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Ali HO III. ÓRGÃO OOlSrSBBVADOU- - ^UUHT. Tlaes^üiiaa, 9 4 «1* &ullip. N.° 118. JLSS9. Publicã-se uma vez por semana.—As publicações pedidas se- jl jornalistas do mundo inteiro 1... Despi-vos dos piecoricéjtòs nacio- r5o convencionadas e devem vir legalmente responsabilisadas. j náés; denunciae todos os crimes, è nomeae os criminosos. ( Jouy )'. Assignaturas:—Por um anno 1Ü$0Ü0 reis, e por semestre 5$000;— pagarnjento ¦adiantado.—Numero avulso—320 reis. A ÉPOCA. Therezina, 23 de Julho de 1880. •Finou-se a 29 do mez passado o nosso importante- amigo tenente-coronel José Francisco Dantas. O partido conservador, pungido pela dor, lamenta a perda de tão eminente chefe; nós a eterna auzencia de um arai- go como ell'e sabia ser. . 0 ilustre finado era residente no ter- mo de Valença, onde sua morte foi era extremo e geralmente sentida pela gran- de estima em que era-tido sagradas lettras de um Santo Patriarcha, que tinha o seu próprio nome: Nemo nalus ést in terra est Josgphus, Princeps fralnim firmamentum gentis stabilimentumpoprêli. Valença, 6 4e julho de 1880. . Ó sèsia«Í©r EPaipasaaguãi. O' espirito rjolitico tem obcecado este filho ingrato do Piauhy. Depois de. haver-auferido do partido conservador da província toda a seiva, apostatou suas idéas a cata de mando, emigrando pára o partido liberal, donde Completamos esta noticia com os se-! nos |ni op^ido ^rògoas cora o miinh^ tnpns hino-nnhirns do tetíènte- i guante ferrenho do despotismo, grantes ÍTOM^W^Lg MM Outr orà..a.#lavra de um sehadorera SSSnVlif- moeda de mflíraavel valor para o paiz, "Tf m£™ oTaido fmado, a sen TT^^^Mf ™" dienogenro,nossopresado amigo tenen- lhlce' h^ a. paixão partidária dos le- SSXlNorberto de Castro°e Silva fl.!preseatante3]íerae» na câmara vitalícia a! todos ps S30S parentes enviamos nossos ^ItXtftâíl! áu>£i PLZai us"os senadoreslfí eraes (salvo honrosas ex- cepções) iallaj|i â Nação, j G nosso rcpfyesentaiite na câmara vi- O mundo é uma mentira, a gloria—fumo A morte—om beijo, e esta vida um sonho Pesado ou doce—que s'esvae na campa ! Casemifo d'Abreu. venho em auxilio desse.digno magistrado recti- ficar, o juizo do nobre senador sobre o seu pro- cedimenlo.;. .Não "se exerce na comarca de S. Raimundo Nonnato por meio magistratura reacção polili- ca que, como disse, considero a mais odiosa, porque emprega as foi tuas judiciarias, £que a lei tem estabelecido para garantir,os direitos do cidadão. Parece-me que é tempo de- retirar.dos arsenaes dlis partidos e quebrar para sempre a arma do» processos. « Sr. presidente, pode ser que o digno rnagis- trado de quem se trata tinha commetlido alguns erros no'exerci cio .de suas altribuições por apreciação dos factos, mas quanto aos processos a qu*i se referiu o honrado senador, elle não pode ter sido movido nsm por motivos particulares nem por considerações partidárias: pode ter apre- ciado rríat uma denuncia, julgal-.a individamente' procedente; mas em tal caso resta a parte o re- curso que ella nao deixará de empregar para ob- ter a competente reparação.» EritatípSr. conselheiro; o juiz de direito de S. Raimundo Nonnato é conservador por que foi nomeado1 juiz municipal o de direito por conservadores % Nosle caso V.Exc. também o é,porque todos os seus despachos, desde juiz 'municipal até juiz le orphãos da corte, foram dados por mi- talicia, pndc.tsih. vivido das transacções, quando,opposi|ão, tem nestes tempos regeneradoresümhm senado a- gravida-r não existe .o- tenente-coronel José Sli^ilIS?1^^^^^^ **^PfÍ 0s ,scus f™^ e pvnnrU™ Hnntns t ' i Felizmente, «quanto o senlioi ao i mu-, a|gims parentes, como o desembargador l^rrivri moléstia com one lutou des- h>r ^prestigiosa palavra de honra do Amaral, José Lustosa, Firmino' Martins, A terrível moiesiia com queimou ues , ena*dor> ^po-ílo ao paiz cora a mais ' de^tubro^^ roubou-lhe a preciosa ^existência ^i-^i-^U patente I conservadora lioras da manha do dia 29 dejunho, nao : ™3íito tlado, comf 0 Um de atte- obstante os cuidados da virtuosa esposa, e dedicados amigos, que hoje, oh dor!'i —cobertos de crepe, lamentão seu pre- j maturo passamento IPj Filho legitimo do capitão Francisco' AniceíoDantas, e de D. Arma Ferreira | da Silva, o tenente-coronel José Francis- co Dantas nasceo em fevereiro de 182*5, e desde tenra idade mostrando muita iu nuar os seus* enormes a ttentados na infeliz comarcaueS.kaimimdoNonnato,,os seus- venerandoscollpgas'elevam as prerog vas oVaqaelia respeitável corporação á ai- tura do senado jtománonos tempos ' rho.| - Lemos no ultimo n parte do discurso do conselheiro a cerca da Imprensa uma iolitícos, forgicaçlos emS. telligencia,e dotado de uma letra mimosa-, ^^&g^eíço&iuu-n,,s se Souza Li/na &, são con serra dor es, porque foram despachados juizes M direito' por conservadores. Quem haverá por ahi tão néscio nas _ condições de convencer-se de que Si Exc. o-^j será capaz de levantar-se tio senado para '<! I defender a umindivid'uo,conservador,'re- ; ;" publicano|'ligueiro, liberal ou regenera- ¦ '! dor, que-não estcja'.ao serviço de sua política ticimha, medonha e violenta, in- tolerante e possante como a forra .viva cio despotismo ? seu-paio empregou no. seu gabinete, a oncle, sem auxilio de outros estudos, ò jovem tornou-se capaz de por si escrever aproximado a certeza o no futuro dosem- penhar os cargos para que o chamarão sua probidade e virtudes. Casou-se com D. Izabel Soares de As- sumpção Dantas, sua prima legitima, de quem teve oito filhos. / Viuvando recebeu era segundas nup cias Carvalho 12 do orphandade nascido. ,'( ( Membro distineto do partido conserva-iro' ^ - 0^;c-.1L, .,,,,,,.„, «i-i vmp. ipin«fipc! i preenche as listas e a missão aa ngc neração nopdder; isto é: o extermínio do adversaric Haverá ejuem acredite que S. Exc., ¦¦¦.¦im^tô ver :oU,dèsemTàrân7cem^^ha f01» os segredos ao' ouvido &WmSi&:lMm trahiü* a verdade,; caiummado perante o ministro aclver- omoammaiifestodesubtrahirumféo;sano as victiraas dos oefios dos seus de policia ao iespreso publico, .justifl-1 amigos d aqm,seja tao generoso que. lome cando ao raesilo tempo a marcha tortuosa a defeza perante 0 senado do um Britto da política lib|3ral,no feudo que um acaso Júnior, se por ventura esta çreaturâ dei- felè engastou ia sua coroa de fidalgo da ' xasso de ser em S. Rsimundo INonnato tmnàdsmriêés'-lo fiel traduetor das instrucçocs desses O Sr Pararàguá; como o moreogoque I seusmesnios amigos? Por ventura acredi- ..»•»• . \." sopra para chita ar, começou seu discurso taras. bxc. que o tai juiz processanao sua parenta D Ra.munda Soares de ^P | reaccõ. sjudiciarias, re- ..actualmeute os conservador. ri| sua Dantas de quem teve 14 filhos, ™J™ ^ 1 maií? pi4judiciaes aos i comarca 'pela. supposta faküicaeSo da s:.quaes sobreviverão,':ficaudp erra SSWflnriJadão afim de mais lPò, eleição do 1876, apezar ái approva- M.eoultimoeomíO-dias ^I^SltS»^^!» * ista)>eh »»**<#**¦ »» dor de Aralença#elle deixa nas se partido um vácuo difíioil de se preen- cher. . Occupou os cargos de eleitor de paro- chia,, para o qual pbteve nove vezes os suffragios de seus raunicipes; de presir dente da câmara municipal, supplente do juiz municipal e juiz de paz mais votado em 3 quatriênios consecutivos: sendo que actualmentc oecupava este cargo, e ode eleitor. Eraextremoso esposo, pai desvelado, dedicado amigo, o sobre modo caritativo, virtudes que o tornavão geralmente es- timado, sendo era seus últimos momentos assistido por quasi todos os seus visinhos parentes e amigos, que tiyerão noticia de seuraáo estado* de saúde, e sua morte foi pranteada por todos, e •especialmen- te pela pobresa, que o idolatrava, como seu protector seguro e beneficente. Leader de seus irmãos e numerosos parentes, amante de seu torrão natal, e icllas longiquas paragens ter seu digno genro alcançado a cadeira ' no parlamento,esteja errando de boa le? O' Sancta simplicitas ! Achou S. Exc. quê ás victiraas do ma- gistrado perseguidor restara os recursos da lei. Como estava S. Exc. ipgenuo na peca- sião 1 Nem sempre ha recursos das decisões dos juizes de direito em processos cri- mes; mas quando os haja, como no caso que se trata, pergunta-se: Quando-a vic- tinia tiver rompido o sipoal da persegui- ção "do juiz de direito, não estará'por ventura estalada, empobrecida, casos ha- Disse S. Ejc: . O juiz de qi?m se trata, é piecisp quo se ?ai- ba não pertence a mesma parcialidade política de que faço par r. é conservador,' conservador moderado, que leve sua carreira,convém Misto- riar os fados, a lisiinctos ministros da parcialia- lidade do nobrejsenadnr.. . . Foi nomeaib ]ufz ' municip.l da Panialiyba pelo nosso collela, o Sr. Visconde de Nilheroy e juiz de direilí; da comarca de S. Bairr.undo Nyií.nato.por dejteto de 27 de setembro de 1873, j vendo em (jue SUCCUmba ao pCSO das referendado neb'illtisírado ministro, o Sr üuar- perseguições ? Então na opinião de S. Exc. ósproces- 'sos crimes por perseguição política nada « Nada por tinto-deve ao partido liberal, é um pcsaiiulesdo que as partes têm recurso? te de AzevedoJ por informaçõí«, sepurido me consta, do nos^o collega o Sr. Joio Alfredo. juiz .considerado na província como conservador, mas u'm juiz rffilo, que não muita em pai tido ai- gtim da sua coiiarci. . SenlR.res.como considero que a reputação do povo pobre,'qilO nelle habita, pode | de um mngislr.dw é um thesouro.que não per- dizer-se de sua pessoa d que se nas 1 Unce a elle só/que lambem porUncc ao paizj Unv recurso erinie de S. Raimundo Nonnato para a Relação do Discricto é còusíí do nonafla, quando protelado.e quiçá nullilirado, pelo juiz perseguidor ? Parece qm o conselheiro sempre fez de algoz o jamais de viclima, pois as- sim se coraprehende a apparente sinceri- dade com que fallou sobre este ponto. Continua S. Exc: « É, senhores, tanto esse magistrado nüo pro- cede iníluenciado-iipor motivos políticos como insinuou o honrado senador ou a pessoa que lhe deu informações que S.' Exc. leu, que contra elle nada se atlega ¦ neste sentido: as folhas da', província alii estão.» Oh ! é de raais I Como pôde S. Exc. abusar assim da bòa de quem não o que escreve- mos ? Pois que, então esta gazeta não tem balido o blindado juiz de direito de S. Raimundo Nonnato como um dos entes raais ^ynieos e mais partidários d'aquel- Ja comarca-?Ha dous anhos batemos naquella ma- .china de ibrgicar processos e persegui- ções de toda espécie, apontando-o como um ente escravo do partido do conselheiro, ignorando se elle se apellida ou não de conservador, por que a nós pouco impor- ta o nome do esbirro, desde que elle ser- ve bem a seu senhor, sendo antes cir- cumstaneja aggravante o perverso ferir- nos,declafomdo-se,apezar disso, commun- gar c'om|asco na política, por que temos certeza qi|e estes instrumentos merecem1 de S. Ejp. especial agrado,.satisfazendo a sua;vaidade de ter á seus caprichos tarlufóSiCjhe sabem iclentiUcar-se com os -iidis:sô*|}j(.3iilosMv\¦ •:-:•' , Continuando disse ainda S. Exc: «íMas1 terSo razíio os'indivíduos que assim je queixam do juiz d3 direito? E,is o que, a «eu ttmpb, cumpre j Sveri^uar, e' os tribunaes ¦competentes o poderão decidir, uma vez que o juiz, corno acabo de dempnsti;tr,(') nao move alli unia perseguição,'política, embora esses processos compieliendam alguns chefes conservadores; isso o que prova é isensiio de espirito d'aquelle digno magistrado qne,send.o conservador não o demo- vou isso ao cumprimento d^o seu dever; exerceu- do jurisoiçíío, proferindo decisõe3| contra ihdi- vidnos de sua parcialidade.» Quando lemos o requerimento do Exm. Sr. senador Correia, dissemos logo: o Britto Júnior vai ser elevado ao 7.° ceo nas azas Aoconscllieiro, servindo de pedra de escândalo o facto dos liberaes desfar- çarein o instrumento com o nome de con-' servadoreelle não protestar, porque essa posição é sempre commoda aos tratantes è ílibusteiros, e foi o que suecedeu. Segundo Ó conselheiro, nósnos.queixainos de ruins,pois se o homem é conservador,, que mal faz persiga elle aos conservado- rés ? Como pôde um homem na altura do Sr. conselheiro, prevalecendo-se da tribu- na, animar .cora sua palavra autorizada aos seus cabos de guerra a proseguirem na improba tarefa de malfazer, servindo- se pára, isso da autoridade do cargo? i Pois que ! Entende-S.Exc que a atroz perseguição é permettida desde que ella se desenvolve entre indivíduos do mesmo credo político I assim é, para que S, Exc. arran- jou-áseu genro Doria a missão de ir a Pernambuco pôr um paradeiro a crua guerra cpieos leões fazem aos cachorros, todos ^sectários de sua política? S. Exc cora suas theorias pode passar desapercebido perante o senado, onde o Piauhy passou, c continua a passar,-corao (") Còíh que provas demonstrou ? Então a palavra do conselheiro é infalliv*! (orno a dopapa? Quanta seniceremonia! '¦''i: •'• /' •¦ ''% ¦ :'; ¦.'"--.' ¦-.-.* - •ycf.A ¦ ' ; ¦':: . •:..¦, ¦¦(¦¦'¦.>'.- í :x ': •¦..Vi.' " . i

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Page 1: i: ''% •'• /' •¦ A ÉPOCA. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/164135/per164135_1880_00118.pdf · de^tubro^^ roubou-lhe a preciosa ^existência ^i-^i-^U patente I conservadora

Ali HO III.•

ÓRGÃO OOlSrSBBVADOU-

- ^UUHT. Tlaes^üiiaa, 9 4 «1* &ullip.

