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Logstica e tecnologia da informao no varejo de alimentos no Brasil:
uma busca pela modernizao do setor
Priscilla Cristina Cabral Ribeiro Universidade Federal de Ouro Preto
Matheus Alves Madeira de Souza Universidade Federal de Ouro Preto
Mrio Duarte S Machado - Stracta Consultoria
Resumo: Devido grande quantidade e sortimento de produtos ofertados no varejo de
alimentos, os processos logsticos tornaram-se mais complexos para essas empresas. Dessa
forma, foi necessria uma modernizao da logstica, que no ocorreu de maneira uniforme
no Brasil e no mundo, levando as empresas que tem mais investido em melhorias no
processo, em inovaes e distribuio, deterem a maior parcela do mercado. Diante disso, o
artigo tem como propsito identificar a importncia da logstica e da tecnologia da
informao (TI) no varejo de alimentos, evidenciando como esta pode elevar o nvel de
servio ao cliente, permitindo que haja um melhor relacionamento entre os varejistas e seus
fornecedores e uma qualidade da entrega acima da oferecida pelos seus concorrentes. O
mtodo utilizado teve por base a anlise de reviso bibliogrfica por meio de artigos,
dissertaes, teses e livros. Aps a pesquisa, observou-se que muitas empresas brasileiras
apresentam sistemas logsticos com problemas na integrao entre as atividades, na relao
com fornecedores e com os terceirizados, o que afeta profundamente a competitividade
dessas organizaes. Apesar dessa constatao, poucos varejistas se interessam pela soluo
do problema, reduzindo ou eliminando os investimentos em atualizao da logstica e
implantao de novas tecnologias.
Palavras-chave: Logstica; Varejo; Alimentos.
1. Introduo
O varejo passou a ganhar importncia na sociedade moderna quando, em 1912, uma
empresa americana desse setor inovou, possibilitando que o cliente pagasse pela mercadoria e
a levasse para casa. Com o passar dos anos, este setor subdividiu-se em vrios segmentos,
dentre eles, o alimentcio. Este ltimo, alm de absorver uma quantidade considervel de mo
de obra e proporcionar uma agregao de valor na economia dos pases, est intimamente
ligado ao cotidiano do consumidor (FALEIROS, 2009; SENHORAS, 2003).
No entanto, o perfil deste consumidor passou por alteraes nas ltimas dcadas,
observa-se que os clientes tornaram-se muito mais independentes, informados e exigentes. A
busca por esse "novo" cliente fez com que a disputa entre os varejistas se acirrasse, fazendo
com que as empresas vitoriosas fossem aquelas que conseguissem atender s necessidades dos
consumidores, o que implica em uma maior eficincia logstica via uso de TIs
(NASCIMENTO, 2010; GIULIANI, 2003).
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Diante desses fatos, o artigo tem como propsito identificar a importncia da logstica
e da tecnologia da informao (TI) no varejo de alimentos, evidenciando como esta pode
elevar o nvel de servio ao cliente, permitindo que haja um melhor relacionamento entre os
varejistas e seus fornecedores e uma qualidade da entrega acima da oferecida pelos seus
concorrentes.
O mtodo utilizado teve por base a anlise da reviso bibliogrfica, em que foram
coletados e utilizados artigos cientficos, dissertaes, peridicos, livros e artigos tcnicos. O
artigo iniciado com uma explicao a respeito da transformao da logstica dentro do
varejo, atravs de uma modernizao proporcionada pela Tecnologia da Informao. Alm
disso, tambm foi apresentado um panorama do varejo global e como este foi e ainda pode ser
influenciado pelas inovaes na logstica. No item seguinte, foi discutida a atuao da
logstica no Brasil, colocando-se em evidncia a importncia que esta atividade tem no
segmento, atravs de investimentos e opinies de varejistas brasileiros. E, por fim, a relao
entre a TI e os avanos no varejo de alimentos brasileiros. Aps essas discusses, o artigo
encerrado nas consideraes finais e so apresentadas as referncias bibliogrficas.
