--Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente ConstruídoGRUPO DE TRABALHO EM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

I ENCONTRO NACIONAL SOBRE EDIFICAÇÕES ECOMUNIDADES SUSTENTÁVEIS

Canela, RS, 18 a 21 de novembro de 1997

A TAIPA DE MÃO E SEU POTENCIAL CONSTRUTIVO

Wilza Gomes Reis Lopes, Arquiteta, mestranda, bolsista da FAPESPEscola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo - EESC - USP.

Rua Machado de Assis, nOll 1/94, CEP 13.4 I7-540 - Piracicaba - SPTel: (019) 426 3613; E-mail: jblopes@carpa.ciagri.usp.br

Akcmi Ino, Profa. Ora.Depl. de Arquitetura e Urbanismo - EESC-USP

Av. Dr. Carlos Botelho, n01465, CEP 13 560 - 250- São Carlos - SPTel.lFax: (016) 271 1133; E-mail: inoakeoú@Iinkway.com.br

RESUMO

O presente trabalho objetiva estudar alguns aspectos da técnica construtiva taipa de mão, como materiaisgeralmente empregados, critérios básicos a serem observados durante o projeto, peculiaridades regionaise apresentar análise de algumas experiências realizadas no Brasil levando em consideração a viabilidadedesta técnica, fundamentada em critérios de desempenho, relacionados com aspectos estéticos,econômicos e de facilidade de construção, visando uma melhor aceitação pelos usuários. As informaçõcsforam levantadas através de planilha de coleta de dados, de contato com os profissionais responsáveispelo projeto e de visitas a três experiências bem representativas nos municipios de Linhares - ES, deTiradentes -MG e de Maracanaú - CE. Os resultados encontrados mostram tratar-se de uma técnicaconstrutiva versátil. econômica, facilmente assimilável c transmissível e que utiliza materiais renováveiscncontrJ.dos na natureza.

ABSTRACT

TIle objetive of the work was to study some aspects of building technique "taipa de mão", tlrrough of lhematerial commonly employcd, to observe local peculiariaties and basic criterious during lhe execution oflhe project, and to present data of the experiencc in Brazil, considering the feasibility and faclity of thetechnique bascd on aeslhetics and economics aspects to get the beller acceptancc of the customers. Theinformalion were obtaincd through a collection plan. contact wilh lhe professionals responsible for lheproject and visits to thrce experiencc in smalI towns, Linhares - ES, Tiradentes - MG and Maracanaú- CE.The data obtaincd show that lhe technique, is versatile, economic, easily assimilated and tranferable. 11also utilizes renewable material from lhe natnre.

PALA VRAS-CHA VE

Arqnitetnra; terra; rural; renovável.

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1. INTRODUÇÃO

No limiar do novo século, a humanidade enfrenta crises complexas, como a pobreza e os problemasdo meio ambiente. A carência de habitações, por exemplo, afeta a maioria das grandes cidades,exigindo uma rápida solução. Entretanto, as ações devem ser estruturadas dentro de umplanejamento global, envolvendo estratégias capazes de promoverem um desenvolvimentosustentável. Neste contexto, as técnicas de construção em terra crua apresentam as vantagens deserem facilmente assimiladas por mão de obra não qualificada, de terem baixo dispêndio de energia,de apresentarem um bom desempenho climático, de usarem materiais renováveis e de não poluirem omeio ambiente. Desta forma, a arquitetura de terra é encontrada em todas as partes do mundo, deformas diversificadas, adaptada às peculiaridades locais e às necessidades de bem estar do homem.

A taipa de mão, também conhecida como taipa de sopapo, taipa de sebe, estuque, tapo na, barroarmado ou pau-a-pique, é uma variedade de construção em terra, que consiste basicamente de umamalha interna de madeira, bambu, ou outro material, preenchida com barro. Esta técnica bastanteusada no Brasil, desde o inicio de sua colonização, apresenta excelentes resultados, quando bemexecutada. Segundo Vasconcellos (1979) esta técnica consiste no fechamento dos vãos entre osesteios estruturais através dos chamados pau-a-pique, madeiras roliças e finas, fixados no sentidovertical, entre as peças de madeira da base, os baldrames, e as peças de madeira de cintamento notopo das paredes, os frechais. Formando uma trama, são colocadas ripas ou varas no sentidohorizontal, perpendicularmente aos pau-a-pique, amarradas a estes por cipós denominados deembiras.

