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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL EM PROJETOS DE INCLUSÃO DIGITAL – TELECENTROS DE SÃO PAULO Relatório Final 1 Participantes: Alexandre Henriksen Hugo Segre Lucas Borges Samuel Souto Tutora: Isabel de Meiroz Dias

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UNIVERSIDADE DE SÃO PAULOFACULDADE DE ECONOMIA,

ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE

FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL EM PROJETOS DE INCLUSÃO DIGITAL – TELECENTROS DE SÃO

PAULORelatório Final

São Paulo, 14 de maio de 2006.

1

Participantes:

Alexandre HenriksenHugo SegreLucas BorgesSamuel Souto

Tutora:Isabel de Meiroz Dias

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ÍNDICE

A. SUMÁRIO EXECUTIVO..........................................................................................4

B. RELATÓRIO DE ATIVIDADES.............................................................................6

I. INTRODUÇÃO.....................................................................................................6Inclusão Digital – entendendo o problema...............................................................6O Projeto...................................................................................................................6

II. METODOLOGIA DE TRABALHO....................................................................7Identificação do Problema........................................................................................7Caminhos e Soluções.................................................................................................7Metodologia Interna de Trabalho do Grupo.............................................................8

III. RESULTADOS.....................................................................................................8IV. POPULAÇÃO ENVOLVIDA...............................................................................9V. CONHECIMENTOS TRABALHADOS..............................................................9VI. QUESTÕES AOS MEMBROS DO PESC...........................................................9

Reflexão sobre o que significou participar desse projeto.........................................9A expectativa dos resultados pessoais foi alcançada?............................................10Escrever um parágrafo sobre o que foi o trabalho (para colocar no site).............11

VII. HISTÓRICO DO CRONOGRAMA...................................................................11O que foi previsto e o que foi realizado..................................................................11Cronograma do projeto e suas reformulações........................................................12

VIII.ORÇAMENTO....................................................................................................14IX. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................14X. RECOMENDAÇÕES DO PROJETO À ENTIDADE ASSISTIDA..................15

Recomendações Quanto à Estruturação Interna....................................................15Recomendações Quanto à Participação da Comunidade.......................................15Recomendações Quanto a Atividades Junto à Comunidade...................................16Recomendações de Marketing.................................................................................16

C. ANEXOS....................................................................................................................18

ANEXO I - SWOT ANALYSIS DO TELECENTRO.........................................................18Descrição da Metodologia de SWOT Analysis.......................................................18Quadro de SWOT do Telecentro.............................................................................18

ANEXO II - RELATÓRIO DE POSSÍVEIS PARCEIROS “LOCAIS”...................................20Biosintética..............................................................................................................20Dormer Tools S.A....................................................................................................21

ANEXO III - RELATÓRIO DE POSSÍVEIS PARCEIROS “PEDAGÓGICOS”.......................22ANEXO IV – QUADRO DOS ATORES RELEVANTES....................................................24

Telecentro e Centro Comunitário do Jardim Autódromo.......................................24Prefeitura do Município de São Paulo....................................................................24Idort – Instituto de Educação Racional do Trabalho..............................................25Cidade do Conhecimento / USP..............................................................................25Empresas (Potenciais Parceiros)............................................................................25

ANEXO V - PLANO DE MARKETING I........................................................................26Análise de Possíveis Benefícios aos Parceiros.......................................................26Relatório de Prêmios de Inclusão Digital...............................................................26

ANEXO VI - PLANO DE MARKETING II......................................................................29Divulgação do Telecentro Jardim Autódromo à própria comunidade local..........29

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ANEXO VII - ANÁLISE DOS QUESTIONÁRIOS APLICADOS NA COMUNIDADE JARDIM AUTÓDROMO................................................................................................................31

Análise das Respostas ao Questionário..................................................................31Metodologia de Aplicação e Modelo de Questionário Utilizado na Pesquisa.......32

ANEXO VIII - ESTUDO ESTRATÉGICO SOBRE INCLUSÃO DIGITAL............................361. Objetivo do Estudo..............................................................................................362. Inclusão Digital, Inclusão Social........................................................................373. O Terceiro Setor e As Redes Sociais...................................................................404. Articuladores Comunitários e a Construção do Capital Social..........................425. Economia Solidária como Resposta à Pobreza...................................................496. Relato de Experiências em Inclusão Digital.......................................................537. Bibliografia Utilizada..........................................................................................548. Sugestão de Estudos Adicionais sobre o Assunto................................................579. Sugestão de Bibliografia Adicional.....................................................................57

ANEXO IX - ATAS DE REUNIÃO................................................................................59Índice de Atas, Visitas e Relatórios.........................................................................59Relatório da 1ª. Visita ao Telecentro......................................................................64Relatório da 2ª. Visita ao Telecentro......................................................................73Relatório da 3ª. Visita ao Telecentro – Reunião com Idort....................................77Reunião PESC / FAU..............................................................................................78Relatório de Reunião com Possíveis Parceiros – Monkey......................................79Projetos inicialmente considerados pelo Grupo mas descartados ou alterados....80

ANEXO X - MODELO DE CARTA DE APOIO INSTITUCIONAL COM IDORT..................82ANEXO XI – OUTRAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS PELO GRUPO..........................86

1. Análise do Termo de Convênio com a PMSP......................................................862. Participação do Grupo em Eventos e Palestras..................................................872.1. Evento sobre Software Livre como Negócio - MBA/FIA..................................872.2. Evento sobre Articulação Comunitária - Cidade do Conhecimento................872.3. Evento sobre Comunicação Comunitária - Cidade do Conhecimento............872.4. Curso sobre Responsabilidade Social Corporativa – WorldBank / Câmara Alemã......................................................................................................................87

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A. SUMÁRIO EXECUTIVO

Inclusão Digital é um tema complexo, recente e que ainda depende de ser melhor estudado. Este fato não retira sua importância e a relevância da discussão atual sobre ele. O presente projeto enfrentou o desafio de entender este tema, trabalhá-lo e produzir resultados para a sociedade nesta área.

Inclusão Digital também é um tema objeto de políticas públicas e de interesse social. Por isso, trabalhar com ele significa lidar com uma multiplicidade de atores. Muitas vezes estes atores não possuem os mesmos interesses em relação ao assunto, bem como uma mesma visão sobre o que seja e como promover a inclusão digital.

Assim, nosso projeto envolveu a dificuldade de compreender os interesses e visões em jogo, tentar harmonizá-los o quanto possível, a fim de fazer com que estes atores interagissem melhor entre si. Nosso objetivo em última instância foi, portanto, produzir melhorias na forma pela qual entidades do primeiro e terceiro setores (governo e ONGs) promovem a inclusão digital.

Para tanto, escolhemos uma entidade “piloto” a ser estudada e que receberia assistência. Tal entidade foi um “telecentro” localizado no Bairro Jardim Autódromo, Zona Sul da cidade de São Paulo.

Visitamos este telecentro (ou “TC”), conhecemos a realidade de seus mantenedores, funcionários e usuários, e interagimos com os atores relevantes. Interagimos com os seguintes atores:

A Entidade Comunitária que “hospeda” e mantém o TC: o Centro Comunitário do Jardim Autódromo (“CCJA”);

O Empreendedor Social Local, funcionário do TC; O Governo Municipal, que também é mantenedor do TC1. Interagimos com duas

autoridades (uma gerencial e outra técnica) envolvidas na política pública desenvolvida pelo município;

Estudiosos da Academia, mais precisamente da Cidade do Conhecimento da USP;

Empresas ligadas ao setor, no caso a Monkey – Rede de Lan Houses, com a qual tentamos um patrocínio para o TC; e

Universidades e outras entidades que pudessem ser fonte de parcerias: levantamos cursos on-line e outras atividades que pudessem ser desenvolvidas no TC por tais parceiros.

Faltou identificar e interagir com mais algum ator relevante? Provavelmente. A identificação dos atores relevantes e melhores canais de articulação são desafios constantes quando se trata de trabalhar com entidades que desenvolvem atividades objeto de políticas públicas e interesse social. Entretanto, talvez não fosse possível, no propósito inicial deste projeto, interagir com um número muito maior de atores do que esse.

1 O Governo Municipal é o mantenedor financeiro do TC. A Entidade Comunitária o mantém com relação ao aspecto de sua legitimidade, isto é, é seu mantenedor social.

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Quais resultados o grupo produziu? Levantamos uma grande quantidade de informações, o que pode ser verificado ao longo de todo este relatório. Mas, mais importante do que isso, acreditamos que tais informações e a metodologia por nós empregada para desenvolver este trabalho sejam importantes para capacitar a entidade assistida a obter, por conta própria e de forma sustentável, melhorias na sua atuação, interagindo melhor com os atores relevantes. Neste sentido, produzimos algumas recomendações à Entidade Comunitária em relação ao TC.

Acreditamos, também, que o projeto conseguiu contribuir para a construção de uma rede entre estes atores. Esta rede está latente: as informações, interesses e capacidades relevantes já foram identificados e alguns contatos realizados.

O que mais faltou? Faltou sedimentar melhor os laços desta rede. Para tanto, seria necessário continuar e aprofundar o processo de capacitação junto à entidade, dando suporte para que ela própria fortifique as relações que lhes são necessárias e vantajosas. Neste sentido, o acompanhamento deste trabalho e eventuais ajustes nas nossas recomendações são fundamentais.

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B. RELATÓRIO DE ATIVIDADES

I. INTRODUÇÃO

Inclusão Digital – entendendo o problema

A inclusão digital e o combate à exclusão social e econômica estão intimamente ligados em uma sociedade onde cada vez mais o conhecimento é considerado riqueza e poder.

O acesso às tecnologias da informação e da comunicação (chamadas “TICs”) está diretamente relacionado, no mundo atual, aos direitos básicos à informação e à liberdade de opinião e expressão. Tais constatações levaram o grupo a se questionar sobre em que condições se dava o acesso às TICs nas comunidades carentes.

Percebeu-se que tal questão já era abordada pela Prefeitura do Município de São Paulo (“PMSP”) e que a levara a instituir uma política de inclusão digital baseada nos “telecentros”. A partir daí o grupo passou a estudar tal política, chegando à conclusão de que, apesar dos notórios avanços, existiam alguns desafios ainda não superados2. Logo o objetivo do projeto ficou claro: continuar estudando a política de inclusão digital de maneira a torná-la mais efetiva.

Para isso, o grupo buscou a opinião de especialistas, apoiando-se em pesquisas, leitura de artigos e conversas com pessoas que já participavam da iniciativa municipal. Entretanto, fazia-se necessário buscar algo mais concreto, mais prático. Decidiu-se entrar na realidade de um telecentro para poder acompanhar de perto seus principais problemas.

O Projeto

Escolheu-se o TC Jardim Autódromo como alvo do trabalho3. O projeto agora visava elaborar, com a ajuda deste telecentro, uma política de inclusão digital que o transformasse em um “benchmarking” (modelo). Após isto, a intenção seria repassar essa experiência bem-sucedida à PMSP e assim influenciar a política de inclusão digital como um todo.

Percebeu-se que o TC Jardim Autódromo, embora apresentasse algumas carências quanto a capital físico e humano, já poderia ser considerado um “benchmarking”. No entanto, o grupo ponderou que isto não se devia ao fato de que o TC Jardim Autódromo conseguisse superar todos os desafios da inclusão digital, mas sim porque, quando comparado com os outros TCs, este apresentava um funcionamento muito superior. De fato, o grupo identificou que a comunidade apresentava certas demandas conscientes e/ou reprimidas ainda não atendidas em relação a uma efetiva inclusão digital.

Desta forma, o projeto passou a se dividir em duas vertentes. De um lado, procurou identificar o que fazia daquele Telecentro um modelo muito superior à maioria (ANEXO I - SWOT Analysis do Telecentro – Análise do Ambiente Interno e Externo).

2 Para melhor compreensão dos desafios da inclusão digital, vide ANEXO VIII - Estudo Estratégico sobre Inclusão Digital.3 Para uma descrição do TC Jardim Autódromo e da comunidade que o cerca, vide Relatório da 1ª Visita ao Telecentro, disponível no ANEXO IX - Atas de Reunião.

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De outro lado, procurou buscar formas de dotar o TC dos meios para melhorar e modernizar sua estrutura. Elaborou-se um estudo sobre potenciais parceiros (ANEXO II - Relatório de Possíveis Parceiros “Locais”) e sobre cursos pedagógicos que pudessem aumentar a qualidade do uso das máquinas lá existentes (ANEXO III - Relatório de Possíveis Parceiros “Pedagógicos”).

Por fim, o grupo continuou estudando as políticas públicas de inclusão digital e acredita que o fruto deste trabalho poderá auxiliar futuros grupos que venham a se interessar pelo tema.

II. METODOLOGIA DE TRABALHO

Identificação do Problema

A fim de entender como o projeto poderia atender à comunidade, o grupo realizou um estudo preliminar sobre o tema. Para tanto, as seguintes atividades foram realizadas:

(i) Conversas com especialistas da Cidade do Conhecimento da USP (“CC”)4;(ii) Visitas ao TC Jardim Autódromo, num total de 3 visitas;(iii) Revisão bibliográfica; e(iv) Consultas a sites relevantes na Internet.

Após isto, fez-se necessário identificar as demandas da comunidade assistida. Para tanto, foram realizadas:

(i) Dinâmica de grupo com determinados membros da comunidade, em uma das visitas ao TC5; e

(ii) Pesquisa de opinião na comunidade, com aplicação de questionários e avaliação das respostas, nos moldes de uma “pesquisa de satisfação dos consumidores” (ANEXO VII - Análise dos Questionários Aplicados na Comunidade Jardim Autódromo).

De certa forma, procurou-se vivenciar o dia a dia do TC Jardim Autódromo, acompanhar as suas principais dificuldades e propor solução às mesmas.

Caminhos e Soluções

A fim de procurar soluções e métodos para lidar com os problemas identificados, o grupo procurou:

(i) Identificar os atores relevantes, estabelecendo contatos;(ii) Identificar capacidades necessárias dos atores para resolução dos problemas

identificados; e(iii) Transmitir e disseminar conhecimento e as conclusões do trabalho.

4 Para maior entendimento sobre a finalidade e atividades da Cidade do Conhecimento e dos demais atores envolvidos no projeto, favor consultar ANEXO IV – Quadro dos Atores Relevantes.5 A descrição da dinâmica e de suas constatações pode ser encontrada no Relatório da 2ª Visita ao Telecentro, disponível no ANEXO IX - Atas de Reunião.

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Metodologia Interna de Trabalho do Grupo

No âmbito interno, o grupo decidiu por estabelecer uma divisão de tarefas sendo cada membro responsável por determinadas áreas. O grupo definiu job descriptions individuais, divisão clara de atribuições e responsabilidades, organograma interno e um quadro macro de responsabilidades. Os 1º e 2º Relatórios Parciais do Projeto contêm informações detalhadas a respeito da organização interna do grupo.

III. RESULTADOS

O grupo entendeu por bem dividir os resultados em dois grupos: Resultados Práticos e Resultados Teóricos.

Resultados práticos são todos aqueles que ajudarão o TC Jardim Autódromo a ter um funcionamento mais efetivo. São eles:

(i) Relatório sobre possíveis parceiros locais: Facilitarão o estabelecimento de parcerias entre o TC e empresas locais visando diminuir a sua defasagem tecnológica.

(ii) Pesquisa sobre a satisfação dos usuários do telecentro: Evidencia o que, aos olhos dos próprios usuários, deve ser melhorado no TC. O que deve ser modificado e o que deve ser mantido, o que é valorizado e o que é dispensável. Ajudará na alocação dos recursos da entidade.

(iii) Plano de Marketing: Visa conscientizar a comunidade sobre a real importância do uso efetivo do TC.

(iv) Palestra aos responsáveis do Telecentro: Elaborada para passar aos gestores do TC algumas técnicas aprendidas por nós enquanto alunos dos cursos de econômica e administração.

(v) Plano de Marketing (II): Depois de uma análise sobre os termos do convênio entre a PMSP/Telecentro, o grupo elaborou algumas possíveis contrapartidas a parceiros que se interessem em ajudar o TC Jardim Autódromo.

São considerados resultados teóricos todos os frutos de nossos estudos sobre as políticas de inclusão digital. Esses resultados irão suprir eventuais faltas de resultados práticos, uma vez que poderão auxiliar a articulação dos atores, a capacitação da entidade e de qualquer outro grupo que venha a se interessar pelo tema. Tal grupo terá um caminho muito mais simples a percorrer já que contará com um estudo que o orientará na realização de um eventual projeto relacionado aos telecentros. Tal resultado pode ser conferido no ANEXO VIII - Estudo Estratégico sobre Inclusão Digital.

Outro resultado atingido pelo grupo mas de difícil mensuração foi o trabalho de construção de uma rede entre os atores relevantes. O grupo levantou informações relevantes, suscitou discussões entre os atores, e promoveu alguma troca de informação entre eles. Assim, o grupo entende que rede social pretendida está “latente”. Faz-se necessário, agora, um trabalho de aprofundamento e monitoramento desta rede. Esta rede poderá ter grande importância para uma melhoria sustentável da política de inclusão promovida no TC Jardim Autódromo.

IV. POPULAÇÃO ENVOLVIDA

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Usuários do telecentro e população do Jardim Autódromo, na Zona Sul de São Paulo.

O TC Jardim Autódromo possui 3.058 usuários cadastrados, sendo 42% do sexo masculino. Foi inaugurado em 16 de janeiro de 2003.

O Jardim Autódromo faz parte do distrito Cidade Dutra, pertencente à sub-prefeitura do Socorro. A população compreendida nesta sub-prefeitura é estimada em 678.556 pessoas em 2005, sendo que a Cidade Dutra contém quase um terço dela - 200.927 pessoas6. O grupo não encontrou dados referentes ao Jardim Autódromo. Por uma análise do mapa da Cidade de São Paulo, o grupo acredita que a população do Jardim Autódromo não ultrapasse 10.000 pessoas, uma vez que a Cidade Dutra divide-se em uma grande quantidade de vilas e sub-bairros.

V. CONHECIMENTOS TRABALHADOS

Em Administração: Empreendedorismo Social Administração Financeira e Captação de Recursos Administração Estratégica Marketing Princípios de Administração Pública e de Políticas Públicas

Em Economia: Economia Solidária Microeconomia Aplicada Desenvolvimento Econômico Local

Em Ciências Sociais Aplicadas à Administração e Economia: Fragmentação Social e Sociedade Contemporânea Capital Social e Redes Sociais Solidariedade Sociedade e Estado Modernos

VI. QUESTÕES AOS MEMBROS DO PESC

Reflexão sobre o que significou participar desse projeto

ALEXANDRE: Após o trabalho no PESC, ficou muito mais fácil para mim entender as discussões e os dilemas a respeito da administração pública e das políticas públicas. Entendi que os dilemas do nosso projeto não são uma coisa isolada ou muito menos "uma falha do nosso grupo". Pensar e administrar a coisa pública é muito complicado. E foi justamente isto – contribuir com a Política Pública de Inclusão Digital de São Paulo – o que o Grupo 10 pretendeu fazer. Além disso, o PESC representou para mim uma nova visão e uma nova postura: a visão de que a sociedade pode organizar-se e apropriar-se de mais espaços públicos, e uma nova postura de cidadania ativa. Por fim, foi extremamente prazeroso e empolgante trabalhar com pessoas tão bacanas e preocupadas quanto o Hugo, o Samuel, o Lucas e a Isabel (FEA). Foi exposto a uma

6 Dados disponíveis no site da Secretaria Municipal de Planejamento Urbano – SEMPLA do Município de São Paulo, acessado em 10 de maio de 2006:http://www2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/planejamento/sp_em_numeros/dados_socioeconomicos/demografia/0001/0004

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realidade que eu não conhecia – a realidade do Jardim Autódromo e de pessoas tão sinceras e confiantes quanto o Denilson e a Margarete (do Centro Comunitário do Jardim Autódromo).

HUGO: Aprender a trabalhar em grupo em um ambiente de extrema cobrança. Conciliar as idéias que cada um tem a respeito do projeto é uma tarefa difícil que requer treinamento. Participar desse projeto significa não apenas ter a oportunidade de colocar em prática tudo aquilo que aprendemos na faculdade como também de viver em um ambiente de trabalho, explorar o relacionamento com as pessoas, cumprir prazos e obrigações.

LUCAS: O projeto possibilitou a aquisição de novos conhecimentos e uma melhor compreensão do trabalho em grupo. O tema da inclusão digital era totalmente alheio a mim e sem a participação no projeto, creio que seria difícil, ou pelo menos tardia, aprofundar nesse assunto. Tivemos com comunidades carentes, onde pudemos presenciar suas necessidades, conhecendo um pouco melhor a realidade social brasileira. Esse projeto possibilitou não só colocar em prática conhecimentos acadêmicos, como também, desenvolver novos conceitos sobre o trabalho em grupo e suas dificuldades.

SAMUEL: A participação deste projeto significou a expansão pessoal do conhecimento da atual realidade social, o aprofundamento em um tema, que até então era desconhecido para mim, como a inclusão digital. A oportunidade de colocar em prática alguns dos conhecimentos obtidos em sala de aula, e de se relacionar com alunos de outros grupos, cursos e também, no caso do nosso grupo, inclusive de faixas etárias diferentes, conseguindo utilizar essas diferenças de maneira mais positiva possível para a obtenção de resultados, foram outras importantes contribuições do projeto para o meu crescimento pessoal.

A expectativa dos resultados pessoais foi alcançada?

ALEXANDRE: Sim e Não. Sim, pois acredito que fizemos uma contribuição relevante. Não, pois ainda há muito o que fazer na área de inclusão digital e para ajudar o TC Jardim Autódromo.

HUGO: Do ponto de vista pessoal, posso dizer que sim. No início do projeto tinha como meta ter um maior contato com as singularidades que envolvem a administração pública e o terceiro setor. Essa expectativa sem dúvida foi alcançada. Do ponto de vista profissional, não posso dizer o mesmo. Como é possível perceber, os objetivos do projeto sofreram inúmeras modificações ao longo do mesmo. Aqui não é o lugar para buscar quem ou o que é responsável; entretanto, fica registrado que o objetivo, na minha concepção, não foi alcançado.

LUCAS: Os objetivos de trabalho que foram traçados pelo grupo no início do projeto mostraram-se pretensiosos demais, o que pode ter causado uma frustração nos participantes. Apesar de ter me desanimado um pouco com o projeto e ter dispensado atenção aquém do meu potencial, creio que o projeto foi muito proveitoso. No meu ponto de vista, o projeto levou à aquisição de novos conhecimentos a todos os integrantes do grupo, produziu conhecimento para a sociedade brasileira e beneficiou e beneficiará a comunidade local.

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SAMUEL: Eu acho que por um erro de definição dos objetivos iniciais, com a expectativa de se conseguir resultados de grande relevância e influência na comunidade, o final do projeto se mostrou um pouco frustrante e desanimador. Porém, ao fazermos uma análise mais racional e levar em conta todo o conhecimento e experiência vivida durante o projeto, podemos dizer que os resultados foram muito positivos e renderam ótimos frutos para o futuro, tanto para a comunidade local, quanto para cada um dos integrantes do projeto.

Escrever um parágrafo sobre o que foi o trabalho (para colocar no site)

Visando auxiliar a promoção da inclusão digital das comunidades carentes, o projeto pretendeu entender o papel dos telecentros (postos de serviço da Prefeitura de São Paulo que oferecem acesso gratuito à Internet) e dar um caráter mais efetivo a essa inclusão. Analisamos especificamente o telecentro localizado no Bairro Jardim Autódromo, Zona Sul de São Paulo, procurando articular os diversos atores envolvidos a fim criar as condições necessárias para que este telecentro tivesse os recursos físicos, financeiros, humanos e sociais necessários a uma efetiva inclusão digital.

VII. HISTÓRICO DO CRONOGRAMA

O que foi previsto e o que foi realizado

Pelo que irá se verificar abaixo, as atividades programadas no cronograma inicial do projeto em grande parte não foram realizadas, sendo substituídas por outras. Observou-se que as atividades de tal cronograma eram ou ambiciosas demais para o escopo do projeto ou irrealistas ou desnecessárias.

Observou-se que a estrutura física do TC, apesar da existência de alguns problemas, não era sua maior preocupação.

Observou-se que o TC carece de mais recursos humanos, mas a superação desse problema envolve uma interação com vários atores, em especial as entidades vinculadas à PMSP (como o Idort) e potenciais doadores de recursos, e que tal interação deve ser feita, em primeira instância, pelo CCJA.

Além disso, o CCJA necessita de maior estabilidade do fluxo financeiro do TC, problema cuja solução passa pela mesma interação relatada acima.

