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II. Situação Económico-FinanceiraDemonstrações Financeiras

Esta parte do Relatório respeita à situação económico-financeira daInstituição, através da publicação dos respectivos Balanços e Contase do Relatório dos Auditores.

Situação Económico-FinanceiraFundação Calouste Gulbenkian

Situação Económico-Financeira

Situação financeira

A estimativa de crescimento real da economia mundial em 2008 foi de 2,9 por cento, com as economias avançadas a registarem uma taxa de progressão média de zero por cento. O aumento da taxa real do PIB nos Estados Unidos foi de 1,1 por cento, uma percentagem inferior à verificada no ano de 2007; as economias da Ásia cresceram 1,5 por cento; o PIB japonês diminuiu em 0,6 por cento; o crescimento da Zona Euro foi de 0,9 por cento, o que constitui uma redução significativa em comparação com 2007.

A taxa de inflação para o consumidor nos Estados Unidos subiu para 3,8 por cento e na Zona Euro para 3,3 por cento.

A crise do crédito que se iniciou em Agosto de 2007 alargou-se e aprofundou-se durante 2008, tendo-se transformado numa recessão global, em especial com a degradação da confiança que se seguiu à falência da Lehman Brothers. Os governos têm adoptado fortes medidas para tentar limitar os efeitos da recessão nas suas economias mas espera-se que os seus efeitos continuem, pelo menos, até 2010. A inflação, pelo contrário, não deverá no imediato constituir um problema.

Os mercados de acções caíram no princípio de 2008 e, depois de recuperarem a meio do ano, caíram vertiginosamente entre Setembro e Novembro. O bear market registou o pior desempenho desde antes da II Guerra Mundial. Todos os sectores dos mercados de acções foram afectados mas as empresas financeiras foram as que apresentaram os piores resultados. Em euros, o índice MSCI World caiu 39,5 por cento em 2008, enquanto o S&P500 caiu 35,8 por cento, o DJ Stoxx 50 44,4 por cento e o PSI 20 51,3 por cento. O índice do EMU Global Government bonds subiu 9,4 por cento.

Em 2008, a Reserva Federal dos Estados Unidos reduziu as taxas de curto prazo de 3 por cento, no início do ano, para 0,25 por cento, no final. O Banco Central Europeu foi bastante menos agressivo, reduzindo a repo rate apenas de 4 para 2,5 por cento ao longo do ano. A taxa de juro das obrigações das empresas subiu drasticamente devido à desconfiança sobre a capacidade de pagamento dos credores em mercados muito turbulentos.

Carteira de investimentos

Em 2008, o retorno total obtido pela carteira de investimentos da Fundação foi negativo em 18,5 por cento. Embora esta rentabilidade tenha sido substancialmente melhor do que a que se podia esperar tendo em conta os índices, afectou gravemente os retornos de longo prazo da carteira.No princípio de cada ano, a Fundação estabelece um objectivo de retorno total para os seus gestores. Este objectivo é calculado de forma a permitir: i) manter o poder de compra da carteira de investimentos no médio e no longo prazo, ii) assegurar uma apreciação real da carteira alinhada com o crescimento da economia e iii) assegurar os fundos necessários para o orçamento

263 Relatório Balanço e Contas 2008262.

da Fundação. O seu cálculo é baseado em previsões económicas, incluindo a inflação e o crescimento real das principais economias.

Tal como em anos anteriores, a variação nos retornos obtidos pelos diferentes gestores da Fundação foi considerável, embora todos tivessem o mesmo objectivo e as mesmas directrizes de investimento. Cada gestor tem o seu estilo próprio e a variação nos retornos depende da capacidade de cada um para antecipar ou reagir perante as mudanças nos mercados. Dois dos gestores conseguiram pequenos retornos positivos em 2008. Todos os restantes gestores tiveram retornos negativos que variaram de 8 por cento a 29 por cento. Por seu turno, alguns investimentos em imobiliário e private equity tiveram retorno positivo.

A distribuição da carteira por principais classes de activos, em 31 de Dezembro de 2008, era a seguinte:

Acções 27 por centoObrigações 49 por centoLiquidez 16 por centoImobiliário e outros investimentos 6 por centoMoeda (Currency hedges) 2 por cento 100 por cento

Esta alocação dos activos traduzia uma abordagem muito mais defensiva do que a verificada no final de 2007; no decurso de 2008, o investimento em acções foi diminuindo enquanto que o das obrigações foi aumentando. A liquidez e as obrigações destinam-se a reduzir a volatilidade e o risco da carteira.

Interesses petrolíferos

Os preços spot do petróleo brent diminuíram cerca de 55 por cento durante 2008, de USD 94, no início do ano, para USD 42, no final. O preço médio, de USD 97, no entanto, foi mais elevado do que em 2007 (USD 73). O preço mais alto de 2008, de USD 146, foi significativamente superior ao equivalente em 2007 bem como ao preço mais alto alguma vez registado.

O Grupo Partex obteve um aumento de 41 por cento no valor das vendas de petróleo e gás.

As participações em empresas petrolíferas foram reavaliadas ao justo valor, em 31 de Dezembro de 2008, por um banco de investimento, de acordo com as normas internacionais de relato financeiro. Estas participações foram avaliadas ao justo valor, pela primeira vez, em 2001 e os actuais valores líquidos foram recalculados pelo final de cada ano para assegurar a sua razoabilidade.

O contrato da GASCO no Abu Dhabi, que terminou em 30 de Setembro de 2008, foi renovado por mais vinte anos. Os termos da renovação, que é muito importante para o fluxo de produtos da Partex, são, todavia, menos atractivos do que os anteriores, pelo que a Partex teve de fazer uma provisão de imparidade que acompanhasse o valor justo mais baixo desta participação.

Situação Económico-FinanceiraFundação Calouste Gulbenkian

Ao longo de 2008, o valor líquido contabilístico consolidado da Partex Oil Gas (Holding) Corporation aumentou, em USD, 4,6 por cento. Devido à apreciação do USD contra o Euro, o aumento em Euros foi de 10,7 por cento.

No fim de 2008, as concessões do Grupo em Angola, em Portugal e no Brasil continuaram numa fase de exploração enquanto no Cazaquistão o plano de desenvolvimento no campo Dunga (full field development plan) está a ser implementado.

O Grupo Partex Oil Gas (Holding) Corporation pagará à Fundação um dividendo de USD 42 500 000 relativo aos resultados líquidos em 2008 (USD 32 400 000 em 2007).

A reinterpretação de algumas das normas internacionais de relato financeiro resultou no ajustamento de alguns dos números do relatório de 2007.

Actividades e indicadores

Os dados relativos à execução do Orçamento e Plano de Actividades da Fundação no exercício de 2008 revelam, em síntese, o seguinte:

› A execução orçamental cumpriu globalmente as previsões iniciais, apesar de ter havido um conjunto de encargos não previstos, designadamente os associados às mudanças de instalações das delegações no estrangeiro.› Uma linha extra-orçamental de 1 milhão de euros, votada pelo Conselho de Administração quando da aprovação do Orçamento inicial, permitiu cobrir os encargos com quatro acções extraordinárias: a renovação da loja do Museu Calouste Gulbenkian, o lançamento do Programa Gulbenkian Educação para a Cultura – Descobrir, a concretização inicial das recomendações do Estudo da McKinsey e trabalhos preparatórios da renovação do Centro de Arte Moderna.› O nível de actividade da Fundação ficou marcado pelo reforço da actividade distributiva (subsídios, bolsas de estudo e prémios), que cresceu 2 por cento e pela redução das iniciativas próprias que registaram um decréscimo de 7,5 por cento, face ao ano anterior, como resultado, sobretudo, do termo das Comemorações do Cinquentenário.› A execução dos custos com pessoal ficou dentro das disponibilidades orçamentais, gerando mesmo um pequeno saldo positivo. Relativamente ao ano anterior, os encargos com o pessoal no activo aumentaram 2,9 por cento e os custos com pensionistas aumentaram 1,6 por cento, em parte como consequência do efeito da actualização da tabela salarial em 2 por cento. Verificou-se uma diminuição de 16 pessoas no número de activos (sendo que houve uma redução de 9 efectivos e de 7 contratados a prazo) e uma redução de 6 pensionistas. No final de 2008, havia 524 activos e 1 036 pensionistas.› Os custos de estrutura relativos a investimento baixaram cerca de 7,8 por cento relativamente ao ano anterior, traduzindo um abrandamento deliberado na realização de grandes obras de remodelação das estruturas físicas, sem contudo prejudicar a prossecução de vários projectos de modernização, designadamente ao nível dos sistemas informáticos. No entanto, os custos de investimento ultrapassaram o orçamento em cerca de 8 por cento, por causa da realização da obra de requalificação da Zona do Subpalco, que não tinha sido prevista.› Os custos de estrutura relativos ao funcionamento apresentam uma tendência decrescente. A redução de 1 por cento, verificada em relação ao ano anterior, teria sido maior se não tivessem

265 Relatório Balanço e Contas 2008264.

ocorrido as despesas extraordinárias assinaladas. Estima-se que os custos de funcionamento com carácter mais permanente tenham sofrido uma redução significativa.› Os proveitos subiram, quer em relação a 2007 quer ao previsto no Orçamento. As comparticipações externas, designadamente para projectos de investigação científica, continuam a ser a parcela mais significativa dos proveitos. As outras fontes de proveito tiveram algumas oscilações relativamente ao padrão do passado – de notar o aumento da importância das receitas de bilheteiras (concertos, museus e exposições) e uma redução da venda de publicações.› A distribuição pelas finalidades estatutárias apresentou uma estrutura semelhante à do ano anterior: Beneficência – 11,8 por cento, Arte – 40,2 por cento, Educação – 28,4 por cento e Ciência – 19,6 por cento. Contudo, verificou-se uma redução de 1,6 pontos percentuais na finalidade Arte e de 0,7 pontos percentuais na finalidade Educação; as finalidades Beneficência e Ciência tiveram aumentos de 0,2 e 2,1 pontos percentuais, respectivamente.› Houve um reforço significativo das intervenções lançadas sob a forma de programas. Prosseguiu-se com os Programas Gulbenkian “Língua Portuguesa”, “Ajuda ao Desenvolvimento” e “Ambiente” e foram criados quatro novos programas: “Distância e Proximidade”, “Formação Médica Avançada”, “Combate ao Insucesso e Abandono Escolares” e “Educação para a Cultura”. Foi concluído, conforme previsto, o Programa Gulbenkian Criatividade e Criação Artística.› No âmbito dos Projectos Transversais e Inovadores, foi dada continuidade ao "Programa Interuniversitário de Reforço da Capacidade Científica" e criada uma nova intervenção designada “Envelhecimento e Saúde”. Foi concluído o projecto “SAUDAR – A Saúde e o Ar Que Respiramos”.

A estrutura de custos e de proveitos da Fundação sofreu pequenas alterações nos dois últimos anos. A comparação entre os vários tipos de custos e os proveitos está patente no quadro seguinte.

Verifica-se um pequeno aumento do peso relativo dos custos com o pessoal no activo (de 26 por cento para 27 por cento) e uma quase estabilização do peso dos custos com pensionistas. No que respeita às actividades, é de assinalar que o peso relativo dos subsídios, bolsas de estudo e prémios se manteve praticamente ao mesmo nível (20,9 por cento), enquanto a participação das iniciativas próprias diminuiu (de 22,4 por cento para 20,9 por cento). O funcionamento manteve o seu peso na estrutura de custos (12,2 por cento) e o investimento baixou ligeiramente a sua importância, passando para 4,2 por cento.

Situação Económico-FinanceiraFundação Calouste Gulbenkian

Custos e proveitos realizadosEuros

Custos e proveitos

Realizado Realizado Variação

2007 2008 V. Absoluto %

1 2 3=2-1 4=2/1

Custos com pessoal no activo 30 186 199 31 061 535 875 336 2,9

Custos de estrutura 19 430 843 18 899 623 -531 220 -2,7

› Investimento 5 260 513 4 850 017 -410 496 -7,8

› Funcionamento 14 170 330 14 049 606 -120 724 -0,9

Subsídios, bolsas e prémios 23 583 133 24 054 508 471 375 2,0

Iniciativas próprias 26 028 133 24 083 833 -1 944 300 -7,5

Custos com pensionistas 16 786 962 17 058 029 271 067 1,6

Custo total bruto 116 015 270 115 157 528 -857 742 -0,7

Proveitos (-) 9 842 584 11 781 466 1 938 882 19,7

Custo total líquido 106 172 686 103 376 062 -2 796 624 -2,6

Repartição de custos entre Portugal e o estrangeiro

A repartição de custos, considerando a actividade da Fundação em Portugal e no estrangeiro foi semelhante à do ano anterior: 83 por cento no País e 17 por cento no estrangeiro.

Rateio de custos comuns

Após o encerramento das contas, os custos comuns – suportados pelos Serviços Centrais, Contabilidade, Finanças e Investimentos, Comunicação e SOPC, bem como os encargos com o Conselho de Administração – foram repartidos pelos outros Serviços e Programas, para permitir avaliar o custo real das actividades.

Como resultado deste rateio, os custos dos Serviços com actividades directas representam 56 por cento do total, enquanto os custos dos Serviços com actividades distributivas representam 33 por cento. A expressão relativa do conjunto dos Projectos e Programas, após rateio, é de 9 por cento.

22,4% Iniciativas próprias 20,9%

26% Pessoal no activo 27%

Custo total bruto

Realizado 2007 Realizado 2008

14% Pensionistas 14,8%

4,5% Investimento 4,2%

12,2% Funcionamento 12,2%

20,4% Subsídios, bolsas e prémios 20,9%

267 Relatório Balanço e Contas 2008266.

Pessoal no activo e pensionistas

Os movimentos de pessoal no activo, verificados ao longo do ano, cifraram-se na diminuição de 16 pessoas, correspondendo a menos nove pessoas ao serviço nos Quadros Geral e Artístico e de menos sete contratados a termo.

Quanto ao número de pensionistas, verificou-se uma redução de seis pessoas.

Pessoal e pensionistas 31.12.2007 31.12.2008 Variação

Pessoal ao serviço 540 524 -16

› Efectivos 523 514 -9

› Contratados 17 10 -7

Pensionistas 1 042 1 036 -6

› Pré-Reformas 72 68 -4

› Reformas antecipadas 249 254 5

› Reformas por velhice / invalidez 522 515 -7

› Pensões de sobrevivência 199 199 0

TOTAL 1 582 1 560 -22

Fonte: SRH.

Actividade da Fundação em 2008

A importância e a diversidade das actuações da Fundação – as quais contemplam duas vertentes distintas: a concessão de subsídios, bolsas de estudo e prémios e a realização de iniciativas próprias – e o seu impacto em termos de beneficiários, número de eventos e meios financeiros envolvidos, está bem patente nos quadros que seguem:

Actividades distributivas N.º Custo directo

Subsídios 1 604 14 732 073

Bolsas de estudo 5 810 8 052 440

Prémios 6 350 000

Despesas associadas – 2 742 620

Iniciativas Acontecimentos Custo directo

N.º

Exposições 21 2 548 306

Concertos (n.º de sessões) 173 12 401 035

Cinema e outros espectáculos (n.º de sessões) 23 23 408

Publicações 119 2 551 535

Colóquios e conferências 271 1 342 626

Actividades educativas 2 829 1 155 279

Cursos de formação 85 814 490

Projectos 183 4 444 093

Aquisição de obras de arte 10 366 481

Outras iniciativas – 1 160 306

Situação Económico-FinanceiraFundação Calouste Gulbenkian

Actividades permanentes[Museus, bibliotecas e instituições]

Visitantes / Utentes Custo directo

N.º Euros

Museu Calouste Gulbenkian 169 566 2 617 121

Centro de Arte Moderna 66 792 2 043 193

Instituto Gulbenkian de Ciência – 5 451 880

Biblioteca de Arte 3 901 2 229 977

Biblioteca do Centro Cultural de Paris 1 214 429 740

Beneficiários e acontecimentos

O impacto das actividades desenvolvidas pela Fundação, medido através dos indicadores físicos, ficou aquém do conseguido no ano anterior, em virtude do elevado número de eventos realizados por ocasião das Comemorações do Cinquentenário.

Público beneficiário 2007 2008 Variação

N.º N.º %

Beneficiários de subsídios 1 870 1 604 -14

Bolseiros 5 959 5 810 -3

Visitantes dos museus 266 572 236 358 -11

Visitantes das exposições temporárias 403 739 222 568 -45

Presenças nos concertos 156 421 128 744 -18

Presenças nos espectáculos de cinema e outros 29 473 4 938 -83

Presenças nas actividades educativas 77 071 66 603 -14

Leitores / Utilizadores de bibliotecas e arquivos 5 722 5 115 -11

Acontecimentos 2007 2008 Variação

N.º N.º N.º

Exposições temporárias 37 21 -16

Concertos (n.º de sessões) 184 173 -11

Cinema e outros espectáculos (n.º de sessões) 112 23 -89

Publicações* › Edições 137 119 -18

› Exemplares 197 830 119 634 -78 196

Colóquios e conferências 160 271 111

Actividades educativas 3 124 2 829 -295

Cursos de formação 64 85 21

Prémios 9 6 -3

Projectos 184 183 -1

Aquisição de obras de arte 12 10 -2

* Valores ajustados em 2007, por mudança de critério relativamente à Newsletter.

