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I CURSO DE URBANO E REGIONAL IJOO181 1445/1978 PROJETO: PROCEDIMENTO METODOLOGICO DE LEVAN TAMENTO DE DADOS VISANDO A ELABORACAO DE UM , PDU. / GRUPO 5.

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I CURSO DE DESENVOLVI~ENTO URBANO E REGIONAL

IJOO1811445/1978

PROJETO: PROCEDIMENTO METODOLOGICO DE LEVAN

TAMENTO DE DADOS VISANDO A ELABORACAO DE UM,PDU. / GRUPO 5.

-FRANCISCO FERNANDO ALTOE - ESTUDANTE DE ENGENHARIA

GLAUCIA MARIA REZENDE CARDOSO - ADVOGADA

ROBERTO GARCIA SIMOES - ESTUDANTE DE ENGENHARIA

RONALDO LYRIO BORGO - ESTUDANTE DE ENGENHARIA

PROCEDIMENTO METODOLOGICO DE LEVANTAMENTO DE DADOS VISANDO A

ELABORAÇAO DE UM PDU

- - -COMISSAO NACIONAL DE REGIOES METROPOLITANAS E POLITICA URBANA - CNPU-

FUNDACAO JONES DOS SANTOS NEVES ~ FJSN1

- -VITORIA - ESPIRITO SANTO

CONSULTOR ORIENTADOR

FERNANDO AUGUSTO BARROS BETTARELLO

TRABALHO CONCLUDENTE DA 3a. ETAPA DO CURSO DE DESENVOLVIMENTOURBANO E REGIONAL

CNPU/FJSN

1ND1CE

PAGINA

1 - INTRODUCAO.J

1.1 - o PORQUE DO NOSSO TRABALHO •••••••••••••.•..••.. 11.2 - NOSSA EXPERIENCIA AO DESENVOLVER O TRABALHO •••• 21.3 - ALGUMAS LIMITAÇOES DO NOSSO TRABALHO ••.•••.•.•• 4

2 - UMA VISÃO "TEÓRICA" DO PLANEJAMENTO URBANO CALCADO NO

LIVRO: "PROBLEMAS DE INVESTIGAÇÃO EM SOCIOLOGIA URBA

NA" - MANUEL CASTELLS.

2.1 - INTRODUÇAO •.•.•...•.•••.•••••••••••••..•.••..•. 52.2 - CONHECIMENTO DOS PRINCIPAIS NOMES DA ESCOLA DE

CH ICAGO ••.••••••..••.••••••••.••...••.....•.... 6

2.3 - SiNTESE DAS TRªS TEORIAS DA ESCOLA DE CHICAGOVISTAS POR CASTELLS ..••.•••••••••.•..••.•.••.•• 10

2.4 - EXTRAPOLAÇÃO DO GRUPO A FIM DE PROVOCAR REFLEXÃO 112.5 - ANÁLISE DO OBJETO REAL DA SOCIOLOGIA URBANA •••• 112.6 - A TEORIA DE MANUEL CASTELLS •••••.•...•••••••.•• 122.7 - CARACTERIZAÇÃO DA POLTTICA URBANA ...••••.••.... 14

I - ASPECTO FISICO-TERRITORIAL ••••••.••••..••.•••..•••..• 16

11- ASPECTO ECONOMICO •••••..•.••••••••••••••..••.•••••.•. 41

I I I - ASPECTO SOC IAL ••••••••••••••••.•.•••••.••••.••••••• 55

IV - AS PECTO INSTITUC ION AL •••.•••...•••••••..••.••••..•.• 79

3 - BIBLIOGRAFIA ••••.•••••••••••.••••..••••••••••••••.••• 95

1 I N T R O D U ç Ã O

1.1 O Porque do nosso Trabalho

A fase inicial do Curso de Desenvolvimento Ur

bano e Regional,em sua la. Etapa,nos forneceu alguns concei

tos teóricos que pudessem embasar o exercício de se começar

a participar de um processo de planejamento. Entretanto, a

disciplina Elaboração de Projetos, talvez devido a exiguid~

de do tempo, nos forneceu nele um instrumental de trabalho

para levantamento de uma situação que se pautou por se diri

gir imediatamente a uma realidade concreta (no caso a Gran

de Vitória) e teve como fecho a elaboração,em um dia,de uma

quantificação dos problemas emergentes detectados na Grande

Vitória.

Sendo assim, nossa posição na definição de

um trabalho,pautou-se por escolher um em que prosseguísse ­

mos o nosso processo de estudo mais a nível teórico, para

que pudessemos tomar pé de um instrumental de trabalho pos

to a nossa disposição,e as consequentes limitações. Isto

nos levou a escolher um trabalho que enriquecesse aquela vi

são obtida anteriormente. Ele consiste na determinação de

uma posição metodológica referente ao levantamento de dados

(que comumente ê a etapa mais prolongada, primei

ra fase do início do processo de planejamento, pois tal pr~

cesso não se consolida com a elaboração e aprovação de um

plano. Relataremos,então,o desenvolvimento do nosso traba­

lho,com o intuito de valorizar esta etapa, para que ele nao

passe, como é comumente, a ser visto como uma tentativa de

se chegar a um produto final.

- 2 -

1.2 Nossa experiência ao desenvolver o Trabalho

o ponto que pretendemos enfocar é o da descri

ção do nosso processo de trabalho,com vista a atingir nosso

objetivo. Definido como foi visto no ítem 1.1,0 trabalho co~

siste em estabelecer uma posição metodológica de levantamen

to de dados. Assim, nas primeiras reuniões do grupo para d~

finir um método de trabalho,e que persistiu até o fim do tr~

balho por parte de alguns integrantes, foi a indefinição de

uma "realidade", ou seja, um município do Estado do Espír..:!.

to Santo. Tentou-se definir,então,as Cidades-Médias, tendo

em vista que entrariamos em contato com a equipe 03 (Colat..:!.

na),que estava desenvolvendo tal trabalho de uma forma dire

ta, com a intenção de trcca de experiências. Surge dai, que,

a nível do Estado do Espírito Santo, as cidades médias def..:!.

nidas eram Cachoeiro de Itapemirim e Colatina ,e estava'

em fase embrionária (Reunião) o estabelecimento de uma p~

lítica Urbana para tais Municípios (cidades-médias). Paral~

lo, devido as dificuldades de se operacionalizar o contato

com a equipe de Colatina, ficam suprimidas a definição de

"levantamento de dados para cidades médias e o contato com

a Equipe de Colatina, o que implica também na supressão do

procedimento gráfico . Surge aqui uma acalorada discussão em

torno da necessidade de se definir uma realidade concreta,'

para se estabelecer o levantamento de dados. Arg~

mentou-se que ,apesar do conhecimento da realidade e os obj~

tivos para com ela,poderiam facilitar o trabalho, o objet..:!.

vo deste entretanto era estudar através da leitura de pl~

nos disponíveis na Biblioteca da Fundação Jones dos Santos

Neves os procedimentos utilizados para o levantamento de d~

dos e como eles eram utilizados e as dificuldades encontra ­

das. Definiu-se então que se estava estudando como levantar

os dados? Para que levantar os dados? Como utilizar os da

dos? Surge ainda uma nova questão: Se os dados a que nos

propunhamos era definir os dados máximos, suficientes ou... ?mlnlmos.

Outro ponto em que poderíamos ter elaborado ~

ma posição crítica é o da divisão do planejamento urbano;c~

mumente,em quatro aspectos (físico, econômico, social, ins­

titucional). Apesar desta divisão, para efeito didático, por

- 3 -

ex., poder surtir alguma facilidade na apresentação dos as­

pectos que o planejamento urbano procura enfocar, nos pare­

ce que ela passou de uma forma didática para uma forma "re­

al" de elaboração dos planos, onde estes aspectos permane ­

cem estanques e em grande parte dissociados uns dos outros.

Entretanto, apesar de termos começado a visualizar o probl~

ma da divisão descrita acima, a adotamos, pois neste exíguo

tempo nãod~slumbramos outra maneira de se "apresentar" o

planejamento didaticamente e "realmente".

A definição disto, entretanto, ao que nos p~

rece,exigiria grandes estudos,para podermos definir no as

pecto físico-territorial,quais seriam os dados mínimos ne­

cessários. A nível do nosso trabalho gostaríamos de dizer

que nao nos preocupamos em estabelecer dados mínimos, sufi­

cientes ou máximos. Da leitura dos planos procuramos compor

os dados, muitas vezes completando os dados dos aspectos de

um plano com de outros, mas procurando sempre ter a pre~

eupaçroda "utilidade" daquele dado levantado para um PDU.Pros

segue o trabalho. Terminado o aspecto físico-territorial, ~

fizemos uma reunião, e tent chegar a um produto com re

lação ao físico-territorial. Discutimos bastante,mas não se

chegou ao produto. Optou-se,então, que um dos integrantes'

do grupo lêsse os trabalhos dos outros integrantes,e prepa­

rasse uma minuta para posterior discussão. Passou-se a de

senvolver o aspecto econômico. Devido as várias questões su!

gidas, foi realizada uma reunião com um economista, onde sur

ge uma definição para uma questão; Além do problema da atua

ção em uma dada realidade, pairava dúvidas sobre o comport~

mento ,à nível teórico,do aspecto econômico para um Plano de

Desenvolvimento Integrado, para um Plano de Desenvolvimento

Urbano, pois não sabíamos a distinção concreta nas várias'

terminologias utilizadas usualmente para dar "nome" a um

Plano. A questão a qual definimos ,é que passaríamos então a

voltar o levantamento para um Plano de Desenvolvimento Urba

no, que teria por objetivo principal organizar espacialmen­

te uma área urbana de um município, mas para tanto,no as­

pecto econômico,era necessário identificar a função econômi

ca (PDU) e o (PDI) seria complementado com hipóteses de de

senvolvimento. Uma reunião nos mesmos moldes ocorreu com um

sociólogo,onde nos foi colocada uma visão suscinta e clara

do

por

propo!.

- 4 -

sobre o aspecto social no planejamento urbano (relatada em

maiores detalhes no aspecto social) ,e devido a isto, quais

os dados que teriam alguma utilidade face a esta visão. Ap~

sar de se tentar dar uma divagação, não se conseguiu estu

dar como se comporta nos planos o Planejamento Integrado e

Integrador, visto com uma roupagem muito bonita teoricamen­

te, mas que na prática da elaboração nos parece prevalecer, ,a divisão didática que discorremos anteriormente . O que s~

ria,então, que se está processando com o termo integrado?

A dúvida permanece.

Acho que todos concordamos, integrantes

grupo e leitores, que o processo foi conturbado, ma§;

sua vez,de grande valia pelo enriquecimento que nos

cionou nas reuniões.e discussões.

Para esta versão preliminar, apesar de se te

rem discutido alguns pontos referentes aos aspectos aborda­

dos, ainda não discutimos a versão preliminar que ora apre­

sentamos,e que,sem sombra de dúvidas,será enriquecida com a

discussão das críticas a ela feitas por parte daqueles que

se interessarem,e a posterior discussão em grupo para apre­

sentação do trabalho final.

1.3 Algumas limitações do nosso Trabalho

Não se verificou como funciona o sistema es

tadual de informações para poder coadunar '

os dados requeridos no presente trabalho.

- Não foram dados os parâmetros chamados "ide

ais",para que se pudesse comparar os dados

obtidos nos aspectos econômico e social.

- Não estabelecimento de uma série histórica

e seus intervalos de análise.

- Não se preocupou no estabelecimento de um

procedimento para tabulação, graficação, le

gendas.

- 5 -

2 - lJML\. VISÃO "TEÓRICA" DO PLANEJAMENTO URBANO CALCAJX) NO LIVRO: "PROBLE ­

MAS DE INVESTIGAÇAo EM SOCIOLOGIA URBANA" - de Manuel Castells

2 ..1- IN1RODUÇÃO

revido as várias indefiniçães que nos gerou o processo salien

tado anterionnente, procuramos não nos deter somente na leitura de planos,

mas também conhecer alguma ,acerca da "ciência do urbano". Dentre as leitu

ras, optamos pelo livro de Manuel Castells - Problemas de Investigação em

Sociologia Urbana - pelo horizonte de extrapolações e subsídios para lei tu

ras posteriores que nos permitiu visualizar dentro do Planejamento Urbano.

Cano ficou salientado na introdução inicial, a meta com este trabalho é o de

se iniciar um processo de estudo. Sendo assim, o texto abaixo foi calcado I

no livro acima referido ,sem nenhum cOJrentârio de nossa parte ,pelo desconhe­

cimento das obras citadas. Gostaríamos de esclarecer o "partido" adotado:

o que se tentou fazer ,devido a dificuldade de leitura apresentada, foi esco­

lher e condensar(muitas vezes fizemos transcrições diretas)para o nosso in

teresse imediato ,as críticas e uma proposição por ele apresentada; para po­

dennos pos teriormente analisá-las: tudo is to numa tentativa de conhecer o

instrumental de trabalho,posto a disposição do técnico em planejamento urb~

no e as suas limitações ao utilizar tal instrumental.

"Una ciência define-se primordialmente pela existência de um

objeto teórico que lhe é próprio,susci tado pela necessidade social de se c~

nhecer uma determinada parcela da realidade concreta. O objeto científico I

(teórico) de uma disciplina é formado pelo aparelho conceitual construído pa

ra explicar os diversos objetos reais que a dita ciência pretende analisar.

Cano regra geral,podemos afirmar que se uma ciência, geral ou particular ,não

tem objeto teórico próprio nem objeto real específico, carecerá de existên­

ela institucional para poder ser reconhecida como produtora de conhecimento.

No caso específico da sociologia urbana, a afirmação de uma

teoria sociológica aplicável à cidade não tem força até a publicação dos

trabalhos da Escola de Chicago e, em especial, até os estudos dos livros de

PARK, BURGESS e McKENZIE, The City, publicado em 1925.

Robert Ezra Park - "Sugestão para Investigação do Comportame!!:.

to Humano no Ambiente Urbano"

.!Lmest W. Burgess - "O crescimento da cidade"

R D. McKenzie - "Una abordagem Ecológica para o estudo da co

mmidade Humana"

Isto caracteriza que em poucas disciplinas é tão clara a de

pendência de uma determinada escola teórica corno em sociologia urbana, re

lativamente ã Escola de Chicago. Todo o esforço de investigação nesta maté

ria correspondem a trabalhos que procuram desenvolver os textos citados an

teriorrnente.

- ti ~

Achamos de atenção especial salientar o marco histó

rico em que se deu a produção destas teorias. Os observadoresda

vida social na cidade de Chicago estavam sob o efeito de um crffi

cimento entre 1900 e 1930 de meio milhão de habitantes em cada

dez anos, habitantes que provinham em maior parte da imigração.

2 .- CONHECIMENTO DOS PRINCIPAl S NOJl.1ES DA ESCOLA DE CHI CAGO

- ROBERT EZRA PARK

Obra: tiA CIDADE: Sugestões para investigação do comportame~

to Humano no Ambiente Urbano".

Ele vê na cidade a imagem viva da nova sociedade, o

laboratório que põe a disposição do sociólogo a mais completa e

variada gama de fenômenos sociais e ,entre elas, especialmente,t~

dos os relacionados coma integração e coesão de uma formaçãos~

cial sujeita a um ritmo de mudança fulgurante e sem precedentes;

por outro lado esboça e anuncia o tema de cul a urbana que,d~

pois de recolhido e desenvolvido por Louis Wirth, virá a ser um

dos pilares básicos da sociologia urbana e a transforma no lu ­

gar comum obrigatório de qualquer discurso sobre a mudança soci

alo

- Ei da defini ao teóri Sistema cultural específico, g~

rador de novos valores e normas

que caracterizam as sociedades

modernas.

Análise do objeto teórico (cultura Urbana)

O Mito da Cultura Urbana

Pode-se afirmar que, essencialmente o conceito bási

co de que partiu toda a sociologia urbana foi o de cultura urba

na conforme citado acima. Entende-se por cultura urbana um sis

tema específico de normas ou valores ou, no que se refere aos

atores, de comportamentos,atitudes e opinloes. Este sistema é a

expressão de formas determinadas de atividades e organizaçõess~

ciais, caracterizada por:

· Diferenciação apreciável das interações

• Isolamento social e pessoal

• Segmentação dos papéis desempenhados

- 7, -

• Superficialidades e utilitarismo nas relações so

ciais

• Especialização funcional e divisão do trabalho

• Espírito de competição

• Grande mobilidade

• Economia de Mercado

• Predomínio das Relações Secundárias pelas Primá

rias

• Passagem da Comunidade a Associação

Pode facilmente constatar-se que se trata, pois,de

um tipo sócio-cultural mais do que uma definição propriamente

teórica, mesmo no caso da rigorosa formulação de Louis Wirth

("Urbanismo como Modo de Vida"). No fundo, a cul tura urbana não

é mais do que um sistema cul tural que corresponde as "socieda­

des de massa.".

Duas teses, pois, resumem e fundamentam a teoria da

cultura urbana:

1) As "sociedades de massa" tem um sistema cultu

ral específico.

2) Este sistema é produzido a partir de uma forma

particular de atividade, chamada cidade. A soci

edade rural transforma-se em sociedade urbana '

por causa do acréscimo de dimensão densidade e

heterogeneidade que se produz nas coletividades

territoriais que a compoem.

Castells em sua análise caracteriza a nao d~vida

de que o sistema cultural e a organização social dependem de

algo mais que a densi de, dimensão e heterogeneidade dos indi

víduos que compõem a sociedade, que foi relacionada com a cul

tura urbana. Cita ainda que apesar da indiscutível qualidade'

intelectual não é senão uma acumulação de hipóteses de sentido

comum, sem qualquer articulação teórica interna: "Embora nao

pretendamos elaborar aqui uma teoria da produção de formas so

ciais, pensamos em todo o caso, estar em condições de recusar

frontalmente e de imediato um ponto de vista tão evidentemente

simplista como o subjacente à afirmação da cultura urbana pela

cidade.

Poderíamos, por conseguinte, aceitar a expressão

cultura urbana para designar o que acontece nas cidades. Mas

8 -

por um lado, nao é tão inocente como parece, uma vez que compo!

ta implicitamente uma ideologia da produção de formas sociais.E

por outro lado, dado que essa cultura urbana não constitui obj~

to teóricQ, conceito particular, fica claro que a sociologia ur

bana não pode aceitá-la, de modo nenhum, como critério de espe­

cificação.

