i curso de prescrição médica racional terapÊutica empÍrica quando?

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I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO? QUANDO? Janaína M. Goto Pós-graduanda da Disciplina de Infectologia

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I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?. Janaína M. Goto Pós-graduanda da Disciplina de Infectologia. Terapêutica Antimicrobiana. Princípios Eficácia Efeitos adversos Custo. Profilaxia. Terapia preemptiva. Terapia empírica. Terapia específica. - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

I Curso de Prescrição Médica Racional

TERAPÊUTICA EMPÍRICA TERAPÊUTICA EMPÍRICA

QUANDO? QUANDO?

Janaína M. GotoPós-graduanda da Disciplina de

Infectologia

Page 2: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Terapêutica AntimicrobianaTerapêutica Antimicrobiana

• Princípios

• Eficácia• Efeitos adversos• Custo

ProfilaxiaProfilaxia

Terapia específicaTerapia específica

Terapia empíricaTerapia empírica

Terapia preemptivaTerapia preemptiva

Page 3: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?
Page 4: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

O uso de antimicrobianos em O uso de antimicrobianos em hospitais é freqüente?hospitais é freqüente?

• Os antimicrobianos são a 2ª classe de Os antimicrobianos são a 2ª classe de drogas mais utilizadadrogas mais utilizada

• São responsáveis por 20 a 50% das São responsáveis por 20 a 50% das despesas hospitalares com despesas hospitalares com medicamentosmedicamentos

Saenz Llorens. Pediatric Infect Dis 2000;19:200-6Wolf. Clin Infect Dis 1993;17(suppl 2):S 346-51

Paladino. Am J Health Syst Pharm 2000;57(suppl 2):S10-2Howard. Clin Infect Dis 2001;33(9):1573-8

Page 5: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

O uso de antimicrobianos em O uso de antimicrobianos em hospitais está longe do ideal...hospitais está longe do ideal...

• 30 a 70% dos tratamentos com 30 a 70% dos tratamentos com antimicrobianos são inadequadosantimicrobianos são inadequados

Kunin. Rev Infect Dis 1987;9(suppl 3):S270-85Kunin. Rev Infect Dis 1987;9(suppl 3):S270-85

Nyquist. Pediatr Ann 1999;28:453-9Nyquist. Pediatr Ann 1999;28:453-9

• Em hospitais brasileiros o uso incorreto é Em hospitais brasileiros o uso incorreto é cerca de 50%cerca de 50%

Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989Marangoni 1979; Martins 1981; Cardo 1989

Page 6: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

RESISTÊNCIA MICROBIANARESISTÊNCIA MICROBIANA

Page 7: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

A taxa de resistência depende A taxa de resistência depende de ...de ...

• Uso de antimicrobianos na instituição

• A taxa de transmissão cruzada de microrganismos resistentes

• Entrada de microrganismos resistentes provenientes da comunidade

Wenzel. NEJM 2000;343:1961-3

Page 8: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Novos antimicrobianos aprovados nos Novos antimicrobianos aprovados nos Estados Unidos, 1983-2002Estados Unidos, 1983-2002

0

2

4

6

8

10

12

14

16

1983-1987 1988-1992 1993-1997 1998-2002

Período

No

de

no

vos

anti

bió

tico

s

Redução de 56% comparando 1998-2002 a 1983-871998 a 2002: 225 novas drogas aprovadas pelo FDA

3% novos agentes antibacterianos

Spellberg. Clin Infect Dis 2004;38(9):1279

Page 9: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Uso Racional de Uso Racional de AntimicrobianosAntimicrobianos

• Evitar uso desnecessário

• Usar por tempo mais curto possível

• Posologia de acordo com a farmacocinética e farmacodinâmica

• Escolha empírica adequada

• Ajuste após identificação do agente

Page 10: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Questionamentos antes da Questionamentos antes da terapia inicialterapia inicial

• Existe infecção?• É comunitária ou hospitalar?• Qual o sítio mais provável?• Qual o microrganismo mais provável?• Qual o perfil de sensibilidade do microrganismo no meu

universo?• Qual a melhor droga para este microrganismo neste

sítio e com menor toxicidade?• Existem fatores do hospedeiro importantes?• Qual a dose correta? • Qual o custo do tratamento?• Quando tempo devo tratar?• O paciente está muito grave e devo usar um esquema

amplo inicial?

Page 11: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Existe infecção?Existe infecção?Há alguma infecção localizada identificada?

• Meningite• Otite, Sinusite, Faringite• Pneumonia• Infecção abdominal, Enterocolite bacteriana• Infecção do trato urinário• Infecção de pele e partes moles• Ou outra infecção focal

Existe evidência de sepse?

