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Conceitos Fundamentais Meio Ambiente Originais da Profª. Patrícia M. de Azevedo Modificado por Prof. Alexandre Tôrres 2013/2

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Conceitos FundamentaisMeio Ambiente

Originais da Profª. Patrícia M. de Azevedo

Modificado por Prof. Alexandre Tôrres 2013/2

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Fotossíntese:

• Respiração:

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Ciclos Biogeoquímicos: Carbono

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Ciclos Biogeoquímicos: Nitrogênio

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Ciclos Biogeoquímicos: Fósforo

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Ciclos Biogeoquímicos: Enxofre

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Ciclo Hidrológico

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Fluxo de Energia e Matéria em Ecossistemas

• Água no solo

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Ecologia

• 1870 – Ernest Häckel, biólogo alemão. • Palavra de origem grega: oikos (casa) e logos

(estudo). • “Pela palavra ecologia, queremos designar o

conjunto de conhecimentos relacionados com a economia da natureza – a investigação de todas as relações entre o animal e seu ambiente orgânico e inorgânico; incluindo suas relações, amistosas ou não, com as plantas e animais que tenham com ele contato direto ou indireto.”

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Ecologia – exemplo de interação

• Aligátor Americano – estudo de caso (material extra)

• Qual o habitat e o nicho ecológico do aligátor americano?

• E por que é importante a preservação do aligátor? • Como as comunidades interagem umas com as

outras e como as populações respondem às mudanças nas condições ambientais?

• Quais são os principais impactos das atividades humanas sobre as populações, comunidades e ecossistemas?

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Ecologia - definições

• “Estuda as relações entre os seres vivos e o meio ambiente em que vivem, bem como suas recíprocas influências.”

• “Ecologia é o estudo científico dos processos que regulamentam a distribuição e a abundância de seres vivos e as interações entre eles, e o estudo de como esses seres vivos, em troca, intercedem no transporte e na transformação de energia e matéria na biosfera (ou seja, o estudo do planejamento da estrutura e função do ecossistema).” (Krebs 1972)

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Ecologia - definições

• Espécie: refere-se a todos os organismos de um mesmo tipo que são geneticamente semelhantes o suficiente para gerar descendentes saudáveis e férteis.

• População: todos os membros de uma espécie vivendo em uma determinada área ao mesmo tempo.

• Comunidade biológica: todas as populações de organismos que vivam e interajam em uma área em particular.

• Ecossistema: composto de uma comunidade biológica e do seu ambiente físico. O ambiente inclui fatores abióticos (clima, água, minerais e luz solar) e fatores bióticos (organismos), seus produtos (secreções, rejeitos e restos) e seus efeitos em uma determinada área.

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Ecologia - definições

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Ecologia - definições

• Comunidade: conjunto de populações agrupadas em uma área/habitat.

• Densidade populacional: numero de indivíduos/biomassa por unidade de área/volume.

• Natalidade: tendência de crescimento de uma população.

• Distribuição etária: (pré/pós) reprodutivos. • Pirâmide etária: representação da idade de uma

população. Há 3 estruturas, de acordo com o envelhecimento dos indivíduos. (crescimento rápido, lento, nulo ou negativo) – *ver arquivo complementar da aula.

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Relações interespecíficas

• Duas ou mais especies que convivem em um mesmo habitat podem desenvolver relações mútuas favoráveis ou desfavoráveis para uma ou todas as participantes da relação.

• Neutralismo: as duas espécies são independentes e uma não influi na outra.

• Comensalismo: positiva para a espécie comensal e neutra para a espécie hospedeira. Ex.: humanos e bactérias da flora intestinal.

• Cooperação: positiva para ambas as espécies, mas os indivíduos podem levar vida independente um do outro. Ex.: nidificação coletiva, entre algumas espécies de pássaros.

• Mutualismo: positiva para ambas as espécies, mas os indivíduos não vivem sozinhos. Ex.: cupins e µ-org estomacais que digerem a celulose.

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Relações interespecíficas• Amensalismo: negativa para a espécie amensal, que sofre

inibição no crescimento ou reprodução pela espécie neutra inibidora.

• Predação: negativa, onde a espécie predadora ataca e devora a espécie-presa. Ambos levam vida independente, no início com oscilações do tamanho das populações. Com o tempo chega-se ao equilíbrio.

• Parasitismo: negativa, onde a espécie parasita inibe o crescimento, reprodução ou metabolismo do hospedeiro (com ou sem morte deste). O parasita vive ligado ao hospedeiro e não se alimenta dele. Pode chegar a um equilíbrio (muito tempo) e reduzir os efeitos negativos.

• Competição: negativa a ambas, onde os indivíduos dividem o nicho ecológico e disputam alimentos, abrigos e outros recursos comuns. Assim, espécies semelhantes não se desenvolvem num mesmo local. A espécie mais especializada e com nicho mais estreito predomina.