269 Relatório Balanço e Contas 2008268.

Custo das actividades

A evolução dos meios financeiros afectos ao desenvolvimento das várias actividades, nos dois últimos anos, é apresentada nos quadros que seguem:

Actividades distributivas 2007 2008 Variação

Euros Euros %

Subsídios 15 765 869 14 732 073 -7

Bolsas de estudo 7 289 264 8 052 440 10

Prémios 528 000 350 000 -34

Despesas associadas 2 492 275 2 742 620 10

Iniciativas 2007 2008 Variação

Euros Euros %

Exposições 3 775 290 2 548 306 -33

Concertos 12 178 802 12 401 035 2

Cinema e outros espectáculos 948 322 23 408 -98

Publicações 3 082 389 2 551 535 -17

Colóquios e conferências 1 531 712 1 342 626 -12

Actividades educativas 987 170 1 155 279 17

Cursos de formação 752 891 814 490 8

Projectos 3 823 585 4 444 093 16

Aquisição de obras de arte 205 076 366 481 79

Outras iniciativas 1 441 793 1 160 306 -20

Actividades permanentes [Museus, bibliotecas e instituições]

2007 2008 Variação

Euros Euros %

Museu Calouste Gulbenkian 2 567 286 2 617 121 2

Centro de Arte Moderna 2 125 845 2 043 193 -4

Instituto Gulbenkian de Ciência 4 970 729 5 451 880 10

Biblioteca de Arte 2 114 190 2 229 977 5

Biblioteca do Centro Cultural de Paris 711 115 429 740 -40

Situação Económico-FinanceiraFundação Calouste Gulbenkian

Demonstrações Financeiras Consolidadas

Exercício de 2008

Nota prévia

O presente Documento, tem uma apresentação diferente dos apresentados nos anos anteriores, consequência das:

› Alterações impostas pelas “Normas Internacionais de Relato Financeiro” (IFRS);› Correcções efectuadas às contas do exercício de 2007, devido à reinterpretação de algumas normas contabilísticas, conforme referido na Nota 32.

Quanto à primeira questão, na Demonstração das operações o Retorno financeiro deixa de ser apresentado desagregando os proveitos e os custos, aparecendo os valores, em termos líquidos, com a denominação de “Resultados de activos e passivos”, a fim de que a sua leitura se encontre de acordo com a apresentação do Balanço, aparecendo a desagregação em termos de proveitos e custos na respectiva Nota. No Balanço, a rubrica Investimentos, quer no activo não corrente quer no activo corrente, passa a designar-se por “Activos financeiros”.

Relativamente à segunda questão, as correcções efectuadas decorrem, por um lado, da participação no “Mukhaizna Oil Field”, que se encontrava registada ao justo valor, estando agora reconhecida ao custo e, como tal, registada no activo fixo tangível; e por outro, do valor dos adiantamentos de longo prazo, sem juro, efectuados nos interesses petrolíferos em Omã e no Abu Dhabi, que foram actualizados à taxa de juro de mercado no momento em que os mesmos foram efectuados.

Análise às Demonstrações Financeiras Consolidadas

No exercício de 2008, o património líquido representado pelo fundo de capital atingiu 2 396,4 milhões de euros, correspondendo a um decréscimo de 378,8 milhões de euros (-13,6 por cento) em relação ao ano anterior.

O Balanço apresenta em 31 de Dezembro de 2008, um total do activo de 2 737,2 milhões de euros, o que representa uma redução de 380,7 milhões de euros (-12,2 por cento) em relação ao final de 2007. Para este valor contribuíram, fundamentalmente, os seguintes factores:

› A carteira de investimentos financeiros – Activos financeiros correntes e Outras aplicações de tesouraria – no montante de 1 725,5 milhões de euros, que apresentou um decréscimo de cerca de 470,9 milhões de euros (-21 por cento) relativamente a 2007, resultado da crise financeira mundial e da consequente queda acentuada das bolsas internacionais;

› Os investimentos nos interesses no sector da energia – incluídos em Activos financeiros não correntes, activos fixos tangíveis e intangíveis e adiantamentos – no valor de 690,2 milhões de euros, representando um acréscimo de 82,0 milhões de euros (13,5 por cento) relativamente a 2007, para o que também contribuiu a ligeira apreciação do USD face ao Euro.

271 Relatório Balanço e Contas 2008270.

O passivo passou de 342,7 milhões de euros em 2007 para 340,7 milhões de euros em 2008, devido, fundamentalmente, à redução do valor das provisões, em 14,1 milhões de euros, no passivo de longo prazo, que compensou o aumento do passivo de curto prazo em cerca de 11,1 milhões de euros.

Relativamente à Demonstração das operações, o retorno total passou de 206,5 milhões de euros em 2007 para -329,2 milhões de euros em 2008. Deste montante, o retorno financeiro representou cerca de -425,2 milhões de euros (2007: 141,3 milhões de euros), e o retorno das actividades petrolíferas 95,9 milhões de euros (2007: 65,2 milhões de euros).

O valor dos outros proveitos situou-se em 21,5 milhões de euros, um aumento de cerca de 10,2 milhões de euros em relação ao ano anterior.

Os recursos afectos à distribuição e actividades directas foram de 75,6 milhões de euros, menos 2,6 milhões de euros do que em 2007 e os custos administrativos e operacionais passaram de 33,9 milhões de euros em 2007 para 32,9 milhões de euros em 2008.

19 de Maio de 2009

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Demonstrações Financeiras

Demonstração consolidada das operaçõespara os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

Vendas de petróleo e gás 1 022 254 771 933

Custo das vendas (961 333) (728 977)

Outros rendimentos do petróleo e gás 3 34 997 22 245

Retorno das actividades petrolíferas 95 918 65 201

Resultados de activos e passivos financeiros correntes (411 815) 110 016

Resultados de activos financeiros não correntes 1 555 9 681

Resultados de adiantamentos 2 224 1 668

Outros resultados financeiros (17 115) 19 899

Retorno financeiro 4 (425 151) 141 264

Outros proveitos 5 21 523 11 301

Distribuição e actividades directas 6 (75 551) (78 212)

Outros custos administrativos e operacionais 7 (32 818) (33 903)

Benefícios a empregados 9 (3 149) (12 950)

Provisões 10 (346) –

Imparidade 11 (6 702) (14 570)

Amortizações e depreciações 12 (8 219) (10 498)

Impostos e taxas (18) (16)

Transferência para o fundo de capital (434 513) 67 617

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

273 Relatório Balanço e Contas 2008272.

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Balanço consolidado em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

ACTIVOActivo não correnteActivos intangíveis 13 85 989 83 486

Activos fixos tangíveis 14 84 974 61 956

Activos financeiros não correntes 15 547 310 484 758

Adiantamentos 15 69 350 59 560

787 623 689 760

Activo correnteActivos financeiros correntes 17 1 499 604 2 074 741

Outras aplicações de tesouraria 18 225 883 121 615

Inventários 19 15 157 1 697

Devedores 20 78 968 125 919

Caixa e equivalentes de caixa 21 129 942 104 162

1 949 554 2 428 134

Total do activo 2 737 177 3 117 894

FUNDO DE CAPITALCapital recebido do Fundador 22 11 747 11 747

Reservas 23 2 819 201 2 695 864

Transferência para o fundo de capital (434 513) 67 617

Total do fundo de capital 2 396 435 2 775 228

PASSIVOPassivo não correnteProvisões 24 208 423 222 458

Credores e outros passivos 25 1 006 –

209 429 222 458

Passivo correntePassivos financeiros correntes 17 25 121 4 634

Subsídios e bolsas 26 7 814 6 989

Credores e outros passivos 27 98 378 108 585

131 313 120 208

Total do passivo 340 742 342 666

Total do fundo de capital e passivo 2 737 177 3 117 894

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Demonstração dos fluxos de caixa consolidadospara os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

Actividades operacionais

Recebimentos de actividades petrolíferas e de gás 93 403 64 182

Realizações/investimentos em activos financeiros correntes 183 809 120 751

Distribuição e actividades directas (71 875) (76 671)

Pagamentos de pensões (16 780) (16 523)

Outros pagamentos relativos à actividade operacional (26 783) (12 534)

Fluxo gerado pelas actividades operacionais 161 774 79 205

Actividades de investimento

Activos financeiros não correntes (43 592) (33 571)

Dividendos 30 477 22 489

Aquisições de imobilizado (41 978) (28 681)

Outros recebimentos/(pagamentos) 23 367 (30 156)

Fluxo gerado pelas actividades de investimento (31 726) (69 919)

Variação líquida em caixa e equivalentes 130 048 9 286

Caixa e equivalentes no início do exercício 225 777 216 491

Caixa e equivalentes no fim do exercício 355 825 225 777

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 21 75 57

Depósitos 21 129 867 104 105

Outras aplicações de tesouraria 18 225 883 121 615

355 825 225 777

275 Relatório Balanço e Contas 2008274.

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Mapa dos movimentos consolidados do Fundo de Capital para os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Total do Fundo

de Capital

Capitalrecebido

do Fundador

Diferençascambiais

Reserva dejusto valor

Outrasreservas

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 2 704 197 11 747 (17 013) 335 149 2 374 314

Reserva de justo valor 42 229 – – 42 229 –

Diferença cambial (38 815) – (38 815) – –

Transferência para o fundo de capital 67 617 – – – 67 617

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 2 775 228 11 747 (55 828) 377 378 2 441 931

Reserva de justo valor 30 713 – – 30 713 –

Doações 36 – – – 36

Diferença cambial 24 971 – 24 971 – –

Transferência para o fundo de capital (434 513) – – – (434 513)

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 2 396 435 11 747 (30 857) 408 091 2 007 454

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Demonstração individual das operações para os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

Resultados de activos e passivos financeiros correntes (411 815) 110 016

Resultados de activos financeiros não correntes 31 488 22 874

Outros resultados financeiros 420 (4 434)

Retorno financeiro 4 (379 907) 128 456

Outros proveitos 5 21 523 11 301

Distribuição e actividades directas 6 (75 551) (78 212)

Outros custos administrativos e operacionais 7 (20 214) (18 328)

Benefícios a empregados 9 (2 842) (12 764)

Amortizações e depreciações 12 (2 381) (2 019)

Impostos e taxas (18) (16)

Transferência para o fundo de capital (459 390) 28 418

277 Relatório Balanço e Contas 2008276.

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Balanço individual em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

ACTIVO

Activo não corrente

Activos fixos tangíveis 14 20 167 16 902

Activos financeiros não correntes 15 77 231 64 620

Investimentos em empresas subsidiárias 16 766 925 692 806

864 323 774 328

Activo corrente

Activos financeiros correntes 17 1 499 604 2 074 741

Outras aplicações de tesouraria 18 225 883 121 615

Devedores 20 55 594 48 278

Caixa e equivalentes de caixa 21 2 209 792

1 783 290 2 245 426

Total do activo 2 647 613 3 019 754

FUNDO DE CAPITAL

Capital recebido do Fundador 22 11 747 11 747

Reservas 23 2 844 078 2 735 063

Transferência para o fundo de capital (459 390) 28 418

Total do fundo de capital 2 396 435 2 775 228

PASSIVO

Passivo não corrente

Provisões 24 203 946 218 251

Passivo corrente

Passivos financeiros correntes 17 25 121 4 634

Subsídios e bolsas 26 7 814 6 989

Credores e outros passivos 27 14 297 14 652

47 232 26 275

Total do passivo 251 178 244 526

Total do fundo de fapital e passivo 2 647 613 3 019 754

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Demonstração dos fluxos de caixa para os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Notas 2008 2007

Actividades operacionais

Realizações/investimentos em activos financeiros correntes 168 314 106 331

Distribuição e actividades directas (71 875) (76 671)

Pagamentos de pensões (16 553) (16 284)

Outros pagamentos relativos à actividade operacional (3 778) (16 041)

Fluxo gerado pelas actividades operacionais 76 108 (2 665)

Actividades de investimento

Activos financeiros não correntes (6 169) (9 429)

Dividendos 51 968 44 498

Aquisições de imobilizado (8 983) (4 999)

Outros recebimentos (7 239) 14 299

Fluxo gerado pelas actividades de investimento 29 577 44 369

Variação líquida em caixa e equivalentes 105 685 41 704

Caixa e equivalentes no início do exercício 122 407 80 703

Caixa e equivalentes no fim do exercício 228 092 122 407

Caixa e equivalentes engloba:

Caixa 21 75 57

Depósitos 21 2 134 735

Outras aplicações de tesouraria 18 225 883 121 615

228 092 122 407

279 Relatório Balanço e Contas 2008278.

Para ser lido com as notas anexas às Demonstrações Financeiras.

Mapa dos movimentos do Fundo de Capital para os anos findos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007

(103 Euros)

Total do Fundo

de Capital

Capitalrecebido

do Fundador

Reserva de justo valor

Outrasreservas

Saldos em 31 de Dezembro de 2006 2 704 197 11 747 652 481 2 039 969

Reserva de justo valor 42 613 – 42 613 –

Transferência para o Fundo de Capital 28 418 – – 28 418

Saldos em 31 de Dezembro de 2007 2 775 228 11 747 695 094 2 068 387

Reserva de justo valor 80 561 – 80 561 –

Doações 36 – – 36

Transferência para o Fundo de Capital (459 390) – – (459 390)

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 2 396 435 11 747 775 655 1 609 033

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Nota 1Actividades

A Fundação Calouste Gulbenkian (“Fundação”) é uma instituição constituída sem fi ns lucrativos com sede em Lisboa, Portugal. A Fundação foi criada pelo testamento do seu fundador Senhor Calouste Sarkis Gulbenkian, sendo-lhe atribuído o estatuto de utilidade pública pelo Decreto-Lei n.º 40690, de 18 de Julho de 1956. A acção da Fundação exerce-se através da concessão de subsídios e realização de outras formas de actividade com os seguintes fi ns estatutários: Arte, Benefi cência, Ciência e Educação.

As actividades das empresas subsidiárias estão relacionadas com as suas participações nos interesses petrolíferos e do gás no Médio Oriente, Norte de África, Brasil, Cazaquistão, Angola e Portugal.

Nota 2Políticas contabilísticas

a) Bases de apresentação

As demonstrações fi nanceiras agora apresentadas foram aprovadas pelo Conselho de Administração da Fundação em 21 de Maio de 2009. Estas refl ectem os resultados consolidados e individuais das operações da Fundação e das suas subsidiárias, para os exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2008 e de 2007.

As demonstrações fi nanceiras consolidadas e individuais da Fundação agora apresentadas reportam-se ao exercício fi ndo em 31 de Dezembro de 2008 e foram preparadas

de acordo com as IFRS em vigor tal como adoptados na União Europeia até 31 de Dezembro de 2008. As políticas contabilísticas utilizadas pela Fundação na preparação das suas demonstrações fi nanceiras consolidadas e individuais referentes a 31 de Dezembro de 2008 são consistentes com as utilizadas na preparação das demonstrações fi nanceiras consolidadas e individuais anuais com referência a 31 de Dezembro de 2007.

As IFRS incluem as normas contabilísticas emitidas pelo International Accounting Standards Board (“IASB”) e as interpretações emitidas pelo International Financial Reporting Interpretations Committee (“IFRIC”) e pelos respectivos órgãos antecessores.

As demonstrações fi nanceiras consolidadas e individuais são apresentadas em Euros, arredondadas ao milhar mais próximo e foram preparadas de acordo com o princípio do custo histórico com excepção dos activos e passivos registados ao seu justo valor, nomeadamente instrumentos fi nanceiros derivados, activos e passivos correntes e não correntes.

A preparação de demonstrações fi nanceiras consolidadas e individuais de acordo com as IFRS requer que a Fundação efectue julgamentos e estimativas e utilize pressupostos que afectam a aplicação das políticas contabilísticas e os montantes de proveitos, custos, activos e passivos. Alterações em tais pressupostos ou diferenças destes face à realidade poderão ter impactos sobre as actuais estimativas e julgamentos.

Notas às Demonstrações Financeiras Consolidadas e Individuais31 de Dezembro de 2008 e 2007

281 Relatório Balanço e Contas 2008280.

As áreas que envolvem um maior nível de julgamento ou de complexidade, ou onde são utilizados pressupostos e estimativas signifi cativos na preparação das demonstrações fi nanceiras, são apresentados na alínea x).

b) Princípios de consolidação

Datas de referência

As demonstrações fi nanceiras consolidadas refl ectem os activos, passivos e resultados da Fundação e das suas empresas subsidiárias, tal como defi nido na nota 15, relativamente aos exercícios fi ndos em 31 de Dezembro de 2008 e 2007. As políticas contabilísticas foram aplicadas de forma consistente por todas as empresas da Fundação.