- Urbanismo como Modo de Vida

o processo de aculturação na "sociedade moderna", isto é,na

sociedade americana.

- Não especificidade objeto real: "tudo aquilo que sucedenurn

con texto urb ano"

- ERNEST BURGESS

Obra: "O CRESCIMENTO DA CIDADE: Introdução a um projeto de

inves tigação"

Seu trabalho versa sobre uma teoria do crescimento ur

bano (modelo) segundo uma zonificação progressiva e concêntrica

e apresenta implicitamente, como traço de ordem universal, aqul

lo que na realidade não passa de um processo social determinado.

O seu modelo consiste no seguinte: A parte central da

cidade, o mais intenso dos círculos concêntricos, é constituído

pelo bairro comercial e de negócios. A segunda zona, chamada á

rea de transição, é o antigo centro urbano histórico transforma

do em zona de atividade pela implantação de indústrias , lojas

e escritórios. A terceira zona caracteriza-se por ser a residê~

cia dos trabalhadores industriais, com deficiências do equipa ­

mento e de patrimônio imobiliário, geralmente superpovoada. A

quarta zona é a chamada "zona residencial", isto é, os setores

de habitação edificado ã margem do antigo quadro urbano pelos

estratos sociais médio e superior. A quinta zona, "zona de alter

nantes , compreende as unidades periféricas e as localidades sa

télites, não incluídas totalmente na cidade, mas cuja vida está

centrada sobre a mesma e que se encontram já em processo de ab

sorçao (Chicago dos anos 20).

Ernest Burgess ao elaborar esta sua teoria do cres

cimento urbano em sucessivas zonas concêntricas, chega a conclu

são de que existe uma relação estreita entre desenvolvimento e­

conômico, transformações sociais e organização do espaço; esta

teoria é a dependência do espaço e, por conseguinte, da cidade,

- 9 -

relativamente a uma determinada estrutura social. A "cidade

produto da sociedade" marca o tom e a orientação básica de

toda a corrente historicista da sociologia urbana nos EUA,

com autores como Lewis Munford ('IA cidade na História"),

corrente que exerceu força de sedução sobre os sociólogos

europeus em geral, e sobre os franceses, em especial (Henri

Lefêbvre) .

- Análise do objeto teórico

A organização social do espaço (Estrutura Social x Org~

nização do Espaço)

A análise sociológica do espaço poe, de fato,

uma problemática que, em princípio, nós consideramos plena­

mente justificada e que não há razão para rejeitar "a pri,Q

ri". De forma, acrescente-se já que não se trata de um obj~

to teórico mas de um objeto real, já que o espaço é um ele­

mento material e nao um corpo conceitual. Vamos considerar,

pois, este tipo de análise como inscrito no quadro das ten

tativas feitas para dotar a sociologia urbana de certas ba

ses, enquanto visão especializada de um dos aspectos do re

aI.A afirmação da relação sociedade-espaço nao

deve provocar, em princlplo, qualquer objeção séria e funda

mentada. b evidente que o espaço, como qualquer dos elemen­

tos materiais sobre ou a partir dos quais se exercem ativi­

dades humanas, adota uma forma particular, em consonância

com a forma do complexo técnico-social que o comporta e

circunscreve. Mas acontece que, neste problema, se recorre

com excessiva facilidade a uma espécie de "teoria do refle­

xo". Ora, a sociedade não se "reflete" no espaço, a socieda

de não se situa nem pode situar-se como algo de exterior ao

próprio espaço. Deve-se, pois, mostrar a articulação entre

o espaço e o resto ~os elementos materiais ~a organização so

cial. Mais concretamente: a formação de regiões metropolit~

nas nas sociedades industriais não é um "reflexo" da "socie

dade de massas", mas a expressão espacial, a nível de for

mas, do processo de centralização da gestão e descentraliza

ção da execução, tanto do ponto de vista da produção como

do ponto de vista do consumo.

A consideração sociológica da organização do

espaço, como elemento material da existência humana, não nos

conduz a uma demarcação teórica autônoma, mas a clarifica ­

çao e explicação entre este espaço.

- 10 -

- R.D. Mc KENZIE

Obra: "Uma abordagem Ecológica para o Estudo da Comunidade

Urbana"

Estuda a cidade como sistema ecológico, ao proc~

rar estabelecer as condições do seu funcionamento orgânico.

Obs: Não procuramos desenvolver o estudo tendoem

vista que não conseguimos pesquisar e defi­

nir o que é um sistema ecológico.

Um de seus discípulos ,Duncan, elaborará posteri

ormente a noção de "complexo ecológico" que virá de fato a cons

tituir uma teoria da regulação e da mudança do sistema social

da comunidade a partir da interação dos quatro elementos que a

compõem: meio ambiente ,tecnologia, população e organização so

cial. O "complexo ecológico" pode complicar-se pela tentativa

de se acrescer novos elementos ou a consideração do predomínio

de um elemento determinado, como a tecnologia, que viriam assim

a desempenhar o papel motor do sistema. Como identificar este

elemento? O que determina o estágio de desenvolvimento em que

ele se situa?

Em qualquer dos casos, porém, parece claro que

nao estamos diante de um objeto teórico particular,mas perante

uma teoria geral da estrutura social. Este esquema não explica

apenas a cidade ou a relação espacial, mas abarca a totalidade

do corpo social, principalmente quanto aos seus elementos es

truturais e a sua tendência para a mudança.

Não pode, pois falar-se, com respeito ao sistema

ecológico, de especificidade do seu objeto teórico, mas de

perspectiva particular relativa ao conjunto da estrutura soci­

al.

3 - SfNTESE DAS T~S TEORIAS DA ESCOLA DE CHICAGO VISTAS POR

CASTELLS

- Robert Park: A cul tura urbana nao é um corpo concei tual mas

sim uma ideologia da integração social na so­

ciedade "moderna" (sociedade americana)

- Ernest Burgess: A relação entre sociedade e espaço nao êum objeto teórico, mas uma delimitação de um

aspe cto do re aI.

- .McKenzie: Sistema ecológico, trata-se mais de uma ten

- 11 -

tativa particular de explicação do esqueleto

do corpo social do que uma delimitação espe­

cífica do interior da teoria sociológica.

Conclusão: A sociologia urbana carece de objeto teórico

específico.

4 - EXTRAPOLAÇÃO DO GRUPO A FIM DE PROVOCAR REFLEXÃO

Ela consiste no fato de questionarmos se existe

uma economia urbana e quais as dificuldades com relação ao ob

jeto teórico que ela enfrenta. Devido as nossas limitações nao

foi possível iniciar qualquer comentário adicional a este que~

tionamento. Gostaríamos entretanto que os leitores fizessem aI

guns comentários ou sugerissem ao grupo bibliografias básicas

acerca do tema.

5 - ISE DO OBJETO REAL DA SOCIOLOGIA URBANA. Válido em ex

tensão para os aspectos pertinentes ao planejamento urba­

no como um todo.

Ora,o que caracteriza o planejamento urbano é

exatamente a ausência de delimitação precisa do seu objeto re

alo Então, o que é o URBANO? Na acepção corrente urbano opõe­

se a rural. Nesta perspectiva, tudo deveria ser rural ou urba

no e temos ainda concepções da existência do "Ruro-Urbano". O

problemático é que nos encontramos diante de uma distinção que

se caracteriza paradoxalmente, pela ausência de critérios de

distinção, dado que em termos de conteúdo social, parece alu

dir-se especialmente a distinção entre sociedade industrial e

sociedade agrária, enquanto no que se refere às formas espacl

ais da sociedade, não podemos reduzir a sua diversidade a uma

simples dicotomia. Pensemos a proposlto, no modo como a cida

de se dissolve na Região Metropolitana e, no caso particular

do burgo, como está tão distante da aldeia quer da grande ci

dade. Muitas vezes se tenta caracterizar o urbano através de

critériospopulacionais,equipamentos, etc.

Se o urbano carece de especificidade enquanto 0E.jeto real, o que podemos fazer sempre é analisar a cidade en

quanto concreto real, seguindo a cada questão que venha a pô~

-se os procedimentos teóricos pertinentes. Mas nem sequer es

ta delimitação do planejamento urbano a partir do concreto

-12 -

...real e perfeitamente clara.

De acordo. Estudemos a cidade tal como é. Mas en

tão que deve estudar-se?

A cidade, o aglomerado, a região urbana? E em

que aspectos?:

As classes sociais? O grau de frequencia do Cen

tro? A organização dos transportes urbanos? A poluição do ar?

A participação social na vida do bairro? As implantações indus

triais?

6 - A TEORIA DO MANUEL CASTELLS

6.1 - As noçoes de "Sis tema Urbano" e de "Sis tema de Ato­

res urbanos"

Sistema Urbano - é a articulação específica entre os

elementos fundamentais do sistema e

conômico. O sistema urbano define -

se assim, como estrutura das rela

ções entre o processo de produção e

o processo de consumo,num complexo

espacial dado e através de um pro­

cesso de intercâmbio e de um proce~

so de gestão dessas relações.

Por conseguinte, os elementos do sistema urbano sao:

f-(Produção) - Dimensão espacial do conjunto de ati­

vidades produtoras de bens, serviços

e informações (por ex: a industria,os

escritórios, os meios de comunicação

de mass as)

C Consumo - Dimensão espacial das atividades que

tem por objeto a apropriação social,

individual e coletiva do produto. (por

ex: a habitação, os equipamentos cole

tivos, culturais e recreativos)

I Qntercâmbio) - Dimensão espacial dos intercâmbios que

tem lugar entre P e C, quer no seiode P ou de C (por ex: a circulação, ocomércio)

- 13 -

~Gestão) - Especializa-se de duas maneiras diferen

tes; diretamente, pela implantação dos

edificios - sede da administração polí

tica e jurídica; indiretamente, pela im

plantação na organização espacial do

conjunto urbano através da planificação

e regulação do funcionamento geral do

sistema urbano. (por ex: Prefeitura Mu

nicipal, 6rgãos de planejamento urbano,

etc. )

Estes elementos nao sao elementos simples, mas

processos sociais, isto é,intervenções de agentes sociais so

bre elementos materiais. A combinação entre eles não é arbi trá

ria, mas exprime as leis estruturais da formação social em que

a unidade urbana está incluida. Sendo assim, a transformação de

uma unidade espacial é determinada pelas variações nos elemen­

tos do sistema urbano e nas relações que eles mantém entre si.

Sistema de Atores Urbanos - Resulta da distribuição

dos agentes sociais (individuos ou gr~

pos) entre os diversos elementos e sub­

elementos do sistema urbano.

Es te sis tema de atores urbanos caracteri za-se por

dicotomias fundamentais circunscritas no sistema urbano. No ca

so de uma operação urbanística entram em jogo três sistemas de

interesses opostos:

1) Oposição entre a Autoridade (Interesse Públi­

co e as Organizações (Interesse Privado).

2) Oposição entre os interesses da Produção e do

Consumo.

3) Oposição entre os interesses locais e os glo­

bais.

As combinações possíveis entre estas três dicoto

mias poderiam designar-nos os atores em presença. Por exemplo,

a combinação Autoridade-Consumo-Local corresponde a uma Prefei

tura Municipal, enquanto a que compreende Organização-ProduçãQ

-Global se pode considerar representativa de uma grande empre­

sa internacional.

- 14 -

Teoria e Ideologia do Planejamento Urbano

Sob a etiqueta "planejamento urbano" aparece toda

urna série de intervenções, cujo único aspecto comum consiste no

fato de se darem numa cidade.

Ora, quando se define o "planej amento urbano"

corno esforço para atuar de maneira consciente e deliberada, ou

corno conjunto de planos, programas '.e declarações políticas que

tem corno objetivo serem de ação política ou prillvada, vemos corno

é posto em relêvo, sob diversas formas, o mecanismo da ativida­

de no tocante ao seu conteúdo, circunscrevendo já a resposta na

maneira de por o problema.

Se pelo contrário partimos da evolução social p~

ra depois reformular teoricamente a questão, o termo "planeja ­

men to urbano" si tua-nos frente a duas problemáticas diferentes:

1) Os remédios para fazer frente as"insuficiênci­

as" do processo de industrialização a nível de

consumo e especialmente de consumo de bens co

letivos.

2) A gestão técnico-econômica de unidades espaci­

ais cada vez mais extensas e complexas.

1 - Caracterizacão da política Urbana?

A política urbana, isto é, todo o conjunto de de

cisões orientado para urna regulação específica dos diversos pr~

cessos que surgem no seio de urna unidade urbana, vem ser um efui

to do sistema urbano sobre si mesmo, por meio de urna ação real~

zada por seus sistemas de atores. Recordando que os elementos

do sistema urbano são P, C, I e G e que um órgão de planejamen­

to urbano estaria participando da Gestão. De acordo com a inter

venção da Gestão (órgão de planejamento urbano) nos elementos do

sistema urbano teríamos caracterizada urna Dolítica urbana.~

As intervenções poderiam ser caracterizadas

G ~ P ~ Exclui-se a intervenção direta de G so

bre P.

Análise do MPC.

Intervenções indiretas: zoneamento

Incentivos fiscais ou fi

nanceiros.

- 15 -

G + C + política de Equipamento - Será a que gira

à volta da subvenção de necessidades de

consumo coletivos insatisfeitas, corno os

lugares de lazer ou o setor público de ha

bitação.

G + I + política de ordenamento - É a que se cen

tra numa organização funcional das condi­

çoes gerais da atividade, corno por exem ­

pIo, um plano de transportes.

G + G + Reforma Administrativa

PG + I

C+ política de Desenvolvimento - é a que pr~

cura uma,reestruturação das relações en

tre os diferentes elementos do sistema ur

bano.

- 16 -

I ASPECTO FTsICO-TERRITORIAL

1 CONSIDERAÇOES GERAIS

1.1 - A iniciativa privada é que tem um papel prepon­

derante na estruturação urbana de urna cidade. Sendo assim,o

poder público assume o papel de orientador, disciplinador e

fiscalizador.

1.2 - A organização espacial ê o reflexo das ativida­

des (econômicas, sociais, de lazer, etc.) da população que

habita aquele espaço.

1.3 - O planejamento urbano e regional se restringiu

ao planejamento físico corno um fim em si mesmo.

Por que?

o que aconteceu?

2 CONTEODO

2.1 - Levantamento do Meio Físico e Recursos Naturais

2.2 - Evolução Urbana

2.3 - Uso do Solo

2.4 - Sistema Viário

2.5 - Infra-Estrutura e Serviços Urbanos

3 OBJETIVOS

3.1 - Promover e propiciar,ãs funções de urna comunid~

de, estruturas físicas adequadas e corretamente distribui ­

das no território ,visando atingir um nível bom do bem-estar

da população e de suas atividades econômicas.

3.2 - Ordenar a expansao das áreas urbanas, evitando

- 17 -

uma tendência que segue uma lei de mercado nao disciplinada

pelo poder público,na determinação da configuração urbana.

3.3 - Fornecer subsídios ao diagnóstico da situação'

dos equipamentos sociais, culturais, ... , assim como do sis

tema viário e suas implicações na organização espacial.

3.4 - Preservar as características naturais do sítio

urbano, as tradições históricas.

4 OPERAÇOES

4.0 - Exame dos Mapas, Fotografias Aéreas, etc.

4.1 - Verificar se há delimitação da Área Urbana (Pe­

rímetro Urbano). Caso haja, ver se há estabelecimento da ZO

na de Expansão Urbana Prioritária.

4.2 - Verificar as legislações que

dentre as citadas abaixo:

Poder Municipal

4.2.1 - Código de Edificações e Obras

4.2.2 - Cadastro Técnico Municipal -.Finalidades

.Serviço deAtualizaçãodo Cadastro

.Dados que ~

podem serextraídos.

4.2.3 - Lei de Loteamento

4.2.4 - Lei de Zoneamento

4.2.5 - Código Tributário M~nicipal

Caso nao haja as referidas legislações, conhecer

os critérios utilizados para a aprovação

de construções, cobrança de imposto predial e

territorial, loteamentos, localização de ativi­

dades residenciais, industriais, institucionais,

sociais, etc.

- 18 -

4.3 - Através do Orçamento - Programa levantar as obras

públicas previstas tais corno, ampliação ou melhoramento do

sistema viário, infra-estrutura urbana, serviços urbanos,etc.

5 PORMENORIZAÇAo

5.1 - Levantamento dos Meios Físicos e Recursos Natu

rais

5.1.1 - Caracterização da Área

5.1.1.1 - Generalidades:

· Área

· % em relação ao território estadual

· Localização geográfica. Limites

· População

· Densidade bruta

· Perímetro urbano da sede do Município e

seus limites a Norte, Sul, Leste, Oeste.

5.1.1.2 - Aspectos Físicos:

· ClimaHidrografia

· Vegetação

· Relêvo e Solo

Corno variáveis impor­tantes na determinaçãodas potencialidades 'produtivas .

· Direção predominante dos ventos dominan­tes

5.1.1.2.1 - Clima

- Clima predominante

. Região seca

Precipitação pluviométrica

. Período de estiagem

- 19 -

Segundo Koppen, a caracterização do clima da

reglao está na irregularidade do regime pluviométrico e na

dependência das massas de ar que vem do litoral' e do oeste.

. Temperatura média anual

Tipologia Climática - Climas em combinação de

temperatura e regime de

chuvas.

Classificação de Gaussen - Fundamenta-se:

. Temperatura

. Precipitações A­

nuais.

5.1.1.2.2 - Vegetação

Diagnosticada tipo de Vegetação:

Áreas cultiváveis ou nao

Pecuária intensiva

5.1.1.2.3 - Hidrografia

- Rios Principais - Cota máxima - Faixa de Proteção Sanitária. -

- Potencial Hídrico - Captação d'água

- Aproveitamento de Águas Subterrâne-as - f tem a ser incluído.

5.1.1.2.4 - Relevo

Elementos morfológicos que o constitu

em.

5.1.1.2.5 - Solos

Pedologia

- 20 -

5.2 - Evolução Urbana

5.2.1 - Implantação e Expansão Urbana

5.2.1.1 - Caracterização através de pesqui­

sa da evolução histórica da urba­

nização.

5.2.1.2 - Levantamento de todas as plantas

existentes, de diferentes épocas,

das áreas urbanizadas do Municíp~

o.

