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BOLETIM SEMANAL RESERVADO 1 BS N° 31/18 SEMANA: 06/08/18 a 10/08/18 ASSUNTOS: O INTERNET PARA TODOS DA TELEFÓNICA O WhatsApp BUSCA OUTRAS FONTES DE RECEITA SUBSCRIÇÃO DO VÍDEO ON DEMAN – SVOD ANEXO - DADOS SOBRE O USO DA INTERNET NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES. 01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA Índice Notas e Observações (N&O) Ativos da Cemig Telecom são vendidos DOJ comenta decisão judicial no caso AT&T – Time Warner Anuência prévia para a nova estrutura de Controle da Oi Compartilhamento de Infraestrutura 3G e Compartilhamento de Rede Uma nova forma de compartilhamento de” infraestrutura Existe legislação específica para compartilhamento de infraestrutura de Torres Surge uma “nova indústria” e novas oportunidades de negócio As vantagens para as Prestadoras são evidentes Troca-se CAPEX por OPEX A prática está se expandindo Há aderência plena à legislação Acordo TIM Brasil – Claro “avança” no entendimento de compartilhamento O procedimento tem suas vantagens Mas, há formalidades a serem atendidas sob o prisma da Competição Exceções não devem se transformar em regra Vem à tona a Resolução Nº 101/99 da Anatel As disposições de maior interesse Não se infere que ocorram ilegalidades no processo Comentários complementares TIM e América Móvil celebram pacto de Roaming A Pharol quer retornar ao CA da Oi Telefonia Fixa perde 1,15 milhão de usuários em 12 meses Aplicativos geram $3 bilhões por ano com publicidade no Brasil

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BOLETIM SEMANAL RESERVADO

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BS N° 31/18

SEMANA: 06/08/18 a 10/08/18

ASSUNTOS:

O INTERNET PARA TODOS DA TELEFÓNICA O WhatsApp BUSCA OUTRAS FONTES DE RECEITA

SUBSCRIÇÃO DO VÍDEO ON DEMAN – SVOD ANEXO - DADOS SOBRE O USO DA INTERNET

NOTA: OS ÍTENS EM VERMELHO INDICAM TEMA NOVO OU ALTERAÇÃO EM ITEM DE EDIÇÕES ANTERIORES.

01.COMENTÁRIO GERAL DA SEMANA

Índice

Notas e Observações (N&O) Ativos da Cemig Telecom são vendidos

DOJ comenta decisão judicial no caso AT&T – Time Warner Anuência prévia para a nova estrutura de Controle da Oi

Compartilhamento de Infraestrutura 3G e Compartilhamento de Rede

Uma nova forma de compartilhamento de” infraestrutura Existe legislação específica para compartilhamento de infraestrutura de Torres

Surge uma “nova indústria” e novas oportunidades de negócio As vantagens para as Prestadoras são evidentes

Troca-se CAPEX por OPEX A prática está se expandindo

Há aderência plena à legislação Acordo TIM Brasil – Claro “avança” no entendimento de compartilhamento

O procedimento tem suas vantagens Mas, há formalidades a serem atendidas sob o prisma da Competição

Exceções não devem se transformar em regra Vem à tona a Resolução Nº 101/99 da Anatel

As disposições de maior interesse Não se infere que ocorram ilegalidades no processo

Comentários complementares

TIM e América Móvil celebram pacto de Roaming A Pharol quer retornar ao CA da Oi

Telefonia Fixa perde 1,15 milhão de usuários em 12 meses Aplicativos geram $3 bilhões por ano com publicidade no Brasil

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Notas e Observações (N&O)

Ativos da Cemig Telecom são vendidos

Foi concluído o processo de venda dos ativos da Cemig Telecom. Os compradores foram a American Tower e a Algar.

Em relação à Algar não há grande novidade em relação ao desenrolar do processo. Mas, no que diz respeito à American Tower a sensação é exatamente o oposto. Foi uma surpresa: e que agradável surpresa do ponto de vista da potencialidade de investimentos no País no Setor de Telecomunicações!

O significado da ação da American Tower (ATC) tem diversas conotações, na visão do BS. Primeiramente, o fato de ser um player de porte a entrar no mercado brasileiro de prestação de Serviços de Telecomunicação. Algo que não ocorria há algum tempo no Setor. Ao contrário, a tendência corrente era de haver consolidação entre os participantes atuais.

Assim, a expectativa era de que os ativos interessariam às grandes Operadoras que atuam no País. Houve algumas especulações neste sentido, mas, no final, não se configurou sequer a apresentação de propostas.

Em segundo lugar, a constatação de que pode estar em curso no Brasil um movimento bastante virtuoso do ponto de vista dos investimentos no Setor de Telecomunicações, seguindo os passos do que vem ocorrendo em outros países, principalmente nos EUA.

Parece configurar-se uma tendência mundial indicando que existem investidores interessados pelo Setor independentemente de serem Operadores significativos no Mercado. Em outras palavras isto significa que eles estariam mais interessados nos “meios” que dão suporte à prestação dos Serviços do que, propriamente, na sua prestação, principalmente envolvendo o usuário final.

De certa forma este aspecto está relacionado com o item “Compartilhamento de Infraestrutura 3G e Compartilhamento de Rede”, que faz parte deste BS Nº 31/18.

DOJ comenta decisão judicial no caso AT&T – Time Warner

O Department of Justice através do seu General Attorney manifestou publicamente, em relação à decisão Judicial relacionada com a fusão AT&T – Time Warner, que o “Juiz que aprovou sem restrições (a operação) o fez sem aplicar princípios fundamentais da economia e do bom senso”.

Dois erros analíticos teriam sido cometidos, segundo o DOJ: o Juiz “Descartou a economia da barganha e não aplicou o princípio fundamental da maximização do lucro em toda a empresa.”

E, considera o caso como “o primeiro de fusão vertical no qual os USA precisaram litigar em quatro décadas e que moldará o futuro das indústrias de mídia e telecomunicação nos próximos anos”.

Então, há uma clara manifestação de que os “USA” continuarão a litigar no “interesse público” ainda que seja respeitada a Decisão Judicial adotada.

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Diga-se de passagem, que todas as ações em andamento, com a efetiva concretização corporativa da fusão, estão calcadas no posicionamento de um “Juiz Singular”. Isto dá uma ideia da força das decisões judiciais de primeira instância nos EUA.

No Brasil o assunto ainda depende de posicionamentos da Anatel e da Ancine. O Cade já firmou sua posição.

Algumas medidas práticas foram adotadas como aquelas vinculadas a alguns Canais Esportivos da grade de programação que tinham o potencial de configurar “controle cruzado” na programação da Sky.

Há expectativa em relação a tal posicionamento, pois dele depende em grande parte a decisão da AT&T investir no País.

Anuência prévia para a nova estrutura de Controle da Oi

A imprensa especializada informa que o Presidente da Anatel declarou não ter a Agência recebido, até 09/08/2018 pedido de Anuência Prévia em relação à nova composição da estrutura societária da Oi, de acordo com o disposto na Resolução Nº 101/99, da Agência que estabelece o “Regulamento para Apuração de Controle e de Transferência de Controle em Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações.”