N.° 118.

JLSS9.

Publicã-se uma vez por semana.—As publicações pedidas se- jl jornalistas do mundo inteiro 1... Despi-vos dos piecoricéjtòs nacio-r5o convencionadas e devem vir legalmente responsabilisadas. j náés; denunciae todos os crimes, è nomeae os criminosos. — ( Jouy )'.

Assignaturas:—Por um anno 1Ü$0Ü0 reis, e por semestre5$000;— pagarnjento ¦adiantado.—Numero avulso—320 reis.

A ÉPOCA.Therezina, 23 de Julho de 1880.

•Finou-se a 29 do mez passado o nossoimportante- amigo tenente-coronel JoséFrancisco Dantas.

O partido conservador, pungido pelador, lamenta a perda de tão eminentechefe; nós a eterna auzencia de um arai-go como ell'e sabia ser.

. 0 ilustre finado era residente no ter-mo de Valença, onde sua morte foi eraextremo e geralmente sentida pela gran-de estima em que era-tido

sagradas lettras de um Santo Patriarcha,que tinha o seu próprio nome: •

Nemo nalus ést in terra est Josgphus,Princeps fralnim firmamentum gentisstabilimentumpoprêli.

Valença, 6 4e julho de 1880.

. Ó sèsia«Í©r EPaipasaaguãi.O' espirito rjolitico tem obcecado este

filho ingrato do Piauhy.Depois de. haver-auferido do partido

conservador da província toda a seiva,apostatou suas idéas a cata de mando,emigrando pára o partido liberal, donde

Completamos esta noticia com os se-! nos |ni

op^ido ^rògoas

cora omiinh^ tnpns hino-nnhirns do tetíènte- i guante ferrenho do despotismo,grantes ÍTOM^W^Lg MM Outr orà..a.#lavra de um sehadoreraSSSnVlif-

moeda de mflíraavel valor para o paiz,"Tf m£™ oTaido fmado, a sen f» TT^^^Mf

™"dienogenro,nossopresado amigo tenen- lhlce' h^ a. paixão partidária dos le-SSXlNorberto de Castro°e Silva fl.!preseatante3]íerae» na câmara vitalíciaa! todos ps S30S parentes enviamos nossos

^ItXtftâíl! áu>£iPLZai us" os senadoreslfí eraes (salvo honrosas ex-

cepções) iallaj|i â Nação, jG nosso rcpfyesentaiite na câmara vi-O mundo é uma mentira, a gloria—fumo

A morte—om beijo, e esta vida um sonhoPesado ou doce—que s'esvae na campa !

Casemifo d'Abreu.

venho em auxilio desse.digno magistrado recti-ficar, o juizo do nobre senador sobre o seu pro-cedimenlo.;.

¦ *

.Não "se exerce na comarca de S. RaimundoNonnato por meio dá magistratura reacção polili-ca que, como disse, considero a mais odiosa,porque emprega as foi tuas judiciarias, £que alei tem estabelecido para garantir,os direitos docidadão. Parece-me que é tempo de- retirar.dosarsenaes dlis partidos e quebrar para sempre aarma do» processos.

« Sr. presidente, pode ser que o digno rnagis-trado de quem se trata tinha commetlido algunserros no'exerci cio .de suas altribuições por máapreciação dos factos, mas quanto aos processosa qu*i se referiu o honrado senador, elle não podeter sido movido nsm por motivos particularesnem por considerações partidárias: pode ter apre-ciado rríat uma denuncia, julgal-.a individamente'procedente; mas em tal caso resta a parte o re-curso que ella nao deixará de empregar para ob-ter a competente reparação.»

EritatípSr. conselheiro; o juiz de direitode S. Raimundo Nonnato é conservadorpor que foi nomeado1 juiz municipal o dedireito por conservadores % Nosle casoV.Exc. também o é,porque todos os seusdespachos, desde juiz 'municipal até juizle orphãos da corte, foram dados por mi-

talicia, pndc.tsih. vivido das transacções,quando,opposi|ão, tem nestes temposregeneradoresümhm senado a- gravida-r

Já não existe .o- tenente-coronel José Sli^ilIS?1^^^^^^ **^PfÍ 0s ,scus f™^ e

pvnnrU™ Hnntns t ' i Felizmente, «quanto o senlioi ao i mu-, a|gims parentes, como o desembargadorl^rrivri moléstia com one lutou des- h>r ^prestigiosa palavra de honra do Amaral, José Lustosa, Firmino' Martins,A terrível moiesiia com queimou ues , ena*dor> ^po-ílo ao paiz cora a mais '

de^tubro^^roubou-lhe a preciosa ^existência ^i-^i-^U patente I conservadoralioras da manha do dia 29 dejunho, nao : ™3íito

tlado, comf 0 Um de atte-obstante os cuidados da virtuosa esposa,e dedicados amigos, que hoje, oh dor!'i—cobertos de crepe, lamentão seu pre- jmaturo passamento IP j

Filho legitimo do capitão Francisco'AniceíoDantas, e de D. Arma Ferreira |da Silva, o tenente-coronel José Francis-co Dantas nasceo em fevereiro de 182*5,e desde tenra idade mostrando muita iu

nuar os seus* enormes a ttentados na infelizcomarcaueS.kaimimdoNonnato,,os seus-venerandoscollpgas'elevam as prerogvas oVaqaelia respeitável corporação á ai-tura do senado jtománonos tempos 'rho. | -

Lemos no ultimo nparte do discurso do conselheiro a cerca

da Imprensa uma

iolitícos, forgicaçlos emS.telligencia,e dotado de uma letra mimosa-, ^^&g^eíço&iuu-n,,s se

Souza Li/na &, são con serra dor es, porqueforam despachados juizes M direito' porconservadores. •

Quem haverá por ahi tão néscio nas_ condições de convencer-se de que Si Exc.

o-^j será capaz de levantar-se tio senado para'<! I defender a umindivid'uo,conservador,'re-; ;" publicano|'ligueiro, liberal ou regenera-

¦ '! dor, que-não estcja'.ao serviço de suapolítica ticimha, medonha e violenta, in-tolerante e possante como a forra .vivacio despotismo ? •

seu-paio empregou no. seu gabinete, aoncle, sem auxilio de outros estudos, òjovem tornou-se capaz de por si escreveraproximado a certeza o no futuro dosem-penhar os cargos para que o chamarãosua probidade e virtudes.

Casou-se com D. Izabel Soares de As-sumpção Dantas, sua prima legitima, dequem teve oito filhos. /

Viuvando recebeu era segundas nupciasCarvalho12 doorphandadenascido. ,' ( (Membro distineto do partido conserva-iro' ^ - 0^;c-.1L, „ .,,,,,,.„, «i-i vmp.ipin«fipc! i preenche as listas e a missão aa ngc

neração nopdder; isto é: o extermíniodo adversaric

Haverá ejuem acredite que S. Exc.,¦¦¦.¦im^tô ver :oU,dèsemTàrân7cem^^ ha f01» os segredos ao' ouvido&WmSi&:lMm trahiü* a verdade,; caiummado perante o ministro aclver-omoammaiifestodesubtrahirumféo;sano as victiraas dos oefios dos seus

de policia ao iespreso publico, .justifl-1 amigos d aqm,seja tao generoso que. lomecando ao raesilo tempo a marcha tortuosa a defeza perante 0 senado do um Brittoda política lib|3ral,no feudo que um acaso Júnior, se por ventura esta çreaturâ dei-felè engastou ia sua coroa de fidalgo da ' xasso de ser em S. Rsimundo INonnatotmnàdsmriêés'-l o fiel traduetor das instrucçocs desses

O Sr Pararàguá; como o moreogoque I seusmesnios amigos? Por ventura acredi-..»•»• . ." sopra para chita ar, começou seu discurso taras. bxc. que o tai juiz processanao

sua parenta D Ra.munda Soares de ^P | reaccõ. sjudiciarias, re- ..actualmeute os conservador. ri| suaDantas de quem teve 14 filhos, ™J™

^ 1 maií? pi4judiciaes aos i comarca 'pela. supposta faküicaeSo das:.quaes sobreviverão,':ficaudp erra SSWflnriJadão afim de mais lPò, eleição do 1876, apezar ái approva-

M.eoultimoeomíO-dias ^I^SltS»^^!» * ista)>eh »»**<#**¦ »» A°

dor de Aralença#elle deixa nasse partido um vácuo difíioil de se preen-cher. .

Occupou os cargos de eleitor de paro-chia,, para o qual pbteve nove vezes ossuffragios de seus raunicipes; de presirdente da câmara municipal, supplente dojuiz municipal e juiz de paz mais votadoem 3 quatriênios consecutivos: sendoque actualmentc oecupava este cargo, eode eleitor.

Eraextremoso esposo, pai desvelado,dedicado amigo, o sobre modo caritativo,virtudes que o tornavão geralmente es-timado, sendo era seus últimos momentosassistido por quasi todos os seus visinhosparentes e amigos, que tiyerão noticiade seuraáo estado* de saúde, e sua mortefoi pranteada por todos, e •especialmen-te pela pobresa, que o idolatrava, comoseu protector seguro e beneficente.

Leader de seus irmãos e numerososparentes, amante de seu torrão natal, e

icllas longiquas paragens ter seu digno genro alcançado a cadeira'¦ ' no parlamento,esteja errando de boa le?O' Sancta simplicitas !

Achou S. Exc. quê ás victiraas do ma-gistrado perseguidor restara os recursosda lei.

Como estava S. Exc. ipgenuo na peca-sião 1

Nem sempre ha recursos das decisõesdos juizes de direito em processos cri-mes; mas quando os haja, como no casoque se trata, pergunta-se: Quando-a vic-tinia tiver rompido o sipoal da persegui-ção

"do juiz de direito, não estará'por

ventura estalada, empobrecida, casos ha-

Disse S. Ejc:. O juiz de qi?m se trata, é piecisp quo se ?ai-

ba não pertence a mesma parcialidade políticade que faço par r. é conservador,' conservadormoderado, que leve sua carreira,convém Misto-riar os fados, a lisiinctos ministros da parcialia-lidade do nobrejsenadnr. . .

. Foi nomeaib ]ufz ' municip.l da Panialiyba

pelo nosso collela, o Sr. Visconde de Nilheroye juiz de direilí; da comarca de S. Bairr.undoNyií.nato.por dejteto de 27 de setembro de 1873, j vendo em (jue SUCCUmba ao pCSO dasreferendado neb'illtisírado ministro, o Sr üuar- perseguições ?

Então na opinião de S. Exc. ósproces-'sos crimes por perseguição política nada« Nada por tinto-deve ao partido liberal, é um pcsaiiulesdo que as partes têm recurso?

te de AzevedoJ por informaçõí«, sepurido meconsta, do nos^o collega o Sr. Joio Alfredo.

juiz .considerado na província como conservador,mas u'm juiz rffilo, que não muita em pai tido ai-

gtim da sua coiiarci.. SenlR.res.como considero que a reputação

do povo pobre,'qilO nelle habita, pode | de um mngislr.dw é um thesouro.que não per-dizer-se de sua pessoa d que se lè nas 1 Unce a elle só/que lambem porUncc ao paizj

Unv recurso erinie de S. RaimundoNonnato para a Relação do Discricto écòusíí do nonafla, quando protelado.equiçá nullilirado, pelo juiz perseguidor ?

Parece qm o conselheiro sempre fezde algoz o jamais de viclima, pois sò as-

sim se coraprehende a apparente sinceri-dade com que fallou sobre este ponto.

Continua S. Exc:« É, senhores, tanto esse magistrado nüo pro-

cede iníluenciado-iipor motivos políticos comoinsinuou o honrado senador ou a pessoa que lhedeu informações que S.' Exc. leu, que contraelle nada se atlega ¦ neste sentido: as folhas da',província alii estão.»

Oh ! é de raais IComo pôde S. Exc. abusar assim da

bòa fé de quem não lè o que escreve-mos ?

Pois que, então esta gazeta não tembalido o blindado juiz de direito de S.Raimundo Nonnato como um dos entesraais ^ynieos e mais partidários d'aquel-Ja comarca-? •

Ha dous anhos batemos naquella ma-.china de ibrgicar processos e persegui-ções de toda espécie, apontando-o comoum ente escravo do partido do conselheiro,ignorando se elle se apellida ou não deconservador, por que a nós pouco impor-ta o nome do esbirro, desde que elle ser-ve bem a seu senhor, sendo antes cir-cumstaneja aggravante o perverso ferir-nos,declafomdo-se,apezar disso, commun-gar c'om|asco na política, por que temoscerteza qi|e estes instrumentos merecem1de S. Ejp. especial agrado,.satisfazendoa sua;vaidade de ter á seus caprichostarlufóSiCjhe sabem iclentiUcar-se com os-iidis:sô*|}j(.3iilosMv\ ¦ •:-:•'

, Continuando disse ainda S. Exc:«íMas1 terSo razíio os'indivíduos que assim je

queixam do juiz d3 direito? E,is o que, a «euttmpb, cumpre j Sveri^uar, e' só os tribunaes

¦competentes o poderão decidir, uma vez que ojuiz, corno acabo de dempnsti;tr,(') nao move alliunia perseguição,'política, embora esses processoscompieliendam alguns chefes conservadores; issoo que prova é isensiio de espirito d'aquelle dignomagistrado qne,send.o conservador não o demo-vou isso ao cumprimento d^o seu dever; exerceu-do jurisoiçíío, proferindo decisõe3| contra ihdi-vidnos de sua parcialidade.»