2. Logstica e Varejo
O varejo apresenta papel de destaque dentro da cadeia de distribuio, pois atravs
deste setor que produtos provenientes dos mais diversos fornecedores so consolidados e
dispostos, de forma que o consumidor possa adquiri-los. Este setor tem, portanto, o papel de
distribuidor de bens, agregando valor e concedendo uma disponibilidade a itens, os quais
dificilmente poderiam ser entregues de maneira correta e na hora certa pelos seus respectivos
fabricantes (SOUSA, 2010).
Se a funo principal desse setor a distribuio, o desejo da maioria dos varejistas
oferecer produtos de qualidade em quantidades grandes e variadas, e a um baixo custo. O
objetivo conseguir atender s novas expectativas e gostos dos consumidores, que se
mostram mais exigentes com o passar dos anos. Portanto, todas as funes relativas ao de
distribuir passam a tomar maior importncia, o que, por sua vez, implica em uma maior
importncia da logstica dentro deste segmento abordado.
Dessa forma, a logstica apresentada como um dos principais fatores responsveis
por prover vantagens competitivas a uma determinada organizao. Quanto maior for o grau
de sofisticao do sistema logstico, a tendncia de que operaes como armazenagem,
transporte e comunicao tornem-se mais simples, e, consequentemente, mais geis e menos
dispendiosas (em recursos materiais e humanos) para a empresa (KEEDI, 2011; BALLOU,
2008; CHISTROPHER, 2008).
Um bom servio logstico proporciona uma reduo no tempo que o produto leva para
transitar entre produtor, distribuidor e consumidor final. Sendo assim, a organizao pode ao
mesmo tempo reduzir o estoque e aumentar o seu giro. Alm disso, a capacitao de rpido
atendimento s necessidades do cliente oferecida pela logstica acarreta um surgimento de um
tipo de "varejo on demand".
A tentativa de alcanar tais ambies citadas proporcionou que o varejo pudesse se
tornar um dos setores mais dinmicos da economia, fazendo com que a troca de informaes e
conhecimento ganhasse maior espao. Esse contexto fez com que a inovao passasse a ser
um grande diferencial competitivo dentro das organizaes. No entanto, essas inovaes
implicam em mudanas, as quais ocorreram de maneira impactante nas atividades logsticas.
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Sendo assim, a logstica entrou na era da internet e passou a ser orientada pela tecnologia da
informao (TI), fazendo com que palavras como velocidade, flexibilidade, conectividade e interatividade ganhassem maior importncia (LIMA et al., 2010; SCHEIBER JR. et al., 2009; TIDD, BESSANT e PAVITT, 2008; LAUDON e LAUDON,
2004; CORREA e CAON, 2002).
O uso intensivo de novas TIs permitiu uma mudana na logstica das empresas desse
ramo. Sendo assim, uma troca maior e melhor de informaes permitiu que as atividades
logsticas fossem integradas gesto da cadeia de suprimentos (tanto a montante, com os
fornecedores, quanto a jusante, com os clientes) das empresas. Dessa forma, a TI pode
promover uma expanso do alcance da logstica, fazendo com que esta ltima englobe tanto
os nveis operacionais, como os estratgicos (MAIA et al., 2011; MATTAR, 2011; SOUSA,
2010; SENHORAS, 2003).
No entanto, importante ressaltar que a busca por aprimoramentos logsticos,
principalmente no que tange o setor de alimentos, onde os investimentos so mais recorrentes
deve ocorrer com sua devida cautela. Na maioria das vezes, a implantao de novos sistemas
logsticos implica em custos elevados. Dessa forma, as ineficincias desse novo conjunto de
prticas logsticas podem implicar em duplas perdas para o varejista, pois essa realizaes
recm implementadas certamente devero sofrer alteraes caso no funcionem da maneira
esperada.
O nvel de servio logstico e seu respectivo custo caminham na mesma linha, mas
normalmente para lados contrrios. Os melhoramentos logsticos podem implicar em
aumentos nos custos de maneira acelerada e, consequentemente, provocar uma reduo na
receita da empresa, o que caracteriza um trade-off. Neste contexto, o trade-off mais comum
aquele relacionado ao modal transporte, no qual a rapidez de entrega pode implicar em custos
incompatveis com a margem de lucro esperada e planejada pelo varejista.
