i produc;ao de material de planti,o da r...

30
I (...# ': -: ," !' séne Gf>- 17 SeleHlblQ. 1 f- I , Produc;ao de materia l de planti,O da r nandioca Centro da Inlormal;1\O sobre a Mandioca _ Centro Internacional de Agricultura Tropical CIAT

Upload: others

Post on 14-Feb-2020

3 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

I (...# ': -: ," !' séne Gf>- 17

SeleHlblQ. 1 f -

I I,~

, Produc;ao de material de planti,O da r nandioca

Centro da Inlormal;1\O sobre a Mandioca _ Centro Internacional de Agricultura Tropical

CIAT

Page 2: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

o Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAD é urna institui¡;io sem fins lucrativos, dedicada ao desenvolvimento agrícola e económico das zonas baixas tropicais. A sede do CIAT ocupa urna área de 522 hectares, propiedade do Govcmo da Colombia, o qual, na sua qualidade de país anfitriao, brinda apoio as ati"idades do CIAT. o Centro trabaJha em coopera~ao com o Instituto Colombiano Agropecuario (lCA) em várias de suas esta¡;óes experimentais e também com agéncias agrícolas ao nÍvel nacional em outros paízes da AmcrÍca Latina. Vários membros doadores do Grupo Consultivo para a P{'.sQul~ Agrícola Internacional proveem apoio financeiro para o desenvolvimento dos programas do eIAT. Os doadores do ano em curso sao: a Agencia Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAJD). a Funda~io Rockefeller, a Funda­¡;áo Ford, a Funda~ao W.K. KeUogg, a Agencia Canadense para o Desenvolvimento Internacional (CIDA), o Banco Internacional de Reconstrw;ao e Fomento (BlRFJ por meío da Associa¡;ao Internacional do Desenvo]vimento (IDA) o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Os govemos da Australia, Bélgica, a República Federai da Alemania, Holanda, Sui~a e do Reino Cnido. Além disso, algumas destas entidades, o Centro Internacional de Pesquisa para o Desen~ volvimento d() Canadá (IDRC) e a Junta Internacional de Recursos Fitogenicos (IBGPR), fi­nanciam projetos especiais. A informa¡;ao e condusóes contidas na presente publícac;áo nao re­fletem necessariamente a posi¡;ao de nenhuma das institui\fóes, funda¡;óes ou governos menciona­dos.

Esta publica~o foi finacfudo pelo Centro de Infor­ma~ao sóbrca Mandioca do OAT, um projeto espe­cial com fundos conjuntos do lDRe (Projeto de ln­forma\ao sóbre a Mandioca - Fase [[) e do or~men­~o gcral do (.lA T.

Page 3: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

, SERIE GP-17

SETEMBRO 1977

produ~ao de material de plantio da mandioca

J. Carlos Lozano

Julio César Toro Abelardo Castro

Anthony C. Bellotti

Centro de Informa¡;:áo sObre a Mandioca

Centro Internacional de Agricultura Tropical, CIAT

Apartado Aéreo 67·13, Cali, Colombia, S.A.

Page 4: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

CONTEUDO

Resumo ..................... . . ..................... 5

Qualidade da maniva de mandioca. . ...................... 6

Sanidade da rnaniva de mandioca ....... 9

Armazenamento das manivas ............. . . ............ 23

Conclusoes ............................................... 24

Page 5: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

N PRODU9AO DE MATERIAL DE PLANTlO DA MANDIOCA'

RESUMO

J. Carlos Lozano

Julio César Toro Abelarda Castra Anthony C. Bellotti**

05 fatores que contribuem para que a .. maniva" ....... da mandioca seja boa para o plantio S8 relacionarn Güin sua qualidade, sanidade e período de armazenamento. A qualidade está determinada pela ¡dade do caule, o número de nós por estaca, a grossura, as deficiencias de germinal;ao segundo a variedade. e a intensidade de danos mecánicos que sofre a estaca durante o corte, transporte e plan tia.

A qualidade da maniva pode diminuir pela presenya de patógenos sistémicos, loca­¡i¿-ados e organismos que se encantram no solo, assim como, ácaros e ¡nsetos que se encontram na superficie da estaca, ou pelo ¡nsetos que se encontram dentro da estaca e/ou no solo.

o armazenamento, em geral, reduz a germína!táo das estacas devido a desidrat3((ao ou ao ataque de patógenos e praga s durante o armazenamento.

Com a finalidade de prevenir os prOblemas no material de propaga¡;:ao de mandioca se sugere uma selec;:ao cuidadosa de estacas de boa qualidade. Estas devem ser;sas e ademais deverao ser tratadas com fungicidas, inseticidas efou acaricidas protetores e erradícantes. Mediante este tratarnento e possiveJ manter as estacas arma2':enadas por um período superior a 30 días.

'" Este traba(ho foi tradu"l.ido pelos pesquisadores da EMBRAPA, Chigeru Fukuda e Wania Maria G, ¡;'ukuda -- Centro Nacional de Pesquisa de Mandioca e Ftuticultu~ la, Cruz das Almas, Bahía, Brasil, do trabalho original "Producción de material de siembra de yuca". As leyendas das fotografias forant traduzidas pelo José Carlos Vila'! Novas, bolsista do programa de feijao do CIAT.

