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ICNF, I.P. E STUDOS DE B ASE PARA A E LABORAÇÃO DO P ROGRAMA E SPECIAL DO P ARQUE N ATURAL DA S ERRA DE S ÃO M AMEDE FASE 2 - DIAGNÓSTICO Relatório Final Trabalho nº 2015/004 Outubro de 2016

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I C N F , I . P .

E S T U D O S D E B A S E P A R A A E L A B O R A Ç Ã O D O

P R O G R A M A E S P E C I A L D O P A R Q U E N A T U R A L D A

S E R R A D E S Ã O M A M E D E

F A S E 2 - D I A G N Ó S T I C O

R e l a t ó r i o F i n a l

Trabalho nº 2015/004

Outubro de 2016

Page 2: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA
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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL i

I C N F , I . P .

E S T U D O S D E B A S E P A R A A E L A B O R A Ç Ã O D O P R O G R A M A

E S P E C I A L D O P A R Q U E N A T U R A L D A S E R R A D E S Ã O

M A M E D E

F A S E 2 – D I A G N Ó S T I C O

R E L A T Ó R I O F I N A L

Í N D I C E

1 INTRODUÇÃO 1

2 METODOLOGIA 2

3 ANÁLISE SWOT 7

3.1 BIODIVERSIDADE 7

3.2 GEODIVERSIDADE 9

3.3 PAISAGEM 10

3.4 SOCIOECONOMIA 12

3.5 SÍNTESE DA ANÁLISE SWOT 13

3.5.1 Biodiversidade 13

3.5.1 Geodiversidade 17

3.5.1 Paisagem 18

3.5.1 Socio economia 19

4 VARIÁVEIS DE DESENVOLVIMENTO 22

5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24

5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24

5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26

5.3 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A PAISAGEM 27

5.4 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A SOCIOECONOMIA 29

6 CENÁRIOS 31

6.1 CENÁRIO ASSENTE NAS VULNERABILIDADES 31

6.2 CENÁRIO ASSENTE NOS CONSTRANGIMENTOS 32

6.3 CENÁRIO ASSENTE NAS REORIENTAÇÕES 35

6.4 CENÁRIO ASSENTE NAS POTENCIALIDADES 37

7 OPÇÕES ESTRATÉGICAS 40

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL ii

7.1 OPÇÃO PROTECIONISTA 40

7.2 OPÇÃO REATIVA 41

7.3 OPÇÃO DE MUDANÇA 44

7.4 OPÇÃO PRÓ-ATIVA 46

7.5 RESUMO DAS LINHAS DE ORIENTAÇÃO ESTRATÉGICAS 49

ANEXOS 55

ANEXO 1 57

ANEXO 2 69

ÍNDICE de FIGURAS

Figura 1 - Metodologia para a elaboração da Fase 2 3

Figura 2 - Linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e externos 4

Figura 3 - Esquema metodológico para a definição das Opções Estratégicas 5

Figura 4 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Protecionista 51

Figura 5 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Reativa 52

Figura 6 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Mudança 53

Figura 7 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Pró-Ativa 54

ÍNDICE de QUADROS

Quadro 1 – Exemplo de matriz de diagnóstico resultante da combinação dos fatores internos e

externos para a componente Biologia ...................................................................................................... 5

Quadro 2 – Variáveis de Desenvolvimento ............................................................................................. 22

Quadro 3 – Vulnerabilidades da componente Biodiversidade .............................................................. 24

Quadro 4 – Constrangimentos da componente Biodiversidade........................................................... 24

Quadro 5 – Reorientações da componente Biodiversidade.................................................................. 25

Quadro 6 – Potencialidades da componente Biodiversidade ............................................................... 25

Quadro 7 – Vulnerabilidades da componente Geodiversidade ............................................................ 26

Quadro 8 – Constrangimentos da componente Geodiversidade ......................................................... 26

Quadro 9 – Reorientações da componente Geodiversidade ................................................................ 27

Quadro 10 – Potencialidades da componente Geodiversidade ............................................................ 27

Quadro 11 – Vulnerabilidades da componente Paisagem .................................................................... 27

Quadro 12 – Constrangimentos da componente Paisagem.................................................................. 27

Quadro 13 – Reorientações da componente Paisagem ........................................................................ 28

Quadro 14 – Potencialidades da componente Paisagem ...................................................................... 28

Quadro 15 – Vulnerabilidades da componente Socioeconomia ........................................................... 29

Quadro 16 – Constrangimentos da componente Socioeconomia ........................................................ 29

Quadro 17 – Reorientações da componente Socioeconomia ............................................................... 29

Quadro 18 – Potencialidades da componente Socioeconomia ............................................................ 30

Quadro 19 - Linhas de Força para o Cenário Vulnerabilidades ............................................................ 32

Quadro 20 – Linhas de Força para o Cenário Constrangimentos ........................................................ 34

Quadro 21 – Linhas de Força para o Cenário Reorientações ............................................................... 37

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL iii

Quadro 22 – Linhas de Força para o Cenário Potencialidades............................................................. 39

Quadro 23 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Protecionista ...................................... 40

Quadro 24 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Reativa ................................................ 42

Quadro 25 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção de Mudança ........................................ 44

Quadro 26 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Pró-Ativa ............................................. 46

Quadro 27 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores

internos e externos – Biodiversidade ..................................................................................................... 57

Quadro 28 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores

internos e externos – Geologia ................................................................................................................ 62

Quadro 29 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores

internos e externos – Paisagem .............................................................................................................. 64

Quadro 30 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores

internos e externos – Socio-economia ................................................................................................... 66

Quadro 31 – Linhas de Força para o Cenário Vulnerabilidades e correspondentes linhas de

orientação estratégica de Opção Protecionista ..................................................................................... 69

Quadro 32 – Linhas de Força para o Cenário Constrangimentos e correspondentes linhas de

orientação estratégica de Opção Reativa ............................................................................................... 70

Quadro 33 – Linhas de Força para o Cenário Reorientações e correspondentes linhas de

orientação estratégica de Opção de Mudança ....................................................................................... 72

Quadro 34 – Linhas de Força para o Cenário Potencialidades e correspondentes linhas de

orientação estratégica de Opção Pró-Ativa ............................................................................................ 73

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 1

1 I N T R O D U Ç ÃO

Atendendo ao Caderno de Encargos para a elaboração dos Estudos, a prestação de serviços

comporta 3 fases distintas:

Fase 1 – Caracterização;

Fase 2 – Diagnóstico;

Fase 3 – Síntese.

O presente relatório constitui o Relatório Final da Fase 2 – Diagnóstico, concernente da

prestação de serviços de elaboração dos Estudos de Base do Programa Especial do Parque

Natural da Serra de São Mamede (PNSSM), adjudicado pelo Instituto da Conservação da

Natureza e das Florestas (ICNF) à Biodesign, tendo como objetivos:

Identificar e avaliar os pontos fracos e ameaças, e os pontos fortes e oportunidades

presentes na área, bem como a sua influência no território;

Identificar as variáveis que influenciam o desenvolvimento da situação atual;

Identificar os fatores presentes na área que de alguma forma poderão influenciar o

futuro do território, do ponto de vista da conservação dos seus valores naturais;

Construir o cenário de referência e cenários alternativos;

Descrever as opções estratégicas de intervenção territorial.

A Fase 2 – Diagnóstico, pretende identificar as variáveis de desenvolvimento determinantes

para o território dentro do espaço temporal do plano; construir cenários alternativos a partir das

linhas de força críticas encontradas; descrever as opções de intervenção adequadas para a

resolução de cada cenário preconizado.

Na Fase 3 – Síntese será elaborado um documento síntese e cartografia, conciso e

esquemático, que integre os principais resultados alcançados nos estudos de caracterização e

diagnóstico.

Este Relatório é constituído por 7 capítulos: a presente introdução, no segundo capítulo é

detalhada a metodologia e tarefas desenvolvidas; e no terceiro capítulo são apresentados os

resultados da análise SWOT. No quarto capítulo são identificadas as variáveis de

desenvolvimento, no quinto as linhas de força críticas, no sexto são apresentados os cenários e

no sétimo e último capítulo são apresentadas as opções estratégicas.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 2

2 M E T O D O L O G I A

De acordo com o Caderno de Encargos, a Fase 2 – Diagnóstico será desenvolvida em 2

etapas, com os seguintes objetivos:

Etapa 4 – Variáveis de Desenvolvimento

- Identificar e avaliar os pontos fracos e ameaças presente na área, bem como a sua

influência relativamente às componentes de conservação da natureza e

desenvolvimento territorial, de acordo com uma valoração relativa pré-definida;

- Identificar e avaliar os pontos fortes e oportunidades presentes na área, bem como a

sua influência relativamente às componentes da conservação da natureza e

desenvolvimento territorial, de acordo com uma valoração relativa pré-definida;

- Identificar as variáveis presentes e que influenciam o desenvolvimento da situação

atual, por exemplo a nível do desenvolvimento da paisagem, alteração de habitats e

utilização dos recursos.

Etapa 5 – Construção de Cenários e Opções Estratégicas

- Construir o cenário de referência;

- Construir cenários alternativos resultantes do domínio de diferentes linhas de força

críticas;

- Descrever as opções estratégicas de intervenção territorial associadas a cada cenário

alternativo.

A metodologia a ser adotada está baseada no Caderno de Encargos e respetivos anexos,

designadamente:

Anexo VII – IDENTIFICAÇÃO DE VARIÁVEIS DE DESENVOLVIMENTO

Anexo VIII – CONSTRUÇÃO DE CENÁRIOS E OPÇÕES ESTRATÉGICAS

A Figura 1 representa as etapas a desenvolver na Fase 2 de Diagnóstico.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 3

Figura 1 - Metodologia para a elaboração da Fase 2

OPÇÕES ESTRATÉGICAS DE

DESENVOLVIMENTO

PROTECIONISTAS

DE MUDANÇA

REATIVAS

PRÓ-ATIVAS

Fase 2| Etapa 5 – Cenários e Opções Estratégicas

Construção da Matriz SWOT (biologia, geologia,

paisagem e socioeconomia)

Workshop (equipa e ICNF)

Validação (ICNF)

Pontos Fortes

Pontos Fracos

Oportunidades

Ameaças

Vulnerabilidades

Reorientações

Constrangimentos

Potencialidades

LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS E

CENÁRIOS

Fase 2| Etapa 4 – Variáveis de Desenvolvimento

ANÁLISE SWOT

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 4

A partir da análise ao documento de caracterização e valoração, foi realizada uma análise

SWOT de modo a identificar os fatores determinantes para o desenvolvimento da área

protegida. Esses fatores são considerados positivos (pontos fortes ou oportunidades) ou

negativos (pontos fracos ou ameaças) consoante o papel que desempenham no contexto

interno ou externo da área protegida.

Após uma primeira versão compilada pela equipa de trabalho, foi realizado um workshop com o

ICNF de modo a incorporar ou alterar os fatores escolhidos para cada uma das componentes

analisadas (biologia, geologia, paisagem e socioeconomia). A versão final da SWOT foi

posteriormente validada pelo ICNF.

A partir da análise SWOT foram identificadas as principais variáveis que determinam o

desenvolvimento no PNSSM e as linhas de força críticas para cada uma das componentes

(biologia, geologia, paisagem e socioeconomia) (Figura 2), nomeadamente:

Vulnerabilidades, resultantes do cruzamento de ameaças (T) e de pontos fracos (W);

Constrangimentos, resultantes do cruzamento de ameaças (T) e de pontos fortes (S);

Reorientações, resultantes do cruzamento de oportunidades (O) e de pontos fracos (W);

Potencialidades, resultantes do cruzamento de oportunidades (O) e de pontos fortes (S).

Fatores Internos

Fato

res E

xte

rno

s

Pontos Fortes (S)

Pontos Fracos (W)

Oportunidades (O)

POTENCIALIDADES REORIENTAÇÕES

Ameaças (T)

CONSTRANGIMENTOS VULNERABILIDADES

Figura 2 - Linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e

externos

As linhas de força críticas associadas a cada componente são encontradas através de uma

matriz de diagnóstico.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 5

Quadro 1 – Exemplo de matriz de diagnóstico resultante da combinação dos fatores internos e

externos para a componente Biologia

BIOLOGIA Fatores Internos

Pontos Fortes (S) Pontos Fracos (W)

Fa

tore

s E

xte

rno

s

S1 S2 S3 Sn W1 W2 W3 Wn

Op

ort

un

ida

des

(O)

O1 SB1OB1 SB2O1 WB1OB1 WB2OB1

O2

O3

On

Am

ea

ças

(T

)

T1 SB1TB1 SB2T1 WB1TB1 WB2TB1

T2

T3

Tn

WB (Weakness Biologia); TB (Threat Biologia); OB (Oportunity Biologia); SB (Strength Biologia)

Os cenários são definidos a partir das linhas de força críticas presentes para o conjunto das

componentes, com maior ênfase nas que se relacionam com as variáveis de desenvolvimento.

A definição das Opções Estratégicas resulta do esquema apresentado na Figura 3.

Figura 3 - Esquema metodológico para a definição das Opções Estratégicas

As opções estratégicas serão eminentemente Protecionistas – se determinadas pelas

Vulnerabilidades; Reativas – se determinadas pelos Constrangimentos; De mudança – se

determinadas pelas Reorientações; e Pró-ativas – se determinadas pelas Potencialidades.

Cada opção estratégica é definida pelas suas linhas de orientação estratégica (LOE). Estas

LOE serão abordadas e desenvolvidas no futuro programa espacial, sendo de carácter político

quando extravasam o âmbito de aplicação direta do ordenamento da área protegida (LOE de

Variáveis de desenvolvimento

(SWOT)

Linhas de Força

(Matrizes de diagnóstico)

Cenários Opções Estratégicas

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 6

Política), de base territorial quando determinam regimes de proteção ou áreas de intervenção

específica (LOE Territoriais), de índole regulamentar se respeitam a normas que interditam ou

condicionam usos e atividades (LOE Regulamentares), e de gestão quando têm uma

configuração mais operacional, para futuros planos ou programas de execução (LOE de

Gestão).

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 7

3 A N Á L I S E S W O T

3 . 1 B I O D I V E R S I D A D E

A componente biológica é central no desenvolvimento de um território considerado como área

protegida, tendo ligação direta com as outras componentes em avaliação. Nesta componente

encontram-se todos os fatores ligados aos valores biológicos (espécies, biótopos, habitats), ao

seu conhecimento, preservação e valorização.

Pontos Fortes

A presença de uma larga diversidade de unidades de vegetação (áreas agrícolas, prados

naturais, matos, montados, sistemas agroflorestais, povoamentos florestais, galerias ripícolas)

associada às condições orográficas distintas de norte a sul do PNSSM proporciona uma

elevada biodiversidade nesta área.

SB1

Presença de vários habitats do Anexo I da Diretiva Habitats, alguns deles prioritários (91E0*

Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior; 6220* Subestepes de gramíneas e

anuais da Thero-Brachypodietea; 4020* Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica

ciliaris e Erica tetralix; 3170* Charcos temporários mediterrânicos)

SB2

Unidades de vegetação com maior relevância ecológica no PNSSM: cursos de água e galerias

ripícolas, montados (na zona sul), bosque (azinhal/sobreiral, castinçal/soutos, carvalhal – na

zona norte), turfeiras e matos turfófilos (na zona central).

SB3

Evolução positiva de alguns habitats/unidades de vegetação (áreas arbóreas com cada vez

mais relevância, tais como os carvalhais – Habitat 9230). SB4

Diversidade de tipos de montado e usos associados (Quercus rotundifolia, Quercus suber,

Quercus pyrenaica), sendo os montados de Q. pyrenaica uma unidade de vegetação singular a

nível nacional.

SB5

Existência de um perímetro florestal, com preservação de núcleos de castanheiros. SB6

Cerca de 44% dos biótopos do PNSSM foram classificados com a valoração de Alto ou

Excecional para a fauna (cursos de água; bosque; pastagens e prados; área agrícola e mato). SB7

Área de cruzamento de unidades bioclimáticas (Atlântica/ Mediterrânica/ Continental), que

conjuntamente com a orientação da serra de S. Mamede promovem a existência de

microclimas e isolados populacionais de espécies de flora (Marsupella profunda) e

herpetofauna (cágado-de-carapaça-estriada e víbora-cornuda)

SB8

Presença de espécies de avifauna relevantes, nomeadamente rapinas (ex. águia-de-bonelli),

chasco-preto, melro-das-rochas, entre outras. SB9

Presença do mais importante abrigo de importância nacional para os morcegos (gruta da Cova

da Moura) (consultar a Carta 30 – Carta de locais de interesse para espécies prioritárias de

fauna)

SB10

Presença de várias espécies de fauna com estatuto de ameaça nos vários grupos de

vertebrados: 5 peixes, 2 répteis, 28 aves e 11 mamíferos (consultar Anexo 1.4 do Relatório final

da Fase – Caracterização)

SB11

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 8

Pontos Fracos

Presença de espécies exóticas invasoras de fauna e flora (ex: flora – mimosas Acacia dealbata,

peixes – achigã Micropterus salmoides, perca-sol Lepomis gibbosus, gambúsia Gambusia

holbrooki).

WB1

Utilização excessiva e incorreta de fitofármacos nas áreas agrícolas. WB2

Falta de conhecimento biológico e/ou corológico atualizado sobre diversos grupos de fauna e

flora. WB3

Fraca extensão e/ou fragmentação das manchas de vegetação ou de habitats (a fragmentação

de carvalhais dificulta a capacidade de renovação e reduz a biodiversidade a eles diretamente

associada).

WB4

Fracas populações de coelho (alimento essencial para aves de rapina e mamíferos carnívoros)

que ocupam zonas de matos. WB5

Estado de conservação desfavorável de alguns habitats protegidos (ex: habitat 4020*

Charnecas húmidas atlânticas temperadas de Erica ciliaris e Erica tetralix, cuja ocorrência no

PNSSM é muito restrita).

WB6

Apanha de cogumelos silvestres efetuada sem regulamentação. WB7

Oportunidades

Proximidade com outras áreas protegidas, potenciando esforços de conservação comuns e

atração de visitantes (por exemplo Parque Natural do Tejo Internacional). OB1

Fixação de grandes rapinas aproveitando a expansão atual das espécies e o desenvolvimento

de Projetos de Conservação (LIFE+) na envolvente ao PNSSM, tais como o projeto Life Habitat

Lince/Abutre no Vale do Guadiana e na região de Moura e Barrancos.

OB2

Aumento do conhecimento biológico e corológico através da promoção de projetos de

investigação científica nesta área, sobretudo no que respeita ao conhecimento das espécies

flora e fauna que ocorrem na área do PNSSM, da sua localização, dimensão de núcleos

populacionais.

OB3

Protocolos de entendimento ou gestão conjunta com zonas de caça, potenciando o aumento do

coelho-bravo e a proteção de áreas sensíveis. OB4

Promoção de projetos de recuperação de espécies e habitats com estados de conservação

desfavoráveis (ex: habitat 4020*). OB5

Estudo e reconhecimento do valor associado aos serviços de ecossistemas (nomeadamente os

de aprovisionamento e culturais) potenciando a manutenção e recuperação dos habitats

presentes.

