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I - APRESENTAÇÃO "Ai de nós, educadores, se deixarmos de sonhar sonhos possíveis. Os profetas são aqueles que se molham de tal forma nas águas da cultura e da história de seu povo, que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por isso, podem prever o amanhã que eles, mais do que adivinham, realizam". Paulo Freire. A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental, amplamente empenhada em avançar na construção da qualidade do Ensino público, elaborou o Projeto Político Pedagógico, resultante das discussões realizadas pelos segmentos e instâncias colegiadas. Desta forma o presente documento foi elaborado com a comunidade escolar a partir de reflexões sobre a realidade, a função social da Escola, buscando possibilidades para os anseios desta comunidade. Portanto este documento é um caminho para a busca da prática pedagógica, comprometida com a formação humana, o qual tem como objetivos, a construção coletiva, a gestão democrática e o direito à educação pública, gratuita e de qualidade.

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I - APRESENTAÇÃO

"Ai de nós, educadores, se deixarmos de

sonhar sonhos possíveis. Os profetas são

aqueles que se molham de tal forma nas

águas da cultura e da história de seu povo,

que conhecem o seu aqui e o seu agora e, por

isso, podem prever o amanhã que eles, mais

do que adivinham, realizam".

Paulo Freire.

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental,

amplamente empenhada em avançar na construção da qualidade do Ensino

público, elaborou o Projeto Político Pedagógico, resultante das discussões

realizadas pelos segmentos e instâncias colegiadas.

Desta forma o presente documento foi elaborado com a comunidade

escolar a partir de reflexões sobre a realidade, a função social da Escola,

buscando possibilidades para os anseios desta comunidade.

Portanto este documento é um caminho para a busca da prática

pedagógica, comprometida com a formação humana, o qual tem como

objetivos, a construção coletiva, a gestão democrática e o direito à educação

pública, gratuita e de qualidade.

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II - INTRODUÇÃO

2.1Identificação da Escola

Estabelecimento: Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino

Fundamental

Endereço: Rua Semíramis de Barros Braga, nº 450.

CEP: 87.650-000

Município: Cruzeiro do Sul

Estado: Paraná

Telefone/Fax: ( 44) 3465-1449

E-mail: [email protected]

2.2 Caracterização Geral

2.2.1. Histórico

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental teve

sua história construída mediante o desenvolvimento econômico e social e o

espírito intrépido de alguns pioneiros que se preocupavam com a dignidade e a

promoção humana. Relembrando que o precursor da educação foi Alípio Gomes

de Azevedo, construtor da primeira sala de aula em Cruzeiro do Sul. E com

esse impulso, logo foi edificada a primeira escola de madeira, denominada

Escola Dr. Romário Martins, localizada a rua com o mesmo nome. Mais tarde o

Governador do Estado do Paraná, Moisés Lupion em conformidade com os

dispositivos legais do Decreto n 6.372 com artigo único designou o

funcionamento do Curso Normal Regional no período de 1956 a 1967. No

decorrer dos anos houve a alteração do nome para Escola Normal Regional

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“Emile Durkhein”. Quando o novo prédio de alvenaria foi concluído em 1968 na

Rua Semíramis de Barros Braga, recebeu o nome de Ginásio Estadual “Emile

Durkhein”. De acordo com a Resolução 2.255/80, foi reorganizado com o nome

de Ginásio Estadual “Emile Durkhein” – Ensino de 1º grau e em 1981, com a

Resolução 2.762/81 e conforme a Lei nº 7861, o Governador do Estado do

Paraná (José Richa) autorizou a alteração para Escola Estadual Eurides

Cavalcanti Tenório – Ensino de 1º grau.

Atualmente se organiza de acordo com a Resolução nº 2.673/02 DOE de

23/08/02 como Ensino Fundamental.

No entanto é necessário lembrar que o nome do estabelecimento foi

atribuído em homenagem a Educadora Eurides Cavalcanti Tenório, primeira

professora estadual empossada pelo decreto nº 18.445 para lecionar no Grupo

Escolar em 05/02/1957. Atuou incansavelmente em prol da educação até ser

beneficiada pela aposentadoria.

Uma alusão aos diretores que edificaram a escola desde o seu princípio

histórico.

Maria Aparecida Galvão de Múzio (1957).

Laurel Rocha de Siqueira (1959)

Dorvalino Ferreira Garcia (1960)

Padre Antonio Ogara (1961 a 1967)

Orides Maia (1968 a 1969 / 1970 a 1977)

José Schincariol Neto (1971 a 1974)

Valdecir Reggiani (1976)

Ana Maria Mendes Gomes (1978)

Waldemir Natal Marion (1978 a 1984)

Celito Rasvailer (1984)

Tereza Garcia Marion (1987 a 1989)

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Waldemir Natal Marion (1989 a 1994)

Walter Gayardoni D´aloia (1994 a 2003)

Atualmente exerce a função gestora Aparecido Claudecir Vismara.

2.2.2. Organização do Espaço Físico

A Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório está estruturada em

alvenaria, numa área de 987,48 m2, com 7 salas aula, sendo 6 de 8,00 x 6,00 e

1 de 5,80 x 6,00, em piso cerâmico, onde cada uma das salas possui: 3

ventiladores, quadro negro e mesa do professor e média de 40 carteiras; 6

banheiros, sendo 2 para o atendimento aos educandos , contendo 3 sanitários

em cada um, 3 destinados aos funcionários; 1 sala de direção;1 sala para a

equipe pedagógica; 1 secretaria; 1 sala de professores;1 sala extensiva ao

trabalho docente; 1 biblioteca; 1 laboratório de ciências; 1 salão nobre; 1

cozinha, pequena área coberta improvisada com a finalidade de suprir a falta

do pátio do refeitório, mas não correspondendo as expectativas; 1 despensa; 2

almoxarifados; 1 despensa; 1 quadra esportiva sem cobertura e piso

danificado; 2 vestiários inacabados, sendo 1 feminino e 1 masculino , vestiário.

Está localizada no centro da cidade, tendo como referenciais o

Departamento Municipal de Educação sito à Rua Semíramis de Barros Braga Nº

430, o Colégio Estadual “Dr. Romário Martins” à Rua Vereador Jair de Carvalho

Nº 613, murado com 2,30 metros de altura, disposto em uma área plana de

12.000 m2.

Tem como suporte para aprendizagem 01 aparelho de som com 02 caixas

acústicas, 03 televisores, 1 fixa e 2 móveis , 01 vídeo, 02 retroprojetores, 01

mimeógrafo a álcool, 01 fogão industrial, 01 freezer, 02 geladeiras, 02

bebedouros, 01 televisão 21 polegadas, 01 vídeo cassete, 03 DVDs, 01

máquina fotográfica digital, 08 estantes de aço com 07 prateleiras, 10 mesas

para refeitório com 02 bancos cada, 02 botijões de gás, 01 batedeira semi

industrial, 01 cortador de legumes, 03 microcomputadores Pentium e 03

impressoras dos quais 01 microcomputador e 01 impressora foram adquiridos

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em 2005 através de doação do Núcleo Regional de Educação pelo Projeto de

Educação Fiscal.

Um acervo bibliográfico atualizado, atendendo as necessidades dos

educando e comunidade com aproximadamente 1700 exemplares, entre eles

contos, crônicas, fábulas, folclore, paradidáticos, poesias, romances, novelas,

teatros, revistas diversas, e recebimento diário do jornal Folha de Londrina.

Observando que não há profissional específico para este atendimento.

Conta ainda com jogos matemáticos, tangrans, material dourado, mapas

geográficos, históricos e científicos, esqueleto humano, torso de corpo humano

e outros.

Na organização do espaço escolar, é preciso também estar atento para:

- o bom aproveitamento dos recursos existentes (muitas vezes o que se

tem pode ser insuficiente, mas é preciso cuidar para que tudo o que se tem

seja bem aproveitado).

- uma organização que favoreça o convívio entre as pessoas, que seja

flexível e conte com as condições suficientes para o desenvolvimento das

atividades de ensino e aprendizagem.

- a qualidade dos recursos (ou seja, se esses recursos respondem às

necessidades do processo educativo e do envolvimento da comunidade e se

estão organizados, bem cuidados e bonitos).

