ias_07_demonstracao de fluxos de caixa

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  • 8/2/2019 IAS_07_Demonstracao de Fluxos de Caixa

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    13.10.2003 PT L 261/31Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    NORMA INTERNACIONAL DE CONTABILIDADE NIC 7(REVISTA EM 1992)

    Demonstraes de Fluxos de Caixa

    Esta Norma Internacional de Contabilidade revista substitui a NIC 7, Demonstrao de Alteraes na PosioFinanceira, aprovada pelo Conselho em Outubro de 1977. A Norma revista entrou em vigor para as demonstraesfinanceiras que cubram a perodos que comecem em ou aps 1 de Janeiro de 1994.

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    L 261/32 PT 13.10.2003Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    NDICE

    Pargrafos

    Objectivo

    mbito 1-3

    Benefcios da Informao dos Fluxos de Caixa 4-5

    Definies 6-9

    Caixa e Equivalentes de Caixa 7-9

    Apresentao de uma Demonstrao de Fluxos de Caixa 10-17

    Actividades Operacionais 13-15

    Actividades de Investimento 16

    Actividades de Financiamento 17

    O relato de Fluxos de Caixa das Actividades Operacionais 18-20

    O relato de Fluxos de Caixa das Actividades de Investimento e de Financiamento 21

    O relato de Fluxos de Caixa numa Base Lquida 22-24

    Fluxos de Caixa de Moeda Estrangeira 25-28

    Itens Extraordinrios 29-30

    Juros e Dividendos 31-34

    Impostos sobre o Rendimento 35-36

    Investimentos em Subsidirias, em Associadas e em Empreendimentos Conjuntos 37-38

    Aquisies e Alienaes de Subsidirias e de outras Unidades Empresariais 39-42

    Transaces que no sejam por Caixa 43-44

    Componentes de Caixa e seus Equivalentes 45-47

    Outras Divulgaes 48-52

    Data de Eficcia 53

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    13.10.2003 PT L 261/33Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    As Normas, que foram impressas em tipo itlico cheio, devem ser lidas no contexto do material de fundo e daorientao de implementao nesta Norma e no contexto do Prefcio s Normas Internacionais de Contabilidade. AsNormas Internacionais de Contabilidade no se destinam a ser aplicadas a itens imateriais (ver o pargrafo 12 doPrefcio).

    OBJECTIVO

    A informao acerca dos fluxos de caixa de uma empresa til ao proporcionar aos utentes das demonstraesfinanceiras uma base para determinar a capacidade da empresa para gerar dinheiro e equivalentes e determinar asnecessidades da empresa de utilizar esses fluxos de caixa. As decises econmicas que sejam tomadas pelos utentesexigem uma avaliao da capacidade de uma empresa de gerar dinheiro e seus equivalentes e a tempestividade ecerteza da sua gerao.

    O objectivo desta Norma o de exigir o fornecimento de informao acerca das alteraes histricas de caixa e seusequivalentes de uma empresa por meio de uma demonstrao de fluxos de caixa que classifique os fluxos de caixadurante os perodos provenientes das actividades operacionais, de investimento e de financiamento.

    MBITO

    1. Uma empresa deve preparar uma demonstrao de fluxos de caixa de acordo com os requisitos desta Normae deve apresent-la como parte integrante das suas demonstraes financeiras de cada perodo em que soapresentadas demonstraes financeiras.

    2. Esta Norma substitui a IAS 7, Demonstrao das Variaes na Posio Financeira, aprovada em Julho de1977.

    3. Os utentes das demonstraes financeiras de uma empresa esto interessados em como a empresa gera e usao dinheiro e os seus equivalentes. este o caso qualquer que seja a natureza das actividades da empresa eindependentemente de o dinheiro poder ser visto ou no como o produto da empresa, como seja o caso deuma instituio financeira. As empresas necessitam de dinheiro essencialmente pelas mesmas razes, mesmodiferentes que possam ser as suas actividades principais de produo de rditos. Elas necessitam de dinheiropara conduzir as suas operaes, para pagar as suas obrigaes e para proporcionar retornos aos seusinvestidores. Concordantemente, esta Norma exige que todas as empresas apresentem uma demonstrao defluxos de caixa.