Participações fi nanceiras em subsidiárias

São classifi cadas como subsidiárias as empresas sobre as quais a Fundação exerce controlo. Controlo normalmente é presumido quando o Grupo detém o poder de exercer a maioria dos direitos de voto. Poderá ainda existir controlo quando a Fundação detém o poder, directa ou indirectamente, de gerir as políticas fi nanceiras e operacionais de determinada empresa de forma a obter benefícios das suas actividades, mesmo que a percentagem que detém sobre os seus capitais próprios seja inferior a 50 por cento. As empresas subsidiárias são consolidadas integralmente desde o momento em que o Grupo assume o controlo sobre as suas actividades até ao momento em que esse controlo cessa.

Quando as perdas acumuladas de uma subsidiária excedem o interesse minoritário no capital próprio dessa subsidiária, tal excesso é atribuível ao Grupo na medida em que for incorrido. Subsequentes lucros obtidos por tal subsidiária são reconhecidos como proveitos do Grupo até que as perdas previamente absorvidas sejam recuperadas.

Entidades conjuntamente controladas

As entidades conjuntamente controladas, consolidadas pelo método proporcional, são entidades em que o Grupo tem controlo defi nido por acordo contratual. As demonstrações fi nanceiras consolidadas integram nas respectivas rubricas de activos, passivos, gastos e réditos as parcelas conjuntamente controladas, desde a data em que o controlo conjunto se iniciou até à data em que este cesse.

Transcrição de demonstrações fi nanceiras em moeda estrangeira

As demonstrações fi nanceiras das subsidiárias da Fundação são preparadas na sua moeda funcional. As demonstrações fi nanceiras consolidadas são preparadas em euros, que é a moeda funcional da Fundação.As demonstrações fi nanceiras das empresas cuja moeda funcional difere do euro são transcritas para euros de acordo com os seguintes critérios:› Os activos e passivos são convertidos à taxa de câmbio da data do balanço;› Os proveitos e custos são convertidos com base na aplicação de taxas de câmbio aproximadas das taxas reais nas datas das transacções;› As diferenças cambiais apuradas entre o valor de conversão em euros da situação patrimonial do início do ano e o seu valor convertido à taxa de câmbio em vigor na data do balanço a que se reportam as contas consolidadas são registadas por contrapartida de reservas. Da mesma forma, em relação aos resultados das subsidiárias e empresas associadas, as diferenças cambiais resultantes da conversão em euros dos resultados do exercício, entre as taxas de câmbio utilizadas na demonstração de resultados e as taxas de câmbio em vigor na data de balanço, são registadas em reservas.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Na data de alienação da empresa, estas diferenças são reconhecidas em resultados como parte integrante do ganho ou perda resultante da alienação.

Contabilização em base individual das participações fi nanceiras em subsidiárias

Em base individual, os investimentos em entidades subsidiárias que não estejam classifi cados como detidos para venda, ou incluídos num grupo para alienação que esteja classifi cado como detido para venda, são reconhecidos ao justo valor, com as variações registadas por contrapartida de reservas de justo valor, sendo sujeitos a testes de imparidade periódicos.

Saldos e transacções eliminados na consolidação

Os saldos e transacções entre empresas do Grupo, incluindo quaisquer ganhos ou perdas não realizados resultantes de operações intragrupo, são eliminados no processo de consolidação, excepto nos casos em que as perdas não realizadas indiciam a existência de imparidade que deva ser reconhecida nas contas consolidadas.

Ganhos não realizados resultantes de transacções com entidades associadas são eliminados na proporção da participação do Grupo nas mesmas. Perdas não realizadas são também eliminadas, mas apenas nas situações em que as mesmas não indiciem existência de imparidade.

c) Operações em moeda estrangeira

As transacções em moeda estrangeira são convertidas à taxa de câmbio da data da transacção. Os activos e passivos monetários denominados em moeda estrangeira, que estão contabilizados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data de balanço.

As diferenças cambiais resultantes da conversão são reconhecidas em resultados. Os activos e passivos não monetários denominados em moeda estrangeira, registados ao custo histórico, são convertidos à taxa de câmbio da data da transacção. Activos e passivos não monetários registados ao justo valor são convertidos à taxa de câmbio da data em que o justo valor foi determinado.

Quando um ganho ou uma perda num item não monetário é reconhecido directamente no fundo de capital, qualquer componente de câmbio desse ganho ou perda deve ser reconhecido directamente no fundo de capital. Pelo contrário, quando um ganho ou uma perda com um item não monetário é reconhecido nos resultados, qualquer componente de câmbio desse ganho ou perda deve ser reconhecido nos resultados. As diferenças cambiais resultantes são reconhecidas em resultados, excepto no que diz respeito às diferenças relacionadas com acções classifi cadas como activos fi nanceiros não correntes, as quais são registadas em reservas.

d) Activos intangíveis

Os activos intangíveis da Fundação encontram--se registados ao custo de aquisição deduzido das respectivas amortizações acumuladas e das perdas por imparidade.

Custos de aquisição de direitos e de exploração petrolífera são amortizados em quotas constantes durante o período remanescente da concessão, o qual varia entre 17 e 33 anos.

Os custos incorridos com a aquisição de software, sobre os quais é expectável que venham a gerar benefícios económicos futuros para além de um exercício, são reconhecidos como activos intangíveis. Os restantes encargos relacionados com os serviços informáticos são reconhecidos como custo quando incorridos.

283 Relatório Balanço e Contas 2008282.

e) Activos fi xos tangíveis

Os activos fi xos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição líquido de subsídios recebidos e das respectivas depreciações acumuladas e perdas por imparidade. Os custos subsequentes são reconhecidos apenas se for provável que deles resultarão benefícios económicos futuros para a Fundação, pelo que as despesas com manutenção e reparação são reconhecidas como custos de acordo com o princípio da especialização dos exercícios.

São efectuados testes de imparidade sempre que eventos ou circunstâncias indiciam que o valor contabilístico excede o valor realizável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados.

Para os imóveis e equipamento de transporte as depreciações são calculadas pelo método das quotas constantes. Para os restantes bens de imobilizado o custo incorrido é reconhecido no ano de aquisição. As depreciações são calculadas de acordo com os seguintes períodos que refl ectem a vida útil esperada:

Número de anos

Edifícios 50

Equipamento de transporte 4 a 5

Equipamento petrolífero

Outro equipamento

5 a 10

1 a 5

As obras efectuadas nos edifícios são depreciadas pelos períodos remanescentes de vida útil dos mesmos.

f) Colecções de arte

A colecção de arte da Fundação foi doada pelo Senhor Calouste Sarkis Gulbenkian e está incluída nas Demonstrações Financeiras por um valor simbólico.

As obras de arte adquiridas posteriormente e até ao exercício de 2005, foram totalmente amortizadas no ano de aquisição. A partir do exercício de 2006, são registadas pelo valor de aquisição e sujeitas a testes de imparidade numa base periódica, conforme defi nido na IAS 36.

g) Locações

A Fundação classifi ca as operações de locação como locações fi nanceiras ou locações operacionais, em função da sua substância e não da sua forma legal, cumprindo os critérios defi nidos na IAS 17 – Locações. São classifi cadas como locações fi nanceiras as operações em que os riscos e benefícios inerentes à propriedade de um activo são transferidos para o locatário. Todas as restantes operações de locação são classifi cadas como locações operacionais.

Locações operacionais

Os pagamentos efectuados pela Fundação à luz dos contratos de locação operacional são registados em custos nos períodos a que dizem respeito.

Locação fi nanceira – como locatário

Os contratos de locação fi nanceira são registados na data do seu início, no activoe no passivo, pelo custo de aquisição da propriedade locada, que é equivalente ao valor actual das rendas de locação vincendas. As rendas são constituídas i) pelo encargo fi nanceiro que é debitado em resultados e ii) pela amortização fi nanceira do capital que é deduzida ao passivo. Os encargos fi nanceiros são reconhecidos como custos ao longo do período da locação, a fi m de produzirem uma taxa de juro periódica constante sobre o saldo remanescente do passivo em cada período.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

h) Outros activos fi nanceiros correntes e não correntes

A Fundação classifi ca os seus outros activos fi nanceiros no momento da sua aquisição considerando a intenção que lhes está subjacente, de acordo com as seguintes categorias:

Activos fi nanceiros correntes

Esta categoria inclui i) os activos fi nanceiros detidos para negociação, adquiridos com o objectivo principal de serem transaccionados no curto prazo e ii) os activos fi nanceiros designados no momento do seu reconhecimento inicial ao justo valor com variações reconhecidas em resultados.A Fundação designa, no seu reconhecimento inicial, certos activos fi nanceiros correntes quando: › tais activos fi nanceiros são geridos, avaliados e analisados internamente com base no seu justo valor; › são contratadas operações de derivados com o objectivo de efectuar a cobertura económica desses activos, assegurando-se assim a consistência na valorização dos activos e dos derivados (accounting mismatch); ou › tais activos fi nanceiros contêm derivados embutidos.

Investimentos detidos até à maturidade

Estes investimentos são activos fi nanceiros não derivados com pagamentos fi xados ou determináveis e maturidades defi nidas, que a Fundação tem intenção e capacidade de deter até à maturidade e que não são designados, no momento do seu reconhecimento inicial, como activos fi nanceiros correntes ou não correntes.

Activos fi nanceiros não correntes

Os activos fi nanceiros não correntes são activos fi nanceiros não derivados que i) a Fundação tem intenção de manter por tempo indeterminado, ii) são designados como não correntes no momento do seu reconhecimento inicial, ou iii) não se enquadram nas categorias acima referidas.

Reconhecimento inicial, mensuração e desreconhecimento

Aquisições e alienações de: i) activos fi nanceiros correntes, ii) investimentos detidos até à maturidade e iii) activos fi nanceiros não correntes são reconhecidos na data de negociação (trade date), ou seja, na data em que a Fundação se compromete a adquirir ou alienar o activo.

Os activos fi nanceiros são inicialmente reconhecidos ao seu justo valor adicionados dos custos de transacção, excepto nos casos de investimentos correntes, caso em que estes custos de transacção são directamente reconhecidos em resultados.

Os activos fi nanceiros são desreconhecidos quando i) expiram os direitos contratuais da Fundação ao recebimento dos seus fl uxos de caixa, ii) a Fundação tenha transferido substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção ou iii) a Fundação não obstante retenha parte, mas não substancialmente todos os riscos e benefícios associados à sua detenção, tenha transferido o controlo sobre os activos.

Mensuração subsequente

Após o seu reconhecimento inicial, os activos fi nanceiros correntes são valorizados ao justo valor, sendo as suas variações reconhecidas em resultados.

285 Relatório Balanço e Contas 2008284.

Os activos fi nanceiros não correntes são igualmente registados ao justo valor, sendo no entanto as respectivas variações reconhecidas em reservas de justo valor, até que os activos sejam desreconhecidos ou seja identifi cada uma perda por imparidade, momento em que o valor acumulado dos ganhos e perdas potenciais registados em reservas de justo valor é transferido para resultados. As variações cambiais associadas a estes activos são igualmente reconhecidas em reservas no caso de acções, e outros títulos de capital, e em resultados no caso de instrumentos de dívida. Os juros, calculados à taxa de juro efectiva, e os dividendos são reconhecidos nas demonstrações das operações.

Os investimentos detidos até à maturidade são valorizados ao custo amortizado, com base no método da taxa efectiva e são deduzidos de perdas de imparidade.

O justo valor dos activos fi nanceiros cotados é o seu preço de compra corrente (bid-price). Na ausência de cotação, o Grupo estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação, tais como a utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, técnicas de fl uxos de caixa descontados e pressupostos de avaliação baseados em informações de mercado.

Os activos fi nanceiros para os quais não é possível mensurar com fi abilidade o justo valor são registados ao custo de aquisição.

Transferências entre categorias

De acordo com as exigências da IAS 39, a Fundação não procede à transferência de instrumentos fi nanceiros de e para a categoria de investimentos correntes.

Imparidade

A Fundação avalia regularmente se existe evidência objectiva de que um activo fi nanceiro, ou grupo de activos fi nanceiros, apresenta sinais de imparidade. Para os activos fi nanceiros que apresentam sinais de imparidade, é determinado o respectivo valor recuperável, sendo as perdas por imparidade registadas por contrapartida de resultados.

Um activo fi nanceiro, ou grupo de activos fi nanceiros, encontra-se em imparidade sempre que exista a evidência objectiva de imparidade resultante de um ou mais eventos que ocorreram após o seu reconhecimento inicial, tais como: › para títulos cotados, uma desvalorização continuada ou de valor signifi cativo no seu valor de mercado abaixo do custo de aquisição, e › para títulos não cotados, quando esse evento (ou eventos) tenha um impacto no valor estimado dos fl uxos de caixa futuros do activo fi nanceiro, ou grupo de activos fi nanceiros, que possa ser estimado com razoabilidade.

No que se refere aos investimentos detidos até à maturidade, as perdas por imparidade correspondem à diferença entre o valor contabilístico do activo e o valor actual dos fl uxos de caixa futuros estimados (considerando o período de recuperação) descontados à taxa de juro efectiva original do activo fi nanceiro. Estes activos são apresentados no balanço líquidos de imparidade. Caso estejamos perante um activo com uma taxa de juro variável, a taxa de desconto a utilizar para a determinação da respectiva perda de imparidade é a taxa de juro efectiva actual, determinada com base nas regras de cada contrato. Em relação aos investimentos detidos até à maturidade, se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, e essa diminuição pode ser objectivamente relacionada com um evento que ocorreu após o reconhecimento da imparidade, esta é revertida por contrapartida de resultados do exercício.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Quando existe evidência de imparidade nos activos fi nanceiros não correntes, a perda potencial acumulada em reservas de justo valor, correspondente à diferença entre o custo de aquisição e o justo valor actual, deduzida de qualquer perda de imparidade no activoanteriormente reconhecida em resultados, é transferida para resultados. Se num período subsequente o montante da perda de imparidade diminui, a perda de imparidade anteriormente reconhecida é revertida por contrapartida de reservas.

i) Passivos fi nanceiros correntes

Um instrumento é classifi cado como passivo fi nanceiro corrente quando existe uma obrigação contratual da sua liquidação ser efectuada mediante a entrega de dinheiro ou de outro activo fi nanceiro, independentemente da sua forma legal.

A Fundação designa, no seu reconhecimento inicial, certos passivos fi nanceiros correntes como ao justo valor através de resultados.

O justo valor dos passivos cotados é o seu valor de cotação. Na ausência de cotação, a Fundação estima o justo valor utilizando metodologias de avaliação considerando pressupostos baseados em informação de mercado, incluindo o próprio risco da entidade emitente.

j) Compensação de instrumentos fi nanceiros

Os activos e passivos fi nanceiros são apresentados no balanço pelo seu valor líquido quando existe a possibilidade legal de compensar os valores reconhecidos e existe a intenção de os liquidar pelo seu valor líquido, ou realizar o activo e liquidar o passivo simultaneamente.

k) Instrumentos fi nanceiros derivados

Os instrumentos fi nanceiros derivados são reconhecidos na data da sua negociação (trade date) pelo seu justo valor.Subsequentemente, o justo valor dos instrumentos fi nanceiros derivados é reavaliado numa base regular, sendo os ganhos ou perdas resultantes dessa reavaliação registados directamente em resultados do período.

O justo valor dos instrumentos fi nanceiros derivados corresponde ao seu valor de mercado, quando disponível, ou, na sua ausência, é determinado por entidades externas tendo por base técnicas de valorização, incluindo modelos de desconto de fl uxos de caixa (discounted cash fl ows) e modelos de avaliação de opções, conforme seja apropriado.

l) Activos cedidos com acordo de recompra e empréstimos de títulos

Títulos comprados com acordo de revenda (reverse repos) por um preço fi xo ou por um preço que iguala o preço de compra acrescido de um juro inerente ao prazo da operação não são reconhecidos no balanço, sendo o valor de compra registado como outras aplicações de tesouraria. A diferença entre o valor de compra e o valor de revenda é tratada como juro e é diferido durante a vida do acordo, através do método da taxa efectiva.

Os títulos cedidos através de acordos de empréstimo não são desreconhecidos do balanço, sendo classifi cados e valorizados em conformidade com a política contabilística referida na alínea h). Os títulos recebidos através de acordos de empréstimo não são reconhecidos no balanço.

287 Relatório Balanço e Contas 2008286.

m) Devedores O valor de balanço de devedores é analisado anualmente de forma a determinar se existe algum indício de imparidade. Se tal indício existir, é estimado o valor recuperável do activo. Uma perda por imparidade é reconhecida por contrapartida de resultados sempre que o valor de balanço do activo excede o seu valor recuperável.