2. DESCRIÇÃO DA TÉCNICA

A taipa de mão é uma técnica construtiva usada, principalmente, como vedação, a partir de umaestrutura independente. Os materiais básicos usados são a terra e a madeira. A malha interna,normalmente, constituida por paus roliços na vertical e varas flexiveis horizontais, formando umxadrez, é produzida de modo artesanal no local e serve de estrutura para o barro. Pode também serpré fabricada sob a forma de painéis modulados, executados em madeira serrada. Há variaçõesquanto à forma e materiais utilizados na execução da malha interna, podendo apresentar o traçadoem diagonal (fig.!), ou se utilizar, a tela de galinheiro (fig.2), com bons resultados. Outra alternativaé o painel, formado por um trançado de bambu, inserido em um quadro de madeira serrada. Esteapresenta peças transversais em cada extremidade e duas peças, que o divide em três partes iguais,por onde o bambu é trançado e fixado por simples tensão, sem encaixe e sem pregos (fig.3).

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Fig. t Malha com trançado emdiagonal, em construção de imigrantesitalianos datada de 1875, em SantaTereza, ES.

-,Fig.2 Malha de tela de galinheiro, emparede da sede da Fazenda SantaEudoxia, São Carlos, SP.

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A versatilidade da taipa de mão pode ser comprovada, através de sua grande adaptalidade àscondições locais, pois em sua consecução são utilizados materiais encontrados na natureza,aproveitando-se aquilo que se tem às mãos. O caboclo do sertão constrói sua casa com o bambu oucom os paus roliços, tirados da mata mais próxima. Várias espécies de madeira são adequadas,devendo ser usadas aquelas normalmente encontradas na região. As espécies de reflorestamentoapresentam-se como excelente opção, na medida em que as áreas dedicadas a este fim encontram-se,atualmente, em constante expansão, o que facilita o uso da madeira como material renovável. Parafixação dos elementos da malha, utilizam-se cipó, sisal, tiras de couro, prego ou arame, dependendoda maior disponibilidade no local.

A terra do próprio local deve ser empregada, sem muita restrição quanto ao seu tipo. Frota & LeRoy (1978) descrevendo construções em taipa no municipio de São Miguel do Tapuio (PI), relatamque na região utiliza-se a terra mais argilosa e, por ocasião do enchimento das paredes, acrescenta-seseixos. Já para Mitidieri et ai (1987) o solo ideal seria o arenoso, contendo em torno de 60% deareia, contudo, caso a terra local, não atenda esta premissa pode ser facilmente corrigida com oacréscimo de solo arenoso ou outro material estabilizante.

Na preparação da mistura para o barreado utiliza-se, em algumas regiões, apenas a terra com água,enquanto que em outras, são acrescidos alguns materiais como fibras vegetais, palha, esterco degado, calou cimento, entre outros, que funcionam como estabilizantes da terra, o que contribui paradiminuir a retração. Costa & Mesquita (1978) ressaltam que foi observado no interior de MinasGerais, uma casa velha de fazenda, construi da no tempo do império, com paredes de pau-a-pique ede barro, sem apresentar qualquer tipo de rachadura. As paredes foram feitas com barro, areia eestrume de gado. Este último material possibilita maior firmeza ao reboco. De acordo ainda com osautores, foi a observação do fato de joão-de-barro utilizar o estrume de gado na construção de seuninho, que acarretou o uso deste material nas casas de taipa, para aumentar a durabilidade e evitarrachaduras.

É importante proteger a construção de taipa da ação da água, podendo elevá-Ia do chão ou utilizarum baldrame que impeça o contato com a umidade do solo. A maneira de construir elevando-se dochão é muito comum nas regiões de Minas Gerais e Espirito Santo. Segundo Muniz (1994), a casarural do imigrante italiano no Espírito Santo foi sempre levantada do chão, o que garantia oisolamento do pavimento térreo, permitia o escoamento das águas pluviais e possibilitava umamelhor adaptação da construção aos desniveis do terreno, dispensando trabalhos de terraplanagem.Costa (1994), em seu estudo sobre construções atuais existentes na região de Aiuruoca, no sul deMinas Gerais, a maioria em taipa, relata a preocupação em construí-Ias sempre elevadas do chão, nominimo de 20 cm, com o propósito de evitar umidade. De acordo com Costa & Mesquita (1978), ascasas tradicionais de fazendas de café no vale do Paraiba (RJ) eram elevadas do chão, com paredesde pau-a-pique, preenchidas com argamassa de argila, areia e água, apoiadas sobre espessas vigas demadeira, que por sua vez se apoiavam em alicerces de pedras.

3. SITUAÇÃO ATUAL

Nos dias atuais a construção de taipa de mão, geralmente, está associada, a processos SOCIaiStransitórios, ao rural, à pobreza, ao status de favela e barraco. Percebe-se que, mesmo aquele que fazuso dessa técnica naturalmente no campo, a rejeita quando migra para a cidade e passa almejar,assim que possivel, ter sua moradia reconstruída com paredes de alvenaria, para caracterizarascensão social, progresso material e estabilidade.