2.2.3 Oferta de Cursos / Modalidades

A Lei de Diretrizes Bases da Educação Nacional (LDB) dispõe que a

“educação básica tem por finalidade desenvolver o educando, assegurando-lhe

a formação comum indispensável para o exercício da cidadania e fornecer-lhe

meios para progredir no trabalho e em estudos posteriores” (art., 22). E

fornece o amparo legal para que a escola se organize de formas variadas,

desde que sejam observadas as normas curriculares e os demais dispositivos

da legislação e que deverão constar também do regimento escolar.

Em conformidade com a Lei que regulamenta o Sistema Educacional a

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Escola Estadual Eurides Cavalcanti Tenório – Ensino Fundamental, oferta o

ensino de 5ª a 8ª séries e se organiza em séries anuais contando com 10

turmas nos períodos matutinos e vespertinos, sendo que no período matutino

funcionam 06 turmas, com início às 7:45 às 12:10 horas, assim distribuídas: 5ª

série A com 30 alunos, 5ª série B com 32 alunos, 6ª série A com 29 alunos, 6ª

série B com 29 alunos, 7ª série A com 43 alunos, 8ª série A com 40 alunos. No

período vespertino atende a 04 turmas, com início às 12:45 até às 17:10 horas,

distribuídas da seguinte forma: 5ª série C com 41 alunos, 6ª série C com 35

alunos, 7ª série B com 37 alunos e 8ª série B com 35 alunos. Totalizando 351

alunos no Ensino Fundamental.

A carga horária do Ensino Regular está distribuída em aulas de 50

minutos com intervalo de 15 minutos.

As turmas são compostas a partir da matrícula inicial, com até 35 alunos

para as 5ªs séries e 40 alunos para as 6as, 7as e 8as séries.

Em conformidade com a Deliberação nº 008/00, organizada em Etapas,

aprovada pelo Conselho Estadual de Educação, a escola atende a 01 turma de

Educação de Jovens e Adultos Presencial no período noturno com 15 alunos,

com início às 18:50 e término às 22:45.

2.2.4 Recursos Humanos

A Escola conta com um quadro de 33 profissionais que possibilitam o

desencadeamento de ações efetivas no universo escolar.

Para isso o quadro está disposto com:

Gestor: 01 pós-graduado pertencente ao Quadro Próprio do Magistério.

17 Educadores pós-graduados, dos quais 16 pertencem ao Quadro

Próprio do Magistério e 01 contratado pelo Processo de Seleção Simplificado

(PSS).

Equipe Pedagógica: 02 pós-graduadas pertencentes ao Quadro Próprio do

Magistério.

Equipe Administrativa: 06 funcionários do Quadro Próprio do Poder

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Executivo (QPPE), dos quais 03 com nível superior e 02 com nível médio.

Auxiliares de Serviços Gerais: 07 funcionários, dos quais 01 contratado

pelo CLAD, 05 pelo Paranaeducação e 01 pelo Processo de Seleção Simplificado

(PSS). Quanto à formação, temos 01 com nível superior, 05 com ensino

fundamental completo e 01 com o Ensino Fundamental incompleto.

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III- Objetivo Geral do Projeto Político Pedagógico

Cumprir a legislação vigente, abrangendo aspectos que funcionem

como eixos centrais, organizados a partir de uma concepção que inclua todas

as necessidades e inovações da Unidade Escolar e, de seus diversos públicos

envolvidos – educando, educador, funcionários, pais e/ou responsáveis e

comunidade em geral; baseado no trabalho a ser realizado em princípios de

inclusão, solidariedade, respeito à diversidade e valorização do potencial

humano.

Organizar o trabalho pedagógico de forma a superar as práticas

fragmentadas, garantindo a aprendizagem de todos os educandos;

Assegurar a participação de todos os profissionais da educação, bem

como de toda a comunidade escolar, numa gestão democrática;

Objetivar a formação e aprendizagem, alicerçadas na participação da

comunidade escolar, civil e instâncias colegiadas, respeitando as diversidades

no sentido humano, econômico e social;

Organizar o trabalho pedagógico, de forma a propiciar ao educando

conhecimentos e princípios que contribuem para a formação da sua identidade

e cidadania, em uma perspectiva transformadora.

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IV. MARCO SITUACIONAL

4.1 Descrição da Realidade Brasileira, do Estado, do Município e da Escola

Notamos que em todo o mundo, o desempenho da

educação/escolaridade depende, em parte, das características da escola, dos

educadores, do ensino que os educandos recebem, das condições de vida e

características das famílias. Há uma interdependência entre o processo

educativo e o desenvolvimento social de um país. O desenvolvimento social

implica na qualidade de vida para a população, independentemente do

desenvolvimento econômico. O país pode ser uma grande economia e não ser

desenvolvido socialmente. Nesse caso, sua população não desfruta dos direitos

que deveriam ser assegurados pelo Estado como saúde, moradia, transporte,

segurança, e é claro, educação.

Os desafios que a realidade social e educacional colocam à nação

brasileira são enormes: resolver a contradição estrutural que existe entre a

declaração constitucional dos direitos sociais (entre eles a educação) e a

negação da prática desses; superar a ideologia que associa pobreza cultural,

fazendo uma causa e efeito da outra; recolocar-se o problema da escola

pública em termos de direito de todos, de acesso ao conhecimento e não a

qualquer tipo de conhecimento; recolocar a questão do trabalho como

atividade de produção/apropriação de conhecimento e não apenas como uma

mera operação mecânica, descartável pela implantação da automação;

repensar, enfim, a relação escola-trabalho de maneira a superar a dualidade

saber/fazer e a instrumentalização da escola em função dos interesses do

capital. Por outro busca-se alternativas para reverter esses obstáculos como a

implantação de programas como: Bolsa Escola/ Família; Cotas no Ensino

Superior para educandos negros e para os que apresentam necessidades

especiais; Programa de erradicação do Analfabetismo –“Brasil Alfabetizado”.

O Paraná foi um dos pioneiros a assumir as reformas propostas pelo

Governo Federal, não esquecendo de frisar que ainda não há a superação dos

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preconceitos da exclusão que aliena e concentra o poder; apresentando um

cenário de diferenças, principalmente econômicas e sociais. Objetivando a

superação das dificuldades no âmbito educacional o governo paranaense

apresenta vários programas, como: Bolsa Escola ou Bolsa Família, Paraná

Digital, Escola Inclusiva, Projeto Escola Cidadã, Portal Dia-a-Dia Educação,

Paraná Alfabetizado, Programa de Mobilização para a Inclusão e a Valorização

da vida, entre outros.

O propósito de superação de problemas educacionais induziu a que os

municípios se responsabilizassem pelo ensino de 1as a 4as séries e o

Departamento de Educação Municipal de Cruzeiro do Sul tem por objetivo levar

a comunidade uma educação de qualidade, mantida pela Prefeitura Municipal

em parceria com as Secretarias Estaduais e Federais incentivando e apoiando

vários projetos e programas que trazem benefícios, informações e

esclarecimentos para a comunidade em geral, tais como Programa Agrinho,

PROERD, Seminário de Educação Inclusiva, PEJA- Fase I e Cursos Técnicos - em

parceria com o IESDE, atende também todas as crianças nas áreas psicológicas

e odontológica, para maior incentivo aos familiares o município fornece

uniforme escolar para todos os educandos da rede municipal de ensino. O

município de Cruzeiro do Sul, conta com 3 escolas municipais sendo 2 de

Educação Infantil e 1 de Ensino Fundamental e Supletivo de Jovens e Adultos,

totalizando 573 educandos, dos quais 70 , freqüentam o Centro de Educação

Infantil Anália Mendes Tenório, 92, na Pré Escola Chapeuzinho Vermelho e 384

educandos na Escola Municipal Professor Flávio Sarrão – Ensino Fundamental

(1ª a 4ª séries).

Em âmbito estadual Cruzeiro do Sul conta com o Colégio Estadual “Dr.

Romário Martins - Ensino Médio, atendendo a 270 educandos e com a Escola

Estadual Eurides Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental.

A Escola Estadual Eurídes Cavalcanti Tenório - Ensino Fundamental,

atende 363 educandos, dos quais 347 de 5ª a 8ª séries do Ensino Regular e 16

da Educação de Jovens e Adultos, turma em cessação, sendo que

aproximadamente 60% residem na zona urbana com média de 4 a 5 pessoas

por família, onde uma média de 33% tem salário inferior ao básico nacional e

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mais ou menos 30% recebem até 2 salários mínimos. Quanto ao nível de

escolaridade, a maioria possui apenas o Ensino Fundamental incompleto. A

população não é participativa quando se refere a eventos culturais que visam a

formação humana, devido o baixo nível de escolaridade apresentado. Quanto a

profissão dos pais, 40% é composta de bóias-frias, 25% na área de serviços

gerais, e uma pequena porcentagem de funcionários públicos. As principais

referências de trabalho no município é a Usina de Açúcar Santa Terezinha

localizada no município vizinho e áreas rurais locais. E ainda destaca-se entre

as mães a profissão de doméstica, sem carteira assinada, totalizando 54%

entre as demais.

