IDADE MÍNIMA PARA CANDIDATAR-SE AOS CARGOS ELETIVOS

I. NA CONSTITUIÇÃO

Estão previstas no artigo 14, § 3º, VI da Constituição Federal as idades mínimas para candidatar-se. O documento elenca os critérios etários em 35 anos para Presidente, Vice-Presidente, Senador, 30 anos para Governador e Vice-Governador, 21 anos para Deputado Estadual, Prefeito, Vice-Prefeito e juiz de paz e 18 anos para Vereador. A Idade mínima é exigida como condição de elegibilidade, não havendo qualquer limite mínimo estabelecido para a substituição ou sucessão.

II. NA REFORMA POLÍTICA - PROPOSTA E VOTO

A reforma política contemplava a possibilidade de mudança da idade mínima para se candidatar a cargos eletivos. Pela proposta, jovens de 18 anos poderão ser deputados federais ou estaduais e aqueles de, no mínimo, 29 anos tornam-se elegíveis para os cargos de Governador, Vice-Governador e Senador.

Em 2015, a Câmara aprovou, por 337 votos a 73, a redução da idade mínima para candidatos a senador (de 35 para 29 anos), deputado federal e estadual (de 21 para 18 anos) e governador (de 30 para 29 anos). Os parlamentares mantiveram em 21 anos a idade mínima para o cargo de Prefeito e em 18 anos para Vereador.

III. CRÍTICAS E ELOGIOS

A medida, assim como todos os outros pontos da reforma, estabelece disparidades de opiniões. Os elogios se localizam no defendido pelo deputado Carlos Sampaio, do PSDB, que acredita que a redução é coerente com o objetivo de engajar mais jovens na política. Afirma ele que os jovens de hoje detêm informações, clareza de posicionamento político e, assim, não teria sentido vetar a proposta. Se a sociedade quer os jovens na vida política, deve ser dado a ele o poder de exercitá-la na prática.

Na contramão, o deputado Sarney Filho, do PV, teceu críticas fundamentando-se na ideia de que a Câmara tem tomado atitudes contrárias à proposta em destaque, como o aumento da aposentadoria para 75 anos. O parlamentar questiona a eficácia do mandato de um eleito de 18 anos, que em seus dizeres, coloca como um “menino” ainda. Além desse, Luiz Carlos Hauly, do PSDB, defende que o jovem dessa idade é muito novo para assumir um mandato parlamentar, dizendo ainda que o lugar destes jovens é na escola. Para o deputado, a legislação atual melhor se adéqua à realidade nacional.