** Fitopató{ogo, Agrónomos e Entomólogo do programa de mandioca do eIAT. *** No texto o termo "maniva" se refere a forma de propaga<;ao \'egetativa da man-

dioca. '

5

Page 6: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

A mandioca (/14af7ihot escalenta Crantz) é uma plama pcrene, Icnho5a, que se multip¡ica melhor pela forma vegetativa, As ra{zes sao utilizadas como rante de carbohidratos (25). Como náo hA ¡dade fisiológica, a man­dioca se co!he entre os 7 e os 24 meses de idade, dependendo d¿s condi>;oes ambicntais ande se cultiva, da demanda do produto e da variedade cultiva­da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo cultivo que se propaga vegetativamentc, o bom estddo das estacas é fundamental para se obter alta produyao. No que se refcre a mandioca, as pcrdas na germina<;:ao poJem rcdu¿lr drastiwmente os rendimcntos. Infe· lizmente a mdioría dos agricultores subestimam esta cond¡~ao. Na maiaría das planta((oes de mandioca, :,t observa que o número de plantas na colhcita é inferior ao número de estacaS plantadas inicialmente; que existe pouca uni· formidadc quanta ao vigor das plantaS; que a produ'Yao por pldntd varia coo­sideravelmente; e que qUiiSC sempre se apresentam podridoes das rJi/es na colheita. Se bem que a!guns dt'stcs problemas se ,atribuem a falores edáficos e climáticos, o uso de c')tacas de boa qualidade e sanidade redul a frcguen­cia e severidade das perdas.

Ademais, existem patógenos sistemicos (VIrus ou ')imí/ares, micoplasmas, bactérias e fungos) Jssim como ácaros e insetos que ataCdn1 o [.lule da plan­ta, os quais "e disseminam pelo uso de material de propaga¡;;ao doente (1, 14, 15,19, 20), Nesta forma se intodu/em frcquentemente estas pragas cm planta~oes, regióes, paízes ou continentes.

, E de ')uma importáncia que o cultivador de mandio<.;a use sempre mani­

vas boas com a finalidadc de redul:ir e evitar as podridocs de raíles e a jn· trodw;ao dé dOen((CiS e pragd5, assegurando de>ta maneira a un¡formidade e vigor no eSlabelecimento do cultivo, assim como urna boa produ<;ao. Um bom material de propaga-;:do ~e obtcm de cau!cs de boa qualidade e condi· ((oes da sanidade e um pcn'odo de armalenamento adequado.

QUALlDADE DA MANIVA DE MANDIOCA

A qualidade dJ maniva de mandioca depende da ¡dade e diametro do caule utilizado, do número de nós por maniva e do comprimento. Se bem que nao existem resultados definitivos sobre cada um destes fatorcs, rcpe~ tidas observJ.~.¿:'es de campo indicam que deles depende a produc;ao de

6

Page 7: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

plantas vigorosas, capazes de produzir um bom número de ra(zes comer­ciab.

Maturidade do caule

Nao existe um conceito exato sóbre a maturidade apropriada que deve ter o eaule da mandioca que se vai empregar como maniva para o plantío. Náo obstante, é conhecido que ainda que os caules pouco lignificados germi­nem) estes sao extremamente suscet(veis a patógenos do solo e podem ser atacados por insetos sugadores. Ademais, estas estacas herbáceas e i maturas (verdes) nao se podem armazenar por um perl'odo langa ji que por seu alto conteúdo de água tendem a desidratar-se rapidamente e, por sua suculéncia, mUltas espécies de microorganismos (bactérias e fungos) as infectam, cau­sando podrídües severas pouco tempo após ter sido plantadas (11,27).

Quando as estacas sao tomadas de plantas com mais de 18 meses, a~ duas terceiras partes do eaule destas se cncontram altamente lignificados e con­tem poucas reservas aliment(cias para os brotas que germinam de suas gemas. Por esta razao, as gemas germinativas apresentam reduzida viabilidade, tem uma germinaCiao tardia e/ou produzem brotos pouco vigorosos. Ademais, os caules provenientes de plantas maiares de 18 meses podem ter sofrido um major número de lesoes causadas por patógenos localizados ou por insetos. Igualmente, o oorte das estacas se dificulta quando se empregam caules velhos.

Por conseguinte, se sugere que o material de plantio seja tomado de plan­tas que tenham entre 8 e 18 meses de idade. Quanto mais jovem seja a plan­ta, mais lignificada deve estar a parte do caule que se seleciona para estacas. Um indicativo prático para saber se uma estaca tem suficiente ¡dade consiste em determinar a rela<;:ao entre a diametro medular e o da estaca em um cor­te transversal. Se o diámetro medular é igual ou menor a 50 porcento de dia:metro da estaca, esta tem a madura((ao apropr¡ada para ser plantada (27).

Número de nós por estaca

Cada nó do caule tem uma gema axilar; teoricarnente se pode obter urna planta de cada nó. Nao obstante, tem-se encontrado que as estacas com urn a tres nós tem uma baixa germina~áo em campo (27) por serem muito curo

7

Page 8: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

tos. Estas estacas também sao susceptíveis a uma desidrata~ao rápida e 05

patógenos podem invadí-las totalmente em um período relativamente curto. Ademais, as estacas com poucas gemas tem mais probabilidadc de perder a viabilidade de todas suas gemas durante a prepara¡;:ao, o transporte e o plan­tio. T eorícamente, as estacas !ongas, com mais de 10 nós, tem maiar proba­bilidade de conservar sua yiabilidade porque o número de gemas é maior. Nao obstante, ao usar estacas longas, se necessita mais materia! de propaga­Qáo por unidade de superfícíe e existe uma maior possibilidade de que este material se encontre afetado por lnsetos e patógenos localizados.

De acordo c.om o anterior, sugere-se que as estacas para propaga~ao em mandioca tenham entre 5-7 nós, com um comprimento mínImo de 20 cm.