Assim, o projeto sofreu reformulações. Seu objetivo deixou de ser a realizações de atividades diretamente relacionadas a dotar o CCJA e o TC de maiores recursos (tecnológicos, humanos ou financeiros), mas sim fornecer as informações necessárias e capacitar o CCJA para buscar tais recursos.

Observou-se, também, que o maior desafio do TC é promover a inclusão social através da inclusão digital. Ou seja, o desafio é usar a informática como instrumento para superação da pobreza, para construção da cidadania e para a geração de conhecimento e renda. O projeto reformulou-se a fim de auxiliar o TC a atingir esse objetivo.

Cronograma do projeto e suas reformulações

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O Pré-Projeto do Grupo 10 entitulado “Fortalecimento Institucional em Projetos de Inclusão Digital – Telecentros de São Paulo” de junho de 2005, continha o seguinte cronograma:

Atividades Programadas

Conforme o Pré-Projeto:

Prazo Estimado de Realização

Conforme o Pré-Projeto:

Data de Realização

Observações e Justificativas

1. Elaboração do programa de captação e utilização de recursos (modernização da estrutura do telecentro)

Setembro 2005 Parcialmente Realizado: últimas atividades em maio de 2006

O tema mostrou-se complexo demais e os objetivos muito ambiciosos. Outras atividades foram programadas pelo grupo, a fim de dotar o CCJA das competências necessárias para realizar as etapas 2, 3 e 4 abaixo. O grupo concluiu que de nada adiantaria montar um belo programa se não o CCJA não fosse dotado das condições de realizá-lo.

2. Negociação e implementação da captação e modernização

Dezembro 2005 Não realizado Ver acima.

3. Implementação da modernização, acompanhada de accountability

Dezembro 2005 Não realizado Ver acima.

4. Elaboração e implementação de cursos

Janeiro de 2006 Não realizado Ver acima.

5. Realização de cursos, conforme as demandas da comunidade

Maio 2006 (fim do projeto)

Parcialmente Realizado

Aplicou-se um questionário para identificação das demandas. Realizaram-se estudos para determina os objetivos e focos de tais cursos.

6. Oferecimento de cursos de editores de texto e imagem; Internet; preparação de currículos; e outros cursos voltados ao mercado de trabalho7.

------- Não realizado O TC já realizava tais atividades.

7. Oferecimento de cursos de: (i) editores de imagem e outras ferramentas que exigem maior capacidade de infra-estrutura de informática (PCs e servidores); (ii) cursos de software livre; e (iii) cursos almejando um maior desenvolvimento da capacidade de compreensão da informática.

Maio 2006 (fim do projeto)

Parcialmente Realizado

Procurou-se formas de viabilizar o oferecimento de tais cursos: foram feitos estudos de cursos on-line disponíveis e instituições fornecedoras.

8. Desenvolvimento de um Manual para implementação de uma inclusão social efetiva.

Maio 2006 (fim do projeto)

Não realizado Este objetivo mostrou-se muito ambicioso.

7 Tais cursos seriam de aplicação imediata, pois requerem menos requisitos tecnológicos.

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Por ocasião do 1º Relatório Parcial do projeto em setembro de 2005, o grupo ainda não tinha se dado conta de que os objetivos eram muito ambiciosos. Os meses que antecederam este relatório foram de muito trabalho e o grupo produziu muito, tanto que o referido 1º Relatório Parcial continha mais de 70 páginas e 20 anexos com mini-relatórios de atividades instrumentais e pontos de controle do projeto. Quanto ao cumprimento do cronograma, o 1º Relatório Parcial dizia:

Dentro do cronograma previsto no pré-projeto, estamos na primeira etapa, correspondente à “Elaboração do programa de captação e utilização de recursos (modernização da estrutura do telecentro)”, a qual devemos terminar ainda este mês (setembro de 2005).

No entanto, já possuímos alguns contatos avançados com possíveis parceiros8, etapa que só estava prevista para outubro de 2005.

Já no 2º Relatório Parcial elaborado em fins de novembro de 2005, o grupo definiu um novo cronograma de atividades, que novamente não foi atendido em sua integralidade. As novas atividades e escopos definidos pelo grupo foram:

Atividades Programadas

Prazo Estimado de Realização

Conforme o Pré-Projeto:

Data de Realização

Observações e Justificativas

1. Completar a identificação das demandas da comunidade via análise dos questionários.

Dezembro 2005 Maio 20069 A pesquisa não atingiu a todos os resultados esperados. Verificaram-se dificuldades para aplicação dos questionários na comunidade e baixa coerência das respostas. Acreditamos que ocorreu má interpretação das perguntas. No entanto, chegou-se a algumas conclusões interessantes, como a necessidade de maior conscientização da comunidade a respeito da importância das TICs.

2. Negociação e implantação de ao menos uma parceria pedagógica

Janeiro 2006 Não realizado Para realização de tal atividade, seria necessário ter primeiro capacitado o CCJA.

3. Análise dos gastos da entidade, previsão de um orçamento para 2006 e saneamento do descontrole de fluxo de caixa.

Janeiro 2006 Não realizado Falta de tempo hábil.

4. Início do curso elaborado pelo parceiro pedagógico

Fevereiro 2006 Não realizado Para realização de tal atividade, seria necessário ter primeiro capacitado o CCJA.

5. Construção de um plano de marketing visando conscientizar a população sobre a importância do telecentro

Fevereiro 2006 Maio 2006 ANEXO VI - Plano de Marketing II.

6. Palestra aos dirigentes Maio 2006 Não realizado O grupo ainda pretende realizar esta

8 No caso, a parceria seria com a Monkey, parceria esta que se viu inviabilizada em virtude da diferença de interesses/visão desse parceiro em relação à inclusão digital. Para maiores detalhes, ver ANEXO IX - Atas de Reunião.9 Últimos questionários devolvidos pelo TC em abril de 2006.

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do CCJA apontando caminhos a serem trilhados pelos próximos 18 meses

atividade, apresentando os resultados do projeto ao CCJA.

7. Capacitar, por meio da referida palestra, os dirigentes a implantarem as parcerias financeiras / pedagógicas que ficarem pendentes

Maio 2006 Não realizado O grupo ainda pretende realizar esta atividade, apresentando os resultados do projeto ao CCJA.

VIII. ORÇAMENTO

Não houve despesas desde o último relatório. O total de despesas do projeto foi:

Gastos ReembolsáveisData Atividade Descrição Valor

21/mai. Visita 0150 km, a álcool, alimentação,

estacionamento 30,0002/set. Pesquisa de Opinião Fotocópias – 80 questionários 35,00

02/set. Pesquisa de Opinião

Material de escritório: canetas, borrachas, pranchetas, régua, etc. para a pesquisa –

“kit” de entrevistas 25,55

03/set. Visita 0250 km, a álcool, alimentação,

estacionamento 30,00

03/set. Visita 02Gastos com o Questionário(Xerox,

material, entrevistadores) 50,0011/out. Visita 03 Deslocamento até o TC – veículo 1 30,0011/out. Visita 03 Deslocamento até o TC – veículo 2 30,00

TOTAL: 230,55

IX. BIBLIOGRAFIA

A relação bibliográfica utilizada está no ANEXO VIII - Estudo Estratégico sobre Inclusão Digital.

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X. RECOMENDAÇÕES DO PROJETO À ENTIDADE ASSISTIDA

As conclusões deste relatório obviamente não são determinativas ou finais. Qualquer processo de melhoria ou aprofundamento dos serviços prestados pelo TC envolve uma reavaliação contínua das medidas implantadas. Por outro lado, explorar todas as potencialidades oferecidas pelo TC vai muito além do uso puro e simples da informática, ou o oferecimento de cursos utilitários. Uma real integração dos usuários com a informática deve responder à seguinte pergunta: “Informática para quê?”. Procuramos relacionar abaixo algumas idéias sobre o assunto.

Recomendações Quanto à Estruturação Interna

Uma constatação do grupo é que faltam pessoas no CCJA e no TC para “pensar” e “realizar” atividades no TC. Em outras palavras, as pessoas realizam muitas atividades e é difícil parar e pensar estrategicamente o TC. Esperamos, neste trabalho, ter contribuído para esta discussão. Mas, não se pode parar aí.

Assim, se o CCJA deseja potencializar as atividades do TC precisará de uma pessoa para se dedicar ao assunto: uma pessoa que vá atrás das parcerias, que realize os trâmites burocráticos e atue junto aos parceiros para que as idéias saiam do papel. Sem recursos humanos e orientação adequada não é possível realizar mais atividades do que o dia-a-dia já nos exige.

A função que estamos sugerindo é um cargo administrativo, que pode ser preenchido por um voluntário ou um estagiário. Vale notar que estas atividades administrativas são relativamente complexas e podem ser uma primeira experiência ou porta de entrada no mercado de trabalho.

Recomendações Quanto à Participação da Comunidade

O envolvimento da comunidade com o Telecentro é fundamental. Não só para se entender quais as reais necessidades da comunidade quanto a inclusão digital, mas para a comunidade ser um suporte à iniciativa. Para tanto, é necessário “chamar” a comunidade para junto do Telecentro.

Para se “chamar” a comunidade, uma idéia é a criação canais de comunicação, a exemplo de conselhos setoriais. Um exemplo de conselho poderia ser o “Amigos do Telecentro”, a fim de incentivar o voluntariado. Poderia-se criar, também, um conselho pedagógico, ou um conselho dos jovens, ou outros conselhos temáticos que incentivassem a participação e a comunicação com a comunidade.

A abertura de canais de comunicação iria aos poucos além da informática e inclusão digital. O Telecentro pode ser um pólo agregador de talentos da comunidade, que tenham iniciativa para desenvolver novos negócios e atividades. Assim, um bom resultado seria a criação e funcionamento de um conselho de empreendedores sociais, que utilizasse o Telecentro como centro agregador e instrumento de comunicação.

O Telecentro pode ser utilizado como um veículo de discussão dos problemas da comunidade e busca de soluções. Afinal, muitas informações importantes que podem levar a soluções efetivas podem ser encontradas na Internet. Pode servir ainda como veículo para iniciativas de economia solidária.10

10 Para mais informações sobre economia solidária, vide ANEXO VIII - Estudo Estratégico sobre Inclusão Digital.

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“Comunidade” pode ser entendida como um conceito amplo: pode, por exemplo, envolver eventuais parceiros do Telecentro. Caso surja um grupo de estudos no TC, é possível contatar empresas (por exemplo, as empresas relacionadas no ANEXO II - Relatório de Possíveis Parceiros “Locais”) para que cedam “orientadores” aos alunos de pesquisa do TC. Este é um exemplo de sucesso de uma política de voluntariado da IBM junto a seus funcionários. Tais “orientadores” podem, inclusive, ir além de grupos de pesquisa e assessorar pequenos negócios que estejam surgindo na comunidade. No caso, a orientação seria passada em grande parte via e-mail, e o papel do Telecentro é muito importante para isso.

Eventuais parceiros podem servir para auxiliar em atividades de desenvolvimento local. Por exemplo, uma idéia interessante é fechar uma parceria para realizar um concurso ou prêmio na comunidade para que algumas pessoas possam ganhar bolsas de estudos em cursos de informática em instituições reconhecidas (como o SENAC) em áreas de interesse profissional (redes ou software livre). A contrapartida seria a dedicação de um número de horas dando cursos e repassando o conhecimento no Telecentro.

Recomendações Quanto a Atividades Junto à Comunidade

O TC já realiza uma série de atividades relacionadas como melhores práticas em atuação de telecentros, que devem ser mantidas: oficinas de sites e games, curso de jornalismo, oficinas de blogs, campeonatos de games, cursos para iniciantes, cursos mais avançados (HTML, sites), sala de cinema, oficina de hip hop.

Outras atividades interessantes que podem ser consideradas: (i) montar uma biblioteca com doações de livros, (ii) integrar as atividades do telecentro com outras atividades desenvolvidas na comunidade (como cursos de dança, atividades teatrais, atividades da creche, atividades com idosos); (iii) oferecer cursos de assuntos de interesse geral, com o uso de computadores, como:

Dicas de saúde através da Internet – por meio de sites de saúde, iniciar uma discussão sobre prevenção a doenças, onde encontrar remédios e serviços disponíveis à população, direitos dos doentes.

Culinária na Internet – receitas através de sites, dicas de economia de alimentos, dicas de conservação, dicas de comercialização de alimentos congelados.

Informações sobre mercado de trabalho e qualificação na Internet. Uma boa sugestão é a divisão por segmentos de mercado (como telemarketing, construção, eletrônica). Veja mais informações nas Recomendações de Marketing abaixo.

Recomendações de Marketing

Elaborar o Plano de Marketing sugerido (ANEXO VI - Plano de Marketing II), onde serão definidos o segmento que o TC deve atuar e como deve se posicionar frente a este público.

Iremos sugerir algumas práticas tendo como base um público-alvo de jovens e adultos, entre 16 e 30 anos. Tal público possui um potencial muito grande a serem explorado, tanto na inserção profissional como na busca por informações por meio digital.11 Tais práticas são:

11 Esta escolha também se deu pelo fato de que outros segmentos, como o infantil, já têm uma assiduidade muito alta ao Telecentro; o posicionamento do TC neste caso seria como uma ferramenta de acesso às informações relevantes e uma via de inclusão digital, através da inclusão também ao mercado de trabalho, detectada como uma prioridade e necessidade da comunidade.

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Fixar faixas nas paredes do Telecentro, lembrando a importância da inclusão digital, como ela pode ajudar as pessoas, seja socialmente ou até mesmo profissionalmente. (isto seria uma forma de mostrar às pessoas a verdadeira missão do Telecentro);

Realizar mais semanas e treinamentos para inserção profissional, assim como foi realizado no início do ano passado. Fornecer auxílio na elaboração de currículos e cartas de apresentação. Indicar sites de organizações que fazem recolocação no mercado de trabalho;

Durante os sábados, dar prioridade em algumas máquinas, para pessoas que trabalham durante a semana e não tem condições de freqüentar o Telecentro em outros dias;

Para maior conhecimento dos usuários sobre o mercado de trabalho, realizar campanhas mensais explicando cada um. Por exemplo: o mês de janeiro poderia ser o “Mês da Construção Civil” (pode ser qualquer um). Nele seria explicado quais são as principais empresas que atuam neste ramo (com seus sites), quais são as funções (cargos) deste segmento, e outras informações que podem ser necessárias para os usuários e que podem ser buscadas com o uso digital. Assim a pessoa que tem interesse em algum mercado específico, pode freqüentar com mais vontade este mês; e

Disponibilizar um acervo digital, como se fosse uma biblioteca virtual, com livros desde infantil até de temas mais especializados. Neste caso também poderia ser disponibilizado enciclopédias digitais (como Almanaque Abril, etc), ou uma relação de sites interessantes para pesquisa.

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C. ANEXOS

ANEXO I - SWOT Analysis do Telecentro

Data de Início da Atividade: 04/06/2005Data de Término: 03/09/2005

Descrição da Metodologia de SWOT Analysis

SWOT Analysis é uma metodologia de avaliação ampla, estruturada e formal da atividade de uma organização, levando-se em conta as forças e fraquezas internas, e oportunidades e riscos externos.

SWOT é uma sigla que significa “strengths, weaknesses, opportunities and threats”. As questões relevantes a serem respondidas em tal análise são:

– Forças Internas• Quais são as vantagens competitivas do Telecentro Jardim Autódromo (leia-

se: vantagens para atingir a inclusão digital)?• O que fazem bem?• O quanto são fortes no que fazem?• Quais são os recursos atuais e quais recursos precisam adquirir?

– Fraquezas Internas• Em que o Telecentro pode melhorar?• O que fazem mal?• O que devem evitar?• O que deve ser melhorado?

– Oportunidades Externas• Existem novas demandas e necessidades da comunidade que o Telecentro

pode atender?• Quais são as boas oportunidades para a área de atuação do Telecentro? O

que pode fazer para melhorar, de forma cada vez mais efetiva, a situação da comunidade?

• Quais as boas tendências externas conhecidas?• Quais são as mudanças positivas nos âmbitos de mercado e governamental?• Quais são as oportunidades de marketing e promoção que o Telecentro pode

aproveitar?– Riscos Externos

• Quais são os obstáculos externos?• O que pode concorrer para o fracasso do Telecentro, qual o estágio de

avanço destes riscos, o que é necessário fazer para evitá-los / remediá-los?• Alguma fraqueza interna pode colocar em risco alguma atividade / atuação

do Telecentro?• Algum aspecto legal, local ou governamental pode afetar as estratégias de

atuação do Telecentro.Quadro de SWOT do Telecentro

RISCOS / AMEAÇAS OPORTUNIDADES

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A comunidade deve “apropriar-se” cada vez mais do Telecentro – dificuldade de articulação comunitáriaViolência urbana: furtos e roubos de equipamentos do Telecentro, envolvimento do tráfico, potencial de desagregação socialDesgaste da imagem dos Telecentros perante a sociedade (casos de fracasso / roubos podem ter danificado a imagem)Fraqueza interna: atividades centradas na liderança local; falta de um plano de substituição de liderançaPrefeitura pode mudar política de Telecentros

Inclusão Digital é um tema com grande potencial de exposição (existência de cases de empreendedorismo)Potencial para captação de recursos / celebração de parcerias – relativo baixo custos do projeto e potencial de agregação de voluntários (professores) e parceiros (entidades educacionais)Existência de demanda não atendida (cursos) com grande potencial gerador de renda e resultados positivosDisposição das autoridades governamentais em promover o temaPotencial a ser explorado junto à mídia

PONTOS FRACOSAtividades fortemente centradas nas lideranças: necessidade de um plano de substituição / formação de novas liderançasFalta de recursos humanos: lideranças praticam atividades operacionais, mas sobrando tempo hábil para atividades estratégicas: necessidade de “liberar” as lideranças para atividades de maior valor agregadoApesar do bom relacionamento com todos os setores da comunidade, impossibilidade de eliminação de eventual violência urbana

PONTOS FORTESForte liderança localInfra-estrutura existente (imóvel e computadores)Forte envolvimento da comunidade em assuntos de interesse comumPerspectiva de envolvimento ainda maior da comunidade, em virtude das demandas ainda não atendidas (ex. formação de lideranças para promover atividades esportivas)Potencial para formação de novas liderançasComunidade já possui um “padrão de serviços” – qualidade dos serviços desenvolvidos pelas atuais lideranças fez com que a comunidade percebesse que não bastam computadores, mas sim atividades com envolvimento social

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ANEXO II - Relatório de Possíveis Parceiros “Locais”

Data de Início da Atividade: 04/08/2005Data de Término: 16/09/2005

Buscar parceiros locais mostrou ser uma árdua tarefa, isto porque a região da comunidade do Jardim Autódromo é de difícil acesso para todos os integrantes do grupo. Uma pesquisa de potenciais parceiros locais envolve explorar a região em questão, em busca de empresas ou entidades interessadas em formar uma parceria ou realizar contribuições para o projeto. Abaixo, descreve-se de forma sucinta alguns possíveis parceiros locais e suas respectivas práticas de Responsabilidade Social.

Biosintética

A Biosintetica é uma empresa que atua no ramo farmacêutico, destacando-se na produção de medicamentos nas classes: respiratória, oncologia, genéricos, dermatologia, hospitalar e cardiovascular.

A Biosintetica mostrou-se muito atuante em responsabilidade social, o que anima com a possibilidade de fazerem alguma contribuição para a comunidade local. Para a Biosintética, a Responsabilidade Social passa pelo conjunto de princípios e valores corporativos que formam a base de sua cultura, além de orientar sua conduta e fundamentar sua missão. Abaixo seguem alguns projetos sociais realizados.

Projeto Sorriso, que tem como finalidade oferecer tratamento dentário gratuito e contínuo a 50 crianças carentes da comunidade. Combate à Fome Fundação Abrinq Adote um Idoso Olho no Olho Bio X Fundação Zerbini Doação de Sangue Doação de Cestas Básicas Alfabetização Solidária Campanha do Agasalho e Alimentos Vamos Brincar ?

Pelo segundo ano consecutivo, a Biosintética é uma das vencedoras do Painel Social da FEBRAFARMA - Federação Brasileira da Indústria Farmacêutica. Quanto ao valor dos investimentos realizados em Responsabilidade Social, o site da empresa fornece os seguintes dados, referentes a 2004: R$ 748.357,00 EM INVESTIMENTOS - 144.021 PESSOAS BENEFICIADAS.

A Biosintética é a primeira indústria farmacêutica fabricante de Genérico parceira do programa Fome Zero do Governo Federal, com expressivas ações sociais.

Endereço: Fábrica 1 / Marketing / Vendas / Administração Av. das Nações Unidas, 22428 Jurubatuba

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São Paulo - SP - 04795-916Tel: (0xx11) 5546-6822Fax: (0XX11) 5546-6800

Dormer Tools S.A.

A Dormer Tools é a maior fabricante de ferramentas em aço rápido para usinagem em metais no Mundo e vem expandindo rapidamente suas operações em ferramentas inteiriças rotativas em metal duro. Pertencente ao Grupo Sandvik, a Dormer está presente em vários países, levando o que há de mais avançado tecnologicamente na produção de ferramentas de corte para indústria.

Como grande fornecedor internacional, a Dormer insiste em que seus produtos superem todos os padrões relevantes de performance, inclusive em indústrias tão exigentes como por exemplo a aeroespacial, onde a alta precisão das tolerâncias é fator de suma importância.

Não foi possível encontrar informações sobre Responsabilidade Social. O que chama atenção para esta empresa como um potencial parceiro local é o fato de estar a apenas aproximadamente 100 metros do Telecentro Jardim Autódromo, localizando-se, portanto, nas adjacências da comunidade. Por ser uma empresa inovadora e que preza pela qualidade, esperamos que inove também na Responsabilidade Social.

Endereço:Av. João Paulo da Silva, 258 - Interlagos - São Paulo - SP - CEP: 04777-020Tel: (11) 5660-3000 Fax: (11) 5667-2267

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ANEXO III - Relatório de Possíveis Parceiros “Pedagógicos”

Data de Início da Atividade: 04/08/2005Data de Término: 16/09/2005

Quadro Resumo

Um relatório detalhado sobre os potenciais parceiros e suas ações de responsabilidade social foi elaborado pelo membro do Grupo. (Tal relatório não está anexo ao presente. Disponível mediante solicitação.)

Potencial Parceiro Tipo de Entidade

Atividade Principal

Oferece cursos de TI?

Oferece cursos de

SL* ?

Ações de Responsabilidade

Social

Notas

1. ETE Paula de Souza / FATEC

Fundação Pública Estadual

Educacional – níveis médio e superior.

SIM SIM - Educação de Presos;-Suporte técnico em Nutrição e Dietética p/ merenda escolar

Oferece pós-graduação em SL – aspectos administrativos e de mercado, inclusive.

2.Faculdade SENAC de Ciências Exatas e Tecnologia

Instituição Educacional Privada

Educacional – níveis superior e técnico, alem de cursos livres.

SIM SIM -Obteve o grau máximo na escala Akatu de Responsabilidade Social.

Oferece uma grande de variedade de cursos livres de SL e de pós-graduação na área de TI. E também possui cursos voltados para a gestão do terceiro setor.

3 Universidade do Sul de Santa Catarina - Unisul

Fundação Educacional Privada

Educacional – nível superior, conta com cursos a distancia.

SIM SIM - Divulgação de Balanço Social e realização de projetos para inclusão social: Índio Guarani, Tecendo Cidadania e outros.

Disponibiliza Curso de pós-graduação em SL a distância, prática que possui grande flexibilidade e abrangência.

4. Instituto Nacional de Tecnologia da

Associação civil sem fins lucrativos

Apoio e Pesquisa - estimula projetos de

NÃO, mas todo seu trabalho é nesta área.

NÃO, porém possui um núcleo

- O ITI realiza articulações voltadas para popularização da

O ITI integra o Comitê Executivo do Governo Eletrônico, no qual coordena o

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Informação pesquisa e de desenvolvimento tecnológico.

exclusivo para este tema.

certificação digital e a inclusão digital. Realiza projetos como o Técnico Cidadão.

Comitê Técnico de Implementação do SL no Governo Federal.

5. Open Technology Users Network (Otun)

ONG Incentivadora de pesquisas, podendo, inclusive, aportar recursos em projetos.

NÃO, a ONG não fornece cursos, porém estimula projetos nesta área.

NÃO, mas a existência da ONG é para apoiar o uso dos SLs.

- Projeto "Free Livre and Open Source Software - FLOSS", que pretende expandir o conhecimento compartilhado e dividir riquezas, gerando renda e trabalho.