OB6

Inclusão do PNSSM no Sítio de Importância Comunitária “São Mamede” área classificada no

âmbito da Rede Natura, ao abrigo da Diretiva Habitats. OB7

Ameaças

Contaminação de massas e linhas de água (ex: ETAR/ fábricas/ suiniculturas/ vacarias). TB1

Pragas e doenças (ex: vespa do castanheiro, tinta do castanheiro e cancro). TB2

Aumento da área de floresta de produção (ex: pinhal e eucaliptal). TB3

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 9

Desadequação do financiamento agrícola para a conservação de matos e biodiversidade. TB4

Proliferação do nemátodo do pinheiro (se aparecer em grande número no PNSSM poderá

induzir a opção pelo eucaliptal, por substituição do pinhal). TB5

Proliferação de espécies invasoras, exóticas e alóctones (tanto espécies de flora, como de

fauna). TB6

Políticas e práticas agro-pastoris não compatíveis com a conservação da natureza (ex: politica

de financiamento de gado bovino, que poderá ter efeitos pelo sobrepastoreio). TB7

Controlo ilegal de predadores e utilização de venenos, que coloca em causa a conservação das

grandes rapinas ameaçadas. TB8

Neoruralidade, enquanto fator de incremento da edificação dispersa. TB9

3 . 2 G E O D I V E R S I D A D E

Na componente geodiversidade são avaliados os fatores geológicos e a sua interação com a

natureza e o Homem, sendo consideradas as questões associadas à identificação,

caracterização, dinamização e proteção de locais que revelam interesse patrimonial geológico.

Pontos Fortes

Área com grande geodiversidade: O PNSSM está inserido em duas zonas geológicas distintas

o que implica a ocorrência de litologias de génese ígnea e metamórfica. Há grande diversidade

de rochas graníticas com texturas e composições diversas bem como litótipos

metassedimentares de diversas idades, afetados por deformações ocorridas em diferentes

orogenias. Existem igualmente litótipos carbonatados e detríticos.

SG1

A Serra de São Mamede, onde se destaca a crista quartzítica de Marvão, marca fortemente a

paisagem, sob o ponto de vista geomorfológico. Outras estruturas que marcam a topografia são

mega dobras hercínicas, das quais resultaram os modelados em sinclinais e anticlinais, cuja

direção preponderante é para NW-SE.

SG2

Ocorrência de grande quantidade de conteúdos fossilíferos de Idade Devónica: Os xistos

devónicos são em determinados locais muito ricos em Graptólitos. SG3

O interesse científico do património geológico aliado à atratividade dos geossítios para o

público em geral, constitui uma mais-valia no que concerne à visitação do Parque. SG4

Presença de 3 geossítios com relevância nacional: O Miradouro da Fonte dos Amores

localizado à saída de Portalegre para a Serra, a Cova da Moura localizada perto da Portagem -

Olhos de Água e Crista quartzítica de Marvão na vila de Marvão são os geossítios de

relevância nacional e listados pelo inventário da PROGEO.

SG5

Ocorrência de recursos minerais metálicos dando realce às mineralizações uraníferas da

Cintura Uranífera de Portalegre, que ocorre em filões que cortam o Granito tectonizado de

Portalegre, bem como corneanas que advêm do contacto entre o Granito de Portalegre e os

xistos e grauvaque do Grupo das Beiras.

SG6

Page 16: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 10

Pontos Fracos

Má conservação e valorização do património geológico, uma vez que a sua identificação é uma

novidade na maioria dos casos. Tem sido até agora sujeito aos agentes de meteorização e

atividades antrópicas sem qualquer regulamentação, o que o torna mais vulnerável.

WG1

Deficiente divulgação dos geossítios por serem em grande parte desconhecidos e como tal,

não existirem os corretos e eficazes meios de divulgação. WG2

Potencial degradação ou subtração de conteúdos fossilíferos por atos de vandalismo

(consequência de iliteracia cultural). WG3

Falta de investigação na área em estudo de forma a obter mais dados para inventariar outros

geossítios do Câmbrico e Pré-câmbrico. WG4

Falta de estratégias e regulamentação para a valorização e conservação de geossítios. WG5

Não existem medidas de proteção eficazes e adequadas aos aquíferos existentes na área do

Parque. WG6

Oportunidades

Promoção do património geológico conjuntamente com o restante património. A promoção dos

geossítios do parque conjuntamente com os restantes valores naturais pode potenciar uma

valorização dos geossítios e o aumento do interesse sobre a história geológica da região por

parte dos visitantes.

OG1

A dinamização e potenciação do geoturismo (e também do Geocaching) e a divulgação dos

geossítios será uma oportunidade para potenciar a cultura geológica do público em geral. OG2

Ameaças

As questões relacionadas com a conservação, divulgação e valorização do património geológico

têm sido colocadas em segundo plano pelas entidades públicas. TG1

A proximidade/inclusão de alguns geossítios em zonas urbanas expõe estas áreas a uma

pressão humana mais elevada potenciando a sua degradação.

TG2

Desconhecimento dos cidadãos relativamente à importância do património geológico em

presença e à necessidade da sua salvaguarda. TG3

3 . 3 P A I S A G E M

Na componente paisagem é avaliado o património paisagístico e a sua atual situação de

referência face aos fatores potenciadores da sua valorização e a elementos de

descaracterização.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 11

Pontos Fortes

A Serra de São Mamede constitui uma das elevações emblemáticas de Portugal e símbolo da

identidade do norte alentejano, sendo publicamente reconhecida como elemento diferenciado na

paisagem alentejana; integra diversos locais panorâmicos.

SP1

O património arqueológico. SP2

Relação entre paisagem humanizada, relevo e ocupação construída de elevado valor estético,

histórico e cultural (Marvão, Castelo de Vide e Alegrete). SP3

Microclima da Serra de São Mamede como fator diferenciador no mosaico da ocupação do solo,

com destaque para carvalhais, soutos e castinçais. SP4

Árvores de interesse público (alameda dos freixos, plátano e oliveira). SP5

Variabilidade cromática com primavera e outono distintos. SP6

Pontos Fracos

Descaracterização decorrente do aumento da área de floresta de produção (ex: pinhal e

eucaliptal). WP1

Abandono de práticas culturais tradicionais. WP2

Oportunidades

Promoção do património paisagístico nacional de forma integrada e como produto de particular

relevância para a oferta turística portuguesa nos mercados externos OP1

Eventuais financiamentos futuros para a valorização dos muros de pedra seca. OP2

Eventual requalificação futura do pico de S. Mamede. OP3

Desenvolvimento do conceito “natural.pt” e seu estímulo para valorização de produções locais

de qualidade e economicamente viáveis que fixem e atraiam população no sector primário e

turístico

OP4

Marvão como candidata a Património Mundial.

Maior envolvimento das autarquias na gestão pró-ativa das áreas protegidas, nomeadamente ao

nível do enquadramento paisagístico da edificação (habitação e apoios agrícolas). OP6

Ameaças

O novo quadro de ordenamento territorial para as áreas protegidas que possa atomizar

administrativamente uma unidade natural que se quer una. TP1

Fraca relação entre política de financiamento agro-florestal e a conservação das funções

essenciais da paisagem. TP2

Falta de financiamento para atividades de gestão da paisagem e falta de normas específicas de

preservação dos elementos e funções essenciais da paisagem. TP3

Dificuldade em manter a atividade agrícola tradicional. TP4

Instalação de novos projetos eólicos. TP5

O Parque Natural da Serra de São Mamede encontra-se classificado como Zona de Risco de TP6

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 12

Perigosidade de Incêndio Muito Alto.

Deterioração do património arqueológico (agentes meteóricos e ações antrópicas). TP7

3 . 4 S O C I O E C O N O M I A

Na componente socioeconomia é abordado o estudo da população e sua caracterização

demográfica, bem como a caracterização das principais atividades económicas praticadas,

avaliando a sua inter-relação.

Pontos Fortes

O Aproveitamento Hidroagrícola Marvão-Apartadura, anterior à criação do PNSSM, ocupa cerca

de 470 ha, menos de 0,8% da área do PNSSM, e dispõe de mais de 250 beneficiários. SSE1

Significativo peso do pastoreio, nomeadamente de ovinos. SSE2

Grande número de zonas de caça com elevada qualidade e extensão com importante impacte

económico. SSE3

Presença de exploração de água mineral em laboração e identificação de outra localização de

recurso hidromineral potencial. SSE4

Importância da extensão da cobertura florestal. Esta representa cerca de 50% da área do

PNSSM SSE5

Diversidade de produtos com DOP ou IGP que abrangem a delimitação geográfica do PNSSM -

além das produções tradicionais de frutos do PNSSM, assinala-se uma variedade de produtos

de queijo, azeite, carnes (bovino, ovino, caprino e suíno) e salsicharia.

SSE6

Presença das albufeiras de Póvoa e Meadas e da Apartadura - além das finalidades principais

de produção de energia e de rega e abastecimento, as albufeiras têm associado um valor

recreativo.

SSE7

Presença de parque eólico de Alto dos Forninhos - Constituído por 4 aerogeradores de 2 MW,

foi alvo de Avaliação de Incidências Ambientais. SSE8

Atratividade turística das vilas de Marvão e Castelo de Vide - representado pela concentração

de locais de interesse para visitação, alojamento e restauração. SSE9

Importância do Turismo em Espaço Rural (TER). SSE10

Grande extensão de percursos pedestres – quer os percursos criados pelo ICNF quer os

percursos enquadrados no Projeto Alentejo Feel Nature. SSE11

Existência de uma rede de miradouros. SSE12

Realização de provas desportivas. SSE13

Pontos Fracos

Estrutura demográfica envelhecida e em perda. WSE1

Redução da população que se dedica à atividade agrícola. WSE2

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 13

Reduzido significado quantitativo das produções tradicionais do PNSSM com classificação DOP

e IGP - A produção da Cereja de São Julião IGP, Castanha de Marvão DOP e Maçã de

Portalegre IGP apresenta quantitativos reduzidos, e quanto aos restantes produtos DOP e IGP

têm uma abrangência territorial bem mais abrangente que o PNSSM, podendo não ocorrer

produção significativa no interior do PNSSM

WSE3

Ausência de projetos de reflorestação com espécies autóctones e reduzida área sujeita a regime

florestal. O perímetro florestal da Serra de São Mamede, Quinta dos Olhos de Água e São

Salvador totaliza os 382,72 ha, representando menos de 1% da área do PNSSM.

WSE4

Reduzida dimensão da estrutura fundiária dos terrenos florestais. WSE5

Oportunidades

Peso da população com ensino superior no concelho de Portalegre, representado pelos 18,1%

da população com ensino superior no concelho de Portalegre, comparativamente com os 11,9%

da Região. O que pode ser justificado também pela presença do Instituto Politécnico de

Portalegre

OSE1

Neoruralidade, que se tem vindo a assumir cada vez mais como uma realidade OSE2

Forte concentração empresarial na cidade de Portalegre - O concelho de Portalegre representa

73,1% das empresas e 92,3% do volume de negócios das empresas sedeadas nos 4 concelhos

do PNSSM

OSE3

Crescimento de atividades associadas à produção de aromáticas, medicinais e condimentares,

cogumelos. OSE4

Promoção do desenvolvimento turístico da Região Alentejo e do Turismo de Natureza -

enquadrados pelo Plano Estratégico Nacional de Turismo OSE5

Eventual futura aprovação da candidatura de Marvão a Património Mundial OSE6

Ameaças

Crescimento reduzido do valor económico do sector primário - apenas 3% de aumento do

volume de negócios do sector primário das empresas nos 4 concelhos do PNSSM entre 2005 e

2012, sendo bastante inferior ao registado para os setores secundário e terciário

TSE1

Percursos pedestres que nem sempre são alvo de ações de manutenção regulares TSE2

Falta de perceção por parte da população da mais-valia em viver em área protegida TSE3

3 . 5 S Í N T E S E D A A N Á L I S E S W O T

3.5.1 Biodiversidade

Pontos Fortes: O PNSSM reveste-se de extrema importância no que respeita à conservação

da natureza e da biodiversidade. Esta área apresenta uma grande diversidade de unidades de

vegetação e é muito relevante para a conservação de habitats protegidos destacando-se, pela

sua representatividade e/ou grau de conservação os montados (habitat 6310) e os sobreirais

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 14

(habitat 9330) e as Florestas aluviais de Alnus glutinosa e Fraxinus excelsior (habitat prioritário

91E0). Pela sua singularidade importa destacar a presença de montados de Quercus pyrenaica

que constituem uma unidade de vegetação absolutamente singular a nível nacional.

A diversidade de habitats, em parte associada às condições orográficas distintas de norte a sul

do PNSSM proporciona uma elevada biodiversidade nesta área, traduz-se também numa

grande diversidade de biótopos, naturais e semi-naturais: mosaicos de áreas agrícolas, prados

naturais, matos, montados, sistemas agroflorestais, povoamentos florestais, galerias ripícolas,

sendo que cerca de 44% dos biótopos têm elevada valoração para a fauna (cursos de água;

bosque; pastagens e prados; área agrícola e mato).

À elevada riqueza faunística do PNSSM acrescenta-se o facto de integrar 46 espécies com

estatuto de ameaça, onde se destacam espécies com carácter prioritário para a conservação,

quer por apresentarem estatuto Criticamente em Perigo (peixes: boga-portuguesa

Iberochondrostoma lusitanicum; aves: águia-imperial Aquila adalberti, abutre-preto Aegypius

monachus, rolieiro Coracias garrulus, chasco-preto Oenanthe leucura; mamíferos: morcego-

rato-pequeno Myotis blythii, morcego-de-ferradura-mediterrânico Rhinolophus euryale,

morcego-de-ferradura-mourisco Rhinolophus mehelyi) se encontrarem Em perigo de extinção

(peixe: boga-de-boca-arqueada Iberochondrostoma lemmingii; répteis: cágado-de-carapaça-

estriada Emys orbicularis; aves: britango Neophron percnopterus, abetarda Otis tarda, cortiçol-

de-barriga-preta Pterocles orientalis; mamíferos: morcego-de-bechstein Myotis bechsteinii) ou

por estarem classificadas como Vulnerável segundo o LVVP (peixe: boga do Guadiana

Pseudochondrostoma willkommii; aves: açor Accipiter gentilis, sisão Tetrax tetrax e peneireiro-

das-torres Falco naumanni; mamíferos: morcego-de-ferradura-grande Rhinolophus

ferrumequinum, morcego-de-peluche Miniopterus schreibersii, rato de Cabrera Microtus

cabrerae). A presença destas espécies eleva a importância biológica deste território, fazendo

do PNSSM uma referência a nível nacional. Relativamente à flora do PNSSM, é conhecida a

presença de espécies relevantes para a conservação, por apresentarem um caráter endémico

ou por serem raras no contexto nacional, tais como Marsupella profunda, Narcissus

pseudonarcissus subsp. portensis, Tanacetum mucronulatum, Scrophularia sublyrata, entre

outras.

De destacar que é no PNSSM que está situado um abrigo de importância nacional para

morcegos (Cova da Moura) que representa a gruta mais importante do país e uma das mais

importantes da Europa. Nos últimos anos esta gruta tem sido utilizada na época de hibernação

por alguns milhares de Rhinolophus euryale, poucas centenas de Rhinolophus mehelyi,

dezenas de Myotis schreibersii, Myotis myotis e Rhinolophus ferrumequinum e alguns

indivíduos isolados de Myotis bechsteinii. Na época de reprodução é utilizada por muitos

milhares de Myotis schreibersii e poucos milhares de Myotis myotis, podendo igualmente

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 15

albergar várias dezenas de Rhinolophus ferrumequinum, Rhinolophus euryale, Rhinolophus

mehelyi e indivíduos isolados de Myotis escalerai, Myotis bechsteinii e Myotis emarginatus.

Pontos Fracos: O PNSSM apresenta algumas fraquezas relacionadas com inúmeros fatores

que ocorrem dentro da área protegida. Do ponto de vista da biodiversidade é evidente a

fragmentação das manchas de vegetação e dos habitats naturais como por exemplo os

carvalhais, sendo estes habitats de extrema importância como áreas de refúgio e caça, para

várias espécies de morcegos e grandes rapinas. Também a fraca dimensão das populações de

coelho impede ainda a proliferação de espécies faunísticas emblemáticas como as grandes

rapinas.

A presença de espécies exóticas invasoras de fauna, em particular espécies de ictiofauna, nos

cursos de água que atravessam a área do PNSSM, representa uma outra fraqueza. Este ponto

fraco tem aumentado devido ao aumento de barragens, que representam um habitat propício à

propagação de espécies de ictiofauna exótica, a qual gera impactos negativos nas populações

nativas. As espécies da ictiofauna nativa têm regredido consideravelmente devido à presença

de espécies exóticas de peixes, pela competição por recursos, pela predação ou pela

disseminação de agentes patogénicos. No caso da flora exótica, trata-se sobretudo de

mimosas que formam povoamentos estremes, dificultando o desenvolvimento de vegetação

nativa.

Foram ainda identificados como pontos fracos, a utilização excessiva e incorreta de

fitofármacos na atividade agrícola, bem como a utilização ilegal de venenos com a finalidade de

controlar predadores.

A falta de conhecimento biológico atualizado sobre diversos grupos, nomeadamente a nível

florístico, é também uma fraqueza identificada nesta área protegida. Aqui são conhecidos

vários núcleos de espécies de flora relevantes para a conservação da natureza, mas

desconhece-se a dimensão destes núcleos e a sua exata espacialização territorial, sendo esta

geralmente sustentada com base na presença de habitat potencial às espécies e não por

observações concretas destas no terreno.

Oportunidades: Os projetos de investigação orientados para o estudo e/ou monitorização das

populações faunísticas e florísticas, bem como os que poderão ser aplicados à resiliência e

sustentabilidade dos bosques e matagais densos no PNSSM, são vistos como oportunidades

para atenuar as fraquezas de conhecimento enfrentadas pela área protegida, permitindo

orientar a atuação para a manutenção e/ou recuperação do estado de conservação dos

habitats protegidos e potenciar biótopos de eleição para espécies faunísticas emblemáticas.

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 16

A atual expansão das espécies e dos projetos de conservação a decorrer em áreas próximas

(Projeto Life Habitat Lince/Abutre no Vale do Guadiana) constitui igualmente uma oportunidade

na medida em que permite a fixação de grandes rapinas reforçando as populações já

existentes no PNSSM.

Também as potencialidades associadas ao reconhecimento dos serviços de ecossistemas

associados aos principais biótopos que caracterizam o parque, o que contribuirá para a sua

manutenção e por conseguinte para a preservação e valorização de núcleos de espécies de

flora e de habitats naturais relevantes.

A importância da atividade cinegética encontra-se representada pelo elevado número de zonas

de caça delimitadas no interior do PNSSM e pela sua extensão de área ocupada. Destacam-se

as Zonas de Caça Turística, as Zonas de Caça Associativa e as Zonas de Caça Municipal. As

atividades praticadas nestas zonas, muitas vezes não se coadunam com as prioridades de

conservação dos valores faunísticos presentes. O estabelecimento de protocolos para uma

gestão sustentável das zonas de caça poderá representar uma oportunidade no sentido de

conduzir a um compromisso de salvaguarda destes valores. Esta gestão conjunta é relevante

para potenciar o aumento do coelho-bravo e a proteção de áreas sensíveis.