Uma perda por imparidade reconhecida de um activo em anos anteriores deve ser revertida se, e somente se, houver uma alteração nas estimativas usadas para determinar o valor recuperável do activo desde que a última perda por imparidade foi reconhecida.

n) Subsídios recebidos

Os subsídios recebidos no âmbito do Programa Operacional da Cultura destinados a fi nanciar a remodelação de infra-estruturas e equipamentos, são creditados em resultados, em conformidade com as taxas de amortização do equipamento correspondente.

o) Caixa e equivalentes de caixa

Para efeitos da demonstração dos fl uxos de caixa, a caixa e seus equivalentes englobam os valores registados no balanço com maturidade inferior a três meses a contar da data de aquisição, onde se incluem a caixa e depósitos à ordem.

p) Reconhecimento de custos e proveitos

Os custos e os proveitos são registados no exercício a que respeitam, independentemente do momento do seu pagamento ou recebimento, de acordo com o princípio contabilístico da especialização dos exercícios.

Juros, dividendos e outros proveitos resultantes dos recursos da Fundação são reconhecidos como proveitos, quando é provável que

os benefícios económicos associados com a transacção fl uam para a Fundação e o proveito possa ser mensurado com confi ança. Os juros são reconhecidos com base na periodifi cação, excepto se existirem dúvidas quanto ao seu recebimento. Os outros proveitos são reconhecidos com base na periodifi cação dos proveitos, com referência à substância do acordo relevante.

q) Reconhecimento de proveitos nas actividades petrolíferas

Os proveitos resultantes da venda de petróleo e gás são apenas reconhecidos quando os riscos e os benefícios do direito de propriedade se encontram transferidos para o comprador e quando não existe incerteza na determinação dos custos associados.

r) Custos capitalizados nas actividades petrolíferas

(i) Custos de exploração

Os custos incorridos anteriores à fase de exploração são reconhecidos em resultados quando incorridos. Os custos com a aquisição de propriedades ou concessões, poços de exploração petrolífera, custos de desenvolvimento, incluindo juros de fi nanciamento, equipamento e instalações de suporte à actividade petrolífera são capitalizados em activos fi xos tangíveis ou intangíveis, de acordo com a sua natureza. Os custos com os poços de exploração sem resultados confi rmados são reconhecidos em perdas.

A Fundação procede a teste de imparidade sempre que eventos ou acontecimentos indicam que o valor contabilístico excede o valor recuperável, sendo a diferença, caso exista, reconhecida em resultados. Os testes de imparidade sobre os poços de exploração petrolífera são realizados numa base individual.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

(ii) Activos para produção de petróleo e gás

Os custos incorridos com a perfuração de poços de desenvolvimento na construção de instalações produtoras são capitalizados, em conjunto com custos de fi nanciamento incorridos durante a fase de construção, assim como o valor actual das responsabilidades futuras para a remoção dos activos.

A amortização dos activos é determinada pelo rácio de produção do exercício face ao montante de reservas prováveis (unit-of-production method).

s) Inventários

Os inventários são valorizados ao menor entre o seu custo de aquisição e o seu valor realizável líquido. O custo dos inventários inclui todos os custos de compra, custos de conversão e outros custos incorridos para colocar os inventários no seu local e na sua condição actual. O valor realizável líquido corresponde ao preço de venda estimado no decurso normal da actividade deduzido dos respectivos custos de venda.

O custo do crude é determinado utilizando como método de custeio das saídas de inventário o FIFO (primeiras entradas, primeiras saídas). Os inventários da Fundação consistem essencialmente em crude que se encontra em oleodutos, reservatórios ou armazenado por companhias de transporte, em que o direito de propriedade não foi totalmente transferido para o cliente.

Para o restante inventário é utilizado o custo médio ponderado como método de custeio das saídas.

t) Impostos

Por despacho do Ministro das Finanças, de 18 de Julho de 1989, foi reconhecida à Fundação Calouste Gulbenkian a isenção de Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas.

u) Planos de pensões

Na Fundação existem diversos planos de pensões, incluindo nomeadamente planos de benefício defi nido e de contribuição defi nida.

A Fundação, sob a forma de plano de benefícios defi nidos, assumiu as responsabilidades de pagar aos empregados pensões de reforma por velhice, pensões de reforma por invalidez e pensões de pré-reforma, nos termos estabelecidos no “Plano de Pensões do Pessoal” (1979) e no “Plano de Pensões da Fundação” (1997). As responsabilidades do “Plano Complementar de Pensões de Contribuição Defi nida” (2005) são fi nanciadas através de contribuições para o Fundo de Pensões Aberto BPI Acções. Os empregados da Delegação da Fundação no Reino Unido, têm um Plano de Pensões próprio.

As pensões, relativas aos planos de 1979 e 1997, destinam-se a complementar as pensões atribuídas pela Segurança Social e são determinadas em função do tempo de serviço de cada empregado. Para cobrir esta responsabilidade é constituída uma provisão que representa uma estimativa do capital necessário para pagar os benefícios aos actuais pensionistas e os benefícios futuros a pagar aos empregados actuais.

A Fundação fi nancia as suas responsabilidades através da constituição de uma provisão que representa uma estimativa do capital necessário para pagar os benefícios aos actuais pensionistas e os benefícios futuros a pagar aos empregados actuais.

As responsabilidades da Fundação com pensões de reforma são calculadas anualmente, na data de fecho das contas, por actuários independentes.

O cálculo actuarial é efectuado com base no método de crédito da unidade projectada e utilizando pressupostos actuariais

289 Relatório Balanço e Contas 2008288.

e fi nanceiros de acordo com os parâmetros exigidos pela IAS 19.

Os custos de serviço corrente e os custos de serviços passados em conjunto com a provisão apurada são registados na demonstração das operações.

A responsabilidade da Fundação relativa aos planos de pensões de benefício defi nido é calculada através da estimativa do valor de benefícios futuros que cada empregado deve receber em troca pelo seu serviço no período corrente e em períodos passados. O benefício é descontado de forma a determinar o seu valor actual. A taxa de desconto aplicada corresponde à taxa de obrigações sem risco com maturidade semelhante à data do termo das obrigações do plano.

Os ganhos e perdas actuariais apurados anualmente resultantes i) das diferenças entre os pressupostos actuariais e fi nanceiros e os valores efectivamente verifi cados (ganhos e perdas de experiência) e ii) das alterações de pressupostos actuariais, são reconhecidos como um activo ou um passivo e o seu valor acumulado é imputado a resultados com base no método do corredor nos termos defi nidos na IAS 19.

Este método estabelece que os ganhos e perdas actuariais acumulados no início do ano que excedam 10 por cento das responsabilidades, também reportados ao início do ano, sejam reconhecidos na conta de custos ou proveitos no exercício em que ocorrem. Os ganhos e perdas actuariais acumulados no início do ano que se situem dentro do referido limite, são reconhecidos no corredor do plano de pensões e não são amortizados.

Anualmente, a Fundação reconhece como custo, na demonstração das operações, um valor total líquido que inclui i) o custo do serviço corrente, ii) o custo dos juros e iii) uma porção

dos ganhos e perdas actuariais determinados com base no referido método do corredor.

v) Reconhecimento de dividendos

Os rendimentos de instrumentos de capital (dividendos) são reconhecidos quando o direito de receber o seu pagamento é estabelecido.

w) Provisões

São reconhecidas provisões quando i) a Fundação tem uma obrigação presente, legal ou construtiva, ii) seja provável que o seu pagamento venha a ser exigido e iii) quando possa ser feita uma estimativa fi ável do valor dessa obrigação.

x) Principais estimativas e julgamentos utilizados na preparação das Demonstrações Financeiras

As IFRS estabelecem uma série de tratamentos contabilísticos e requerem que o Conselho de Administração efectue julgamentos e faça as estimativas necessárias de forma a decidir qual o tratamento contabilístico mais adequado. As principais estimativas contabilísticas e julgamentos utilizados na aplicação dos princípios contabilísticos pela Fundação são analisados como segue, no sentido de melhorar o entendimento de como a sua aplicação afecta os resultados reportados pela Fundação e a sua divulgação.

Considerando que em muitas situações existem alternativas ao tratamento contabilístico adoptado pelo Conselho de Administração, os resultados reportados pela Fundação poderiam ser diferentes caso um tratamento diferente fosse escolhido. O Conselho de Administração considera que os critérios adoptados são apropriados e que as demonstrações fi nanceiras apresentam de forma adequada a posição fi nanceira da Fundação e das suas operações em todos os aspectos materialmente relevantes.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Os resultados das alternativas analisadas de seguida, são apresentados apenas para permitir um melhor entendimento das demonstrações fi nanceiras e não têm intenção de sugerir que outras alternativas ou estimativas sejam mais apropriadas.

Imparidade dos activos fi nanceiros não correntes

A Fundação determina que existe imparidade nos seus activos fi nanceiros não correntes quando existe uma desvalorização continuada ou de valor signifi cativo no seu justo valor ou quando prevê existir um impacto nos fl uxos de caixa futuros dos activos. Esta determinação requer julgamento, no qual a Fundação recolhe e avalia toda a informação relevante à formulação da decisão, nomeadamente a volatilidade normal dos preços dos instrumentos fi nanceiros.

A Fundação determina o justo valor através de avaliações efectuadas por especialistas independentes ou preços de mercado (market to market). As avaliações refl ectem o valor actual líquido dos fl uxos de caixa futuros estimados tendo por base metodologias de avaliação e informação de mercado.

Metodologias alternativas e a utilização de diferentes pressupostos e estimativas poderão resultar num nível diferente de perdas por imparidade reconhecidas, com o consequente impacto nos resultados.

Justo valor dos instrumentos fi nanceiros

O justo valor é baseado em cotações de mercado, quando disponíveis, e na sua ausência é determinado com base na utilização de preços de transacções recentes, semelhantes e realizadas em condições de mercado, ou com base em metodologias de avaliação baseadas em técnicas de fl uxos de caixa futuros descontados considerando as condições

de mercado, o valor temporal, a curva de rentabilidade e factores de volatilidade. Estas metodologias podem requerer a utilização de pressupostos ou julgamentos na estimativa do justo valor.

Consequentemente, a utilização de diferentes metodologias ou de diferentes pressupostos ou julgamentos na aplicação de determinado modelo poderia originar resultados fi nanceiros diferentes daqueles reportados.

Imparidade dos activos de longo prazo

Os Activos fi xos tangíveis são revistos para efeitos de imparidade quando existem factos ou circunstâncias que indicam que o seu valor líquido não é recuperável.

Considerando as incertezas quanto ao valor de recuperação do valor líquido dos activos fi xos tangíveis e intangíveis pelo facto de se basear na melhor informação disponível à data, as alterações dos pressupostos poderão resultar em impactos na determinação do nível de imparidade e consequentemente nos resultados.

Planos de pensões

A determinação das responsabilidades pelo pagamento de pensões requer a utilização de pressupostos e estimativas, incluindo a utilização de projecções actuariais, rentabilidade estimada dos investimentos e outros factores que podem ter impacto nos custos e nas responsabilidades do plano de pensões.

Alterações a estes pressupostos poderiam ter um impacto signifi cativo nos valores determinados.

291 Relatório Balanço e Contas 2008290.

Nota 4Retorno fi nanceiro

A política da Fundação visa obter uma taxa de retorno sobre a sua carteira de investimentos, líquida de comissões. Esta taxa é acordada anualmente com os gestores responsáveis pelo investimento dos fundos no âmbito de orientações previamente estabelecidas pela Fundação.

A desagregação do retorno fi nanceiro atingido em 2008 e 2007 no Consolidado é assim detalhada:

Nota 3Outros rendimentos do petróleo e gás

A rubrica "Outros rendimentos do petróleo e gás" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado

2008 2007

Dividendos 30 477 18 410

Prestação de serviços 4 520 3 835

34 997 22 245

(103 Euros)

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

2008 2007

Activos e passivos financeiros correntes

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 169 641 (147 069) 22 572 33 724 (37 558) (3 834)

De outros emissores 53 231 (69 447) (16 216) 25 003 (30 675) (5 672)

Acções

Outros títulos de rendimento variável 119 656 (455 945) (336 289) 212 745 (178 087) 34 658

Fundos de investimento

Liquidez 2 869 (46) 2 823 194 (174) 20

Acções 9 309 (56 332) (47 023) 26 352 (22 057) 4 295

Obrigações 19 740 (33 492) (13 752) 90 684 (103 705) (13 021)

Outros 3 763 (19 742) (15 979) 7 590 (1 281) 6 309

Derivados

Forwards 192 524 (217 526) (25 002) 128 253 (38 874) 89 379

Futuros 29 885 (13 297) 16 588 7 022 (9 097) (2 075)

Opções 3 058 (410) 2 648 498 (541) (43)

Warrants 555 (2 740) (2 185) – – –

604 231 (1 016 046) (411 815) 532 065 (422 049) 110 016

Activos financeiros não correntes

Fundos de investimento 1 555 – 1 555 9 681 – 9 681

1 555 – 1 555 9 681 – 9 681

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás 1 978 – 1 978 1 315 – 1 315

Outras empresas 246 – 246 353 – 353

2 224 – 2 224 1 668 – 1 668

Outras aplicações de tesouraria 11 239 (2 037) 9 202 10 727 (2 240) 8 487

Comissões – (6 184) (6 184) – (7 367) (7 367)

Diferenças cambiais 3 677 (23 810) (20 133) 20 591 (1 812) 18 779

14 916 (32 031) (17 115) 31 318 (11 419) 19 899

622 926 (1 048 077) (425 151) 574 732 (433 468) 141 264

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

A desagregação do retorno fi nanceiro atingido em 2008 e 2007 na Fundação é assim detalhada:

(103 Euros)

Proveitos Custos Total Proveitos Custos Total

2008 2007

Activos e passivos financeiros correntes

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 169 641 (147 069) 22 572 33 724 (37 558) (3 834)

De outros emissores 53 231 (69 447) (16 216) 25 003 (30 675) (5 672)

Acções

Outros títulos de rendimento variável 119 656 (455 945) (336 289) 212 745 (178 087) 34 658

Fundos de investimento

Liquidez 2 869 (46) 2 823 194 (174) 20

Acções 9 309 (56 332) (47 023) 26 352 (22 057) 4 295

Obrigações 19 740 (33 492) (13 752) 90 684 (103 705) (13 021)

Outros 3 763 (19 742) (15 979) 7 590 (1 281) 6 309

Derivados

Forwards 192 524 (217 526) (25 002) 128 253 (38 874) 89 379

Futuros 29 885 (13 297) 16 588 7 022 (9 097) (2 075)

Opções 3 058 (410) 2 648 498 (541) (43)

Warrants 555 (2 740) (2 185) – – –

604 231 (1 016 046) (411 815) 532 065 (422 049) 110 016

Activos financeiros não correntes

Empresas subsidiárias 30 538 – 30 538 22 009 – 22 009

Fundos de investimento 950 – 950 865 – 865

31 488 – 31 488 22 874 – 22 874

Outras aplicações de tesouraria 6 166 (1 181) 4 985 5 476 (1 435) 4 041

Comissões – (6 184) (6 184) – (7 367) (7 367)

Diferenças cambiais 3 677 (2 058) 1 619 704 (1 812) (1 108)

9 843 (9 423) 420 6 180 (10 614) (4 434)

645 562 (1 025 469) (379 907) 561 119 (432 663) 128 456

293 Relatório Balanço e Contas 2008292.

Nota 7 Outros custos administrativos e operacionais A rubrica "Outros custos administrativos e operacionais" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Custos com o pessoal 19 888 18 640 10 597 9 597

Trabalhos especializados 4 921 4 663 4 288 3 849

Conservação e reparação 1 043 696 1 043 696

Outros fornecimentos e serviços 5 229 5 398 4 019 3 841

Outros custos operacionais 1 737 4 506 267 345

32 818 33 903 20 214 18 328

Nota 8 Custos com o pessoal A rubrica "Custos com o pessoal" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Conselho de Administração 1 477 1 443 1 144 1 107

Ordenados e salários 30 281 29 359 23 117 22 428

Encargos sobre remunerações 6 109 6 032 4 975 4 930

Outros custos com o pessoal 2 784 2 612 2 124 1 938

40 651 39 446 31 360 30 403

O número de efectivos é analisado como segue:

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Conselho de Administração 9 9 9 9

Pessoal 587 604 515 531

596 613 524 540

Os custos com o pessoal incluem o montante de € 20 763 000 (2007: € 20 806 000) que se encontram afectos à rubrica "Distribuição e actividades directas", conforme mencionado na nota 6.