Conforme o BS comentou em Edição anterior este ponto é relevante pois entende-se que é o “Controlador” que assume as responsabilidades junto à Agência Reguladora estabelecidas nos Contratos de Concessão e de Autorização que foram outorgados à Companhia.

No caso da Oi como não existe a figura de um Controlador definido em função da pulverização das Ações da Companhia, provavelmente terá de se estabelecer um “Acordo” por meio do qual os Acionistas com direito a Voto (e Veto) no Conselho de Administração da Companhia se posicionarão em relação a este aspecto.

A situação da Oi tem particularidades, pois ainda está em vigência o Processo de Recuperação Judicial e, portanto, o Juiz responsável ainda pode influenciar nas decisões da Companhia. Proximamente deverá ser realizada uma AGE na qual deverão ser formalmente aprovados pontos da Governança Corporativa e se terá ideia mais firme sobre os próximos passos que a Empresa seguirá, livre da influência judiciária.

Deve ser registrado que a Anuência da Anatel não é uma formalidade burocrática. Efetivamente, a Agência examinará a situação de cada um dos integrantes do provável “Acordo de Acionistas” à luz de sua eventual participação acionária em outras Prestadoras e em que condições isto acontece.

As tradicionais manifestações de que o Acionista não interferirá na Administração da Companhia devem atender a algumas formalidades a serem comprovadas nos documentos exigidos pela Anatel para a análise do processo.

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Compartilhamento de Infraestrutura 3G e Compartilhamento de Rede

Uma nova forma de compartilhamento de” infraestrutura”

A imprensa especializada noticia mais um caso de “compartilhamento de infraestrutura” pelas Prestadoras de Serviços de Telecomunicação no País: trata-se de uma “Acordo” celebrado entre a TIM Brasil e a Claro.

Entende-se que se trata de uma espécie de “Roaming” local (na própria Área de Registro) sem necessidade de “trocar o Chip”. Ou seja: os usuários de uma Operadora conseguem fazer chamadas através de outra Operadora, dentro da mesma Área de Registro. Neste caso, naturalmente, uma das Operadoras não necessita dispor de Rede Celular na Localidade, uma vez que, tecnicamente, o Serviço é provido pela Rede da outra Operadora.

Na verdade, o procedimento resulta de obrigações estabelecidas no Edital de Licitação das Faixas de Frequência alocadas ao padrão tecnológico 3G para atendimento a localidades com menos de 30K habitantes. Salvo melhor juízo, esta Licitação foi realizada no final de 2007. Portanto, trata-se de um tema que surge agora, mas cujos fundamentos remontam a uma década atrás.

Compartilhamento de infraestrutura nas Redes de Telecomunicação é algo bastante desejado – para não dizer imprescindível em determinadas situações - por inúmeras razões sobejamente afetas aos leitores do BS. Os casos clássicos são o compartilhamento da “infraestrutura de suporte” a tais Redes como, por exemplo: postes, dutos, condutos, torres, direitos de passagem, edificações.

Existe legislação específica para compartilhamento de infraestrutura de Torres

Estes aspectos estão, inclusive, estabelecidos na legislação. No caso da infraestrutura de torres para as Redes Celulares, são bem conhecidas as disposições da Lei das Antenas 1 que sucedeu a anterior Lei de Radiação Não Ionizante 2.

Nesta legislação a infraestrutura de suporte às Redes de Telecomunicações é considerada, exatamente, como ela é: um elemento de “suporte”. Tanto que não é necessária nenhuma autorização – a não ser as relativas aos Códigos de Postura – para se “edificar” tal infraestrutura em solo urbano. Desta forma, qualquer Empresa ou indivíduo legalmente habilitados podem construí-la independentemente de qualquer “outorga” de prestação de Serviço 3.

1 Lei Nº 13.116/2015 que “estabelece normas gerais para a implantação e compartilhamento de infraestrutura de telecomunicações e altera as Leis nº 9.472/97, 11.934/2009, e 10.257/2001”. 2 Lei Nº 11.934, de 5 de maio de 2009, que dispõe sobre limites à exposição humana a campos elétricos, magnéticos e eletromagnéticos; altera a Lei nº 4.771, de 15 de setembro de 1965; e dá outras providências. 3 A despeito deste fato é usual, em alguns casos, que o Poder Público Municipal exija que o pretendente à construção da infraestrutura de suporte (dutos, torres) comprove que é detentor de uma Outorga de Prestação de Serviço de Telecomunicação.

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Surge uma “nova indústria” e novas oportunidades de negócio

Este aspecto é interessante, na medida em que está permitindo o desenvolvimento – não só no Brasil, mas em todo mundo – de uma “indústria” desvinculada dos aspectos operacionais das Redes que, simplesmente, investe nesta infraestrutura como o faria, por exemplo, no ramo imobiliário. As vantagens deste procedimento para as Telecomunicações são notáveis

Primeiramente, “desobriga” as Operadoras de investirem neste segmento permitindo que os recursos sejam aplicados em outros Sistemas, como é o caso dos “elementos ativos” das Redes. Aliás, em passado recente a venda da infraestrutura de torres resultou no aporte de recursos financeiros bem recebidos pelas Operadoras que os utilizaram para ampliar as suas Redes e, provavelmente, para melhorar seu perfil econômico-financeiro.

As vantagens para as Prestadoras são evidentes

Também se constitui numa vantagem com viés simplificador, pois, além dos aspectos financeiros e econômicos, “terceiriza” a atividade de “compartilhamento obrigatório” para uma “Parte” independente. Esta, pode realizar a administração do processo de forma muito mais eficiente, porque é sua “atividade fim” e se dedica a ela praticamente com exclusividade. Tal “Parte” é geralmente qualificada como “Detentora” de Infraestrutura.

Isto, em um ambiente competitivo que propicia diversas alternativas de disponibilização e compartilhamento para as Prestadoras dos Serviços que, neste particular, passam a ser “clientes” das Empresas fornecedoras de tal infraestrutura.

E, como se trata de uma um mercado dinâmico sem restrições ao número de competidores, as condições de negociação das Operadoras são diversificadas e com uma condição relevante: elas sempre podem decidir pela construção de infraestrutura própria. Então, há um grau de liberdade muito grande que simplifica as negociações e não impõe às Detentoras da Infraestrutura maiores cuidados regulatórios.

Portanto, há ganhos evidentes que são “repassados” direta ou indiretamente às Operadoras, por não assumirem os custos de operação de uma atividade que não é “fim” em relação ao seu “core business”.

Além disso, desvincula as Operadoras de se envolverem diretamente com aspectos relacionados com a propriedade de tal infraestrutura em atividades cotidianas do tipo: pagamento de taxas de uso do solo; de direitos, de ações administrativas ou judiciais de pessoas, Entidades ou do Poder Público; de “ativismo” de ordem diversa (ambiental, por exemplo); etc. Tudo isto, de fato, é “repassado” para a Empresa de Infraestrutura que “cuida” do negócio.