    BENEFCIOS DA INFORMAO DO FLUXO DE CAIXA

    4. Uma demonstrao de fluxos de caixa, quando usada juntamente com o restante das demonstraesfinanceiras, proporciona informao que facilita aos utentes avaliar as alteraes nos activos lquidos de umaempresa, a sua estrutura financeira (incluindo a sua liquidez e solvncia) e a sua capacidade de afectar asquantias e a tempestividade dos fluxos de caixa afim de se adaptar s circunstncias e oportunidades emmudana. A informao de fluxos de caixa til na determinao da capacidade da empresa de gerar dinheiroe seus equivalentes e facilitar aos utentes desenvolver modelos para determinar e comparar o valor presentedos fluxos de caixa futuros de diferentes empresas. Aumenta tambm a comparabilidade do relato dodesempenho operacional por diferentes empresas porque elimina os efeitos do uso de diferentes tratamentos

    contabilsticos para as mesmas operaes e acontecimentos.

    5. A informao do fluxo de caixa histrico muitas vezes usada comoum indicador da quantia, tempestividadee certeza de fluxos de caixa futuros. tambm usada na verificao do rigor de avaliaes passadas de fluxosde caixa futuros e no exame do relacionamento entre lucratividade e fluxo de caixa lquido e no impacto devariaes de preos.

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    L 261/34 PT 13.10.2003Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    DEFINIES

    6. Nesta Norma so usados os termos seguintes com os significados especificados:

    Caixa compreende o dinheiro em caixa e em depsitos ordem.

    Equivalentes de caixa (dinheiro) so investimentos a curto prazo, altamente lquidos que sejam prontamenteconvertveis para quantias conhecidas de dinheiro e que estejam sujeitos a um risco insignificante dealteraes de valor.

    Fluxos de caixa so influxos (recebimentos, entradas) e exfluxos (pagamentos, sadas) de caixa e seusequivalentes.

    Actividades operacionais so as principais actividades produtoras de rdito da empresa e outras actividadesque no sejam de investimento ou de financiamento.

    Actividades de investimento so a aquisio e alienao de activosa longo prazo e de outros investimentosno includos em equivalentes de caixa.

    Actividades de financiamento so as actividades que tm como consequncia alteraes na dimenso ecomposio do capital prprio e nos emprstimos obtidos pela empresa.

    Caixa e Equivalentes de Caixa

    7. Os equivalentes de caixa so detidos com a finalidade de ir ao encontro dos compromissos de caixa a curtoprazo e no para investimento ou outros propsitos. Para um investimento se qualificar como um equivalentede caixa ele tem de ser prontamente convertvel para uma quantia conhecida de dinheiro e estar sujeito a umrisco insignificante de alteraes de valor. Por isso, um investimento s se qualifica normalmente como umequivalente de caixa quando tiver um vencimento a curto prazo, seja trs meses ou menos a partir da data deaquisio. Os investimentos de capital prprio so excludos dos equivalentes de caixa a menos que sejam,em substncia, equivalentes de caixa, por exemplo no caso de aces preferenciais adquiridas dentro de umcurto perodo do seu vencimento e com uma data especfica de remio.

    8. Os emprstimos bancrios obtidos so geralmente considerados como actividades de financiamento. Porm,em alguns pases, os saques a descoberto (overdrafts) que sejam reembolsveis ordem formam uma parteintegrante da gesto de caixa de uma empresa. Nestas circunstncias, os saques a descoberto so includoscomo um componente de caixa e seus equivalentes. Uma caracterstica de tais acordos bancrios a de que osaldo de bancos flutua muitas vezes de positivo a descoberto.

    9. Os fluxos de caixa excluem movimentos entre itens que constituam caixa e seus equivalentes porque estes

    componentes so parte da gesto de caixa de uma empresa e no parte das suas actividades operacionais, deinvestimento e de financiamento. A gesto de caixa inclui o investimento de excessos de caixa e nosequivalentes de caixa.