A OTUN conta com o apoio da iniciativa privada, Banco do Brasil e sua subsidiária, Cobra Tecnologia, alem de Caixa Econômica Federal, Casas Bahia, Carrefour, ABN ,IBM e Sun Microsystems. O ITI também apóia a iniciativa da ONG.

6. Centro Universitário de Belo Horizonte (Uni-BH)

Instituição Educacional Privada

Educacional – graduação, pós-graduação e seqüenciais.

SIM SIM - Junto com a Fundação Cultural de Belo Horizonte - Fundac-BH, promove a integração social através da arte.

Foi o primeiro curso superior (seqüencial superior) em Linux e software livre com reconhecimento pelo MEC. Oferece curso de SL e Gestão de SL.

7. Cidade do Conhecimento - USP

Programa Cooperativo

Apoio e Pesquisa - incubação e o desenvolvimento de projetos por meio de redes digitais colaborativas.

NÃO, porém como se trata de debates por meio de redes digitais, usa e estimula a todo o momento a divulgação da TI.

NÃO, mas possui um Modulo só para Software Livre e Projetos Comunitários.

- A Cidade do Conhecimento baseia suas atividades em projetos sociais. Exemplo: Educar, Pipa Sabe, Rede do Maciço do Baturité.

Conta com o conhecimento na área de projetos sociais e no debate sobre Software Livre. Além disso, já foi feito o contato com os integrantes deste programa.

* SL: Software Livre

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ANEXO IV – Quadro dos Atores Relevantes

Um dos objetivos do projeto foi identificar os atores relevantes e canais-chave de comunicação para promover melhorias na política de inclusão digital promovida pelo TC Jardim Autódromo.

Após a identificação destes atores, um passo natural seria montar e/ou aprofundar uma rede entre eles. Conforme já referido neste relatório final, os atores possuem certo nível de informação. Assim, essa rede ou já existe e necessita ser aprofundada ou encontra-se “latente”.

Os atores relevantes, seus interesses e poderes são os seguintes:

Telecentro e Centro Comunitário do Jardim Autódromo

O Centro Comunitário do Jardim Autódromo é a entidade que cede o espaço físico e dá legitimidade social ao telecentro. Seu interesse é promover mais um serviço à comunidade, dentre outros que já oferece. Seus poderes são a sua aceitação junto à comunidade e sua capacidade de mobilizá-la para causas coletivas. O Telecentro conta com um forte empreendedor social, que dinamiza suas atividades.

Os contatos destes atores são: Margareth Coelho (CCJA) - [email protected], 5666-3034 e 9520-5786Denílson Melo (TC) - [email protected], 5669-1065 e 8331-1785

Prefeitura do Município de São Paulo

A Prefeitura é responsável pelo suporte financeiro, logístico e tecnológico do TC e da política de inclusão digital municipal. Pauta-se por interesses políticos e pela realização do interesse coletivo subjacentes à política de inclusão digital, que é a inclusão social dos cidadãos que residem na cidade. Possui o controle financeiro e forte poder de comando e veto em relação à política. O grupo não realizou nenhum contato direto com este ator.

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Idort – Instituto de Educação Racional do Trabalho

Entidade contratada pela Prefeitura para gerir e “por ordem na casa” em relação à política de inclusão digital. Possui maior nível de informação gerencial em relação às atividades específicas da política, e maior poder de negociação junto aos atores da base da política. Mais informações em www.idort.com.

Os contatos destes atores são:Leoni Soares (Gerente do Idort) – [email protected], 6847-4400 e 8115-8444Paula Kilza (funcionária técnica vinculada à política de inclusão) - [email protected], 9269-3939

Cidade do Conhecimento / USP

Núcleo de pesquisadores da USP vinculado ao tema da sociedade da informação e inclusão digital. Promove debates, pesquisas, estudos e ações junto à comunidade em relação a temas voltados ao uso das tecnologias da informação. O último contato realizado foi com o Sr. Maurício ([email protected]), mas não houve continuidade. Mais informações em www.cidade.usp.br.

Vale notar que a USP ainda possui outras iniciativas voltadas ao tema da inclusão digital. Entretanto, não foi possível estende o contato devido ao escopo e recursos do projeto.

Empresas (Potenciais Parceiros)

Quanto às empresas, entendemos que os atores relevantes neste segmento são quaisquer potenciais parceiros. O grupo procurou fazer um bom levantamento de tais atores.

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ANEXO V - Plano de Marketing I

Data de Início da Atividade: 15/08/2005Data de Término: 31/08/2005

Análise de Possíveis Benefícios aos Parceiros

Em caráter preliminar, o Grupo analisou algumas possibilidades de contrapartida aos possíveis parceiros, as quais estão listadas abaixo. É necessário, em relação a cada parceiro, selecionar as melhores, bem como saber um pouco mais dos interesses dos mesmos, propondo contrapartidas específicas.

Possíveis contrapartidas:

1) Fixar a Marca no espaço físico do TC; 2) Preparar eventos, como palestras, para aculturamento tecnológico da comunidade,

havendo apresentações sobre o que o parceiro faz (o que ele oferece, seus serviços), com forte divulgação da Marca junto à comunidade;

3) Elaborar campanha de divulgação do trabalho social feito pelo Parceiro, internamente na USP e, à medida do possível, para a sociedade em geral;

4) Assumir compromisso de apresentar o Parceiro a cada empresa que for procurada para novas parcerias;

5) Inscrever o Parceiro e a Marca como candidata a prêmios de responsabilidade social em inclusão digital;

6) Apresentar a parceria, com forte divulgação do Parceiro, em eventos de responsabilidade social;

7) Divulgar a Marca nos cursos de inclusão digital que o Parceiro patrocinar; 8) Permitir que o Parceiro utilize-se da experiência na parceria para sua própria

divulgação; 9) Permitir que pessoas carentes da comunidade, que tenham adquirido noções de

computadores, façam estágio no Parceiro, o que oferecerá experiência profissional a essas pessoas, bem como o Parceiro poderá ter acesso a uma mão de obra de baixo custo;

10) Outras propostas, inclusive as que forem apresentadas pelo próprio Parceiro.

Em relação à parceria para estágio de alunos do Telecentro, ressalte-se que isto caracteriza não só uma "inclusão digital" mas uma VERDADEIRA INCLUSÃO SOCIAL. O grupo acredita que esta iniciativa teria uma ótima repercussão na sociedade, gerando grande efeito positivo em relação à imagem do Parceiro.

Por fim, vale lembrar que ainda está pendente uma análise e negociação quanto ao que a parceria entre a PMSP e o CCJA (Centro Comunitário do Jardim Autódromo) permite fazer em relação às propostas acima. Entendimentos iniciais foram realizados com o Idort, mas o tema ainda merece maior discussão. Por isto, é necessário deixar bem claro ao Parceiro que tais possibilidades ainda estão em estudo.

Relatório de Prêmios de Inclusão Digital

Pesquisar prêmios de inclusão digital é relevante para nosso projeto uma vez que o crescente número de premiações e de empresas que apóiam a inclusão digital mostra a

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importância, cada vez maior, de investimentos nessa área. Abaixo são descritos de forma sucinta alguns prêmios importantes de inclusão digital no Brasil.

PRÊMIO TELEMAR DE INCLUSÃO DIGITAL

O Instituto Telemar, organização sem fins lucrativos que atua na área de responsabilidade social, realiza o II Prêmio Telemar de Inclusão Digital com o objetivo de reconhecer as iniciativas voltadas à inclusão digital no País. O Grupo Telemar criou o Instituto Telemar para potencializar suas ações de responsabilidade social. Com a criação do Projeto Telemar Educação, no ano de 2000, a organização foi uma das pioneiras no investimento na democratização do conhecimento através do acesso à informática.

“O Instituto Telemar tem como foco o desenvolvimento e o apoio a projetos que utilizam base tecnológica. Nossa missão é promover o desenvolvimento da cidadania por meio da democratização do conhecimento e da valorização da diversidade cultural brasileira”, declara José Augusto da Gama Figueira, presidente do Instituto Telemar.

Em sua segunda edição, o prêmio também abre oportunidade para que jornalistas de todo o Brasil inscrevam reportagens, ensaios e artigos veiculados em mídia impressos sobre o tema. Ao todo, serão distribuídos cerca de R$ 312 mil em prêmios que variam de R$ 5 mil a R$ 20 mil.

A nova categoria visa reconhecer a contribuição da imprensa na divulgação e no reconhecimento de iniciativas que tenham como objetivo a inclusão digital. O Prêmio visa estimular o desenvolvimento e a adoção de soluções eficientes que possam ser facilmente empregadas, alcançando parcelas da população que ainda não têm acesso à tecnologia digital.

O II Prêmio Telemar de Inclusão Digital tem abrangência nacional e pretende reconhecer iniciativas de diversos estados e organizações. Os prêmios serão destinados a três áreas de atuação ou regiões (Norte/Nordeste, Sul/Centro-Oeste e Sudeste) e serão definidos de acordo com as seguintes categorias:

Organizações do Terceiro Setor que impulsionam e realizam ações em prol do desenvolvimento digital da população; Universidades, faculdades, centros de estudo e pesquisa geradores e disseminadores da democratização do conhecimento; Escolas que realizam projetos de inclusão digital e que tenham também perfil multiplicador; Empresas privadas que executem projetos próprios com contribuição significativa à inclusão de comunidades sem acesso à tecnologia digital; e Imprensa.

Uma comissão julgadora formada por líderes representantes de governos, empresas e sociedade civil premia os projetos, considerando como critérios o impacto social, a relação custo-benefício do projeto, e a inovação.

Os três primeiros lugares nas categorias Escolas, ONGs e Universidades em cada uma das regiões, recebem o Troféu de Excelência em Inclusão Digital e uma premiação em dinheiro.

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O regulamento completo do II Prêmio Telemar de Inclusão Digital – Edição 2005 está disponível no site www.institutotelemar.org.br.

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ANEXO VI - Plano de Marketing II

Data de Início da Atividade: 15/12/2006Data de Término: 08/05/2006

Divulgação do Telecentro Jardim Autódromo à própria comunidade local

Atualmente, é tarefa muito difícil encontrar organizações que não utilizem ou utilizem pouco os conceitos de marketing. Até mesmo as organizações voltadas para o social, como as ONGs e organizações do Terceiro Setor (no caso, os Telecentros), utilizam essas orientações para a arrecadação de fundos, divulgação de projetos (produtos) e definição de sua área de atuação.

A atração de novos clientes e manutenção de clientes antigos são ações necessárias a qualquer organização. Sem a utilização dos conceitos de marketing, não seria possível alcançar tais ações. Portanto, é muito improvável que uma empresa ou organização sobreviva ignorando as ações de marketing.

Ao elaborarmos um Plano de Marketing para o TC Jardim Autódromo, é necessário especificar alguns componentes do marketing estratégico desta organização.

Primeiramente, é preciso estabelecer o público-alvo da campanha de divulgação do projeto de inclusão digital efetiva. Isto é, quem serão as pessoas que deverão ser atingidas por tal atividade de marketing. Esta definição pode ser feita através dos questionários desenvolvidos pelo grupo, pela lista de usuários controlada pelos funcionários do TC, ou pelo perfil das pessoas que participam dos cursos da organização.

Após esta definição do público-alvo, a organização deve decidir seu posicionamento no ramo de atuação. Explicando de uma forma sucinta, o posicionamento é a forma como a organização se colocará junto ao seu público-alvo. Por exemplo, caso o Telecentro queira se estabelecer como uma ferramenta de verdadeira inclusão digital, o mesmo deve exaltar sua importância não só no contexto social (uma forma de lazer e de retirada das crianças da rua), mas também como uma peça importante na formação dos indivíduos, tanto profissional quanto culturalmente.

Isso poderia ser feito através de campanhas que mostrassem a relevância e a necessidade da pessoa ser incluída digitalmente. Esse processo seria facilitado pelo fato de que a maioria da população sabe da importância da informática, o que foi evidenciado na dinâmica que o grupo fez com a população local.

O papel social representado pelo Telecentro não pode ser deixado de lado e muito menos rejeitado, pois esta é a principal forma de atratividade da entidade para a população, principalmente junto ao público jovem. Porém, ao receber estas pessoas, o Telecentro deve deixar bem claro qual sua verdadeira intenção. Caso contrário, causará uma distorção entre sua missão e objetivos, e suas atividades e ações. Com este posicionamento distorcido, não poderá alcançar resultados satisfatórios.

Por último, o Telecentro deve ter um controle sobre como esta política de marketing impacta na população, mais especificamente em seu público-alvo. Desta forma, terá

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condições de saber se está atingindo as pessoas certas e da maneira que gostaria. Um modo de conseguir este controle é levantar informações sobre o motivo da procura de novos usuários, qual o perfil dos usuários do TC e se este mudou após o plano de divulgação.

Este é um roteiro básico para que o Telecentro, através de campanhas de marketing, possa se estabelecer junto à comunidade do Jardim Autódromo de forma mais clara, objetiva e coerente com seus objetivos, somando ao seu papel social elementos que levem a uma inclusão digital efetiva.

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ANEXO VII - Análise dos Questionários Aplicados na Comunidade Jardim Autódromo

Análise das Respostas ao Questionário

A aplicação de questionários na comunidade tinha a finalidade de descobrir o perfil das pessoas que vivem na região próxima ao Telecentro, fosse ela usuária ou não do mesmo. Além disso, tinha o propósito de descobrir qual a imagem que essas pessoas têm do TC Jardim Autódromo e da entidade Centro Comunitário Jardim Autódromo (CCJA).

Infelizmente a realização destes objetivos ficou prejudicada pelas dificuldades de aplicação dos questionários na comunidade, que impediu um número maior de respondentes, e em razão da dificuldade de interpretação das perguntas pelos respondentes, que na maioria eram jovens e crianças.

Foram respondidos 38 questionários, sendo que destes 20 por menores de 18 anos. O nível de escolaridade das pessoas variou bastante, não podendo ser levado como um fator para caracterizar a população entrevistada.

De modo geral, as pessoas responderam que procuravam o Telecentro pelos seguintes motivos: (i) por ser viável economicamente, pois não possuem condições de pagar um curso de informática; (ii) pela necessidade de informática no mercado de trabalho; e (iii) por ser um local de lazer próximo da comunidade.

As pessoas apresentaram sugestões e propostas de melhorias para o TC Jardim Autódromo, sendo que as mais freqüentes foram: (i) maior oferecimento de cursos, tanto de informática (como a elaboração de páginas na internet) quanto profissionalizantes (como cursos de telemarketing, noções administrativas); (ii) ampliação do espaço físico do TC; e (iii) modernização das máquinas, principalmente com a disponibilizarão de som e fones aos usuários.

Um tema que se mostrou controverso na comunidade foi a possibilidade de abertura do Telecentro aos domingos. Os respondentes mais novos concordam com a abertura do estabelecimento neste dia: argumentam que seriam mais uma opção de lazer e que atenderia pessoas que só podem freqüentar aos finais de semana. Já as pessoas com mais idade discordam deste pensamento, e vêem nesta possibilidade um gasto desnecessário, pois a abertura durante a semana já atende as necessidades latentes da população.

A conclusão que é possível chegar com a análise das respostas é que, na comunidade do Jardim Autodromo, o Telecentro assume um papel muito mais importante na área social do que economicamente. Ou seja, as pessoas não vêem o Telecentro como uma oportunidade de ter acesso as TICs e, consequentemente, melhorar o currículo e o nível cultural, ter acesso à Internet, obter informações e se manter atualizado com novas tendências.

A comunidade considera que a importância do Telecentro é "tirar a garotada da rua", papel que poderia ser facilmente substituído por qualquer outra iniciativa de lazer que tivesse esse mesmo fim.

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Portanto, percebe-se o quanto é necessário elaborar um plano de marketing para, ao menos, tentar conscientizar a comunidade sobre a importância das TICs e sua função na sociedade.

Metodologia de Aplicação e Modelo de Questionário Utilizado na Pesquisa

A metodologia de aplicação do questionário consistiu na utilização de voluntários convocados e selecionados pelos funcionários do TC Jardim Autódromo. O grupo transmitiu instruções a respeito do método de aplicação dos questionários, como busca de diversidade de gênero, idade, escolaridade, que na medida do possível representasse o perfil da comunidade.

O grupo entende que esta metodologia pode não ter sido adequada, em virtude da falta de devido treinamento dos entrevistadores. No entanto, como não houve maior interação entre o grupo e os funcionários do TC que colaboraram com a pesquisa, esta é apenas uma suposição para a falta de consistência verificada. Não é possível tirar maiores conclusões a respeito do sucesso ou fracasso da metodologia empregada sem a interação com estes funcionários.

QUESTIONÁRIO – TELECENTRO JARDIM AUTÓDROMO

Por favor, responda as questões abaixo a respeito do NOSSO telecentro:

Onde foi respondido?

No Bairro No Telecentro

DADOS PESSOAIS

1) Nome: _______________________________________ (opcional)

2) Idade: ______

3) Sexo: Feminino Masculino

4) Profissão: ______________________________

5) Está estudando? Sim Não

6) Escolaridade: (marcar a série que está estudando ou em que parou) Até 1ª série do 1º grau Até 4ª série do 1º grau Até 8ª série do 1º grau Colegial incompleto Colegial cursando Colegial completo Superior incompleto Superior cursando Superior completo

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7) Morador de que Região? ________________________________________

8) Há quanto tempo?___________________

9) Renda Familiar Mensal: Menos de 1 salário mínimo Entre 1 e 4 salários mínimos Entre 4 e 7 salários mínimos Entre 10 e 13 salários mínimos Entre 13 e 16 salários mínimos Entre 16 ou mais salários mínimos

10) Tem filhos? Sim Não

11) Quantos? ________

12) Com que idade? _________

PERGUNTAS SOBRE O TELECENTRO

1) O senhor conhece o Telecentro do Jardim Autódromo? Sim Não Já ouvi falar

2) O senhor já utilizou o Telecentro? Sim Não Já ouvi falar

3) Para que procurou o Telecentro? Chat Blog Enviar e-mail Preparar trabalho da escola Procurar emprego / Preparar currículo Usar a Internet Trabalhar – fazer atividades profissionais Fazer curso via Internet Outros. Especificar: __________________________________

4) O senhor acha que o Telecentro traz benefícios para a comunidade? Sim Não

Por quê? _________________________________________________________

5) Que nota de 0 a 10 o senhor dá ao Telecentro?____ (0, 1, 2, 3, etc. – números inteiros)

6) No que o telecentro pode melhorar? Internet mais rápida Poder ouvir som / música “Travar” menos Ter impressora / Poder imprimir mais Poder rodar programas de imagem

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Poder jogar Instalar Word / Windows (Microsoft) Cursos Outros:_________________________________________________________________

7) Você gostaria que o Telecentro abrisse aos domingos? Sim Não

8) Você faria cursos de informática no Telecentro? Sim Não

Por quê sim ou Por quê não?__________________________________________________________________________________________________________________________________

9) Quais? Editor de texto / Word Como fazer um currículo Planilha / Excel Internet Como montar um blog Planilha / Excel Editor de Imagem Web design Programação de computador Informática como fonte de renda Outros:________________________________________________________________

10) Em função do trabalho, escola, etc., Você poderia fazer cursos com duração de até: 1 semana 1 mês até encontrar trabalho outra resposta: __________________________________

10) Que horário Você prefere fazer cursos no Telecentro? de manhã de tarde à noite aos sábados aos domingos

PERGUNTAS SOBRE A ASSOCIAÇÃO

1) O senhor conhece a Associação Comunitária do Jardim Autódromo? Sim Não Já ouvi falar

2) O senhor acha que a Associação traz benefícios para a comunidade? Sim Não

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Por quê? _________________________________________________________

3) O senhor já utilizou os serviços da Associação? Sim Não Já ouvi falar

4) Qual foi o motivo da procura? (Ou, se for o caso, o que impediu a procura?)R:_______________________________________________________________

5) Se sim, ficou satisfeito? Sim Não

6) Que nota de 0 a 10 o senhor daria à Associação?____ (0, 1, 2, 3, etc. – números inteiros)

7) O senhor já fez alguma doação para a Associação Comunitária do Jardim Autódromo? Sim Não

8) Se sim, de que forma (dinheiro, roupas, comida, etc.)? _________________________

9) Se contribuiu e parou de contribuir, qual foi o motivo?R: ________________________________________________________

10) O senhor já foi voluntário da Associação Comunitária do Jardim Autódromo? Sim Não

11) O que fez?_______________________________________________

12) Se ainda não é voluntário da Associação, o Senhor gostaria de ser? Sim Não

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ANEXO VIII - Estudo Estratégico sobre Inclusão Digital

Data de Início da Atividade: 04/08/2005Data de Término: 10/05/2006

A inclusão digital deve favorecer a apropriação da tecnologia de forma consciente, que torne o indivíduo capaz de decidir quando, como e para que utilizá-la. Do ponto de vista de uma comunidade, a inclusão digital significa aplicar as tecnologias a processos que contribuam para o fortalecimento de suas atividades econômicas, de sua capacidade de organização, do nível educacional e da auto-estima de seus integrantes, de sua comunicação com outros grupos, de suas entidades e serviços locais e de sua qualidade de vida.

Relatório “O que as empresas podem fazer pela inclusão digital”, editado pelo Instituto Ethos e CDI

Trabalhar com o terceiro setor consistirá, em muitos casos, envolve-se em temas tratados por políticas públicas do governo. O governo, bem como as empresas, podem ser atores relevantes para entender os sucessos e fracassos do terceiro setor em determinada área. Assim, para trabalhar com o terceiro setor, será necessário entender os aspectos específicos da Administração Pública (a dinâmica das políticas públicas e os problemas do Estado), as contribuições da Administração de Empresas (como motivar e como ser eficiente) e os problemas próprios do terceiro setor (sustentatibilidade, articulação institucional, accountability e qualidade do serviço – os 4 desafios de gestão do terceiro setor).

Conclusões do Grupo PESC de Inclusão Digital

1. Objetivo do Estudo

O objetivo deste estudo foi colher algumas idéias e um instrumental teórico que subsidiasse o trabalho de consultoria social a ser prestado a um Telecentro da Cidade de São Paulo. Pretendeu-se identificar o que é e como é possível realizar uma “inclusão digital mais eficaz”.

Por consultoria social entendemos um tipo de serviço que vai além da consultoria tradicional, incluindo elementos essenciais a organizações do terceiros setor.

Por consultoria tradicional entendemos a análise organizacional, análise dos métodos e práticas de trabalho da organização, análise de seu ambiente externo e interno, etc., que utilizam o ferramental teórico da administração, economia e contabilidade para identificação e resolução de problemas.

Já o que entendemos que caracteriza uma consultoria do tipo “social” inclui, além deste ferramental, instrumentos multidisciplinares que identificam e resolvem problemas diretamente relacionados à comunidade. Por exemplo, uma consultoria “social” a uma organização que trate de saúde pública envolverá um entendimento mínimo de questões desta área do conhecimento (isto é, do seu negócio) para que seja minimamente eficaz. Em outras situações, tal consultoria envolverá compreender a dinâmica da comunidade e como ela poderá se organizar, articular e se apropriar dos resultados de suas ações. Em

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suma, como desenvolver a articulação comunitária. Não raramente, uma consultoria social eficaz envolverá estes dois aspectos: entendimento do “assunto” de que trata a organização e da dinâmica específica com seu principal stakeholder: a comunidade.

Assim, este trabalho procura trata dos dois aspectos acima em relação às políticas de inclusão digital: entender as questões do assunto “inclusão ditigal”, e como empreender a articulação comunitária em políticas que envolvam inclusão digital, a fim de viabilizar uma “inclusão digital mais eficaz”.

2. Inclusão Digital, Inclusão Social

Segundo o Mapa da Exclusão Digital no Brasil da Fundação Getúlio Vargas – FGV, existiam 149 milhões de excluídos digitais no país em 2003. Este dado mostra que grande parcela da população brasileira não usufrui dos benefícios da informática e da profusão de conhecimentos possibilitada pela Internet12.

A intenção deste relatório da FGV é permitir traçar o público-alvo das ações de inclusão digital. As áreas de maior exclusão são justamente aquelas de menor desenvolvimento humano, social e econômico do país:

Fonte: FGV

Segundo este mesmo relatório, “A melhor forma de combater o apartheid digital a longo prazo é investir diretamente nas escolas, de modo que os alunos possam ter acesso

12 Existem divergências a respeito do conceito de exclusão/inclusão digital. Basicamente dividem-se em dois grupos: aqueles que consideram incluídos os que possuem acesso a um computador, e aqueles que além do acesso ao computador levam em conta o acesso à Internet.