As Operadoras dispõem, ainda, a vantagem de poder, como Parte contratante, exigir ações rápidas e soluções adequadas que atendam seus interesses mais imediatos em termos operacionais. Por exemplo: impor prazos curtos de disponibilização da infraestrutura para compartilhamento; estabelecer “penalidades” por eventuais descumprimentos de obrigações pela fornecedora dessa

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infraestrutura ; livrar-se dos “ônus” de ter sua “Marca” diretamente envolvida em discussões com os cidadãos que, na prática, são os seus clientes, ou poderão vir a sê-lo; deixar de envolver-se com proprietários de imóveis (terrenos, casas, prédios) nas discussões de aluguéis ou cessões de uso; ter um parceiro adicional para discutir com o Poder Público a regulamentação e o uso do solo urbano para instalações desta natureza, entre outras.

Troca-se CAPEX por OPEX

Claro que isto terá um custo a ser incluído na “rubrica” do OPEX dos Orçamentos das Prestadoras. Na verdade, há uma substituição de “CAPEX” por “OPEX”. Cabe registrar, no entanto, que quando a Empresa faz o “CAPEX” ela mantém algum “OPEX”, pois, como proprietária da infraestrutura tem de assumir os custos de manutenção, incluindo a administração, e os relativos à titularidade imobiliária da mesma. No cômputo final, parecem ser evidentes as vantagens deste tipo de “terceirização” quando se cotejam os “prós e contra” da adoção do procedimento.

No contexto ideal, uma “Detentora de Infraestrutura de Torres” – ou Tower Company no linguajar corrente – assume os custos de operação do negócio na sua integralidade e os repassa para as Prestadoras sob a forma de aluguel ou leasing. A adoção em larga escala da prática a nível mundial é um seguro indicador deste procedimento que está se tornando “universal”.

A prática está se expandindo

Na China, por exemplo, onde o número de Torres está alcançando a impressionante cifra de 2 milhões de unidades, as 3 maiores Operadoras do País, decidiram formar uma única Empresa que fornece a infraestrutura para elas. Recentemente esta Empresa fez um IPO cujo valor chegou à casa de $7 bilhões.

Na Índia, um outro País com uma quantidade muito grande de Torres também se formou uma Grande Companhia de Infraestrutura reunindo algumas das maiores Prestadoras. O seu valor, de modo idêntico, também é de vários bilhões de dólares.

Nos USA a prática vem sendo utilizada há algum tempo com resultados reconhecidos, e com o surgimento de diversas Empresas de grande porte atuando no mercado. Algumas delas trouxeram a sua expertise e o seu Capital e se instalaram no Brasil.

Há aderência plena à legislação

Ademais, está plenamente aderente ao “espírito” do compartilhamento previsto na Legislação. Esta é uma terceira vantagem por introduzir no processo a “Parte Terceirizada” que é “neutra” em relação a possíveis “favorecimentos” a esta ou aquela Operadora que possam ter “repercussão” na Prestação dos Serviços.

A inexistência eventual dessa “neutralidade” tem o poder de influenciar o processo da COMPETIÇÃO na Prestação dos Serviços, cujos princípios são explicitamente manifestados nas

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disposições da Lei Geral de Telecomunicações. No caso, a “neutralidade” pode ser melhor entendida considerando-a como “tratamento isonômico”.

Ou seja: os compartilhamentos devem ser feitos de modo similar para todas as Operadoras, desde que as condições do “fornecimento” também sejam idênticas em aspectos tais como: tipos de infraestrutura utilizados; prazos de uso compartilhado; quantidade de compartilhamentos envolvidos por unidade de infraestrutura; obrigações estabelecidas no Contrato; condições específicas de uma determinada infraestrutura; localização física; imposições do Poder Público Local; e, outras de natureza análoga.

Acordo TIM Brasil – Claro “avança” no entendimento de compartilhamento

Colocada a questão do compartilhamento de infraestrutura nestes termos, retoma-se o início deste item e o Acordo celebrado entre a TIM Brasil e a Claro. Trata-se, evidentemente, de uma situação com características distintas em relação ao que foi comentado. Isto, sem entrar a fundo no escopo do referido documento cujos termos são desconhecidos pelo BS, mas, certamente, estão aderentes e suportados pelo Edital de Licitação que deu origem ao procedimento. Contudo, este aspecto pode ser relevado para os propósitos das presentes considerações.

O fato evidente é que o procedimento adotado pelas Operadoras – reitera-se com fundamento em obrigação contraída numa Licitação, mas que pode servir de referência para iniciativas similares -- ultrapassa os simples aspectos de um “compartilhamento de infraestrutura de suporte” às Redes de Telecomunicação. Trata-se do próprio “compartilhamento dessas Redes” de uma ou outra forma.

Vale lembrar um caso análogo, mas de características distintas, já registrado em edição anterior do BS, envolvendo a TIM Brasil e a Oi, no qual chegou-se ao que parece ser o “limite” extremo de tal compartilhamento, ou seja, o do Espectro de Radiofrequências. Não parece ser isto que ocorre no presente caso.

O procedimento tem suas vantagens

O BS está longe de questionar o mérito deste tipo de procedimento, mesmo porque ele está estruturado em um processo que não foi à época (da Licitação) questionado. E, é pacífico que em determinadas situações o seu emprego pode trazer vantagens pelas “economias de escala” que se obtém, reduzindo - ainda mais - o nível de investimentos e, certamente, criando melhores condições de viabilizar os projetos em localidades “não rentáveis”.

Se este fato contribuir – e tem tudo para isto – para propiciar melhores condições de atendimento aos usuários, em prazos mais curtos, com melhor qualidade de Serviço e com custos mais reduzidos, é tudo o que a “Sociedade” deseja. Pode-se até invocar o “Interesse Público”.

Além do mais, fatores como: a evolução tecnológica; circunstâncias específicas como é o presente caso; o mercado no seu contexto geral, etc., variam e evoluem de forma substancial. De modo que é natural os players buscarem soluções que lhes tragam vantagens as quais, preferencialmente,

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devem se refletir no provimento dos Serviços e, também, se manifestem em vantagens claras para os usuários. Isto, quando não são compelidos a adotar soluções que se mostrem mais adequadas, dentro de um cenário regulatório aplicável.

Mas, há formalidades a serem atendidas sob o prisma da Competição

Contudo, não se podem ignorar os aspectos “formais” do assunto relacionados com a relevante questão do processo de “COMPETIÇÃO” na prestação dos Serviços. É evidente que procedimentos desta ordem impactam a competição nos mercados onde a “solução” é introduzida, pois há uma evidente “associação” de interesses comuns entre as Prestadoras.

Até que ponto tais “interesses comuns” ultrapassam o fato causal que lhes dá razão será sempre uma incógnita que pairará sobre a questão. No caso, um dos possíveis fatos seria a obrigação decorrente da Licitação.