    APRESENTAO DE UMA DEMONSTRAO DE FLUXOS DE CAIXA

    10. A demonstrao de fluxos de caixa deve relatar os fluxos de caixa durante o perodo classificados poractividades operacionais, de investimento e de financiamento.

    11. Uma empresa apresenta os seus fluxos de caixa das actividades operacionais, de investimento e definanciamento da maneira que seja mais apropriada para os seus negcios. A classificao por actividades

    proporciona informao que permite aos utentes determinar o impacto dessas actividades na posiofinanceira da empresa e nas quantias de caixa e seus equivalentes. Esta informao pode ser tambm usadapara avaliar as relaes entre estas actividades.

    12. Uma nicaoperao pode incluir fluxosde caixa que sejam classificados diferentemente. Por exemplo, quandoo reembolso de um emprstimo inclua quer juros quer capital, oelemento juro pode ser classificado comouma actividade operacional e o elemento capital classificado como uma actividade de financiamento.

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    13.10.2003 PT L 261/35Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    Actividades Operacionais

    13. A quantia de fluxos de caixa proveniente de actividades operacionais um indicador chave da medida em queas operaes da empresa geraram fluxos de caixa suficientes para pagar emprstimos, manter a capacidade

    operacional da empresa, pagar dividendos e fazer novos investimentos, sem recurso a fontes externas definanciamento. A informao acerca dos componentes especficos dos fluxos de caixa operacionais histricos til, juntamente com outra informao, na previso de futuros fluxos de caixa operacionais.

    14. Os fluxos de caixa das actividades operacionais so principalmente derivados dasprincipais actividadesgeradoras de rditos da empresa. Por isso, elas so geralmente consequncia das operaes e outrosacontecimentos que entram na determinao dos resultados lquidosda empresa. Exemplos de fluxos de caixade actividades operacionais so:

    (a) recebimentos de caixa provenientes da venda de bens e da prestao de servios;

    (b) recebimentos de caixa provenientes de royalties, honorrios, comisses e outros rditos;

    (c) pagamentos de caixa a fornecedores de bens e servios;

    (d) pagamentos de caixa a e a favor de empregados;

    (e) recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de uma empresa seguradora relativos a prmios ereclamaes, anuidades e outros benefcios derivados das aplices de seguros;

    (f) pagamentos de caixa ou restituies de impostos sobre o rendimento a menos que possam serespecificamente identificados com as actividades de financiamento e de investimento; e

    (g) recebimentos de caixa e pagamentos de caixa de contratos detidos para fins negociais ou comerciais.

    Algumas transaces, tais como a venda de um item de uma fbrica, podem dar origem a um ganho ou auma perda que seja includa na determinao do resultado lquido. Porm. os fluxos de caixa relacionadoscom tais operaes so fluxos de caixa de actividades de investimento.

    15. Uma empresa pode deter ttulos e emprstimos para fins negociais ou comerciais, situao em que sosimilares a inventrios adquiridos especificamente para revenda. Por isso, os fluxos de caixa provenientes dacompra e venda de ttulos para negociar ou comercializar so classificados como actividades operacionais. Deforma semelhante, os adiantamentos de caixa e emprstimos feitos por instituies financeiras so geralmenteclassificados como actividades operacionais desde que se relacionem com as principais actividades geradorasde rdito dessa empresa.

