divisão celular e intérfase. Em geral, a mitose dura 5%

da duração total do ciclo celular, enquanto no tempo restante (95%) a célula permanece em intérfase.

Nessa fase, os cromossomos estão descondensados no interior do núcleo, constituindo a cromatina. É

durante a intérfase que o DNA está em plena atividade e é também nessa fase que as moléculas de DNA

se duplicam, preparando a célula para a próxima divisão. Portanto, a intérfase corresponde ao período de

tempo de 1 a 4, onde podemos notar no gráfico a duplicação do teor de DNA na célula (de 2C para 4C).

Já a mitose corresponde ao período de 4 a 6, onde podemos notar o retorno do teor de DNA da célula ao

nível original (de 4C para 2C).

6. A

Ao final da mitose, formam-se duas células. A replicação do material genético é dita semiconservativa,

fazendo com que cada receba metade recém sintetizada e a outra metade pré-existente.

7. B

A etapa mais rápida (9 min), de acordo com o esquema, é a anáfase. Nessa fase, ocorre a separação e o

afastamento das cromátides irmãs

8. C

Para indivíduos apresentarem a síndrome de Down na forma de mosaico, algumas células na fase de

mórula deveriam estar com o número normal de cromossomos. Assim, pode-se afirmar que a síndrome

não se originou da meiose, na formação dos gametas, mas da mitose durante o desenvolvimento

embrionário

9. C

A presença do quiasma indica que o processo é a MEIOSE, pois ocorreu crossing over. Esse processo

ocorre na fase de prófase I, assim, o número III é o primeiro a acontecer. A separação inicial é de

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Biologia

cromossomos homólogos, na anáfase I (figura II), enquanto que a separação das cromátides irmãs ocorre

na anáfase II (figura V). Por fim, há a separação da célula com um número haploide de cromossomos.

10. B

A anáfase I (meiose) é a fase na qual os cromossomos homólogos são separados.

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1

Biologia

Mutações cromossômicas

Resumo

As alterações cromossômicas são síndromes genéticas provocadas por:

(1) alterações estruturais, ocasionadas pelo ganho, perda ou pela inversão de nucleotídeos

(2) alterações numéricas em consequência da falta ou excesso de cromossomos nas células. As mutações

numéricas são, ainda, subdivididas em euploidias e aneuploidias.

Na Euploidia, altera-se todo o conjunto cromossômico. Pode ser do tipo Monoploidia, em que o indivíduo

possui um genoma (n), como na partenogênese; e Poliploidia, em que pode haver triploidia (3n), tetraploidia

(4n) e assim por diante, muito comum no reino vegetal.

As aneuploidias são consequências de erros na distribuição dos cromossomos durante a meiose na

gametogênse ou na mitose durante o desenvolvimento embrionário. É um defeito de segregação de

cromossomos homólogos ou de cromátides-irmãs, resultando na produção de gametas com mais ou menos

cromossomos que o normal. Esta alteração é um mecanismo comum de aparecimento de trissomias ou

monossomias. Pode ocorrer durante as fases de meiose I e II ou durante a mitose. E é a causa principal da

Síndrome de Down e várias outras síndromes.

Classificação das aneuploidias

As principais aneuploidias são:

Nulissomias (2n-2): Indivíduo não apresenta nenhum cromossomo de determinado par.

Monossomias (2n-1): Indivíduo apresenta apenas um cromossomo de um determinado par.

Trissomia (2n+1):Indivíduo portador dessa alteração apresenta um cromossomo a mais que o normal em

um determinado par, ou seja, apresenta três cromossomos de um mesmo tipo.

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2

Biologia

Exemplos de aneuploidias

Síndrome de Down (47, XX + 21 ou 47, XY +21): observa-se um indivíduo com 47 cromossomos, com um

cromossomo de número 21 a mais. A síndrome de Down leva ao surgimento de características como a prega

palpebral, a língua fissurada e a prega transversal contínua na palma da mão. Além disso, pessoas com essa

síndrome podem ter certo atraso no desenvolvimento e estão mais sujeitas a problemas cardíacos.

Síndrome de Turner (45, X0): observa-se a presença de apenas um cromossomo sexual X, sendo, portanto,

uma monossomia. Nesse caso, verifica-se um indivíduo do sexo feminino com pouco desenvolvimento das

mamas, ovários rudimentares, tórax largo, baixa estatura e pescoço alargado. Geralmente não causa atraso

mental e, quando este se apresenta, é leve. É a única monossomia viável em seres humanos.

Síndrome de Klinefelter (47, XXY): há, geralmente, três cromossomos sexuais (XXY), ou seja, é uma

trissomia. Indivíduos com essa síndrome são do sexo masculino, possuem órgãos genitais pouco

desenvolvidos, não produzem espermatozoides, podem apresentar crescimento das mamas e possuem

diminuição do nível intelectual.

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3

Biologia

Exercícios

1. O número de cromossomos da espécie humana pode, Às vezes, apresentar alterações. Pessoas com

síndrome de Klinefelter possuem 47 cromossomos, entre os quais, os cromossomos sexuais s„o

representados por XXY. Com base nessas informações e outros conhecimentos sobre o assunto, È

INCORRETO afirmar que

a) os pais de um indivíduo Klinefelter têm número normal de cromossomos nas células somáticas.

b) a presença de dois cromossomos X impede a manifestação do fenótipo masculino.

c) a ocorrência do fenótipo mutante é resultado de um cromossomo extra.

d) a fecundação de um óvulo X por um espermatozoide XY dê origem a um indivíduo Klinefelter.

2. No início do desenvolvimento, todo embrião humano tem estruturas que podem se diferenciar tanto

no sistema reprodutor masculino quanto no feminino. Um gene do cromossomo Y, denominado SRY

(sigla de sex-determining region Y), induz a formação dos testículos. Hormônios produzidos pelos

testículos atuam no embrião, induzindo a diferenciação das outras estruturas do sistema reprodutor

masculino e, portanto, o fenótipo masculino. Suponha que um óvulo tenha sido fecundado por um

espermatozóide portador de um cromossomo Y com uma mutação que inativa completamente o gene

SRY. Com base nas informações contidas no parágrafo anterior, pode-se prever que o zigoto

a) será inviável e não se desenvolverá em um novo indivíduo.

b) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino,

normal e fértil.

c) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XY) e fenotipicamente do sexo masculino, mas

sem testículos.

d) se desenvolverá em um indivíduo cromossomicamente do sexo masculino (XY), mas com

fenótipo feminino.

e) se desenvolverá em um indivíduo cromossômica (XX) e fenotipicamente do sexo feminino.

3. A síndrome de Down é causada por uma anomalia cromossômica em que o portador apresenta células

com três cromossomos do número 21. Os afetados apresentam geralmente baixa estatura, pescoço

relativamente curto, olhos oblíquos, mãos curtas e largas, entre outras características. Essa síndrome

é um exemplo de:

a) Euploidia.

b) Aneuploidia.

c) Deleção.

d) Duplicação.

e) Translocação.

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4

Biologia

4. Nas aneuploidias, um tipo de aberração cromossômica numérica, ocorrem alterações no número de um ou mais pares de cromossomos. Um exemplo de aneuploidia é a síndrome de Turner, em que o indivíduo apresenta apenas um cromossomo X, sendo, portanto, sempre do sexo feminino. Nesse caso ocorre uma pessoa com baixa estatura, ovários atrofiados, pescoço alado, deficiência hormonal, entre outras características. Esse tipo de aneuploidia recebe o nome de:

a) Nulissomia.

b) Monossomia.

c) Trissomia.

d) Tetrassomia.

5. A cariotipagem é um método que analisa células de um indivíduo para determinar seu padrão

cromossômico. Essa técnica consiste na montagem fotográfica, em sequência, dos pares de

cromossomos e permite identificar um indivíduo normal (46, XX ou 46, XY) ou com alguma alteração

cromossômica. A investigação do cariótipo de uma criança do sexo masculino, com alterações

morfológicas e comprometimento cognitivo, verificou que ela apresentava fórmula cariotípica 47, XY,

+18.

A alteração cromossômica da criança pode ser classificada como:

a) estrutural, do tipo deleção.

b) numérica, do tipo euploidia.

c) numérica, do tipo poliploidia.

d) estrutural, do tipo duplicação.

e) numérica, do tipo aneuploidia.

