ii congresso de inovaÇÃo e metodologias de ensino 1
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1 II CONGRESSO DE INOVAÇÃO E METODOLOGIAS DE ENSINO
Tecnologias digitais
METODOLOGIA ATIVA BASEADA EM PROJETOS DE APRENDIZAGEM: A
CRIAÇÃO DE UM WEBSITE
Silvia Cota Machado
CEFET/MG
Resumo: O processo de autoria mediado pelas Tecnologias Digitais da Informação e
Comunicação (TDICs) vem transformando a educação no século XXI. A metodologia aqui
apresentada é baseada no processo de ensino híbrido focado em um projeto de aprendizagem.
O Projeto Saúde UTRAMIG, de caráter prático pedagógico, criado em Fevereiro de 2016, foi
desenvolvido com o objetivo de promover a participação ativa dos alunos na construção do
conhecimento mediada pelo uso das TDICs. O uso das TDICs como suporte pedagógico
alinhado ao conteúdo curricular possibilita ao aluno a criação de suas próprias narrativas e
ainda o compartilhamento de suas experiências. A proposta foi a construção de um website
utilizando metodologia ativa baseada em projetos de aprendizagem dentro do curso de
Formação Inicial e Continuada (FIC) na Fundação de Educação para o Trabalho de Minas
Gerais (UTRAMIG). A plataforma utilizada foi o Google sites, de interface intuitiva e
amigável.
.
Palavras-chave: Educação. TDICs. Projeto de Aprendizagem. Website. Ensino Híbrido.
1. INTRODUÇÃO
A proposta do projeto de aprendizagem foi promover a participação ativa dos alunos do
curso de Operador de Computador na construção do conhecimento mediada pelo uso das
Tecnologias Digitais da Informação e Comunicação (TDICs) em um contexto real e fora do
ambiente fechado da sala de aula. A metodologia utilizada foi a realização de entrevistas em
campo e a utilização de suportes diversificados para pesquisa e análise dos dados coletados.
Na sequência, iniciou-se o processo de construção do website cuja temática foi a promoção da
saúde através das práticas de atividades físicas ao ar livre. Os aplicativos de apoio utilizados
foram o editor de texto, a planilha eletrônica e o editor de vídeo. A planilha eletrônica foi
2 utilizada para compilar, analisar e construir os gráficos para posterior publicação no site
(daqui em diante, o termo website será substituído pela sua forma abreviada site).
O domínio das TDICs no ambiente educacional com objetivo pedagógico é
fundamental para as práticas e experiências em atividades orientadas por projetos que
envolvem o aluno no ambiente presencial e virtual. Nas palavras de Moran (2015), antes, o
professor se restringia ao espaço da sala de aula. Agora, alunos e professores podem aprender
e ensinar utilizando-se dos espaços virtuais. Professores podem gerenciar suas tarefas e
orientar projetos em espaços de aprendizagem diversificados ou a distância, cumprindo o
conteúdo curricular e flexibilizando o tempo entre as atividades didáticas.
Na sociedade do conhecimento, o aluno aprende mais quando combina atividades
sociais e culturais com grupos heterogêneos. A experiência de interação promovida pelo uso
das TDICs pode acontecer tanto em sala de aula (presencial) como fora dela (virtual) através
do Ensino a Distância (EaD). Além de interatividade, a educação mediada pelo uso das
tecnologias digitais possibilitam ainda práticas como o Ensino Híbrido (Blended Learning).
Através do Ensino Híbrido, a pesquisa e coleta de informações podem ser realizadas dentro
ou fora da sala de aula, com o auxílio de suportes diversificados como os livros e jornais
impressos ou digitais, mídias, vídeos, games, tablets, smartphones, dentre outros. Valendo-se
ainda da combinação dos espaços educacionais fixos, sociais, culturais, urbanos e virtuais.
Para Moran (2015) a sala de aula como ambiente presencial tradicional precisa ser
redefinida, esta perde o caráter de espaço permanente de ensino. Antes o professor só se
preocupava com o aluno em sala de aula. Agora o aluno se encontra nos laboratórios
(organizando a pesquisa), na internet (em atividades a distância) e fora da sala de aula
conhecendo a realidade e inserindo-se em ambientes diversificados.