Finalmente, importa considerar que o facto de a área estar abrangida pelo SIC São Mamede,

representará uma proteção adicional por força do Regime Jurídico da Rede Natura 2000, e

pode ser um instrumento potenciador de financiamentos dirigidos à conservação do estado de

conservação favorável dos valores naturais protegidos pela Diretiva Habitats.

Ameaças: No que respeita às principais ameaças que o PNSSM enfrenta, foram registadas as

que mais contribuem de forma negativa para a salvaguarda da biodiversidade presente no

território do parque.

As políticas de financiamento à atividade agro-pastoril são um fator extremamente importante

para a gestão do território. A existência de linhas de financiamento desadequadas conduz ao

abandono das atividades tradicionais e das práticas extensivas. Verifica-se nomeadamente que

os incentivos financeiros do gado bovino promovem o aumento do pisoteio e nitrificação das

áreas pastoreadas que, por sua vez, conduzem à degradação da qualidade das águas e à

deterioração dos habitats naturais utilizados (ex: montados e prados naturais). Por outro lado,

os incentivos às pastagens biodiversas, nomeadamente no que respeita a operações de

regularização e preparação do solo, desmatação e consolidação dos terrenos têm

consequências diretas na degradação dos habitats naturais e biótopos para a fauna autóctone.

A implantação de empreendimentos como suiniculturas, vacarias e fábricas com tratamento de

deficientes das águas residuais, representa uma das principais ameaças à fauna piscícola e a

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répteis como o cágado-de-carapaça-estriada, por contaminação das linhas de água do

PNSSM.

Na área do PNSSM tem-se verificado um aumento significativo dos povoamentos de eucalipto.

Esta situação pode vir a ser agravada se a situação do nemátodo-do-pinheiro se vier a gravar,

conduzido os produtores a optar pelo eucalipto em substituição do pinhal.

3.5.1 Geodiversidade

Como pontos fortes destaca-se a geologia diversificada, justificada pelo PNSSM estar inserido

em duas zonas geológicas distintas. Assim, há grande diversidade de rochas graníticas com

texturas e composições diversas bem como litótimo metassedimentares de diversas idades

afetados de deformação em orogenias diferentes, bem como litótipos carbonatados e detríticos.

A Serra de São Mamede como marca geomorfológica predominantemente: a imponência da

elevação da serra de S. Mamede é por si a mais evidente marca geomorfológica. Para além

disso, outras estruturas que marcam a topografia designadamente a presença de mega dobras

hercínicas das quais resultaram nos modelados em forma de sinclinais e anticlinais, cuja

direção preponderante é para NW-SE.

Como pontos fortes, destaque pela presença de 3 geossítios com relevância nacional: O

Miradouro da Fonte dos Amores localizado à saída de Portalegre para a Serra, a Cova da

Moura localizada perto da Portagem - Olhos de Água e Crista quartzítica de Marvão na vila de

Marvão são os geossítios de relevância nacional e listados pela PROGEO. Refira-se ainda a

ocorrência de grande quantidade de recursos minerais metálicos.

Relativamente aos pontos fracos destaca-se a ausência de estratégias e regulamentação

para a valorização e conservação para os geossítios, questão transversal a outras áreas

protegidas, decorrente de um histórico de deficiente investimento e reconhecimento do

património geológico. A falta de conhecimento dos geossítios tem conduzido também a uma

maior exposição aos agentes erosivos climáticos e antrópicos.

A riqueza geológica, a valorização em termos de visitação e divulgação do património

geológico, constituem oportunidades que devem ser consideradas. No entanto, é necessário

investimento e financiamento para a preservação e conservação do património geológico,

sendo esta falta de reconhecimento a principal ameaça a ultrapassar no atual contexto do

PNSSM.

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3.5.1 Paisagem

Como pontos fortes destaque para a unidade de paisagem Serra de São Mamede

caracterizada pelo relevo imponente, os "acidentes" geológicos sobressaindo a formação

geológica notável como sendo o elemento estruturante da paisagem do PNSSM e um coberto

vegetal sobretudo arbóreo.

A vila de Marvão e a crista quartzítica onde se implanta, constitui, por si só, um ponto

excecional da paisagem devido ao seu valor histórico e cénico, tendo sido candidata a

Património Mundial da Unesco.

Destaque ainda para a presença de património arqueológico, património edificado, como sejam

as quintas ou a própria cidade de Castelo de Vide, e património vegetal, nomeadamente a

alameda constituída por 300 exemplares de freixos, altos, frondosos e centenários.

Pontos fracos. A principal preocupação ou risco para a manutenção paisagem prende-se com

o abandono dos usos, quer pelo êxodo, quer pela viabilidade económica das explorações.

Surge como fator menos positivo o estado de degradação em que se encontram muitas das

galerias ripícolas associadas às linhas de água, pelo que, afigura-se fundamental para a

valorização da paisagem, em termos de Leitura e Diversidade, uma intervenção com vista à

sua recuperação; refere-se ainda que deverão ser incentivadas as práticas tradicionais,

nomeadamente no que diz respeito ao tipo de pastoreio, promovendo a diversidade em termos

biológicos.

A falta de ordenamento, a reduzida coerência entre os usos, assim como o abandono, a

expansão de eucaliptais, contribuem significativamente para uma identidade baixa.

É de favorecer a estrutura de montado ou pelo menos povoamentos florestais de espécies de

folhosas autóctones em detrimento das de crescimento rápido, a intervenção/ requalificação

nas linhas de água tendo em vista, igualmente, o aumento da biodiversidade e da leitura do

espaço, assim como a gestão do tipo de pastoreio.

O valor paisagístico desta área protegida está diretamente relacionado com a humanização da

paisagem, na sua vertente natural e construída. O abandono dos usos e práticas agrícolas

tradicionais têm contribuído para a perda de valores naturais e paisagísticos que é necessário

contrariar. A agricultura e floresta são essenciais para um adequado ordenamento do território,

para a preservação da paisagem e dos recursos, biodiversidade e ecossistemas, contribuindo

para a minimização dos efeitos da suscetibilidade dos solos à desertificação e erosão hídrica.

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Para a manutenção e valorização da paisagem é necessário uma maior contribuição da

agricultura e silvicultura, de apoios financeiros, da dinamização do turismo e visitação,

envolvendo todos os interessados, assente no estabelecimento de novas diretrizes, normas e

formas de gestão.

Torna-se urgente o desenvolvimento de estratégias para a valorização dos produtos locais de

qualidade, economicamente viáveis que fixem e atraiam a população e o turismo. O PNSSM

apresenta um inegável património paisagístico, natural, cultural.

Oportunidades. Deve promover-se a manutenção do mosaico de culturas e campos

arborizados, mantendo o padrão tradicional da paisagem através de uma maior promoção dos

produtos tradicionais e por atividades complementares de recreio e turismo, contribuindo assim

para a promoção sustentada de novas atividades socioeconómicas e o bem-estar das

populações. Entre outras medidas importa procurar preservar e valorizar os elementos

construídos, como muros de pedra seca e a requalificação do pico de S. Mamede. Poderá ser

procurado um maior envolvimento das autarquias na gestão pró-ativa das áreas protegidas,

nomeadamente ao nível do enquadramento paisagístico da edificação (habitação e apoios

agrícolas).

As maiores ameaças a esta área protegida correspondem às dificuldades em manter a

atividade agrícola tradicional, ao potencial risco de incêndio elevado, em virtude das

características geomorfológicas e de ocupação do solo, bem como o aumento da área

desertificada, a possível instalação de novos projetos eólicos, deterioração do património

arqueológico, a falta de financiamento e as ainda incertezas decorrentes das alterações

promovidas pela Lei de Bases Gerais da Política Pública de Solos, de Ordenamento do

Território e de Urbanismo (LBPPSOTU), no ordenamento territorial das áreas protegidas.

3.5.1 Socio economia

No âmbito da socioeconomia, a análise SWOT identificou um conjunto de pontos fortes que

possuem um carácter quantitativo ou qualitativo. Desta forma, na definição dos pontos fortes

foram consideradas as características da AP que lhe conferem distinção associadas aos

benefícios retirados das diversas atividades económicas, enquadrados pelos objetivos da

criação da AP, de entre os quais se destaca “Promover de uma forma ordenada e equilibrada,

o desenvolvimento económico, social e cultural da região e, em especial, das populações

rurais, nomeadamente incentivando e apoiando as ocupações tradicionais do território.” (alínea

b) do artigo 3.º do Decreto-lei n.º 121/89, de 14 de abril), bem como os objetivos de um parque

natural.

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Na área do PNSSM identificam-se um conjunto de atividades económicas cujas vivências

conferem um cariz rural que por si só constituem pontos fortes, destacando-se

(tradicionalmente) as atividades associadas ao setor primário e (mais recentemente) as

atividades associadas ao setor terciário, em concreto ao turismo (cuja promoção constitui

também uma oportunidade).

O sector primário assume um protagonismo evidente na área protegida, beneficiando das

condições ambientais e biofísicas do PNSSM, e contribuindo em si mesmo para a preservação

de um conjunto de ecossistemas que dependem da atividade agrícola ou da pastorícia. Com

efeito, no PNSSM têm lugar várias atividades associadas ao setor primário destacando-se a

produção agrícola, a pecuária, a pastorícia, a exploração florestal, a pesca e a caça, cuja

representatividade e relevância se apresentam bastante variáveis e que foram identificados

como pontos fortes.

As atividades do setor primário classificadas como pontos fortes, associam-se ao caráter

tradicional da atividade à importância deste setor de atividade medida através de um conjunto

de indicadores como sejam: a população agrícola familiar (cerca de 80% da população agrícola

familiar dos quatro concelhos: Arronches, Castelo de Vide, Marvão e Portalegre), o número de

explorações agrícolas (1.953), a superfície agrícola utilizada (41.936 ha no conjunto de

freguesias que abrangem o PNSSM), ou o nº de ovinos (29.421 nas explorações agrícolas das

freguesias abrangidas pelo PNSSM em 2009). Destaque ainda para a diversidade de

produções tradicionais no PNSSM com classificação DOP e IGT nomeadamente a castanha de

Marvão DOP, que apesar da reduzida produção constitui uma cultura endógena com forte

tradição no PNSSM que tem vindo a ser objeto de promoção e valorização, por exemplo

através do Festival da Castanha, organizado pela Câmara Municipal de Marvão. Ainda como

atividades que podem proporcionar maiores benefícios (no entanto o reduzido significado

quantitativo das produções tradicionais com classificação DOP e IGP, constitui um ponto fraco).

Assinala-se ainda o valor económico associado à atividade cinegética, associado às receitas

das zonas de caça e gastos locais dos caçadores, tendo em conta que a extensão de área

ocupada por zonas de caça associativa é de 24.105 ha, 43% do PNSSM.

Destacam-se ainda como pontos fortes os recursos hidrominerais. A água mineral Vitalis

apresentou, em 2014, um valor de vendas de 8,7 milhões de euros, correspondente a 40

milhões de litros (7,6% do volume nacional). Trata-se de uma mais-valia económica que não

entra em colisão com os objetivos de conservação da natureza.

Finalmente destaca-se a atividade turística, ponto forte cujo aumento á indissociável das

características únicas da AP para o desenvolvimento de atividades de turismo de natureza

(destacando-se a grande extensão de percursos pedestres associados a uma rede de

Page 27: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 21

miradouros), da atratividade das vilas de Castelo de Vide e do Marvão, bom como do

incremento da importância do Turismo em Espaço Rural (TER). O TER, consentâneo com os

objetivos de promoção do PNSSM, é a tipologia mais característica da área protegida num total

de 39 estabelecimentos.

Assinala-se ainda a realização de provas desportivas, assumindo o PNSSM um papel

importante ao nível nacional.

Ao nível das oportunidades, realce para o desenvolvimento social, manifestado pelo peso da

população com ensino superior no concelho de Portalegre e para o desenvolvimento

económico revelado pela forte concentração empresarial na cidade de Portalegre.

A estas oportunidades junta-se a neoruralidade, ou seja a procura dos espaços rurais para

modos de vida urbanos e o desenvolvimento da atividade turística através da promoção do

desenvolvimento turístico da Região Alentejo, do aumento do turismo cultural e da natureza no

contexto regional e da eventual futura aprovação da candidatura de Marvão a Património

Mundial. De referir ainda o crescimento de atividades associadas à produção de aromáticas,

medicinais e condimentares, cogumelos, e o seu potencial para a o desenvolvimento

económico.

No que concerne aos pontos fracos, em termos sociais, assinalam-se as características da

população, que apresenta uma estrutura demográfica envelhecida e em perda (verificou-se

uma quebra demográfica de 6,4% entre 2001-2011 no conjunto das freguesias abrangidas pelo

PNSSM e índice de envelhecimento de 333 idosos por cada 100 jovens na área de estudo, em

2011) o que tem também consequências ao nível da redução da população que se dedica à

atividade agrícola - apenas 6,1% da população residente empregada no setor primário na área

de estudo - Quebra de 24,1% da população agrícola familiar nas freguesias do PNSSM entre

1999 e 2009. Redução da proporção da população agrícola familiar na população residente em

3,6 pontos percentuais entre 1999 (2001) e 2009 (2011).

Refiram-se ainda as atividades económicas que menos benefícios geram para a AP em termos

económicos e em termos sociais. O setor primário apresenta um reduzido significado

quantitativo das produções tradicionais do PNSSM com classificação DOP e IGP. O setor

secundário é claramente um ponto fraco na AP constituído principalmente pelos ramos da

indústria transformadora e construção, que se concentra no solo urbanos.

Por fim destacam-se ainda como ameaças as questões associadas ao crescimento reduzido

do valor económico do setor primário e à falta de perceção por parte da população da mais-

valia de viver numa AP.

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4 V AR I Á V E I S D E D E S E N V O L V I M E N T O

A partir da interpretação da análise SWOT foi possível identificaras variáveis de

desenvolvimento presentes no território abrangido pelo PNSSM (Quadro 2). Na construção de

cenários serão críticas as variáveis de desenvolvimento associadas a questões externas e de

contexto, nomeadamente:

as de governança, que compreendem as estratégias de financiamento, a

regulamentação e gestão territorial, e o conhecimento

as socioeconómicas, que incluem a população, produção agro-silvo-pastoril, e o

desenvolvimento económico.

Quadro 2 – Variáveis de Desenvolvimento

Variáveis de Desenvolvimento

Gestão da Biodiversidade

As questões subjacentes à gestão da biodiversidade são centrais na

definição do planeamento estratégico para qualquer área protegida,

e o Parque Natural da Serra de São Mamede não é exceção. Nesta

variável de desenvolvimento incluem-se linhas de força que atuem

diretamente sobre as espécies animais e vegetais, bem como sobre

os seus habitats.

Espécies exóticas

Apesar das questões relacionadas com este tema se possam

enquadrar na gestão da biodiversidade, elas correspondem a um

tema muito específico e que pode por em causa de forma muito

particular a manutenção dos valores naturais presentes no parque.

As espécies exóticas que normalmente proliferam têm vantagens

adaptativas que se sobrepõem às das espécies autóctones, pondo

as suas populações em perigo.

Produção agro-silvo-pastoril

A produção agro-silvo-pastoril assume especial importância no

contexto de uma AP, por um lado pela ocupação do território e por

outro pelo facto do seu crescimento poder estar associado à

afirmação e valorização de produtos regionais e certificados e ao

desenvolvimento empresarial. As opções tomadas neste âmbito

podem ter impactos significativos sobre o território, os habitats

naturais e os biótopos presentes, condicionando de forma decisiva a

sua preservação.

Gestão cinegética

Na componente biológica, a gestão cinegética está muito associada

à manutenção das populações de espécies-presa para espécies

predadoras (ex: rapinas, mamíferos carnívoros). A gestão cinegética

representa igualmente o valor económico associado às receitas das

zonas de caça e aos gastos locais dos caçadores.

Estratégias de Financiamento

As estratégias de financiamento têm um forte impacte sobre o

território, condicionando a sua gestão agro-silvo-pastoril, e

determinando a forma de atuação e relacionamento com os diversos

setores da sociedade.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

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Variáveis de Desenvolvimento

Conhecimento

O conhecimento técnico e científico é uma das principais variáveis de

desenvolvimento quando se fala de uma área protegida. Como não

se pode proteger o que não se conhece, um contínuo e atualizado

leque de ações que visem conhecer e monitorizar cada vez melhor o

território e os elementos que nele habitam, torna-se indispensável

para a sua correta gestão e desenvolvimento.

Turismo

O turismo nas suas várias vertentes constitui uma variável de

desenvolvimento com elevado alcance na medida em que o seu

crescimento tem reflexos diretos ao nível da ocupação e visitação da

AP na geração de receitas para a população residente e

consequentemente na melhoria da qualidade de vida e na

atratividade do PNSSM para novos residentes. Esse afluxo de

pessoas constitui igualmente um desafio na forma de o compatibilizar

com a manutenção do estado de conservação dos valores locais.

Associado ao turismo destacam-se as ações de promoção, ou seja

as atividades, políticas e estratégias que visem promover ou divulgar

os valores naturais (como por exemplo os geossítios), culturais e

paisagísticos do parque. A promoção pode ser direcionada através

de roteiros turísticos ou englobada noutras ações como percursos

ambientais.

Regulamentação e gestão

territorial

Esta variável de desenvolvimento está muito ligada a ações,

condicionamentos, regras e condutas a cumprir no terreno. O

cumprimento ou não destas normas poderá ter um impacto direto na

preservação do património natural, geológico, arquitetónico ou

paisagístico local, tendo uma repercussão direta no relacionamento

entre o parque natural e as populações.

Desenvolvimento económico Esta variável sendo abrangente, inclui as tendências macro e

microeconómicas com relevância para a AP.

População

Se as diversas atividades económicas constituem variáveis de

desenvolvimento, o mesmo apenas poderá acontecer caso exista um

volume de população ativa capaz alavancar essas atividades pelo

que esta variável é determinante no contexto do PNSSM.

Paralelamente, a distribuição da população no território, pode ter

grande impacto nas questões biológicas. Portugal, por ter uma

paisagem iminentemente humanizada, muitos dos habitats e

espécies presentes estão adaptadas à presença humana e aos

habitats seminaturais criados pelo Homem. O despovoamento leva a

alterações importantes nos biótopos e habitats, e por consequência,

nas espécies que deles dependem.

Pesca

A atividade piscatória constitui uma variável com algum relevo no

PNSSM, como rendimento das populações e como elemento de

atração para a prática de atividades turísticas.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

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5 L I N H AS D E F O R Ç A C R Í T I C AS

Neste capítulo apresentam-se as linhas de força críticas encontradas para cada componente a

partir dos cruzamentos (Anexo 1) entre:

ameaças (T) e pontos fracos (W) – Vulnerabilidades (Quadros 3, 7, 11 e 15),

ameaças (T) e pontos fortes (S) – Constrangimentos (Quadros 4, 8, 12 e 16),

oportunidades (O) e pontos fracos (W) – Reorientações (Quadros 5, 9, 13 e 17),

oportunidades (O) e pontos fortes (S) – Potencialidades (Quadros 6, 10, 14 e 18)

5 . 1 L I N H A S D E F O R Ç A C R Í T I C A S P A R A A B I O D I V E R S I D A D E

As linhas de força associadas à componente biológica são focadas na mitigação das grandes

ameaças presentes e na potenciação das caraterísticas naturais que elevaram esta região ao

estatuto de parque natural.