Nota 5 Outros proveitos A rubrica "Outros proveitos" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Venda de edições 1 053 1 285 1 053 1 285

Venda de bilhetes 2 137 1 935 2 137 1 935

Comparticipação de outras entidades 7 477 5 066 7 477 5 066

Outros 10 856 3 015 10 856 3 015

21 523 11 301 21 523 11 301

A rubrica "Comparticipação de outras entidades" refere-se a comparticipações para a realização de projectos de investigação científi ca e na área das actividades artísticas. A rubrica "Outros", a 31 de Dezembro de 2008, inclui o montante de € 5 091 000 referentes a ganhos com a alienação de imobilizado corpóreo. Nota 6 Distribuição e actividades directas A repartição dos custos pelos fi ns estatutários da Fundação, é apresentada como segue:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Beneficência 8 735 8 557 8 735 8 557

Arte 31 206 34 370 31 206 34 370

Educação 21 217 22 362 21 217 22 362

Ciência 14 393 12 923 14 393 12 923

75 551 78 212 75 551 78 212

A rubrica "Distribuição e actividades directas" inclui o montante de € 2 851 000 (2007: € 1 805 000) e € 20 763 000 (2007: € 20 806 000) relativo a custos com amortizações e depreciações, e custos com o pessoal, respectivamente.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

A rubrica "Outros custos com o pessoal"inclui o montante de € 172 000 (2007: € 168 000), relativo às contribuições para o plano de pensões de contribuição defi nida dos colaboradores da Fundação. Nota 9 Benefícios a empregados Os "Benefícios a empregados" no Consolidado, são assim detalhados:

(103 Euros)

Dotações Reposições Total

2008

Pensões 2 741 – 2 741

Outros benefícios 408 – 408

3 149 – 3 149

2007

Pensões 13 990 – 13 990

Outros benefícios 289 (1 329) (1 040)

14 279 (1 329) 12 950

Os "Benefícios a empregados" na Fundação, são assim detalhados:

(103 Euros)

Dotações Reposições Total

2008

Pensões 2 564 – 2 564

Outros benefícios 278 – 278

2 842 – 2 842

2007

Pensões 13 811 – 13 811

Outros benefícios – (1 047) (1 047)

13 811 (1 047) 12 764

Nota 10 Provisões

As "Provisões" no Consolidado, líquidas de reforços e anulações, são assim detalhadas:

(103 Euros)

Dotações Reposições Total

2008

Provisões 346 – 346

346 – 346

Nota 11 Imparidade A "Imparidade" do exercício é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado

2008 2007

Imparidade sobre Activos intangíveis (3 306) (14 173)

Imparidade sobre Activos financeiros não correntes (3 396) (397)

(6 702) (14 570)

Nota 12 Amortizações e depreciações A rubrica "Amortizações e depreciações" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Activos intangíveis

Direitos de exploração 1 928 1 343 – –

Exploração petrolífera – 1 908 – –

Software 693 337 680 337

2 621 3 588 680 337

Activos fixos tangíveis

Imóveis 1 083 937 1 083 937

Equipamento 3 446 2 539 3 349 2 439

Produção petrolífera 3 594 4 920 – –

Outros activos 326 319 120 111

8 449 8 715 4 552 3 487

Amortizações e depreciações afectas à rubrica

Distribuição e actividades directas (2 851) (1 805) (2 851) (1 805)

8 219 10 498 2 381 2 019

295 Relatório Balanço e Contas 2008294.

As amortizações e depreciações incluem o montante de € 2 851 000 (2007: € 1 805 000) que se encontram afectas à rubrica "Distribuição e actividades directas", conforme mencionado na nota 6.

Nota 13 Activos intangíveis

A rubrica "Activos intangíveis" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Custo:

Direitos de exploração 52 878 52 104 – –

Exploração petrolífera 37 885 37 009 – –

Software 1 716 955 1 635 955

Outros activos intangíveis 343 338 338 338

92 822 90 406 1 973 1 293

Amortizações e perdas por imparidade acumuladas:

Amortizações acumuladas (6 833) (4 167) (1 973) (1 293)

Perdas por imparidade – (2 753) – –

(6 833) (6 920) (1 973) (1 293)

85 989 83 486 – –

A rubrica "Direitos de exploração" refere-se à parcela dos custos com licenças de exploração e produção petrolífera existentes no Brasil, Angola, Omã e Casaquistão controladas conjuntamente pelo Grupo, que são amortizados durante o período remanescente da licença. A rubrica "Exploração petrolífera" refere-se à parcela dos investimentos efectuados em concessões petrolíferas no Brasil, Angola e Portugal, controlados conjuntamente.

As "Perdas por imparidade", reconhecidas no exercício, no montante de € 3 306 000 (2007: € 14 173 000), conforme mencionado na nota 11, foram determinadas em 2008, tendo por base o sucesso dos poços exploratórios e as condições do mercado nas concessões petrolíferas do Brasil e Argélia, conforme a política contabilística 2.x). Durante o exercício de 2008, o Grupo procedeu ao abate de € 5 886 000 (2007: € 11 420 000) de investimentos petrolíferos no Brasil e Argélia que se encontravam com perda por imparidade. A 31 de Dezembro de 2007, as perdas por imparidade reconhecidas na rubrica de activos intangiveis ascendem a € 2 753 000 decorrentes da entrega dos activos às autoridades argelinas. As adições de Software na Fundação no valor de € 680 000 (2007: € 337 000) foram totalmente amortizadas no ano, conforme a política contabilística 2.d).

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Os movimentos da rubrica Activos intangíveis durante os anos de 2008 e 2007, no Consolidado, são assim detalhados:

(103 Euros)

Direitos de exploração

Exploraçãopetrolífera

SoftwareOutros

activosTotal

Custo de aquisição

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 – – 618 338 956

Variação cambial (4 378) (1 040) – – (5 418)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 52 104 37 009 955 338 90 406

Adições – 12 571 712 – 13 283

Abates – (5 886) – – (5 886)

Transferências (58) 58 57 5 62

Variação cambial 832 (5 867) (8) – (5 043)

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 52 878 37 885 1 716 343 92 822

AMORTIZAÇÕES

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 – – 618 338 956

Amortizações do exercício 1 343 1 908 337 – 3 588

Abates – (11 420) – – (11 420)

Variação cambial (84) (293) – – (377)

Imparidade do exercício – 14 173 – – 14 173

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 1 259 4 368 955 338 6 920

Amortizações do exercício 1 928 – 693 – 2 621

Abates – (5 886) – – (5 886)

Transferências 1 788 (1 788) 27 5 32

Variação cambial (154) – (6) – (160)

Imparidade do exercício – 3 306 – – 3 306

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 4 821 – 1 669 343 6 833

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2007 50 845 32 641 – – 83 486

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2008 48 057 37 885 47 – 85 989

Durante o ano de 2007 foi transferido de activos fi xos tangíveis, o montante de € 88 346 000 decorrente da aplicação da IFRS 6 (Exploração e avaliação de recursos minerais).

297 Relatório Balanço e Contas 2008296.

Nota 14 Activos fi xos tangíveis

A rubrica "Activos fi xos tangíveis" é assim detalhada: (103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Custo:

Imóveis 33 732 30 134 33 732 30 134

Equipamento 40 686 39 008 40 178 38 546

Obras de arte 3 435 3 069 3 435 3 069

Produção petrolífera 76 540 48 845 – –

Outros activos 3 920 3 766 980 860

158 313 124 822 78 325 72 609

Depreciações acumuladas: (73 339) (62 866) (58 158) (55 707)

84 974 61 956 20 167 16 902

A rubrica "Produção petrolífera" inclui investimentos efectuados no projecto "Dunga Oil Field" onde se detém uma parcela de 20 por cento da parceria com a Maersk (operador) e a Oman Oil Company Ltd. no montante de € 59 573 000 (2007: € 39 370 000).

Esta rubrica inclui ainda investimentos efectuados no projecto "Mukhaizna Oil Field" onde se detém 1 por cento da parceria com outras entidades, sendo o operador a Occidental Petroleum Co., no montante de € 16 967 000 (2007: € 9 475 000), o qual foi reclassifi cado de activos fi nanceiros não correntes para activos fi xos tangíveis, conforme mencionado na nota 32.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Os movimentos da rubrica Activos fi xos tangíveis durante os anos de 2008 e 2007, no Consolidado, são assim detalhados:

(103 Euros)

Imóveis EquipamentoObras

de arteProdução

petrolíferaOutros

activos Total

Custo de aquisição:

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 28 245 36 930 2 864 129 984 3 070 201 093

Adições 1 889 2 548 205 12 883 281 17 806

Abates/vendas – (502) – – – (502)

Transferências – 44 – (88 858) 468 (88 346)

Variação cambial – (12) – (5 164) (53) (5 229)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 30 134 39 008 3 069 48 845 3 766 124 822

Adições 4 621 3 458 366 20 030 220 28 695

Abates/vendas (1 023) (1 817) – – (23) (2 863)

Transferências – 25 – 3 477 (81) 3 421

Variação cambial – 12 – 4 188 38 4 238

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 33 732 40 686 3 435 76 540 3 920 158 313

Depreciações

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 14 499 36 088 1 514 322 2 579 55 002

Depreciações do exercício 937 2 539 – 4 920 319 8 715

Abates/vendas – (473) – – – (473)

Transferências – 35 – (455) 420 –

Variação cambial – (11) – (315) (52) (378)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 15 436 38 178 1 514 4 472 3 266 62 866

Depreciações do exercício 1 083 3 446 – 3 594 326 8 449

Abates/vendas (330) (1 805) – – (23) (2 158)

Transferências – 32 – 3 489 (70) 3 451

Variação cambial – 13 – 669 49 731

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 16 189 39 864 1 514 12 224 3 548 73 339

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2007 14 698 830 1 555 44 373 500 61 956

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2008 17 543 822 1 921 64 316 372 84 974

Relativamente ao exercício de 2007 foi transferido para activos intangíveis, o montante de € 88 346 000 decorrente da aplicação da IFRS 6 (Exploração e avaliação de recursos minerais).

299 Relatório Balanço e Contas 2008298.

Os movimentos da rubrica "Activos fi xos tangíveis" durante os anos de 2008 e 2007, para a Fundação, são assim detalhados:

(103 Euros)

Imóveis EquipamentoObras

de arteOutros

activos Total

Custo de aquisição:

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 28 245 36 553 2 864 749 68 411

Adições 1 889 2 445 205 111 4 650

Abates/vendas – (452) – – (452)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 30 134 38 546 3 069 860 72 609

Adições 4 621 3 403 366 120 8 510

Abates/vendas (1 023) (1 771) – – (2 794)

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 33 732 40 178 3 435 980 78 325

Depreciações

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 14 499 35 893 1 514 749 52 655

Depreciações do exercício 937 2 439 – 111 3 487

Abates/vendas – (435) – – (435)

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 15 436 37 897 1 514 860 55 707

Depreciações do exercício 1 083 3 349 – 120 4 552

Abates/vendas (330) (1 771) – – (2 101)

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 16 189 39 475 1 514 980 58 158

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2007 14 698 649 1 555 – 16 902

Saldo líquido em 31 de Dezembro de 2008 17 543 703 1 921 – 20 167

Nota 15 Activos fi nanceiros não correntes e adiantamentos A rubrica "Activos fi nanceiros não correntes e adiantamentos" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Acções

Interesses petrolíferos e do gás 397 428 382 039

– –

Outras empresas 25 724 20 251 – –

Fundos de investimento 124 158 82 468 77 231 64 620

547 310 484 758 77 231 64 620

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás 58 984 48 476

– –

Outras empresas 10 366 11 084 – –

69 350 59 560 – –

616 660 544 318 77 231 64 620

A diferença entre o valor de aquisição e o justo valor encontra-se registada na Reserva de justo valor do Fundo de Capital, conforme referido na nota 23. As acções em investimentos em interesses petrolíferos e do gás encontram-se registadas pelo justo valor, conforme descrito na política contabilística 2 h). As avaliações são efectuadas por entidades independentes e refl ectem o valor actual líquido dos fl uxos de caixa futuros estimados tendo por base pressupostos de mercado. Esta rubrica, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, no Consolidado é analisada como segue:

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

(103 Euros)

Custo Reserva de justo

valor

Perdas por imparidade

Valor de Balanço

2008

Acções

ADPC/ADCO 10 355 41 884 – 52 239

PDO/POHOL 1 664 196 295 – 197 959

OLNG 2 261 142 526 – 144 787

Outros interesses 7 178 – (4 735) 2 443

21 458 380 705 (4 735) 397 428

Outras empresas 14 283 11 441 – 25 724

Fundos de investimento

Fundo NovEnergia II 39 793 5 480 – 45 273

Office Park Expo 45 000 7 393 – 52 393

Logística & Distribuição 8 214 1 574 – 9 788

Outros fundos 15 206 1 498 – 16 704

108 213 15 945 – 124 158

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás

58 984 – – 58 984

Outras empresas 10 366 – – 10 366

69 350 – – 69 350

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 213 304 408 091 (4 735) 616 660

(103 Euros)

Custo Reserva de justo

valor

Perdas por imparidade

Valor de Balanço

2007

Acções

ADPC/ADCO 9 789 51 280 – 61 069

PDO/POHOL 1 573 186 594 – 188 167

OLNG 2 138 124 960 – 127 098

Outros interesses 6 922 – (1 217) 5 705

20 422 362 834 (1 217) 382 039

Outras empresas 13 503 6 748 – 20 251

Fundos de investimento

Fundo NovEnergia II 12 419 2 894 – 15 313

Office Park Expo 45 000 886 – 45 886

Logística & Distribuição 8 214 1 203 – 9 417

Outros fundos 9 039 2 813 – 11 852

74 672 7 796 – 82 468

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás

48 476 – – 48 476

Outras empresas 11 084 – – 11 084

59 560 – – 59 560

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 168 157 377 378 (1 217) 544 318

Os movimentos ocorridos nas "Perdas por imparidade nos Activos fi nanceiros não correntes" são apresentados como segue:

(103 Euros)

Consolidado

2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 1 217 945

Dotações 3 396 397

Utilizações (138) –

Variação cambial 260 (125)

Saldo em 31 de Dezembro 4 735 1 217

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, as "Perdas por imparidade" decorrem da imparidade existente em investimentos efectuados no Médio Oriente. Esta rubrica, em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, na Fundação, é analisada como segue:

(103 Euros)

Custo Reserva de justo valor

Valor deBalanço

2008

Fundos de investimento

Office Park Expo 45 000 7 393 52 393

Logística & Distribuição 8 214 1 574 9 788

Outros fundos 15 206 (156) 15 050

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 68 420 8 811 77 231

(103 Euros)

Custo Reserva de justo valor

Valor de Balanço

2007

Fundos de investimento

Office Park Expo 45 000 886 45 886

Logística & Distribuição 8 214 1 203 9 417

Outros fundos 9 037 280 9 317

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 62 251 2 369 64 620

O Grupo possui um investimento no fundo fechado NovEnergia II, no montante de € 39 793 000 (2007: € 12 419 000), sendo o justo valor do fundo no montante de € 45 273 000 (2007: € 15 313 000).

301 Relatório Balanço e Contas 2008300.

Este fundo tem como objectivo o investimento em projectos que utilizam energias renováveis como fonte energética e em empresas relacionadas com o seu desenvolvimento.

A Fundação detém um investimento no montante de € 45 000 000 no fundo Offi ce Park Expo – Fundo de Investimento Imobiliário Fechado. O Fundo destina-se à aquisição de terrenos, construção e arrendamento ou venda de prédios no Parque das Nações em Lisboa. Esta rubrica, no que respeita a títulos cotados e não cotados, no Consolidado, é desagregada da seguinte forma:

(103 Euros)

Cotados Não cotados Total

2008

Acções

Interesses petrolíferos e do gás – 397 428 397 428

Outras empresas – 25 724 25 724

Fundos de investimento 72 454 51 704 124 158

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás – 58 984 58 984

Outras empresas – 10 366 10 366

72 454 544 206 616 660

(103 Euros)

Cotados Não cotados Total

2007

Acções

Interesses petrolíferos e do gás – 382 039 382 039

Outras empresas – 20 251 20 251

Fundos de investimento 82 468 – 82 468

Adiantamentos

Interesses petrolíferos e do gás – 48 476 48 476

Outras empresas – 11 084 11 084

82 468 461 850 544 318

Na Fundação os Fundos de investimento não cotados ascendem a € 4 777 000 e os cotados a € 72 454 000 (2007: € 64 620 000).

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os "Activos fi nanceiros não correntes" têm o seguinte escalonamento:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

De 3 meses a 1 ano 1 410 – – –

De 1 ano até 5 anos 6 172 7 671 – –

Mais de 5 anos 245 747 148 042 77 231 64 620

Duração indeterminada 363 331 388 605 – –

616 660 544 318 77 231 64 620

Nota 16 Investimentos em empresas subsidiárias A rubrica "Investimentos em empresas subsidiárias" é assim detalhada:

(103 Euros)

Fundação

2008 2007

Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation 766 901 692 774

Economic and General Secretariat Limited 24 32

766 925 692 806

O valor destes investimentos foi objecto de actualização com referência a 31 de Dezembro de 2008, ascendendo a Reserva de justo valor a € 766 844 000 (2007: € 692 725 000).