Neste contexto, o professor torna-se o articulador do processo. Monitorando,
acompanhando e sugerindo. Seu papel de mediador e tutor deixa os alunos mais à vontade,
podendo exercer uma postura mais autônoma e criativa diante da vida.
3 2. REFERENCIAL TEÓRICO
2.1. PROJETOS DE APRENDIZAGEM
Os projetos de aprendizagem devem permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a
própria autoria naquilo que produz. O programa Salto para o Futuro, uma parceria entre o
Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria de Educação a Distância (Seed), ofereceu aos
educadores brasileiros uma coletânea de artigos no ano de 2005 com o tema Integração das
Tecnologias na Educação. A iniciativa teve por objetivo desenvolver o currículo e integrar
diferentes tecnologias à prática pedagógica voltada à aprendizagem significativa do aluno,
especialmente quando se trabalha com projetos. Dentre os estudos, o artigo de Prado (2005)
nos oferece uma contribuição neste sentido:
A pedagogia de projetos deve permitir que o aluno aprenda-fazendo e reconheça a
própria autoria naquilo que produz por meio de questões de investigação que lhe
impulsionam a contextualizar conceitos já conhecidos e descobrir outros que
emergem durante o desenvolvimento do projeto. Nessa situação de aprendizagem, o
aluno precisa selecionar informações significativas, tomar decisões, trabalhar em
grupo, gerenciar confronto de ideias, enfim, desenvolver competências interpessoais
para aprender de forma colaborativa com seus pares. (PRADO, 2005, p.15)
O trabalho com projetos inverte a lógica do currículo definido em grades de conteúdos
estanques induzindo o professor a colocar em jogo as problemáticas que permeiam o
cotidiano e permitindo ao aluno assimilar o conteúdo através da resolução de problemas.
De acordo com Gómez (2015), a diversidade de espaços multiuso e tempos flexíveis a
serviço dos projetos de aprendizagem rompem fronteiras entre a escola e a cultura, integrando
a escola à sociedade. O ensino educativo abandona a padronização, envolve a comunidade, a
família e utiliza recursos didáticos que permitem a investigação e a experimentação. Neste
sentido, conforme Gomez (2015):
A fronteira entre o escolar e o não escolar já não é definida pelos limites do espaço e
do tempo da escola, existe muito de 'não escola' no horário escolar e há muito 'de
escola' no espaço e no tempo posterior ao horário escolar. (GÓMEZ, 2015, p. 29).
Para isso, o projeto deve estar alinhado às propostas pedagógicas, objetivos e valores
da instituição e ainda, são necessários ambientes diversificados, polivalentes e ricos em
recursos didáticos e humanos.
4 2.2. ENSINO HÍBRIDO
As práticas de Ensino Híbrido (blended learning) podem ser utilizadas em projetos que
demandam pesquisa e coletas de informações realizadas fora da sala de aula com o auxílio das
tecnologias. Neste contexto podem ser utilizadas atividades individuais e grupais,
colaborativas e individuais, presenciais e on line. Neste sentido, CHRISTENSEN, HORN &
STAKER (2013, apud MORAN 2015, p. 7) considera que,
O ensino híbrido é um programa de educação formal no qual um aluno aprende, pelo
menos em parte, por meio do ensino online, com algum elemento de controle do
estudante sobre o tempo, lugar, modo e/ou ritmo do estudo, e pelo menos em parte
em uma localidade física supervisionada, fora de sua residência. (CHRISTENSEN,
HORN & STAKER, 2013, p.7).
Através da metodologia híbrida, o aluno tem a oportunidade de utilizar-se de
diferentes tipos de suportes para criação e transformação do conhecimento, além de dar
oportunidades para que os alunos possam compartilhar suas experiências utilizando-se da
web, desenvolve a criatividade e ainda favorece o protagonismo dos estudantes. O diálogo do
professor, como tutor, neste tipo de metodologia é de extrema importância. O professor deve
organizar os grupos, distribuir as tarefas, ajudar os alunos quanto ao material a ser utilizado,
as etapas e prazos do projeto. O professor deve estar sempre presente na atividade, orientando
e monitorando os trabalhos, seja de forma presencial ou à distância.