6. As anomalias cromossômicas são bastante frequentes na população humana. Cada espécie

apresenta um cariótipo típico, isto é, um conjunto de cromossomos caracterizado e identificado em

número, forma e tamanho. Alterações no material genético, quantitativas ou qualitativas, podem

ocorrer durante os processos de preparação para duplicação. Mesmo durante as divisões mitóticas

ou meióticas acontecem irregularidades (aberrações) na divisão celular ou ocorrem ação de agentes

externos como as radiações que podem cortar cromossomos. Como os cromossomos são os

depositários dos genes, qualquer alteração numérica ou estrutural é capaz de modificar a expressão

gênica, originando organismos anormais ou inviáveis. Qual das seguintes síndromes humanas

apresenta uma monossomia?

a) Síndrome de Edwards.

b) Síndrome de Klinefelter.

c) Síndrome de Turner.

d) Síndrome de Patau.

e) Síndrome de Down.

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5

Biologia

7. As aberrações cromossômicas são alterações estruturais (perda de pedaços ou inversões) ou

alterações numéricas (falta ou excesso) de cromossomos nas células. Essas alterações podem levar

ao desenvolvimento de algumas síndromes, ou mesmo à inviabilização do desenvolvimento

embrionário. Uma síndrome conhecida é aquela na qual indivíduos nascem com uma monossomia do

cromossomo X, ou seja, com cariótipo 45,X. Esta síndrome também é conhecida como:

a) Síndrome de Down.

b) Síndrome de Klinefelter.

c) Síndrome de Turner.

d) Síndrome de Patau.

8. A identificação do fator que origina indivíduos com síndrome de Down se tornou possível pela utilização da técnica de

a) contagem e identificação dos cromossomos.

b) cultura de células e tecidos.

c) mapeamento do genoma humano.

d) produção de DNA recombinante.

9. Um cientista realizou uma pesquisa para compreender o aparecimento de uma alteração no tamanho

diminuído de uma das asas de um lote de insetos polinizadores. O pesquisador constatou que

cromossomos não homólogos dos animais com a asa modificada apresentavam um rearranjo,

indicando uma troca mútua de segmentos, sugerindo, portanto, que essa alteração era a causa

provável do aparecimento da asa menor. A aberração estrutural, que incidiu nesses cromossomos,

denomina-se:

a) Deficiência.

b) Inversão.

c) Translocação.

d) Crossing-over.

e) Deleção.

10. Assinale a alternativa correta.

a) Os indivíduos com síndrome de Klinefelter possuem cariótipo 47, XXY, e o cromossomo a mais

pode ter sido herdado da mãe ou do pai.

b) Por meio da observação de hemácias da corrente sangüínea, é possível determinar se um

indivíduo tem número normal de cromossomos.

c) Os indivíduos com síndrome de Down apresentam um par de cromossomos nº 21 a mais.

d) As aberrações cromossômicas só podem ser diagnosticadas após o parto.

e) Desde que um indivíduo da espécie humana tenha 46 cromossomos em suas células, ele será

normal.

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6

Biologia

Gabarito

1. B

A presença do cromossomo Y faz com que, mesmo com dois cromossomos X, o fenótipo masculino

ainda seja expressado, como a presença de testículos, pênis, entre outros fatores.

2. D

Sem a ativação do gene SRY, não haverá o processo de diferenciação fenotípica masculina, e o embrião

se desenvolverá com fenótipo feminino.

3. B

A síndrome de Down caracteriza-se como uma aneuploidia, uma alteração numérica que modifica pouco

o número de cromossomos.

4. B

Esse tipo de aneuploidia recebe o nome de monossomia, pois o indivíduo apresenta um cromossomo a

menos que o normal (2n-1).

5. E

Edwards é uma alteração numérica, a trissomia do cromossomo 18, e pode ser classificada como uma

aneuploidia, pois é a adição de apenas um cromossomo.

6. C

A Síndrome de Turner trata-se de uma monossomia, ela ocorre quando a mulher carrega apenas um

cromossomo X, sendo então X0.

7. C

A presença de um único cromossomo X caracteriza a síndrome de Turner.

8. A

Síndrome de Down e outras alterações cromossômicas se tornaram possíveis de serem identificadas

devido a técnicas de contagem de cromossomos.

9. C

A troca de fragmentos entre cromossomos não-homólogos é chamada translocação.

10. A

Klinefelter é uma aneuploidia na qual o indivíduo apresenta um cromossomo X a mais. Esse cromossomo

X pode ter vindo da mãe, em um óvulo XX, ou do pai, em um espermatozoide XY.

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1

Biologia

Gametogênese e fecundação

Resumo

A gametogênese é o processo de produção dos gametas em seres que fazem a reprodução sexuada. Nos

humanos, a divisão celular fudamental para este processo é a meiose, que divide diploides originando células

haploides. A gametogênese masculina é chamada de espermatogênese, com formação de espermatozoide,

enquanto a feminina é chamada de ovulogênese, com a formação do óvulo.

Espermatogênese

Ocorre nos túbulos seminíferos dos testículos. As células germinativas, também chamadas de

espermatogônias, são aquelas que darão origem aos espermatozoides, e são nutridas pelas células de Sertoli,

que se localizam ao redor deste túbulos.

A espermatogênese apresenta 4 fases:

• Fase proliferativa: Inicia-se na vida embrionária (intrauterina) e dura durante a vida inteira. Nesta fase,

as espermatogônias sofrem sucessivas mitoses, aumentando seu número, e mantendo a célula diplóide

(2n).

• Fase de crescimento: As etapas a partir daqui ocorrem após a puberdade, também durando a vida

inteira. Há aumento no volume citoplasmático das espermatogônias, tornando-as espermatócitos I ainda

diplóides (2n).

• Fase de maturação: Nesta fase ocorre a meiose, onde cada espermatócito I (2n) originará dois

espermatócitos II haplóides (n), e com a ocorrência da meiose II, estes espermatócitos II originam quatro

espermátides, também haploides (n).

• Espermiogênese: Aqui as espermátides se diferenciam em espermatozoides, com perda de citoplasma

e formação do acrossomo pelo complexo golgiense (com enzimas que corroem os envoltórios do ovócito

no momento da fecundação). Também há a migração dos centríolos para a região posterior da célula,

Page 39: 2 Biologia 019

2

Biologia

para a formação do flagelo, e na peça intermediária (entre a “cabeça” e o flagelo), encontra-se uma alta

quantidade de mitocôndrias.

Ovogênese

Nos ovários, os gametas são originários de um grupamento de células germinativas chamadas de folículos

ovarianos de Graff. As células foliculares também irão produzir hormônios sexuais femininos (estrogênio e

progesterona) e serão resonsáveis pela manutenção das células germinativas.

A cada ciclo menstrual, apenas um folículo ovariano amadurece, sendo apenas um gameta maduro formado

e liberado em média a cada 28 dias. A cada ciclo menstrual, um dos ovários que faz a maturação folicular,

alternando esta produção.

A ovogênese apresenta 3 fases:

• Fase de proliferação: Ocorre apenas durante a vida intrauterina. Aqui ocorrem consecutivas mitoses,

aumentando a quantidade de ovogônias diplóides (células germinativas = 2n). Quando esta etapa é

interrompida, no indivíduo ainda na barriga da mãe, há cerca de 400 mil ovogônias formadas.

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3

Biologia

• Fase de crescimento: As ovogônias dão início à primeira divisão meiótica, que é interrompida na prófase

I. Elas crescem, com aumento do citoplasma e acúmulo de substâncias nutritivas (vitelo), que é

responsável pela nutrição do embrião durante seu desenvolvimento. Ao final do período de crescimento,

as ovogônias se transformam em ovócitos primários (ovócitos I). Nas mulheres, essa fase dura até a

puberdade, quando a menina inicia a sua maturidade sexual.

• Fase de maturação: inicia quando a menina alcança a maturidade sexual (entre 11 a 15 anos de

idade).O ovócito primário completa a primeira divisão meiótica, originando duas células: uma das células

é o ovócito secundário (ovócito II), célula grande e rica em vitelo; a outra célula é o primeiro corpúsculo

polar (polócito I), que recebe pouco citoplasma e, na maioria das vezes, desintegra-se sem iniciar a

segunda divisão meiótica. O ovócito II sofre a segunda divisão meiótica que é interrompida na metáfase.

Caso haja fecundação, a segunda divisão meiótica se completa dando origem ao óvulo e ao segundo

corpúsculo polar (polócito II), que também se desintegra.

Na ovogênese a divisão meiótica é desigual, não se reparte igualmente o citoplasma entre as células-

filhas (ovócito II e polócito I), permitindo que o ovócito II formado seja rico em substâncias nutritivas.

Fecundação

O ovócito II ovulado apresenta duas camadas de proteção: a corona radiata, mais externa, e a zona pelúcida

formada principalmente por glicoproteínas. As enzimas presentes no acrossoma dos espermatozóides

rompem essas camadas, fazendo com que seja possível um espermatozoide se fusionar ao ovócito II.