    Actividades de Investimento

    16. A divulgao separada dos fluxos de caixa provenientes das actividades de investimento importante porqueos fluxos de caixa representam a extenso pela qual os dispndios foram feitos relativamente a recursosdestinados a gerar rendimento e fluxos de caixa futuros. So exemplos de fluxos de caixa provenientes de

    actividades de investimento:

    (a) pagamentos de caixa para aquisio de activos fixos tangveis, intangveis e outros activos a longo prazo.Estes pagamentos incluem os relacionados com custos de desenvolvimento capitalizados e activos fixostangveis auto-construdos;

    (b) recebimentos de caixa por vendas de activos fixos tangveis, intangveis e outros activos a longo prazo;

    (c) pagamentos de caixa para aquisio de instrumentos de capital prprio ou de dvida de outras empresase de interesses em empreendimentos conjuntos (que no sejam pagamentos dos instrumentosconsiderados como sendo equivalentes de caixaou dos detidos para fins negociveis ou comercializveis);

    (d) recebimentos de caixa de vendas de instrumentos de capital prprio ou de dvida de outras empresas ede interesses em empreendimentos conjuntos (que no sejam recebimentos dos instrumentos

    considerados como equivalentes de caixa e dos detidos para fins de negociao ou de comercializao);

    (e) adiantamentos de caixa e emprstimos feitos a outras partes (que no sejam adiantamentos eemprstimos feitos por uma instituio financeira);

    (f) recebimentos de caixa provenientes do reembolso de adiantamentos e de emprstimos feitos a outraspartes (que no sejam adiantamentos e emprstimos de uma instituio financeira);

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    L 261/36 PT 13.10.2003Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    (g) pagamentos de caixa para contratos de futuros, contratos de forwards, contratos de opo e contratosde swap excepto quando os contratos sejam mantidos para fins de negociao ou de comercializao,ou os pagamentos sejam classificados como actividades de financiamento; e

    (h) recebimentos de caixa de contratos de futuros, contratos forwards, contratos de opo e contratos deswap, excepto quando os contratos sejam mantidos para fins de negociao ou de comercializao, ouos recebimentos sejam classificados como actividades de financiamento.

    Quando um contrato for registado como cobertura de uma posio identificvel, os fluxos de caixa docontrato sero classificados da mesma maneira que os fluxos de caixa da posio que esteja a ser coberta.

    Actividades de Financiamento

    17. A divulgao separada de fluxos de caixa provenientes das actividades de financiamento importante porque til na predio de reivindicaes futuras de fluxos de caixa pelos fornecedores de capitais empresa. So

    exemplos de fluxos de caixa provenientes de actividades de financiamento:

    (a) proventos de caixa provenientes da emisso de aces ou de outros instrumentos de capital prprio;

    (b) pagamentos de caixa a detentores para adquirir ou remir as aces da empresa;

    (c) entradas de caixa provindas da emisso de certificados de dvida, emprstimos, livranas, obrigaes,hipotecas e outros emprstimos obtidos a curto ou longo prazo;

    (d) reembolsos de caixa de quantias de emprstimos obtidos; e

    (e) pagamentos de caixa por um locatrio para a reduo de uma dvida em aberto relacionada com uma

    locao financeira.

    O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES OPERACIONAIS

    18. Uma empresa deve relatar os fluxos de caixa provenientes de actividades operacionais usando um dos dois:

    (a) o mtodo directo, pelo qual, so divulgadas as principais classes dos recebimentos de caixa brutos edos pagamentos de caixa brutos; ou

    (b) o mtodo indirecto, pelo qual o resultado lquido ajustado pelos efeitos de transaces de naturezaque no sejam por caixa, de quaisquer diferimentos ou acrscimos de recebimentos a pagamentos de

    caixa operacionais passados ou futuros, e itens de rdito ou gasto associados com fluxos de caixa deinvestimento ou de financiamento.

    19. As empresas so encorajadas a relatar fluxos de caixa de actividades operacionais usando o mtodo directo.Este mtodo proporciona informao que pode ser til na estimativa de fluxos de caixa futuros e que no disponibilizada pelo mtodo indirecto. Pelo mtodo directo, a informao acerca das principais classes derecebimentos brutos (de caixa) e de pagamentos brutos (de caixa) pode ser obtida quer:

    (a) a partir dos registos contabilsticos da empresa; quer

    (b) pelo ajustamento de vendas, custo das vendas (juros e rditos similares e juros e encargos similares parauma instituio financeira) e outros itens da demonstrao dos resultados relativamente a:

    (i) alteraes durante o perodo em inventrios e dvidas a receber e a pagar operacionais;

    (ii) outros itens que no sejam de caixa; e

    (iii) outros itens pelos quais os efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de investimento ou definanciamento.