Quadro 3 – Vulnerabilidades da componente Biodiversidade

Linhas de força

WB1/TB6 Proliferação de espécies invasoras, exóticas e alóctones (tanto espécies de flora, como de

fauna)

WB4+WB6/TB3+TB4+TB7

O estado de conservação desfavorável e a fragmentação de habitats (ex 9230, 4020)

pode ser agravada pelo aumento da área de floresta de produção (ex: pinhal e eucaliptal)

e por políticas de financiamento agro-pastoril desadequadas

WB4+WB6/TB9 A tendência de edificação dispersa fora de núcleos urbanos pode ser um fator de

fragmentação de habitat, ou desfavorável à adequação de biótopos para a fauna.

Quadro 4 – Constrangimentos da componente Biodiversidade

Linhas de força

SB7+SB11/TB1+TB6

A contaminação de massas e linhas de água, bem como a proliferação de ictiofauna

exótica invasora (devido ao aumento de barragens) afeta a conservação de espécies de

peixes e anfíbios, alguns dos quais se encontram ameaçados.

SB6/TB2 O risco de proliferação de pragas e doenças (vespa do castanheiro, tinta do castanheiro e

cancro) coloca em causa os núcleos de castanheiros existentes.

SB1+SB3+SB7/TB3+TB6

O aumento potencial da área de floresta de produção (pinhal e eucaliptal) bem como a

proliferação de espécies exóticas invasoras (mimosas) poderá reduzir e fragmentar quer a

área de biótopos que foram classificados com a valoração de Alto ou Excecional para a

fauna (cursos de água; bosque; pastagens e prados; área agrícola e mato) quer as

unidades de vegetação com maior relevância ecológica (montados, bosques, etc),

reduzindo a biodiversidade.

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Linhas de força

SB1+SB2+SB4+SB11/TB4+T

B7/

A atual política de financiamento agrícola e pastoril, seja pelos incentivos ao gado bovino

(pisoteio e nitrificação das áreas pastoreadas que, por sua vez, conduzem à degradação

da qualidade das águas e à deterioração dos habitats naturais utilizados (ex: montados e

prados naturais)), seja pelos incentivos às pastagens biodiversas (nomeadamente no que

respeita a operações de regularização e preparação do solo, desmatação e consolidação

dos terrenos) têm consequências diretas na degradação dos habitats naturais e biótopos

para a fauna autóctone.

SB1+SB7/TB5 Uma proliferação do nemátodo-do-pinheiro poderá conduzir à substituição do pinheiro

pelo eucalipto, e uma consequente redução da biodiversidade.

SB9+SB11/TB8 O controlo ilegal de predadores e a utilização de venenos coloca em causa a conservação

das grandes rapinas ameaçadas, bem como de outras espécies da fauna (carnívoros).

Quadro 5 – Reorientações da componente Biodiversidade

Linhas de força

WB1/OB5

Projetos de recuperação de espécies e habitats a desenvolver podem ser direcionados

para o controlo de espécies exóticas invasoras de fauna e flora: (mimosas, achigã, perca-

sol, gambúsia)

WB2+WB4/OB6

O reconhecimento do valor associado aos serviços de ecossistemas (nomeadamente os

de aprovisionamento e culturais) deve ser canalizado para uma melhor gestão de habitats

(sensibilização relativa à utilização adequada de fitofármacos nas áreas agrícolas,

recuperação de carvalhais, etc)

WB3/OB1+OB3+OB5

O conhecimento biológico e/ou corológico sobre diversos grupos de fauna e flora poderá

ser atualizado pela promoção de projetos (nacionais ou transfronteiriços) de investigação

científica e de recuperação de valores naturais.

WB5+WB6/OB4

Os protocolos de entendimento ou gestão conjunta com zonas de caça, poderão ter

efeitos positivos ao nível das populações de coelho em zonas de matos (que atualmente

são reduzidas) e também ao nível da salvaguarda de habitats sensíveis

WB6/OB5 A promoção de projetos de recuperação permitirá atuar diretamente sobre e espécies e

habitats em estado de conservação desfavorável

WB7/OB6

O reconhecimento do valor associado aos serviços de ecossistemas (nomeadamente os

de aprovisionamento e culturais) deve despoletar a elaboração e implementação de uma

regulamentação para a colheita de cogumelos silvestres.

WB1+WB3+WB4+WB6 /OB7

O enquadramento do PNSSM no SIC São Mamede oferece uma proteção adicional à área

por força do Regime Jurídico da Rede Natura 2000, e pode ser um instrumento

potenciador de financiamentos dirigidos à conservação do estado de conservação

favorável dos valores naturais protegidos pela Diretiva Habitats.

Quadro 6 – Potencialidades da componente Biodiversidade

Linhas de força

SB2+SB4+SB5+SB8+SB10+S

B11/OB1+OB7

A proximidade a outras áreas protegidas potencia esforços comuns e articulados de

conservação, e a classificação no âmbito da Rede Natura 2000 é gerador de uma

conservação mais eficaz, fatores que podem reverter a favor do incremento e

estabelecimento de espécies na área.

SB9+SB11/OB2 Projetos de conservação direcionados para a conservação de grandes rapinas constituem

um fator de incremento e estabelecimento destas espécies na área do PNSSM

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 26

Linhas de força

SB2+SB11/OB3

A promoção de projetos de investigação científica nesta área, e por conseguinte o

aumento do conhecimento biológico e corológico, contribui para uma atuação mais

adequada e eficaz ao nível da conservação dos habitats e das espécies.

SB1+SB9/OB4

Os protocolos de entendimento ou gestão conjunta com zonas de caça permitem a

salvaguarda de áreas mais sensíveis e potenciam o aumento do coelho-bravo,

beneficiando a conservação da biodiversidade em geral e de grandes rapinas em

particular.

SB2+SB3+SB5+SB6+SB7+SB

11/OB5

A promoção de projetos de conservação e recuperação permitirá melhorar o estado de

conservação de espécies e habitats.

SB2+SB5+SB6/OB6

O reconhecimento do valor económico associado aos serviços de ecossistemas contribui

para uma maior aposta na conservação dos habitats (destacando-se os montados de

Quercus rotundifolia, Q. suber e Q. pyrenaica, as galerias ripícolas, os núcleos de

castanheiros, e os carvalhais, entre outros).

5 . 2 L I N H A S D E F O R Ç A C R Í T I C A S P A R A A G E O D I V E R S I D A D E

As linhas de força associadas à geologia estruturam-se em torno da proteção dos geossítios e

consideram a fruição dos locais pela população local ou turistas.

Quadro 7 – Vulnerabilidades da componente Geodiversidade

Linhas de força

WG1+WG2+WG3+WG4+WG

5/TG1

As questões relacionadas com o património geológico têm sido colocadas em segundo

plano pelas entidades públicas, o que acentua a atual falta de investigação e a falta de

estratégias de conservação, valorização e regulamentação de geossítios, bem como o

risco de degradação por atividades antrópicas.

WG6/TG1

As questões relacionadas com o património geológico têm sido colocadas em segundo

plano pelas entidades públicas, o que acentua as atuais carências na salvaguarda aos

aquíferos existentes na área do Parque.

WG1+WG3/TG2+TG3

O risco de degradação ou vandalismo sobre o património geológico advém do

desconhecimento dos cidadãos relativamente à importância do património geológico em

presença e à necessidade da sua salvaguarda, sendo também potenciado quando se

verifica alguma proximidade de zonas urbanas.

Quadro 8 – Constrangimentos da componente Geodiversidade

Linhas de força

SG1+SG3+SG5+SG6/TG1

As questões relacionadas com o património geológico têm sido colocadas em segundo

plano pelas entidades públicas, o que não favorece a conservação, divulgação e

valorização deste património, em particular dos geossítios.

SG5/TG2 A proximidade de alguns geossítios de zonas urbanas podem ser afetados pela presença

humana potenciando a sua degradação.

SG3+SG5/TG3/

O desconhecimento dos cidadãos relativamente à importância do património geológico em

presença e à necessidade da sua salvaguarda, potencia o risco de atos de destruição

sobre os elementos mais sensíveis do património geológico.

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Quadro 9 – Reorientações da componente Geodiversidade

Linhas de força

WG1+WG2+WG5/OG1+OG2

A promoção e divulgação do património geológico, bem como a dinamização do

geoturismo devem contribuir para a conservação, valorização e regulamentação de

geossítios.

Quadro 10 – Potencialidades da componente Geodiversidade

Linhas de força

SG4+SG5/OG1+OG2

A promoção do património geológico bem como a dinamização e potenciação do

geoturismo (e também do geocaching) pode potenciar uma valorização dos geossítios e

potenciar a visitação do Parque.

5 . 3 L I N H A S D E F O R Ç A C R Í T I C A S P A R A A P A I S A G E M

As linhas de força associadas à paisagem destacam a importância dos usos agro-silvo-pastoris

enquanto fator determinante para a identidade do património paisagístico, e relevam a

atividade turística, também associada aos elementos históricos e culturais, como um fator

potenciador e valorizador da paisagem.

Quadro 11 – Vulnerabilidades da componente Paisagem

Linhas de força

WP1+WP2/TP2/TP4 A política de financiamento agro-florestal, bem como a dificuldade em manter a atividade

agrícola tradicional, agravam o atual abandono de práticas culturais tradicionais.

WP1+WP2/TP3

A falta de financiamento para atividades de gestão da paisagem e a falta de normas

específicas de preservação dos elementos e funções essenciais da paisagem, são fatores

de descaracterização da área.

Quadro 12 – Constrangimentos da componente Paisagem

Linhas de força

SP1+SP4/TP1

O novo paradigma de ordenamento territorial para as áreas protegidas poderá fragmentar

administrativamente uma unidade natural que se quer coerente, podendo afetar a

identidade da área.

SP4/TP2 A política de financiamento agro-florestal não assegura a preservação do mosaico de

ocupação do solo.

SP1+SP3+SP4/TP3

A falta de financiamento para atividades de gestão da paisagem e a falta de normas

específicas de preservação dos elementos e funções essenciais da paisagem, são fatores

de enfraquecimento da manutenção da atual paisagem onde relevam elementos históricos

e culturais numa matriz paisagística diversificada num mosaico da ocupação do solo, com

carvalhais, soutos e castinçais.

SP4/TP4 A dificuldade em manter a atividade agrícola tradicional constitui um fator de alteração do

uso do solo, podendo afetar o mosaico da ocupação do solo.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 28

Linhas de força

SP1+SP3/TP5 A instalação de novos projetos eólicos poderá afetar a identidade paisagística do parque e

o valor panorâmico dos miradouros.

SP4+SP5+SP6/TP6

O elevado risco de incêndio florestal constitui um potencial fator de alteração da paisagem

e em particular do mosaico da ocupação do solo, com destaque para carvalhais, soutos e

castinçais, bem como de destruição dos seus elementos singulares.

SP2/TP7 A exposição in situ do património arqueológico aos agentes meteóricos e antrópicos,

potencia a sua degradação.

Quadro 13 – Reorientações da componente Paisagem

Linhas de força

WP1/OP1

A promoção do património paisagístico como produto de particular relevância para a oferta

turística e o consequente reconhecimento do valor paisagístico e emblemático da Serra de

São Mamede, poderá apoiar a inverter a tendência de descaracterização do parque pela

ocupação de povoamentos florestais.

WP2/OP4

O desenvolvimento do conceito “natural.pt” e seu estímulo para valorização de produções

locais de qualidade e economicamente viáveis que fixem e atraiam população no sector

primário e turístico, poderá ajudar a reverter o atual abandono agrícola

WP1+WP2/OP5

A candidatura de Marvão a Património Mundial constitui uma oportunidade de valorização

do património paisagístico envolvente a Marvão, promovendo uma paisagem diversificada

inscrita num mosaico agro-silvo-pastoril e presença de bosques autóctones.

Quadro 14 – Potencialidades da componente Paisagem

Linhas de força

SP1/OP1

A promoção do património paisagístico como produto de particular relevância para a oferta

turística portuguesa nos mercados externos contribuirá para o reconhecimento do valor

paisagístico e emblemático da Serra de São Mamede.

SP3/OP2 A eventual previsão de apoios financeiros para a valorização dos muros de pedra seca

contribuirá para reforçar o valor paisagístico das áreas humanizadas.

SP1/OP3 A requalificação do pico de S. Mamede permitirá valorizar o potencial panorâmico dessa

área e da serra em geral.

SP1+SP3+SP4/OP4

O desenvolvimento do conceito “natural.pt” e seu estímulo para valorização de produções

locais de qualidade e economicamente viáveis que fixem e atraiam população no sector

primário e turístico, potencia a manutenção do atual mosaico da ocupação do solo, bem

como a valorização dos locais de atração turística (ex. Marvão, Castelo de Vide)

SP2+SP3/OP5 Marvão como candidata a Património Mundial constitui uma forte oportunidade de

valorização do património histórico.

SP3/OP6

O envolvimento das autarquias na gestão pró-ativa das áreas protegidas, designadamente

ao nível do enquadramento paisagístico da edificação (habitação e apoios agrícolas)

poderá valorizar os aglomerados de elevado valor estético, histórico e cultural (Marvão,

Castelo de Vide e Alegrete).

Page 35: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

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5 . 4 L I N H A S D E F O R Ç A C R Í T I C A S P A R A A S O C I O E C O N O M I A

As linhas de força associadas à componente socioeconómica focaram a problemática do

envelhecimento populacional e à necessidade de fixação de população, e identificaram, entre

outros a necessidade de revitalização do setor primário e a importância do turismo.

Quadro 15 – Vulnerabilidades da componente Socioeconomia

Linhas de força

WSE1+WSE2+WSE3+WSE4/

TSE1+TSE3

O fraco reconhecimento da mais-valia de residir em AP, em particular para a atividade

agrícola e florestal, acentuam o reduzido crescimento do sector primário bem como o

envelhecimento da população.

Quadro 16 – Constrangimentos da componente Socioeconomia

Linhas de força

SSE1+SSE2+SSE5+SSE6/TS

E1

O crescimento reduzido do sector primário afeta as atividades agro-silvo-pastoris, bem

como a exploração de produtos com DOP ou IGP.

SSE10+SSE11 /TSE2 A falta de manutenção dos percursos terrestres desvaloriza as atividades de turismo de

natureza em espaço rural.

SSE6+SSE10/TSE3 A falta de perceção por parte da população da mais-valia de residir na AP reduz o

investimento em produtos com DOP ou IGP, bem como no TER.

Quadro 17 – Reorientações da componente Socioeconomia

Linhas de força

WSE1/OSE1+OSE2+OSE3

+OSE5

A estrutura demográfica envelhecida poderá ser revertida pela neoruralidade, destacando-

se o concelho de Portalegre por apresentar uma maior população com ensino superior e

forte concentração empresarial, e pelo desenvolvimento turístico.

WSE2/OSE2+OSE4+OSE5

A redução da população que se dedica à atividade agrícola poderá ser contrariada quer

pelo desenvolvimento turístico quer pela neoruralidade, bem como pelo crescimento de

atividades associadas à produção de aromáticas, medicinais e condimentares, e

cogumelos.

WSE3/OSE1+OSE2+OSE3+O

SE4+OSE5

A reduzida quantidade de produtos DOP e IGP poderá ser ultrapassada graças à

neoruralidade, e ao crescimento do turismo e de atividades associadas à produção de

aromáticas, medicinais e condimentares, e cogumelos, destacando-se o concelho de

Portalegre por apresentar uma maior população com ensino superior e forte concentração

empresarial.

WSE4/OSE1+OSE2+OSE3

A ausência de projetos de reflorestação e reduzida área sujeita a regime florestal poderá

ser ultrapassada graças à neoruralidade, destacando-se o concelho de Portalegre por

apresentar uma maior população com ensino superior e forte concentração empresarial.

Page 36: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 30

Quadro 18 – Potencialidades da componente Socioeconomia

Linhas de força

SSE1/OSE1+OSE2+OSE3+O

SE4

Relevância da atividade agrícola, beneficiada pelo aproveitamento hidroagrícola Marvão-

Apartadura, a neoruralidade e o crescimento de atividades associadas à produção de

aromáticas, medicinais e condimentares, e cogumelos, destacando-se o concelho de

Portalegre por apresentar uma maior população com ensino superior e forte concentração

empresarial.

SSE2/OSE2 Significativo peso do pastoreio, beneficiado pela neoruralidade.

SSE5/OSE1+OSE2+OSE3

Importância da extensão da cobertura florestal, eventualmente beneficiada pela

neoruralidade, destacando-se o concelho de Portalegre por apresentar uma maior

população com ensino superior e forte concentração empresarial.

SSE3/OSE2+OSE5 Relevância da atividade cinegética beneficiada pela neoruralidade e pelo desenvolvimento

turístico.

SSE11+SSE12+SSE13/OSE2

+OSE5+OSE6

Valorização de infraestruturas e atividades turísticas na natureza são beneficiadas quer

pelo desenvolvimento turístico quer pela neoruralidade, e eventualmente pela futura

designação de Marvão como Património Mundial.

SSE4+SSE8/OSE3

A indústria de exploração de água mineral e das energias renováveis de origem eólica

serão desenvolvidas pela forte concentração empresarial na região, em particular no

concelho de Portalegre.

SSE6/OSE1+OSE2+OSE3+O

SE4+OSE5+OSE6

A diversidade de produtos DOP e IGP poderá ser valorizada pelo desenvolvimento

agrícola e a diferenciação dos gestores agrícolas, bem como pelo aumento de procura

resultante do desenvolvimento turístico.

SSE9+SSE10/OSE1+OSE2+

OSE3+OSE4+OSE5+OSE6

O Turismo em Espaço Rural e nos centros urbanos da região (Marvão e Castelo de Vide)

poderá ser valorizado pelo desenvolvimento agrícola e a diferenciação dos gestores

agrícolas, bem como pelo investimento no desenvolvimento turístico regional.

Page 37: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 31

6 C E N ÁR I O S

Os cenários apresentados neste capítulo resultam das Linhas de Força críticas identificadas

para cada uma das componentes – Biodiversidade, Geodiversidade, Paisagem e

Socioeconomia. Cada cenário é descrito sob o ponto de vista das variáveis de desenvolvimento

críticas referidas no capítulo 4, e representa um contexto alternativo da área do PNSSM.

6 . 1 C E N Á R I O A S S E N T E N A S V U L N E R A B I L I D A D E S

Neste cenário as tendências de fatores externos influenciam negativamente a salvaguarda dos

valores naturais presentes na AP, acentuando as fragilidades já existentes.

O Quadro 19 apresenta a síntese das linhas de força que caracterizam este cenário,

identificadas para as quatro componentes, e salienta a sua relevância em termos de variáveis

críticas de desenvolvimento.

A principal vulnerabilidade relacionada com as espécies exóticas decorre da presença e

proliferação deste tipo de espécies, quer se trate de fauna quer de flora, como por exemplo a

mimosa (Acacia dealbata), o achigã (Micropterus salmoides), a perca-sol (Lepomis gibbosus)

ou a gambúsia (Gambusia holbrooki).