Neste momento onde as duas camadas de proteção foram rompidas, há a fusão da membrana dos gametas,

e para evitar a entrada de mais de um espermatozoide no ovócito (poliespermia), há a liberação de grânulos

Page 41: 2 Biologia 019

4

Biologia

corticais. É neste momento que a meiose II do ovócito II finaliza, formando um corpúsuclo polar e o óvulo

propriamente dito. Importante lembrar que neste momento apenas os citoplasmas foram unidos, mas ainda

não houve a fusão dos núcleos.

Após a fusão das membranas e a finalização da meiose II, o núcleo do espermatozóide e do óvulo se unem,

em uma etapa chamada de cariogamia. Aqui, com a fusão dos núcleos, temos a formação do zigoto diplóde

(2n) que irá originar o novo ser.

O processo da fecundação ocorre no terço posterior da tuba uterina, com a locomoção dos espermatozóides

pela movimentação dos flagelos, e após a fecundação o zigoto migra para o útero.

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5

Biologia

Exercícios

1. Entre as várias diferenças que existem entre o gameta masculino e o feminino na espécie humana está

a quantidade de mitocôndria. No espermatozoide existem mitocôndrias em duas regiões: acrossomo e

na peça intermediária. No óvulo existem mitocôndrias distribuídas ao longo de todo o seu gigante

citoplasma. Assinale a opção que apresenta corretamente a consequência dessa diferença entre

espermatozoide e óvulo.

a) Em todos os filhos, independentemente do sexo, os produtos gênicos mitocondriais são

produzidos a partir de genes herdados da mãe.

b) Os óvulos são mais ativos que os espermatozoides por possuírem mais mitocôndrias, fonte de

energia da célula.

c) Há uma maior transcrição nos óvulos do que nos espermatozoides, pela presença de maior

quantidade de mitocôndrias nos primeiros.

d) Os espermatozoides são células diferenciadas não secretoras enquanto que os óvulos são células

diferenciadas secretoras.

2. Com relação à gametogênese masculina, pode-se dizer que:

a) das células germinativas primordiais originam-se espermátides que, por mitose, formam

espermatozoides.

b) o homem, antes da puberdade, possui um número suficiente de espermatozoides capacitados

para a fecundação.

c) ela se passa nos testículos, onde ocorre a espermiogênese.

d) a espermatogênese independe de qualquer ação hormonal.

e) o recém-nascido apresenta nos túbulos seminíferos pequena quantidade de espermatozoides.

3. A meiose é um tipo de divisão celular que conduz, nas gônadas, a produção dos gametas masculinos

(espermatozoides) e dos femininos (óvulos). Sabe-se que a sequência da espermatogênese é a

seguinte:

Com base nisso, assinale a alternativa que relaciona apenas as células diploides da sequência.

a) Espermatogônias e espermatócitos de 1a ordem.

b) Espermatócitos de 1a ordem e de 2a ordem.

c) Espermatócitos de 2a ordem e espermátides.

d) Espermátides e espermatozoides.

e) Espermatozoides e espermatogônias.

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6

Biologia

4. A figura abaixo serve de suporte para esta questão e mostra a parede de um túbulo seminífero humano,

em corte transversal. Nessa figura estão representadas as diversas fases de formação dos

espermatozoides (espermatogênese).

Considerando os processos de proliferação, divisão e diferenciação celular ocorridos durante a

espermatogênese, é correto afirmar que o número cromossômico é:

a) 23, nos espermatócitos primários.

b) 46, nos espermatócitos primários, e 23, nos espermatócitos secundários.

c) 46, nos espermatócitos primários e secundários, e 23, nas espermátides.

d) 23, nos espermatócitos primários e secundários.

e) 23, nos espermatócitos secundários, e 46, nas espermátides.

5. Assinale a alternativa correta:

a) Gametogênese é um processo de formação de células destinadas à reprodução, onde se verifica

apenas a divisão mitótica.

b) Na espermatogênese, cada espermatogônia dá origem a um espermatozóide fértil e três glóbulos

polares não-funcionais.

c) Na ovogênese formam-se quatro óvulos férteis a partir de cada ovogônia.

d) Na espécie humana, a ovogênese completa-se apenas quando ocorre a penetração do

espermatozóide no ovócito II. O ovário libera o ovócito II que penetra no oviduto (Trompas de

Falópio) e só completa a segunda divisão meiótica quando fecundado pelo espermatozóide.

e) Os gametas são células diplóides que têm a função de garantir a reprodução das espécies.

Page 44: 2 Biologia 019

7

Biologia

6. Uma mulher com 40 anos ou mais tem a maior probabilidade de gerar uma criança com defeitos

congênitos do que uma mulher com 20 anos. Mas um o homem com 20 ou mais de 40 anos tem a

mesmas chances de gerar uma criança normal. Esta diferença deve-se ao fato de:

a) Os ovócitos primários serem produzidos apenas no período embrionário e os espermatócitos

primários produzidos continuamente a partir da puberdade.

b) Os ovócitos primários serem produzidos apenas durante a puberdade e os espermatócitos

primários produzidos constantemente ao longo da vida.

c) Tanto os ovócitos primários quanto os espermatócitos primários formarem-se apenas na vida

embrionária, sendo os espermatócitos produzidos em maior quantidade.

d) Tanto os ovócitos primários quanto espermatócitos primários formarem-se apenas durante a

puberdade, sendo sendo os espermatócitos produzidos em maior quantidade.

e) Os ovócitos primários serem produzidos constantemente ao longo da vida e os espermatócitos

primários produzidos apenas no período embrionário.

7. A idade materna avançada implica em preocupação com a possibilidade do nascimento de bebês com

anomalias, porque

a) os folículos ovarianos entram em atividade, mas, em geral, apenas um cresce e amadurece,

enquanto os demais regridem.

b) os ovócitos maternos permanecem um longo período em divisão meiótica, mais suscetíveis a

agentes físicos, químicos e biológicos.

c) as ovogônias maternas interrompem a fase de multiplicação por volta da 15• semana de vida fetal

e transformam-se em ovócitos primários.

d) as gônadas têm células conservadas num estado indiferenciado e, quando estimuladas, iniciam a

produção dos gametas.

e) as células do ovário materno sofrem inúmeras divisões mitóticas em resposta aos mecanismos de

controle do ciclo celular.

8. A espermatogênese refere-se à sequência inteira de eventos através dos quais a partir das espermatogônias ocorre a formação dos espermatozoides. Sobre esse evento, é correto afirmar que:

a) A primeira divisão meiótica acontece nos espermatócitos primários, e dão origem aos

espermatócitos secundários, haploides.

b) Na puberdade, as espermatogônias, que haviam permanecido dormentes no epidídimo desde o

período fetal, começam a aumentar de número.

c) As células de Leydig, que revestem os túbulos seminíferos, sustentam e nutrem as células

germinativas.

d) Os espermatócitos secundários possuem 2n = 46 cromossomos e são as células que sofrem a

primeira divisão reducional (meiose) durante a espermatogênese.

e) As espermátides são as maiores células germinativas dos túbulos seminíferos e através da

espermiogênese diferenciam-se em espermatozoides.

Page 45: 2 Biologia 019

8

Biologia

9. Durante a gametogênese pode-se afirmar que:

a) A ovogênese no ser humano inicia-se na primeira infância e termina com a fecundação.

b) A duplicação do número de cromossomas, ocorre na espermiogênese.

c) Ao término da gametogênese os gametas femininos e masculinos produzidos têm o mesmo

número de cromossomas.

d) A produção de espermatozoides humanos está sob a influência do hormônio luteinizante.

e) Ao término da ovogênese humana todas as células produzidas são gametas haplóides e viáveis.

10. Os animais exibem padrões de reprodução sexuada extremamente diversificados. Entretanto, todos

têm em comum a ocorrência da gametogênese, o processo de formação dos gametas. Nos machos,

ocorre a espermatogênese, ou seja, a formação de espermatozoides. Entre as fêmeas, acontece a

ovulogênese, isto é, a formação de óvulos. Sobre esses fenômenos, assinale a afirmativa correta.

a) Ambos ocorrem em células denominadas gônadas, sendo que a espermatogênese se dá nos

testículos, nos machos, e a ovulogênese, nos ovários, nas fêmeas.

b) Meiose ocorre em ambos, sendo que, de cada cem células que iniciam, podem surgir quatrocentos

espermatozoides ou quatrocentos óvulos.

c) Os produtos meióticos da espermatogênese já são os espermatozoides, mas na ovulogênese

passam por diferenciação celular antes de se tornar gametas.

d) Quando da ovulação, é liberado do ovário um ovócito primário, que só se tornará óvulo caso seja

fecundado.

e) A proliferação de espermatogônias ocorre praticamente por toda a vida masculina fértil, enquanto

a de ovogônias se restringe à fase embrionária feminina.