Quando lemos o requerimento do Exm.Sr. senador Correia, dissemos logo: oBritto Júnior vai ser elevado ao 7.° ceonas azas Aoconscllieiro, servindo de pedrade escândalo o facto dos liberaes desfar-çarein o instrumento com o nome de con-'servadoreelle não protestar, porque essaposição é sempre commoda aos tratantesè ílibusteiros, e foi o que suecedeu.

Segundo Ó conselheiro, nósnos.queixainosde ruins,pois se o homem é conservador,,que mal faz persiga elle aos conservado-rés ?

Como pôde um homem na altura doSr. conselheiro, prevalecendo-se da tribu-na, animar .cora sua palavra autorizadaaos seus cabos de guerra a proseguiremna improba tarefa de malfazer, servindo-se pára, isso da autoridade do cargo? i

Pois que ! Entende-S.Exc que a atrozperseguição é permettida desde que ellase desenvolve entre indivíduos do mesmocredo político I

Sò assim é, para que S, Exc. arran-jou-áseu genro Doria a missão de ir aPernambuco pôr um paradeiro a cruaguerra cpieos leões fazem aos cachorros,todos ^sectários de sua política?S. Exc cora suas theorias pode passardesapercebido perante o senado, onde oPiauhy passou, c continua a passar,-corao

(") Còíh que provas demonstrou ?Então a palavra do conselheiro é infalliv*!

(orno a dopapa?Quanta seniceremonia!

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^ A JGPOtDA.

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SIS¦g-gfjyffi-*-*^^

território dos seus domínios; mas nãoentre nós, que o conhecemos e o nave-mos de exporão publico tal qual é,protes-tando sempre contra as inverdadcs porS. Exc. levadas aó senado, onde S.Exc.já qualificou-nos de homens apaixonadose incapazes de credito,(!) somente porque não nos curvamos ao seu poderosoaceno.

Queremos sei* .livres no ostracismo deAristides, do que cidadão escravo, gosan-do com 'o tyranno as dilicias de um po-der, que tudo corrompe e asphyxia I

Temos lavrado o nosso protesto; omais para quando a Imprensa publicaro resto do discurso de S. Exc.

O govci-ii© c as fazendasnacBonacs.

SEGUNDO ARTIGO.

Em o nosso precedente escripto, duascouzas tornamos bem salientes: a neces-sidade de uma prompta venda de todasas fazendas nacionaes, e a melhor formade effectual-a.

Mostramos também â saciedade a in-conveniência da resolução tomada pelogovernode vender os gados separadamen-te e Úepois arrendar as terras em lotes.

A importância do assumpto, os immen-sos abusos que a respeito 'dessas fazen-das constantemente aqui se têm pratica-do, a ostentação do escândalo - com queos dominadores d'esta infeliz, provinciafazem as nomeações e demissões dos va-queiros e inspectores dos departa-mentos sem respeito á moralidade admi-nistrativa e com palpitante detrimentodos interesses fiscaes, leva-nos a rasgaro tênue vép que cobre tantas mazellas,encarando essa questão, que tão de per-to nos toca, por todos os seUs ladosvulneráveis.

E' preciso, pois, não fallar com reti-cencias, e declinar os nomes, própriospara que o governo veja em toda suanudez as verdades que para nós já sãotão come-sinhas.

Não importa que nossas vages sejãocomo notas perdidas no espaço, epossãoaté assanhar ainda mais as iras e.aga-nancia dos mandões da situação. Satis-faz-nos a consciência de um dever cum-prido como jornalista e, sobre tudo, comopiauhyense; e o governo, desvendados osolhos, não se poderá chamar á igno-rancia dJãquillo que aliás está no domi-nio publico e agora se lho revela á luzbrilhante dos factos nesta singela expo-sição.

Dissemos já que as fazendas nacionaesdo Piauhy erão pessimamente adminis-trarJás e dissemos pouco. Aqui não haadministração, ha desbarato dos própriosnacionaes, ha somente arranjos de fami-lia e colligação de interesses illegitimos.Nem de outra forma se pode explicar acarreira que deu de Oeiras o 3.° vice-presidente Dr. Firmino de Souza Martinsafim de poder por si mesmo lavrar asnomeações para vaqueiros de vinte e tan-tas fazendas de crear, o que tudo fez deaccordo e com audiência do Sr. Antôniode Hollanda Costa Freire, irmão do ins-pector Fernando Freire, estando presen-te ao convênio o Sr. Cronemberger quepara este fim aqui veio á chamado.

* E' assim que também se explica a no-meação que, antes de tudo, e com exor-bitancia de suas attribuições fez o Sr.inspector da thesouraria de fazenda, Fer-nando da Costa Freire, de seu cunhadoo capitão José Pereira Nunqs para ins-pector do departamento do Canindé, e a.de seu genro, o capitão Enéas Brandãopara creador do Campo Largo, a melhorde todas as fazendas que possue o Estadonesta provincia, e posteriormente a doSr. Carlos Brandão, irmão deste ultimopara o Pobre. .

Alem d'essas nomeações de recentedata, cumpre dizer que o. inspector doPiauhy é o Sr. coronel Cronemberger, eu-nhado do inspector Fernando Freire, e ode Nazareth éoSr. João de Freitas, pri-mo e concunliado do deputado geral, Dr.José Manoel de Freitas.

Accrescente-se a este catalogo de no-mes os dos primos e fâmulos dos Firmi-nos, Freitas e Freires, e saberá ogover-no se é verdade ou não o que dizemos.

Façamos agora em (orma de questio-nario um ligeiro commentario:

Occupadas quasi todas as fazendas pe-los parentes mais próximos do inspectorda thesouraria, sob cuja administraçãoellas se achão, e pelos do vice presiden-te Dr. Firmino e do deputado Dr. Freitas,que independência, que força moral podeter aquelle chefe sobre os seus subordi-.nados •

Qne contas podem estes prestar quenão sejão logo por aquelle julgadas boase muito boas ? E como é que o governotolera a' serventia conjunetamente do che-fe de uma repartição com empregadosgenros, cunhados e sobrinhos que teema seu cargo a gestão de dinheirõs públicos,quando a ordem do thesouro de 8 dejaneiro de 1877 prohibe expressamentetal serventia ? Não se vè em tudo istoo suprasummo do escândalo de uma si-tuação sem escrúpulos, sem principios,sem moralidade e sem critério; e cujosdirectores aqui, como em toda a parte,só curãb do próprio interesse ?

Onde está o Sr. conselheiro Paranaguá(pie não olha para estas couzas de sua ter-ra, que aliás diz tanto amar, e patrioti-camente consente que o» seo ftdits ÀcJmles,pelos bons prepostos que aqui tem, exe-cute uma política tão tortuosa e egoisti-ca, toda de exclusão e de extermínio ? Ipolitica que se apavona com o pomposotitulo de liberal, mas que, em verdade,não passa de um conchavo immoral entreo governo e um corrilho de aventureiros,semelhantes as aves de arribação que le-vantão o vôo apenas os ventos denunciãoqualquer mudança de estação!

• Quem é que ignora nesta provincia qüeas fazendas nacionaes .dos três departa-mentos teem sido e são actualmente, comtoda a ostentação, o,apanágio dos libera-es ? Poderá a «Imprensa» contestar es-tas verdades, com seriedade, sem vir dethuribulo em punho incensando aos seosídolos no seo costumado vêso ?

Ainda mais: quem é que não sabe queo coronel Jesuino Moura quando assumioa administração das fazendas do Canindé,como procurador dos Srs. Condo e Conrdessa d'Aquila, nada possuía, era pobre,completamente pobre, e hoje sem se teraventurado em especulação alguma lu-crativa, tem uma fortuna superior a 80

^contos de reis, alem da que possue o seogenroj que era mais pobre ainda ?

Quem foi que vio o Sr. Cronember-ger justificar-se das graves imputaçõesque .lhe forão feitas neste jornal por in-formações de pessoas que lhe morãoaopé ? Apesar do bom conceito qüe ellenos merece, em quanto, não tirar a limpoo seu procedimento o publico natural-mente hade exigir explicações a res-peito.

Quanto a nós, o como se fizeram taesfortunas, embora pequenas, é questãoque só nos interessa saber por estaremligados a ella bens da nação e não pornemhum outro sentimento inconfessável.

Entretanto, apezar de péssimo o estadoactual, parece-nos ainda peior o alvitredo governo a respeito d'essas fazendas,porque, alem de tudo, prejudica, comojá mostramos, aos interesses fiscaes doPiauhy, nullificando o imposto do disimoque ellas, a final, terião de pagar.

E nem se supponha que esse impostoseria uma diminuta parcella na receita doorçamento, pois trata-se de uma verbaque orça por uns dez contos annüaes,com tendência a crescer, como é fácil deprovar:

São 35 ao todo as fazendas da nação,n'esta província, comprehendendo n'essenumero as 16 que constituem o departa-mento do Canindé e que também nãopagão o dizimo. Ellas podem ter, apesardo desfalque que soffreram n'estes dousúltimos annos em conseqüência dasecca, umas 32:000 cabaças de gado vae-cum e cavallar de toda sorte, pondo departe os burros e jumentos que são emdiminuto numero.

Por tanto, segundo a base geralmenteadmittida entre os fazendeiros, calcula-mos muito bem dando 8:000 bezerros epoldrinhos pnra sua produção annual, oque mais ou menos deve estar de accor-dò com os dados existentes na thesoura-ria: ou separadamente; conforme as infor-

inações que colhemos—7:500 bezerros e500 poldrinhos.

Deduzido d'essa producção o terço queé dado pela iegislação vigente em beneíi-cio do fazendeiro, teremos em cifras re-dondas 5:000 bezerros e 350 poldrinhossujeitos ao lançamento do dizimo. Ora,devidindo estes números po,r 10 comopreceitúa a lei, e multiplicando os res-pectivos quocientes por 15$000 e 25$que são os preços médios das avaliaçõesdos collectorés o anno passado, vè-se quea quantia a entrar annualmente para asarcas do thesouro provincial seria nuncainferior a 10 contos de reis; e se attender-mos a que as fazendas d'ora avante da-rão provavelmente melhor *producção,claro "está

que aquella verba de receitairia também crescendo ntf mesma razãovisto como a cobrança do dizimo é feitaagora a dinheiro e não em gados CQmoera outr'ora. .

Depois disto, restará ainda duvida aogoverno que somos immensamente pre-judicados com a extinção de tantas fazen-das de crear, quando é certo que a crea-ção é a principal senão, a bem dizer, aúnica fonte de nossa receita publica, oúnico ramo de commercio externo e deindustria que encerra em si os germensde nossa riqueza e prosperidade?

Quererá acaso o governo provas maiscabaes, convincentes e completas de nos-sas asserções do que as temos amon-toado, guiados tão somente pelo interes-se que nos inspira o amor de nossaterra \

Em. conclusão, tornemos bem clara epalpável a nossa opinião] sobre a quês-tão qne, por nossa parte]já vai mui de-batida.

Reconhecemos a necessidade da vendade todas as fazendas nacionaes; ê ur-gente que ellas saião da administraçãoda thesouraria de fazenda e deixem poruma vez de ser uma veia aurifera expio-rada por um partido tão pouco zelosodos negócios públicos; coiidemnamos po-rem a forma adoptada peto gorVemo porque parece-nos a mais rmnosa ao.Esta-do e-de peiores'conseqüências.; ,

Pode, finalmente, o governo não ácei-tar o nosso parecer, pode? dispor dosbens nacionaes como melljár. lhe sugge-rir o pensamento dominante àe regem-rar-nos, despresando sem mais' estudoas nsssas modestas considerações, mashade se confessar mais cego do que ocego da escriptura, ou então repetir comoa Medèa de Ovidio.

Video meliora proboque, deteriora je-quor.

Adhesôes,Com prazer abrimos espaço pui noss-is

columnas á seguinte decla*ação firmadapor treze liberaes importantes do termode Amarante, adherindo as idéias da po-litica. conservadora.

Elles dão os motivos porqne o.fazem.O partido conservador ;vai bom cami-

nho. conquista innunaeras. sympathias,atrahe a seo grêmio todos* os dias novosadeptos que se chegão a ele, arrastadospela .excelíencia das ideiasje sobre tudopela moralidade com que costuma sellarseos actos.

ísto nos lisongea e agraca.Os signatários da presente manifestação

são homens de posição e etnsideradjs riolugar oode residem; a acquisiçlo é excel-lente, diz-nos do AmaranU pessoa quenos merece por vanos litulis inteiro cre-dito. \\ .

O primeiro é capilão da guarda nacionale eleitor de parochia, o 2.° 3.° e 6.n, 10e 13 são juiz.es, de factos e, todos pro-prietarios e fazendeiros.

Sejão bem vindos.Nós os recebemos jubilosrjs e em troca

da lealdadecom qne prometiam servir ecommungar comnosco o parido ostracis-mo, garantimos-lhes a mais perfeita eslima, a mais sincera amisade.

« Irapellidospor justos mcpvos, vimosdo alto da imprensa tnoralisjda declarar

ao publico e aos partidos monarchicosque.trabalhão pela prosperidade de seupaiz á nossa adhesão as crensas do dis-tineto partido conservador. Não é cer-lamente a força do interesse ou outraconsideração a gaus-a effeciente de nossoprocedimento, pois deixamos o poder paraalliar-nos ao partido decahido; mas sim áinjustiça e manifesta desconsideração deque temos sido victimas, de nossos ex-eo-religionarios, os liberaes, como empou-cas palavras vamos demonstrar. Seda-rios das idéias liberaes, elemento here-dilario de nossos antepassados, logo quetivemos uso'dé rasão entramos na liçapolitica, prestando os nossos serviços ácausa deste partido que então achávamosbôa.

« Mas, em tempos como o presente,quando essa denominada politica anda liodesgarrada, sem regra, sem rumo certopela má direcção, que lhe tem dado'aquelles que si dizem chefes ou represeitantes delia nesle municipio; quando es-ses liberaes do hoje transviando-se daseoda traçada pelos bons liberaes dos tem-pos ido», seguem um caminho indirectoe escabroso; quando esses liberaes de hò-je em vez de arregimentarem o partido eprocurarem adeptos fazem desmerecer noconceito político os seus mais sinceros,leaes e dedicados amigos, não podemos enem mesmo devemos por nossa honra edeguidaile acompanha-los; por isso desde,já declaramos que adherimos a justa cm-sa do grande e brioso partido conservadorque capricha em'passar todos os seus ac-los pelo cryüol da prudência e da mora--lidade, e sob cujas bandeiras protestamosprestar com lealdade os serviços que es-tiverem ao alcance de nossas débeis for-ças. Ao partido liberal-—um adeos, efazemos volos para que evite cahir noabysmo insondâvel do desprestigio e daimmoralidade, á cujos negros bordos seacha já debruçado. . Queira Sr. redac-tor, dar em spu conceituado jornal, pü-blicidade ao nosso espontâneo manifesto,pelo que lhe seremos assás agradecidos.