5.2.1.3 - Levantamento das restrições físi­

cas que consequentemente confirirã(i)1

áreas inadequadas à sua utiliza ­

çao. A inadequação de certas áre­

as à ocupação de atividades huma­

nas, reflete-se no aparecimento de:

a) Elevado custo na implantação '

de serviços de infra-estrutura.

Elas poderiam ser chamadas de ár~

as de restrições físicas configu­

radas através das seguintes consi

derações:

a.l)Declividade superior a

a.2)Alagados ou Áreas Potencialmen

te Inundáveis.

5.2.1.4 - De posse dos dados do ítem 2.l,no

tocànte aos recursos naturais, de

terminar as áreas inadequadas a

sua utilização. Obviamente a sua

utilização implicará na descarac­

terização e consequente deterior~

ção dos recursos ambientais, nela

localizados.

Elas poderiam ser chamadas de á~e

as de proteção ambientais,config~

radas através das seguintes consi

derações:

- 21 -

b-l) Recursos Florestais

b-2) Bacia de Recursos Hídricos

OBS: Deverá merecer atenção as áreas segrega­

das por "barreiras" de dificil transposi

ção: Rios, Rodovias, Ferrovias.

Achamos que seria bom salientar os problemas

decorrentes dos assentamentos humanos - localizados nestas

áreas de restrições físicas e proteção ambiental.

- Erosão e deslizamento das encostas

- Dificuldades técnicas e financeiras na ofer

ta de serviços urbanos e infra-estrutura.

- Abatimento indiscriminado da cobertura veg~

tal influindo decisivamente no equilíbrio e

cológico natural.

- Atrofia das Potencialidades Paisagísticas e

Ambientais.

5.2.1.4.1 - Produtos resultantes de 2.1.3 e 2.L

4.

5.2.1.5. - Planta,se possíveL da evolução urbana.

5.2.1.5.1 - Planta com as áreas com declividade igual

ou superior ao estabelecido.

5.2.1.5.2 - Planta com as áreas alagadas ou potencial

mente inundáveis.

5.2.1.5.3 - Planta com as áreas de proteção ambiental.

5.2.1.5.4 - Planta com as superposições das plantas a

cima.

A partir destas plantas poderemos definir as áreas

prioritárias de intervenção, que a primeiro instante, será

a que apresentar maior superposição,e permitirá avaliar a

necessidade de um projeto específico.

- 22 -

Outro dado importante pode $rtirado da presen­

ça de bolsões passíveis de ocupação no perímetro urbano. D~

verá merecer atenção especial as áreas não ocupadas no cen

tro da sede do Município.

Ritmo e DiLeção do Crescimento da Área Urbana.

5.2.1.6 - Com a area do perímetro urbano legal e a ta

xa de crescimento da população têm-se urna primeira defini ­

ção do partido a se adotar: adensar, congelar, etc.

Se o perímetro urbano legal não estiver deli

mitado, marcá-lo segundo as diretrizes previstas no Código

Tributário.

5.2.2 - Uso do Solo Urbano

O estudo dos aspectos territoriais dos probl~

mas sócio-econômicos vem assumindo urna importância acentua­

da.

Antes de entrarmos no estudo propriamente di

to o que se entende neste trabalho por "Estrutura Urbana":ê,aquela determinada pelo arranjo territorial dos usos do so

lo e o esquema de interações ou contatos daí decorrentes."U

so d~_Solo" entende-se a finalidade para o qual o solo e

utilizado ou "consumido" pelas atividades humanas. Iremos a

bordar o estudo do uso do solo sobre dois prismas: Aspecto

bo~cional e Aspecto Quantitativo.

5.2.2.1 - Aspecto ~o~acional

Comentários iniciais: - As atividades procuram a l~

calização que maximize sua

rentabilidade ,independente

da forma pela qual a socie­

dade se aproprie dos benefí

cios daí advindos.

- Comportamento do uso do so

10, se deixado totalmente'

livre, segue determinadas'

leis, no caso, econômicas.

- 23 -

Embasados nestes comentários anteriores,pode­

ríamos comentar as expressões comumente utilizadas,tais co

mo: "arranjo espontâneo", ou "crescimento espontâneo". A e~

pontaneidade com que se procura qualificar ou mesmo justifi

car uma organização espacial, denotam que ela se processou

aleatoriamente e, portanto, não teria seguido nenhuma lei.

Como decorrência desta falha interpretação,poderíamos ser

induzidos a pensar que,através da supressão da tendência e~

pontânea com implementos legislativos,conseguiríamos o ar­

ranjo "bom",uma vez que o "mau" foi simplesmente acidental.

Faz-se necessário, então, que se procure apri~

morar conceitos,principalmente de ordem econômica,que nos

levariam a ter uma visualização mais consequente sobre o

uso do solo,em uma cidade que não teve planejamento.

5.2.2.2 - Aspecto Quantitativo

Quando se tenta investigar o aspecto quantit~

tivo do consumo de terrenos urbanos, não se faz, a nao ser

pelas atividades urbanas adequadamente expressas como, por

exemplo, através do número de empregos, renda familiar, nú

mero de funcionários da máquina administrativa estadual, fe

deral, municipal, etc. Entretanto, comumente,os dados de u

so do solo são correlacionados com a população. Como então

efetivar a integração entre o componente sócio-econômico (~

tividade) e o componente físico ("melhorias"sobre o solo con

figurando um determinado uso)?

Devido a este desencontro, se diagnostica uma

alteração na densidade demográfica como sendo de um acrésci

mo ou decréscimo da população, não se estudando as causas

que influenciaram nesta alteração.

A título de exemplificação, no Seminário do

Guarujá sobre classificação dos usos do solo urbano, foram

selecionadas três, de populações semelhantes,mas de papels

regionais e bases econômicas totalmente diversas: são Ber

nardo do Campo ~ Barretos (SP),e Santarém (PA) ,onde se ten

ta o correlacionamento descrito.

- 24 -

5.2.2.3 - Outras Considerações Complementares

Quando alguém compra um terreno, compra dois

bens: um pedaço de terra e uma localização. Sendo assim, o

papel dos transportes numa cidade, devido influir na aces­

sibilidade e o custo, e a perda de tempo daí decorrentes,é

muito importante na consecução da estrutura urbana e influ

encia,consideravelmente,nas direções predominantes de cres

cimento. Daí, a necessidade vital da integração da políti­

ca uso do solo x transporte.

Gostaríamos de salientar também que ,ao esta~

mos pesquisando o uso do solo em uma área sem planejamento,

devemos atentar para dois fatos; se a definição das ativi­

dades ainda está em fase incipiente, o que poderá implicar

na inviabilidade de uma lei do uso do solo instantânea, e

quais as atividades que nao se compatibilizam.

5.2.2.4 - A Pesquisa e Análise do Uso do Solo

- Objetivo fundamental: Conhecer e interpretar as

correlações existentes en

tre as atividades urbanas

e os terrenos por elas con

sumidos,no tocante aos as

pectos locacional e quantl

tativo.

- Dificuldades: Apesar de se ter iniciado uma for­

mulação de teorias sobre o uso do

solo, a dificuldade de se reavali­

ar os conceitos está no fato de

uma despadronização de conceitos e

critérios que norteiam estas teori

as. Sendo assim, elas não permitem

que os seus resultados práticos per

mitam uma comparabilidade.

5.2.2.5 - Importância da definis:ão de uma Estrutura Urbana

Os planos setoriais, tais cano o de transpo!

- 25 -

tes, saneamento, etc. dependem da formulação de hipóteses

de uma futura estrutura urbana (distribuição territorial

da população e atividades), para que se possa determinar

a demanda por aqueles serviços num dado ano-meta.

5.2.2.6 - Classificaç~dos Usos do Solo para levantamento

As classes de uso do solo deverão ser feitas,

para efeito de levantamento,pelo seu significado sócio-ec~

nâmico e pela quantidade de terra consumida. Isto,então,nos

leva a não querer padronizar uma classificação de usos do

solo. Sendo assim, propomos uma classificação que merecera

estudo,para ver se é corrente a sua aplicação na região on

de se estiver atuando:

a) Uso Residencial, citando as zonas com pr~

dominância de unifamiliares, multifamilia

res e presença de conjuntos residenciais

horizontais e verticais.

Atacadistab) Uso Comercial

. Varejista

Conforme o grau em que se esteja detalhando

o uso comercial, pode-se complementar através da subdivEão

em :

Utilização Diária: Ex: Quitanda, Açougue, A!

mazém, Padaria, Leiteria,

etc.

Utilização Ocasional: Ex: Casas de calçado,

Roupa, Brinquedo, etc. ,li

vrarias, lanchonetes,etc.

Utilização Excepcional:Ex: Casas de Jóias,A!

ta Costura, Obras de Ar

tes, Vendas de Geladeiras,

barcos, Automóveis, Arti­

gos de Luxo, etc.

c) Uso Industri , citando a compatibilidade

com o seu entôrno, o porte (área e n 9 de

- 26 -

pessoas trabalhando), a matéria-prima utili:­

zada e os produtos originados para subsidiar

o aspecto econômico.

d) Prestação de Serviços

Devido a indefinição desta categoria, for

necemos com alternativa,para estabeleci ­

mento dos componentes desta classe,que se

consulte as atividades que são passíveis

de cobrança do Impôsto sobre Serviços(ISS)

e) Usos Institucionais do Solo Urbano

Usos

Institu

cionais

EDUCAÇÃO:

SAÚDE:

· Educação

· Saúde

· Assistência Social

Culto

Recreação - Ativa

- Educativa

- Passiva ou contemplativa

Administrativo - Municipais- Estaduais

- Federais

- Escolas de 1 9 Grau

- Escolas de 29 Grau

- Pré-Primârio, Jardim de Infância

- Escola Técnica

- Universidade

- Escolas Superiores

- Hospital

- Maternidade

- Pronto-Socorro

Ambulatório

- Posto de Saúde

ASSISTENCIA SOCIAL: - drgãos de Assistênciaao Menor

- Asilos

CULTO:

SEGURANÇA:

CULTURAIS:

- Igrejas

- Capelas

- Delegacias- ClRETRAN (trânsito)

- Quartéis- Bombeiro

- Cinema

- Bib I ioteca

- Museus

- Teatro

- Auditório

- 27 -

RECREAÇAO - PI ay - Grounds

- Campos de Jogo- Estádios desportivos

- Clubes Desportivo e Social

- Parques de Diversão- Jardins Públicos Arborizados

TERMINAl S DE TRANSPORTE - Aeroporto

- Rodoviária

- Estação Ferroviária

ABASTECIMENTO - Mercado Municipal- Feiras Livres

- Super-Mercados de Porte.

EQUIPAMENTOS ADMINI STRATIVOS - Prefeitura -Forum Mt..micipal- . ~

- Câmara Municipal

- Cemitérios

Federal

Estadual - Secretarias

- Coletorias

COMUNICAÇOES - Correios

- Telefone

- Jornais

- Rádio

- 28 -

íNDICES URBANíSTICOS

1 . índices que relacionam espaço e um dado sócio-econômico

1) N9 habits/unidade de área

2) Área de Espaço livre/habit

3) Área de Terreno Residencial/domicílio

2 . índices que relacionam espaço entre si

1) Área de construção/Área de terreno

2) Área livre/Área loteada

TIPOS FUNDAMENTAIS

A DENSIDADE: n 9 habits /hectare

B QUOTAS: Inverso da densidade

Área de terreno/habitação

C PROPORÇOES: Relação entre dois espaços de área (em geral

um deles correspondem a área do terreno).

OBSERVAÇOES

a) Os indicadores urbanísticos nao devem ser encarados como

indicadores adequados do nível qualitativo das atividades

urbanas ou do padrão dos serviços ou equipamentos urbanos.

Mesmo que eventualmente o sejam, dificilmente serão os me

lhores indicadores dessas situações ou os de mais fácil ob

tenção.

b) Cuidados que deve ter-se com a quantificação padronizada

dos índices Urbanísticos.

2.3 SISTEMA VIÁRIO

1 - Quais as ligações interurbanas feitas por estradas.

2 - Qual o tipo de pavimentação e estado de conservaçao

dessas ligações.

- 29 -

3 - Qual a ligação mais importante e por que?

- Existe alguma estrada estadual ou federal passa~

do pela cidade?

- Quantos quilometros de vias urbanas existem,qua~

tos quilometros estão pavimentados e qual o tipo

de pavimentação?

Qual as larguras médias das vias urbanas?

- Qual a hierarquia do sistema viário?(1ndicar por

nome de rua a seguinte hierarquia: via principal,

~esponsável pela circulação dos maiores fluxos '

de tráfego interurbano) via coletora (que faz a

ligação entre vias principais) e via local ( que

sai da via coletora dando acesso as residencias).

- Caso haja disciplinamento do tráfego no centro da

cidade,atravês de sinalização,indicá-lo em plan­

ta.

- Existe semáforo? Qual sua localização?

- Quais os pontos de maior conflito no sistema viá

rio?

A la. parte, referente ao levantamento das li­

gaçoes estaduais e federais que estão no raio de alcançe do Mu

nicípio,tem como objetivo primordial, fornecer subsídios a ela

boração de uma política do Plano Diretor. É notório o papel

que facilidades de transporte desempenham para acelerar o cres

cimento de uma região, advindo, daí, implicações na estruturação

urbana de uma cidade.

Achamos bom salientar que, caso se queira ela­

borar hipóteses de desenvolvimento para o Município e detecta­

da uma fração econômica agropecuária, por ex., as ligações e

suas condições terão que ser analisadas, a fim de facilitar o

escoamento dos produtos advindos de tal atividade.

A 2a. parte (referente a circulação urbana e

seu sistema viário) visa ter conhecimento da circulação urbana

e seu sistema viário ,para que seja levado em consideração, àposterior, a compatibilização uso do solo x transporte. As ca

racterÍsticas físicas destas vias nos ê importante, pois o pl~

no, no que toca a sua implantação, deverá vir acompanhado de

- 30 -

um cronograma de obras,que tornará mais fácil a considera

ção do partido urbanístico adotado.

- Como compatibilizar transporte x uso do solo?

Recomendações:

I No caso de cidades turísticas (praias) ,levar em consi

deração a tentação desastrosa de se querer construir

vias margeando a faixa de areia. Caso existam tais vi

as ,deverão merecer maior detalhamento nas suas condi­

ções físicas,caso ainda não estejam concretizadas.

II Verificar a política estadual (DER) e no caso de regi

ões cafeeiras, o programa previsto de estradas vici ­

nais.

III - Plano ou política do Prefeito com relação ao sistema

viário urbano. Levantar obras paralizadas.

IV - Problemas com Arruamento - Continuidade

Afunilamento

2.4 - INFRA-ESTRUTURA E SERVIÇOS URBANOS

O roteiro de análise a ser respondido engloba

os seguintes setores:

a - Saneamento Básico

a.l - Abastecimento de água

a.2 - Coleta e disposição de esgotos

b - Drenagem de águas pluviais

c - Energia e iluminação pública

d - Limpeza pública

e - Serviços funerários

f - Comunicaç~e~ urbanas

f.l - serviço telefônico

f.2 - correios e telégrafos

- 31 -

f.3 - jornais e T.V

g - Transportes

g.l - intraurbano

g.2 - interurbano

h - Abastecimento

A SANEAMENTO BÁSICO

Saneamento, na sua expressa0 geral, e o controle de

todos os fatores do meio físico do homem, que exercem ou

podem exercer efeito deletério sobre o seu bem estar físi­

co, mental ou social.

Água

A.l - ABASTECIMENTO DE ÁGUA

Objetivos:

A importância da água deve ser encarada sob os

aspectos sanitários e econômico. Sanitário porque a implan

tação ou melhoria dos serviços de abastecimento de água

traz, como consequência, uma rápida e sensível melhora na

saúde e nas condições de vida de uma comunidade, princi ­

palmente através do controle e prevenção de doenças, da

promoçao de habitos higiênicos e da melhoria da limpeza pQ

blica.

Econômico, porque sua implantação traduz-se num

aumento de vida média da população servida, numa diminuiçro

da mortalidade em geral,principalmente infantil,e numa re

dução do número de horas perdidas em doenças. Influi mais

diretamente no desenvolvimento industrial, além do uso g~

neralizado no comércio em geral.

Captação:

Quais os tipos de mananciais disponíveis, sua va

sao e localização (em distância)?

- Qual o tipo de manancial utilizado, com sua va

sao e localização (em distância)?

- 32 -

- Qual o processo de captação?

- Na adução:

· qual o diâmetro da tubulação e material utili­

zado?

· qual a extensão até a estação de tratamento(E.

T.A.), diâmetro da tubulação e material?

· quais os problemas mais frequentes (ruptura,v~

zamento, etc)?

Qual a vazão efetivamente captada nos mananciais

em uso?

Tratamento:

- Qual a capacidade da ETA?

- Qual o tipo de tratamento?

- Qual o número de unidades de reservação, tipo

(se elevado, subterraneo ou ã superfície) e ca

pacidade dos reservatórios?

- Qual a qualidade da água distribuída?

Distribuição:

- Qual a extensão da rede de distribuição?

-Quais os diâmetros da tubulação?

- Qual o material e idade da tubulação?

Quais os problemas mais frequentes na rede (v~

zamento, rupturas, corrosões, falta de pres -- )?sao, etc ..

Capacidade de Distribuição:

- Qual a capacidade em m3/dia (1,5 x capacidade

da E.T.A.)?

- Qual a proporçao utilizada de 1itros/habitante/

dia?

- 33 -

- Qual o n 9 de habitantes servidos?

- Qual a percentagem servida em 1976?

- Qual o n 9 total de ligações domiciliares, e como

que se subdividem, em residenciais, comerciais,

industriais, outros?

- Quantas bicas de água existem e onde estão lo­

calizadas?

Controle de Consumo:

- Quantos domicilios possuem ligação com hidrôme

tro?

- Quantos domicilios possuem torneiras livres ou

pena d'água?

- Existe oficina de aferição e reparos de hidrô­

metros?

Localização,em planta, da rede de água potável.

Problemas:

Qual (is) o (s) problema (s) mais frequente (s)

na captação, no tratamento e na distribuição?

Existe algum tipo de projeto previsto para as fa

ses de operaçoes do sistema d'água1

A. 2 - COLETA E DISPOSIÇÃO DE ESGOTOS

Objetivos:

A distribuição de água através da rede públl

ca traz como consequência a necessidade de coleta e afasta

mento das águas servidas.