Page 46: 2 Biologia 019

9

Biologia

Gabarito

1. A

A mitocôndria terá origem materna pois quando ocorre a fecundação, apenas a região da cabeça do

espermatozoide se fusiona com o ovócito II. Como as mitocôndrias paternas estão na região da peça

intermediária, ela não entra na formação do zigoto. Assim, tanto meninos como meninas recebem o

material genético mitocondrial da mãe.

2. C

Todo o processo de formação dos espermatozoides ocorre no interior do testículo.

3. A

As células diploides estão presentes até antes de se iniciar a divisão meiótica, sendo as espermatogônias

e espermatócitos primários células diplóides (2n). A partir dos espermatócitos secundários, as células são

haploides (n), pois houve a meiose.

4. B

Como espermatogônias e espermatócitos primários são células 2n, eles apresentarão 46 cromossomos.

A partir dos espermatócitos secundários, como houve a meiose, eles terão 23 cromossomos.

5. D

A alternativa a está incorreta, pois, durante o processo de gametogênese, deve ocorrer tanto a mitose

(para aumento do número de células germinativas) quanto a meiose (para redução do material genético

pela metade e aumento de sua variabilidade genética). A alternativa b está incorreta, pois cada

espermatogônia dá origem a quatro espermatozóides e, durante a gametogênese masculina, não há

formação de corpúsculos polares. A alternativa c está incorreta, pois na ovogênese formam-se apenas

um grande ovócito secundário fértil a partir de cada ovogônia. As outras células pequenas formadas

(corpúsculos polares) se degeneram. A alternativa d está correta, pois, de fato, o gameta feminino

liberado durante a ovulação é o ovócito II, que encontra-se estacionado na fase de metáfase II. Esse

gameta só completará a divisão meiótica após a fecundação. A letra e está incorreta, pois os gametas

são células reprodutivas haplóides.

6. A

O processo de formação de óvulos inicia-se antes mesmo do nascimento, por volta do terceiro mês de

desenvolvimento. As ovogônias se multiplicam durante a fase fetal feminina. Em seguida, param de se

dividir e diferenciam-se em ovócitos primários. Logo, a mulher nasce com um número fixo de ovócitos

(cerca de 400 mil). Com o passar do tempo, as células do corpo dos seres humanos envelhecem, e nas

mulheres isso também vale para esses ovócitos que ficaram armazenados. Esse fato, somado a outros

fatores, aumenta as chances de se gerar uma criança com anomalias genéticas. Já nos homens, a

espermatogênese é contínua a partir da puberdade, pois as espermatogônias continuam a se multiplicar

por mitose e se transformar em espermatócitos primários. Logo, os espermatozóides apresentam

renovação contínua ao longo da vida do homem.

Page 47: 2 Biologia 019

10

Biologia

7. B

Quanto maior a idade da mulher, maior o risco de anomalias visto que os ovócitos estão estacionados em

meiose até ocorrer o estímulo para a ovulação por mais tempo do que em uma mulher jovem. Nesse

período estacional, são mais suscetíveis a agentes ambientais que podem provocar mutações no material

genético ou não-disjunções dos cromossomos.

8. A

A primeira divisão meiótica, também conhecida como reducional, ocorre nos espermatócitos primários

(dica para memorizar: Meiose I no espermatócito I), dando origem aos espermatócitos II, já haploides.

9. C

Apesar de terem diferentes etapas e épocas de desenvolvimento, os gametas sempre sofrem a meiose,

independente dele ser masculino ou feminino, o que deixa todas as células gaméticas com o mesmo

número de cromossomos (haplóides, onde n=23)

10. E

A multiplicação de espermatogônias ocorre durante toda a vida do homem, desde a vida intrauterina, com

a produção de espermatozoides ocorrendo a partir da puberdade, também durando até o fim da vida. Já

nas mulheres, a multiplicação de ovogônias ocorre apenas durante a vida intrauterina.

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1

Biologia

Segunda lei de Mendel

Resumo

A Segunda Lei de Mendel refere-se a segregação independente dos fatores. Em outras palavras, pode-se

dizer que refere-se a separação de dois (ou mais) pares de genes alelos, estando estes localizados em pares

distintos de cromossomos homólogos, durante a formação dos gametas.

Por exemplo, ao analisar simultaneamente a cor de uma semente de ervilha (verde ou amarela) e a textura

de sua casca (rugosa ou lisa), Mendel determinou que um fator não dependia do outro em sua segregação

para a formação de gametas, podendo haver ervilhas amarelas rugosas, amarelas lisas, verdes rugosas e

verdes lisas.

Mendel realizou o cruzamento de uma planta cujas ervilhas eram duplo-homozigotas dominantes (VVRR,

fenótipo amarela lisa) com ervilhas duplo-homozigotas recessivas (vvrr, fenótipo verde rugosa). Os únicos

gametas possíveis eram VR e vr, logo, houve a formação de uma geração F1 inteiramente duplo-heterozigota

(VvRr). O cruzamento desta geração F1 gerou a seguinte geração F2:

Proporção Genotípica de F2:

9 V_R_

3 V_rr

3 vvR_

1 vvrr

Proporção Fenotípica de F2:

9/16 Amarelas Lisas

3/16 Amarelas Rugosas

3/16 Verdes Lisas

1/16 Verdes Rugosas

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2

Biologia

É valido citar que, em casos de duplo-heterozigoto, ao analisar apenas dois pares, a proporção fenotípica

observada será sempre 9:3:3:1.

Para determinar o número de gametas de determinado genótipo, basta observar o número de pares

heterozigotos (n), e elevar 2 por esse número (2n).

• Ex.: Formação de gametas em AABbCCDd.

Há dois pares de alelos heterozigotos. Sem utilizar a fórmula, é possível deduzir que os gametas

possíveis são: ABCD; AbCD; ABCd; AbCd. O par AA só pode mandar A, o par Bb pode mandar B ou

b, o par CC só pode mandar C, o par Dd pode mandar D ou d. Sendo assim, há 4 possíveis

combinações. O número de heterozigotos é 2, logo, n = 2. Na fórmula, 2² = 4, comprovando que os

números batem.

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3

Biologia

A Segunda Lei de Mendel também pode ser calculada como dois casos isolados de Primeira Lei de Mendel,

obedecendo a “regra do E”.

• Ex.: Cruzamento VvRr x VvRr, destrinchado em Vv x Vv e Rr x Rr

Há probabilidade de ¾ para a formação de sementes amarelas (V_), enquanto há probabilidade de

¼ para a formação de sementes lisas (rr). Caso a busca seja pela probabilidade de sementes

amarelas E lisas, multiplica-se ¾ x ¼ = 3/16, a proporção anteriormente vista.

V v

V VV Vv

v Vv vv

¾ de probabilidade de ser amarela

R r

R RR Rr

r Rr rr

¼ de probabilidade de ser rugosa

Caso os genes estejam no mesmo cromossomo, ou seja, em Linkage, a segregação NÃO será independente,

portanto, a Segunda Lei de Mendel não é absoluta.

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Biologia

Exercícios

1. Na espécie humana existem várias características cuja herança provém de um par de alelos com

relação de dominância completa. Na forma do lobo da orelha o alelo dominante é responsável pelo lobo

solto e o alelo recessivo pelo lobo preso. A capacidade de enrolar a língua também é determinada por

um par de alelos situados em outros cromossomos autossômicos, onde o alelo dominante determina

essa capacidade. A probabilidade de nascer um descendente com o lobo da orelha preso e a

capacidade de enrolar a língua de um casal onde ambos são heterozigotos para as duas características

é:

a) 12/16

b) 9/16

c) 4/16

d) 3/16

e) 1/16

2. Suponha que, em uma planta, os genes que determinam bordas lisas das folhas e flores com pétalas

lisas sejam dominantes em relação a seus alelos que condicionam, respectivamente, bordas

serrilhadas e pétalas manchadas. Uma planta diíbrida foi cruzada com uma de folhas serrilhadas e de

pétalas lisas, heterozigota para esta característica. Foram obtidas 320 sementes. Supondo que todas

germinem, o número de plantas, com ambos os caracteres dominantes, será de

a) 120.

b) 160.

c) 320.

d) 80.

e) 200.

3. De acordo com a segunda lei de Mendel, o cruzamento AaBbCc × aabbcc terá chance de produzir

descendentes com genótipo AaBbCc igual a

a) 1/2

b) 1/4

c) 1/8

d) 1/16

e) 1/64

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5

Biologia

4. Em determinada planta, flores vermelhas são condicionadas por um gene dominante e flores brancas

por seu alelo recessivo; folhas longas são condicionadas por um gene dominante e folhas curtas por

seu alelo recessivo. Esses dois pares de alelos localizam-se em cromossomos diferentes. Do

cruzamento entre plantas heterozigóticas para os dois caracteres resultaram 320 descendentes.