Atravs dos indicadores citados acima, possvel concluir que o foco principal da
logstica o servio ao cliente. Neste caso, um servio que exceda de maneira constante e
consistente as expectativas do consumidor, provavelmente proporcionar sua fidelizao para
com a empresa e, consequentemente, o aumento dos lucros. Porm, muitos varejistas no
apresentam esta concepo. Estes veem as atividades logsticas apenas como um meio de
maximizao de lucros. A acumulao de capital por parte do varejista deve ser considerada
uma consequncia, e no um fim. (MAIA et al., 2011; CORREA, 2010; HESKETT e
SASSER, 2010; EMMET, 2007; REICHHELD, 2003; BALLOU, 2001; BOWERSOX e
CLOX, 2001).
3. Varejo geral
O varejo qualquer atividade que tenha como objetivo a disponibilizao de produtos
ou servios para o consumidor final, agregando-se valor a este ltimo. importante ressaltar
que nesse contexto, para que seja configurada uma operao de varejo, o produto ou servio
adquirido (pelo consumidor final) deve apresentar estritamente fins pessoais e no comerciais
(QUEVEDO, 2011; PARENTE, 2007; KOTLER, 2000; LEVY e WEITZ, 2000).
O crescimento varejista foi lento no incio, mas aps a Segunda Guerra Mundial o
formato comeou a ganhar fora nos Estados Unidos, e em seguida no mundo todo. Apesar da
importncia dos demais setores desse segmento, o alimentcio aquele que merece maior
destaque, pois, alm de gerar uma quantidade considervel de empregos (seja de forma direta
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ou indireta), est ligado ao cotidiano do consumidor. Dessa forma, o varejo de alimentos
(composto por hipermercados, supermercados, lojas de convenincia, lojas de especialidades,
entre outros) no s importante para a economia, como tambm para a estratgia de
distribuio (PARENTE, 2007; NEVES, LOPES e CNSOLI, 2003; ELLICKSON, 2011).
Em se tratando das empresas de varejo, estas podem apresentar lojas fsicas ou no.
Alm disso, os estabelecimentos podem ser de autosservio ou tradicionais, respectivamente.
Enquanto o primeiro caracterizado por produtos dispostos em gndolas, permitindo o
manuseio do produto pelo consumidor, o segundo requer o atendimento de um vendedor
(PARENTE, 2007; DAUD e RABELLO, 2007; OLIVEIRA e MACHADO, 2003).
Nesse contexto, o sistema de autosservio, revolucionou no s o varejo, como
tambm a indstria. Em certa medida, essa ltima assumiu para si a responsabilidade, antes
nas mos do vendedor, de convencer o cliente a consumir. Para tanto, essas organizaes
industriais desenvolveram estratgias de marketing, que incluram a construo e a
solidificao de suas respectivas marcas.
Parente (2007) classificou o varejo supermercadista em diversos grupos, dentre os
quais se destacam quatro: supermercados compactos, supermercados convencionais,
superlojas e hipermercados. A Tabela 1 resume as caractersticas dessas lojas, que sero
abordadas mais adiante em seu devido contexto.
TABELA 1 - Classificao dos varejos de alimentos
Lojas Classificao
Supermercados compactos Lojas compactas com uma linha compacta de
produtos, porm completa. So caracterizadas pelo
sistema de autosservio e tm entre 2 a 6 check outs
(caixas registradores nas sadas). rea mdia entre
300-700 m.
Supermercados convencionais Lojas de porte mdio com carter essencialmente de
loja de alimentos. Tm linha completa e boa variedade de produtos. Possuem entre 7 a 20 check outs. rea
mdia entre 700-2.500 m.
Superlojas Comercializam, alm de alimentos, outros produtos
no alimentcios. Tm uma rea de venda de entre
3.000 e 5.000 m e os check outs variam entre 25 e 36.
Hipermercados Com uma rea entre 7.000 e 16.000 m, comercializam
mais de 45.000 itens entre alimentcios e no
alimentcios e possuem grande nmero de check outs,
55 a 90
Fonte: Parente (2007).
