i seminário sobre a crítica á educação burguesa

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Especialização em Gestão da Educação 2013-2014 Universidade Estadual de Santa Cruz UESC Orientadora: Profª Drª Raimunda Assis Barbara Gomes Cintia Santos Edna Gama Eliete Silva Joselito Alves Manoel dos Santos Ronaldo Souza Renata Moreira Ilhéus, 14 de Fevereiro de 2013 I SEMINÁRIO SOBRE A CRÍTICA DA EDUCAÇÃO BURGUESA

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O Autor faz uma crítica ao modelo de educação burguesa enfatizando as relações de lutas de classes.

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Page 1: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

Especialização em Gestão da Educação 2013-2014Universidade Estadual de Santa Cruz – UESCOrientadora: Profª Drª Raimunda Assis

Barbara GomesCintia SantosEdna GamaEliete SilvaJoselito AlvesManoel dos SantosRonaldo SouzaRenata Moreira

Ilhéus, 14 de Fevereiro de 2013

I SEMINÁRIO SOBRE A CRÍTICA DA EDUCAÇÃO BURGUESA

Page 2: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

PRINCÍPIO DA DIALÉTICA ENTRE ESTRUTURA ECONÔMICA E CONSCIÊNCIA

SuperestruturaEducação

Aníbal Ponce

Educação e Luta de Classes

Lutas por direitos à educação desencadeia luta por demais direitos.

A educação

como lutas de Classes

Fenômeno social

Consciência X Estrutura econômica

Análise socioeconômica

Page 3: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A DIALÉTICA BUSCA ELUCIDAR SEU PONTO DE VISTA -PENSAMENTO PEDAGÓGICO DOS DIALÉTICOS

Bogdon Suchodolski

Mário Aligheiro

Maurice Dommanget

Page 4: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A DIALÉTICA BUSCA ELUCIDAR SEU PONTO DE VISTA -PENSAMENTO PEDAGÓGICO DOS DIALÉTICOS (2)

Bogdon Suchodolski

Mário Aligheiro

Maurice Dommanget

Publica o Livro A Pedagogia e as grandes correntes filosóficas, em 1960. Ele estuda a natureza das problemáticas pedagógicas e opõe-se às ideias da pedagogia da essência, ligada à tradição racionalista ou cristã.

Publica em 1961 um estudo sobre a teoria materialista da educação expondo os fundamentos da teoria marxista da educação socialista na Polônia.

Page 5: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A DIALÉTICA BUSCA ELUCIDAR SEU PONTO DE VISTA -PENSAMENTO PEDAGÓGICO DOS DIALÉTICOS (2)

Bogdon Suchodolski

Mário Aligheiro

Maurice Dommanget

Desenvolve uma concepção de educação socialista distinta dos países socialistas;

Desenvolve o conceito de trabalho e de Omnilateralidade confrontando Marx e Gramsci com as pedagogias modernas.

Page 6: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A DIALÉTICA BUSCA ELUCIDAR SEU PONTO DE VISTA -PENSAMENTO PEDAGÓGICO DOS DIALÉTICOS (2)

Bogdon Suchodolski

Mário Aligheiro

Maurice Dommanget

Pionerismo nos estudos da Pedagogia Socialista.

Wagner Gonçalves – Pedagogia do Trabalho – lança as raízes da educação socialista e aprofunda no 2 Vol., discutido de Pistrack a Macarenko, com a Escola do Trabalho na União Soviética até a Pedagogia Dialética de Paulo Freire.

Page 7: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

O TRABALHO: PRINCÍPIO ANTROPOLÓGICO

Princípios da Nova Antropologia:

1. O homem produz a si mesmo, determina-se, ao se colocar como um ser em transformação, como ser de práxis;

2. A realização do homem como atividade dele próprio só pode ter lugar na história. A mediação necessária para arealização do homem é a realidade material.

• O Desenvolvimento do homem;

• Alienação e o antagonismo de classes.

Page 8: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• Práxis revolucionária e formação do homem de prática social ou de trabalho social x práxis produtiva;

• Relação educador e educando e práxis revolucionária;

• A reeducação dos educadores e suas implicações na transformação do mundo.