«Amarante, 28 de junho de 1880.Justino Alves Mendes Vieira.Joaquim Antônio da Bocha.Leonardo Mendes Vieira.João Baptista da Bocha.Justino Pio Mendes Vieira.João Mendes Vieira.Firmo Lopes da Bocha.Thomè de Souza Lima.José Mendes Vieira.Miguel Lopes de Souza.João Lopes de Souza.

' Ignacio Lopes de Souza.Ludgero de Mello Pereira.»

SECÇflO PARTICULAR.Ao publico.

Viu o re=$peilavel publico, na Imprensan. 641. como. pretendeu ferir-me o Sr.coronel Cronemberger sob a assignaturado Sr. João Baptista*Cavalcante,a pretex-to de justificar-se de .graves imputaçõesque lhe fez este sobre sua administraçãoem representação ao ministro da fazenda;mas o que de certo ignora e o que mecumpre agora fazer conhecer são os meiostristes e compromettedores de que ornes-mo se serviu para attingir aos seus fins.E' assim que vindo a esta villa a .18 deabril ultimo pôz em campo três correcto-res, e por meio de toda sorte de ameaças,promessas vantajosas e offerecimento degrande quantia de dinheiro, conseguiuque seu denunciante assignasse uma re-tractação, na qual se negam todos os fac-tos denunciados e se obriga a declararque fora illudido por mim e seduzido pormeus cânticos para dar a denuncia ! Masa só existência d'uma semelhante retrac-tação quasi constituo prova provada dehaver sido peitado seu signatário.

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A ÜPOCA. ._==I

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Nesta eonjunctura ctimprehende-se bemo dever que a dignidade e sobretudo- aveíflade me impuham de desfazer a tra-maJsupinamente inepta e irrisória queáe urdiu com o duplo fim de molestar-mee calumniar-me, e produzir justificaçãocom'quebra do meu caracter. Dahia ne-

^Cessidade de collegiros documentos quevãò*em seguida publicados desde n. 1usütie Q, os quaes por sua idoneidade edesenvolvimento elucidam e esclarecemcompletamente a espécie; e «quanto a pro-va.me dispensaria de accrescentar se>quer uma vírgula para minha defeza ca-bal, si acaso fosse necessária.. Se poremcausarem torturas a meu injusto aggres-soi?; sibi imputei; de si mesmo somente sedeve queixar de tôl-os provacado com oseu inqualificável procedimento para comquem não ¦ o provocou, tendo alias certezae consciência do contrario. Com effeitoresulta desses documentos a verdade—eloqüente, esmagadora,. evidente, que atodos se impõe por si mesma e leva aconvicção aos espiritos mais refractanos;por elles ainda se poderão

'aferir a mo-raíidade, a probidade e honestidade uecertos caracteres, bem como dão a justa

• medida dahediondez dos tempos que seatravessa..'Não

serei pois eu qtiem lhe vá com ana-'lyses e confrontações diminuir ó valor dos

conceitos e o vigor dasdeducções, ou lhesempane e sombreie a luz brilhante queirradia para todos de cada affirmativa.O .respeitável publico, á quem somenteme .dirijo, poderá substituir-me nessa fáciloperação. Elle que confronte, combine eanalyse as repetidas declarações do Sr.Cavalcante com essa retractação compra-dá á pezo de oiro e extorquida por meiode ameaças; considere suas ingênuas con-fissões-e o modo porque o obrigaram astíbscrevel-a na sala. do Sr. promotor pu-' blico; attente aos oferecimentos vanta-iosos de dinheiro o protecção com que otentaram; tome o peso as ameaças de queo.cercaram eaos terrores que lhe incuti-ram no espirito para resolvel-o a ceder,—tudo em nome e proveito do Sr. coronel;e ficará suficientemente habilitado cara•decidir e proferir juizo seguro evertdic-tum imparcial. \'Contentar-me-hei com este, qualquerqtie seja; pois me convenço de que nm*-gúemque não seja néscio, ou o cego doEvangelho, dirá depois de tudo isso quetive a parte que se me quer dar n'essadenuncia.

í. -Julgo escusado encarecer a importaircia d'esses documentos; basta que se sar' ba que os subscrevem pessoas assaz qua-lificadas, independentes, de reconhecidocaracter e nobreza de sentimentos.'

Tenho notado o singular procedimentodo Sr. coronel Gronemberger de aggre-dir-me por si e em. nome de outro, edeclarar-me.pelos jornaes—seu inimigofiqadalU) somente depois cVessa denun-cia do Sr. Cavalcante, posto que aquise saiba do contrario. A' caso terá receioque o ministro da fazenda o mande res-oonsabelisar e desde jú premedita aver-bar-mede suspeito? Não pode ser serionem sisudo semelhante receio, por quantotemdito S. S.e o repetem seus amigos (enão tenho razão para duvidar), que, sendoS S grande, dispondo da situação e con-tando com o governo, tal denuncia nuncaserá tomada em consideração, e devesaber que não é licito ás partes crear sus-peições para terem juizes de sua eleição.

Demais, não parece provável que ain-da me ache na comarca quando o seureceio for tradusido em facto; pois, nãoqarantio a seus amigos, ao -partir emmaio ultimo para a capital, a minha re-moção até julho próximo ? E eu naovejo razão ou motivo para tão depressadescrer de sua recente grandeza e poderio,nem da efficacia de seus empenhos.

- Entrou-Jhe nos cálculos ter juiz seuque execute suas ordens e advinhe-lhe ospensamentos, por que não ha de têl-o?!

A politica opera milagres1'todos os diase a prova S. S. encontra mesmo emcasa!

S. João do Piauhy, 20 de junho de-1880.

F. Ltctnto da S. Soares.. ;-

(Seguem-se as respostas dos. Srs. coro-nel Josè'Antunes Piauhylino de Macedo,tenente-coronel Raimundo Marques de Car-valho, alferes João de Souza Lima, Rai-mundo Borges da Silva, José ClarindoLeopolclido de Cirqueira, presidente dacâmara municipal," juiz .de paz, eleitorese escrivão servindo de collector.)

(Estão todas selladas e reconhecidaspelo tabellião—Irenôo José Fialho.).

l.a RESPOSTA.,

lllm. Sr. Dr. Firmino Licinio da SilvaSoares.

i minha casa.e tratando ao desculpar- *«S=SSS

Em resposta a carta de V. S. destamesma data, tenho a declarar: Quantoao 1.° item: que me recordo perfeitamenteter V. S. entrado em minha casa, emjaneiro deste animo, quarido eu conver-sava com Srs. João Alvarenga e JoãoBap-tista do-Rego Cavalcante, queixando-seeste magoadamente das perseguições queque desde muito e agora mesmo estavasoffrendo na sua partilha'da fazendaGrande por parte do vaqueiro e do ins-peetor coronel Cronemberger, pois nãosomente, dizia, lh'a tinhão retardado hamais de anno, como ainda agora pretex-távam falta de cavallos e de chuva, aopasso que o vaqueiro da Canavieira es-tava partindo com as próprias mãos, porquanto, sendo cunhado do ex-vaqueiro ecessionário por compra das partilhas des-te, era ao mesmo tempo encarregado peloinspector da partilha, de modo que par-tia como queria, por isso só, sorteiavavaccas escolhidas,amojadas,e até pandas,ficando os filhos no cercado por conta dovaqueiro; (facto que lhe ouvi repetir naPonta da Lagoa ao respectivo vaqueiro,Sr. tenente Querino V. .de Sá); eoutrosmuitos factos escandalosos-

Foi então que V. S. observou-lhe, di-zendo? como é que elle morria como car-1neiro e não reclamava o seu direito aquem competia; tendo em resposta que—si já não tinha amuito tempo denunciadodo-inspector. ao governo, por esses e ou-tros faHos, e os levado aos jornaes, arazão era não ter sufilcientes habilita-ções: ao que ainda observou-lhe V. S.--que para cada um reclamar o seu di-reito postergado e o que era seu naocarecia de grandes habilitações, pois as-sim como elle Cavalcante sabia contar ahistoria de uma onça que matasse, gas-tando nisso até horas inteiras, da mesmamaneira podia fazer sua recLimaçao, equando quizesse uma couza mais limpa,pedisse para corrigira quem'julgassehabilitado, pois acreditava que nao hou-vesse quem se recusasse a tão pequenoserviço.

Quanto ao 2.°: que ouvi por mais deuma vez o mesmo Cavalcante declararque tinha denunciado ao ministro contrao inspector, e que muito estimaria queeste o chamasse a responsabilidade, poisqueria provar factos mais graves e es-candalosos que sabia e podia provar comas melhores pessoas do município. Quan-to ao 3.°: que o Sr. Benjamim José deMoura, subdelegado deste termo, decla-rou-me que ouviu isto mesmo do próprioCavalcante, o qual o disse varias vezesem sua porta na presença de varias pes-soas.' Quanto ao 4.°: que o mesmo Ga-valcante no dia 22 de abril ultimo, quan-do acabava de ser interpellado por V.S.acerca do boato de ter elle se vendido aocoronel Cronemberger para retractar-se,me declarou que era iiiexacto este boato:que era verdade terem os alferes Juven-cio Barbosa Nogueira e Diogenes Beniciode Sá porparte do mesmo coronel, feito-lhe cora insistência e por muitas vezesem nome deste, propostas vantajosas,não só de dineiro, fosse que quantia fos-se que elle pedisse, como sua protecçãoe a de sua familia para se retractar; masque até se mostrara aborrecido e índrg-nado com os dous agentes e atado re-cusara, pois. acrescentou, so tinha ditoa verdade na sua denuncia, c si Íosseprovocado ou elle lhe chamasse a res-ponsabelidade queria provar factos muitomais craves o escandalosos, que aindasabia. Quanlo ao 5.°: qtie no dia 31 demaio ullimo o mesmo Cavalcante veio

se da retractação que tinha dado ao coronel Cronemberger, declarou-me, estandoa ouvir também o Sr. Irenêo José Fialhoe Raimundo Borges da Silva, qüe somenteo tinha feito porque era pequeno e lhehaviam .ameaçado com cadeia, pois se-gundo lhe disseram os agentes por partedo coronel Cronemberger, elle devia lem-brer-se que a situação era. deste e quelhe podia

"fazer muito mal; mas, pergun-tando-lhe~eu, si, neste caso reconheciaserem falsos os factos de sua denuncia,respondeu-me que não, eque ainda afíir-iriava hoje que eram todos verdadeiros esó os não sustentava, pelo motivo de serelle pequeno, e levado pelo medo de serperseguido. Quanto ao 6.°: sei que em1877,indo ao lugar'da Sr.a, em Jeromenhadispor fazendas, descancei no lugar—Lagôa-grande, conjunctamente.com umfilho do Sr. coronel Cronemberger, denome Casimiro, e o Sr. Ladislau, hoje seugenro, que vinham do Irapoá, e notandoeu no seu comboi burros gordos, grandese bonitos, com a marca da nação, tive emresposta como explicações, que eramburros arrematados pelo Sr. major Hol-landa. Quanto ao 7.°: que sei por ouvir amuitas pessoas deste, mutiicipio que oSr. coronel Cronemberger tem compra-do partilhas indivisas aos vaqueiros na-cionaes, e sei de sciencia própria que esteanno sorteou-se para*elle na fazendaGrande a partilha do Sr. José da Cunha,pois alli fui algumas vezes e observei isto:além disto,' disse-me o Sr. Antônio JoséCavalcante, que lhe vendera tres annosem que fora vaqueiro nos Espinhos, quenunca constituio procurador que fizessesuas vezes nem nunca procurou sabercomo essa partilha se fez. Quanto ao 8.°:sei que passaram nesta villa, em janeiroultimo, uns bois vindos do Boqueirão mar-cados com o ferro do cessionário do ar-rematante, Sr. tenente-coronel Fernando

i Hollanda, recebido em outubro ounovem-bro, f* conduzidos pelos alugados da fa-zenda, os quaes

"estiveram detidos nocurral do Sr. José Luiz, onde os exa-minou o Sr. João B. do R. Cavalcante,sendo depois levados pelos mesmos alu-cradosatéa fazenda Grande, e desta pelorespectivo pessoal até Canavieira, junta-mente pom os gados do inspector, pro-dueto das partilhas compradas ao or.

contrado no dia 20 de abril ultimo nos mat-tos- em conferência como mesmo coronel*e Diogenes. Alem disto, disse-me o dito-Cavalcante. que retractara-se pelo medo-que lhe fizeram âquelles prepostos, emnome do coronel Cronemberger, queeste, dispondo da situação, lhe metteriana cadeia e faria-lhe muito mal. PodeV. S. fazer desta minha resposta o uzoque bem lhe convier. Sou etc.

João de Souza Lima.

RESPOSTA 2;a.

lllm. Sr. Dr. Firmino Licinio da Sil-oa Soares.