Desses, espera-se que o número de plantas com flores vermelhas e folhas curtas seja

a) 20.

b) 60.

c) 160.

d) 180.

e) 320.

5. Analise o heredograma que ilustra a transmissão de duas características genéticas, cada uma

condicionada por um par de alelos autossômicos com dominância simples.

Admitindo que todos os indivíduos da geração parental são duplo homozigotos, e que foram gerados

em (F2) cerca de cem descendentes, é correto afirmar que a proporção esperada para os fenótipos 1,

2, 3 e 4, respectivamente, é de

a) 3:1:3:1.

b) 9:3:3:1.

c) 1:1:1:1.

d) 3:3:1:1.

e) 1:3:3:1.

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6

Biologia

6. No milho, grãos de coloração púrpura são dominantes em relação a amarelos, e grãos cheios são

dominantes em relação a murchos. Do cruzamento entre duas plantas, foi obtida uma prole com as

seguintes proporções: 25%de grãos púrpura e cheios; 25%de grãos amarelos e cheios; 25%de grãos

púrpura e murchos; 25% de grãos amarelos e murchos. Sabendo que uma das plantas parentais era

totalmente homozigota, assinale a alternativa correta.

a) Os dois genes citados não estão segregando de forma independente.

b) A planta homozigota era dominante para as duas características.

c) Uma das plantas parentais era heterozigota para as duas características.

d) A prole seria mantida na proporção 1:1:1:1, se as duas plantas parentais fossem duplo

heterozigotas.

e) Os resultados obtidos são fruto de recombinação genética.

7. Em tomates, a característica planta alta é dominante em relação à característica planta anã e a cor

vermelha do fruto é dominante em relação à cor amarela. Um agricultor cruzou duas linhagens puras:

planta alta/fruto vermelho x planta anã/fruto amarelo. Interessado em obter uma linhagem de plantas

anãs com frutos vermelhos, deixou que os descendentes dessas plantas cruzassem entre si, obtendo

320 novas plantas. O número esperado de plantas com o fenótipo desejado pelo agricultor e as plantas

que ele deve utilizar nos próximos cruzamentos, para que os descendentes apresentem sempre as

características desejadas (plantas anãs com frutos vermelhos), estão corretamente indicados em:

a) 16; plantas homozigóticas em relação às duas características.

b) 48; plantas homozigóticas em relação às duas características.

c) 48; plantas heterozigóticas em relação às duas características.

d) 60; plantas heterozigóticas em relação às duas características.

e) 60; plantas homozigóticas em relação às duas características.

8. Na espécie humana, a habilidade para o uso da mão direita é condicionada pelo gene dominante E,

sendo a habilidade para o uso da mão esquerda devida a seu alelo recessivo e. A sensibilidade à

feniltiocarbamida (PTC) é condicionada pelo gene dominante I, e a insensibilidade a essa substância é

devida a seu alelo recessivo i. Esses dois pares de alelos apresentam segregação independente. Um

homem canhoto e sensível ao PTC, cujo pai era insensível, casa-se com uma mulher destra, sensível,

cuja mãe era canhota e insensível.

A probabilidade de esse casal vir a ter uma criança canhota e sensível ao PTC é de

a) 3/4.

b) 3/8.

c) 1/4.

d) 3/16.

e) 1/8.

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7

Biologia

9. A fibrose cística e a miopia são causadas por genes autossômicos recessivos. Uma mulher míope e

normal para fibrose cística casa-se com um homem normal para ambas as características, filho de pai

míope. A primeira criança nascida foi uma menina de visão normal, mas com fibrose. A probabilidade

de o casal ter outra menina normal para ambas as características é de:

a) 3/8.

b) 1/4.

c) 3/16.

d) 3/4.

e) 1/8

10. Assinale a alternativa correta a respeito do heredograma abaixo.

a) O indivíduo 1 pode ser homozigoto para o albinismo.

b) O casal 1 x 2 tem 50% de probabilidade de ter uma criança destra e normal para o albinismo.

c) Um dos pais do indivíduo 4 é obrigatoriamente canhoto.

d) Todos os filhos do casal 6 x 7 serão albinos.

e) Os indivíduos 1 e 8 têm obrigatoriamente o mesmo genótipo.

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Biologia

Gabarito

1. D

A - gene dominante para lobo solto

a - gene recessivo para lobo preso

B- gene dominante para capacidade de enrolar a língua

b- gene recessivo para a ausência de capacidade de enrolar a língua

Se o casal é heterozigoto, o genótipo é AaBb.

A probabilidade de nascer com o lobo da orelha preso é de ¼ (aa) e a de nascer com a capacidade de

enrolar a língua é de ¾ (BB ou Bb).

A probabilidade de nascer um descendente com orelha de lobo preso E com capacidade de enrolar a

língua,devemos multiplicar as probabilidades.

E = multiplica

Ou = soma

1/4 x 3/4 = 3/16.

2. A

Borda lisa das folhas – AA/Aa

Flores com pétalas lisas BB/Bb

Bordas serrilhadas - aa

Pétalas manchadas - bb

AaBb x aaBb

Fazendo o cruzamento da característica bordas das folhas ("A"):

Aa x aa

Aa; Aa; aa; aa

P(A) = 2/4 = 1/2 ⇒ 1/2 a probabilidade de se obter caractere dominante nas bordas das folhas.

Fazendo o cruzamento da característica pétalas das flores ("B"):

Bb x Bb

BB; Bb; Bb; bb

P(B) = 3/4 a probabilidade de se obter caractere dominante nas pétalas das flores.

Como queremos os caracteres dominantes, multiplicamos a probabilidade encontrada:

P(A) x P(B) = 1/2 x 3/4 = 3/8

3/8 x 320 (sementes) = 120.

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9

Biologia

3. C

Como aabbcc só produz gametas abc, e AaBbCc produz gametas ABC, ABc, AbC, Abc, aBC, aBc, abC

e abc. Podemos utilizar a fórmula 2n, onde existem 3 heterozigotos, então teremos 23 = 2x2x2 = 8.

Como um dos indivíduos sempre mandará o gameta abc, a chance do outro gameta ser ABC e fecundar

abc é 1/8.

4. B

Vermelhas "dominantes": V_ e Brancas "recessivas": vv

Longas: C_ e Curtas: cc

Cruzamento heterozigótico: VvCc X VvCc

Deste cruzamento , a proporção é 9:3:3:1

9 - Vermelha Longa (V_C_)

3 - Vermelha Curta (V_cc)

3 - Branca Longa (vvC_)

1 - Branca Curta (vvcc)

Flores vermelhas e curtas: 3/16. Multiplicado pelo número de descendentes, 320.

3/16 x 320 = 60

5. B

Como um dos os pais de F1 possui um genótipo homozigoto recessivo para uma das características, os

descendentes em F1 serão duplo heterozigotos (AaBb). A partir desse cruzamento, com segregação

independente, a proporção clássica será: 9:3:3:1

6. C

Alelos: a (amarelo) e A (púrpura) m (murcho) e M (cheio)

Pais: AaMm aamm

Descendentes: 25% AaMm (grãos púrpuras e cheios) 25% Aamm (grãos púrpuras e murchos) 25%

aaMm (grãos amarelos e cheios) 25% aamm (grãos amarelos e murchos). Assim, uma das plantas

parentais é heterozigota.

7. E

A – alta

A – anã

B – vermelho

B – amarelo

AABB x aabb gera 100% AaBb. Do cruzamento de duplos heterozigotos, 3/16 serão plantas anãs com

fruto vermelho. Do total de 320, a probabilidade é que 60 apresentem essas características. Para a

manutenção, deve-se cruzar plantas homozigóticas aaBB

8. B

Sensibilidade ao PTC - dominante I

Insensibilidade - recessivo i

Mão direita - dominante E

Mão esquerda - recessivo e

Homem - destro e sensível – E_ I_

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Biologia

Mãe - canhota e insensível - ee ii

Como a mãe é recessiva para as duas características, o homem é obrigatoriamente heterozigoto.

