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criminalística
Prof. Lucas Klassmann
IGP-RS
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criminalística
PRÉ-PROVA – CRIMINALÍSTICA
Definição de Criminalística
• Autônoma e multidisciplinar.
• Auxiliar e informativa das autoridades policiais e judiciária.
• Análise dos vestígios deixados no local do fato (na cena do crime).
• Segundo determinação do Código de Processo Penal, sempre que restarem vestígios materiais pelas infrações penais, o concurso da Criminalística se fará necessariamente presente.
Doutrina da Criminalística
Postulados da Criminalística:
1) O conteúdo de um Laudo Pericial é invariante em relação ao Perito Criminal que o produziu. Laudos baseados em leis científicas.
2) As conclusões de uma perícia criminalística são independentes dos meios utilizados para alcançá-las, sejam eles mais rápidos, mais modernos ou não.
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3) A perícia criminalística é independente do tempo, pois a verdade é imutável em relação ao tempo decorrido.
Princípios Fundamentais:
Observação
Análise
Interpretação
Descrição
Documentação
A perícia em face da legislação
1) Importância da perícia;
2) Responsabilidade do perito;
3) Exigências formais;
4) Requisitos técnicos;
5) Da requisição de perícia;
6) Nova perícia;
7) Isolamento e preservação de local;
8) Prazo para elaboração do exame e do laudo;
9) Fotografias e outros recursos;
10) Principais perícias elencadas no Código de Processo Penal;
11) Outros dispositivos processuais.
Locais de crime
Conceituação:
• Vestígio: todos os tipos de objetos, marcas ou sinais sensíveis que possam ter relação com o fato investigado.
• Evidência: o vestígio que após analisado, mostra-se diretamente relacionado com o delito. Constitui-se exclusivamente de prova material.
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• Indício: É a evidência (antes vestígio) que, após devidamente analisada e interpretada com os resultados dos exames complementares, em conjunto com os dados da investigação policial, tiver uma relação com o fato delituoso e com as pessoas com este relacionadas.
Classificação:
• Interno ou Externo: interior de edifícios, residências, lojas, pátios de estacionamento, garagens, etc.
• Aberto ou Fechado: se há no espaço compreendido pelo local de crime algum tipo de proteção contra as intempéries, este é chamado local fechado. É considerao Misto quando envolve ambos (pátio + casa onde ocorreu).
• Público ou particular: se espaço público ou propriedade particular.
• Ermo ou Concorrido: Diz respeito ao número de pessoas que acessam o local.
Quanto à região de ocorrência:
• Imediato: é a área de maior concentração de vestígios da ocorrência do fato.
• Mediato: compreende as adjacências do local onde ocorreu o fato.
• Relacionado: São aqueles que se referem a uma mesma ocorrência.
O isolamento e guarnecimento do local para fins de exames:
• Preservados, idôneos ou não violados: quando são mantidos na integridade ou originalidade com que foram deixados pelo agente, após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos;
• Não preservados, inidôneos ou violados: quando são devassados após a prática da infração penal e antes do comparecimento dos peritos ao local, em detrimento da perícia.
Finalidades dos levantamentos dos locais de crime:
1) Constatar se houve ou não infração penal.
2) Qualificar a infração penal.
3) Identificar o(s) criminoso(s) e sua culpabilidade.
4) Perpetuação dos indícios.
5) Legalização do indício.
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Vestígios e evidências biológicas de interesse forense
Exames de manchas de sangue – Luz forenseExames de manchas de sangue – Luz forense
Exames de manchas de sangue – Luminol
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Exames de manchas de sangue - Luminol
A luz da quimioluminescência do Luminol é fraca, somente observável no escuro. A reação acontece quando um dos reagentes do Luminol encontra um grupo Heme, componente da hemoglobina, por exemplo.
O luminol é altamente sensível. Porém produz falsos positivos ao reagir com peroxidases de plantas, metais (cobre, ferro e outros), produtos à base de cloro (hipoclorito) e outros oxidantes.
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Exames de manchas de sangue – é humano?
• Testes imunocromatográficos: qualitativos, rápidos e econômicos, de fácil interpretação.
Locais de morte
Ao perito cabe analisar a provável origem da morte, por intermédio do exame perinecroscópico do cadáver.
No entanto, a ausência de vestígios externos no corpo da vítima, representados por ferimentos, não exclui a possibilidade de morte violenta, o que somente poderá ser comprovado após a necrópsia.
Por arma de fogo
• Exame do local: Pontos de impacto, distância e direção do tiro, trajetória provável. Colher todos elementos de munição.
• Exame da vítima: caracterização dos ferimentos, determinar os orifícios de entrada e de saída e examinar as mãos da vítima (resíduos do tiro).
• Exame dos elementos de munição: Caracterizar e fotografar estojos e projéteis, identificar o calibre, identificar de que arma foi disparado.
* Conferir procedimentos em relação à espingarda, pistola e revólver.
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Por instrumentos contundentes, cortantes, perfurantes ou mistos
• Por instrumento contundente: pedra, bastão, coronha de arma de fogo, barra metálica, martelo, etc.
• Por instrumento cortante: faca, navalha, lâmina de barbear, bisturis, secções de vidro, etc.
• Por instrumento perfurante: estilete, agulha, pregos, etc.
• Por instrumento pérfurocontundente: projétil de arma de fogo.
• Por instrumento cortocontundente: foice, machado, facões, etc.
• Por instrumento lacerocontundente: passagem das rodas do veículo sobre o corpo.
• Por instrumento cortoperfurante: punhais (profundidade maior que superfície afetada).
Por instrumentos cortantes
Esgorjamento: É a lesão na parte anterior ou lateral do pescoço;
Degola: É a lesão na parte posterior do pescoço (nuca);
Decapitação: É uma agressão incisa na região do pescoço, que SEPARA a cabeça do tronco.
1 – Esgorjamento; 2 – Decapitação; 3 – Degola
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Locais de morte provocada por asfixia
• Na morte por esganadura há o emprego das mãos na consumação do fato, restando vestígios de equimoses e escoriações produzidas pela pressão dos dedos e unhas.
• Sufocação: pode ser direta ou indireta.
• Soterramento: presença de elementos sólidos nas vias respiratórias (terra).
• Afogamento: Cianose da face, pele macerada, escoriações, plâncton encontrado interna-mente, mutilação pela fauna aquática.
Procedimento Operacional Padrão SENASP
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Genética Forense
Recebimento e armazenamento de materiais biológicos para exame de DNA
Recebimento:
• Conferir os dados e a integridade do lacre e embalagens recebido, bem como conferir se o material chegou dentro das condições indicadas de temperatura e umidade. Caso sejam observadas não conformidades, registrar em documento.
Armazenamento para análise a curto prazo:
• Sangue: refrigerado de 0°C a 7°C.
• Material úmido (peças anatômicas, tecidos moles): congelados a -18°C.
• Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C.
Armazenamento para análise a longo prazo:
• Sangue e material úmido: congelados a – 18°C.
• Swabs e recortes de peças de vestuário: congelados a – 18°C.
• Material seco: ambiente livre de umidade com temp. de até 25°C.
* O material deve permanecer armazenado até ordem contrária da Justiça.
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Levantamento de local de crime contra a pessoa