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Ecossistema: Lagoa

• Produtores: produzem alimento por fotossíntese, utilizando energia luminosa. São representados pelas plantas verdes da margem e do fundo e pelas algas microscópicas flutuantes (fitoplâncton).

• Consumidores: representados pelos animais que dependem direta ou indiretamente das plantas. Assim, os animais microscópicos flutuantes (zooplâncton), os caramujos e os peixes herbívoros, por se alimentarem diretamente de vegetais verdes, são ditos consumidores de primeira ordem; peixes carnívoros, insetos e cágados, que se alimentam dos consumidores de primeira ordem, são chamados consumidores de segunda ordem; algumas aves da margem, que se alimentam de consumidores de segunda ordem, são ditas consumidoras de terceira ordem.

• Decompositores:representados por bactérias e fungos, seres microscópicos e heterotróficos, que usam como alimento restos de plantas e de animais. Ao mesmo tempo em que obtêm energia de seu alimento, degradam-no de forma a devolver ao ambiente minerais e outras substâncias nutritivas, que serão novamente utilizados pelos produtores. Os agentes da decomposição são mais freqüentes no fundo, onde se depositam restos de animais e plantas.

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Ecossistema: Lagoa

Cadeia Alimentar X Teia Alimentar

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Ecologia - definições

• Elementos abióticos: matéria inorgânica ou sem vida (água, ar, solo).

• Elementos bióticos: seres vivos (fauna e flora). • Habitat: lugar do ecossistema em que vivem um organismo. Na

lagoa, o habitat de uma alga microscópica ou de uma larva de inseto é a superfície da água; uma determinada espécie de peixe tem por habitat as águas próximas às margens, entre a vegetação; e o habitat de uma bactéria decompositora é a lama do fundo.

• Nicho Ecológico: cada um dos organismos que vivem na lagoa desempenham um certo papel no ecossistema. Nesta idéia estão incluídas informações como o que come o organismo; onde, como e a que momento do dia isso ocorre; quais são seus inimigos naturais; de que forma e em que época do ano se reproduz; enfim, todas as informações sobre a função.

• Odum, ecólogo americano, compara o habitat de uma espécie no ecossistema a seu endereço, enquanto o nicho ecológico é representado como sua profissão.

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Ecologia - definições

• Homeostase: Estado de equilíbrio dinâmico por meio de mecanismos de autocontrole e autoregulação, os quais entram em ação assim que ocorre qualquer mudança.

• Biomassa: Quantidade total de matéria viva em um ecossistema, pode ser quantificada em termos de energia armazenada ou de “peso” seco.

• Biótipo: Elementos naturais necessários para as atividades dos seres vivos.

• Biocenose: Conjunto de seres vivos.

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Biomas

• Água doce: Concentração de sais dissolvidos é de até 0,5 g/L.

Lênticos – lagos e os pântanos Lóticos – rios, nascentes e corredeiras • Água Marinha: Concentração de sais dissolvidos é em

torno de 35 g/L. Eufótica – até 200m profundidade, onde ocorre a

fotossíntese. Afótica – profundidade >200m, não há luz suficiente para

fotossíntese. • Estuários: corpo d’água semifechado com livre acesso ao

mar, onde águas marinhas se misturam com água doce (pontos de desembocaduras de rios e baías costeiras).

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Biomas terrestres

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Biomas – Picos Gelados

• Biótipo - Zona junto aos pólos. Clima glacial, frio intenso e cortante. Alguns dos ventos mais fortes do planeta sopram nesta região. Longa duração do dia e das noites (seis meses cada).

• Biocenose – Vegetação praticamente inexistente. Nos pólos, habitam animais de sangue quente adaptados ao frio – espessa camada de gordura sob a pele, proteção de pelo (nos mamíferos) ou penas (nas aves) que conservam o calor do corpo do animal – urso polar, focas, morsas, pingüins. Os ursos hibernam para ultrapassarem o rigoroso inverno polar. Todos estes animais se alimentam de peixe.

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Biomas - Tundra• Biótipo - Zonas que limitam com os

glaciares. Existe apenas no Norte do planeta. O Verão é breve e o Inverno longo e frio. Temperatura média anual muito baixa. O solo está gelado durante a maior parte do ano e é, na sua maioria, constituído por pântanos.

• Biocenose - A vegetação é escassa, composta essencialmente por musgos e líquens e alguns arbustos pequenos. Quando se inicia o curto Verão da tundra surgem espécies vindas de sul – lemingues, lebres do ártico, renas, raposas, lobos… e várias aves migradoras (cerca de uma centena).