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desde cedo às novas tecnologias.” A pobreza está associada fortemente à falta de oportunidades, que são representadas hoje pelo acesso e capacidade de uso de tecnologias da informação, bem como interpretação da informação. Compensações sociais não resolverão o problema. É necessário criar políticas que efetivamente criem novas oportunidades aos excluídos da sociedade.

Mas o que é incluir digitalmente? Basta o acesso à tecnologia?

A inclusão digital não se limita ao acesso às tecnologias da informação e comunicação (TICs) e seu uso. Ela se relaciona à motivação e à capacidade para utilização destas tecnologias de forma crítica e empreendedora. Os objetivos de uma inclusão digital que se diga eficaz devem envolver, necessariamente, o uso da tecnologia para o desenvolvimento pessoal e comunitário, para a construção de uma consciência histórica, política e ética, para a qualificação profissional e geração sustentável de renda e emprego, para a produção e disseminação do conhecimento, e para a ação cidadão e transformação social.

As possíveis ações para o alcance destes objetivos são variadas e a criatividade exerce um grande papel para tanto. Alguns exemplos e idéias são:

Desenvolvimento pessoal e comunitário: o domínio das TICs motiva as pessoas e aumenta sua auto-estima. Ações como cursos, oficinas, grupos de discussão podem ser instrumentos para tanto. Discutir os problemas da comunidade apoiando-se nos instrumentos da tecnologia, cobrar resultados dos representantes via e-mail, buscar e disseminar informação de interesse comum são formar de desenvolvimento comunitário com o uso das TICs.

Consciência histórica, política e ética: iniciativas de jornalismo comunitário, contar a história da comunidade via TICs, discutir seus problemas, etc.

Qualificação profissional e geração sustentável de renda e emprego: políticas compensatórias não são suficientes para garantir a redução da pobreza. Neste cenário, as TICs possuem um papel fundamental como disseminadoras do conhecimento e instrumentos para geração sustentável de renda e emprego.

Produção e disseminação do conhecimento: a comunidade também pode ser uma produtora de conhecimento. Produção de conhecimento depende de massa crítica e de pessoas interagindo com esse objetivo. As TICs podem ser meios de aproximação de pessoas em busca de conhecimento.

Ação cidadão e transformação social: a utilização da Internet depende da capacidade de leitura e interpretação da informação pelo usuário (no caso da Internet) e de sua rede social (no caso do e-mail), ao contrário do uso de um caixa eletrônico ou celular que pode ser operado sem maior necessidade interpretativa. A inclusão digital possui uma grande capacidade de inclusão social na medida em que a capacidade de leitura e interpretação da informação passam a ser fundamentais para o indivíduo – inclusão digital e capacidade de interpretação se alimentam mutuamente.

Outras idéias para uma inclusão digital mais eficaz: a informática com o apoio para jornais comunitários, projetos de autogestão, planilhas de cálculo para gestão de negócios locais, bancos de dados de ofícios de pessoas da comunidade, cartas às autoridades, sites na Internet sobre a comunidade, formação de cooperativas de trabalho, associações, grupos de apoio e de estudo.

Existe um índice de inclusão digital?

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Sim, existem vários índices e métodos para se medir a exclusão / grau de inclusão digital. Alguns deles são:

(i) o Índice de Acesso Digital (IAD) da União Internacional das Telecomunicações (UIT) – www.itu.int;

(ii) o Índice de Aptidão para Integrar Redes (Network Readiness Index - NRI) publicado no Relatório Global de Tecnologia da Informação 2002-2003, editado pelo Fórum Econômico Mundial e pela Insead - http://www.unctad.org/en/docs//ecdr2003_en.pdf; e

(iii) o Índice de Inclusão Digital da FGV – IID/FGV – http://www2.fgv.br/ibre/cps/mapa_exclusao/apresentacao/apresentacao.htm.

De forma geral, tais índices baseiam-se na porcentagem de pessoas com acesso a computador e/ou Internet em relação ao total da população.

Obviamente, existem algumas críticas13 em relação a estes índices uma vez que: (i) não identificam a qualidade do acesso à Internet – velocidade da conexão, custo e tempo disponível para ele; (ii) supõem o universo de usuários entre os que possuem computador no domicílio; e (iii) não oferecem pistas sobre a diversidade de usos e relevância da inclusão digital para os usuários.

Vale notar que este Grupo 10 do PESC pretendeu realizar uma pesquisa junto à comunidade justamente para medir a relevância da inclusão digital perante os usuários (item (iii) acima), que é um aspecto pouco estudado da inclusão digital e considerado central por SORJ & GUEDES (2005).

Quais são os fatores chave em inclusão digital?

SORJ & GUEDES (2005) dão algumas pistas:

Inclusão digital depende de capacidade de interesse e interpretação de informações e da rede social do usuário.

Em comunidades pobres, o uso do computador e Internet no trabalho e em casa de amigos são meios importantes de inclusão digital.

As políticas de universalização de acesso devem confrontar as complexidades associadas à apropriação efetiva das TICs pelos setores mais pobres da população. É necessário haver conteúdo relevante (*).

13 Ver SORJ, Bernardo e GUEDES, Luís Eduardo. Exclusão Digital: Problemas conceituais, evidências empíricas e políticas públicas. In: Novos Estudos, n.º 72, julho 2005, pp. 101-117. Os autores realizam um interessante estudo estatístico a respeito de diversas variáveis que influenciam ou determinam a inclusão digital em comunidades pobres. Chegam a conclusões até surpreendentes, como o fato de que, apesar do uso do computador no trabalho ser uma grande variável inclusiva na população em geral e na negra em especial, o trabalho atua como fator de exclusão digital em relação ao gênero feminino. Os autores atribuem este fato à grande porcentagem de mulheres pobres que trabalham em empregos domésticos ou de serviços que não utilizam o computador.

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Tais políticas de universalização não serão efetivas se não estiverem associadas a outras políticas sociais, em particular às da formação escolar.

Os telecentros em bairros pobres são utilizados pelos setores que já possuem um nível básico de escolaridade e um maior nível de renda. A política de universalização do acesso à Internet deve ter como objetivo prioritário a rede escolar, único local onde pode ser efetivamente atingido o conjunto da população (opinião dos autores acima).

As políticas devem criar incentivos para aumentar o número de empresas usuárias de informática e Internet que oferecessem cursos a todos os seus empregados (o uso das TICs no trabalho é um dos grandes instrumentos de inclusão digital).

As ONGs (CDI) e telecentros de inclusão digital são iniciativas com impacto quantitativo praticamente residual no acesso pela população periférica14, embora cumpram uma importante função de demonstração e possam ter por vezes um papel importante nas comunidades onde atuam (*).

As políticas públicas são fundamentais para atingir uma escala que as iniciativas voluntárias não têm condição de obter. Elas exigem soluções criativas de licitação de serviços para as comunidades mais pobres, com serviços subsidiados, realizados por empresas privadas, associações comunitárias e/ou ONGs (*).

(*) Estas são as questões relevantes no que se refere à prestação de uma consultoria a um telecentro na Cidade de São Paulo.

3. O Terceiro Setor e As Redes Sociais

É muito comentado o fato de o terceiro setor ainda ser carente de uma adequada capacidade gerencial, que no fundo traduz-se em uma relativamente baixa efetividade das ações deste setor. Neste sentido, as empresas e o governo possuiriam um importante papel de “emprestar” ao terceiro setor esta capacidade pois a dominam mais. Entretanto, por quais meios as empresas e o governo poderiam realizar tal “empréstimo”? Duas respostas imediatas surgem: por meio da responsabilidade social corporativa (por parte das empresas) e por meio de políticas públicas (por parte do governo).

Pela vertente da responsabilidade social corporativa, entende-se que as empresas tomariam ações que beneficiem a comunidade, de uma forma colaborativa e sustentável (e não assistencialista), a fim de cuidar de seus stakeholders e de sua imagem perante a sociedade. É verdade que há uma tendência e um efetivo aumento de envolvimento por parte das empresas. Mas, como iniciativa própria, de boa vontade, qual o alcance dessa tendência? Ela resolverá todos os problemas da sociedade? Vemos que a responsabilidade social corporativa, de iniciativa única e exclusiva das empresas, possui limites.

O governo poderia dotar o terceiro setor de mecanismos para aumento de sua efetividade. É um fato que o número de convênios e repasse de recursos do governo 14 Resultado da pesquisa dos autores no Rio de Janeiro. Este resultado pode ser diferente em São Paulo, que possui mais de 100 telecentros de bairro.

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(mediante cobrança de resultados) às entidades do terceiro setor tem crescido. Isto ocorre em muitas áreas do governo: assistência social, educação, saúde, política habitacional e microcrédito - muitas vezes via cooperativas.

É verdade que o governo possui um papel importante para o desenvolvimento do terceiro setor. Mas ele não possui ampla capacidade para alavancá-lo. Muitas relações entre governo e terceiro setor ainda são de desconfiança e pouca colaboração.

É de se perguntar então: não caberia ao próprio terceiro setor aumentar sua capacidade gerencial e sua efetividade? Como fazer isso? A importância das redes neste cenário tem sido cada vez mais destacada.

Mas o que são redes?

Redes são um tema bastante estudado15 mas que ainda carece de uma definição precisa. Simplificadamente, são grupos de pessoas ligadas por um interesse comum, que podem relacionar-se diretamente ou não (às vezes o interesse pode existir, mas a relação estar apenas latente), que em determinado momento trocam recursos e podem chegar a realizar ações concretas.

Rhodes e Marsh (apud MASSARDIER, 2003) dão a seguinte definição: “agrupamentos ou complexos de organizações ligados uns aos outros por dependência em termos de recursos”. Outra definição foi proposta por Friedberg (apud MASSARDIER, 2003), para quem uma rede “parte da ação dos atores, para compreender como, através de sua ação, eles constroem e transformam os quadros de referência que dão sentido e coerência às suas ações”.

Redes podem ser sistemas fechados, no sentido de o terceiro setor pode enfrentar entraves para fazer parte delas. Um exemplo pode ser uma rede formada por órgãos de governo que atuam no setor da entidade de terceiro setor, que excluem tal entidade das discussões sobre as políticas públicas que a afetam.

Analisar redes importa analisar os movimentos internos de troca entre seus membros e a importância destes em seu interior: enfim, sua dinâmica interna. As redes podem ser grupos compostos por atores diversificados com interesses nem sempre coincidentes e que podem competir e se impor em relação a determinadas políticas públicas. Neste sentido, o mais relevante é compreender os motivos que levam atores com interesses diversificados a manter relações de troca e parceria para agirem juntos. Esta troca envolve tanto recursos materiais (conhecimento, influência, poder) quanto compartilhamento de ideais e uma determinada visão de mundo.

Outro ponto de análise destacado como fundamental para a compreensão das redes é o seu caráter dinâmico e orgânico, no qual as regras de funcionamento são informais e decididas no processo de agir da própria rede, motivo pelo qual não se compatibilizam com teorias estáticas e distanciadas da observação das inter-relações entre seus atores.

Mas qual a importância das redes para o terceiro setor?

15 MANUEL CASTELLS, professor da Universidade da Califórnia – Berkeley, é um dos grandes especialistas no assunto.

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As redes podem ser um instrumento para alavancar a responsabilidade social corporativa (aí sim, os potenciais desta são muito grandes) e influenciar políticas públicas.

Obviamente, o papel das lideranças e dos articuladores destas redes por parte do terceiro setor é muito grande. Não raro exemplos de consultoria social16 mostram que muitas organizações do terceiro setor são ligadas a uma liderança forte, um visionário, não raro seu fundador, com grande devoção à entidade. As entidades do terceiro setor estão preparadas para substituir essas pessoas se necessário? Muitas vezes não.

As redes podem ser uma forma de manter a continuidade da organização, bem como de agregar novas lideranças e forças em prol da sua causa.

A discussão sobre redes não deve ser considerada apenas sob o ponto de vista do compartilhamento do conhecimento, mas também a partir da constatação de sua influência para o entendimento da transformação das relações sociais. Muitos movimentos sociais e de mudanças são articulados sob a forma de redes, mais articuladas ou não. Redes também são importante para a construção do que pode se chamar de “capital social”, tema que será abordado mais abaixo.

O Governo é capaz de Alavancar Redes? É aconselhável que o faça?

Uma das funções do Estado Moderno é propiciar a inclusão social. Pode ocorrer que os excluídos não tenham como passar por um processo de inclusão, em razão do grau elevado de alienação do todo tipo de recursos necessário para tanto. Nestes casos, o interesse do Estado em propiciar a inclusão deve corresponder a uma grande disposição para utilizar recursos financeiros e institucionais neste processo.

No entanto, deve-se lembrar que os movimentos na sociedade possuem uma legitimidade própria. Mesmo com amplos recursos, o Estado não poderá “comprar” essa legitimidade. Assim, o seu papel é criar mecanismos de expressão: possibilitar que a sociedade expresse sua “voz”.

Para se trabalhar com redes, é necessário identificar sua existência, sua dinâmica, quais são os interesses defendidos e quais são os excluídos, de modo a possibilitar sua participação efetiva no processo de construção das políticas públicas.

4. Articuladores Comunitários e a Construção do Capital Social

Muito enfoque é dado ao tratamento das deficiências nos capitais físicos, financeiros e humanos das organizações. Mas pouca atenção é dispensada ao capital social. Não se percebe que um dos principais fatores para o oferecimento de políticas de inclusão digital efetivas é a existência e o devido equacionamento do capital social envolvido.

Mas o que é Capital Social?

Capital Social é um conceitos das ciências sociais e políticas que vem sendo cada vez mais incorporado ao arcabouço teórico das ciências da administração e da economia, para explicar o desenvolvimento econômico e a efetividade de determinadas atividades 16 Vide conclusões do Relatório Final do Projeto São Joca, ganhador Prêmio PESC 2004/2005, disponível em www.fea.usp.br.

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e organizações. Por ser um conceito de origem recente – as primeiras menções são da década de noventa – não há ainda uma definição precisa de capital social. Alguns autores arriscam definições enfocando em um ou outro viés.

Coleman (1990)17 trabalha com o conceito no plano individual, apontando a capacidade de relacionamento do indivíduo, sua rede de contatos sociais baseada em expectativas de reciprocidade e comportamento confiáveis que, no conjunto, melhoram a eficiência individual.

No plano coletivo, o capital social ajudaria a manter a coesão social, pela obediência às normas e leis; a negociação em situação de conflito e a prevalência da cooperação sobre a competição, o que resultaria em um estilo de vida baseado na associação espontânea, no comportamento cívico, enfim, numa sociedade mais aberta e democrática.

Para Putnam (1984)18, um dos pioneiros nos estudos sobre capital social, o capital social se reflete no grau de confiança existente entre os diversos atores sociais, seu grau de associativismo e o acatamento às normas de comportamento cívico, tais como o pagamento de impostos e os cuidados com que são tratados os espaços públicos e os “bens comuns”. Enquanto o capital humano é produto de ações individuais em busca de aprendizado e aperfeiçoamento, o capital social se fundamenta nas relações entre os atores sociais que estabelecem obrigações e expectativas mútuas, estimulam a confiabilidade nas relações sociais e agilizam o fluxo de informações, internas e externas.

O conceito de capital social fundamentado em práticas associativas acumuladas historicamente tem sido utilizado para explicar diferenças na qualidade do governo e nos níveis de desenvolvimento econômico (Putnam).

Em suma, o capital social pode ser definido como as normas, valores, instituições e relacionamentos compartilhados que permitem a cooperação dentro ou entre os diferentes grupos sociais. Dessa forma, são dependentes da interação entre, pelo menos, dois indivíduos. Assim, fica evidente a estrutura de redes por trás do conceito de capital social, que passa a ser definido como um recurso da comunidade construído pelas suas redes de relações.

Elementos do Capital Social

Autores e a Literatura sobre o assunto costumam identificar que o capital social é composto dos seguintes elementos19:

Associações horizontais entre pessoas: são normas associadas a redes associativas que afetam a produtividade e o bem-estar da comunidade; redes sociais que podem aumentar a produtividade ao reduzir, por exemplo, os custos relacionados com o estabelecimento de empresas ou com a definição de acordos entre particulares.

Inclui redes horizontais e redes verticais entre pessoas e organizações, bem como os comportamentos entre e dentro das organizações. Vai mais além das divisões sociais existentes (mesmas classes sociais, pessoas da mesma religião,

17 Apud Rattner (2003).18 Apud Rattner (2003).19 Extraído de http://www.adm.ufba.br/capitalsocial/

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membros do mesmo grupo étnico, redes sócio-profissionais). Sair da própria classe ou divisão social implica poder ter acesso a informação e recursos materiais fundamentais para a comunidade ou grupo de origem.

Inclui o ambiente social e político em que se situa a estrutura social. Inclui as normas, as formas de governo, o regime político, a eficácia social do direito, o sistema judiciário (a justiça e sua aplicação), o respeito das liberdades civis e políticas. A forma de organização e as instituições sociais (no sentido amplo) têm, assim, grande importância na qualidade e na quantidade de capital social em uma sociedade dada.

Neste sentido, pode-se ver grande relação entre o capital social e as teorias econômicas sobre a importância das instituições. Há muitos elementos que também ligam o capital social às teorias explicativas do desenvolvimento econômico.

Papel do Estado

Kliksberg (2001)20 ressalta o papel fundamental do Estado na criação do capital social. Citando vários estudos realizados pelo Banco Mundial e universidades norte-americanas, evidencia-se uma correlação significativa entre o grau de confiança geral e as normas de cooperação prevalecentes na sociedade com os avanços no desenvolvimento econômico e social.

Por outro lado, a exclusão social - fenômeno típico nas sociedades periféricas neste século, que se revela na fome, falta de abrigo e falta de acesso ao mercado de trabalho – está relacionada à desconstrução de filiações e laços sociais e, particularmente, ao estreitamento das possibilidades de acesso a oportunidades de trabalho. Pode-se afirmar que a exclusão como desvinculação é um dos efeitos mais fortes das novas desigualdades associadas ao processo de reestruturação produtiva, que se traduz no trânsito do subalterno para o descartável21.

Rattner (2003) aponta algumas soluções para este problema de desagregação social, em que o papel do Estado é muito forte:

“A democratização da cultura, através da criação de espaços culturais acessíveis às populações desfavorecidas, permite criar vias de integração. Atividades culturais podem funcionar como um sistema educativo complementar, reforçando o trabalho da escola, inclusive para adolescentes e adultos que abandonaram antes do tempo o ensino oficial. Desenvolvendo uma ampla variedade de programas, os espaços culturais podem oferecer opções alternativas de identidade, pertinência e participação social. A família, instituição social básica de integração social, seria a principal beneficiada por programas culturais, reforçando os vínculos afetivos e espirituais que contribuem à melhoria do rendimento escolar das crianças e no desenvolvimento de sua inteligência emocional e criativa. Outro aspecto positivo reside no estimulo a uma cultura de saúde preventiva, envolvendo todos os membros da família.”

Redes e Fluxo de Capital Social

20 Apud Rattner (2003).21 Pode-se dizer que na moderna sociedade de consumo tudo ficou descartável – até o ser humano.

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Conforme dito acima, redes se referem a relações ou possíveis relações em latência. Só é possível observá-las com todos os seus elementos quanto se desenvolvem relações efetivas. Mas ela é mais uma emergência de relações do que uma entidade claramente observável. Assim, é difícil mensurá-la e mesmo aceitar o termo capital social quando referido a redes. Dessa idéia deriva que, em vez de estoque de capital social, a idéia de fluxo seria mais apropriada, já que se trata de movimentos de relacionamentos que criam várias ordens e possibilidades.

O fluxo de capital social permitiria, assim, compartilhar informações e diminuir a incerteza acerca da conduta de outros; reduzir a incidência de atitudes oportunistas, por meio de coordenação; incentivar o prosseguimento de ações exitosas, graças ao caráter reiterativo da cooperação; fomentar a tomada de decisões coletivas; e obter resultados para todos os participantes (Ferrarezi, 2003).

Um dos melhores exemplos de capital social é dado por Putnam (1996)22: o microcrédito (ou crédito rotativo), em que as pessoas, na falta de capital físico, empenham suas relações sociais no chamado “aval solidário”. A combinação, até certo ponto desconhecida de regras de reciprocidade, confiança, redes de relações sociais e participação cívica, parece compor o capital social.

Capital Social e Políticas Públicas – Novamente o Papel do Estado

“São inúmeros os programas governamentais que vêm incentivando a criação de associações de artesãos, de pequenos produtores, de organização local para aproveitamento de potencialidades. Mudar a percepção dos indivíduos acerca da possibilidade do jogo soma positiva, influir para revigorar a sociabilidade perdida também é papel das políticas públicas.” (Ferrarezi, 2003)

Assim, o capital social é muito utilizado para falar em integração de excluídos. Mas há que se ter em conta que políticas públicas podem erodir a iniciativa voluntária e os níveis de confiança existentes em comunidades, conforme salientou-se acima quanto à conveniência de o Estado alavancar redes. O Estado deve tomar o cuidado de não subtrair a legitimidade da rede ao alavancá-la.

A importância do tema também diz respeito ao empoderamento da população23, que permitiria distribuir o capital social e interferir nos processos políticos. É cada vez mais comum que políticas públicas de redução da pobreza e desigualdade incentivem a formação de redes e a geração de capacidades para as pessoas exercerem, com autoridade, os processos que afetam diretamente seu bem-estar.

Esse envolvimento dos cidadãos exige, de certa forma, um aprendizado que valorize a coisa pública e o bem-estar coletivo, porque o capital social pode mesmo vir a prejudicar o desenvolvimento social e democrático em situações em que as redes e normas beneficiam aqueles que estão mais fortemente inseridos, em detrimento daqueles que não estão.

Assim, o capital social é parte do problema e da solução da desconstrução das filiações e laços sociais que caracteriza a exclusão social.22 Apud Ferrarezi, 2003.23 Definindo de forma simples, empoderamento é fornecer a outros o poder para tomar alguma ação.

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Se o capital social é parte do problema e da solução, as políticas públicas devem reforçar o papel delas de regulador dessa equação, dada a sua capacidade de aumentar ou reproduzir as desigualdades existentes entre grupos que desfrutam vantagens econômicas e aqueles pobres em capital social. Isso implica criar mecanismos institucionais e legais que favoreçam a formação de determinados tipos de redes que possibilitem gerar impactos positivos sobre a população e sobre as políticas públicas. É sob a perspectiva do papel político das redes de conexões sociais que o capital social deve ser apreciado.

Com relação ao Telecentro, isto quer dizer que ele não deve servir de porta para poucos. Isto pode gerar um sentimento de favoritismo e elitismo dentro da comunidade. Podem surgir sentimentos do tipo “apenas alguns conseguem se beneficiar e apreender o que o TC tem a oferecer”, “não pensaram na minha situação especial”, “não pensaram em mim”, o que pode gerar um clima de inveja e desconfiança. Seria interessante medir se existe algum traço destes sentimentos na comunidade atualmente. Portanto, o TC deve procurar incluir cada vez mais, conscientizando as pessoas para a importância da coisa pública, e cobrando co-responsabilização.

O que é co-responsabilização?

É o fato de que a pessoa beneficiada por algo que a sociedade lhe dá (escola gratuita, remédio gratuito, bolsa-alimentação, bolsa-família, ruas de acesso gratuito, segurança gratuita, meio ambiente gratuito – acesso a uma praia, por exemplo) deve se responsabilizar em troca: se responsabilizar pela conservação desse bem, pelo seu bom uso e aproveitamento, pensando que outros também o aproveitarão.

A co-responsabilização pode ser um instrumento da política pública a controlador os efeitos negativos do capital social: quem possui mais acesso deve possui também maiores responsabilidades. Assim, procura-se limitar os caçadores de renda e os caroneiros24, e garantir que recursos subsidiados cheguem a quem realmente precisa.

Os Articuladores Comunitários

A construção de novos espaços e compromissos públicos requer não apenas um envolvimento político e institucional amplo, mas sobretudo que as organizações da base da sociedade se expressem como fatores de reconstrução de poderes locais, o que envolve confrontação e pactuação.

É fundamental que sejam geradas as condições políticas e pedagógicas para que o desenvolvimento local seja um desejo elaborado e não um disfarce. Para tanto, o papel dos articuladores comunitários é fundamental. Agentes comunitários são fundamentalmente atores sociais capacitados para a transformação, que atuam como disseminadores de conhecimento na comunidade e facilitadores de novas articulações.

Num país com graves carências educacionais como o nosso, o simples fato de capacitar as pessoas da comunidade, em vários níveis e com vários conteúdos imprescindíveis à realização das ações cidadãs, já é um passo importante para a modificação de suas condições de vida. 24 Caçadores de renda ou caroneiros são aqueles que procuram uma fonte de renda ou uma vantagem a ser aproveitada, sendo que não arcam integralmente com todos os custos dos benefícios que auferem.