- 34 -

Nas cidades beneficiadas com rede pública de

água potável e ainda carentes de sistemas de esgotos, as

águas servidas acabam poluindo o solo, contaminando as á

guas superficiais e freáticas e,frequentemente,passam a es

coar pelas sarjetas e valas, constituindo perigosos focos

de disseminação de doenças, podendo,inclusive,vir a conta­

minar os locais (poços) de onde vem as aguas para beber.

- Dispõe a cidade de rede de esgotos? Loca­

lizar em planta a rede de esgotos atual.

- Qual a extensão da rede, de que material êconstituído e qual o diâmetro da tubulação?

- Qual o n 9 de ligações domiciliares?

- Qual a população servida?

- Quais os problemas mais frequentes (obstr~

-çao, vazamento, rupturas, lançamentos de a

guas de chuva, etc)?

- Há descarga do esgoto na galeria de águas

pluviais?

- Não havendo rede de esgoto,qual o processo

usado para a coleta e afastamento das águas

servidas? (Fossas, etc. Qual o tipo de fos

sa) ?

- Qual o local de lançamento de esgoto?

- Qual a incidência de molestias transmissí­

veis pelos dejetos, calculando o n 9 de obi

tos por 1.000 habitantes?

- Existe algum projeto em previsão para o

sistema?

B DRENAGEM DE ÁGUAS PLUVIAIS

Objetivo:

b a proteção da população, edifícios, logradouros e

equipamentos urbanos, contra as inundações e a erosao.

- Qual a extensão dos rios da cidade (no perímetro u~

bano) ?

- 35 -

- Qual a extensão total das ruas com pelo menos 50 %

dos lotes ocupados e a população residente ou o n Q

de prédios localizados nesses logradouros?

- Qual a extensão total das ruas equipadas com guias,

sarjetas, sarjetões e passeios e a população resi­

dente ou o n Q de predios nesses logradouros?

- Qual a extensão das ruas pavimentadas e a respectl

va população residente (ou o n Q de prédios)?

- Qual a extensão da rede de aguas pluviais?

- Qual o diâmetro da tubulação e o material empregado?

- Existem valas a céu aberto?

- O processo de captação da água pluvial e por buei­

ros ou boca de lobo?

- Aonde e feito o despejo final?

...- Existem projetos previstos para a drenagem de aguas

pluviais?

C ENERGIA E ILUMINAÇAO PüBLICA

Objetivos:

Proporcionar disponibilidade de energia domiciliarp~

ra toda população, para desenvolvimento de atividades in

dustriais e para iluminação pública.

Proporcionar condição de segurança para o tráfego no

turno de veículos e pessoas nos logradouros públicos e po~

tos de encontro da população.

- Qual o órgão encarregado pela energia elêtrica~

- Quem providencia e custeia a rede de distribuição~

- Qual a voltagem?

- 36 -

- Qual o consumo mensal?

- Qual a capacidade de atendimento atual (se existe

deficit ou supervit no abastecimento e qual a por­

centagem)?

- Qual o total de ligação e como que se subdividem,em

residencial, comercial, industrial, outras?

- De quem e a responsabilidade pela iluminação públl

ca e quem toma as providencias e custeia as insta­

lações?

- Qual o total da extensão da iluminação pública?

Qual o equipamento utilizado nos postes e quais as

lâmpadas utilizadas?

Existe plano para expansão da energia elétrica e

iluminação pública?

e as ruas providas de ilumina-

- Indicar num mapa da

de energia elétrica

ção pública.

D LIMPEZA PúBLICA

Objetivo:

cidade a localização da rede

Garantir o asseio e conforto da população pela re

moção dos resíduos da alimentação e limpeza das a

reas particulares;

Permitir condições de funcionamento permanente do

sistema de drenagem de águas pluviais;

. Eliminar focos de mau cheiro, mosquitos, ratazanas.

- Qual o total de prédios na zona urbana?

- Qual o equipamento utilizado e qual a capacidade

do coletor (se for caminhão qual o volume da ca

çamba)1

- 37 -

- Qual o n 9 de viagens/dia do coletor?

- Qual o n 9 de domicilios atendidos?

- Qual a extensão das ruas servidas por serviços

de varrição e raspagem?

- são feitas lavagens de logradouros periódicas e

quantas vezes ao ano?

- Qual a quantidade de pessoas empregadas?

- Existe equipamento e pessoal disponível para os

serviços de poda de árvores e limpeza de terre ­

nos baldios?

- Qual o local de disposição final do lixo? Fora

ou dentro do perímetro urbano? Em local apropri~

do ou nao (mangue, baixios, etc)?

- Qual a distância deste local ao centro?

- A disposição final é feita em áreas da Prefeitu-

ra ou não e qual o tipo de tratamento do lixo(de

pósito a céu aberto, aterro sanitário, etc)?

- A responsabilidade da coleta, limpeza e disposi­

ção final é por administração direta da prefeit~

ra ou não?

- Planta assinalando as ruas onde há coleta de li

xo domiciliar.

- Pessoal disponível para processar a coleta e dis

poslçao.

E SERVIÇO FUNERÁRIO

Objetivo:

Proporcionar local e facilidades para o sepultamento

dos mortos da população local.

I - Área disponível de cemitério.

2 - Quantas unidades necrópoles existem e qual a áre

a por necrópole?

3 - Qual a quantidade de carros fúnebres?

- 38 -

4 - Existe serviço funerário e onde funciona?

5 - Existe projeto ou área para novo cemitério?

F COMUNICAÇOES URBANAS

Objetivo:

. Proporcionar a toda a população a possibilidade de

comunicação telefônica rápida com os serviços de

assistência médica e segurança pública.

Possibilitar comunicações postais, telefônicas e

telegráficas às atividades comerciais e industri ­

ais e a população em geral.

F.I - Serviço telefônico

I - Qual o número de aparelhos particulares e

qual a porcentagem sobre os prédios existen

tes?

Z - Qual o órgão responsável pelo serviço tele

fônico?

3 - Qual o número de aparelhos públicos (postos

públicos e "orelhões")?

4 - Dentro do número total de aparelhos qual a

quantidade entre unidades comerciais e re­

sidenciais?

5 - Qual o processo utilizado (magneto ou auto

mático)?

6 - Existe serviço de D.D.D. (discagem direta

a distância)?

7 - Existem projetos de ampliação, qual a cap~

cidade (em terminais) do projeto e quais !

as fases de implantação com quantidades por

fase?

F.Z - Jornais e T.V

- Existe edição de jornal local; qual o número

- 39 -

de jornais e frequencia?

- Qual a área de influência das notícias (só l~

cais ou não)?

- Sua distribuição é local ou abrange outras 10

calidades?

- Existe estação repetidora de T.V e quais os

canais recebidos?

G TRANSPORTES

Objetivo:

Proporcionar a população rural e urbana, condições de

transporte para sua movimentação rápida, segura, econômica

e eficiente, particularmente para o acesso a escolas, hos­

pitais, locais de emprego, compras e serviços em geral.

G.l - Intraurbano

1 - Empresa encarregada

2 - Localização da empresa

3 - linhas - origem

destino

4 - Qual a tarifa (CR$)?

5 - Qual o percurso em Km e em tempo médio?

6 Qual o total de viagens diárias, dividirem

número de saídas e número de chegadas.

7 - Qual o motivo da viagem (o mais frequente)?

8 Qual a frequencia de viagens na semana?

9 - Qual a marca, o tipo e a capacidade do veí

culo usado?

10 - Qual a qualidade do serviço utilizado e

qual a lotação média do veículo?

11 - De quem é a responsabilidade para a opera­

ção de concessões?

12 - Se possível num mapa da área urbana indic~

os itinerários percorridos.

- 40 -

G.2 - Interurbano

Deve ser respondido seguindo o mesmo questioni

rio de H.l executando-se a pergunta n 9 11.

H ABASTECIMENTO

Objetivo:

Proporcionar ã população oportunidade para aquisição

de gêneros alimentícios frescos, de boa qualidade e a pr~

ços convenientes.

- Indicar a suficiência, qualidade e adequação do ma

tadouro e mercado.

Apresentar em mapas a sua localização.

- Qual a forma de suprimento de gêneros alimentícios

quando nao houverem esses equipamentos7 Localizar

em mapa as feiras livres e sua frequência.

Esquema de limpeza.

Qual a procedência aproximada dos generos alimentí

cios: carne, laticínios, cereais, verduras e fru

tas? Qual as maiores deficiências e suas causas7

- 41 -

INTRODUÇÃO HISTORICA

O processo de industrialização nas regi

ões periféricas às metropolitanas obedecem aproximadamen­

te a um processo determinado:

1) A economia de tais áreas (periféricas) ba

seia-se no setor primário, ou seja, extra ­

ção mineral ou vegetal e agricultura, basi­

camente.

2) Tais áreas, então, constituem-se polos de

desenvolvimento, à medida que atividades pri

oritárias dentro de uma política de export~

çao, aumenta o índice renda per capta da re

gião ou o"PIB" do país.

3) Quando o excedente econômico-agrícola nao

permite mais a elevação da renda-per-capta

da região, evidencia-se então o fenômeno do

êxodo para as regiões metropolitanas.

4) Portanto, se se pretende uma mudança estru­

tural na economia de tais regiões, propo~

-se uma industrialização de escala, que po~

sa principalmente absorver a mão de obra lo

cal e periférica, para atender a política

de industrialização por substituição das i~

portações (Henrique Rahnei - Indicadores So

ciais e Planificação do Desenvolvimento).

5) Nesse processo, alguns dos centros médios

vem-se tornando verdadeiros "capitais regi

onais" em condições de promover a descentr~

lização econômica e a descentralização admi

nistrativa, sempre dependendo da intensida­

de de implementação de políticas específi ­

cas por parte das agências governamentais.

- 42 -

6) O crescimento do porte industrial pode, entre­

tanto, comprometer qualquer das economias de

aglomeração, transformando-as em deseconomias,

devido a inexistência de estudos de mercado que

viabilizem um industrialismo de produção, vol

tando-se~em parte~para a implementação dos pr~

gramas de redistribuição de renda advindos da

inversão deste excedente econômico empresarial.

(H. R. - Planejamento Urbano)

7) O problema do desenvolvimento, então, recai na

expansão do mercado interno, transformando o

mercado potencial em mercado efetivo, o que

permitirá as economias de escala.

Retornamos à analise inicial de que, o proble­

ma alimentar se agrava, pois a melhoria de tec

nologia agrícola é um processo lentíssimo, che

gando muitas vezes à sua não efetivação devido

a mudança de rumos políticos, e mais lento se

torna à medida em que se deixa de viabilizar

um processo de aumento de renda do produtor.

A acentuação dos desníveis sócio-econômicos e

portanto das tensões intra e inter-setoriais,

considerando-se aqui as deseconomias que nao

são medidas na esc~la do crescimento, corno de

sequilÍbrios sociais, ecológicos e psicológi ­

cos que surgem (talvez em maior escala) na pa~

sagem da; fase mercantilista exportadora para a

fase industrial dos polos ou cidades médias, e

mesmo, nas áreas mais desenvolvidas do país; é

motivo de responsabilidade de "livre iniciati-

va"

Até que ponto tais tensões serao controláveis

com as concentrações populacionais que se evidenciam nos po­

los?

Os custos da urbanização sao elevados. Já vi

mos a inviabilidade financeira de sua realização sem a mudan

ça das tendências atuais, e mesmo corrigidas estas, tal pr~

cesso só será viável se estes custos puderem ser cobertos por

meio de recursos gerados no próprio processo, mediante o es

tabelecimento de atividades que levem à formação de capitais

- 43 -

em bases auto-sustentáveis.

(Engenheiro Mário Trindade -"Habitação e Desenvolvimento")

Daí a evidência de que o planejamento urbano

é um processo contínuo político, e estritamente evidente que

obedece ao momento político.No trabalho "Habitação e Desenvolvimento" o

Eng. Mário Trindade sistematiza os ítens, urna crítica constr~

tiva e orientadora às equipes de planejadores, as falhas pr~

sentes nos PDI:

- Desagregação de dados

Falta de redundância. A incerteza e ains­

tabilidade sócio-econômica compoem a síndro

me do orçamento fantasma.

- Ausencia de caracterização global da econo­

mia municipal, que dispusesse do processo de

causação circular para o pacote de efeitos;

- O planejamento a longo prazo, é um sonho 1

natingível, porque ninguém sabe corno relacl

onar no futuro, setores econômicos de forma

tão expressiva que isso possa melhorar as

decisões do presente.

- Portanto, vê-se maior exiquibilidade na im

plantação de pequenos projetos, visto o ma

ior grau de certeza, quanto ao orçamento,

quanto à agilização e treinamento de pesso­

al./

- Necessário que se abandone a idéia e conse-

quentes pretensões a concretização de plane

jamentos globais, porgue não se evidencia

nestes um aumento de r~cionalidade.

Nas revistas de Administração ~funicipal, n 9 s

133 e 135, encontramos críticas do mesmo teor e abrangência:

- A análise econômica é não só acentuadamente

urbana, mas quase exclusivamente industrial. Evidencia-se um

certo consenso de que o desenvolvimento econômico e industri

alou permanece ao nível de subdesenvolvimento.

- As frequentes aspirações à industrialização

ficam claramente expressas nesta parte dos planos, que gera!

mente é conduzida para proposições de Distritos Industriais.

- 44 -

- O setor rural está, senao ausente, pelo me

nos ocupando uma posição secundária.

II - CONSIDERAÇOES GERAIS

1) Através da leitura de planos no tocante ao aspecto

econômico constata-se uma prática de utilização de índices

macro e micro-economlcos, tais como "renda per capta", PEA

absorvida pelas atividades primárias, secundárias, terciári­

as; participação destas atividades na composição da renda in

terna, etc.

Mas é notório que apesar das imperfeições destes dados

na tentativa de retratar uma realidade econômica, estes índl

ces por si só são "frios" retratando quantitativamente e i

lustrativamente uma situação. Os dados passam então a assu ­

mir um papel de mero expediente ilustrativo e com uma utili­

zação pré programada para agilizar modelos matemáticos mont~

dos em países com antecedentes históricos, culturais, econô­

micos, completamente diferentes. E tais modelos são utiliza­

dos sempre muitas vezes se discorre sobre as suas limitações.

Como isto acontece parece-nos implícito o passo seguinte a

pós a obtenção destes dados, qual seja a comparabilidade com

índices do Estado, País, etc. e que então permite-nos diag ­

nosticar "atraso", comportamento da industrialização, etc.

Portanto, está-se convencionando um modelo que se cha­

mou desenvolvido. Qual seria o papel do planejador urbano

identificando um marco diretivo da política econômica? Racio

nalizar esta política? Propor alternativas? E o julgamento '

da viabilização político-econômica?

2) Aspecto Econômico:

Definimos,após reunlao,que o PDU estaria voltado pa

identificar a função econômica da região em estudo, ao passo

que o PDLI teria uma fase complementar que seria a hipóte­

se de desenvolvimento.

Portanto, consideramos que o nosso trabalho seria

no intuito de orientar o levantamento de dados dos setores:

Físico-Territorial, Econômico, social e Institucional, para

viabilização de um P.D.U.

- 45 -

No caso de já haver sido desenvolvido um levantamento para

uma sede de um município, e detectada a funçã9 ou vocação

econômica com sendo turística, deve-se então analisar no

conteúdo dos aspecto Físico-Territorial as implicações.

Existe indefinições no setor terciário e

estas não-caracterizações nos sugere ser de grande impor ­

tância, tendo em vista a sua abrangência e diversificação,

pois é um setor importantíssimo como absorvedor de mão-de­

obra migratória.

A inclusão de uma pequena descrição históri

ca tem por objetivo delinear o marco histórico do desenvol

vimento da região em estudo, e poderíamos extrapolar para

o Estado, o "Universo" de estudo do aspecto econômico. ten

do em vista o caráter dependente de nossa economia.

o LEVANTAMENTO ECONOMICO

- Caracterização da Função econômica da re­

glao através de um histórico abrangente.

- Dentro do processo histórico - Análise qua

litativa e quantitativa dos declínios e estagnações do pr~

cesso produtivo.

- Análise do setor mais influente no desen­

volvimento econômico-social, dentro do contexto histórico.

Poderia-se qualificar a região em estudo,de~

tro do modelo centro-periferia.

- Estrutura sustentadora

- Estrutura polarizadora

Atividades

(sede do Muni

cípio)

- Quanto a implementação dos ramos do desen

volvimento estadual, localizar:

- Instrumental de Estímulos fiscais.

- 46 -

- Instrumental de EstíniUlos Financeiros

- Instrumental de Outra NatUreza

REf2MENDAÇOES COM RELAÇAO ÀS ATIYIDADES PRIMÁRIAS

I Programa de Eletrificação Rural

11 - Atuação da ~MÂTER, e unidades assistidas. (Empresa de

Assist. Técnica Rural do Esp. Santo).

111- Verificação dos dados fornecidos

IV - Atuação da COFAI (Comp. de Fomento Agro-Industrial)

V política da Secretaria de Agricultura

VI - Cooperativismo. Atuação das cooperativas.Problemas enfrentados.

VII- Funcionamento das carteiras agrícolas do Banco do Bra

sil e BANESTES.

OBS: O objetivos dos ítens 11, 111 e IV deve-se ao f~

to de que, antes de se sair a procura de dados,

de acordo com os objetivos, deve-se ter em maos

os estatísticos dos órgãos que intervem em talatividade.

ASPECTO ECONOMICO SETOR PRIMÁRIO -

ATIVIDADES PRIMÁRIAS - Agricultura

- Atividadeslorti-fruti-granjeiras

- Produção animal

- Pesca

- Extrativa Vegetal

- Extrativa de Madeira

- 47 -

- AGRICULTURA

a) Estrutura fundiária dos terrenos. INCRA .

Área cultivada. (minifundiDs, latifundios,

média)

b) Principais produtos agrícolas relacionados

com a variação na época de colheita:

Variações Declínios causas

melhoria de produção - causas

Implicações no contingente populacional:

Se estas variações são levantadas e se tra

duzem com o declinio de produção, então na

turalmente haverá (mão-de-obra ociosa) êx~

do que pode ser quantificável, e aumento

de preços com a diminuição de produtivida­

de industrial.

c) Valor da Produção

d) Percentual da participação na composição da

Renda Interna.

e) Destino dos principais produtos agrícolas

f) Através de uma série histórica (40-50-60-70)

detectar se houve alternância nos princip~

is produtos agrícolas. Constituir análise

econômica dessa alternância.

g) Atividades de transformação industrial destes produtos agrícolas.