Apesar da importncia econmica, o setor apresenta algumas nuances que merecem
destaque. Conforme apresentado por Quevedo (2011), as vinte e cinco principais empresas de
varejo no mundo (dentre elas Wal-Mart, Carrefour, Metro e Tesco, por exemplo) detm suas
respectivas sedes em pases considerados desenvolvidos. S no ano de 2010, estas totalizaram
um trilho, oitocentos e sessenta bilhes de dlares em vendas.
O curioso que pases como China, Brasil e ndia, trs das dez maiores economias
mundiais, no esto entre os pases sedes de nenhuma das principais empresas. Isso ocorre
devido falta de disponibilidade de capital para investimento por parte desses pases
considerados subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Sendo assim, muitos deles acabam
fornecendo benefcios entrada de empresas estrangeiras em seu territrio, objetivando
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melhores resultados econmicos. No entanto, esta prtica inibe o crescimento e a
consolidao de empresas nacionais, pois estas apresentam chances baixas de concorrncia
com aquelas de origem estrangeira. Este contraste torna-se ainda maior no Brasil, devido a
fatores como a alta cotao do real e a elevada taxa de juros.
Isso pode ser comprovado a partir da anlise realizada pelo Institute of Grocery
Distribution (2011) que traz o ranking dos dez pases com maiores vendas no varejo de
alimentos em 2010. Embora pases como China, ndia e Brasil no sediem as maiores
empresas do setor, estes esto entre as maiores vendas do setor alimentcio, o que leva
concluso que grande parte dos lucros obtidos nesses pases no ficou em suas economias.
No entanto, este processo de concentrao no varejo de alimentos ocorreu de forma
gradual, como, por exemplo, no mercado europeu. No final da dcada de 1990, os dez
primeiros grupos varejistas europeus detinham 34% das vendas totais na Europa. J em 2005,
a participao de mercado das cinco maiores empresas do varejo de alimentos representava
mais de 50% em alguns pases membros da Unio Europeia. Embora o varejo europeu ainda
seja numericamente dominado por pequenas organizaes, em todos os setores, as vendas
dessas empresas esto caindo, assim como sua posio competitiva frente s maiores
empresas, que dispem de tecnologias sofisticadas e uma diversidade maior de produtos
(SOUZA e SCUR, 2011; STICHELE e YOUNG, 2009; DAWSON, 2006).
Esse domnio por parte das principais redes varejistas em diferentes pases tornou-se
to grande que algumas esto colocando em prtica o audacioso plano de vender produtos
com sua marca prpria. O que antes era restrito aos pequenos mercados e empresas,
transformou-se numa tentativa de aumentar ainda mais os lucros por parte das grandes redes,
como Carrefour e Wal-Mart, por exemplo. Segundo Quevedo (2011), a Europa a regio
onde as marcas prprias tem maior desenvolvimento e mantm a sua participao consolidada
no varejo. Segundo o 16 estudo anual de Marcas Prprias, realizado pela Nielsen (2010), a
Sua detentora da maior participao em valor relativo, pois 46% do faturamento de seus
supermercados so em funo das vendas de produtos de marcas prprias. Nas demais
colocaes de destaque esto pases como Reino Unido (44%), Alemanha (32%), Espanha
(29%), Blgica (28%) e ustria (27%).
Em se tratando do continente norte-americano, os nmeros do Canad e dos Estados
Unidos tambm obtiveram certa expressividade, 26% e 17% respectivamente. Na Amrica
Latina os pases pesquisados foram Argentina, Chile, Colmbia, Mxico e Brasil. Em 2010,
com exceo do Chile e da Argentina, os demais pases tiveram um aumento na participao
das marcas prprias em valor. O Brasil obteve a marca de 4,8%, permanecendo atrs da
Colmbia (12,1%), maior participao na Amrica Latina, Argentina (7,9%), Chile (7,4%) e
Mxico (6,9%).