Homem: Ee Ii

Mulher - canhota e sensível: ee I_

Como o pai era insensível ela será heterozigota para essa característica

mulher: ee Ii

Ee X ee

Ee, Ee, ee, ee

50% de ser canhoto e 50% destro

Ii x Ii

II, Ii, Ii, ii

25% de ser insensível

75% de ser sensivel

Para a criança ser destra: 1/2

Para ser sensível: 3/4

Como são duas características (destra E sensível), faz-se a multiplicação

1/2 x 3/4 = 3/8

Resposta: 3/8

9. C

A mulher é míope e normal para fibrose cística. No entanto, sua filha apresentou fibrose cística. Portanto

seu genótipo é mmAa. O marido é normal para ambas as características, sendo filho de pai míope e tendo

uma filha com fibrose. Isso faz com que seu genótipo seja MmAa.

A probabilidade de esse casal ter uma menina normal para as duas características é dada pelo produto

das três probabilidades:

1/2 x ¼ x ¾ = 3/16.

10. D

Pais normais com filhos albinos apontam para que o albinismo seja uma característica autossômica

recessiva. O casal 6 e 7, sendo albino, apresenta genótipo aa para essa característica, originando 100%

dos descendentes também albinos.

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1

Biologia

Embriogênese do anfioxo

Resumo

O desenvolvimento embrionário, também chamado de embriogênese, ocorre após a fecundação. Neste processo, ocorrem

inúmeras divisões celulares por mitose, que originam outras células. Estas divisões são chamadas de clivagem. Durante

o desenvolvimento podemos observar as seguintes etapas:

• Zigoto: é uma célula única, formada logo após a fecundação; a divisão ocorre por clivagem, e são formadas células

idênticas entre si.

• Mórula: aglomerado que contém entre 12 e 32 células, todas formadas também por clivagem; as células se mantém

identicas entre si, indiferenciadas. Estas são as células tronco totipotentes, e podem se diferenciar em qualquer tipo

de célula e tecido.

• Blástula: as células da mórula se organizam e dão origem a um espaço oco, chamado de blastocele, e aqui as células

também são indiferenciadas totipotentes.

• Gástrula: A blástula sofre uma invaginação, formando um espaço oco circundado por uma camada dupla de células.

A camada mais externa é o ectoderma e a mais interna, o endoderma, iniciando a diferenciação dos folhetos

embrionários, que são tecidos embrionários. O espaço oco é chamado de arquêntero (tubo digestivo primitivo) e

há também um orifício chamado de blastóporo. Com a diferenciação dos tecidos embrionários, as células passam a

ser células tronco pluripotentes, ou seja, cada célula de cada folheto possui a capacidade de gerar qualquer tecido,

desde que este seja derivado do respectivo folheto embrionário.

Em animais protostomados, a abertuta do blastóporo origina a boca, e em deuterostomados, esta abertura origina o ânus.

Os animais diblásticos (cnidários) possuem o desenvolvimento embrionário até esta etapa.

Page 59: 2 Biologia 019

2

Biologia

• Nêurula: fase final da embriogênese, ocorre um dobramento das células do ectoderma, formando um tubo neural,

que dará origem ao sistema nervoso. Nos animais triblásticos, algumas células do endoderma darão origem ao

mesoderma, e este pode ou não formar um espaço que abriga os órgãos internos dos animais, chamado celoma. A

presença ou não de celoma diferencia os animais triblásticos em acelomados, pseudocelomados ou celomados.

Os animais possuem diferentes tipos de ovos. A quantidade e a distribuição do vitelo determinam o tipo de segmentação

que o zigoto pode ter:

• Holoblástica: há divisão por total do ovo, pode ser igual (todas as células se dividem igualmente, como nos ovos

oligolécitos) ou desigual (divisão em pólo animal e vegetal, como nos ovos heterolécitos)

• Meroblástica: divisão parcial das células, apenas onde não se tem vitelo, pode ser discoidal (as divisões ocorrem

no disco germinativo, como nos ovos telolécitos) ou superficial (divisões ocorrem na periferia do ovo, como nos

ovos centrolécitos)

Page 60: 2 Biologia 019

3

Biologia

Anexos embrionários não fazem parte do corpo do embrião, mas derivam dos folhetos embrionários e auxiliam no

desenvolvimento e proteção do embrião. São eles:

• Vesícula vitelina ou saco vitelínico: é uma estrutura que envolve o vitelo, auxilia na nutrição;

• Âmnio ou bolsa amniótica: delimita a cavidade amniótica e protege o embrião contra choques mecânicos e evita a

sua desidratação;

• Cório: membrana que recobre o embrião e os outros anexos embrionários, ajuda nas trocas gasosas. Nos mamíferos,

essa estrutura origina a placenta;

• Alantoide: auxilia nas trocas gasosas. Nos répteis e aves, ele armazena o produto da excreção do embrião;

• Placenta: exclusiva dos mamíferos, faz a troca de substâncias da mãe com o filhote, como nutrição, respiração e

excreção

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Exercícios

Page 61: 2 Biologia 019

4

Biologia

1. O estudo do desenvolvimento embrionário dos animais foi organizado, de forma geral, em três etapas principais:

segmentação, gastrulação e organogênese.

Com relação a essas etapas, assinale a proposição correta.

a) Durante o processo de formação do embrião dos mamíferos, ocorre formação do anexo embrionário alantoide

cuja função é permitir a troca de gases e nutrientes e a eliminação de excretas fetais dissolvidos.

b) Através da placenta, o feto recebe da mãe nutrientes e oxigênio e retorna excretas nitrogenadas e gás

carbônico.

c) Os embriões de todos os animais apresentam os três folhetos germinativos sendo, por isso, denominados de

triblásticos.

d) As células ovo ou zigoto são classificadas com base na quantidade e distribuição de vitelo. Assim, os ovos

classificados como telolécitos são aqueles que apresentam uma grande quantidade de vitelo que ocupa boa

parte da célula e estão presentes em mamíferos.

2. O desenvolvimento embrionário é diversificado entre os diferentes grupos animais, e ocorre, de maneira geral, em

três fases consecutivas. Assinale a alternativa correta quanto ao desenvolvimento embrionário dos anfioxos.

a) A organogênese é a fase em que o arquêntero, ou intestino primitivo, é formado a partir da blastocele

b) A gastrulação é o processo de formação dos órgãos, sendo possível visualizar o tubo neural e o intestino, ao

final dessa fase.

c) A organogênese é o processo de transformação da blástula em gástrula.

d) A segmentação é um processo em que o zigoto sofre clivagens (divisões), originando os blastômeros.

e) A neurulação é o início da formação dos folhetos embrionários denominados ectoderme e endoderme, a partir

da gástrula.

3. Gêmeos monozigóticos podem compartilhar um único cório, um único âmnio e uma única placenta quando durante

o desenvolvimento embrionário ocorrer:

a) A divisão de uma gástrula em dois blastocistos.

b) A divisão de um blastômero em duas mórulas.

c) A divisão de uma mórula em duas blástulas.

d) A divisão do disco embrionário.

e) A divisão do embrioblasto.

4. Com relação à embriologia humana e seus anexos embrionários, assinale a alternativa correta.

a) O âmnio, situado externamente ao cório, tem função de eliminar as excretas e realizar as trocas gasosas.

b) A gástrula é formada por uma massa de células justapostas sem formar cavidades.

c) Nos humanos, a ectoderme formará a derme, os ossos, os músculos, as cartilagens, os órgãos excretores e

genitais, os órgãos do aparelho circulatório, o peritônio e o mesentério.

d) O saco vitelínico não aparece em nenhum estágio da embriogênese humana.

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5

Biologia

e) Ao longo do dorso do embrião dos cordados, a ectoderme forma um sulco que se aprofunda e cujos bordos

superiores se soldam, originando um tubo ou canal neural.

5. A estrutura tubular apontada, na figura abaixo, tem origem a partir de um processo de invaginação de células

ectodérmica, que ocorre no dorso do embrião e tem por função originar o(a):

a) Celoma.

b) Placenta.

c) Notocorda.

d) Intestino primitivo.

e) Sistema nervoso.

6. A figura abaixo representa um corte através de uma blástula.

Pela disposição dos blastômeros e do vitelo, pode-se afirmar que essa blástula se originou a partir de um ovo:

a) Telolécito.

b) Centrolécito.

c) Heterolécito.

d) Oligolécito.

e) Alécito.

7. Observe o esquema que representa a origem dos tecidos embrionários humano.

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6

Biologia

Considere que exista uma mutação em uma das divisões mitóticas que ocorrem no desenvolvimento do embrião.

Se essa mutação ocorrer na fase indicada pela seta de número:

a) 1, nenhuma das células do embrião apresentará a mutação.

b) 2, as células produzidas pela medula óssea apresentarão a mutação.

c) 3, as células da musculatura esquelética apresentarão a mutação.

d) 4, as células da epiderme e anexos, como unhas e pelos, apresentarão a mutação.

e) 5, os óvulos ou os espermatozoides do indivíduo adulto apresentarão a mutação.