Para Moran (2015), o modelo blended proporciona a oportunidade de se desenvolver
atividades presencial e virtual, em grupos e momentos diferentes de acordo com a
necessidade, com flexibilidade, sem horários rígidos e planejamento engessado.
3. ETAPAS DO PROCESSO
A proposta do projeto para a construção do site iniciou-se em Fevereiro de 2016 durante o
curso de Formação Inicial e Continuada (FIC) na Fundação de Educação para o Trabalho de
Minas Gerais (UTRAMIG). O curso de Operador de Computador tinha como proposta
curricular a aprendizagem de aplicativos de informática aplicados ao mercado de trabalho. Ao
final do curso os alunos deveriam apresentar um projeto prático pedagógico utilizando-se dos
aplicativos de informática com a finalidade de promover a participação ativa dos alunos na
5 construção do conhecimento em um contexto real.
As tarefas de construção do projeto foram mediadas pela professora e o objetivo
principal foi aplicar os conhecimentos adquiridos pelos alunos nas aulas de Informática
Aplicada articulando teoria e prática. O tema do site escolhido em sala de aula foi: „Os
benefícios das práticas de atividades físicas ao ar livre‟. As atividades foram desenvolvidas
entre Fevereiro e Abril de 2016, nesse período os alunos deveriam entrevistar pessoas que
praticavam atividades físicas ao ar livre e posteriormente estes alunos se dirigiram aos
espaços de práticas de atividades físicas ao ar livre em Belo Horizonte, onde puderam
entrevistar praticantes e especialistas no assunto.
O primeiro passo foi a exibição de um vídeo explicativo sobre a criação de sites
através da plataforma Google sites. Optou-se pelo uso desta plataforma por sua interface
amigável, intuitiva e de fácil utilização. O vídeo explicativo e a orientação sobre as tarefas
foram exibidos em sala aula através do Datashow para que todos pudessem acompanhar. O
segundo passo foi a divisão das equipes responsáveis por cada fase, neste momento os alunos
decidiram sobre o design do site e a criação da conta onde todos tinham livre acesso (usuário
e senha) para edição e administração dentro ou fora da sala de aula.
As perguntas das entrevistas foram elaboradas em sala de aula pelos alunos e
orientadas pela professora, posteriormente enviadas por e-mail. O passo seguinte foi a
orientação e simulação sobre os recursos do celular ou smartphone para gravar as entrevistas
e os vídeos, além de tirar fotos. Todo material selecionado foi utilizado no site. As aulas
foram ministradas no laboratório de informática da escola. O tempo de aula foi dividido de
forma que em parte do horário os alunos se dedicavam a cumprir o programa do curso através
da aprendizagem dos aplicativos: Libre Office (edição e formatação de textos), Calc (criação
de planilhas e gráficos), Youtube (edição de vídeos) além de pesquisas em sites e a utilização
do e-mail. Em outro momento, os alunos se empenhavam na construção do site colocando em
prática seus conhecimentos.
Durante as aulas no laboratório, os alunos fizeram pesquisas na internet sobre o tema
do projeto, lançaram os dados das entrevistas na planilha eletrônica, construíram gráficos e
6 manipularam fotos e vídeos. Segundo as orientações do Guia Crescer em Rede (2013), o
trabalho pedagógico deve ser orientado com o objetivo de formar o aluno para o exercício da
cidadania além de desenvolver competências e habilidades para o convívio na sociedade.
Pois, como nos indica Allan (2013):
Quando falamos de pesquisa de opinião, não podemos deixar de falar de gráficos. A
capacidade de leitura e interpretação de gráficos nunca foi tão importante. Hoje,
muitos estudos, reportagens ou mesmo pesquisas, de qualquer área do
conhecimento, vêm acompanhados de gráficos ou infográficos. É extremamente
importante iniciar este trabalho de leitura na escola e o professor, de qualquer
disciplina, é fundamental neste processo. A educação deve se ajustar às novas
necessidades da sociedade contemporânea de forma a preparar, da melhor forma, os
alunos para serem cidadãos mais críticos, conscientes e participativos. (ALLAN,
2013, p. 105)
Neste sentido, a construção de materiais de comunicação como vídeos, postagens em
sites e blogs contribui para que os alunos exerçam sua cidadania. Para isso, faz-se necessário
dar oportunidades mais concretas e que façam sentido para a vida dos alunos. As atividades
precisam estar em consonância com sua realidade para que eles se envolvam, participem e
aprendam dentro e fora da sala de aula. Como nos indica Coll (2010, p. 28), “uma das
perspectivas de futuro mais verossímeis é a possibilidade de expandir as opções de
aprendizado para outros cenários que não sejam os tipicamente escolares”.