Por óbvio, os reflexos se espalham por toda a “cadeia” envolvida no processo, inclusive a da própria infraestrutura de suporte. O “compartilhamento das Redes” tem impactos no “compartilhamento da infraestrutura” (o volume de infraestrutura é reduzido), chegando, até, aos equipamentos ativos (menos rádios, ´menos antenas, etc.). Enfim: menos “Rede” (no sentido de disponibilidade de “capacidade” e “meios”), e menos Redes (no sentido de sua quantidade)!

Menos “Rede” e menos “Redes”, em síntese pode significar: menos capacidade; menos alternativas de Serviços; alguma forma de possível “acomodação” das Operadoras; em tese, menos possibilidades de escolha para os usuários.

Mas, se isto for decorrência de uma contingência não há porque eliminar pura e simplesmente tal alternativa, ainda mais quando há alguma previsibilidade sobre seu possível emprego. Melhor dispor do Serviço, mesmo com alguns possíveis “senões”, do que ele não ser oferecido ou que o seja em condições muito precárias ou limitadas.

Exceções não devem se transformar em regra

O BS abordou este tema na sua Edição Nº 30/18. Mas, lá deixou implícito que as eventuais alternativas que adotem este tipo de procedimento devem se colocar em situações de contornos bem definidos e, praticamente, se constituírem em “exceções” à regra. E, exceções, quando existirem, devem ser caracterizadas como tal; ter uma aplicação temporária; e, que sejam o menos duradouras possível.

A prática geral deve ser seguir a regra. Se a regra vigente não está mais atendendo às novas “circunstâncias”, que se altere a regra. O que não se indica é a generalização, e, mais inadequado ainda, a perpetuação de exceções para atender situações particulares, por mais justificadas que sejam. Não se vislumbram movimentos no mercado com perspectivas de uma generalização do procedimento potencialmente geradora de maiores preocupações. Mas, o fato de existir uma possibilidade considerada como exceção abre oportunidade para considerações com o escopo das que estão sendo apresentadas.

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Vem à tona a Resolução Nº 101/99 da Anatel

O assunto, em termos formais, assume proporções mais diretas quando as avaliações se confrontam com o disposto no Anexo da Resolução Nº 101, de 2 de fevereiro de 1999, da Anatel 4.

A popularmente conhecida “Resolução Nº 101” da Anatel, que aprovou o “Regulamento para Apuração de Controle e de Transferência de Controle em Empresas Prestadoras de Serviços de Telecomunicações” é, na visão do BS, o instrumento “Chave” para que a Agência Reguladora estabeleça o “controle” do processo de Competição na Prestação de Serviços de Telecomunicações no País.

Um aspecto merecedor de registro inicial é que o “compartilhamento de infraestrutura” – ponto central das presentes considerações – parece ter passado ao largo das preocupações dos formuladores da mencionada Resolução e de seu Anexo, conforme pode ser atestado pelas disposições de seu texto.

Que outra interpretação, por exemplo, pode ser dada à expressão “uso comum de recursos, sejam eles materiais, tecnológicos ou humanos”, ao se estabelecerem os condicionamentos caracterizadores “de existência de Controle vedado por disposição legal, regulamentar, editalícia ou contratual”? Muito questionada ao tempo de sua aprovação pois ela tem disposições que, no entendimento de muitos, se sobrepõem à própria Legislação das “Sociedades Anônimas” ou Lei das S.A., o fato é que ela está vigente e deverá completar 20 anos de existência no início de 2019.

A “101” tem sido a “bússola” que orienta a Agência nas suas decisões sobre fusões, associações, incorporações, coligações, envolvendo as Empresas submetidas à sua regulamentação. Inclusive, com ramificações no Exterior, pois algumas das Empresas que aqui atuam também têm operações em outros países.

As disposições de maior interesse

No seu Art. 1º a Resolução já expressa claramente seu objetivo. Na verdade, é um texto – na visão do BS bastante “duro” – cujo objetivo é caracterizar o “Controle” e o “Poder de Controle” quando se trata do “exercício” de “Poder de Mando” nas Empresas, principalmente, das Sociedades por Ações. No Art. 4º se estabelecem condições para, no limite, definir o que são “indícios de existência de controle”, principalmente nas mencionadas Empresas regidas pela Legislação das S.A.

Art. 1º No exercício das funções de órgão regulador e de órgão competente para controle, prevenção e repressão das infrações da ordem econômica, no setor de telecomunicações, a Anatel, com vistas à apuração de controle e de transferência de controle que sejam objeto de vedação, restrição, limites ou condicionamentos, adotará os seguintes conceitos:

4 O completo teor desta Resolução e de seu Anexo pode ser obtido pelo link http://www.anatel.gov.br/legislacao/resolucoes/1999/182-resolucao-101

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I - Controladora: pessoa natural ou jurídica ou ainda o grupo de pessoas que detiver, isolada ou conjuntamente, o poder de controle sobre pessoa jurídica;

II - Controle: poder de dirigir, de forma direta ou indireta, interna ou externa, de fato ou de direito, individualmente ou por acordo, as atividades sociais ou o funcionamento da empresa.

§ 1º Sem prejuízo de outras situações fáticas ou jurídicas que se enquadrem no conceito de Controladora, para fins de evitar fraude às vedações legais e regulamentares à propriedade cruzada e à concentração econômica e de resguardar a livre concorrência e o direito dos consumidores de serviços de telecomunicações, é equiparada a Controladora a pessoa que, direta ou indiretamente:

I - participe ou indique pessoa para membro de Conselho de Administração, da Diretoria ou órgão com atribuição equivalente, de outra empresa ou de sua controladora;

II - tiver direito de veto estatutário ou contratual em qualquer matéria ou deliberação da outra;

III - possua poderes suficientes para, por qualquer mecanismo formal ou informal, impedir a verificação de quorum qualificado de instalação ou deliberação exigido, por força de disposição estatutária ou contratual, em relação às deliberações da outra, ressalvadas as hipóteses previstas em lei;

IV - detenha ações ou quotas da outra, de classe tal que assegure o direito de voto em separado a que se refere o art. 16, III, da Lei nº 6.404/76.

§ 2º Para efeito deste Regulamento, o funcionamento da empresa compreende, entre outros aspectos, o planejamento empresarial e a definição de políticas econômico-financeiras, tecnológicas, de engenharia, de mercado e de preços ou de descontos e reduções tarifárias.

E, no seu Art. 4º a Resolução dispõe:

Art. 4º A Anatel, de ofício ou por provocação, poderá instaurar procedimento administrativo destinado a apurar a existência de Controle vedado por disposição legal, regulamentar, editalícia ou contratual.

Parágrafo único. Considera-se indício de existência de Controle vedado por disposição legal, regulamentar, editalícia ou contratual, entre outras, qualquer das seguintes situações entre prestadoras de serviços de telecomunicações:

[...]

IV - existência de processo de transferência de conhecimentos tecnológicos estratégicos;

V - prestação de serviço de telecomunicações ou correlato em condições favorecidas ou privilegiadas;

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VI - existência de acordo operacional que estipule condições favorecidas ou privilegiadas;

VII - uso comum de recursos, sejam eles materiais, tecnológicos ou humanos;

VIII - contratação em conjunto de bens ou serviços;

[...]