Grossura das estacas

Se bem que qualquer parte do caule pode ser usada para propagar aman­d¡oca cm uma opera\ao comercia!, os rebentos que brotam das estacas del­gadas ';0 debei, e (om poucas raíces grossas de tamanho reduzido (9, 27). As estacas delgadas tém menos reservas nutritivas, razao pela quaJ os reben~ tos sao debeis. Como regla geral, aconselha-se que o diámetro 'dos caules se­!ecionados para materia! de propaga<;áo nao seja inferior a metade do diáme­tro da por~áo mais grossa do cau!e da variedad e que se está empregando,

Variedade

T eln-se observado grandes diferen¡;:as varietais quanto a capacidade de germina~ao das estacas. Estas diferen~a5 acentuam-se ao armazenar as esta­cas, pois a medida que aumenta o periodo de armazenamento, as d¡feren~as se aumentJm {Sanay e Lozano} informa¡;'3o pcssoa!). Por cot1seguinte, reco­menda-se USar variedades com o mais alto poder germínativo. A determina­.yao do poder germinativo poderia ser averiguada faci!mente, calculando a porcentagem de germina<;áo entre estacas de diferentes variedades, depols de um período curto de armazenamento; 15 dias, por exemp!o.

Danos mecanicos

A epiderme e as gemas das estacas podem sofrer danos durante sua pre~ parayáo, transporte, armazenamento e plantío) de vida a golpes, fric¡;:oes e/ou

8

Page 9: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

feridas causadas por facDes. Cada ferida representa um novo ponto de entra­da para microorganismos que causam podridóes durante o armazenamento QU depois do plantio. Deve-se evitar os golpes bruscos durante o corte e transporte dos caules ou ramas selecionadas como material de propaga~ao. O corte deve ser feito como um fado bem afiado ou com serra circular, em cuja easso se deve segurar o caule com ambas as maos ao cortá-lo. Igualmen­te, o corte deve ser feita em angula reto, com a flnalidade de proporcionar um enraizamento perimetral e uniforme (9, 27).

SANIDADE DA MANIVA DE MANDIOCA

Vários patógenos que induzem podridóes internas ou externas e!ou can­eros corticajs ou epidérmicos atacam o caule da mandioca. Outros patóge­nos invadem os tecidos lenhosos do caule sistematicamente, sem mostrar sintomas visfveis (virus, mico plasmas, bacteriose). Além disso, O caule da mandioca é atacado por insetos e ácaros que se localizam na epiderme ou no interior do caule.

Aspectos patog'nicos relacionados com a maniva da mandioca

De acordo com a locali2:a¡;:áo e presen<;:a dos patógenos no caule da man­dioca, estes podem~se agrupar da seguinte forma:

1. Patógenos sistémicos. Sao agentes causais vasculares [virus e mico plasmas (10, 14); Xanthomonas manihotis (19)] e corticais ou epidérmicos [Spha­ce/ama monihoticola (5, 13) 1 que invadem sistematicamente o hospedei­ro sem mostrar sinais visíveis na zona madura do caule. Por conseguinte, urna porcentagem alta das plantas provenientes de manivas de plantas enfermas estao enfermas, consituíndo assim um foco primário de infec­((áo na nova planta~ao. Nesta forma os patógenos se disseminam em di­ferentes regióes, pa{zes e!ou continentes (20).

Para evitar a presen¡;;a destes patógenos é necessário usar maoivas sas. Por exemplo¡ a enfermidade do mosaico africano, a qual parece ser cau­sada por um virus poliédrico (2, 24), nao existe na América nem na Asia (exceto na India); nao obstante, seu vetor (Bemisia sPP.) tem sido regis­trado na América Latina (1). Por tal razáo, é indíspensável evitar a ín~

9

Page 10: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

troduc;ao de todo material de propaga«á:o procedente da Africa e da Jn­dia. Em alguns lugares ande se encontra a enfermidade) te m-se consegui­do diminuir sua incidencia mediante a selec;ao de plantas aparentemente sas) provenientes de cultivos infectados {2). Também existem variedades reSistentes (22); nao obstante, SUd maniva pode ser portadora do agente causal e comtituir assim a fonte de inócula em p¡anta~óes ande se usem variedades susceptíveis.

Recentemente demonstrou-se que se pode produzir plantas aparente­mente sá:s., cultivando meristcmas de plantas com mosaico africano (12). Entretanto, como ainda nao existe um método Que detecte a presen\J do agente causal no hospedeiro, o sistema nao garante urna margcm de segurani.(a absoiuta.

Os virus (o mosaico comum e o mosaico das nervuras) e mico plasmas 1:0 superbrotamento) americanos parece m que só se transmitem em man­dioca na forma mecánica e cm porcentagcms relativamente baixas (10, "( 4); por conseguinte, a porcentagem de infec¡;ao causada por estas cn­fermidades é limitada (10). Como sempre se encontra plantas sas dispo­níveis para selecionar manivas. de ve-se erradicar estas enfermidades me­diante a elimjna~ao das plantas que mostram sintomas. Esta elimina~jo, se nao erradica a enfermidade, pelo menos reduz altamente a porcenta­gem de potencial de inócula (10,14).

T em-se demonstrado que se pode obter plantas sas de plantas afeta­das pela bacteriose da mandioca, enraizando rebentos (5-10 cm) prove~ nientes de estacas tomadas de plantas enfermas (17 1 18), seguindo-se o método de enraizamento em água estéril (26). As plantas obtidas por este método constituem a base para produzir maniva certificada, livre do patógeno (18). Esta base pode multiplicar·se pelo método de propa· ga~áo rápida, desenvolvido por Cock et alii (8) ou pelos métodos tradi­donais. Pode-se usar o matería! sao para plantar lotes onde nio se tenha plantado mandioca ou ande se tcnha erradicado o patógeno por rotJyao ou eliminar;ao da mandioca durante um per(odo de seis meses (16, 17). Pode-se distribuir as manivas sem nenhum risco a outras regioes onde a enfermidade nao existe.

o agente causal do supera langa mento (5. manihotico!a) também po~ de ser introduzldo por mela de manivas tomadas de planta~6es enfermas (4,5,6,13). Por conseguinte, só se deve plantar estacas provenientes de

10

Page 11: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

l.'