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Biomas – Florestas Coníferas (Taigas)

• Biótipo – Clima muito parecido com o anterior. Só existe no hemisfério Norte. O Verão é temperado e úmido. No Inverno as temperaturas são extremamente baixas.

• Biocenose – A vegetação é mais abundante. É caracterizado pela existência de florestas de árvores de folha persistente, entre elas as coníferas. A fauna é composta por vários animais de diferentes espécies: aves como o pica-pau, os tentilhões, as corujas, entre outros; grandes mamíferos, como o urso pardo, e outros de menores dimensões, como as doninhas; herbívoros como os alces, as marmotas e os castores.

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Biomas – Floresta Temperada de Folha Caduca

• Biótipo – Existe nas latitudes intermédias. Clima temperado. Grande umidade, temperaturas moderadas. Marcadas as quatro estações do ano.

• Biocenose – Abundante vegetação. Predominam as árvores de folha caduca. Enorme profusão de vida: insetos; aves que se alimentam dos galhos das árvores e dos grãos; pequenos roedores; herbívoros, como os veados, as corças, insetívoros, como o porco-espinho e o ouriço; mamíferos carnívoros como as raposas e os gatos selvagens e onívoros como os texugos.

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Biomas – Floresta Tropical• Biótipo – É característica das zonas equatoriais. Temperaturas

elevadas e constantes. Chuvas abundantes durante a maior parte do ano; forte intensidade da luz.

• Biocenose – Vegetação abundante com vários estratos vegetais que proporcionam condições de vida ideais para uma fauna abundante e diversificada: todo o tipo de insetos, anfíbios (sapos, rãs…), mamíferos, principalmente primatas (tupis, orangotangos, chimpanzés), aves e répteis.

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Biomas - Savana

• Biótipo – São zonas predominantemente planas. As temperaturas altas, precipitação reduzida.

• Biocenose – Vegetação abundante adaptada à escassez de água. Predominam as ervas altas, existindo também algumas árvores. É um tipo de pradaria característico do continente africano. São frequentes os incêndios que levam a uma regeneração da paisagem. A fauna é composta de grandes herbívoros que se deslocam em grupos numerosos: rinocerontes, antílopes, elefantes, girafas, zebras…Território de grandes caçadores carnívoros, como os leões, os leopardos, aves corredoras como as avestruzes ou necrófagas como os abutres.

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Biomas - Pradaria

• Biótipo – Existe nos cinco

continentes. As suas características são idênticas às da Savana. Em algumas zonas é designada por Chaparral.

• Biocenose – Vegetação abundante, caracterizada por ervas altas e algumas árvores. Fauna abundante e diversificada.

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Biomas - Deserto

• Biótipo - Regiões normalmente planas. Temperaturas muito elevadas durante o dia, descendo acentuadamente à noite - fortes amplitudes térmicas. Precipitação escassa ou nula. As regiões desérticas, semidesérticas ou áridas ocupam já cerca de 1/5 do planeta.

• Biocenose - A vegetação é escassa, mas as plantas sofreram adaptações que lhes permitem sobreviver num meio tão adverso, acumulando água, aproveitando o umidade do ar noturno. Fauna – animais adaptados a viver em condições extremamente difíceis: répteis, muitos dos quais se escondem sob as areias, durante o dia; insetos, como aranhas, escorpiões; mamíferos de grandes dimensões como o camelo e o dromedário e outros de menores dimensões: ouriços, raposas do deserto, lebres.

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Biomas brasileiros - distribuição geográfica

Manguezais

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Floresta Amazônica• É uma floresta latifoliada úmida

que cobre a maior parte da Bacia Amazônica da América do Sul. Esta bacia abrange 7 milhões km2, dos quais 5,5 milhões km2 são cobertos pela floresta tropical.

• Esta região inclui territórios pertencentes a 9 nações. A maioria das florestas está contida dentro do Brasil (60%), seguido pelo Peru (13%) e pequenas quantidades na Colômbia, Venezuela, Equador, Bolívia, Guiana, Suriname e França (Guiana Francesa).

• No Brasil, ocupa 49,29% do território e abrange três regiões (Norte, Nordeste e Centro-Oeste), sendo o maior bioma terrestre brasileiro.

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Floresta Amazônica

• A Amazônia é uma das três grandes florestas tropicais do mundo e a maior floresta delas, enquanto perde em tamanho para a taiga siberiana que é uma floresta de coníferas.

• Possui a aparência, vista de cima, de uma camada contínua de copas largas, situadas a aproximadamente 30 metros acima do solo.

• O clima na floresta Amazônica é equatorial, quente e úmido, devido à proximidade à Linha do Equador (contínua à Mata Atlântica), com a temperatura variando pouco durante o ano. As chuvas são abundantes, com as médias de precipitação anuais variando de 1 500 mm a 1 700 mm, podendo ultrapassar 3 000 mm na foz do rio Amazonas e no litoral do Amapá. O período chuvoso dura seis meses.