Observa-se que nossos educandos passam grande parte do seu dia sem

acompanhamento de algum responsável, ficando desta forma, muitas vezes

pelas ruas com grupos de crianças na mesma situação, deixando de freqüentar

regularmente as aulas.

O cenário apresentado reforça o perfil de apatia e falta de perspectivas

da família e dos educandos em relação a educação, pois há a ausência de

limites pré-estabelecidos, a distância existente entre a escola e a família (falta

de diálogo e incentivo ao trabalho intelectual), devido à carga excessiva de

trabalho dos pais, desorientação da família na educação dos filhos e

principalmente comodismo. Não esquecendo que o problema mais presente é a

indisciplina advinda da falta de respeito mútuo, e dos entraves enfrentados

pela escola para tomar atitudes mais eficazes.

Pode-se destacar também outros entraves que impedem o efetivo

desenvolvimento das atividades no âmbito escolar, sendo que um dos mais

preocupantes é a defasagem na aprendizagem com que chegam os educandos

nas 5ª séries, por não corresponderem com índices satisfatórios, tanto na

expressão oral, quanto na escrita e no conhecimento matemático. Isto ocorre

devido a falta de comprometimento dos educandos e da família em relação à

importância do saber sistematizado, bem como os métodos facilitadores que,

na visão dos profissionais da escola são estabelecidos com a finalidade de

forçar a promoção, refletindo, consequentemente nas séries posteriores, onde

os educandos sempre apresentarão dificuldades de aprendizagem.

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Um outro problema que desestrutura o bom andamento das atividades

pedagógicas é a falta de pessoal que supra a ausência dos profissionais, que se

ausentam para cursos, eventos, reuniões, jogos escolares, seminários, etc.

Pode-se destacar também a falta de um porteiro que evite a afluência de

adolescentes desocupados no interior da escola, um inspetor de aluno que

circule pelo pátio garantindo a segurança e tranqüilidade dos educandos, um

atendente bibliotecário, sem a necessidade do deslocamento de auxiliar

administrativo para tal função.

Outro fator negativo refere-se ao papel assistencialista que a escola se

obriga a desempenhar (Programa “Leite das Crianças”, encaminhamento de

educandos a serviços de saúde) tirando profissionais de sua função específica

para o atendimento.

Quanto ao espaço físico nos deparamos com muitas dificuldades em

vários setores: cozinha com espaço diminuto, fora dos padrões de

atendimento, inclusive tendo sido notificada pela vigilância sanitária municipal

alegando falta de espaço adequado para armanezamento da merenda e

utensílios; inexistência de rampas nas entradas das salas de aula e corredores

que dão acesso as demais dependências escolares; escassez de materiais

destinados ao laboratório, como: reagentes químicos, microscópio, etc; teto da

escola com telhas quebradas, beirais danificados , causando transtornos em

dias chuvosos; fiação antiga ocasionando curto circuitos e muitas luzes

queimadas; quadra sem cobertura, com piso danificado, falta de tabelas e

linhas demarcatórias, escassez de materiais esportivos diversificados para

atender as modalidades de esportes, vestiário inacabado, sem chuveiros,

dificultando a higiene após as atividades. A falta de cobertura e piso danificado

acarretam problemas de saúde tanto para o professor quanto para os

educandos que ficam expostos as mudanças climáticas e possíveis acidentes,

bem como desgaste dos calçados e materiais utilizados.

Com referência aos recursos financeiros a escola recebe quantias

irrisórias da FUNDEPAR, que é aplicada em materiais de limpeza, esportivos e

didáticos; cota Escola Cidadã destinada ao reforço da merenda; recebe

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também uma quota anual, através do PDDE / Programa Dinheiro Direto na

Escola para aquisição de materiais permanentes e de consumo. Visto que os

recursos não são suficientes para a manutenção da escola, a comunidade

escolar se obriga a organizar promoções, recorrendo junto a comunidade para

angariar recursos, mas analisando o perfil de nossa população, pouco se

arrecada, uma vez que a maioria tem baixa renda.

Mediante os problemas apresentados, contempla-se a participação dos

educandos, pais e comunidade nas atividades extraclasses, como concursos de

dança, desenhos, redações; gincanas sociais, esportivas e culturais; feira de

saúde; palestras; filmes; projetos de arte/música; oficina de monitoramento, e

outras, visto que a escola só poderá atuar como agente transformador a partir

da inter-relação: escola / família / comunidade no intuito de auxiliar os alunos

em seu desenvolvimento, tanto cognitivo como afetivo e social, buscando

promover novas oportunidades de aprendizagem.

Atualmente nossa escola desenvolve projetos integradores como:

Informática educativa (constroem conhecimentos voltados para novos

interesses e recebem conhecimentos básicos em informática), Jornal escolar

(incentiva o hábito de ler), Olimpíada cultural (educadores, funcionários, pais e

membros da APMF avaliam o que o educando sabe sobre os conteúdos das

aulas, amplia seu universo cultural e aprimora o aprendizado), Cidadania em

construção (dramatizações, encenações, palestras, simulações, passeatas,

visitas culturais, passeios, atividades recreativas, para estimular o exercício da

cidadania), Agenda 21 (contempla a importância na promoção do

desenvolvimento sustentável e intensifica a capacidade humana para abordar

questões de meio ambiente e desenvolvimento), Plano Nacional de Educação

Fiscal (conscientização fiscal com vistas a despertar a sociedade para a

importância da cidadania e do sentido participativo próprios do regime

democrático, Cultura Afro-Brasileira e Africana (contempla a inserção da

temática História e Cultura Afro-Brasileira amenizando preconceitos), Programa

Agrinho (visa à promoção social, através de temas transversais, em uma

perspectiva da interdisciplinaridade), Olimpíada Brasileira de Matemática das

Escolas Públicas (estimular e promover o estudo da matemática contribuindo

para a melhoria da qualidade da educação básica), Uso da tecnologia (reflete

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as tendências de comportamento e de interação social das tecnologias, para

não ficar em descompasso com o mundo das comunicações modernas), Sala

de Apoio à Aprendizagem - oportunizado aos alunos de 5ª série (utiliza

encaminhamentos metodológicos que atendem as necessidades de

aprendizagem de cada educando, conduz processos de reversão das

dificuldades apresentadas), Sala de Recursos (intervém como mediadora nos

recursos utilizados e atende as necessidades de cada educando, com vistas a

proporcionar o seu desenvolvimento global, valendo-se de profissional

diferentemente habilitado. A sala de recursos tem caráter preventivo, evita o

agravamento da problemática de cada educando e ainda esta modalidade não

é segregativa, oportuniza atividades de área motora, cognitiva e afetiva-

emocional), Participação em Atividades envolvendo Temas como: prevenção de

doenças, gravidez precoce, preservação do meio ambiente, resgate de valores,

valorização da vida, valorização do estudo, drogas, etc, pois a instituição

acredita que o verdadeiro cidadão é agente de transformação do seu meio,

atuando em ações solidárias e cooperativas, sérias e transparentes;

É preciso destacar ainda outros pontos positivos da escola:

Mesmo com a reforma da escola não concretizada, dispomos de pátio

amplo e acolhedor, com calçamento parcial, árvores frutíferas, canteiros de

hibiscos, palmeiras, pequena gruta para estimular a reflexão; salas de aula

acortinadas e bem arejadas com ventiladores de teto, carteiras em bom

estado, piso reformado, mesa e cadeira para o professor; e a biblioteca é

ampla e organizada com acervo atualizado e diversificado;

Os profissionais têm a oportunidade de participar de vários eventos e

formação continuada ofertados pelo MEC, SEED e Escola, inclusive desde 2004

participam do Seminário de Educação Inclusiva, proporcionado pelo MEC e

sediado pelo município. Sentem-se mais seguros para exercerem suas funções,

pois a maioria são efetivos e há uma relação pessoal agradável e respeitosa.