No Brasil, quanto concentrao, o setor supermercadista moderadamente
concentrado. No entanto, devido extenso territorial do pas, as grandes empresas esto
distribudas ao redor dos grandes centros urbanos. Nas demais regies do pas o mercado
pulverizado. Este fato, associado a outras particularidades do mercado brasileiro, pode
contribuir para a grande diferena entre a participao das marcas prprias no faturamento das
redes brasileiras e europeias (QUEVEDO, 2011). O crescimento dessas marcas foi
impulsionado devido ao perodo de crise econmica enfrentada desde 2008. Segundo a
Private Label Manufacturers Association (2011), as recesses foram, muitas vezes, os
consumidores a testarem novos hbitos de compra de produtos mais baratos. Para os
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consumidores, bons resultados com as marcas prprias em perodos difceis geram lealdade
aos produtos e s redes que os comercializam. A veracidade desses fatos pode ser comprovada
atravs dos resultados da pesquisa global realizada pela Nielsen (2010), com vinte e sete mil
participantes em cinquenta e trs pases. Segundo a pesquisa, mais de 50% dos participantes
afirmam ter comprado marcas prprias durante a crise econmica e que 91% deles
continuaro comprando mesmo com a recuperao da economia.
Em suma, provavelmente as principais empresas varejistas continuaro detendo a
maior parte do mercado global. Este fato recorre da capacidade que essas organizaes
adquiriram ao longo dos anos de acompanhar as tendncias do mercado em que esto.
Portanto, ocorrncias como a adoo de novas tecnologias, a criao de marcas prprias ou a
recente propenso de substituio dos hipermercados por supermercados de vizinhana
podem ser consideradas uma disposio natural que o varejo tomou e que os principais
varejistas conseguiram seguir de maneira eficaz e eficiente.
4. Logstica e varejo no Brasil
De maneira simples, foi possvel observar que a logstica engloba no s a execuo e
gerenciamento do fluxo de produtos e materiais, mas tambm o de informaes. No entanto,
este ltimo s passou a receber alguma importncia no Brasil depois da estabilizao
econmica de 1994. Com o aumento da demanda, os varejistas precisavam maximizar suas
capacidades logsticas, o que s foi possvel com a adoo de TIs, que se mostraram
indispensveis no que tange ao setor supermercadista (BRANSKI, 2008; LAUDON e
LAUDON, 2004; FERREIRA 2000).
De acordo com a Abras (2012), o faturamento total das empresas do setor alimentcio
foi de, aproximadamente, R$183 bilhes no ano de 2011. No entanto, a maior parte deste
montante concentrou-se nas empresas lderes do mercado. Em se considerando as cinco
primeiras colocadas do ranking, estas somaram juntas, aproximadamente, R$114 bilhes de
reais (62% do total). Em relao s dez primeiras, o total foi de pouco mais de R$125 bilhes
de reais (68% do total).
Apesar do faturamento crescente das redes varejistas, vem ocorrendo um contraste em
relao ao faturamento obtido pela maioria de seus respectivos hipermercados. Em relao ao
ano de 2010, a Abras (2010) j mostrava, em seus estudos, que o setor alimentcio continuava
em evoluo em todos os formatos de loja, com exceo daqueles com mais de cinquenta
check-outs, que mostraram reduo nos lucros. A Tabela 2 coloca em foco o declnio por
parte dos hipermercados brasileiros.
TABELA 2 - O autosservio alimentar Brasileiro
2005 2006 2007 2008 2009
Nmero de lojas 73.051 73.695 74.602 75.725 78.111
rea de vendas (milhes de m)
18,7 18,9 18,8 19,2 2,2
Nmero de check-
outs
173.404 175.621 180.926 185.889 191.512
Fonte: Abras (2010).
No perodo de 2005 a 2009, enquanto o nmero de lojas cresceu, aproximadamente,
7% e nmero de check-outs cresceu 10,4%, a rea de vendas cresceu apenas 2,6%. Dessa
forma, a Tabela 2 permite concluir que a perda de fora por parte dos hipermercados j vem
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ocorrendo h alguns anos, de forma que estes no esto acompanhando o crescimento dos
outros formatos de loja apresentados por Parente (2007).