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As técnicas tradicionais, que utilizam os materiais oferecidos pela natureza foram abandonadas coma chegada dos materiais industrializados. Segundo Segawa (1988), os materiais naturais, comomadeira e terra ficam restritos às aulas de técnicas construtivas tradicionais, inseridas na disciplina dehistória da arquitetura ou são desprezadas como sinônimo de arcaísmo e precariedade, primitivismo,subdesenvolvimento e pobreza crônica. Talvez, o preconceito existente quanto as técnicas de terra,seja um dos maiores problemas encontrados para o seu uso.

Para Alvarenga (1995), a visão de solução provisória, para construção de habitações em taipa,resulta em edificações sem as recomendações técnicas cabíveis, onde o aspecto visual e de higienefica comprometido pela falta de reboco e pelo mau acabamento, dentre outros fatores,estabelecendo-se por conseqüência, a idéia de que a casa de taipa está vinculada à pobreza e à zonarural. Portanto, atualmente, observa-se que a imagem da taipa de mão, está apenas vinculada àarquitetura rural, a construções provisórias e insalubres e à pobreza.

Porém, algumas experiências e construções atuais, realizadas no pais, com a taipa de mão, vêmdemonstrar o potencial desta milenar técnica construtiva. Dentre outras, destacam-se as construçõesdos arquitetos Cydno da Silveira e Amália Gama, do Rio de Janeiro, Marcos Borges dos Santos, emMinas Gerais, Suely Ferreira e Zanine Caldas, no Rio de Janeiro, Karla Caser, no Espirito Santo,Paulo Frota no Piauí, da ONG CEARAH Periferia , no estado do Ceará, e do NEPHU- UFF,Núcleo de Estudos e Projetos Habitacionais e Urbanos, da Universidade Federal Fluminense, no Riode Janeiro.

4. EXEMPLOS DE EXPERIÊNCIAS LEVANTADAS

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4.1 Residência Serra Azul

Local: Rua Manuel Landim, sinO - Parque Viana, Serra Azul,Maracanaú - CEResJlonsáwl Jlel0 Jlrojeto: CRAterre América Latina

CEARAH PeriferiaÉJloca de construção: junho de 1993Mão de obra: Construção realizada em regime de mutirão, pelosfuturos moradores, que não tinham experiência com a técnica.

Fig .. 1. Residência Serra Azul, Maracanaú -CE

Dados do projeto: Trata-se de um protótipo para unidade residencial de um pavimento, formadopor dois quartos, sala, cozinha, banheiro e varanda, com aproximadamente, 40m2

. O projeto dearquitetura foi discutido junto à comunidade, da concepção ao resultado final. Atualmente está sendousada como sede da Associação de Moradores do Mutirão Boa Esperança, bairro Serra Azul.Descrição dos materiais: Basicamente são usados três tipos de materiais: a terra, a madeira e obambu. A estrutura é em madeira serrada e as vedações são em painéis de taipa, formados porquadro de madeira e malha trançada de bambu, preenchidos com terra. Além disso, o blocohidráulico, que abriga banheiro e cozinha, é executado em tijolo cerâmico furado. Sobre baldrame detijolo, com 20 cm de altura, isolado através de manta asfáltica, para proteção contra a umidade, sãofixados os pilares de madeira, que possuem a seção de 1Ox1Ocm e são colocados em cada canto daconstrução e em cada extremidade livre, como no caso de abertura de portas. Os painéis são fixadosentre si, na estrutura de madeira e na fundação, através de pregos, e ligados por uma cinta deamarração, na parte superior. Os painéis são preenchidos com uma mistura de terra, palha e água,

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pisada para completa homogeneização e deixada em descanso por 48 horas. Antes da colocação dobarro, os bambus são tratados com cal. O enchimento dos painéis se deu através da aplicação deduas camadas da mistura de terra, uma camada de emboço, formado por areia grossa e cal e doreboco final, composto de cal, cimento e areia. O cimento foi usado apenas nas paredes externas,sujeitas aos ventos e às chuvas.Observações: Esta experiência contou com a participação do CRAterre América latina, escritório deestudos francês e do CEARAH Periferia, ONG de Fortaleza-CE, que desenvolve trabalhos emdesenvolvimento urbano, junto às comunidades carentes. A proposta era de trabalhar com técnicastradicionais locais, procurando a racionalização e industrialização do processo construtivo.

4.2 Casa de hóspedes

Local: BR 101 Norte, Km 117.• Reserva Florestal da CompanhiaVale do Rio Doce - CVRD, Linhares - ES.Autor do projeto: Arquiteta Karla do Camlo CaserCliente: Companhia do Vale do Rio Doce - CVRDÉpoca de construção: junho I setembro de 1992Mão de obra: Formada por três funcionários da CVRD, que nãotinham experiência com a técnica.