O Planejamento - Técnica "cientifico e apolítica" de mudan

ça dirigida, seria o instrumento mais ade

quado para assegurar o sucesso dos planos

e consecuçao de metas e objetivos.

Substituição de importações - aprovamento do equilíbrio do

balanço de pagamentos.

- 48 -

o rápido desenvolvimento industrial pouco contribui pa-

ra reduzir os níveis de desemprego e SÜbemprego.

Correlação estreita entre expansão industrial e Qrodutivida

de de trabalho do que entre aquela e nível de emprego.

Caso Brasileiro - crescimento médio da produção industrial

de 7% (1950~1968) correspondem ã um incr~

mento da produtividade de trabalho de 5%

e um aumento do emprego de apenas 2%.

"Henrique Ratuer" - "Indicadores Sociais

e planificação do Desenvolvimento"

h) Constatar ou nao a presença de silos.No c~

so de não haver silos, constituir uma aná­

lise dos problemas daí advindos quando por

exemplo da colheita de grandes safras.

i) P E A absorvida por esta atividade.

-PRODUÇÃO ANIMAL: Pecuária

Avj[cultura

a) Crescimento do n 9 de cabeças

b) Principais componentes dentro da subdivisão do Departam~

to Estadual de Estatística

c) Valor da produção de leite, carne e ovos (Frigorificos,Qsinas de processamento de leite).

d) Atividades industriais correlacionadas com os produtos a

cima.

e) ~~ absorvida

f) Estatisticas do DEE (Anexos)

ATIVIDADE EXTRATIVA VEGETAL E MINERAL:

a) Caracterização do tipo de jazida

b) Valor da produção

- 49 -

c) Destino principal e atividades industriais.

d) P E A absorvida

e) Inicio da operação. (das atividades)

Dentro do aspecto Institucional, deve-se lo­

calizar os órgãos institucionais no ambito Estadual e Fe

deral, que subsidiem as reinvindicações e as gestões para

obtenção de apoio técnico-financeiro, concessão de estímu ­

los, suprimentos.

Os quadros em anexo, localizados no PDL} de

Cachoeiro de Itapemirim, permitem uma quantificação aproxi­

mada do potencial econômico da região e de sua área de infill

encia.

Ainda como complementação,

nharia Ambiental devem ser localizados os

vação do solo.

SETOR SECUNDÁRIO

-no tocante a Enge

programas de reno

SEIC - Secretaria de Estado da Industria e

Comércio.

ATIVIDADES INDUSTRIAIS -

SUPPIN - Superintendência de polarização para

projetos Industriais

a) Levantamento das publicações do DEE, BANDES, SUPPIN, SEIC.

DEE- Dep. Estadual de Estatística do Esp.

Santo.

Ob etivos:

b) Estabelecer uma tipologia para as industrias, a qual oDEE fornece em anexo.

c) % de participação das Atividades Industriais na Renda In

terna (Perfil Econômico)

d) PEA absorvida.

- 50 -

e) % de participação no consumo de Energia Elétrica.

f) Grau de dependencia em relação às matérias primas.

(dentro das atividades Industriais).

g) política do governo (GERES/BANDES).

O GERES, em termos gerais, define as prioridades se!o

riais que são: agro-pecuária; industrial e turismo,ta~

to quanto especifica as atividades prioritárias (nos

setores acima)

h) Projetos aprovados ou em fase de instalação.

i) Participação na arrecadação do ICM destas atividades.

j) Mercado de destinação dos produtos.

k) Capital investido e origem.

Após o levantamento procedido anteriormente e

havendo a caracterização da principal função economlca da

reglao, partiríamos para elaborar estratégias de atuação com

o objetivo de desenvolver tal função. Devido à uma forte

tendencia da política de industrialização, muitas vezes e

em sua grande maioria os planos proveram hipóteses de dese~

volvimento fundamentadas na instalação de Distritos Indus ­

triais, que provocam uma gama de opiniões sobre a sua via­

bilidade. Entretanto, apesar de não analisarmos os prós e

contras destes Distritos,salientamos ser de vital importân­

cia o conhecimento destas implicações.

A título de exemplificar a observação de que

o levantamento que se está procedendo é uma tentativa de i­

dentificar a vocação econômica da área estudada e que após

identificada esta função, ou muitas v~zes esta nos é dada

como resultante de uma política, é que então realizaríamos

um levantamento mais pormenorizado para estabelecer a polí­

tica de intervenção. No caso específico de Distritos Indus­

triais poderíamos enumerar:

a) Estudos para a sua localização espacial,

tendo dentre outros elementos a analisar,

áreas disponíveis, ventos dominantes, sis

tema viário,possibilidade de uma infra-es

trutura de suporte, assim como a sua con

cepção urbanística.

-95-

BIBLIOGRAFIA

, PLANO DIRETOR DE CACHOEIRO DE ITAPEMIRIM

, PLANO DIRETOR DA REGIAO METROPOLITANA DE RECIFE

, PLANO DIRETOR DA GRANDE VITÓRIA (MAURÍCIO ROBERTO)

-, CURSO DE PLANEJAMENTO MUNICIPAL INTEGRADO - CELSON FERRARI

I "PROBLEMAS DE INVESTIGACÃO EM SOCIOLOGIA URBANA"- MANUEL CASTELLS,, DIAGNÓSTICO DO PDDI - CEPAM (SP) - 1 VOLUME

, CLASSIFICAÇÃO DOS USOS DO SOLO URBANO - DOCUMENTO DO SEMINARIO DEGUARUJÃ

-O LAZER NO MUNICIPIO - IBAM

- -INDICES URBANISTICOS - CEPAM

REVISTAS DO ANO DE 76/77 DO INSTITUTO BRASILEIRO DE ADMINISTRAÇAOMUNICIPAL

-, DOIS PLANOS REGIONAIS DA PARAIBA FEITOS POR ALUNOS DO CURSO DEDESENVOLVIMENTO URBANO MINISTRADO NAQUELA CAPITAL

, REVISTAS DO INSTITUTO BRASILEIRO DE PLANEJAMENTO (IBP),I PLANO DIRETOR DE TIMBO - SC

-I CONCEITOS ELEMENTARES DO MATERIALISMO HISTORICO - MARTHA HAENECKER

I O SUBSTANTIVO E O ADJETIVO - JORGE VILHEIN,

- 51 -

aBS: A localização espacial deve constar

como um estudo pormenorizadíssimo, ,

para que se possa posteriormente~r2

var os erros decorrentes de impla~

tações de complexos siderúrgicos co

mo de Tubarão.

b) Estudos de viabilidade econômico-financei

ra dos D.I:

- Área de influencia do D.I

- A partir de matérias primas, por exem

pIo, definir a tipologia das industrias

a serem absorvidas pelos D.I (s).

c) Estudo das repercussões sobre a vida soci

aI, tanto em termos de qualidade de vida

como aI terações no mercado de trabalho

(Absorção de M.a., efeitos na estrutura e

ducacional) .

d) Aspectos Institucionais.

SETOR TERCIÁRIO

Surge dentre os problemas enfrentados no aspe~

to econômico um dos mais sérios que é o do setor terciário.

Devido a sua abrangência acompanhada de uma não especifica­

ção das atividades que o integram, pudemos notar a sua vari

ação nos vários planos através da inclusão ou supressao de

algumas atividades.

Algumas passaram a incorporar a prestação de

serviços mas parece então que esta classificação das ativi­

dades econômicas permanece atrasada em relação as novas con

tingencias econômicas.

Um dos reflexos desta indefinição ê no tocante

ao levantamento do uso do solo. Segunda uma dâs conclusões

do seminário do uso do solo, este deveria ser caracterizado

pela atividade econômica que o consome. Assim paira comume~

te a dúvida se tal coisa ê ou não prestadora de serviços,se

é comércio, etc.

- 52 -

Gostaríamos ainda de focalizar o ponto em que

deve se ter cuidado ao manusear dados de diferentes orgaos

com relação ao setor terciário. Muitas vezes aparece dados

sem que se saiba os elementos levados em consideração na

composlçao, o que obviamente pode comprometer comparações.

A nível de nosso estudo o conteúdo do setor

terciário será:

· comércio

serviços de apoio ao setor agrícola

· recursos provenientes do turismo

transportes

· Bandes (recursos)

classificação dos serviços passíveis de co ­

brança do ISS.

a) Levantamento das Atividades Comerciais.

b) Levantamento das atividades de Prestação de

serviços através do ISS.

Levantamento das Atividades Turísticas

- Definir turismo

- Acessos existentes as áreas turísticas.

- Origem predominante dos turistas

- Frequencia e duração das temporadas turísticas

- Facilidades existentes ao turismo:

- Incentivos Fiscais Municipais

- Geres (política)

- Fundo de fomento ao turismo

- Instrumentos Fiscais e Financeiros para o turismo.

- Investimentos em turismo.

a) Hotéis

a.l) Localização

a.2) Capacidade de lotação

a.3) Preços das diárias

a.4) Dormitório ou apartamentos

a.5) classificação

- 53 -

b) Transportes

c) Guias de informações

d) Plantas, folhetos, cartazes, livros, álbuns,

slides, filmes.

- Através da leitura da evolução histórica tentar "visuali­

zar" aspectos culturais da população tais como: festas foI

clóricas, datas significativas.

- Consultar os levantamentos do Projeto Rondon quanto a foI

clore.

- Através de um estudo da tipologia do potencial turístico

das cidades próximas deve-se tentar uma complementação(i~

tegração) visando maiores atrativos.

- Prever localização de camping.

- Complementação com as diretrizes da Emcatur.

- Localizar os problemas, decorrentes do turismo como ativi

dade SAZONAL, quanto a serviços urbanos e Infra-estru­

tura.

Dimensionamento da infra-estrutura urbana - maior probl~

ma agravante é a população flutuante.

- Para o levantamento das Atividades Artesanais - (Celson

Ferrari)

- Levantamento das Atividades de Prestação de Serviços (defl

nir)

1) Profissionais liberais

2) Rede Bancâria

3) Empresas de transporte

- Levantamento das Receitas Municipais

1) Receita Municipal: volume e Distribuição

Total

Setorial

2) Avaliação das Receitas e suas tendências

Setores

Fontes

Recursos Próprios

Estaduais

Federais

- 54 -

- Análise Econômica do orçamento-programa em vigência.

- Legislação código tributário Municipal

(Operacionalização)

Articulação com o cadastro

- 55 -

UI - ASPECTOS SOCIAL§.

3.1 INTRODUÇÃO

3.2 HABITAÇÃO

3.3 SAÚDE

3.4 EDUCAÇÃO

3.5 LAZER

3.6 SEGURANÇA

3.1 - ASPECTOS SOCIAIS

Além do aspecto economlCO, o aspecto social aborda

do pelo planej amento urbano nos susci tou urna série de dú

vidas que procuramos diminuir ou até mesmo intensificar.A

nós não ficou claro o produto resultante da abordagem do

aspecto social num Plano.o..

O aspecto social, devido as dificuldades refleti -

das do econômico sobre ele, passa a ser anali~ado ao que

nos parece quantitativamente.

Apesar do problema enfrentado no econômico de esta

belecer possíveis critérios de comparabilidade de dados,

tivemos maior dificuldade em nosso prazo de trabalho de

conhecer a sistemática usada.

De urna reunião realizada na F J S N concluiu-se que

o social intervem nada ou quase nada na definição de um

P D U. Isto nos parece algo sério, pois mesmo definindo'

nossos objetivos, corno caracterizar o aspecto "social" de

urna determinada sociedade estruturada em classes? Urna ten

tativa de abrandar esta dificuldade está no surgimento de

pesquisas assim corno de um contacto mais direto com la PS!.

pulação para detectar suas aspirações.

De qualquer forma,achamos válida a tentativa de um es

forço no sentido de, por vêzzs, analisar, verificar, com

parar, relacionar, estudar e, por outras, conscientizar, ~

tentar, quantificar e até mesmo perguntarmos ou responder­

mos.

Desta forma, estar sempre alerta para nao se ter urna 1

magem limitada e deformada do desenvolvimento, em que este

é entendido basicamente corno incremento da produção, o

qual,até agora, muito influiu para que se atribuisse aos

aspectos econômico e financeiro do desenvolvimento urna

prioridade que se traduz, na prática, pela relegação a pl~

no secundário, dos aspectos sociais. Com efeito, o homem e

a comunidade, nes te enfoque, são compreendidos corno "insu

mo" da produção, como'tlemanda real" ou corno simples desti­

natário de "inversões marginais", através de programas so

ciais em saúde, educação, habitação e outros;

Atentar para a preocupaçao com a melhoria da qualida­

de da vida, de um lado, e, de outro, o entendimento de que

os componentes econômicos e sociais do desenvolvimento sao

elementos interativos e que, corno tais, devem ser coloca­

dos no mesmo plano, fundamentando a orientação que preside

a política de desenvolvimento.

Quanto as dimensões sociais, é de bom alvitre que es

tejamos atentos as manifestações da população tais como:

bairrismo, individualismo, frustração, imaturidade social

e, inerente ao processo produtivo, a dicotomia de percep -

çoes entre os que podem decidir, orientar, informar, p~

gar, educar e os que obedecem, sã o orientados, pagos e

educados.

Observar que na configuração do processo social podem

intervir vários fatores, tais como:

1 9 ) incapacidade estrutural da economia para garan­

tir condizentes níveis de renda e emprego para

toda a população e de fornecer,em adequadas con

dições de custo, os bens e serviços necessários,

dos quais decorrem tanto o atendimento, em grau

reduzido, das necessidades básicas, corno eleva ­

dos índices de marginalidade econômica e social;

- 57 -

29 ) - As limitações institucionais e operacionais do

Setor Público para o encaminhamento de soluções

adequadas dos problemas sociais;

39 ) - A falta de organização dos serviços;

4 9 ) - A má obtenção de rendimento dos recursos existen

teso

Os problemas sociais, portanto, nao podem ser conside­

rados como problemas específicos isolados. A análise dos

problemas de Habitação, Saúde, Educação, Lazer e Segurança,

esboçada a seguir, evidencia a multiplicidade e interdepen­

dência de fatores que condicionam o nível alcançado pelas

componentes sociais do desenvolvimento urbano.

3.2 HABITAÇÃO

1) Analisar as condições habitacionais com parcelas

desfavoráveis da população, no que concerne às condições da

moradia em si e a extensão e qualidade dos serviços conexos

(infra-estruturais), que as deficiências impedem o cumpri ­

mento das funções principais de um ambiente habitacional: abrigo, segurança e acessibilidade.

2) Estar ciente que as soluções até agora propostas

para o problema habitacional tem enfatizado o aspecto da o

ferta de casas, não considerando que o real valor da habita

ção consiste na qualidade de suas respostas ã situação de

vida do indivíduo na família e na comunidade local.

3) Estar ciente, também, que a solução dos proble ­

mas habitacionais representa uma das condições básicas para

a melhoria do bem-estar social, posto que determina em gra~

de parte, os níveis de saúde e da capacidade produtiva da

comunidade.

- 58 -

3.2.1 - SITUAÇAO HABITACIONAL

1) Retratar o quadro habitacional enfocando a perce~

tagem de domicílios classificados como rústicos tmOGSiHg~) ,ou

seja, habitação subnormal.

Comparando o resultado acima com os percentuais

de domicílios rústicos em outras regiões, têm-se, realmente,

um parâmetro que traduz com fidelidade o grau de desenvolvi­mento ou subdesenvolvimento?

2) Analisar a tendência de proliferação

cilios localizados, geralmente, na periferia do

no. Isto não seria uma consequência imediata do

propriedade e de uso da TERRA?

3.2.2 - CONDIÇOES DE OCUPAÇAO DOS DOMICíLIOS

desses domi­

centro urba­

sistema de

1) Analisar as condições de ocupação que estão rela­

cionadas com características sócio-econômicas (tamanho da fa

mília, renda familiar, aluguéis, etc ... ) que podem ser consi

deradas, isoladamente, como indicadores do nível de vida da

população;

2) Analisar a impossibilidade do n 9 de moradias aco~

panhar o crescimento populacional, indicando a percentagem I

de famílias conviventes, ou seja, que dividem habitações com

outras famílias.

Neste Caso, há solidariedade humana?

3) Analisar, também, um outro indicador da queda do

padrão habitacional, ou seja, o número de dormitórios e rela

ção moradores/dormitórios, que pode traduzir o nível de con

forto das habitações.

4) Analisar o aumento percentual de casas próprias,

explicado, de um lado, pelo próprio aumento do contingente'

demográfico e da demanda de novas habitações, e de outro, p~

- 59 -

lo crescente fenômeno de invasão das áreas nao valorizadas

pelas pessoas de baixa renda que, utilizando os materiais

mais diversos, corno taipa, telha, zinco, madeira de caixo- .te, etc ... , constroem suas proprlas casas.

OBS: Os baixos níveis habitacionais da popula­

ção menos favorecida indicam sérias limitações do processo

de desenvolvimento, refletidas nos planos habitacional e

urbanistico. A elevação dos índices de excedente familiar,

promiscuidade, deterioração das habitações, insalubridade,entre outros aspectos negativos, representam urna queda dos

padrões de vida, ao mesmo tempo em que denotam urna relati

va incapacidade da região em ampliar seu sistema produtivo

no sentido de absorver o excesso de mão-de-obra desempreg~

da e subempregada.

3.2.3 - SERVIÇOS CONEXOS

1) Estar ciente que a existencia dos serviços ou

equipamentos infra-estruturais é condição determinantep~

ra um aceitável padrão de habitalidade;

2) A falta dos requisitos básicos de água,esgoto e

energia elétrica são indicadores dos baixos índices habita

ci onais.

3.2.3.1 - ABASTECIMENTO DE ÁGUA

1) Analisar o n 9 de habitações servidas pela rede

global de abastecimento de água, obtendo nos aglomerados I

subnormais, a percentagem de domicílios servidos por caci~

ba, água esta que não sofrendo qualquer tratamento torna­

-se veículo de agentes transmissores de doenças.

3.2.3.2 - INSTALAÇOES SANITÁRIAS

1) Analisar a localização externa das instalações

sanitárias sabendo-se que as consequências dessa deficien­

cia extrapolam o âmbito daqueles grupos diretamente ating!