Cbl

A qua! idade das maniv3$ de mandioca depende de:

Matu rac60 Cal do cauta

Cbl

N? de lel nbs pQr estaca Idl

E. Imatura e herbácea: centro, matura.;:áo apropiada; O. dernasíada lemosa. O Corte transversal dos caules mostra a relacáo entre a medula e o ditimetto do caule.

e. Muito poucas nós. O. N'oJmero adequado de nós. Tamanho correto da escaca (20 cm) e N? apropiado de n6$,

- - - - - - - - - --------------------

Page 12: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

Outros fatores que afetam a qualidade da maniv6 sáo:

(a) E Talo herbáceo delgado D. Di¡§metro apropiado

lb) Compatal;30 da grOSsura demostrado p~o corte transver­sal ; aprox , SO% da estaca esq . é medula .

Angulo do leI Acima. O corte em ángulo náoá recomendavel. corte Aba'lxo . O corte transversal favorece uma methor óistr;bu­

¡;áo das raízes. (dI Vista próxima dos dois cortes.

Danos le) E. Estaca sá. mecAnicos O. Estaca cam dano meca.nicQ a cual deve--ser descartada.

Idl

I

I l.)

Page 13: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

(a) BacteriOSB

Pode·se introduzir enfermidades ao utiliza, estacas de planta~6es infectadas.

Estas sao algumas das enfermidades bacterianas e fúngicas que pode m ser introduzidas desta maneira.

le) Superalongamento

Page 14: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

(al Mosaieo africano

le) SuPllrbrotarnef1to

As enfermidades causad¡r.; pOr virus e micoplasmas podem ser introduzidas pela importal;aode material infectado para plantio.

I

I •

Page 15: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

la) Antracnose

Os pat6genos local ¡lados pode m atacar o cau le principal da mandioca, induzjndo cancros e podridóes QUe podem reduzir a capacidadc gcr¡-r,inativa das estacas ou o vigor dos raba ntos.

lb) Podridáo do caule causada por basidiomicetos

(e) Podridéo bacteriana do eau'.

Page 16: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

1.\ T(mllll1o na nW!ltlulll prOdUl:ldOf por brOCM do CoIlula

Dos lOsetas mais ImpOrtantes que atacam o material de v1antio úa mandioca (manivasJ sao as brocas do caule e os lOsetas escamosos

(bl Danos severos causados por brocas do caule

(di Infestat;:áo severa por ¡nsetos escamosos

Page 17: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

Ce)

Aa seleeionar a se(:aOda planta que se vai empregar como estaca, se deve escolher a parte mais lignificada, co­mo se aprecia na foto la) (entre as maós do ttabalhadorL Delle-se tel cui­dado ao cortar as se~óes para evitar danos no cau1e lb) O tralamento cui­dadoso das pedacos do caule é e5sen­cial; samente se deve transportar quantidades pequenss por vez (e).

Page 18: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

le

As estacas sem tratamemto podem ser infectados por patógenos au ¡nsetos poUCO lempo dePOis do plan­tío. Para evitar estes danos. se deve usar praguicidas (a). Na foto (b), as estacas do extremo esquerdo náo fa ram tratadas; as demais foram tratados com distintos fungicidas em doses diferentes. Certos fungicidas somente nao atuam como protetores, mas também aceleram a germin~áQ das estacas. Na foto (e). as esta­cas da esquerda náo foram tratadas; as demais, sim. Os fungicidas também aumentan o tempo de armaZEt­namento das manillas. A plantm;aoda fato (dI mOstra estacas armazenadas durante um mes. AQuelas tra­tadas com fungicidas tem germinado bem. No canto inferior esquerdo, se observa urna severa reducao da germina(:ao das estacas que nao foram tratadas com fungicidas.

Page 19: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

plantac;oes sas. Tem-se encontrado que tratando-se estacas dh;.tadas com fungicidas rais como Difolaran e Orthocide (4000 ppm de :> ••• ), pode·sc erradicar o patógeno das estacas (7); portanto, se recomenda usar un. des tes fungicidas para tr¡ltar as estacas que sáo tomadas de áreas ande a cnfermidade é endcmica.

2. Patógenos localizados. 5.10 patógenos nao sistémicos (agentes causais da podridao bacteriana do ,aule, antracnose, mancha de anéis circulares, al­guns basidomicetos, cte.) que 5Ó invadem uma parte do caule. Em geral, es tes patógenos deixam caneros ou zonas neeróticas de colora~ao ma­rrOm claro a negro sobre a epiderme do caule. Outros patógenos, como o agente causal da podridao bacteriana do caule, 'lnvadem também a re­giao medular, apresentando urna colora~ao que vai do amarclo avermel­hado ao marrom e~curo.

Este grupo de patógenos penetra no talo por feridas causadas mecani­camente QU por jnsetos, ou invade o pecíolo das folhas que infetam por penetrac;ao direta ou estomática. Outros penetra m diretameme no caule, invadindo rapidamente a porc;:ao verde. O grau de ínvasao decresce a me­dida que o caule se lignifica (15).

Toda por<;:ao da caule que esteja sao e nao most re ataque algum de pa tógenos 10caHLados, pode usar ·se para plantio. Por conseguinte, ao selecionar-se a maniva, deve-se eliminar as por~óes afetadas por éstes patógenos que corresponde m ás partes do caure que contem cancros, áreas epidérmicas negras ou áreas medulares roseas. E conveniente desin­festar os facóes ou serras que se us3m para cortar as estacas, limpando-as com formol comercial a 5 porcento para evitar transmissóes mec~nicas pelo uso de ferramenlas infe~tadas.