X - adoção de marca ou de estratégia mercadológica ou publicitária comum.

Não se infere que ocorram ilegalidades no processo

Obviamente, no processo em tela não ocorre nenhuma “Transferência de Controle” em termos Acionários. Mas, não há como desconsiderar que certos aspectos da operação são passíveis de ser enquadrados nos “indícios de controle” dispostos no Art. 4º e no “funcionamento da empresa” estabelecido no §2º do Art. 1º.

Então, é um fato que o “Instrumento” utilizado pela Agência para “Regular” o processo de competição na prestação de Serviços de Telecomunicações no País, contem disposições que podem estar sendo contrariadas por Acordos com a natureza do caso em tela. Como já poderia ter sido aventado no caso TIM Brasil – Oi, comentado em outra oportunidade.

Isto não significa que o BS esteja insinuando que haja alguma ilegalidade nos processos. Eles foram aprovados pelo CD da Anatel e, portanto, os procedimentos foram objeto das análises devidas. Também, está evidente que há “causas” a serem consideradas como é o caso do processo licitatório referenciado.

O que se pretende focalizar com o presente texto é que situações deste tipo possam estar sendo “viabilizadas” com interpretações da regulamentação que acabem por “descaracterizar” alguns fundamentos que estão vinculados ao “Modelo” de prestação de Serviços de Telecomunicações no Brasil, no caso envolvendo os aspectos da “Competição” na prestação de tais Serviços. E, de fato, tal visão remonta à elaboração do Edital de Licitação.

Se isto se torna uma evidencia inquestionável, está-se diante de mais um argumento para o desenvolvimento de ações visando os “ajustes” de tal “Modelo”, ou, quem sabe, o estabelecimento de um “Novo Modelo”, como tem sido amplamente sugerido por diversos segmentos ligados ao Setor de Telecomunicações no Brasil, entre os quais se coloca o BS.

Vale reiterar que “COMPETIÇÃO” é um dos “pilares” sobre os quais está estabelecida a Lei Geral de Telecomunicações. Portanto, qualquer movimento que leve a entendimentos diversificados pode se constituir em um fator de questionamentos de imediato ou no futuro.

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Comentários complementares

Neste contexto, cabe comentar adicionalmente que as condições sobre as quais se estabeleceram os princípios da Regulamentação há 20 anos atrás mudaram consideravelmente, em alguns aspectos.

Nuns pode-se ter uma atuação menos “invasiva” por parte do Regulador em decorrência dos níveis de competição naturalmente alcançados. Este é o caso, por exemplo do SCM – Serviço de Comunicação Multimídia – no qual existem milhares de Operadoras “Autorizadas” a prestar o Serviço em todo o Brasil.

Em outros, ao contrário, há a tendência de “concentração” na prestação dos Serviços, reforçando a necessidade de uma maior regulação. Como exemplo, vêm ganhando espaço ultimamente as discussões sobre o número de Operadoras na prestação do SMP – Serviço Móvel Pessoal.

No Brasil há quatro grandes Operadoras e uma quinta (a Nextel) de porte pequeno em relação às demais, mas, ainda assim, detentora de uma boa quantidade de Espectro de RF. Há os que defendem que o número “recomendável” seja de três Operadoras, como acontece em vários mercados do mundo. De uma forma ou outra, é evidente que neste caso a “Regulação” deve ter características bem mais rígidas. Eventuais “acordos” entre Operadoras devem ser submetidos a “escrutínio” mais severo para não se correrem riscos de “cartelizar” as operações.

Da mesma forma ocorre com o Serviço de Acesso Condicionado: o SeAC. Este Serviço, no Brasil, corresponde ao antigo TV por Assinatura, ou TV a Cabo. É um Serviço de Telecomunicação associado à Distribuição de Vídeo (Conteúdo), cujas Operadoras dependem de uma Outorga para sua prestação.

Pelas suas características, a quantidade de Operadoras em cada mercado é limitada induzindo, também, à necessidade de uma regulação, ainda que mais flexibilizada por não se tratar de um “Serviço” essencial e com características distintas de outros como, por exemplo, necessidade de “Interconexão” de Redes. E, como o “conteúdo” é vídeo, a Ancine também é uma Agência Reguladora envolvida no assunto.

Existem, ainda, outros Serviços, como os de Satélite, os de Telecomunicação no “Atacado”, as soluções “Corporativas”, os de Valor Adicionado, os quais também são objeto de atenção por parte do Regulador.

No tempo da introdução da “101” alguns desses Serviços sequer existiam, como é o caso do SeAC e do SMP. Para o SMC ainda se procurava a forma ideal de estabelecer a “Competição”, pois, à época só estavam operacionais a Banda A e a Banda B, no que se constituía um “duopólio”. Assim, a Resolução foi aprovada com base em alguns conceitos importantes desse tempo, voltados para os de maior interesse que eram o STFC, o SMC (sucedido pelo SMP), e os de Satélite.

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Posteriormente, por força de uma reestruturação do Cade – Conselho Administrativo de Defesa Econômica – a atribuição de manifestação envolvendo “concentração econômica” no Setor de Telecomunicações, que era da Anatel, foi delegada àquele Órgão: anteriormente, somente era “consultado”. Ouve uma inversão para ajustamento às suas funções de forma que a decisão passou a ser sua enquanto a Anatel passou a ser “consultada”.

Portanto, parecem existir elementos suficientes para uma avaliação mais ampla dos procedimentos que estão ganhando corpo visando simplificar e “desatar” alguns “nós” que, de certa forma, “engessam” algumas iniciativas para melhorar as condições de atendimento à população. Principalmente, em situações menos favorecidas como é o caso de pequenas cidades (presente caso), de localidades remotas do Interior do País e da periferia das grandes Metrópoles.

Mas, podem ocorrer “conturbações” no “Modelo” se práticas desta natureza forem se generalizando de forma ajustada a “cada caso” e envolverem acordos com interesses de Prestadoras específicas.

Para evitar tais situações vale continuar insistindo no “discurso” da introdução de “mudanças” no Modelo. E, com isto, contemplar de modo geral as necessidades do momento presente, e aquelas que potencialmente se apresentam para o futuro imediato, de forma ampla e geral. Entre elas, devem ser incluídas as relacionadas com a Universalização dos Serviços de Telecomunicações.

O PGMC recentemente aprovado introduz aspectos práticos e teóricos que facilitam consideravelmente os procedimentos. Mas, fundamentalmente, continua sujeito aos princípios da “101”.

Então, na visão do BS, este é mais um argumento que se soma às insistentes manifestações pela necessidade de revisão de alguns conceitos que ficaram defasados no tempo e se promovam os eventuais “ajustes” decorrentes dos “consensos” que vierem a ser estabelecidos sobre esta matéria.