Essa tendncia de declnio dos hipermercados, em grande parte, est relacionada
reduo da disponibilidade de tempo, ao longo dos anos, por parte do consumidor, que gasta
uma quantidade relativamente grande deste fator dentro de um hipermercado. Dessa forma, a
variedade de produtos, juntamente, com a quantidade e qualidade dos servios oferecidos
devem ser combinados com o fator temporal, o que algo bastante difcil. Sendo assim,
muitos dos hipermercados esto reduzindo seu tamanho, e, consequentemente, a variedade de
mercadorias. Com uma variedade menor, as gndolas podem ser reposicionadas, de forma que
o cliente possa ver quase tudo de qualquer lugar da loja. Alm disso, com a reduo do mix,
os estoques necessrios so menores, proporcionando um aumento no giro de produtos. De
acordo com Prado (2011), as expectativas para os prximos anos so de que o setor
alimentcio continue crescendo no que tange no s os lucros, mas tambm a quantidade de
lojas. No entanto, o autor espera que estas ltimas sejam cada vez menores.
5. TI no varejo de alimentos no Brasil
A utilizao da Tecnologia da Informao (TI) tem se tornado indispensvel para o
setor varejista, principalmente em relao ao ramo alimentcio. Os principais fatores
responsveis por esta mudana vigente so: a necessidade de melhoria do desempenho
operacional; a integrao logstica; as mudanas no perfil do consumidor; as crescentes
exigncias legais, fiscais, tributrias; e o ambiente de grande competitividade do setor. No
entanto, apesar de a TI proporcionar melhorias e inovaes logsticas, permitindo que um
maior valor seja agregado ao cliente, muitos varejistas a veem sob uma viso de controle.
Neste caso, a TI considerada apenas uma despesa necessria, e no um investimento
(ROMANO, 2011; CARVALHO, 2006; ALBERTIN e MOURA, 2003).
De acordo com a FGV-EAESP (2012), em 2011, a mdia de investimento de empresas
brasileiras em TI foi de 7% da sua receita, enquanto isso, o varejo investiu apenas 2,9%. Alm
disso, conforme uma pesquisa indita realizada pela ABRAS (2011), na qual foram abordadas
cento e dezessete organizaes do ramo de supermercados em vinte estados brasileiros, 58%
das empresas abordadas consideraram a rea de TI apenas como um suporte. Nessa mesma
pesquisa, a maioria dos varejistas relatou que pouco se entusiasma com novas tecnologias,
no pretendendo implant-las to cedo.
A TI vista, por grande parte dos varejistas, como uma ferramenta necessria, os
demais a veem sob uma viso estratgica, na qual se considera a TI um diferencial
competitivo da organizao e como uma base para os processos transacionais e de deciso.
Sendo assim, o segmento supermercadista brasileiro dividido em duas variantes de
empresas:
- Conservadoras: no acreditam nos reais potenciais da TI como diferencial nos processos
logsticos. Muitas destas dispem de um sistema logstico antigo e defasado.
- Inovadoras: so aquelas que buscam melhorias atravs de uma frequncia contnua. Estas
tentam incorporar a maioria das tendncias e novidades tecnolgicas, fazendo com que
detenham os mais sofisticados sistemas logsticos.
O nvel de sofisticao desses sistemas faz com que essas empresas possam oferecer
uma maior variedade de itens e a um custo mais baixo do que grande parte de seus
concorrentes. Isso torna o volume de vendas muito maior e, consequentemente, o faturamento
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tambm. A comprovao de tal fato vem de um quadro comparativo divulgado pela Abras
(2012) a respeito do faturamento bruto por empresa no ano de 2011. Nas primeiras colocaes
no esto somente as maiores empresas, mas tambm aquelas que mais investem em
tecnologias e, consequentemente, dispem de melhores servios logsticos.
Sendo assim, a TI deixa de ter apenas papel ferramental no nvel operacional da
organizao supermercadista, passando a contribuir efetivamente para a tomada das decises
gerenciais e estratgicas da empresa (CARVALHO, 2006). Alm disso, para Romano (2011),
a TI permite ao varejo melhorar sua competitividade e customizar seus produtos e servios,
com vistas agregao de valor aos clientes. Embora haja vantagens na implantao da TI
dentro de uma empresa, essa iniciativa pode enfrentar obstculos dentro da organizao.
