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I Encontro Nacional de Jovens Gays e AIDS da Artagay Jovem Maceió 26 de Maio de 2012 Saúde da população gay, descentralização, controle social e o Plano de Enfretamento: avanços e desafios. Igor Nascimento

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I Encontro Nacional de Jovens Gays e AIDS da Artagay Jovem

Maceió 26 de Maio de 2012

Saúde da população gay, descentralização, controle social e o Plano de

Enfretamento: avanços e desafios.

Igor Nascimento

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Saúde da população Gay

• O direito à saúde no Brasil está garantido na Constituição e é fruto da grande mobilização política da sociedade.

• Essa luta ganhou o nome de "Movimento pela Reforma Sanitária" brasileira. A partir da Constituição de 1988.

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Isso quer dizer que, para ter saúde, é necessário satisfazer, dentre outras, as necessidades de educação, moradia, emprego, alimentação, lazer e transporte. Esse é o chamado conceito ampliado de saúde, no qual saúde não é somente a ausência de doença.

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• O SUS, que também foi criado pela Constituição, está baseado em um conjunto de princípios e o primeiro deles é a universalidade.

• O Ministério da Saúde acumula duas décadas de atenção à população de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais (GLBT), que partiram do enfrentamento da epidemia da Aids.

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As organizações GLBT tem através de projetos nas áreas da prevenção das infecções sexualmente transmissíveis , disponibilizado a este público assessoria jurídica e parcerias com as demais redes, desenvolvido ações e campanhas de comunicação e ações para visibilidade da saúde para a população GLBT.

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• Um desses avanços foi a realização do Seminário Nacional de Saúde da População GLBT na Construção do SUS, em agosto de 2007, no qual governo e movimentos sociais avaliaram as iniciativas que vem sendo adotadas.

• Entres estas citam–se a inclusão de demandas das lésbicas nas políticas de saúde da mulher

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Hoje mesmo com as informações na mídia , temos que avaliar e discutir o grande número de gays que vem crescendo nas estatísticas

com novos casos de HIV/AIDS e outras doenças infectocontagiosa no Brasil.

Existe outras patologias que vem crescendo na população GLBT uma das mais comuns que afeta a qualidade de vida e a depressão e muitas das vezes pode levar ao suicídio.

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Além da garantia de acesso a exames e medicamentos, ser ouvido pela

equipe de saúde, discutir dúvidas e ansiedades, conhecer prós e contras

em relação aos tratamentos disponíveis, e negociar o melhor

esquema terapêutico são exigências que devem ser colocadas para os serviços enquanto direito a uma

atenção de qualidade

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Descentralização• Acreditamos que para a descentralização

tem que haver uma maior parceria entre o movimento GLBT e governo deixando a burocracia mais acessível quando aberto propostas de editais direcionados a saúde desta população.

• Que os estados assuma o compromisso na questão de RH(Recursos Humanos)pois muitas das vezes encontramos estas falhas nas unidades de Saúde.

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Promover os direitos humanos no contexto do HIV/Aids, significa ampliar o olhar para

além do comportamento individual e da saúde pública e considerar os fatores de vulnerabilidade sociocultural no centro

das políticas de atenção aos GLBT. É nessa perspectiva que se deve inserir a discussão de alternativas de acesso à seguridade

social, ao emprego e à renda, promovendo ações de atenção integral à saúde para a

qualidade de vida de todos(as).

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Controle SocialA Constituição de 1988 apresentou grandes

avanços em relação aos direitos sociais, introduziu instrumentos de democracia direta

(plebiscito, referendo e iniciativa popular), instituiu a democracia participativa e abriu a possibilidade de criação de mecanismos de

controle social

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Exemplo de controle social e os conselhos de âmbito municipal, estadual e nacional.

Conselho de Saúde, Criança e AdolescenteIdoso

E outros conselhos no qual podemos ocupar espaço, em alguns conselhos a nível de governo existe assento para a sociedade

civil organizada.

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O controle social deve ser USADO como uma arma constante na luta

pelos direitos e democracia da população GLBT.

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Plano de Enfrentamento – Avanços e Desafios

Acreditando que o Plano de Enfretamento para a população GLBT, tivemos 10 avanços no qual estão mencionados a baixo. (entre a 1ª Conferência Nacional GLBT em 2008 e a 2ª Conferência Nacional GLBT em 2011).1. Reconhecimento das uniões estáveis homoafetivas pelo Supremo Tribunal Federal e do casamento civil de um casal de lésbicas pelo Superior Tribunal de Justiça; autorizações de conversões de uniões estáveis em casamento.