TIM e América Móvil celebram pacto de Roaming

A imprensa internacional especializada dá um tom um pouco diferente do exposto para o Acordo celebrado entre a TIM e a América Móvil (Claro).

Uma matéria publicada no Site Capacity, assinada por Aln Burkitt-Gray, informa que a “América Móvil e a TIM concordaram em compartilhar a infraestrutura dos seus negócios 3G no Brasil”. Nessa matéria o “acordo” é considerado como um “pacto de roaming”.

Sem maiores comentários visto que o assunto já foi longamente abordado em outro item, o BS reproduz a citada matéria com o comentário adicional de que a imagem nele colocada está defasada em relação às atividades mercadológicas atualmente desenvolvidas pela TIM no Brasil.

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TIM and América Móvil in 3G roaming pact for Brazil

Capacity - Alan Burkitt-Gray

América Móvil and TIM have agreed to share infrastructure for their 3G mobile businesses in Brazil.

Claro, the name used by América Móvil, and TIM Brasil will carry out the agreement in the form of a roaming deal, meaning both companies have access to a potential 116 million customers.

Some parts of Brazil have service from only one of the two competitors, they pointed out. Now both will benefit from wider coverage.

The deal is limited to 3G services only, said TIM and Claro, even though both companies also provide 4G services in Brazil. According to an OpenSignal report in June TIM users can access 4G LTE services 75% of the time. Claro offered speeds up to 28Mbps, said the OpenSignal report.

This implies that the deal is intended to squeeze further revenue out of the companies’ obsolescent 3G technology and to reduce their need to invest more to achieve wider 3G coverage.

A Pharol quer retornar ao CA da Oi

A Pharol tenta voltar a ter algum protagonismo na estrutura de governança da Oi que perdeu no passado em razão de decisão proferida pelo Juízo que cuida do Processo de Recuperação Judicial da Companhia.

O Valor Econômico publicou matéria assinada por Rodrigo Carro referente ao assunto. Partes são reproduzidas na sequência. O texto é autoexplicativo.

A Pharol teve sua participação profundamente diluída. De aproximadamente 24% antes do PRJ caiu para cerca de 8%. Em determinada época chegou a deter mais de 40% do Capital da Companhia com direito a voto.

Resta aguardar o desdobramento dos fatos.

Valor Econômico - 07/08/2018 às 05h00

Pharol tenta retornar ao conselho da Oi

Por Rodrigo Carro | Do Rio

Depois de ver sua participação no capital social da Oi encolher de 22,24% para 7,85%, a Pharol tenta retornar ao conselho de administração da operadora, do qual foi afastada por uma decisão judicial em março deste ano. Em notificação enviada ao presidente do colegiado da Oi, com cópia para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a antiga Portugal Telecom alega que uma vez concluída a conversão de dívida em ações, ocorrida em julho, os conselheiros afastados teriam de ser reconduzidos a seus postos.

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[...]

Por força da conversão de dívida em ações, a antiga Portugal Telecom detém hoje uma participação inferior à de gestoras de recursos que entrararam no capital da Oi mediante a troca de dívida por ações. A GoldenTree Asset Management, por exemplo, comunicou em 1º de julho que passou a ser dona de 9,15% do total de ações ordinárias emitidas pela Oi, ante 8,42% do capital votante detido pela Pharol.

A Solus Alternative Asset Management possui 9,19% das ações ordinárias da Oi e mais 17,23% das preferenciais, enquanto o fundo York Global Finance Fund é detentor de 7,93% dos papéis com direito a voto. Na prática, a conversão significou uma maior pulverização do capital da tele brasileira.

A pauta da AGE marcada para 3 de setembro inclui ainda deliberação sobre o aumento de capital no valor de R$ 4 bilhões previsto no plano. Os recursos são essenciais para que a Oi possa elevar seu volume de investimentos do patamar atual de R$ 5 bilhões por ano para a casa de R$ 7 bilhões. Estão na pauta também alterações no estatuto da companhia para adaptá-lo ao plano de recuperação judicial e à nova composição do conselho.

Telefonia Fixa perde 1,15 milhão de usuários em 12 meses

O BS reproduz o texto de uma Nota da Anatel confirmando o que é fato de conhecimento comum: a queda da quantidade de usuários da Telefonia Fixa no Brasil. No caso a redução nos últimos 12 meses alcançou a cifra de 1,15 milhão, ao final de junho passado.

O texto é autoexplicativo e é reproduzido na sequência. Ao final é dado um link que permite o acesso aos dados detalhados conforme consta na Base de Dados da Agência.

Telefonia fixa tem queda de 1.140.36 linhas em 12 meses Sexta, 10 de agosto de 2018.

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) registrou 40.224.677 linhas fixas no Brasil em junho de 2018. Houve uma redução de 1.140.369 (-2,76%) linhas em relação ao mesmo mês do ano passado. Em junho, o mercado de telefonia fixa teve queda de 96.203 (-0,24%) linhas, comparado ao mês anterior (maio).

Em junho deste ano, as empresas autorizadas contavam com 17.140.584 linhas fixas, enquanto as concessionárias possuíam 23.084.093 linhas. Em 12 meses, as autorizadas apresentaram um aumento de 67.844 linhas (+0,40%) e as concessionárias apresentaram uma redução de 1.208.213 linhas (-4,97%).

Grupos

Entre as autorizadas, a Claro liderou o mercado com 62,41% (10.698.020 linhas) de participação; seguida pela Vivo, que detinha 27,93% (4.787.584 linhas) e a Tim com 4,51% (773,941 linhas).

Dentre as concessionárias, a divisão de mercado foi: Oi com 55,72% (12.863.320 linhas), a Telefônica com 40,30% (9.304.037 linhas) e a Algar com 3,26% (754.176 linhas) de participação.

Estados

Na variação entre maio e junho deste ano, o estado de São Paulo foi o que apresentou maior redução, com menos 28.714 linhas fixas (-0,19%). No Rio de Janeiro, a queda foi de 24.770 linhas (-0,53%) e em Minas Gerais, foram registradas 11.647 linhas a menos (-0,30%).

Santa Catarina apresentou aumento de 4.240 linhas (+0,25%), seguido de Tocantins, com 510 linhas a mais (+0,36%). Acesse dados detalhados referentes ao serviço de telefonia fixa.

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Aplicativos geram $3 bilhões por ano com publicidade no Brasil

Na Edição Nº 30/18 do BS, no item “A IMPRENSA PARECE NÃO TER GOSTADO DA VISITA”, foi feita uma inferência na qual se estimou que as receitas anuais do Facebook no Brasil seriam da ordem de $0,5 bilhão. Tal valor foi estimado com base na receita anual do Aplicativo em todo mundo e na quantidade de usuários que ele tem no País.

Acaba de ser publicada uma matéria na Forbes Brasil, com base em notícia da Agência Reuters, informando que “Apps geram US$3 bi no Brasil por ano com publicidade”.