- 60 -

dos, uma vez que as doenças daí derivadas podem ser transmi

tidas ao restante da população.

3.2.3.3 - ILUMINAÇÃO ELBTRICA

1) Analisar o percentual de atendimento comparan

do-o com todos os serviços conexos em grau de atendimento e

caracterizar, se necessário, a necessidade de implementação

de projetos tipo "Baixa Renda".

3.2.3.4 - COLETA DE LIXO

1) Estar ciente que também este é um serviço es­

sencial ã manutenção da saúde pública, posto que a destina­

çao precária do lixo tanto favorece o aparecimento de fato­

res prejudiciais ao quadro sanitário, como acarreta desaju~

tamentos de ordem estética.

2) Estar ciente também do destino final do lixo.

Este, jogado em áreas impróprias, cria focos de prolifera

ção de moscas e ratos, com séria ameaça ã saúde da popula ­

çao.

3) Parâmetro que caracteriza a coleta:

Toneladas/Dia

- Quantas t/dia sao coletadas?

- Quantas t/dia nao são removidas?

3.2.4 - "DEFICIT" HABITACIONAL

1) O "deficit" habitacional permite conhecer o n 9

de domicílios que devem ser construídos ou reparados, a fim

de minorar as deficiências das condições habitacionais exis­

tentes, embora as reais necessidades sejam expressivamente!

maiores do que o "deficit", em si, pode indicar.

2) Analisar os "deficits", sabendo-se que estes

podem ser obtidos pela soma dos domicílios classificados co

mo rústicos - que caracterizam as habitações subnormais - as

moradias improvisadas e o n 9 de famílias conviventes.

- 61 -

3) Relacionar o "defici t" habi tacional com o to

tal de habitações existentes.

Essa relação,por certo, nos levaria a uma maior

reflexão quanto a um dos direitos humanos: o de habitar.

4) Estar ciente de que além das más condições ha

bitacionais, essas áreas deficitárias apresentam clima pro­

pício para a disseminação de doenças infecto-contagiosas e

parasitárias, elevados índices de mortalidade infantil e

disturbios de comportamento.

3.2.5 - ATUAÇAO E INTERVENÇOES DO PODER PÚBLICO

1) Estudar a atuação do (s) órgão (s) fundadcs,em

épocas passadas, existente (s) ou extinto (s), que teve ou

ainda tem por atribuições a construção de casas populares,

destinadas às classes menos favorecidas, e atividades de ca

ráter comunitário,educativo e assistencial;

2) Analisar as atividades da COHAB - que utiliza

recursos do BNH - na região e sua vinculação com alguma se

cretaria de Estado, como principal agente responsável pela

oferta de habitações populares para atender à demanda de ha

bitação popular da faixa salarial de 1 a 3 salários mínimos.

3.2.5.1 - A OFERTA HABITACIONAL

1) N1alisar, se for o caso, se a oferta de casas

populares construídas pelo Poder Público modificou substan­

cialmente a situação.

OBS: É preciso especial atenção ao problema gr~

dativo de afastamento dos objetivos originais das COHABs,

a qual passa a atender às famílias de renda mais elevada~o~i

trariando, assim, sua função estritamente social de forne ­

cer abrigo às camadas da população menos favorecidas (abai­

xo de três salários mínimos).

- 62 -

3.3 SAÚDE

As condições de saúde da população consti tuem um

indicador básico do nível de desenvolvimento e, em particu­

lar, dos níveis de qualidade de vida de uma determinada so

ciedade.

A elevação dos índices dos serviços médico-sani

tários da população deve merecer, pois, uma atenção priori­

tária da política de desenvolvimento, tanto pelas implica ­

ções diretas que tem sobre o processo produtivo, mediante o

aumento da produtividades do trabalho, como pelo estreito

relacionamento com os objetivos de ampliação da vida e mellio

ria de sua qualidade.

3.3.1 - INDICADORES DAS CONDIÇOES DE SAÚDE

3.3.1.1 - MORTALIDADE GERAL

Tomar precauções quanto ao emprego da taxa bruta de

mortalidade como indicador do nível de saúde, porquanto é

fortemente influenciada pela estrutura de sexo e idade da

população, não se prestando, por isso, a muitas comparaçõe~

3.3.1.2 - MORTALIDADE INFANTIL

O coeficiente de mortalidade infantil é um dos mellio

res indicadores do nível de saúde de uma população, pois,

em princípio, são relativamente baixas as taxas de mortali­

dade infantil numa sociedade que ofereça satisfatórias con

dições de vida. g um indicador indireto do nível sócio-eco­

nômico e direto da assistência pré-natal e das condições sa

nitárias do meio-ambiente.

Portanto:

19 ) Observar a importância relativa da mortalidade

por Grupos etários, evidenciando ,assim, a magni­

tude alcançada pela mortalidade infantil;

2 9 ) Atentar para a participação percentual da des­

nutrição como causa de óbito na população in

fantil (até os quatro anos de idade), sendo as

deficiências nutricionais apresentadas como

causa básica ou associada de grande parte dos

ó~tos registrados na infância. Entretanto esse

percentual é de dificil aferição quantitativa

real.

OBS: Com relação às taxas de mortalidade geral

e infantil outros aspectos merecem atenção, co

mo, por exemplo, as condições de habitação e

nível de renda per-capita.

3.3.1.3 - VIDA MgDIA

As condições de saúde sao indicadas com malor seg~

rança pela esperança de vida da população ao nascer:Assim:

1 9 ) Comparar a vida média masculina com a feminina;

2 9 ) Comparar a vida média global da região com a

de outras regiões, internas e externas ao paí~

OBS: Deve-se ressaltar, entretanto, que os da

dos obtidos com relação ã mortalidade merecem

cuidados acerca da sua representatividade, ten

do em vista o possível papel polarizador do

Município e as possíveis implicações.

3.3.1.4 - PRINCIPAIS CAUSAS DE dBITOS

Entre as principais causas de óbitos, em geral,de~

tacam-se as doenças infecciosas, consequencia, em grande

parte, de enterite e outras doenças diarréicas, pneumonias

e broncopneumonias, cujo combate se baseia notadamente, na

melhoria dos serviços de água e esgotos;

g mister salientarmos que:

1 9 ) A população de baixa renda, ã margem dos bene­

fícios e da proteção do saneamento básico, ê a

mais exposta às enfermidades, atingindo o obtt~

ário maiores proporçoes, sobretudo nos primei­

ros anos de vida;

3.3. 2

- 64 -

29 ) Considerando-se que os ó~tos causados por doe~

ças infecciosas e outras moléstias. transmissí

veis poderiam ser evitadús, êsse índice pode 1

refletir as condições de pobreza da população,

deficiente assistência médico-sanitaFia, prec~

riedade dos programas de saneamento e de imuni

zaçao.

Portanto:

1 9 ) Observar as principais causas de óbitos, por'

grupos de doenças o qual justifica, quase sem

pre, a predominância das doenças de massa (en­

terite e outras doenças diarréicas, tuberculo­

se do aparelho respiratório, pneumonia, demais

doenças infecciosas e parasitarias, avitamino­

ses e outras deficiências nutricionais) carac­

terísticas de regiões subdesenvolvidas, sobre

as de carater degenerativo (neoplasias malíg ­

nas, doenças isquêmicas do coração, outras do

enças do coração, doenças cérebro-vasculares,

outras doenças degenerativas);

2 9 ) Analisar, também,as principais causas de óbi

tos na população infantil (0-14 anos) segundo

os grupos etarios sabendo-se que os óbitos são

causados, em geral, por deficiência nutricio ­

nal e por imaturidade, ou seja, pelo incomple­

to desenvolvimento fisiológico das crianças.

PRESTAÇAO DE SERVIÇOS DE SAÚDE

Acreditamos que um adequado diagnóstico da

situação sanitaria requer o conhecimento das condições de

saúde da população e das características quantitativas e

qualitativas dos serviços médico-hospitalares que a atende.

Entretanto, os registros estatísticos dessa natureza, no

Brasil, raramente são disponíveis a nível municipal.

De qualquer forma, estaremos atentos ao pr~

blema.

3.3.2.1 - ISTENCIA MATERNO-INFANTIL

- 65 -

A população materno-infantil é constituída pela p~

pulação infantil, que compreende todas os indivíduos na fai

xa etária de O a 14 anos, e a população materna, que compre

ende as pessoas do sexo feminino dentro da faixa etária de

15 a 49 anos.

Verificar, quanto a assistência materno-infantil, a

debilidade da infra-estrutura dos serviços de saúde, a dis

ponibilidade e distribuição de pessoal profissional e auxi­

liar especializado, assim como recursos materiais.

Portan to:

1 9 ) Analisar a assistência materno-infantil a cargo

da Secretaria de Saúde, verificando o número de

estabelecimentos oficiais especializados em

assistência materno-infantil, seus leitos, médi

cos, enfermeiras, auxiliares de enfermagem e

nutricionistas;

2 9 ) Se possível, comparar os resultados acima com

padrões recomendados pela Organização Panameri­

cana de Saúde que, por exemplo, é de 21% de lei

tos pediátricos, em relação ao número total de

leitos.

Bem, aqui cabe uma boa pergunta: Será que os

padrões recomendados pela Organização Panamericana de Saúde

retratam fielmente as condições mínimas e indispensáveis con

dizentes com a realidade?

3.3.2.2 - ASSISTENCIA MgDICO-SANITÁRIA

Estar ciente que a assistência médico-sanitária tem

caráter essencialmente preventivo.

Relacionar, portanto, as unidades sanitárias - cen

tro de saúde, postos, subpostos e unidades - todas adminis­

tradas pelo Estado e atentar para a relação contingente p~

pulacionaljunidade sanitária existente.

Apontar as limitações relacionadas com aspectos qu~

litativos e quantitativos. Pelos primeiros" responde uma

- 66 -

pronunciada escassez de material, de medicamentos e recur­

sos humanos. Ji em refer~ncia ~ insuficiencia de atendimen

to, constata-se, vias de regra, uma desproporção entre o

número de unidades sanitirias existentes e o contingente de

população a ser atendido.

3.3.2.3 - ASSISTENCIA HOSPITALAR

Relacionar os estabelecimentos hospitalares saben­

do-se que a assist~ncia hospitalar geral e especializada,é

prestada em regime de internamento, exigindo, para tanto,

leitos e instalações apropriadas.

Estudar os estabelecimentos de assist~ncia hospit~

atuam: neurologia, psiqui~

etc ..• e o setor a

estaduais) e privado.

...lar de acordo com a area em que

tria, tratamento de hanseniano,

pertencem: público (federais e

quem

3.3.2.4 - ASSISTENCIA PARA-HOSPITALAR

A assist~ncia para-hospitalar tem como principal

finalidade prestar serviços médico-curativos, em regime de

nao internamento. Inclui a assist~ncia médica prestada p~

los ambulatórios, serviços de emerg~ncia, consultórios e

p o 1 i c 1 Í n i c as .

Analisar os estabelecimentos para-hospitalares co~

parando o nível e a qualidade dos serviços prestados por

esses estabelecimentos com as dificuldades materiais e fi

nanceiras e outros condicionantes.

OBS: O levantamento da infra-estrutura de saúde P2derá nos fornecer o papel desempenhado pelo Munici

pio como suporte de uma determinada região, no to

cante a este aspecto. Por outro lado, poderá se

ter uma noçao dos deslocamentos exigidos para o

tratamento de algumas doenças.

3.3.2.5 - RE CURSOS HUMANOS

Sabe-se que as enfermeiras,auxiliares de enferma ­

gem e a própria comunidade são essenciais ~ prestação dos

- 67 -

cuidados de saúde. O "deficit" dos profissionais de saúde,

refere-se não apenas ao pessoal médico, mas também, e sobre

tudo, ao para-médico.

Portanto, se possível, analisar os indicadores da

oferta de pessoal médico e para-médico comparando-os com os

níveis considerados normais pela Organização Panamericana

de Saúde como, por exemplo, as relações:

Médico/l.OOO habitantes 1,32 e

enfermeiro/médico 6

Neste ponto, voltamos a insistir sobre a validez

das normas estabelecidas por essa entidade.

3.4 EDUCAÇÃO

O sistema educacional constitui elemento es ­

tratégico numa política de desenvolvimento, em função do pa

pel que exerce como fator de mudança social, participando ~

tivamente na qualificação da mão-de-obra para as tarefas exi

gidas pelo processo de evolução sócio-econômica e contribu­

indo para a elevação dos níveis culturais da população.

3.4.1 - NrVEL DE INSTRUÇÃO DA POPULAÇAo

Através do índice de alfabetização e do n 9 de pess~

as concluintes das várias etapas do ensino formal, pode-se

avaliar o nível de instrução da população.

Portanto, estar atento para o índice de alfabetiza­

ção da população com 5 anos e mais e 15 anos e mais anali ­

s ando- o e comparando- o com dados de outras décadas e também

de outras regiões do país, se necessário for.

3.4.2 - ENSINO DE 1 9 GRAU

Por certo, devemos nos deter com malor atenção na

parte relacionada com o Ensino de 1 9 Grau, devido ã malor

intervenção por parte do Poder Público Municipal.

O ensino de Primeiro Grau é dividido em oito séries,

deve oferecer condições de ajustamen-* • • ......

uma lnl Claçao para o trab alho, tendo

correspondendo as quatro

demais ao ginasial.

Portanto, ele

to social, através de

primeiras ao antigo primário e as

- 68 -

em vista as necessidades bio-psico-sociais do aluno, na fai

xa etária de 7-14 anos (população escolarizável).

Assim, é conveniente, estudarmos o deficit aparente

(relação entre a população e o n 9 de matrículas efetuadas)e

o deficit bruto (relação entre a população de 7 a 14 anos e

n 9 de matrículas no 1 9 Grau) sabendo-se que um fato que me

rece destaque é a frequência dos fenômenos de "inchação"

retenção de grande n 9 de matrículas,nas primeiras séries,em

relação às demais - de "repetência" e de "evasão escolar",

sendo esta última representada pelo abandono temporário ou

permanente da escola.

Portanto, esteja atento aos diversos tipos de admi­

nistração - estadual, municipal, particular - e às suas res

pectivas taxas de participação nas escolas de 1 9 Grau.

3.4.3 - ENSINO DE 2 9 GRAU

De acordo com a lei 5.692/71, o ensino de 29 Grau

tem como principal objetivo a profissionalização, assumindo

caráter de terminalidade,ao contrário do antigo ensino mé

dio, que objetiva a formação propedêutica, ou seja, forma --çao que prepara para receber ensino mais completo.

Estar ciente de que o reduzido nível de atendimento

de ensino de 2 9 Grau reflete as distorções da estrutura só

cio-econômica traduzidas na escassa possibilidade que tem a

população jovem, sobretudo, dos grupos de renda inferior,de

dar continuidade à sua formação educacional.

Assim,

1 9 ) Analisar os diversos tipos de administração -es

tadual, federal, municipal e particular - e su

as respectivas taxas de participação nas esco ­

las de 29 Grau sendo que, estabelecimentos des

se genero adminis trados pe la Pre fe i tura prati c~

mente inexistem.

2 9 ) Avaliar, se existir, os cursos de preparaçao téc

nica, comercial e industrial sabendo-se que es

tes tem caráter estritamente profissionalizan ­

te, como, por exemplo, o SENAC (preparação de

profissionais especificamente para as áreas de

- 69 -

comércio e serviços) e o SENAI (preparação de

mão-de-obra industrial).

3.4.4 - RECURSOS HUMANOS E FfsICOS NO ENSINO DE 1 9

E 2 9 GRAUS

3.4.4.1 - CORPO DOCENTE

Urna avaliação do pessoal docente é impor ­

tante, urna vez que este constitui um dos agentes principais

para a obtenção do bom nível da qualidade do ensino.

No Brasil, de um modo geral, não é das me

lhores a situação do ensino, no que se refere à didática e

ao conteúdo das informações transmitidas, urna vez que o ni

vel de qualificação dos professores ainda deixa a desejar.

Assim:

1 9 ) Atentar para o pessoal em função docen

te nos ensinos de 1 9 e 2 9 Graus, segun

do habilitação pedagógica, analisando

as respectivas relações aluno/professor

e a percentagem de leigos no quadro e

fetivo de pessoal, principalmente no

corpo docente de 1 9 Grau.

2 9 ) Estar ciente de que, por lei, serao

transferidos para os municípios, nos

próximos quatro anos, os encargos edu­

cacionais de 1 9 Grau em poder do Esta

do. Vice-versa em relação ao ensino de

2 9 Grau.

3 9 ) Aferir a participação das redes estadu

aI, municipal e particular no ensino'

de 2 9 Grau, explicando, se possível,as

causas que geraram a predominância, se

existir, de alguma rêde.

4 9 ) ~ de bom alvitre que façamos uma proje

ção, para aproximadamente cinco anos,

da demanda de ensino, tanto de 1 9 corno

de 2 9 Grau, apontando a percentagem de

oferta a ser acrescida para eliminar -

- 70 -

mos o déficit de atendimento.

OBS: ~ bom salientarmos que o corpo do

cente pode sofrer sérias avarias no que

diz respeito aos salários percebidos e

a assiduidade no pagamento por parte do

Po de r Púb 1 i c o •

3.4.4.2 - RECURSOS Ffsrcos

A insufici~ncia qualitativa e quantitativa

do sistema educacional, no concernente aos ensinos de 1 9 e

2 9 Graus, torna-se patente quando se examinam os dados que

relaciona a infra-estrutura física ou seja, prédios es

colares, estabelecimentos de ensino, salas de aulas, mate

rial e equipamentos.

Portanto:

1 9 ) Analisar o numero de estabelecimentos

discriminados segundo o número de turnos

com que funcionam, observando-se sempre os

padrões recomendados pelo Conselho Estadu­

al de Educaçio e sabendo-se que pode haver

déficit de atendimento, ao lado de uma sub

utilizaçio dos estabelecimentos de ensino;

29 ) Projetar, se possível, para aproximada

mente cinco anos, a demanda total de matrí

cuIas e a utilizaçio das salas de aulaico~

duzindo-as ~a melhoria da relaçio aluno/sa

la de aula;

39 ) Atentar para a relaçio entre alunos e

equipamen to educacional suplemen tar, no en

sino de 1 9 e 2 9 Graus, relacionando outros

equipamentos escolares (auditórios , bibll

otecas, ginásios esportivos, laboratórios,

museus, etc ••. ) e n 9 médio de alunos para

cada tipo de equipamento.