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Na verdade, esta-se falando, em primeiro lugar, de uma capacitação que tem como objetivo maior preparar as pessoas para colocarem um projeto de desenvolvimento em marcha, cujo pano de fundo são ações cidadãs.

Capacitar articuladores comunitários ou construir capacidades em articulação comunitária é desenvolver um processo educativo no sentido de preparar todos os participantes das ações e especialmente as lideranças para atuarem melhor, criarem novas alternativas de ação e tornarem a comunidade cada vez mais autônoma na busca do seu desenvolvimento.

Nos momentos de capacitação encontram-se, de um lado, aspirações e necessidades individuais e coletivas e, de outro, conceitos, métodos e técnicas que podem ajudar a tornar as pessoas mais sensíveis para os problemas da comunidade e mais preparadas para o encaminhamento das melhores soluções.

Os sujeitos a serem capacitados são lideres, empresários, agentes comunitários, participantes das organizações comunitárias e ONGS, lideranças de todo tipo e a população ligada, de alguma forma, ao projeto de ação.

Os temas vão desde temas gerais como elementos para uma pesquisa participativa, gestão, planejamento, acompanhamento e avaliação até assuntos específicos, estreitamente ligados à natureza da ação e dependem dos projetos e das necessidades surgidas. Esta amplitude de temas é importante para que as ações sejam efetivas e resultados concretos sejam alcançados.

Cabe ainda lembrar que os momentos de capacitação são também oportunidades de troca de informações, de valorização e apropriação de saberes e práticas presentes na comunidade, de estabelecimento de relações mais próximas, de união dos participantes. A idéia é viver, nesta etapa, um processo educativo que estimule a prática dialógica, participativa e democrática, que seja sustentada durante todo o processo de desenvolvimento das ações locais.

Nos processos sociais, pode-se dizer que as informações que transitam pelos canais das redes de comunicação da comunidade são os elos básicos que dão consistência a essa rede.

A articulação em rede pode ser fator de desinstalação de culturas políticas tradicionalmente dominantes, não apenas o patrimonialismo e o clientelismo, mas também o hegemonismo.

Assim, é necessário que existam articuladores comunitários capacitados para desenvolver suas redes na comunidade, redes estas inclusivas, que possam fincar as bases para ação comunitária.

Método de Articulação Comunitária – Ciclo de Ações Cidadãs

O Ciclo de Ações Cidadãs é uma técnica desenvolvida para dotar a comunidade e suas lideranças de estratégias para a ação comunitária. Envolve o difícil desafio de articular interesses e direcioná-los a um fim. As etapas desse ciclo são:

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1. Iniciativa e Contatos Preliminares

2. Estudo Prévio e Seleção da Localidade para Atuação

3. Contato com a comunidade

4. Preparação e Realização de Debate

5. Capacitação dos Atores sociais

6. Elaboração de Diagnóstico Local

7. Estabelecimento da Agenda Local

8. Busca de parcerias

9. Execução das Ações

10. Acompanhamento e Avaliação

Detalhes a respeito de cada uma das etapas deste ciclo e sua metodologia podem ser encontrados nos Cadernos da Oficina Social da Rede Nacional de Mobilização Social25. Tais Cadernos possuem forte inspiração nas ações de Herbert de Souza (o Betinho).

Articulação Comunitária em Inclusão Digital

Segundo a experiência do Sr. Kiminoshim Yoshida26, coordenador da equipe de implementação de Telecentros em São Paulo entre 2001-2004, a articulação comunitária é uma tarefa difícil. É necessário ter uma clara avaliação das iniciativas existentes no local. Constata-se, no entanto, que o desenvolvimento de atividades integradoras nos TCs pode ser uma dos meios para obtenção da articulação e envolvimento comunitário. Tais atividades são, por exemplo:

Oficinas de Html Campeonatos de games Cinema Oficina de criação de sites TC possuir uma biblioteca

Devem ser ressaltados os pontos integradores da política de TCs: os moradores aprendem a negociar, exercendo a cidadania. Isto gera uma diferença de atitude. O TC, portanto, pode ser utilizado para outras articulações além da pura inclusão digital. Por exemplo, o TC pode ser um espaço de discussão da educação pela comunidade ou para iniciativas de economia solidária.

Ao mesmo tempo em que o engajamento e a articulação da comunidade são os diferenciais em um projeto social, não há um roteiro único ou forma segura de implantar

25 Chamamos a atenção em especial para o Caderno “Multiplicadores comunitários de cidadania”, disponível em http://www.coepbrasil.org.br/oficinasocial/cadernos.asp.26 Palestra proferida no projeto Educar na Sociedade da Informação, da Cidade do Conhecimento. Áudio e demais materiais da apresentação estão disponíveis em www.cidade.usp.br/educar/?2005/softlivre/encontro4.

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tal engajamento e articulação. É algo fluído, e não se pode implementar articulação comunitária a força. Deve-se ouvir a comunidade, entendendo suas prioridades e interagindo constantemente.

5. Economia Solidária como Resposta à Pobreza

Proposição do problema

A pobreza e a exclusão social são graves problemas sócio-ambientais: por um lado, são uma ameaça à democracia na medida em que impossibilitam o exercício da cidadania; por outro lado, são uma ameaça ao meio ambiente, uma vez que o consumo dos recursos naturais e a degradação ambiental podem ser utilizados pela parcela excluída como meios de alívio à pobreza. Tais meios, no entanto, são fugazes e alimentam ainda mais o ciclo vicioso da pobreza.

Ressalte-se, também, que o atual padrão de consumo da sociedade capitalista é um empecilho à superação da pobreza, seja em termos sociais, pois reforça a exclusão dos excluídos, seja em termos ambientais, uma vez que extensão desse padrão à parcela excluída representaria graves desequilíbrios ambientais. Assim, a superação da pobreza importa em uma nova forma de produção e distribuição dos bens e serviços na sociedade, que seja social e ambientalmente responsável.

Destaque-se que o Brasil tem dado bons exemplos na área de alívio à pobreza, fruto de políticas governamentais adequadas27. Os dados disponíveis indicarem um contínuo declínio das parcelas excluídas (pobres e extremamente pobres) no Brasil. No entanto, existem dúvidas se tal processo de redução da pobreza e exclusão permanecerá contínuo e o que é necessário fazer para que a pobreza mantenha-se decrescente no país.

Neste sentido, estudiosos e gestores públicos têm propugnado a aplicação de políticas ativas de inclusão social, que primem pela geração de empregos e renda de forma econômica e ambientalmente sustentável (GURRIERI, 1994: 5428; SELA – Sistema Econômico Latino-Americano, 1994: 9729). Neste cenário inserem-se as políticas públicas de economia solidária.

O que é Economia Solidária?

A economia solidária tem sido tratada como um modo de produção e distribuição alternativo ao capitalismo e uma resposta ao desemprego e à marginalização do trabalho. Possui muitos elementos de contato com as teorias socialistas, mas com elas não se confunde na medida em que não almeja a abolição da propriedade privada dos meios de produção, mas sim a eliminação da hierarquia de mando nas unidades de produção e distribuição e o resgate e valorização do trabalho.

27 BARROS, Ricardo Paes de. Quatro dilemas centrais para a política social brasileira. Notas de aula realizada na ENAP, Brasília, maio de 2006.28 “Devido à dificuldade de absorção no setor formal, sugere-se o desenvolvimento de formas alternativas de empregado baseadas no auto-emprego em o desenvolvimento da capacidade empresarial, a expansão do emprego no setor de serviços; o apoio ao setor informal e ao campesinato e a facilitação da coexistência dos setores formal e informal”.29 Neste texto, os autores utilizam-se de um relatório do Banco Mundial para afirmar que “o primeiro elemento na luta contra a pobreza consiste em promover o uso produtivo do bem que os pobres possuem em maior abundância: o trabalho”.

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Nas palavras de Paul I. Singer, "para que haja participação real dos trabalhadores na direção das empresas, é preciso quebrar o monopólio de conhecimento dos que fazem o trabalho intelectual. É preciso que cada trabalhador tenha trabalhado em todos os setores da empresa, entenda seu funcionamento e esteja a par da sua situação no mercado. Somente nestas condições terão os trabalhadores possibilidades de participar das decisões, com conhecimento de causa e assumir a responsabilidade pela condução da empresa". Em resumo, “a idéia central é que a divisão do trabalho terá de deixar de ser hierárquica, permitindo a todos a participação, em igualdade de condições, no trabalho produtivo e nos centros de tomada de decisões" (SINGER, 1999: 183, apud COSTA-FILHO, 2001).

Tais iniciativas de re-invenção do trabalho surgem em resposta à sua precarização e à exclusão de parcelas da população do sistema produtivo social. Em face de tal exclusão, a parcela excluída procura meios de se inserir/reinserir, muitos dos quais baseados na solidariedade. Em muitas situações, a solidariedade é um meio de se garantir a sobrevivência.

Argumentam os estudiosos do tema que o sistema capitalista convive com outros modos de produção, frutos do esgarçamento do tecido social. O sistema, no entanto, é capitalista, pois este é modo de produção econômica e socialmente predominante. Assim, junto a ele atuam: i) economia doméstica (produção para auto-subsistência nos lares, trabalho de construção para uso próprio); ii) economia protocapitalista ou pré-capitalista (trabalhadores por conta própria que formam a produção simples de mercadorias); e iii) economia solidária (empresas públicas e privadas sem fins de lucro, cooperativas autogestionárias, dentre outros arranjos) (SINGER, 2000: 47, apud COSTA-FILHO, 2001; POCHMANN, 2004).

Neste trabalho, abordaremos unicamente a economia solidária como tema para a política pública voltada à geração de trabalho e renda e à superação da pobreza.

Potencialidades das Políticas Públicas de Economia Solidária

Segundo BARROS e CARVALHO (2002), existem três tipos de políticas públicas que afetam o nível de emprego e remuneração: (i) as políticas macroeconômica, industrial e tecnológica, bem como os investimentos em infra-estrutura; (ii) forma e extensão da regulamentação das relações de trabalho; e (iii) políticas públicas que atuam diretamente sobre o mundo do trabalho, transformando efetivamente a sua natureza, com vistas a elevar a disponibilidade de trabalho e o nível de renda dos trabalhadores. O terceiro tipo de política diferencia-se dos anteriores em razão da sua atuação direta no mundo do trabalho, transformando os agentes ou o ambiente em que opera ao invés de apenas influenciar o comportamento destes por meio da regulamentação das suas formas de interação.

Este terceiro tipo de política é usualmente conhecido como políticas ativas de emprego e renda. Propõem-se a afetar diretamente o desemprego, a produtividade ou a remuneração do trabalho.

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Argumentam os autores acima que “a transformação dos agentes ou do ambiente se dá por meio da provisão de alguns serviços básicos como treinamento profissional, microcrédito, e intermediação de mão-de-obra”30.

O incentivo à economia solidária também pode ser uma forma de transformação dos agentes e do ambiente do trabalho, promovendo uma melhora na qualidade do emprego e o combate à sua marginalização. Seus resultados podem ser um maior envolvimento do trabalhador com o trabalho, o desenvolvimento do empreendendorismo e da solidariedade, o aumento do nível de confiança entre as pessoas, o apoio à economia informal e a superação da situação de exclusão social. A economia solidária pode assim produzir impactos positivos sobre a produtividade do trabalho, principalmente junto à população excluída. Supõe-se que a parcela excluída é capaz, mediante políticas adequadas como o incentivo à economia solidária, de obter ganhos crescentes de produtividade, gerando renda e crescimento.

O trabalho associativo é a base para a construção de uma economia solidária. Os setores que tradicionalmente possuem trabalho associativo são o artesanato, a agropecuária, a pesca, a coleta e o processamento de material reciclável. Tais setores possuem alta absorção de mão-de-obra e representam uma alternativa de renda aos setores excluídos.

Mas as potencialidades da economia solidária não se limitam a estes setores, principalmente devido ao fato de que se tem constatado uma transformação do perfil do excedente da força de trabalho. As parcelas excluídas são cada vez mais compostas por trabalhadores pobres e desempregados fundamentalmente urbanos, com mais alta escolaridade e capacitação profissional, já ambientados com o mundo do trabalho31. Assim, a capacidade de transformação e produção econômica deste contingente é maior que no passado. Somando-se a este fato a associação de um conjunto de militantes sociais críticos e engajados, torna-se possível um resgate e valorização do trabalho na construção de uma economia solidária.

Desta forma, uma política pública de incentivo à economia solidária envolve medidas de estímulo ao associativismo, capacitação em gestão social e cooperativismo, transferência de tecnologia e concessão de crédito (micro-crédito) a empreendimentos auto-gestionados, integração de políticas pensando o desenvolvimento local, incentivo ao empreendedorismo, dentre outras medidas. É, obviamente, uma política focalizada na população pobre e excluída do mercado formal de trabalho, voltada fundamentalmente ao meio urbano32, cujas iniciativas atingem principalmente os setores de serviços e de transformação de menor demanda de capital.

Inserção da Economia Solidária nas políticas de Redução da Pobreza

30 Analisando alguns exemplos concretos destas 3 medidas (treinamento profissional, microcrédito e intermediação), BARROS e CARVALHO (2002) argumentam que, apesar da existência de evidência de que elas possuem impacto positivo, a maior evidência nos exemplos concretos é de que este impacto é substantivamente pequeno. Avaliam os autores que falhas na implementação podem ser a razão da ausência de impacto. Entretanto, é importante notar que o impacto das políticas sociais, e das políticas de emprego em particular, sempre foram objeto de discussão.31 Até os anos 80, o excedente da força de trabalho, comumente denominado exército de reserva, era constituído principalmente de imigrantes rurais, em sua maioria analfabeta (POCHMANN, 2004).32 Apesar de cooperativas agrícolas serem exemplos de empreendimentos de economia solidária, 80% da população brasileira é urbana e é a parcela mais afetada pelo desemprego.

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Conforme salientam BARROS e CARVALHO (2003), três são os desafios para a política social atual: em primeiro lugar, a necessidade de uma política social flexível, uma vez que, apesar de a pobreza ser um problema global, sua solução é tipicamente local. Em segundo lugar, o fato de que o sucesso de uma política social depende enormemente do grau de cooperação e engajamento da população pobre beneficiada, sendo necessário identificar formas de estimular a participação dessas pessoas. Por fim, os autores ressaltam a necessidade de haver uma clara opção da política social brasileira pelos mais pobres, e o fato de que a superação da pobreza envolve a integração de políticas sociais para que seja possível articular junto aos beneficiados um “plano de saída da pobreza”.

A política governamental deve, assim, oferecer portas de saída emancipatória às angustias do conjunto dos excluídos, sendo a economia solidária uma dessas saídas. Porém, as políticas públicas devem ser articuladas e integradas, de forma a possibilitarem uma estratégia de inclusão soberana e de caminhos associados à autonomia social, política e econômica coletiva. Ações de promoção da economia solidária e as demais políticas de redução da pobreza devem estar integradas se pretendem ser efetivas.

No nível local, as ações serão variadas e heterogêneas, conforme as necessidades e particularidades encontradas em cada situação. Portanto, deve-se buscar a participação da população para compreender suas necessidades e possuir a flexibilidade necessária para implementar medidas adequadas às necessidades locais.

No que se refere à economia solidária, o desempenho dos seus empreendimentos deve permitir a sustentação da renda para além do médio prazo. Ações mais imediatistas e pragmáticas tendem, muitas vezes, a simplesmente reorganizar parcelas atomizadas e localizadas do excedente da força de trabalho para a promoção de inserção subordinada ao mercado de trabalho e à economia formal. Em tal situação, a probabilidade de precarização do trabalho e volta à pobreza é elevada.

Por fim, ressalte-se a importância do papel dos agentes comunitários na superação da pobreza e na construção de iniciativas de economia solidária33. O papel de tais agentes é identificar as famílias mais pobres e suas necessidades, informando sobre a disponibilidade de serviços e oportunidades, e analisar as causas de sua pobreza, formulando uma estratégia para o desenvolvimento familiar e para a saída da pobreza. Dentre as oportunidades disponíveis, podem existir alternativas de economia solidária a serem construídas conjuntamente, envolvendo inclusive outras famílias beneficiadas.

6. Relato de Experiências em Inclusão Digital

Existem muitas iniciativas do primeiro setor (empresas), segundo setor (governo) e terceiro setor (ONGs) em inclusão digital, muitas delas envolvendo dois ou todos esses setores. Seria um trabalho exaustivo tentar esgotar todas essas iniciativas. Tentaremos expor algumas visões representativas e iniciativas de sucesso.

33 Exemplos de sucesso de programas integrados de saída da pobreza que contam com forte atuação de agentes comunitários são os programas “Chile Solidário” (www. chile solidario.gov.cl/ ) e “Programa Puente” (www. programapuente .cl/ ). Tais programas também caracterizam-se pela construção conjunta de planos de saída da pobreza cuja contrapartida é o cumprimento pelos beneficiados de co-responsabilidades assumidas no ingresso ao programa.

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Telecentros de São Paulo (www.telecentros.sp.gov.br)

Os Telecentros são locais públicos localizados em áreas de exclusão social da cidade. A escolha dos dos locais de instalação foi feita de acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do município (segundo dados do Mapa da Exclusão/Inclusão Social, elaborado em 2000 pela PUC/SP, Instituto Pólis e Inpe). A funcao dos Telecentros é minimizar as desigualdades, realizar a democratização da informática e da informação.

Nos telecentros é usado o software livre. A adoção do software livre foi realizada com a finalidade de reduzir custos, já que estes softwares permitem a utilização de um servidor para até vinte terminais clientes e dipensa o uso de disco rígido em computadores clientes. Além disso, a adoração tem o objetivo de compartilhar o conhecimento, estimular o trabalho colaborativo e democratizar o acesso às tecnologias.

Foram implementados mais de 100 telecentros, alguns envolvendo a modalidade conveniada – isto é, utilizam infra-estrutura e apoio de ONGs já instaladas nas comunidades atendidas.

As atividades desenvolvidas nos telecentros envolvem basicamente a utilização dos computadores e da Internet, e cursos de informática. Determinados telecentros possuem atividades especiais, mas está não é uma exigência do programa. Também não existem ações voltadas especificamente por desenvolver atividades diversificadas nestas unidades.

Projeto Sampa.Org (www.sampa.org)

O Sampa.Org nasceu como um projeto de inclusão digital do Instituto Florestan Fernandes no ano de 2000, inaugurando os primeiros telecentros da cidade de São Paulo e iniciando um debate novo nesta cidade, propondo uma política pública de inclusão digital que realmente se realizou, se afirmou, se expandiu, e tornou-se modelo para implantação da política adotada pelo governo municipal.

A implantação de telecentros buscou a associação com entidades com forte presença local e pauta-se pela auto-sustentabilidade das iniciativas.

Acessa São Paulo (www. acessa saopaulo. sp .gov.br )

Acessa São Paulo é o programa de inclusão digital do Governo do Estado de São Paulo, e foi iniciado em julho de 2000. Além da abertura e manutenção dos espaços públicos de acesso à internet, o Acessa São Paulo também desenvolve atividades para a inclusão digital como:

Produção de conteúdo digital e não-digital para a capacitação e informação da população atendida;

Divulgação e facilitação do uso de serviços de governo eletrônico; Promoção de ações presenciais e virtuais que possam contribuir para o uso

cidadão da internet e das novas tecnologias; Fomento a projetos comunitários com uso de tecnologia da informação; e Produção de pesquisas e informações sobre inclusão digital.

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O AcessaSP conta com a parceria e o expertise do LIDEC - Laboratório de Inclusão Digital e Educação Comunitária da Escola do Futuro, USP - co-responsável por diversas das atividades desenvolvidas pelo programa.

Alguns números do programa são:

5 anos de existência 15 milhões de atendimentos 700 mil usuários cadastrados Mais de 3.000 computadores instalados 295 postos abertos à comunidade em todo o Estado

CDI – Comitê para a Democratização da Informática (www.cdi.org.br)

O CDI é uma organização não governamental que conta com o apoio de diversos patrocinadores e entidades. É um case de empreendedorismo social, reconhecido mundialmente.

Seu principal mote é a promoção do acesso à informática como instrução de construção cidadã. Sua ação de dá através da abertura de Escolas de Informática e Cidadania – EICs e da formação de agentes comunitários. As EICs são pautadas na auto-sustentabilidade.

Alguns de seus números da Rede CDI são:

1768 educadores 1154 voluntários 5851 computadores instalados 792 escolas no Brasil 173 escolas no exterior Cerca de 70 mil capacitações/ano

7. Bibliografia Utilizada

ALBAGLI, Sarita e MACIEL, Maria Lúcia. Capital social e empreendedorismo local. Setembro, 2002. Disponível em http://www.ie.ufrj.br/redesist/NTF2/NT%20SaritaMLucia.PDF.

BARROS, Ricardo Paes de e CARVALHO, Mirela de. Políticas ativas de emprego e renda. In: MERCADO DE TRABALHO: conjuntura e análise. Nota Técnica IPEA. Pp. 61-72. 19/11/2002. Disponível em www.ipea.gov.br. Acessado em 13 de maio de 2006.

BARROS, Ricardo Paes de e CARVALHO, Mirela de. Desafios para a política social brasileira. Texto para Discussão. IPEA. 2003. Disponível em www.ipea.gov.br. Acessado em 13 de maio de 2006.

BARROS, Ricardo Paes de e CARVALHO, Mirela de. Construindo uma política social mais efetiva. Apresentação à Secretaria de Planejamento do Espírito Santo. Outubro de 2005. Disponível em www.planejamento. es .gov.br/pal es tra_g es tao/Pal es tra_Ricardo_Pa es _de_Barros.pdf

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BARROS, Ricardo Paes de. Quatro dilemas centrais para a política social brasileira. Notas de Aula. ENAP, Brasília, maio de 2006.

CANUTO, Otaviano. OS INGREDIENTES - Capital social é apontado como elemento chave no desenvolvimento econômico. O Estado de São Paulo, 07 mar. 2000. Disponível em http://www.eco.unicamp.br/artigos/artigo106.htm

COEP. Multiplicadores comunitários de cidadania. Rio de Janeiro: Oficina Social, Centro de Tecnologia, Trabalho e Cidadania, 2001. Disponível em http://www.coepbrasil.org.br/oficinasocial/cadernos.asp

COSTA-FILHO, Alfredo. Paul Israel Singer. Estud. av., Sept./Dec. 2001, vol.15, no.43, p.363-374. ISSN 0103-4014. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-40142001000300026&lng=en&nrm=iso. Acessado em 13 de maio de 2006.

FERRAREZI, Elisabete. Capital social: conceitos e contribuições às políticas públicas. In: Revista do Serviço Público. Ano 54, Número 4, Out-Dez 2003, pp. 7-21. Disponível em www.enap.gov.br.

FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS – FGV. Mapa da Exclusão Digital. Série de documentos disponível em http://www2.fgv.br/ibre/cps/mapa_exclusao/apresentacao/apresentacao.htm

GURRIERI, Adofo. Pobreza, Recursos humanos e estratégias de desenvolvimento. In: Pobreza: Uma questão inadiável; novas propostas a nível mundial. KLIKSBERG, Bernardo (Org.). Brasília, ENAP, 1994.

INSTITUTO ETHOS e CDI – Comitê para Democratização da Informática. O que as empresas podem fazer pela inclusão digital. Disponível em www.ethos.org.br ou em http://www.uniethos.org.br/DesktopDefault.aspx?TabID=3684&Alias=uniethos&Lang=pt-BR

JACOBI, Pedro. Movimentos sociais e políticas públicas. São Paulo: Cortez, 1989, 164 p. (2ª ed.: 1993).

MASSARDIER, Gilles. Redes de política pública. Reprodução parcial de Politiques et action publiques. Paris: Armand Colin / Dalloz, 2003, pp. 127-140. (mimeo)

MORON, Marie Anne & REINHARD, Nicolau. Telecentros Comunitários possibilitando a Inclusão Digital: um estudo de caso comparativo de iniciativas brasileiras. Artigo disponível na biblioteca da FEA/USP^CD 155 e também pela Internet em http://www.anpad.org.br/enanpad2002-prog-adi-p.html.

POCHMANN, Marcio. Desenvolvimento, trabalho e solidariedade: novos caminhos para a inclusão social. São Paulo: Cortez, 2002.

POCHMANN, Marcio. Economia Solidária No Brasil: Possibilidades e Limites. In: IPEA. Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise - nº 24, agosto 2004. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/pub/bcmt/mt024.htm. Acessado em 13 de maio de 2006.