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    13.10.2003 PT L 261/37Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    20. Pelo mtodo indirecto, o fluxo de caixa lquido das actividades operacionais determinado pelo ajustamentodo resultado lquido relativamente aos efeitos de:

    (a) alteraes, durante o perodo em inventrios e dvidas operacionais a receber e a pagar;

    (b) itens que no sejam por caixa tais como depreciaes, provises, impostos diferidos, perdas e ganhosno realizados de moeda estrangeira, lucros de associadas no distribudos e interesses minoritrios; e

    (c) todos os outros itens quanto aos quais os efeitos de caixa sejam fluxos de caixa de investimento ou definanciamento.

    Alternativamente, o fluxo de caixa lquido das actividades operacionais pode ser apresentado pelo mtodoindirecto ao mostrar-se os rditos e os gastos divulgados na demonstrao dos resultados e as alteraesdurante o perodo em inventrios e em dvidas a receber e a pagar operacionais.

    O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA DAS ACTIVIDADES DE INVESTIMENTO E DE FINANCIAMENTO

    21. Uma empresa deve relatar separadamente as principais classes dos recebimentos brutos (de caixa) e dospagamentos brutos (de caixa) provenientes das actividades de investimento e de financiamento, excepto atao ponto em que os fluxos de caixa descritos nos pargrafos 22 e 24 sejam relatados numa base lquida.

    O RELATO DE FLUXOS DE CAIXA NUMA BASE LQUIDA

    22. Os fluxos de caixa provenientes das actividades operacionais, de investimento e de financiamento seguintespodem ser relatados numa base lquida:

    (a) recebimentos e pagamentos (de caixa) por conta de clientes quando o fluxo de caixa reflicta asactividades do cliente e no os da empresa; e

    (b) recebimentos e pagamentos (de caixa) dos itens em que a rotao seja rpida, as quantias sejamgrandes e os vencimentos sejam curtos.

    23. Exemplos de recebimentos e pagamentos (de caixa) referidos no pargrafo 22 (a) so:

    (a) a aceitao e o reembolso de depsitos ordem de um banco;

    (b) os fundos detidos para clientes por uma empresa de investimentos; e

    (c) rendas cobradas por conta de, e pagas a, possuidores de propriedades.

    So exemplos de recebimentos (de caixa) e pagamentos (de caixa) referidos no pargrafo 22 (b) osadiantamentos feitos a, e o reembolso de:

    (a) as quantias de capital relacionadas com clientes de cartes de crdito;

    (b) a compra e a venda de investimentos financeiros; e

    (c) outros emprstimos obtidos a curto prazo, como, por exemplo, os que tenham um perodo dematuridade de trs meses ou menos.

    24. Os fluxos de caixa de uma instituio financeira provenientes de cada uma das actividades seguintespodem ser relatados numa base lquida:

    (a) recebimentos e pagamentos (de caixa) provenientes da aceitao e reembolso de depsitos com umadata fixada de maturidade;

    (b) a colocao de depsitos em, e o levantamento de depsitos de outras instituies financeiras; e

    (c) adiantamentos de caixa e emprstimos feitos a clientes e o reembolso desses adiantamentos eemprstimos.

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    FLUXOS DE CAIXA DE MOEDA ESTRANGEIRA

    25. Os fluxos de caixa resultantes de transaces em moeda estrangeira devem ser registados na moedafuncional de uma entidade mediante a aplicao quantia em moeda estrangeira da taxa de cmbio entre amoeda funcional e a moeda estrangeira data do fluxo de caixa.

    26. Os fluxos de caixa de uma subsidiria estrangeira devem ser transpostos s taxas de cmbio entre amoeda funcional e a moeda estrangeira s datas dos fluxos de caixa.