Dentro da produção agro-silvo-pastoril, as linhas de força encontradas estão em grande parte

relacionadas com desadequações agro-silvo-pastoris, decorrentes de usos e práticas que não

acautelam a conservação dos valores naturais (ex: aumento da floresta de produção,

sobrepastoreio). Parte das situações decorre de linhas de financiamento que promovem

práticas incompatíveis com a conservação dos habitats do Parque. Estas ameaças, juntamente

com a fragmentação de alguns habitats traduzem-se em vulnerabilidades para a área

protegida.

No âmbito da geologia as linhas de força associadas às vulnerabilidades ancoram-se

sobretudo nas deficiências regulamentares no que concerne à salvaguarda do património

geológico, focam o risco de destruição inerente à proximidade de alguns geossítios a zonas

urbanas, e relacionam-se também, quer com a falta de reconhecimento da importância deste

património por parte da população em geral, quer com algum desinvestimento ao nível da

investigação geológica.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 32

Relativamente à componente da paisagem, as linhas de força associadas às vulnerabilidades

relacionam-se com as variáveis de desenvolvimento: produção agro-silvo-pastoril, património

paisagístico e património cultural, regulamentação e gestão territorial, refletindo a

suscetibilidade deste território ao abandono das práticas agrícolas, ocupações desadequadas,

perda de valores naturais e dificuldades de gestão.

Na componente socioeconomia as linhas de força associadas às vulnerabilidades relacionam-

se com as variáveis de desenvolvimento: população (a sua diminuição e envelhecimento) e a

produção agro-silvo-pastoril (o seu abandono), que se refletem no despovoamento e abandono

da atividade agrícola bem como na dificuldade na fixação da população.

Quadro 19 - Linhas de Força para o Cenário Vulnerabilidades

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo

Governança

Estratégias de

financiamento Políticas de financiamento desadequadas.

Paisagem

Habitats naturais

Regulamentação e

gestão territorial

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da flora Habitats naturais

Políticas de florestação desadequadas Habitats naturais

Edifício jurídico de património geológico

deficitário Património geológico

Conhecimento Desconhecimento da população acerca do

património Património geológico

Socioeconomia

População Desinvestimento no setor primário e

envelhecimento da população População

Produção agro-silvo-

pastoril

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da fauna Ictiofauna

Desenvolvimento

económico Desinvestimento no setor primário Agricultura tradicional

6 . 2 C E N Á R I O A S S E N T E N O S C O N S T R A N G I M E N T O S

Neste cenário as tendências de fatores externos influenciam negativamente a salvaguarda dos

valores naturais presentes, reduzindo as mais-valias da área protegida.

O Quadro 20 apresenta a síntese das linhas de força que caracterizam este cenário,

Page 39: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 33

identificadas para as quatro componentes, e salienta a sua relevância em termos de variáveis

críticas de desenvolvimento.

No âmbito da biodiversidade, observam-se constrangimentos que decorrem de políticas de

financiamento que não acautelam práticas culturais compatíveis com a conservação da

natureza, conduzindo à fragmentação das manchas de vegetação ou à degradação de habitats

naturais relevantes para a conservação. O caso dos montados, o sobrepastoreio de gado

bovino, fomentado pelos incentivos financeiros, conduz à alteração da vegetação de

subcoberto e à degradação desta unidade de vegetação/habitat natural, com consequências

também ao nível da identidade da paisagem.

Outro constrangimento identificado relaciona-se com as pragas e doenças, e resulta da

exposição dos castanheiros (soutos e castinçais) a doenças, como a vespa do castanheiro, a

tinta do castanheiro e ao chamado cancro do castanheiro, pondo em causa a manutenção

destes tipos de habitats e, consequentemente da biodiversidade que deles dependem.

Os constrangimentos relacionados com espécies exóticas decorrem de várias situações,

consoante se trate de habitats naturais da Diretiva, de espécies de flora ou de fauna.

Relativamente aos habitats naturais pode existir incompatibilização entre a presença de

unidades de vegetação com maior relevo ecológico e a proliferação de espécies exóticas ou

invasoras. Neste campo salientam-se os habitats ripícolas, muitas vezes ameaçados por

povoamentos estremes de canavial. Já no que respeita à flora e fauna o principal

constrangimento decorre da dificuldade em gerir a existência de isolados populacionais de

répteis, anfíbios, peixes autóctones e plantas com estatuto de ameaça e a proliferação de

espécies invasoras e exóticas que competem e ameaçam estas espécies.

O principal constrangimento relacionado com as fontes de poluição, decorre do conflito entre a

contaminação de massas de água (p.ex. ETAR/fabricas/suiniculturas/vacarias) com a presença

de espécies de ictiofauna autóctone com estatuto de proteção, pondo em causa o seu estado

de conservação.

Quanto à gestão cinegética o principal constrangimento resulta do conflito entre o recurso a

atividade ilegais (controlo ilegal de predadores e utilização de venenos) que podem colocar em

causa as populações de espécies de fauna emblemáticas e com estatuto de proteção (ex.:

grandes rapinas).

Relativamente à geologia as linhas de força associadas aos constrangimentos apontam de

novo para as deficiências regulamentares no que concerne à salvaguarda do património

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 34

geológico e para o risco de destruição devido à proximidade de alguns geossítios junto às

zonas urbanas e ao desconhecimento da importância deste património.

Relativamente à paisagem, os constrangimentos relacionam-se, por um lado, com o

desaparecimento dos sistemas agrícolas extensivos, abandono agrícola, e por outro, pela falta

de meios para a proteção, valorização e gestão do património cultural e paisagístico, bem como

da suscetibilidade deste território a diversos fatores, tais como risco de incêndio elevado e

novas ocupações (construções, parques eólicos).

Na componente socioeconomia, no domínio dos constrangimentos ressaltam de novo as

variáveis de desenvolvimento associadas à produção agro-silvo-pastoril, ao turismo e à

população. Verifica-se uma dificuldade de afirmação dos produtos agrícolas decorrentes do

despovoamento e abandono da atividade agrícola bem como da falta de atratividade desta

atividade para a população, à qual não é alheia a falta de ações de divulgação dos mesmos e

de sensibilização para os benefícios de residir numa área protegida. Acresce contudo o

turismo, como fator de desenvolvimento que pode ser potenciado de forma sustentável.

Quadro 20 – Linhas de Força para o Cenário Constrangimentos

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo

Governança

Estratégias de

financiamento Políticas de financiamento desadequadas

Habitats naturais

Biótopos classificados com a valoração

de alto ou excecional para a fauna

Paisagem

Regulamentação e

gestão territorial

Edifício jurídico de OT e CN desadequado Valores naturais que fundamentaram a

criação do PNSSM

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da flora Habitats naturais

Contaminação de massas e linhas de água Qualidade da água

Reduzida capacidade de intervenção

preventiva e fiscalizadora no que concerne

ao controlo ilegal de predadores e

utilização de venenos

Grandes rapinas

Edifício jurídico de património geológico

deficitário Património geológico

Degradação do património arqueológico Património arqueológico

Risco de incêndio elevado Paisagem

Habitats florestais

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Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo

Conhecimento Desconhecimento da população acerca do

património Património geológico

Socioeconomia

População - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da fauna Ictiofauna

Produção agro-silvo-

pastoril

Perda de habitat decorrente do aumento

de floresta de produção

Habitats naturais

Biótopos classificados com a valoração

de alto ou excecional para a fauna

Biodiversidade

Degradação do habitat de castanheiro Soutos e castinçais (9260)

Desinvestimento no setor primário Agricultura tradicional

Desenvolvimento

económico

Reduzida importância da atividade de

turismo de natureza Visitantes

Instalação de projetos eólicos Identidade paisagística

6 . 3 C E N Á R I O A S S E N T E N A S R E O R I E N T A Ç Õ E S

Neste cenário as tendências de fatores externos influenciam positivamente a salvaguarda dos

valores naturais presentes na AP, revertendo as fragilidades existentes.

O Quadro 21 apresenta a síntese das linhas de força que caracterizam este cenário,

identificadas para as quatro componentes, e salienta a sua relevância em termos de variáveis

críticas de desenvolvimento.

As reorientações identificadas para a componente da biologia inserem-se em variáveis de

desenvolvimento como estratégias de financiamento, conhecimento científico, regulamentação

e gestão territorial.

Em relação à gestão da biodiversidade, as reorientações apontam no sentido do

desenvolvimento de projetos que visem o combate de espécies exóticas invasoras de flora

(mimosa Acacia dealbata) e de fauna (achigã Micropterus salmoides, perca-sol Lepomis

gibbosus, gambúsia Gambusia holbrook) bem como a recuperação de habitats degradados ou

fragmentados, melhorando o seu estado de conservação atual. Neste contexto, o

enquadramento do PNSSM em Rede Natura 2000 pode ser um fator potenciador de

financiamentos dirigidos à conservação do estado de conservação favorável dos valores

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 36

naturais protegidos pela Diretiva Habitats. Também na gestão da biodiversidade, ações que

visem o melhoramento das populações de coelho são identificadas como importantes para

aumentar o alimento disponível para vários tipos de predadores (rapinas e mamíferos

carnívoros), nomeadamente através da oportunidade proporcionada pela celebração de

protocolos entre o ICNF e zonas de caça.

Não obstante, toda a gestão territorial está assente no conhecimento científico. As

reorientações mostram a necessidade de incremento da investigação, dirigida, entre outros,

para a colmatação de lacunas de conhecimento biológico e corológico sobre espécies da flora

do parque natural.

Ainda ao nível do conhecimento, é patente que o reconhecimento dos serviços de

ecossistemas, quer a nível institucional, quer pela população local, pode ser um passo

fundamental para a subsequente conservação e valorização desses habitats, seja através de

regulamentação adequada (colheita de cogumelos silvestres) seja através da promoção de

uma gestão sustentável dos habitats, potenciando os serviços de ecossistemas locais,

nomeadamente os de provisionamento e culturais.

No que concerne à geologia as reorientações assentam principalmente na promoção e

divulgação de património geológico e na dinamização do geoturismo, com a melhoria da

informação que deve existir na área afeta aos geossítios para que os visitantes fiquem a

conhecer a história e condições geológicas e a importância da conservação de um geossítio.

Relativamente ao património paisagístico, as reorientações refletem-se na necessidade de

definição de um modelo de gestão da paisagem, destacando-se a produção agro-silvo-pastoril

e o turismo como as atividades que melhor podem contribuir para a paisagem emblemática

diversificada de São Mamede, inscrita num mosaico agro-pastoril com bosques autóctones.

Na componente socio-economia assumem destaque as diversas variáveis de desenvolvimento

associadas às atividades económicas. Aponta-se para a necessidade de dinamização da

produção agro-silvo-pastoril através de uma aposta em novos produtos agrícolas como são

exemplos as aromáticas medicinais e ao aumento de produção de produtos DOP e IGP.

Acresce a dinamização da atividade turística promovendo os produtos regionais bem como as

diversas tipologias de turismo (já identificadas como pontos fortes no PNSSM). A estas linhas

de força junta-se como reorientação o desenvolvimento de ações no sentido da promoção da

qualidade de vida no PNSSM, associada à atratividade própria e aos modos de vida rurais.

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Quadro 21 – Linhas de Força para o Cenário Reorientações

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo

Governança

Estratégias de

financiamento Aplicação de incentivos financeiros

Controlo de espécies exóticas

invasoras

Espécies e habitats em estado de

conservação desfavorável

Regulamentação e

gestão territorial

Sustentabilidade do crescimento das

populações presa

Rapinas

Coelho

Promover o reconhecimento da

importância do património geológico e do

valor económico associado ao geoturismo

Património geológico

Conhecimento Investigação científica aplicada Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

Socioeconomia

População Incentivar a neoruralidade e a fixação de

população com ensino superior Fixação da população

Produção agro-silvo-

pastoril

Promover as atividades agro-silvo-pastoris,

bem como a atividade turística associadas

à marca Natural.pt

Produtos tradicionais certificados

Setor primário

Promover projetos de reflorestação e

aumentar o regime floresta Setor primário (florestação)

Desenvolvimento

económico

Promover o reconhecimento do valor

económico associado aos serviços de

ecossistemas presentes

Habitats em estado de

conservação desfavorável

Promover as atividades económicas

associadas à marca Natural.pt., em

particular o turismo e setor primário

Produtos locais tradicionais

Valores naturais da AP

População

Valorização do património paisagístico

enquanto potenciador de um mosaico

agro-silvo-pastoril com bosques

autóctones

Identidade da paisagem

Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

6 . 4 C E N Á R I O A S S E N T E N A S P O T E N C I A L I D A D E S

Neste cenário as tendências de fatores externos influenciam positivamente a salvaguarda dos

valores naturais presentes na AP, acentuando as mais-valias já existentes.

O Quadro 22 apresenta a síntese das linhas de força que caracterizam este cenário,

identificadas para as quatro componentes, e salienta a sua relevância em termos de variáveis

críticas de desenvolvimento.

Page 44: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 38

Dentro da componente biodiversidade, as potencialidades identificadas inserem-se sobretudo

em três variáveis de desenvolvimento: regulamentação e gestão, conhecimento científico e

estratégias de financiamento.

No âmbito da gestão da biodiversidade foram identificadas várias linhas de força que passam

pela execução de projetos de recuperação de habitats degradados e pela potenciação de

serviços de ecossistemas que visem a preservação dos habitats existentes, fatores que jogam

a favor do incremento e estabelecimento de espécies na área. Este tipo de ações deve ser

enquadrado no âmbito da Rede Natura 2000 e visar a espécies que fundamentaram a

classificação da área enquanto Sítio de Importância Comunitária.

Não obstante, a avifauna é representa uma componente relevante na área, e a fixação de uma

população maior de grandes rapinas poderá advir da expansão atual das espécies e o

desenvolvimento de Projetos de Conservação (LIFE+) em curso na envolvente.

A presença de espécies de fauna com estatuto de proteção e de espécies de fauna

emblemáticas (ex. águia-de-bonelli, chasco-preto, melro-das-rochas) poderá potenciar os

serviços de ecossistemas (nomeadamente os culturais - ecoturismo) dentro do parque,

contribuindo para a economia local e para a perceção exterior do valor do parque. O turismo

poderá ser potenciado pela proximidade deste parque a outras áreas protegidas nacionais e

pela sua proximidade com Espanha.

Também no que se refere à gestão cinegética, são de novo identificadas as vantagens que a

celebração de protocolos entre o ICNF e zonas de caça podem trazer, quer para as populações

de coelho quer para a salvaguarda de habitats.

Relativamente à geologia as linhas de força associadas às potencialidades relacionam-se com

o elevado potencial e diversidade geológica que o parque contém e com a potencialidade que a

atividade de turismo de natureza em geral e o geoturismo em particular têm para potenciar a

fruição dos geossítio e a visitação do parque.

Para a componente da paisagem, as potencialidades são dirigidas para a gestão sustentável

dos recursos existentes numa perspetiva de crescimento económico, tendo como vias de

valorização o desenvolvimento do conceito “natural.pt”, a promoção do PNSSM junto a

mercados turísticos externos e o envolvimento das Câmaras Municipais na valorização do

património histórico e cultural. Indicam-se ainda hipóteses a explorar, nomeadamente a

requalificação do pico de São Mamede e a previsão de linhas de financiamento para a

valorização dos muros de pedra seca.

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Na componente socioeconomia as atividades económicas mais relevantes são o turismo, a

produção agro-silvo-pastoril e a caça. Com efeito, entende-se que se por um lado a produção

agro-silvo-pastoril possui um elevado potencial de valorização económica cujas vivências

conferem um cariz rural único e identitário do PNSSM por outro, as características do PNSSM

refletem-se nas potencialidades para o desenvolvimento de atividades de turismo de natureza,

às quais se associa a componente patrimonial das vilas de Marvão e Castelo de Vide.

Quadro 22 – Linhas de Força para o Cenário Potencialidades

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo

Governança

Estratégias de

financiamento

Aproveitamento de instrumentos

financeiros para projetos de conservação

Grandes Rapinas

Habitats do Anexo I da Diretiva

Habitats

Biótopos com importância para

espécies da fauna

Paisagem

Regulamentação e

gestão territorial

Salvaguardar áreas sensíveis e potenciar

crescimento das populações presa nas

zonas de caça.

Rapinas

Coelho

Habitats protegidos

Promoção e dinamização do geoturismo e

geocaching Património geológico

Valorização do património construído

Património histórico-cultural

População local

Visitantes/turistas

Conhecimento Investigação científica aplicada Habitats e espécies

Socioeconomia

População - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Reforçar a importância da agricultura, da

silvicultura, do pastoreio e da caça para o

desenvolvimento sustentável da AP.

População local

Atividades socioeconómicas agro-

silvo-pastoris

Desenvolvimento

económico

Promover as atividades económicas

associadas à marca Natural.pt., em

particular o turismo e setor primário

Produtos locais tradicionais

Valores naturais da AP

População

Valorização da paisagem emblemática do

PNSSM, incluindo o património histórico

Identidade da paisagem

Identidade cultural

Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

Promoção do turismo em espaço rural e de

turismo da natureza

População local

Visitantes/turistas

Promover os recursos naturais da AP,

nomeadamente hidrológicos e eólicos

População local

Património hidrogeológico

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 40

7 O P Ç Õ E S E S T R A T É G I C AS

7 . 1 O P Ç Ã O P R O T E C I O N I S T A

Numa estratégia protecionista, os valores naturais estão em primeiro plano. Toda a intervenção

no território visa proteger esses valores, em particular contrariando as ameaças que acentuam

os pontos fracos presentes. Nesta opção não há espaço para compromissos com os diferentes

setores da sociedade, dirigindo-se todas as medidas de ordenamento e gestão para a

conservação da natureza. Esta opção não favorece o desenvolvimento integrado das

atividades humanas na AP.

As linhas de orientação estratégica de uma opção protecionista vão principalmente no sentido

de proibir ou condicionar fortemente as atividades que conflituam com a salvaguarda dos

valores naturais, e de reforçar os mecanismos de suporte à atuação da AP.

O Quadro 23 apresenta as linhas de orientação estratégica para o PNSSM, para uma

estratégia de intervenção protecionista face às linhas críticas identificadas (Anexo 2).

Quadro 23 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Protecionista

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento

Criar linhas de investimento de apoio à agricultura tradicional como

forma de valorização da paisagem. P

Redefinir as políticas de financiamento respeitantes à florestação P

Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens

biodiversas na AP P

Regulamentação e

gestão territorial

Programa de erradicação/controlo de Acacia spp. G

Condicionar/proibir a florestação. R

Aumentar as áreas com regime PP. T

Robustecer o RJCNB na componente de conservação do património

geológico.

P

Definir AIE em PT e em PP para a conservação de geossítios T

Condicionar ou proibir atividades em geossítios R

Interditar atividades desportivas R

Conhecimento Sancionar os atos de vandalismo sobre o património geológico R

Promover a fiscalização G

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 41

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Conhecimento Investir em ações de sensibilização sobre a importância do

património geológico e da sua salvaguarda G

Socioeconomia

População

Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da

designação da AP

R

Produção agro-silvo-

pastoril

Agravar o quadro de contraordenações ambientais de modo a

reforçar o regime sancionatório para a introdução e repovoamento de

espécies exóticas

P

Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva

visando o controlo de espécies exóticas R

Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas R

Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies

exóticas, e da pesca desportiva G

Desenvolvimento

económico

Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da

designação da AP

R

7 . 2 O P Ç Ã O R E A T I V A

Numa estratégia reativa, os valores naturais estão na base do desenvolvimento da AP. Toda a

intervenção no território visa proteger esses valores, contrariando as ameaças de modo a

preservar os pontos fortes presentes. Nesta opção há um redireccionamento gradual das

atividades humanas praticadas no sentido de uma melhoria nas condições de suporte da

biodiversidade (água, solo, ar), garantindo a manutenção de habitats, espécies e paisagem. A

população ativa deverá dividir-se essencialmente por setores de atividade que, direta ou

indiretamente, suportam e valorizam os valores naturais presentes.