8. Durante o desenvolvimento embrionário, a gastrulação envolve movimentos extensivos e altamente integrados de

células e tecidos, resultando em um rearranjo dramático de células da blástula. A gastrulação converte a blástula

esférica em uma configuração mais complexa de três camadas germinativas. A camada externa é o ectoderma, a

interna é o endoderma e a formação de bolsas externas ao arquêntero origina o mesoderma. Considerando as

estruturas que são formadas a partir das três camadas germinativas, assinale a alternativa que apresenta,

corretamente, apenas estruturas que serão originadas a partir do mesoderma.

a) Sistema nervoso, fígado e revestimento da bexiga urinária.

b) Revestimento epitelial do tubo digestivo, epiderme e fígado.

c) Músculos, sistema urinário e sistema cardiovascular.

d) Revestimento epitelial do sistema respiratório, revestimento da bexiga urinária e pâncreas.

e) Unhas, pelos e glândulas endócrinas e exócrinas.

9. A figura abaixo representa um corte de embrião de anfíbio.

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7

Biologia

O tecido que dará origem ao sistema nervoso e aquele que será substituído pela coluna vertebral estão indicados,

respectivamente, em:

a) I e II.

b) I e III.

c) II e I.

d) II e III.

e) III e II.

10. Nos organismos multicelulares, após a fecundação, tem inicio o desenvolvimento embrionário (a embriogênese)

que dará origem ao novo indivíduo. Durante esse desenvolvimento é correto afirmar que:

a) A primeira fase do desenvolvimento denomina-se organogênese, originando a mórula.

b) Todos os órgãos serão formados por apenas um único tipo de tecido.

c) Por ocorrerem, durante o desenvolvimento, mitoses e meioses, haverá órgãos haploides e órgãos diploides.

d) Uma das fases do desenvolvimento denomina-se gastrulação, que se caracteriza pela formação de folhetos

embrionários, do arquêntero e do blastóporo.

e) Em todos os animais, na organogênese, ocorre a formação da notocorda.

Gabarito

1. B

Page 65: 2 Biologia 019

8

Biologia

A placenta é o local de troca entre a mãe e o feto (atenção! O sangue não se mistura, ocorre a passagem por difusão),

recebendo nutrientes e oxigênio e retornando ao sangue materno os produtos nitrogenados e CO2

2. D

A clivagem consiste em sucessivas divisões celulares sem aumento de citoplasma, que se inicia após a formação do

zigoto e ocorre durante a fase de mórula.

3. D

Quando a separação dos gêmeos monozigóticos ocorre em menos de três dias da fecundação, cada um terá seu próprio

anexo embrionário (até a fase de mórula). Caso a separação ocorra entre o 3º e o 9º dia de gestação (fase de blástula),

o que é mais comum, os gêmeos irão compartilhar os anexos embrionários, como citado na questão. Isto ocorre pois

nesta fase de blástula podemos dividir o embrião em trofoblasto e embrioblasto. O trofoblasto formará os anexos

embrionários, enquanto o embrioblasto formará o embriãose diferenciando em disco embrionário (aglomerado que

dá origem aos folhetos embrionários). Caso o disco embrionário se divide em dois, temos gêmeos com anexos

embionários compartilhados.

4. E

A ectoderme é responsável, além da formação do revestimento externo corporal, pela origem do SNC que, nos

cordados, ocorre na região dorsal do corpo.

5. E

Esse processo mostra a invaginação do tubo neural a partir da ectoderme, que originará o sistema nervoso.

6. A

Dada a grande quantidade de vitelo, representada por pontos na imagem, vemos que se trata de um ovo telolécito.

7. C

O disco embrionário é o que dá origem aos floteros embrionários. Em sua primeira diferenciação, forma-se o epiblasto

(camada superior) e o hipoblasto (camada inferior). Caso a mutação fosse em 1, todas as células apresentariam a

mutação; caso fosse em 2, as células do tecido epitelial e tecido nervoso apresentariam a mutação; caso fosse em 4,

células dos órgãos do sistema digestório apresentariam a mutação; caso fosse em 5, apenas o anexo embrionário

possuiria a mutação, e não as células do humano.

8. C

O ectoderma origina o revestimento externo do corpo e o tecido nervoso. O endoderma faz o revestimento interno

do trato gastrointestinal e respiratório. Assim, praticamente todo o restante é originado do mesoderma, como

músculos, grande parte do sistema urinário e sistema cardiovascular.

9. A

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9

Biologia

O número I é o tubo neural, responsável pela formação do sistema nervoso. A notocorda, II, é substituída pela coluna

vertebral nos seres humanos. Importante lembrar que não é a notocorda que gera o sistema nervoso.

10. D

Na fase de gástrula, há a migração celular, formando-se o mesoderma, que intercala com o ectoderma e o endoderma.

Arquêntero é o “intestino primitivo” e o blastóporo é a abertura do arquêntero.

Page 67: 2 Biologia 019

1

Biologia

Interação gênica e pleiotropia

Resumo

De acordo com as leis de Mendel, cada par de alelos determina uma característica. A interação gênica, no entanto, trata-

se de um caso de segunda lei de Mendel, e o que se observa é que dois ou mais pares interagem juntos para a expressão

de uma única característica. Já na pleiotropia ocorre o oposto, e um único par determina diversas características.

A cor da pele é uma característica determinada por interação gênica

Genes Complementares (herança qualitativa)

Nos genes complementares, diversos genes não-alelos interagem juntos para expressar uma única característica

qualitativa, sendo por isso também chamada “herança qualitativa”. No caso da crista das galinhas, os genes R e E

determinam diferentes formas de crista, de acordo com as combinações de alelos possíveis.

Epistasia

A epistasia é uma herança na qual um gene é capaz de inibir outro que não seja seu alelo.

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2

Biologia

Por exemplo, se o par B_ determina pelagem preta em labradores, e bb determina chocolate, o alelo epistático ee pode

determinar cor dourada, inibindo a expressão de B. Este é um caso de epistasia recessiva, já que o alelo epistático é o

recessivo. Quando o par com o alelo dominante inibir o outrogene, chamamos de epistasia dominante, como observamos

nas penas das galinhas.

Herança Quantitativa

A herança quantitativa ocorre quando genes não-alelos agem de maneira aditiva para a expressão de uma característica.

Não mais há uma relação de dominância, e sim uma relação de genes aditivos (representados por letras maiúsculas) e

genes não-aditivos (letras minúsculas). Na cor da pele, por exemplo, cada aditivo determina a produção de mais melanina,

então, quanto mais genes aditivos, mais escura a pele.

Para este tipo de herança, quando temos um cruzamento entre heterozigotos, pode-se utilizar o triângulo de Pascal para

determinação das proporções dos fenótipos. Veja por exemplo o cruzamento entre dois indivíduos com pele mulato médio

AaBb x AaBb. Como são 4 genes aditivos possíveis, observa-se as proporções presentes na linha 4 do triângulo, como

indicado abaixo:

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3

Biologia

A soma da linha é equivalente a proporção total, enquanto cada número será a proporção de determinado fenótipo,

como está indicado no quadro acima.

Pleiotropia

Na pleiotropia, ocorre o oposto da interação gênica, e um único par de alelos determina várias características, como é o

caso da anemia falciforme.

Na anemia falciforme, há alteração de um único aminoácido, que resulta em uma mudança no formato da hemácia, que,

de disco bicôncavo, passa a ter formato de foice. Quando o indivíduo apresenta apenas um alelo para anemia falciforme

(Aa), ele apresenta traço falcêmico, ou seja, metade de suas hemácias são normais e metade das hemácias são falciformes.

Se o indivíduo apresenta ambos os alelos, ele terá anemia falciforme, e todas as suas hemácias terão o formato de foice.

Essa hemácia tem maior dificuldade de carregar oxigênio, e tendência de se agrupar, formando coágulos, aumentando

risco cardíaco. Além disso, são hemácias imunes a malária, doença cujo parasita destrói as hemácias. Sendo assim,

pessoas com traço falcêmico são positivamente selecionadas em áreas cuja malária é endêmica.

A fenilcetonúria também é um caso de pleiotropia, onde o par de alelos ff determina as características como retardo

mental, problema de pele e fenilalanina na urina, todas expressadas no mesmo momento.

Um terceiro exemplo de pleiotropia é a cor das cebolas, que pode ser vermelha ou branca. Porém a cor vermelha,

determinada por um par de genes recessivos, determina além da cor, a produção de uma substância que confere resistência

a fungos.