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2. Estabelecimento do tripé da cidadania GLBT nacional: a criação da Coordenadenação-Geral GLBT na Secretaria de Direitos Humanos; o lançamento do Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de GLBT; a instalação do Conselho Nacional GLBT.3. Reconhecimento do Governo Federal das uniões homossexuais (Ministério das Relações Exteriores, Ministério da Defesa), inclusive para fins de imposto de renda.

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4. Decreto que instituiu o 17 de maio como Dia Nacional de Combate à Homofobia.

5. Criação dos tripés da cidadania LGBT nos estados de Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul,

Piauí, Bahia, Paraíba, Pará e São Paulo.6. Reconhecimento do nome social das pessoas

trans pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão e pelo Ministério da Educação, além de

19 estados (AL, DF, ES, GO, MA, MT, PA, PA,

PB, PE, PI, RJ, RN, RR, RS, SC, SE, SP,TO).

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7. provação pela Organização das Nações Unidas da resolução que determina a realização de

ações concretas relativas à violação dos direitos humanos por motivo de orientação sexual e

identidade de gênero.8. Atuação do Grupo de Trabalho Saúde da

População LGBT; aprovação do Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral de LGBT, que inclui o processo transexualizador; o apoio do Ministério da Saúde a ações educativas e

preventivas nas Paradas LGBT.

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9. Ampliação das parcerias com o Conselho Federal de Psicologia, com o Conselho Federal de Serviço Social e com a Ordem dos Advogados do Brasil (Estatuto da Diversidade Sexual e Propostas de Emenda à Constituição).10. Lançamento do módulo LGBT do Disque 100, proporcionando dados oficiais demonstrando que 12% das denúncias dizem respeito à discriminação de pessoas LGBT, bem como a assinatura do Pacto Federativo contra a Homofobia por 12 secretarias estaduais de segurança pública, com mais 9 em processo de assinatura; liberação do material educativo sobre homofobia nas escolas para o curso Gênero e Diversidade na Escola em 36 universidades.

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1. Ausência de marco legal. O Congresso Nacional não aprovou nenhuma lei referente à cidadania GLBT, a não ser

indiretamente na lei Maria da Penha e no Estatuto da Juventude.

2. Crescimento do fundamentalismo religioso que avança sobre a laicidade do Estado, pressionando governos e partidos, incidindo adversamente na elaboração legislativa e nas

políticas públicas.3. Câmaras Municipais e Assembléias Legislativas têm aprovado

legislações homofóbicas, como o “Dia do Orgulho Heterossexual” e a proibição de falar sobre homossexualidade

nas escolas.

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4. Tudo indica que aumentam as violações homofóbicas, agressões e assassinatos, sem que

haja uma política nacional articulada para deter esse recrudescimento.

5. Falta de institucionalização das políticas GLBT (o atual Plano Nacional GLBT não é formalizado, não foi instituído por decreto, não tem indicadores ou meios de verificação, e nem comitê técnico que

acompanha sua execuçãocotidiana).

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6. Falta de orçamento para políticas GLBT. O projeto do Plano Plurianual enviado pelo governo federal para o Congresso não prevê o programa específico “Promoção da Cidadania GLBT”. O projeto de Lei Orçamentária Anual para 2011 enviado ao Congresso Nacional pelo governo

federal prevê recursos insignificantes para políticas GLBT (na Secretaria de Direitos

Humanos são apenas R$1.1 milhão); pouquíssimos recursos para ONGs na área de

direitos humanos das pessoas GLBT.

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7. A maioria dos Estados não instituiu o “tripé da cidadania” (Coordenadoria, Conselho GLBT e Plano de Combate à Homofobia). Os que o fizeram, majoritariamente, não destinaram recursos orçamentários adequados às políticas.8. A imensa maioria das prefeituras ignora o tema das políticas públicas GLBT, não instituindo nenhuma ação de combate à homofobia.

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9. Muitos juízes de primeira e segunda instância ainda se negam a julgar favoravelmente as causas LGBT, principalmente o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo.

10. Meios de comunicação, principalmente televisões abertas, propagam homofobia por meio de programas religiosos, programas de humor ou popularescos.”

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Vamos todos juntos na luta pela aprovação da PLC-122/2006 Que criminaliza a Homofobia.

Obrigado!Igor NascimentoPromotor popularEm Direitos Humanos GLBT e Pessoas Vivendo com HIV/AIDS.E-mail; [email protected]