Em resposta a carta que me dirigiucoin dala de 16 do corrente/ tenho a di-zer-lhe que é verdade ter vindo a minhacasa no dia 15 deste, as 10 horas daamanhã, o Sr. João Baptista do RegoCavalcante, ajustar commigo contas doque me era devedor, e tendo pedido-meespera do. resto do pagamento, porqueestava actualmente sem dinheiro, eu lhodisse então que passava corno certo terelle recebido 6000000 do Sr. coronelCronemberger para se retractar. NNegan-do-me ler recebido dioheiro para i.sso,explicou-rae indo o occorrido nos se-guintes .termos: que os Srs. Diogenes B.de Sá e Javencio B. Nogueira foram ásuá casa por differentes vezes a mandadodo .coronel Cronemberger fazer-lhe pro-postas vantajosas afim de se relractar darepresentação que tinha levado ao gover-no jconlra si; dizendo-lhe que lhe daria aquantia que pedisse, e contasse mais com

.a pVolecção delle e de toda a sua familia,não tendo annuido a is,to, o Sr. DiogenesIhtj disse que elle Cavalcante nada deviaesmerar dos conservadores d'aqui, e pedia-íhí que, como sen amigo chegasse até acasa do promotor publico: depois de mui-tas instâncias resolveu-se a ir, e lá che-gaiido o mesniò promotor procurou con-¦vencel-o do dever que tinha de assignar

a retractação, a qual estava já escripta,íôllaiido somente sua assignatura; ao quedueto fias pariuiius bu-u^uuu.-, «., v«. ic^nuu.- ««.««»,„ ~ *

José A. da' Cunha, e outras procedências ainda hesitou fazer, dizendo que ia pensai«.„„.,..«,, no rin iWcnP.f.lnf tí„ .•:.. „»A r. «li.« oái-riiinl..i mvinrln rf>>*.a serem entregues—os do mspectoi'—

ao comprador Manoel Procopio. i Quantoao 9 °: Consta-me e é publico aqui que oSr. coronel Cronemberger vendera esteanno ao mesmo Procopio cerca de (büü)rezes, e que todo esse gado fora juntonos cercados nacionaes, á custa destasfazendas, sendo a ultima boiada entregueao comprador na fazenda Canavieira, dis-tánte desta villa 4 legoas. Quanto ao 10:sei por ouvir ao Sr. coronel José Ferrei-ra de Carvalho, que em 4877 ou 1876passaram na ribeira do Fidalgo, em via-sem do Bâiiéité, quatro burros com mar-ca nacional e dous alugados da Nação.

Quanto ao 11.°: sei que os alugados dasfazendas—Boqueirão, Cachê e fazendaGrande têm-se queixado nesta villa e amim próprio, que a mais de anno nao re-cebem as suas ferias. Quanto ao 12.°: Ou-vi ao próprio Canuto Rodrigues de Souzadizer que o Sr. coronel Cronemberger sodava parliUiabem quando tinha interessenella, como fez com seu sogro Conradonas Cajazeiras, adiantado-lhe até sortesde poldros para se pagar, a si e a seuamiqo Manoel Baptista, a quem mandouadiantar um certo poldro apontado poreste- mas quanto a partilha de MarcohnoBezerra, da mesma fazenda Cajazeiras,soube de ouvida ao próprio Cavalcante,que o inspector dera ao mesmo Marcohnouma partilha te empreitada ferrando-sesomente tantos poldros para o vaqueiro,quanto lhe caberiam segundo o numero tiosnoldrinhos na carimba; e isto no interes-se de se pagar. Quanto ão ultimo: seique, por ser publico e notório nesta villa,confessado por D. Alecrim, mai do Sr.João B do lt. Cavalcante, este rotracta-rá-seda denuncia que dera ao governocontra o coronel Cronemberger mediantepropostas vantajosas que este lhe mandouoITcrecer por intermédio dos Srs. JovencioBarbosa Nogueira o Diogenes Bemciode

e reíleclir até o dia seguinte, quando res-ponderia, mas os mesmos Í)ii.genes e pro-motor lhe fizeram tanto medo, dizendo*que o coronel Cronemberger podia-lhefazer muito mal levando-o a cadeia eoutras perseguições, e que nada dissoaconteceria si elle assignasse o papel, quelho foi lido, o qual era a retractação,pois seria recompensado * em vez de-serperseguido; que nessa oceasião o referidoplçfaenés abriu a gavetíida mesa do pro-mitor ti evie lhe apresentou um massocàm bastante dinheiro, e que afastando acadeira um pouco da mesa-disse ao pro-rabtor que poderia assignar o papel, mas,nío receberia quantia alguma, e que defa;to assignou a retractação: disse-memais que depois de ter assignado o sobre-dilo papel da retractação, o Sr. promotoraioda tirou uma quantia e lhe offereceupira café e cigarro». Sobre isto, disse-me honlem o Revm. Sr. vigário padreCustodio F. Arraes, na presença de V.S.e do Sr. te.nénte coronel Raimundo Mar-qjes de ^Carvalho, « que o Sr. promotorpxblico lhe confessou ter ido o dito Ca-vdeante á sua casa em companhia do Sr.Diogenes, e que ahi chegando lhe offere-cii\uma grande quantia de dinheiro paraellf assignar a retractação e regeilandaaquella, todavia assignou esta; e tendodepois disto offerecido-lhe cincoent»( SO-Ü ) reis, ainda regeitou » • Disse-memh o mesmo Cavalcante que ua confe-jet|cia qu8 teve com o coronel Cronem-betaor nos maltos, abaixo da fazendaGrlnde, esle lhe dis.se que elle estava comumhomcm na vista e qne pedisse o queqiijf.èssè; pois queria gratifical-o; que elletinia feito muito bem em se retractar,pcwue do contrario teria de lhe fazer

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ma/, o que não desejava, e que daquelladácta por diante contasse com sua pro-tecção e de toda a.sua familta, pois quelhe ficava muito obrigado pelo que aca-bava de fazer-lhe; raas elle Cavalcantedisse-me nada ter recebido. É esta averdade que sei, e pode V. S. fazer destaresposta o uso que lhe convier.

Sou *.,—- De V. 8^ —João de SouzaLima. •

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RESPOSTA 3.a.lllm. Sr. Dr, Firmino Licinio da Sil-

va Soares.. Era resposta a carta que V. S. me di-rigiü com data de 6 do corrente, tenho adizer-lhe sobre os seis itens contidos namesma, o seguinte, de que pode V. S.fazer, uso córao lhe convier: 1.° Que êverdade ter-me achado presente no dia22 de abril ultimo, na sala da casa emque estava aboletado nesta villa o Sr.coronel José A. Piauhylino de Macedo,juntamente este, V. S. e os Srs. ManoelCatão G. P, Cesarino A. Cavalcante. JoãoRealejo e outros, tendo mais tarde entra-do tarabem o Sr. tenente coronel'Rai-mundo Marques de Carvalho, e ahi ouviao Sr. João Biptista do Rego Cavalcantedeclarar a V. S. que o Sr. coronel Cro-nemberger mandara por muitas vezes oSrs. Juvencio Barbosa Nogueira e Dioge-nes Benicio de Sá fazer-lhe propostas,vantajosas de dinheiro, sem marcar quan-tia, fosse quanto fosse e protecção delle ede toda sua família, para o liai delle Ca-valcanle retractar-se da denuncia que ha-via dado ao governo contra o mesmo co-ronel; mas que tinha repellido tudo e atése aborrecera e indignara com taes agen^tes, pois só havia dito a pura verdade nasua denuncia, e tinha ainda muitos outrosfados mais graves para denunciar na pri-meira occasião, oü si elle o chamasse áresponsabilidade, chegando até a declinaralguns, como viagens de burros nacionaesao Baturite,—sociedade doinspedor coraseu cunhado major Hollanda na arretna-tação de ura lote de burros nacionaes,dados pelo inspector como velhos e ina-tilisados para serem arrematados bara-tinhos, mas que só receberam-sè burrosnovos, grandes e bonitos, que forão ven-didns na Bahia por altos preços, e algunsainda pertencem ao inspector, —certjipartilha de empreitada dada a MarcolinpBizerra para se pagar a si; adiantamentode sortes ao capitão Mundoco, na fazendaSerra, e outros muitos fados. Que con-tinuava a dizer isto mesmo em toda paij-te, e a dons dias o repetira na audiênciado Sr. tenente Quirino V. de Sá, 2.° sup-plente do juiz municipal, que ó amigo ÒYdenunciado, dizendo a este que si èranfalsos e calumoiosos os fados de sua de-noncia, provocava ao Sr. Cronemberge*para chamal-o a responsabilidade, pouqueria provar outros fados mais gravesque sabia.. 2.° Que muitos dias antes d >dia 22, e quando correu nesta villa oboato dessa denuncia, encontrando-micom este em casa do Sr. José Clarind»Leopoldieo dô Cerqueira, estando presente o.Sr. Diogenes B. de Sá, perguntei-lhise era exado ter elle denunciado ao go>verno contra o Sr. Cronemberger, e resj-pondendo-me affirmativamente, pergun)tei-lhe qual o motivo disso e de que fados;respondeu-me— que tinha denunciadodestes fados e que ainda sabia de muito^outros mais graves, que tinha reservacjpara ir pouco e pouco ievando ao cnhecimento do ministro; e que o motiveierão as injustiças.e perseguições que ellelhe linha feito e eslava fazendo na suapartilha da fazenda Grande, retardando-asem razão só para perseguil-o e creando.toda sorte de embaraço de combinaçjocora o vaqueiro Sr. Quirino, de qofm'pretendia

miislogo também denuncia*;que o pensamento da denuncia fora lie¦suggerido por uma conversa que teve emcasa do Sr. -alferes João de S. liirã,

l

quixando-se a este, na presença de V, S.das muitas perseguições que a tempossoffria da parte do insp'edor, e que V. S.lhe dissera que reclamasse o seu direitoa quem compelia e não.moresse comocarneiro: que depois disto tratou de fa-zer um apanhamento dos factos muitosabidos, praticados pelo inspedor, e pedioa V. S. para corrigir a minuta da de-nuncia que incáminhou ao ministro, emdous exemplares, um diredamente pelocorreio da Bahia e outro por intermédiodo presidente da província. E tendo-lhedito o mesmo Diogenes, que o Sr. coro-nel Cronemberger não fazia caso de suadenuncia, nem ella teria conseqüência,porque este era grande, pertencia á si-tuação e contava com o governo; respon-deu-lhe o mesmo Cavalcante que nãopensava assim e que os factos de sua de-nuncia havia dj causar-lhe serias doresde cabeça, bem como outros que tinhaarrolado para ainda denunciar, si elleo chamasse á responsabilidade. Algunstempos depois, achando-me cora o cai-xeiro do Sr. José Martins, Severiano F.de Carvalho, á calçada da casa deste,avistei o mesmo Cavalcante lendo a «Epo-ca» á sua janella, e perguntando-lhe eusi estava estudando es perguntas do abe-Ihudo, me respondeu elle em altas" vozes,por causa da distancia, que naquellasperguntas ainda não estavam todos os fae-tos que sabia contra a administração doinspector, nem alguns dos da sua denun-cia; que muito mais sabia e estavam re-servados. Ainda no dia 20 de abril, as5 horas da tarde, estando á quina de mi-nha casa, quando passava, o mesmo Ca-valcante pela rua, èu,em tom de pilhéria,lhe disse que elle por ser muito conver-sador estava perto

"de ir á cadeia por

causa da denuncia contra o Sr. Ò. Çro-nemberger, elle me respondeu que, sifosse calumnia o que Unha denunciadoprovocava-o para que o chamasse á res-ponsabilidade, pois tinha ainda muitomais massa para àrremeçar-lhe; sendoesta pergunta e resposta ouvidas pelosSrs. tenente Quirino V. de Sá e irinôoJosé Fialho, que estavam presentes. 3.°Que a raãi do Sr. Cavalcante, D. Alecrim,disse em minha casa e a outras pessoas,que o Srs. Juvencio B. N. e Diogeues B.de Sá, por parte -do Sr. coronel Cronem-berger, fiseram ao mesmo Cavalcante pro-postas vantajosas de dinheiro e protecçãopara se retractar da denuncia, e sei que omesmo Cavalcante fora no dia 20 deabril encontrado nos mattos em cenferen-cia cora o Sr. coronel Cronemberger eDiogenes. Ouvi, no dia 31 de maio, omesmo Cavalcante declarar ao Sr. alferesJoão dè Souza Lima, que tinha se retrac-tado pelo medo que lhe tinham feito osagentes e amigos do coronel Cronember-ger de ir elle á cadeia, pois despunha dasituação; raas que reconhecia serem verda-deiros os factos de sua denuncia, e só osnão sustentava hoje por ser pequeno epara não ser perseguido. Alem disto, dis-se-me"o mesmo alferes Souza Lima, queo dito Cavalcante declarou-lhe hontem emsua casa, estar arrependido de ter assig-nado tal retractação, e somente o fizeraarrastado pelo medo que lhe fizeram osamigos do Sc Cronemberger, de cadeiae perseguições; que a retractação fora-lheentregue pelo Sr. alferes Raimundo deSouza Martins promotor pvblko da co-marca, em cuja casa fora condusido peloSr. Diogenes B. de Sá, e ahi chegandoapresentou-lhe o mesmo promotor o papelda retractação, e offerecendo-lhe umaporção de dinheiro contida em uma ca-veta, que abriu para elle ver, pediu-lhecom instância, juntamente com o mesmoDiogenes, para assignala. E tendo elleCavalcante peJido-lhe tempo para pensare reíledir até o dia seguinte, não o per-miiiiram, assegurando-lhe que se elleassignassè logo, contasse com a proteçãot antisade áo mesmo coronel, que nesse

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•.dia tinha saido para o Cache: em seguidaassignou a mesma retractação. Disse-metambém o Sr. Manoel Catão que o sobre-dito Cavalcante deu essa retratação ao Sr.Cronemberger . por 600#00Ò em di-nheiro e a prometa da vaqueirice d'umafazenda nacional. 4.° Que sei que emoutubro ultimo fez-se junta .de bois parao cessionário do arrematante, Sr. tenentecoronel Fernando,, nas fazendas—Caxé,Grande, e Boqueirão, e que em janeirodeste anno passaram nesta villa um ma-gote desses bois conduzidos exclusiva-mente pelos alugados do Boqueirão até afazenda Grande, e desta pelo respectivopessoal até a Canavieira, juntamente comos gados do inspedor a serem entregues,os do inspector ao comprador Manoel Pro-copio. 5.° Que ouvi ao Sr. alferes R. deS. Martins dizerjque oJSr. coronel Cro-nemberger ajustara vendôr ao dito Pro-copio 1:000 cabeças de'gado, e consta-me, pois diz-se|geralmente nesta villa emunicípio, que 600 rezes que este re-.cebera foram juntas á custa das fazendasnacionaes, sendo a ultima boiada entre-gue na Canavieira. 6." Sei que o va-queiro de Canavieira, Francisco Telles, écunhado do ex-vaqueiro da mesma fazen-da, José Marreiros e cessionário por com-pra de trez annos de partilhas deste, e oqual sendo ao mesmo terapo encarregadode dar essa partilha, consta igualmente ediz-se geralmente nesta villa, que essamesma partilha tem sido muito leziva afazenda, e que as crias ferradas por contado vaqueiro são mais

"do qüe lhe poderia

caber, alem de serem todas escolhidas,tanto que as 30 e tantas primeiras sortesderam immediatamenle outros tantos Bi-zerros.