• O solo amazônico é bastante pobre, contendo apenas uma fina camada de nutrientes. Contudo, a flora e fauna mantêm-se em virtude do estado de equilíbrio (clímax) atingido pelo ecossistema. O aproveitamento de recursos é ótimo, havendo o mínimo de perdas. Um claro exemplo está na distribuição acentuada de micorrizas pelo solo, que garantem às raízes uma absorção rápida dos nutrientes que escorrem da floresta com as chuvas. Também, forma-se no solo uma camada de decomposição de folhas, galhos e animais mortos, rapidamente convertidos em nutrientes e aproveitados antes da lixiviação.

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Floresta Amazônica

• Florestas tropicais úmidas são biomas muito biodiversos e as florestas tropicais da América são consistentemente mais biodiversas do que as florestas úmidas da África e Ásia.

• A região é o lar de cerca de 2,5 milhão de espécies de insetos, dezenas de milhares de plantas e cerca de 2.000 aves e mamíferos. Até o momento, pelo menos 40.000 espécies de plantas, 3.000 de peixes, 1.294 aves, 427 mamíferos, 428 anfíbios e 378 de répteis foram classificadas cientificamente na região. Um em cada cinco de todos os pássaros no mundo vivem nas florestas tropicais da Amazônia. Os cientistas descreveram entre 96.660 e 128.843 espécies de invertebrados só no Brasil.

• A diversidade de espécies de plantas é a mais alta da Terra.

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Floresta Amazônica

• O rio Amazonas é um grande rio sul-americano que nasce na Cordilheira dos Andes, no lago Lauri ou Lauricocha, no Peru e desagua no Oceano Atlântico, junto à Ilha do Marajó, no Brasil. Ao longo de seu percurso ele recebe os nomes Tunguragua, Apurímac, Marañón, Ucayali, Amazonas (a partir da junção do rios Marañon e Ucayali, no Peru), Solimões e novamente Amazonas (a partir da junção do rios Solimões e Negro, no Brasil).

• É o rio com a maior bacia hidrográfica do mundo, ultrapassando os 7 milhões de km², grande parte deles de selva tropical.

• A área coberta por água no Rio Amazonas e seus afluentes mais do que triplica durante as estações do ano. Em média, na estação seca, 110 000 km² estão submersas, enquanto que na estação das chuvas essa área chega a ser de 350 000 km². No seu ponto mais largo atinge na época seca 11 km de largura, que se transformam em 45 km na estação das chuvas.

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Floresta Amazônica

• O desmatamento é a conversão de áreas florestais para áreas não florestadas. As principais fontes de desmatamento na Amazônia são assentamentos humanos e o desenvolvimento da terra.

• Antes do início dos anos 1960, o acesso ao interior da floresta era muito restrito e a floresta permaneceu basicamente intacta. Fazendas estabelecidas durante a década de 1960 eram baseados no cultivo e corte e no método de queimar.

• Os solos da Amazônia são produtivos por apenas um curto período de tempo, o que faz com que os agricultores estejam constantemente mudando-se para novas áreas e desmatando mais florestas.

• Entre 1991 e 2000, a área total de floresta perdida na Amazônia subiu de 415.000 para 587.000 quilômetros quadrados, com a maioria da floresta desmatada sendo transformada em pastagens para o gado. A taxa de desmatamento médio anual entre 2000 e 2005 (22.392 km² por ano) foi 18% maior do que nos últimos cinco anos (19.018 km² por ano). O desmatamento tem diminuído significativamente na Amazônia brasileira desde 2004.

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Floresta Amazônica

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Cerrados

• A biodiversidade do Cerrado assemelha-se à das florestas tropicais mais exuberantes.

• O conceito hotspot expressa a situação de ecossistemas que possuem alto endemismo de espécies (mais do que 0,5% da diversidade mundial de plantas – ou mais de 1500 espécies exclusivas) e que se encontram seriamente ameaçados, com mais de 70% da cobertura vegetal original descaracterizada devido às atividades humanas.

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Cerrados

• Os hotspots são áreas prioritárias para a conservação mundial. Isso não significa que recebam a merecida atenção nos respectivos países- como é o caso do Cerrado no Brasil.

• O desmatamento no bioma é alarmante, chegando a 1,5% ao ano, ou seja, três milhões de hectares/ano, conforme as estimativas mais conservadoras. Isso equivale a 2,6 campos de futebol desmatados a cada minuto. O desmatamento no Cerrado, portanto, é maior que na Amazônia.

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Cerrados• Ao perder diversidade biológica no Cerrado, o Brasil também perde

possibilidades de uso sustentável de muitos recursos, como plantas medicinais e espécies frutíferas, abundantes no bioma. Na região, foram catalogadas mais de 330 espécies usadas na medicina popular. A arnica, o barbatimão, a sucupira, o mentrasto e o velame são apenas alguns exemplos da enorme farmacopéia do Cerrado.