As linhas de orientação estratégica de uma opção reativa vão principalmente no sentido de

condicionar ou eventualmente proibir as atividades que conflituam com a salvaguarda dos

valores naturais, e de reforçar os mecanismos de suporte à atuação da AP, em particular os de

sensibilização e de fiscalização.

O Quadro 24 apresenta as linhas de orientação estratégica para o PNSSM, para uma

estratégia de intervenção protecionista face às linhas críticas identificadas (Anexo 2.).

Page 48: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 42

Quadro 24 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Reativa

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento

Criar linhas de investimento de apoio à manutenção do mosaico

agrícola, dos montados, dos prados naturais P

Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens

biodiversas na AP P

Definir um plano de financiamento espacialmente diferenciado

adequado à salvaguarda dos habitats naturais, dos biótopos

classificados com a valoração de alto ou excecional para a fauna e

da paisagem

G

Recorrer/disponibilizar políticas de financiamento para

infraestruturas de tratamento de águas residuais P

Criar políticas de financiamento dirigidas a ações de repovoamento

e de gestão Carvalhais e Soutos, compatíveis com a CN P

Criar políticas de financiamento dirigidas a atividade/ações de

redução da carga combustível compatíveis com a CN P

Regulamentação e

gestão territorial

Reforçar a aplicação de regimes PT e PP em áreas de ocorrência de

valores naturais que fundamentaram a criação do PNSSM T

Rever a LBPPSOTU de forma a reforçar a segurança jurídica de CN P

Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de

valores naturais que fundamentaram a criação do PNSSM R

Programa de erradicação/controlo de Acacia spp. G

Monitorização da qualidade da água nas zonas de maior risco de

contaminação G

Aumento da fiscalização dos potenciais focos de poluição G

Agilizar a cadeia processual credenciada para crimes ambientais P

Reforçar os regimes preventivos em situações de controlo ilegal de

predadores e utilização de venenos P

Reforçar o corpo de vigilantes e as suas competências para a

aplicação de autos para o controlo ilegal de predadores e utilização

de venenos

P

Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para o

controlo ilegal de predadores e utilização de venenos G

Definir uma estratégia de sensibilização e formação de agentes

fiscalizadores G

Adotar métodos de controlo de predadores compatíveis com os

valores naturais G

Robustecer o RJCNB na componente de conservação e

preservação do património geológico P

Page 49: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 43

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Regulamentação e

gestão territorial

Definir AIE para a conservação de geossítios T

Definir normas de visitação de geossítios R

Programa de valorização e divulgação de geossítios G

Definir AIE para a conservação de locais de elevado valor

arqueológico T

Definir normas de visitação ao património arqueológico R

Reforçar o corpo de vigilantes para a prevenção de incêndios G

Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para a

prevenção de incêndios G

Desenvolver uma estratégia de sensibilização da população para a

prevenção de incêndios G

Conhecimento

Sancionar os atos de vandalismo sobre o património geológico R

Promover a fiscalização G

Investir em ações de sensibilização sobre a importância do

património geológico e da sua salvaguarda G

Socioeconomia

População - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Rever o quadro de contraordenações ambientais de modo a reforçar

o regime sancionatório para a introdução e repovoamento de

espécies exóticas

P

Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva

visando o controlo de espécies exóticas

R

Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas R

Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies

exóticas, e da pesca desportiva

G

Definir regimes PP ou PT em áreas de habitats relevantes, onde

seja interdita a florestação. T

Condicionar a florestação em toda a AP R

Promoção de boas-práticas de gestão G

Promover as atividades agro-silvo-pastoris compatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da

designação da AP.

R

Promover a exploração de produtos com certificação DOP ou IGP

desde que compatíveis com a conservação dos valores naturais que

estiveram na origem da designação da AP.

R

Desenvolvimento

económico

Promover o turismo em espaço rural em especial em regime de PC,

de acordo com a capacidade de carga do território T

Investir na manutenção dos percursos pedestres G

Sensibilizar os operadores turísticos para a importância da

salvaguarda dos valores naturais para a sua atividade

G

Page 50: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 44

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Desenvolvimento

económico

Definir normas específicas para o turismo e a observação de aves

de acordo com a distribuição das espécies

R

Condicionar/proibir a instalação de projetos eólicos na AP. R

7 . 3 O P Ç Ã O D E M U D A N Ç A

Numa estratégia de mudança, a conservação dos valores naturais estará em sintonia com o

desenvolvimento do território abrangido pela AP e sua envolvente, estimulando as

oportunidades no sentido de corrigir os pontos fracos. Toda a regulamentação e transposição

legislativa visam incentivar a sustentabilidade ambiental e económica do território. Nesta opção

valorizam-se todas as atividades humanas que sejam praticadas de modo equilibrado com a

manutenção dos valores naturais. A população ativa divide-se por um leque diversificado de

atividades tradicionais, economicamente rentáveis e praticadas de modo extensivo ou semi-

intensivo.

As linhas de orientação estratégica de uma opção de mudança vão principalmente no sentido

de promover as atividades das quais possam resultar externalidades positivas para os valores

naturais, e de reforçar os mecanismos de suporte à atuação da AP.

O Quadro 25 apresenta as linhas de orientação estratégica para o PNSSM, para uma

estratégia de intervenção protecionista face às linhas críticas identificadas (Anexo 2.).

Quadro 25 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção de Mudança

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento

Criar linhas de investimento de apoio à recuperação de habitats e

espécies autóctones. P

Criar políticas de financiamento dirigidas à recuperação de habitats em

estado de conservação desfavorável P

Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a

implementação de projetos de gestão P

Condicionamento de atividades que provocam a degradação dos

valores naturais através de medidas de compensação financeira P

Page 51: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

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|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 45

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Estratégias de

financiamento

Criar parcerias entre o ICNF e outras entidades para o acesso a

instrumentos financeiros. G

Regulamentação e

gestão territorial

Reforçar as medidas de gestão de habitat em zonas de caça (zonas de

refúgio, bebedouros e sementeiras) G

Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a salvaguardar

as áreas mais sensíveis à perturbação G

Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça G

Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de

habitat adequado para rapinas R

Estratégia de comunicação para a divulgação dos geossítios G

Definir medidas para a conservação dos geossítios G

Regulamentar a visitação dos geossítios R

Definir AIE para a conservação de geossítios T

Conhecimento Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à recuperação

de habitats protegidos e biótopos importantes para a fauna G

Socioeconomia

População

Criar programas de incentivos financeiros à atividade agrícola para os

jovens produtores. P

Incentivar a fixação da população em ANARP existentes ou a

recuperação de edificado pré-existente. T

Definir uma estratégia de promoção turística sustentável G

Produção agro-silvo-

pastoril

Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais,

promovendo a fixação de população jovem. G

Promover os projetos de reflorestação com espécies folhosas

autóctones G

Conversão de floresta de produção madeireira em floresta de folhosas

autóctones G

Desenvolvimento

económico

Identificar e valorizar os serviços de ecossistema presentes na AP G

Definir uma estratégia de comunicação e de sensibilização do valor

económico associado aos serviços de ecossistemas, visando a

promoção das boas-práticas agrícolas e florestais

G

Definir normas específicas de uso do solo compatível e potenciador dos

serviços de ecossistema nas áreas de ocorrência dos habitats em

estado de conservação desfavorável

G

Regulamentar a colheita de cogumelos silvestres na AP R

Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais,

promovendo a fixação de população jovem e contrariando o abandono

no agrícola

G

Reforçar parcerias para a promoção do turismo de natureza na AP G

Page 52: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 46

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Desenvolvimento

económico

Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos G

Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico T

Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem T

7 . 4 O P Ç Ã O P R Ó - A T I V A

Numa estratégia Pró-ativa, os valores naturais constituem uma das mais-valias para o

desenvolvimento sustentável da AP e sua envolvente, potenciando as oportunidades para a

valorização dos pontos fortes. Toda a regulamentação e transposição legislativa visam

impulsionar esse desenvolvimento socioeconómico de acordo com princípios de

sustentabilidade. Nesta opção valorizam-se todas as atividades humanas que sejam praticadas

de modo equilibrado com a manutenção dos valores naturais, havendo abertura para a

modernização das diferentes dimensões sociais. A população ativa estende-se a novos setores

de atividade e a novas tecnologias, usufruindo e valorizando os valores naturais, culturais e

patrimoniais presentes.

As linhas de orientação estratégica de uma opção protecionista vão principalmente no sentido

de estimular as iniciativas e as atividades que representem um benefício para o território e para

a salvaguarda dos valores naturais.

O Quadro 26 apresenta as linhas de orientação estratégica para o PNSSM, para uma

estratégia de intervenção protecionista face às linhas críticas identificadas (Anexo 2).

Quadro 26 – Linhas de Orientação Estratégica para a Opção Pró-Ativa

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento

Redefinir políticas de financiamento para iniciativas que valorizem os

serviços de ecossistema, incluindo projetos de recuperação de

valores naturais

P

Criar políticas de financiamento de estímulo ao investimento na

salvaguarda e recuperação de grandes rapinas, habitats do Anexo I

da Diretiva Habitats, biótopos do PNSSM com importância para

espécies da fauna

P

Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a

implementação de projetos de gestão P

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 47

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Estratégias de

financiamento

Criar parcerias entre o PNSSM e outras entidades para o acesso a

instrumentos financeiros G

Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a

promoção de políticas de financiamento e apoio aos investidores G

Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das políticas de

financiamento junto de potenciais investidores G

Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão dos

financiamentos G

Estabelecer medidas de articulação para desenvolvimento de

projetos comuns entre AP G

Negociar a previsão de apoios financeiros para a valorização dos

muros de pedra seca na ITI S. Mamede P

Regulamentação e

gestão territorial

Reforçar as medidas de gestão de habitat em zonas de caça (zonas

de refúgio, bebedouros e sementeiras) G

Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a

salvaguardar as áreas mais sensíveis à perturbação

Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça G

Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de

habitat adequado para rapinas R

Definir normas específicas de proteção nas áreas de influência de

ninhos de rapinas R

Definir AIE para a valorização e conservação de geossítios T

Regulamentar a visitação de geossítio

Elaborar uma estratégia de promoção do geoturismo G

Envolver as autarquias na gestão pro-ativa da AP, designadamente

ao nível do enquadramento paisagístico dos núcleos edificados P

Envolver as autarquias na valorização de infraestruturas de apoio

turístico P

Reforçar o apoio institucional à candidatura de Marvão a património

mundial da UNESCO P

Conhecimento

Definir as prioridades de investigação aplicada necessárias para a

conservação G

Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à

conservação, em particular de Habitats do Anexo I da Diretiva

Habitats e biótopos importantes para a fauna

G

Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a

promoção de linhas de investigação aplicada G

Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das linhas de

investigação junto de potenciais entidades de I&D P

Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão da

informação decorrente de projetos de investigação aplicada G

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 48

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de Orientação Estratégica

(P – Política; T – territorial; R – regulamentar; G – de gestão)

Socioeconomia

População - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Promover a marca Natural.pt e alargar a sua aplicação a produtos

agroalimentares de origem biológica. G

Divulgação dos produtos sustentáveis com certificação DOP e IGP

nos mercados externos à AP. G

Criar certificação de produtos e produtores que promovam a

conservação dos valores naturais e o desenvolvimento sustentável na

AP (selo verde)

G

Capacitar os produtores agro-silvo-pastoris para a adoção de

métodos biológicos e/ou sustentáveis. G

Desenvolvimento

económico

Criar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais (natural.pt) G

Criar parcerias para a promoção do turismo no espaço rural na AP G

Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos G

Salvaguardar de alterações de uso do solo as áreas de mosaico

agro-silvo-pastoril e os bosques autóctones. R

Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico T

Projeto de requalificação do Pico de S. Mamede P

Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem T

Promover o turismo na AP em especial em regime de PC e em

ANARP, de acordo com a capacidade de carga do território T

Promover serviços e atividades económicas compatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da

classificação da AP

G

Definir normas específicas para o turismo R

Promover o turismo fotográfico e de observação de aves enquadrado

nos objetivos de salvaguarda dos valores naturais da AP. G

Assegurar que o turismo cinegético está enquadrado nos objetivos

de salvaguarda dos valores naturais da AP. G

Alargar a aplicação e promover a marca Natural.pt G

Criar medidas de proteção aos aquíferos G

Promover a sustentabilidade da captação de águas minerais G

Estudar formas de compatibilização das energias renováveis com os

objetivos de conservação da natureza G

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 49

7 . 5 R E S U M O D A S L I N H A S D E O R I E N T A Ç Ã O E S T R A T É G I C A S

Nas figuras seguintes (Figura 4, Figura 5, Figura 6, Figura 7) apresentam-se as Linhas de

Orientação Estratégicas para cada opção, respetivamente para as Opções Estratégicas

Protecionista, Reativa, de Mudança e Pró-Ativa, organizadas por tipologia.

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 51

Figura 4 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Protecionista

DE POLÍTICA

•Criar linhas de investimento de apoio à agricultura tradicional como forma de valorização da paisagem. •Redefinir as políticas de financiamento respeitantes à florestação

•Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens biodiversas na AP

•Robustecer o RJCNB na componente de conservação do património geológico.

•Agravar o quadro de contraordenações ambientais de modo a reforçar o regime sancionatório para a introdução e repovoamento de espécies exóticas

TERRITORIAIS

Aumentar as áreas com regime PP. Definir AIE em PT e em PP para a conservação de geossítios

REGULAMENTARES •Condicionar/proibir a florestação. •Condicionar ou proibir atividades em geossítios

• Interditar atividades desportivas

•Sancionar os atos de vandalismo sobre o património geológico

•Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação da AP

•Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva visando o controlo de espécies exóticas

•Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas

•Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação da AP

DE GESTÃO •Programa de erradicação/controlo de Acacia spp. •Promover a fiscalização

• Investir em ações de sensibilização sobre a importância do património geológico e da sua salvaguarda

•Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies exóticas, e da pesca desportiva

PROTECIONISTA

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 52

Figura 5 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Reativa

DE POLÍTICA

•Criar linhas de investimento de apoio à manutenção do mosaico agrícola, dos montados, dos prados naturais •Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens biodiversas na AP

•Recorrer/disponibilizar políticas de financiamento para infraestruturas de tratamento de águas residuais

•Criar políticas de financiamento dirigidas a ações de repovoamento e de gestão Carvalhais e Soutos compatíveis com a CN

•Criar políticas de financiamento dirigidas a atividade/ações de redução da carga combustível compatíveis com a CN

•Agilizar a cadeia processual credenciada para crimes ambientais

•Reforçar os regimes preventivos em situações de controlo ilegal de predadores e utilização de venenos

•Reforçar o corpo de vigilantes e as suas competências para a aplicação de autos para o controlo ilegal de predadores e utilização de venenos

•Robustecer o RJCNB na componente de conservação e preservação do património geológico

•Rever o quadro de contraordenações ambientais de modo a reforçar o regime sancionatório para a introdução e repovoamento de espécies exóticas

•Rever a LBPPSOTU de forma a reforçar a segurança jurídica de CN

TERRITORIAIS

Reforçar a aplicação de regimes PT e PP em áreas de ocorrência de valores naturais que fundamentaram a criação do PNSSM Definir AIE para a conservação de geossítios Definir AIE para a conservação de locais de elevado valor arqueológico Definir regimes PP ou PT em áreas de habitats relevantes, onde seja interdita a florestação. Promover o turismo em espaço rural em especial em regime de PC, de acordo com a capacidade de carga do território

REGULAMENTARES •Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de valores naturais que fundamentaram a criação do PNSSM

•Definir normas de visitação de geossítios

•Definir normas de visitação ao património arqueológico

•Sancionar os atos de vandalismo sobre o património geológico

•Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva visando o controlo de espécies exóticas

•Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas

•Condicionar a florestação em toda a AP

•Promover as atividades agro-silvo-pastoris compatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação da AP.

•Promover a exploração de produtos com certificação DOP ou IGP desde que compatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação da AP.

•Definir normas específicas para o turismo e a observação de aves de acordo com a distribuição das espécies

•Condicionar/proibir a instalação de projetos eólicos na AP.

DE GESTÃO •Definir um plano de financiamento espacialmente diferenciado adequado à salvaguarda dos habitats naturais, dos biótopos classificados com a valoração de alto ou excecional para a fauna e da paisagem

•Programa de erradicação/controlo de Acacia spp.

•Monitorização da qualidade da água nas zonas de maior risco de contaminação

•Aumento da fiscalização dos potenciais focos de poluição

•Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para o controlo ilegal de predadores e utilização de venenos

•Definir uma estratégia de sensibilização e formação de agentes fiscalizadores

•Adotar métodos de controlo de predadores compatíveis com os valores naturais

•Programa de valorização e divulgação de geossítios

•Reforçar o corpo de vigilantes para a prevenção de incêndios

•Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para a prevenção de incêndios

•Desenvolver uma estratégia de sensibilização da população para a prevenção de incêndios

•Promover a fiscalização

• Investir em ações de sensibilização sobre a importância do património geológico e da sua salvaguarda

•Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies exóticas, e da pesca desportiva

•Promoção de boas-práticas de gestão

• Investir na manutenção dos percursos pedestres

•Sensibilizar os operadores turísticos para a importância da salvaguarda dos valores naturais para a sua atividade

REATIVA

Page 59: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 53

Figura 6 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Mudança

DE POLÍTICA

•Criar linhas de investimento de apoio à recuperação de habitats e espécies autóctones.

•Criar políticas de financiamento dirigidas à recuperação de habitats em estado de conservação desfavorável

•Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a implementação de projetos de gestão

•Condicionar atividades que provocam a degradação dos valores naturais através de medidas de compensação financeira

•Criar programas de incentivos financeiros à atividade agrícola para os jovens produtores.

TERRITORIAIS

Definir AIE para a conservação de geossítios Incentivar a fixação da população em ANARP existentes ou a recuperação de edificado pré-existente. Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem

REGULAMENTARES •Regulamentar a visitação dos geossítios

•Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de habitat adequado para rapinas

•Regulamentar a colheita de cogumelos silvestres na AP

DE GESTÃO •Criar parcerias entre o ICNF e outras entidades para o acesso a instrumentos financeiros.

•Reforçar as medidas de gestão de habitat em zonas de caça (zonas de refúgio, bebedouros e sementeiras)

•Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a salvaguardar as áreas mais sensíveis à perturbação

•Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça

•Estratégia de comunicação para a divulgação dos geossítios

•Definir medidas para a conservação dos geossítios

•Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à recuperação de habitats protegidos e biótopos importantes para a fauna

•Definir uma estratégia de promoção turística sustentável

•Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais, promovendo a fixação de população jovem.