• O que os indivíduos são depende, portanto, das condições materiais de sua produção.

“O modo capitalista de produção constitui-se em um sistema de mercantilização universal e

de produção da mais-valia”.

Page 9: I seminário sobre a crítica á educação burguesa
Page 10: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

BASE ANTROPOLÓGICA MARXISTA DE EDUCAÇÃO

Superestrutura jurídica e política

Correspondem a formas sociais

determinadas

de consciência.

Relações de produção

A superestrutura influi sobre a base.

A base influi sobre a superestrutura, igualmente. Estas duas

grandezas que influem uma sobre a outra dependem de uma terceira (as forças produtivas).

Page 11: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

Base Antropológica da concepção marxista da educação

Relação entre Homem e Natureza

Crítica de Marx à Hegel sobre a relação entre homem e natureza;

É pelo trabalho que o homem se descobre como ser de práxis, ser individual e coletivo.

Dialética Homem-Mundo.

O Modo de Produção da vida material condiciona o processo de

vida

Social

PolíticoIntelectual

Page 12: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

TRABALHO PRODUTIVO E TRABALHO IMPRODUTIVO

Trabalho produtivo na perspectiva de manipulação do objetode trabalho:

– O processo extingue-se ao concluir o produto;

– O produto é um valor-de-uso;

– Trabalho individual.

Trabalho produtivo em virtude do caráter cooperativo doprocesso de trabalho.

Page 13: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

Trabalho produtivo

• É aquele que gera mais-valia para o capital.

Trabalho improdutivo

• Todo o trabalho quepermanece fora do modode produçãocapitalista, como as formasde trabalho autônomo.

TRABALHO PRODUTIVO E TRABALHO IMPRODUTIVO

“A produção capitalista não é apenas produção de mercadorias éessencialmente produção de mais-valia”. (Gadotti, 1992, p. 46).

• A noção de trabalho produtivo para Marx

Page 14: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

TRABALHO PRODUTIVO E TRABALHO IMPRODUTIVO

• A noção de trabalho produtivo para Lúcio Kovarick

– Trabalho produtivo não só aquele que produz

diretamente a mais-valia, mas também aquele

desempenhado por um conjunto de novas categorias

sociais que ocupam posições estratégicas no processo

de reprodução e expansão do capital e que não são nem

proprietários nem operários strictu senso. (p. 47)

Page 15: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

TRABALHO PRODUTIVO E TRABALHO IMPRODUTIVO

“A classe média tende a constituir um apoio social e politicopara o apoio capitalista e não aos produtores” (Sweezy apudGadotti, 1992, p. 48).

Page 16: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

ALIENAÇÃO E TEMPO LIVRE

• Consciência do educador sobre sua prática social eorganização das classes produtivas e dominação da classecapitalista.

• Trabalhador como mercadoria não possui valor em si. Seuvalor deriva da relação de troca, origem do lucro, da mais-valia.

• A educação e a ciência tornam-se propriedade exclusiva,monopólio do capital.

• Educação, trabalho necessário e tempo de trabalho livre.

Page 17: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

EDUCAÇÃO E TRABALHO

CONSUMO

ECONÔMIA CULTURA

TRABALHO

POLÍTICA

Integração entre Educação e Trabalho:

Page 18: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A essência do pensamento de Marx sobre ensino

• Princípios do comunismo – Manifesto;• Instruções aos delegados – O capital;• Crítica ao programa da Gotha;

EDUCAÇÃO E TRABALHO

Page 19: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

EDUCAÇÃO E TRABALHO

“O trabalho constitui valioso instrumento de formação moral e física [...] (GADOTTI apud MARX, 1992, p. 53)”.

“A combinação do trabalho produtivo com o ensino, desde uma tenra idade, é um dos mais

poderosos meios de transformação da sociedade atual (GADOTTI apud MARX, 1992, p. 53)”.