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RATTNER, Henrique. Prioridade: construir o capital social. Revista Espaço Acadêmico. Ano II. Número 21. Fevereiro de 2003. Disponível em http://www.espacoacademico.com.br/021/21rattner.htm

SELA – Sistema Econômico Latino-Americano. A incorporação da eqüidade na estratégia de desenvolvimento para a América Latina e Caribe. In: Pobreza: Uma questão inadiável; novas propostas a nível mundial. KLIKSBERG, Bernardo (Org.). Brasília, ENAP, 1994.

SINGER, Paul I. Aprender economia. São Paulo, Contexto, 1999. Apud COSTA-FILHO, 2001.

______________. Economia socialista. In, SINGER, Paul & MACHADO, João, Economia socialista. São Paulo, Ed. Fundação Perseu Abramo, 2000. Apud COSTA-FILHO, 2001.

______________. Solidariedade na Economia: Uma Alternativa À Competição Capitalista. Entrevista à SEP - Série Estudos e Pesquisas. In: SUPERINTENDÊNCIA DE ESTUDOS ECONÔMICOS E SOCIAS DA BAHIA. Empreendimentos solidários na Região Metropolitana de Salvador e no litoral Norte da Bahia. Salvador: SEI, 2004. 95 p. Disponível em: <twiki.im.ufba.br/pub/PSL/EconomiaSolidaria/Entrevista_Paul_Singer.pdf>. Acessado em 13 de maio de 2006.

______________. A Economia Solidária no Governo Federal. In IPEA. Mercado de Trabalho - Conjuntura e Análise - nº 24, agosto 2004. Disponível em: http://www.ipea.gov.br/pub/bcmt/mt024.htm. Acessado em 13 de maio de 2006.

SORJ, Bernardo e GUEDES, Luís Eduardo. Exclusão Digital: Problemas conceituais, evidências empíricas e políticas públicas. In: Novos Estudos, n.º 72, julho 2005, pp. 101-117. Disponível na Rede Scielo em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-

33002005000200006&lng=en&nrm=iso ou em:http://www.centroedelstein.org.br/pdf/exclusaodigital_problemasconceituais.pdf

PRINCIPAIS SITES CONSULTADOS:

www.cdi.org.brwww. telecentros .sp.gov.br www.iti .br Instituto Nacional de Tecnologia da Informaçãowww. acessa saopaulo. sp .gov.br www.sampa.orgwww. oecd .org www. cidade .usp.br www.idort.comwww. polis .org.br www. ethos .org.br www. coep brasil.org.br Rede Nacional de Mobilização Socialhttp://www.mte.gov.br/Empregador/EconomiaSolidaria/default.asp

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Secretaria Nacional de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego – SENAEShttp://www.itcp.coppe.ufrj.br/ Incubadora Tecnológica de Cooperativas Populares (ITCP) - projeto de extensão da Coordenação dos Programas de Pós-graduação de Engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (COPPE/ UFRJhttp://www.itcp.unicamp.br/site/index.htm Incubadora Cooperativas da Unicamphttp://www.cecae.usp.br/itcp/default.htm Incubadora de Cooperativas da Universidade de São Paulohttp://www.cooperativismopopular.ufrj.br/index.php Rede Universitária de Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populareshttp://www.fbes.org.br/ Fórum Brasileiro de Economia Solidáriahttp://www.fcprj.org.br/Fórum de Cooperativismo Popular www.ecosol.org.brGrupo de Pesquisa de Economia Solidária da UNISINOShttp://www.redesolidaria.com.br/http://www.fbb.org.br/portal/pages/publico/index.jsp

8. Sugestão de Estudos Adicionais sobre o Assunto

1) Melhores práticas em inclusão digital, no plano nacional;2) Melhores práticas em inclusão digital, no plano internacional;3) Ações eficazes em inclusão digital;4) Como e, se possível, quanto a inclusão digital diminui a exclusão social;5) Indicadores e parâmetros de inclusão digital, bem como respectivos métodos de

apuração;6) Estudo das políticas públicas de incentivo à inclusão digital adotadas nos planos

nacional e internacional, em especial elementos determinantes para a eficácia das mesmas;

7) Avaliação da viabilidade e necessidade de um “marco regulatório” para inclusão digital;

8) Definir pontos-chave com relação a um possível “marco regulatório” para inclusão digital;

9) Conseqüências socioeconômicas do oferecimento de novas tecnologias de informações34.

9. Sugestão de Bibliografia Adicional

WARSCHAUER, Mark. Demystifying the Digital Divide. Scientific American, 00368733, Aug2003, Vol. 289, Issue.

MORON, Marie Anne. Inclusão Digital no Brasil: processo de gestão de telecentro. Tese defendida na FEA/USP. Disponível na biblioteca da FEA/USP^T303.4833^M868i

34 A relevância deste tema (número 9) surgiu em uma reunião realizada entre o grupo e a Profa. Sheila Walbe da FAU/USP. Vide ata de reunião de 31/10/2005 entre PESC e FAU.

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SILVEIRA, Sérgio Amadeu da. Exclusão Digital: A Miséria na Era da Informação. São Paulo: Fundação Perseu Abramo, 2001.

SILVEIRA, Sérgio Amadeu da & CASSINO, João (orgs.). Software Livre e Inclusão Digital. São Paulo: Conrad Editora, 2003. Disponível na biblioteca da ECA/USP^303.48330981^S681s.

ASSUMPÇÃO, Rodrigo. Além da inclusão digital: o projeto sampa.org. Tese defendida na ECA/USP. Disponível na biblioteca da ECA/USP.

AUTORES E TRABALHOS QUE SÃO REFERÊNCIA NOS ESTUDOS ANALISADOS:

BANCO MUNDIAL. The Quality of Growth, Washington D.C., 2000

_________________. Beyond the Washington Consensus, Institutions Matters, 1998

CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede. Sao Paulo: Paz e Terra, 2 ed., 1999. 617 p.

COLEMAN, James S (*). Social capital in the creation of human capital. In: Eric Lesser (ed.), Knowledge and Social Capital, Boston: Butterworth & Heinemann. 2000.

__________________ (*). Foundations of Social Theory. Cambridge: Harvard University Press. 1990.

* Devem existir livros deste autor traduzidos para o português

PUTNAM, Robert. Comunidade e democracia: a experiência da Itália moderna. Rio de Janeiro: Editora FGV, Rio de Janeiro. 1996.

OCDE – Vários Textos:OCDE (1992) Technology and the economy: the key relationships. Paris:OCDEOCDE (1998) Fostering Entrepreneurship. Paris: OCDE.OCDE (1999) Social Enterprises. Paris: OCDE.OCDE (2000) Local Development and Job Creation. Paris: OCDE.OCDE (2001) The Well-being of Nations – The Role of Human and Social Capital. Paris: OCDE.

SEN, Amartya. Desenvolvimento como liberdade. São Paulo: Companhia das Letras , 2000.

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ANEXO IX - Atas de Reunião

Abreviações

CC – Cidade do Conhecimento (USP)TC – TelecentroCCJA – Centro Comunitário do Jardim AutódromoPMSP – Prefeitura Municipal de São PauloAHenriksen – Alexandre Henriksen (Membro do Grupo)HSegre – Hugo Segre (Membro do Grupo)LBorges – Lucas Borges (Membro do Grupo)SSouto – Samuel Souto (Membro do Grupo)IMeiroz – Isabel Meiroz (Orientadora)VMartins – Vagner Martins (Membro do Grupo)

Índice de Atas, Visitas e Relatórios

Ata de Reunião – 09/05/2005 (Reunião Inicial)Ata de Reunião – 17/05/2005Ata da Reunião – 02/06/20051ª. Visita ao Telecentro - 04/06/2005Ata da Reunião – 09/06/2005Ata da Reunião – 17/06/2005Ata da Reunião – 29/06/2005Palestra PESC – 04/08/2005 (breve resumo)Ata da Reunião – 11/08/2005Ata da Reunião – 18/08/2005Ata de Reunião – 25/08/2005Ata de Reunião – 01/09/20052ª. Visita ao Telecentro - 03/09/2005Ata de Reunião – 05/09/2005 (Reunião com CC)3ª. Visita ao Telecentro - 11/10/2005 (Reunião com Idort)Ata da Reunião - 31/10/2005 (Reunião PESC / FAU)Relatório de Reunião com Possíveis Parceiros – MonkeyProjetos inicialmente considerados pelo Grupo mas descartados ou alterados

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Ata de Reunião - 09/05/2005 (Reunião Inicial)

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto, VMartins

Pauta: reunião inicial – apresentação do Grupo e brainstrom sobre o projeto

Assuntos Discutidos (complementados por discussões via e-mail):

1) VMartins explicou a idéia dele, que é uma das possíveis alternativas que podemos escolher.

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Como todos sabem, o mercado de software livre apresenta grande potencial de crescimento, seja pela iniciativa do governo de utilizar mais estes produtos, seja pela utilização por parte da própria iniciativa privada.

Entretanto, a utilização de tais softwares pelas empresas/órgãos públicos demanda conhecimento específico e expertise. O mercado tende a crescer muito e não há mão-de-obra qualificada suficiente, o que pode representar um oportunidade de inserção de pessoas de abaixa renda no mercado de trabalho.

A idéia seria criar uma "Universidade do Software Livre" para possibilitar a qualificação e inserção destas pessoas (de abaixa) neste mercado.

O Grupo acredita que esta idéia pode ser apoiada pelo CEATS (a exemplo do Alfa-USP - afinal é um exemplo de empreendedorismo social), pelo menos em uma fase inicial.

2) Discussão sobre o PESC e os dois projetos possíveis: (i) o Prêmio; e (ii) a idéia de VMartins acima. Procuramos definir, com o máximo possível de detalhes, os objetivos e características do projeto.

Entretanto, a única conclusão é que será na área de TI e democratização da informática. As possibilidades são muitas e é necessário explorar melhor.

3) Necessidade de contatar a orientadora (IMeiroz)

4) Detecção de dificuldades pessoais para coordenar agendas dos integrantes.

Sugestão adotada: encontros rápidos na FEA (antes do começo das aulas da noite, por exemplo). Adotado encontros às quintas-feiras.

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Ata de Reunião - 17/05/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, IMeiroz, SSouto, VMartins e Prof. Gilson (CC).

Pauta: discussão das alternativas de projeto e organização do Grupo. O Prof. Gilson juntou-se ao Grupo durante a reunião, o que inicialmente não estava programada e no que o Grupo teve bastante sorte.

Assuntos Discutidos (o conteúdo abaixo foi utilizado para elaboração e encontra-se incorporado no Pré-Projeto):

1) Projeto “Prêmio FIA”

Idéia surgida nas aulas da pós-graduação. O contato para obtenção de material e melhor detalhamento do projeto é Cristina Fedato ([email protected]), que participou da equipe que apresentou o projeto como trabalho em curso da pós-graduação.

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Discutiu-se a dificuldade de a FIA proporcionar a estrutura necessária para que o Prêmio tenha uma realização contínua. Assim, surge o problema da continuidade do projeto após o encerramento do PESC, bem como se a FIA conduzirá a idéia até sua realização final. Á primeira vista, a equipe do PESC funcionará como promotora do prêmio, e responsável por sua realização.

Um modo de ação seria apresentar um projeto a um do Programas da FIA, para patrocínio do mesmo. Entretanto, provavelmente a FIA não patrocinará sozinha, e será necessário buscar outros patrocinadores.

Discutiu-se que esta estrutura foge da idéia inicial do PESC de servir como suporte de uma organização já existente, e não promotora de novas organizações, ONGs, etc.

2) Projeto de Capacitação em Software Livre

Contexto da idéia : como todos sabem, o mercado de software livre apresenta grande potencial de crescimento, seja pela iniciativa do governo de utilizar mais estes produtos, seja pela utilização por parte da própria iniciativa privada.

Entretanto, a utilização de tais softwares pelas empresas/órgãos públicos demanda conhecimento específico e expertise, e não há mão-de-obra qualificada suficiente. Isto representa uma oportunidade de inserção de pessoas de abaixa renda no mercado de trabalho.

A idéia seria criar uma "Universidade do Software Livre" para possibilitar a qualificação e inserção destas pessoas (de abaixa) neste mercado.

Em um primeiro momento, poderíamos criar cursos dentro da USP (à semelhança do cursinho da FEA), procurando utilizar a estrutura da universidade. O trabalho compreenderia a prospecção de mercado, seleção de professores voluntários, interface com a USP e seus órgãos, etc.

Acreditamos que esta idéia pode ser apoiada pelo CEATS (a exemplo do Alfa-USP - afinal é um exemplo de empreendedorismo social), pelo menos em uma fase inicial.

Entretanto, o projeto possui o mesmo desafio do Prêmio: o que acontecerá com ele quando acabar o período do PESC? Seria necessário encontrar alguma organização que esteja disposta a abrigar e dar continuidade para o projeto após este período.

3) Idéia proposta pelo Gilson (Cidade do Conhecimento):

O Gilson apresentou a Cidade do Conhecimento e o histórico deste projeto à equipe do PESC. Ficou claro à equipe do PESC a profundidade, tanto acadêmica quanto prática, e o interesse e repercussão social do projeto. Tendo seu início no IEA (Instituto de Estudo Avançados) da USP em 1999, atualmente o projeto compreende uma diversidade de atuações na área de Tecnologia da Informação e suas aplicações para a sociedade.

Apresentou-se a oportunidade da equipe PESC ser incubadora de uma rede de contatos e divulgação da Cidade do Conhecimento da FEA. Foi combinada a

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realização de uma 2ª reunião para detalhamento de proposta de trabalho entre a equipe PESC e a Cidade de Conhecimento.

OBSERVAÇÃO 1: Por meio de troca de e-mail, IMeiroz ponderou que, segundo orientação da equipe de coordenação do PESC o projeto do prêmio de inclusão digital para a FIA estaria fora dos objetivos do PESC. O motivo é que o serviço seria prestado para a FIA (ainda que tenha um caráter de responsabilidade social) e não para a comunidade diretamente.

Em relação ao projeto de parceria com a CC, ponderou que, ainda que o projeto tenha o apoio da CC, é importante que a ação seja feita diretamente para a comunidade/ organização carente. Isto é: o foco não é prestar serviços para a CC, mas sim prestar serviços diretamente para a comunidade/ organização carente, aproveitando a infra-estrutura, a expertise e a rede de projetos da CC.

OBSERVAÇÃO 2: Após discussão interna e reflexão sobre os pontos acima, Projeto “Prêmio FIA” foi descartados. Além disso, a proposta de parceria entre a equipe PESC e a Cidade de Conhecimento mudou de formato após a realização de uma 2ª reunião para detalhamento de proposta de trabalho conjunto (Ata abaixo). O novo formato surgido é relatado no referida ata.

4) Discussão do “Modelo de Pré-Projeto”

Ficou combinado que após a 2ª reunião com o Gilson, a equipe PESC preparará o Pré-Projeto.

5) Definidos dados contatos e dias preferidos para reunião.

**********

Ata da Reunião – 02/06/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, IMeiroz, SSouto, VMartins, Thiago Magalhães (CC), Maurício (CC)

Pauta: Envolvimento da CC no projeto do Grupo referente aos Telecentros (inicialmente esta seria a 2ª reunião com o Gilson).

Assuntos Discutidos:

1) Thiago e Maurício apresentaram dois programas desenvolvidos no âmbito da CC, que entendem de maior interesse para o Grupo Pesc:

(i) Educar na Sociedade da Informação (“Educar”) – programa voltado a professores e alunos do ensino médio, especialistas, agentes comunitários e público em geral. Compreende ciclos de palestras, visitas e trabalhos de campo em atividades on-line com comunidades virtuais. Está em seu 5º ano, e dispõe de grande quantidade de material (todas as palestras são gravadas em áudio e estão disponíveis na Internet). Promove a pesquisa e o diálogo entre especialistas, educadores e formuladores de políticas públicas.

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(ii) Rede Pipa Sabe (“Pipa”) – projeto destinado a transformar uma praia turística do Rio Grande do Norte (a praia da Pipa) em um centro de cultura e empreendedorismo por meio da inclusão digital e uso de tecnologias da informação. O objetivo é jogar uma "rede" sobre Pipa e região, puxando talentos, revelando-os e incubando projetos, empreendimentos, produtos e serviços capazes de liderar uma revolução cognitiva na cadeia produtiva do turismo local. Para tanto, os pesquisadores da USP pretendem (a) provocar uma reengenharia das cadeias produtivas locais; (b) criar as bases para uma rede autônoma de aprendizado permanente; e (c) conectar essas bases a uma rede de produção de metodologias, indicadores, métricas e casos práticos.

O Grupo identificou claramente que a CC pode ser uma grande fonte de conhecimento e troca de experiência sobre “Inclusão Digital”.

2) Foram estabelecidas as bases para troca de experiência entre o Grupo PESC e a CC: foi firmado um forte contato com o Thiago, que incluiu o Grupo PESC nos módulos do Educar – recebemos convites para diversos workshops e palestras.

3) Foram discutidas as políticas de infoinclusão brasileiras, e problemas atualmente enfrentados: (i) necessidade de estabelecer “redes sociais”, organizando a sociedade civil em projetos; (ii) a importância do “spin” inicial – a incubação de projetos sociais e ONGs;

4) Thiago passou os seguintes contatos e dicas:

(i) ARCA – Grupo do IME sobre software livre;(ii) Prof. Diva – ex-prof. da FEA envolvida com o tema;(iii) Livro do Hal VARIAN (Microeconomia) sobre economia do

conhecimento (não encontrado na biblioteca da FEA);(iv) Livro do Prof. Sérgio Amadeu (“Software Livre e Inclusão Digital”);(v) Livro sobre “Ética Hacker” – autor: Hakinen.

5) Contatos:

(i) Thiago: [email protected](ii) Maurício: [email protected]

Discussão via e-mail, após a Reunião:

O Grupo ressaltou as seguintes possibilidades:

1) O Grupo precisa realizar visitas aos telecentros para, literalmente, entrar na realidade da inclusão digital.

2) O projeto poderia ser dividido em duas etapas, a saber:

2.1) Primeira etapa - Realizar o atendimento de alguma necessidade emergencial dos telecentros, o que é o foco principal do PESC. Uma sugestão poderia ser a realização um trabalho de divulgação e conscientização da importância dos telecentros perante a comunidade.

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2.2) Segunda etapa - Efetuar o planejamento das atividades necessárias para a ministração de cursos de Software Livre nestes telecentros e, a medida do possível, iniciar as atividades para tal finalidade. Nesta etapa, o apoio da CC poderá ser fundamental, devido à expertise dos mesmos. Foi lembrado que o uso de cursos gravados e distribuídos aos telecentros é uma possibilidade a explorar, bem como os contatos que a CC já possui no mundo do Software Livre que serão necessários para o projeto.

A segunda etapa possui uma relevância significativa, em termos de inclusão digital de verdade.

Foi ponderado que é possível trabalhar nas duas etapas de maneira paralela, ou seja, devido à relevância da segunda etapa, podemos iniciá-la antes do término da primeira, para não perder o foco durante o projeto. Foi ressaltado que isso exigirá um pouco de planejamento e organização da equipe.

**********

1ª. Visita ao Telecentro - 04/06/2005

Relatório da 1ª. Visita ao Telecentro

Data da Visita: 04/06/2005

Presentes: Alexandre, Hugo e Lucas

Objetivos: (i) constatar a realidade do telecentro; (ii) nos reunir com o líder comunitário responsável pelas atividades sociais e comunitárias realizadas no local (Denílson Melo); e (iii) constatar as principais deficiências.

Constatações:

1. Descrição do local: o Telecentro (“TC”) fica localizado no Bairro Jardim Autódromo, Zona Sul, ao lado do Autódromo de Interlagos. O bairro e a comunidade carente serpenteiam os murros do autódromo. O bairro é delimitado pela avenida que dá acesso ao autódromo, os murros do autódromo (conforme dito) e o canal que liga o Rio Pinheiros à represa de Guarapiranga. Possui casas bastante humildes (de alvenaria, sem revestimento), mas há também casas com revestimento e pintura, algumas com garagem para carros inclusive. As casas humildes e estas últimas aglomeram-se em dois blocos distintos; entretanto, estão muito próximas. O TC fica aos pés de um prédio de apartamentos com sacada, de mais ou menos 12 andares, e dá visão ao conjunto de casas humildes que foram o bairro. Ao lado do TC há um bar, e está inserido no conjunto de casas mais humildes. Não existe área esportiva no local.

2. Descrição do Telecentro: o TC fica instalado em uma casa de dois andares, de propriedade do Centro Comunitário. No térreo, funciona o TC propriamente dito. No primeiro andar, existem duas salas de tamanho grande, utilizada para atividades culturais e recreativas. São 16 máquinas e um servidor. Nas paredes do TC, estão afixados diversos cartazes (desde trabalhos infantis – recortes da barby; até cartazes de

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prevenção às drogas). A manutenção, gastos ordinários, limpeza e conservação do TC são realizados pelo Centro Comunitário.

3. Conversa com o Denilson: O Denilson (funcionário mais graduado do TC – ATU: agente técnico de unidade) foi nosso contato. Chegamos a ele através do Thiago Guimarães da Cidade do Conhecimento. À primeira vista, o que se confirmou depois, parecer ser o líder local em matéria de inclusão digital. Participou da implantação do TC, aberto desde 2003. Tivemos a oportunidade de conhecer a Irmã Agostinha, fundadora do Centro Comunitária e uma das lideranças locais.

4. Deficiências do TC: (i) lentidão dos sistemas, programas e acesso à Internet; (ii) a impressora está quebrada a algum tempo, sem muita perspectiva de reparo; (iii) existe demanda por cursos, mesmo os mais básicos – mas não há recursos humanos para tanto; (iv) os cursos são usualmente dados em módulos rápidos; (v) falta de recursos da organização da comunidade local em arcar com as despesas do telecentro – dificuldades e descontroles de fluxo de caixa (tais despesas são reembolsadas pela Prefeitura, mas devem ser arcadas em primeira instância pela comunidade local); (vi) máquinas não possuem som (alguns componentes de som estão presentes nas máquinas, mas faltam alguns outros).

5. Pontos Fortes: (i) foi passada a informação de que as pessoas, em geral, possuem um crescimento pessoal e de conhecimentos muito grande após o uso do TC; (ii) o acesso à tecnologia é feito através da plataforma Linux; e (iii) há a utilização dos computadores para atividades sociais (curso de prevenção às drogas, por exemplo).

6. Relação com a Prefeitura: (i) Pref. reembolsa despesas; (ii) monitores são obrigados a dar cursos, mas são necessários 2 monitores para tanto – no momento só há 1 por turno; (iii) a organização dos cursos é livre em cada TC, e a Pref. não tem cobrado.

7. Potencialidades: (i) cursos de orientação profissional e cursos em geral possuem grande demanda; (ii) comunidade possui diversas outras necessidades – o TC talvez seja um agregador e agente de mudanças locais.

8 Mais algumas impressões: (i) são mais de 100 telecentros mantidos pela Prefeitura, mas cada um é diferente do outro (aspecto institucional, utilização, envolvimento da comunidade); (ii) o TC Jardim Autódromo já é um benchmarking local; (iii) outros TC “modelo” são o Martins de Lima (mantido por um alemão – Owe), Santa Lúcia e Campo Limpo (Itamar); (iv) Denílson nos informou que há um livro da prefeitura que conta a história dos TCs (o nome talvez seja “Toda nossa gente”).

**********

Ata da Reunião - 09/06/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto, VMartins

Pauta: Discussão sobre 1ª Visita ao Telecentro.

Assuntos Discutidos:

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O Grupo discutiu as necessidades de melhoria do Telecentro e respectiva viabilidade. As necessidades verificadas são:

Modernização de máquinas; Capacitação de funcionários; Conscientização da comunidade; Análise de maior estudo viabilidade, inclusive institucional (vis-a-vis o contrato que

o Centro Comunitário possui com a Prefeitura sobre a implantação do Telecentro); e Necessidade de celebração de parcerias (financeiras, técnicas, etc.).

**********

Ata da Reunião – 17/06/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto e VMartins

Pauta: Envolvimento da CC no projeto do Grupo referente aos Telecentros (inicialmente esta seria a 2ª reunião com o Gilson).

Assuntos Discutidos:

O Grupo optou por desenvolver um trabalho de reforço / reestruturação do Telecentro visitado (Interlagos).

Esta reestruturação será baseada em algumas atividades como busca de patrocínio, preparação de uma campanha de publicidade e conscientização da população da importância do telecentro, etc.

O patrocínio / parceria será alcançado preparando-se um plano de melhoria, e apresentando-o à empresas que desejam realizar algum investimento em Responsabilidade Social.

Ofereceríamos em troca, por exemplo, a divulgação de sua marca no telecentro e em outros lugares. Isto também carece de uma análise de viabilidade institucional, de acordo com as normas que regem o telecentro (iniciativa estatal).