Dentre alguns dos principais aspectos responsveis por esses entraves, esto: cultura,
conhecimento, custos e mo de obra. Alm disso, preciso se adotar um modelo para sua
implantao, seja ele de inovao ou de TI, coordenar alianas estratgicas, rede de
cooperao internacional (tendo em vista que as redes varejistas esto internacionalizadas),
mapear as potenciais redes de informao e escolher os parceiros segundo os critrios da
equipe de implantao de TI (RUBIO FILHO, MACHADO e SAKAGUCHI, 2011).
Apesar dos entraves, as empresas buscam superar suas limitaes e de recursos e
investem em algumas TIs. Dentre elas, para uso no varejo, tem-se: Enterprise Resource
Planning ERP; Customer Relationship Management CRM; Knowledge Management Systems KMS; Electronic Data Interchange EDI; Distribution Requirements Planning DPR; Transportation Mangement Systems TMS; Warehouse Management Systems WMS; Geografic Information Systems GIS; Geo-positioning Systems GPS; Coletor de dados CD; Business Intelligence BI; Transferncia Eletrnica de Fundos TEF; Radio Frequency Identification RFID. O uso dessas TIs pelo varejo est resumido na Tabela 3:
TABELA 3 Possveis uso de tecnologias e sistemas nos processos do varejo.
Processo Detalhamento
Compra Os pedidos podem ser realizados com o apoio do EDI e os pagamentos podem ser
efetuados atravs do TEF.
Recebimento Ao receber uma mercadoria, esta deve ser identificada atravs dos CDs. Alm disso,
podem ser enviados dados ao fornecedor (EDI) que relataro se o pedido foi entregue
conforme combinado e os possveis itens danificados.
Venda Cada item deve ser identificado (CDs) no momento da venda, para que a empresa
possa ter um controle de suas atividades. Alm disso, devem ser fornecidos dados aos clientes (EDI), que podem efetuar o pagamento atravs do TEF. Tanto o EDI, como o
TEF, ganham uma maior projeo quando se trata de vendas online.
Troca/Devoluo Os produtos que retornaram e os que saram da organizao devem ser identificados
atravs dos CDs. A utilizao do CRM tambm importante para um gerenciamento
da relao com o cliente nesse contexto.
Transferncias A administrao e a otimizao dos recursos na atividade de transporte so auxiliadas
pelo TMS. Alm disso, os itens transportados devem ser identificados pelos CDs e o
posicionamento em tempo real dos veculos pode ser obtido atravs da utilizao de
sistemas GPS.
Estoque/Inventrio Nesses processos, todos os produtos devem ser identificados (atravs de CDs). Uma
melhor gesto de estoques pode ser obtida atravs da utilizao do WMS. Com relao aos estoques, o VMI e EDI podem ser combinados com o objetivo de
obteno de uma reposio mais eficiente.
Preveno de Perdas Um histrico sobre cada item (pode ser obtido mais facilmente atravs da utilizao
da RFID), desde o fornecedor at a loja, pode ajudar a obter informaes, que levem
concluso se as perdas so ocasionadas por erros do varejista, do fornecedor ou
empresas terceirizadas que podem realizar determinadas atividade, como transporte,
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por exemplo.
Marketing/Visual
Merchandising/ SAC
O uso correto do CRM pode impactar de maneira positiva nesses aspectos, e
consequentemente, nos lucros da organizao.
Gesto Financeira,
Administrativa e de
RH
Esses aspectos abrangem desde a localizao da empresa ou de novas filiais, at o
gerenciamento das relaes com fornecedores e clientes. A utilizao de alguns
sistemas e tecnologias (como ERP, KMS, DPR, GIS, ECR, CPFR, BI) pode oferecer
suporte s decises a serem tomadas.
Fonte: Elaborado pelos autores.
Com base nas pesquisas e nas anlises apresentadas anteriormente, conclui-se que a
maioria dos varejistas brasileiros tem uma viso de controle, pois enxergam a TI apenas como
uma despesa necessria. Enquanto isso, as empresas lderes do mercado apresentam uma
viso estratgica. Alguns fatores como esses fazem com que seja muito difcil que o
oligoplio do varejo alimentcio tenha mudanas, pois os varejistas brasileiros almejam lucros
sem realizar investimentos. Estas aplicaes de capitais so realizadas em momentos que se
tem oportunidades como o atual, em que o Brasil apesar do desempenho do PIB em 2012 ser aqum do esperado tem seu mercado observado por investidores que podem tornar o mercado mais dinmico.