Sou; &.—De V. S.—Raimundo Bor-ges da Silva.—S. João do Piauh/, 16de junho de 1880.

RESPOSTA 4.a -<*¦ íéSúV ...

lllm. Sr. Dr. Firmino ÍJcinio da Sil-va Soares.

Tenho presente a carta que V. S medirigiu em 6 do corrente mez, e réspon-dendo os itens da mesma tenho a dizer-lhe:

Sobre o i.°: que achando-se era mi-nha casa,, em dias de março ultimo, osSrs. Raimundo Borges da Silva, Dioge-nes B. de Sá e João Baptista do RegoCavalcante, e perguntando o 1.° a estese era verdade ter elle denunciado aogoverno contraio Sr. coronel Cronember-ger, e tendo tido resposta affir.ma.iva,perguntou-lhe mais o mesmo Borges—qual o motivp disso e de què factos; res-pondeu c mesmo Cavalcante qüe tinhadenunciado de sete factos, e que aindasabia de muitos outros graves, que tinhareservado para ir aos poucos levando aoconhecimento do ministro da fazenda, eque o motivo eram as injustiças e perse-guições que o denunciado lhe fazia a dousannos, e estava fazendo na sua partilha dafazenda Grande, retardando-a, negando-lhe uma matolotagem adiantada, sendoelle muito precisado, já tendo nas mãosa sua partilha o creando toda sorte deembaraço para não lh'a dar de combina-ção com o vapueiro tenente Querino, dequem pretendia mais tarde também de-nunciar; que a hmbrança da denunciativera depois de uma conversa que teveem casa do Sr. alferes João de Souza Li-ma, a quem se queixara na presença deV. S. das perseguições que desde tempossofFria da parte do inspector, ao passoque era escandaloso para com outros v;i.queiros, como o da Canavieira, a quemmandava partir com suas próprias mãos,tendo V. S. dito-lhe que não devia mor-rer como carneiro, e reclamasse o seu di-reito a quem competia; qne depois distoe no mesmo dia tratou de fazer um apa-nhamento dos factos que já a muito sabia

e ouvia de outras pessoas, e tendo celleccionado taes factos pediu a V. S. pacorrigir a minuta da denuncia que en-caminhou ao ministro da fazenda por duasvias, uma diredamente pelo forreio daBahia, e outra por intermédio do presi-dente da província. A isto observou-lheo Sr. Diogenes, que o coronel Cronem-berger nenhum caso fazia de tal denuir-cia, nem ella seria aceita, porque eragrande, pertencia ao partido dominante-e tinha por si o governo; mas respondeu-lhe o mesmo Cavalcante, que não pensa-va assim, e pouco importava {fosse elleda situação, e tivesse o governo a seufaver, porque os factos de sua denuncia-haviam de causar-lhe grandes dores decabeça, bem como outros que sabia e es-lavam reservados para denunciar, si elleo chamasse a responsabilidade. Sobre o2.*. Sei por ser voz publica e notório, econfessado tanto pela mãe do mesmo Ca-valcante, como por este próprio, a di-versas pessoas, que o Sr. Cronembergermandou por intermédio dos, Srs. Joven-cioB. Nogueira e Diogeues B. de Sá fa-zer-lhe cora insistência propostqs vanta-josas de dinheiro, qualquer quantia quepedisse, a sua protecção e de toda a suafarailia, afim delle Cavalcante retractar-se da denuncia dada contra si; e sei quefora no dia 20 de abril encontrado na es-trada desta-villa a Canavieira, em confe-renda com o mermo coronel Croüember-gere Diogenes, pois os encontrou e medisse o Sr. Vicente dos Santos, e o raes- >mo Diogenes o tem dito a muitas pessoas.Soube de ouvida aos Srs. Raimundo Bor-ges da Silva e João de Souza Lima, queo Cavalcante declarou a este ultimo, nodia 31 de maio, que só se tinha re trada-do arrastado pelo medo que os amigosdo Sr. coronel Cronemberger lhe fizeramde mettel-o na cadeia o fazer-lhe todasorte de perseguições, visto como eragrande e dispunha da situação; mas-quereconhecia ter dito a verdade em sua de-nuncia. Alem disto disse-me hoje o Sr.alferes Souza Lima, que o mesmo Cavai-cante fora hontem á sua casa e declarou-lhe estar arrependido de ter assignado talretractação.q somente o fizera irapellidopelo medo de ir'a.cadeia e ser perseguido,como lhe ameaçaram os amigos do Sr.coronel Cronemberger';—que a retracta-ção fora-lhe entregue pelo Sr, promotorpublico alferes Raimundo de Souza Mar-tins, a cuja casa foi acompanhado do Sr.Diogenes B de Sá, e entrando na salaapresentou-lhe o mesmo promotor o pa-pel contendo a retractação e offerecehdo-lhe uma porção de dinheiro que mostrou-lhe em uma gaveta, e pediu-lhe com en-carecimenlo e instâncias, acompanhando»o nisso o mesmo .Sr. Diogenes, para as-signal-a, e que tendo pedido tempo parapensar e refl«etir, nâo o consentiram, e*disseram-lhe que se elle a assignasse logo*não seria perseguido, e contasse com &amisade e protecção do Sr. coronel Cro-nemberger, que podia-lhe fazer todo o>beneficio, e o qual nesse dia tinha ido aoCaxé; que em seguida assignou a, tal re-tractação, de que se achava muito ane-pendido e envergonhado; mas é voz pu-blica nesta villa quo recebeu 600$ paraisso; sobre o 3.* ó lambem voz publicanesta villa .e município, que o Sr. coronelCronemberger tem comprado muitas par-tilhas indivisas, sabendo de sciencia pro-pria que nesta fazenda Grande sorteou-se*para elle ã era de 1878, por compra ao-ex vaqueiro Sr. José Antônio da Cunha.Ouvi alem disto ao Sr. Antônio José Ca-valcante, dizer por muita* vezes, que lhetinha vendido, por 300$ três annosde parições quando íoi vaqueiro dos Es-pinhos, onde amançou mais de 1:20o1bizerros. e que nunca constituiu procura-der para fazer suas vezes, nem nunca-procurou saber como o inspector fez essa,partilha,-que lhe vendeu; bem assim re-cebeu do mssmo coronel 200f5 por

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ordem do Sr. José A. Piauhylino, ex-va-queiro da Gamelleira, por venda que lhefizera este de suas partilhas indivisas.Sobre o 4.8. Sei por ser voz publica enotório em todo este município, que o Sr.inspeclor Cronemberger vendeu este annoa Manoel Proeopio cerca de 600 rezes,sendo todo esse gado junto á custa dasfazendas nacionaes, onde o linha solto,pelos alugados, vaqueiros, e cavallos'na-cionaes, dizendo-se até que os cercadosdas salinas, Gamelleira,Caxoeira e Serra,não ficara nem casca nas arvores devidoao gado do inspector junto nélles; sendocerto que a entrega de lodo esse gado foinessas fazendas, e a ultima boiada na fa-zenda Canavieira, como me disse o pro-prio Sr. coronel. Sobre o 5." sei que osalugados nacionaes das fazendas Caxé,Grande e Boqueirão ha mais de anno nãorecebem suas ferias, e alguns delles sotem queixado a mim próprio de faltadesse pagamento e alé já me declarou umque queria representar contra o inspeclor.Sobre o 6.°. Que consta-me, pois é mui-to publico e notório neste município, queo inspector tira cargas suas nos burrosnacionaefc, e que em 1877 foram quatrobuscar caféaoBaturilé,. e que até morrerauma burra nacional cora carga do ins-pector junto de Oeiras.

s Sendo esta a verdade que sei, podeV. S. fazer desta minha resposta lodo ouso que bem lhe copvier.

Sou &.—• De V. S. — José ClarindoLeopoldino de Cerqueira.—S. João do Pi-auhy, 16 de junho de 1880.'

resposta 5.a

lllm. Sr. Dr.Firmino Licinio da SilvaSoares.

Respondendo a carta que V. S. medirigiu em 30 de maio ultimo, tenho adizer-lhe sobre os itens na mesma conti-dos, o seguiute, de que poderá uzarcomo lhe convier. -

Quanto ao 1.°, 2.° e 3.°: ser verdadeter-me achado presente como presidenteda câmara municipal, na audiência de 20de abril ultimo, bem como outras pessoase ahi conversando com o juiz, Sr. tenen-te Querino V. de Sá, entrou em nossaconversação o Sr. João Baptista do RegoCavalcante, declarando a este que Se fos-sem calumniosos os fartos denunciadoscontra o coronel Cronemberger provoca-va-o a que o chamasse á rosponsabelida-de, porque queria provar em juizo essese outros fados mais graves que aindasabia, e mé consta que elle repetiu istomesmo a oulras pessoas desta villa.Quanto ao 4..° e 5.°; é igualmente ver-dade ter entrado na sala do Sr. coronelPiauhylino no dia 22 de abril, onde seachava este, V. S., os Srs. Manoel Ca-tão G. P., Raimundo Borges da Silva,Cesarino A. Cavalcante, João Realejo eoutras pessoas, e ahi narraram-me empresença do Sr. João B. do R. Cavalcanteter este declarado haver o Sr. coronelCronemberger por diversas vezes e cominsistência lhe mandado desde o dia 48fazer propostas vantajosas de dinheiro,fosse que quantia fosse, e mais sua pro-tecção e de sua família, tudo por inter-médio dos Srs, Jovencio B. Nogueira eDiogenes B. .Sá, para o fim. d'elle retra-tar-se e retirar a denuncia dada ao ministro da fazenda contra si, proposta queelle tinha repellido com aborrecimento eenfado, pois só tinha dito a verdade namesma denuncia, como era sabido detodo o município e fácil de ser provadocom as4 melhores pessoas; o que tudoconfirmou-me o mesmo Cavalcante, .acres-cenlando que sabia de outros fados maisgraves para denunciar do inspector se óchamasse a responsabilidade, chegando adeclinar alguns, como sociedade do ditoinspector com seu cunhado major Hol-landa na arrematação d'ura lote de bur-ros nacionaes, dados por inúteis, velhos

e achacados, mas recebidos do inspectorsomente—novos, grandes e bonitos; par-tilha de.empreitada a'MarcoIino Bizerra;adiantamento das sortes ao capitão Mun-doco, na fazenda Serra; viagens de bur-ros nacionaes ao Baturité e outros. Sobreo 6.°: sei por ouvir ao Sr. coronel JoséFerreira de Carvalho, que pessoa, de . félhe disse haverem passado ha ribeira doFidalgo quatro burros nacionaes carre-gados de café do Baturité e dous allu-gados da nação; mas não me recordo bemse isso deu-se em 1876 ou 1877. So-bre o 7.*: sei por ser voz publica e diz-se geralmente que o Sr. coronel Cronera-berger cria porção de gados nas fazendasnacionaes e que são todos juntos nos cer-cados destas fazendas, a custa das mes-mas, e que aind» este anno nellas entre-gou cerca de 6Ò0 rezes ao atravessadorManoel Proeopio, sendo umas boiadas en-tregues na fazenda Caxoeira e a ultimana Canavieira. Sobre o 8.°: consta-me eé publico nesta villa e município ter-seretractado o Sr. Cavalcante da denunciaque deu contra o coronel Cronembergermediante propostadedinheiro e por meiode ameaças, sei que elle tem declarado ádiversas pessoas desta villa, 'ter sido ar-rastado a isso por causa ¦ do medo quelhe fizeram de cadeia e de ser persegui-do: sendo que ainda hontem na minhasala na presença de V. S. e do Sr. Alfe-res José de Souza Lima, declarou-me oRevm. vigário desta freguesia, S,r. padreCustodio Francisco Àrraes, que seu cora-padre alferes Raimundo de Souza Mar-tins, promotor publico, lhe «dissera quem sua sala offerecera grande paga ao Sr.Cavalcante para resolvel-o a assignar aretractação "da denuncia contra o caronelCronemberger, e que não tendo queridoreceber, mas tendo {assignado a retrac-tação á seuípedido, 'ainda lhe offerecera50$000 para cigarros e café, e elleainda recusou.'«{Disse-me também o Sr.alferes Souza Lima que o Sr. Cavalcantedeclarou-lhe, em sua casa, a 31 de maioultimo e a 45 deste estar arrependido eenvergonhado depiaver assignado a'retra-ctaçao, e que só o fez arrastado pelasameaças que lhe fizeram os agentes porparte do coronel Cror.èmbergerde raetel-oDa cadeia e perseguil-o, e tendo sido le-vado por taes meios até a casa do Sr.promotor publico,'alferes Raimundo deSouza Mnrtins.i acompanhado do Sr. Dio-'

• genes ahi lhe Offerecera o dito promotoruma grande quantia de dinheiro que lhemostrou na gaveta d'uma mesa, deonde arrancou] a retractação escripta eprompta, só faltaudo sua assignatura, einstou fortemente cora elle para assignal-a,e qne lhe pedindo tempo para pensar erefleclir, não lhe dionsentio, e por grandeinstância, ameaças, promessa de amisadee protecção doi coronel Cronemberger,que sairá nesse dia para o"Cachê, resol-veu a assignal-a, a qual foi publicada.Peço desculpa rJe .haver demorado estaresposta era conseqüência de me acharfora da villa. 'M

. Sou etc.S. João do Piauhy» 20 de fjunho de

4880".Raimundo Marques de Carvalho.

RESPOSTA 6."

Fazenda S.Victor, 14 de junho de4880. . ; ,

lllm. Sr. Dr. Firmhio Licinio da Sil-va Soares.

» »Respondendo aos itens da carta de V.