    27. Os fluxos de caixa denominados numa moeda estrangeira so relatados de maneira consistente com a IAS 21,Contabilizao dos Efeitos de Alteraes nas Taxas de Cmbio. Esta permite o uso de uma taxa de cmbio que seaproxime da taxa real. Por exemplo, uma taxa de cmbio mdia ponderada de um perodo pode ser usada pararegistar transposies de moeda estrangeira ou a transposio dos fluxos de caixa de uma subsidiria estrangeira.Porm, a IAS 21 no permite o uso da taxa de cmbio data do balano quando sejam transpostos os fluxos decaixa de uma subsidiria estrangeira.

    28.Os ganhos e as perdas no realizados provenientes de alteraes de taxas de cmbio de moeda estrangeira noso fluxos de caixa. Porm, o efeito das alteraes das taxas de cmbio sobre caixa e seus equivalentes detidos

    ou devidos numa moeda estrangeira relatado na demonstrao dos fluxos de caixa a fim de reconciliar caixa eseus equivalentes no comeo e no fim do perodo. Esta quantia apresentada separadamente da dos fluxos decaixa das actividades operacionais, de investimento e de financiamento e inclui as diferenas, se as houver, casoesses fluxos de caixa tivessem sido relatados s taxas de cmbio do fim do perodo.

    ITENS EXTRAORDINRIOS

    29. (eliminado)

    30. (eliminado)

    JUROS E DIVIDENDOS

    31. Cada um dos fluxos de caixa de juros e dividendos recebidos e pagos deve ser separadamente divulgado.Cada um deve ser classificado de maneira consistente de perodo a perodo quer como actividadeoperacional, de investimento ou de financiamento.

    32. A quantia total de juros pagos durante um perodo deve ser divulgada na demonstrao de fluxos de caixa quertenha sido reconhecida como um gasto na demonstrao dos resultados quer tenha sido capitalizada de acordocom o tratamento alternativo da IAS 23,Custos de Emprstimos Obtidos.

    33. Os juros pagos e os juros e dividendos recebidos so geralmente classificados como fluxos de caixa operacionaisquanto a uma instituio financeira. Porm, no h consenso sobre a classificao destes fluxos de caixa paraoutras empresas. Os juros pagos e juros e dividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixaoperacionais porque entram na determinao do resultado lquido. Alternativamente os juros pagos e os juros edividendos recebidos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento e fluxos de caixa deinvestimento respectivamente porque so custos de obteno de recursos financeiros ou retornos do investimento.

    34. Os dividendos pagos podem ser classificados como fluxos de caixa de financiamento porque so um custo daobteno de recursos financeiros. Alternativamente, os dividendos pagos podem ser classificados como umcomponente de fluxo de caixa das actividades operacionais a fim de ajudar os utentes a determinar a capacidadede uma empresa de pagar dividendos a partir dos fluxos de caixa operacionais.

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    13.10.2003 PT L 261/39Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    IMPOSTOS SOBRE O RENDIMENTO

    35. Os fluxos de caixa provenientes de impostos sobre o rendimento devem serdivulgados separadamente

    devendo ser classificados como fluxos de caixa de actividades operacionais a menos que possam serespecificamente identificados com as actividades de financiamento e de investimento.

    36. Os impostos sobre o rendimento provmde transaces que do origem a fluxos de caixa que so classificadoscomo actividades operacionais, de investimento ou de financiamento numa demonstrao de fluxos de caixa.Enquanto o gasto de impostos pode ser prontamente identificvel com as actividades de financiamento ou deinvestimento, os fluxos de caixa relacionados com impostos so muitas vezes de identificao impraticvelpodendo surgir num perodo diferente dos fluxos de caixa da operao subjacente. Por isso, os impostospagos so geralmente classificados como fluxos de caixa das actividades operacionais. Porm, quando forpraticvel identificar o fluxo de caixa de impostos com transaces individuais que do origem a fluxos decaixa que so classificados como actividades de investimento ou de financiamento, o fluxo de caixa deimpostos classificado como uma actividade de investimento ou de financiamento como for apropriado.Quando os fluxos de caixa de impostos forem imputados a mais do que uma classe de actividade, deve serdivulgada a quantia total de impostos pagos.