A grande parte das receitas dos Aplicativos advém, exatamente, de publicidade. Portanto, considerando a situação do Facebook e a de outros Aplicativos utilizados no Brasil, é razoável imaginar que cabe perfeitamente estimar que suas receitas correspondem a 25% do total. Desta forma, ficam reafirmadas as considerações anteriores do BS.

Por outro lado, reforça-se certa preocupação com o assunto, no que diz respeito aos ganhos elevados das Empresas que suportam tais Aplicativos, sem uma aparente correspondência de investimentos no País e de geração de empregos em idêntica proporção.

Pelas aparências, trata-se de um verdadeiro “sorvedouro” de recursos que saem do País, sem uma “correspondente” estrutura técnica e operacional aqui instalada e mantida, geradora efetiva de postos de trabalho e, bastante relevante, de pagamento de impostos. Pelo menos, em níveis similares àqueles pagos pelos usuários dos Serviços de Telecomunicação e pela Empresas que os prestam.

Na sequência, segue o texto da Reuters antes mencionado.

Apps geram US$ 3 bi no Brasil por ano com publicidade

Redação, com Reuters 09/08/2018

O mercado de anúncios pagos de aplicativos movimenta mais de US$ 3 bilhões por ano no Brasil, segundo um levantamento feito pela plataforma de mensuração de aplicativos AppsFlyer.

Segundo o levantamento, no mundo são US$ 142 bilhões circulando na indústria de dispositivos móveis só com campanhas de aquisição e uso de apps. Na América Latina, são US$ 4,8 bilhões gastos com publicidade em aplicativos. O Brasil representa cerca de 70% desse valor.

De acordo com a AppsFlyer, em junho de 2016, 18% das instalações de apps no Brasil eram não-orgânicas (oriundas de anúncio ou posts pagos), contra 82% orgânicas. Em junho passado, 37% das instalações de apps eram não-orgânicas e 63% orgânicas, ou seja, viralizaram mesmo sem anúncios pagos.

A conclusão é de que quem lança aplicativos está investindo mais em publicidade para as instalações, afirmou Daniel Junowicz, diretor da AppsFlyer na América Latina.

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02. O INTERNET PARA TODOS DA TELEFÓNICA

No início do ano a Telefónica anunciou o lançamento do Plano “Internet para Todos” a ser desenvolvido na América Latina, em “parceria” com o Facebook.

Na sequência “estourou” o caso da Cambridge Analytics envolvendo a Empresa Tech e o projeto “estrategicamente” parece ter sido “congelado”, pelo menos temporariamente.

Agora, a Telefónica, parece que sem o Facebook tenta retomar o desenvolvimento do Projeto que, por casualidade, tem o mesmo nome do Programa “Internet para Todos” do Governo Brasileiro.

O assunto ainda não teve uma grande divulgação, mas foi objeto de uma matéria publicada em um Site Internacional assinada por Carl Weinschenk, a seguir reproduzido.

Não há informações se, no caso, o Brasil está inserido na “América Latina” para efeito da execução do seu Projeto, ou, se a Telefônica Brasil irá aderir ao Programa Brasileiro. Telefónica's 'Internet para Todos' project uses modern tools to find and connect Latin Americans by Carl Weinschenk Aug 8, 2018 11:12am

Telefónica is connecting 100 million customers in remote locations across Latin America. (Pixabay)

Telefónica's "Internet para Todos" (Internet for All) program is using big data, machine learning and artificial intelligence to find and connect 100 million inhabitants of Latin America who lack reliable services.

The three steps in the process are to localize and identify the unconnected, optimize transport networks and optimize network operations.

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"I think that the type of data driven approach to complex problem solving demonstrated in this project is the key to network operators' sustainability in the future," wrote Patrick Lopez, Telefonica's vice president of network operations, in a LinkedIn post. "It is not only a rural problem, it is necessary to increase efficiency and optimize deployment and operations to keep decreasing the costs."

The project suggests that the most sophisticated modern tool can be an important enabler of providing previously isolated populations with basic services. The strategy for connecting these people—who are disconnected for geographic, population density and/or socio-economic reasons—is through systematic cost reductions, investment optimization and targeted deployments, according to the article

The first step is simply to determine the size of this population. Data was old and scarce and the population was mobile. The program uses high-definition satellite imagery at a countrywide scale and neural network models. Visual machine learning algorithms trained by census data enables the system to literally count each house and settlement. That data is combined with regulatory data, geolocalized data sessions and deployment maps from Telefónica.

The results were impressive: 95% of the target population was identified with less than 3% false positive and less than 240 meters of deviation in antenna locations. In other words, an impressive array of tools and methods provided a very precise picture of the population distribution.

The next step was the crucial and expensive job of amassing transport networks data. This process added road and infrastructure data from public sources to the model. Graphs were generated that showed settlement clusters. Graph analysis identified density-optimized transport routes.

03. O WhatsApp BUSCA OUTRAS FONTES DE RECEITA

Já foram amplamente comentadas neste espaço as dificuldades que os Aplicativos Tech passaram a enfrentar para continuar auferindo receitas utilizando as informações dos seus usuários para efeitos mercadológicos de diversas espécies.

A legislação que foi estabelecida na Europa e, de modo similar está sendo replicada em outras partes do mundo, cria grandes restrições e impõe pesadas multas a essas Empresas no caso da “quebra de sigilo” ou “quebra de privacidade” em relação a informações que seus usuários não autorizaram divulgar: direta ou indiretamente.

Então, a viabilização de tais “instrumentos” que permitem a “telecomunicação” entre as pessoas, nas suas mais distintas formas, passa a carecer de fontes de receita que devem ser auferidas de modo distinto em relação ao atualmente praticado.

E, assim parece, o caminho é continuar utilizando a “publicidade”, mas de uma forma mais explícita em relação ao formato atual. Este, se baseia, fundamentalmente, em algoritmos que determinam o perfil das pessoas através da forma como utilizam a “telecomunicação”.

A partir daí, empregando técnicas de “Inteligência Artificial”, estabelecem padrões de “consumo” ou de “comportamento” dos usuários sem que eles tenham conhecimento do fato utilizados em processos de venda de produtos e serviços. Este procedimento é que está sendo largamente contestado e deverá sofrer modificações. Na sequência é reproduzida matéria do jornal El País que fornece dados complementares sobre este tema, envolvendo o caso do WhatsApp.

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WhatsApp integrará publicidad en los estados de la aplicación en 2019

Facebook busca generar ingresos con la plataforma de mensajería para compensar sus pérdidas

El País - 3 AGO 2018 - 12:25 BRT

Los anuncios en WhatsApp están a la vuelta de la esquina. Pero por el momento solo en WhatsApp Status, la función que permite compartir imágenes y vídeos efímeros, tal y como lo hacen las stories de Instagram o Snapchat. Esta función tendrá publicidad a partir del próximo año, según ha revelado esta semana el medio estadounidense The Wall Street Journal. Además, Facebook —propietaria de la aplicación de mensajería— está viendo la posibilidad de usar WhatsApp Business como fuente de ingresos adicionales.