S. de 14 do mez próximo passado, ca-be-me cora a isenção, franqueza e ver-dade que costumo, dizer-lhe o seguinte:Quanto ao 4." que é exacto que, achan-do-se V. S., os Srs. tenente coronel Rai-mundo Marques de Carvalho, collectorRaimundo Borges da Silva, Manoel CalãoG. Pereira, alem de outras pessoas, meuscompanheiros de viagem, na casa de mi-

nha estada nessa villa de S. João do Pi-auhy, no dia 22 de abril ultimo, ahi, naminha presença e das pessoas referidas,o Sr. João Baptista do Rego Cavalcantedeclarou a V. S. que o Sr. coronel Cro-nemberger havia mandado por JuvencioB.. Nogueira e Diogenes Benicio de Sá( cunhado ) offerecerem-lhe sua protec-ção delle coronel e de toda sua família, emais a quantia em dinheiro que o mes-mo Cavalcante exigisse, para o fim de re-tractar-se da denuncia que havia dadoao governo contra a administração dodito coronel nas fazendas nacionaes; pro-postas estas que elle Cavalcante regeitaraenergicamente, apezar da insistência comque lhe fora feita, pois que não só esta-va prompto a provar todos os factosmencionados em suadennncia, como ain-da outros de que só tivera conhecimentodepois delia. Quanto ao 2.° qne é igual-mente exacto haver o dito Cavalcanten'essa raesráa oceasião feito á declaraçãode alguns dos novos factos a que alludira,lembrando-me especialmente dos segiiin-(es; ter o corouel Cronemberger am'an-tado as partilhas de cavallar a um certovaqueiro para o fim de pagar-se d'umadivida dò mesmo vaqueiro; ter mandadoburros de propriedade nacional ao Batu-rité, no Ceará, em. busca de café paraseu negocio ( delle inspector ).

Quanto ao 3.°: que nessa mesma ocea-sião. acerescentou ainda o mesmo Cavai-cante que, na audiência do dia 20 deabril, tinha dito ao juiz municipal snn-plenle em exercício, tenente Quirino V.de Sá, amigo do coronel Cronemberger,que, si os fados ai legados em sua'de-nuncia eram falsos; como dizia o mesmojuiz, chamassem-lhe a responsabilidade,que elle queria provar não somente essesfactos, como outros de que soubera de-pois da denuncia; e que isto mesmo ha-via elle Cavalcante igualmente repetido amuitas pessoaç, constando-lhe porem ha-ver o mesmo coronel declarado que nãolhe chamaria a responsabilidade. '

O expendido e oütra^ couzas que jánão conservo de memória, foi alli dilopelo mencionado João' Cavalcante, emrainha presença e das pessoas já declara-das; e. desta minha resposta podeV. S.fazer o uzo que lhe convier.

Sdu A. De V. S.José Antunes Piauhylino de Macedo.

Ao publico.Na Imprensa n.° 643 de 5 de junho

ultimo exhibiu-se alguém desta villa, queencobriu-se com o psendonymo de Dr.caraça,, em um infamante artigo, em queo seu autor attribuin-me perseguiçõescontra diversas pessoas, sem provar osfactos ahi amontoados.

O Gm desse indivíduo foi desconsiderara raim e ao Dr. Lãurenio de Oliveira Ca-bral, juiz de direito desta comarca; poisa serem verdadeiras as aceusações, as vic-tiraas de nossas perseguições tinhatn di-versos meios de reclamar era favor deseus direitos conculcados, meios legítimos,e não torpes, como é a calumnia e a di-faraação, empregadas pelas almas vis eabjectas que de ordinário reccorrem aoanonymo, para, a salvo, atirarem seusbotes contra a victima desappercebida.

Não sou desconhecido na provínciacomo juiz, e de meus actos não tenhodeixado, por onde tenho administradojustiça, reclamações que ma deshonrem.

Por outro lado não sei bater-me commascaras de ferro, de que precisa quemnão tem coragem bastante para aggredir,ou vem á imprensa apenas para encom-modar e ferir como ura ruim animal.

Se fiz qualquer injustiça ao autor doartigo, ou aos seus araigos, não precisade licença rainha para queixar-se pelostramites legaes.

O publico está acostumado a ler todosos dias verdadeiros pasquins, que a gente

sem oecupação e sem escrúpulo da honraalheia,' manda publicar no jornalismo,quase sempre para desabafar-se de pe-quenos ódios, vinganças e caprichos.

Dispenso, portanto, de defender-me doacervo de descomposturas, com que oDr. caraça pretendeu divertir-se e fazerrir aos beocios da sua parcialidade.

Mas, para desmascaral-o e apresental-oao publico, vou chamar em juiso o res-ponsavel por aquella publicação.

P. Imperial, 6 de julho de 1880.

José Furtado de Mendonça.

Ao—Deus atos acenda—dePríncipe Imperial.

Acabamos de !er na Imprensa n. 643de 5 de junho ultimo um pasquim nau-seabundo, escripto desta villa por algummalsira, que possuído de bilis venenosaou hydrophobica,arrojou-se a achincalharas duas primeiras autoridades judiciaés.da comarca, os Drs. Lãurenio de OliveiraCabral e JosèjFurlado^de Mendonça, que'não estão livres de ser mordidos por cãessorrateiros, da espécie do que nas trevas,sob o anoymo, rabiscou a correspondeu-cia que começa pelo titulo acima, assig-nando-se com o pseudônimo de Dr. Ca-raça.

O autor do pasquim a que nos referi-mos tem muita gloriarem vêr á caminhoda rua da amargura aquelles dous juizes,que de forma alguma sabem pactuar comos raqos, separando o joio do trigo, amá semente d'enlre a bôa, observandoem toda a sua vida uma só lei e preceito,a do justo e do honesto.

Mas basta qua não sejam eiles da greydo articulista da Imprensa, para mere- jcerera as descomposturas de qualquerdesalmado criançola e pedante, do jaezde um promotor das calumnias publicasdesta terra; acostumado a desrespeitar aIodos que não', freqüentam o criançolasem juizo e estonteado.

No enxovalhar desso malsim, attribueelle a um castigo do ceo,igual ao da sec-ca, a nomeação dos dous já referidos jui-zes para esta comarca, e desenrola umameada de processos e de perseguições,que allega terem sido postos em praticacontra os membros do seu partido.

Sem ligarmos importância a esse repa-sinho desajuizado, e sem inquerirmos seo castigo, como qualificou,das nomeaçõesdos sobreditos juizes foi enviado do ceo,sendo então justo e bem merecido, ca-bendo.aos juizes a missão celestial devingar os crimes que offenderam a divjn-dade, não apagados pelos rigores da séc-ca,—vamos desmentir com os factos,,emsatisfação ao publico somente, o que fezobjecto do capitulo de accusções formu-lado pelo ódio e pela calumnia mais des-facada e desbragada de um ente affeito ataes brilhaturas.

O autor dessas diatribes e infamaçõesé o mesmo indivíduo que a frente de umconsiderável grupo de desordeiros, que-precorreram as ruas desta villa na noitede 27 de dezembro do anno próximofindo, insultou e injuriou ao Dr. juiz dedireito da comarca, Lãurenio de OliveiraCabral, por ter este annullado a eleiçãomunicipal feita em novembro, na qualse expelliu das urnas o partido, conser-dor e fez-se a eleição da meza com o em-prego da fraude e do maior cynismo,como se provou em juizo. Essa decisãofoi tão de accordo coro a lei e com os fac-tos evidentemente provados, que na Re-lação do districto mereceu confirmaçãounanime.

Logo, foi um ado violento e indignoque puzeram em pratica aquelles desor-deiros, instigados pelo promotor publicoManoel Lopes Correia Lima, e pelo alfe-res Martiuiano Francisco de Oliveira, de-legado de policia e commandantedo des-

l lecamonto, de accordo com os dous sup.

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Page 6: i: ''% •'• /' •¦ A ÉPOCA. - memoria.bn.brmemoria.bn.br/pdf/164135/per164135_1880_00118.pdf · de^tubro^^ roubou-lhe a preciosa ^existência ^i-^i-^U patente I conservadora

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A-EPOÇA.

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plentes dojuiz municipal—Fenélonfíibei-ro Mello eSalyianò Lopes Teixeira.

O juiz ággre^ido e o municipal com-munic-aràm lodo o occorrido ao pYesiden-te dà província, que era então o Exm.Sr. Dr. Manuel Ildefonso de Souza Lima,•primo do promotor publico.

Qual foi o procedimento da. presiden-cia /

Demittiu inmediaiamente o delegado.0 commandante do/leslacamentp, alferesMariiniano, e mandou ouvir ao promotorpublico e seus comparsas.

Logo, o fado'existiu, apfizar de pre-

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fim calumniar e infamar os juizes letra-dos da comarca, aos quaes vola ódio e mávontade, sem-razão alguma, sendo mani-festo o desejo de olTr.ndel-os, pelo mãogênio de que é dotado. ¦

Aprecie o publico que valor merecemas calumnias engendradas pelo autor docitado artigo, e inflinja-lbe o castigo que éreservado a tão miseráveis detractores.(l)

Julho.4 de 1880.Ajustiça.

A peíHSíBo.&••' y " ~- '" -- r- |

tenderem negal-0 OS seus autores, e em ( Temos visto e apreciado os retractos feitospelo Sr. Botibrier, suo tíío perfeitos como osfeitos em Europa, nas calerias de Lisboa, Lou-drès e Pariz; é uma occasião para encher se osálbuns; é ' a primeira vez que aqui chegou umpholognphosemelhante.é um destes que apertei-coando a arte photographica tem posto-a naaltura d'um destes maravilhosos descobiimeniosde nossa época.

Theresina 20 de Julho de 1880.;

parle foi desapprovado £ punido pela pre-sidencia. ,

Segue-se ainda qne houve uma afjfron-ta publica, praticada contra o Dr. Laure-nio, posta era acção polo promotor publi-co e os dons soppleules do juiz munici-pai já indicados, ns qdaes foram-os ai-gozes iio juiz: e nunca foram violimas daperseguição delle o fio outro juiz.'

Apontem os fados em contrario.O juiz ultrajado linha o direito de fa-

zol-os punir ea todos que íiz-ram parteda celebre passeata; não o faz, foi clemen-te até agoY.i.

Mas appa'n-emos para n juizó e teste-munho insúsptíiih para o* liberaes dohonra Io Sr. capitão Segisnando Çicero deAlencar Araripe, delegado e cimimndao-le do destacamento,* mandado pelo presi-dente para conter os ânimos datgrey li-beral.

Pedimos ao dito Sr. capitão Segis.uan-do declare se presenciou ou notou actosinconsiderados, menos justos ou de per-

-seguiçãó* praticados pelos dous juizes le-irados da comarca, durante n limpo queS. S. esteve nesta villa; o seu silencioimportará a negativa.

Kni o promotor publico multado peloDr. juiz de direito, por ter deixado deapresentar a denuncia contra Luiz Anto-nio C >rrôa Pinto, no praso de 5 diascontados da prisão do réo, na forma doart. 15 1 2.° da lei da reforma judiciaria,art. 22. ,n.-'l.° do respectivo régulamen-to, faltando assim ao cumprimento deeeus deveros. A multa foi justa e- legal:legem hnbenms.

O secretario da câmara, M .noel Vieirada Silva, foi summariadò • em virtude derepresem ações da câmara municipal, porter continuado' a exercer o lugar depoisde demiliido. e por não dar conta de li-vros e papeis qne estavam sob sua guar-da; tendo sido julgada improcedente aacensação oin jiínlm ultimo.

'Hoôvh ui4n perseguição ? Pelo con-Irari»; procedeu o juiz sob representação,per 2 fados verdadeiros, mas que esca-pavam á punição legal, por circumstan-cias de que não estavam revestidos. Eisahi o império da lei eda justiça.

Da suspensão correccional imposta pelojuiz municipal, Dr. Furtado, ao escrivãoJosé Joaquim Nunes e Silva, por 2 me-zes, lirou o nasquineiro motivo para in-sullar o juiz, o qual uzou de uma attri-buiçãO legal contra ura serventuário re-misso e despbediehte, Culpado foi o es-crivão que desobedeceu o superior e atéo desacatou, e sabe-se que esse ernpre-

gado tem incorrido por outras vezes- nes-sas faltas, pelo que. foi suspenso pelo Dr.João Felippe, juiz de direito; e que ellese.occupa de politica. esquecendo os de-veres.-que o obrigam a assistir no carto-rioe a fazer V> expediente do juizo. de quedepende. • •

Mas o Dr. caraça tornou-se espoletado escrivão o sentiu-lhe a dor e as con-dições. de pobreza; em logar de reprovaro seu procedimento, enche-o de qualida-des. que não lhe assentam.

Eslão, aWimj desfeitas as phantasiadasperseguições, -le qne se occupon o far-

ocrnpou as paginas di citada

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NOTICIÁRIO

cão, nem as mil promessas de ;vaqueirices na-cionaes e de patentes da guarda nacional, que seoffereciam em paga de|votos como se vê da car-ta de'urn chefe I ibera ígque já lhe remetternos.

Nada disto va-leu: e apezar da eslreiteza. dotampo poderam os conservadores multer na urna287 votos para-vereadores .o outros tantos parajuizes de paz, ao passo que os nossosgadversarios,dispondo do poder. das bayonutas do governo, demil meios de cab.alla, de que usaram em grandeescala, apenas depositaram- na urna 133 votos I.

Em conseqüência fizemos cinco vereadores.eos quatio juizes de paz, e elles dous vereadoreseos supplente's d'aquolles, sem fal lar em noveamigos nossos que obtiveram cerca de cem votospara uns e outros cargos.

A eleição foi feita pela qualificação de 187(5,que é muito omissa pois temos cerca de 900 ei-(indãos fiplos, e destes um quarto apenas acoin--panha os liberaes.

A força, ou pela consciência- de nada poderfazer em vista da nossa considerável maioria,ou pela certeza da inutilidade e da improticuida-de de suas bailas o de seus.sabres, não sahiu doquartel, e por semelhante prudência fez jús aosnossos encpnvòs. -

Vereadores*de S. João do Piaulíy.José Martins da Souza Estrella—Ç,Manoel Clemeutino de Carvalho.—G.João de Souza Lima—G-José Luiz Ferreira de Pinho—Ç.Antônio José Cavalcante—(',.

6f Francisco.de Paula Penara C/onímb^rger—L.7 fláimundó Nonnato Marques Ribeiro — L.

SSaeüçõea Eoasaicipaes —Diz a Impren-sa que cestas ,«leiçõjs têm sido feitas na provin-cia de accordo entre os -partidos, ficando assimprovado o nenhum fundamento da nossa censuraao governo pela remessa de força para algumaslocalidades, o nomeadamente para Parnahyba eS. João do Piauhy.

Felizmente até hoje não nos consta tenha havi-do no pleito eleitoral qualquer conflicto, não porgue o governo deixasse do preparar o terrenopaia isso, ou por que os partidos tenham sempreandado de accordo, pois sabemos por" exemploque na'Biitalha os liberaes foram,completamenlevencidos, não fazendo se quero 3 °ruça não appáreceram, porque nãomesmo ha Independência.