Um dos objetivos do trabalho é gerar uma espécie de manual de apoio a telecentros, permitindo que nossa experiência possa ser aplicada nos demais telecentros.

A idéia de ministrar cursos de Software Livre foi entendida pelo Grupo como de difícil execução, devido às deficiências apresentadas pelos telecentros e, por isso, seria apenas objeto de análises e considerações durante o desenvolvimento do projeto.

Ninguém ficou responsável por elaborar uma versão final do Pré-projeto, nem de entregá-lo, o que foi uma falha da reunião, pois o Grupo não conseguiu manter o contato suficiente para tal.

Via e-mail, o Grupo decidiu que uma ou mais pessoas se habilitariam para redigir o Pré-projeto.

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Ata da Reunião - 29/06/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, VMartins

Pauta: 1. Definir a forma de trabalho do Grupo: (i) representante; (ii) quantas e quais horas da semana cada membro do Grupo está disposto a dedicar; (iii) cronograma macro de atividades para o projeto; e (iv) distribuição inicial de atribuições; 2. Atividades de julho.

Assuntos Discutidos:

1) O Grupo definiu o plano de ação para começar as atividades. Basicamente, consiste na criação de dois sub-Grupos:

um sub-Grupo responsável por uma análise mais institucional (viabilidade junto à Prefeitura, accountability da organização, etc.) – ALEXANDRE e HUGO; e

outro sub-Grupo mais voltado ao projeto de melhoria no telecentro (prospecção de recursos, o que fazer com o dinheiro captado, etc.) – LUCAS, SAMUEL e VAGNER.

2) No momento, o Grupo está bloqueado pois o pessoal do telecentro não está conseguindo enviar (por e-mail, fax, ou qualquer outro meio) o convênio com a Prefeitura. Sem a análise deste documento, não é possível saber até onde podemos ir. O Grupo institucional ficou de acertar isto com o telecentro e logo retornará a todos.

Comentários de IMeiroz, via e-mail de 20/07, à Ata de Reunião circulada na mesma data por AHenriksen:

IMeiroz: “Acho ótimo que Vcs tenham dado andamento e divido o Grupo em tarefas. Vocês escolheram o representante? Fizeram cronograma macro? Estabeleceram entregas intermediárias e pontos de controle? Definiram disponibilidade de horas por semana?”

“Creio que estas questões de ordem são fundamentais para que o Grupo possa trabalhar alinhado.”

OBSERVAÇÃO: O Grupo procurou resolver os problemas apontados por IMeiroz no início de agosto de 2005. Em reunião de 25/08, que contou com a participação da Orientadora, houve grande avanço, conforme é possível verificar na respectiva Ata de Reunião. Resta pendente nova verificação se estes problemas encontram-se plenamente resolvidos.

**********

Palestra PESC sobre “Viabilização de Alianças Intersetoriais - Captação de Recursos para projetos sociais” – 04/08/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto e VMartins. Também compareceram Thiago Guimarães, Maurício e um terceiro integrante da CC.

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Principais pontos (por AHenriksen):

O captador de recursos para organizações do terceiro setor é um novo profissional, que deve buscar formação e capacitação.

O captador deve ter humildade e sensibilidade: as organizações já existem – elas sabem como captar recursos. Cuidado com o “choque de gestão”.

Um ponto chave em captação de recursos é a fidelização do doador e institucionalização do relacionamento.

Diferenciação entre Filantropia (dar o peixe) e Investimento Social (ensinar a pescar).

A Causa é o foco do projeto. Deve haver transparência na causa. O captador deve se perguntar: “Porque a pessoa doa? Porque a empresa doa?”.

Buscam algum benefício. Importância do benefício, transparência e feedback ao doador.

O captador deve compreender o que precisa captar e o que o potencial doador pode doar.

Importância dos indicadores. Importância da Análise Histórica. Perguntas aos colaboradores: “o que é legal na

organização? Porque Você veio trabalhar aqui? O que é negativo?”. Perguntas sobre doadores: “As empresas em volta doam? Já se tentou e não conseguiu?”.

Importância dos mecanismos de controle. Importância de ter metas e dar satisfação das metas aos doadores. Organizações devem buscar diversificação de fontes de recursos. Importância do

relacionamento com doador, CRM e do pequeno doador. Criar indicadores – site recomendados: (i) www.fosocial.fgvsp.br e (ii)

www.gife.gov.br

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Ata da Reunião – 11/08/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto e VMartins

Pauta: 1. Retomada dos trabalhos; 2. Análise dos comentários ao Pré-Projeto realizados pela Prof. Silvia Schor.

Assuntos Discutidos:

1) O Grupo verificou que foi apontado como falha do Pré-Projeto a falta de um orçamento do Projeto. No geral, o Pré-Projeto foi bem avaliado.

2) O Grupo decidiu reunir-se semanalmente, em dia fixo da semana, antes do horário de aulas, para acompanhamento dos trabalhos.

3) HSegre ficou de entrar em contato com possíveis parceiros, em especial empresas na área de informática e Lan Houses. O objetivo é buscar possíveis interessados, sentir a receptividade em relação ao tema “responsabilidade social e inclusão digital”, e buscar uma primeira parceria técnica para avaliação do telecentro.

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Ata da Reunião – 18/08/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto e VMartins

Pauta: 1. Realização de 2ª. Visita ao Telecentro; 2. Acompanhamento das atividades do Grupo.

Assuntos Discutidos:

1) O Grupo analisou que, para melhor avaliação e preparação do plano de captação e uso de recursos visando à melhoria do Telecentro, é necessário ter uma feedback da comunidade. O Grupo decidiu por realizar uma pesquisa de opinião, por meio da aplicação de questionários. Referida pesquisa terá a seguinte metodologia:

Questionário serão aplicados também no Telecentro quanto no Bairro (fora do Telecentro);

O questionário buscará as seguintes informações: (i) caracterização do respondentes (dados pessoais); (ii) opinião a respeito do Telecentro; (iii) opinião a respeito do Centro Comunitário que mantém o Telecentro em conjunto com a Prefeitura.

2) AHenriksen foi responsável pela elaboração do questionário.

3) HSegre relatou os contatos trocados com a Monkey – grande rede de Lan Houses em São Paulo.

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Ata de Reunião - 25/08/2005

Presentes: AHenriksen, HSegre, LBorges, SSouto, IMeiroz, VMartins

Pauta: 1. brainstorm a respeito dos objetivos de cada um com o projeto; 2. definição de estratégia de atuação; e 3. definição de metas. Via e-mail, discutiu-se com mais profundidade a questão de melhorar o projeto do ponto de vista estratégico.

Assuntos Discutidos:

1) Objetivos do Grupo:

Vagner: "fechar uma parceira e definir uma 'receita de bolo' para implementação eficaz de parcerias em Telecentros (TC)".

Hugo: "estabelecer um TC modelo e definir uma 'receita de bolo'".Samuel: "deixar o TC estruturado e sustentável - implementar um modelo de gestão".Lucas: "fechar uma parceira e ver realizado algum investimento no TC".Alexandre: "fechar uma parceira e ver realizado algum investimento no TC".

OBJETIVO GERAL DO GRUPO: o estabelecimento de uma parceria (pelo menos uma) e a realização de melhorias físicas no TC.

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Isabel ponderou que o Grupo demonstrou não ter muito conhecimento do que já foi tentado. Sugeriu verificar o caso do TC da Cid. Tiradentes (Thiago da CC estava inclusive envolvido).

Isabel também ponderou a necessidade de atentarmos para o fato de que o projeto estará mexendo com uma política pública. A questão estratégica e de planejamento da política pública pode ser até mais premente que a definição de um uso mais relevante do TC, o que ela considerada que pode ocorrer sem maiores custos adicionais. Isto é, pode ser que seja até fácil encontrar uma instituição que esteja disposta a promover tal uso mais relevante do TC, desde que definida claramente a questão estratégica / inserção do projeto no planejamento da política pública envolvida.

2) Estratégia de Trabalho:

Foi estabelecido que é necessário definir uma estratégia mais clara de atuação no Grupo. Foi ponderado que o projeto está entrando em uma fase crítica, em que as metas devem ser definidas claramente. Hugo foi escolhido como coordenador do Grupo.

3) METAS PARA ATINGIRMOS O OBJETIVO DO ITEM 1, por membro responsável (“job description”) – Disponível como Anexo ao presente.

Discussão via e-mail, após a Reunião:

1) Comentários de IMeiroz à Ata de Reunião circulada em 26/08 por AHenriksen:

IMeiroz: “saí da última reunião com duas impressões a respeito do Grupo: A primeira é que falta organização e foco no trabalho. Sem um plano, um

cronograma, uma divisão de tarefas, a eficiência e eficácia ficam sacrificados. Começar um projeto sem saber, ainda que de maneira macro, quais serão as etapas e as responsabilidades é desperdício de tempo e de talento. O documento preparado pelo Alexandre deverá ser o ponto de partida para que vcs consigam focar os esforços.

A segunda impressão é de que vcs estão partindo para o final do projeto sem terem passado pelo começo, isto é: entender o problema, fazer um diagnóstico, e ter uma proposta conceitual em mente. O tema da inclusão digital tem muito mais perguntas que respostas, tem sido muito debatido no mundo inteiro. Não acho que a missão de vcs seja encontrar respostas, apesar de que se o fizerem será ótimo. Mas, sem sombra de dúvida, se vocês não entenderem quais são as perguntas, a atuação de vocês será assistencialista e pontual.

Fazendo uma analogia: Não adianta consertar a impressora, se na semana seguinte ela vai quebrar de novo e vcs não vão estar mais lá. A contribuição maior de vocês é propor uma maneira de resolver o problema da impressora da próxima vez que ela quebrar.

Algumas sugestões:

1. Montar um e-Grupo (o do yahoo funciona bem) para armazenar as mensagens e arquivos do Grupo e ajudar na condução dos trabalhos.

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2. Estou anexando um artigo que resume boa parte da polêmica da inclusão digital [“Demystifying the Digital Divide”, By: Warschauer, Mark, Scientific American, 00368733, Aug2003, Vol. 289, Issue]. Está em inglês, mas não é muito longo. Tenho muito mais material, mas zipei uma parte dele e ficou em 3,5 mega. Achei melhor não anexar, vou mandar só pra quem for montar o e-Grupo, e assim ele disponibiliza para o resto.

3. Um comentário a respeito da captação do ponto de vista da comunidade. Vi que Vcs estão pensando em distribuir questionários e depois fazer tratamento estatístico das respostas. Acredito que esta não seja a metodologia mais adequada. Como se trata de um contato mais exploratório, acredito que Vcs conseguiriam muito mais informação em um Grupo de discussão. Vcs podem utilizar um roteiro para a discussão, e tocar em um nível mais informal.

Pela minha experiência, em uma fase de exploração, os questionários dificultam a vida tanto do respondente quanto do tabulador/ analisador dos dados. Se o que Vcs precisam é ter uma sensibilidade da percepção da comunidade a respeito dos telecentros, a melhor forma de conseguir isso é conversando olho no olho com as pessoas. Questionário/ estatística é mais útil para validação de hipóteses, levantamentos quantitativos.”

Comentários do Grupo aos Comentários de IMeiroz:

1) O Grupo reconheceu que é necessário:(i) se organizar melhor – job description deve ajudar;(ii) ter os pés no chão – o Grupo não vai "salvar" o Telecentro, sendo que o projeto corre o risco de virar filantropia se não tiver um bom “plano de negócios" (isto é, uma noção muito clara para a pergunta: “Qual o papel do Telecentro?”);(iii) o Grupo precisa fazer melhor o seu dever de casa: pesquisar o que já foi discutido, tentado, pretendido, etc. para os Telecentros.

Feito o dever de casa, o Grupo deve marcar uma reunião com o responsável pelos Telecentros de SP, para ter uma noção muito clara de todas as potencialidades, desafios e do que é factível em relação a essa política pública.

IMeiroz, por conversa telefônica com AHenriksen, ponderou que há grandes chances de o Grupo ser recebidos e criar um bom canal com a PMSP.

IMeiroz e AHenriksen ficaram responsáveis por procurar os contatos adequados.

2) Em relação ao andamento do projeto, o Grupo concordou que alguma elaboração teórica é importante. O Grupo ponderou que o projeto nasceu como um trabalho mais prático e menos conceitual. Não pareceu ser o foco, desde o início, discutir sobre a inclusão digital, mas sim REALIZAR algo de concreto. Na concepção do Grupo, o PESC não trata de elaborar teses, mas sim por em prática conhecimentos adquiridos na faculdade, ou seja, sair da academia para alcançar a comunidade. O Grupo demonstrou a preocupação de que, se houver uma teorização excessiva, provavelmente o trabalho não será tão relevante.

3) Ainda em relação à questão do trabalho ser prático ou conceitual, foram levantadas as seguintes questões:

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“Como vamos encontrar o "plano de negócios" do Telecentro, de forma que as iniciativas tomadas estejam de acordo com este plano e sejam duradouras e auto-sustentáveis?”

“É possível fazer isso sem entender o que é inclusão digital e como eventuais iniciativas se relacionam com a política da Prefeitura (ou do Estado em geral)?”

“Por um outro aspecto: o Grupo pode tomar alguma iniciativa em relação a software livre (promover cursos, discussões, etc.), sem procurar entender o que é software livre e qual a "estrutura de negócios/mercado" em que ele se insere?”

“O Grupo pode tomar alguma iniciativa de sucesso sem saber para onde está caminhando o "software livre"”?

“O Grupo pode tomar alguma iniciativa (que seja duradoura) sem saber para onde caminhará a inclusão digital?”

“O que o Grupo deve fazer para que o trabalho seja durável?”

4) Via e-mail, o Grupo concordou que está claro que o trabalho não pode virar assistencialista. Para tanto, o Grupo deve estudar mais e buscar não cometer os mesmos erros que já foram cometidos. [IMeiroz comentou que os implementadores da política de Telecentros de São Paulo não cometeram “erros”. Em verdade, a política possui muitos acertos, inclusive reconhecidos internacionalmente. O que é necessário é encontrar novas formas e modelos para os atuais problemas de gestão dos Telecentros.]

5) Em relação ao questionário, o Grupo decidiu manter a realização da pesquisa, uma vez que existem voluntários da comunidade dispostos a realizar as entrevistas. Os dados coletados serão analisados na medida do possível. Entretanto, o Grupo acredita que mesmo uma análise superficial poderá trazer valiosas contribuições.

Réplica de IMeiroz aos Comentários do Grupo:

IMeiroz: “Concordo totalmente que o objetivo do projeto não é elaborar uma tese. Aliás, creio que ninguém teria se equivocado a este ponto. Porém, CONHECER O ASSUNTO é fundamental para propor qualquer ação pratica que tenha consistência, coerência, efetividade e eficiência. Veja se qualquer grande consultoria como McKinsey, Bearing Point ou Bain & Co começa a realizar um projeto sem começar pelo diagnostico da situação, sem ter um pensamento estratégico a respeito do assunto.

Não acredito que ler sobre um assunto sobre o qual queremos opinar e agir seja teorização excessiva. Não creio que ouvir pessoas que sabem muito sobre um tema com o qual queremos trabalhar seja "acadêmico". Ao contrario, acredito que isso é fundamental para qualquer ser humano que queira evoluir.

Nós que estudamos na FEA temos a obrigação profissional e social de agirmos buscando agregar nos projetos o valor que esta faculdade traz para nós. Digamos não ao assistencialismo, porque boas intenções não faltam. O que falta é saber fazer direito.”

Conclusão:

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O Grupo concluiu que a discussão acima foi muito importante e trouxe significativas melhorias na sua forma de trabalho. Ponderou que a novidade e complexidade do tema, aliadas à falta de parâmetros de trabalho em relação ao mesmo, podem ser causas do prolongamento de tal discussão. Por meio deste esforço, o Grupo procurou estabelecer novos parâmetros de trabalho.

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Ata da Reunião - 01/09/2005

Presentes: AHenriksen, LBorges, SSouto, VMartins

Pauta: 1. Organizar a 2ª. visita ao Telecentro, a ser realizada em 03/09/2005; 2. Marcar 3ª. Reunião com CC; 3. Acompanhar andamento das atividades.

Assuntos Discutidos:

1) Com relação à captação da percepção da comunidade sobre o Telecentro, o Grupo decidiu realizar uma dinâmica com determinadas pessoas da comunidade, selecionadas de forma a tentar forma um “Grupo representativo” da mesma. Ficou mantida a aplicação dos questionários.

2) O Grupo considerou que o planejamento estratégico do projeto está sendo seguido, e que, no momento, não são necessárias maiores mudanças.

3) LBorges e SSouto se comprometeram a participar do evento do Educar (CC) sobre “comunicação comunitária”, bem como produzir respectivo relatório.

4) VMartins se comprometeu a providenciar a avaliação das condições técnicas do Telecentro [Em 22/08/2005, o contato no CCJA/Telecentro enviou ao Grupo dados técnicos a respeito dos equipamentos e rede de computadores]. VMartins também se comprometeu a preparar orçamento preliminar do plano de melhorias da rede e equipamentos do Telecentro.

5) Será marcada 3ª. Reunião com o pessoal da CC, em especial o Thiago Guimarães. AHenriksen ficou de providenciar esta reunião (realizada em 05/09/2005).

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2ª. Visita ao Telecentro - 03/09/2005

Relatório da 2ª. Visita ao Telecentro

Data da Visita: 03/09/2005

Presentes: Alexandre, Lucas e Samuel

Objetivos: (i) planejar algumas modificações tanto na estrutura quanto na gerência do telecentro; e (ii) realizar uma dinâmica de grupo com membro da comunidade para obter a percepção a respeito do Telecentro e do Centro Comunitário que o mantém.

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No dia 3 de setembro de 2005 foi realizada a segunda visita ao Telecentro Jardim Autódromo. Esta contou com a participação de Alexandre Herinksen, Lucas Borges, Samuel Souto. Nesta visita, os presentes puderam aprofundar assuntos importantes com o Denílson (ATU) e conhecer um pouco mais do TC e de seus freqüentadores, o que será descrito de forma sucinta abaixo.

Ao chegar no Telecentro, pudemos constatar algumas melhorias em relação à primeira visita. Desta vez, todas as dezesseis máquinas estavam funcionando pois a prefeitura decidiu voltar a usar o sistema operacional antigo nelas, uma vez que o novo sistema mostrou-se ineficiente no funcionamento dos computadores.

Uma das metas desta visita era aplicar um questionário que havíamos preparado, com o objetivo de aprofundar nosso conhecimento sobre a comunidade do Jardim Autódromo, Telecentro e Entidade, e fornecer dados estatísticos em relação a esta interação. Foram entregues oitenta cópias deste questionário ao Denílson, assim como um “kit” de auxilio na realização das entrevistas.

Após, realizamos uma dinâmica com alguns freqüentadores do Telecentro, escolhidos de forma aleatória, na qual pode-se fazer um brainstorming expondo criticas, desejos e opiniões em relação ao TC. Essa dinâmica contou com a presença dos moradores: Sergio, Fabio, Carlos, Selma, Kelly e Antonia. Pôde-se notar que a comunidade possui uma opinião formada em relação à importância do TC na comunidade, e mostrou-se esclarecida quando se trata das necessidades de ambos.

Dentre as principais constatações, pode-se destacar a dificuldade que essas pessoas encontram em aprender, tornando o ensino da informática uma tarefa difícil. Uma necessidade apontada foi a disponibilidade de cursos noturnos, uma vez que muitos trabalham e não podem freqüentar o TC de dia. Verificou-se que há procura por cursos de todos os tipos, até os mais específicos como de mixagem de som e html; mas que quaisquer cursos precisam ser divididos por faixa etária. Um ponto em que houve consenso geral foi o de são necessárias computadores mais velozes e que deve-se ter mais tempo disponível para usá-los.

Uma percepção muito importante foi o reconhecimento de que o TC pode ajudar a qualificar profissionalmente. Neste ponto, os entrevistados mostraram-se interessados em ter aulas de inglês juntamente com a computação.

Numa breve conversa com o Denílson, constatamos que, apesar da imensa capacidade dele em promover atividades no TC (cursos, prevenção às drogas, jornalismo comunitário, etc.), há falta de tempo hábil para desenvolver novas atividades, ou mesmo fazer novamente as já realizadas. Constatou-se que todo o quadro de pessoal do TC é absorvido por atividades operacionais corriqueiras. Por fim, constatamos que a possibilidade de parte do quadro de pessoal do TC poder comparecer a palestrar e cursos, muitos dos quais acontecem no período de funcionamento do TC, pode acrescentar muito para a evolução do Telecentro. Neste sentido, é necessário prover o TC com mais recursos humanos, estabelecendo uma política de capacitação do seu quadro de pessoal, dando a devida liberdade para que este possa desenvolver atividades sociais e de inclusão no TC.

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Portanto, esta visita ao TC mostrou-se muito proveitosa no que se refere a ter um conhecimento mais detalhado de suas necessidades TC e da comunidade que o cerca. Agregou valiosos conhecimentos para a elaboração de um planejamento estratégico condizente com a realidade, traçando metas e objetivos que visam sanar as principais necessidades da comunidade do Jardim Autódromo.

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Ata Reunião – 05/09/2005

Presentes: AHenriksen, LBorges, HSegre, Thiago Guimarães (“CC”), Maurício (“CC”).

Pauta: 1. Atual política de inclusão digital da Prefeitura Municipal de São Paulo (“PMSP”); 2. Existência de “Benchmarking” para inclusão digital; 3. Problemas e dificuldades existentes na formulação e implementação de uma política de inclusão ditgital.

Assuntos Discutidos:

A reunião foi realizada a fim de entender os objetivos da PMSP com as atuais políticas de Inclusão Digital buscando fazer com que o nosso projeto ande de acordo com tais objetivos. Constatou-se que o simples oferecimento de acesso a Internet para as comunidades carentes já caracteriza Inclusão Digital aos olhos da PMSP (bem como da maioria das autoridades governamentais), corroborando a visão do grupo de que é necessário realizar um trabalho de inclusão digital mais efetiva.

Outro ponto importante da reunião foi a constatação de que inexistem indicadores de eficiência de políticas que objetivem a inclusão digital, o que atrapalhou um pouco o nosso projeto já que percebe-se que a PMSP lançou um projeto de inclusão digital sem ter uma finalidade clara. Houve, portanto, um reforço na idéia que o nosso projeto visará o estabelecimento de um “benchmarking” para os telecentros, mesmo que o julgamento de quais padrões estabelecem um “benchmarking” seja subjetivo devido à falta de indicadores.

Do ponto de vista organizacional, os presentes na reunião chegaram ao consenso de quais são os próximos passos a serem tomados.

Definir as articulações necessárias e ordená-las (ver esquema abaixo).Nesse ponto, uma reunião com representantes da Prefeitura/IDORT é fundamental. Formação de um material claro e objetivo que explique o nosso projeto. Continuar no processo de pesquisa já evidenciado no “job description”

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Preitura/PESC: Apoio institucional e financeiro.Telecentro/PESC: Informações sobre a demanda da comunidade com relação a medidas de inclusão digitalUSP/PESC: Apoio pedagógico Cidade do Conhecimento/PESC: Informações sobre Inclusão Digital “efetiva”, indicadores de eficiência, oferecimento de cursos, contatos importantes. Há uma extensa discussão na comunidade internacional sobre “digital divide”, na qual participam renomadas instituições e pesquisadores. A CC é nosso ponto de contato com esta discussão – portanto um apoio teórico sobre o assunto.Empresas/PESC: Apoio financeiro.

Outras Constatações:

A PMSP está quase sem ação no que se refere aos Telecentros. Estão em busca do que fazer, muito provavelmente porque enxergam falhas estruturais na maneira como o projeto vinha sendo tocado até então.

Entretanto, certas questões ainda restam pendentes sobre o assunto, tais como: - Possíveis razões para a atual estagnação do programa - qual a visão da atual gestão da PMSP sobre inclusão digital?- Pontos fortes e fracos do programa, do ponto de vista da coordenação do mesmo (por que é difícil de manter?)- Como está atual estrutura de comando na prefeitura no que se refere a telecentros? Será que poderão ser nossos aliados?- Qual a possibilidade de a PMSP assinar um acordo institucional com o PESC?

O apoio institucional da Prefeitura ao projeto seria muito útil para obter parcerias. Ajudaria a mostrar aos futuros parceiros que há um interesse público no projeto e que este pode ser encarado como um piloto (com possibilidade de expansão para outros telecentros).