    INVESTIMENTOS EM SUBSIDIRIAS, EM ASSOCIADAS E EM EMPREENDIMENTOS CONJUNTOS

    37. Quando se contabilizar um investimento numa associada ou numa subsidiria contabilizado pelo uso domtodo da equivalncia patrimonial ou pelo mtodo do custo, uma investidora restringe o seu relato nademonstrao de fluxo de caixa aos fluxos de caixa entre ela prpria e a investida, como por exemplo, aosdividendos e adiantamentos.

    38. Uma empresa que relate os seus interesses numa entidade conjuntamente controlada (ver IAS 31, RelatoFinanceiro de Interesses em Empreendimentos Conjuntos) usando a consolidao proporcional, incluir nasua demonstrao consolidada de fluxos de caixa a sua parte proporcional dos fluxos de caixa da entidadeconjuntamente controlada. Uma empresa que relate tal interesse usando o mtodo da equivalncia patrimonial

    inclui na sua demonstrao de fluxos de caixa os fluxos de caixa que respeitem aos seus investimentos naentidade conjuntamente controlada, e distribuies e outros pagamentos ou recebimentos entre ela e aentidade conjuntamente controlada.

    AQUISIES E ALIENAES DE SUBSIDIRIAS E DE OUTRAS UNIDADES EMPRESARIAIS

    39. Os fluxos de caixa agregados provenientes de aquisies e de alienaes de subsidirias ou de outrasunidades empresariais devem ser apresentados separadamente e classificados como actividades deinvestimento.

    40. Uma empresa deve divulgar, agregadamente, no que respeita tanto a aquisies como a alienaes desubsidirias ou de outras unidades empresariais durante o perodo cada um dos seguintes pontos:

    (a) a retribuio total da compra ou da alienao;

    (b) a parte da retribuio da compra ou da alienao liquidada por meio de caixa e seus equivalentes;

    (c) a quantia de caixa e seus equivalentes na subsidiria ou na unidade empresarial adquirida oualienada; e

    (d) a quantia dos activos e passivos que no sejam caixa ou seus equivalentes na subsidiria ou unidadeempresarial adquirida ou alienada, resumida por cada categoria principal.

    41. A apresentao separada dos efeitos dos fluxos de caixa de aquisies e de alienaes de subsidirias e deoutras unidades empresariais em linhas de itens autnomas juntamente com a divulgao separada dasquantias dos activos e de passivos adquiridos ou disponibilizados, contribui para distinguir esses fluxos decaixa dos fluxos de caixa provenientes das outras actividades de investimento e de financiamento. Os efeitosdos fluxos de caixa de alienaes no so deduzidos dos das aquisies.

    42. A quantia agregada de dinheiro pago ou recebido como retribuio de compra ou de venda relatada nademonstrao de fluxos de caixa, pelo lquido de caixa e seus equivalentes adquiridos ou alienados.

  • 8/2/2019 IAS_07_Demonstracao de Fluxos de Caixa

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    L 261/40 PT 13.10.2003Jornal Oficial da Unio Europeia

    NIC 7

    TRANSACES QUE NO SEJAM POR CAIXA

    43. As transaces de investimento e de financiamento que no exijam o uso de caixa ou seus equivalentes

    devem ser excludas de uma demonstrao de fluxos de caixa. Tais operaes devem ser divulgadas noutraparte das demonstraes financeiras de tal maneira que proporcionem toda a informao relevante acercadas actividades de investimento e de financiamento.

    44. A maior parte das actividades de financiamento e de investimento no tem um impacto directo nos fluxoscorrentes de caixa se bem que afectam a estrutura do capital e do activo da empresa. A excluso dastransaces que no sejam de caixa da demonstrao de fluxos de caixa consistente com o objectivo de umademonstrao do fluxo de caixa porque esses elementos no envolvem fluxos de caixa no perodo corrente.Exemplos de operaes que no sejam de caixa so:

    (a) a aquisio de activos quer pela assuno de passivos directamente relacionados ou por meio de umalocao financeira;

    (b) a aquisio de uma empresa por meio de uma emisso de capital; e

    (c) a converso de dvida em capital.