3. PinoQl!!no..l do solo. \ mJlldhJ ... t c!' •. d .dlJ.U.t ~.tr p.J. togt!'nrl~ t.!¡;)!wUk que Jfc­.tdm ... urTWmt!m~ J oUU' JIr hCJ~pl~dtlrrulj. UUT\Q Jf\ llfC\ IkHI!'.tw i'J¡, lromc~

/ignosus¡ Rose/linio necatrix) Armillarie/la melleaL cultivos perenes co­mo café, banana e plátano (Fusarium spp., Rosel/inia spp., etc.) e culti­vos herbáceos de ciclo cuno como algodao e feijao [Rhizocfon;o spp., Selerotium rolfsii, Whetzelinia (Sclerotinia) scleroliorum, Phytophthora spp .. Pythium spp.]. O ataque destes patógenos se inicia após o plantio e come¡;:a pelos extremos da estaca, penetrando através de feridas epi­dérmicas QU na base dos rebentos e/ou nas radicelas.

19

Page 20: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

A melhor forma de evitar que as estacas e plantulas sejam atacadas por estes patógenos, consiste em diminuir a infesta¡yáo do solo por meio da rota~o de cuhivos nao susceptíveis (gram(neas) e mediante práticas culturais (drenagem, plantio em c.amalhoes, etc.) (3,23,27). Ademais, o tratamento das estacas com desinfestantes, desinfectantes e proteto­res da maniva tem demonstrado ser altamente vantajoso. As vantagens que se logra m ao tratar as estacas com certos fungicidas ou misturas sao: 1) um _feito desinfestante; 2) urna a,áo protetora; 3) aumento do tem­po de armazenamento; e 4) ace!era~áo da germina9ao¡ do enraizamento e do crescimento.

Entre os fungicidas e misturas que se podem encontrar estao : Ortho· cide + Bavistin; Daconi! + Manzate; Dithane M-45 + Manzare; Demo .. n 65; Brassicol 75; Vítigran e Agallol (2000 pprn de p.a. cm misturas; 4000 ppm de p.a.. quando se usa individualmente). Em geral, a mistura amplia o espectro protetor.

Tendo em GOnta que os custos de tratamento sáo rel.ativameme b.aixos (ver quadro anexo) já que com urna só prepara\=.lo se pode tratar um grande número de estacas, sugere-se que este tratamento se fa~a rotrneiro e imediatamente depois de preparar o material de propagayao. Os resul­tados sugerem que .10 tratar as es.tacas¡ 05 rendimentos pode m aumentar em maís de 25 porcento e que estas pode m ser armazenadas durante um mes sem perder sua capacidade germinativa (Sanay e Lozano, informa­,ao pessoal). No caso de apresentar-se a enfermidade do superalonga­mentol deve·se adicionar Difolatan ou Orthocide; ademais, tal como se discute mais adiante, deve-se agregar um inseticida (matathion, Tamaron ou Basudin) para o controle de insetos localizados na superficie da es­taca.

Aspectos entomol6gicos da maniva de mandioca

Existem ácaros e insetos que atacam o caule da mandioca e reduzem a produ,áo e a quaJidade do material de propaga,ao procedente das plantas afetadas. Exístem igualmente ¡n setos que se encontram no solo e Que ala­cam as estacas a.pós o plantio, causando feridas ou perfura~óes, pelas quais podem penetrar os patógenos do solo, ou destruem completamente a epiderme e/ou gemas das estacas. Outros in setos cortam as raízes ejou rebentos ao pouco tempo de sua emergencia. 05 ácaros e insetos que ata­cam as estacas da mandioca poderiam classifjcar-se da seguinte maneira:

20

I •

Page 21: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

1. Acaros e ¡nsetos localizados na superf(cíe do caule. Geralmente os áca­ros alacam as forhas e partes verdes das plantas. Ao emigrar, encontram­se na superficie do caure das plantas afetadas e atacam as gemas germi­nativas. Ao transportar o material infestado, pode-se levá-Ios a outras áreas geográficas e a Qutros continentes. Por exemplo, Mononychel/us tanujoa se introduziu na Africa pela ímporta~ao de estacas infestadas (l, 20). Os insetos escamosos (Aonidomyti/us o/bus, Salssetla miranda, etc.) e o pulgáo branco (Phenacoccus gossypi;) também se disseminam nesta forma. Estes ¡nsetos pode m reduzir a germinavao das estacas infes­tadas em até 70 porcento, segundo o grau de infesta\ao. Os ovos e as larvas de outros ¡nsetos tais como trips (Frank/lnie/la wlf/lamsl, Coryno­thríps stenopterus, Ca/iothrips masculinas), o pulgao farinhoso (P. qossy­pii). o percevejo de renda (Vatiga spp.) e outros também pode m-se en­contrar aderidos sobre a superfície do caule e sao disseminados ao trans­portar-se estacas infestadas.

Com o f1m de evitar lnfesta¡;oes de ácaros e insetos sóbre as estacas, recomenda-se o uso de acaricidas e inseticidas tais como malathion emulsionável (100-300 ppm), T amaron (200 ppm) ou Basudin (200 ppm). Estes produtos se podem aplicar por imersao das estacas na 50-

lu¡;ao durante 5 minutos; ti.mbém podem-se misturar com os fungicidas que sao recomendados como protetores, desinfestantes e/ou desinfec­tantes (ver quadro anexo).

2. Insetos localizados dentro do caule. Os ¡nsetos que se localizam dentro do eaule da mandioca sao, em geral, brocas do caule (várias espécies de coleópteros, lepidópteros e himenópteros). Larvas destes e de outros insetos, tais como a mosca da fruta (Anastrepha spp.) e lagartas corta­doras superficiais ou subterráneas (Agrotis ¡psi/on, Prodenia eridania) (1,21) podem disseminar-se para autras localidades inadvertidamente. Os túneis e ga\erias que é\es fazem no cau\e representam novos melas de acesso para microorganismos que causarn podridóes nas estacas.