Page 70: 2 Biologia 019

4

Biologia

Exercícios

1. Certas raças de galinhas apresentam, quanto à forma de crista, quatro fenótipos diferentes: crista tipo “ervilha”,

tipo “rosa”, tipo “noz” e tipo “simples”. Esses tipos são determinados por dois pares de alelos com dominância: E

para o tipo “ervilha” e R para o tipo “rosa”. A presença no mesmo indivíduo de um alelo dominante de cada par

produz o tipo “noz”. A forma duplo-recessiva origina a crista “simples”. Uma ave de crista “noz” foi cruzada com

uma de crista “rosa”, originando em F1: 3/8 dos descendentes com crista “noz”, 3/8 com crista “rosa”, 1/8 com

crista “ervilha” e 1/8 com crista “simples”. Quais os genótipos paternos, com relação ao tipo de crista?

a) RrEE x Rree

b) RrEe x Rree

c) RREe x Rree

d) Rree x Rree

e) RREE x RRee

2. Em galinhas, a cor da plumagem é determinada por 2 pares de genes. O gene “C” condiciona plumagem colorida,

enquanto seu alelo “c” determina plumagem branca. O gene “I” impede a expressão do gene “C”, enquanto seu

alelo “i”’ não interfere nessa expressão. Com esses dados, conclui-se que se trata de um caso de:

a) epistasia recessiva.

b) herança quantitativa.

c) pleiotropia.

d) codominância.

e) epistasia dominante

3. A cor da pelagem em cavalos depende, dentre outros fatores, da ação de dois pares de genes Bb e Ww. O gene B

determina pelos pretos e o seu alelo b determina pelos marrons. O gene dominante W “inibe” a manifestação da

cor, fazendo com que o pelo fique branco, enquanto o alelo recessivo w permite a manifestação da cor. Cruzando-

se indivíduos heterozigotos para os dois pares de genes obtém-se:

a) 3 brancos : 1 preto

b) 9 brancos : 3 pretos : 3 mesclados de marrom e preto : 1 branco

c) 1 preto : 2 brancos : 1 marrom

d) 12 brancos : 3 pretos : 1 marrom

e) 3 pretos : 1 marrom

4. Sabe-se que determinada característica é condicionada pela interação de dois pares de alelos, que se segregam

independentemente, e que a proporção fenotípica de 12:3:1 foi obtida a partir do cruzamento entre duplo-

heterozigotos. O tipo de interação gênica que determina tal frequência fenotípica é

a) Epistasia dominante.

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5

Biologia

b) Epistasia recessiva.

c) Interação dominante e recessiva.

d) Genes duplos dominantes.

e) Genes duplos recessivos.

5. Na moranga, a cor dos frutos deve-se às seguintes combinações de genes:

B_aa = amarelo

B_A_ = branco

bbA_ = branco

bbaa = verde

Estas informações permitem concluir que o gene:

a) A é epistático sobre seu alelo.

b) B é epistático sobre A e sobre a.

c) a é hipostático em relação a A.

d) b é hipostático em relação a B.

e) A é epistático sobre B e sobre b.

6. Epistasia é o fenômeno em que um gene (chamado epistático) inibe a ação de outro que não é seu alelo (chamado

hipostático). Em ratos, o alelo dominante B determina cor de pêlo

acinzentada, enquanto o genótipo homozigoto bb define cor preta. Em outro cromossomo, um segundo

lócus afeta uma etapa inicial na formação dos pigmentos dos pêlos. O alelo dominante A

nesse lócus possibilita o desenvolvimento normal da cor (como definido pelos genótipos B_ ou

bb), mas o genótipo aa bloqueia toda a produção de pigmentos e o rato tornase albino.

Considerando os descendentes do cruzamento de dois ratos, ambos com genótipo AaBb, os filhotes de cor

preta poderão apresentar genótipos:

a) Aabb e AAbb.

b) Aabb e aabb.

c) AAbb e aabb.

d) AABB e Aabb.

e) AaBb e aaBB

7. Num determinado vegetal, a dimensão do pé da planta varia entre 100 cm e 200 cm de altura. Os tipos

intermediários têm variações constantes de 10 cm. Sabendo-se que se trata de um caso de herança quantitativa,

pergunta-se quantos pares de genes estão envolvidos nessa herança?

a) 12

b) 11

c) 10

Page 72: 2 Biologia 019

6

Biologia

d) 5

e) 4

8. Em cebolas, dois pares de genes que apresentam segregação independente participam na determinação da cor do

bulbo: o alelo dominante I impede a manifestação de cor e o recessivo i permite a expressão; o alelo dominante A

determina cor vermelha e o recessivo a, cor amarela. Uma proporção de 2 incolores: 1 vermelho: 1 amarelo é

esperada entre os descendentes do cruzamento

a) IIAA x IiAa

b) IiAA x iiAa

c) IIaa x ii aa

d) IiAa x IiAa

e) IiAa x iiaa

9. Pares de genes, com segregação independente, podem agir, conjuntamente, na determinação de uma mesma

característica fenotípica. Este fenômeno é conhecido como:

a) interação gênica.

b) epistasia.

c) herança quantitativa.

d) poligenia.

e) dominância completa.

10. Em camundongos, a coloração da pelagem é determinada por dois pares de genes, Aa e Cc, com segregação

independente. O gene A determina coloração aguti e é dominante sobre seu alelo a, que condiciona coloração

preta. O gene C determina a produção de pigmentos e é dominante sobre seu alelo c, que inibe a formação de

pigmentos dando origem a indivíduos albinos. Do cruzamento de um camundongo preto com um albino, foram

obtidos apenas descendentes agutis. Qual é o genótipo desse casal?

a) aaCC x aacc

b) Aacc x aaCc

c) aaCc x AAcc

d) AaCc x AaCc

e) aaCC x AAcc

Gabarito

1. B

De acordo com o enunciado, temos:

R_E_ noz

rree simples

rrE_ ervilha

R_ee rosa.

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7

Biologia

Se originou descendentes com crista simples (rree), obrigatoriamente os pais devem ter “r” e “e”. Gerando

descendentes noz (R_E_), conclui-se que um deles, no mínimo, apresenta um alelo dominante. Por fim, pela

proporção 3:3:1:1, mais rosas do que ervilhas foram geradas, fazendo com que tenha-se “R” tanto na mãe como no

pai.

2. E

Epistasia é a inibição de uma característica por outro gene. Nesse caso, o gene “I” (dominante) inibe a expressão do

gene “C”. Sendo assim, isso é uma epistasia dominante.

3. D

Para o cruzamento da qeustão BbWw x BbWw, vamos pensar inicialmente no gene epistático.

Ww x Ww → 3/4 serão brancos e 1/4 apresentará cor. Em relação ao gene da cor, teremos 3/4 dos indivíduos pretos

e 1/4 dos indivíduos marrons. Na letra D, de um total de 16 indivíduos, 3/4 (12) dos indivíduos não tem cor, e do

quarto restante (4), 3/4 (3) são pretos e 1/4 (1) são marrons.

4. A

Essa proporção é encontrada na epistasia dominante, visto que o cruzamento de duplos heterozigotos dará a proporção

de 3/4 com a inibição (12) e 1/4 sem a inibição (3:1)

5. E

Quando há a presença do gene “A”, a cor fica branca, independente de quais alelos formam o gene B. Assim, A é

epistático sobre B e b.

6. A

A_ – cor normal

aa – inibe cor

B_ cinza

bb preto

Num cruzamento AaBb x AaBb, os ratos pretos devem ter A_bb. Assim, Aabb ou AAbb. (“A” para presença de cor

e “bb” para esta cor ser preta)

7. D

Observamos 11 fenótipos (com as variações de altura: 100, 110, 120, 130, 140, 150, 160, 170, 180, 190 e 200)

Sabendo que o número de genes = número de fenótipos – 1, então o número de genes vai ser 10. Pensando em pares

de genes alelos, sabemos que serão 5 pares de genes.

8. E

Alelo dominante “I” é epistático.

Dominante (A_) – vermelha

Recessivo (aa) – amarela

Se gerou descendentes incolores, há a presença do gene epistático em pelo menos um dos parentais.

Esse raciocínio também é feito para a cor vermelha. Assim, pode-se excluir a letra C. Para ter descendentes amarelos,

o pai e a mãe devem possuir pelo menos um alelo recessivo. Isso exclui as alternativas A e B. Pela proporção, 2:1:1,

o cruzamento é o da letra E:

IiAi, Iiaa, iiAa, iiaa.

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8

Biologia

9. A

O nome genérico para a ação conjunta de dois ou mais genes em uma característica é conhecida como interação

gênica.

10. E

A_ → aguti

Aa → preta

C_ → cor

cc → albino

preto: aa C_

albino _ _ cc

Como originaram apenas agutis (A_C_), o camundongo preto deve ser aaCC e o albino AAcc.