Con más de 1.500 millones de usuarios, la compañía busca cómo monetarizar sus operaciones. Facebook anunció a finales del mes de julio que había perdido casi la cuarta parte de su valor bursátil tras presentar unos resultados peores de lo esperado. La compañía de Mark Zuckerberg advirtió así a los inversores de que su crecimiento empezaba a desacelerarse.

Aplicaciones como Instagram ya integran publicidad durante la visualización de imágenes o vídeos y es precisamente este modelo que WhatsApp emplearía. Más de 450 millones de usuarios usan los estados de la aplicación de mensajería, por lo que la llegada de anuncios supondría un importante ingreso a la plataforma. WhatsApp Status se puso en marcha este 22 de febrero y ya en ese momento, abría la vía a Facebook para monetizar de alguna manera el servicio.

Pero esto no es todo. Facebook planea además usar WhatsApp Business, la aplicación creada el pasado enero para las empresas y que ya tiene tres millones de usuarios, para aumentar sus ingresos. La idea es empezar a vender publicidad y cobrar por su uso. Es decir, que cuando las empresas envían mensajes comerciales y de atención al cliente a los usuarios, WhatsApp cobraría por cada comunicación realizada.

04. SUBSCRIÇÃO DO VÍDEO ON DEMAN – SVOD

Dados recentes indicam que o número de usuários do SVOD duplicará na América Latina até 2023. Nesse ano o México deverá ser o “lidera” com 36% dos usuários e o Brasil o segundo colocado com cerca de 27%.

Esta pesquisa dá uma ideia de como as pessoas estão se posicionando em relação à “audiência” no caso da TV. Há uma tendência clara em relação à mudança para a programação “sob demanda” em relação à de “pacotes” atualmente preponderante.

Naturalmente, este aspecto terá profundas repercussões no mercado, tanto o de conteúdo como o das Redes que suportarão a transmissão das informações de vídeo.

Um dado recente é sugestivo em relação a este aspecto. Durante o primeiro debate entre os Candidatos a Presidente, realizados pela Band, o YouTube teve um “record” de audiência em todos os tempos, no Brasil.

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Isto tende a comprovar o que as Pesquisas indicam: as pessoas em vez de assistirem ao debate pela TV convencional o fizeram pela “telinha” de seus Smartphones ou de seus Computadores Pessoais.

Isto, em princípio, nada tema ver com a possível influência do YouTube no resultado das eleições. Mas, sem dúvida, é um elemento que não pode ser desconsiderado no contexto geral do processo.

Na sequência, é reproduzida uma matéria do Site DigitalTV assinada por Andrew McDonald.

SVOD subscribers in Latin America tipped to double by 2023

Written by Andrew McDonald - DigitalTV

The number of SVOD subscribers in Latin America is set to more than double between 2017 and 2023, according to Digital TV Research stats.

The report predicts that the number of subscription video-on-demand subscribers across 19 countries will increase from 21.14 million at the end of 2017 to 48.24 million by 2023.

“By 2023, 28.4% of the region’s TV households will pay for an SVOD package, up from 13.2% by end-2017,” said Simon Murray, principal analyst at Digital TV Research.

Mexico is tipped to become the SVOD leader in 2019 and account for 36% of the region’s overall subscribers by 2023. Brazil, which has a larger population, is expected to account for a further 27%.

By 2023, Puerto Rico and Mexico are tipped to have the highest SVOD penetration in the region with uptake of 53.5% and 51.8% respectively. “These two countries are the only ones in the region where Amazon Prime operates,” says Murray.

Netflix is tipped to remain Latin America’s largest pan-regional SVOD platform “by some distance”, with an expected 23.99 million paying subscribers in 2023 – or half the region’s total.

Combined, Netflix, Amazon Prime Video, Blim, Movistar Play, Claro Video, Crackle and HBO are expected to account for 91% of the region’s paying SVOD subscribers by the end of 2023.

Total over-the-top TV and film revenues are expected to climb from US$2.47 billion in 2017 to US$6.43 billion in 2023, with 83% of the regional total coming from the top five countries. SVOD is expected to remain the region’s largest OTT revenue source, contributing US$4.42 billion by 2023.

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ANEXO

DADOS SOBRE O USO DA INTERNET

O BS publicará nesta e nas próximas Edições alguns dados do Digital Report 2018 no contexto do Programa “we are social”.

DADOS ESTATÍSTICOS DO MUNDO DIGITAL 2018

Dados Gerais

• O mundo tem 7,6 bilhões de habitantes, dos quais 55% vivem nas cidades • Há 4,0 bilhões de usuários da Internet, com uma penetração de 53% • 3,2 bilhões de pessoas utilizam as Redes Sociais, com uma penetração de 42% • Há 5.2 bilhões de usuários unicamente móveis com uma penetração de 68% • Entre os usuários móveis ativos 3.0 bilhões usam as Redes Sociais, com uma penetração de

39%

Dados do Brasil

• O Brasil tem 210 milhões de habitantes, dos quais 86% vivem nas cidades • Há 139 milhões de usuários da Internet, com uma penetração de 66% • 130 milhões de pessoas utilizam as Redes Sociais, com uma penetração de 62% • Há 238 milhões de usuários unicamente móveis com uma penetração de 113% • Entre os usuários móveis ativos 120 milhões usam as Redes Sociais, com uma penetração

de 57%

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Idiomas mais usados no conteúdo da Internet

O Português é o 7º idioma do mundo com mais conteúdo na Internet. Naturalmente, isto é resultado da grande influência do Brasil, ainda que haja uma grande “Comunidade de Língua Portuguesa” espalhada pela Europa (Portugal), África e Ásia (Macau).

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Tempo de Uso da Internet via Dispositivos Móveis

O Brasil é o País segundo colocado no ranking do número médio de horas por dia em que os usuários que acessam a Internet, via dispositivos móveis. O tempo médio gasto é de 4h e 21 min, logo abaixo da Tailândia. Este dado é baseado em survey. Mas, dá uma ideia aproximada desta peculiaridade do brasileiro.

Nestas circunstâncias, ele se torna um forte gerador de tráfego para a Internet, fato que o BS vem apontando sempre que o assunto é abordado.

Para se ter uma ideia da discrepância em relação a outros países pode-se mencionar a França e o Japão (últimos colocados desta relação) com um tempo da ordem de 1h e 20 min. Portanto, da ordem de 3 vezes menos do que os brasileiros.

A pergunta óbvia é: o que fazem os brasileiros nestas mais de 4 horas por dia em que ficam conectados à Internet, somente através de dispositivos móveis?

NOTA: Os comentários do presente BOLETIM SEMANAL bem como a edição final do texto são de responsabilidade de Antonio Ribeiro dos Santos, Consultor Principal da PACTEL. A precisão das informações não foi testada. O eventual uso das informações na tomada de decisões deve ocorrer sob exclusiva responsabilidade de quem o fizer. Também não se assume responsabilidade sobre dados e comentários realizados por terceiros cujos termos o BS não endossa necessariamente. É apreciado o fato de ser mencionada a fonte no caso de utilização de alguma informação do BOLETIM SEMANAL.