Todas as ações desenvolvidas pela escola visam uma educação de

qualidade capaz de formar cidadãos críticos, comprometidos com a

transformação social.

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V. MARCO CONCEITUAL

5.1 Concepções

5.1.1 Concepção de Sociedade

Se dizemos sociedade, já nisto insinuamos alguma forma de organização.

No paradigma pós-moderno precisamos um dos outros como do ar que

respiramos. Mas, ao mesmo tempo, temos medo de desenvolver

relacionamentos mais profundos, que nos imobilizem num mundo em

permanente mudança. Entender esses pressupostos levam-nos a pensar que

pós-modernidade é, na verdade, modernidade sem ilusão.

É através de casos concretos da vida que assimilamos modos de ser e

fazer, preconceitos, preferências, valores, posicionamentos, orientações, que

por sua vez têm relação direta com o contexto social do qual fazemos parte.

São os casos reais e cotidianos que oferecem elementos para a

problematização teórica, sem o que toda a vida social seria vista como mero

acaso natural e determinado. É por essa problematização que se compreende a

formação do ser social e, portanto, o seu processo de socialização.

Percebemos claramente aspectos da socialização na semelhança de

opiniões e comportamentos de membros de um grupo social, na identificação

dos filhos com os pais – processo de criação e solidificação de atitudes,

crenças, hábitos, modos de ser e de pensar de uma comunidade, identificação

com grupos e instituições sociais. Os grupos com os quais mantemos laços

afetivos tendem a influenciar-nos muito mais que outros, pois o raciocínio neles

é mais emotivo que racional.

Portanto, os interesses sociais admitem muitas gradações. Podem

manifestar-se em defesa das mais diversas categorias sociais e assumir formas

conscientes e políticas de organização.

5.1.2 Concepção de Mundo

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Hoje o mundo é traduzido até o horizonte de nossa percepção, até o

universo do nosso conhecimento. Como não podemos estar presentes em

todos os acontecimentos, temos que confiar nos relatos. O mundo que nos é

trazido pelos relatos, que assim conhecemos e a partir do qual refletimos, é um

mundo que nos chega editado, ou seja, ele é redesenhado num trajeto que

passa por centenas, às vezes, milhares de mediações.

Vivemos um momento de passagem do conflito entre as gerações para

um conflito de acomodação de espaço entre as gerações. Caminhamos para

um mundo que requer enormemente o trabalho mental e criativo; vale pensar

sobre a atual condição humana, sobre o mundo em que estamos imersos, onde

a realidade e o virtual, o imaginário e a real se (con) fundem.

Não esquecendo de comentar sobre a globalização, que expande as

oportunidades para um progresso humano sem precedentes para alguns, mas

reduz essas oportunidades para outros, desgasta a segurança humana e

fragmenta as sociedades.

São necessárias políticas chamadas de “proteção social” para proteger e

promover o desenvolvimento humano.

Segundo Freire, o homem é o sujeito da educação e, apesar de uma

grande ênfase no sujeito, evidencia-se uma tendência interacionista, já que a

interação homem-mundo, sujeito-objeto é imprescindível para que o ser

humano se desenvolva e se torne sujeito de sua práxis.

O homem é um ser que possui raízes espaço-temporais: é um ser situado

no e com o mundo. É um ser de práxis como ação e reflexão dos homens sobre

o mundo com o objetivo de transformá-lo.

Nesse sentido, a educação é a mediadora entre o homem e o mundo, o

qual evolui na medida que o homem comunica os resultados de sua

experiência.

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5.1.3 Concepção de Homem

Uma das perguntas mais “básicas” e, no entanto, mais complexas

tratadas pela filosofia – e não só por ela, isto é certo – é a seguinte: “Quem sou

eu?”.

O homem se constitui numa trama de relações de relações sociais, na

medida em que lê, adquire o seu modo de ser, agindo no contexto das relações

sociais nas quais vive, produz consome e sobrevive. Com isso estamos

querendo dizer que o homem emerge no seu modo de ser dentro de um

conjunto de relações sociais. São as ações, as reações, os modos de agir

(habituais ou não), as condutas normatizadas ou não, as censuras, as

convivências sadias ou neuróticas, as relações de trabalho, de consumo, etc.,

que constituem prática social e historicamente o ser humano. Numa dimensão

geral, o homem é o “conjunto das relações sociais” das quais participa de

forma ativa.

O homem é prático, ativo, uma vez que é pela ação que modifica o meio

ambiente que o cerca, tornando-o satisfatório às suas necessidades; e

enquanto transforma a realidade, constrói a si mesmo no seio das relações

sociais determinadas. Na sociedade moderna, o homem é um ser prático, que

age no contexto da trama das relações sociais desta sociedade, que, em última

instância, caracteriza-se pela posse ou não de meios sociais de produção.

Conseqüentemente, o homem é social, na medida em que vive e

sobrevive socialmente. Vive articulado com o conjunto dos seres humanos de

gerações passadas, presentes e futuras. Não se dá isoladamente. A sua prática

é dimensionada por suas relações com os outros.

Por último, é um ser histórico, uma vez que suas características não são

fixas e eternas, mas determinadas pelo tempo, que passa a ser constitutivo de

si mesmo.

Em síntese, o homem é ativo, vive determinadas relações sociais de

produção num determinado momento do tempo. Como conseqüência disso,

cada homem é propriamente o conjunto das relações sociais que vive, de

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forma prática, social e histórica.

5.1.4 Concepção de Educação

Sabemos que a Educação é um processo que efetiva o desenvolvimento

das experiências humanas acumuladas de geração a geração para adaptá-las à

vida social, aprimorando a capacidade física, intelectual e moral.

É o resultado da consciência viva de uma norma que rege uma

comunidade humana, quer se trate da família, de uma classe ou uma profissão,

de um agregado, de um grupo étnico ou um Estado.

Podemos entender Educação como o estado de espírito, a disposição

interior de aprender, de descobrir, de relacionar, de construir. É um estado

permanente de movimento.

Toda ação educativa, para ser válida, deve, necessariamente, ser

precedida tanto de uma reflexão sobre o homem concreto, a quem se quer

ajudar para que se eduque. O homem se torna, nesta abordagem, o sujeito da

educação.

A educação do futuro deve ser mais democrática e menos excludente,

com uma pedagogia centrada no homem, tendo na incerteza seu modo de

desenvolvimento.

O paradigma da incerteza, que cada dia se consolida e que se fará presente na

educação do futuro, inscreve-se na capacidade de inovar, registrar,

sistematizar a sua prática, fazendo da sala de aula um lugar de intimidade

acrescida, um espaço de integração do emocional, do social e do cultural.

A função educativa terá a finalidade principal de formar cidadãos de

identidade sólida, responsável e capazes de enfrentar todas as situações de

forma autônoma, de assumir e respeitar compromissos com uma imagem

positiva de si próprios e aptos a assegurar papéis sociais.

Resumindo, a Educação entendida como uma possibilidade de ação

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conjunta para melhorar a sociedade em que se vive, não pode eximir-se de

refletir sobre o papel de empreender esforços para tudo que puder contribuir

para melhorar o entendimento e a aplicabilidade dos conceitos e reflexões

possíveis a partir da ética

.

5.1.5 Concepção de Escola

Compreendemos a escola como uma instituição de essencial importância

para desenvolver diferentes modelos relacionais, habilidades, construir

conhecimentos, promover o exercício da cidadania e mudanças sociais.

O primeiro desafio que a escola precisa enfrentar, é tornar-se um espaço

de criação e de crítica cultural, o que envolve eleger a cultura como o eixo

articulador do currículo. Precisamos conceber cultura como um conjunto de

práticas significativas, que se dão em meio a relações sociais, relações

assimétricas, relações de poder, nas quais se atribuem e compartilham

significados e se formam identidades.

A escola precisa, inicialmente, considerar os educandos como sujeitos

culturais e adotar uma postura aberta à cultura, às suas distintas

manifestações; uma postura que supere o “daltonismo cultural” de muitos

educadores, que desconsideram o “arco-íris de culturas” que se encontra nas

salas de aula. Queremos uma perspectiva que valorize e leve em conta a

riqueza decorrente da existência de diferentes culturas no espaço escolar.

Para tanto, a escola é o lugar em que todos devem ter as mesmas

oportunidades, mas com estratégias de aprendizagens diferentes. É

necessário, parar de privilegiar determinadas qualidades para compreender o

desenvolvimento humano, é preciso considerar o espaço em que ele vive, a

maneira como constrói significados e práticas culturais.