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3ª. Visita ao Telecentro - 11/10/2005

Relatório da 3ª. Visita ao Telecentro – Reunião com Idort

Local: Telecentro Jardim Autódromo

Presentes: AHenriksen, HSegre, SSoutoMargareth (representante do Centro Comunitário Jardim Autódromo)Paula (supervisora dos Telecentros da Região Sul – II)Leoni (gestor dos Telecentros pelo Idort, Instituto Nacional)

Assuntos Discutidos:

Atual situação dos TCs, na gestão do IDORT e próximos passos – Leoni e Paula

O IDORT é um órgão nacional contratado pela Prefeitura para gerir os Telecentros Municipais, para buscar uma maior transparência, diminuir a burocracia e aumentar a efetividade deste programa;

Os Telecentros agora fazem parte da Secretaria de Comunicação da Prefeitura, e tem como responsável o Sr. Sergio Kobayashi e o Prof. Clovis Costa;

Explicou a dificuldade da mensuração de dados nas áreas de atuação social, “existem mais fatos e historias do que dados estatísticos”;

O futuro do Programa dos Telecentros com a abertura de 30 novos locais, continuidade na inclusão social via a inclusão digital;

Além disso, está se buscando implementar TCs com acessibilidade total, onde pessoas com deficiência visual, física ou qualquer outra deficiência também possa ter acesso digital. Esta idéia já está sendo posta em prática com a parceria do Instituto Afort na Senna Madureira;

Outro local que se promove a inclusão é o Cibernarium, localizado no Centro de São Paulo;

Relação do Projeto com a Prefeitura (obrigações e cuidados) – Leoni

A Prefeitura se compromete com o grupo quanto ao que diz respeito a ceder informações, a utilização de equipamentos, relatar como a administração está sendo conduzida;

Para tanto o grupo precisa: zelar pela imagem da Prefeitura de São Paulo e do Idort;

Toda doação de equipamentos ou de recursos tem que ser destinada a Prefeitura e depois repassada ao Telecentro em questão;

Caso exista algum voluntário para trabalhar no TC, este precisa ter um termo de Voluntariado com a Prefeitura;

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É de interesse da Prefeitura e do Idort ter o conhecimento de tudo que for realizado pelo grupo, que, portanto, deve fornecer informações aos mesmos;

A principal necessidade se houver a possibilidade de alguma doação, é a de um servidor;

Parcerias pedagógicas e como é repassado aos Telecentros – Leoni e Paula

Todo treinamento para o oferecimento de cursos nos Telecentros é realizado na Oficina Boracea;

Na Oficina é onde são dados e disseminados os cursos de introdução a informática, Java, Html, etc;

Com a possibilidade de se oferecer cursos novos no TC Jardim Autódromo, o ideal seria que esse curso fosse dado na Oficina Boracea, pois assim se estenderia a todos os Telecentros;

Nos CEUs existe a parceria com a Secretaria de Educação, nele crianças em situação de risco recebem acompanhamento e podem usufruir da inclusão digital;

Parcerias do Centro Comunitário e Palestra sobre captação de recursos - Margareth

Relatou qual eram os atuais e os antigos parceiros da Instituição;

Pensamos em dar uma palestra sobre Captação de Recursos para comunidade, para que esta um pouco mais informada possa conseguir parceiros no futuro, assim sem depender de ninguém conseguir dar continuidade nos projetos de inclusão social.

Contato com Lara Penin ([email protected])

Indicação: Leoni do IdortContato realizado por: Isabel MeirozÁrea: design participativo de serviços.Experiência: trabalha com design e inovação social para a sustentabilidade, na unidade de pesquisa DIS do departamento de design da Escola Politécnica da Universidade de Milano; desenvolve um projeto na área de design de sistema produto-serviço; está envolvida com uma série de ferramentas que compõe uma linha metodológica para o design participativo de serviços.Proposta: troca de experiência, possível encontro em São Paulo em dezembro, possível workshop.

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Ata da Reunião - 31/10/2005

Reunião PESC / FAU

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Presentes: Hugo Segre, Isabel de Meiroz, Sheila Walbe

Pauta: 1) Conhecer o projeto da FAU-USP com relação à inclusão digital. 2) Realizar uma parceria FEA/FAU visando uma abordagem mais completa do tema.

Assuntos Discutidos : A Professora Sheila Walbe Ornstein explicou que o projeto da FAU-USP tem como objetivo entender quais as implicações da introdução das novas mídias na vida cotidiana e suas relações com as transformações do “espaço de morar”. Também pretende avaliar seus efeitos nas relações sociais, dentro e fora da comunidade, no espaço físico desse “fragmento urbano”. Inicialmente serão fornecidos computadores e outros equipamentos informatizados para um perímetro pré-estabelecido do bairro Cidade Tiradentes. Este será monitorado a fim de medir as conseqüências da introdução dessas maquinas do ponto de vista arquitetônico e urbano.

Ponto de Aproximação: Concluiu-se que ambos os projetos consideram que o oferecimento das novas tecnologias de informação trazem consigo mudanças revolucionárias ao modo de viver das pessoas e que tais conseqüências devem ser medidas para se entender tal fenômeno.

Ponto de Afastamento: O projeto da FAU tem dimensões muito maiores, está direcionado para a Comunidade Cidade Tiradentes e visa medir as conseqüências da introdução das tecnologias de informação no âmbito arquitetônico e urbano.O trabalho do grupo 10 do PESC direciona-se a Comunidade Jardim Autódromo, tem duração prevista para apenas 1 ano (término no 1º semestre de 2006) e visa medir as conseqüências da introdução das tecnologias de informação no âmbito socioeconômico, assim como incentivá-las através do uso eficiente do Telecentro Jardim Autódromo.

Conclusão: Dado que os projetos terão etapas em comum, a Professora Sheila de colocou a disposição para fornecer informações já coletadas por eles assim como o grupo o fará. Isso permitirá um valioso fluxo de informações e evitará que alguma das partes gaste tempo com processos já realizados.

SUGESTÃO: O Grupo 10 acredita que um estudo sobre as conseqüências do oferecimento das novas tecnologias de informações é de fundamental importância nesse período histórico em que vivemos. Sugerimos para que algum departamento da FEA-USP se dedique a medir tais conseqüências do ponto de vista socioeconômico uma vez que, dada a natureza dos projetos elaborados através PESC , nos sentimos incapacitados de oferecer uma abordagem mais completa sobre o tema.

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Relatório de Reunião com Possíveis Parceiros – Monkey

Data de Início da Atividade: 04/08/2005Data de Término: 16/09/2005

Conforme o cronograma realizado pelo grupo, a procura de possíveis parceiros só seria realizada após um estudo sobre as empresas que já ajudam a Associação ou que estão presentes nas redondezas da Comunidade Jardim Autódromo. Visando agilizar um

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pouco mais o processo de obtenção de parcerias, o grupo e em especial Hugo, decidiu entrar em contato com a Monkey.

A Monkey é hoje líder no mercado de Lan-houses no Brasil, presidida por Sunami Chun, conta com mais de 30 lojas em 7 Estados e está em processo de internacionalização da marca buscando os mercados americanos, mexicanos e europeus.

O contato entre o Grupo e a Monkey começou despretensiosamente com o envio de um e-mail apresentando o nosso projeto, logo no inicio passamos a conversar com Sunami Chun, que nos ouviu com paciência e demonstrou um grande interesse em ajudar.

De início, o grupo espera que a Monkey possa nos ajudar na administração do telecentro, compartilhando o seu “know-how” e dando um suporte na parte técnica. Um plano mais ambicioso compreende em firmar uma parceria de estagio com a empresa. Ou seja, encaminharmos para a Monkey os melhores alunos dos cursos que pretendemos realizar após a modernização do Telecentro, o que seria vantajoso para ambos pois eles desfrutariam de uma mão de obra de baixíssimo custo e ainda por cima ofereceriam uma experiência para esse futuro profissional, o que caracterizaria não só uma "inclusão digital" mas uma VERDADEIRA INCLUSÃO SOCIAL e com certeza teria uma ótima repercussão na sociedade.

A negociação encontra dificuldades institucionais para oferecer uma contrapartida para a empresa, o que esta sendo solucionado tanto pelo Alexandre, responsável pela parte jurídica, quanto pelo Vagner, responsável pelo plano de marketing. Reuniões entre o grupo e a empresa estão sendo agendadas para a segunda quinzena de setembro.

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Projetos inicialmente considerados pelo Grupo mas descartados ou alterados

1) Projeto “Prêmio FIA”

Idéia surgida nas aulas da pós-graduação da FEA. O contato para obtenção de material e melhor detalhamento do projeto é Cristina Fedato ([email protected]), que participou da equipe que apresentou o projeto como trabalho em curso da pós-graduação.

Discutiu-se a dificuldade de a FIA proporcionar a estrutura necessária para que o Prêmio tenha uma realização contínua. Assim, surge o problema da continuidade do projeto após o encerramento do PESC, bem como se a FIA conduzirá a idéia até sua realização final. Á primeira vista, a equipe do PESC funcionaria como promotora do prêmio, e responsável por sua realização.

Um modo de ação seria apresentar um projeto a um do Programas da FIA, para patrocínio do mesmo. Entretanto, provavelmente a FIA não patrocinará sozinha, e será necessário buscar outros patrocinadores.

Discutiu-se que esta estrutura foge da idéia inicial do PESC de servir como suporte de uma organização já existente, e não promotora de novas organizações, ONGs, etc.

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2) Projeto de Capacitação em Software Livre

Contexto da idéia : como todos sabem, o mercado de software livre apresenta grande potencial de crescimento, seja pela iniciativa do governo de utilizar mais estes produtos, seja pela utilização por parte da própria iniciativa privada.

Entretanto, a utilização de tais softwares pelas empresas/órgãos públicos demanda conhecimento específico e expertise, e não há mão-de-obra qualificada suficiente. Isto representa uma oportunidade de inserção de pessoas de baixa renda no mercado de trabalho.

A idéia seria criar uma "Universidade do Software Livre" para possibilitar a qualificação e inserção destas pessoas (de baixa) neste mercado.

Em um primeiro momento, poderíamos criar cursos dentro da USP (à semelhança do cursinho da FEA), procurando utilizar a estrutura da universidade. O trabalho compreenderia a prospecção de mercado, seleção de professores voluntários, interface com a USP e seus órgãos, etc.

Acreditamos que esta idéia pode ser apoiada pelo CEATS (a exemplo do Alfa-USP - afinal é um exemplo de empreendedorismo social), pelo menos em uma fase inicial.

Entretanto, o projeto possui o mesmo desafio do Prêmio: o que acontecerá com ele quando acabar o período do PESC? Seria necessário encontrar alguma organização que esteja disposta a abrigar e dar continuidade para o projeto após este período.

3) Idéia proposta pelo Prof. Gilson (Cidade do Conhecimento):

O Prof. Gilson apresentou a Cidade do Conhecimento e o histórico deste projeto à equipe do PESC. Ficou claro à equipe do PESC a profundidade, tanto acadêmica quanto prática, e o interesse e repercussão social do projeto. Tendo seu início no IEA (Instituto de Estudo Avançados) da USP em 1999, atualmente o projeto compreende uma diversidade de atuações na área de Tecnologia da Informação e suas aplicações para a sociedade.

Conforme o site (www.cidade.usp.br), a Cidade do Conhecimento é um projeto da Universidade de São Paulo que promove a criação, a incubação e o desenvolvimento de projetos por meio de redes digitais colaborativas. Foram apresentados alguns projetos da Cidade de Conhecimento, como a Rede Pipa Sabe (inclusão digital), CONIP (premiação de projetos em TI e inclusão), Saber Global, Educar, dentre outros.

Apresentou-se a oportunidade da equipe PESC ser incubadora de uma rede de contatos e divulgação da Cidade do Conhecimento da FEA. Entretanto, a proposta de parceria entre a equipe PESC e a Cidade de Conhecimento mudou de formato após a realização de uma 2ª reunião para detalhamento de proposta de trabalho conjunto. O novo formato surgido é o relatado no decorrer do presente.

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1)

ANEXO X - Modelo de Carta de Apoio Institucional com Idort 35

São Paulo 15 de dezembro de 200536.

Attn.: Sr. Sergio Kobayashi37

Secretaria de ComunicaçãoSecretário de Comunicaçaõ

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULOEdifício MatarazzoViaduto do Chá, Nº 15Centro - São Paulo – SPCEP: 01002-020

Sr. Elcio Luiz FigueiredoCoordenação Geral doProjeto lnclusão DigitalCoordenador de Inclusão Digital

Sr. Leoni Soares IDORT - INSTITUTO DE ORGANIZAÇÃORACIONAL DO TRABALHOAv. Paulista, 1294 – 1º andarSão Paulo – SPCEP: 01310-915

Ref.: Proposta de Trabalho – Telecentros de São Paulo

Prezados Senhores,

Como é de conhecimento de V.Sas., a Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP), no intuito de proporcionar aos seus alunos uma formação cidadã e socialmente responsável, em parceria com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração no Terceiro Setor – CEATS da Fundação Instituto de Administração – FIA, mantém o PESC – Programa de Serviços à Comunidade.

35 A idéia da celebração desta carta de parceria foi abortada na reunião realizada com o Idort em 11/10/2005 (a ata desta reunião encontra-se neste relatório). A intenção da carta era fornecer maior segurança aos potenciais parceiros do Telecentro, mostrando que a iniciativa com o Pesc é sólida. A idéia desta carta foi aceita pelo Idort.36 A carta neste formato em que se encontra recebeu algumas críticas da Profa. Rosa Maria Fisher durante a apresentação do Relatório Parcial II em dezembro de 2005. As principais críticas foram: (i) necessidade de checar os endereçamentos corretos; (ii) “enxugar” o documento, focando nos objetivos da parceria – secretários e altos funcionários de governo não lêem documentos grandes (tipo 3 páginas); (iii) os objetivos aparecem somente no terceiro parágrafo nas palavras “aprofundar”, “troca de conhecimentos”, “assistência mútua” e “incentivo ao desenvolvimento do empreendendorismo social”, que não deixam claro qual o objetivo da parceria; (iv) a professora achou interessante que anexo à carta apresentássemos mais informações, o que foi feito (ver anexo à carta); (v) papel timbrado deverá ser revisto – o vinculo deve ser com o CEATS. O Grupo 10 não alterou a carta conforme as recomendações, tendo em vista que tal proposta provavelmente será rediscutida pelo próximo grupo do PESC que assumir o projeto, sendo mais produtivo que tal grupo dê continuidade aos entendimentos com a Prefeitura de São Paulo.37 O nome e dados das pessoas titulares dos órgãos relevantes foram obtidos em dezembro de 2005. Não atualizamos tais dados de contato e informações até a presente data. Maiores informações devem ser levantadas junto ao Telecentro Jardim Autódromo.

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1)

O PESC é um programa de Voluntariado Universitário, destinado aos alunos dos cursos de graduação dos três departamentos e áreas do conhecimento que compõem nossa escola - Economia, Administração e Contabilidade.

Os alunos participam do Programa com fundamento na LEI 9.608 de 18 de fevereiro de 1998, prestando serviços voluntários, não remunerados, nas respectivas áreas de conhecimento, com o intuito de levar à comunidade os conhecimentos por eles adquiridos nestas áreas.

Com o intuito de aprofundar o impacto social da atuação dos alunos, pretendemos fomentar com esta Digníssima Secretaria de Comunicação da Prefeitura do Município de São Paulo, e sua Coordenadoria do Portal e Inclusão Digital, a troca de conhecimentos, a assistência mútua e o incentivo ao desenvolvimento do empreendendorismo social, de forma que nossos alunos possam contar com o apoio e incentivo de ambas as instituições.

Atualmente, um grupo do Programa dedica-se ao estudo e à assistência a uma iniciativa de inclusão digital no âmbito do Programa de Telecentros da Cidade de São Paulo, tendo denominado seu projeto como “Fortalecimento Institucional em Projetos de Inclusão Digital – Telecentros de São Paulo”. Procuraremos apoiar os atuais alunos, bem como incentivar que novos dediquem-se ao tema.

A continuidade da prestação de serviços voluntários a assuntos ligados à inclusão digital, no entanto, depende, como sempre dependerá, do interesse e envolvimento dos alunos, o qual esperamos que só tenda a aumentar para que possamos construir uma sociedade consciente e cidadã.

Com votos de elevada estima e consideração, subscrevemos.

Atenciosamente,

Profa. Rosa Maria Fischer

Cristina Fedato

Coordenadoras do Programa

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1)

PESC 2005 - GRUPO 10

Fortalecimento Institucional em Projetos de Inclusão Digital – Telecentros de São Paulo

Apresentação

Elaborado pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA-USP) em conjunto com o Centro de Empreendedorismo Social e Administração no Terceiro Setor, o Programa de Extensão de Serviços a Comunidade (PESC) tem como principais objetivos propiciar oportunidades para os alunos compartilharem com a sociedade os conhecimentos adquiridos durante a graduação, e desenvolver nos alunos a visão estratégica e empreendedora para a atuação social.

No PESC, os alunos levam à comunidade serviços relacionados com as áreas de Economia, Administração e Contabilidade, aplicando os conhecimentos adquiridos na Faculdade. Evitam imprimir qualquer caráter assistencialista, transmitindo ao grupo social ou entidade as competências aprendidas na graduação, orientando ações e contribuindo para o desenvolvimento da autonomia e da cidadania.

Os graduandos atuam em grupos e contam com um tutor da pós-graduação para orientação nas atividades, bem como com o apoio acadêmico e operacional do CEATS e dos professores da FEA-USP.

O Grupo 10

Representados por 4 (quatro) alunos da graduação nos diversos departamentos da escola, e por 1 (uma) aluna da pós-graduação, o Grupo 10 pertence ao PESC e desenvolverá suas atividades ao longo de 2005 e primeiro semestre de 2006.

Seu objetivo é o fortalecimento institucional em projetos de inclusão digital na Cidade de São Paulo. Inicialmente, selecionamos 1 (um) telecentro mantido por uma organização da comunidade local (“telecentro conveniado”) que servirá de modelo para o projeto.

Ciente do modelo de gestão dos telecentros situados na cidade de São Paulo, o grupo tem consciência que atividades que interfiram nessa gestão devem ser reportadas tanto à PMSP quanto ao IDORT - instituição de caráter educativo, científico-cultural, de fins não econômicos que contribui para o desenvolvimento e a qualificação da administração pública. O fluxo de informações deverá ser contínuo, reforçando a confiança mútua entre todos os envolvidos na atuação social pretendida.

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1)

O Projeto

O projeto pretende identificar e desenvolver iniciativas de empreendedorismo social e articulação comunitária em ações de inclusão digital, fomentando o contato e ação conjunta entre detentores de conhecimento (pesquisadores, cientistas, professores), tomadores de decisão (empresas privadas, administradores públicos, entidades do terceiro setor) e a comunidade, atuando junto à comunidade local.

Pretende-se fomentar a busca por parcerias, a divulgação e conscientização da população da importância do telecentro, e a assistência à entidade da sociedade civil vinculada ao telecentro para expansão de sua atuação.

Outras parcerias podem ser realizadas no âmbito pedagógico a fim de proporcionar cursos e palestras que ensinem e conscientizem a comunidade envolvida sobre a importância do uso das novas tecnologias de informação.

Todas essas possíveis parcerias dependem de uma análise de viabilidade institucional e das normas que regem o telecentro, assim como do apoio e incentivo de seus gestores - a Prefeitura do Município de São Paulo.

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ANEXO XI – Outras Atividades Desenvolvidas pelo Grupo

1. Análise do Termo de Convênio com a PMSP

Data de Início da Atividade: 31/08/2005Data de Término: 31/08/2005

Objetivo: Analisar a minuta de Termo de Convênio disponível no site da Prefeitura de São Paulo, tendo em vista a viabilidade do Plano de Marketing – Análise de Possíveis Benefícios aos Parceiros:

http://www.telecentros.sp.gov.br/institucional/imprensa/releases/index.php?p=2698&more=1&c=1&pb=1

Resultados:

No documento, não há nenhuma vedação expressa em relação à celebração de Parcerias, bem como veiculação da marca de eventuais Parceiros.

Entretanto, é importante notar que: (i) A Associação deve manter a padronização visual do telecentro,

conforme as normas do projeto "E-Cidadania". No site, está disponível um documento chamado "Especificações para Comunicação Visual", em que há as especificações técnicas das paredes internas, totem e placa externa. Novamente, não há qualquer proibição ou regulamentação especial sobre outras placas ou faixas;

(ii) Evidentemente, novas placas não poderão prejudicar a visibilidade das placas da prefeitura, muito menos infringir as disposições das "Especificações para Comunicação Visual". A questão que se levanta é: É possível haver outra placa concorrente com a Prefeitura? Atualmente só há a placa da Prefeitura: ou seja, qualquer outra coisa que um eventual Parceiro colocar, vai diminuir a visibilidade das existentes; e

(iii) O convênio foi assinado sob o amparo da Lei 8.666 (Lei de Licitações). Isto significa que está amarrado aos rígidos princípios que regem os contratos com o Estado (aliás, como qualquer contrato celebrado com o Estado). Isso dá margem a uma série de interpretações mais favoráveis à Prefeitura.

Diante disso, o Grupo considera arriscada qualquer ação sem uma prévia comunicação à Prefeitura. Neste sentido, é imprescindível a realização de uma reunião com a Prefeitura.

O Grupo acredita que a fixação de faixas permanentes nas paredes internas do Telecentro, ou na fachada externa, como se o Parceiro pode ser pouco viável. Parece ser mais viável (i) faixas provisórios, por exemplo, na divulgação de cursos patrocinados pelo Parceiro; (ii) o patrocínio de uma sala anexa ao Telecentro (disponível no imóvel

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atualmente utilizado), com faixas só do Parceiro (neste caso, faixas permanentes). O Grupo realizará uma análise mais profunda destas questões.

2. Participação do Grupo em Eventos e Palestras

Relatórios detalhados sobre as atividades abaixo relacionadas desenvolvidas pelo grupo podem ser encontrados nos relatórios parciais do projeto. Abaixo estão relacionadas breves descrições de tais atividades.

2.1. Evento sobre Software Livre como Negócio - MBA/FIA

O evento foi realizado no dia 30/06/2005 e contou com a presença de Richard Watson, professor titular de Estratégias de Internet da Universidade de Geórgia.

A participação neste evento objetivou a aquisição de maiores conhecimentos sobre software livre, tendo em vista as iniciativas iniciais do projeto ligadas ao tema. Discutiu-se a existência de diversos modelos de negócios de produção e distribuição em software livre, suas aplicabilidades, riscos e oportunidades. Discutiu-se que o software livre apresenta diversos benefícios, mas não é uma solução para todos. Sua utilização pelos usuários requer uma análise dos riscos e oportunidades de cada modelo de negócio envolvido.

2.2. Evento sobre Articulação Comunitária - Cidade do Conhecimento

O evento foi realizado no dia 05/08/2005 e contou com a presença de Kiminoshim Yoshida, sociólogo e coordenador da equipe de implementação de Telecentros em São Paulo entre 2001-2004, e Andrea Goldschmidt, administradora especializada em marketing e membro da Apoena Empreendimentos Sociais.

Foi apresentado um panorama geral dos desafios e progressos da implementação dos Telecentros em São Paulo. Discutiu-se as dificuldades na implementação de projetos que querem alto envolvimento comunitário, uma vez que a articulação comunitária é uma tarefa difícil e não há um método preciso para desenvolvê-la. Por fim, foram apresentadas estratégias para captação de recursos em projetos sociais.

2.3. Evento sobre Comunicação Comunitária - Cidade do Conhecimento

O evento foi realizado no dia 02/09/2005 e contou com a presença de Paula Takada, jornalista e orientadora de oficinas de comunicação comunitária nos Telecentros de São Paulo até 2004, e Dioclécio Luz, articulador do movimento de rádios comunitárias.

Foram debatidos assuntos como o que é um projeto de rádio comunitária, qual o papel da comunicação nas comunidades, como elaborar fanzines e outros veículos jornalísticos, como possibilitar que a comunidade desenvolva sua comunicação.

2.4. Curso sobre Responsabilidade Social Corporativa – WorldBank / Câmara Alemã

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O curso foi realizado no período de 10/08/2005 a 23/08/2005, e foi aberto aos participantes do PESC/FEA. Um membro do grupo foi o único aluno da FEA presente ao curso.

O curso foi uma mistura de aprendizado on-line e exposições presenciais, nos moldes do curso em inglês on-line sobre responsabilidade social corporativa disponível no site do Banco Mundial (www.worldbank.org). Foram abordados os conceitos chave em responsabilidade social corporativa (“RSC”), estrutura para tomada de decisões socialmente responsáveis pelas empresas, a relação entre RSC e o alívio à pobreza, e métodos para desenvolvimento de alianças e estabelecimento de planos de ação em RSC.

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