A diferença entre o valor de aquisição e o justo valor encontra-se registado na Reserva de justo valor do Fundo de Capital, conforme referido na nota 23.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Em 31 de Dezembro de 2008, as empresas subsidiárias incluídas na consolidação pelo método integral da Fundação foram as seguintes:

(103 Euros)

Subsidiárias Sede Capital Moeda Activos Passivos Capital próprio

Proveitos Resultados líquidos

% Actividade económica

Participações directas:

Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation Ilhas Caimão 50 000 USD 889 455 120 146 769 309 1 065 165 57 316 100 c)

Economic and General Secretariat Limited (*) Inglaterra 4 000 GBP 24 – 24 – – 100 b)

Participações indirectas:

(através da Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation)

Participations and Explorations Corporation Panamá 2 800 USD 334 266 221 431 112 835 658 761 6 458 100 a)

Partex (Oman) Corporation Panamá 2 500 USD 641 492 24 038 617 454 355 688 64 695 100 a)

Partex Gas Corporation Panamá 2 000 000 USD 43 719 17 697 26 022 36 510 3 856 100 a)

Partex (Kazakhstan) Corporation Ilhas Caimão 5 000 USD 68 836 79 300 (10 464) 6 667 (576) 100 a)

Partex Services Corporation Panamá 2 300 000 USD 4 168 1 926 2 242 9 900 35 100 b)

PMO Services, S.A. Liechtenstein 500 000 CHF 1 451 44 1 407 1 504 44 100 b)

Partex Brasil Ltda. Brasil 1 000 000 BRL 39 255 60 440 (21 185) 16 437 (17 964) 100 a)

Partex (Brazil) Corporation Ilhas Caimão 50 000 USD 52 750 49 706 3 044 1 408 895 100 c)

Partex (Algeria) Corporation Ilhas Caimão 50 000 USD – 354 (354) – (335) 100 a)

Partex (Angola) Corporation Ilhas Caimão 50 000 USD 29 375 30 272 (897) – (881) 100 a)

Partex Services Brasil Petrolíferos Ltda. Brasil 1 000 000 BRL 537 105 432 1 090 (22) 100 b)

Partex (Iberia), S.A. (**) Portugal 50 000 EUR 5 204 5 297 (93) 10 (143) 100 a)

(através da Partex Services Corporation)

Partex Services Portugal – Serviços para a Indústria Petrolífera, S.A Portugal 50 000 EUR 1 441 1 078 363 5 998 118 100 b)

a) Companhias participantes em concessões petrolíferas ou operações contratuais.

b) Prestação de serviços.

c) Gestora de participações.

(*) Esta empresa participada encontra-se sem actividade.

(**) Alteração da denominação social da "Hidrexpand, S.A."

Durante o exercício de 2008, a única alteração no perímetro de consolidaçãorefere-se à constituição da Partex (Angola) Corporation.

303 Relatório Balanço e Contas 2008302.

Nota 17 Activos e passivos fi nanceiros correntes A rubrica "Activos e passivos fi nanceiros correntes" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 517 132 365 211 517 132 365 211

De outros emissores 299 736 302 446 299 736 302 446

Acções

Outros títulos de rendimento variável 353 872 863 152 353 872 863 152

Fundos de investimento

Liquidez 68 270 59 722 68 270 59 722

Acções 71 990 148 530 71 990 148 530

Obrigações 64 900 220 450 64 900 220 450

Outros 66 727 81 489 66 727 81 489

Derivados Instrumentos financeiros com justo valor positivo

Forwards 51 041 33 278 51 041 33 278

Futuros 463 279 463 279

Opções 2 084 184 2 084 184

Warrants 3 389 – 3 389 –

1 499 604 2 074 741 1 499 604 2 074 741

DerivadosInstrumentos financeiros com justo valor negativo

Forwards (23 212) (4 036) (23 212) (4 036)

Futuros (1 909) (290) (1 909) (290)

Opções – (308) – (308)

(25 121) (4 634) (25 121) (4 634)

1 474 483 2 070 107 1 474 483 2 070 107

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os "Activos e passivos fi nanceiros correntes" têm o seguinte escalonamento:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Até 3 meses 115 235 91 137 115 235 91 137

De 3 meses a 1 ano 103 453 30 287 103 453 30 287

De 1 ano até 5 anos 385 520 266 362 385 520 266 362

Mais de 5 anos 253 427 226 120 253 427 226 120

Duração indeterminada 616 848 1 456 201 616 848 1 456 201

1 474 483 2 070 107 1 474 483 2 070 107

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, a rubrica "Activos e passivos fi nanceiros correntes", no que se refere a títulos cotados e não cotados, é repartida da seguinte forma:

(103 Euros)

CotadosNão

cotadosTotal

2008

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 517 132 – 517 132

De outros emissores 268 121 31 615 299 736

Acções

Outros títulos de rendimento variável 353 872 – 353 872

Fundos de investimento

Liquidez 68 270 – 68 270

Acções 71 990 – 71 990

Obrigações 64 900 – 64 900

Outros 45 354 21 373 66 727

Derivados

Forwards – 27 829 27 829

Futuros (1 446) – (1 446)

Opções 2 084 – 2 084

Warrants 3 389 – 3 389

1 393 666 80 817 1 474 483

(103 Euros)

CotadosNão

cotadosTotal

2007

Obrigações e outros títulos de rendimento fixo

De emissores públicos 365 211 – 365 211

De outros emissores 296 634 5 812 302 446

Acções

Outros títulos de rendimento variável 859 789 3 363 863 152

Fundos de investimento

Liquidez 57 552 2 170 59 722

Acções 148 530 – 148 530

Obrigações 126 509 93 941 220 450

Outros 66 312 15 177 81 489

Derivados

Forwards – 29 242 29 242

Futuros (11) – (11)

Opções (124) – (124)

1 920 402 149 705 2 070 107

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Os activos e passivos fi nanceiros derivados em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 são analisados como segue:

(103 Euros)

Nocional Justo valor

Activo Passivo

2008

Contratos sobre taxas de câmbio

Forward compra 1 174 191 51 041 (23 212)

Forward venda (1 174 191)

– 51 041 (23 212)

Contratos sobre acções / índices

Futuros 2 287 463 (1 909)

Opções 1 545 2 084 –

Warrants 6 3 389 –

3 838 5 936 (1 909)

3 838 56 977 (25 121)

(103 Euros)

Nocional Justo valor

Activo Passivo

2007

Contratos sobre taxas de câmbio

Forward compra 1 251 615 33 278 (4 036)

Forward venda (1 251 615)

– 33 278 (4 036)

Contratos sobre acções / índices

Futuros 2 788 279 (290)

Opções 2 184 (308)

2 790 463 (598)

2 790 33 741 (4 634)

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os activos e passivos fi nanceiros derivados têm o seguinte escalonamento:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Até 3 meses 14 735 22 285 14 735 22 285

De 3 meses a 1 ano 16 501 6 822 16 501 6 822

De 1 ano a 5 anos 620 – 620 –

31 856 29 107 31 856 29 107

Nota 18 Outras aplicações de tesouraria A rubrica "Outras aplicações de tesouraria", no montante de € 225 883 000 (2007: € 121 615 000), refere-se a aplicações de tesouraria com um prazo inferior ou igual a 3 meses, que se encontram registadas ao custo amortizado. Nota 19 Inventários A rubrica "Inventários" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado

2008 2007

Petróleo bruto 12 509 –

Outros materiais 2 648 1 967

15 157 1 967

Nota 20 Devedores A rubrica "Devedores" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Companhias subsidiárias – – 30 581 22 960

Devedores (interesses petrolíferos) 48 047 89 199 – –

Proveitos a receber 295 251 295 251

Corredor do plano de pensões 21 550 21 822 21 544 21 633

Despesas com custo diferido 1 190 894 1 190 894

Devedores diversos 8 138 14 005 2 236 2 792

79 220 126 171 55 846 48 530

Perdas por imparidade (252) (252) (252) (252)

78 968 125 919 55 594 48 278

305 Relatório Balanço e Contas 2008304.

A rubrica "Companhias subsidiárias" é assim detalhada:

(103 Euros)

Fundação

2008 2007

Dividendos atribuídos 30 538 22 009

Empréstimos – 90

Adiantamentos 43 861

30 581 22 960

Em 31 de Dezembro de 2008, a rubrica "Corredor do plano de pensões", no Consolidadoe na Fundação, no montante de € 21 550 000 (2007: € 21 822 000) e de € 21 544 000 (2007: € 21 633 000), refere-se ao valor do corredor em conformidade com a política contabilística 2 u).

A rubrica "Devedores diversos" inclui o montante de € 95 000 (2007: € 113 000) relativo a uma contribuição extraordinária para o Fundo de Pensões Aberto BPI Acções, no âmbito do Plano Complementar de Pensões de Contribuição Defi nida (PCPCD). Os movimentos das perdas por imparidade são assim discriminados:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 252 271 252 271

Utilizações – (19) – (19)

Saldo em 31 de Dezembro 252 252 252 252

Nota 21 Caixa e equivalentes de caixa A rubrica "Caixa e equivalentes de caixa" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Caixa 75 57 75 57

Depósitos 129 867 104 105 2 134 735

129 942 104 162 2 209 792

A 31 de Dezembro de 2008, a rubrica "Depósitos", no montante de € 129 867 000, inclui o montante de € 12 320 000 que se encontram afectos a garantias bancárias prestadas por instituições fi nanceiras. Nota 22 Capital recebido do fundador A rubrica "Capital recebido do Fundador" no montante de € 11 746 690 refere-se ao montante recebido do seu Fundador, Senhor Calouste Sarkis Gulbenkian.

Nota 23 Reservas A "Reserva de justo valor" representa as mais e menos-valias relativas à carteira de Activos fi nanceiros não correntes, líquidas de imparidade reconhecida em resultados no execício e/ou exercícios anteriores.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Durante os anos de 2008 e 2007, os movimentos ocorridos nestas rubricas no Consolidado foram os seguintes:

(103 Euros)

Reserva de justo valor

Outras reservas

Diferenças cambiais

Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 335 149 2 294 507 (17 013) 2 612 643

Alterações de justo valor 42 229 – – 42 229

Variação cambial – – (38 815) (38 815)

Constituição de reservas – 79 807 – 79 807

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 377 378 2 374 314 (55 828) 2 695 864

Alterações de justo valor 30 713

– – 30 713

Variação cambial – – 24 971 24 971

Doações – 36 – 36

Constituição de reservas – 67 617 – 67 617

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 408 091 2 441 967 (30 857) 2 819 201

Durante os anos de 2008 e 2007, os movimentos ocorridos nestas rubricas na Fundação foram os seguintes:

(103 Euros)

Reservas de justo valor

Empresas

subsidiárias

Activos

financeiros

não correntes

Outras reservas

Total

Saldo em 31 de Dezembro de 2006 650 623 1 858 1 995 110 2 647 591

Alterações de justo

valor 42 102 511 – 42 613

Constituição de

reservas – – 44 859 44 859

Saldo em 31 de Dezembro de 2007 692 725 2 369 2 039 969 2 735 063

Alterações de justo

valor 74 119 6 442 – 80 561

Doações – – 36 36

Constituição de

reservas – – 28 418 28 418

Saldo em 31 de Dezembro de 2008 766 844 8 811 2 068 423 2 844 078

A reserva de justo valor em 2008 e 2007, no Consolidado e na Fundação, explica-se da seguinte forma:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Empresas subsidiárias – – 766 844 692 725

Activos financeiros não correntes

408 091 377 378 8 811 2 369

408 091 377 378 775 655 695 094

A variação da reserva de justo valor em 2008 e 2007, no Consolidado e na Fundação explica-se da seguinte forma:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 377 378 335 149 695 094 652 481

Variação do justo valor 31 318 51 045 80 561 42 613

Alienações do exercício (605) (8 816) – –

Saldo em 31 de Dezembro 408 091 377 378 775 655 695 094

Na "Reserva de justo valor" registam-se as variações acumuladas no justo valor existentes à data de balanço referentes aos Activos fi nanceiros não correntes e aos Investimentos em empresas subsidiárias. Na rubrica "Variação cambial" de consolidação, está relevado o montante da variação em moeda nacional do capital das empresas consolidadas expresso em moeda estrangeira decorrente da alteração do câmbio respectivo.

As taxas de câmbio utilizadas na preparação das Demonstrações Financeiras são as seguintes:

Taxas em 2008 Taxas em 2007

MoedaCâmbio

finalCâmbio

médioCâmbio

finalCâmbio

médio

Dólar – USD 1,3917 1,4726 1,4721 1,3797

Libra – GBP 0,9525 0,8026 0,7334 0,6873

Franco Suíço – CHF 1,4850 1,5786 1,6547 1,6459

Real Brasileiro – BRL 3,2436 2,6774 2,5963 2,6521

307 Relatório Balanço e Contas 2008306.

Nota 24 Provisões A rubrica "Provisões" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Provisão para planos de pensões 203 704 218 031 201 359 215 437

Provisão para outros benefícios aos empregados 4 353 4 427 2 587 2 814

Outras provisões 366 – – –

208 423 222 458 203 946 218 251

Provisão para planos de pensões

A Fundação assumiu a responsabilidade de pagar aos empregados pensões de reforma por velhice, pensões de reforma por invalidez e pensões de pré-reforma, nos termos estabelecidos no "Regulamento do Plano de Pensões do Pessoal" (1979) e no "Plano de Pensões" (1997). Estas pensões destinam-se a complementar as pensões atribuídas pela Segurança Social e são determinadas em função do tempo de serviço de cada empregado. Para cobrir esta responsabilidade é constituída uma provisão que representa uma estimativa do capital necessário para pagar os benefícios aos actuais pensionistas e os benefícios futuros a pagar aos empregados actuais.

O número de participantes abrangidos por estes planos de pensões é o seguinte:

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Activos 490 502 486 498

Pré-reformados 68 72 68 72

Reformados 939 942 934 935

1 497 1 516 1 488 1 505

Os movimentos relativos a provisões para os planos de pensões são assim detalhados:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 218 031 218 851 215 437 216 326

Dotação do exercício 2 741 13 990 2 564 13 811

Utilizações de provisões (16 780) (16 523) (16 553) (16 284)

Diferenças cambiais (16) 12 – –

Transferências (272) 1 701 (89) 1 584

Saldo em 31 de Dezembro 203 704 218 031 201 359 215 437

A rubrica "Transferências" refere-se ao montante de perdas actuariais consideradas em Devedores, no corredor do Plano de Pensões, que se situam dentro do limite do mesmo. Em 31 de Dezembro de 2008 e 2007, as responsabilidades por serviços passados associados a estes planos de pensões são as seguintes:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Responsabilidades em 1 de Janeiro 218 031 218 851 215 437 216 326

Custo dos serviços correntes 2 344 2 088 2 284 2 037

Custo dos juros 10 633 10 129 10 507 10 012

Benefícios pagos (16 793) (16 508) (16 553) (16 284)

Perdas/(ganhos) actuariais (10 511) 3 471 (10 316) 3 346

Responsabilidades em 31 de Dezembro 203 704 218 031 201 359 215 437

Responsabilidade por serviços futuros 194 878 191 774 194 204 191 016

Após a análise dos indicadores de mercado, em particular as perspectivas da taxa de infl ação e da taxa de juro de longo prazo para a Zona Euro, bem como das características demográfi cas dos seus colaboradores, foram alterados os pressupostos actuariais utilizados no cálculo das responsabilidades com pensões de reforma com referência a 31 de Dezembro de 2008.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

A análise comparativa dos pressupostos actuariais é a seguinte:

2008 2007

Taxa de crescimento dos salários 2,75% 2,75%

Taxa de crescimento das pensões 1,50% 1,50%

Taxa de desconto 5,50% 5,00%

Tábuas de mortalidade

Masculina TV 73/77(M) TV 73/77(M)

Feminina TV 88/90(F) TV 88/90(F)

Tábua de invalidez EKV 80 EKV 80

Método de valorização actuarial Unit credit projectado

Os ganhos actuariais líquidos do exercício de 2008, nos montantes de € 10 511 000 e de € 10 316 000, no Consolidado e na Fundação, devem-se essencialmente à alteração da taxa de desconto utilizada no cálculo das responsabilidades. Esta situação implicou ganhos actuariais nos montantes de € 10 723 000 e de € 10 631 000 no Consolidado e na Fundação respectivamente.

Em 2008, no Consolidado e na Fundação contabilizaram-se, como custos com pensões de reforma, os montantes de € 2 741 000 (2007: € 13 990 000) e de € 2 564 000 (2007: € 13 811 000). Os movimentos ocorridos na rubrica "Corredor do plano de pensões" relacionados com pensões para os anos de 2008 e 2007 são assim detalhados:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 21 822 20 121 21 633 20 049

Transferências (272) 1 701 (89) 1 584

Saldo em 31 de Dezembro 21 550 21 822 21 544 21 633

Provisão para outros benefícios aos empregados A Provisão para outros benefícios aos empregados respeita a compromissos com a Segurança Social durante o período

de pré-reforma ou reforma antecipada e indemnizações relativas ao termo de contratos de trabalho de trabalhadores no estrangeiro.