• Cerrado abriga um grande número de espécies animais. Mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes fazem parte das cerca de 2.500 espécies de vertebrados identificados e que vivem no bioma. Isso sem contar os insetos, que têm papel fundamental na ecologia, mas que ainda são pouco conhecidos pela ciência.

• Espécies ameaçadas como a onça-pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará, a águia-cinzenta e o cachorro-do-mato-vinagre, entre outras, ainda têm populações significativas no Cerrado, reafirmando sua importância como ambiente natural. Todavia, espécies exclusivas do Cerrado, como o tamanduá-bandeira, estão na lista dos animais brasileiros ameaçados de extinção. Ao todo, 65 espécies do Cerrado encontram-se em situação semelhante.

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Cerrados

• Buriti, ingá, quaresmeira, cagaita, guariroba, pequi, mama-cadela, paineira, angico, jatobá, canela de ema, ipê. Estas são apenas algumas das mais conhecidas plantas nativas.

• Cerca de 4.400 dessas espécies são endêmicas, ou seja, só existem nesta região. Muitas delas servem como base para a alimentação humana, entre elas, o pequi, o baru, a cagaita, o jatobá e tantas outras, e medicamentos, como o velame, a lobeira, a calunga, o barbatimão e uma infinidade de plantas usadas ancestralmente pelas populações do Cerrado.

• O Cerrado também oferece grande variedade de cactos, bromélias e orquídeas. As palmeiras também são abundantes no bioma. Babaçu, brejaúba, buriti, guariroba, jussara e macaúba são as conhecidas. Todas carregam nomes indígenas e têm grande valor na vida das comunidades rurais e tradicionais da região.

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Cerrados

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Caatinga

• O clima é semi-árido, com temperaturas médias anuais compreendidas entre 27ºC e 29ºC e com médias pluviométricas inferiores aos 800 mm. A rigidez climática das caatingas é conferida principalmente pela irregularidade na distribuição destas chuvas no tempo e no espaço.A paisagem mais comum da Caatinga é a que ela apresenta durante a seca. Na estação seca a temperatura do solo pode chegar até 60°C.

• Apesar da caatinga estar em região semi-árida ela tem como características uma grande variedade de paisagens e riqueza de vegetação. A vegetação costuma ficar sem folhas em épocas de secas, as quais retornam nos períodos curtos de chuvas.

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Caatinga

• A vegetação caracteriza-se pela forte presença de arbustos com galhos retorcidos e com raízes profundas; a presença de cactos e bromélias; os arbustos costumam perder, quase que totalmente, as folhas em épocas de seca (propriedade usada para evitar a perda de água por evaporação); e as folhas deste tipo de vegetação são de tamanho pequeno.

• Algumas das plantas da caatinga são: Arbustos (aroeira, angico e juazeiro) Bromélias (caroá) Cactos (mandacaru, xique-xique e xique-xique do sertão)

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Caatinga

• A Fauna da caatinga, ao contrário do que muitos pensam, é muito rica. Existem centenas de espécies vivendo neste bioma. (Veado-catingueiro, Preá, Gambá, Sapo-cururu, Cutia, Ararinha-azul, Asa-branca, Periquito da Caatinga, Lagartos, Cobras, Cachorro do Mato, etc.)

• Em função da criação de gado extensivo na região, pesquisadores estão alertando para a diminuição deste tipo de formação vegetação. Em alguns locais do semi-árido já são encontradas regiões com características de deserto.

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Caatinga

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Mata Atlântica

• O Domínio da Mata Atlântica ou Bioma Mata Atlântica engloba uma área de 1.306.000 km², cerca de 15% do território nacional, cobrindo total ou parcialmente 17 estados brasileiros.

• Corresponde a um mosaico de ecossistemas florsestais e outros ecossistemas associados (restingas, manguezais, etc.) que formavam um grande contínuo florestal à época do descobrimento do Brasil.

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Mata Atlântica• Esse bioma é um dos mais ricos do mundo em espécies da flora e da

fauna. Sua vegetação é bem diversificada e é representada pela peroba, ipê, quaresmeira, cedro, jambo, jatobá, imbaúba, jequitibá-rosa, jacarandá, pau-brasil, entre outras. Esses dois últimos foram os principais alvos da atividade madeireira, fato que ocasionou sua redução e quase extinção.

• Existe uma grande necessidade de políticas públicas para a preservação da Mata Atlântica, visto que da área original desse bioma (1,3 milhão de km2) só restam 52.000 Km2. Outro fator é a quantidade de espécies ameaçadas de extinção: das 200 espécies vegetais brasileiras ameaçadas, 117 são desse bioma. Conforme dados do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a Mata Atlântica abriga 383 dos 633 animais ameaçados de extinção no Brasil.