5.1.6 Concepção de Conhecimento

Concebemos o homem como um ser que se constrói e chega a ser sujeito

na medida em que, integrado em seu contexto, reflete sobre ele e com ele se

compromete, tomando consciência de sua historicidade. Ele é desafiado

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constantemente pela realidade, e a cada um desses desafios deve responder

de uma maneira original.

A elaboração e o desenvolvimento do conhecimento estão ligados ao

processo de conscientização, a partir do mútuo condicionamento, pensamento

e prática.

A experiência pessoal e subjetiva é o fundamento sobre o qual o

conhecimento é construído no decorrer do processo de vir a ser da pessoa

humana; ao experienciar, o homem conhece. A experiência constitui, pois, um

conjunto de realidades vividas pelo homem, realidades essas que possuem

significados reais e concretos para ele e que funciona, ao mesmo tempo como

ponto de partida para mudança e crescimento, já que nada é acabado e o

conhecimento possui uma característica dinâmica.

O conhecimento é inerente à atividade humana. O ser humano tem

curiosidade natural para o conhecimento, que deve ser uma construção

contínua. Ele não acontece sem que ocorra a fase da constatação, seguida da

assimilação e retenção dos fatos. Durante o período em que o educando

freqüenta a escola, ele se confronta com modelos que lhe poderão ser úteis no

decorrer de sua vida, e cabe à escola organizar o conhecimento pertinente,

dando ênfase às informações ou dados baseados no seu relacionando com o

todo/partes, partes/todo, isto é, união entre a unidade e a multicidade.

“O desenvolvimento do conhecimento científico é poderoso meio de

detecção dos erros e de luta contra as ilusões. A educação deve-se dedicar, por

conseguinte, à identificação da origem de erros, ilusões e cegueiras”. (Edgar

Morim, pág. 21).

A aprendizagem depende mais do próprio esforço e vontade em aprender

do educando, do que do empenho do educador em querer que ele aprenda.

O modo como aprendemos a desenvolver o conhecimento e a registrá-lo

para que possa ser compartilhado com outras pessoas é parte do método

científico.

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O conhecimento é um ato produzido socialmente; é processo e

construção que se dá no encontro/confronto de saberes tornando-se núcleo do

processo da aprendizagem. Quando apropriado e construído coletivamente,

não se consome, não diminui, nem domina, nem domina ninguém; torna-se

vontade coletiva, solidária, compartilhamento de poder onde todos se tornam

dirigentes mesmo que não esteja claro todo o tempo quem são os parceiros

desse longo processo.

Portanto, é a única realidade que se multiplica quando é dividida, é um

ato produzido socialmente por homens e mulheres que o constroem

conjuntamente ao longo da história.

5.1.7 Concepção de Ensino-Aprendizagem

O ensino é um processo de reflexão-ação sobre uma descrição real que

possibilita a apropriação, socialização e produção cognitiva. Deve processar a

assimilação de conhecimentos fundamentada na pedagogia histórico-crítica.

A atividade de ensino, está indissociavelmente ligada à vida social mais

ampla, o que chamamos de prática e exercício da cidadania. É a inter relação

do educando com o conhecimento que viabiliza acrescer elementos culturais

objetivando sua transformação.

O processo de aprendizagem é um dos conceitos fundamentais da

instrumentalização política que nos permite fazer do conhecimento um

componente para transformar a sociedade.

Podemos sintetizar a unidade entre ensino e aprendizagem como relação

recíproca de conhecimentos que possuem uma interdependência em relação

ao sujeito e objeto, isto é, um processo de interação social com o mundo e a

natureza.

5.1.8 Concepção de Avaliação

A concepção básica de avaliação, em um enfoque histórico-crítica, é de

formulação bastante simples: a partir da percepção da necessidade, colher

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dados significativos do processo, julgar com base nos referenciais assumidos,

tomar decisão e agir (e continuar atento ao movimento do real). São várias as

dimensões que só podem ser chamadas de avaliação quando integradas em

um processo complexo.

Nessa perspectiva, é necessário repensar os instrumentos de avaliação,

reavaliá-los e ressignificá-los para que, de fato, possam atingir seus objetivos,

ou seja, que tenham significado para o educando, que não exijam somente

memorização ou conteúdo específico para uma prova, que sejam reflexivos,

relacionais e compreensíveis.

5.2 Princípios

5.2.1- Da Gestão Democrática e os instrumentos de ação colegiada

“É possível formar cidadãos autônomos numa

escola onde a autonomia não seja discutida,

mas intimamente vivenciada por seus

diferentes segmentos".

Sônia

Couto.

Como afirma o professor Moacir Gadotti em seu livro Pedagogia da práxis

(São Paulo, Cortez/IPF, 1995), “se é verdade que a Educação não pode fazer

sozinha a transformação social, também é verdade que a transformação não se

efetivará e não se consolidará sem a educação”.

No mesmo sentido, não podemos pensar que a gestão democrática da

escola

possa resolver todos os problemas de uma instituição de ensino ou da

educação. No entanto, sua implementação é, hoje, uma exigência da própria

sociedade, que a vê como um dos possíveis caminhos para a democratização

do poder da escola e na própria sociedade.

Partindo da concepção de que a Gestão Democrática da escola é uma

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exigência de seu Projeto Político Pedagógico, é necessário que haja em

primeiro lugar, uma mudança de mentalidade de todos os membros da

comunidade escolar, para isso é necessário que se coloque em prática alguns

princípios que a fundamente:

A autonomia somente existe na proporção em que ela acontece nas

relações sociais e por este caminho ela é construída tanto no plano individual,

como no plano coletivo ou institucional;

Não há ‘autonomia da escola’ sem ‘autonomia dos indivíduos’ que a

compõem. Ela é portanto o resultado da ação concreta dos indivíduos que a

constituem, no uso das suas margens de autonomia relativa. Não existe uma

‘autonomia’ da escola em abstrato fora da ação autônoma organizada dos seus

membros. (Barroso, p. 186).

A participação e gestão democrática não subsistem uma sem a outra.

A participação só acontece quando todos contribuem com igualdade de

oportunidades de algo que pertence a todos: a escola pública.

A liberdade de ambos somente existe quando ambos são livres ao

mesmo tempo, senão não há sentido para a liberdade, nem para a autonomia.

Neste sentido, pensar a gestão democrática implica ampliar os horizontes

históricos, políticos e culturais em que se encontram as instituições educativas,

objetivando alcançar a cada dia mais autonomia. Quando falamos em

autonomia, estamos defendendo que a comunidade escolar tenha um grau de

independência e liberdade para coletivamente, pensar, discutir, planejar

construir e executar o projeto de educação ou de escola que a comunidade

almeja, bem como estabelecer os processos de participação no dia-a-dia da

escola. A garantia de progressivos graus de autonomia é fundamental para a

efetivação dos processos de gestão democrática. A construção da autonomia é

processual e se articula ao esforço mais amplo de democratização da escola.

Participação efetiva e gestão democrática são fundamentais para que a

autonomia escolar seja resultado da construção coletiva e democrática de

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projetos, na instituição educativa, que venham a atender aos anseios da

comunidade escolar.

A discussão da gestão escolar em uma perspectiva democrática, requer

que se destaquem alguns elementos: a descentralização do poder do gestor; a

autonomia do corpo docente e do quadro administrativo; a participação de

alunos e comunidade na construção coletiva e na definição dos objetivos da

escola, bem como de suas estratégias de ações, compromissos e

competências, destacando-se ainda a garantia da representatividade do

conselho escolar e a posição de todos para construir uma escola comprometida

com a transformação social.

Todo desenvolvimento humano deve compreender o conjunto das

autonomias individuais, das participações comunitárias e da consciência de

pertencer a espécie humana. No entanto, para que isso aconteça é necessário

estabelecer uma relação mútua entre a sociedade e os indivíduos pela

democracia, contribuindo para a tomada de consciência das vivências

cotidianas.

A gestão democrática da escola implica que a comunidade, os usuários

da escola, sejam seus dirigentes e gestores, e não apenas seus fiscalizadores

ou meros receptores dos serviços educacionais.