Page 12: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

SepseSepse

Síndrome da Resposta Inflamatória SistêmicaSíndrome da Resposta Inflamatória Sistêmica• Presença de pelo menos 2 itens:

T > 38,3oC ou T< 36oC

FC > 90 bpm

FR > 20 rpm ou PaCO2 < 32mmHg ou VM

Leucócitos: > 12.000 céls/mm3 ou < 4.000 céls/mm3 ou > 10% formas jovens

Bone. Chest 1992, 101: 1644

Page 13: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

SEPSESIRS + INFECÇÃO

SEPSE GRAVESEPSE +

HIPOPERFUSÃO ou DISFUNÇÃO de pelo menos 01

órgão

CHOQUE SÉPTICO

SEPSE GRAVE + HIPOTENSÃO NÃO

RESPONSIVA à reposição volêmica

Não é necessária cultura positiva ou identificação

etiológica

Hipotensão arterial: PAS < 90 mmHg ou PAM < 65 mmHg ou

queda de 40 mmHg na PAS basal

Page 14: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?
Page 15: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Mortalidade por todas as causas em pacientes com infecção e mortalidade realacionada a infecção (N=5655) com terapia antimicrobiana inicial inadequada ou inadequada.

52,1%

23,5%

42%

17,7%

Page 16: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?
Page 17: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Curva de sobrevida de Kaplan-Meier para pacientes internados em UTI com sepse grave ou choque séptico, comparando terapia antimicrobiana adequada vc. Inadequada. Log-rank p .0007

Crit Care Med 2003 Vol. 31, No. 12

Page 18: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Fatores de risco para mortalidade

OR (95% IC)

Terapia antimicrobiana inadequada

8,14 (1,98–33,5)

Insuficiência respiratória nas 1ª 24 h

3,12 (1,54–6,33)

“SOFA escore” 1,29 (1,19–1,40)

Crit Care Med 2003 Vol. 31, No. 12

Page 19: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Há risco de morte por uma possível Há risco de morte por uma possível infecção?infecção?• Sepse

• Infecções focais graves– Meningites– Endoftalmites– Celulites faciais e retro-orbitárias– Fasciíte necrotizante e outras infecções graves de partes

moles– Celulites e miosites piogênicas (necrozantes)– Abscessos viscerais

• Endocardite aguda

• Pneumonias graves– Pneumonia pneumocócica e por Legionella– Pneumonia estafilocócica– Pneumonia por P. carinii

Antimicrobiano Antimicrobiano = medicamento = medicamento de urgênciade urgência

Page 20: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

MeningiteMeningite

Idade Agentes mais comuns Terapia empírica de escolha

Recém-nascidos a 1 mês

Escherichia coli, Klebsiella spp,Streptococcus do grupo B,Listeria monocytogenes

Ampicilina + cefotaxima

1 mês até 55 anos

Haemophilus influenzae tipo b (Hib), Neisseria meningitidis (meningococo) Streptococcus pneumoniae (pneumococo)

Cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima ou ceftriaxona)

> 55 anos Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidisListeria monocytogenes

Ampicilina + cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima ou ceftriaxona)

Clinical Infectious Diseases 2004; 39:1267–84

Page 21: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

MeningiteMeningite

Fator de RiscoTipo de trauma

Agentes mais comuns Terapia empírica de escolha

Fratura de base de crânio

Streptococcus pneumoniaeHaemophilus influenzaeStreptococcus -hemolítico grupo A

Cefalosporina de 3ª geração (cefotaxima ou ceftriaxona)

Trauma penetrante

Staphylococcus aureusStaphylococcus coagulase negativaBacilos Gram-negativos

Vancomicina + ceftazidima ou cefepima

Clinical Infectious Diseases 2004; 39:1267–84

Page 22: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Celulite periorbitalCelulite periorbital

• Steptococcus -hemolítico• Staphylococcus aureus:

abscesso ou trauma• Haemophilus influenzae em

crianças

• 1ª escolha (VO): cefalexina, clindamicina, eritromicina

• Terapia intravenosa: oxacilina, cefazolina, clindamicina, vancomicina

Clinical Infectious Diseases 2005; 41:1373–406

Page 23: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Fasceíte NecrotizanteFasceíte Necrotizante

Fatores associados

Agentes Terapia de escolha

Monomicrobiana

DiabetesDoença vascular ateroscleróticaInsuficiência venosa

ApósPicada de insetoVaricela

S. pyogenes

S. aureus

Penicilina + Clindamicina

OxacilinaCefazolinaClindamicinaVancomicina

Clinical Infectious Diseases 2005; 41:1373–406

Page 24: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Fasceíte NecrotizanteFasceíte NecrotizanteFatores associados

Agentes Terapia de escolha

Polimicrobiana Cirurgia do TGITrauma abdominalÚlcera de decúbitoAbscesso perianalÁrea de injeção IMAbscesso de Bartholin

Anaeróbios (15) Ampicilina-sulbactam (Piperacilina-tazobactam) + clindamicina + ciprofloxacina