• A fauna possui várias espécies distintas, sendo várias delas endêmicas, ou seja, são encontradas apenas na Mata Atlântica. Entre os animais desse bioma estão: tamanduá, tatu-canastra, onça-pintada, lontra, mico-leão, macaco muriqui, anta, veado, quati, cutia, bicho-preguiça, gambá, monocarvoeiro, araponga, jacutinga, jacu, macuco, entre tantos outros.

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Mata Atlântica

• A mata atlântica originalmente percorria o litoral brasileiro de ponta a ponta. Estendia-se do Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul, e ocupava uma área de 1,3 milhão de quilômetros quadrados. Tratava-se da segunda maior floresta tropical úmida do Brasil, só comparável à Floresta Amazônica.

• Atualmente da segunda maior floresta brasileira restam apenas cerca de 5 % de sua extensão original. Em alguns lugares como no Rio Grande do Norte, nem vestígios. Hoje a maioria da área litorânea que era coberta pela Mata Atlântica é ocupada por grandes cidades, pastos e agricultura. Porém, ainda restam manchas da floresta na Serra do Mar e na Serra da Mantiqueira, no sudeste do Brasil.

• A Mata Atlântica compreende a região costeira do Brasil. Seu clima é equatorial ao norte e quente temperado sempre úmida ao sul, tem temperaturas médias elevadas durante o ano todo e não apenas no verão. A alta pluviosidade nessa região deve-se à barreira que a serra constitui para os ventos que sopram do mar. Seu solo é pobre e a topografia é bastante acidentada. No inteiror da mata, devido a densidade da vegetação, a luz é reduzida.

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Mata Atlântica• Os ventos úmidos que sopram do mar em direção ao interior do

continente ao subirem resfriam-se e perdem a umidade que possuem; o excesso condensa-se e se precipita, principalmente nas partes mais altas da serra, em forma de nevoeiro ou chuvas. Assim esses ambientes contém bastante umidade para sustentar as florestas consteiras, densas, com árvores de 20 a 30 metros de altura.Devido a densidade da vegetação arbórea, o sub-bosque é escuro, mal ventilado e úmido. Próximo ao solo existe pouca vegetação, devido à escassa quantidade de luz que consegue chegar aí.

• A destruição do solo e a retirada da floresta rompe com o sistema natural do ciclo de nutriente. A remoção da cobertura vegetal faz com que a superfície do solo seja mais aquecida. Esse aquecimento aumentará as oxidações da matéria orgânica que se transformam rapidamente em materiais inorgânicos, solúveis ou facilmente solubilizados. O solos deixam também de ser protegidos da erosão pelas chuvas. Estudos da Embrapa constatam que, dos 3,5 milhões de hectares de pastagens que substituiram a floresta, 500 mil se degradaram num intervalo de tempo de 12 anos, além das queimadas e carvoeiros instalados.

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Mata Atlântica

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Matas de Araucárias• A região das araucárias

principia no primeiro planalto, imediatamente a oeste da Serra do Mar, e estende-se pelos segundo e terceiro planaltos do Estado do Paraná e Laranjeiras do Sul, com associações florísticas da araucária.

• Insere-se às partes mais altas das montanhas do Sul, nos planaltos, onde ocorrem até altitudes médias de 600 a 800 m, e em alguns poucos lugares em que ultrapassam 1.000 m. O limite inferior destas matas situa-se entre 500 e 600 m nos estados do Sul.

• Localiza-se no sul do Brasil, estendendo-se pelos Estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

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Matas de Araucárias• No Planalto Meridional Brasileiro, com altitudes superiores a 500 m,

destaca-se a área de dispersão do pinheiro-do-paraná (Araucaria angustifolia), que já ocupou cerca de 2,6% do território nacional. Nestas florestas, coexistem representantes da flora tropical e temperada do Brasil, sendo dominadas, no entanto, pelo pinheiro-do-paraná. As florestas variam em densidade arbórea e altura da vegetação e podem ser classificadas, de acordo com aspectos de solo, como aluviais, (ao longo dos rios), submontanas (que já inexistem) e montanas (que dominavam a paisagem).

• A vegetação aberta dos campos gramíneo-lenhosos ocorre sobre solos rasos. Devido ao seu alto valor econômico, a Floresta com Araucária sofre, há bastante tempo, forte pressão de desmatamento.

• Outro fator que provocou a devastação foi a expansão da atividade agropecuária. Atualmente, a mata está praticamente extinta, podendo ser encontrada em reservas florestais públicas e em algumas encostas de morros (de difícil acesso para exploração).