• Papel específico de cada segmento da comunidade escolar

PAPEL DO GESTOR: Primeiramente deve conciliar o trabalho pedagógico

com o administrativo. Mais do que um administrador que cuida de orçamentos,

calendários, vagas e materiais, quem dirige a escola precisa ser um educador,

estar ligado ao cotidiano de sala de aula, conhecer os educandos, educadores

e pais. Deve incentivar iniciativas inovadoras, elaborar planos diários e de

longo prazo, visando a melhoria da escola, gerenciar os recursos financeiros e

humanos, assegurar a participação da comunidade na escola, identificar as

necessidades da instituição e busca de soluções e ainda ficar sempre atento a

execução do Projeto Político Pedagógico, se o mesmo caminha em direção à

escola.

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PAPEL DA EQUIPE PEDAGÓGICA: A Equipe Pedagógica é responsável pela

transposição da teoria para a prática escolar, ajudar na elaboração da proposta

pedagógica, garantindo sua prática, orienta pedagogicamente

pais/responsáveis, educandos, educadores e demais funcionários da

instituição; atua como mediador e assessor no planejamento,

acompanhamento, orientação, avaliação e controle dos processos

educacionais.

A imagem da equipe pedagógica provém de ações que se estabelecem

com o fim único de sensibilizar os educadores e educandos para assumirem

sua postura.

PAPEL DO EDUCADOR: O educador desempenha uma função central para

a organização das atividades de aprendizagem. Deve ter uma capacidade de

empatia para saber o que o educando sente e o que o educando precisa a

cada momento. E tem de animá-lo a trabalhar, ajudá-lo a superar os

obstáculos que encontra, guiá-lo no trabalho. O educador põe o educando a

trabalhar e orienta-o para tarefas e propostas que são acessíveis. É preciso

estimular os educandos a que se proponham a estudar um determinado

problema, mas é o educador que tem de direcionar a atividade por caminhos

que sejam viáveis, o que pode fazer graças à sua experiência.

FUNCIONÁRIOS ADMINISTRATIVOS E DE SERVIÇOS GERAIS: É necessário

que se olhe atentamente para as atividades que estão acontecendo e quem

são as pessoas que aí se encontram, começando pelo profissional da portaria,

da cantina, da secretaria e por fim os profissionais de serviços gerais que têm a

responsabilidade de executar serviços de manutenção. É preciso entender,

inicialmente, que os/as funcionários/as das escolas, todos são trabalhadores da

educação.

Toda profissão exige o cumprimento de certos princípios: conheça o que

faz, ame o que faz e acredite no que faz.

É necessário que se olhe atentamente para as atividades que estão

acontecendo e quem são as pessoas que aí se encontram, começando pelo

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profissional da portaria, da cantina, da secretaria e por fim os profissionais de

serviços gerais que têm a responsabilidade de executar serviços de

manutenção. É preciso entender, inicialmente, que os/as funcionários/as das

escolas, todos são trabalhadores da educação.

Nesse sentido, esse elo humano constrói o espaço e as ações escolares e

sem seu trabalho, a escola não funcionaria.

EDUCANDO: Cabe ao educando participar de todas as atividades

determinadas pelos profissionais da educação e que vinculadas na proposta

pedagógicas da escola, visto que o mesmo é sujeito da ação pedagógica.

• Papel das instâncias colegiadas

CONSELHO ESCOLAR: exerce a interferência nas decisões e deliberações

das questões pedagógicas, administrativas, financeiras e políticas da escola;

Espera-se que o Conselho Escolar seja um órgão consultivo, deliberativo

e de mobilização mais importante do processo de gestão democrática na

escola. Sua tarefa mais importante será acompanhar o desenvolvimento da

prática educativa e, nela, o processo ensino-aprendizagem. Assim, a função do

Conselho Escolar deverá ser fundamentalmente político-pedagógica. Política,

na medida em que estabelece as transformações desejáveis na prática

educativa escolar. Pedagógica, pois indicará os mecanismos necessários para

que a transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira atividade

do Conselho Escolar será discutir e delimitar o tipo de educação a ser

desenvolvido na escola, para que se torne uma prática democrática

comprometida com a qualidade socialmente referenciada.

APMF: mediante a consciência dos papéis dos envolvidos no todo escolar

(pais, professores e funcionários) pode se contar com sugestões que de fato

contribuem satisfatoriamente na execução de tarefas com vistas à melhoria e

qualidade da educação como um todo;

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A APMF deve ser uma associação civil que congregue pais, docentes e

funcionários inseridos na instituição escolar, construída para colaborar na

implementação e execução da proposta pedagógica do estabelecimento de

ensino, enquanto órgão de apoio.

É necessário frisar que é de vital importância que a APMF seja conciliada

ao Conselho Escolar, uma vez que responsabilizar-se-á em gerir o Projeto

Político Pedagógico da Escola enquanto órgão consultivo, deliberativo e fiscal.

É preciso que haja interação entre os membros desta associação com os

afazeres educacionais da instituição.

CONSELHO DE CLASSE: é um órgão colegiado, presente na organização

da escola, em que vários professores das diversas disciplinas, juntamente com

a equipe técnico-pedagógica e educando representante de turma reúnem-se

para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos educandos das diversas

turmas, séries ou ciclos.

Observamos a princípio que a característica fundamental do Conselho de

Classe é que se configure como espaço interdisciplinar de estudo e tomadas de

decisão sobre o trabalho pedagógico desenvolvido na escola e, nesse sentido,

deverá agir como um órgão deliberativo sobre: a) objetivos de ensino a serem

alcançados; b) uso de metodologias e estratégias de ensino; c) critérios de

seleção de conteúdos curriculares; d) projetos coletivos de ensino e atividades;

e) forma, critérios e instrumentos de avaliação utilizados para o conhecimento

do educando; f) formas de acompanhamento dos educandos em seu percurso

nos ciclos; g) critérios para a apreciação do desempenho dos educandos ao

final do ciclo; h) elaboração de fichas de registro de desempenho do educando

para o acompanhamento no decorrer dos ciclos e para a informação aos pais; i)

formas de relacionamento com a família; j) propostas curriculares alternativas

para educandos com dificuldades específicas; l) adaptações curriculares para

educandos portadores de necessidades educativas especiais; m) propostas de

organização dos estudos complementares.

O Conselho de Classe também deve ser um instrumento de potencial que

deveria se constituir num momento privilegiado de reflexão pedagógica

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avaliativa a respeito dos impasses e das diferenças que poderão marcar o

trabalho escolar.

GRÊMIO ESTUDANTIL: O Grêmio Estudantil foi criado como entidade

autônoma, independente da direção da escola, pela Lei nº 7.398/95 com

finalidades educacionais, culturais, desportivas e sociais. A atribuição dos

educandos na construção e consolidação da gestão democrática, além de ser

um espaço de discussão; é defensor do educando e promove a sua

participação na política, na arte e na cultura.

A Instituição está em momento preliminar para a elaboração do Grêmio

Estudantil, haja vista a importância desta representação escolar para que se

objetive um trabalho democrático alicerçado na vontade coletiva, na defesa de

direitos e interesses à melhoria da qualidade de ensino, no incentivo à

promoção de atividades educacionais, culturais, cívicas, desportivas e sociais,

sem fins lucrativos e que propicie também um intercâmbio entre outras

instituições.

A organização estudantil deve ser a instância onde se cultiva

gradativamente o interesse do educando para além da sala de aula.

REDE DE COOPERAÇÃO: Para que haja objetivos e propósitos para se

construir uma rede de cooperação, torna-se necessária a dedicação contínua e

a atenção especial para seu funcionamento. A rede só existirá pela ação

constante de comunicação, associação, intercâmbios e reforço recíproco que

fazem entre si as partes componentes, para sustentar, alimentar e promover o

seu ideário comum.

5.2.2De Currículo

Primeiramente é necessário dizer que o currículo possui componentes,

metodologia e avaliação que se interpenetram e se completam de modo que

as decisões tomadas em relação a um implicam no modo de ser do outro.

Um conjunto de disciplinas, conteúdos e metodologias voltados para o

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desenvolvimento cognitivo e pessoal dos educandos no sentido de prepará-los

para o exercício da cidadania.

Currículo não é só o conjunto das atividades desenvolvidas pela escola;

ele se diferencia de programa ou de grupo de disciplinas. Segundo essa

acepção, currículo é tudo o que a escola faz; é o conjunto de atividades

nucleares desenvolvidas pela escola. O mesmo deverá traduzir a organização

dispondo o tempo, os agentes e os instrumentos necessários para que as

metas estabelecidas possam ser efetivadas.