Page 20: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

CARÁTER FORMATIVO DO TRABALHO

Relação entre Escola e Atividade Prática:

TRABALHO MANUAL

TRABALHO INTELECTUAL

Page 21: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

O ensino politécnico compreende dois níveis que não podem serseparados:

• 1- Deve se realizar na síntese do estudo teórico e de um trabalhoprático na produção;

• 2- Deveria colocar em evidência o caráter social do trabalho eestimular a associação livre dos indivíduos;

Compreender o processo de produção e

organização do trabalho

O ENSINO POLITÉCNICO

Page 22: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

O TRIPÉ DA EDUCAÇÃO

• Ensino intelectual (cultura geral);

• Desenvolvimento físico (ginástica, o esporte);

• Aprendizado profissional polivalente ( técnico e científico).

Page 23: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

PRINCÍPIOS

• Educação pública (educação para todos);

• Educação gratuita (responsabilidade do Estado);

• Educação pelo trabalho (educação politécnica).

Page 24: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

A OMNILATERALIDADE E O HOMEM NOVO

Marx, na Crítica da filosofia do direito de Hegel, insurge contra ahierarquia do saber, a burocracia, os exames.

“O modo de produção capitalista, a acumulação da riqueza e da ciência desenvolve-se ao mesmo tempo em que cresce a miséria

e a ignorância.

• O ensino burguês é elitista, discriminador, divisionista,reprodutor e conspirador.

• A obliteração intelectual e produção da mais-valia;

Page 25: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• Omnilateralidade não é desenvolvimento de potencialidadeshumanas inatas. É a criação dessas potencialidades pelopróprio homem, no trabalho;

• Divisão social do trabalho: superintelectualização das elites eembrutecimento das massas;

• Homem novo: é um ponto inicial do próprio homemhistórico, no momento em que desaparecer a propriedadeprivada dos meios de produção e com ela a exploração dasmaiorias pelas minorias privilegiadas.

A OMNILATERALIDADE E O HOMEM NOVO

Page 26: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

HEGEMONIA E EDUCAÇÃO

Abordagens teóricas: Gramsci

Marx

Althusser

Lênin

Page 27: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS

• Infra-estrutura e superestrutura- Marx

• O trabalho como princípio do processo educativo- Marx

• A hegemonia como essência da relação pedagógica- Gramsci

Page 28: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• Movimentos sociais e educação- Lênin e Gramsci

• Aparelhos ideológicos do Estado- Gramsci; Althusser

TRANSFORMAÇÕES SOCIAIS

Page 29: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

O PRINCÍPIO UNITÁRIO

1- O que é?

Page 30: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• 2- Quem propõe?

O PRINCÍPIO UNITÁRIO

Page 31: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• 3- O que Propõe?

O PRINCÍPIO UNITÁRIO

Page 32: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

• 4- Missão/objetivo?

O PRINCÍPIO UNITÁRIO

Page 33: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

CRÍTICA AO ESPONTANEÍSMOGRAMSCI

• COERÇÃO VERSUS ESPONTANEIDADE

“Em outras passagens de os intelectuais e a organização da cultura éainda mais incisivo no combate ao espontaneísmo, colocando-seclaramente a favor de certa coerção.”(p. 72)

• AS DUAS FASES DISTINTAS NA VIDA DA CRIANÇA

Antes da puberdade e depois da puberdade.

“A coerção não pode ser confundida com a autoritarismo”. (p. 73)

Page 34: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

CRÍTICA AO ESPONTANEÍSMOGRAMSCI

• AUTORIDADE E LIBERDADE

“O indivíduo livre não é aquele que age espontaneamente – istoé, arbitrariamente – mas aquele que age de maneiraresponsável, isto é, de acordo com uma direção consciente”(p73).

• A EDUCAÇÃO EMACIPATÓRIA

A educação como instrumento de luta da classe oprimida e o lugar deuma contra hegemonia.

Page 35: I seminário sobre a crítica á educação burguesa

REFERÊNCIA

GADOTTI, Moacir. Concepção dialética daeducação: um estudo introdutório. 8ª Ed. SãoPaulo. Cortez Editora, 1992.