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Matas de Araucárias

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Matas de Araucárias

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Pantanal

• O Pantanal, é um bioma constituído principalmente por uma savana estépica, alagada em sua maior parte, com 250 mil km² de extensão, altitude média de 100 metros, situado no sul de Mato Grosso e no noroeste de Mato Grosso do Sul (Brasil), além de do norte do Paraguai e leste da Bolívia (que é chamado de chaco boliviano), considerado pela UNESCO Patrimônio Natural Mundial e Reserva da Biosfera, localizado na região do Parque Nacional do Pantanal.

• Há um reduzido número de áreas pantanosas na região pantaneira. Além disso, tem poucas montanhas o que facilita o alagamento

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Pantanal

• Está dividido em duas regiões: Pantanal Sul ou Pantanal Maior (em Mato Grosso do Sul), por ter a maior área; e Pantanal Norte ou Pantanal Amazônico (em Mato Grosso), por se localizar na Amazônia Legal.

• O Pantanal é uma das maiores extensões (secas) contínuas do planeta. A região é uma planície pluvial influenciada por rios que drenam a bacia do Alto Paraguai, onde se desenvolve uma fauna e flora de rara beleza e abundância, influenciada por quatro grandes biomas: Amazônia, Cerrado, Chaco e Mata Atlântica.

• Sua constituição, única no planeta, é resultado da separação do oceano há milhões de anos, formando o que se pode chamar de mar interior. A planície é levemente ondulada, pontilhada por raras elevações isoladas, geralmente chamadas de serras e morros, e rica em depressões rasas.

• A fauna pantaneira é muito rica, provavelmente a mais rica do planeta. Há 650 espécies de aves (no Brasil inteiro estão catalogadas cerca de 1800).

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Pantanal• O rio Paraguai passa pela cidade de CáceresMato Grosso onde é conhecida

como "Princesinha do Rio Paraguai" e seus afluentes percorrem o Pantanal, formando extensas áreas inundadas que servem de abrigo para muitos peixes, como o pintado, o dourado, o pacu, e também para outros animais, como os jacarés, as capivaras e ariranhas. Muitos animais ameaçados de extinção em outras partes do Brasil ainda possuem populações vigorosas na região pantaneira, como o cervo-do-pantanal, a capivara, e o jacaré.

• Devido a baixa declividade desta planície no sentido norte-sul e leste-oeste, a água que cai nas cabeceiras do rio Paraguai, chega a gastar quatro meses ou mais para atravessar todo o Pantanal. Os ecossistemas são caracterizados por cerrados e cerradões sem alagamento periódico, campos inundáveis e ambientes aquáticos, como lagoas de água doce ou salobra, rios, vazantes e corixos.

• O clima é quente e úmido, no verão, e embora seja relativamente mais frio no inverno, continua apresentando grande umidade do ar devido à evapotranspiração associada à água acumulada no solo no horizonte das raízes durante o período de cheia. A maior parte dos solos do Pantanal é arenosa e suporta pastagens nativas utilizadas pelos herbívoros nativos e pelo gado bovino, introduzido pelos colonizadores da região.

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Pantanal

• O Pantanal é circundado, do lado brasileiro (norte, leste e sudeste) por terrenos de altitude entre 600 e 700 metros; estende-se a oeste até os contrafortes da cordilheira dos Andes e se prolonga ao sul pelas planícies pampeanas centrais.

• A chuva divide a vida em dois períodos bem distintos. Durante os meses da seca — de maio a outubro, aproximadamente — , a paisagem sofre mudanças radicais: no baixar das águas, são descoberto campos, bancos de areia, ilhas e os rios retomam seus leitos naturais, mas nem sempre seguindo o curso do período anterior.

• As primeiras chuvas da estação caem sobre um solo seco e poroso e são facilmente absorvidas. De novembro a abril as chuvas caem torrenciais nas cabeceiras dos rios da Bacia do Paraguai, ao norte. Com o constante umedecimento da terra, a planície rapidamente se torna verde devido à rebrotação de inúmeras espécies resistentes à falta d'água dos meses precedentes. Esse grande aumento periódico da rede hídrica no Pantanal, a baixa declividade da planície e a dificuldade de escoamento das águas pelo alagamento do solo, são responsáveis por inundações nas áreas mais baixas, formando baías de centenas de quilômetros quadrados, o que confere à região um aspecto de imenso mar interior.

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Pantanal

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Ecossistemas Costeiros

• O litoral brasileiro tem uma grande extensão, de cerca de 7.400 quilômetros, e é integrado por vários ecossistemas, além do oceano: praias, dunas, manguezais, restingas, falésias, recifes, ilhas, estuários, entre outros.

• A vegetação do litoral varia, à medida que se afasta do mar para o interior: nas dunas de praias, ocorrem plantas herbáceas, que são seguidas por uma vegetação tipo moitas; mais distante, podem ser encontradas árvores com maiores alturas. É comum, também, a presença de áreas de brejo e lagoas, entre dunas.