Os movimentos relativos a outras provisões são assim detalhados:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro 4 427 6 176 2 814 4 365

Reforço de provisões 408 289 278 –

Redução de provisões – (1 329) – (1 047)

Utilização de provisões (579) (504) (505) (504)

Diferenças cambiais 97 (205) – –

Saldo a 31 de Dezembro 4 353 4 427 2 587 2 814

Outras provisões Os movimentos relativos a "Outras provisões" são assim detalhados:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Saldo em 1 de Janeiro – – – –

Reforço de provisões 346 – – –

Diferenças cambiais 20 – – –

Saldo a 31 de Dezembro 366 – – –

As "Outras provisões" no montante de € 366 000 respeitam a contingências decorrentes de exigências das autoridades do Cazaquistão. Nota 25 Credores e outros passivos não correntes A rubrica "Credores e outros passivos não correntes", no montante de € 1 006 000, refere-se a projectos sociais a serem pagos durante o ano de 2010 no âmbito da concessão do bloco petrolífero em Angola.

309 Relatório Balanço e Contas 2008308.

Nota 26 Subsídios e bolsas A rubrica "Subsídios e bolsas" no montante de € 7 814 000 (2007: € 6 989 000), corresponde aos subsídios e bolsas já autorizados pela Administração mas que ainda se encontram por pagar, por razões não imputáveis à Fundação. Nota 27 Credores e outros passivos correntes A rubrica "Credores e outros passivos correntes" é assim detalhada:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Credores (interesses petrolíferos) 71 412 78 404

– –

Fornecedores de locação financeira 1 104 933 1 104 933

Credores diversos

Fornecedores 3 402 3 046 3 402 3 046

Estado 3 850 3 599 952 1 807

Custos a pagar 6 821 7 276 5 872 6 208

Receitas com proveito diferido 1 012 966 1 012 966

Outros credores 10 777 14 361 1 955 1 692

98 378 108 585 14 297 14 652

A rubrica "Fornecedores de locação fi nanceira", pelo prazo de vencimento, é assim detalhada:

(103 Euros)

Total Menos de

um ano Entre um

e cinco anos

2008

Capital 1 104 379 725

Juros 103 48 55

Rendas 1 207 427 780

(103 Euros)

Total Menos de

um ano Entre um

e cinco anos

2007

Capital 933 363 570

Juros 68 33 35

Rendas 1 001 396 605

Nota 28 Transacções com partes relacionadas O valor das transacções da Fundação em base individual e anulado na consolidação com partes relaccionadas em 31 de Dezembro de 2008 e 2007 é analisado como segue:

(103 Euros)

Activos Passivos Garantias Custos Proveitos

2008

Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation

30 538 – 4 952 – 30 538

Participations and Explorations Corporation

43 – – – –

30 581 – 4 952 – 30 538

(103 Euros)

Activos Passivos Garantias Custos Proveitos

2007

Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation

22 922 – 3 703 – 22 009

Participations and Explorations Corporation

38 – – – –

22 960 – 3 703 – 22 009

Nota 29 Justo valor de activos e passivos fi nanceiros A 31 de Dezembro de 2008 e 2007 não se verifi cam diferenças entre o valor contabilístico e o justo valor de activos e passivos fi nanceiros.

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

Nota 30 Compromissos A 31 de Dezembro de 2008 e 2007 os compromissos no Consolidado e na Fundação são analisados como segue:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008 2007 2008 2007

Garantias bancárias 15 644 16 638 5 172 3 923

Compromissos regováveis 15 273 40 819 15 273 14 319

30 917 57 457 20 445 18 242

As Garantias bancárias incluem o montante de € 15 424 000 (2007: € 16 418 000) referentes a "performance guarantees" emitidas por diversos bancos relativamente a compromissos assumidos pelas concessões no Brasil e Angola. O Grupo assumiu um compromisso com o governo da República do Casaquistão em que a Partex (Kazakhstan) Corporation cumprirá as suas obrigações em relação à concessão do Dunga.

Os Compromissos regovágeis dizem respeito à subscrições a efectuar em fundos de investimentos fechados.

Em 2008 a Fundação celebrou um contrato de locação operacional com a SCI relativamente às instalações do Centro Cultural Calouste Gulbenkian em Paris. O detalhe das rendas vincendas da locação operacional são apresentadas como segue:

(103 Euros)

Consolidado Fundação

2008

De 1 ano até 5 anos 4 408 4 408

Mais de 5 anos 7 092 7 092

11 500 11 500

Nota 31 Gestão dos riscos de actividade

A Fundação possui investimentos na área do Petróleo e do Gás e em instrumentos fi nanceiros. Desta forma, a Fundação encontra-se exposta a vários riscos, dos quais se destacam, risco operacional, risco de mercado, risco cambial e risco de liquidez.

Risco operacional

O Grupo participa activamente na exploração e produção de petróleo e gás, e desta forma incorre no risco de a sua actividade não obter sucesso. Risco de mercado

O risco de mercado representa a eventual perda resultante de uma alteração adversa dos preços do crude e gás natural, taxas de juro, taxas de câmbio e preços de acções. Os interesses petrolíferos da Fundação concentram-se principalmente no Médio Oriente e no Brasil. A produção de crude e gás natural é vendida através de contratos celebrados anualmente, os quais permitem reduzir a exposição a fl utuações de curto prazo.A Fundação supervisiona a gestão do risco associado aos seus Activos e Passivos fi nanceiros.

Risco cambial O risco cambial surge quando uma entidade realiza transacções numa moeda diferente da sua moeda funcional. A Fundação tem como moeda funcional o euro, enquanto que a maioria das suas subsidiárias tem como moeda funcional o dólar americano.

311 Relatório Balanço e Contas 2008310.

A repartição dos activos e dos passivos, a 31 de Dezembro de 2008 e 2007, por moeda, no Consolidado é analisada como segue:

(103 Euros)

Valor de Balanço Euro

Dólar dos Estados Unidos

Libra Esterlina

Outras moedas

2008

ACTIVO

Activos financeiros não correntes 547 310 476 313 70 997 – –

Adiantamentos 69 350 10 366 58 984 – –

Activos financeiros correntes 1 499 604 930 151 402 994 93 387 73 072

Outras aplicações de tesouraria 225 883 164 059 56 833 512 4 479

Caixa e equivalentes de caixa 129 942 12 640 116 299 1 003 –

2 472 089 1 593 529 706 107 94 902 77 551

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 25 121 298 669 1 806 22 348

(103 Euros)

Valor de Balanço Euro

Dólar dos Estados Unidos

Libra Esterlina

Outras moedas

2007

ACTIVO

Activos financeiros não correntes 484 758 100 183 384 575 – –

Adiantamentos 59 560 11 084 48 476 – –

Activos financeiros correntes 2 074 741 877 263 964 538 128 396 104 544

Outras aplicações de tesouraria 121 615 110 098 (451) 10 079 1 889

Caixa e equivalentes de caixa 104 162 63 895 39 898 369 –

2 844 836 1 162 523 1 437 036 138 844 106 433

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 4 634 457 3 064 392 721

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

A repartição dos activos e dos passivos, a 31 de Dezembro de 2008 e 2007, por moeda, na Fundação é analisada como segue:

(103 Euros)

Valor de

BalançoEuro

Dólar dos

Estados Unidos

Libra

Esterlina

Outras

moedas

2008

ACTIVO

Investimentos em empresas subsidiárias 765 346 – 765 322 24 –

Activos financeiros correntes 1 499 604 930 151 402 994 93 387 73 072

Outras aplicações de tesouraria 225 883 164 059 56 833 512 4 479

Caixa e equivalentes de caixa 2 209 1 231 (25) 1 003 –

2 493 042 1 095 441 1 225 124 94 926 77 551

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 25 121 298 669 1 806 22 348

(103 Euros)

Valor de Balanço EuroDólar dos

Estados Unidos

Libra

Esterlina

Outras

moedas

2007

ACTIVO

Investimentos em empresas subsidiárias 692 806 – 692 774 32 –

Activos financeiros correntes 2 074 741 877 263 964 538 128 396 104 544

Outras aplicações de tesouraria 121 615 110 098 (451) 10 079 1 889

Caixa e equivalentes de caixa 792 401 22 369 –

2 889 954 987 762 1 656 883 138 876 106 433

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 4 634 457 3 064 392 721

Risco de liquidez O risco de liquidez traduz-se na incapacidade da Fundação em obter os meios de fi nanciamento necessários para a precursão das suas actividades. A Fundação considera que o risco de liquidez é reduzido.

313 Relatório Balanço e Contas 2008312.

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os activos e passivos do Consolidado têm o seguinte escalonamento:

(103 Euros)

Valor de Balanço

Até 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Nãosensíveis

2008

ACTIVO

Activos financeiros não correntes 547 310 – – – 99 166 448 144

Adiantamentos 69 350 – 1 410 6 172 61 768 –

Activos financeiros correntes 1 499 604 140 071 103 453 385 805 253 427 616 848

Outras aplicações de tesouraria 225 883 225 883 – – – –

Caixa e equivalentes de caixa 129 942 129 942 – – – –

2 472 089 495 896 104 863 391 977 414 361 1 064 992

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 25 121 24 836 – 285 – –

(103 Euros)

Valor de Balanço

Até 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Nãosensíveis

2007

ACTIVO

Activos financeiros não correntes 484 758 – – – 82 469 402 289

Adiantamentos 59 560 – – 7 671 51 889 –

Activos financeiros correntes 2 074 741 95 129 30 929 266 362 226 120 1 456 201

Outras aplicações de tesouraria 121 615 121 615 – – – –

Caixa e equivalentes de caixa 104 162 104 162 – – – –

2 844 836 320 906 30 929 274 033 360 478 1 858 490

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 4 634 3 992 642 – – –

A 31 de Dezembro de 2008 e 2007, os activos e passivos da Fundação têm o seguinte escalonamento:

(103 Euros)

Valor de Balanço

Até 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Nãosensíveis

2008

ACTIVO

Investimentos em empresas subsidiárias 765 346 – – – – 765 346

Activos financeiros correntes 1 499 604 140 071 103 453 385 805 253 427 616 848

Outras aplicações de tesouraria 225 883 225 883 – – – –

Caixa e equivalentes de caixa 2 209 2 209 – – – –

2 493 042 368 163 103 453 385 805 253 427 1 382 194

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 25 121 24 836 – 285 – –

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

(103 Euros)

Valor de Balanço

Até 3 meses

De 3 meses a 1 ano

De 1 a 5 anos

Mais de 5 anos

Nãosensíveis

2007

ACTIVO

Investimentos em empresas subsidiárias 692 806 – – – – 692 806

Activos financeiros correntes 2 074 741 95 129 30 929 266 362 226 120 1 456 201

Outras aplicações de tesouraria 121 615 121 615 – – – –

Caixa e equivalentes de caixa 792 792 – – – –

2 889 954 217 536 30 929 266 362 226 120 2 149 007

PASSIVO

Passivos financeiros correntes 4 634 3 992 642 – – –

Nota 32 Impacto resultante da reinterpretação das normas contabilísticas No decorrer do exercício de 2008, a Fundação procedeu à reinterpretação de algumas normas contabilísticas, da qual resultou a consolidação pelo método proporcional da participação no Mukhaizna Oil Field, que se encontrava anteriormente valorizada ao justo valor de acordo com a IAS 39 e da reexpressão dos adiantamentos efectuados a empresas com interesses petrolíferos, com base no método do custo amortizado.

Os referidos impactos no âmbito das IFRS e das respectivas notas às demonstrações fi nanceiros consolidadas, podem ser analisadas da seguinte forma:

(103 Euros)

Consolidado

Fundo de capital

Resultado líquido

Fundo de capital

07/12/31 07/12/31 07/01/01

Valor anteriormente reportado

2 799 431 66 302 2 767 174

Ajustamento:

Operação conjunta (9 631) – (45 310)

Adiantamentos (14 572) 1 315 (17 667)

Total (24 203) 1 315 (62 977)

Valores corrigidos 2 775 228 67 617 2 704 197

Ao nível das demonstrações fi nanceiras individuais da Fundação, o referido ajustamento teve impacto no valor da Partex Oil and Gas (Holdings) Corporation, no montante de € 24 203 milhões a 31 de Dezembro de 2007.

315 Relatório Balanço e Contas 2008314.

Nota 33Normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas

As normas contabilísticas e interpretações recentemente emitidas, mas que ainda não entraram em vigor e que a Fundação ainda não aplicou na elaboração das suas demonstrações fi nanceiras, podem ser analisadas como segue:

IFRS 1 (alterada) – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato fi nanceiro e IAS 27 – Demonstrações Financeiras consolidadas e separadas

As alterações ao IFRS 1 – Adopção pela primeira vez das normas internacionais de relato fi nanceiro e ao IAS 27 – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas são efectivas a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Estas alterações vieram permitir que as entidades que estão a adoptar as IFRS pela primeira vez na preparação das suas contas individuais, adoptem como custo contabilístico (deemed cost) dos seus investimentos em subsidiárias, empreendimentos conjuntos e associadas, o respectivo justo valor na data da transição para as IFRS ou o valor de balanço determinado com base no referencial contabilístico anterior.

A Fundação não espera que esta interpretação tenha impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRS 2 (alterada) – Pagamentos com base em acções: condições de aquisição

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Janeiro de 2008 uma alteração à IFRS 2 a qual se torna efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta alteração à IFRS 2 (i) permitiu clarifi car que as condições de aquisição dos direitos inerentes a um plano de pagamentos com base em

acções limitam-se a condições de serviço ou de performance, (ii) introduz o conceito de non-vesting conditions e (ii) determina que qualquer cancelamento de programas, quer pela entidade quer por terceiras partes, tem o mesmo tratamento contabilístico.

A Fundação não espera que a IFRS 2 alterado tenha qualquer impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRS 3 (revista) – Concentrações de actividades empresariais e IAS 27 (alterada) – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Janeiro de 2008 a IFRS 3 (revista) – Concentrações de actividades empresarias e uma alteração à IAS 27 – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas.

Os principais impactos das alterações a estas normas correspondem: (i) ao tratamento de aquisições parciais, em que os interesses sem controlo (antes denominados de interesses minoritários) poderão ser mensurados ao justo valor (o que implica também o reconhecimento do goodwill atribuível aos interesses sem controlo) ou como a parcela atribuível aos interesses sem controlo do justo valor dos activos líquidos adquiridos (tal como actualmente requerido); (ii) aos step acquisition em que as novas regras obrigam, aquando do calculo do goodwill, à reavaliação, por contrapartida de resultados, do justo valor de qualquer interesse sem controlo detido previamente à aquisição tendente à obtenção de controlo; (iii) ao registo dos custos directamente relacionados com uma aquisição de uma subsidiária que passam a ser directamente imputados a resultados; (iv) aos preços contingentes cuja alteração de estimativa ao longo do tempo passa a registada em resultados e não afecta o goodwill e (v) às alterações das percentagens de subsidiárias detidas que não resultam na perda de controlo

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

as quais passam a ser registadas como movimentos de capitais próprios.

Adicionalmente, das alterações à IAS 27 resulta ainda que as perdas acumuladas numa subsidiária passarão a ser atribuídas aos interesses sem controlo (reconhecimento de interesses sem controlo negativos) e que, aquando da alienação de uma subsidiária, tendente à perda de controlo qualquer interesse sem controlo retido é mensurado ao justo valor determinado na data da alienação.

Esta revisão da IFRS 3 e a alteração da IAS 27 são efectivas para exercícios com início a partir de 1 de Julho de 2009.

A Fundação não espera que a IFRS 3 alterada não tenha impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRS 8 – Segmentos operacionais

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em 30 de Novembro de 2006 a IFRS 8 – Segmentos operacionais, a qual foi adoptada para uso na União Europeia em 21 de Novembro de 2007.

A IFRS 8 defi ne a apresentação da informação sobre segmentos operacionais de uma entidade. Esta norma especifi ca como uma entidade deverá reportar a sua informação nas demonstrações fi nanceiras anuais, e como consequência alterará a IAS 34 – Reporte fi nanceiro interino, no que respeita à informação a ser seleccionada para reporte fi nanceiro interino. Uma entidade terá também que fazer uma descrição sobre a informação apresentada por segmento nomeadamente resultados e operações, assim como uma breve descrição de como os segmentos são construídos.

Esta norma é de aplicação mandatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

A Fundação não espera que a IFRS 3 alterada não tenha impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IAS 1 (alterado) – Apresentação de demonstrações fi nanceiras

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Setembro de 2007 a IAS 1 (alterada) – Apresentação de demonstrações fi nanceiras, a qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

A IAS 1 (alterada) exige que a informação fi nanceira seja agregada na preparação das demonstrações fi nanceiras, em função das suas características de base e introduz a demonstração de comprehensive income.

Na sequência das alterações impostas por esta norma os utilizadores das demonstrações fi nanceiras poderão mais facilmente distinguir as variações nos capitais próprios da Fundação decorrentes de transacções com accionistas (ex. dividendos, transacções com acções próprias) e transacções com terceiras partes, fi cando estas resumidas na demonstração de comprehensive income.