Com a finalidade de evitar o uso de estacas feridas ou infestadas pe­los insetos, deve-se fazer urna sele<;:ao cuidadosa dos caules quando se preparam as estacas. Todo peda¡;o de caule que mostre lesaes externas ou internas causadas por ínsetos deve ser eliminado e queirnado. Com frequencia, pode-se notar danos internos pela desco1ora'táo da medula.

21

Page 22: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

'" '"

CUSTOS DE TRATAMENTO DE ESTACAS DE MANDIOCA COM ALGUNS PESTICIDAS E SULFATO DE

ZINCO

Pret;:o/kg* Custo/ha** Cuno acumulado/ha PROCUTO (Cr$/Brasil) Gramas/ha (Cr$!Brasil) (Cr$/Brasil) (U,S,S)

Dithane M-45 16,2 333,0 5,3 5,3 0,43

Manzate 80 15,0 187,5 2,7 8,0 0,65

Vi tigra n 20,3 300,0 6,0 14,0 1,15

Malathion P.M. 29,0 750,0 22,7 35,6 2,93

Sulfato de zinco"'" 6,6 6,000,0 40,0 74,0 6,21

* Trabalho de 0,5 homem/día.

** Usar somente quando há d.eficiencia de zinco. Obs: O ptes;o dos produtos. bem como prc¡;o do custo de homern/ha foi ca.lculado em base a pesos colombia­

nos, portanto os valores nao estaD absolutamente corretas (Cr$ 1,00 igual 3 pesos colombianos).

Page 23: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

3. I nsetos localizados no solo. Alguns inseto, que ataca m as estacas da mandioca depois do plantio encontram-se no solo. Estes geralmente destroem o córtex das estacas e fazem túneis, favorcccndo as podrí­does microbianas; como consequéncia, ocorrem perdas na germina<;:ao e/ou morte repentina das p!antulas. Os insetos mals comuns sao: lagar­tas brancas dos besouros (coleópteros pertencentes as familias Scara­baeidae ou Cerambycidae), cupin::. (Coptotermes spp.) e lagartas corta­doras (Agrotis spp.). Para evitar o ataque destes (nsetos deve-se incor­porar ao solo aldrin (1,5 kg/ha de p.a.) ou carbo!uran (0,9 g/planta de p.a.) imediatamentc debaixo das esiaCJs. No Caso de cupíns, recomen­da-se Usar inseticidas Com efeito residual como aldrin, dieldrin ou c!or­dano. 05 cebos tóxicos (por ex., 10 kg serragem, 8-10 litros de <igua, 500 g de a<;úcar ou mela<;o e 100 g de triclarfon para 0,5 a 1,0 ha) dáo e.,celentes resultados (1,21).

ARMAZENAMENTG GAS MANIVAS

Em geral, 05 agricultores armazenam as estacas enquanto prepara m o te­rreno para o plant¡o ou a espera das chuvas. Durante o armatenamento das estacas) seja como ramas ou cm peda~o<.; longos de caule, aCorre germina~aa das gemas, contamina¡yao por patógenos e insetos e desidrata~Jo do mate­rial armazenado. Quanto majar seia o período de armazenamenl0, mais se­veros serio os danos observados. O material pode apresentar secamento (perda de água), podridoes e can eros visíveis sobre o córtex ou na regiáo imediata aos cortes e perdas do poder germinativo. A consequéncia final do armazenamento é uma diminuic;áo da popula(ao das plantas por unida­de de superf(cie, que se acentua a medida que o armazenamento se pro!on­ga.

T em-se eoccntrado que se pode conseguir mais de 90 porcento de germi" nac;ao depois de um mes de armazenamcnto, tratando as estacas de 20 d 50 cm antes do armazenamento com os fungicidas protetores sugeridos ante" riormente (ver sec~ao sóbre patógenos do solo).

Um trdtamento adiciona! anterior ao plantio (com os mesmos fungici­das} favorece ainda mais a germinac;ao. Estes tratamentos pode-se fazer si­multaneamente com a aplica~ao de inseticidas que conlrolam os insctos que comumente en contra m-se sobre as estacas. Para evitar desidratac;ao du-

23

Page 24: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

rante o art)1azenamento, recomenda-se armazenar preferivefmente pedat;:os langas de caule de 50-80 cm, Aa preparar-se as estacas, deve-se descartar os 10 cm de cada extremidade do cau1e annazenado,

o armazenamento de1lc ser feito em lugar sombreado, com umidade am­biental alta (ao redor de 800/0) mas nao excesiva, e ande a temperatura seja moderada (20_23°C). Deve-se fazer o plantío com umidade adequada no s%, já que as temperaturas altas tendem a inibir a germinat;:ao porque o ponto térmico de inativJ¡;ao das estacas é baixo (4),

Se bem que nao se sabe se existe ou n<io resistencia varietal a cada um dos danos que pode ocorrer durante o armazenamento (desidratat;:ao, ata­que de doeno:;as e pragas, e germinat;:ao rápida das gemas), te m-se econtra­do diferen'Yas altamente significativas entre variedades (Sanay e Lozano, informa<;áo pessoaf). Em consequencia, deve-se preferir para o plantío, va­riedades que resistam ao armazenamento, as quais geralmente tém um gran­de vigor germinativo.

CONClUSOES

, E necessário plantar boa maniva de mandioca c.om o fjm de obter rcndi­

mentos altos. Para obter boa maniva, deve-se ter em conta as seguintes. re~ comendat;:oes:

1. Uma maniva de boa qualidade provém de uma variedade com boa ca­pacidade germinativa. O peda~o do caule a selecionar deve ter maturi· dade apropriada (entre 6-18 meses). 5 a 7 nós, 20 cm de comprimen­to, e um diámetro nao inferior a metade da grossura máXima do cau­le da variedade que se va; plantar.

2. Deve-se evitar os danos mecan¡cos das estacas durante sua preparaqao transporte e plantio. Os cortes devem ser uniformes e transversais.