Faz-se necessário, entretanto, a aceitação das tecnologias por parte dos educadores,
pois estas são um dos meios para experimentar novas formas de interação entre virtual e
presencial. O uso da comunicação virtual em muito colabora para a formação social e
humanista dos estudantes e educadores, amplia horizontes e pode ser considerada interativa.
Quando estamos conectados, mesmo em lugares diferentes através de videoconferências,
hangouts, videoaulas, chats, entre outros, a comunicação se apresenta em tempo real.
As etapas de construção de um site é um exemplo de metodologia ativa de
aprendizagem através da interação humanista, pois exige o envolvimento dos participantes no
processo de criação. Este tipo de metodologia se utiliza de situações reais da vida cotidiana e
promove a construção de plataformas colaborativas de conhecimento. Através da construção
do site o aluno tem a oportunidade de elaborar textos informativos, construir imagens
7 mentais, trabalhar a criatividade e noção espacial; elementos presentes no processo cognitivo
humano.
3.1. Primeira Etapa
Na primeira etapa foi desenvolvido um roteiro com perguntas para as entrevistas e a criação
de uma tabela para lançamento das respostas.
1. Qual o seu nome?
2. Idade?
3. Qual modalidade de atividade física você pratica?
4. Com que frequência você pratica?
5. Por que gosta de praticar atividades físicas ao ar livre?
6. Quais os benefícios adquiridos?
Os alunos também tiveram uma aula sobre técnicas de entrevista e como abordar o
entrevistado. Os alunos deveriam ler as perguntas em casa e treinar com um amigo ou
familiar, utilizando o gravador do celular. Esta tarefa propiciou a oportunidade de
colaboração, visto que alguns alunos não sabiam utilizar o gravador do celular, então, os
colegas que dominavam a ferramenta puderam ensinar seus pares. As respostas foram
lançadas em uma planilha eletrônica e posteriormente analisadas para a construção de gráficos
e índices.
TABELA 1 - Modelo de tabela para lançamento de respostas das entrevistas.
Nome Idade Modalidade de
atividade
Frequência Porque gosta de
praticar
Benefícios para
a saúde
Fonte: elaborada pela autora.
8 3.2. Segunda Etapa:
Na segunda etapa foi escolhido, em consenso na sala de aula, o layout do site e a criação dos
menus. Nesta etapa foi exibido, através do Datashow, os modelos padrões e os alunos
escolheram o layout mais apropriado. Na sequência, as equipes foram divididas conforme
suas habilidades pessoais para cumprir as tarefas. Entretanto, buscou-se trocar as atividades
dos membros dos grupos para que todos tivessem a oportunidade de colaborar nas diversas
fases e dialogar com seus colegas.
A página inicial do site (home) contém um texto explicativo sobre o Projeto (FIGURA 1).
Fonte: https://sites.google.com/site/projetosaudeutramigcom/home
Nesta página, podem-se consultar os dados da pesquisa através dos gráficos
desenvolvidos a partir das entrevistas em campo (FIGURA 2).
Fonte: https://sites.google.com/site/projetosaudeutramigcom/dados-da-pesquisa
9 A FIGURA 3 mostra os depoimentos de especialistas no assunto através de vídeos,
além de dicas sobre os benefícios das práticas de atividades físicas.
Fonte: https://sites.google.com/site/projetosaudeutramigcom/depoimentos-de-
especialistas
A FIGURA 4 mostra fotos dos alunos, a divisão das equipes e contatos.