6. Consideraes Finais
O segmento alimentcio do ramo varejista vem passando por uma espcie de seleo
natural, na qual apenas as empresas aptas tendem a sobreviver. Dessa forma, os varejistas
devem adaptar-se s novas tendncias de mercado e exigncias dos consumidores. Neste
contexto, a falta de capacidade de adaptao por parte de uma organizao poderia levar ao
trmino de suas atividades ou, ento, sua venda para um terceiro.
Sendo assim, os varejistas esto consolidando a abertura de novos supermercados em
diferentes bairros dos maiores aglomerados populacionais, passando a competir com as
empresas de pequeno e mdio porte. Se antes o consumidor quem deveria ir at a loja, agora
os varejistas perceberam a necessidade de fazer exatamente o oposto: levar a loja at o
consumidor. Assim, as grandes organizaes passam a competir, com aquelas de pequeno e
mdio porte. De uma maneira previsvel, muitas dessas ltimas empresas citadas esto
apresentando um declnio significativo em suas receitas, pois no apresentam chances de fazer
frente s principais foras do varejo de alimentos brasileiro. No entanto, embora em queda, as
organizaes de pequeno varejo ainda respondem por 50% das operaes varejistas nacionais,
o que pode indicar um caminho novo para o varejo no pas.
Nesse ambiente, a logstica age como fator determinante para tal seleo na qual os
varejistas que detm os melhores sistemas logsticos continuaro mantendo-se e expandindo
seu controle no mercado. Em se tratando de um fator indireto, este representado pelo uso da
TI, que pode implicar em avanos notrios dentro dos processos logsticos, por meio de uma
melhor integrao intra e interorganizaes, rapidez nos processos e consequente aumento de
flexibilidade e produtividade operacional, aumento da confiabilidade da informao e
acurcia nos dados da empresa e de seus pedidos.
Alm disso, da mesma forma que a TI auxilia nessa integrao, a logstica planejada
importante, tambm e principalmente para a melhoria nas entregas no pequeno varejo, que
ocorrem muitas vezes por meio dos atacadistas. Esses cumprem a funo de intermedirios no
canal de distribuio entre fornecedores e pequeno varejo. Apesar disso, deve-se considerar,
tambm, a entrega dos fornecedores direta aos pequenos varejistas. Assim, essas empresas
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poderiam ter um canal de distribuio mltiplo, que contemplasse as duas formas, que no
foram discutidas aqui, por no serem foco do trabalho.
Uma possvel soluo para o caso poderia ser a fuso das organizaes de menor porte
em uma rede de empresas que, trabalhando juntas, conseguiriam reagir frente s grandes
concorrentes. Certamente, existiro outras solues como esta proposta, as quais poderiam ser
estudadas com maior profundidade em trabalhos futuros. Dessa forma, as informaes e
discusses expostas neste artigo poderiam servir como parmetro para a tomada de decises
por parte do parte dos pequenos varejistas. As TIs apesar de representarem um custo alto
podem ser implantadas em suas formas mais simples, apoiadas em uma gesto de dados e
informao da empresa, dos seus setores para que tenham os resultados esperados, sem
desperdcios de recursos.
O artigo teve como limitao a existncia de estudos de caso de empresas grandes que
utilizem novas TIs em suas operaes nos estados em que se encontram os autores e, por isso,
limitou-se a uma discusso terica. Esse trabalho pode ser mais aprofundado na discusso de
uso de novas TIs pelo varejo de alimentos, com pesquisa de campo, demonstrando os
resultados de sua implantao em pequenas e mdias empresas. Alm disso, o estudo dos
canais de distribuio nesses varejistas e o uso da logstica para melhorar o desempenho das
atividades de recebimento e entregas pode ser, tambm, um apoio na melhoria das operaes
logsticas dessas empresas.
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