•Promover os projetos de reflorestação com espécies folhosas autóctones

•Conversão de floresta de produção madeireira em floresta de folhosas autóctones

• Identificar e valorizar os serviços de ecossistema presentes na AP

•Definir uma estratégia de comunicação e de sensibilização do valor económico associado aos serviços de ecossistemas, visando a promoção das boas-práticas agrícolas e florestais

•Definir normas específicas de uso do solo compatível e potenciador dos serviços de ecossistema nas áreas de ocorrência dos habitats em estado de conservação desfavorável

•Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais, promovendo a fixação de população jovem e contrariando o abandono no agrícola

•Reforçar parcerias para a promoção do turismo de natureza na AP

•Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos

MUDANÇA

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 54

Figura 7 - Linhas de Orientação Estratégica da Opção Pró-Ativa

DE POLÍTICA

• Criar políticas de financiamento de estímulo ao investimento na salvaguarda e recuperação de grandes rapinas, habitats do Anexo I da Diretiva Habitats, biótopos do PNSSM com importância para espécies da fauna

•Negociar a previsão de apoios financeiros para a valorização dos muros de pedra seca na ITI S. Mamede

•Envolver as autarquias na gestão proativa da AP, designadamente ao nível do enquadramento paisagístico dos núcleos edificados

•Reforçar o apoio institucional à candidatura de Marvão a património mundial da UNESCO

•Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das linhas de investigação junto de potenciais entidades de I&D

•Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a implementação de projetos de gestão

•Redefinir políticas de financiamento para iniciativas que valorizem os serviços de ecossistema, incluindo projetos de recuperação de valores naturais

•Projeto de requalificação do Pico de S. Mamede

•Envolver as autarquias na valorização de infraestruturas de apoio turístico

TERRITORIAIS

Definir AIE para a valorização e conservação de geossítios Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem Promover o turismo na AP em especial em regime de PC e em ANARP, de acordo com a capacidade de carga do território

REGULAMENTARES •Regulamentar a visitação dos geossítios

•Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de habitat adequado para rapinas

•Definir normas específicas de proteção nas áreas de influência de ninhos de rapinas

•Definir normas específicas para o turismo

•Salvaguardar de alterações de uso do solo as áreas de mosaico agro-silvo-pastoril e os bosques autóctones.

DE GESTÃO •Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a salvaguardar as áreas mais sensíveis à perturbação

•Criar parcerias entre o PNSSM e outras entidades para o acesso a instrumentos financeiros

•Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a promoção de políticas de financiamento e apoio aos investidores

•Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das políticas de financiamento junto de potenciais investidores

•Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão dos financiamentos

•Estabelecer medidas de articulação para desenvolvimento de projetos comuns entre AP

•Reforçar as medidas de gestão de habitat em zonas de caça (zonas de refúgio, bebedouros e sementeiras)

•Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça

•Elaborar uma estratégia de promoção do geoturismo

•Definir as prioridades de investigação aplicada necessárias para a conservação

•Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à conservação, em particular de Habitats do Anexo I da Diretiva Habitats e biótopos importantes para a fauna

•Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a promoção de linhas de investigação aplicada

•Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão da informação decorrente de projetos de investigação aplicada

•Promover a marca Natural.pt e alargar a sua aplicação a produtos agroalimentares de origem biológica.

•Divulgação dos produtos sustentáveis com certificação DOP e IGP nos mercados externos à AP.

•Criar certificação de produtos e produtores que promovam a conservação dos valores naturais e o desenvolvimento sustentável na AP (selo verde)

•Capacitar os produtores agro-silvo-pastoris para a adoção de métodos biológicos e/ou sustentáveis.

•Criar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais (natural.pt)

•Criar parcerias para a promoção do turismo no espaço rural na AP

•Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos

•Promover serviços e atividades económicas compatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram na origem da classificação da AP

•Promover o turismo fotográfico e de observação de aves enquadrado nos objetivos de salvaguarda dos valores naturais da AP.

•Assegurar que o turismo cinegético está enquadrado nos objetivos de salvaguarda dos valores naturais da AP.

•Alargar a aplicação e promover a marca Natural.pt

•Criar medidas de proteção aos aquíferos

•Promover a sustentabilidade da captação de águas minerais

•Estudar formas de compatibilização das energias renováveis com os objetivos de conservação da natureza

PRÓ-ATIVA

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 55

A N E X O S

Page 62: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA
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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 57

A N E X O 1

Quadro 27 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e externos – Biodiversidade

Biodiversidade

Pontos fortes

A p

resen

ça d

e u

ma larg

a d

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idade

de u

nid

ades d

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veg

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ção (

áre

as a

grí

cola

s,

pra

dos n

atu

rais

, m

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s,

mon

tados,

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tem

as a

gro

flo

resta

is,

po

voam

en

tos

flore

sta

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rias r

ipíc

ola

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asso

cia

da à

s c

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s

oro

grá

fica

s d

istinta

s d

e n

ort

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sul d

o P

NS

SM

pro

po

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ma e

leva

da

bio

div

ers

idad

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áre

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Pre

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de v

ários h

abitats

do A

nexo I

da D

iretiva

Habitats

, alg

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s p

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91E

0*;

62

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402

0*;

317

0*)

Unid

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bosq

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Evolu

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23

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Div

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Exis

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resta

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pre

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rvação

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úcle

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Cerc

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e 4

4%

dos b

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pos d

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pasta

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Áre

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ades b

ioclim

áticas

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tica/

Mediterr

ânic

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Con

tin

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l),

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conju

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mente

com

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nta

ção

da s

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a d

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Ma

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rom

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m a

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clim

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isola

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opula

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da

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rpeto

fauna

(cág

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cara

pa

ça-e

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iada e

víb

ora

-corn

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Pre

se

nça

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spécie

s d

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pin

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ág

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hasco

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dos:

5 p

eix

es,

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rép

teis

, 28

aves e

11 m

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ros

SB1 SB2 SB3 SB4 SB5 SB6 SB7 SB8 SB9 SB10 SB11

Op

ort

un

ida

de

s (

O)

Proximidade com outras áreas protegidas,

potenciando esforços de conservação comuns e

atração de visitantes (ex.PNTI).

OB1 X X

Fixação de grandes rapinas aproveitando a

expansão atual das espécies e o desenvolvimento

de Projetos de Conservação (LIFE+) na

envolvente ao PNSSM, tais como o projeto Life

Habitat Lince/Abutre no Vale do Guadiana e na

região de Moura e Barrancos.

OB2 X X

Aumento do conhecimento biológico e corológico

através da promoção de projetos de investigação

científica nesta área, sobretudo no que respeita

ao conhecimento das espécies flora e fauna que

ocorrem na área do PNSSM.

OB3 X X

Page 64: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 58

Biodiversidade

Pontos fortes

A p

resen

ça d

e u

ma larg

a d

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idade

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nid

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veg

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ção (

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abitats

do A

nexo I

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iretiva

Habitats

, alg

uns d

ele

s p

rio

ritá

rio

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91E

0*;

62

20*;

402

0*;

317

0*)

Unid

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tação c

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maio

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levância

ecoló

gic

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SM

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rsos d

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rias

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ola

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monta

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na

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bosq

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Evolu

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23

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Div

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Cerc

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pasta

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cola

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Áre

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ioclim

áticas

(Atlân

tica/

Mediterr

ânic

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Con

tin

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que

conju

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mente

com

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ção

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Ma

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rom

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exis

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cia

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icro

clim

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isola

dos p

opula

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(Ma

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rép

teis

, 28

aves e

11 m

am

ífe

ros

SB1 SB2 SB3 SB4 SB5 SB6 SB7 SB8 SB9 SB10 SB11

Protocolos de entendimento ou gestão conjunta

com zonas de caça, potenciando o aumento do

coelho-bravo e a proteção de áreas sensíveis.

OB4 X X

Promoção de projetos de recuperação de

espécies e habitats com estados de conservação

desfavoráveis (ex: habitat 4020*).

OB5 X X X X X X

Estudo e reconhecimento do valor associado aos

serviços de ecossistemas (nomeadamente os de

aprovisionamento e culturais) potenciando a

manutenção e recuperação dos habitats

presentes.

OB6 X X X

Inclusão do PNSSM no Sítio de Importância

Comunitária “São Mamede”. OB7 X X X X X X

Am

eaç

as (

T)

Contaminação de massas e linhas de água (ex:

fabricas/ suiniculturas/ vacarias). TB1 X X

Pragas e doenças (ex: vespa do castanheiro, tinta

do castanheiro e cancro). TB2 X

Aumento da área de floresta de produção (ex:

pinhal e eucaliptal). TB3 X X X

Page 65: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 59

Biodiversidade

Pontos fortes

A p

resen

ça d

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ivers

idade

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ários h

abitats

do A

nexo I

da D

iretiva

Habitats

, alg

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s p

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91E

0*;

62

20*;

402

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317

0*)

Unid

ades d

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levância

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23

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Div

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Áre

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ioclim

áticas

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tica/

Mediterr

ânic

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Con

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ção

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Ma

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icro

clim

as e

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(Ma

rsupella

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rpeto

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(cág

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2

rép

teis

, 28

aves e

11 m

am

ífe

ros

SB1 SB2 SB3 SB4 SB5 SB6 SB7 SB8 SB9 SB10 SB11

Desadequação do financiamento agrícola para a

conservação de matos e biodiversidade. TB4 X X X X

Proliferação do nemátodo do pinheiro (poderá

induzir à opção pelo eucaliptal, por substituição

do pinhal).

TB5 X X

Proliferação de espécies exóticas invasoras (tanto

espécies de flora, como de fauna). TB6 X X X

Políticas e práticas agro-pastoris não compatíveis

com a conservação da natureza (ex: politica de

financiamento de gado bovino, que poderá ter

efeitos pelo sobrepastoreio).

TB7 X X X X

Controlo ilegal de predadores e utilização de

venenos, que coloca em causa a conservação

das grandes rapinas ameaçadas.

TB8 X X

Neoruralidade, enquanto fator de incremento da

edificação dispersa TB9

Page 66: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 60

Biodiversidade

Pontos fracos

Pre

se

nça

de

esp

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s

exó

ticas

invasora

s

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fau

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e

flora

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ção

.

WB1 WB2 WB3 WB4 WB5 WB6 WB7

Op

ort

un

ida

de

s (

O)

Proximidade com outras áreas protegidas, potenciando esforços de

conservação comuns e atração de visitantes (ex. PNTI). OB1 X

Fixação de grandes rapinas aproveitando a expansão atual das espécies e o

desenvolvimento de Projetos de Conservação (LIFE+) na envolvente ao

PNSSM, tais como o projeto Life Habitat Lince/Abutre no Vale do Guadiana e

na região de Moura e Barrancos.

OB2

Aumento do conhecimento biológico e corológico através da promoção de

projetos de investigação científica nesta área, sobretudo no que respeita ao

conhecimento das espécies flora e fauna que ocorrem na área do PNSSM,

da sua localização, dimensão de núcleos populacionais.

OB3 X

Protocolos de entendimento ou gestão conjunta com zonas de caça,

potenciando o aumento do coelho-bravo e a proteção de áreas sensíveis. OB4 X X

Promoção de projetos de recuperação de espécies e habitats com estados

de conservação desfavoráveis (ex: habitat 4020*). OB5 X X X

Estudo e reconhecimento do valor associado aos serviços de ecossistemas

(nomeadamente os de aprovisionamento e culturais) potenciando a

manutenção e recuperação dos habitats presentes.

OB6 X X X

Inclusão do PNSSM no Sítio de Importância Comunitária “São Mamede”. OB7 X X X X

Page 67: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 61

Biodiversidade

Pontos fracos

Pre

se

nça

de

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écie

s

exó

ticas

invasora

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do de co

nse

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vorá

vel

de alg

uns

habitats

pro

tegid

os (

ex:

habitat

40

20*-

Charn

ecas

húm

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s a

tlânticas t

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).

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co

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sem

reg

ula

me

nta

ção

.

WB1 WB2 WB3 WB4 WB5 WB6 WB7

Am

eaç

as (

T)

Contaminação de massas e linhas de água (ex: ETAR/ fabricas/

suiniculturas/ vacarias). TB1

Pragas e doenças (ex: vespa do castanheiro, tinta do castanheiro e cancro). TB2

Aumento da área de floresta de produção (ex: pinhal e eucaliptal). TB3 X X

Desadequação do financiamento agrícola para a conservação de matos e

biodiversidade. TB4 X X

Proliferação do nemátodo do pinheiro (se aparecer em grande número no

PNSSM poderá fazer aumentar o eucaliptal, por substituição do pinhal). TB5

Proliferação de espécies exóticas invasoras (tanto espécies de flora, como

de fauna). TB6 X

Políticas e práticas agro-pastoris não compatíveis com a conservação da

natureza (ex: política de financiamento de gado bovino, que poderá ter

efeitos pelo sobrepastoreio).

TB7 X X

Controlo ilegal de predadores e utilização de venenos, que coloca em causa

a conservação das grandes rapinas ameaçadas. TB8

Neoruralidade, enquanto fator de incremento da edificação dispersa TB9 X X

Page 68: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 62

Quadro 28 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e externos – Geologia

Geologia

Pontos fortes

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SG1 SG2 SG3 SG4 SG5 SG6

Op

ort

un

ida

de

s (

O)

A promoção do património geológico conjuntamente com

o restante património natural pode potenciar uma

valorização dos geossítios e o aumento do interesse

sobre a história geológica da região por parte dos

visitantes.

OG1 X X

Dinamização e potenciação do geoturismo (e do

Geocaching) e divulgação dos geossítios é uma

oportunidade para potenciar a cultura geológica do

público em geral.

OG2 X X

Am

eaç

as (

T)

As questões relacionadas com a conservação,

divulgação e valorização do património geológico têm

sido colocadas em segundo plano pelas entidades

públicas.

TG1 X X X X

A proximidade/inclusão de alguns geossítios em zonas

urbanas expõe estas áreas a uma pressão humana mais

elevada potenciando a sua degradação.

TG2 X

Desconhecimento dos cidadãos relativamente à

importância do património geológico em presença e à

necessidade da sua salvaguarda.

TG3 X X

Page 69: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 63

Geologia

Pontos fracos

conserv

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e

valo

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ue.

WG1 WG2 WG3 WG4 WG5 WG6

Op

ort

un

ida

de

s

(O)

A promoção do património geológico conjuntamente com o restante património natural

pode potenciar uma valorização dos geossítios e o aumento do interesse sobre a

história geológica da região por parte dos visitantes.

OG1 X X X

Dinamização e potenciação do geoturismo (e do Geocaching) e divulgação dos

geossítios é uma oportunidade para potenciar a cultura geológica do público em geral. OG2 X X X

Am

eaç

as (

T)

As questões relacionadas com a conservação, divulgação e valorização do património

geológico têm sido colocadas em segundo plano pelas entidades públicas. TG1 X X X X X X

A proximidade/inclusão de alguns geossítios em zonas urbanas expõe estas áreas a

uma pressão humana mais elevada potenciando a sua degradação. TG2 X X

Desconhecimento dos cidadãos relativamente à importância do património geológico

em presença e à necessidade da sua salvaguarda. TG3 X

Page 70: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 64

Quadro 29 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e externos – Paisagem

Paisagem

Pontos fortes

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SP1 SP2 SP3 SP4 SP5 SP6

Op

ort

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ida

de

s (

O)

Promoção do património paisagístico nacional de forma integrada e como produto de particular relevância para a

oferta turística portuguesa nos mercados externos OP1 X

Eventuais financiamentos para a valorização dos muros de pedra seca OP2 X

Requalificação do pico de S. Mamede OP3 X

Desenvolvimento do conceito “natural.pt” e seu estímulo para valorização de produções locais de qualidade e

economicamente viáveis que fixem e atraiam população no sector primário e turístico OP4 X X X

Marvão como candidata a Património Mundial. OP5 X X

Maior envolvimento das autarquias na gestão pró-ativa das áreas protegidas, nomeadamente ao nível do

enquadramento paisagístico da edificação (habitação e apoios agrícolas). OP6 X

Am

eaç

as (

T)

O novo quadro de ordenamento territorial para as áreas protegidas que possa atomizar administrativamente uma

unidade natural que se quer una TP1 X X

Fraca relação entre política de financiamento agro-florestal e a conservação das funções essenciais da paisagem TP2 X

Falta de financiamento para atividades de gestão da paisagem e falta de normas específicas de preservação dos

elementos e funções essenciais da paisagem. TP3 X X X

Dificuldade em manter a atividade agrícola tradicional TP4 X

Instalação de novos projetos eólicos TP5 X X

O Parque Natural da Serra de São Mamede encontra-se classificado como Zona de Risco de Perigosidade de

Incêndio Muito Alto TP6 X X X

Deterioração do património arqueológico (agentes meteóricos e ações antrópicas) T7 X

Page 71: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 65

Paisagem

Pontos fracos

Desca

racte

rização d

ecorr

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do

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.