3. Nao se deve ¡ntrod uzir material de propagavao procedente de reg'loes infectadas com mosaico africano em áreas ande nao se encontra.

4, Deve-se evitar a introdu(!ao de manivas provenientes. de regióes onde a bacteriose e o superalongamento da mandioca estola presentes.

24

Page 25: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

Quando cxistem e~tas enfermidades na regíao, deve-se selecjonar co­mo fonte de material para plantío somente aquelas planta¡yoes que permane~am sas durante os per(ados chuvosos. Se nao se encontra, deve-se produzir materiallivre da bacteriose (81) e tratar as estacas com fungicidas erradicantes do agente causal do superalongamento (Difolatan e Orthocide).

5. Náo deve-se tomar estacas de plantas que apresentem síntomas viró­ticos ou de micoplasmas. Toda planta que mostre estes síntomas, deve ser elí minada e destruida ao fogo.

6. Tuda estaca deve ser examinada cuidadosamente; de ve-se elíminar todo peda¡;.o que mostre sinais de patógenos localizados {cancros e podridoes locais epidérmicos ou medulares) e danos de ¡nsetos (ga­lerias ou túneís, feridas epidérmicas),

7 _ As estacas del/em ser tratadas con fungicidas e inseticidas ¡mediata­mente ao cortar-se da planta e antes do arrnazenamento, O arrnaze­namento deve ser reduzido ao m(nimo, prpcurando que nao seja su­perior a 30 días,

8. Nao se de ve plantar em 50105 infestados com insetos do solo (lagar­tas brancas de beLouros, cupins, lagartas cortadoras superficiais e subterraneas) sem aplkar inseticidas junto as estacas ou ao solo.

9. Deve-se realizar o plantio quando o solo tenha boa umídade e deve­se evitar plantar durdnte per(odos secos. Use boas práticas agron6~ mÍ\..:as, dando ao solo a prepara¡;ao adcquada para o cultivo.

10. Se ao fazer cOlheíta, observa-se falta de uniformidade' na produ~ao e mais de 5 porcento de podridao radicular, deve-se fuer rota~ao com gramíneas por um per(odo nao inferIor a seis meses.

25

Page 26: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

"-REFERENCIAS CITADAS

1. Bellotti, A. e Schoonhoven, A. van, 1977. Mite and inseet pests of cassava. Anoual Rr:wíewof Entomo!ogy. ~No prelol.

2. Bock, K.A. e Guthrie, E.J. 1976. Recent advances in research on cassava viruses in East Africa. In: African Cassava Mosaic. B.L. Neste\ led.\. Ottavva, Canada. International Development Research Centre, pp. 11-16.

3. Castro. A.; Toro, J.C,: e Celis, E. 1976. Métodos de siembra y cuidado inicial de la yuca. In: Curso sobre Producción de Yuca, Cal;, Colombía, Centro Internacional de Agricultura Tropical, pp. 217·224.

4. Centro Internacional de Agricultura Tropical. 1974. Annual Report 1973. Cali, Colombia, CIAT, 260 p.

5, Centro Internacional de Agricultura Tropical. 1975. Annua\ Report 1974. CaJi, Colombia, eIAT, 253 p.

6. Centro Internacional de Agricultura T rapica!. 1976. Sistemas de producción de yuca. In: Informe Anual, CIAT 1975. Cali, Colombia, eIAT, 81-663.

7. Centro Internacional de Agricultura T(opical. 1977. Cassa\'s productiol1 systems rrogram. In: Annual Repart 1976. Cali. Colombia, CIAT, 81-B76.

8. Cock. J.H.; Wholey, Q,W., Lozano, J.C.; e Toro, J,C. 1976. Sistema rápido de propagación de yuca. Cali, Colombia. Centro Internacional de Agricultura Tropical. Boletín Serie ES-20. 12 p.

9. Costa, A.S. e Normanha, E. 1939. Notas sObre o trata mentO de manivas de mandioca (ManihotutiJissima) en água aQuecida a di\'crsas temperaturas. Revista de Agricultura Piracicaba 14: 227-230.

10. Costa, A.S. e Kitaijma, E.W. 1972. Studies on virus and mycaplasma diseases of the cassava plant in Brazil./n: Proceedings /ORe/liTA Cassava Masaic Warkshop. Ibadan, Nigeria, IMemational I nstitute of Tropical Agricu!ture, pp. 18-36.

26

Page 27: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

11. Huertas. A.S. 1940. A study af the yield of cassava as. affected bV the aga oi cuttings. Philippine Agriculturist 28: 762-770.

12. Kartha, K.K. e Gambarg, O.L 1975. Eliminat1an of cassava mosaie disease by meristem culture, Phvtopathology 65: 826-828.

13. Krausz, J.; Lozano, J.C.; e Thurston, H .0. 1976. A ne\l\l anthraenose-like dis-ease af eassava. Annual Praceedings of the American Phytopathology Socio ety (Resurno).

14. Lozano, J ,C. 1972. Status of virus and mycoplasma-like diseases af cassava./n: Proceedings af the 1 ORC/IIT A Cassava Masaic Warkshap. I badan, Nigeria, Internationallnstitute of Tropical Agricultura,PP. 2-12.

15, Lozano, J.C. e Booth, R.H. 1974. Diseases of cassava (Manihot escu/enta Crantz). PANS 20: 30-54.

16. Lozano, J.C. e Sequeira, L. 1974, Bacterial blight of cassava in Colombia. 1. Etiology. Phytopathology 64: 74-82.

17. Lozano, J.C. e Seque ira, L. 1974. Bacterial blight of cassava in Colombia. 11. Epidemiology and control. Phytapathology 64: 83-88.

18. Lozano, J.C. e Whotey, D.W. 1974. The production of bacteria-free plantíng stock oi cassava. Wortd Crops 26: 115-117.