    COMPONENTES DE CAIXA E SEUS EQUIVALENTES

    45. Uma empresa deve divulgar os componentes de caixa e seus equivalentes e deve apresentar umareconciliao das quantias includas na sua demonstrao de fluxos de caixa com os itens equivalentesrelatados no balano.

    46. Devido variedade das prticas de gesto de caixa e de acordos bancrios em todo o mundo e a fim de haverconformidade com a IAS 1, Divulgao das Polticas Contabilsticas, uma empresa divulga a poltica que

    adopta na determinao da composio de caixa e seus equivalentes.

    47. O efeito de qualquer alterao na poltica de determinao dos componentes de caixa e seus equivalentes,como, por exemplo, uma alterao na classificao de instrumentos financeiros anteriormente consideradoscomo sendo parte da carteira de investimentos de uma empresa, ser relatado de acordo com a IAS 8,Resultado Lquido do Perodo, Erros Fundamentais e Alteraes nas Polticas Contabilsticas.

    OUTRAS DIVULGAES

    48. Uma empresa deve divulgar, juntamente com um comentrio da gerncia, a quantia dos saldossignificativosde caixa e seus equivalentes detidos pela empresa que no estejam disponveis para uso do grupo.

    49. H vrias circunstncias em que os saldos de caixa e seus equivalentes detidos por uma empresa no estodisponveis para uso do grupo. Exemplos incluem saldos de caixa e seus equivalentes detidos por umasubsidiria que opere num pas onde se apliquem controlos sobre trocas monetrias ou outras restrieslegais quando os saldos no estejam disponveis para uso geral pela empresa me ou outras subsidirias.

    50. Pode ser relevante informao adicional para os utentes para compreenso da posio financeira e liquidez deuma empresa. Encoraja-se a divulgao desta informao, juntamente com um comentrio da gerncia,podendo incluir:

    (a) a quantia das facilidades de emprstimos obtidos no usados que possa estar disponvel para actividadesoperacionais futuras e para liquidar compromissos de capital, indicando quaisquer restries no usodestas facilidades;

    (b) as quantias agregadas dos fluxos de caixa de cada uma das actividades operacionais, de investimento ede financiamento relacionadas com interesses em empreendimentos conjuntos relatados pelo uso daconsolidao proporcional;

    (c) a quantia agregada de fluxos de caixa que representem aumentos na capacidade operacionalseparadamente dos fluxos de caixa que sejam exigidos para manter a capacidade operacional; e

  • 8/2/2019 IAS_07_Demonstracao de Fluxos de Caixa

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    13.10.2003 PT L 261/41Jornal Oficial da Unio Europeia

    (d) a quantia dos fluxos de caixa provenientes das actividades operacionais, de investimento e definanciamento de cada segmento industrial e geogrfico relatado (ver IAS 14, Relato Financeiro porSegmentos).

    51. til a divulgao separada de fluxos de caixa que representem aumentos na capacidade operacional e fluxosde caixa que sejam exigidos para manter a capacidade operacional pois facilita ao utente determinar se aempresa est a investir adequadamente na manuteno da sua capacidade operacional. Uma empresa que noinvista adequadamente na manuteno da sua capacidade operacional pode prejudicar a lucratividade futuraa favor da liquidez corrente e distribuies a detentores.

    52. A divulgao de fluxos de caixa por segmentos facilita aos utentes a obteno de melhor compreenso darelao entre os fluxos de caixa da empresa como um todo e os fluxos das suas partes componentes e adisponibilidade e a variabilidade dos fluxos de caixa por segmentos.

    DATA DE EFICCIA

    53. Esta Norma Internacional de Contabilidade torna-se operativa para as demonstraes financeiras quecubram os perodos que comecem em ou aps 1 de Janeiro de 1994.