Adicionalmente, sempre que a informação comparativa seja reescrita ou reclassifi cada, nomeadamente na sequência da introdução de novas normas contabilísticas, torna-se necessária a apresentação de um balanço reportado à data de início do período comparativo incluído nas demonstrações fi nanceiras.

A Fundação encontra-se a avaliar o impacto das alterações impostas pela IAS 1 ao nível das suas demonstrações fi nanceiras.

IAS 23 (alterada) – Custos de empréstimos obtidos

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Março de 2007

317 Relatório Balanço e Contas 2008316.

fi nanceiros, passem a ser reconhecidos como instrumentos de capital, caso os mesmos apresentem determinadas características, nomeadamente que: (i) representem um interesse residual último nos activos líquidos de uma entidade, (ii) façam parte de uma classe de instrumentos subordinada a qualquer outra classe de instrumentos emitidos pela entidade e que (iii) todos os instrumentos dessa classe tenham os mesmos termos e condições.

A IASB alterou ainda a IAS 1 – Apresentação de demonstrações fi nanceiras tendo incluído requisitos adicionais de divulgação relativos a este tipo de instrumentos.

Não se prevê que a presente alteração à IAS 32 venha a ter impacto ao nível das demonstrações fi nanceiras da Fundação.

Alteração à IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração – activos e passivos elegíveis para cobertura

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu uma alteração à IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração – activos e passivos elegíveis para cobertura a qual é de aplicação obrigatória para exercícios que se iniciam a partir de 1 de Julho de 2009.

Esta alteração clarifi ca a aplicação dos princípios existentes que determinam quais os riscos ou quais os cash fl ows elegíveis de serem incluídos numa operação de cobertura.

Não se prevê que a presente alteração à IAS 39 venha a ter impacto ao nível das demonstrações fi nanceiras da Fundação.

IFRIC 13 – Programas de fi delização de clientes

A IFRIC 13 – Programas de fi delização de clientes foi emitida em Julho de 2007 e entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2008, sendo

a IAS 23 (alterada) – Custos de empréstimos obtidos, a qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta norma exige que as entidades capitalizem os custos de empréstimos obtidos directamente atribuíveis ao custo de aquisição, construção ou produção de um activo qualifi cável, como parte integrante do custo de aquisição, construção ou produção desse activo. Assim, a opção de registar tais custos directamente nos resultados é eliminada.

Activos qualifi cáveis correspondem àqueles que necessitam de um período substancial de tempo para fi carem prontos para o seu uso pretendido ou para venda. A Fundação não espera que esta alteração à IAS 23 tenha um impacto signifi cativo nas suas demonstrações fi nanceiras.

Alteração à IAS 32 – Instrumentos fi nanceiros: apresentação – Instrumentos fi nanceiros ‘puttable’ e obrigações decorrentes de liquidação

O International Accounting Standards Board (IASB) emitiu em Fevereiro de 2008 uma alteração à IAS 32 – Instrumentos fi nanceiros: Apresentação – Instrumentos fi nanceiros ‘puttable’ e Obrigações decorrentes de liquidação a qual é de aplicação obrigatória a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta alteração afecta a classifi cação de instrumentos fi nanceiros ‘puttable’ e de obrigações decorrentes de liquidação. De acordo com os actuais requisitos da IAS 32, os instrumentos fi nanceiros (i) reembolsáveis em dinheiro ou através da entrega de outros activos fi nanceiros ou (ii) que concedem ao detentor um direito de exigir que o emitente proceda à sua reaquisição (instrumentos ‘puttable’), são classifi cados como passivos fi nanceiros. A alteração agora efectuada a esta norma implica que alguns instrumentos que actualmente qualifi cam como passivos

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

fi nanceiras das subsidiárias na sua moeda funcional para a moeda funcional da casa-mãe e apenas por um montante igual ou inferior ao activo líquido da subsidiária;› o instrumento de cobertura pode ser contratado por qualquer entidade do Grupo, excepto pela entidade que está a ser objecto de cobertura; e› aquando da venda da subsidiária objecto de cobertura, o ganho ou perda acumulado referente à componente efectiva da cobertura é reclassifi cado para resultados.

Esta interpretação permite que uma entidade que utiliza o método de consolidação em escada, escolha uma política contabilística que permita a determinação do ajustamento de conversão cambial acumulado que é reclassificado para resultados na venda da subsidiária, tal como faria se o método de consolidação adoptado fosse o directo. Esta interpretação é de aplicação prospectiva.

A Fundação não espera que a adopção desta norma tenha um impacto signifi cativo nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRIC 17 – Distribuições em espécie a accionistas

A IFRIC 17 – Distribuições em espécie a accionistas entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2009.

Esta interpretação visa clarifi car o tratamento contabilístico das distribuições em espécie a accionistas. Assim, estabelece que as distribuições em espécie devem ser registadas ao justo valor dos activos distribuídos sendo a diferença para o respectivo valor de balanço reconhecida em resultados aquando da distribuição.

A Fundação não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

por isso apenas relevante para a Fundação a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta interpretação aplica-se a programas de fi delização de clientes, onde são adjudicados créditos aos mesmos como parte integrante de uma venda ou prestação de serviços e estes poderão trocar esses créditos, no futuro, por serviços ou mercadorias gratuitamente ou com desconto.

A Fundação não espera que a IFRIC 13 tenha qualquer impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRIC 15 – Acordos para construção de imóveis

A IFRIC 15 – Acordos para construção de imóveis, entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Janeiro de 2009.

Esta interpretação contém orientações que permitem determinar se um contrato para a construção de imóveis se encontra no âmbito da IAS 18 – Reconhecimento de proveitos ou da IAS 11 – Contratos de construção, sendo expectável que da IAS 18 seja aplicável a um número mais abrangente de transacções.

A Fundação não espera que esta interpretação tenha qualquer impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira

A IFRIC 16 – Cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira é aplicável aos exercícios iniciados a partir de 1 de Outubro de 2008.

Esta interpretação visa clarifi car que:› a cobertura de um investimento numa operação em moeda estrangeira pode ser aplicada apenas a diferenças cambiais decorrentes da conversão das demonstrações

319 Relatório Balanço e Contas 2008318.

correntes detidos para venda de acordo com a IFRS 5 se existir um plano de venda parcial da subsidiária tendente à perda de controlo. A entrada em vigor desta alteração não terá efeito nas demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 1 – Apresentação das demonstrações fi nanceiras, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. A alteração clarifi ca que apenas alguns instrumentos fi nanceiros classifi cados na categoria de negociação, e não todos, são exemplos de activos e passivos correntes. A Fundação está a analisar os efeitos nas demonstrações fi nanceiras da entrada em vigor desta alteração;

› Alteração à IAS 16 – Activos fi xos tangíveis, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. A alteração efectuada estabelece regras de classifi cação (i) das receitas provenientes da alienação de activos detidos para arrendamento subsequentemente vendidos e (ii) destes activos durante o tempo que medeia entre a data da cessão do arrendamento e a data da sua alienação. Esta alteração à IAS 16 não terá impacto nas demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 19 – Benefícios dos empregados, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. As alterações efectuadas permitiram clarifi car (i) o conceito de custos com serviços passados negativos decorrentes da alteração do plano de benefícios defi nidos, (ii) a interacção entre o retorno esperado dos activos e os custos de administração do plano, e (iii) a distinção entre benefícios de curto e de médio e longo prazo. A Fundação está a analisar os efeitos nas demonstrações fi nanceiras da entrada em vigor desta alteração;

› Alteração à IAS 20 – Contabilização dos subsídios do governo e divulgação de apoios do governo, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta alteração estabelece que o benefício decorrente da obtenção de

IFRIC 18 – Transferências de activos de clientes

A IFRIC 18 – Transferências de activos de clientes entra em vigor para exercícios iniciados a partir de 1 de Julho de 2009.

Esta interpretação visa clarifi car o tratamento contabilístico de acordos celebrados mediante os quais uma entidade recebe activos de clientes para sua própria utilização e com vista a estabelecer posteriormente uma ligação dos clientes a uma rede ou conceder aos clientes acesso contínuo ao fornecimento de bens ou serviços.

A interpretação clarifi ca:› as condições em que um activo se encontra no âmbito desta interpretação;› o reconhecimento do activo e a sua mensuração inicial;› a identifi cação dos serviços identifi cáveis (um ou mais serviços em troca do activo transferido);› o reconhecimento de proveitos;› a contabilização da transferência de dinheiro por parte de clientes.

A Fundação não espera que esta interpretação tenha impacto nas suas demonstrações fi nanceiras.

Annual Improvement Project

Em Maio de 2008, a IASB publicou o Annual Improvement Project o qual alterou certas normas então em vigor.

As principais alterações decorrentes do Annual Improvement Project resumem-se como segue:

› Alteração à IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais em descontinuação, efectiva para exercícios que se iniciam a partir de 1 de Julho de 2009. Esta alteração veio esclarecer que a totalidade dos activos e passivos de uma subsidiária devem ser classifi cados como activos não

Demonstrações FinanceirasFundação Calouste Gulbenkian

investimento numa associada deve ser tratado como um activo único para efeitos dos testes de imparidade a efectuar à luz da IAS 36 – Imparidade de activos, (ii) que qualquer perda por imparidade a reconhecer não deverá ser alocada a activos específi cos nomeadamente ao goodwill e (iii) que as reversões de imparidade são registadas como um ajustamento ao valor de balanço da associada desde que, e na medida em que, o valor recuperável do investimento aumente. Esta alteração não deverá ter efeitos signifi cativos nas demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 38 – Activos intangíveis, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Esta alteração veio determinar que uma despesa com custo diferido, incorrida no contexto de actividades promocionais ou publicitárias, só pode ser reconhecida em balanço quando tenha sido efectuado um pagamento adiantado em relação a bens ou serviços que serão recebidos numa data futura. O reconhecimento em resultados deverá ocorrer quando a entidade tenha o direito ao acesso aos bens e os serviços sejam recebidos. Não se espera que esta alteração tenha impactos nas contas da Fundação;

› Alteração à IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Estas alterações consistiram fundamentalmente em (i) esclarecer que é possível efectuar transferências de e para a categoria de justo valor através de resultados relativamente a derivados sempre que os mesmos iniciam ou terminam uma relação de cobertura em modelos de cobertura de fl uxos de caixa ou de um investimento líquido numa associada ou subsidiária, (ii) alterar a defi nição de instrumentos fi nanceiros ao justo valor através de resultados no que se refere à categoria de negociação, de forma a estabelecer que no caso de carteiras de instrumentos fi nanceiros geridos em conjunto e relativamente às quais exista evidência de actividades recentes tendentes a realização de ganhos de curto prazo, as mesmas devem

um empréstimo do governo com taxas inferiores às praticadas no mercado, deve ser mensurado como a diferença entre o justo valor do passivo na data da sua contratação, determinado de acordo com a IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração e o valor recebido. Tal benefício deverá ser subsequentemente registado de acordo com a IAS 20. Esta alteração não deverá ter efeitos signifi cativos nas demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 23 – Custos de empréstimos obtidos, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. O conceito de custos de empréstimos obtidos foi alterado de forma a clarifi car que os mesmos devem ser determinados de acordo com o método da taxa efectiva preconizado na IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração, eliminando assim a inconsistência existente entre a IAS 23 e a IAS 39. Não se espera que esta alteração tenha impactos signifi cativos ao nível das demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 27 – Demonstrações fi nanceiras consolidadas e separadas, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. A alteração efectuada a esta norma determina que nos casos em que um investimento numa subsidiária esteja registado pelo seu justo valor nas contas individuais, de acordo com a IAS 39 – Instrumentos fi nanceiros: reconhecimento e mensuração, e tal investimento qualifi que para classifi cação como activo não corrente detido para venda de acordo com a IFRS 5 – Activos não correntes detidos para venda e unidades operacionais em descontinuação, o mesmo deverá continuar a ser mensurado no âmbito da IAS 39. Esta alteração não deverá ter efeitos signifi cativos nas demonstrações fi nanceiras da Fundação;

› Alteração à IAS 28 – Investimentos em associadas, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. As alterações introduzidas à IAS 28 tiveram como objectivo esclarecer (i) que um

321 Relatório Balanço e Contas 2008320.

› Alteração à IAS 40 – Propriedades de investimento, efectiva a partir de 1 de Janeiro de 2009. Na sequência desta alteração, as propriedades em construção ou desenvolvimento com vista ao seu uso subsequente como propriedades de investimento passam a estar incluídas no âmbito da IAS 40 (antes abrangidas pela IAS 16 – Activos fi xos tangíveis). Tais propriedades em construção poderão ser registadas ao justo valor excepto se o mesmo não puder ser medido com fi abilidade, caso em que deverão ser registadas ao custo de aquisição. Actualmente, esta alteração não deverá ter impacto nas demonstrações fi nanceiras da Fundação.

ser classifi cadas como de negociação no seu reconhecimento inicial, (iii) alterar os requisitos de documentação e testes de efectividade nas relações de cobertura estabelecidas ao nível dos segmentos operacionais determinados no âmbito da aplicação da IFRS 8 – Segmentos operacionais, e (iv) esclarecer que a mensuração de um passivo fi nanceiro ao custo amortizado, após a interrupção da respectiva cobertura de justo valor, deve ser efectuada com base na nova taxa efectiva calculada na data da interrupção da relação de cobertura. A Fundação não espera actualmente impactos decorrentes da sua adopção;

Fundação Calouste Gulbenkian Relatório dos Auditores

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras consolidadas da Fundação Calouste Gulbenkian, as quais compreendem a Demonstração consolidada da posição financeira em 31 de Dezembro de 2008 (que evidencia um total de 2.737.177 milhares de euros e um total de fundo de capital de 2.396.435 milhares de euros, incluindo uma transferência para o fundo de capital negativa de 434.513 milhares de euros), a Demonstração consolidada das operações, o Mapa dos movimentos do fundo de capital e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas Anexas.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira do conjunto das empresas incluídas na consolidação, o resultado consolidado das suas operações, as alterações no seu fundo de capital consolidado e os fluxos de caixa consolidados, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras consolidadas estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido exame incluiu:

› a verificação das demonstrações financeiras das empresas incluídas na consolidação terem sido apropriadamente examinadas e, para os casos significativos em que o não tenham sido, a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações nelas constantes e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;› a verificação das operações de consolidação;› a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas, a sua aplicação uniforme e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;

Relatório dos AuditoresCertificação legal das contas consolidadas

323 Relatório Balanço e Contas 2008322.

› a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e, › a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras consolidadas.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras consolidadas.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras consolidadas apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira consolidada da Fundação Calouste Gulbenkian em 31 de Dezembro de 2008, o resultado consolidado das suas operações, os fluxos consolidados de caixa e as alterações no fundo de capital consolidado no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

Lisboa, 22 de Maio de 2009

KPMG & AssociadosSociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.

representada porJean-Éric Gaign(ROC n.º 1013)

Fundação Calouste Gulbenkian Relatório dos Auditores

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras da Fundação Calouste Gulbenkian, as quais compreendem a Demonstração da posição financeira em 31 de Dezembro de 2008 (que evidencia um total de 2.647.613 milhares de euros e um total de fundo de capital de 2.396.435 milhares de euros, incluindo uma transferência para o fundo de capital negativa de 459.390 milhares de euros), a Demonstração individual das operações, o Mapa dos movimentos do fundo de capital e a Demonstração dos fluxos de caixa do exercício findo naquela data, e as correspondentes Notas Anexas.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração a preparação de demonstrações financeiras consolidadas preparadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia que apresentem de forma verdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, o resultado das suas operações, as alterações no seu fundo de capital e os fluxos de caixa, bem como a adopção de políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado.

3. A nossa responsabilidade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

4. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dos Revisores Oficiais de Contas, as quais exigem que o mesmo seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de segurança aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Para tanto o referido o exame incluiu:

› a verificação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e divulgações constantes das demonstrações financeiras e a avaliação das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação;› a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendo em conta as circunstâncias;› a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade; e, › a apreciação sobre se é adequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras.

Relatório dos AuditoresCertificação legal das contas

325 Relatório Balanço e Contas 2008324.

5. O nosso exame abrangeu também a verificação da concordância da informação financeira constante do relatório de gestão com as demonstrações financeiras.

6. Entendemos que o exame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

7. Em nossa opinião, as referidas demonstrações financeiras apresentam de forma verdadeira e apropriada, em todos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira da Fundação Calouste Gulbenkian em 31 de Dezembro de 2008, o resultado das suas operações, os fluxos de caixa e as alterações no fundo de capital no exercício findo naquela data, em conformidade com as Normas Internacionais de Relato Financeiro tal como adoptadas na União Europeia.

Lisboa, 22 de Maio de 2009

KPMG & AssociadosSociedade de Revisores Oficiais de Contas, S.A.

representada porJean-Éric Gaign(ROC n.º 1013)