Fonte: https://sites.google.com/site/projetosaudeutramigcom/equipe-de-producao
4. METODOLOGIA
A metodologia proposta, baseada em projetos de aprendizagem, está fundamentada em
processos de autoria apoiado pelas tecnologias digitais com foco na aprendizagem. O perfil
dos alunos envolvidos nesta pesquisa foi heterogêneo com alunos de faixa etária distintas,
entretanto, percebeu-se que esta diversidade tornou-se positiva do ponto de vista social
através da troca de experiências e colaboração, em que alunos mais jovens (nativos digitais)
10 auxiliaram os alunos que possuíam pouco ou nenhum domínio (imigrantes digitais).
A metodologia utilizada na prática baseou-se no método de ensino híbrido (blended
learning). Esta metodologia propõe espaços de ensino e aprendizagem flexíveis e dinâmicos
predominando o caráter interativo proporcionado pelo uso das tecnologias dentro e fora de
espaços formais.
Pois, como afirma Moran (2015):
O que a tecnologia traz hoje é integração de todos os espaços e tempos. O ensinar e
aprender acontece numa interligação simbiótica, profunda, constante entre o que
chamamos mundo físico e mundo digital. Não são dois mundos ou espaços, mas um
espaço estendido, uma sala de aula ampliada, que se mescla, hibridiza
constantemente. Por isso a educação formal é cada vez mais blended, misturada,
híbrida, porque não acontece só no espaço físico da sala de aula, mas nos múltiplos
espaços do cotidiano, que incluem os digitais. O professor precisa seguir
comunicando-se face a face com os alunos, mas também digitalmente, com as
tecnologias móveis, equilibrando a interação com todos e com cada um. (MORAN,
2015, p.16)
O desenvolvimento de um site como proposta metodológica ativa possibilitou aos
alunos a troca experiências e por vezes os papéis. O site tornou-se uma plataforma de
convergência do produto final do projeto, sendo que este fica disponível para colaboração e
consulta pelos visitantes, além de alteração e sugestões de melhoria por todos os participantes
que possuem permissão para administrá-lo a qualquer tempo e em qualquer lugar. Neste caso,
por diversas vezes os papéis foram invertidos e todos os participantes tiveram a oportunidade
de vivenciar a experiência.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho contribuiu de forma efetiva ao promover a participação ativa dos alunos
na construção do conhecimento utilizando-se das TDICs como suporte pedagógico. Durante
as atividades percebeu-se o envolvimento dos alunos na construção do projeto,
desenvolvimento da criatividade, interação entre as equipes e autonomia.
A experiência vivenciada no projeto descrito, combinando atividades presenciais e on
line, dentro e fora da sala de aula, colaborativas e individuais, proporcionou um diálogo
construtivo entre os alunos e a professora tornando as aulas mais dinâmicas e interativas.
11 Nesse contexto, percebeu-se a participação e interação entre os pares e o professor, a
aplicação prática do conteúdo curricular do curso e a promoção do diálogo entre as equipes
durante as atividades.
O cenário possibilitou a articulação do conteúdo curricular com a proposta do projeto
de construção colaborativa de conhecimento, incentivando-se as práticas de leitura, escrita,
interpretação de textos e análise de dados. Onde o aluno tornou-se protagonista e o professor
um orientador do processo.
A participação efetiva durante o processo de construção do projeto se deu de forma
significativa em um contexto humanista e social. Durante a pesquisa, os alunos tiveram a
oportunidade de dialogar com pessoas de diversas faixas etárias e gêneros e ainda utilizar os
recursos das TDICs para compartilhar a experiência vivenciada.
Por fim, a diferença entre as faixas etárias dos alunos também foi considerada um fator
positivo, visto que a tecnologia foi utilizada como um mecanismo de aproximação,
incentivando a diversidade e valorizando a troca de experiências.
REFERÊNCIAS
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continuada de professores para adoção de tecnologias digitais no contexto educacional.
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COLL, César; MONEREO, Carles (Orgs.). Psicologia da educação virtual – Aprender e
Ensinar com as Tecnologias da Informação e da Comunicação. Porto Alegre: Artmed, 2010.
GÓMEZ, A. I. Perez. Educação na Era Digital: a escola educativa. Tradução Marisa Guedes,
Porto Alegre: Penso, 2015.
MORAN, José Manuel. A Educação que desejamos: novos desafios e como chegar lá. São
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Convergências Midiáticas, Educação e Cidadania: aproximações jovens. Vol. II. Carlos
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Disponível em:
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