É a organização curricular que estabelece pontos de apoio ao

planejamento das atividades de ensino e à ação educativa, e – justamente por

isso – essa organização deve ser objeto de permanente reflexão coletiva, uma

vez que as relações do cotidiano incorporam sempre novos saberes, problemas

a serem resolvidos e experiências que realimentam e dinamizam as práticas.

Em resumo, a proposta curricular deve possibilitar ao educador e

educando uma interpretação de mundo, realimentado por vários aspectos

significativos:

• Elaboração do Calendário Escolar

O calendário escolar tem como base o que determina a LDB 9394/96 a

qual estabelece o mínimo de 800 horas, distribuídas por um mínimo de 200

dias letivos de efetivo trabalho escolar, inclusive com a previsão de 5% dos

dias letivos destinados a atividades pedagógicas envolvendo todos os

profissionais da escola.

• Organização de conteúdos

A organização dos conteúdos deve primeiramente estar de acordo com

as Diretrizes Curriculares, observando a programação oficial na qual são

fixados os conteúdos de cada disciplinas e dinamizados pela articulação de

objetivos, conteúdos e procedimentos metodológicos, devem incluir elementos

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da vivência prática dos educandos para tornar-los mais significativos, mais

vivos, de modo que eles possam assimilá-los ativa e conscientemente.

O conteúdo concreto e significativo determina a organização do trabalho

pedagógico, e é o educador que define os conteúdos deduzidos de pré-

diagnóstico, é ele que tem pela frente determinados educandos com

características próprias, vivendo num mundo cultural determinado, com certas

disposições e preparo para enfrentar o estudo.

A capacidade do educador selecionar noções básicas, evitando a

sobrecarga de conteúdos, é a garantia de maior solidez e profundidade dos

conhecimentos assimilados pelos educandos.

• Critérios de Organização das turmas e distribuição de aulas por

professor

A distribuição de aulas seguirá critérios do edital expedido pela

mantenedora.

No processo de organização de turmas e distribuição de aulas é preciso

que se observe as normas e diretrizes contidas na Resolução 471/2005

considerando a carga horária disponível na Escola Estadual Eurides Cavalcanti

Tenório – Ensino Fundamental, de acordo com a modalidade de ensino gerada

para o ano letivo, que deverão estar previstos em regulamentação específica e

na matriz curricular aprovada pelo órgão competente.

A Escola efetiva as matrículas dos educandos de acordo com as

disposições legais, assegurando-lhe o acesso e a permanência no âmbito

escolar.

As matrículas para o ingresso nas 5as séries é procedida por ordem de

chegada.

As matrículas para séries subseqüentes, são efetivadas automaticamente

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pelo sistema, havendo a necessidade da presença do pai ou responsável para

confirmar a mesma.

No caso de transferências recebidas, a escola deve oportunizar vagas de

acordo com a necessidade do educando.

Os casos de remanejamentos ocorrem quando os pais ou responsáveis

comprovam a necessidade de mudança de turno, ou quando houver a

necessidade de corrigir casos de indisciplinas ou melhorar o aprendizado, para

isso serão realizadas reuniões de educadores, equipe pedagógica e gestor

para em consenso adequar as turmas e eliminar a rotina e conflitos advindos

de grupos restritos, já que as o respeito às diversidades deve ser prioridade

para a interação social.

É necessário afirmar que educandos da zona rural dependem do

transporte escolar, disponibilizado pelo departamento de educação municipal

no período vespertino.

• Da Avaliação / instrumentos

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em

1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa, e que os aspectos

qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados

obtidos pelos educandos ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados

que a nota da avaliação final. Essa nova forma de avaliar põe em questão não

apenas um projeto educacional, mas uma mudança social.

A avaliação é uma atividade que não existe nem subsiste por si mesma.

Ela só faz sentido na medida em que serve para o diagnóstico da execução e

dos resultados que estão sendo buscados e obtidos. A avaliação é um

instrumento auxiliar da melhoria dos resultados. Deve ser um instrumento que

integre o processo de ensino-aprendizagem e, a cada realização, redirecione os

objetivos e as estratégias desse processo.

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É também preciso avançar, dando outros passos e apresentando novos

desafios de aprendizagem ao educando. Trata-se, portanto, de redefinir os

objetivos, conciliando os problemas concretos e imediatos com conteúdos

novos.

As disciplinas, pela natureza de atividades que oferecem, permitem uma

variedade de instrumentos de avaliação, que se processarão em forma de

relatórios, pesquisa, leitura, atividades concretas in loco, produção ,

interpretação e análise de textos, trabalho em grupo, conversação informal,

priorizando sempre o cotidiano do educando.

O processo avaliativo deverá obedecer à ordenação e a seqüência do

ensino-aprendizagem, bem como a proposta curricular; os resultados obtidos

durante o período letivo em processo contínuo devem ser incorporados num

todo do aproveitamento escolar.

Em síntese, deverá levar em consideração as possibilidades de

aprendizagem do educando dar relevância ao espírito crítico e argumentativo,

a capacidade de decodificação da realidade.

• Registros

As escriturações do cotidiano escolar do educando serão efetivadas em

Livro Registro de classe.

Deve-se abordar que o Livro Registro de Classe é um documento

indissociável do cotidiano escolar; garante os direitos e deveres do Educador e

Educando.

Tem a finalidade de enumerar dados de freqüência, registro de conteúdos

propostos, diagnósticos, reavaliações, atitudes disciplinares, perfil do

educando, observações momentâneas, enfim tudo deve ser transcrito em

tempo hábil, sem rasuras, assegurando a concretude das ações do espaço

escolar.

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• Da Recuperação de Estudos

Ao educando que não obtiver resultado satisfatório, será oportunizada a

recuperação de estudos de caráter obrigatório pelo estabelecimento, utilizando

metodologias diferenciadas a fim de proporcionar ao educando condições que

lhes possibilitem a assimilação de conteúdos básicos e capacidades de

aprendizagem. A recuperação de estudos ocorrerá durante o bimestre com

relatórios espontâneos (orais ou escritos), pesquisas, música, pinturas, painéis,

dramatizações, momentos reflexivos, debates, entrevistas, leituras, atividades

lúdicas paradidáticas, em grupo, projetos integradores, olimpíadas culturais e

de matemática, palestras, vídeos, DVDs, oficinas, Aulas paralelas (resgate de

conteúdos em sala com monitoria de alunos/leitura ao ar livre), recuperação de

estudos em contra-turno orientada por professores, alunos e gestor.

A recuperação deve ser simultânea às atividades propostas, com registro

em documentos próprios para assegurar a regularidade e a autenticidade da

vida escolar do educando, deixando claro que todos apresentam características

e habilidades diferenciadas para assimilar os conteúdos propostos.

• Forma de Comunicação de Resultados

Partindo do princípio de que o educando tem pleno direito de aferir seu

desempenho escolar através de comunicados e informativos providenciados

pelo setor administrativo, é necessário frisar alguns processos diferenciados

que possam contribuir para uma melhor interação entre

educando/educadores/pais ou responsáveis /escola, como encontro com

pais/responsáveis, elaboração de questionários, diálogo permanente, bilhetes

informativos, envolvimento em atividades culturais/eventos, visitas

domiciliares/equipe pedagógica, gestores e educadores.

Que estas estratégias contemplem não apenas os resultados avaliativos,

mas também propostas inovadoras no sentido de estimular a participação dos

pais e/ou responsáveis no contexto dos problemas referentes à educação, haja

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vista a distância existente entre a escola e a família (falta de participação dos

pais), falta de acompanhamento da vida escolar, incentivo ao trabalho

intelectual, falta de diálogo, entre outros.

5.2.3 De Avaliação

A avaliação é parte integrante e fundamental do processo educativo. Por

meio dela o educador fica sabendo como está a aprendizagem dos educandos

e obtém indícios para refletir e melhorar a sua própria prática pedagógica. Um

bom processo de ensino-aprendizagem na escola inclui uma avaliação inicial

para o planejamento do educador e uma avaliação ao final de uma etapa de

trabalho (seja ela um tópico da matéria, um bimestre ou um ciclo).

Quando pensamos em avaliação estamos falando de algo muito mais

completo que uma prova. A avaliação deve ser um processo, ou seja, deve

acontecer durante o ano em vários momentos e de diversas formas. Os

educandos podem ser avaliados, por exemplo, por um trabalho em grupo, pela

observação de seu comportamento e de sua participação em sala de aula, por

exercícios e tarefas de casa. Assim, o educando pode exercitar e inter-

relacionar suas diferentes capacidades explorando seu potencial e avaliando

sua compreensão dos conteúdos curriculares e seus avanços. Uma boa

avaliação é aquela em que o educando também aprende.