OBS: Bem, de posse da planta de uso do so

lo e dotado de critérios de 400 m para

3.4. 5

- 71 -

escola de 1 9 Grau e 800 m para escola de

2 9 Grau, poderemos detectar a população da

sede do Município atendida.

Outro fato que merece consideração e

a reserva de áreas para possíveis implant~

çoes de equipamentos educacionais.

É mister também, que não podemos re

legar a segundo plano, a organização do de

partamento responsável pela educação, da

Prefeitura Municipal, assim como da compe­

tência de seus membros.

ENSINO SUPLETIVO

Atualmente o ensino supletivo está voltado para

3 areas de atuação: suplência, qualificação e suprimento.

Assim:

1 9 ) Analisar a alfabetização funcional promovida

pelo MOBRAL e Educação Integrada promovida '

pelo MOBRAL sabendo-se que na área de suplê~

cia, são ofertados cursos e realização de

exames nos níveis de 1 9 e 2 9 Graus, para os

que por várias razões nao tiveram uma escola

ridade adequada;

Bem, no que diz respeito aos objetivos alcan

çados pelo MOBRAL,nós,particularmente, temos

nossas dfividas quanto i sua eficiência. em

termos de melhoria de vida e elevação do ní

vel cultural, principalmente na camada da PQ

pulação de faixa etária mais avançada.

2 9 ) Na área de qualificação estão situados os

cursos em centros politécnicos (cursos volan

tes) e cursos de aprendizado, ministrados em

convênio com o SENAI e o SENAC, oferecendo '

qualificação para o setor secundário e pres­

tação de serviços.

- 72 -

3 9 ) Na área de suprimento estão localizados os

cursos de aperfeiçoamento e atualização para

professores e técnicos especializados em edu

caça0.

OBS: À ação desenvolvida pelo ensino supletl

vo incluem-se programas transmitidos pelo rá

dio e pela televisão.

3.4.6 - ENSINO SUPERIOR

Quanto a este tipo de ensino, para efeitos de um

PDU, poderíamos nos prender a enfoques analisados sob dois

aspectos:

1 9 ) Quando nao existe na sede do Município uma es

cola superior.

Neste caso, poucos sao os concludentes do 29

Grau que emigram para centros maiores onde ofe

reçam esse tipo de equipamento educacional. Is

so faz com que, ano a ano, aumente o número da

queles que concluiram o 29 Grau e nao conse

guem ingressar na Universidade.

29) Quando existe, na sede do Município, uma esco

la de ensino superior.

Sob esse prisma, especial atenção deve ser da

da ao sentido polarizador do município em rela

çãoãsregiões vizinhas e, por vezes, a (s) re

gião (s) de outro (s) Estado (s).

3. 5 LAZER

O lazer constitui necessidade básica para o

restabelecimento físico e psíquico do organismo humano, de

vendo, entretanto, estar sempre caracterizado como liberd~

de de escolha das atividades, em oposição ao "stress" lm

posto ã vida pela sociedade moderna. O lazer das massas

funciona como força motriz positiva, dirigida no sentido

- 13 -

do aperfeiçoamento e desenvolvimento da educação e da cul

tura da população, assumindo, portanto, uma posição impor­

tante no planejamento.

A oferta e a demanda de atividades de lazer e

recreaçao encontram-se vinculadas a um complexo de situa ­

ções específicas de cada região tais como: a situação so­

cio-econômica, o grau de desenvolvimento industrial, o cres

cimento populacional e a própria cultura regional.

Assim, a pesquisa das atividades culturais e/

ou recreativas compreendem o levantamento e a análise das

atividades em si, e dos espaços relacionados com a cultura,

o lazer, os esportes e as diversões.

Bem, de posse dos levantamentos necessários a

formulação da política - trata-se de inventariar os hábi ­

tos, problemas, aspirações e tendências de modo a respeit~

-los e atendê-los. Para tanto, faz-se necessário pesquisar

os interesses da comunidade, suas necessidades, o tempo di~

ponível, sua tradição e os recursos disponíveis ou facil ­

mente postos em ação tais como: local, instalações, etç ...

-, as metas estabelecidas (definição prévia de objetivos)

sao transformados em objetivos práticos enunciados em ter

mos concretos.

Fixados esses aspectos, a adequação dos meios'

sociais e econômicos conduz a explicitação de um sistema de

recreaçao que pode variar de acordo com as seguintes moda­

lidades:

a) Recreação passiva;

b) Recreação passiva por difusão;

c) Recreação ativa orientada;

d) Recreação ativa livre.

3.5. 1 - RECREAÇÃO PASSIVA

Considerando-se esse tipo de recreação, ao qual in

cluem-se cinemas, teatros, muséus , exposições artísticas

e culturais e manifestações folclóricas tais como: folgu~

do, artes manuais, contos, mitos, lendas, cantigas e ceIe

brações, verifica-se, normalmente, de um lado, a necessida

de de ampliação dos equipamentos e de melhoria na qual ida-

- 74 -

de dos serviços oferecidos e, de outro a falta de uma pro­

moção orientada no sentido de motivar a população para uma

exploração mais ampla das possibilidades de lazer ofereci­

das.

Portanto, quanto a cinemas e teatros, ana1isá­

-los sob os aspectos de distribuição espacial, condições'

de funcionamento, relação habitante/poltrona e frequência

média (pessoas/mês), esta última válida também para os de

mais tipos de recreação passiva.

3.5.2 - RECREAÇÃO PASSIVA POR DIFUSÃO

A essa modalidade de lazer pertencem os chamados

"meios de comunicação de massa"; rádio, televisão e jor­

nal. Quanto aos dois primeiros é preciso especial atenção

no que se refere ao caráter e a natureza da função recrea­

tiva que também lhes compete, levando mesmo a resultados o

postos, e ao nível e qualidade dos programas, estes, quase

sempre, responsáveis pela ampliação das tensões que teori­

camente deveriam corrigir, contribuindo, assim, pelo des

gaste psíquico nas cidades.

Portanto, analisar as emissoras de rádio, retrans­

missoras de televisão e jornais, e identificar aquelas li

gadas ao Ministério da Educação, operando com fins exc1usi

vamente educacionais e culturais.

3.5.3 - RECREAÇÃO ATIVA ORIENTADA

Nessa modalidade inc1uimos o espaço aberto,

que satisfaça as condições como silêncio, ausência

1uição, equipamentos destinados ã prática de jogos,

Bem, pertencem ao espaço aberto:

desde

de p~

etc ...

1 9 ) Os espaços verdes tratados, onde inc1uimos os

parques, os campings, as áreas verdes com po~

sibi1idade de serem transformadas em parques,

e reservas florestais (tais areas desempenham

um importante papel na vida urbana, não só co

mo locais específicos de recreação, mas, tam

bém, como elementos de defesa do clima, da f10

ra e da fauna, controle da poluição e proteção

aos mananciais).

- 75 -

2 9 ) O conjunto de monumentos e áreas históricas

igrejas, capelas, conventos, edificações bar

rocas, sítios históricos, etc ... - testemunho

de uma realidade social, econômica, política e

cultural, geradora da realidade presente. Daí

a importância de integração movimento-Iazer,c~

mo fonte viva e didática para o enriquecimento

cultural da comunidade.

Registre-se porém, que esses movimentos e sí

tios históricos, em geral, sofrem um processo

de descaracterização, devido a vários fatores,

entre os quais podemos ressaltar: o crescimen­

to desordenado da região, acarretando a destru

ição de inúmeras peças que documentam sua his

tória; a interferência da especulação imobiliá

rla; a preocupação distorcida de visualizar o

monumento quase sempre como fonte exclusiva de

turismo.

3 9 ) As bibliotecas públicas e praças de esportes

(estádios de futebol, ginásios de esportes,etc)

3.5.4 - RECREAÇAo ATIVA LIVRE

B em espaços abertos que mais frequentemente se

exerce a função urbana de lazer e recreação. Além dos pa~

ques e áreas verdes anteriormente citadas, que também PQ

dem ter a conotação de recreação ativa livre, abordam- se,

aqui, outros espaços, como praias, praças, jardins, rios,

lagos, mirantes, cascatas, etc ...

Bem, as praias funcionam como elemento de recupera

ção física e intra-psíquica, requisitos básicos do lazer.

No entanto, ultimamente, essas áreas vem experimentando um

surto desordenado de ocupação imobiliária, com os corres ­

pondentes serviços inadequadamente localizados. Em contri­

buição ã esse aspecto negativo, podemos acrescentar a fal

ta de controle da poluição das águas, decorrentes do lanç~

mento de dejetos residenciais e resíduos industriais nas

praias e nos rios.

- 76 -

Quanto a praças, largos e pátios, observe-se, no

entanto, que ao lado de, geralmente, se apresentarem insu­

ficientes do ponto de vista quantitativo, ou seja, da di

mensão do espaço aberto que oferecem, nem sempre merecem

dos governos municipais os cuidados de conservaçao e anima

çao necessários.

Convém salientar que grande parte dos serviços de

lazer e objeto de exploração comercial por parte de inici~

tivas privadas. Se,por um lado, o lazer comercial pode cri

ar e manter o interesse por determinadas atividades, ofere

cer maior conforto e proporcionar maior variedade de diver

sões, por outro lado, registra aspectos negativos que se

revelam na substituição de atividades espontâneas por pro­

dutos acabados e massificados, por intensa propaganda, e

na exploração das emoções individuais e coletivas com obj~

tivos lucrativos.

OBS: la.) ~ importante definirmos o percentual de

área livre (parques e praças) por habi

tante. Se bem que não existam regras fi

xas para definir estes padrões, estima ­

-se que uma relação adequada estaria en

tre 8 e 16 m2 de área livre/habitante. A

ONU recomenda a adoção de 12 m2/habitan-

te;

2a.) Nos termos a que se propõe a investiga ­

ção das atividades culturais, é no senti

do de prioritariamente conhecer as mani­

festações folclóricas típicas da região,

atividades que vem se processando ou se

encontram desativadas;

3a.) Os outros elementos que constituem uma

complementação no sentido de tornar a ci

dade mais agradável, tais como: arboriza

ção de ruas, construção de passeios p~

blicos, ajardinamentos, iluminação de

praças, etc ... poderão ser levantados,

assim como os aspectos paisagísticos.

- 77 -

4a.) Um outro aspecto importante, na localiz~

ção de determinados equipamentos de la

zer, para que não sejam ociosos, é a client~

la a ser atendida, que podemos dividi ­

-la do seguinte modo:

- pré-escolares: até 5 anos

- médios, subdivididos em outros dois:

de 6 a 8 anos e de 9 a 12 anos

- adolescentes: 13 a 16 anos; 16 a 19 a

nos

- adultos: 20 a 35 anos; 35 até 60 anos

- idosos: 50 anos em diante;

5a.) Devemos ressaltar, também, que a eficiê~

cia de alguns pontos de interesse especi

aI tais como praias, rios, lagos, etc ...

está estritamente associada às condições

das vias de acesso e, consequentemente,'

dos transportes coletivos, em atendimen­

to às camadas da população menos favore~

cida;

6a.) Torna-se necessário, também, a preserva-

çao das encostas dos morros, acima de

uma cota pré-determinada.

3.6 SEGURANÇA

o comportamento social do indivíduo ou da cole

tividade é a expressão da organização existenteem determi­

nada sociedade, caracterizando a situação em que se mani­

festa. Num estágio ideal, supõe-se que todas as pessoas se

comportariam de maneira relativamente semelhante. Por ou

tro lado sabe-se que os desvios sociais, dos quais fazem

parte a delinquência e a criminal idade , são fatos sociais

universais, obedecendo a uma certa normalidade estatística.

Entretanto, uma sociedade subdesenvolvida, onde nem todos

- 7,& -

possuem as mesmas oportunidades, nem satisfatórias condi ~

ções de vida, as atitudes de parte de seus membros eviden­

temente serao consideradas contrárias ao que a própria so

ciedade estabeleceu como correto e normal e aqueles desvi

os ocorrerão com maior frequência e intensidade.

Nesse aspecto, a segurança atua no sentido de

garantir a ordem nas relações político-sociais, asseguran­

do sua estabilidade e a manutenção da segurança coletiva.

Suas atribuições visam a integração da comunidade ao proce~

so de desenvolvimento.

Por outro lado~ o contingente imigratório, re

gra geral,como força de trabalho não qualificado, não con­

seguindo engajamento no sistema produtivo, contribui para

a formação de uma população econômica e socialmente margi­

nalizada e, consequentemente, para a elevação dos índices

de delinquência e criminalidade.

Acrescente-se a esse quadro o grave problema '

do menor abandonado, reflexo do estado de pobreza crônica

em que subsiste toda uma classe social, traduzida pela quan

tidade de pessoas, especialmente crianças e velhos, que vi

vem da mendicância pelas ruas da cidade.

Outro problema a ser destacado se refere ao ex

tenso período que transcorre entre a detenção, o julgamen­

to e o cumprimento da pena.

Finalmente, qualquer esforço desenvolvido no

sentido de melhorar a qualidade de vida - educação, saúde,

habitação, emprego, serviços médicos, etc. - representará

contribuição valiosa ao esforço contra a delinquência e a

criminalidade.

- 79-

I - CONTEÚDO: - Organização Administrativa: - Funcionamento Ad

ministrativo da

Prefeitura

- Estrutura Organi

zacional

- Aspecto Financeiro

O aspecto político-administrativo nos dará urna

idéia das deficiências administrativas requeridas para a impla~

tação de um PDU. Sendo assim, achamos que o RDU deverá vir a

companhado de recomendações necessárias a implementação do pl~

no no tocante a este aspecto. A não presença de tal posiciona ­

menta poderá influir decisivamente na tentativa de consolidarum

processo de planejamento, pois o plano seria um fim em si mesmo

e nao marco inicial de tão decantado processo.

2 - OPERAÇÃO INICIAL: - Identificação dos objetivos finais de

atuação do Poder Público Municipal.

Instrumentos: - Lei Orgânica dos Muni-~ .

ClplOS

- Constituição Estadual

Salientamos que o ponto de partida consiste numa

clara identificação dos objetivos finais aos quais se propõe a

Prefeitura. Estes objetivos são caracterizados pelas atividades

por ela desenvolvidas e que podem ser subdivididas nas seguin ­

tes categorias:

- Atividades Fim

- Atividades Meio

3 - OBJETIVOS: - Conhecimento dos recursos humanos, organizacio

nais, financeiros - para a implantação do pl~

no proposto.

-80 -

- Apôs isto, como produto deste conhecimento ca

racterizar o arcabouço financeiro e humano p~

ra orientar o técnico nas suas proposlçoes na

fase de elaboração do plano.

4 - PORMENORIZAÇÃO DAS ATIVIDADES -FIM E ATIVIDADES - MEIO:

4.1 - Atividades - Fim

Definição: As operações, atividades e esforços orga

nizados por parte da Prefeitura, para e

fetivação dos serviços de sua alçada sao

conhecidos por atividades - fim.

A Prefeitura pode ser entendida como uma entida

de ou organização que existe para prestação de servlços ao Mu

nicípio, ou ã comunidade que o integra. Esta é, portanto, sua

finalidade.

Dentre as atividades - fim poderíamos relacio ­

nar as citadas abaixo:

- defesa e segurança

viação, transporte e comunicações

- educação e cultura

- saGde

- serviços urbanos (água e esgoto; limpeza p§

blica; iluminação; ruas e avenidas; praçaspa~

ques, jardins; mercado, feira, matadouro, ce

mitério; controle da poluição, outros)

Para a consecução de tais atividades é necessã­

rio uma organização, e por isso mesmo envolvem problemas de n~

tureza administrativa: de estruturação, de divisão de trabalho,

de funcionamento.

4.2 - Atividades - Meio

Definição: As atividades de ordem financeira (desde

a preparação de orçamento, passando pela

arrecadação dos recursos, ao processame~

to da despesa e à elaboração de balanços)

são, portanto, atividades - meio.

Se caracteriza por ser urna atividade de apoio com

vista ã reunião de meios (no caso, financeiros) necessários ã e

fetivação das atividades - fim.

Incluem-se, ainda, nestas atividades - melO as

demais operações e atividades relativas aos problemas de admi ­

nistração de pessoal, de material, de administração patrimonial

e de comunicações administrativas (expediente, protocolo, arqui

vo) .

Classificação: devido a sua abrangência, apresentamos urna

classificação dos intens pertinentes a es

ta Atividade - Meio:

a) Administração Financeira:

· Tributação

· Arrecadação

· Orçamen to

· Tesouraria

· Balanços

b) Administração de Pessoal:

· Recrutamento

· Seleção

· Tre in amen t o

· Con t roles

c) Administração Patrimonial:

· Controle da localização de bens

· Conservação e manutenção de bens

d) Comunicações Administrativas:

· Expediente

· Protocolos

· Arquivos

e) Serviços Gerais:

· Serviços de oficinas de carpintaria

· Serviços de feitura de blokrets, meio-fio, etc.

- 82 -

5 - RECOMENDAÇÃO PARA O LEVANTAMENTO DE DADOS

- Situação Legal:

Trata-se de levantar a legislação municipal

(resoluções, leis, decretos, portarias) que esteja discipli

nando as atividades da Prefeitura. A título de exemplifica­

ção: lei dispondo sobre o Estatuto dos Funcionários do Muni

cípio, lei definindo a sua estrutura básica, qual seja, a

distribuição das atribuições e compet~ncias internas, entre

os diferentes órgãos componentes da estrutura da Prefeitur~

etc.

- Situação Real:

Conhecida a situação do setor legal, passa­

-se então a averiguar na prática, as possíveis distorções

que contradizem as normas disciplinadoras das atividades da

Prefei tura.

6 - FUNCIONAMENTO ADMINISTRATIVO DA PREFEITURA

O desenvolvimento de qualquer organização depen­

de basicamente de seu pessoaL Estruturas tecnicamente perfei ­

tas nada mais serão que desenhos inexpressivos ou conjuntos de

normas inócuas, se não houver o elemento humano para dinamizá ­

las, operacionalizá-Ias~ transformando-as em instrumentos auxi­

liares para a produção de bens e serviços.