WP1 WP2

Op

ort

un

ida

de

s (

O)

Promoção do património paisagístico nacional de forma integrada e como produto de particular relevância para a oferta turística

portuguesa nos mercados externos OP1 X

Eventuais financiamentos futuros para a valorização dos muros de pedra seca OP2

Requalificação do pico de S. Mamede OP3

Desenvolvimento do conceito “natural.pt” e seu estímulo para valorização de produções locais de qualidade e economicamente

viáveis que fixem e atraiam população no sector primário e turístico OP4 X

Marvão como candidata a Património Mundial. OP5 X X

Maior envolvimento das autarquias na gestão pró-ativa das áreas protegidas, nomeadamente ao nível do enquadramento

paisagístico da edificação (habitação e apoios agrícolas) OP6

Am

eaç

as (

T)

O novo quadro de ordenamento territorial para as áreas protegidas que possa atomizar administrativamente uma unidade natural

que se quer una TP1

Fraca relação entre política de financiamento agro-florestal e a conservação das funções essenciais da paisagem TP2 X X

Falta de financiamento para atividades de gestão da paisagem e falta de normas específicas de preservação dos elementos e

funções essenciais da paisagem. TP3 X X

Dificuldade em manter a atividade agrícola tradicional TP4 X X

Instalação de novos projetos eólicos TP5

O Parque Natural da Serra de São Mamede encontra-se classificado como Zona de Risco de Perigosidade de Incêndio Muito Alto TP6

Deterioração do património arqueológico (agentes meteóricos e ações antrópicas) TP7

Page 72: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 66

Quadro 30 - Identificação das linhas de força críticas resultantes da combinação dos fatores internos e externos – Socio-economia

Socio-economia

Pontos fortes

O

Apro

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M

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Op

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ida

de

s (

O)

Peso da população com ensino superior no concelho de

Portalegre, representado pelos 18,1% da população com

ensino superior no concelho de Portalegre,

comparativamente com os 11,9% da Região. O que

pode ser justificado também pela presença do Instituto

Politécnico de Portalegre

OSE1 X X X X X

Neoruralidade, que se tem vindo a assumir cada vez

mais como uma realidade OSE2 X X X X X X X X X X

Forte concentração empresarial na cidade de Portalegre

- O concelho de Portalegre representa 73,1% das

empresas e 92,3% do volume de negócios das

empresas sedeadas nos 4 concelhos do PNSSM

OSE3 X X X X X X X

Crescimento de atividades associadas à produção de

aromáticas, medicinais e condimentares, cogumelos. OSE4 X X X X

Promoção do desenvolvimento turístico da Região

Alentejo e do Turismo de Natureza - enquadrados pelo

Plano Estratégico Nacional de Turismo

OSE5 X X X X X X X

Eventual futura aprovação da candidatura de Marvão a

Património Mundial OSE6 X X X X X X

Page 73: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 67

Socio-economia

Pontos fortes

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SSE1 SSE2 SSE3 SSE4 SSE5 SSE6 SSE7 SSE8 SSE9 SSE 10 SSE 11 SSE 12 SSE 13

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Crescimento reduzido do valor económico do sector

primário - apenas 3% de aumento do volume de

negócios do sector primário das empresas nos 4

concelhos do PNSSM entre 2005 e 2012, sendo

bastante inferior ao registado para os setores secundário

e terciário

TSE1 X X X X

Percursos pedestres que nem sempre são alvo de ações

de manutenção regulares TSE2 X X

Falta de perceção por parte da população da mais-valia

em viver em área protegida TSE3 X X

Page 74: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 68

Socio economia

Pontos fracos

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Peso da população com ensino superior no concelho de Portalegre, representado pelos 18,1% da população com ensino

superior no concelho de Portalegre, comparativamente com os 11,9% da Região. O que pode ser justificado também pela

presença do Instituto Politécnico de Portalegre

OSE1 X X X

Neoruralidade, que se tem vindo a assumir cada vez mais como uma realidade OSE2 X X X X

Forte concentração empresarial na cidade de Portalegre - O concelho de Portalegre representa 73,1% das empresas e 92,3%

do volume de negócios das empresas sedeadas nos 4 concelhos do PNSSM OSE3 X X X

Crescimento de atividades associadas à produção de aromáticas, medicinais e condimentares, cogumelos OSE4 X X

Promoção do desenvolvimento turístico da Região Alentejo e do Turismo de Natureza - enquadrados pelo Plano Estratégico

Nacional de Turismo OSE5 X X X

Eventual futura aprovação da candidatura de Marvão a Património Mundial OSE6

Am

eaç

as (

T) Crescimento reduzido do valor económico do sector primário - apenas 3% de aumento do volume de negócios do sector

primário das empresas nos 4 concelhos do PNSSM entre 2005 e 2012, sendo bastante inferior ao registado para os setores

secundário e terciário

TSE1 X X X X

Percursos pedestres nem sempre são alvo de ações de manutenção regulares TSE2

Falta de perceção por parte da população da mais-valia em viver em área protegida TSE3 X X X

Page 75: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 69

A N E X O 2

Quadro 31 – Linhas de Força para o Cenário Vulnerabilidades e correspondentes linhas de orientação estratégica de Opção Protecionista

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento Políticas de financiamento desadequadas.

Paisagem

Habitats naturais

Criar linhas de investimento de apoio à agricultura tradicional como forma

de valorização da paisagem. P

Redefinir as políticas de financiamento respeitantes à florestação P

Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens

biodiversas na AP P

Regulamentação e

gestão territorial

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da flora Habitats naturais Programa de erradicação/controlo de Acacia spp. G

Políticas de florestação desadequadas Habitats naturais Condicionar/proibir a florestação. R

Aumentar as áreas com regime PP. T

Edifício jurídico de património geológico

deficitário Património geológico

Robustecer o RJCNB na componente de conservação do património

geológico.

P

Definir AIE em PT e em PP para a conservação de geossítios T

Condicionar atividades em geossítios R

Interditar atividades desportivas em geossítios R

Conhecimento Desconhecimento da população acerca do

património Património geológico

Sancionar os atos de vandalismo sobre o património geológico R

Promover a fiscalização G

Investir em ações de sensibilização sobre a importância do património

geológico e da sua salvaguarda G

Socioeconomia

População Desinvestimento no setor primário e

envelhecimento da população População

Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação

da AP

R

Produção agro-silvo-

pastoril

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da fauna Ictiofauna

Agravar o quadro de contraordenações ambientais de modo a reforçar o

regime sancionatório para a introdução e repovoamento de espécies

exóticas

P

Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva visando o

controlo de espécies exóticas R

Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas R

Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies

exóticas, e da pesca desportiva G

Desenvolvimento

económico Desinvestimento no setor primário Agricultura tradicional

Condicionar ou proibir atividades económicas incompatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação

da AP

R

Page 76: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 70

Quadro 32 – Linhas de Força para o Cenário Constrangimentos e correspondentes linhas de orientação estratégica de Opção Reativa

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento Políticas de financiamento desadequadas

Habitats naturais

Biótopos classificados com a valoração

de alto ou excecional para a fauna

Paisagem

Qualidade da água

Criar linhas de investimento de apoio à manutenção do mosaico agrícola,

dos montados, dos prados naturais P

Suspender os atuais financiamentos ao gado bovino e às pastagens

biodiversas na AP P

Definir um plano de financiamento espacialmente diferenciado adequado

à salvaguarda dos habitats naturais, dos biótopos classificados com a

valoração de alto ou excecional para a fauna e da paisagem

G

Recorrer/disponibilizar políticas de financiamento para infraestruturas de

tratamento de águas residuais P

Criar políticas de financiamento dirigidas a ações de repovoamento e de

gestão de carvalhais e soutos compatíveis com a CN P

Criar políticas de financiamento dirigidas a ações de redução da carga

combustível compatíveis com a CN P

Regulamentação e

gestão territorial

Edifício jurídico de OT e CN desadequado Valores naturais que fundamentaram a

criação do PNSSM

Reforçar a aplicação de regimes PT e PP em áreas de ocorrência de

valores naturais que fundamentaram a criação do PNSSM T

Rever a LBPPSOTU de forma a reforçar a segurança jurídica de CN P

Definir normas específicas que vinculem privados para proteção das

áreas de ocorrência de valores naturais que fundamentaram a criação do

PNSSM

R

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da flora Habitats naturais Programa de erradicação/controlo de Acacia spp. G

Contaminação de massas e linhas de água Qualidade da água

Monitorização da qualidade da água nas zonas de maior risco de

contaminação G

Aumento da fiscalização dos potenciais focos de poluição G

Reduzida capacidade de intervenção

preventiva e fiscalizadora no que concerne

ao controlo ilegal de predadores e

utilização de venenos

Grandes rapinas

Agilizar a cadeia processual credenciada para crimes ambientais P

Reforçar os regimes preventivos em situações de controlo ilegal de

predadores e utilização de venenos P

Reforçar o corpo de vigilantes e as suas competências para a aplicação

de autos relativos ao controlo ilegal de predadores e utilização de

venenos

P

Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para o controlo

ilegal de predadores e utilização de venenos G

Definir uma estratégia de sensibilização e formação, quer para agentes

fiscalizadores, quer junto de associações de caçadores G

Adotar métodos de controlo de predadores compatíveis com os valores

naturais G

Edifício jurídico de património geológico

deficitário Património geológico

Robustecer o RJCNB na componente de conservação e preservação do

património geológico P

Definir AIE para a conservação de geossítios T

Definir normas de visitação de geossítios R

Programa de valorização e divulgação de geossítios G

Degradação do património arqueológico Património arqueológico Definir AIE para a conservação de locais de elevado valor arqueológico T

Definir normas de visitação ao património arqueológico R

Risco de incêndio elevado Paisagem

Habitats florestais

Reforçar o corpo de vigilantes para a prevenção de incêndios G

Reforçar a colaboração entre as entidades fiscalizadoras para a

prevenção de incêndios G

Desenvolver uma estratégia de sensibilização da população para a

prevenção de incêndios G

Conhecimento Desconhecimento da população acerca do

património Património geológico

Promover a fiscalização sobre os geossítios G

Investir em ações de sensibilização sobre a importância do património

geológico e da sua salvaguarda G

Socioeconomia

População - - - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Proliferação de espécies invasoras,

exóticas da fauna Ictiofauna

Rever o quadro de contraordenações ambientais de modo a reforçar o

regime sancionatório para a introdução e repovoamento de espécies

exóticas

P

Definir normas específicas para a prática de pesca desportiva visando o

controlo de espécies exóticas

R

Proibir os repovoamentos de espécies piscícolas exóticas R

Garantir a fiscalização da introdução e repovoamento de espécies

exóticas, e da pesca desportiva

G

Page 77: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 71

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Produção agro-silvo-

pastoril

Perda de habitat decorrente do aumento

de floresta de produção

Habitats naturais

Biótopos classificados com a valoração

de alto ou excecional para a fauna

Biodiversidade

Definir regimes PP ou PT em áreas de habitats relevantes, onde seja

interdita a florestação. T

Condicionar a florestação na AP R

Degradação do habitat de castanheiro Soutos e castinçais (9260) Promoção de boas-práticas de gestão G

Desinvestimento no setor primário Agricultura tradicional

Promover as atividades agro-silvo-pastoris compatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da designação

da AP.

R

Promover a exploração de produtos com certificação DOP ou IGP desde

que compatíveis com a conservação dos valores naturais que estiveram

na origem da designação da AP.

R

Desenvolvimento

económico

Reduzida importância da atividade de

turismo de natureza Visitantes

Promover o turismo em espaço rural em especial em regime de PC, de

acordo com a capacidade de carga do território T

Investir na manutenção dos percursos pedestres G

Sensibilizar os operadores turísticos para a importância da salvaguarda

dos valores naturais, cujo bom estado de conservação reverte a favor da

sua atividade

G

Definir normas específicas para o turismo e a observação de aves de

acordo com a distribuição das espécies

R

Instalação de projetos eólicos Identidade paisagística Condicionar/proibir a instalação de projetos eólicos na AP. R

Page 78: I C N F , I . P · 5 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS 24 5.1 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A BIODIVERSIDADE 24 5.2 LINHAS DE FORÇA CRÍTICAS PARA A GEODIVERSIDADE 26 5.3 LINHAS DE FORÇA

ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 72

Quadro 33 – Linhas de Força para o Cenário Reorientações e correspondentes linhas de orientação estratégica de Opção de Mudança

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento Aplicação de incentivos financeiros

Controlo de espécies exóticas

invasoras

Espécies e habitats em estado de

conservação desfavorável

Criar linhas de investimento de apoio à recuperação de habitats e espécies

autóctones. P

Criar políticas de financiamento dirigidas à recuperação de habitats em

estado de conservação desfavorável P

Condicionar atividades que provocam a degradação dos valores naturais

através de medidas de compensação financeira P

Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a

implementação de projetos de gestão P

Criar parcerias entre o ICNF e outras entidades para o acesso a

instrumentos financeiros. G

Regulamentação e

gestão territorial

Sustentabilidade do crescimento das

populações presa

Rapinas

Coelho

Articular com as zonas de caça a aplicação de medidas de gestão que

promovam o habitat do coelho (zonas de refúgio, bebedouros e

sementeiras)

G

Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a salvaguardar as

áreas mais sensíveis à perturbação G

Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça G

Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência de habitat

adequado para rapinas R

Promover o reconhecimento da importância do

património geológico e do valor económico

associado ao geoturismo

Património geológico

Elaborar estratégia de comunicação para a divulgação dos geossítios G

Definir medidas para a conservação dos geossítios G

Regulamentar a visitação dos geossítios R

Definir AIE para a conservação de geossítios T

Conhecimento Investigação científica aplicada Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à recuperação de

habitats protegidos e biótopos importantes para a fauna G

Socioeconomia

População Integrar a neoruralidade e a fixação de

população com ensino superior Fixação da população

Criar programas de incentivos financeiros à atividade agrícola para os

jovens produtores. P

Incentivar a fixação da população em ANARP existentes ou a recuperação

de edificado pré-existente. T

Definir uma estratégia de promoção turística sustentável G

Produção agro-silvo-

pastoril

Promover as atividades agro-silvo-pastoris,

bem como a atividade turística associadas à

marca Natural.pt

Produtos tradicionais certificados

Setor primário

Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais,

promovendo a fixação de população jovem. G

Enquadrar os projetos de reflorestação e

aumentar o regime florestal Setor primário (florestação)

Promover os projetos de reflorestação com espécies folhosas autóctones G

Promover a conversão de floresta de produção madeireira em floresta de

folhosas autóctones G

Desenvolvimento

económico

Promover o reconhecimento do valor

económico associado aos serviços de

ecossistemas presentes

Habitats em estado de conservação

desfavorável

Identificar e valorizar os serviços de ecossistema presentes na AP G

Definir uma estratégia de comunicação e de sensibilização do valor

económico associado aos serviços de ecossistemas, visando a promoção

das boas-práticas agrícolas e florestais

G

Definir normas específicas de uso do solo compatível e potenciador dos

serviços de ecossistema nas áreas de ocorrência dos habitats em estado

de conservação desfavorável

G

Regulamentar a colheita de cogumelos silvestres na AP R

Promover as atividades económicas

associadas à marca Natural.pt., em particular

o turismo e setor primário

Produtos locais tradicionais

Valores naturais da AP

População

Reforçar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais,

promovendo a fixação de população jovem e contrariando o abandono no

agrícola

G

Reforçar parcerias para a promoção do turismo de natureza na AP G

Valorização do património paisagístico

enquanto potenciador de um mosaico agro-

silvo-pastoril com bosques autóctones

Identidade da paisagem

Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos G

Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico T

Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem T

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 73

Quadro 34 – Linhas de Força para o Cenário Potencialidades e correspondentes linhas de orientação estratégica de Opção Pró-Ativa

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Governança

Estratégias de

financiamento

Aproveitamento de instrumentos

financeiros para projetos de

conservação

Grandes Rapinas

Habitats do Anexo I da Diretiva

Habitats

Biótopos com importância para

espécies da fauna

Paisagem

Redefinir políticas de financiamento para iniciativas que valorizem

os serviços de ecossistema, incluindo projetos de recuperação de

valores naturais

P

Criar políticas de financiamento de estímulo ao investimento na

salvaguarda e recuperação de grandes rapinas, habitats do Anexo

I da Diretiva Habitats, biótopos do PNSSM com importância para

espécies da fauna

P

Recorrer à classificação da área como Rede Natura 2000 para a

implementação de projetos de gestão P

Criar parcerias entre o ICNF e outras entidades para o acesso a

instrumentos financeiros G

Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a

promoção de políticas de financiamento e apoio aos investidores G

Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das políticas

de financiamento junto de potenciais investidores G

Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão dos

financiamentos G

Estabelecer medidas de articulação para desenvolvimento de

projetos comuns entre AP G

Negociar a previsão de apoios financeiros para a valorização dos

muros de pedra seca na ITI S. Mamede P

Regulamentação e

gestão territorial

Salvaguardar áreas sensíveis e

potenciar crescimento das populações

presa nas zonas de caça.

Rapinas

Coelho

Habitats protegidos

Reforçar as medidas de gestão de habitat em zonas de caça

(zonas de refúgio, bebedouros e sementeiras) G

Articular com as zonas de caça a sua atividade de forma a

salvaguardar as áreas mais sensíveis à perturbação G

Reforçar a colaboração entre entidades fiscalizadoras de caça G

Definir normas específicas de proteção das áreas de ocorrência

de habitat adequado para rapinas R

Definir normas específicas de proteção nas áreas de influência de

ninhos de rapinas R

Promoção e dinamização do

geoturismo e geocaching Património geológico

Definir AIE para a valorização e conservação de geossítios T

Regulamentar a visitação de geossítios R

Elaborar uma estratégia de promoção do geoturismo G

Valorização do património construído

Património histórico-cultural

População local

Visitantes/turistas

Envolver as autarquias na gestão proativa da AP, designadamente

ao nível do enquadramento paisagístico dos núcleos edificados P

Envolver as autarquias na valorização de infraestruturas de apoio

turístico P

Reforçar o apoio institucional à candidatura de Marvão a

património mundial da UNESCO P

Conhecimento Investigação científica aplicada Habitats e espécies

Definir as prioridades de investigação aplicada necessárias para a

conservação G

Reforçar parcerias para investigação científica aplicada à

conservação, em particular de Habitats do Anexo I da Diretiva

Habitats e biótopos importantes para a fauna

G

Criar uma plataforma informática e balcão de informação para a

promoção de linhas de investigação aplicada G

Definir uma estratégia de comunicação e divulgação das linhas de

investigação junto de potenciais entidades de I&D P

Estabelecer um gabinete e um procedimento para a gestão da

informação decorrente de projetos de investigação aplicada G

Socioeconomia

População - - - -

Produção agro-silvo-

pastoril

Reforçar a importância da agricultura,

da silvicultura, do pastoreio e da caça

para o desenvolvimento sustentável

da AP.

População local

Atividades socioeconómicas agro-

silvo-pastoris

Promover a marca Natural.pt e alargar a sua aplicação a produtos

agroalimentares de origem biológica.

G

Divulgar os produtos sustentáveis com certificação DOP e IGP

nos mercados externos à AP.

G

Criar certificação de produtos e produtores que promovam a

conservação dos valores naturais e o desenvolvimento

sustentável na AP (selo verde)

G

Capacitar os produtores agro-silvo-pastoris para a adoção de

métodos biológicos e/ou sustentáveis.

G

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ESTUDOS DE BASE PARA A ELABORAÇÃO DO PROGRAMA ESPECIAL DO PNSSM

|2015-004| FASE 2 | PNSSM_F2_REL FINAL 74

Variáveis de

desenvolvimento

críticas

Linhas de força Componente/Alvo Linhas de Orientação Estratégica

(P – de Política; T – Territoriais; R – Regulamentares; G – de Gestão)

Desenvolvimento

económico

Promover as atividades económicas

associadas à marca Natural.pt., em

particular o turismo e setor primário

Produtos locais tradicionais

Valores naturais da AP

População

Criar parcerias para a promoção dos produtos tradicionais G

Criar parcerias para a promoção do turismo no espaço rural na AP G

Valorização da paisagem emblemática

do PNSSM, incluindo o património

histórico

Identidade da paisagem

Identidade cultural

Habitats do Anexo I da Diretiva

Biótopos importantes para a fauna

Definir uma estratégia de comunicação dos valores paisagísticos G

Salvaguardar de alterações de uso do solo as áreas de mosaico

agro-silvo-pastoril e os bosques autóctones. R

Definir regimes PP ou PT nas áreas de maior valor paisagístico T

Projeto de requalificação do Pico de S. Mamede P

Definir AIE para proteção dos elementos singulares da paisagem T

Promoção do turismo em espaço rural

e de turismo da natureza

População local

Visitantes/turistas

Promover o turismo na AP em especial em regime de PC e em

ANARP, de acordo com a capacidade de carga do território T

Promover serviços e atividades económicas compatíveis com a

conservação dos valores naturais que estiveram na origem da

classificação da AP

G

Definir normas específicas para o turismo R

Promover o turismo fotográfico e de observação de aves

enquadrado nos objetivos de salvaguarda dos valores naturais da

AP.

G

Assegurar que o turismo cinegético está enquadrado nos objetivos

de salvaguarda dos valores naturais da AP. G

Alargar a aplicação e promover a marca Natural.pt G

Promover os recursos naturais da AP,

nomeadamente hidrológicos e eólicos

População local

Património hidrogeológico

Criar medidas de proteção aos aquíferos G

Promover a sustentabilidade da captação de águas minerais G

Estudar formas de compatibilização das energias renováveis com

os objetivos de conservação da natureza

G