Cefotaxima + metronidazol (clindamicina)

Clinical Infectious Diseases 2005; 41:1373–406

Page 25: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

EndocarditeEndocardite

Page 26: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

EndocarditeEndocarditeSituação clínica Agentes Terapia preferencial

inicial

Evolução Subaguda Estreptococos S. viridans: manipulação dentáriaS. bovis: doença intestinal

Enterococos

Penicilina + aminoglicosídeo

Evolução Aguda ou Subaguda com Embolização Séptica

Estafilococos Penicilina + aminoglicosídeo + Oxacilina

Em usuário de droga endovenosa

Estafilococos Oxacilina + aminoglicosídeo

Prótese valvar Variável Vancomicina + aminoglicosídeo

Page 27: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Pneumonia ComunitáriaPneumonia Comunitária

Page 28: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Pneumonia ComunitáriaPneumonia Comunitária

J Bras Pneum 30 (S4), nov 2004

Page 29: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Pneumonia ComunitáriaPneumonia ComunitáriaPAC ambulatorial, sem FR para pneumococo resistente

PAC ambulatorial, com comorbidades

PAC hospitalar, não-UTI

PAC hospitalar, UTI

Macrolídeo Fluorquinolona respiratória

ou

-lactâmico + macrolídeo

Fluorquinolona respiratória

ou

-lactâmico + macrolídeo

Fluorquinolona respiratória

ou

-lactâmico + macrolídeo

Considerar drogas anti-Pseudomonas (-lactâmico ou associação de drogas)Clinical Infectious Disease 2007;44:S27-72

Page 30: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Infecções específicasInfecções específicas

Podem evoluir para formas mais severas se não tratadas no seu momento adequado

• Rickettsioses• Antrax• Meningococcemia• Leptospirose

Page 31: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Febre MaculosaFebre Maculosa

• Rickettsia rickettsii

• Carrapatos espécie Amblyomma

• Formas graves: 80% de mortalidade

• Terapia:– Adultos: cloranfenicol (formas graves) ou doxiciclina– Crianças: clorafenicol ou doxiciclina (>8 anos de

idade)

Page 32: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

AnthraxAnthrax

• Bacillus anthracis• Transmissão e mortalidade

– Cutânea: 20% de mortalidade– Gastrointestinal: 25 a 75%– Respiratória: 85%

• Terapia antimicrobiana:- 1ª escolha: Penicilina- opções: doxiciclina, macrolídeos, aminoglicosíeos, quinolonas e cloranfenicol

Page 33: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

MeningococcemiaMeningococcemia

• Neisseria meningitidis• Mortalidade:

– meningococcemia sem meningite: 70%– doença meningocócica: 100% se não tratada

• Terapia antimicrobiana

- Penicilina G cristalina- opções: cefalosporinas de 3ª geração, cloranfenicol

Page 34: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

LeptospiroseLeptospirose

• Leptospira interrogans• Evolução benigna (90%)• Complicações: renal, hepática, meníngea

e hemorrágica

Penicilina G cristalina na 1ª semana

Page 35: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Terapia antimicrobiana sem Terapia antimicrobiana sem confirmação de sítio confirmação de sítio

infecciosoinfeccioso• Febre ou Suspeita de infecção em

pacientes especiais

– Neutropenia febril– Idoso– Recém-nascido– Imunodeficientes

Page 36: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Neutropenia febrilNeutropenia febril

• Imunossupressão– Doença de base– Quimioterapia– Dispositivos invasivos

• Mortalidade– ICS por BGN (Pseudomonas aeruginosa)– ICS por Streptococcus viridans

50%

27%

3%

17%

3%

FOI Bacteremia Micr. Docum

Clin. Docum Não-infec

Nucci et al

Clinical Infectious Diseases 2002; 34:730–51

Page 37: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Terapia EmpíricaTerapia EmpíricaFatores relacionados ao Fatores relacionados ao

hospedeirohospedeiro• História prévia de reação alérgica• Idade

– pH gástrico – Função renal– Função hepática– Efeitos adversos

• Alterações genéticas e metabólicas• Gestação• Insuficiência renal• Insuficiência hepática• Obesidade

Page 38: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Terapia Empírica Combinada?

• Indicações em estudo– Neutropenia febril

• CGP + BGN

– Sítio de infecção polimicrobiana• Infecção abdominal• Pé Diabético

– Sinergismo• Sulfametoxazol-trimetoprima• Penicilina + aminoglicosídeo

– Limitar o surgimento de resistência

Page 39: I Curso de Prescrição Médica Racional TERAPÊUTICA EMPÍRICA QUANDO?

Adequação da Terapia Adequação da Terapia antimicrobianaantimicrobiana

• Identificação do agente – Melhor eficácia– Menos efeitos adversos– Melhor custo-benefício

• Teste sorológico• Pesquisa de antígenos• Gram• Cultura• PCR