• Um dos ecossistemas costeiros de maior importância, devido à sua alta produtividade, é o manguezal.

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Manguezais

• O termo " Mangue " descreve as espécies vegetais que vivem no manguezal.

• O termo "Manguezal" descreve uma variedade de comunidades costeiras tropicais dominadas por espécies vegetais, arbóreas ou arbustivas que conseguem crescer em solos com alto teor de sal, ou seja, um terreno cheio de mangue (ecossistema)

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Manguezais

• São regiões próximas ao mar, que recebem tanto água salgada, pela ação das marés, como água doce dos rios que ali desembocam. É um ecossistema costeiro, de transição entre os ambientes terrestres e marinhos, característicos de regiões costeiras tropicais e subtropicais, estabelecendo-se nas zonas entre marés.

• O solo de lodo salgado e pouco arejado é rico em matéria orgânica e com baixo teor de oxigênio, onde desenvolvem-se plantas com adaptações muito especiais. Algumas têm raízes que permitem a fixação nesse tipo de solo, outras se protegem fora da água e absorvendo o oxigênio do ar.

• Apresentam uma grande variedade de espécies de micro-organismos, macro-algas, crustáceos e moluscos, adaptados ás constantes variações de salinidades e fluxo das marés. É o local favorável, à proteção, alimentação, reprodução e desova de muitos animais.

• Os manguezais são ecossistemas que devem ser preservados, pois além de contribuir para a produtividade das regiões costeiras, permitem a reprodução e a criação de espécies comercialmente importantes, como peixes, camarões e ostras.

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Manguezais

• O Manguezal é composto por plantas lenhosas, mas também existem espécies herbáceas epífitas e aquáticas. A maioria das angiospermas, típicas do manguezal apresentam reprodução por viviparidade (as sementes permanecem na árvore mãe até se transformarem em embriões), conhecidas como propágulos.

• No início da colonização do Brasil foi muito explorada pelos curtumes para tingir couro. Hoje tem sua exploração restrita e regulamentada, apesar da grande utilização pelas ceramistas artesãos do Espírito Santo, para tingimento e impermeabilização das panelas de barro e utensílios domésticos.

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Manguezais• Os manguezais são ecossistemas de grande importância no equilíbrio

ecológico, sendo um berçário favorável para o desenvolvimento de muitas espécies de animais e plantas.

• Vários produtos podem ser obtidos dos manguezais como remédios, álcool, adoçantes, óleos, tanino, etc... Sua área pode ser utilizada para turismo ecológico, educação ambiental, apicultura, piscicultura e criação de outras espécies marinhas, além de sua principal função que é o de ser berçário de várias espécies vegetais e animais.

• As áreas dos manguezais são, portanto, de extrema importância para as populações, uma vez que delas provém boa parte das proteínas (mariscos e peixes), tão essenciais para a subsistência.

• Alguns produtos vegetais fornecem compostos para as indústrias farmacêutica e cosméticos, que fazem uso de suas propriedades bactericidas e adstringentes na cura de várias moléstias comuns ao ambiente.

• O tanino, produto obtido da casca das árvores, serve para proteger as redes e as velas das embarcações.

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Manguezais

• Embora seja um ecossistema tropical, também pode ocorrer em climas temperados, sendo normalmente substituído por outros ecossistemas mais adequados às altas latitudes, como as marismas. Quanto a temperatura e a precipitação pluvial, as condições ideais para desenvolvimento dos manguezais estão próximas às seguintes:

Temperaturas médias acima de 20º C; Média das temperaturas mínimas não inferior a 15º C; Amplitude térmica anual menor que 5º C;* Precipitação pluvial acima de 1.500 mm/ano, sem prolongados

períodos de seca. * Este item ainda esta sobre estudo, pois há manguezais bem

representativos com maiores amplitudes térmicas.

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Manguezais

• A salinidade intersticial é um parâmetro de grande importância uma vez que pode interferir no desenvolvimento de plantas, altura das árvores e diminuição das folhas. As espécies vegetais dos manguezais são plantas halófitas, próprias de ambientes salinos. Embora essas plantas possam se desenvolver em ambientes livres da presença do sal, em tais condições não ocorre formação de bosques, pois perdem espaço na competição com plantas de crescimento rápido, melhor adaptadas à presença de água doce.

• As espécies constituintes dos manguezais correspondem a um número limitado de famílias (umas 13) que compreendem de 18 a 20 gêneros. Cada gênero pode estar representado por uma ou por várias espécies e neste último caso as espécies diferem morfologicamente pouco entre si.

• As espécies variam latitudinalmente, em decorrência do clima e índices pluviométricos.