Em S. Raimundo Nonnato vedaram aos con-servadores a entrada na igreja, mas estes, pprentre as bayonetas, alli penetraram, e até o dia3 tinham os liberaes recolhido á urna 59 chapas,ao passo que os conservadores tinham 20Í) jemuitas.

Os liberaes ofereceram o 3 c, qne o'coronelPiauhylino rejeitou, e tratavam a ultima hprdtde unia partilha. Em alguns-municípios os con-servadores não apparecerarn.

• Na Parnahyba nada houve, por que os libera-es, tando mais censo do que o governo, conten-taram-se ci>rn 4 vereadores, e 2 juizes de paz nafreguezia de N S. da Graça, "de sorte que.quando ali chegou o exercito conquistador, já oaccordo estava assignado. .

Em S. João do Piauhy a eleição foi. déspota-da, perdendo-a os liberaes completamente, apezardas ameaças, da força aquaitelada «, das tentati-vas de corrupção, como su vôda carta que.abaixose segue des chefes conservadores (1'aquella loca

12345

luizes dfl Paz

„,„ ...r..na loca-lidade. Já vô o collega que, se ne.sta prtvincianã«) se derramou sangue, e nomeadamente n^sduas localidades pelo collega indicadas, foi porqueos. liberaes nedas residentes, conscios de suafraqueza, portaiam-se bem

« Villa de S* João Piauhy 8 Julho de 1880 —Illm. Sr. Dr. Simplicio Coelho de Rezende.-r-Tendo terminado no dia 4 do corrente mez oprocesso eleitoral vimos dar a V. S o conheci-mento minucioso do resultado para que se sirvadar publicidade ha Época, qne tão galhardamen-to redige com satisfação geral dos seus coreli-gionarios.

Os .conservadores se achavam mais ou menosdesapercebidos das eleições municipaes, quandoforam despertados com a certeza de terem osadversários pedido força para conquistal-as. aqual não se fez esperar, e aqui surgiu no dia 2tio lenínte de linha Nemesio de Sá, acompanhadode 14 praças de linha, inclusive a clássica cometae cujas heróicas façanhas na campanha do suleram adrede apregoadas e encarecidas pulos nos-sos adversari >•> com-o intento manifesto de creardesanimo entre o povo ignorante e afugentar daurna os nossos votantes. Alem disso não se pou-param"ameaças e promessas por parte dos mes-mos.afim de aliciarem maior numero de votantes,desde que se convenceram de que' a presença daforça, longe de dar o resultado «sperado, faria osnossos amigos redobrarem de actividade e esfor-ços e correr pressurosos na defeza dos seus direi-tos ameaçarlos.

Mas não valeram as ameaças de serem despe-pejados das fazendas nacionaes ns pobres aggre-gados d'ellas, que não acompanhassem a situa-

Raimundo 'Marques de Carvalho—C.Jayuie Marques Diumond deX^-Vidlic*.—C.José Clariivlo Léopoldino de Cirqueira—-CFrancisco José de Souza—C . •

Prevnlecemo-nos do ensejo para fazír a V. S-os nossos protestos de .alta estima e dislinetaconsideração, pois t«mos a honra de assiigiiarmo-nos —De V.S —Amigos eorrelig ¦" \rr.0' C °' eObr "*—Raimundo Marqúis de Carvalho, Bnnedi-cio Prisco Ferreira de Carvalho, Manoel Clemen-tino de Carvalho.

fi.sa»jjaifinis.;—O que vamos referir é umfacto, cuja exposição é'sufficièfiíe para excitarareprovação geral, indignando a todos os homens

eiivPiracu- | sérios quetohseryão com justo desgosto o certoos -ha ali: ò desânimo a depravação em que vão caindo os

bons costumes e moralidade, que! sendo, induLii-tavelmente, os mais proveitosos elementos dequalquer sociedade digna, cinhão sido até entãoacatados como um deposito sagrado, cuja m.inu-tenção a todos interessava respeitai' e ilVfender.Não devemos sua profanação, felizmente,a algumdesvio'dos partidos, que nunca descerão á tama-nho aviltamento, não obstante o? excessos depaixão, á que lêem chegado algumas vezes.

Para que se desse tão nofanilo procedimentofoi preciso que um máo fado atirasse ás nossasplagas um ente sem lei nem religião, que nãopodendo elevar-se á altura -dos homens de bem,procura rebaixal-os até si.

Um homem que, elevado a altura em que seacha por não ser bem conhecido, e ,quiçá pelocapricho mal entendido dos que o protegem'.,ihçumhio-se de provar por si próprio que não édigno dos sacrifícios que. faze.ni ppr elle, talvezem boa fé, amigos, que . melhor,serveriSo *á?sQ-ciedade. 'e a si, se nunca o tivessem arrancado, daobscuridade—dando-lhejja importância de quenão é d;gno.

Deo-se do seguinte modo o "facto a .que allu-dlmos.

Com o desaso e imprudência^ que todos lhenotão, 'indispoz-sè o Sr. João José Pinheiro, in-felizmente secretario do governo e lente do Ly-ceo desta cidade, com seus discípulos, prelen-dendo expulsar alguns da sala; de exames, ser-vindo-se para isso dos soldados dá guarda dopalácio."o que |á uma vez estigmatisamos.

Revoltarão-se os estudantes contra tâpJinsoljtÒprocedimento o patearam-no.

No ilia-seguime apparecerão escriptos nas na-redes de algumas casas desaforos contra o Sr.Pinheiro; procedimento sem duvida reprovado ecuia autoria todos coinprehenderão.

*>!^iiySi«lAtí!AAItoíWéío«tó6^^

Misseno, segundo nos]"informão, é candidato ácadeira de instrucção primaria da villa das Barras.

Que preceptor se destina á mocidade dessa ¦localidade infeliz !

Não lhe poderá^sueceder maior desgraça._ Profanação—Tudo se ha de ver nesía mal-dita situação. Os fados'mais estupendos.se pia-ticão com incrível e cynica audácia.

Os cargos públicos são entregues, para flagellodo povo, a homens: brntaes, que não contão osdias em que não praticão qualquer selvageria;

Ha cerca de um mez! um deputa'dojdisse nacâmara temporária:— como presidente de. Per-nambuco demetti taes e laes autoridades policiaespor serem homens cobertos de crimes, malfeitoresreconhecidos. Eo vice presidente,dias depois,reintregou-as.

E impossível não se^-lamentar diariamente oaa morte do cidadão de posição elevada como o in-feliz barão da Escada', ou as torturas e"atropèllosque soffrem geralmente os decihidos da graçados senhores.....

Aqui, neste pobre Piauhy, as proscriptos estão•sugeilos a regra geral.Vejamos o què|acaba de acontecer em Campo-

maior.O Srí JoséIIygino de Souza, homem na ver-

dade diabólico, em exercício do juiz municipal,na qualidade de supplsnte, serve-se do cargo,,como das cordas com que tem apertado cabeças,ou dachicote com que sivicia o povo: •

E'. medontlo ! . '. *Inimigo declarado de um pobre homem d»

nome Marianoda Silva Araújo, cuja cabeça quasidivide ao meio', ape.rtando-a com cordas de ca-bello, trata de ^envolvel-o o'um. crime de morte,que eslá piiaiitasiando.

Victima de um pleuriz falleceo a mulher deMariano; e, quando o irmão delia tratava de en-terral-a, appareoeo no cemitério o. Sr. José Hygi-no e diz-lliL-:==não enterre o cadáver, pois es-tou informado qne sua irmã inorreo de umasurra de^peia.quejseo próprio marido lhe applicara.

Depois de curta altercação entre ambos reli-ra-sé o Sr.tJosé Hygino, que volta d'ahi ha poucoacompanhado do peritos e de um inspector d»quarteirão, creatura sua, para proceder vistoriano cadáver.

Estava escurecendo; levarão a corpo psra umacasa próxima e ahi consunimou-se a terrível oescandalosa profanação, presidida polo inspectorThftodoro de tal, testemunhada por vários ca-pangas do Sr. José Hygino e por mulheresamazias de se.os escravos, as quaes, nomeadasperita?, passarão revista rio cadáver, que foidespido e exposto as vistas dos circumstantes.• Em sêgiiivla lavrou-se. o respectivo termo, noqual se mencionou que se vio o qut se queria.

E armado delle pretende o Sr. ,/osé Hyginocriminai- Mariano, como assassino de sua infelizmulher, que, depois de morta, não e«capnu asprofanações do Sr. José Hygino ! Isto será oepilogo da profanação.

E não ha quem ponjia cobro no Sr. Josálly-gino, quem lhe diga que seja mais prudentee que as farças, corno a de í/ro de Marvão, jácahnão em desuso.....'Aítenção.—Chamamos a dos leitores e aíVa'Imprensa para o artign^do nosso estimavet-amigo, Dr. Firmino Licinio, juiz <ie direito ti»S. João do Piauhy, e parados do/ümeritoí quao acompanham, tudo na secção competente. Dis-somos ao collega e;r> ura <los números preceden-tes que. breve teria elle de ler por extenso a his-toria da.denuncia relractada do vereador Cavai-cante—é chegada a occasião;''.leia-a e.admire,'.se>for capaz. .

•HVíSta «5e ferro — Os Dri- f.aureniooJosé Furtado, jnizes .de direito e municipal dé-Princip:5 Imperial, injuriados em aitigo publica-do na «imprensa» n. fii3 sob o pseudônimo——Dr. Cavaca, chamaram n«ii injusto aggres oi*a responsabilidade, ficando todos pasmados de vôr(ine o responsável tlü tal esciipto.cia um misera-

sidente nesta cida le, de nome-

çanlf. (pi»'Imprensa; de uniu rnsla

P5

uma verdíidí

qu«:o autor àvm artigo teve aouieutg por

Quando se. julgava terminada.a questão, sup

(1) Esquecíamos o alteras Martiüno.—Foi elleresponsabilisado por ler, á meia noite de um diade dezembro de 1879. mandado varejar a r<aside Luiz Antônio Corrêa Pinto, í> prendflo. semculpa formada, sem denuncia ao menos, a pretextode turto de gado. sem mandado ^escripto. e semrequisição da autoridade competente. ! E tudoisto sefezconlra a constituição do império, con-tra as outras íris. que. o vedam, em nome dn de-legado Martiinano, mi", conservou o paciente naprisão fji.r mais de 15 dias, srtin ao menos fazero inqu-rito pilicnl ! O promotor de tiido. istosabia e não deu a denuncia no praso de 5'dias.rv-m promoveu a accusar.rjo ou liberdade dopi íjso !!

pondo que não houvesse alguém com bom sensocapaz de. levantar a luva em terreno tão in-

conveniente, eis que no dia irnrflijdiátq lia-se nasparedes de qnasi todas a-s casas os mais inso-lentes conceitos, phrases as mais torpes o calum-niosas é palavras as mais ohsocnas contra pessoasqualificadas da cidade, incapazes por sua cir-cnmspecção e moralidade dfl procedimento tãoindiano quanto condeninaVél Nem a honra dasfamílias e nem o decoro publico forão respeita-dos !. ..

Sendo geral a indignação qin provocou pro-p.edimonto tão hediondo, foi levado o facto ao co-nhecim?nlo da poliria, onde ficou patente e to-dos convencido^, pelos lUpoiavenlos dos SrsFrancisco Gonçalves Meiríllos Filho o Jorge Joséda Silva, cidadãns incapazes de faltar a verdade,que fora um (ai Misseno, então hospedado emcasa do Sr Pinheiro, o autor du taes lorpezas eindignidades,declarando até o Sr. Meirelles haver-lhe conhecido a lettra e encontrado emto o carvão com que as Unha.escripto.'Conhecido o mandafano com.as ciicumslanms':que o acompanhão, çestará a alguém a menor ¦duvida sobre o mandante ? !

E' até onde poijffi chegara vileza de uma almacorrompida, e sirva está nossa exposição, que Iserá confirmada por aquelles que. acompanharão ias averiguações da policia, de enérgico protestocontra tão miserável pro edimento, cujo autor,ou autores ilfevem ser punidos, ao menos,-— jcom o desprezo e repudio dos homens qiu: pre- jsão a moral, o pudor e os bons costumes.

Entretanto ó bom dizer-se, abstrabindu do$c.,Pinheiro, que ó já bem conhecido, que o Sr. j

vel caxaceiro,Eineliano. , ,' Kslão, pois, vingados ns nossos referidos ami-gos. e por terra as insultuosas acensações do Dr.Caraça, que eximiu-se á. responsabilidade legilp ir detraz dê um tèsla da ferro

Bír*9CKfl!s»a r^Pediinos aos nossos assignan-£es p-íla invgulaiidade ila sabida de nossa gazetanas iluas ultimas s/inanas.

feudo chegado dePernamhuco urna encommen-da do typos para remonta da nossa typographia,tivemos quedar nova organisação a nossa uíHci-na, com o que galamos alguns dia?.

Alem disso, a afluência de nratena é tal quenos obrigou a tirar o jornal com supplemento, epor corisoiíuinte com um augmento de trabalhoquasi duplo

ngVsifraEüao fl,yj»<iísrap2sico as»orfci-çoaaa©.—A nossa lypographia, remontada com-fypos novos.inclusive excedente itálico, rursivo,linhas, emülcmas fet, está no raso de satisfazer'com perfeição e limpeza pedidos de pequeno'fôlego.

Cnegaíi».-— Achãrú-se entre nós os nossoíestimaveis amigos íenento-coronel Cisandro Fian-ciscu Nogueira; P';,idenl* no uiunicipio de Valem-ça k HÍiiinnudo Bolces da Silva, no de S'. Joãr>do Piauhv, vindo aquelle inídicar-se degraveopht

•W4 ^'-Ualinia..'Comprimentamosa Ss. Ss., desejando ao pn-

uiéiio prompio resiabelecimento.í)w4ria — Taniiiem fé acha nesta cidade o

nosso presado amigo, capitão' José Antônio d&-Sampaio^ ii-sidenle no Livramento

Nós o saudámos,ff,oSntóío.=Hccebemcs um exemplar do fo~

Ihelo em que o Dr. Antônio llerculaiu Bandeira.Filho publicou ^.n !><m elaborado relaloiio acer-

d«>. Fernando de Noronha e Nos-ca do Presidiosas Prisõe,s,offerta que cordialmente agra d.-comos

Ther -Rua Uellan. .W— Impresso por Antonie,Fürreir ".Peixoto—li* 80,

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