Fig.5. Casa de Ilóspcdes, C"" Linbares-ES

Dados do projeto: Construção destinada a hospedar visitantes e pesquisadores, que se dirigem aReserva Florestal de Linhares. É composta de dois quartos, sala, cozinha, banheiro, varanda epequena área de serviço, totalizando 48,97 m.Descrição dos materiais: A espécie de madeira utilizada na construção, para execução dos pilares,vigas, barrotes, armação do telhado e o entramado interno foi o eucalipto roliço. Foram aproveitadastoras caidas na floresta e resíduos disponiveis. Para o entramado interno foi utilizado brotos deeucalipto, com diâmetro em torno de 3em, amarrados com arame. Além da taipa foi utilizadoalvenaria, de tijolo cerânúco furado, de 9x19x19cm, para a parede Iúdráulica. O piso é de laje, sobrebarroteamento de eucalipto roliço, elevado do chão, com variação de altura entre 60cm e 150cm,devido a declividade do terreno. Os pilares são cravados no solo. As folhas de portas e janelas sãoem madeira serrada com o sistema de encaixe, tipo macho e remea. Os degraus das escadas sãoexecutados em meias toras de eucalipto, fixadas em toras inteiras, também de eucalipto. A telhausada foi a cerâmica, tipo francesa. A terra utilizada para o barreado é a do próprio local, semacréscimo de outro material. Para acabamento foi utilizado argamassa, composta de barro, cimentoareia, e pintura em cal.Custos: Obteve-se o custo de U$ 100,OO/m2

, sem BDI.

4.3.Ampliação de Residência

Local: Rua Frei Veloso 529, Tiradentes - MGAutor do projeto: Arq. Marcos Borges dos SantosCliente: Residência de iniciativa particular.Época de construção: agosto de 1990Mão de obra: Formada por quatro operários, contratados porempreita. I.

~~~.1';',.",

Fig.6.A.mpliaçãode Residência, Tiradentes-MG

Dados do projeto: Este projeto refere-se à reforma e ampliação de uma residência já existente. Aconstrução original de um só pavimento, com 70m2

, foi construida em adobe. Esta área foi acrescida59

de um pavimento superior, composto de sala, quarto banheiro e varanda, perfazendo um total deárea de 48m2, executado em taipa de mão. Optou-se pelo uso da taipa, por ser uma técnicaempregada na região e devido à necessidade de se ter uma vedação leve, para o pavimento superior.Descrição dos materiais: Foi realizada uma estrutura independente utilizando-se pilares roliços deeucalipto e pilares de madeira serrada, oriundas de demolição. A malha interna foi produzida nolocal, através da utilização de madeira roliça, denominada cambualá, nativa da região. Os diâmetrosdas peças verticais e horizontais da malha são 3cm e 2cm, respectivamente. Na mistura para oenchimento foi utilizada a terra do próprio local, água e capim do campo, encontrado na região.Após barreadas, as paredes foram emboçadas com terra, areia grossa e cal e rebocadas com misturade areia média e cal.Custos: $ 150,00 ( cento e cinqüenta dólares) por m2

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Observações: Este projeto apresenta um exemplo de construção rápida, limpa, e barata, utilizando-se materiais locais, que podem ser reaproveitados. Inclusive, segundo o arquiteto responsável,pretende-se desmontar, transportar e construir a edificação em outro local, aproveitando os mesmosmateriais.

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

É indiscutível que o avanço tecnológico e a implementação de novos materiais ligados à construçãosão de suma importância para o desenvolvimento de qualquer comunidade. Contudo, mesmo ao seolhar o futuro é importante, conservar um pé no passado e aproveitar as técnicas e experiências,comprovadas pelo uso e senso comum, da população. Neste contexto, é proveitoso resgatar a taipade mão, técnica de tradição secular, usada empiricamente, e melhorá-la, através da injeção deinovações tecnológicas, com o uso de parâmetros adequados de projeto e pela introdução de novosprocessos de produção, que resultarão em obras de ótimo padrão, sem que isto implique em altoscustos e em agressão à natureza.

Destaca-se ainda que, a taipa de mão sendo uma técnica construtiva simples, pode ser executada,com resultados excelentes, por mão de obra não qualificada, desde que, se tenha a orientação técnicaadequada. Some-se a isto, também, as vantagens de utilizar os materiais locais e renováveis.

As experiências descritas neste trabalho mostram a viabilidade do uso desta técnica em termoseconômicos, estéticos e de salubridade, e contribuem para desassociar a imagem da taipa de mãocom a pobreza e a miséria.

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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FROTA, Paulo; Le Roy. Luana. A casa de taipa em São Miguel doTapuio. UNU. Universidade de Brasilia, 1978. (frabalho deConclusão de Curso)

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VASCONCELLOS, Silvio de. Arquitetura no Brasil: sistemasconstrutivos. Belo Horizonte, Universidade Federal de t-..tinasGerais, 1979.