19. Lozano, J.C. 1975. Bacterial btight of cassava. PANS 21; 38-43.

20., Lozano, J.C. 1976, The threat of \ntroducing cas.sava diseases and pests on pro-pagatior'l material, In: Plant Health and Quarantine Probtems Arising in In­terf'rational Genetic Ra-sourcesTransfer. FAO (Food and Agriculture Orga­nization). ~No prelol.

21. Lozano, J.C.; Bellotti, A.; Schoonhoven, A. van; Howeler, R.; Howetl, D.; e 0011, J. 1976. Problemas no cultivo da mandioca. Cali, Colombia. Centro

Internacional de Agricultura Tropical (CIATI. Série GP-16. 127 P.

22. Lozano. J,C. e Terry, E.R. 1976. Enfermedades de la yuca y su control. No-ticias FitopatológÍGas 5: 38-44.

23. Oliveros, B.; Lozano, J,C.; e Booth, R.H. 1974. A Phytaphthora root rot of caSs<lva in Colombia. Plant Oisease Reporter 58: 703-705.

24. Peterson, J.F. e Yang, A.F. 1976. Characterization studies of cassava masak agents. In: African Cassava Masaic, B. L. Nestef (ed.). Ottawa, Canada. I n­ternational Development Research Centre, Pp. 17-25.

25. Rogers, D.J. 1963. Studies of Manihot esculenta Crantz and related species, Torrey BotanicaJ Club Bulletin 90: lA3.

27

Page 28: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

Takatsu, A. e Lozano, J.C. 1975. Translación del agente causal del añublo bacterial de la yuca (Manihot esculenta Crantz) en Jos tejidos del hospe­dero. Fitopatotogra 10: 13-22.

Toro. J.C.; Castro, A.: e Celis, E. 1976. Selección y preparación de material para siembra de yuca. In: Curso sobre Producción de Yuca. Cal¡, Colom­bia, Centro Internacional de Agricultura Tropical (CIAT), pp. 197-204.

28

Page 29: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

OUTRAS PUBLICA90ES CIAT/IDRC QUE SE PODEM CONSEGUIR ATRAVES DO CENTRO DE INFORMA9AO SOBRE A MANDIOCA

1. Araullo, KV., Nene!, B. e Campbell, M. (eds.). Cassava processing and rtorage; proceedw

ings of an interdisdplinary workshop, Pattaya, Tbailand, 17-19 April. 1974. IDRC-031e. 19'14. 12511.

2. Booth, R,B. Almacenamiento de yuca. CIAT EE-16. 1975.2%.

3. Cock, J.H., MacIntyre, R. e Graham, M. (eds.), Proceedings of the Fourth Sympomum oí the lnternatíonal Societ:; fay 'fiopil::.al Root Cl-ops, elAT. Call, Colombia, 1-7 Au¡:ust, 1976. IDRG-080e. 1977. 277p,

4. Cock, J,H, y Nestel, B. La yuca: el desarrollo de una red internacional de investigación. CIAT 08--6, (No prelo).

5. Cock, ,LB., Wholey, D. e Lozano, J.C. Sistema rápido de propagación de yucs.. ClAT ES-20. 1976. lOp.

6. Diaz, R.O., Pinstrup-Andcrsen, P. e Estrada, R.D. Costs and use oí inputs 10 cassava pro-ducHon"in Colombia: a brief description. CJAT EE-5. 1975. 40p.

7. 0011, J.D. e Piedrahita, W. Métodos de control de malezas en yuca. CIAT E$-Zl. 1976. 121>.

8. Lozano, J.C. et al. Problemas no cultivo da mandioca. CIAT GP-16. 127p.

9. Lozano, J.C. e Booth, R.H. Enfermedades dI:" la yuca. CrAT DS~5. 1975. 48p.

10. Maner, J.B, Cassava in swine feeding. CIAT EE~15. 1972. 73p.

]1. Nestel, B. Current trends in cassava research. IDRC-036e. 1974. 32p.

12. N~stel, B. (ed.). African cassava Dlosaie~ report oí an intel'disciplinary workshop, Muguga. Renya, J 9-22 Februarv, 1976. IDRC.071e. 1976. 48p,

13. Nestel, B_ e Graham, M. (eds,), Cassava as animal leed; proceedings of a workshop, Uníver-sity of GUdph, 18·20 April, 1977.IDRC-095e. (No prelo).

14. Nestel. B. e l\'Iaclntyre. R. (eds.). Chronic cassava toxicity; proceedings of \\n interdiscipli-nary workshop, London, England, 29-30 January, Un3. IORC-010e.197J. 163p.

15. Nestel, B. e MacIntyre, R. (eds.). The international exchange and testing of cassava germ-plasm; proceeding:s of an interdiscipl1nary workshop, CIAT, Palmira, Colombia, 4--6 February, 1975. IDRC-04ge. ]975. 74p.

16. Persley, G .• Terty, E.R, e MacIntyre. R. (eds,). Cassava bacterial blight; reporí oí an inter-disciplinary workshop, liTA, Ibadan. Nigeria, 1-4 NQvember, 1976. IDRC--096e. (No prelo),

17. Phillips, T.P. Cass!lva utilizatlon and potentUil markets. IDRC-020e. 1974. 1S3p,

18. Terry, E.R. e Maclntyre, R. (eds.). The international exchange and tt'sting oi cassa1fa germplasm in Africa; proceedings oi <ln interdiscipIínary workshop, HT A, lbadan, Nigeria, 17-21 November, 1975. IDRCw 063e.1976. 59p.

Page 30: I Produc;ao de material de planti,O da r nandiocaciat-library.ciat.cgiar.org/ciat_digital/CIAT/books/...da/ raDio pela qua! este cultivo deve ser considerado de cido longo. Em todo

Centro Internacional de Agricultura Tropical