A auto-avaliação – quando o educando avalia a si próprio – é uma ótima

estratégia de aprendizagem e construção de autonomia, facilitando a tomada

de consciência de seus avanços, suas dificuldades e suas possibilidades. É

importante também que os educandos ajudem a escolher os modos pelos quais

serão avaliados, o que traz o comprometimento de todos com a avaliação.

Mas a avaliação não deve se deter apenas na aprendizagem do

educando. Avaliar a escola como um todo e periodicamente é muito

importante. A avaliação deve ser um instrumento participativo para a melhoria

da qualidade da escola.

.

No entanto, em cada uma dessas instâncias podemos ter obstáculos,

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fatores dificultadores que se transformam em desafios, que exigem

enfrentamento do educador para serem superados.

A mudança na avaliação implica mudança na própria avaliação (seu

conteúdo, sua forma e sua intencionalidade), bem como nos aspectos com os

quais estabelece relações: a prática pedagógica como um todo (vínculo

pedagógico, conteúdo, e metodologia de trabalho em sala de aula), a

instituição de ensino em que se dá o sistema (educacional e social). Específica,

da avaliação, a intencionalidade é o aspecto nuclear da mudança (sem,

naturalmente, desprezar os demais).

O desafio é propiciar o desenvolvimento humano pleno, a apropriação

crítica, criativa, duradoura e significativa dos saberes e elementos da cultura

necessários para a formação da consciência, do caráter e da cidadania.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), aprovada em

1996, determina que a avaliação seja contínua e cumulativa, e que os aspectos

qualitativos prevaleçam sobre os quantitativos. Da mesma forma, os resultados

obtidos pelos educandos ao longo do ano escolar devem ser mais valorizados

que a nota da prova final. Essa nova forma de avaliar põe em questão não

apenas um projeto educacional, mas uma mudança social.

A mudança não é apenas técnica, mas também política. Para que a

avaliação feita em sala de aula cumpra uma de suas funções básicas, que é a

função formativa, o educador deve avaliar levando em conta aquele que está

aprendendo. Por isso, é tão importante que, antes de avaliar, ele se pergunte a

serviço de que e de quem está sua avaliação, quem se beneficia com a

avaliação que se faz desses educandos concretos.

Tudo porque a avaliação formativa serve a um projeto de sociedade

pautado pela cooperação e pela inclusão, em lugar da competição e da

exclusão. Uma sociedade em que todos tenham o direito de aprender.

A avaliação deve permear todo o processo, antes, durante e depois. Deve

ser um processo contínuo com atividades vinculadas à realidade cotidiana da

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sala de aula.

A atual prática pedagógica exige uma nova visão de avaliação na qual os

resultados sejam avaliados periodicamente para que seja possível rever planos

e corrigir possíveis desvios.

Em síntese, a mudança da avaliação é fundamental para que deixe de

atrapalhar a prática pedagógica e ajude a qualificá-la. Através de uma

avaliação autêntica, o educador pode exercer sua atividade com amorosidade

crítica, localizar efetivamente onde está o problema e lutar para superá-lo

(inclusive nele mesmo: auto-avaliação), cumprindo a função radical da

avaliação de aumento de potência de vida dos educandos e educadores. É

grande o desafio; porém, como dizia o poeta Fernando Pessoa “Tudo vale a

pena se a alma não é pequena”.

5.2.4 Formação continuada dos profissionais da educação

A LDB, em consonância com a demanda atual do trabalho, afirma que os

sistemas de ensino deverão promover a valorização dos profissionais da

educação, assegurando-lhes “aperfeiçoamento profissional continuado” e

“período reservado a estudos, planejamento e avaliação, incluindo na carga de

trabalho".

A Secretaria de Estado da Educação ao definir a proposta político-

pedagógica que norteará a condução do processo educacional do Estado

propõe como uma de suas metas a formação continuada dos profissionais da

educação em cursos de capacitação, grupos de estudos aos sábados, jornada

pedagógica, seminários congressos, estudos durante a semana pedagógica,

entre outros.

Como está claro no Artigo 84 “o professor ou especialista da educação

será obrigado a freqüentar cursos de aperfeiçoamento ou especialização

profissional quando convocados pela SEED”.

Para fins de subsidiar a formação de profissionais da educação a escola

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contempla a possibilidade de aproveitar os dias de cursos de capacitação,

semana pedagógica, os momentos de hora-atividade, reuniões pedagógicas,

conselho de classe para estudos e reflexões a respeito de atividades que

envolvem a elaboração e implementação de projetos e ações que visem a

melhoria da qualidade de ensino.

Particularmente, nossa escola, para fins de capacitação profissional

realizará atividades que estejam em consonância com as necessidades

apresentadas no contexto escolar.

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VI. MARCO OPERACIONAL

6.1 Linhas de Ação

Que a aprendizagem seja efetivada através de procedimentos metotodológicos inovadores.

Que o retorno dos alunos ausentes seja viabilizado através de visitas domiciliares.

Que a prática de inclusão dos educandos com necessidades educativas especiais e de toda diversidade: econômica, étnica, religiosa, seja efetivada.

Que a indisciplina seja amenizada com processo dialógico entre educandos e profissionais da educação/família.

Que os responsáveis pelos educandos sejam conscientizados da importância de sua participação na formação e resgate dos valores éticos e culturais, da valorização do meio ambiente e da própria vida, que são essenciais para a formação de cidadãos dignos.

Que os avanços tecnológicos e científicos na escola estejam conectados com a aprendizagem do educando.

Que o resgate da ética, da solidariedade, da paz sejam reafirmados através de projetos reflexivos e encontros interativos.

Que o compromisso ético e solidário possam estar presentes, promovendo um clima acolhedor para todos.

Que o processo de capacitação de todos os profissionais da escola sejam destaque como outras atividades que ocorrem no âmbito escolar, visando uma formação de qualidade.

Que se promova reuniões de pais por série/turma para que juntos busquem soluções para os problemas detectados.

Que o processo de auto-avaliação da escola seja realizada para identificar os aspectos que demandam esforços diferenciados e sistemáticos para a melhoria da qualidade do ensino.

Que a escola promova a participação de voluntários que colaborem com o bom desenvolvimento de trabalhos e relacionamentos envolvendo toda a comunidade escolar.

Que os projetos interdisciplinares sejam incentivados e desenvolvidos na escola.

Que o acompanhamento dos educandos com o desempenho

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insatisfatório seja realizado através de monitoramento visando a recuperação de estudos.

Que os profissionais da escola elaborem programas de reuniões, palestras e orientação para os pais visando suportes e acompanhamento escolar dos filhos.

Que os conselhos de classe sejam realizados com a presença de educandos e instâncias colegiadas.

Que a escola busque melhorias no espaço físico, junto a comunidade escolar, externa e mantenedora.

Que a escola se utilize da construção da proposta pedagógica, para viabilizar uma educação de qualidade, com o objetivo de formar cidadãos críticos e comprometidos com a transformação social.

Que a escola busque junto a SEED e Fundepar, recursos que solucionem os problemas advindos pela falta de estrutura física, humana e econômica.

Que haja a busca da participação de outros órgãos da comunidade que possam ofertar atendimentos complementares (saúde, trabalho, associações, creches, conselhos, igrejas e outros).

Que a escola busque soluções para a permanência do educando com dificuldade de aprendizagem em sala de apoio e recurso.

Que a escola estimule a participação da comunidade no cotidiano da instituição, por meio de projetos.

6.2 Avaliação do Projeto Político Pedagógico

O processo de avaliação do Projeto Político Pedagógico visa a constatação

das conquistas, e a construção de novos desafios. Para isso a avaliação precisa

contemplar toda a comunidade escolar e civil.

A avaliação será feita por meio da coleta de dados, oficinas

sistematizadas e divulgados em reuniões e encontros pedagógicos.

Sua realização se efetivará em finais de bimestres, conciliada com o

conselho de classe, reuniões de pais, oferecendo as bases para as novas

decisões ao longo do processo de realização, demandando sensibilidade e

disposição para a mudança, a todos os que dele participam.

Conseqüentemente deve ser o instrumento dos caminhos percorridos e da

identificação dos caminhos a serem perseguidos.

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