Ao examinar-se um organograma ou um regimento i~

terno, nao importa quao oportunos ou viáveis pareçam,sempre sus

citarão perguntas, corno as que se seguem: quem fará funcionar?

quem movimentará? quem dará significação a essa estrutura e vi

da a essas normas?

As respostas a esses "quem" implicam em pessoas,

e as pessoas são matéria-prima vária, sensível, mutável e mu

tante, de reações muitas vezes imprevisíveis. Há que estar pr~

parado para interpretar comportamentos insólitos, aceitar atit~

des inesperadas e, dentro de um emaranhado de demandas e expec­

tativas, conseguir detectar os pontos críticos e obter diagnós­

tico real da situação vigente.

O diagnóstico só poderá ser elaborado a partir do

conhecimento da situação vigente na organização (no caso, nas

- 83 -

Prefeituras).

o levantamento do que existe, a identificação

das síndromes e a respectiva análise, tornam possível fazer o

diagnóstico e indicar as soluções alternativas.

O enfoque sistêmico é o que melhor se adapta ao

estudo dos fenômenos sociais e ã analise de seus respectivos '

problemas. A vantagem da teoria dos sistemas reside em sua ca

pacidade de, ao mesmo tempo em que possibilita simplificar si

tuações extremadamente complexas,não lhes esconde a complexid~

de. A interdependência dos diversos fatores que atuam sobre d~

terminada situação é claramente demonstrada, dentro desse enf~

que, permitindo analises setoriais sem perder de vista o obje­

tiNo global.

ENFOQUE srsTTIMlcO

O processo de interação de um sistema compree~

de três fases:

O recebimento de insumos que alimentam o sis

terna

- O mecanismo de conversa0 que transforma esses

insumos em produtos e

- os produtos do sistema.

Corno todo sistema, o sistema de pessoal ln

fluencia e é influenciado, modifica e é modificado; e adapta ­

se ao meio ambiente, interagindo e interdependendo.

MEIO AMBIENTE

Como deve ser investigado o melO ambiente no

Município, para elaboração de um diagnóstico?

Inicialmente há que dividi-lo em duas categori

as; o externo e o interno.

A - Ambiente Externo

a) elementos de âmbito federal e estadual

- 84 -

· Constituições (fed. e estadual) - verificar as normas

constitucionais aplicáveis

· Lei orgânica dos Municípios

· Leis de classificação de cargos de âmbito federal e

estadual

Relações intergovernamentais - como se processam, quais

as demandas e espectativas nos níveis estaduais e muni

cipal, principalmente.

b) elementos locais

Grau de desenvolvimento do Município (tipo de ativida­

de econômica principal- rural ou urbana)

Formação social (Município tradicionalista ou avançad~

· Autonomia municipal (receitas transferidas e receitas

próprias; responsabilidade pelos serviços prestados a

comunidade)

· Importância do Município no contexto estadual (impor ­

tância econômica, histórica, turística, etc.)

· Partido político do Prefeito, e sua posição perante a

Câmara (possui ou não maioria)

B - Ambiente Interno

- Atuação do Prefeito - concentração de todas as deci

soes em mãos do Executivo, ou o oposto, demasiada de~

concentração; alguns tipos de Prefeito - o desconfia

do, o confiante demais, o paternalista, o protocoli~

ta, o formal, o informal em excesso, etc.

Formalismo e burocratização excessivos, gerando o

deslocamento de objetivos, isto e, nas atividades me

io, em detrimento da consecuçao do objetivo final.

- Falta de formalismo ou burocratização

· Falta de concursos

Ausencia de carreiras

· Indefinição de vínculos empregatícios

· Ausencia de promoçoes

outras

- 8.5 -

- Prestigio do servidor municipal junto ã comunidade

- Obsessão pelos investimentos (onde, aliás, o Prefeito na

da mais faz que seguir a tendencia federal, manifestada

pela própria aplicação do F P M, que enfatiza o investi­

mento, relegando para segundo plano a manutenção de um

funcionalismo desenvolvido.)

- Lideranças informais, boatos, linhas de comunicação in

formal.

Paralelamente ao levantamento do meio ambien-

INSUMOS te, obtêm-se os insumos, de vez que eles

traduzem em demandas feitas ao sistema e

apoio que lhe é dado.

se

no

A - Não Materiais:

são as aspirações dos servidores por melhores salários,m~

is prestígio, etc, e as da comunidade por melhores serviços,

dirigidas ao Executivo, onde se concentra atualmente a maior

fatia de poder. Ai são também levantados os valores da comuni

dade e dos servidores, o nível de escolaridade da maioria dos

servidores, do Prefeito e dos Vereadores, o apoio que o Exe ­

cutivo e o Legislativo dispensam ao sistema, se se manifesta

através de normas e documentos legais ou se é apenas verbal

(apoio moral) e casuistico. O que a população espera do servi

dor municipal e o que exige dele. Como são feitas as demanda~

através de contatos formais, ou dirigidos diretamente ao pr~

feito ou, ainda, utilizando as lideranças informais, e final­

mente o apoio que a comunidade dá ao servidor, prestigiando --o ou nao.

B - Materiais:

Os insumos materiais sao os demais f~cil verificação:qual

a percentagem alocada para pessoal no Orçamento do Município;

de que equipamentos dispõem os servidores; como estão instala

das as unidades administrativas.

- 8.S! -

constituído pela receita, despesa, orçamento e crédito, que

sao os instrumentos de ação financeira. Colimando aos objeti

vos a que o Município se propõe, são organizados os serviços

públicos e executadas as obras de utilidade coletiva. Os se~

viços são organizados em seus quadros de pessoal (agentes di

retivos e executivos) e sao dotados de material indispensá ­

vel para sua execução. Esta é a origem da despesa pública que

é atendida com a receita pública, constituindo ambas as li

nhas mestras do arcabouço financeiro das municipalidades.

É através da receita que o Município vai

buscar os recursos financeiros indispensáveis para por em

açao a máquina administrativa, executando as obras imprescin

díveis ao atendimento das necessidades dos contribuintes.

7.1.1 - Classificação dos Recursos de Origem Orçamenti

ria:

a) Receitas Correntes

b) Receitas de Capital

Demais Recursos: Extra-Orçamentários ou Recei­

tas vinculadas a terceiros.

Estes recursos nao integram o orçamento e

o recebimento independe de autorização legislativa. Ex: cau­

çoes, valores consignados ou arrecadados, respectivamente,em

favor ou por conta de terceiros.

OBS: As receitas extra-orçamentárias não são utilizadas para

atender às atividades da administração pública, uma vez

que elas poderão ser devolvidas ou pagas a qualquer mo

menta ao credor e depositante.

7.1.2 - Classificação segundo a origem das receitas ar

çamentárias (correntes e de capital)

a) Receitas Tributarias: de Impostos, Taxas e

Contribuição de Melho

ria

b) Rec3itas Transferidas:de Imposto novo decre

tado pela União

- 89 -

c) Receitas Distribuidas: das Cotas-partes do FPM e

do Fundo Especial, do pr~

duto da arrecadação do Im

posto Federal sobre a Pro

priedade Territorial Ru

ral, da participação no

Imposto Estadual ICM, do

rateio referente aos im

postos de combustíveis e

lubrificantes, energia e

létrica e minérios do

país, da participação na

arrecadação da TRU.

d) Receitas Industriais: Provenientes de atos da

produção ou prestação de

serviços de natureza in

dustrial, mediante cobra~

ça de preços e tarifas.

e) Receitas Patrimoniais: de valores mobiliâriospe!

tencentes ao Município,

bem como do produto e das

participações e dividen ­

dos auferidos.

f) Receitas Diversas: constituidas pelas multas

eventuais, contribuições

diversas, anulações ou

cancelamentos de cestos a

pagar.

g) Receitas de Capital: de operações de crédito e

alienação por venda de

bens-patrimoniais, do re

cebimento de amortização

de empréstimos concedido~

de receita tributâria vin

culada ao orçamento de c~

pital, auxilios e contri­

buições recebidas.

- s6 -

MECANISMOS DE CONVERSÃO

A Câmara - número de Vereadores, respectivos partidos e

tendencias políticas, sua estrutura formal e informal,

qual o indice de aprovação das leis apresentadas pelo

Executivo;

B Prefeitura - sua organização,se possui lei de estrutu­

ra, regimento ou regimentos internos, se há falta ou

excesso de burocratização, entre outros aspectos, e se

as leis são cumpridas.

C Orgão de Pessoal - verificar se há ou nao e quais as

suas atribuições (formais e informais). Quais as ativi

dades de pessoal atribuidas às chefias das diversas u

nidades administrativas, se há ou nao articulação com

o órgão de pessoal. Como sao relacionadas as chefias,

se há subaproveitamento das lideranças formais. Como

sao feitos os registros de pessoal, levantamento de ro

tinas de pagamento, promoçao, férias, etc.

D política de Pessoal -

a) Análise documental de: Estatutos, Plano de Classifi

cação de cargos, Plano de Lotação, Atos de Nomeaçã~

Demissão, etc. Verificar se há regulamentos de con

curso, promoção e acesso, admissão de pessoal con

tratado, entre outros.

b) Verificar qual o sistema previdenciário adotado (se

do próprio município, se do Estado ou outro)

c) Verificar a data do último concurso, quantos aprov~

dos, se houve a tramitação legal para a validação I

do concurso, se houve nomeações. Há política de re­

crutamento para pessoal CLT? Como é feita? Quais

os critérios seletivos?

d) Há programas de treinamento? De que tipo?

e) Há critérios para promoçao e acesso? Quais? Há ava­

liação de desempenho? Como é feita?

-87 -

f) Em que se baseia a política salarial? Quando foi d~

do o último aumento? De quanto? Tem havido reestru~

turação de cargo? Qual a data da última reestrutura

çao e corno foi feita?

OS PRODUTOS

O técnico deverá verificar se há indícios

de pelo menos alguns produtos desejáveis, corno a eficácia, a

eficiência, as atitudes construtivas, o espírito de equipe,a

dedicação ao trabalho, o entusiasmo, a fidelidade instituci~

nal,a capacidade gerencial,entre outras A existência de um

ou mais desses produtos serão indicadores de que, mesmo sem

usar pelos cânones tradicionais, a Administração de alguma

forma está atingindo seu objetivo.

Não será demais ressaltar novamente que os

produtos aqui apresentados não serão encontrados em sua tota

lidade, por melhor e mais adaptável que seja a organização.

Servem como o ideal que se procura atingir, aperfeiçoando os

mecanismos de conversa0 tendo em vista a retroalimentação do

s is terna.

Pois cada modificação de um dos elementos,

haverá modificação no meio ambiente, que agirá sobre os ins~

mos, criando novos valores e aspirações, os quais vao reper­

cutir nos mecanismos de conversão e novamente nos produtos,

num processo contínuo de interação e interdependência.

7 FINANÇAS MUNICIPAIS

A análise financeira do Município tem por

finalidade conhecer a si tuação real existente a fim de que

se conheça o potencial de recursos financeiros com que pode

contar o Município, visando adequar os recursos ao atendime!!.

to das necessidades, evitando-se cair em elucubrações discre

pantes, o que poderia contribuir para o famoso "engavetamen­

to" dos planos.

7.1 - Estrutura político-Fiscal dos Municípios

O esquema clássico das finanças públicas é

- 90 -

7.2 - Procedimento:

- Contrastar a receita e a despesa. Através de

uma série histórica analisar a sua evolução;

- Identificar o percentual destinado pela Pre

feitura para prover os serviços de sua compe­

tência;

- Analisar dívidas feitas e implicações na sua

capacidade de endividamento;

Verificar a situação da Prefeitura para com

os Fundos Federais:

FPM

Fundo Rodoviário Nacional

Fundo de Energia Elétrica

Fundo de Minerais do País

- A nível estadual: Auxílio Rodoviário Estadual

- Com que critérios e qual o órgão da Prefeitu­

ra que elabora o Orçamento-Programa, o Orça ­

mento Plurianual de Investimentos e a Progra­

maçao Financeira do Exercício.

- Critérios utilizados para cobrança de Imposto,

Taxa e Contribuição de Melhoria.

8 SISTE~~ TRIBUTÁRIO DO MUNIC!PIO

- Diretriz: Código Tributário Nacional (Lei 5172/66)

8.1 - Da Estrutura:

Integram o sistema tributário do Município:

I - Impos tos Muni cipais previs tos na Cons ti tui ­

ção Federal (art. 24).

11 - Taxas pelo exercício regular do poder de

polícia do Município ou pela utilização efe

tiva ou potencial dos serviços públicos de sua

atribuição específicos e divisíveis, prestados

ao contribuinte ou posto à sua distribuição.

111 - Contribuição de Melhoria arrecadada dos proprl~

tários de imóvei.s valori zados pelas obras púb I!

cas municipais que os beneficiarem.

8.1.1 - Impostos Municipais:

a) ISS - Imposto sobre Serviço

o imposto sobre serviço de qualquer

natureza tem como fato gerador a prestação,

por empresa ou profissional autônomo, com ou

sem estabelecimento fixo, dos serviços relaci

onados no Decreto Lei 834/69, ou que a ele po~

sam ser equiparados.

o ISS foi criado pela Emenda Consti­

tucional n 9 18 de 1/12/65 à Constituição de

46, que reformulou o sistema tributário nacio

nal, O ISS é, portanto imposto novo em nosso

sistema tributário, instituído com o fim de

possibilitar uma fonte de receita própria p~

ra os Municípios.

Toda a efici~ncia do sistema de arre

cadação do ISS está na razão direta da boa or

ganização do seu cadastro.

A base de cálculo do ISS é o preço I

do serviço, havendo, entretanto, exceçoes p~

ra alguns casos. (ex. autônomo)

b) Imposto Predial e Territorial Urbano

~ um tributo direto e real que recai

sobre a propriedade predial e terri torial urba

na, sobre o domínio útil ou a posse de bem

imóvel por natureza ou por acessão física, lo

calizados dentro do perímetro urbano.

Para efeitos desse imposto, entende­

-se como zona urbana a definida em lei munici

paI, observado o requisito mínimo da existên-

- 9.2: -

cia de melhoramentos indicados em pelo menos

dois dos seguintes, constituidos pelo poder p~

blico:

- meio fio ou calçamento, com canalização de

âguas pluviais

-- abastecimento de agua

- sistema de esgotos sanitários

- rede de iluminação pública cf ou sem postea­

mento para distribuição domiciliar

- escola primária ou posto de saúde a uma di~

tância máxima de 3 Kms do imóvel considerado

Entretanto, a incidência deste impos­

to foi substancialmente modificada com a pr~

mulgação da Lei n 9 5868, de 12 de dezembro de

1972. Dispondo sobre o Sistema Nacional de Ca

dastro Rural, a Lei 5868 revogou tacitamente '

as disposições do código Tributârio Nacional so

bre o conceito de zona urbana para efeitos fi~

calS, ampliando a área de incidência do impos­

to, que passou a gravar os bens imóveis em fun

çao de sua área e destinação, e não mais em

função dos serviços públicos adjacentes.

8.1.2 - Taxas Municipais

Sendo a taxa a contraprestação de um serviço e

podendo o Município instituir quaisquer serviços públicos de

sua competência e peculiar interesse ,evidente é que haverá

tantas taxas quantas forem os serviços prestados ou postos ãdisposição dos Municípios.

Entretanto, convém salientar que o Município'

terá de obedecer os princípios constitucionais que regem os

tributos em geral, especialmente, o que impõe a obrigatorie­

dade de sua instituição por lei, e da prévia inclusão no or

çamento (V. § 2 9 , art. 153, da Constituição Federal).

Assim sendo, as taxas só poderão ser institui­

das por lei, porque não existe tributo sem prévia lei que o

- 93 -

institua. Nenhuma taxa municipal pode ser criada ou aumenta

da sem autorização da Câmara. Além disso a taxa nao pode

ser exigida, em cada exercício, sem que a lei que a instit~

iu ou que a tenha aumentado, esteja em vigor antes do iníci

o do exercício financeiro.

Exemplos: Taxa de Expediente

Taxa de Licença

Taxa de Serviços Urbanos

Taxa de Serviços Diversos

Taxa de Pavimentação e Calçamento

Taxa de Conservação de Estradas Municipais

8.1.3 - Contribuição de Melhoria

o Decreto Lei n 9 195, de 24/2/67, dispõe para0

nível municipal de governo, sobre a cobrança da contribui ­

ção de melhoria, dando-lhe como fato gerador o acréscimo do

valor do imóvel localizado nas áreas beneficiadas direta ou

indiretamente por obras públicas.

Não há contribuição de melhoria sem satisfação

de quatro pressupostos essenciais:

1 - valorização de determinada área, do que re

sulta acréscimo de valor dos imóveis nela

localizados

2 - que o benefício resulta de obras públicas

3 - que a soma das contribuições recolhidasriio

exceda o gasto total da obra.

4 - que corresponda, para cada contribuinte,no

máximo ao acréscimo de valor do imóvel be

neficiado.

o mencionado Decreto Lei n 9 195, no seu art.2 9

enumera, de forma taxativa, as obras públicas que podem ju~

tificar a cobrança da contribuição de melhoria.

8.2 - Procedimento:

- Discriminar a alíquota do Imposto Predial e

a média do valor Venal dos Prédios, e a aliquota do Imposto

Territorial, e à média do Valor Venal do Terreno.

- 94 -

- Discriminar taxas decorrentes do poder de p~

lícia e respectivas bases de cálculo.

- Discriminar as taxas decorrentes da presta ­

çao de serviços e respectivas bases de cálculo.

- Verificar se é cobrada a contribuição de me

lhoria ou a possibilidade de cobrança.

- Verificar o cadastro fiscal e a classificação

cadastral dos imóveis.

- Verificar a aplicação de alíquotas progressl

vas na utilização extra fiscal do imposto terri torial urba.....

no que possibilita as Prefeituras exercer o controle dos ter

renos não edificados, graduando a tributação segundo as con

veniências sociais.

Observar se os documentos normativos tem ca

ráter condutor ou indutor. Ex.:

Condução: - legislação de uso do solo e de

loteamento

lei de proteção a paisagem

- reformas administrativas

- cod. tributários e de edificações

- orçamento-programa e outras for

mas de alocação de recursos fi

nanceiros.

Indução: - estímulosna legislação

- estímulos tributários

- estímulos no remanejamento de-"

areas

estímulos pela criação de motiva

ções psicológicas

- obras físicas de caráter e pote~

cialidades indutoras.